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VOLTA REDONDA
2
2010
FUNDAÇÃO OSWALDO ARANHA
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL - JORNALISMO
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
Aluno:
Thaís Mirian da Cruz
Orientador:
Professor Dr. Rogério Martins
VOLTA REDONDA
3
2010
FOLHA DE APROVAÇÃO
Banca Examinadora:
_________________________
Professor orientador Rogério Martins
__________________________
Professora Fernanda Cupollilo
__________________________
Professor Heitor Luz
4
DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTOS
RESUMO
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..............................................................................................................9
LISTA DE QUADROS
Quadro 1..................................................................................................................15
9
LISTA DE FIGURAS
Figura 1.....................................................................................................................43
Figura 2.....................................................................................................................45
Figura 3.....................................................................................................................47
Figura 4.....................................................................................................................48
Figura 5.....................................................................................................................49
Figura 6.....................................................................................................................49
Figura 7.....................................................................................................................50
Figura 8.....................................................................................................................52
Figura 9.....................................................................................................................54
Figura 10...................................................................................................................54
10
INTRODUÇÃO
1
Conforme Mielniczuk (2003, p. 27), o jornalismo online é desenvolvido utilizando tecnologias de
transmissão de dados em rede e em tempo real.
2
Trata-se de uma prática em que qualquer internauta é potencialmente um jornalista, podendo
contribuir com a produção de conteúdo em sites afins (LINDEMANN, 2007, p. 1)
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Seção do site www.oglobo.com aberta à participação de internautas, para envio de foto, vídeo, texto
e áudio.
11
A segunda fase, bem como deve ser, já traz algumas dimensões de um novo
jornalismo. Neste contexto, o jornalismo online inicia seu desprendimento das outras
mídias, em busca de certa autonomia, mesmo que ainda distante da realidade
futura, prevista anteriormente por alguns estudiosos da comunicação.
Como último ponto deste estudo de caso, há destaque para a interação entre
os meios tradicionais e o jornalismo online, que cada vez mais servem de
complemento um para o outro, conforme visto com a publicação periódica de
notícias do Eu-Repórter na edição impressa do jornal O Globo. Neste ponto, dois
aspectos são ressaltados no trabalho e compõem a última parte do terceiro capítulo:
o primeiro em relação à transposição do conteúdo online para o impresso,
promovendo, dessa forma, a inversão dos papéis determinados na primeira fase do
4
Profissionais responsáveis pela filtragem, triagem e validação, cada vez mais requeridos pela ampla
massa de informação das NTC (Novas Tecnologia de Comunicação).
14
jornalismo online, em que o mesmo era apenas uma cópia do jornal impresso para a
tela do computador. Em segundo lugar é possível observar a necessidade de se
publicar, diariamente, uma editoria exclusiva do jornalismo participativo no jornal O
Globo, tendo em vista o público-alvo – tanto os usuários já cadastrados no Eu-
Repórter, que são estimulados a dar continuidade à colaboração, quanto os que
ainda desconhecem a seção aberta à participação de leitores.
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Segundo PALACIOS (2003, p. 3), as características do Jornalismo na Web aparecem,
majoritariamente, como Continuidades e Potencializações e não, necessariamente, como Rupturas
com relação ao jornalismo praticado em suportes anteriores.
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Nomenclatura Definição
Jornalismo Utiliza equipamentos e recursos eletrônicos.
eletrônico
Jornalismo digital ou Emprega tecnologia digital, todo e qualquer procedimento
jornalismo multimídia jornalístico que implica no tratamento de dados em forma de bits.
Ciberjornalismo Envolve tecnologias que utilizam o ciberespaço.
Jornalismo online É desenvolvido utilizando tecnologias de transmissão de
dados em rede e em tempo real.
Webjornalismo Diz respeito à utilização de uma parte específica da internet,
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MIELNICZUK, Luciana. Jornalismo na web: uma contribuição para o estudo do formato
da notícia na escrita hipertextual.
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que é a web.
Quadro 1 – Lista de nomenclaturas
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Desenvolvida pelo britânico especialista em computação, Tim Bernes, no início da década de 1990.
