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ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO
1.1. O presente de Deus
1.2. 6 coisas fundamentais na geografia bíblica
1.3. Introdução
1.4. A importância da geografia bíblica
1.5. Por que estudar a geografia bíblica?
2. DEFINIÇÕES
2.1. Definição de geografia no aspecto geral
2.2. A fonte da geografia
2.3. A criação como ponto de referência
2.4. Os pontos cardeais
2.5. O que é o Mundo Antigo
3. LOCALIZAÇÃO DE ACONTECIMENTOS BÍBLICOS
3.1. Localização exata dos acontecimentos bíblicos
3.2. Mesopotâmia
3.3. Assíria
3.4. Babilônia
3.5. Arábia
3.6. Pérsia
3.7. Elão
3.8. Média
3.9. Armênia
3.10. Arã
3.11. Fenícia
3.12. Palestina
3.13. Egito
3.14. Etiópia
3.15. Ásia Menor
3.16. Grécia
3.17. Macedônia
3.18. Dalmácia
3.19. Itália
3.20. Espanha
3.21. Ilhas do Mar
4. HIDROGRAFIA BÍBLICA
4.1. Os quatro rios do mundo bíblico
5. DESERTOS
5.1. Acerca dos desertos do texto bíblico
5.2. Descrição
5.3. Desertos bíblicos da parte Oeste
5.4. Desertos da parte Leste
6. 12 CIDADES QUE NÃO FAZIAM PARTE DA PALESTINA
6.1. Descrição
6.2. Mapas Ilustrativos
7. OROGRAFIA
7.1. Ararate
7.2. Sinai
7.3. Líbano
7.4. Hermon
7.5. Monte Seir
INTRODUÇÃO
Estas são as origens dos céus e da terra, quando
foram criados; no dia em que o Senhor Deus fez
a terra e os céus, E toda a planta do campo que
ainda não estava na terra, e toda a erva do campo
que ainda não brotava; porque ainda o Senhor
Deus não tinha feito chover sobre a terra, e não
havia homem para lavrar a terra.Um vapor,
porém, subia da terra, e regava toda a face da
terra. E formou o Senhor Deus o homem do pó da
terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida;
e o homem foi feito alma vivente. E plantou o
Senhor Deus um jardim no Éden, do lado oriental;
e pôs ali o homem que tinha formado. E o Senhor
Deus fez brotar da terra toda a árvore agradável
à vista, e boa para comida; e a árvore da vida no
meio do jardim, e a árvore do conhecimento do
bem e do mal.

Gênesis 2:4-9

O presente de Deus

Se atentarmos nitidamente ao texto bíblico, perceberemos sua relação com a


geografia bíblica. O segundo capítulo de Gênesis abarca diversas temáticas. A
primeira coisa que podemos perceber é o retrato do Deus criador. O versículo 1 do
aponta como causa, origem e governo de toda a criação o próprio Senhor.

Nesses primeiros versículos lidos perceber tanto a presença do Deus Imanente


quanto do Deus Transcendente. Quando atentamo-nos ao transcendente,
percebemos a separação entre Ele e Sua criação:
No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi também
ao Senhor assentado sobre um alto e sublime
trono; e a cauda do seu manto enchia o templo.

Isaías 6:1

Tratando-se do imanente, percebemos que Deus também está perto de nós, sua
criação.
Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos,
e por todos e em todos vós.

Efésios 4:6

A segunda coisa a ser percebida é que esse Deus não é apenas criador, mas também
aquele que busca relacionamento conosco. Esse Deus perfeito não deseja abster-se
de suas criaturas, mas relacionar-se com elas na Terra que Ele mesmo cria.

A geografia bíblica mostra-nos que Deus deu a terra para o homem para que sirva de
habitat, uma localidade pontuada pelo próprio Deus. A terra foi dada por Deus ao
homem, porém o pecado estragou tudo. Apesar disso, Deus emitiu uma promessa:
se vocês me ouvirem, comerão o melhor da terra.

Todo israelita que obedeceu a palavra do Senhor pôde desfrutar dos benefícios da
Terra. O mesmo cabe para nós: apesar de a igreja não ter recebido promessa de
terras como Israel, tem o direito de se beneficiar daquilo que é do Senhor.
Do SENHOR é a terra e a sua plenitude, o mundo
e aqueles que nele habitam.

Salmos 24:1

Tudo que há na terra vem de Deus. A geografia estende-se para além de medidas e
localidades: mostra que Deus é gracioso, cheio de amor, misericordioso e bondoso
ao colocar o homem na terra. Nesse ato de doar a terra manifesta-se a bondade dEle
em nossas vidas.

O texto de Gênesis descreve que Deus coloca o homem na terra e, sobre ele, ordens
de natureza moral. Dessa forma, não fomos largados a esmo, mas com claros
princípios morais. Nesse ato de doar a terra, Deus não entrega um lar estéril, mas
abençoa o habitat.

Gênesis cita a localidade desses rios para declarar que o local dado por Deus era rico
e cheio de vida. Na geografia bíblica, rios apresentam dois sentidos: simbólicos (Sl
1:3) e literais, como nesse caso. O povo de Deus, como Abraão e outros patriarcas,
vão peregrinar em busca de localidades férteis onde houvesse maior produtividade.

6 coisas fundamentais na geografia bíblica

Diversos livros possuem uma maneira própria de abordar a geografia bíblica. Em


síntese, ela pode ser pontuada em 6 pontos:

1. O estudo do mundo antigo: deve-se começar o estudo da geografia pelo estudo


do mundo antigo, que revela informações acerca de como era o mundo mesmo
antes da era dos patriarcas

2. Geografia física da Palestina: aqui temos a questão dos limites, a topografia,


as planícies, os planaltos...

3. Geografia humana da Palestina: trata dos costumes, das habitações, como


eram as moradias, as casas, o vestuário, as bebidas…

4. Geografia econômica da Palestina: as riquezas de determinado país. Por que


tinham partes pobres e ricas? Qual o envolvimento animal e mineral na
produção econômica de Israel?

5. Geografia política: estudar os conflitos, tratar da origem do povo de Deus, o


tempo dos juízes, o reino unido que se dividiu…
6. Geografia da Ásia menor: novamente estudar a economia, a geografia
humana, física e, por último, as viagens do apóstolo Paulo.

Introdução

De agora em diante, estaremos apresentando uma visão geral de 5 pontos acerca da


importância de se estudar a geografia bíblica. Comecemos com algumas citações:
deve-se atentar às obras de Enéas Tognini, Netta Kemp de Money, Claudionor de
Andrade e Osvaldo Ronis. Essas obras da geografia bíblica são de grande
importância para a compreensão da matéria aqui apresentada.

1. A importância do método da história e da geografia bíblica para a compreensão


das Sagradas Escrituras: Sabemos que os exegetas e hermeneutas
apresentam alguns métodos sobre como fazer a leitura da palavra de Deus,
mas se alguém deseja realmente se aprofundar nelas deverá se atentar ao
método histórico e geográfico.

2. O significado de geografia: A palavra é composta por geo (terra) e grafia


(escrita). A geografia sofreu, entretanto, algumas evoluções ao longo dos
séculos, estendendo-se para além de uma mera ciência descritiva de análise
da terra para narrar os fatos e fazer ligações com o contexto hodierno. Ela
abarca muitos outros fenômenos, como a questão humana e política.

