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Fórmula 1 de 2008
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Fórmula 1
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vde
O Campeonato Mundial de Fórmula 1 da FIA de 2008 foi a 59.ª temporada da competição anual de
Fórmula 1, categoria de monopostos reconhecida pela Fédération Internationale de l'Automobile (FIA). O
campeonato foi disputado em dezoito etapas, iniciando na Austrália em 16 de março e terminando no
Brasil em 2 de novembro. Nesta temporada ocorreu a estreia do Grande Prêmio de Singapura, realizado
no Circuito Urbano de Marina Bay, sendo a primeira corrida da história da Fórmula 1 a ser realizada à
noite. O Grande Prêmio da Europa passou a ser sediado no Circuito Urbano de Valência, em Valência,
Espanha.
O piloto inglês Lewis Hamilton da McLaren conquistou seu primeiro campeonato de pilotos com a
diferença final de um ponto para o brasileiro Felipe Massa da Ferrari, que ficou com a segunda
colocação, enquanto seu companheiro de equipe Kimi Räikkönen ficou com a terceira colocação. A
Ferrari também venceu o campeonato de construtores, ficando a McLaren com a segunda colocação e a
BMW Sauber com a terceira colocação. Na conquista do título, Hamilton se tornou o piloto mais jovem a
conquistar o campeonato mundial desta categoria, sendo superado posteriormente por Sebastian Vettel
em 2010, bem como o primeiro piloto negro a conquistá-lo. Ele também foi o primeiro campeão
britânico desde Damon Hill em 1996.[1]
Onze equipes iniciaram o campeonato, porém a Super Aguri anunciou sua desistência em 6 de maio de
2008, alegando problemas financeiros e completando apenas quatro corridas. Esta foi a última
temporada que a equipe Honda participou, deixando a Fórmula 1 no final de dezembro também
alegando problemas financeiros. Esta foi também a última temporada com a utilização de pneus
ranhurados, usados desde 1998, sendo substituídos pelos pneus slicks na temporada seguinte.
Índice
1 Equipes e pilotos
2 Calendário
3 Mudanças no regulamento
4 Pré-temporada
5 Resumo
6 Resultados e classificação
7.2 Crashgate
8 Ver também
9 Notas
10 Referências
11 Ligações externas
Equipes e pilotos
Havia um total de sete equipes inscritas para competir no campeonato por meio de um acordo com a
Formula One Management (FOM) e quatro equipes possuindo acordo com a Grand Prix Manufacturers
Association (GPMA). Todas as equipes tiveram direito de indicar dois pilotos para competir no
campeonato. Pela primeira vez na história da Fórmula 1, não houveram trocas de pilotos entre as
equipes no decorrer da temporada. Todas as equipes competiram com pneus fornecidos pela
Bridgestone.[2]
Em 14 de fevereiro de 2006, o presidente da FIA, Max Mosley, anunciou que todas as equipes
interessadas em competir na temporada de 2008 teriam um prazo de sete dias para enviarem seus
pedidos de inscrição.[3] Ao todo, foram recebidas 21 inscrições de equipes. Em 28 de abril de 2006, a FIA
anunciou que apenas doze licenças haviam sido concedidas, onze para as equipes que formaram o grid e
uma para a equipe Prodrive F1, liderada pelo ex-piloto e dirigente David Richards. No entanto, apesar da
equipe ter sido aceita, Richards anunciou mais tarde que a equipe não competiria em 2008 devido a uma
disputa sobre a legalidade dos carros projetados.[4] Algumas das equipes rejeitadas pela FIA foram a
Minardi,[5] Jordan Grand Prix,[6] Direxiv[7] e Carlin Motorsport.[8]
Equipe Construtor Chassi Motor[a] N.º Pilotos Etapas
Itália Scuderia Ferrari Marlboro Ferrari F2008[9] Ferrari 056 1 Finlândia Kimi
Räikkönen[10] Todas
França ING Renault F1 Team Renault R28[14]Renault RS27 5 Espanha Fernando Alonso[15]
Todas
Áustria Red Bull Racing Red Bull-Renault RB4[19]Renault RS27 9 Reino Unido David
Coulthard[20] Todas
Japão Panasonic Toyota Racing Toyota TF108[22] Toyota RVX-08 11 Itália Jarno Trulli[23]
Todas
Japão Honda Racing F1 Team Honda RA108[29] Honda RA808E 16 Reino Unido Jenson
Button[30] Todas
Japão Super Aguri F1 Team Super Aguri-Honda SA08[32] Honda RA808E 18 Japão
Takuma Sato[2] 1–4[nota 1]
Notas
A Force India F1 entrou na Fórmula 1 após Vijay Mallya adquirir a equipe Spyker.
