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AO JUÍZO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE NOVA FRIBURGO/RJ

JOAQUIM MARANHÃO, brasileiro, solteiro, técnico de informática, portador do RG


n.º xxxxxxxxx e do CPF n.º xxxxxxxx, e-mail: jojomaranhao25@hotimail.com ,
residente e domiciliado na Rua São José, n.º490, Bairro Ipiranga, cidade de Nova
Friburgo, estado do Rio de Janeiro, ANTÔNIO MARANHÃO, brasileiro, solteiro,
vigilante, portador do RG n.º xxxxxxxxx e do CPF n.º xxxxxxxx, e-mail:
totomara@yahoo.com.br, residente e domiciliado na Rua São José, n.º450, Bairro
Ipiranga, cidade de Nova Friburgo, estado do Rio de Janeiro e MARTA
MARANHÃO, JOAQUIM MARANHÃO, brasileira, casada, enfermeira, portadora do
RG n.º xxxxxxxxx e do CPF n.º xxxxxxxx, e-mail: martamaranhao13@yahoo.com.br,
residente e domiciliada na Rua São Miguel, n.º40, Bairro Floresta, cidade de Nova
Friburgo, estado do Rio de Janeiro por intermédio de seu advogado xxxxxxxxxx xxx
xxx, com escritório profissional sito à Rua Flores da Cunha, nº 47, Bairro Jardim,
Cidade Nova Friburgo, Estado do Rio de Janeiro, onde recebe notificações e
intimações, vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência propor

AÇÃO ORDINÁRIA DE NULIDADE DE ATO JURÍDICO, CUMULADA COM DANOS


MORAIS E MATERIAIS E PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA PARA
SEQUESTRO DE BEM

em face de MANUEL MARANHÃO, brasileiro, casado, profissional da área da


saúde, portador do RG n.º xxxxxxxxx e do CPF n.º xxxxxxxx, e-mail:
manuel@hotmail.com , residente e domiciliado na Rua Alencar, n.º 12 , bairro
Petrópolis, cidade de Nova Friburgo, estado do Rio de Janeiro e FLORINDA
MARANHÃO brasileira, casada, professora, portadora do RG n.º xxxxxxxxx e do
CPF n.º xxxxxxxx, e-mail: florindamaranhao@yahoo.com.br ,residente e domiciliada
na Rua Silva, n.º 20 , bairro Cidade, cidade de Nova Friburgo, estado do Rio de
Janeiro e FABRÍCIO MARANHÃO, brasileiro, solteiro, estudante , portador do RG
n.º xxxxxxxxx e do CPF n.º xxxxxxxxx, e-mail: fabriciomaranha@yahoo.com.br ,
residente e domiciliado na Rua Bromélia, n.º 138, Bairro centro, Cidade de
Petrópolis, Estado do Rio de Janeiro, pelos motivos de fato e de direito a seguir
aduzidos.

I - FATOS

Em 29 de setembro de 2015, os réus com objetivo de ajudar seu neto RICARDO


MARANHÃO, filho de MARTA MARANHÃO, que não possuía casa própria,
venderam-lhe um de seus imóveis, um sítio situado na Rua Bromélia, n.º 138, Bairro
centro, Cidade de Petrópolis, Estado do Rio de Janeiro, pelo preço de R$
200.000,00 (duzentos mil reais), através de escritura de Compra e Venda lavrada no
dia 29/09/2015, no Cartório da 4º Oficio de Nova Friburgo e devidamente transcrita
no Registro de Imóveis competente, sem que os demais filhos, supracitados, se
manifestassem sobre o referido ato jurídico

Os autores esclarecem ainda, que não concordam com a mencionada venda, visto
que, o valor de mercado do imóvel, na época da realização do negócio jurídico, era
de R$ 350.000,00 (trezentos e cinquenta mil reais)

