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Sujeitos alunos da EJA: o relato de um trabalhador da construção civil

Maria José Elias dos Santos1

Resumo

O presente trabalho surge a partir de uma atividade de campo da disciplina Fundamentos da Educação
de Jovens e Adultos do Mestrado em Educação Brasileira do Centro de Educação da Universidade
Federal de Alagoas. A referida atividade teve como objetivo a caracterização dos sujeitos da Educação
de Jovens e Adultos. Para tal, foi realizada uma entrevista semi-estruturada com jovens, adultos e/ou
idosos que estivessem em processo de alfabetização, escolarização ou fora dele.

Palavras chave: Educação de Jovens e Adultos, Alfabetização, Sujeito

Primeiras palavras

Buscando caracterizar quem são os sujeitos da Educação de Jovens e Adultos – EJA,


realizamos em abril do corrente ano uma entrevista semi-estruturada com o senhor Francisco
Ferreira. Ele é casado, pai de 4 filhos, tem 57 anos, trabalha na construção civil e frequenta
uma turma de alfabetização de adultos na empresa em que trabalha. Vale ressaltar que esta foi
a razão pela qual optamos por fazer a entrevista com ele. A entrevista ocorreu na casa dele e
desenvolveu-se de forma muito espontânea onde quase não se fez necessário fazer
intervenção.
No decorrer da entrevista ele relata como vem se dando essa experiência de estudar
no local de trabalho. Fala de como se deu seu contato com a leitura e a escrita antes de
freqüentar essa turma de alfabetização e expõe a impressão que tinha da escola quando
criança.

1. Um olhar na História

Desde que se discute EJA no Brasil é recorrente o discurso de que ela deve atender
aquelas pessoas que historicamente tiveram negado o acesso à escolarização. Nesse sentido,
muito se tem falado na oferta de educação para pessoas jovens e adultas, entretanto, por mais
que se venha investindo em programas para a área, os índices (%) de analfabetismo entre as
pessoas com 15 anos ou mais apontam para a necessidade da ampliação desse atendimento.

1
Pedagoga, especialista em Educação de Jovens e Adultos. Técnica pedagógica do Departamento de Educação
de Jovens e Adultos da Secretaria Municipal de Educação de Maceió/AL.
Acreditamos que isso se deve ao fato da Educação de Jovens e Adultos no Brasil ter
sempre sido tratada com ações paliativas e compensatórias buscadas através de campanhas,
programas e projetos. Nessa perspectiva, Haddad (1998), destaca que o que vem acontecendo
com a Educação de Jovens e Adultos no Brasil, é a transformação de direitos sociais em
políticas compensatórias da filantropia e do mercado, porém enfatiza que essas ações não
podem ser substitutas da ação do Estado, mas complementares.
Foram diversas campanhas tendo um maior destaque o Movimento Brasileiro de
Alfabetização – MOBRAL que funcionou do período da ditadura militar até final dos anos 80
quando foi substituído pela Fundação Educar extinta pelo governo do então presidente
Fernando Collor; a esta cabia financiar ações voltadas para a área de educação de adultos.
Com a eleição de Fernando Henrique Cardoso, entra em cena a Programa Alfabetização
Solidária que tinha como princípio básico o sistema de parceria público-privado; foram
diversas veiculadas diversas propagandas onde se convidava a população a adotar um aluno.
Quando o presidente Lula assume a Presidência da República entra em cena mais um
programa: Programa Brasil Alfabetizado que surgem como a mesma proposta dos demais,
reduzir os altos índices de analfabetismo entre a população jovem, adulta e idosa.

2. A EJA e a questão legal

A negação dos direitos sociais é algo que é muito presente da História do Brasil.
Durante muito tempo, o direito à educação formal assegurado pelo Estado limitou-se às
crianças de 7 a 14 anos.
Com a promulgação da Constituição de 1988 representa um marco importante no
campo da Educação, sobretudo na Educação de Jovens e Adultos inicia-se desde então de
acordo com o legitimado no artigo 208:
Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a
garantia de:
I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não
tiveram acesso na idade própria;2
...
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;
...
§ 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.

