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ENSINO
RELIGIOSO
1
FICHA TÉCNICA
2
APRESENTAÇÃO
Caro(a) estudante,
Com a pandemia tivemos perdas em todas as áreas,
em especial na educação, as escolas foram fechadas para
preservar vidas, sua casa se transformou em um espaço
de aprendizagem escolar, sob a orientação e acompa-
nhamento do seu professor, que viabilizou a continuida-
de ao processo de aprendizagem, com orientações e
atividades impressas e/ou digitais.
e trajetória
EIXO TEMÁTICO
Vida, origem e trajetória.
CAPACIDADE
Conhecer a diversidade de visões religiosas a partir da informação das mais
variadas formas de concepção do sagrado sobre a origem da vida humana.
CONTEÚDO
• Diversidade de visões: religiosa e científica.
• Desenvolvimento humano: da concepção à vida adulta referenciada pelos
conhecimentos das diversas tradições culturais e religiosas existentes no Brasil.
ORIENTAÇÕES
Realize a leitura do texto, complemente com pesquisas nos sites indicados e res-
ponda as questões a partir da sua compreensão.
4
Diversidade de visões: religiosa e científica
A origem da vida humana é ainda um
grande mistério para nós. A Ciência, ao
longo, de sua história tem procurado
explicar a origem do mundo e da
Fonte: Shutterstock
vida humana. As Tradições Religiosas
também possuem explicações para a
temática.
Antes de surgirem teorias sobre a
origem dos seres vivos e do planeta,
as ideias que predominavam eram
as religiosas e mitológicas. Muitas
Tradições Religiosas possuem livro sagrado e nele há explicações sobre a
origem da vida humana.
As Tradições Religiosas que não possuem um livro sagrado escrito, também
possuem em suas histórias orais explicações para isso.
Ainda que muito difundidas e respeitadas mundialmente, as teorias
religiosas não são aceitas por muitos alguns cientistas, pois a ciência só aceita
o que pode ser comprovado experimentalmente.
Visão Religiosa
Desde as primeiras manifestações mítico-religiosas o homem busca respos-
ta para essa questão. Nesse âmbito, a teoria criacionista é a que tem maior
aceitação. Ao contrário do que muitos pensam, diferentes religiões do mun-
do elaboraram diferentes teorias criacionistas.
Todas as grandes tradições trazem mitos sobre a criação do mundo por um
Ser Supremo através de emanações ou transformações de si, seja por pensa-
mentos ou palavras divinas; mergulho num oceano, de onde o mundo se de-
senvolve; seja através da divisão de uma parte primordial em outras partes;
ou pelo desmembramento de um ser primordial em outros seres, etc.
Não há, porém, uma única visão religiosa, mas várias.
Segundo a mitologia grega, o homem seria produto dos trabalhos de Epi-
meteu, que teria gerado o Homem repleto de imperfeições, sem vitalidade,
a partir de um modelo de barro. Compassivo, seu irmão Prometeu, com o
sacrifício próprio, roubou o fogo dos deuses para trazer à Humanidade a vida
tão desejada.
Fonte: Shutterstock
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A civilização mais antiga oficialmente reconhecida pela ciência é a dos su-
mérios. Deles se originam o texto mais antigo escrito sobre a criação do mun-
do: Cosmogonia Mesopotâmica. Nele consta “Quando no alto o céu ainda
não tinha nome, a terra firme abaixo não tinha sido chamada pelo nome, nada
havia senão o primordial Apsu; o genitor dos homens, e Mummu-Tiamat; foi
dela que partiu suas águas mesclando-se num só corpo.”.
Fonte: Shutterstock
A civilização Egípcia assim contava:
“Eu era o espírito nas Águas Primevas, aquele que não tinha companheiro,
quando meu nome passou a existir. A forma mais antiga na qual iniciou a mi-
nha existência foi a de um afogado. Eu fui aquele que começou a existir como
um círculo, aquele que habitava em seu ovo. Eu fui aquele que começou tudo.
