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A.·.G.·.D.·.G.·.A.·.D.·.U.·.

Aug.·. e Resp.·. Loj.·. Simb.·. Cavaleiros da União Eterna 700

S.:

F:. U:.

V.: M.:

Ir.: 1º Vig.:

Ir.: 2º Vig.

Demais Irr.:

1ª INSTRUÇÕES DO GRAU DE APRENDIZ

Tema: “O Maço, o Cinzel e a Régua de 24 polegadas - Significado Simbólico” e, O bem e o Mal.

Há bem pouco encontrávamo-nos como seres do mundo profano, sem ainda ter tido a oportunidade de
sermos admitidos em vossos meios, meios que devemos ter como glória por ter conquistado um lugar entre vós.
Decorrido algum tempo, estávamos sendo submetidos à aprovação desta respeitável Ordem, e penetrávamos no
seu interior para começar um novo estado de discernimento - A NOSSA INICIAÇÃO NA ORDEM.

Passamos por reflexões profundas, tentando imaginar o que representaria a Maçonaria em nossas vidas.
Quais seriam os seus componentes, como seriam eles e quais os Princípios que poderiam reger esta fraternidade?

Nossa pequena e vaga noção do que é estar Ordem, que representa agora um começo, a ser delineada em
minha mente. Na medida em que passei a participar de suas sessões, seus ensinamentos, além das instruções
recebidas, passei a dar os primeiros passos.

Confesso que foi difícil decorar a tralhagem, Como todas as pessoas, acreditávamos saber o que seria a
Maçonaria, mas hoje podemos ver, que há muito a ser aprendido e a ser realizado, as etapas de estudo, do silêncio
a ser mantido, do progresso a ser alcançado. É o que, ao meu ver, a Maçonaria encerra: UMA HISTÓRIA
PROFANA E UMA OUTRA INICIÁTICA.

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Assim sendo, ela representa os seus dois aspectos: o profano, o exterior, iniciática e o interior. Passamos a
entender que o iniciado, é aquele ser, que dirige o seu pensamento ao mundo interno, o mundo do espírito, que o
conduz ao conhecimento próprio. É o coração a porta da INICIAÇÃO VERDADEIRA.

Segundo nossa Primeira Instrução recebida, compete a nós, IIr\AAp\, o trabalho de desbastar a Pedra
Bruta, ou seja, devemos nos desvencilhar dos nossos defeitos e de nossas paixões. A Pedra Bruta, extraída das
pedreiras, representa a natureza humana ainda grosseira, e a espera de ser trabalhada.

Devemos então desbastá-la, ou seja, transformá-la, talhada em ângulos retos, conforme as exigências
construtivas. Seu formato é regular e suas arestas são pronunciadas, mas ainda não está polida - O QUE
SIMBOLIZARIA O HOMEM QUE, se existisse, SERIA PERFEITO. REPRESENTA ENTÃO UM IDEAL.
Aproximarmo-nos dessa circunstância seria estar concorrendo à Construção Moral da humanidade, concorrendo a
um papel de Construtores Sociais, onde devemos pautar a nossa conduta na RETIDÃO, para a JUSTA MEDIDA,
para a IGUALDADE e a JUSTIÇA.

Três instrumentos nos foram apresentados, para que com eles nos fossem dadas as noções básicas que a
Maçonaria constrói, isto é, o mosaico de ligações de todas as consciências, afim de objetivarem a felicidade
individual e social.

Foram-nos apresentados: O MAÇO, juntamente com o CINZEL, como sendo os instrumentos utilizados no
trabalho de um Ap\para, alegoricamente, desbastar a Pedra Bruta. Isto significa educar a nossa áspera e inculta
personalidade para uma vida ou obra superior.

O MAÇO, ou MALHO, que deriva do latim “mallieus” (de malhar, golpear), simboliza a vontade, a energia, a
decisão e o aspecto ativo da consciência, torna-se de uma necessidade vital para vencer e superar os obstáculos.

O CINZEL, do latim “ciselius” - derivado de “caedere” (cortar, cindir), ou ESCOPRO, representa o intelecto,
a razão - corresponde ao discernimento, à penetração e receptividade intelectuais e, por assim dizer, ao aspecto
passivo da consciência.

Esses dois símbolos, o MAÇO e o CINZEL, servem para desbastar a Pedra Bruta com inteligência e
raciocínio. Não devemos utilizá-los com brutalidade e falta de precisão em um tipo de trabalho onde o que se requer
é o esmero e não a brutalidade de qualquer pancada.

O terceiro instrumento apresentado foi a RÉGUA DE VINTE E QUATRO POLEGADAS, do latim “regula”
(que derivou igualmente régua e regra). Ela representa o símbolo de precisão e exatidão na ação. Sabemos que
exatidão e precisão são essenciais para a boa conduta de nossas vidas.