2
Esse texto teve sua redação modificada com a Emenda Constitucional 14/96. A nova redação ficou assim: O
dever do estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: I. ensino fundamental obrigatório e
gratuito, assegurado, inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria.
A partir de então, os jovens, adultos e idosos que frequentaram a escola e que por
alguma razão precisaram abandoná-la ou ainda que nunca a tenham freqüentado tiveram seu
acesso assegurado por lei. No entanto, apesar de tantos programas e campanhas que foram e
continuam sendo realizadas ao longo dessas quase três décadas pós Constituição esse acesso
ainda não vem sendo assegurado como proposto o que pode ser constatado, na fala do
entrevistado ao referi-se ao seu processo de exclusão social devido a falta de escolarização:
inclusive eu na V23, eu fui rejeitado porque eu não sube escrever bem, foi
essa a minha, mode essa minha iniciativa deu agora eu entrar porque eu já
era da construção civil, mas era só entrar pela janela, tchun, tchun, tchun.
Agora tem que entrar através de escrita, através de uma fichinha, uma
coisinhas, saber ler direitinho, escrever direitinho, isso ai eu não sabia.

A fala do entrevistado revela bem as conseqüências da falta de leitura e escrita na


vida do trabalhador da classe popular. Mesmo que seu trabalho – construção civil –
aparentemente não prescinda de conhecimento escolar, como ele bem diz que antes entrava
pela janela, hoje passa a ser pré-requisito: “preencher uma fichinha”. Quantos Franciscos não
deixaram de arrumar um espaço no mercado formal de trabalho por conta de não serem
alfabetizados. Como poderão deixar a condição de oprimido quando lhes é negado um direito
básico: leitura e escrita; direito este que está assegurado por lei.
Se por um lado reconhecemos que a oferta de educação para jovens e adultos no
Brasil está longe de ser universalizada – o que é lamentável, por outro lado precisamos
reconhecer os diversos avanços obtidos a partir da Constituição de 1988. O primeiro deles é a
Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Lei nº 9.394/96 que reconhece a EJA como uma
modalidade de ensino da Educação Básica dedicando-lhe uma sessão com dois artigos
(Sessão V, artigos 37 e 38) conforme podemos perceber:
Art. 37. A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não
tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio
na idade própria.
§ 1º. Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos
adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades
educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus
interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames.
§ 2º. O Poder Público viabilizará e estimulará o acesso e a permanência do
trabalhador na escola, mediante ações integradas e complementares entre si.
Art. 38. Os sistemas de ensino manterão cursos e exames supletivos, que
compreenderão a base nacional comum do currículo, habilitando ao
prosseguimento de estudos em caráter regular.
§ 1º. Os exames a que se refere este artigo realizar-se-ão:
I. no nível de conclusão do ensino fundamental, para os maiores de
quinze anos;

3
Empresa da Construção Civil.
II. no nível de conclusão de ensino médio, para os maiores de dezoito
anos.
§ 2º. Os conhecimentos e habilidades adquiridos pelos educandos por meios
informais serão aferidos e reconhecidos mediante exames.

Vale destacar que embora ainda apareça no texto à expressão supletivo, ela não tem o
mesmo sentido que o utilizado na Lei 5.692/71: reposição de escolaridade.
A Declaração de Jomtiem sobre a Educação para Todos nos lembra que:
a educação é um direito fundamental de todos, mulheres e homens, de todas
as idades, no mundo inteiro; cada pessoa – criança, jovem ou adulto – deve
estar em condições de aproveitar as oportunidades educativas voltadas para
satisfazer suas necessidades básicas de aprendizagem.

O Brasil como signatário da referida declaração ainda está distante de garantir esse
direito fundamental de todos. Entra governo, sai governo e não conseguimos perceber
avanços significativos no tocante a oferta de educação para as pessoas jovens, adultas e
idosas. Elaboram-se documentos para viabilizar essa oferta; documentos estes que
reconhecem a EJA como dívida social e apontam caminhos que podem ser trilhados rumo a
modificação desse triste quadro social. Dentre tantos, podemos citar as Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos.
As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos foram
instituídas em julho de 2000. No Parecer que as fundamenta
(...) a educação de jovens e adultos (EJA) representa uma dívida social não
reparada para com os que não tiveram acesso a e nem domínio da escrita e
leitura como bens sociais, na escola ou fora dela, e tenham sido a força de
trabalho empregada na constituição de riquezas e na elevação de obras
públicas. Ser privado desse acesso é, de fato, a perda de um instrumento
imprescindível para uma presença significativa na convivência social
contemporânea. (Soares, 2002: 32)

No Parecer, o Conselheiro Jamil Cury defende três funções distintas e


complementares para a EJA. Para ele, a primeira função é a Reparadora, cabe a esta função
garantir o acesso dos jovens e adultos à escola observando as especificidades que lhe são
peculiares; uma segunda função é a Equalizadora. Por ela, assegura-se o direito a igualdade de
acesso. A terceira função é a Equalizadora que confere a EJA a “tarefa de propiciar a todos a
atualização de conhecimentos por toda a vida...”, o que seria, de fato, o próprio sentido da
EJA.
Apesar da garantia do direito a educação a partir da Constituição de 1988 e
ratificados pela LDB 9394/96, é possível observar o descompasso entre dos dados da tabela
abaixo. Os dados apresentados na região Nordeste demonstram a estreita relação das
condições sócio econômica da população com o alarmante número de analfabetos.

