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FISIOTERAPIA

ADRIELLEN SHAILA CLIMACO GOIS


DAMILE SANTOS DE OLIVEIRA
GABRYELE DOS SANTOS SOUZA
ROBERTA SANTOS SOUZA MARQUES
SAMILA SANTOS SILVA

“Politraumatismo e a atuação fisioterapêutica”.

ITABUNA
2021
ADRIELLEN SHAILA CLIMACO GOIS
DAMILE SANTOS DE OLIVEIRA
GABRYELE DOS SANTOS SOUZA
ROBERTA SANTOS SOUZA MARQUES
SAMILA SANTOS SILVA

“ Politraumatismo e a atuação fisioterapêutica”.

Projeto apresentado ao Curso de Fisioterapia


da Instituição UNIME, como requisito parcial
para obtenção de média bimestral nas
disciplinas de: Ciências Morfofuncionais do
Aparelho Locomotor: Membros Inferiores e
Coluna Vertebral, Ciências Morfofuncionais do
Aparelho Locomotor: Membros Superiores,
Cabeça e Tronco, Ciências Morfofuncionais
dos Sistemas Digestório, Endócrino e Renal,
Ciências Morfofuncionais dos Sistemas Imune
e Hematológico, Ética e Deontologia.

Professores:. Fernanda Kazmierski Morakami,


Mayara Luca Vareschi Lopes, Ana Paula
Scarama, Cristiane Mota Leite.

Itabuna
2021
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SUMÁRIO

1:INTRODUÇÃO:..........................................................................................................4

2:DESENVOLVIMENTO:..............................................................................................5

2.1: Processo inflamatorio no organismo humano........................................................6

2.2: Modulação da dor a partir da Teoria do Portão e dor fantasma............................6

2.3: Amputação transfemoral em terço médio:.............................................................8

2.4: o mecanismo de ferimento do ombro do ponto de vista biomecânico..................9

2.5: qual o posicionamento que o fisioterapeuta deve ter perante ao pedido de


auxílio do seu paciente, na escolha de uma prótese..................................................10

3.CONCLUSÃO:.........................................................................................................12

4. REFERÊNCIAS.......................................................................................................13
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1:INTRODUÇÃO:

O presente trabalho é sobre o politraumatismo e a atuação fisioterapêutica.


Segundo Padovani (2017, pag. 34), “o politrauma é caracterizado por um modelo
complexo de lesão envolvendo diferentes regiões anatômicas. É uma das
maisimportantes causas de mortalidade e morbidade na população adulta jovem
mundial. No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde referentes ao Sistema
Único de Saúde (SUS), foram registradas 86.563 internações por trauma no mês de
dezembro de 2016, sendo que, cerca de 43% (37.218) destas internações ocorreram
na região sudeste do país. Dependendo do hospital, a internação por trauma pode
atingir valores acima de 40%”.
Diante da relevância do tema proposto, o objetivo desse trabalho é analisar
a atuação fisioterapêutica emsuas diversas vertentes. Pensaremos sobre o processo
inflamatório, como sendo algo bom ou ruim para o organismo humano; sobre
fisiopatologia da dor; relacionando a amputação traumática à dor fantasma;
analisaremos o complexo do ombro, focando na lesão ocorrida na articulação
acromioclavicular; e do ponto de vista ético, refletiremos sobre o posicionamento
correto do fisioterapeuta diante de umcaso de protetização.

2. DESENVOLVIMENTO:
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O politraumatismo é causado por duas ou mais lesões sendo na maioria das


vezes ocasionados por acidentes de trânsito. Segundo a organização mundial de
saúde foi constado que a morte por trauma entre 1 a 44 anos de idade está entre a
principal causa desse grupo.

A cirurgia de amputação ocorre em varias causas , pode acontecer em


qualquer lugar um acidente que leve a amputação ou algumas causas mesmo
tendo todo o cuidado do mundo.

Pode ocorrer vários tipos como esmagamentos queimaduras lesão


vasculares tumores pode ocorrer alguns tipos de infecções que leva a amputação e
reabsorvia-oneuróticas
A amputação ocorre de vários modos e vários tipos como de membros
inferiores amputação metelorsofalangena a amputação interfalangeana a transmite
torssiana nos pés operatório de amputação também tendo vários riscos de
acontecer algumas complicações como o coto hipertrofia óssea necrose e
tambémsíndrome do membro fantasma essa síndrome pode ser definida como a
percepção como se ainda existisse um membro que foi perdido por causas de
amputações causados por acidentes ou intencionais.

