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O contexto em que vive

A narrativa da sua vivência num Lager nazi, durante a Segunda Guerra Mundial
reaviva a memória do período mais horrível das guerras da era moderna.

O Holocausto é a destruição intensa e permanente, e mantém os prisioneiros entre o


estado de pessimismo absoluto e o de alienação. A maioria das vítimas é judia, embora
haja também ciganos, homossexuais, negros, ex-presidiários, deficientes e políticos.

A falta de privacidade, a nudez diante de todos, a perda de todos os seus objetos


pessoais e a marcação incrustada na pele era degradante.

No Campo, o barulho dos pés no soalho associa-se à dor, à humilhação, à fome, ao frio
e às necessidades fisiológicas. os prisioneiros tinham de sair na intempérie para esvaziar
os baldes nas latrinas do Campo:

A procissão do balde e o barulho dos calcanhares nus na madeira do chão transformam-se numa outra
procissão simbólica: somos nós, cinzentos e idênticos (..) numa marcha circular, sem início nem fim, com
uma vertigem obcecante e um mar de enjoo que sobe dentro de nós dos precórdios à garganta; até que a
fome, o frio ou a bexiga cheia dirigem os sonhos (p. 63)

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