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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

FACULDADE DE FILOSOFIA, CIÊNCIA E LETRAS DE RIBEIRÃO PRETO

DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA

PSICOMETRIA

Relatório de Exercício Prático de Psicometria

Construção e Aplicação de Escalas

Docente: Prof. Dr. César Alexis Galera

Discentes: Bruna da Silva Duarte (11793973)

Carolina Colombo Jacomini (11297430)

Igor Maia Araújo (10723047)

Lívia Rocha Carniel (11793872)

Lucas Ramazzotto (8754465)

Mariana Foresto Zanin (11793823)

Tayná Sofia de Souza (11346278)

Ribeirão Preto
2021
Sumário

Introdução 3
Método 4
Procedimento 4
Resultados 6
Discussão 12
Considerações Finais 16
Referências 18
Apêndices 20
Apêndice A - Escala 20
Introdução

Introdução

Família, um conceito muito amplo e estudado nas mais diversas áreas de

conhecimento, pode ser definido, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística (IBGE)1, como o “conjunto de pessoas ligadas por laços de parentesco,

dependência doméstica ou normas de convivência, reside na mesma unidade domiciliar, ou

pessoa que mora só em uma unidade domiciliar”. Nesse sentido, dada a variabilidade de

constituições familiares, nota-se que a dinâmica dessas relações pode ser pacífica e amorosa,

como também conflituosa. Além disso, como qualquer outro tipo de relação, as relações

familiares podem ser influenciadas por fatores externos à família, tais quais status social,

economia, saúde, como também fatores emocionais dos próprios membros da família

(Machado et al., 2020).

Em conformidade com isso, a pandemia mundial do novo coronavírus, causador da

Coronavirus Disease 2019 (covid-19), representa, também, um novo estressor externo que

pode influenciar nessas relações. Isso devido às medidas sanitárias impostas pelas instituições

governamentais de saúde, com foco no isolamento social. De acordo com esta medida, a

população deveria se manter em quarentena, ou seja, sem deixar suas casas por determinado

período de tempo, saindo apenas em casos essenciais. Diante disso, de acordo com dados

levantados pelo Sistema de Monitoramento Inteligente (SIMI) no estado de São Paulo, a

pandemia fez com que os indivíduos começassem a passar mais tempo junto aos membros de

suas famílias.

Assim, nota-se que desde a eclosão do novo coronavírus, a população mundial tem

lidado diariamente com novas notícias sobre o agente, bem como novas informações sobre

sintomas, meios de contato, números de casos e mortes, entre outras diversos outros

1
Link:
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/indicadoresminimos/conceitos.shtm
materiais, que apresentaram relação direta com o aumento de episódios estressantes e

ansiosos entre essas pessoas (Torales et al., 2020).

Desse modo, nota-se a possibilidade de o contexto da pandemia ser um forte

influenciador de mudanças nas relações intrafamiliares, por ser um contexto que causa, como

citado anteriormente, ansiedade, medo e incertezas nos indivíduos, dada sua

imprevisibilidade. Nesse sentido, evidencia-se a necessidade de estudos que abarquem a

influência do momento atual no meio familiar. A partir do que foi elucidado, o exercício

realizado neste trabalho objetivou levantar informações que permitissem avaliar o impacto da

pandemia do novo coronavírus na qualidade das relações familiares.

Método

Procedimento

Com base na literatura e nas monitorias da disciplina, em sua primeira etapa, o

procedimento envolveu a investigação teórica de uma determinada temática e a construção de

uma escala psicométrica para pesquisá-la na prática. Após a escolha das relações familiares

na pandemia como temática relevante, realizou-se uma revisão bibliográfica do tema a fim de

se elaborar um problema de pesquisa. Desse modo, decidiu-se investigar os impactos da

pandemia nas relações familiares elaborando-se uma escala psicométrica que mensurasse a

qualidade dessas relações no momento atual em comparação ao período pré-pandemia.

A partir disso, optou-se pelo desenvolvimento de uma escala Likert que, por sua vez,

é constituída por várias assertivas sobre um assunto, em que os participantes respondem se

concordam ou não por meio de parâmetros distribuídos de 1 a 5. Desse modo, a partir desse

tipo de escala é possível obter informações do grau de concordância com as assertivas,

obtendo-se respostas graduais entre o concordar totalmente e o discordar totalmente como,

por exemplo, o concordar parcialmente (Oliveira, 2001).


Além disso, os itens elaborados para a escala buscaram obter respostas que

mensurassem tanto as crenças como as atitudes dos envolvidos, de modo a constituir uma

investigação mais completa da questão (Oliveira, 2001). Assim, ora as afirmações a serem

avaliadas remetem ao que o participante acha e sente, como por exemplo “Me sinto mais

segura(o) com meus familiares”, ora ao que o participante e sua família fazem, como por

exemplo, “Os membros da família consultam-se mais frequentemente para tomar decisões”.

Desse modo, as assertivas foram construídas visando investigar cada um desses aspectos,

utilizando como base os conceitos avaliados em outras escalas da literatura (Baptista, 2007;

Falceto, Busnello, & Bozzetti, 2000; Pires et al., 2016).