Rumores sobre a possível venda da equipe Spyker F1 surgiram nos últimos meses da temporada de
2007.[41] Em 24 de outubro de 2007, o empresário indiano Vijay Mallya recebeu permissão para
renomear a equipe para Force India F1. A nova equipe realizou uma cerimônia com os novos pilotos em
janeiro de 2008, apresentando Giancarlo Fisichella como primeiro piloto e Adrian Sutil como segundo,
além do piloto de testes Vitantonio Liuzzi.[37]
Após já se iniciar a temporada de 2008, no dia 6 de maio a equipe Super Aguri F1 anunciou sua
desistência do campeonato e saída da Fórmula 1. A equipe estava com problemas financeiros desde o
final de 2007 após não receber pagamentos de um contrato de patrocínio.[44] A Super Aguri rejeitou
uma oferta de compra em janeiro de 2008 de um consórcio indiano liderado pelo CEO do Spice Group,
sob a condição de o piloto indiano Narain Karthikeyan pilotar na equipe, porque isso significava rebaixar
ou demitir um de seus pilotos do grid em 2007.[45] Apesar disso, a Super Aguri não conseguiu assinar
nenhum contrato até que acordos fossem alcançados com seus patrocinadores.[46] Takuma Sato e
Anthony Davidson foram confirmados como pilotos em 10 de março.[47] A Super Aguri anunciou que
havia sido feito um grande acordo com o Magma Group para resolver os problemas financeiros da
equipe, no entanto o acordo fracassou.[48] No início da temporada de 2008, o presidente da FIA Max
Mosley já havia afirmado que a equipe não chegaria à disputa da última corrida na temporada.[49]
Mudanças de pilotos
Após competir na categoria por dez anos, Ralf Schumacher decidiu não participar da temporada de
2008. Ele foi substituído na Toyota pelo campeão da GP2 Series em 2007, Timo Glock.
Fernando Alonso, bicampeão mundial, deixou a McLaren após uma única temporada para voltar à
Renault.[50] Ele foi substituído na McLaren por Heikki Kovalainen, que já havia substituído Alonso na
Renault na temporada anterior. Giancarlo Fisichella, outro piloto da Renault em 2007, foi contratado pela
nova equipe Force India F1, substituindo o piloto da Spyker Sakon Yamamoto, que se tornou o piloto de
testes da Renault.[51] O lugar de Fisichella na Renault foi ocupado pelo então piloto de testes da equipe
Nelson Piquet Jr., filho do tricampeão mundial Nelson Piquet.[50]
Após um teste mal sucedido para a Force India em dezembro de 2007, Ralf Schumacher deixou a Toyota
para ingressar na Deutsche Tourenwagen Masters (DTM). O campeão da GP2 Series em 2007, Timo
Glock, que também havia sido piloto de testes da BMW Sauber, ocupou a vaga deixada por Schumacher.