II - FUNDAMENTOS

A venda de ascendente a descendente ou vice versa é vedada pelo ordenamento


jurídico brasileiro, nesse sentido, cabe ao juiz rever o negócio jurídico realizado,
promovendo o seu desfazimento

Nesse sentido, a jurisprudência dos tribunais vem se manifestando no sentido de


ser anulável tal negócio jurídico, senão vejamos :
Processo: RE-Sp 725032 / RS; Relator: Ministro Hélio Quaglia Barbosa;
Julgamento: 21/09/2006; Órgão Julgador: Quarta Turma; Publicação:
Diário da Justiça do dia 13/11/2006; Ementa: RECURSO ESPECIAL. CIVIL.
VENDA A DESCENDENTE. ART. 1.132 DO CC/1916. ART. 496 DO ATUAL CC.
VENDA DE AVÔ A NETO, ESTANDO A MÃE DESTE VIVA. AUSÊNCIA DE
CONSENTIMENTO DOS DEMAIS DESCENDENTES. ATO ANULÁVEL.
DESNECESSIDADE DE
PROVA DE EXISTÊNCIA DE SIMULAÇÃO OU FRAUDE. RECURSO NÃO
CONHECIDO.”

III - DO DIREITO

DA NULIDADE DO ATO JURÍDICO

A pretensão dos requerentes está amplamente amparada pela legislação pátria,


pela doutrina e jurisprudência.
Assim:
Com fundamento nos artigos 104, III e 496 do código civil "in verbis":
Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:
I - …..;
II - ….;
III - forma prescrita ou não defesa em lei.

O art. 496 do Código Civil trata da venda de ascendente para descendente, regra
que, apesar de estar inserida na seção relativa aos contratos na vigente codificação,
interessa diretamente ao Direito de Família e das Sucessões. Conforme a sua
dicção atual, "é anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros
descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido". Além
disso, na exata expressão do seu parágrafo único, "em ambos os casos, dispensa-
se o consentimento do cônjuge se o regime de bens for o da separação obrigatória".

IV - DO PEDIDO

Diante do exposto, REQUER-SE:

a. Que seja designada audiência de conciliação ou mediação, nos termos do art


319, VII, do CPC\2015;
b. a designação de audiência prévia de conciliação nos termos do artigo 319 do
CPC 2015
c. a citação do requerido por mim postar nos termos do art. 246 primeiros,
inciso I, do CPC\2015;
d. Ao final, seja dado provimento à presente ação, com intuito de condenar os
réus a devolverem a importância de R$200.000,00 (duzentos mil reais),
relativo ao valor do imóvel, custas processuais, honorários advocatícios na
base de 20%;

Com fundamento nos dispositivos legais apontados nas interpretações doutrinárias


acima transcritas, os Requerentes pedem a Vossa Excelência, se digne ANULAR o
incluso Contrato de Compromisso de Compra e Venda firmado entre as partes.

V - PROVAS

Pretende-se provar o alegado por todos os meios de provas admitidos, em especial,


pelos documentos acostados à inicial, por testemunhas a serem arroladas em
momento oportuno e novos documentos que se mostrarem necessários.

O Art. 369. do código de processo civil trata, então, da prova judicial. E dispõe,
desse modo, que as partes podem empregar todos os meios legais e moralmente
legítimos para provar a verdade dos fatos. E assim fundamentar pedido ou defesa
para a convicção do juízo.

Para provar o alegado, além das provas documentais já produzidas, protesta pela
juntada de novos documentos, registro do imóvel, cópia do contrato de compra e
venda, certidões de nascimento e avaliação do imóvel.

VI - VALOR DA CAUSA

Para os efeitos legais e fiscais, dá-se à presente o valor de R$ 200.000,00


(duzentos mil reais), (art. 292, NcPC),
Nestes termos

Pede Deferimento

XX, XXXXX de XXXX de XXXX,

XXXXXX XXXX XXXXX


0000\OAB

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