Tendo em vista tudo isso, a escala construída foi denominada “Impacto da Pandemia

da COVID-19 nas Relações Familiares” contendo 18 itens que fazem referência ao período

de quarentena e isolamento social e deveriam ser respondidos de modo comparativo ao

período anterior. Em cada uma das afirmações, o participante deveria responder se concorda

totalmente (5) ou se discorda totalmente (1) com a afirmação levando em consideração o

período atual em comparação com o período pré-pandemia. A escala, tal como aplicada,

encontra-se no Apêndice A.

Com isso, após a construção da escala, ela foi adaptada a um formulário da plataforma

“Formulários Google” e enviado por meio de aplicativos de mensagens de texto a diferentes

grupos de pessoas. Desse modo, a amostra utilizada no procedimento foi uma amostra de

conveniência sem nenhuma restrição ou pré-requisito, sendo necessário apenas o acesso à

internet e aceitar o termo de consentimento.

Análise de Dados

A partir do procedimento descrito, os dados coletados foram agrupados e organizados

por meio da ferramenta de gráficos do Google Forms. Além disso, com auxílio do Google

Planilhas, foram efetuados cálculos de estatística descritiva para calcular as frequências


absoluta e relativa, as médias e o desvio padrão das respostas dadas pelos participantes no

exercício.

Resultados

Após a divulgação e aplicação do formulário pelo período de uma semana em

diversos grupos e redes sociais, foram contabilizadas 165 respostas no total. Entre os

participantes respondentes, as idades variaram entre 12 e 60 anos, com média de 22,5 anos. A

distribuição etária pode ser visualizada na figura 1, que contém as idades e o número de

participantes correspondentes a cada uma.

Figura 1. Distribuição etária dos participantes do exercício, com idades e frequências absolutas correspondentes

a cada uma das idades respondidas.

Em relação aos gêneros dos participantes, 64 (38,8%) pessoas se declararam

pertencentes ao gênero cis masculino, 98 (59,4%) ao gênero cis feminino, duas (1,2%) ao

gênero não-binário e uma (0,6%) pessoa preferiu não informar. No levantamento de

sexualidade, 104 (63,0%) participantes responderam que se identificam como heterossexuais,

35 (21,2%) como bissexuais, 16 (9,7%) como homossexuais, cinco (3,0%) como pansexuais
e três (1,8%) como assexuais. Um (0,6%) dos participantes preferiu não dizer e outro (0,6%)

afirmou não saber em qual se identificar.

Em relação ao estado civil dos participantes, 150 (90,9%) deles afirmaram estarem

solteiros, enquanto 12 (7,3%) participantes afirmaram estarem casados e três (1,8%) estavam

divorciados. No que concerne ao perfil educacional dos participantes que compuseram a

amostra deste exercício, temos que 87 (52,7%) pessoas afirmaram estar com o ensino

superior incompleto, 40 (24,2%) pessoas afirmaram estar com o ensino médio completo, 29

(17,6%) pessoas com ensino superior completo, seis (3,6%) pessoas com ensino médio

incompleto, duas (1,2%) pessoas com ensino fundamental II incompleto e uma (0,6%)

pessoa com ensino fundamental I incompleto.

Na questão acerca da situação de trabalho, os participantes informaram que 98

(59,4%) deles não trabalham, enquanto que 35 (21,2%) deles possuem um trabalho formal

com carteira assinada. 23 (13,9%) participantes possuem um trabalho informal sem carteira

assinada e nove (5,5%) participantes são autônomos. Em relação à renda familiar, e

considerando o salário mínimo no valor de R$ 1100,00, temos que 50 (30,3%) participantes

declararam possuir renda de 1 a 3 salários mínimos, 49 (29,7%) participantes possuem renda

de 3 a 6 salários mínimos, 29 (17,6%) participantes possuem renda de 6 a 9 salários mínimos,

13 (7,9%) participantes possuem renda de 9 a 12 salários mínimos, 12 (7,3%) participantes

possuem renda de 12 a 15 salários mínimos, sete (4,2%) participantes possuem renda de mais

15 salários mínimos e, por fim, cinco (3,0%) participantes possuem renda de até 1 salário

mínimo.

A respeito do isolamento social, 124 (75,2%) dos participantes afirmaram estar

realizando isolamento parcial, isto é, saindo apenas para atividades essenciais. 23 (13,9%)

participantes afirmaram estar realizando isolamento completo e 18 (10,9%) participantes

afirmaram que não estão realizando qualquer tipo de isolamento. Sobre o local no qual está
passando o período de quarentena e restrições da pandemia, 139 (84,2%) participantes

afirmaram estar passando tal período na sua residência, 14 (8,5%) participantes afirmaram

estar passando na residência de algum parente e 12 (7,3%) participantes afirmaram estar

passando em moradias do tipo república e moradias estudantis. Em se tratando de quantidade

de pessoas com as quais estão passando em conjunto o referido período, 59 (35,8%)

participantes afirmaram estar passando o período junto de quatro pessoas ou mais, 52

(31,5%) participantes afirmaram estar passando junto de três pessoas, 35 (21,2%)

participantes afirmaram estar passando junto de duas pessoas e 19 (11,5%) participantes

afirmaram estar passando junto de uma pessoa.

A amostra descrita acima também respondeu aos itens da escala Likert construída

neste trabalho, que buscava avaliar os impactos da pandemia nos relacionamentos familiares.