O habitante das Águas Primevas. Primeiramente Hahu emergiu para mim e
então comecei a me mover. Criei meus membros em minha glória. Fui o cria-
dor de mim mesmo, visto que me formei segundo meu desejo e de acordo
com meu coração”.
Fonte: Shutterstock
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O Cristianismo tem sua própria teoria explicativa, narrada na Bíblia, seu li-
vro sagrado. Segundo esta religião, o homem foi criado por Deus, logo após
a gênese dos céus e da terra. A Humanidade foi modelada no barro. O Gêne-
sis, primeiro livro do Antigo Testamento, por exemplo, narra a origem do
mundo e do Homem com metáforas e símbolos muito parecidos com os das
narrativas mesopotâmicas.
Fonte: Shutterstock
O povo tupi guarani acreditava num deus supremo que chamavam de deus
do trovão e o denominava Tupã. Os indígenas acreditavam que a voz deste
ente supremo podia ser ouvida durante a tempestade. Eles acreditavam que
este era o deus da criação, o deus da luz e sua morada seria o sol. Tupã, com
a ajuda da deusa Araci, haveria descido a terra em um monte da região de
Arégua (Paraguai) e deste local havia criado tudo o que existe: mares, flo-
restas, animais e colocado as estrelas no céu. Os primeiros humanos criados
por Tupã teriam sido Rupave (o pai dos povos) e Sypave (a mãe dos povos) e
estes teriam dado origem a um grande número de filhas e a três filhos cha-
mados: Tumé Arandú (O Sábio) Marangatu (O Líder Generoso) e Japeúsa (O
Mentiroso). Este último era ladrão e trapaceiro e teria morrido, porém foi res-
suscitado como um caranguejo, e desde então todos os caranguejos foram
amaldiçoados para andar para trás como Japeús.
Fonte: Shutterstock adaptada
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Vamos ler uma versão africana sobre a origem do ho-
mem:
– Vovó de onde mesmo que veio o homem?
– Senta aqui que vou te contar: Quando era bem pequenininha, mais ou
menos da sua idade, minha avó, que era descendente da gente da África, da
região chamada Daomé, me contou uma história. Vou contar a você o que eu
lembro.
– Vovó, antes de a senhora me contar a história, explique o que é descen-
dente.
– É aquele que vem de algum outro lugar.
– Agora a senhora pode continuar a história.
– Há muito tempo, os orixás viviam aqui na terra. Não existia o homem. Até
que, um dia, Olorum,o dono do céu, resolveu que criaria o homem para fazer
companhia aos orixás. Olorum tentou criar o homem de ar, de fogo, de água,
de pedra e de madeira, mas em nenhum caso deu certo.
– Por que não deu certo, vovó?
– Porque os homens de ar e de água não tinham forma, o homem de fogo
consumia-se, e os homens de pedra e de madeira não se mexiam.
– E então, o que Olorum fez?
– Ele não fez nada. Nanã foi quem fez. Vendo que todas as alternativas ti-
nham dado errado, esse orixá se ofereceu para criar o homem. Olorum permi-
tiu. E Nanã foi fazer o homem. Pegou um punhado de barro e foi modelando
o corpo: as pernas, os braços, a cabeça e tudo que temos hoje. Ela não es-
queceu nada, fez tudo direitinho. Deu-nos tudo que precisamos pernas para
andar, mãos para pegar as coisas, olhos para ver… não se esqueceu de nada.
– É isso mesmo!
– Depois que homem foi feito, o que aconteceu?
– Os homens e os orixás viveram juntos e felizes, dividindo alegrias e aven-
turas na terra.
(Iele Ferreira Portugal - http://mundoafro.atarde.uol.com.
br/a-origem-do-homem-na-versao-africana/)
Visão Científica
O último século marcou a humanidade em razão da ampliação do conheci-
mento e da informação sem contar as inúmeras inovações tecnológicas que
aconteceram nesse período. Muitas teorias e hipóteses puderam ser compro-
vadas com o auxílio de tecnologia e intercâmbio científico.
No campo astronômico surgiram importantes instrumentos e equipamen-
tos, como os telescópios de alta precisão, que contribuíram diretamente no
desvendar dos mistérios e enigmas que esse complexo universo esconde.