Engendra a linha reta o movimento do nosso comportamento moral - a imaginária tendência de ser
prolongada ao infinito, nos dois sentidos; e concorrer assim para simbolizar o ABSOLUTO e o RELATIVO.
Representa, concomitantemente, que essa exatidão deve ser praticada durante todo o dia, em seu período de 24
horas simbolizadas pelas 24 polegadas; ou seja, o Maçom se obriga a dispor de todo o seu tempo na busca da
perfeição.

As três ferramentas de que o obreiro dispõe, o MAÇO representando a vontade como expressão da
inteligência ativa, o CINZEL representando a inteligência passiva, refinada pelo estudo, e a RÉGUA DE VINTE E
QUATRO POLEGADAS representando a exatidão das ações obtida com o uso simbólico dos outros instrumentos.

A utilização do CINZEL, do MAÇO e da RÉGUA DE VINTE E QUATRO POLEGADAS, no


desbaste da Pedra Bruta, enfim, representa simbolicamente a atividade intelectual do Maçom, cujo dever e objetivo
é sempre DISCERNIR O BEM DO MAL, e tomar o rumo do exato e do perfeito.

Assim, o devemos ser dotados de três qualidades:

1. A iniciativa, energia e perseverança para conseguir polir a sua Pedra Bruta, aperfeiçoar-se na ARTE
SUPREMA DO PENSAMENTO e, desta forma, mudar as disposições de sua natureza moral;

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2. O uso da inteligência;

3. A exatidão de suas ações.

CONCLUSÃO

A reflexão que julgamos ter sido feita é a de que o Maçom deve trabalhar inteligentemente para o bem.
De acordo com os preceitos contidos na literatura, o bem não deve permanecer apenas no seu foro íntimo: o
Maçom tem o dever de praticá-lo igualmente nas suas relações familiares e no mundo em que vive.

A atividade do Maçom, nesse plano, deve dirigir-se ao serviço da Pátria, da Ordem e da Humanidade.

Praticar o bem é também evitar o mal, sem perder de vista que, por conta das imperfeições humanas, o
bem e o mal convivem lado a lado. Ambos, dentro do homem, estão separados apenas por uma tênue linha que
define o limite desta fronteira. Não se torna visível aos nossos olhos, mas não deve ser subestimada pelos nossos
sentidos.

Se pretendemos edificar uma Obra Verdadeira para promover a Paz e a Justiça Social, torna-se imperativo
que devamos adotar, por determinação de nossas consciências, tudo aquilo que deva ser considerado justo e leal.

Se um dos ensinamentos aprendidos nos diz que devemos ter respeito ao próximo e ter a magnitude de
nossas compreensões para com o nosso semelhante, onde estariam a FRATERNIDADE, IGUALDADE e
LIBERDADE, um dos ternários da Maçonaria, apregoadas inclusive por leigos e profanos? Não devemos ter
responsabilidades e deveres perante o G\A\D\U\?

Nosso esforço tem que ser dedicado ao progresso universal. Temos o dever de ajudar o G\A\D\U\ em sua
Obra, construir e aprender por nossas próprias experiências (sem, no entanto, deixar de buscar apoio nos demais
IIr\). Temos que sempre dar, sem jamais esperar por recompensa.

Parece-nos claro que, com relação às três viagens realizadas em nossa Iniciação, o material lido e
consultado nos indica o que é do nosso dever aprender - GRAMÁTICA, LÓGICA e RETÓRICA - ou ainda, que
devemos SENTIR FUNDO, PENSAR ALTO e FALAR CLARO.

Dizem tais apontamentos que a GRAMÁTICA se refere ao conhecimento da MAGIA DO VERBO e o


PODER DAS LETRAS. As letras manifestam a Verdade e o Verbo, que segundo São João é a Palavra: a sabedoria
eterna.

Para tanto, meus IIr\ solicitaremos sempre a vossa ajuda, em especial ao llr 1º Vig\ de nossa Col\, afim de
que possamos fazer novos progressos em nossos estudos. Desta forma teremos a oportunidade de cada vez
melhor servir, de sermos FILHOS DA LUZ, construtores com SABER, para também OUSAR, QUERER e CALAR.

BIBLIOGRAFIA:

1.Sergio Pereira Couto; DICIONÁRIO SECRETO DA MAÇONARIA, universo dos livros - 2006.

2.Adoum, Jorge; GRAU DE APRENDIZ E SEUS MISTÉRIOS, ed. Pensamento - 1993.

Apr.’.Maç.’.MARCELO SIMPLICIO DA SILVA Oriente de São Paulo, 23 outubro de 2019 da E.’.V.’.

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