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Existiu um tempo que ainda acreditava que poderia ter um vida normal, e uma família

normal, mas era só uma paranóia da minha mente. Conheci um garoto, o nome dele era
Ian, seus olhos azuis me lembravam o céu — nunca gostei de olhar pra cima, só quando
estive com ele. — ele me dava sensação de paz, com ele aprendi coisas que nunca vive
antes, meu primeiro em tudo, mas a vida não é um mar de rosas. Meu verdadeiro eu
sempre falou mais alto.

Namoramos por um tempo. Conheci seus pais e seu irmão. André, nunca gostei dele — não
gostei de ninguém na real. — me via nele, via a maldade nele, nada mais que ela.

André fez coisas comigo que não gosto de relembrar, mas agora tudo isso é passado. Uma
página queimada da minha vida. Uma página que não faço questão de restaurá.

Então, chegou ele com toda sua marra tentando mandar e desmandar em mim, mas as
coisas não são mais assim. Não comigo, não com a Clara que veio átona de um tempo para
cá.

Mas pra que relembrar do André sendo que ele esta morto agora?

Ele me fez conhecer a escuridão e fiz questão de checar que ele não veria uma luz no fim
do túnel. Sua alma se perderia na escuridão.

Ian por outro lado fazia questão que seja lá onde ele estiver esteja feliz porque ele merecia.

Olhando essa xícara de café vazia e relembrando meu passado percebo que nunca pertenci
a o mundo normal, não mesmo. Quando morrer serei aquela alma que ficará perambulando
por ai sem saber para onde ir.

Todos felizes com suas famílias, e suas vidinhas cor de rosa vivendo uma mentira, ninguém
é feliz! E se você é, faço questão de mostrar o verdadeiro mundo, o que eu vivo. A realidade
é fria e cruel, a vida não é uma mãe que quando você se machuca te ajuda a levantar, não!
Ela é aquela que quando você se machuca ela pressioná o dedo na ferida pra machucar
mais.

Faço questão de acabar com esse seu mundo cor de rosa e transforma lo no incrível
mundo da Clara, mas logo aviso, é um lugar sem volta.

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