Quanto à origem do Universo, são muitas as teorias que buscam a sua cria-
ção, porém a mais aceita pela classe científica e acadêmica é a do Big Bang.
A teoria do Big Bang foi divulgada no início do século XX, por George Henri
Édouard Lemaitre, Padre Católico, astrônomo, cosmólogo e físico belga, jun-
to com a equipe científica acreditavam que a formação do universo se deu
a partir de uma gigantesca explosão que teria acontecido há pelo menos 15
bilhões de anos e a Terra teria surgido a 4,5 bilhões de anos.
8
Fonte: Shutterstock
9
pacidade de manipular os objetos, o andar ereto com os dois membros em vez
de quatro e a grande massa encefálica (o desenvolvimento do cérebro).
Entre o aparecimento dos primeiros hominídeos e o aparecimento do Homo
Sapiens Sapiens, há o espaço de sete milhões de anos. Neste intervalo de tem-
po, houve dois segmentos ou gêneros, os Australopitecos e o Homo, como se-
guem numa lista:
Fonte: Shutterstock
Um dos fósseis de hominídeos mais completos já encontrado é o de Lucy, uma
representante do Australoptecus Africanesis encontrada em 1947, na Etiópia,
no deserto de Afer. Esse fóssil possui cerca de 3,2 milhões de anos. A Espécie
do Homo Sapiens Sapiens surgiu no planeta a 300 mil anos.
Fonte: Shutterstock
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ATIVIDADES
1. Na mitologia Yorubá, o deus que cria todas as coisas se chamava
Olorum, criou as águas, a terra, as florestas e montanhas, mas os criadores
do ser humano foram:
a) Nanã e Oxalá.
b) Oxóssi e Exú.
c) Iansã e Iemanjá.
d) Ogum e Exú.
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Desenvolvimento humano: da concepção à vida adulta,
referenciado pelos conhecimentos das diversas tradi-
ções culturais e religiosas existentes no Brasil.
Para os antropólogos, as evidências mais remotas da presença do ser huma-
no remetem ao desenvolvimento de uma capacidade intelectual e que pos-
sibilitou um novo relacionamento com o mundo. Nesse processo de huma-
nização, o homem adquire hábitos éticos e morais convivendo com o outro,
distanciando-se da ignorância, da violência, e do desrespeito às diferenças. O
que leva o homem a se tornar mais humano?
- O cuidado consigo e com o outro;
- Respeito às legislações e normas estabelecidas na sociedade;
- O cuidado com o meio ambiente;
- Respeito aos direitos humanos e às diferenças na sociedade.
A humanização é consequência de um mundo sem guerra, onde todos te-
nham direito à educação, à saúde, à moradia, à alimentação, à segurança e
etc. A religiosidade contribui para o processo de humanização e ela é uma
das mais importantes fontes de sentido construídas pelos humanos. Todos
os grupos humanos possuem um sistema de crenças, algo que transcenda
sua realidade, razão pela qual a religião é considerada, ao lado da linguagem,
das relações de parentesco e das expressões artísticas, um dos universos da
cultura.
Fonte: Shutterstock
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ATIVIDADES
1. Qual a importância do processo de humanização do homem?
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Vida, origem
02
idade
Un
e trajetória II
EIXO TEMÁTICO
Vida, origem e Trajetória.
CAPACIDADE
Conhecer as respostas quanto ao sentido de vida-além morte laboradas nas
diversas tradições e manifestações religiosas e a sua relação com o sagrado.
CONTEÚDO
Diversidade de explicações:
O sentido da vida nas tradições e manifestações religiosas.
ORIENTAÇÕES
• Realize a leitura do texto, complemente com pesquisas nos sites indicados e
responda as questões a partir da sua compreensão.
