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Mavinga
INTRODUÇÃO
A legitimidade do uso da língua portuguesa nas instituições de ensino da República
de Angola decorre de uma regra constitucional, nomeadamente, o artigo 19º que dispões:
1- A língua oficial da República de Angola é o português.
Nesta medida, à luz dos objectivos propostos nos planos de estudos dos diversos
cursos, o ensino das disciplinas de Língua Portuguesa, Técnicas de Comunicação e
Expressão e Comunicação Escrita tem como finalidade proporcionar aos estudantes
oportunidades que permitam desenvolver de forma harmoniosa as competências
adquiridas à luz da estrutura curricular do 1º e 2º ciclo do ensino secundário, destacando-
se a importância da competência metalinguística e textual para a formulação do
raciocínio lógico, recorrendo ao discurso argumentativo na sua expressão oral e
escrita.
Deste modo, desdobrando-se em metodologias interdisciplinares o ensino da Língua
Portuguesa, Técnicas de Comunicação e Expressão e Comunicação Escrita consiste
em aprofundar os conteúdos cognitivos respeitantes ao texto argumentativo através dos
quais se pode cultivar o pensamento crítico e desenvolver competências no plano
linguístico e textual.
Com efeito, a interdisciplinaridade manifesta-se claramente no carácter transversal
das disciplinas acima citadas cujo peso formativo, tal como é reconhecido nos planos de
estudos dos cursos, permite reiterar a sua função instrumental no processo de aquisição
de conhecimentos e compreensão do mundo.
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TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO – Prof. Adelino J. Mavinga
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TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO – Prof. Adelino J. Mavinga
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1. O USO DA LÍNGUA
A área da Linguística que tem por objecto o estudo do uso da língua, dos actos e
dos contextos em que ocorrem os eventos linguísticos chama-se Pragmática. A
Pragmática é a interdisciplina linguística que visa captar a discrepância 1 entre o
significado de um enunciado e o significado visado por um falante numa dada enunciação.
Ela ocupa-se no estudo dos significados (sentidos) não exclusivamente determinados pela
semântica da frase, mas dedutíveis de condições determinadas pelo contexto
extralinguístico que pode ser: discursivo, situacional, entre outros. Do grego
«pragmatikê», acção, prática é a disciplina filosófica e linguística que estuda a linguagem
na sua função comunicativa, em situação contextualizada, através dos chamados ACTOS
DE FALA, expressão de J. Austin e J.R. Searle, que abrangem três tipos: os Actos
Locutórios, que têm uma função informativa; os Actos Ilocutórios, que têm uma função
orientadora (advertência, súplica, pergunta, conselho, ordem…); os Actos Perlocutórios,
que aludem aos efeitos provocados pelo enunciado (aceitação, recusa, dúvida,
perplexidade, inquietação, entre outros.
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O sentido de discrepância aqui é o de diferença, disparidade em relação aos termos em causa.
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F= SN+SV
SN= D+N
SV= SN+V
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Quanto a proposição ela aqui é tida como o conjunto de frases (declarativa) que
veiculam uma ideia ou pensamento proposto para uma base argumentativa ou não.
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4ª MÁXIMA DE MODO/MANEIRA
- Seja claro.
- Evite exprimir-se de maneira obscura.
- Evite ser ambíguo.
- Seja breve (evite a prolixidade inútil).
- Fale de maneira ordenada.
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A partir das afirmações acima, conclui-se que a violação de uma máxima é (e não
pode deixar de ser) dependente do contexto, podendo, inclusive, ser necessária, como
pretendemos demonstrar neste manual.
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Interlocutores são os indivíduos que intervêm de forma cooperativa num acto comunicativo.
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- Acho que o senhor seria mais feliz em uma empresa maior... ou menor. No
exemplo [3], o entrevistador não segue a máxima da qualidade, já que ele não está
dizendo o que realmente pensa, ou mesmo a máxima de modo, já que está sendo ambíguo
e contraditório. No entanto, o entrevistador viola essas máximas não para enganar ou
mentir para o candidato, mas apenas para dar seu parecer negativo de maneira mais
branda. Ele implica sua resposta – o não-dito – através de sua suposta opinião – o dito. O
princípio cooperativo não é violado, apenas as máximas, uma vez que o candidato, por
reconhecer a função do entrevistador de seleccionar e descartar candidatos, infere a
implicatura de que fora descartado.
Quando o locutor parece não seguir as máximas conversacionais, mas ainda assim
espera que o interlocutor infira o sentido implícito, dizemos que ele está cometendo uma
Violação das Máximas Conversacionais. Ao violar uma máxima, o locutor presume que
o interlocutor compreende que suas palavras não devem ser consideradas literalmente e
que ele é capaz de inferir a intenção implícita.