3. A geografia através da história: Como, quando e por que a geografia se tornou


uma ciência salutar importante para nós? Sabemos que diversos povos se
envolveram na conquista de grandes terras. Alguns se prenderam em
determinados locais, como o Egito, já os fenícios e gregos se espalharam, os
gregos principalmente sob Alexandre, o Grande. Esse tipo de conhecimento é
essencial para a precisa compreensão dos eventos bíblicos.

Diversos sábios da grécia se interessaram pelo estudo da geografia, mesmo que não
de forma sistemática. Aristóteles, Tales e outros pontuaram questões atinentes à
geografia. Roma em expansão tratou profundamente acerca disso, e nela houve
grande desenvolvimento social e jurídico. Cada um dos grandes povos da antiguidade
deixou seu legado para o estudo histórico da geografia

No período medieval, entretanto, a geografia não se desenvolveu tanto.


Lamentavelmente, a igreja católica trouxe atrasos na interpretação bíblica, o que
suprimiu esse estudo.

Chegando ao séc XVI há o envolvimento de diversos povos em busca de crescimento.


Velejando para outras terras, novas descobertas serão feitas e, por meio dos grandes
alemães, a geografia bíblica será tratada com imensa precisão.

A importância da geografia bíblica


Tudo está interligado. Se desejarmos uma verdadeira teologia sistemática,
hermenêutica e exegética mas não tivermos um conhecimento correto da geografia
bíblica, não encontraremos perfeição em nosso estudo estudo.

A geografia secular trata da Terra no aspecto de criação. A geografia bíblica,


entretanto, versa sobre as terras onde o povo de Deus desenvolveu sua existência,
seus trabalhos e sua construção histórica.

Não podemos deixar de lado o fato de que de que a terra na qual pisamos veio de
Deus. Existem, entretanto, explicações cosmorgânicas que buscam dizer como o
mundo surgiu. Porém a verdade absoluta está clara nas escritura.
No princípio criou Deus o céu e a terra.

Gênesis 1:1

Pela fé entendemos que os mundos pela palavra


de Deus foram criados; de maneira que aquilo
que se vê não foi feito do que é aparente.

Hebreus 11:3

Os filósofos pré-socráticos trataram muito acerca da origem do mundo, atribuindo


como causa primeira elementos como a água, fogo ou o ser. Cada um desses homens
intentou explicar o surgimento do mundo no campo da racionalidade humana. O
cristão, entretanto, descarta teorias que vão de encontro à doutrina das Escrituras.
Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é
necessário que aquele que se aproxima de Deus
creia que ele existe, e que é galardoador dos que
o buscam.

Hebreus 11:6

Não podemos partir para a análise da terra pela matéria, como fizeram os pré
socráticos. Devemos entender a origem deste planeta por meio da fé na criação
gloriosa do poder de Deus (At 17:24). Paulo, homem culto e entendido, não traz para
sua explicação bíblica teorias quaisquer, elementos mitológicos ou lendas, mas a fé.

Por que estudar a geografia bíblica?


Ele é o que está assentado sobre o círculo da
terra, cujos moradores são para ele como
gafanhotos; é ele o que estende os céus como
cortina, e os desenrola como tenda, para neles
habitar;

Isaías 40:22

Por não examinar corretamente o conteúdos das Sagradas Escrituras, alguns tem
feito interpretações jocosas, erradas e cheias de concepções puramente humanas. É
por isso que Lutero afirmava que deveríamos nos calar quando em frente à Palavra.
Muitos não sabem, mas para um compreensão precisa e benéfica das Sagradas
Escrituras faz-se necessário, além do conhecimento exegético e hermenêutico, ater-
se ao estudo da Geografia Bíblica. Isto se dá porque ela não tem apenas seu aspecto
histórico, mas também leva cada estudante a uma aventura da revelação divina que
se deu em determinado lugar, evidenciando as terras bíblicas, questões étnicas,
costumes, topografia, hidrografia, etc…

Lendo passagens tanto do Velho quanto do Novo Testamento, faz-se menção não
somente de pessoas, mas de lugares, rios e montanhas, o que consubstancia ainda
mais a veracidade dos fatos relatados nas Sagradas Escrituras.

Note que Mateus, ao relatar o nascimento de Jesus, envolve uma história de aventura
marcada por certos lugares, os quais são considerados por ele como proféticos (Mt
1).
DEFINIÇÕES
Definição de geografia no aspecto geral

A geografia pode ser entendida como a ciência que trata da descrição da Terra e do
estudo dos fenômenos físicos, biológicos e humanos que nela ocorrem, suas causas
e relações.

Nas palavras do pastor Claudionor de Andrade: segundo a etimologia da palavra -


geo “terra” e graphein “descrever” - a Geografia limitou-se durante séculos a
descrever a Terra. Entretanto, a partir do Século XIX, assumiu um caráter científico.
Não mais limitou-se à descrição; passou, também, a explicar os fatos. No entanto, as
definições variam de autor para autor.

Para o alemão Alfred Hettner, Geografia é o ramo de estudos da diferenciação


regional da superfície da Terra e das causas dessa diferenciação. Richard Hartshorne
declara ser o objetivo da Geografia proporcionar a descrição e a interpretação, de
maneira precisa, ordenada e racional, do caráter variável da superfície da Terra.
[ANDRADE, Claudionor, Geografia Bíblica: Rio de Janeiro: CPAD, 1987, p. 14]

● Podemos dizer que a Geografia Bíblica tem por objetivo apresentar o espaço
geográfico das diversas áreas da Terra que está relacionada com os
acontecimentos bíblicos, nesse sentido ela é geral e abrangente. Por meio da
Geografia Bíblica a compreensão dos fatos bíblicos nos conduz a um melhor
entendimento do que o texto bíblico quer nos dizer. Ademais, iremos poder
discernir que a ação divina entrou no cenário humano.

● Por meio da Geografia Bíblica entendemos claramente que o Deus verdadeiro


não está distante dos homens, como pensavam e afirmam os deístas, mas que
esse Deus dos céus começa Seu reino no espaço dos homens, o que inclui
não apenas a perspectiva subjetiva interior, mas objetiva, quando o mesmo
será implantado na Terra (Mt 6:10).

● Através da Geografia Bíblica se entende claramente que os fatos narrados nas


Escrituras se deram em algum lugar, de modo que o estudante poderá
compreender isso, lendo, pesquisando, comparando, localizando, provando
assim a veracidade de tais acontecimentos.

A primeira coisa que devemos levar em consideração é quanto à questão do espaço


geográfico: trata-se daquele que é ocupado pelos seres humanos e é modificado por
eles ao longo do tempo porque é nele onde os homens exercem suas atividades.

Nesse espaço geográfico é que se dá a existência de cidades, plantações, florestas,


rios, montanhas, estradas e locais em que o ser humano vive. Observe que logo no
primeiro livro da Bíblia, Gênesis, o homem aparece dentro de um espaço geográfico,
no qual estão presentes plantações, rios, florestas, etc… (Gn 2:10-13).
Há que se dizer ainda que além do espaço geográfico também existe nele elementos
invisíveis, como por exemplo o barulho das ondas do mar e o soprar dos ventos (Sl
107:25). Todos esses fatores fazem parte da criação.

A fonte da geografia

Podemos asseverar que a fonte principal é a própria Palavra de Deus. Nela consta o
que se precisa para entender os lugares, cidades, povos, culturas, relevos e questões
econômicas. O principal é a Palavra de Deus, e isso deve ficar claro.

Apesar disso, o estudante pode recorrer tanto à história envolvendo o povo de Deus
como à secular. Por fim, outra fonte importante é a arqueologia, lembrando que jamais
podemos dizer que precisamos da arqueologia para firmar as verdades das Sagradas
Escrituras, pois existem áreas em que essa ciência não pode entrar, visto que são de
particularidade plenamente espiritual.