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VIDA, ORIGEM E TRAJETÓRIA II
O sentido da vida nas tradições e manifestações reli-
giosas
Toda tradição religiosa procura dar respostas para as “grandes questões”:
“de onde viemos? Para onde vamos? Qual o sentido da vida?”. As respostas
dadas por essas tradições sejam elas descritas em seus textos sagrados ou
repassadas oralmente, dão origem a práticas celebrativas, posturas e condu-
tas éticas. Esses elementos definem uma tradição religiosa. Cabe ressaltar,
entretanto, que essas respostas partem, por sua vez, de uma cosmovisão, ou
seja, de uma visão de homem/mulher, mundo/sociedade, Deus/Transcenden-
te. Também é assim do ponto de vista da religiosidade.
Por trás de cada ação ou posicionamento, religioso ou não, há concepções
que, em última instância, são responsáveis por uma ação e não outra, um po-
sicionamento e não outro, uma religião e não outra.
Alguma vez você já se
Nunca. Mas estou me
perguntou para que a
perguntando agora:
gente está neste
“para que a gente está
mundo?
neste mundo?”
Na tira acima, a garotinha faz uma pergunta muito pertinente para os nossos
dias, ao seu amigo. O questionamento remete ao sentido da nossa existência;
ao significado da vida. A resposta para isso parece simples, mas a maioria das
pessoas tentam se livrar do problema sem dar uma resposta. Isso acontece
porque a resolução desta questão não está em algo visível, palpável ou mate-
rial, mas está exatamente naquilo que não pode ser visto ou apalpado.
Há inúmeras possibilidades de respostas para “o sentido da vida”, frequen-
temente relacionadas com a religião ou com a filosofia. Opiniões sobre o sen-
tido da vida podem por si próprias se distinguir de pessoa por pessoa, bem
como também pode variar no decorrer da vida de cada humano. No entanto,
de uma forma mais ampliada, não existe consenso sobre tal.
Vamos ver o que algumas tradições religiosas falam sobre isso:
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Budismo
O objetivo da vida para todos os seres
Hinduísmo
Abrange diferentes denominações religiosas, sem um
ser criador comum ou escritura sagrada universal. As
opiniões filosóficas individuais têm conceitos parcialmente
Judaísmo
Fonte: Shutterstock / Roman Yanushevsky
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Cristianismo
ATIVIDADES
1. Existe um consenso para responder qual o sentido da vida? Justifique
sua resposta.
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03
idade
Un
Temporalidade
Sagrada
EIXO TEMÁTICO
Temporalidade Sagrada.
CAPACIDADE
Entender a noção do transcendente a partir da diversidade religiosa existente
no Brasil.
CONTEÚDO
Sistematização do Transcendente (divindades, verdades de fé, vida além morte).
ORIENTAÇÕES
Realize a leitura do texto, complemente com pesquisas nos sites indicados e
responda as questões a partir da sua compreensão.
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Sistematização do Transcendente
(divindades, verdades de fé, vida além da
morte).
TRANSCENDENTE é um adjetivo que demonstra algo que não é comum,
que está além dos limites convencionais ou que é considerado superior. É o
que está além do conhecimento concreto e que não se baseia somente em
dados e conclusões metódicas.
Toda religião aparece como um caminho que conduz o ser humano ao trans-
cendente, elas surgem em diferentes regiões geográficas, inspiradas pelas
histórias vividas pelos povos, pela arte, pela política, pelo pensamento filosó-
fico de uma determinada época, e por tantas outras influências, e, com isso,
cada uma delas tem sua própria identidade.
O Transcendente, o Ser Supremo, é também concebido com características
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peculiares. Muitas vezes ele é concebido como feminino, sendo reconhecido
como uma Deusa, como Divina Mãe, como Deusa primordial etc. Outras vezes
sua face é masculina, sendo concebido então como: o Deus dos judeus, dos
cristãos, mulçumanos etc.
Verdades de Fé
Ter fé é crer firmemente em algo, sem ter em mãos nenhuma evidência de
que seja verdadeiro ou real o objeto da crença. Este termo vem do grego pis-
tis, traduzido por confiança ou firme convencimento. Assim, a palavra fé pode
ser entendida como acreditar, confiar, tendo em vista que, ela não demanda
provas materiais e pode surgir sem nenhum motivo aparente, estar ligada a
razões ideológicas, emocionais, religiosas, ou a outra razão qualquer.