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Apesar disso, premissas, como a sugerida por Pierre Lévy (1999, p. 188), já
apontavam que os novos meios de comunicação, em especial, a internet,
substituiriam e eliminariam os antigos. O jornalismo online, ainda ‘amador’, era visto
como uma ameaça aos meios tradicionais e para a cultura profissional jornalística.
Entretanto, o próprio desenvolvimento da prática jornalística na internet contradiz as
previsões sobre o desaparecimento do jornalismo, ou dos jornalistas enquanto
intermediários do processo de comunicação.
Segundo Mark Briggs (2007, p. 27), “o termo “Web 2.0” se refere às páginas
web cuja importância se deve principalmente à participação dos usuários”:
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Segundo PRIMO (2007, p.1), a Web 2.0 é caracterizada pela potencialização das formas de
publicação, compartilhamento e organização de informações. Refere-se não apenas a uma
combinação de técnicas de informática, mas também a um conjunto de novas estratégias
mercadológicas e a processos de comunicação mediados pelo computador.
18
Tem tudo a ver com abertura – com software do tipo código aberto, que
permite aos usuários maior controle e flexibilidade de sua experiência na
Web, bem como uma maior criatividade online. Os editores da Web estão
criando plataformas ao invés de conteúdo. Os usuários estão criando
conteúdo (BRIGGS, 2007, p. 28).
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Tais características foram elencadas como constituintes do jornalismo online. (PALACIOS, 1999 e
2003).
10
Ver ‘Fazendo Jornalismo em Redes Híbridas: Notas para discussão da Internet enquanto suporte
mediático’. Artigo produzido para discussão na Lista JnCultural, em fevereiro de 2003, disponível no
site da FCA, PUC Minas Gerais: http://www.fca.pucminas.br/jornalismocultural/m_palacios.doc
11
Ruptura, Continuidade e Potencialização no Jornalismo Online: o Lugar da Memória (PALACIOS,
2003, p. 3, 4 e 5 ).
12
No contexto do Jornalismo Online, multimidialidade refere-se à convergência dos formatos das
mídias tradicionais (imagem, texto e som) na narração do fato jornalístico. (PALACIOS, 2003, p. 3)
13
“Jornalismo Online, Informação e Memória: apontamentos para debate”, apresentado no Workshop
de Jornalismo Online, realizado na Universidade da Beira Interior, Covilhã (Portugal).
20
Culminando com a recente Web 2.0, que tem papel tecnológico fundamental
entre as NTC, o jornalismo participativo surge ainda na terceira geração do online
como a ferramenta que contribui essencialmente para dimensionar uma nova
identidade midiática, principalmente no âmbito da interação.
14
Notícia digital – em busca da identidade: Artigo disponível em http://www.bocc.uff.br/pag/nunes-
ricardo-noticia-digital.pdf. Acesso em: 21 de set. 2010.
15
Em: ‘A potencialização da interação no webjornalismo participativo: um modelo
comunicacional democrático?’ (2007, p. 2).
22
16
www.overmundo.com.br Acesso: 27 de jul. 2010.
17
www.vivafavela.com.br Acesso: 27 de jul. 2010.
18
Disponível em <http://www.vivafavela.com.br/o-que-%C3%A9> Acesso em: 27 de jul. 2010.
23
redes) e na navegação pelas páginas da Web, mas não se restringe a isso. Até
então, o que ocorre aqui é a interação reativa, que é um processo “[...] cujas trocas
encontram-se pré-determinadas no par ação-reação” (PRIMO; TRASEL, 2006, p. 9).
Este processo fica claro na interatividade oferecida pela TV, que tem no controle
remoto a máxima de ação-reação. O telespectador tem nas mãos o controle do que
quer assistir e muda de um canal para o outro até que encontre o que busca. Esta
interação é típica dos meios massivos, em que a comunicação segue um modelo de
mão única.
20
A abordagem mais simples do hipertexto é descrevê-lo como um texto estruturado em rede, em
oposição a um texto linear. O hipertexto é constituído por “nós” (elementos de informação, parágrafos,
páginas, imagens, sequências musicais etc.) e elos entre esses nós – referências, notas, ponteiros,
botões indicando a passagem de um nó a outro (MOHERDAUI, 2000, p. 35; PINHO, 2003, p. 186).