2.1: Considerando o acidente automobilístico sofrido pela paciente e suas


consequências, a primeira resposta do organismo frente à agressão é o
desenvolvimento de um processo inflamatório. Focando no processo inflamatório,
podemos considerar a inflamação como um processo bom ou ruim para o organismo
humano? Em toda inflamação temos a presença de todos os sinais cardinais desse
processo? Justifique sua resposta.

Podemos afirmar que a inflamação é uma reação normal do sistema


imunológico a uma agressão no organismo que deve ser neutralizada ou
eliminada. Pode ser gerada por infecções de bactérias, vírus e outros parasitas,
além de outros fatores como calor, traumas físicos e exposição à radiação e a
produtos químicos irritativos.

A princípio podemos destacar O processo inflamatório leva o organismo a


produzir cinco sinais clássicos: calor, rubor (vermelhidão), tumor (inchaço, edema),
dor e perda da função. Calor e rubor são causados pela dilatação dos vasos e o
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aumento de fluxo sanguíneo local leva à coloração avermelhada. Já o inchaço surge


pela liberação e acúmulo de líquidos. No caso da dor é o sintoma que mais leva os
pacientes a buscar atendimento médico. Ela aparece quando o edema se intensifica
pela liberação de substâncias inflamatórias nos tecidos ou há alguma compressão
nervosa.

Vale ressaltar também a produção de substâncias que aumentam a


permeabilidade dos vasos sanguíneos nos locais de inflamação. A partir disso inicia-
se um processo químico chamado quimiotaxia, no qual as células do sangue são
atraídas para a região da lesão para combater os agentes causadores da
inflamação, buscando controlar também possíveis sangramentos.  

2.2: Modulação da dor a partir da Teoria do Portão.

Primeiramente, a dor é uma experiência sensitiva e emocional


desagradável, e que se associa a uma lesão tecidual concreta ou potencial,todas as
vezes que sentimos dor, a sentimos pela captação do estímulo recebido através dos
receptores. Pode haver dor sem um estímulo periférico ou sem lesão aparente, por
quê geralmente a dor pode ser psicogênica.
O componente fisiológico da dor é chamado nocicepção, que consiste dos
processos de transdução Impulso doloroso que é recebido pelos nociceptores e
transformando em potencial de ação, transmissãoonde o impulso é conduzido até
coluna posterior medula espinal, percepção oimpulso é integrado e percebido como
dor e a modulação que na CDME o impulso é modulado antes de chegar a níveis
superiores SNC.
Sendo assim, a teoria do portão foi desenvolvida em 1965 por Ronald
Melzack e Patrick Wallmostra, eles definiram que emoções positivas modulam a dor,
diminuído a mesma, enquanto as emoções negativatorna a dor mais intensa. esta
modulação ocorrida pelas emoções se dá principalmente pela liberação de opióides
endógenos, que são fármacos produzidos pelo nosso próprio organismo, entre os
principais opioides temos as endorfinas, dinorfinas e as encefalinas. A teoria do
portão mostra uma importância do cérebro na percepção da dor,esta teoria admite
existir nos cornos posteriores medulares um mecanismo neural que comporta como
um portão, podendo aumentar ou diminuir o débito dos impulsos transmitidos desde
as fibras periféricas ao sistema nervoso central.A dor muitas vezes não é agradável
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mais é muito importante para a sobrevivência do ser humano, ela age para alertar ao
indivíduo se existe um perigo para o seu corpo, por quê se não sentíssemos dor,
poderíamos causar sérios danos sem perceber ao nosso corpo .

Dor fantasma

A dor fantasma é quando há uma amputação, e o membro continua intacto


no mapa cerebral, ela acometem cerca de 90 indivíduos que passam pela
amputação, etambém pode ser sentida após lesão na medula espinhal ou avulsão
nervosa, em alguns pacientes, a dor fantasma melhora sem qualquer tipo de
tratamento, enquanto outros requerem medicamentos e terapias para controlar a
dor fantasma. Ela era considerada um fenómeno psicológico, mas ao longo dos
anos foi provado que a dor fantasma é uma dor muito real, Quando amputamos uma
perna ou um braço, teremos uma parte que irá faltar, mas teremos um restante que
continuará intacto, então você perde a parte que se mexe a física, mas a central de
comando, continua existindo,as sensações do membro fantasma também incluem
sensações de calor, coceira, frio e formigamento frio, sensação de inchaço, de que a
perna que foi amputada está se mexendo sozinha, câimbra.dentro da dor fantasma é
possível ter infinitas sensações com diferentes graus de intensidade, e que
aparecem de diversas maneiras. O tratamento pode ser um pouco difícil, o
tratamento seguido pelos médicos é geralmente medicamentos seguidos por
terapias não invasivas que incluem acupuntura ou estimulação nervosa elétrica
transcutânea (TENS)também conhecido por neuroestimulação elétrica transcutânea,
que pode ser realizado no tratamento de dores crônicas e agudas, como no caso de
dor lombar, ciática ou tendinite, consiste na aplicação de impulsos elétricos no local
a ser tratado com objetivo de ativar o sistema nervoso para exercer uma ação
analgésica, se nenhuma dessas opções não funcionar , então as opções mais
invasivas consideram-se como dispositivos implantados ou injeções.
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2.3: Considerando a amputação traumática de membro inferior direito desta


