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COMUNICAÇÃO F. Pacheco Torgal, Eng. Civil Sénior, Doutor em Eng. Civil, Unidade de Investig. C-TAC, Univ.

do Minho
Said Jalali, Eng. Civil, Prof. Catedrático, Departamento de Eng. Civil, Univ. do Minho

ENGENHARIA CIVIL

Ligantes Geopoliméricos.
Uma Alternativa ao Cimento Portland?
RESUMO Tenha-se presente, a este respeito, que a pro- menciona um estudo sobre pontes construí-
O presente artigo aborda o desenvolvimento de uma dução de cimento Portland a nível mundial, das na Noruega, em que 25% apresentavam,
nova família de materiais ligantes, obtidos a partir embora somente de 1.200 milhões de tone- pouco tempo depois, deterioração por corro-
da activação de alumino-silicatos, que se caracterizam ladas anuais no início do séc. XX, é já de 2.600 são de armaduras. Outros autores [4] citam
por uma elevada durabilidade e menores emissões milhões de toneladas/ano, sendo que as pro- estudos que indicam que 40% das cerca de
de dióxido de carbono que o cimento Portland, jecções apontam para que este valor possa 600 mil pontes existentes nos Estados Uni-
constituindo-se como um sério contributo para uma duplicar nos próximos 40 anos (Fig.1), facto dos estariam afectadas pela corrosão, o que
construção mais sustentável. que agravará de modo substancial os efeitos implicaria custos de reparação de aproxima-
negativos das referidas emissões. Actualmente, damente 50 mil milhões de dólares.
a indústria cimenteira produz cimentos com De facto, as estruturas de betão armado
1. INTRODUÇÃO substituição parcial por filler (pó de pedra) e construídas com cimento Portland têm na
subprodutos de características cimentícias sua durabilidade o seu “calcanhar de Aqui-
A investigação sobre ligantes alternativos ao (escórias) e pozolânicas (cinzas volantes), de les”. A sua vida útil prevista era de 100 anos
cimento Portland merece, desde há alguns forma a reduzir o seu nível de emissões e tam- nos anos 50, 75 anos nos anos 70 e actual-
anos a esta parte, uma particular atenção por bém o seu custo. Contudo, o potencial de re- mente é já (em grande parte dos casos) so-
parte da comunidade científica. Por um lado, dução de emissões obtido dessa forma é, no mente de 50 anos [5]. Como já reconhecia
tal deve-se ao reduzido desempenho am- entanto, e segundo alguns investigadores, bas- o Engenheiro Sousa Coutinho na sua medi-
biental daquele ligante, em termos de emis- tante limitado. Por outro lado, as investiga- ática obra “...a sua elevada alcalinidade torna-
sões de carbono, já que durante a sua pro- ções sobre novos materiais ligantes ficam tam- -o um material instável... pelo que a sua du-
dução ocorrem emissões de CO2 através da bém a dever-se ao facto de bastantes estru- ração não será muito longa...”. Para lá da-
descarbonização do calcário (CaCO3), de turas construídas com recurso ao cimento quilo que é a reduzida durabilidade dessas
acordo com a reacção abaixo: Portland (há apenas algumas décadas atrás) estruturas, em virtude de deficiente coloca-
apresentarem já sinais de deterioração pre- ção e cura do betão, na verdade, a durabili-
3CaCO3 + SiO2  Ca3SiO5 + 3CO2 coce. Na verdade, são inúmeros os casos de dade fica a dever muito ao próprio material
deterioração precoce de estruturas de betão em si, que apresenta uma elevada quanti-
Para cada tonelada de clinquer vão, assim, li- armado. Mehta [2] refere um caso de dete- dade de cal, que é facilmente susceptível de
bertar-se para a atmosfera 579 kg de CO2, e rioração de estacas 12 anos após a sua cons- ataque químico e com uma permeabilidade
isto independentemente da eficiência do pro- trução e também um caso de um túnel no relativamente elevada, que permite o ingres­so
cesso utilizado. A este valor é ainda necessá- Dubai que, concluído em 1975, teve de ser de água, gases e substâncias agressivas, que
rio somar aproximadamente 390 kg de CO2, completamente reparado em 1986. Gjorv [3] provocam fenómenos de carbonatação e de
devidos à utilização de combustí- corrosão das armaduras.
veis fósseis consumidos durante a
6
produção do clinquer. Simplifica- Projecções 2. LIGANTES GEOPOLIMÉRICOS
damente, pode, por isso, afirmar- 5
-se que durante a produção de uma Países em Os ligantes geopoliméricos, tam-
1000 Milhões de Toneladas

desenvolvimento
tonelada de clinquer de cimento 4 bém usualmente designados por
se produz quase uma tonelada de ligantes obtidos por activação al-
CO2. Como é público, as emis- 3 calina, remontam à década de 40,
sões de carbono constituem hoje Índia com os trabalhos de Purdon [6]
motivo de grande preocupação, 2 na Bélgica, que utilizou escorias
China
não só pelo facto de serem as pri- activadas alcalinamente com hi-
1
meiras responsáveis pelas altera- dróxido de sódio. Contudo, foi
ções climáticas do nosso planeta, OCDE Glukhovsky [7] o primeiro inves-
0
como também por poderem vir a tigador a analisar os ligantes uti-
1990 2000 2010 2020 2030 2040 2050
implicar penalizações financeiras lizados em construções históricas,
Fig. 1 – Previsão do consumo de cimento Portland [1]
para os países onde são emitidas. como nas pirâmides egípcias e nos

