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É como consequência desse fenômeno que alguns produtores de bens de consumo procuram
organizar, no âmbito da própria empresa ou consorciando-se com outros produtores, a venda
diretamente ao consumidor. O caso dos produtos hortifrutigranjeiros é um exemplo típico em
que tais associações podem ocorrer.
Entretanto, não é apenas nos canais de distribuição que se diferenciam os dois tipos vistos:
existem claras diferenciações, entre outras, nos seguintes setores:
•política de compras;
•política de financiamentos;
•natureza e grau dos riscos assumidos.
Considere-se também que algumas empresas executam compra e venda “por conta
própria’’, outras “por conta de terceiros’’. São exemplos destas últimas: as comissionadas, os
representantes e as representações e outros agentes auxiliares de comércio, que têm algumas
características jurídicas, administrativas e comerciais bastante diferenciadas das entidades que
operam“por conta própria’’.
É interessante notar que as empresas mercantis que operam no atacado podem também ser
diferenciadas caso constituam uma unidade econômica independente ou caso constituam uma
entidade econômica coligada a outras entidades produtoras de bens, a fim de distribuir a
produção.
Até algum tempo atrás, era bastante modesta a perspectiva profissional do Contador ou
Gerente de Contabilidade de empresas comerciais, usualmente pela pequena dimensão das
entidades.
2.1Introdução
2.3Conceito de empresa
Faculta-se aos cônjuges constituir sociedade, entre si ou com terceiros, desde que não
tenham casado em regime da comunhão universal de bens, ou da separação obrigatória de bens.
Uma das inovações trazidas pelo Código Civil (CC) tem relação com o nome ou
denominação social das empresas.
Para as empresas que possuem mais de um objeto social, recomenda-se que conste em seu
nome empresarial a atividade preponderante das atividades por elas exercidas.
Por exemplo, uma sociedade empresária limitada, cujo objeto social é a construção de
imóveis, deverá ter nome empresarial semelhante: X Construção de Imóveis Ltda.
Essa exigência legal vem sendo aplicada pelas Juntas Comerciais competentes pelo registro
de documentos societários, ao analisar os contratos sociais apresentados após a entrada em vigor
do CC.
2.5Classificação das sociedades
2.6Sociedade empresária
Somente pessoas físicas podem tomar parte na sociedade em nome coletivo, respondendo
todos os sócios, solidária e ilimitadamente, pelas obrigações sociais.
Esse tipo de sociedade é pouco interessante porque a responsabilidade dos sócios vai além
do capital, é ilimitada.
2.6.3Sociedade limitada
O contrato social poderá prever a regência supletiva da sociedade limitada pelas normas da
sociedade anônima. Considere-se que a sociedade anônima tem lei própria – nº 6.404/76,
atualizada pela Lei nº 11.638/07.
O capital social divide-se em quotas, iguais ou desiguais, cabendo uma ou diversas a cada
sócio.
A sociedade limitada é administrada por uma ou mais pessoas designadas no contrato social
ou em ato separado.
Sem prejuízo dos poderes da assembleia dos sócios, pode o contrato instituir conselho fiscal
composto de três ou mais membros e respectivos suplentes, sócios ou não, residentes no país,
eleitos na assembleia anual.
A sociedade anônima rege-se por lei especial, aplicando-se-lhe, nos casos omissos, as
disposições do Código Civil. No item 2.9, estaremos tratando especificamente sobre sociedade
anônima.
A sociedade em comandita por ações tem o capital dividido em ações, regendo-se pelas
normas relativas à sociedade anônima, e opera sob firma ou denominação.
Somente o acionista tem qualidade para administrar a sociedade e, como diretor, responde
subsidiária e ilimitadamente pelas obrigações da sociedade.
Esse tipo de sociedade, também em desuso, é tratado na Lei das Sociedades por Ações, Lei
nº 11.638/07.
2.7Sociedade simples
As sociedades simples podem ser estabelecidas segundo os mesmos tipos que as sociedades
empresárias:
•sociedade limitada;
•sociedade em nome coletivo;
•sociedade em comandita simples.
2.8Sociedade cooperativa
Como a sociedade anônima, a sociedade cooperativa possui legislação especial, que é a Lei
nº 5.764/71.
Na verdade, esta parte deveria ser chamada sociedade por ações, uma vez que se trata de
sociedades de capitais regidas pela Lei nº 11.638/07 (Lei das Sociedades por Ações).
