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Segundo a norma 414/2019 –ME do DNIT (DNIT, 2019), o método físico-químico tem
por objetivo fornecer respostas rápidas e uma orientação sobre o teor mínimo de cimento
necessário para estabilizar completamente o solo em estudo.
A partir das referidas variações de volume ocorridas da interação do cimento com o solo,
é possível auferir o menor teor de cimento capaz de estabilizar a mistura. Deste modo, o teor
de cimento que causar maior variação volumétrica em suspensão é sinalizado como teor mínimo
que conduz à mistura estável, e consecutivamente, resultante pela estabilização completa do
solo.
Asfaltos Modificados
Para a maioria das aplicações e necessidades viárias, tem-se que o asfalto convencional
é capaz de atender aos requisitos técnicos necessários ao desempenho adequado em serviço,
tendo por base as condições climáticas e de tráfego atual. Contudo, existe uma tendência de
que ano a ano o volume e peso por eixo aumente, tornando-se necessário em locais específicos
a utilização de modificadores nas propriedades do asfalto.
Os polímeros, por definição, são substâncias macromoleculares que podem ser naturais
ou sintéticas. Podem ser classificados em função de sua composição (homopolímeros ou
copolímeros) e comportamento, podendo ser termorrígidos (quando aquecidos endurecem de
modo irreversível), termoplásticos (quando aquecidos amolecem e quando resfriados
endurecem), elastômeros (quando aquecidos se decompõem antes de amolecer), e elastômeros
termoplásticos (em temperaturas altas se comportam como termoplásticos, e em temperaturas
baixas tem comportamento elástico).
Ressalta-se que uma vez que o asfalto é um material termoviscoelástico, para que sua
modificação por polímeros seja possível e viável técnica e economicamente, o polímero tem que
resistir à degradação nas temperaturas usuais de utilização do asfalto, além de se misturar bem
com o mesmo e melhorar suas características de fluidez, sem tornar a mistura muito viscosa ou
rígida.
A modificação do asfalto por polímeros pode ser feita através de poliadição (com
borracha estireno-butadieno - SBR), policondensação (com ER ou PET), ou modificação química
de outro polímero (com SBS). Os polímeros mais utilizados na modificação do CAP são o
estireno-butadieno (SB), estireno-butadieno-estireno (SBS), estireno-isopreno-estireno (SIS),
estireno-etileno-butadieno-estireno (SEBS), acrilonitrila-butadieno-estireno (ABS) e acetato de
vinila (EVA).
Os polímeros podem ser apresentados em forma de pó ou grânulos (SBS e EVA), látex (SBR)
ou líquido. É importante salientar que para realizar a modificação de asfaltos com polímeros, os
mesmos devem manter suas propriedades não só na mistura, mas na estocagem, aplicação e
serviço (toda a vida útil do asfalto), permanecendo estáveis física e quimicamente.
Um dos fatores limitantes é o custo, que restringe seu uso. O mesmo está diretamente
relacionado ao tipo e quantidade de polímero utilizado na mistura. Em ordem de grandeza,
asfaltos modificados custam, em média, de 50% a 100% a mais em comparação com o custo do
CAP tradicional.
Sua incorporação pode ocorrer através de processo seco – onde ocorre a incorporação
através da substituição de parte do agregado – e processo úmido – a borracha triturada é
adicionada ao cap aquecido, em teor de 15% a 20% da massa do CAP.
1. Graduação
O agregado pode ser classificado segundo diversas graduações. As graduações mais importantes
são:
a. Bem graduada: apresenta granulometria contínua, próxima à de densidade
máxima;
b. Graduação aberta: apresenta granulometria contínua, mas com pouco material
fino (menor que 0,075mm), resultando em maiores volumes de vazio;
c. Graduação uniforme: apresenta a maioria de suas partículas com tamanhos em
uma faixa estreita – sua curva é íngreme;
d. Graduação descontínua: apresenta pequena porcentagem de agregados com
dimensões intermediárias.
2. Absorção
O ensaio de absorção avalia a porosidade de um agregado, bem como a quantidade de água
absorvida quando o mesmo se encontra imerso. Um agregado poroso consumirá maiores
quantidades de ligante asfáltico, prejudicando a coesão da mistura. Deste modo, é preciso
compensar a quantidade de ligante da mistura.
A recomendação é de que agregados naturais ou britados com elevada porosidade não
devem ser utilizados em misturas asfálticas. Contudo, pode ocorrer de não haver disponibilidade
de outro agregado, resultando no uso do agregado com cuidados e precauções adicionais.
Com relação à forma, tem-se o ensaio do Crivo Redutor para determinar as porcentagens
retidas e passantes nos Crivos 01 e 02, executado conforme norma do DNER-ME 086/84. Deste
modo, calcula-se o índice de forma (f) conforme a fórmula abaixo, onde P1 é a soma das
porcentagens retidas no crivo 01, P2 a soma da porcentagem retida no crivo 02, e n o número
de frações que compõem a graduação escolhida.
𝑃1 + 0,5 𝑃2
𝑓=
100 𝑛
Assim, tem-se que segundo o programa PróAsfalto – desenvolvido pela Petrobrás-, o
agregado é considerado cúbico (ideal) quando seu índice de forma é f=1,0 e lamelar quando
f=0,0. Ainda segundo este mesmo programa, é adotado um limite mínimo do valor de f para
aceitação do agregado quanto à sua forma, sendo ele f=0,5.
Aluno: Giordanno Pietro Altoé Marcantonio – PG 906621/2021
8. Sanidade 3.4.8
Ensaios de sanidade tem por objetivo realizar a análise de agregados devido à possíveis
desintegrações químicas geradas por exposição no pavimento. O ensaio consiste em atacar o
agregado com solução saturada de sulfato de sódio ou magnésio, em cinco ciclos de imersão
com duração de 16 a 18 horas, em temperatura constante de 21ºC, e posterior secagem em
estuda. A perda de massa deve ser de, no máximo 12%.
Aluno: Giordanno Pietro Altoé Marcantonio – PG 906621/2021
Referências Bibliográficas
Trabalho 01 – Pesquisa e dosagem físico-química do Solo-cimento
BASSO, Rafael Vinícius; FERRAZ, Roberto Lopes; BELINCANTA, Antonio; RAMOS., Fabiano dos
Santos. APLICAÇÃO DO MÉTODO FÍSICO-QUÍMICO DE DOSAGEM DE MISTURAS SOLO-CIMENTO
AOS SOLOS TÍPICOS DO NOROESTE DO PARANÁ. In: V ENCONTRO TECNOLÓGICO DA
ENGENHARIA CIVIL E ARQUITETURA, 4., 2003, Maringá. Anais [...]. Maringá: Eduem, 2003. p.
348-357. Disponível em:
http://www.dec.uem.br/eventos/enteca_2003/Temas/tema5/006.PDF. Acesso em: 05 set.
2021.
BERNUCCI, Liedi Bariani; MOTTA, Laura Maria Goretti da; CERATTI, Jorge Augusto Pereira;
SOARES, Jorge Barbosa. PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA: formação básica para engenheiros. 3. ed.
Rio de Janeiro: Petrobrás, 2008. 496 p.
BERNUCCI, Liedi Bariani; MOTTA, Laura Maria Goretti da; CERATTI, Jorge Augusto Pereira;
SOARES, Jorge Barbosa. PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA: formação básica para engenheiros. 3. ed.
Rio de Janeiro: Petrobrás, 2008. 496 p.