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templos romanos, concluindo serem os mes- camadas são orientadas aleatoriamente, como dade de iões positivos (Na+, K+, Li+, Ca2+,
mos compostos por aluminosilicatos cálcicos aconteceria num ligante tradicional. Estudos Ba2+, NH4+, H3O+) estarem presentes na
hidratados, à semelhança dos que ocorrem mineralógicos por difracção de raios-X de estrutura para compensarem o défice de carga
no cimento Portland e fases cristalinas do amostras das várias pirâmides indicam que a eléctrica do Al3+ em coordenação tetraédrica
tipo analcite, uma rocha natural existente na calcite (CaCO3) é a fase cristalina predomi- (após desidroxilação o alumínio passa de co-
crusta terrestre e que explicaria a durabili- nante, contudo detecta-se também na micro- ordenação 6 (octaédrica) para 4 (tetraédrica),
dade daquele tipo de ligantes. estrutura um material amorfo composto por a qual é mais instável. De acordo com Davi-
Baseando-se nessas investigações, Glukhovsky aluminosilicatos e um zeolito do tipo analcite dovits, os geopolimeros são polímeros pelo
desenvolve um novo tipo de ligantes a que (Na2O. Al2O3.4SiO2. 2H2O). Aliás, em 2004, facto de se transformarem, policondensarem,
chama de “solo-cimento”; a designação ganharem forma e endurecerem rapi-
“solo” pelo facto de se assemelhar a Poly(sialate)
O O damente a baixa temperatura. Adicio-
O Si O AI O
uma rocha natural, e “cimento” pela Si:AI=1 (-Si-O-AI-O-)
SiO4 AiO4 nalmente também são GEO-polime-
O O
sua capacidade ligante. Os “solo-cimen- O O O ros, isto é, inorgânicos, duros, estáveis
Poly(sialate-siloxo)
tos” eram obtidos a partir de alumino- Si:AI=2 (-Si-O-AI-O-Si-O-)
O Si O AI O Si O até temperaturas até 1250 ºC e não
silicatos minerais moídos, misturados O O O inflamáveis. Relativamente às emissões
O O O O
com resíduos industriais ricos em alcá- Poly(sialate-disiloxo) de dióxido de carbono dos ligantes geo­
O Si O AI O Si O O
Si:AI=3 (-Si-O-AI-O-Si-O-Si-O-) Si
lis. As pesquisas no domínio dos ligan- O O O O poliméricos, Davidovits refere um valor
tes obtidos por activação alcalina so- O O O de 184 kg de CO2 por tonelada de li-
Si O Si O Si O
freram um incremento exponencial a O O O gante; este valor deve, no entanto, ser
O
Si:AI>3
partir das descobertas efectuadas pelo Sialate link O O
AI +
K encarado com algumas reservas, já que
O O
investigador francês Joseph Davidovits Si O Si O Si O o mesmo não é confirmado por inves-
[8], que desenvolveu e patenteou li- O O O
tigações mais recentes [11], que refe-
gantes obtidos por activação alcalina Fig.2 – Tipos de Pol (sialatos) [9] rem reduções relativamente às emis-
de caulino e metacaulino, tendo criado sões do cimento Portland que ainda
em 1978 o termo “geopolimero”. Para Davi- o investigador belga G. Demortier publicou assim podem chegar a 100%. Outros autores
dovits, os geopolimeros são uma adaptação um estudo efectuado com recurso a resso- [12] compararam a análise do ciclo de vida
moderna de processos utilizados pelos Roma- nância magnética nuclear (NMR) e levado a de betões geopoliméricos, relativamente a be-
nos e Egípcios em termos de ligantes estru- cabo no Laboratoire d´Analyses par Reactions tões à base de cimento Portland, concluindo
turais. Este autor, após estudos sobre as pirâ- Nuclaires (LARN), no qual são avançados ar- que os primeiros apresentam emissões que
mides do Egipto, aventa mesmo a hipótese gumentos bastante sólidos em defesa da te- são quase 70% inferiores às dos últimos. Os
daquelas construções não utilizarem pedra se do Professor Davidovits. A comparação ligantes geopoliméricos, podem utilizar como
natural mas antes ligantes produzidos pela dos espectros de ressonância para a sílica e a matéria-prima qualquer material inorgânico
mão humana. Baseando-se em estudos quí- alumina, entre uma amostra da pirâmide de constituído por sílica e alumina [13], mas pre-
micos e mineralógicos, constatou que os re- Kéops e uma amostra de ligante geopolimé- ferencialmente que tenha sido sujeito a um
feridos blocos não são de pedra calcária na- rico, revela que a primeira contém aproxima- tratamento térmico, que o torne um material
tural, mas sim de um ligante feito a partir da damente 15% de ligante geopolimérico. Da- amorfo (mais reactivo). Desta forma, podem
mistura de calcário oriundo de Gizé com vidovits sugeriu para a designação química de ser utilizados como matérias-primas para os
NaOH, produzido no local pela mistura de geopolimeros o termo poli(sialatos), em que ligantes geopoliméricos, cinzas escórias ou até
cal, carbonato de sódio e água. Segundo as Sialato é uma abreviação para óxido alumi- mesmo resíduos de minas e pedreiras, mesmo
análises efectuadas, enquanto as pedras na- nosilicato. aqueles contendo metais alcalinos. A nível
turais são compostas por folhas fossilizadas A rede de sialatos é composta por aniões te- mundial, a investigação na área dos ligantes
dispostas paralelamente entre si em camadas traédricos [SiO4]4- e [AlO4]5- compartilhando geopoliméricos centra-se hoje quase exclusi-
sedimentares, nos blocos das pirâmides essas os oxigénios dos vértices. Havendo necessi- vamente sobre as cinzas volantes, devido à

