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5.

A escrita revela-se libertadora; a dor do recordar

E era precisamente no conforto do laboratório que Primo Levi exprimia através da


escrita, a dor do recordar:

"então, agarro no lápis e no caderno e escrevo o que não seria capaz de dizer a ninguém" (p.151)

6. Humilhados perante as mulheres; vergonha

No laboratório trabalhavam também cinco raparigas alemãs e polacas, bem cuidadas e


arranjadas, que os desprezavam, e diante das quais sentiam vergonha e embaraço, pelo
seu aspeto ridículo e repugnante:

“Diante das raparigas do laboratório, sentimo-nos morrer de vergonha e de embaraço. Sabemos qual é o
nosso aspeto; vemo-nos uns aos outros; às vezes, acontece refletirmos-nos num vidro limpo. Somos
ridículos e repugnantes” (p.151)

7. Sonho recorrente: quer-se o que não se tem – frustração

O autor descreve as longas e silenciosas noites de inverno, onde os prisioneiros


partilhavam um espaço duro e reduzido. Primo Levi sonhava que estava com a sua
família e que lhes contava todos os horrores, mas que ninguém se interessava.

Havia também o sonho (coletivo) de estar perante comida, mas não conseguir comer.

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