As respostas foram agrupadas em frequência absoluta e relativa, para cada item perguntado, e

foram calculadas as médias e o desvio padrão das respostas em cada item. Os resultados

dessa análise são apresentados na tabela 1, mostrada abaixo.

Além disso, a fim de aprofundar a análise dos dados coletados, também foi realizada

uma separação da amostra de acordo com a sexualidade informada pelos participantes.

Assim, a amostra total foi dividida em dois subgrupos: um grupo composto por 104

participantes que se autodeclararam heterossexuais e outro composto por 61 participantes que

se declararam como pertencentes à comunidade LGBTQIA+. De maneira análoga, os

resultados das respostas para cada grupo estão apresentados nas tabelas 2 e 3,

respectivamente. As tabelas apresentam frequências absoluta e relativa de respostas a cada

item da escala, bem como a média e o desvio padrão.


Pergunta 1 2 3 4 5 Média DP
Na minha família nós nos desentendemos/zangamos com mais frequência 39 (23,6%) 38 (23,0%) 33 (20,0%) 28 (17,0%) 27 (16,4%) 2,8 1,40
É mais comum que sejamos agressivos uns com os outros durante as discussões 53 (32,1%) 40 (24,2%) 26 (15,8%) 24 (14,5%) 22 (13,3%) 2,5 1,41
Sou mais constantemente repreendida(o) pela minha família ao tomar decisões 49 (29,7%) 40 (24,2%) 27 (16,4%) 28 (17,0%) 21 (12,7%) 2,6 1,39
Me sinto mais segura(o) com meus familiares 18 (10,9%) 22 (13,3%) 36 (21,8%) 41 (24,8%) 48 (29,1%) 3,5 1,32
Tenho mais dificuldade em tomar decisões por medo de desagradar/desapontar
30 (18,2%) 25 (15,2%) 33 (20,0%) 31 (18,8%) 46 (27,9%) 3,2 1,46
minha família
Minha família respeita mais minhas vontades 17 (10,3%) 29 (17,6%) 48 (29,1%) 44 (26,7%) 27 (16,4%) 3,2 1,21
Tenho mais liberdade de me expressar com a minha família 28 (17,0%) 24 (14,5%) 54 (32,7%) 38 (23,0%) 21 (12,7%) 3,0 1,25
Sinto-me mais confortável para falar sobre assuntos pessoais com membros da
46 (27,9%) 39 (23,6%) 32 (19,4%) 24 (14,5%) 24 (14,5%) 2,6 1,40
família
Nós demonstramos carinho mais constantemente 25 (15,2%) 36 (21,8%) 36 (21,8%) 41 (24,8%) 27 (16,4%) 3,1 1,31
Os membros da nossa família gostam de passar o tempo livre juntos 24 (14,5%) 29 (17,6%) 40 (24,2%) 42 (25,5%) 30 (18,2%) 3,2 1,31
Os membros da família consultam-se mais frequentemente para tomar decisões 24 (14,5%) 32 (19,4%) 47 (28,5%) 37 (22,4%) 25 (15,2%) 3,0 1,27
Os membros da nossa família sentem-se mais unidos 28 (17,0%) 19 (11,5%) 42 (25,5%) 43 (26,1%) 33 (20,0%) 3,2 1,35
Os membros da família pedem ajuda uns aos outros mais frequentemente 13 (7,9%) 19 (11,5%) 35 (21,2%) 60 (36,4%) 38 (23,0%) 3,6 1,19
Minha família entende melhor quem eu quero ser 32 (19,4%) 30 (18,2%) 40 (24,2%) 35 (21,2%) 28 (17,0%) 3,0 1,36
Eu sinto mais raiva da minha família 85 (51,5%) 24 (14,5%) 24 (14,5%) 18 (10,9%) 14 (8,5%) 2,1 1,36
Viver com minha família tem sido mais desagradável 71 (43,0%) 29 (17,6%) 21 (12,7%) 27 (16,4%) 17 (10,3%) 2,3 1,42
Há mais ódio em minha família 96 (58,2%) 33 (20,0%) 18 (10,9%) 13 (7,9%) 5 (3,0%) 1,8 1,11
Eu sinto que minha família me compreende mais 26 (15,8%) 36 (21,8%) 49 (29,7%) 29 (17,6%) 25 (15,2%) 2,9 1,28
Tabela 1. Respostas à escala de relacionamentos familiares. Os valores correspondem à frequência absoluta de cada resposta para cada pergunta, com frequências relativas
entre parênteses. São mostradas as médias de respostas em cada pergunta, e seus respectivos desvios-padrão.
Pergunta 1 2 3 4 5 Média DP
Na minha família nós nos desentendemos/zangamos com mais frequência 36 (34,6%) 29 (27,9%) 20 (19,2%) 11 (10,6%) 8 (7,7%) 2,3 1,25
É mais comum que sejamos agressivos uns com os outros durante as discussões 45 (43,3%) 27 (26,0%) 17 (16,3%) 8 (7,7%) 7 (6,7%) 2,1 1,23
Sou mais constantemente repreendida(o) pela minha família ao tomar decisões 40 (38,5%) 26 (25,0%) 20 (19,2%) 13 (12,5%) 5 (4,8%) 2,2 1,21
Me sinto mais segura(o) com meus familiares 8 (7,7%) 10 (9,6%) 21 (20,2%) 25 (24,0%) 40 (38,5%) 3,8 1,27
Tenho mais dificuldade em tomar decisões por medo de desagradar/desapontar
20 (19,2%) 14 (13,5%) 24 (23,1%) 19 (18,3%) 27 (26,0%) 3,2 1,45
minha família
Minha família respeita mais minhas vontades 10 (9,6%) 13 (12,5%) 26 (25,0%) 31 (29,8%) 24 (23,1%) 3,4 1,24