A criação como ponto de referência

Para não ficar perdido, o homem buscou situar-se no espaço em que se encontrava,
as formas para isso foram as mais diversas, por exemplo, a Bíblia fala do Patriarca
Abraão deslocando-se para diversos lugares (Gn 12:1,5,6,8), o que ele fazia para não
se perder? Quais eram os pontos de referências para tais localidades? Observe que
até mesmo o próprio Deus deu pontos de referências para Pedro, quando foi lhe
informar sobre a casa de Cornélio (At 9:11).

Na atualidade, nós, seres modernos, temos à disposição os recursos tecnológicos,


mas não deixamos a prática de nos orientarmos sobre o lugar em que estamos por
meio de pontos de referências: igrejas, escolas, templos, lojas, supermercados,
dentre outros… Além disso, usamos expressões tais como “para frente”, “para trás”,
“direita”, “esquerda”, “para cima”, “para baixo”... Quando se faz uso dessas
referências, conclui-se em que ponto a pessoa estar ou quer chegar.

É bem verdade que existem lugares nos quais não existem pontos de referências,
como desertos e mares, mesmo assim o homem buscou meios para não ficar
desorientado, sem saber em que espaço se encontrava. Para isso, sem o recurso da
tecnologia, passou a fazer uso dos corpos celestes: planetas, estrelas, cometas.
Primitivamente as orientações se deram pelo Sol e a Lua.

O homem entendeu ao longo de sua existência que o sol tanto nasce como se põe
na mesma direção, então o Sol passou a ser um ponto de referência para localizar
um determinado lugar, assim passou a ser utilizado para apontar diversos pontos de
orientação, os quais são chamados de pontos cardeais: leste, oeste, norte, sul.

Os pontos cardeais

Local onde o sol nasce ou aparece Local oposto onde o sol desaparece
Ficou conhecido como Leste (L). O Oeste é onde o Sol desaparece (O). O
nascente passou também a ser Ocidente significa poente
chamado de Oriente (E).

A partir do ponto oeste, também chamado de ocidente ou poente e do leste, que é o


oriente ou nascente, surgiram então mais dois: o Norte, denominado também de
setentrional ou boreal, e o Sul, chamado de Meridional ou austral. Os geógrafos
afirmam que através dos pontos cardeais outras direções intermediárias surgiram,
que são denominadas de pontos colaterais, são elas:

● Entre o Norte e o Leste fica o Nordeste


● Entre o Norte e o Oeste fica o Noroeste
● Entre o Sul e o Leste fica o Sudeste
● Entre o Sul e o Oeste fica o Sudeste

Há um pequeno problema quanto a fazer uso do Sol e da Lua: se as condições do


tempo não estiverem boas, isso é quase impossível. É como a situação que
aconteceu com Paulo em Atos:
E, não aparecendo, havia já muitos dias, nem sol
nem estrelas, e caindo sobre nós uma não
pequena tempestade, fugiu-nos toda a esperança
de nos
Atos 27:20

Deus deu inteligência e conhecimento aos homens, sabendo que nem sempre podiam
fazer uso dos astros celestes. Os chineses, por exemplo, criaram a bússola, que em
seu formato assemelha-se ao relógio por meio de sua agulha imantada. Atualmente,
os métodos de localização já estão mais bem sofisticados. Para saber a localização,
faz-se uso dos satélites, radares e GPS.

Um exemplo claro da presença dessas informações no texto bíblico está na ordem do


acampamento das tribos. As tribos dividiam-se em quatro grupos de três tribos cada,
chamados “exércitos”, que deviam acampar em determinado lado do Tabernáculo.
Nomeiam-se por ordem os quatro exércitos, começando no oriente, então o sul,
ocidente e finalmente o norte, cada um dos quais era chefiado por um capitão, que
superintendia os soldados em número limitado.

● Banda do Oriente: nascente (Nu 2:3)


● Banda do Sul: (Nu 2:10)
● Banda do Ocidente: (Nu 2:18)
● Banda do Norte: (Nm 2:25)

Por meio dos pontos de orientação é possível saber as devidas direções por meio de
uma referência, que dá o caminho certo que se deve seguir. Para se saber
precisamente os lugares no espaço geográfico, entretanto, faz-se uso de redes
quadriculadas alicerçadas nos paralelos e meridianos, que são linhas imaginárias:
Latitude É a distância entre um ponto qualquer na superfície terrestre e a linha do
equador. É medida em graus, minutos e segundos, variando de 0° na linha do
Equador até o valor máximo de 90°, a norte ou a sul do principal paralelo. Lugares
sobre o mesmo paralelo possuem a mesma latitude

Longitude É a distância entre um ponto qualquer na superfície terrestre e o Meridiano


de Greenwich. É medida em graus, minutos e segundos e varia de 0°, em Greenwich,
até o valor máximo de 180°, a oeste ou a leste desse meridiano. Lugares sobre o
mesmo meridiano apresentam a mesma latitude.

Os meridianos são linhas verticais que ligam o Polo Norte ao Polo Sul e são medidos
de graus, minutos e segundos. Todos os meridianos são medidos a partir do
meridiano de Greenwich, que corresponde a 0°. Greenwich divide a Terra em dois
hemisférios: o hemisfério leste, ou Oriental, e o hemisfério oeste, ou Ocidental. As
longitudes, ou meridianos, são as linhas que partem do meridiano de Greenwich (0°)
até 180° a oeste ou a leste e convergem para os polos.

A linha imaginário tem esse nome porque passa pelo antigo observatório de
Greenwich, que se localiza na periferia de Londres.

Os paralelos são definidos como linhas horizontais que atravessam o planeta, a linha
do equador é o principal paralelo e divide a Terra em duas partes iguais, chamadas
de hemisférios: o hemisfério norte e o hemisfério sul.

É importante ter em mente que as latitudes, ou paralelos, são medidas em graus,


minutos e segundos e determinadas a partir da linha do equador (0°), podendo atingir
o valor máximo de 90° a norte ou a sul.

O que é o Mundo Antigo


Esse Mundo Antigo pode ser chamado de mundo bíblico, era nele que se destacavam
os povos que habitavam as regiões banhadas pelo Mediterrâneo, também conhecido
como o Grande Mar. Como também aquelas que envolviam toda essa área, que
também eram banhadas ou cercadas pelos seguintes mares:

● Mar Negro (Euxino)


● Mar Cáspio (Setentrional)
● Mar Meridional (Golfo Pérsico)
● Mar Vermelho (Mar Eritreu)
● Mar Egeu
● Mar da Galiléia
● Mar Morto
● O Golfo Pérsico é um golfo localizado no Médio Oriente, como um braço do
mar da Arábia entre a península da Arábio e o Irã
LOCALIZAÇÃO DE
ACONTECIMENTOS BÍBLICOS
Localização exata dos acontecimentos bíblicos

A princípio, os limites do mundo bíblico tratando-se de longitude estão entre 5 graus


a oeste e 55 ao leste. Tratando-se da latitude, isto é, os paralelos, temos a medição
correta entre 10 graus e 45 graus. Pelo entrelaçamento dessas linhas tanto verticais
quanto orientais vamos encontrar a localização exata onde foi o palco do surgimento
da história do povo de Deus, em especial a história de nossa salvação.

Mesopotâmia
E o servo tomou dez camelos, dos camelos do
seu senhor, e partiu, pois que todos os bens de
seu senhor estavam em sua mão, e levantou-se
e partiu para Mesopotâmia, para a cidade de
Naor.