Subdividem-se em dois tipos societários: sociedades anônimas e sociedades em comandita por
ações. Como este último tipo societário encontra-se em extinção, será dada ênfase às sociedades
anônimas. Todavia, as sociedades em comandita são tratadas no item 2.6.2.
2.9.1Principais características
2.9.2Constituição da S.A.
2.9.3Tipos de S.A.
A – COMPANHIA ABERTA
A captação de recursos é realizada junto ao público. Os valores mobiliários (ações ou
debêntures) são admitidos à negociação em bolsas ou no mercado de balcão.
Além dos incentivos fiscais concedidos aos acionistas e à própria empresa, a sociedade
anônima de capital aberto (Cia. Aberta) possui grande vantagem quanto à captação de recursos
junto ao público, recursos esses que muitas vezes são“mais baratos”em relação ao mercado
financeiro (crédito), e não há a obrigação líquida e certa do reembolso.
B – COMPANHIA FECHADA
É a companhia que não recorre à poupança pública e obtém recursos entre os próprios
acionistas para a formação de seu capital próprio. Sua ação não é cotada em bolsa. É a
sociedade tradicional, restrita a pequenos grupos.
A – ASSEMBLEIA GERAL
É a reunião dos acionistas de uma companhia que, quando convocada, tem poderes para
decidir sobre todos os negócios relativos ao objeto da empresa e outros assuntos. Anualmente,
nos quatro primeiros meses seguintes ao término do exercício social, há reunião dos acionistas,
que se denomina Assembleia Geral Ordinária (AGO). Quando houver necessidade de outra
assembleia geral, será denominada Assembleia Geral Extraordinária (AGE).
B – ATA E CONVOCAÇÃO
Ata é o resumo dos assuntos discutidos e deliberados nas assembleias que será lavrado em
livro próprio e publicado em jornais. A convocação para as assembleias é feita mediante
anúncio publicado em jornais.
2.9.5Ações
São títulos de propriedade, representativos das cotas-partes em que se divide o capital social
de uma sociedade por ações. Uma ação representa a menor fração em que é dividido seu capital.
As ações, conforme a natureza dos direitos ou vantagens que confiram a seus titulares,
dividem-se em ordinárias e preferenciais.
A – ORDINÁRIAS
São ações comuns, desprovidas de quaisquer restrições, porém não dotadas de nenhum
privilégio, salvo o direito ao voto.
B – PREFERENCIAIS
São aquelas que conferem preferências previamente declaradas nos estatutos, tais como:
C – NOMINATIVAS
A propriedade das ações nominativas presume-se pela inscrição do nome do acionista no
livro de Registro das Ações Nominativas; a transferência dessas ações opera-se lavrando-se o
livro de Transferência de Ações Nominativas com a assinatura do cedente e do cessionário.
D – ENDOSSÁVEIS
A propriedade das ações endossáveis presume-se pela posse do título com base em série
regular de endossos, mas o exercício do direito perante a companhia requer a averbação do
nome do acionista no livro de Registro de Ações Endossáveis e no certificado. Portanto, a
transferência mediante endosso não tem eficácia perante a companhia, enquanto não for
averbada no livro de registro e no próprio certificado; o endossatário, porém, que demonstrar ser
possuidor do título com base em série regular de endossos tem o direito de obter a averbação da
transferência ou a emissão de novo certificado em seu nome.
As ações podem ser ainda com valor nominal e sem valor nominal.
2.10União de empresas
2.10.1Fusão
É a operação pela qual se unem duas ou mais sociedades para formar sociedade nova, que
lhes sucederá em todos os direitos e obrigações. Portanto, é o ato pelo qual duas ou mais
empresas se extinguem para originar uma nova sociedade com personalidade jurídica distinta; a
nova sociedade adquire os ativos e passivos das demais.
É a operação pela qual uma ou mais sociedades são absorvidas por outra, que lhes sucede
em todos os direitos e obrigações. A empresa incorporada, portanto, deixa de existir, mas a
empresa incorporadora continua com sua personalidade jurídica.
2.10.3Grupo de sociedades
2.10.4Consórcio
A fórmula joint venture, bastante utilizada nos Estados Unidos, está sendo também
aplicada, no Brasil, como um tipo de consórcio, que serve, aqui, de canal aos crescentes
investimentos americanos e de outros países.
Uma das características da joint venture é seu aspecto efêmero, isto é, ela se desfaz no
término da obra ou empreendimento. Se tiver tendência duradoura (aspecto permanente),
certamente se transformará em uma sociedade (geralmente S.A.), uma vez que haverá maior
segurança para o empreendimento e os associados.