27
O emissor não emite mais mensagens, mas constrói um sistema com rotas
de navegação e conexões. A mensagem passa a ser um programa
interativo que se define pela maneira como é consultado, de modo que a
mensagem se modifica na medida em que atende às solicitações daquele
que manipula o programa. Essas manipulações se processam por meio de
uma tela interativa ou interface que são lugar e meio para o diálogo
(SANTANELLA, 2004, p.163).
(público) e emissores são distanciados pela identidade de cada um. Enquanto que
no meio online, o jornalismo participativo contribui para o estabelecimento de uma
nova comunicação:
pautado pela necessidade e apelo popular, tendo espaço destinado para veiculação
de temas que fogem ao padrão pregado anteriormente, e viabilizam a
personalização, na qual a finalidade é atender os interesses específicos de cada
leitor.
Tal processo tem como fator inicial a ampliação das formas de acesso à
Internet: a queda progressiva do custo de computadores e de conexão; a
multiplicação de serviços e pontos de acesso gratuito (como em telecentros,
ONGs e outras instituições comunitárias), cibercafés e pontos de conexão
sem fio (Wi-Fi). Além disso, blogs (incluindo fotologs e moblogs4), wikis e as
tecnologias que simplificam a publicação e cooperação na rede favorecem a
integração de qualquer interagente no processo de redação, circulação e
debate de notícias [...] Outro fator que motiva o desenvolvimento do
webjornalismo participativo é a vulgarização de máquinas de fotografia
digital e celulares que podem captar fotos ou vídeos e enviar mensagens
multimídia. Essas tecnologias de comunicação móvel facilitam o registro e
divulgação de fatos no momento em que eles ocorrem. As empresas
jornalísticas passaram a contar com a pulverização de fontes de imagens e
informações, mesmo onde não haja qualquer jornalista ou repórter-
fotográfico. E não faltam ilustrações sobre os processos distribuídos e
capilarizados que subsidiaram a ampliação da cobertura de grandes
notícias: o ataque às torres gêmeas, em 11 de setembro de 2001; o tsunami
no sudeste asiático, em dezembro de 2004; as explosões no metrô de
Londres, em julho de 2005 (PRIMO; TRÄSEL, 2006, p.4).
32
Como expõe Henry Jenkins (2008, p. 44), “as promessas desse novo
ambiente midiático provocam expectativas de um fluxo mais livre de ideias e
conteúdos”. Os receptores se tornam mais exigentes conforme vislumbram a
possibilidade de deixar a posição de consumo passivo e começam a entender que
têm caráter decisivo no processo de comunicação, podendo até mesmo interferir
diretamente na publicação midiática, opinando, sugerindo e colaborando
efetivamente na produção de conteúdo.
Isso abre caminho para uma comunicação que poderíamos chamar de eu-
cêntrica, pois está baseada nas decisões individuais do receptor, diante do
enorme leque de opções que a Internet lhe abre. A comunicação se torna
eu-cêntrica porque tenho acesso somente ao que eu quero, na hora em
que eu quero, no formato em que eu quero e onde eu quero. Trata-se,
sobretudo, de uma transferência importante de poder ou de privilégio, que
passa do emissor para o receptor, numa evidente ruptura dos modelos
fechados que se conheciam até agora (ALVES, 2006, p. 96, 97).
De acordo com Fábio Malini “[...] os grandes jornais online leem esse cenário
de maneira ambivalente. Por um lado, como um momento de oportunidade, por
outro, como instante de crise”.
novamente bloqueada, pois o público já tem controle suficiente sobre o que, quando,
como e onde acessa os conteúdos midiáticos na Web.
Qualquer cidadão pode se tornar repórter e esta prática não está apenas no
papel ou sendo profetizada, ela já ocorre em grande parte dos sites jornalísticos,
seja com mediação ou não. Por isso, no terceiro capítulo apresentaremos o estudo
de caso do Eu-Repórter, do O Globo Online, para entender mais claramente um dos
vários exemplos de seções de jornalismo participativo presentes no meio online e de
que forma se dá esta transformação no processo comunicacional.