Pessoas de 15 anos ou mais de idade, analfabetas, total e respectiva distribuição percentual,


por grupos de idade e cor ou raça, segundo as Grandes Regiões - 2008

3. Sujeito educando da EJA

Para Rummert (2007) a educação de jovens e adultos é uma educação de classe e


“(...) se configura, no Brasil, como oferta de possibilidades de elevação da escolaridade para
aqueles aos quais foi negado o direito à educação na fase de vida historicamente considerada
adequada.” (p. 38)
O Estado ainda não conseguiu universalizar a oferta de educação para adultos, jovens
e idosos. Procurando dá um melhor preparo para sua mão-de-obra, as empresas começam a
ofertar turmas de alfabetização para seus trabalhadores como ilustra esse trecho da entrevista:
“Eu estudo na própria empresa que eu trabalho, ela fundou a escola ai procurou quem queria
(...) estudar, oxe é comigo mesmo já que ela tá me dando essa oportunidade, lá vou eu”.
Ao tempo em que a empresa “investe” na educação de seus trabalhadores,
instrumentalizando-os para que possam desempenhar melhor suas funções, podemos perceber
a ausência da ação do Estado como responsável legal por fazer essa oferta. A empresa oferta a
alfabetização, no entanto é necessário que seja assegurada a continuidade do processo de
escolarização desses sujeitos para que não continuemos a ter analfabetos funcionais. Afinal,
como bem coloca o Sr. Francisco: “Eu quero concluir! Eu quero que uma pessoa diga você
estudou até que série, eu, eu diga, estudei a primeira série...” as pessoas jovens, adultas e
idosas que freqüentam ou voltam a freqüentar a escolar tem esse mesmo desejo, nesse sentido,
não podemos colocá-los a margem da escola.
É possível percebermos na entrevista que o seu Francisco compreende a
alfabetização par além da codificação e decodificação o que nos permite afirmar que ele é um
sujeito letrado e que, portanto reconhece os usos sociais da leitura e da escrita. Ao referir-se a
leitura ele diz: “É, pra mim é porque o bonito é você saber ler e escrever e ler bastante né e se
aprofundar na leitura, então pra mim ela é bonita porque é a base de tudo, a leitura é a base de
tudo!”.
Para o Sr Francisco, ser alfabetizado “nessas altura (...) vai ser fundamental, vai ser
ótimo”. Daí a necessidade de termos, segundo Ribeiro (2006, p.1) “...concepções e propostas
de EJA comprometidas com a formação humana (...) por entender quem são esses sujeitos e
que processos pedagógicos deverão ser desenvolvidos para dar conta de suas necessidades e
desejos.”
As pesquisas sobre a temática tem registrado avanços cada vez mais significativos os
quais reconhecem que a Educação de Jovens e Adultos é “(...) mais que um direito: é a chave
para o século XXI; é tanto conseqüência do exercício da cidadania como condição para uma
plena participação na sociedade”. (Declaração de Hamburgo – V Conferência Internacional de
Educação de Adultos).
O que podemos ilustrar com a seguinte fala do Sr. Francisco:
Bom, é porque vem ai uma, uma tempestade que eu não vou alcançar mais,
sabe lá se eu alcanço ainda né porque quando vier chegar por ai eu já tou
guardado, brincando por ai, talvez nem trabalhando mais; quem sabe isso
pode chegar já ou pode demorar assim diz que daqui pra frente quem não
tiver uma boa escrita e num suber ler um pouco bem não vai ter mais a
chance de se empregar em canto nenhum (...)