Tenho mais liberdade de me expressar com a minha família 17 (16,3%) 15 (14,4%) 32 (30,8%) 25 (24,0%) 15 (14,4%) 3,1 1,27
Sinto-me mais confortável para falar sobre assuntos pessoais com membros da
27 (26,0%) 21 (20,2%) 21 (20,2%) 17 (16,3%) 18 (17,3%) 2,8 1,43
família
Nós demonstramos carinho mais constantemente 18 (17,3%) 23 (22,1%) 19 (18,3%) 23 (22,1%) 21 (20,2%) 3,1 1,39
Os membros da nossa família gostam de passar o tempo livre juntos 18 (17,3%) 15 (14,4%) 24 (23,1%) 21 (20,2%) 26 (25,0%) 3,2 1,41
Os membros da família consultam-se mais frequentemente para tomar decisões 16 (15,4%) 20 (19,2%) 25 (24,0%) 21 (20,2%) 22 (21,2%) 3,1 1,36
Os membros da nossa família sentem-se mais unidos 14 (13,5%) 13 (12,5%) 27 (26,0%) 26 (25,0%) 24 (23,1%) 3,3 1,32
Os membros da família pedem ajuda uns aos outros mais frequentemente 7 (6,7%) 12 (11,5%) 22 (21,2%) 36 (34,6%) 27 (26,0%) 3,6 1,18
Minha família entende melhor quem eu quero ser 16 (15,4%) 13 (12,5%) 26 (25,0%) 27 (26,0%) 22 (21,2%) 3,3 1,34
Eu sinto mais raiva da minha família 65 (62,5%) 14 (13,5%) 9 (8,7%) 9 (10,6%) 7 (6,7%) 1,8 1,28
Viver com minha família tem sido mais desagradável 56 (53,8%) 20 (19,2%) 11 (10,6%) 11 (10,6%) 6 (5,8%) 2,0 1,26
Há mais ódio em minha família 73 (70,2%) 16 (15,4%) 9 (8,7%) 5 (4,8%) 1 (1,0%) 1,5 0,91
Eu sinto que minha família me compreende mais 11 (10,6%) 17 (16,3%) 34 (32,7%) 22 (21,2%) 20 (19,2%) 3,2 1,23
Tabela 2. Respostas dos 104 participantes heterossexuais à escala de relacionamentos familiares. Os valores correspondem à frequência absoluta de cada resposta para cada
pergunta, com frequências relativas entre parênteses. São mostradas as médias de respostas em cada pergunta, e seus respectivos desvios-padrão.
Pergunta 1 2 3 4 5 Média DP
Na minha família nós nos desentendemos/zangamos com mais frequência 3 (4,9%) 9 (14,8%) 13 (21,3%) 17 (27,9%) 19 (31,1%) 3,7 1,20
É mais comum que sejamos agressivos uns com os outros durante as discussões 8 (13,1%) 13 (21,3%) 9 (14,8%) 16 (26,2%) 15 (24,6%) 3,3 1,38
Sou mais constantemente repreendida(o) pela minha família ao tomar decisões 9 (14,8%) 14 (23,0%) 7 (11,5%) 15 (24,6%) 16 (26,2%) 3,2 1,43
Me sinto mais segura(o) com meus familiares 10 (16,4%) 12 (19,7%) 15 (24,6%) 16 (26,2%) 8 (13,1%) 3,0 1,28
Tenho mais dificuldade em tomar decisões por medo de desagradar/desapontar
10 (16,4%) 11 (18,0%) 9 (14,8%) 12 (19,7%) 19 (31,1%) 3,3 1,48
minha família
Minha família respeita mais minhas vontades 7 (11,5%) 16 (26,2%) 22 (36,1%) 13 (21,3%) 3 (4,9%) 2,8 1,05
Tenho mais liberdade de me expressar com a minha família 11 (18,0%) 9 (14,8%) 22 (36,1%) 13 (21,3%) 6 (9,8%) 2,9 1,21
Sinto-me mais confortável para falar sobre assuntos pessoais com membros da
19 (31,1%) 18 (29,5%) 11 (18,0%) 7 (11,5%) 6 (9,8%) 2,4 1,30
família
Nós demonstramos carinho mais constantemente 7 (11,5%) 13 (21,3%) 17 (27,9%) 18 (29,5%) 6 (9,8%) 3,0 1,17
Os membros da nossa família gostam de passar o tempo livre juntos 6 (9,8%) 14 (23,0%) 16 (26,2%) 21 (34,4%) 4 (6,6%) 3,0 1,11
Os membros da família consultam-se mais frequentemente para tomar decisões 8 (13,1%) 12 (19,7%) 22 (36,1%) 16 (26,2%) 3 (4,9%) 2,9 1,08
Os membros da nossa família sentem-se mais unidos 14 (23,0%) 6 (9,8%) 15 (24,6%) 17 (27,9%) 9 (14,8%) 3,0 1,37
Os membros da família pedem ajuda uns aos outros mais frequentemente 6 (9,8%) 7 (11,5%) 13 (21,3%) 24 (39,3%) 11 (18,0%) 3,4 1,19
Minha família entende melhor quem eu quero ser 16 (26,2%) 17 (27,9%) 14 (23,0%) 8 (13,1%) 6 (9,8%) 2,5 1,28
Eu sinto mais raiva da minha família 20 (32,8%) 10 (16,4%) 15 (24,6%) 9 (14,8%) 7 (11,5%) 2,6 1,37
Viver com minha família tem sido mais desagradável 15 (24,6%) 9 (14,8%) 10 (16,4%) 16 (26,2%) 11 (18,0%) 3,0 1,44
Há mais ódio em minha família 23 (37,7%) 17 (27,9%) 9 (14,8%) 8 (13,1%) 4 (6,6%) 2,2 1,26
Eu sinto que minha família me compreende mais 15 (24,6%) 19 (31,1%) 15 (24,6%) 7 (11,5%) 5 (8,2%) 2,5 1,21
Tabela 3. Respostas dos 61 participantes LGBTQIA+ à escala de relacionamentos familiares. Os valores correspondem à frequência absoluta de cada resposta para cada
pergunta, com frequências relativas entre parênteses. São mostradas as médias de respostas em cada pergunta, e seus respectivos desvios-padrão.
Discussão