Podemos identificar duas reações dos jornalistas perante estas novas práticas
e interações dos leitores (usuários). Inicialmente, uma sobressaiu visivelmente sobre
a outra, já que a maioria, senão toda esta classe profissional, se posicionou
radicalmente contra a participação efetiva do público na produção de conteúdo. Eles
viam esta abertura como uma ameaça que extinguiria o exercício de suas funções
ou ao menos reduziria o prestígio de ter controle da informação. Tal reação vinha
reforçada por profecias ‘pessimistas’ pregadas por estudiosos da comunicação, que
previam a substituição dos meios tradicionais pelo emergente online, bem como a
banalização da prática jornalística. Entende-se que esta reação dos jornalistas se
deu ‘naturalmente’, pois as novas formas de participação estariam provocando
mudanças diretas no contexto em que estavam inseridos habitualmente.
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Portanto, tanto alarme foi, aos poucos, dando lugar a uma estabilidade e
busca por uma boa relação com o jornalismo participativo, especialmente com o
público. Se esta nova prática já estava estabelecida e conquistava rapidamente o
interesse dos leitores, coube aos jornalistas se adequar e decidir não ficar alienados
ao processo de transformação do modelo comunicacional vigente até o presente
momento. Tomando o conceito de PENA (2006) podemos confirmar a ideia de que
os jornalistas devam encarar o jornalismo participativo na internet e suas
implicações como um novo desafio profissional, lembrando-se sempre da função
essencial que lhe é atribuída: a de mediador, segundo o conceito de gatekeeper22.
22
Conforme LINDEMANN (2007, p.54), este conceito da teoria de gatekeeper foi utilizado pela
primeira vez nos estudos de jornalismo por David Manning White (1993).
41
23
A notícia acima não segue uma narrativa comum às presentes nas mídias
tradicionais. O leitor registra o fato com palavras informais, sem responder
esquematicamente as perguntas básicas do ‘lead’ (quem, quando, onde, como,
23
Foto do leitor Joelmar Marques Barbosa, enviada ao EU-REPÓRTER, retratando ambulantes
guardando alimentos em bueiros no Rio.
24
O texto e a foto foram enviados ao EU-REPÓRTER pelo leitor do Globo, Joelmar Marques Barbosa,
em 10 de jul. 2010. Disponível em <http://oglobo.globo.com/participe/mat/2010/07/10/leitor-denuncia-
que-ambulantes-entopem-bueiros-com-mercadoria-irregular-na-barra-917118223.asp> Acesso em 11
de jul. 2010.
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porque). Apesar desta diferenciação, o autor consegue contar a história do que viu e
retratar em fotografia o flagrante obtido em seu cotidiano, o que talvez dificilmente
fosse registrado pelas lentes de um fotógrafo de qualquer veículo de comunicação,
até mesmo pela instantaneidade da situação descrita. Além de tocar em aspectos
importantes do dia-a-dia, como a falta de higiene por parte dos ambulantes que
comercializam alimentos na rua, a notícia se torna importante por ter sido produzida
por um leitor do Globo, através do EU-REPÓRTER.
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27
27
Comentários de leitores postados em matéria do EU-REPÓRTER. Disponível em
<http://oglobo.globo.com/servicos/comente/comentarios.asp> Acesso em 24 de jul de 2010.
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Figura 5 – Lista das notícias do EU-REPÓRTER com as maiores médias de votação dos leitores
Além das notícias com as melhores médias em votação dos leitores, a partir
do número de cliques são listados os conteúdos mais lidos e os mais comentados no
EU-REPÓRTER. Ambas as ferramentas são usadas como medidoras de audiência
do jornalismo participativo no Globo Online.
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28
Lista das notícias colaborativas com as melhores médias obtidas em votação dos leitores.
29
Lista das notícias mais lidas e das mais comentadas no EU-REPÓRTER.
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30
Aplicativo gratuito do EU-REPÓRTER para Iphone. Disponível em
http://oglobo.globo.com/mobile/iphone.asp#eureporter> Acesso em 3 de ago. 2010.