Gênesis 24:10

Do hebraico Aram Naharayim, Mesopotâmia = “Arã dos dois rios”, ou melhor, entre
rios. Essa região localizada entre os rios Tigre e Eufrates, também chamada de Arã
e Padã-Arã (Gn 24.10; At 2.9). Os antepassados dos hebreus vieram do norte dessa
região (Gn 11; At 7:20). É nesse local que se dá o início da história bíblica envolvendo
o povo de Deus, mas não somente isso, é o lugar ou berço da humanidade.

Na concepção de diversos estudiosos, historiadores e antropólogos, o surgimento do


homem se deu na dita região da Mesopotâmia e, conforme os registros bíblicos, foi
no Éden que o homem foi formado. Conclui-se que esse jardim estava localizado
nessa região, dada a presença dos dois rios, Tigre e Eufrates (Gn 2.14-10). Afirma-
se que esses dois rios se expandiram partindo dos montes da Armênia parte do Norte,
indo até o lado do sul, Golfo Pérsico. Pontuamos diversos acontecimentos na
localidade denominada Mesopotâmia:

● A questão do dilúvio
● A torre de Babel
● A formação da família de Noé
● A migração de sua descendência…

Assíria

Suas capitais foram Assur, Calá e Nínive. Sua população era semita. Em várias
ocasiões os assírios guerrearam contra o povo de Deus (2Rs 15.19,29; 16.7). Em 721
a.C. os assírios acabaram com o Reino do Norte, tornando Samaria sua capital (2Rs
17.6). Os medos e os babilônios derrotaram a Assíria, tomando Nínive em 612 a.C. A
assíria é mencionada várias vezes nos livros proféticos (Is 10.5-34; 14.24-27; 19.23-
25; 20.1-6; 30.27-33; Ez 23.1-31; Os 5.13; Na 1.1-15; Sf 2.13-15).
Babilônia

Nome de uma região e de sua capital (NTLH Gn 10.10; 2Rs 20.12). A cidade foi
construída na margem esquerda do rio Eufrates, onde agora existe o Iraque. Gn 11:1-
9 conta como a construção de uma torre ali não foi terminada porque Deus confundiu
a língua falada pelos seus construtores.

Diversos nomes foram dados para essa região: Sumer, Acade, terra de Sinear. Trata-
se de uma região alagadiça, bem fértil, isso por causa do lodo dos rios Tigre e
Eufrates, diz-se que a parte mais rica é a sul. O surgimento dos babilônios deu-se por
uma mesclagem de sumérios e acádios, a prosperidade desse local era a causa para
que diversos povos desejavam apossar-se de tal região.

As cidades que se destacaram nessa região foram Ur, Eridu, Obeide, Larsa, Fara,
Ereque, Nipur, dentre outras. Mas, em destaque, está a Babilônia, que foi fundada
por Nimrode, o qual era bisneto de Noé.

Arábia

No começo era a parte norte da península situada entre o mar Vermelho e o golfo
Pérsico (Is 12.13). Mais tarde, toda a península (Gl 1.17; 4.25). A região da Arábia é
caracterizada, no escopo bíblico, por grande deserto, o qual vai desde o rio Nilo
chegando ao Golfo Arábico para o norte-sul.

Essa localidade tem grande importância envolvendo o povo de Deus, pois foi na parte
ocidental da Arábia, conhecida por Arábia Pétrea, que envolve a península do Sinai
e Edom, que os israelitas receberam a Lei de Deus, no demais, também nessa parte
peregrinaram 40 anos. Lendo Gn 25.6, o que é denominado de Partes do Oriente
pode referir-se à Arábia.

Pérsia

País hoje chamado de Irã (Et 1.18), palco de personagens poderosos como Ciro,
Dario, Xerxes, Assuero e Artaxerxes. Podemos dizer que estava situada em uma
região pequena ficando ao nordeste do Golfo Pérsico, por outro lado a sudeste da
Babilônia e Elão, na parte sul da Média, no leste a Carmânia.

Essa região não é conhecida nos relatos bíblicos, porém os acontecimentos


marcantes envolvendo a história de Ester se deu nessa localidade.

Elão

País situado a leste do rio Tigre, fazendo divisa com a Babilônia. Foi uma das
civilizações mais adiantadas do seu tempo (Jr 25.25). Pelos gregos era denominado
de Suziânia, limita-se ao Sul com o Golfo Pérsico, ao Oeste com o Rio Tigre. Crê-se
que a capital de Elão, Susã, teve sua fundação em 4000 a.C.
A Bíblia faz menção de Elão no episódio envolvendo o sobrinho de Abraão, Ló,
quando o rei Quedorlaomer o havia aprisionado (Gn 14.1). Essa região caracterizava-
se pelas suas montanhas e lugares férteis, atualmente é pertencente à província do
Irã.

Média

País localizado a noroeste da Pérsia e habitado por um povo indo-europeu. Atingiu


sua maior glória no reinado de Nabucodonosor (Is 21.2; Dn 8:20). Estava localizada
ao norte de Elão, leste da Síria, ao sul do Mar Cáspio, ao oeste da Pártia, que
modernamente faz parte da província persa de Khorasan.

Os Partas na Bíblia são mencionados apenas uma vez (At 2.9). Parte da Média é
descrita como sendo uma grande planície de aproximadamente 1.000 metros de
altitude com uma bonita e grande paisagem.

Armênia

Também era conhecida por Arará, ao norte da Média expressava-se como uma região
grande e de altas serras. O Mar Cáspio estava a leste, Assíria e Síria, ficando a oeste
a Ásia menor e o mar Negro a oeste, as montanhas do Cáucaso ficavam ao norte.

Fala-se que as cabeceiras do Rio Tigre e Eufrates se encontraram ali. O episódio


bíblico que se registra nessas partes é o dito Monte Ararate, grupo de montanhas
onde pousou a arca de Noé (RA Gn 8.4; RC, Arará), E para onde fugiram os filhos de
Senaqueribe (RA 2Rs 19.37; na RC, Arará). Essa região era parte da antiga Armênia.
Hoje está localizada na Turquia.

Arã

1. Filho de Sem (Gn 10.22), antepassado dos sírios.

2. A Síria, que se estendia desde o nordeste da Palestina até os vales dos rios
Tigre e Eufrates (Nm 23.7) V. Mesopotâmia. Ficava ao sudeste da Armênia ou
Arará, leste da Ásia Menor e do Mediterrâneo, norte da Palestina, a oeste da
Assíria demais partes da Arábia. Essa região no período dos patriarcas era
formada de pequenos reinos independentes; O nome de sua cidade principal
era Arã-naaraim, Arã-damascus, Arã-zobá.

Em destaque, no aspecto bíblico, fala-se do centro comercial Harã, que também era
conhecido como local militar no distrito de Padã-Arã, local em que Abraão residiu com
seu pai e dali deixou seus parentes para ir a Canaã.

Fenícia

Do grego Terra das Tamareiras. País Mediterrâneo, situado ao Norte de Israel (At
21.2). Suas cidades principais eram os pontos de Tiro e Sidom, de onde foi exportado
o cedro usado na construção do Templo (1Rs 5.1-10).
No Antigo Testamento, é designada como o limite dos cananeus desde Sidom, o
termo que estendia até Sidom, à Grande cidade que pertencia a Sidom (Gn 10.19; Js
11.8). Era a faixa de terra da costa mediterrânea de 32 km de largura que se estendia
por uns 192 km do Monte Carmelo para o norte.