Primeiramente, ao analisarmos a escala construída para esse exercício, é possível

separar os itens que a constituem em dois tipos: itens que avaliam as crenças dos

participantes e itens que avaliam seus comportamentos. De acordo com Freitas e

Borges-Andrade (2004), crenças podem ser definidas como estruturas cognitivas básicas a

partir das quais as atitudes se desenvolvem. Dessa forma, as crenças representam a

informação que a pessoa tem sobre o objeto da atitude. A crença vincula um objeto a um

atributo. O objeto da crença pode ser uma pessoa, um grupo de pessoas, uma instituição, um

comportamento, uma política ou um evento, por exemplo. Por sua vez, comportamento diz

respeito a fatos observáveis, representando o que a pessoa efetivamente faz.

Os itens que compõem a categoria crença são: “Eu sinto que minha família me

compreende mais”; “Há mais ódio em minha família”; “Viver com minha família tem sido

mais desagradável”; “Eu sinto mais raiva da minha família”; “Minha família entende melhor

quem eu quero ser”; “Os membros da nossa família sentem-se mais unidos”; “Me sinto mais

segura(o) com meus familiares”; “Sinto-me mais confortável para falar sobre assuntos

pessoais com membros da família”; “Tenho mais dificuldade em tomar decisões por medo de

desagradar/desapontar minha família”; “Tenho mais liberdade de me expressar com a minha

família”.

Por sua vez, os itens que compõem a categoria comportamento são: “Os membros da

família pedem ajuda uns aos outros mais frequentemente”; “Os membros da família

consultam-se mais frequentemente para tomar decisões”; “Sou mais constantemente

repreendida(o) pela minha família ao tomar decisões”; “Na minha família nós nos

desentendemos/zangamos com mais frequência”; “Os membros da nossa família gostam de

passar o tempo livre juntos”; “É mais comum que sejamos agressivos uns com os outros
durante as discussões”; “Nós demonstramos carinho mais constantemente”; “Minha família

respeita mais minhas vontades”.

Assim, a partir da análise da tabela 1, é possível depreender algumas características

gerais das respostas conferidas pelos participantes aos itens da escala. De maneira geral, ao se

observar as médias de cada item, pode-se interpretar que, em maioria, os participantes deste

exercício relataram não perceber mudanças nos relacionamentos familiares em relação ao

período da pandemia comparado ao período anterior. Tal afirmação está baseada no fato de

que as médias ponderadas obtidas em cada item aproximam-se de valores considerados

neutros, no caso, 3. Ainda assim, é possível encontrar alguns itens que desvelam alterações

positivas nos relacionamentos familiares, como é o caso do item “Me sinto mais segura(o)

com meus familiares”, cuja média é de 3,5, e também o item “Os membros da família pedem

ajuda uns aos outros mais frequentemente”, cuja média é de 3,6. Tais valores sinalizam um

maior número de respostas que concordam, em algum nível, com as afirmações elencadas.

Nesse sentido, é possível deduzir uma maior aproximação dos membros das famílias

dos participantes, em acordo com o que pode ser encontrado na literatura a respeito de

comportamentos e crenças familiares em situações de crise (Henry et al., 2015; Walsh, 2005).

De maneira análoga ao explicitado acima, ao se analisar os itens “Eu sinto mais raiva da

minha família”, com média de resposta de 2,1; “Viver com minha família tem sido mais

desagradável”, com média 2,3; e “Há mais ódio em minha família”, com média 1,8, pode-se

notar que os participantes tenderam a discordar das afirmações, revelando que não

desenvolveram sentimentos negativos em relação à família durante esse período. Inclusive, é

interessante notar que as respostas tendem a uma discordância grande, o que possibilita

induzir que há uma aversão ao pensamento de se sentir com mais ódio ou raiva da família,

sinalizando possíveis sistemas de defesas cognitivas.