52
Neste caso, além de resumir o acidente, o lead apresenta uma chamada para
o EU-REPÓRTER, ressaltando a seção do Globo aberta à participação do público e
reforçando as principais observações relatadas nos testemunhos dos leitores
enviados em forma de texto. Em seguida estes relatos e as fotos produzidas pelos
cidadãos-repórteres são apresentados no decorrer da notícia:
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Elena Devincenzi:
“Nesta segunda-feira, no cruzamento da Nascimento Silva com Aníbal de
Mendonça, houve um acidente entre dois táxis. Não é possível que não
coloquem sinal nesta esquina. Toda hora tem um acidente”.
Lourenço Baptista Bicudo:
“Sempre ocorrem batidas na esquina das ruas Nascimento Silva com Aníbal
de Mendonça, em Ipanema. Muitas vezes, há feridos. Muitos moradores e
eu já falamos com a Cet-Rio e nada de uma solução para o problema. O
ideal seria colocar um sinal com luzes amarelas para informar melhor sobre
o cruzamento”.
Andrea Devai:
“Não, ele não fica nas estranhas do Complexo do Alemão, tampouco no alto
do Boréu. Fica ali mesmo, nas quadras mais valorizadas de Ipanema,
esquina da Nascimento Silva com Aníbal de Mendonça. É a morte rondando
todos que precisam passar pelo local, de carro, de bicicleta e até a pé. É a
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Notícia publicada às 17h32 do dia 19 de abr. 2010 no EU-REPÓRTER com a participação de
leitores. Disponível em <http://oglobo.globo.com/participe/mat/2010/04/19/leitores-registram-acidente-
em-esquina-de-ipanema-zona-sul-do-rio-916377652.asp> Acesso em 20 de abr. 2010.
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Foto da leitora Elena Devincenzi enviada em 19 de abr. de 2010 para o EU-REPÓRTER.
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roleta russa. Nos últimos anos, o índice de acidentes neste cruzamento tem
sido de, no mínimo, um por semana – perguntem a qualquer pessoa
residente nas redondezas. Os acidentes se sucedem, os porteiros saem
para olhar, as pessoas nas janelas dos apartamentos comentam, os
transeuntes param. Virou entretenimento. O Corpo de Bombeiros é
acionado, a polícia é chamada. Dirão as autoridades: existe sinalização!
Sem dúvida, existe. Porém, pelo número de acidentes justo nesta esquina,
está claro que a sinalização não atende seu objetivo. É incompreensível
como até hoje não foi colocada uma simples sinaleira de alerta, como já
existe na esquina da Avenida Henrique Dumont com Barão da Torre. Nada
acontece, tudo continua igual. Até o próximo acidente. Há anos. Este das
fotos aconteceu na tarde desta segunda-feira, e fiquei indignada – dois
taxistas que dependem dos seus veículos para o seu sustento”.
33
33
Espaço de comentários no EU-REPÓRTER.
34
Texto e foto enviados pelo leitor Fernando Cunha em 11 de ago. 2010.
56
Depois, o desfecho da viagem dos pinguins foi fotografado pelo mesmo leitor
Fernando Cunha e enviado ao EU-REPÓRTER. Desta vez o conteúdo ganhou
destaque na editoria de Opinião do jornal O Globo, no dia 23 de agosto de 2010:
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Notícia publicada às 20h31 de 11 de ago. de 2010 no EU-REPÓRTER. Disponível em
<http://oglobo.globo.com/participe/mat/2010/08/11/leitor-registra-chegada-de-pinguim-em-uma-praia-
de-cabo-frio-na-regiao-dos-lagos-917369783.asp>.
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Matéria publicada na página 8 do jornal O Globo do dia 23 de agosto de 2010.
57
Mas o que fica de destaque neste ponto do presente trabalho é de como são
feitas alterações que diferenciam o texto postado no online para o que é publicado
no jornal impresso do dia seguinte. Se na página do EU-REPÓRTER na internet os
relatos dos leitores são postados na íntegra, mesmo que com visível mediação dos
jornalistas; para aproveitamento do mesmo na versão impressa, os cidadãos-
repórteres são citados como fontes, na medida em que a narrativa é transformada
de acordo com os padrões jornalísticos tradicionais e o processo de moderação é
mais aprofundado, prezando dessa forma pela objetividade jornalística.
O CONTROLE DA INFORMAÇÃO
59
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
<http://www.facom.ufba.br/jol/pdf/2003_palacios_olugardamemoria.pdf>. Acesso em
14 de jun. 2010.