Fig. 3 – Escombreiras das Minas da Panasqueira junto aos lagos de lamas residuais que foram objecto de investigação

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elevada quantidade que é anualmente produ- tipo alcáli-silica, seja por formação retardada
zida, estimando-se que apenas 20% desse vo- de etringite [18]. Além disso, e como refe-
lume seja reaproveitado. Em Portugal, no en- rem alguns investigadores [19], um aumento
tanto, a escassez desse tipo de subprodutos de três vezes da capacidade resistente de um
(anualmente são produzidos apenas 0,4 mi- betão, implica reduções na ordem dos 50%
lhões de toneladas de cinzas e escórias), o que no consumo de aço (em pilares) e de 33% no
representa menos de 10% da produção nacio- consumo do volume de betão, pela utilização
nal de cimento Portland, leva a que a produ- de secções mais esbeltas. Por outro lado, como
ção de ligantes geopoliméricos só seja exequí- os geopolimeros apresentam resistências à
vel pelo recurso a precursores ricos em sílica tracção bastante elevadas de aproximadamente
e alumina de origem mineral. Relativamente 10MPa, tal facto poderá permitir poupanças
a este contexto, Portugal possui, felizmente, acrescidas no consumo de aço. A estas vanta-
Fig.4 – Manilhas para redes de águas residuais
uma tipologia de resíduos industriais onde pre- gens, acresce ainda que estes materiais apre-
em betão geopolimérico com uma vida útil estimada
dominam os resíduos de minas e pedreiras de 900 anos [20] sentam uma vida útil superior ao cimento
(58%), com a particularidade desse volume Portland (Fig. 4) e permitem a colocação de
estar distribuído, de forma mais ou menos ho- correntes, para classes de resistência C50/60 estruturas em serviço mais rapidamente (ao
mogénea, por todo o território nacional, com ou superiores, pelo que, a curto prazo, a sua fim de apenas 24h os geopolimeros apresen-
excepção da região algarvia. A reutilização exploração deverá passar por nichos de mer- tam uma resistência mecânica bastante ele-
deste tipo de resíduos na produção de novos cado que façam uso de betões de elevado de- vada, nalguns casos de quase 40MPa). A médio
ligantes, trará assim vantagens ambientais acres- sempenho. Enquadram-se nesta situação, por prazo, é previsível que o elevado nível de emis-
cidas, além daquelas que resultam de um ma- exemplo, as travessas monobloco para tráfego sões de CO2, geradas na produção do clin-
terial caracterizado pelo seu reduzido nível de ferroviário, as quais implicam o uso de betões quer de cimento Portand, passe a ser consi-
emissões de dióxido de carbono. com uma resistência à compressão aos 28 dias derado como um custo ambiental daquele li-
No âmbito dos seus trabalhos de Doutora- acima de 60MPa. Importa, aliás, ter presente gante, pelo que tal irá certamente reduzir de
mento realizados entre 2004 e 2007 na Uni- a este respeito, que são bastante frequentes forma considerável a competitividade econó-
versidade da Beira Interior, o primeiro autor os casos de deterioração precoce de travessas mica do mesmo, face aos ligantes geopolimé-
do presente artigo estudou o desenvolvimento monobloco executadas com betões à base de ricos, restando somente saber quando ocor-
de ligantes geopoliméricos a partir de resíduos cimento Portland, seja devido a reacções do rerá essa situação. 
de minas (Fig. 3), tendo conseguido sinteti-
zar um ligante caracterizado por elevadas re- Referências Bibliográficas
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