[52]
Sébastien Bourdais, que conquistou seu quarto título consecutivo de Champ Car em 2007, ingressou na
Toro Rosso em 2008, substituindo Vitantonio Liuzzi, que foi contratado pela Force India como piloto de
testes.[53]
Calendário
Equipes e pilotos
Havia um total de sete equipes inscritas para competir no campeonato por meio de um acordo com a
Formula One Management (FOM) e quatro equipes possuindo acordo com a Grand Prix Manufacturers
Association (GPMA). Todas as equipes tiveram direito de indicar dois pilotos para competir no
campeonato. Pela primeira vez na história da Fórmula 1, não houveram trocas de pilotos entre as
equipes no decorrer da temporada. Todas as equipes competiram com pneus fornecidos pela
Bridgestone.[2]
Em 14 de fevereiro de 2006, o presidente da FIA, Max Mosley, anunciou que todas as equipes
interessadas em competir na temporada de 2008 teriam um prazo de sete dias para enviarem seus
pedidos de inscrição.[3] Ao todo, foram recebidas 21 inscrições de equipes. Em 28 de abril de 2006, a FIA
anunciou que apenas doze licenças haviam sido concedidas, onze para as equipes que formaram o grid e
uma para a equipe Prodrive F1, liderada pelo ex-piloto e dirigente David Richards. No entanto, apesar da
equipe ter sido aceita, Richards anunciou mais tarde que a equipe não competiria em 2008 devido a uma
disputa sobre a legalidade dos carros projetados.[4] Algumas das equipes rejeitadas pela FIA foram a
Minardi,[5] Jordan Grand Prix,[6] Direxiv[7] e Carlin Motorsport.[8]
Itália Scuderia Ferrari Marlboro Ferrari F2008[9] Ferrari 056 1 Finlândia Kimi
Räikkönen[10] Todas
França ING Renault F1 Team Renault R28[14]Renault RS27 5 Espanha Fernando Alonso[15]
Todas
Áustria Red Bull Racing Red Bull-Renault RB4[19]Renault RS27 9 Reino Unido David
Coulthard[20] Todas
Japão Panasonic Toyota Racing Toyota TF108[22] Toyota RVX-08 11 Itália Jarno Trulli[23]
Todas
Japão Honda Racing F1 Team Honda RA108[29] Honda RA808E 16 Reino Unido Jenson
Button[30] Todas
Japão Super Aguri F1 Team Super Aguri-Honda SA08[32] Honda RA808E 18 Japão
Takuma Sato[2] 1–4[nota 1]
Notas
A Force India F1 entrou na Fórmula 1 após Vijay Mallya adquirir a equipe Spyker.
Rumores sobre a possível venda da equipe Spyker F1 surgiram nos últimos meses da temporada de
2007.[41] Em 24 de outubro de 2007, o empresário indiano Vijay Mallya recebeu permissão para
renomear a equipe para Force India F1. A nova equipe realizou uma cerimônia com os novos pilotos em
janeiro de 2008, apresentando Giancarlo Fisichella como primeiro piloto e Adrian Sutil como segundo,
além do piloto de testes Vitantonio Liuzzi.[37]
Após já se iniciar a temporada de 2008, no dia 6 de maio a equipe Super Aguri F1 anunciou sua
desistência do campeonato e saída da Fórmula 1. A equipe estava com problemas financeiros desde o
final de 2007 após não receber pagamentos de um contrato de patrocínio.[44] A Super Aguri rejeitou
uma oferta de compra em janeiro de 2008 de um consórcio indiano liderado pelo CEO do Spice Group,
sob a condição de o piloto indiano Narain Karthikeyan pilotar na equipe, porque isso significava rebaixar
ou demitir um de seus pilotos do grid em 2007.[45] Apesar disso, a Super Aguri não conseguiu assinar
nenhum contrato até que acordos fossem alcançados com seus patrocinadores.[46] Takuma Sato e
Anthony Davidson foram confirmados como pilotos em 10 de março.[47] A Super Aguri anunciou que
havia sido feito um grande acordo com o Magma Group para resolver os problemas financeiros da
equipe, no entanto o acordo fracassou.[48] No início da temporada de 2008, o presidente da FIA Max
Mosley já havia afirmado que a equipe não chegaria à disputa da última corrida na temporada.[49]
Mudanças de pilotos
Após competir na categoria por dez anos, Ralf Schumacher decidiu não participar da temporada de