paciente decorrente do acidente automobilístico, é importante que o fisioterapeuta
no momento da programação terapêutica, tenha pleno conhecimento biomecânico
de todos os segmentos corporais envolvidos. Desta forma, pensando em um nível
de amputação transfemoral em terço médio, liste quais as estruturas anatômicas que
foram seccionadas neste caso:
A amputação transfemoral conhecida também popularmente como:
amputação da coxa. Esta relacionada a desarticulação do joelho com o quadril,
sendo assim dividida em três níveis: terço proximal, médio e distal. Essa amputação
acaba gerando uma deformidade nos movimentos de flexão e abdução do quadril,
isso ocorre devido ao desequilíbrio de força entre os músculos abdutores e adutores.
Alguns músculos adutores são seccionados durante a amputação que acaba
ocorrendo atrofia muscular facilitando a diminuição do adutores e causando um
desequilíbrio postural.
Nestes casos o fisioterapeuta deve avaliar a força desse paciente, como ele
se move avaliar também a redução do processo inflamatório e trabalhar a força
muscular e fortalecimento da musculatura para-vertebral, eretor da espinha e
abdominal entre outras avaliações do seu paciente.
Em relação à dor fantasma, quais seriam as condutas fisioterapêuticas
aplicáveis para otratamento desta queixa?
A dor fantasma normalmente aparece logo após a amputação, pode vir de
diversas formas normalmente acompanhada de dor e formigamento na região onde
sofreu a amputação. Normalmente a dor fantasma irá desaparecendo com o
decorrer do tempo, neste caso a fisioterapia entra em um momento muito
importante, auxiliando o paciente no pós operatório podendo fazer o uso dos meios
terapêuticos como: o enfaixamento compressivo do coto, isso irar reduzir os
sintomas causados pela dor e sensação fantasma, assim como os meios
elatroterapia, ultrasom e tens. Segundo CARVALHO(1999) a sustentação e firmeza
do coto proporcionadas pelo enfaixamento tem reduzido esses sintomas.
A fisioterapia vem desempenhando um papel fundamental na reabilitação
do paciente, com acompanhamento constantes proporcionando melhor qualidade de
vida a esse paciente que acabou de passar por um processo de amputação.
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2.4: Considerando a lesão sofrida explique o mecanismo de ferimento do ombro do


ponto de vista biomecânico.

Para Oliveira (2018),entende-se que “o complexo do ombro é formado pela


união de quatro articulações, onde a clavícula se articula com o manúbrio eternal
formando a articulação esternoclavicular, a articulação acromioclavicular, com a
união da clavícula e da escápula, a articulação glenoumeral, com a escápula e o
úmero, e a articulação escapulotorácica, entre a escápula e o tórax”.
Nesta etapa enfatizaremos a articulação acromioclavicular atendendo a
proposta do PTG.A articulação acromioclavicular está situada acima à articulação do
ombro. É uma articulação artrodial, classificada como sinovial plana, uma vez que é
formada pelas faces articulares planas entre o acrômio da escápula e a extremidade
acromial da clavícula. Estas faces são revestidas por fibrocartilagem e a cavidade
articular é dividida por um disco articular incompleto e osmúsculos deltoide e
trapézio.Nas suas superfícies ocorrem uma variação articular, podendo ser do tipo
chata, côncava ou convexa. Ela dispõe de três eixos de graus de liberdade,
conhecidos como elevação, abdução e rotação.
A cápsula articular é relativamente frouxa, mas é fortalecida
superiormente pelas fibras do músculo trapézio. Essa articulação tem um ligamento
intrínseco que auxilia na sua estabilização, o ligamento acromioclavicular, porém,
são os ligamentos extrínsecos à articulação que garantem sua integridade. Os
ligamentos extrínsecos são o conoide e o trapezoide, geralmente separados por
uma bolsa sinovial, que, na realidade, formam o ligamento coracoclavicular. Ambas
as partes, o ligamento conoide e o ligamento trapezoide, partem do processo
coracoide da escápula e seguem ao tubérculo conoide e à linha trapezoidea da
escápula, respectivamente (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009; MOORE;
DALLEY; AGUR, 2014 apud BORGES, 2018).
De acordo com a situação geradora de problema, uma mulher sofreu
um acidente automobilístico no qual desencadeou uma amputação.Um dos
mecanismos de lesão da articulação acromioclavicular está relacionado ao impacto
direto na porção anterior do ombro, porém, nesse caso o que se observa do ponto
de vista biomecânico, é que o mecanismo de ferimento do ombro se deu através da
força que foi transferida através do volantepara o braço, passando pelo cotovelo e
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pelo úmero e chegando ao ombro. O úmero uma vez forçado para cima e para trás
contra o acrômio, desencadeiouum deslocamento da junta acromioclavicular
rasgando a cápsula acromioclavicular. Logo, o trauma se deu através da
transferência de energia a partir de uma força externa para o corpo da vítima.