2.10.5Coligadas e controladas
A Lei das Sociedades por Ações define sociedades coligadas e controladas. São coligadas as
sociedades quando participam, com 20% ou mais, do capital da outra, sem controlá-la.
Considera-se controlada a sociedade na qual a controladora, diretamente ou através de outras
controladas, é titular de direitos de sócios que lhes assegurem, de modo permanente,
preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores.
2.10.6Subsidiária integral
2.11.1Sociedade nacional
É nacional a sociedade organizada de conformidade com a lei brasileira que tenha no país a
sede de sua administração.
Quando a lei exigir que todos ou alguns sócios sejam brasileiros, as ações da sociedade
anônima revestirão, no silêncio da lei, a forma nominativa. Qualquer que seja o tipo da
sociedade, em sua sede ficará arquivada cópia autêntica do documento comprobatório da
nacionalidade dos sócios.
2.11.2Sociedade estrangeira
A sociedade estrangeira, qualquer que seja seu objetivo, não pode, sem autorização do
Poder Executivo, funcionar no país, ainda que por estabelecimentos subordinados, podendo,
todavia, ressalvados os casos expressos em lei, ser acionista de sociedade anônima brasileira.
2.12Empresa rural
Até 2002, as sociedades eram divididas em sociedade comercial e sociedade civil. A partir
do início de 2003, entra em cena o CC, que revoga a primeira parte do Código Comercial
brasileiro de 1850.
De maneira geral, conforme o CC, o empresário, cuja atividade rural constitua sua principal
profissão, pode exercer essa atividade nas seguintes formas jurídicas:
Por fim, o CC diz que não é considerado empresário quem exerce profissão intelectual de
natureza científica, literária ou artística. Essas atividades anteriormente eram tratadas como
civis. Assim, quando se constituía sociedade, era tratada como sociedade civil, hoje
denominada“simples”.
Dessa forma, a sociedade empresária em atividade rural não poderá ser na categoria de
simples.
2.13Escrituração conforme o CC
Além dos demais livros exigidos por lei, é indispensável o Diário, que pode ser substituído
por fichas no caso de escrituração mecanizada ou eletrônica.
A adoção de fichas não dispensa o uso de livro apropriado para o lançamento do Balanço
Patrimonial e do Resultado Econômico (DRE).
Salvo disposição especial de lei, os livros obrigatórios e, se for o caso, as fichas, antes de
postos em uso, devem ser autenticados no Registro Público de Empresas Mercantis.
A autenticação não se fará sem que esteja inscrito o empresário, ou a sociedade empresária,
que poderá fazer autenticar livros não obrigatórios.
A escrituração será feita em idioma e moeda corrente nacionais e em forma contábil, por
ordem cronológica de dia, mês e ano, sem intervalos em branco, nem entrelinhas, borrões,
rasuras, emendas ou transportes para as margens.
Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não
econômicos. Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos.
Os associados devem ter iguais direitos, mas o estatuto poderá instituir categorias com
vantagens especiais.
Nenhum associado poderá ser impedido de exercer direito ou função que lhe tenha sido
legitimamente conferido, a não ser nos casos e pela forma previstos na lei ou no estatuto.
•eleger os administradores;
•destituir os administradores;
•aprovar as contas;
•alterar o estatuto.
Para as deliberações a que se referem os incisos II e IV, é exigido o voto concorde de dois
terços dos presentes à assembleia especialmente convocada para esse fim, não podendo ela
deliberar, em primeira convocação, sem a maioria absoluta dos associados, ou com menos de
um terço nas convocações seguintes.
Parte
prática
A – TESTES
5.Em geral, os recursos para a formação do Capital Social de uma companhia fechada...
a.são obtidos pela venda, realizada pela companhia, de debêntures ao público
investidor.
b.são obtidos pela colocação de suas ações nas Bolsas de Valores.
c.são obtidos diretamente dos acionistas que subscrevem suas ações.
d.são obtidos por meio de empréstimos contraídos pela própria companhia.
6.Uma das relações abaixo apresenta aspectos que são analisados quando se trata de
examinar a solidez de uma sociedade anônima. Indique-a:
a.volume de vendas, pontualidade no cumprimento de suas obrigações e rentabilidade.
b.rentabilidade e idoneidade de cada um dos sócios.
c.montante da conta bancária e idoneidade de cada um dos sócios.
d.quantidade e idoneidade dos sócios, rentabilidade e volume de vendas.
3.Cite exemplos de valores mobiliários que podem ser emitidos por sociedades anônimas.
Onde devem ser registrados para que possam ser distribuídos no mercado e negociados?