Palestina

Região da Ásia, entre a Fenícia ao norte, o Mar Morto ao sul, o Mediterrâneo ao


ocidente e o deserto da Síria ao oriente. A palavra palestina quer dizer a Terra dos
Filisteus, chamava-se também a Terra de Canaã. a Terra de Israel, a Terra da
Promissão, a Terra Santa.

Em sua concepção, é de praxe entender e compreender que a Palestina trata-se do


lar ou pátria dos judeus. A Palestina é um dos países mais pequenos do mundo, não
maior que o Estado de Sergipe, porém tem influenciado o mundo mais do que
qualquer outro.

Egito

Egito Aegyptus, a terra do Nilo, que também é chamado em hebraico de Mizraim (1


Cr 1.8), pelos Egípcios é chamado de Kam-t, os cananeus denominava de Misru, as
vezes terra de Cão (SI 105.23,27). País situado no nordeste da África. É também
chamado de Cão (SI 105.23); na NTLH e RA, Cam. Suas terras são percorridas pelo
maior rio do mundo, o Nilo.

Foi um império poderoso no tempo do Antigo Testamento. Os hebreus viveram ali e


ali foram escravizados, sendo libertados por intermédio de Moisés (Gn cap. 46 a Ex
cap. 19). A nação israelita sempre manteve contato com o Egito. Salomão se casou
com a filha do Faraó (1Rs 3.1).

Etiópia

Do grego sol abrasador. Pais que ficava ao sul do Egito e que incluía a Núbia, o Sudão
e o norte da Etiópia dos tempos modernos. É uma região do oriente africano. Em
hebraico esse país se chamava Cuxe (RA) ou Cuse (RC), nome do um dos filhos de
CAM (1).

Israel teve alguns contatos com a Etiópia (Nm 12.1; 2Cr 12.3;14.913; 2Rs 19.9). Os
profetas a mencionaram (Is 11.11; 18.1; 20.3-5; ) (ir 46.9; Ez: 29.10; 30.4-9; Na 3.9;
Sf 3.10). No NT relata-se o batismo de um alto funcionário da Etiópia (At 8.26-40).
Lendo Ester 1.1, é dito que Assuero reinou desde a índia até a Etiópia. Atualmente é
denominada de Abissínia.

Ásia Menor

Região ocidental do continente da Ásia, limitada pelos mares Negro. ao norte, Egeu,
ao oeste, e Mediterrâneo, ao sul. Ali Paulo se entregou a intensa atividade
missionária. A província da ÁSIA estava localizada no extremo ocidental da Ásia
Menor. Ela está limitada com a Arménia, na parte extrema do norte da Mesopotâmia
e da Síria.

No aspecto Bíblico. da Ásia Menor, que o apóstolo Paulo desempenhou com denodo
sua obra missionária: nela também esta a presença das Sete Igrejas da Ásia. corno
descrito no Apocalipse. Na presente atualidade Turquia é quem domina essa área.

Grécia

País situado no Sul da Europa (Dn 10.20), chamado no Antigo Testamento também
de Javã (Is 66.19), o qual era neto de Noé, o qual foi o pai dos jônicos, uma das
principais tribos constituição da raça grega. Trata-se de uma península montanhosa
oriental que forma a extremidade meridional da península dos Balcãs. É banhada ao
leste pelo mar Egeu do Arquipélago ao sul peIo Mediterrâneo e ao oeste pelo mar
Jônio. A Macedónia ficava ao norte.

Muitas ilhas cercavam a Grécia Antiga, ela tinha muitas montanhas e declives, de
pouca planícies e rios. Devido a essas e outras questões, os gregos aventuravam-se
em busca de novas riquezas e desejo de conquistar, razão pela qual eles buscam
expandir-se além de suas fronteiras. A Grécia Antiga era conhecida pelo nome de
Acaia.

Macedônia

Província romana situada ao norte da Grécia várias vezes visitada por Paulo (At 16.9-
17.15;. 20:1-6). Pouco se sabe sobre a Macedônia, mas o certo e que ela esteve sob
o domínio de Felipe, o Macedônio, como também pelo reconhecido Alexandre, seu
filho.

A Macedônia sob seu poder veio a ser uma grande potència (360-323 a. C).
Referindo-se ao seu limite estava ao sul com a Grécia, ficando ao leste com o Mar
Egeu e Trácia. ao norte com os Montes Balcânicos, e no oeste com Ilíaco. Essa região
se descreve como sendo fértil com muitas montanhas.

Dalmácia

Província romana situada na costa nordeste mar mar Adriático, oeste da Macedônia,
leste do Mar Adriático e noroeste da Grécia também chamada de Ilírico (2Tm 4.10).
Crê-se que essa foi a região mais distante alcançada por Paulo para anunciar a
mensagem do Evangelho de Cristo Jesus (Rm 15.19)

O conteúdo dessa região é quase totalmente desconhecido, incluindo seus


habitantes, mas diz-se que eram bastante selvagens. Hoje ela pode referir-se à
Albânia e Iugoslávia.

Itália
País situado ao sul dos Alpes e banhado pelo mar Mediterråneo. Roma, sua capital,
era a sede do Império Romano (At 18.2 27.1-6; Hb 1324). Originalmente é um
pequeno distinto do extremo sul da península italiana. Sua capital. Roma, governava
o mundo dos tempos de Jesus e dos apóstolos. Menciona-se, nas Escrituras, Cinco
cidades da Itália: Roma, Régio, Puteoli. Ápio e Três Vendas (At 2813.15).v

Espanha

Província romana situada no extremo oeste da Europa ( NTLH Jn 1.3). ela faz parte
da Península Ibérica, na parte do sudoeste da Europa. Banhada ao sul pelo Mar
Mediterräneo e ao Norte pelo Oceano Atlåntico. Foi para essa regiäo que Paulo
manifestou um grande desejo de ir, não se sabe se Paulo conseguiu chegar até Iå
(Rm 15.24.28). Porém, o fragmento Muratöria (170 d.C), diz que Paulo chegou até lá
sim. A Espanha permanece com o mesmo nome até hoje, A cidade Tårsis ficava ao
sul da Espanha, bem próximo de Gibraltar.

Ilhas do Mar

Por meio dessa expressão se entende, a luz do Contexto Bíblico, uma referência
direta às dando Mediterrâneo e do Mar Egeu, que são as seguintes: Patmos, Mitilene,
Samotrácia, Creta. Chipre, Rodes dentre outras regiões, o que pode incluir Malta e
Sicília.
HIDROGRAFIA BÍBLICA
Os quatro rios do mundo bíblico

Agora trataremos de alguns rios bíblicos, esse assunto é da parte geografia chamada
de Hidrografia. É uma parte da geografia física que classifica e estuda as águas do
planeta Terra.

1. Nilo: É o grande rio da África oriental, seu curso é de 6.500 km, é o mais
comprido rio do mundo. Esse rio é formado pela confluência do Nilo Branco e
do Nilo Azul, são assim denominados devido à cor o barro que atinge suas
águas. Esses dois rios têm suas águas nascente na África equatorial. As águas
que descem para o mar passam por uma grande região árida e estéril.

Através das enchentes periódicas, a causa de se regar o Egito, ele deixa um


limo escuro que possibilita a fertilidade da terra. Fala-se que em tempo de seca
essas enchentes causavam espanto aos antigos. Depois da última enchente
do ano fazia-se a sementeira, e a ceifa acontecia antes que a outra viesse.
Acreditava-se que as bênçãos por meio da fertilização dada pelo Nilo era dos
deuses, de modo que os egípcios divinizavam o Nilo.