A fé pode ser cega, nascida da confiança irracional em algo ou alguém, e
dentro de uma religião como, por exemplo, o catolicismo, ser baseada em
dogmas – diretrizes estabelecidas por uma religião, nas quais os fiéis creem
sem que necessite dar maiores explicações. Ela também pode ser raciocina-
da, como no Espiritismo, que caminha junto à Ciência e à Filosofia, portanto,
segundo esta doutrina, razão e sentimento devem se unir para construir uma
crença nascida do conhecimento, uma vez que a fé não surge por um milagre
no interior do homem, mas é edificada, porém, também aqui não se foge da
necessidade da confiança e de algumas certezas instintivas.
20
Ampliando o conhecimento
Celebração de comemoração do Dia dos Mortos
Festa Famadihana
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Ampliando o conhecimento
Para se ter uma ideia da importância da data, ela é considerada pela UNESCO
(Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura) como
um dos Patrimônios da Humanidade.
As origens que levam os mexicanos a comemorar o Dia dos Mortos remetem
ao tempo em que os espanhóis chegaram ao continente americano. Segundo
alguns historiadores, povos como totonacas, náuatles, purépechas, maias e
astecas já faziam um culto em homenagem aos mortos. Estes rituais são tão
longevos* que, em alguns casos, chegam a ter mais de três mil anos de história.
No período anterior à chegada dos espanhóis, praticava-se a conservação de
crânios como forma de prêmios. Esses crânios eram exibidos em cultos para
celebrar o renascimento e a morte.
*Logenvos: Longevos é o plural de lonvo.
O mesmo que: decrépitos, duradouros, ido-
sos, macróbios, velhos.
ARAÚJO, Felipe. Dia dos Mortos. In: Info Escola. Disponível em:
<https://www.infoescola.com/datas-comemorativas/dia-dos-mortos/>.
Dia de Finados
No dia 02 de novembro, na maior parte
Fonte: Shutterstock / Angela_Macario
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A seguir, leia o texto abaixo com atenção, pois ele trata sobre o Transcen-
dente nas diferentes religiões.
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ATIVIDADES
1. Pesquise no dicionário o significado das palavras: vida, viver, morte e
morrer.
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idade A PALAVRA SAGRADA
04
Un
CAPACIDADE
Conhecer e compreender a importância de conhecer os diversos textos sagrados
escritos no processo de desconstrução de representações negativas em relação
a religiosidade do outro.
CONTEÚDO
Os textos sagrados nas sociedades escritas.
ORIENTAÇÕES
Realize a leitura do texto, complemente com pesquisas nos sites indicados e
responda as questões a partir da sua compreensão.
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Os textos sagrados nas sociedades escritas.
Muitas religiões possuem textos sagrados, eles são uma forma de expressar
e disseminar os ensinamentos das diversas tradições/manifestações
religiosas, ao articular os textos sagrados, por exemplo: aos ritos, às festas
religiosas e às situações de nascimento e morte, elas visam criar mecanismos
de unidade e de identidade do seu grupo de seguidores, de modo a assegurar
que os ensinamentos sejam consolidados e transmitidos às novas gerações
e aos novos adeptos. Podem ser retomados em momentos coletivos e
individuais para responder às problemáticas do cotidiano, bem como para
orientar a conduta de seus seguidores. Todas as pessoas, particularmente
ou em sociedade, procuram, dentro de suas possibilidades e contingências,
caminhos para conduzir bem a sua vida.
Por isso, se deve ter em mente a necessidade de respeitar os rumos
encontrados por cada um. Os textos sagrados dentro da disciplina de Ensino
Religioso devem ser abordados de forma a fazer claro esta realidade;
fomentando, assim, a prática da diversidade cultural e religiosa. Entendendo
esta perspectiva, os textos sagrados registram os fatos relevantes da tradição/
manifestação religiosa: as orações, os sermões, a doutrina, a história etc.