Ainda que os dados, em geral, apresentem essas características, não se pode descartar

particularidades que podem ser encontradas nas análises relativas de cada item. Dessa forma,

ainda que, em média, não se possa assumir que houveram mudanças nos relacionamentos

familiares durante a pandemia, é possível perceber que alguns itens apresentam respostas de

uma grande fatia dos participantes relatando ter experienciado mudanças. Como por exemplo,

ao se agrupar as respostas discordantes (1 e 2) na análise de alguns itens, pode-se perceber

que a frequência relativa de respostas que discordam dos itens “Minha família entende

melhor quem eu quero ser” (37,6%), “Sinto-me mais confortável para falar sobre assuntos

pessoais com membros da família” (51,5%) e “Eu sinto que minha família me compreende

mais” (37,6%) revelam, possivelmente, alterações negativas nas percepções dos participantes

em relação a suas famílias (Henry et al., 2015; Walsh, 2005).

Ademais, considera-se a frequência relativa de respostas concordantes (4 e 5) na

análise de itens que acarretam crenças e comportamentos negativos em relação à família, tais

quais “Na minha família nós nos desentendemos/zangamos com mais frequência” (33,4%);

“É mais comum que sejamos agressivos uns com os outros durante as discussões” (27,8%),

“Sou mais constantemente repreendida(o) pela minha família ao tomar decisões” (29,7%),

“Tenho mais dificuldade em tomar decisões por medo de desagradar/desapontar minha

família” (46,7%) e “Viver com minha família tem sido mais desagradável” (26,7%). Tal

análise permite identificar uma parcela considerável de participantes, isto é, cerca de 30% ou

mais em cada item, que relataram terem percebido mudanças negativas nestes itens ao longo

da pandemia.

Uma possível explicação para o agravo dos comportamentos interpessoais durante o

período em questão seria o fato de que os conflitos, muitas vezes já existentes antes da

pandemia, atenuaram-se devido ao isolamento social (Nahas & Antunes, 2020). Isso porque,

com as medidas de contenção e profilaxia orientadas pela Organização Mundial da Saúde


(OMS), houve a inviabilidade de interação com pessoas de fora do núcleo em que o indivíduo

se encontrava durante a pandemia, sendo ele geralmente submetido ao convívio familiar.

Além disso, existem outros fatores agravantes das relações pandêmicas, como exemplo o

estresse, altamente atribuído a situações trágicas e derivado da ausência de sociabilidade, e a

exaustão mental dos indivíduos, causada pela carga excessiva de trabalho de forma remota.

Dessa maneira, considerando o aspecto negativo que tais afirmações refletem, e

levando-se em conta o exposto anteriormente, torna-se possível hipotetizar a mudança

diferencial nos relacionamentos familiares experienciada por indivíduos pertencentes a

grupos específicos. Nesse sentido, as tabelas 2 e 3 trazem a análise segmentada de acordo

com a orientação sexual dos participantes e revelam que esses grupos relatam de forma

diferente a percepção de mudanças nos relacionamentos familiares durante a pandemia.

Assim, ao se analisar as médias apresentadas nas tabelas 2 e 3, é possível notar que, de forma

geral, em relação aos participantes que se declaram heterossexuais, os participantes

pertencentes à comunidade LGBTQIA+ relataram terem percebido mais mudanças e

impactos nos relacionamentos familiares durante o período de isolamento social.

Tal diferença pode ser analisada mais diretamente com o auxílio da tabela 4,

apresentada abaixo, a qual traz itens nos quais as médias entre a amostra composta por

participantes heterossexuais divergiram mais de 0,5 ponto em relação às médias obtidas na

amostra composta por participantes LGBTQIA+.

Média Média
Pergunta
Héteros LGBTQIA+
Na minha família nós nos desentendemos/zangamos com mais frequência 2,3 3,7
É mais comum que sejamos agressivos uns com os outros durante as
2,1 3,3
discussões
Sou mais constantemente repreendida(o) pela minha família ao tomar
2,2 3,2
decisões
Me sinto mais segura(o) com meus familiares 3,8 3,0
Minha família respeita mais minhas vontades 3,4 2,8
Média Média
Pergunta
Héteros LGBTQIA+
Minha família entende melhor quem eu quero ser 3,3 2,5
Eu sinto mais raiva da minha família 1,8 2,6
Viver com minha família tem sido mais desagradável 2,0 3,0
Há mais ódio em minha família 1,5 2,2
Eu sinto que minha família me compreende mais 3,2 2,5
Tabela 4. Comparação entre médias de resposta a itens da escala de relacionamentos familiares obtidas na
análise de grupos diferenciais em relação à sexualidade informada.