2008. Ele foi substituído na Toyota pelo campeão da GP2 Series em 2007, Timo Glock.
Fernando Alonso, bicampeão mundial, deixou a McLaren após uma única temporada para voltar à
Renault.[50] Ele foi substituído na McLaren por Heikki Kovalainen, que já havia substituído Alonso na
Renault na temporada anterior. Giancarlo Fisichella, outro piloto da Renault em 2007, foi contratado pela
nova equipe Force India F1, substituindo o piloto da Spyker Sakon Yamamoto, que se tornou o piloto de
testes da Renault.[51] O lugar de Fisichella na Renault foi ocupado pelo então piloto de testes da equipe
Nelson Piquet Jr., filho do tricampeão mundial Nelson Piquet.[50]
Após um teste mal sucedido para a Force India em dezembro de 2007, Ralf Schumacher deixou a Toyota
para ingressar na Deutsche Tourenwagen Masters (DTM). O campeão da GP2 Series em 2007, Timo
Glock, que também havia sido piloto de testes da BMW Sauber, ocupou a vaga deixada por Schumacher.
[52]
Sébastien Bourdais, que conquistou seu quarto título consecutivo de Champ Car em 2007, ingressou na
Toro Rosso em 2008, substituindo Vitantonio Liuzzi, que foi contratado pela Force India como piloto de
testes.[53]
Calendário
15 Grande Prêmio de Singapura Singapura Marina Bay Street Circuit, Singapura 28 de setembro
18 Grande Prêmio do Brasil Brasil Autódromo José Carlos Pace, São Paulo 2 de novembro
Mudanças no calendário
O novo Circuito Urbano de Marina Bay que passou a sediar o Grande Prêmio de Singapura à noite.
Singapura sediou seu primeiro Grande Prêmio em 2008, com contrato para as próximas cinco
temporadas. A corrida, realizada em um circuito de rua projetado pelo KBR, é a primeira corrida noturna
da história da Fórmula 1.[55] Além da corrida, a segunda sessão de treinos livres e a sessão de
qualificação também ocorrem à noite.[56]
O Grande Prêmio da Europa foi sediado no Circuito Urbano de Valência em 2008, passando de
Nürburgring, que sediou o evento até 2007. Como os dois circuitos alemães são habilitados a sediar uma
corrida de Fórmula 1, o Grande Prêmio da Alemanha ocorreu em Hockenheimring em 2008, e continuou
a alternar entre esses dois circuitos anualmente até 2014.[57]
O Indianapolis Motor Speedway não sediou um Grande Prêmio em 2008 após sete temporadas. No
entanto, um possível retorno a Indianapolis no futuro não foi totalmente descartado, embora o Grande
Prêmio dos Estados Unidos tenha retornado em 2012 no Circuito das Américas em Austin, Texas.[58]
Antes do Grande Prêmio da França de 2007, foi anunciado que seria o último Grande Prêmio a ser
realizado em Magny-Cours.[59] Algumas alternativas sugeridas para o Grande Prêmio da França incluem
Paul Ricard ou um novo circuito perto da Disneyland Paris ou do Aeroporto Charles de Gaulle. No
entanto, em 24 de julho de 2007, Bernie Ecclestone anunciou sua decisão de manter a corrida em
Magny-Cours em 2008 e 2009, caso não houvesse outras alternativas.[60]
Mudanças no regulamento
Uma centralina eletrônica padrão foi fornecida pela Microsoft MES, uma joint venture entre a Microsoft
e a McLaren Electronic Systems.[61] O controle de tração e o controle de largada foram banidos junto
com vários outros auxílios eletrônicos, incluindo a redução de frenagem do motor.[62] O
desenvolvimento dos motores sofreu um congelamento para as cinco temporadas seguintes, iniciando
em 2008, com a primeira troca de motor não programada da temporada causando uma punição de dez
posições no grid de largada.[63][64] O combustível dos carros deve ser composto por ao menos 5,75%
de materiais biodegradáveis.[65]
Caixas de câmbio adicionais foram disponibilizadas para as últimas quatro corridas, e a punição de cinco
posições no grid de largada para trocas não previstas continuou. Caso um piloto não terminasse uma
corrida, ele poderia trocar a caixa de câmbio para a próxima sem receber uma penalidade.[66] A
utilização de um carro reserva foi restringido. Cada equipe não teria permissão para ter mais de dois
