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BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é educação.

São Paulo: Brasiliense, Coleção


Primeiros Passos, 24° ed., 1989.

A Educação está presente em todas as sociedades humanas, ninguém escapa da


educação, pois ela acontece em todos os meios, em casa, na escola, no convívio com
outros.

Portanto a educação não é expressa por apenas um modelo, não há uma forma
única. Em sociedades tribais, de agricultores ou de países industrializados e
desenvolvidos ela existe de diferentes formas. A educação pode existir livre como
forma de tornar comunitário o saber, através das trocas sem fim com a natureza e o
homem. Através da educação as organizações humanas pensam modelos de homens e
criam esses através da moldagem conforme a necessidade, que em conjunto constroem a
sociedade.

Educação como processo global de formação que é uma educação que não acontece só
na escola (educação sistematizadas-escolas), em outros espaços estão acontecendo
práticas educativas.

Práticas educativas são pata perpetuação do capital (hegemonia) exemplo: mídia e


contra hegemonia ( movimentos sociais e outros meios.

O autor ressalta que nunca é demais salientar a importância estratégica da concepção


mais ampla de educação, demonstrada na frase: “a educação é nossa própria vida . Pois
muito do nosso processo continuo de aprendizagem, se situa felizmente fora das
instituições educacionais formais (MEzáros, o. 53).

O termo felizmente porque esses processos não podem ser manipulados e controlados
de imediato pela estrutura educacional formal. Eles permitem tudo, desde o surgimento
de nossas respostas críticas em relação ao ambiente material na nossa primeira infância,
nosso primeiro encontro com a poesia e com a arte experiencias de trabalho, sujeitas a
minuciosamente racional feito por nós mesmos e com as pessoas com quem partilhamos

E até do nosso envolvimento em conflitos e confrontos, inclusive as disputas morais,


políticas e sociais. Apenas uma pequena parte disso está ligada á educação formal

Mészáros não se refere à escolas, aos níveis de ensino ou sistemas escolares, mas à
educação como o processo vital de existência do homem, isto é, aquilo que caracteriza a
sua especificidade de ser social, a saber, a capacidade de conhecer, de ter ciência do real
e de, portanto, transformá-ló de forma consciente. Assim, ele afirma que o potencial
emancipador da escola deve abarcar a totalidade das práticas político-educacional-
culturais em uma proposta de educação para a vida, com práticas educacionais concretas
mais abrangentes.

Considerando esse mais amplo e mais profundo significado da educação, que inclui de
forma proeminente todos os momentos da vida ativa, pode concordar com Paracelso em
que muitas coisas (praticamente tudo) é decidida para o bem ou para o mal, não apenas
para nós como indivíduos, mas simultaneamente também para a humanidade, em todas
aquelas inevitáveis horas que não podemos ‘passar sem aprender’, isto porque a
aprendizagem é a nossa própria vida (MESZÁROS, 2008, p.48)

Se a educação para o capital é restritiva, pois deseja doutrinar e internalizar, em


Mészáros ela é utilizando as palavras de Paracelso “nossa própria vida” onde em todos
os momentos o indivíduo interage com meio social e nele aprende algo: “ninguém passa
dez horas sem aprender” assim o filósofo nos demonstra que se redescoberta a função
social de mudança, da educação essa jamais poderá ser colocada sob a “camisa de força
do capital”

Questões: O que aprendemos de uma forma ou de outra? Será que a aprendizagem


conduz a autorrealização dos indivíduos como socialmente ricos? Ou ele está a
serviço da perpetuação (consciente ou não) da ordem social alienante e
definitivamente incontrolável do capital?

(2007, p.13), ressalta que “[...] a educação existe onde não há escola e por toda a parte pode
haver redes e estruturas sociais de transferência de saber de uma geração a outra, onde ainda
não foi sequer criado a sombra de algum modelo de ensino formal e centralizado”

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