Na metade do século XX, a necessidade vital da inclusão de
mulheres nas missões era um fato aceito e praticamente nenhuma
área do mundo deixara de ser penetrada por essas enérgicas
pioneiras. Mas se poucos questionavam a estratégia de enviar
mulheres como soldados valorosos para lutar nas linhas de frente,
o mesmo não se aplicava no que dizia respeito a nomeá-las como
oficiais. A ³chefia´ tinha sido sempre exclusivamente masculina,
apesar das mulheres aceitava passivamente as circunstâncias,
convencida de que o padrão de autoridade eclesiástica esboçado
pelo apóstolo Paulo as excluía de qualquer papel de liderança na
igreja. Mesmo fora da igreja local, as missionárias enfrentavam o
mesmo tipo de discriminação, e portanto, ficavam
freqüentemente limitadas em seu ministério para o Senhor. ³A
missionária solteira permaneceu durante décadas como uma
cidadã de segunda classe da missão´.¹ Esse foi o caso da talentosa
e eficiente Helen Roseveare, médica-missionária no Congo, cujo
papel de mulher criou não só conflitos íntimos como também
dificuldades com os colegas missionários e nativos.
Helen pedira a deus um marido (de fato, ela lhe ³disse que não
voltaria sem ele), mas Deus, como a maioria dos seres humanos,
não trabalhou com a rapidez suficiente para satisfazê-la. (Nas
palavras de uma colega missionária ³... ela não podia arrastar todo
mundo atrás dela, apressada como era. Não é possível manter a
sua velocidade. Você está ao lado dela e de repente percebe que já
está bem à sua frente. E no momento em que vai alcançá-la, ela
corre em outra direção´.)3