carros disponíveis para uso a qualquer momento. Nesse contexto, um carro era considerado se
contivesse uma célula de sobrevivência parcialmente montada, equipada com um motor, qualquer
suspensão dianteira, carroceria, radiadores, tanques de óleo ou trocadores de calor.[66]
A Bridgestone seria fornecedora oficial de pneus para as temporadas de 2008 a 2010.[67] Eles também
marcariam seus pneus para condições extremas de chuva com uma linha branca na ranhura central, para
diferenciá-la do composto para chuva menos intensa.[68] Nenhuma equipe competidora foi autorizada a
realizar mais de 30 mil quilômetros de testes durante o ano de 2008.[66]
Treinos classificatórios
A primeira parte da qualificação (Q1) teve seu tempo prolongado para 20 minutos e a parte final da
qualificação (Q3) diminuiu para 10 minutos. Um tempo mínimo de volta para cada sessão de qualificação
foi implementado a partir da etapa do Barém, visando evitar os pilotos que retornam aos boxes em
velocidades perigosamente baixas, como ocorrido na etapa da Malásia. O tempo mínimo de volta foi
diferente para cada etapa.[69]
A partir de 8 de maio de 2008, a FIA anunciou que, com a saída da equipe Super Aguri, os procedimentos
de qualificação foram alterados. Em vez de seis pilotos serem eliminados ao final da primeira sessão,
apenas os cinco pilotos com os piores tempos seriam eliminados. Seguindo nesta linha, ao final da
segunda sessão, os cinco pilotos com os piores tempos também seriam eliminados.[70]
Pré-temporada
Bicampeão mundial Fernando Alonso durante os testes com a Renault R28 no Circuito Ricardo Tormo,
em Valência.
A primeira sessão de testes da pré-temporada foi realizada em Jerez em 14 de janeiro de 2008. Ferrari,
McLaren e Toyota testaram seus novos carros de 2008. A Williams testou uma versão modificada do
Williams FW29, de 2007, enquanto a Renault e a Red Bull testaram seus carros de 2007. Honda, Toro
Rosso, Super Aguri e Force India também compareceram. A BMW Sauber não estava presente por conta
do lançamento de seu novo carro.[71] As próximas quatro sessões de testes foram realizadas em
Valência, sendo a primeira em 22 de janeiro. Renault e Williams foram as únicas equipes na pista no
primeiro dia de testes, com seus carros de 2008.[72] Nos três dias seguintes, todas as equipes foram à
pista, com exceção da Super Aguri. No início de fevereiro, três sessões de testes foram realizados em
Barcelona. Mais uma vez, todas as equipes, exceto a Super Aguri, estavam na pista. No primeiro dia de
testes, Kazuki Nakajima sofreu um acidente com sua Williams FW30.[73] Em 4 de fevereiro, Ferrari e
Toyota foram ao Barém para continuar testando seus novos carros.[74]
Em 12 de fevereiro, os testes retornaram a Jerez. Red Bull e Williams foram as únicas equipes na pista no
primeiro dia.[75] No segundo dia de testes, todas as equipes foram à pista, com exceção de Ferrari e
Toyota, que ainda estavam testando no Barém. Depois de adiar o lançamento do SA08 e cancelar os
testes em Valência, a Super Aguri testou uma versão modificada de seu carro de 2007 pela primeira vez.
[76]
Os testes foram novamente para Barcelona em 19 de fevereiro. O primeiro dia de testes começou na
chuva com a Williams, Red Bull, Renault e Toyota presentes. A BMW estava testando por conta própria
ainda em Jerez.[77] A Super Aguri não compareceu, apesar de prometer uma entrevista com a mídia,
alegando motivos de força maior. No segundo dia, a Ferrari esteve na pista e liderou os tempos com
Felipe Massa na pista molhada. A McLaren se juntou no último dia. A última sessão de testes começou
em 25 de fevereiro, com todas as equipes, exceto a Super Aguri. Lewis Hamilton liderou no primeiro dia,
mantendo a dobradinha da McLaren no segundo dia e a Toyota foi mais rápida com Jarno Trulli no
terceiro dia.[78]
1 Espanha Circuito de Jerez, Jerez Dia Piloto Equipe Melhor tempo Voltas Ref.
2 Espanha Circuito Ricardo Tormo, Valência Dia Piloto Equipe Melhor tempo Voltas
Ref.