Conforme afirma Andrade, “... os sujeitos da EJA são tratados como uma massa de
alunos, sem identidade, qualificados sob diferentes nomes, relacionados diretamente ao
chamado ‘fracasso escolar’.” O senhor Francisco apesar de jamais ter freqüentado a escola
como ele mesmo fala:
primeiro por falta de compreensão dos meus pais que nunca me colocaram
na escola né, que eu era como se diz, mandado pelos pais, segundo com
medo de levar uma pamatorada que eu tinha um medo arretado da palmatóra
né, que na época era na base de palmatóra, eu tinha, tinha medo, os pais
também nunca me botaram pressão (...)
Como podemos perceber, ele reconhece a importância da escola.
Apesar de sua fala não demonstrar que entre os motivos do seu não acesso a escola
esteve a necessidade de, desde cedo, ajudar aos pais no trabalho do dia-a-dia, sabemos que
com certeza essa foi uma das razões. Para ele, a escola tinha uma imagem negativa “eu tinha
um medo arretado da palmatóra”, certamente esse medo o levou a não se encantar com a
escola, uma escola que castiga não deve ter nada de bom, melhor ficar em casa, a leitura a
época não lhe fazia falta. Hoje nossas escolas continuam amedrontando, quantos daqueles que
hoje são alunos da Educação de Jovens e Adultos foram “expulsos”, pois a mesma não dava
resposta ao que buscavam.
Os documentos internacionais reconhecem cada vez mais a necessidade de se ter
uma educação ao longo da vida (V CONFINTEA, VI CONFINTEA, Declaração Universal
dos Direitos Humanos), é inconcebível que em pleno século XXI ainda acreditamos que
exista idade certa/apropriada para aprender. Nesse sentido:

O papel da aprendizagem ao longo da vida é fundamental para resolver


questões globais e desafios educacionais. Aprendizagem ao longo da vida
(...), é uma filosofia, um marco conceitual e um princípio organizador de
todas as formas de educação, baseada em valores inclusivos, emancipatórios,
humanistas e democráticos, sendo abrangente e parte integrante da visão de
uma sociedade do conhecimento. (Marco de Ação de Belém – VI
Conferência Internacional de Educação de Adultos)

Considerações Finais

Apesar da oferta da Educação de Jovens e Adultos ser um direito garantido na


Constituição e referendado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação – Lei 9.394/96, ainda
não temos a universalização dessa oferta. Infelizmente a modalidade não é prioridade dos
governos e por isso carece de políticas públicas que garantam acesso e permanência dos
jovens, adultos e idosos ao processo de escolarização. Os sujeitos que procuram a EJA
objetivam a escolarização e não apenas a alfabetização e esta procura esta diretamente ligada
ao atendimento de demanda do mercado Uma das condições para essa garantia é, com certeza,
a diversificação do horário das turmas de EJA. É preciso romper como o paradigma de que
estas devam ser ofertadas apenas no horário noturno.
Referências

BRASIL. [Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996)]. Lei 9.394/96 /


apresentação de Carlos Roberto Jamil Cury; edição e notas Antonio de Paulo. – 10ª Ed. – Rio
de Janeiro: DP &A, 2006. (Legislação brasileira; 7. Série A)

________. Síntese de Indicadores Sociais: uma análise das condições de vida da população
brasileira. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística. Rio de Janeiro, 2009. (Série estudos & pesquisas, informação demográfica e
socioeconômica, n.26)

DECLARAÇÃO de Hamburgo e agenda para o futuro. V Conferência Internacional sobre


Educação de Adultos. Hamburgo, Alemanha, 1997. Lisboa: UNESCO, Ministério da
Educação, Ministério do Trabalho e Solidariedade, 1998.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 40ª


reimpressão. São Paulo: Paz e Terra, 2009. (Coleção Leitura)

________. Pedagogia do Oprimido. 32ª Ed., Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002.

HADDAD, Sérgio. A educação de pessoas jovens e adultas e a nova LDB. In:


BRZEZINSKI, Iria. LDB Interpretada: diversos olhares se entrecruzam. 2ª Ed., São Paulo:
Cortez, 1998. p. 111-127.

MARCO de Ação de Belém. VI Conferência Internacional sobre Educação de Adultos.


Belém/PA, Brasil, 2009. Brasília: UNESCO, Ministério da Educação, 2010.

PAIVA, Jane. Os sentidos do direito à educação de jovens e adultos. Petropólis, RJ: DP ET


Alii; Rio de Janeiro: FAPERJ, 2009.

RIBEIRO, Eliane. Os sujeitos educandos da EJA. Mime, 2006, 6p.

RUMMERT, Sonia Maria. A educação de jovens e adultos trabalhadores brasileiros no século


XXI. O “novo” que reitera antiga destituição de direitos. Sisifo. Revista de Ciências da
Educação, 2, p. 35-50.

SOARES, Leoncio José Gomes. Educação de Jovens e Adultos. – Rio de Janeiro: DP&A,
2002. – (Diretrizes curriculares nacionais).

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