Os itens envolvidos, apresentados na tabela 4, demonstram a vulnerabilidade

percebida e as mudanças às quais a população desse subgrupo parecem estar mais sujeitas, de

acordo com estudos encontrados na literatura. Ressalta-se o estudo de Gato e colaboradores

(2020), realizado pela Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do

Porto, cujo objetivo foi o de avaliar a saúde psicológica de jovens LGBT+ que viviam com os

pais durante a pandemia COVID-19. Tal estudo revelou que 59% dos jovens sentem-se

desconfortáveis em isolamento social com as suas famílias, e 30% dos indivíduos sentem-se

extremamente desconfortáveis. Ademais, notou-se que 35% dos jovens afirmaram sentir-se

muito sufocados por não poderem expressar a sua identidade LGBT+ com a sua família e

consideraram que esta lida mal ou muito mal com o conhecimento da verdadeira identidade,

ilustrando a interação entre desafios normativos de populações específicas de adolescentes e

os desafios “inesperados” associados a um evento pandêmico.

Considerações Finais

Em suma, ainda que este exercício tenha apenas caráter didático, temos que os

resultados encontrados indicam a possibilidade de um aprofundamento e melhor tratamento

dos dados. Considerando-se os resultados apresentados no exercício realizado, é possível

afirmar que os dados obtidos através da escala construída foram fundamentais para a análise

das mudanças ocorridas nas relações familiares sob impacto do período de pandemia e

isolamento social. Analogamente, os dados permitiram a observação da influência de fatores


estressores, ocasionados pelo isolamento, na dinâmica dos relacionamentos intrafamiliares,

principalmente em se tratando de subgrupos específicos, como é o caso da comunidade

LGBTQIA+. A partir do questionário proposto, foram obtidas 165 respostas, número

relativamente grande que permitiu a coleta de dados abrangentes e, consequentemente, a

realização de diversas correlações entre os dados apresentados.

Ainda que os resultados obtidos foram satisfatórios para os objetivos propostos deste

trabalho e da disciplina a qual este encontra-se circunscrito, é possível estabelecer alguns

pontos limitantes a serem explorados e melhorados. Entre eles, destaca-se a possibilidade de

uma maior divulgação e aplicação da escala, possibilitando uma maior coleta de dados que

fortaleceriam a análise efetuada. Em paralelo a isso, há a necessidade de se aplicar testes

estatísticos para verificar a significância e a relevância dos resultados analisados, em

conformidade com padrões científicos. Somente assim os dados obtidos passariam a ser úteis

para se tirar conclusões e achados dotados de real significado.

Além disso, a construção da escala poderia ser alterada de forma a contemplar uma

melhor visualização das possibilidades de mudanças durante a pandemia. Da forma como foi

construída, a escala apenas verifica se os participantes reconhecem se houve ou não uma

mudança nas relações familiares na comparação entre os períodos pré e durante a pandemia.

Porém, não traz base sólida para verificar se houveram mudanças para melhor ou para pior, o

que indica a possibilidade de se formular uma sessão que focalizasse os comportamentos das

pessoas nos períodos anteriores à quarentena para uma melhor comparação. Estudos futuros

podem se basear nessas limitações a fim de apresentarem maior fidelidade em sua elaboração.
Referências

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componencial em duas configurações. Psicologia: ciência e profissão, 27(3),

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Falceto, O. G., Busnello, E. D., & Bozzetti, M. C. (2000). Validação de escalas diagnósticas

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Gato, J., Leal, D., & Seabra, D. (2020). Redes de apoio social e saúde psicológica em jovens

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wave. Family Relations, 64, pp. 22-43. Recuperado em

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Nahas, L. F., & Antunes, A. P. D. O. (2020). Pandemia, fraternidade e família: a convivência

e a importância da manutenção dos laços familiares. Editora Asces.

Oliveira, T. M. V. D. (2001). Escalas de mensuração de atitudes: Thurstone, Osgood, Stapel,

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implicações para a prática da terapia de casal e família. Pensando famílias, Porto

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Torales, J., O’Higgins, M., Castaldelli-Maia, J. M., & Ventriglio, A. (2020). The outbreak of

COVID-19 coronavirus and its impact on global mental health. ​International

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Walsh, F. (2005). Resiliencia familiar: Un marco de trabajo para la práctica clínica. Sistemas

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https://asiba.org/index.php/asiba/article/view/51. Acesso em 23 jul. 2021.


Apêndices

Apêndice A - Escala

Impacto da Pandemia da COVID-19 nas Relações Familiares

Você está sendo convidado(a) a participar de uma atividade prática da disciplina de

Psicometria, do curso de Psicologia do Departamento de Psicologia da Faculdade de

Filosofia, Ciências e Letras, pertencente à Universidade de São Paulo - Campus Ribeirão

Preto, cujo objetivo é o mapeamento do Impacto da Pandemia da COVID-19 nas Relações

Familiares. O tempo médio de resposta é de 15 minutos.

Informamos que sua privacidade será respeitada, ou seja, seu nome ou qualquer outro

dado ou elemento que possa, de qualquer forma, lhe identificar, será mantido em sigilo.

Também lhe asseguramos a possibilidade de se recusar a participar do estudo, ou retirar seu

consentimento a qualquer momento, sem precisar justificar. Caso deseje sair da pesquisa, não

sofrerá qualquer prejuízo.

Você poderá manter contato pelo e-mail lucasramazzotto@usp.br. É assegurada a

assistência durante toda pesquisa, bem como é garantido o livre acesso a todas as

informações e esclarecimentos adicionais sobre o estudo e suas consequências, enfim, tudo o

que queira saber antes, durante e depois de sua participação.