Quando o Nilo se aproximava de Cairo, dividia-se em dois rios e


posteriormente deságua no mediterrâneo. A grandeza desse rio foi muito
importante para o Egito e os faraós, por causa da grandeza desse rio ele foi
denominado o império do Nilo.

O NIlo era chamado de “o rio do Egito” (Gn 15.18) ou também “rios do Egito”,
devido a seus canais (Is 7.18). Por vezes, era chamado de mar por causa das
muitas águas que cobriam a terra nas enchentes (Na 3.8).

2. Rio Tigre: Um dos dois grandes rios que formam a Mesopotâmia, correndo ao
seu lado oriental. Nasce na Armênia e atravessa o Iraque, unindo-se ao
Eufrates pouco antes de desembocarem no golfo Pérsico. Nínive e Assur
ficavam às suas margens. Ele banha Diarbeki, Mossul, Bagdad, as ruínas do
Nínive e se reúne ao Eufrates.

Ele tem um curso de 2.000 km. O Tigre passa pelo centro do país moderno,
Iraque. Um dos quatro rios do Éden (Gn 2.14), foi perante ele que um anjo
aparece a Daniel, que também era denominado de Hidequél (Dn 10.4).
Atualmente ele é chamado de Shat-el-Arab.

3. Rio Eufrates: Rio da Mesopotâmia, mencionado como um dos rios do Éden


(Gn 2.14). Nasce nas montanhas da Armênia, formando dois ramos: o Eufrates
do Leste e o Eufrates do Oeste, e, como o Tigre, corre para o sul, indo
desembocar no golfo Pérsico.
Os dois se reúnem e formam o Chatt-el-Arab. Serviu como limite aos domínios
de Davi e Salomão (1Cr 18.3). Ele é um dos grandes rios da Ásia e do mundo,
com um curso de 2.165km.

No vale do Eufrates, situavam-se as seguintes cidades antigas da Babilônia:


Ártemis, Acade, Ur entre outras. Esse rio foi chamado de “o rio” em Dt 11:4,
Gn 15.18, 2Rs 24.7, 1Rs 4.24 e Ap 16.4.

4. Rio Jordão: Do hebraico quer dizer “o que desce”. Rio principal da Palestina,
que nasce no monte Hermom, atravessa os lagos Hulé e da Galiléia e
desemboca no mar Morto. Ele é formado por diversas das nascentes nas
encostas noroeste e oeste do Monte Hermom.

O Jordão faz muitas curvas, estendendo-se por mais de 200 km numa distância
de 112 km, entre o lago da Galiléia e o mar Morto. O rio tem a profundidade de
um a três metros e a largura média de 30m. Na maior parte de seu curso, o rio
encontra-se abaixo do nível do mar, chegando a 390 m abaixo deste nível ao
desembocar no Mar Morto.

Podemos dizer que a fama do Jordão está firmada em três pontos principais:
as características físicas, os eventos históricos que sucederam e o lugar que
ele tem na história do povo de Deus.

Muitos episódios ocorreram no Jordão envolvendo personagens bíblicos, por


exemplo Abraão (Gn 13.10), Jacó (Gn 32.10), Gideão (Jz 8:4), Davi (2Sm
10.17) em especial à nação de Israel (Js 3.15, Sl 114.3), Elias (2Rs 2.8) Naamã
e Jesus (Mt 3.1-13).
DESERTOS
E, naqueles dias, apareceu João o Batista
pregando no deserto da Judéia, E dizendo:
Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos
céus.

Mateus 3:1,2

Acerca dos desertos no texto bíblico

O deserto da Judeia tratava-se de um local infértil e estéril, localizado perto do Mar


Morto. Aqui não aplica-se a ideia comum de deserto repleto de areia: havia também
uma conotação espiritual, pois há 400 anos não se ouvia a voz de Deus e não havia
produtividade espiritual significativa.

No contexto do capítulo, podemos perceber alguns grupos que se acreditavam


verdadeiros detentores do conhecimento das sagradas escrituras:

● Tradicionalistas: davam muito valor à Torá e à tradição rabínica, sendo


chamados de fariseus. Diziam-se espirituais, e acreditavam em anjos e na
ressurreição. Porém esse fariseus não apresentavam frutos, sendo também
um deserto espiritual.

● Racionalistas: chamados saduceus, não acreditavam em milagres ou anjos,


mas apenas na Torá. Eram frios e céticos, opondo-se a Jesus.

Descrição

Biblicamente podemos definir o deserto da seguinte maneira: Terras extensas e


secas, com poucas árvores e pouco capim, onde não mora ninguém. Nessas terras
vivem animais ferozes (Jó 24.5; Mt 3.1). Equivale mais ou menos ao “sertão”.

No aspecto secular a palavra pode ser definida em dois sentidos, no aspecto


geográfico quer dizer zona árida, com precipitações atmosféricas irregulares ou
escassas, vegetação inexistente ou rara e relevo formado pela alteração de
determinadas rochas.

Na concepção judaica, o deserto era chamado YESHIMON: essa palavra hebraica


fala de um deserto onde é impossível a vivência. A palavra carrega conotação
negativa, um deserto absoluto.

HERABOTH: o termo aqui apresentado não faz referência direta à sequidão, mas
trata de lugares destruídos por causa de uma guerra.

Em terceiro lugar, a palavra MIDBAR é a expressão que trata de um deserto com


capacidade para a vida, onde existe a possibilidade do plantio e do cuidado animal.
Em épocas de chuva, o local pode vir a tornar-se verdejante e repleto de muito pasto,
contradizendo a figura de um deserto desolado.

Desertos bíblicos da parte Oeste

● Deserto de Sur, Sin e Sinai:

○ Deserto de Sur, do hebraico muralha (Gn 16.17; Êx 15.2). Encontra-se


situado entre a Palestina e o Egito;

○ Deserto de Sin, do hebraico pântano. Era uma região inculta entre Elim
e o Sinai, que foi atravessado pelos israelitas (Ex 16.1). Foi nele também
que o povo de Deus recebeu o Maná e os codornizes.

○ Deserto do Sinai, península montanhosa da Arábia entre os golfos de


Suez e de Akabah. Foi no deserto do Sinai que Deus apareceu em uma
sarça a Moisés (At 7.31).

● Deserto de Parã e Cades-Barnéia

○ Deserto de Parã, do hebraico região das cavernas. Era uma região


montanhosa e despovoada, que atravessava a península do Sinai. Foi
a pátria de Ismael (Gn 21.21) e palco das jornadas incertas de Israel
(Nm 10.12)

○ Deserto de Cades-Barnéia, do hebraico consagrado. Era uma região do


deserto do sul da Palestina, foi nela que Quedorlaomer venceu os
chefes dos amorreus (Gn 14.7). Local em que o anjo encontrou-se com
Agar (Gn 16.14).

● Deserti de Zim e Berseba

○ Deserto de Zim do hebraico palmeira baixa. Era um deserto ao sul da


Palestina (Js 15.1, Nm 34.3). Havia uma cidade com esse nome no
extremo sul da Judéia (Nm 34.4).

○ Berseba do hebraico quer dizer poço do juramento. Tratava-se de um


pequeno deserto bem perto da cidade de Berseba. Atualmente trata-se
de um lugar em ruínas, com apenas dois poços de pedras para dar água
aos animais. Serviu antes como limite meridional.