4 Espanha Circuito de Jerez, Jerez Dia Piloto Equipe Melhor tempo Voltas Ref.
Resumo
Nick Heidfeld e Nico Rosberg durante uma das entradas do carro de segurança no GP da Austrália.
A temporada de 2008 iniciou de maneira incomum no GP da Austrália, com nove carros retirados por
acidentes, cinco retirados com falhas, uma desqualificação e apenas sete pilotos que concluíram a
corrida. Lewis Hamilton evitou toda a confusão ocorrida atrás dele e abriu uma larga vantagem na
primeira posição, mesmo com diversas entradas do carro de segurança.[96] Ao final, parabenizou a
McLaren pela qualidade superior do carro, afirmando inclusive que sua dirigibilidade era superior que a
versão da temporada anterior, alfinetando inclusive o campeão mundial Fernando Alonso, afirmando
que o desenvolvimento do carro se deu com a sua saída da equipe.[97] Os dois pilotos da Ferrari não
fizeram uma boa corrida, com os dois carros retirados por falhas no motor. Felipe Massa declarou após a
corrida que os carros da Ferrari não deveriam sofrer este tipo de falha, considerando a alta
confiabilidade de seu motor.[98]
Na segunda etapa da temporada no GP da Malásia, após não obter resultados satisfatórios na Austrália,
a Ferrari conquistou uma vitória dominante, com Kimi Räikkönen cruzando a linha de chegada cerca de
vinte segundos à frente de Robert Kubica da BMW Sauber. Massa, que largou na pole position, teve um
problema durante a troca de pneus em seu pit stop e depois sofreu novamente um problema de motor,
sendo obrigado a se retirar. Tanto Hamilton como Heikki Kovalainen da McLaren sofreram uma punição
de cinco posições no grid de largada por atrapalhar Nick Heidfeld durante o treino classificatório.[99]
Hamilton teve um ótimo início e, já no final da primeira volta, subiu para a quinta colocação, enquanto
Kovalainen mas não conseguiu superar o sétimo lugar nas etapas iniciais. Hamilton também sofreu um
problema com a poeira dos freios de outros carros, fazendo com que sua parada levasse cerca de vinte
segundos, e fazendo com que terminasse na quinta posição, sem chances de disputar o pódio.[100] A
surpresa da corrida ficou por conta de Jarno Trulli da Toyota, que conseguiu manter o ritmo da
classificação e terminou a corrida na quarta posição.[101]
Jenson Button cruzando a areia de contenção da pista durante o GP do Barém.
Para fechar a primeira parte das corridas asiáticas da temporada, no Grande Prêmio do Barém, Massa
precisava de uma vitória ou pelo menos um desempenho forte para ofuscar os desempenhos ruins nas
duas primeiras etapas. Largando em segundo, já na primeira volta ultrapassou Kubica, que tinha largado
na pole. A partir daí, a Ferrari passou a dominar a corrida, com Räikkönen pulando da quarta posição
para a segunda, terminando a corrida apenas três segundos atrás de Massa, consolidando a primeira
dobradinha da Ferrari na temporada.[102] Hamilton teve mais uma corrida ruim, mesmo largando na
terceira posição do grid, acabou caindo para a décima colocação ao bater na traseira de Alonso e
quebrar o bico do carro, necessitando de uma parada extra para troca. A BMW Sauber obteve um bom
resultado, com Kubica fechando o pódio na terceira posição e Heidfeld terminando em quarto,
assumindo a liderança do campeonato de construtores após a corrida.[103] Com a segunda colocação,
Räikkönen também assumiu a liderança do campeonato de pilotos, com Kubica subindo para o segundo
lugar e Hamilton, após um resultado ruim, ocupando a terceira posição.[104]