2.5: Do ponto de vista ético, é de extrema importância que o fisioterapeuta atue de


acordo com os preceitos do Código de Ética e Deontologia da Fisioterapia. Sabendo
disso, em caso de protetização deste paciente, qual o posicionamento que o
fisioterapeuta deve ter perante ao pedido de auxílio do seu paciente, na escolha de
uma prótese.

Com os princípios éticos dentro da fisioterapia, o profissional tem que ter a


responsabilidade de colocar o seu conhecimento a disposição para quem precisa,
assim sendo capaz de oferecer um plano de cuidados adequado à fase que o
paciente se encontra, envolvendo não só a ajuda física mas a social e psicológica
também. A amputação é a perda total ou parcial de um membro, geralmente é
relacionada com mutilação, incapacidade e dependência.Com ela surgiu a
necessidade de substituir a região perdida pelaprótese.
Sendo assim o fisioterapeuta irá auxiliar o paciente com uma prótese que
melhor atenda às suas necessidades com conforto e segurança, e que ajude a ficar
mais fácil ao decorrer do dia-a-dia nas suas atividades diárias
Podendo assim fornecer uma melhor reabilitação ao paciente, realizando
exercícios que tenha o objetivo de fortalecer a manutenção da amplitude de
movimentos e melhorar o condicionamento físico geral do paciente e não somente
do membro afetado .
Dessa forma o fisioterapeuta estará presente em todas as fases que o
paciente irá passar desde o pré e pós-operatório até o pré e pós-protetização.
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3.CONCLUSÃO:

Como a amputação é a remoção da parte do corpo que sofreu um dano


irreparável em uma altura na qual já existe tecido saudável, sendo assim a
fisioterapia tem um papel importantíssimo, auxiliando o paciente com procedimentos
terapêuticos, e assim proporcionando por meio da reabilitação uma melhor
qualidade de vida, com condições favoráveis na sua melhor adaptação.
Este momento de amputação é delicado para qualquer paciente, mas com ajuda de
profissionais qualificados e de confiança aumenta as possibilidades de sucesso no
procedimento. Ainda mais nos casos que necessitam de prótese que a intenção não
é imitar a parte amputada, mas sim o de recuperar a função em sua plenitude. É
neste ponto que os limites serão testados, entretanto, sua superação será diária.
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4. REFERÊNCIAS

BORGES, G. R. Anatomia aplicada à fisioterapia. Porto Alegre: SAGAH, 2018.

Deardorff, W. (11 de Março, 2003). Idéias modernas: A Teoria da Comporta da Dor


Crónica.Retirado de Espinha-saúde. Disponível em:
https://pt.thpanorama.com/blog/psicologia/la-teora-de-la-compuerta-o-cmo-percibimos-el-
dolor.html

Hevanilson Santos de Macedo, Carla Macky. PROCEDIMENTOS FISIOTERAPÊUTICOS


NO TRATAMENTO DE PACIENTES AMPUTADOS ACOMETIDOS POR DOR FANTASMA.
Site disponivel em: https://www.even3.com.br/anais/mpct2017/47656-procedimentos-
fisioterapeuticos-no-tratamento-de-pacientes-amputados-acometidos-por-dor-fantasma/

Moayedi, M., e Davis, K. (n.d.). Teorias da dor: a partir de especificidade para controle do
portão. Journal of Neurophysiology, 109 (1), 5-12.

OLIVEIRA, M. Ciências Morfofuncionais do aparelho locomotor – membros superiores,


cabeça e tronco. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2018.

Padovani C, Silva JM, Tanaka C. Fisioterapia nos pacientes politraumatizados graves:


modelo de assistência terapêutica.Acta Fisiatr. 2017.

Instituto Dr. Hong Jin Pai. Centro de Dor e Acupuntura Médica. Todos os direitos
reservados, 2020. Diretor Técnico: Dr. Hong Jin Pai. CRM-SP: 36399. Disponível em:
https://www.hong.com.br/dor-fantasma/

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