*Obrigatório

1. Tendo sido orientado(a) quanto ao teor de tudo o que foi aqui mencionado e

compreendido a natureza e o objetivo desta atividade, você manifesta seu livre

consentimento em participar, estando totalmente ciente de que não há nenhum valor

econômico, a receber ou a pagar, por sua participação? *

● Sim, aceito participar.

● Não, não aceito participar.


Levantamento de dados demográficos

2. Idade: *

3. Gênero

● Cis Feminino

● Cis Masculino

● Trans Feminino

● Trans Masculino

● Agênero

● Gênero fluído

● Não-binário

● Prefiro não dizer

● Outro:

4. Sexualidade *

● Heterossexual

● Bissexual

● Homossexual

● Pansexual

● Assexual

● Demissexual

● Prefiro não dizer

● Outro:

5. Estado Civil *

● Solteira(o)

● Casada(o)

● Divorciada(o)
● Viúva(o)

● Prefiro não dizer

6. Escolaridade *

● Ensino Fundamental I Incompleto

● Ensino Fundamental I Completo

● Ensino Fundamental II Incompleto

● Ensino Fundamental II Completo

● Ensino Médio Incompleto

● Ensino Médio Completo

● Ensino Supletivo (EJA)

● Ensino Superior Incompleto

● Ensino Superior Completo

7. Situação de trabalho *

● Não trabalho

● Possuo um trabalho formal com carteira assinada

● Possuo um trabalho informal sem carteira assinada

● Autônoma(o)

8. Somando a sua renda com a renda das pessoas que moram com você, quanto é,

aproximadamente, a renda familiar mensal? *

● Até 1 salário mínimo (até R$ 1.100,00).

● De 1 a 3 salários mínimos (de R$ 1.100,01 até R$ 3.300,00).

● De 3 a 6 salários mínimos (de R$ 3.300,01 até R$ 6.600,00).

● De 6 a 9 salários mínimos (de R$ 6.600,01 até R$ 9.900,00).

● De 9 a 12 salários mínimos (de R$ 9.900,01 até R$ 13.200,00).

● De 12 a 15 salários mínimos (de R$ 13.200,01 até R$ 16.500,00).


● Mais de 15 salários mínimos (mais de R$ 16.500,01).

9. Está realizando isolamento social? *

● Completo

● Parcial (saindo para atividades essenciais)

● Não está em isolamento

10. Em que lugar você está passando a quarentena? *

● Na minha residência

● Na residência de um parente meu Na minha república

● Outro:

11. Com quantas pessoas está passando o período de isolamento social? *

● Uma Duas Três

● Quatro ou mais

Questões sobre relacionamentos familiares

Em comparação com o período antes da pandemia, atualmente:

12. Na minha família nós nos desentendemos/zangamos com mais frequência *

1 2 3 4 5

Discordo Totalmente Concordo Totalmente

13. É mais comum que sejamos agressivos uns com os outros durante as discussões *

1 2 3 4 5

Discordo Totalmente Concordo Totalmente

14. Sou mais constantemente repreendida(o) pela minha família ao tomar decisões*

1 2 3 4 5

Discordo Totalmente Concordo Totalmente


15. Me sinto mais segura(o) com meus familiares *

1 2 3 4 5

Discordo Totalmente Concordo Totalmente

16. Tenho mais dificuldade em tomar decisões por medo de desagradar/desapontar minha

família *

1 2 3 4 5

Discordo Totalmente Concordo Totalmente

17. Minha família respeita mais minhas vontades *

1 2 3 4 5

Discordo Totalmente Concordo Totalmente

18. Tenho mais liberdade de me expressar com a minha família *

1 2 3 4 5

Discordo Totalmente Concordo Totalmente

19. Sinto-me mais confortável para falar sobre assuntos pessoais com membros da

família*

1 2 3 4 5

Discordo Totalmente Concordo Totalmente

20. Nós demonstramos carinho mais constantemente *

1 2 3 4 5

Discordo Totalmente Concordo Totalmente


21. Os membros da nossa família gostam de passar o tempo livre juntos *

1 2 3 4 5

Discordo Totalmente Concordo Totalmente

22. Os membros da família consultam-se mais frequentemente para tomar decisões *

1 2 3 4 5

Discordo Totalmente Concordo Totalmente

23. Os membros da nossa família sentem-se mais unidos *

1 2 3 4 5

Discordo Totalmente Concordo Totalmente

24. Os membros da família pedem ajuda uns aos outros mais frequentemente *

1 2 3 4 5

Discordo Totalmente Concordo Totalmente

25. Minha família entende melhor quem eu quero ser *

1 2 3 4 5

Discordo Totalmente Concordo Totalmente

26. Eu sinto mais raiva da minha família *

1 2 3 4 5

Discordo Totalmente Concordo Totalmente

27. Viver com minha família tem sido mais desagradável *

1 2 3 4 5

Discordo Totalmente Concordo Totalmente


28. Há mais ódio em minha família *

1 2 3 4 5

Discordo Totalmente Concordo Totalmente

29. Eu sinto que minha família me compreende mais *

1 2 3 4 5

Discordo Totalmente Concordo Totalmente

Agradecemos a sua participação

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