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Aluna: Meilyn Leiene Machado Barbosa

Nº de matrícula: 22052393

Português Instrumental - Atividade 07 – Prática de Texto

1. Resposta:
Sim, eu costumo mudar a linguagem que uso de acordo com o interlocutor e o
momento, sem dúvidas.
Ao falar com os professores durante as aulas, por exemplo, eu costumo usar uma
linguagem menos informal, mais clara e direta, mesmo que inevitavelmente
cometa alguns “deslizes” às vezes. Já ao conversar com meus amigos por chamada
ou pessoalmente, eu costumo usar uma linguagem muito mais espontânea, muitas
interjeições, gírias e expressões “nossas”.
Em um exemplo mais claro, ao concordar com um professor durante a aula eu
diria “Sim professor(a)”, e ao concordar com meus amigos durante uma conversa
eu provavelmente diria “hunrum”, “é isso aí cara”, “real” ou – imitando um amigo
meu em particular- “é a true”. Esse é apenas um (e um dos mais simples) exemplos
de como tenho o hábito de trocar a linguagem a ser usada de acordo com as
circunstâncias envolvidas.

2. Resposta:

O acesso da língua “culta” a apenas uma parcela da população acontece sim no


Brasil, e muito. Eu mesma nasci em uma cidade onde boa parte das pessoas
possuíam pouca ou nenhuma escolaridade. Então elas falam da forma simples que
aprenderam ao longo da vida, forma essa que muitas pessoas costumam chamar
de “rude”. Eu apesar de ter tido acesso à escolaridade (embora não tenha sido das
melhores), carrego na minha fala muitas das características que marcam a fala das
pessoas com as quais convivi. Então o uso da linguagem culta na fala não é uma
realidade para mim, e muito menos é algo natural.
Já tive a oportunidade de conviver com pessoas de classe mais alta por assim dizer,
e acredito que nunca vou esquecer a maneira como fui corrigida uma vez pela
maneira que eu falei uma palavra, a palavra em questão foi “trouxe”, que nunca
havia notado, mas eu pronunciava como “trusse”. Houve uma certa arrogância na
forma como corrigiram minha fala. Acredito que para a realidade de alguns, falar
a língua culta talvez seja mais natural, mais comum, mas nem todos partilham
dessa mesma realidade.

3. Resposta:
Sim, a cultura na qual vivemos está muito centrada na escrita, costumamos vê-la
como uma validação daquilo que é correto falar. Por isso a vemos como a
“verdadeira língua”.
4. Resposta:
Uma das consequências de as línguas europeias terem sido associadas à escrita
dentro de ambientes restritos de poder foi a fixação da variedade falada pela
nobreza como língua nacional dos países. Além disso acredito que outra
consequência visível até hoje é o caráter social da língua, o foco nas relações entre
o falante e o seu destinatário.

5. Resposta:
Acredito que isto tenha ocorrido devido ao fator político, durante o século XVI
Portugal exercia forte influência política sobre o Brasil. Como a língua é
influenciada pelo fator social, a variedade linguística dos círculos mais altos de
poder é formalmente adotada, como foi o caso do português padrão em detrimento
do “dialeto caipira”. Uma das consequências disto é que esta variedade “português
padrão”, fortemente validada pelos registros escritos, passou a ser vista como o
correto e influenciou a formação da nossa língua.

6. Resposta:
Na escrita, há toda uma preocupação em seguir as normas. Nos preocupamos em
ser concisos e claros, nos preocupamos com repetições de palavras e etc. Na fala
há toda uma riqueza de recursos, uma espontaneidade que dificilmente
empregamos na escrita. Utilizamos recursos sonoros, repetições, pronúncias
diferentes e entonações que não são aceitas na escrita. Por isto escrever nunca será
a mesma coisa que falar. A escrita está geralmente muito associada a regras, a
padrões já estabelecidos, a uma série de conhecimentos prévios, enquanto falar é
natural, a fala não exige normas ou conhecimentos prévios ou de grandes
reflexões para ser realizada.

7. Resposta:
Discriminação pelo modo que uma pessoa fala é algo que acontece bastante no
Brasil. Quando vemos alguém usar palavras regionais ou com pronúncia incorreta,
geralmente pensamos nessas pessoas como pessoas periféricas, de classe baixa.
Quando alguém diz por exemplo, “Por que você está rindo? Está brincando
comigo?”, geralmente achamos comum, uma pessoa “normal”, mas se alguém
fala “Qual foi irmão? Tá me tirano?” é comum criarmos automaticamente na
nossa cabeça a imagem de uma pessoa um usuário de drogas ou um “marginal”.

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