Frases como “desde Dã até Berseba” ou “Geba até Berseba”


significavam desde o norte até o sul da Palestina (2Sm 17.11, Jz 20.1).

Desertos da parte Leste

Os desertos dessa parte não são tão conhecidos, e no seu aspecto histórico não são
de tanta relevância, mas faz-se necessário citá-los para efeito de conhecimento:
● Idumeu: situado ao sudeste do mar morto

● Moabe situado ao nortesde to mar morto

● Quedemote situado ao norte de Moabe

● Diblat

● Beser
12 CIDADES QUE NÃO
FAZIAM PARTE DA PALESTINA
Descrição

Uma cidade pode ser definida como povoação de categoria superior à vila. Em suma,
o que grandemente caracterizava as cidades antigas eram seus muros, que tinham
como objetivo proteger a população contra investidas dos inimigos (Gn 4.17. Js
10.12).

● Ur dos Caldeus e Nínive:

○ Ur dos Caldeus: ficava ao sul da Babilônia. Dela procedeu Terá e Abrão


para irem a Harã (Gn 11.28-31). Diz-se que ela poderia ser identificada
geralmente como a atual Tell el-Muqayyar no rio Eufrates.

■ Através de escavações recentes por suas ruínas, diversas


informações foram recebidas quanto à marcha da civilização
desde o início.

■ A cultura de Ur precede a do Egito, Síria, Fenícia e Grécia. Essa


era a cidade natural de Abrão, destacando-se na indústria e
agricultura e possuindo um porto marítimo.

○ Nínive: uma das mais antigas cidades do mundo. Fundada por Ninrode
(Gn 10.11), estava à margem oriental do Rio Tigre, 50 km ao norte do
Rio Zabe.

■ Durante vários séculos foi a capital dos assírios próximo ao rio


Tigre, sendo destruída pelos babilônios em 612 a.C.

■ Foi nessa cidade que se deu a grande mensagem do profeta


Jonas. O profeta Naum anunciou a queda da cidade,
descrevendo-a como uma cidade sanguinária.

■ Seus moradores praticavam os mais perversos atos, como


mutilar os escravos, furar olhos de cativos e construir pirâmides
com as cabeças dos inimigos. Como Naum falou, sua queda veio
200 anos depois.

■ A biblioteca criada por Assurbanipal tem sido fonte para assuntos


diversos envolvendo Síria e Babilônia.

■ Cai em 612 a.c. por meio do poder da Babilônia. Isso se deu


quando uma repentina inundação do rio derrubou estádios e
muralhas.

● Damasco e Mênfis:
○ Damasco: a capital da Síria, estando na parte sul. Segundo a tradição,
foi fundada através de Uz, neto de Sem (Gn 6.10). Estava situada no rio
Barad, era antigamente denominada de Abna. Podia ser vista de
Jerusalém (215km). Atualmente Damasco tem aproximadamente 300
mil habitantes, e é a mais antiga cidade do mundo.

■ É primeiramente mencionada na Bíblia em Gn 14.15.

■ Segundo Sm 8.5, a cidade foi conquistada por Davi e o próprio


Naamã citou os rios desta cidade (2Rs 5.12).

■ Damasco era um centro comercial e foi nela em que a conversão


de Paulo aconteceu (At 9).

■ Afirma-se que Damasco era um tipo de entroncamento que dava


acesso ao Egito, Arábia, Síria, Babilônia e Roma.

○ Mênfis: primeira capital do Egito unido, situada à margem do rio Nilo,


um pouco antes do início do Delta (Os 9.6).

■ Foi fundada por Menês, o qual foi o primeiro rei, no Nilo 15km ao
sul da cidade atual de Cairo.

■ Era também denominada de Note (Is 19.13, Jr 44.1), estando


próximas das pirâmides do Egito.

● Babilônia e Arã

○ Babilônia: do grego quer dizer porta de deus. Seu nome mais antigo era
Sinear, mas era chamada também de Caldéia (Jr 50.10).

■ A Babilônia, capital, ocupava o mesmo lugar da torre de Babel


(Gn 10.10)

■ Pelos registros históricos sabe-se que a torre foi construída 28


séculos antes de Nabucodonosor nascer, mas sua destruição se
deu pelo poder da Síria em 689 a.C.

■ A Babilônia tem seu maior momento de glória com o rei


Nabucodonosor, em destaque citam-se as grandiosas muralhas
da Babilônia e os jardins suspensos, uma das sete maravilhas do
mundo antigo.

■ Cada lado da cidade tinha 25 portas. Também estava ali o templo


de Bel (Dn 1.2). Deseja-se saber como pedras tão grandes foram
levadas até lá, e admira-se os cortes precisos nelas feitos.

■ No aspecto bíblico, o nome da Babilônia é citado mais de 200


vezes.
○ Arã: do hebraico quer dizer região montanhosas:

■ Filho de Sem Gn 10.22, antepassado dos sírios

■ A Síria, que se estendia desde o nordeste da Palestina até os


vales dos rios Tigre e Eufrates (Nm 23.7).

■ Apesar das poucas informações, pode-se dizer que era um


centro comercial e militar, e ponto de convergência dos caminhos
da Babilônia, Assíria, Egito e Ásia menor.

● Jerusalém e Tiro

○ Jerusalém, do hebraico habitação de paz. Essa cidade estava localizada


a aproximadamente 50 km do mar Mediterrâneo e a 22 km do mar
Morto, a uma altitude de 765 m.

■ O vale do Cedrom ficava a leste dela, e o vale de Hinom, a oeste


e ao sul. A leste do vale de Cedrom esta o Getsemani e o monte
das Oliveiras. Davi tornou Jerusalém a capital do reino unido
(2Sm 5.6-10).

■ Salomão construiu nela o templo e seu palácio. Quando o reino


se dividiu, Jerusalém continuou como capital do sul. Em 587 a.C.
a cidade e o templo foram totalmente destruídos por
Nabucodonosor (2Rs 25:1-26).

■ Zorobabel, Neemias e Esdras trabalharam fortemente para


reconstruir as muralhas e o templo, que foram depois mais uma
vez destruídos. Posteriormente, o templo foi reconstruído por
Herodes, o Grande. Novamente o general Tito destruirá a cidade
e o templo em 70 d.C.

■ O nome primitivo da cidade de Jerusalém era Jebus, também


chamada de Salém (Gn 14.18), a cidade de Davi (1Rs 2.10), Sião
(1Rs 8.1), cidade de Judá (2Cr 25.28), cidade de Deus (Sl 46.4),
e cidade do Grande Rei.

○ A cidade de Tiro foi fundada pelos sidônios e era célebre por seu
comércio. Era urn antigo posto marítimo da antiga Fenícia, no
Mediterrâneo entre Beirute e monte Carmelo.

■ Hirão, rei de Tiro, era aliado de Davi e Salomão (2Sm 5.11).

■ Foi de Tiro que procederam os materiais para a construção do


templo (1Rs 5).

■ Cristo pregou em Tiro (Mc 7:24-30).


■ Paulo também esteve na região, permanecendo lá por 7 dias: “E,
indo já à vista de Chipre, deixando-a à esquerda, navegamos
para a Síria e chegamos a Tiro; porque o navio havia de ser
descarregado ali.” (Atos 21:3).

■ Foi tomada por Nabucodonosor II depois de um cerco de


aproximadamente 13 anos. Tempos depois, foi dominada por
Alexandre, o Grande em 332, pelos cruzados em 1123 e pelos
maometanos em 1291.

