Você está na página 1de 3

O rio de janeiro nas duas décadas finais do século XIX era uma cidade

provinciana apesar de ser a capital do país, com suas ruas bem estreitas .
Foi no ambiente musical por excelência desta cidade que surgiu o choro,
popularmente chamado de chorinho, é um gênero musical popular de
segmento instrumental . Seu primeiro grande cultor foi Joaquim Antônio
da silva Calado flautista exímio e professor do imperial conservatório de
música, um musico culto por tanto. Talvez a sua contribuição mais
celebre pra história do choro tenha sido a música FLOR AMOROSA.

Na origem, choro era nome dado a um pequeno grupo popular, formados


por instrumentos de origem europeia e africana, a polca de origem
europeia era quem mais fornecia material para estes conjuntos que no
decorrer dos anos passaram a compor música mais apropriadas a seus
instrumentos e sensibilidade, assim de conjunto musical o choro passou a
ser um gênero musical, seus cultores tocavam músicas chorosas e
sentimentais daí no nome choro, os precursores do choro usavam em
seus conjuntos exclusivamente instrumentos de sopro, o clarinete solista
era acompanhada pelo trombone centrista o bombardino fazia os
contracantos e o bombardao era o baixo, o papel do bombardão pode ser
melhor compreendido ao violão de 7 cordas.

O choro pode ser considerado como a primeira música urbana


tipicamente brasileira e ao longo dos anos se transformou em um dos
gêneros mais prestigiados da música popular nacional, reconhecido em
excelência e requinte. Tem como origens estilísticas o lundu, ritmo de
inspiração africana à base de percussão, com gêneros europeus.
Rítmica

O choro não se caracteriza por um ritmo específico, mas pela maneira de


se tocar solta e sincopada, repleta de ornamentos e improvisações.
Assim, é muito vasta a gama de ritmos nos quais se baseiam os
compositores de choro. Dentre os principais ritmos utilizados, pode-se
citar o maxixe, a polca e a valsa, dando origem, assim, ao ‘’samba-choro’’,
à ‘’polca-choro’’ e à ‘’valsa-choro’’ (com relação ao maxixe, não é utilizada
a expressão “maxixe-choro”, mas apenas ‘’maxixe’’). Além disso, há
choros de andamento rápido e choros mais lentos (apelidados
"varandões").

Forma

O choro tradicional é caracterizado por três partes. É comum que cada


parte esteja em uma tonalidade, geralmente com modulações para tons
vizinhos como o relativo ou o quarto grau.

A partir de meados do século XX tornou-se muito popular o choro com


apenas duas partes. Grande parte dos choros de Jacob
Bittencourt apresentam apenas duas partes. Um grande defensor do
choro em duas partes foi o compositor K-Ximbinho.[9]

Além disso, observa-se uma quadratura regular em cada uma das partes.
Em geral, cada parte tem 16 ou, mais recentemente, 32 compassos
(sobretudo nos choros com apenas duas partes), subdivididas em frases
de compassos, por sua vez compostas de dois incisos de 4 compassos.
A música brasileira sofreu inúmeras influências estrangeiras ao longo de
sua história, não se tem dúvidas! Com o Maxixe (originado por volta da
década de 1870, no Rio de Janeiro) não poderia ser diferente. Surgiu como
uma dança e depois como um estilo musical em compasso binário (2/4),
com influências do lundu, das polcas e das habaneras. Em seu início, o
maxixe era alvo de fortes preconceitos da elite da época, pois
consideravam indecente a maneira de dançá-lo, chegando ao ponto de
ser proibido. A época do seu aparecimento (1870 -1880) coincide com a
popularização da schottisch e da polca. Dançava-se maxixe, ou à moda
maxixe, as polcas, as habaneras, a polca-lundu e posteriormente até o
tango brasileiro, chamado de tanguinho. As primeiras partituras a
apresentarem o nome maxixe como gênero de música surgiram por volta
de 1902/1903. Entre os compositores do gênero - como música e não
como dança - destacam-se Irineu de Almeida, Sebastião Cyrino e Duque,
Sinhô e Chiquinha Gonzaga.

Você também pode gostar