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Essencialmente, os textos sagrados desenvolvem os pressupostos básicos
da vida em comunidade e colocam o homem diante da interpretação da
manifestação do sagrado que seu grupo incorpora, de forma institucionalizada
e organizada. Neles são preservados todos os princípios doutrinários que
orientam as tradições religiosas e as culturas, a sociedade, que pertencem.
Muitas tradições religiosas, ao realizarem essa transferência para a escrita,
elaboram as normas e critérios para se preservar a fidelidade à originalidade
do texto, para não serem descaracterizados. A palavra escrita, ao ser
interpretada, pode trazer um único sentido ou múltiplos sentidos, podendo
ou não estar disponível a possibilidade de interpretação por parte dos fiéis
ou seguidores.
As diversas ciências que se dedicam a estudar as tradições religiosas, como
um sustentáculo à ciência da religião, como a antropologia e a história,
argumentam que, mesmo sendo inspirado pelo sagrado, o texto é escrito por
mãos humanas, e esse humano pensa e reflete a sua cultura, a sua história,
o meio social de seu tempo; transmitindo, assim, para o texto sagrado essas
expectativas e sentimentos, de modo que se pode identificar uma certa
“contaminação” humana na “inspiração divina”. Por isso, ao ler os textos
sagrados, muitas pessoas o analisam sob essa ótica: sem esquecer que, no
texto sagrado, há também o sentimento humano de seu tempo, de seu
contexto histórico e de crítica.
ATIVIDADES
1. Qual é o conceito de TEXTO Sagrado?
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GABARITO
Cap. 01 – Vida, origem Cap. 02 – Vida, origem
e trajetória. e trajetória II.
Diversidade de visões: religio- Questão 01: Resposta Pessoal.
sa e científica. Questão 02: Resposta Pessoal.
Questão 01: alternativa A. Questão 03: Resposta Pessoal.
Questão 02: sequência: V - V - V – F. Cap. 03 – Temporalidade
Questão 03: alternativa A.
Sagrada
Questão 04: alternativa B.
Questão 01: resposta pessoal (esco-
Desenvolvimento humano: da lher conforme o dicionário).
concepção à vida adulta refe- Questão 02: uma verdade de fé é
crer firmemente em algo, sem ter em
renciada pelos conhecimen- mãos nenhuma evidência de que seja
tos das diversas tradições cul- verdadeiro ou real o objeto da crença.
turais e religiosas existentes Questão 03: resposta pessoal.
no Brasil. Questão 04: resposta pessoal.
Questão 05: muitos cristãos o conce-
Questão 01: nesse processo de hu-
bem como Amor e Luz que se reve-
manização o homem adquire hábitos
lou em Jesus e é adorado como Pai,
éticos e morais convivendo com o ou-
Filho e Espírito, a Trindade indivisível;
tro, distanciando-se da ignorância, da
Para os muçulmanos é Alláh, o único
violência e do desrespeito às diferen-
Clemente e Misericordioso; Patcha
ças.
Mama, a deusa Mãe Terra para alguns
Questão 02: o cuidado consigo e povos andinos; Olorum o Criador Su-
com o outro; Respeito às legislações premo para os afrodescendentes;
e normas estabelecidas na sociedade; Nhanderú ou Maíra, o Grande Avô ou
O cuidado com o meio ambiente; Res- o Grande Pai, para algumas tribos in-
peito aos direitos humanos e as dife- dígenas.
renças na sociedade.
Cap. 04 – A palavra sagra-
Questão 03: a religião praticada pelo
ser humano desde tempos antigos é da nas culturas e tradições
utilizada, muitas vezes, para explicar religiosas.
os fenômenos da natureza e a Questão 01: Os textos são uma
existência humana, por isso, a religião
forma de expressar e disseminar os
possui suas particularidades: histórias
sagradas, símbolos, contos e seu ensinamentos das diversas tradições
próprio código de conduta (valores, manifestações religiosas.
normas, regras) que orientam o Questão 02: resposta pessoal (esco-
homem de uma maneira geral no lher conforme o dicionário).
mundo contribuindo para um mundo
mais humano. Questão 03: Resposta Pessoal.
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