● Sidom e Atenas

○ Sidom era uma cidade situada numa ilha entre Beirute e ao norte de
Tiro, na Fenícia, atual Líbano. Esse cidade ficava distante de Tiro
aproximadamente 30 km ao norte, e sofreu diversos ataques, mas
sempre se Levantou.

■ Era também um centro de fabricação de objetos de vidro, e seu


povo era dado à idolatria (Jz 10.6, 1Rs 11.5, Ez 28.20-23).

■ Jesus visitou Sidom (Mc 7.24), e mencionou-a (Mt 11.21), tendo


contato com os sidônios em Mc 3.8 e Lc 6.17.

■ Um dos reis dos sidônios, Etbaal, foi pai de Jezabel.

○ Atenas, a famosa metrópole da antiga Ática, hoje é uma das mais


bonitas e belas cidades do Oriente e a capital da Grécia.

■ No seu aspecto histórico, sabe-se que Atenas foi por muitos


séculos um dos maiores centros da ciência, cultura e literatura.
Isso fez corn que o emprego do seu nome servisse para referir-
se ao emprego das letras e artes, de forma que alunos desejosos
de crescer vindos de diversas regiões se dirigiam para Iá.

■ Conforme At 17.22, Atenas era uma cidade muito religiosa, com


muitos templos, altares e monumentos sagrados.

■ Apesar de Paulo ter pregado em Atenas, não fez menção de


Igrejas fundadas por ele ali, apesar de a tradição de afirmar que
Dionísio, juiz, tornar-se primeiro bispo da cidade.

● Éfeso e Roma

○ Éfeso era capital da província romana da Ásia, e com Antioquia da Síria


e Alexandria do Egito, foi uma das três maiores cidades do litoral leste
do Mar Mediterrâneo.

■ Éfeso era um grande centro comercial.


■ O templo de Diana, situado em Éfeso, levou aproximadamente
220 anos para ser construído, e era uma das 7 maravilhas do
mundo antigo.

■ Paulo ficou nessa cidade pelo espaço de 2 anos e 3 meses, tendo


grande sucesso na obra da evangelização.

○ Roma, do latim quer dizer força. Capital do império romano, fundada em


753 a.C. Ficava a 25 km da foz do rio Tigre, e atualmente está
construída em uma planície ao norte dos sete montes.

■ O surgimento de Roma se dá de modo lendário.

■ Atualmente, Roma é a capital da Itália.

■ Muito conhecida pelo Coliseu, agora em ruínas, que foi um


grande anfiteatro que comportava aproximadamente 80 mil
pessoas.

■ Ficaram famosas suas catacumbas, galerias subterrâneas que


serviam de refúgio para os cristãos primitivos.

■ Em Roma Paulo ficou preso, e escreveu a carta aos efésios,


filipenses, colossenses e a Filemom.

■ Diz-se que a população de Roma chegava a um milhão e


duzentos, sendo que a grande parte era de pessoas pobres e
escravos.
Mapas Ilustrativos
OROGRAFIA
Levantarei os meus olhos para os montes, de
onde vem o meu socorro.O meu socorro vem do
Senhor que fez o céu e a terra.

Salmos 121:1,2

Ararate

O nome vem do hebraico e significa “Terra Sagrada”. Ararate é o grupo de montanhas


onde atracou a arca de Noé (RA Gn 8.4, RC, Arará) e para onde fugiram os filhos de
Senaqueribe (RA 2Rs 19.37).

Essa região era parte da antiga Armênia, e hoje está localizada na Turquia. Esse é o
lugar da nascente dos rios Tigre, Eufrates e Aras. Nessas montanhas há um pico
denominado Ararate, sempre coberto por neve, que se eleva a 5180 metros em
relação ao nível do mar.

Sinai

1. Monte, também chamado de Horebe (Êx 17.6), situado entre os golfos de Suez
e da Ácaba. Nesse monte foi dada a Moisés a Lei (Êx 19.20-20.26).

2. Deserto (Êx 19.1). Trata-se de uma península montanhosa da Arábia,


localizada entre o golfo de Suez e de Akabah.

O deserto de Sinai é também marcante na Bíblia, pois foi nele que Deus
apareceu a Moisés na sarça (At 7.30), onde os israelitas ficaram acampados
aproximadamente um ano em frente ao Monte Sinai (Êx 19.2) e também onde
foi levantado o senso de toda congregação de Israel (Nm 1.1,2). Esse Monte
era denominado também de Horebe (Êx 3.1; 1Rs 19.8,9).

Líbano

Região formada por duas cordilheiras de montanhas de aproximadamente 160 km de


extensão, conhecidas por montes Líbano e Antilíbano. localizadas ao longo da costa
da Síria, correndo de nordeste a sudoeste. O grande vale entre as duas cordilheiras
era chamado de vale do Líbano (Js 11.17).

Alguns de seus picos alcançam 3000m e estão permanentemente cobertos de neve


(Jr 18.14). O monte Hermon, que tem 2818 metros, está localizado na extremidade
sul do Antilíbano, onde corria a fronteira norte da Palestina (Dt 1.7).

Esses montes eram especialmente conhecidos pelos famosos cedros (Jz 9.15) que
foram usados na construção do templo de Salomão:
Dá ordem, pois, agora, que do Líbano me cortem
cedros, e os meus servos estarão com os teus
servos, e eu te darei o salário dos teus servos,
conforme a tudo o que disseres; porque bem
sabes tu que entre nós ninguém há que saiba
cortar a madeira como os sidônios.

1 Reis 5:6

Hermon

O nome vem do hebraico e significa “montanha sagrada”. O Hermon é um majestoso


monte localizado no extremo Norte de Israel, perto da Cesaréia de Filipe, no término
do sul da cordilheira Antilíbano, na fronteira norte da Palestina (Dt 3, Js 12.1) e ao
lado do planalto de Basã (1Cr 5.23).

Era chamado de de Senir pelos amorreus e de Siriom pelos sidônios. Seu topo fica a
três mil metros de altitude, estando sempre coberto de neve. A transfiguração de
Jesus se deu, provavelmente, ao pé desse monte (Sl 133.3, Mt 17.1-13).

Esse monte tem uma altura de 3000 metros acima do nível do mar. Seu cume é
coberto de neve, mas a terra ao seu lado é queimada pelo sol do verão. Do mar da
Galileia é possível contemplar-se pelo reflexo o cume toucado de neve.

Hermon era denominado ainda de Baal-Hermon (Jz 3.3). Esse monte sempre aparece
nas poesias hebraicas (Sl 133.3, Cr 4.8). Possivelmente seja o alto monte de Mateus
17.1.

Monte Seir

O nome “Seir” é oriundo do hebraico e quer dizer ”áspero” ou “cabeludo”. É uma


região montanhosa de Edom (Gn 32.3). Foi Deus quem deu Seir para Esaú, que era
rival das tribos de Jacó (Js 24.4).

1. Monte situado na região de mesmo nome. O monte Seir no termo norte da tribo
de Judá:
E aos horeus no seu monte Seir, até El-Parã que
está junto ao deserto.

Gênesis 14:6

Então volta este termo desde Baalá para o


ocidente, até às montanhas de Seir, e passa ao
lado do monte de Jearim do lado do norte (esta é
Quesalom) e desce a Bete-Semes, e passa por
Timna;

Josué 15:10

2. Região ocupada pelos descendentes de Esaú, e tinha aproximadamente 160


quilômetros de extensão e ficava ao sul de Moabe, estendendo-se ao longo do
lado oriental de Arabá:
Estas, pois, são as gerações de Esaú, pai dos
edomeus, na montanha de Seir.
Gênesis 36:9

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