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Faculdade AVEC – Associação Vilhenense de Educação e Cultura

Curso Direito – Graduação Disciplina AVALIAÇÃO DIREITO TRIBUTÁRIO


Turma 10º período Data entrega 17.09.2021
NOME Clayton Tiago Moreira Assencio

AVALIAÇÃO

1 – Explique as hipóteses de cabimento da Ação de Repetição de Indébito

A ação de restituição, também conhecida como ação de repetição de indébito tributário, possui
previsão legal nos arts. 165 a 169 do CTN. Vejamos os dois primeiros:

Art. 165. O sujeito passivo tem direito, independentemente de prévio protesto, à restituição total ou
parcial do tributo, seja qual for a modalidade do seu pagamento, ressalvado o disposto no § 4º do
artigo 162, nos seguintes casos:
I - cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior que o devido em face da
legislação tributária aplicável, ou da natureza ou circunstâncias materiais do fato gerador
efetivamente ocorrido;
II - erro na edificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota aplicável, no cálculo do
montante do débito ou na elaboração ou conferência de qualquer documento relativo ao pagamento;
III - reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória.

Dessa forma, toda vez que o contribuinte pagar um tributo indevidamente ou a mais, ele poderá
pedir a restituição desses valores: o sujeito passivo tem direito, independentemente de prévio
protesto, à restituição do tributo, seja qual for a modalidade do seu pagamento, nos casos
supracitados presentes nos incisos I a III do art. 165.

O inciso I apresenta a possibilidade, por exemplo, de um tributo inconstitucional ser cobrado pelo
Poder Público e o contribuinte, que não sabia que o tributo era inconstitucional, realizar tal
pagamento indevido.

Importante ressaltar que, ainda que o caso seja o de um contribuinte realizando pagamento após a
ocorrência de prescrição ou decadência, será cabível a ação de restituição de indébito. Isso ocorre
porque tanto a decadência quanto a prescrição extinguem o crédito tributário, nos termos do art.
156, V do CTN:

Art. 156. Extinguem o crédito tributário:


V - a prescrição e a decadência;

Na hipótese do inciso II, temos a ocorrência de um ato falho por parte da Administração, que errou
na hora identificar o sujeito passivo de quem deveria recolher o tributo. Evidente que esse sujeito
terá o direito de pleitear o montante pago indevidamente.

Por fim, o inciso III traz a hipótese de a condenação judicial ou administrativa ser reformada, anulada
ou revogada. Se uma decisão anterior condenou um indivíduo ao pagamento de um tributo e depois
houve a reversão dessa decisão, plenamente cabível a ação de restituição quanto aos valores pagos
baseados na decisão primeira.

2 – Quem é o legitimado ativo para a ação de repetição de indébito?

o STJ reformulou seu posicionamento e consolidou a tese de que, nos tributos indiretos, é o
contribuinte de direito que possui legitimidade ativa para pleitear a restituição de indébito, uma vez
que é ele quem realiza o fato gerador e integra a relação jurídico-tributária
3 – Qual o prazo prescricional da Ação de Repetição de Indébito?

Prazo para ação de repetição de indébito de IR é de cinco anos a partir do pagamento indevido

4 – Quais os meios de defesa do contribuinte em face da execução fiscal?

São as principais formas de defesa ao executado em uma ação de execução fiscal, são estas: a
impugnação, os embargos à execução, a exceção de pré executividade, a ação anulatória, ação
declaratória, e Mandado de Segurança.

5 – Quais as diferenças entre os Embargos do Devedor na Execução Fiscal e os Embargos do


devedor na execução comum do CPC?

Os embargos à execução constituem uma ação autônoma de conhecimento prevista no Novo CPC,
que serve com opção de defesa para quem suporta um processo de execução forçada.

Dessa forma, apesar de soar estranho em um primeiro momento, pode-se dizer que os embargos do
executado têm forma de ação autônoma de conhecimento e natureza jurídica de defesa, conforme
entendimento doutrinário de Fredie Didier Jr e Cassio Scarpinella Bueno, dois grandes
processualistas brasileiros.

Os embargos à execução fiscal é uma ação judicial destinada à defesa do contribuinte devedor de
algum crédito tributário. Essa ação é distribuída por dependência na ação de execução fiscal no qual
ambas serão julgadas em conjunto. Encontram previsão legal, no artigo 16, da Lei de Execuções
Fiscais:

6 – Quando o contribuinte não possui bens ou meios para garantir a execução fiscal, qual o
meio de defesa aplicável? Quais os fundamentos jurídicos do referido meio?

Deverá apresentar a exceção de pré-executividade, que também recebe o nome de objeção de pré-
executividade, é um dos instrumentos de defesa do executado mais utilizados na prática. Isso
porque a sua utilização se dá de maneira simplificada, por meio de uma petição incidental, sem
custos e sem dilação probatória. Ao lado disso, o sistema de defesa típico na execução fiscal
comporta dificuldades ao executado, especialmente pela exigência de garantia para a apresentação
de embargos à execução e pelos encargos aplicáveis em eventual derrota nesse procedimento.

7 – Explique a aplicabilidade da Ação Declaratória e da Ação Anulatória, apontando as


diferenças entre ambas;

Nem sempre uma demanda judicial almejará uma condenação do réu. Independentemente de um
direito ser violado, é admissível que o interesse do autor se limite apenas a uma declaração,
consoante os arts. 19 e 20, do NCPC/15.

A ação declaratória no Direito Tributário, como o próprio nome já induz, visa à obtenção de
declaração judicial acerca da existência ou inexistência de uma relação jurídico-tributária específica.

Logo, através da ação declaratória, será possível dizer se há ou não uma obrigação tributária a ser
satisfeita diante de determinado fato ou situação jurídica.

Lembre-se que a obrigação tributária surge quando a hipótese de incidência prevista pelo legislador
é materialmente preenchida no mundo real. É neste momento que se dá o nascimento da relação
jurídica entre o Estado e o contribuinte.
Contudo, a obrigação tributária se torna exigível a partir da constituição do crédito tributário, ou seja,
a partir do lançamento. E é importante se atentar a isso porque este será um marco relevante para
determinar a propositura da ação declaratória ou anulatória.

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