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(OS TRÊS TEMPOS DO APOCALIPSE:

Uma das características mais interessantes do livro de


apocalipse é que ele nos traz uma visão tríplice. Seria três
tempos diferentes que o apocalipse tenta responder.)

Olha que interessante: Em apocalipse 1, verso 4 diz assim:


João às sete igrejas da província da Ásia: A vocês, graça e paz
da parte daquele que é, que era e que há de vir, dos sete
espíritos que estão diante do seu trono.

Nessa introdução de João, vocês conseguiram notar onde


estão esses três tempos de apocalipse?...

Eles se encontram exatamente quando o visionário diz: “A


vocês, graça e paz da parte daquele que é, que era e que há
de vir, dos sete espíritos que estão diante do seu trono” Ou
seja, existem três tempos, aquele que é, neste momento,
aquilo que acontece neste momento, algo que já aconteceu e
algo que ainda acontecerá.

Isso quer dizer, que apocalipse, quando foi escrito, ele teve um
sentido primário, a primeira interpretação para entender o que
o autor quis dizer. As primeiras pessoas que leram ou ouviram
de tradição este livro, pagaram para si um significado
específico.
Mas veja bem... com o passar do tempo, outras pessoas que
tiveram ou não contato com as anteriores, também leram ou
ouviram este livro. Contudo para elas, o significado já não era
mais o mesmo. Começaram a interpretar e reinterpretar o texto
de outra forma. Buscaram uma forma de ressignificá-lo. Uma
forma de encontrar outro sentido.

Isso significa que as primeiras pessoas que tiveram contato


com apocalipse, o entenderam de uma forma. E pessoas 300
anos depois também interpretaram diferente. Assim como nós,
2 mil anos depois, fazemos o mesmo.

É importante freezar que o apocalipse é ressignificado de


tempos em tempos. Porque quem lê o livro, interpreta para sua
realidade.

Mas talvez vocês fiquem se questionando… Será que pode


mesmo fazer isso? Ficar reinterpretando e atualizando os
significados?

Queridos, nós fazemos isso o tempo todo! Veja bem, Quando


nós encontramos um problema atual mas queremos uma
solução bíblica. O que nós fazemos? Vamos lá, fazemos a
exegese do texto, buscamos o seu primeiro sentido,
compreendemos a época em que foi escrito, o que significava
para aquele povo e tentamos aplicar às nossas vidas.

O que nós basicamente estamos fazendo é: Encontrar o texto


em sua primeira forma, e ressignificá-lo para compreendermos
os problemas atuais. Isso é feito o tempo inteiro, ainda mais
em sermões. Porque como disse anteriormente, quem lê o
livro, interpreta para sua realidade.

Mas não para por aqui…

Por último, nós temos a ideia em apocalipse de um significado


final. Parece que o autor, ou os autores de apocalipse são
pessoas que desejam que haja uma interferência final onde se
tira das mãos dos homens o domínio das coisas, do mundo, da
sociedade. E passa então a entregar para o messias, aquele
que virá reinar, o governo de todas as coisas.

Então pra fechar, nós temos o apocalipse nessas três


perspectivas, nesses três tempos: O apocalipse da primeira
época, o que seria o apocalipse hoje, e o que será o
apocalipse do futuro.

Ele carrega em si a ideia de que haverá em um determinado


momento o fim de todas as coisas. De que chegará um
momento, e este momento não pode ser definido, nós não
sabemos e nunca saberemos quando será. Apesar dos
indicadores que o livro traz a respeito da volta do messias.

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