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Universidade Federal do Amazonas - UFAM

Instituto de Ciências Exatas/Departamento de Química


Disciplina: IEQ645: Introdução à Cromatografia
Resumo Princípios Básicos de Cromatografia (PBC)
Aluna: Luana Lemos
Matrícula: 21753108
Professor: Emmanoel Vilaça Costa
Data da Entrega: 19 de maio de 2021

1 Histórico

=⇒ O russo Mikhaed Semenovich Tswett foi o primeiro a utilizar os termos cromato-


grafia, cromatograma e método cromatográfico;
=⇒ Através de suas experiências na separação dos componentes de extratos de folhas e
gema de ovo foi pioneiro no uso de vários recheios e usou como fase móvel o éter de petróleo;
=⇒ Entretanto, em 1930 a técnica modernizou-se por meio de Kuhn e Lederer através
da separação e identificação de xantofilas, repetição do trabalho do russo.
=⇒ Em um trabalho descrevendo a cromatografia por partição equivalendo a altura a um
prato teórico Martin e Synge receberam o prêmio nobel em 1952, isto precediu a cromatografia
gasosa e a líquida de alta eficiência;
=⇒ Nos anos posteriores outros estudiosos foram aperfeiçoando as técnicas cromato-
gráficas, em especial a gasosa e em coluna;
=⇒ Ainda nos anos 30 Adams e Holmes desenvolveram a cromatografia por troca iônica
através das resinas de troca iônica;
=⇒ Já na década de 60 desenvolveou-se técnicas de bombeamento bem como para
detecção na CLAE;
=⇒ Na década de 80 Klesper, Gouw e Jentonft desenvolveram a cromatografia usando
um fluido super crítico como fase móvel;

2 Classificações

=⇒ Existem muitos critérios para classificar as categorias de cromatografia;


=⇒ Quanto a forma física pode-se separar em dois tipos: planar e em coluna;
=⇒ Quanto a finalidade pode ser analítica ou preparativa, sendo que a primeira tem a
finalidade de separar e quantificar os componentes da mistura, feita em colunas com diâmentro
menor bem como mais alta, enquanto que a preparativa tem por finalidade purificar um ou mais
componentes utilizando para isso colunas maiores;

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=⇒ Quanto ao estado físico da FM pode-se classificar em gasosa, líquida e supercrítica,
sendo que a cromatografia líquida dividi-se em clássica e CLAE;
=⇒ Diferencia-se estas duas cromatografias (gasosa e líquida) quanto a polaridade rela-
tiva das fases, sendo que a fase móvel na CG é inerte, ou seja, a separação ocorre em razão das
interações entre a amostra e a FE, enquando que na CL a polaridade de ambas as fases importam
na separação dos componentes.
=⇒ Há duas separações importantes na CL: fase normal, quando a FE é mais polar que a
FM e fase reversa, quando se tem o contrário. Na figura abaixo resume-se as separações dentro
da técnica de cromatografia

=⇒ O mecanismo de separação (um dos critérios de classificação mais importantes)


pode ser químico, físico ou mecânico;
=⇒ Adsorção: O soluto é retido pela superfície da FE através de interações químicas
ou físicas;
=⇒ Partição: O soluto dissolve-se na parte líquida que envolve a superfície do suporte
sólido;
=⇒ Troca iônica: O íon da amostra liga-se à carga fixa (grupo funcional) da FE;
=⇒ Exclusão: As moléculas são separadas por tamanho, havendo retenção das menores;
=⇒ Bioafinidade: Ocorre ligação molecular específica e reversível entre o soluto e o
ligante fixado à FE;

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3 Termos técnicos

=⇒ Para cromatografia planar há dois termos importantes a serem definidos;


=⇒ dr: Distância percorrida pelos componentes;
=⇒ dm: Distância percorrida pela FM;
=⇒ Rf: Índice de retenção de um composto, calculado através da fórmula;

dr
Rf =
dm

=⇒ Já para cromatografia em coluna usa-se os seguintes termos:


=⇒ tr: Tempo gasto desde o ato de injeção até a saída do componente do sistema;
=⇒ Dm: Índice de retenção de um componente, calculado através da fórmula;

tr − tm
Dm =
tm

=⇒ Seletividade: Em CC o fator de separação é calculado pela razão entre os respecti-


vos fatores de retenção que estão relacionados aos tempos de retenção. Para maior seletividade
pode-se mudar a FM, otimizar o empacotamento, bem como trocar de FE;;

tr2
α= 0
tr1

=⇒ Capacidade: A retenção de um componente é determinada pela razão dos tempos


que suas moléculas ficam retidas na FE ou percorrendo a coluna na FM. Sendo que esta variável
pode ser ajustada por meio da polaridade do solvente
0
tr1
k=
t0

=⇒ Eficiência: É medida em termos de número de pratos gerados, sejam teóricos ou


não. Pode ser ajustada diminuindo a vazão da FM, aumentando o comprimento da coluna e
optar por suportes mais finos:
 tr 2
N = 16
2

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