Um falante pode violar a máxima da qualidade de diversas formas. Uma delas é,
como vimos no exemplo [3], dizendo algo que obviamente não é o que realmente pensa.
Outra forma é através de exageros como os encontrados em hipérboles e metáforas, de
eufemismos, ironias e de brincadeiras amistosas.
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3.3. AS IMPLICATURAS
Em sua Teoria das Implicaturas, Grice (1975) afirma que o elemento central da
comunicação é o reconhecimento, por parte do ouvinte, da intenção que o falante possui
de induzir com seu proferimento. Esse é o ponto de partida para que se faça sentido do
que é dito. Os participantes da conversa, a princípio, cooperam um com o outro. Esse
senso de cooperação é o que leva o interlocutor a crer que o locutor não está tentando
enganá-lo em suas proposições. Quando o que é dito não é suficiente para que se extraia
sentido da fala do locutor, o interlocutor acredita que há algo mais implicado e tenta
chegar a essa informação por conta própria para compreender o que o locutor está
querendo transmitir. Esse algo a mais a ser entendido pelo interlocutor são as
implicaturas. Existem dois tipos de implicaturas.
São elas as Implicaturas Convencionais e as Implicaturas Conversacionais.
As Implicaturas Convencionais são aquelas que estão presas ao significado
convencional das palavras, ou seja, ao significado literal das palavras. Para este conceito
cabe o exemplo a seguir:
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Nessa conversa, Alice parte do princípio que Bruno está cooperando com o
diálogo e não desconhece a máxima da quantidade. Ainda assim, ele não mencionou o
queijo. Se ele tivesse trazido o queijo, ele o mencionaria também, não violando, assim, a
máxima da quantidade. Resulta daí que Bruno intenciona que Alice infira que o que não
foi mencionado, não foi trazido. Dessa forma, Bruno transmitiu mais do que o dito através
de uma implicatura conversacional.
A teoria dos actos de fala surgiu no interior da Filosofia da Linguagem, sendo seus
pioneiros o inglês John Langshaw Austin (1911-1960), e John Searle, dentre outros. Esses
autores entendiam a linguagem como forma de acção, passando então a reflectir sobre os
vários tipos de acções humanas que se realizam através da fala. Segundo Silva (2007), os
linguístas e filósofos pensavam que as afirmações serviam apenas para descrever um
estado de coisas, mas Austin mostrou que além de serem definidas como verdadeiras ou
falsas, as afirmações servem para realizar acções. Pinto (2001, p. 57) salienta que a Teoria
dos Actos de Fala (...) concebe a linguagem como uma actividade construída pelos
interlocutores, ou seja, é impossível discutir linguagem sem considerar o acto de
linguagem, o acto de estar falando entre si – a linguagem não é assim descrição do mundo,
mas acção.
A “Teoria dos Actos de Fala” definida por Austin (1990) e por Searle (1981)
afirma que uma mensagem verbal é raramente uma mera transmissão literal e directa de
informação. Pinto (2001, p. 48) salienta que [...] fenómenos linguísticos não são
puramente convencionais, mas sim compostos também por elementos criativos,
inovadores, que se alteram e interagem durante o processo de uso da linguagem.
Desse modo, a compreensão de um acto de fala não literal exige ao mesmo tempo
o processamento do que é explicitamente dito e a capacidade de ir além deste significado
literal para perceber a intenção do interlocutor no contexto dado. Em outras palavras,
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quem escuta deve ser capaz de, simultaneamente, compreender o significado literal e não
literal da mensagem, o que o interlocutor diz e o que pretende dizer.
Aos critérios que precisam ser satisfeitos para que um enunciado performativo
seja bem-sucedido, Austin denominou "condições de felicidade”. As principais são:
1. falante deve ter autoridade para executar o acto (como no exemplo do parágrafo
anterior);
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Apesar disso, Austin não abandona, logo de início, a idéia de encontrar um critério
gramatical para definir os enunciados performativos, mas parece que acaba encontrando
mais problemas do que soluções. Um deles é a constatação de que pode haver enunciados
performativos sem nenhuma palavra relacionada ao acto que executam. É o caso, por
exemplo, de enunciados como Curva perigosa e Virei amanhã, que podem equivaler,
respectivamente, a Eu te advirto que a curva é perigosa e Eu prometo que virei amanhã.
É o caso também dos imperativos, como Feche a porta, cuja performatividade pode ser
explicitada em Eu ordeno que você feche a porta.
Há, porém, uma diferença entre esses dois tipos de performativo: Eu ordeno que
você saia é uma frase que tem uma indicação muito precisa do ato que realiza: trata-se de
uma ordem e nada mais. Já Saia é vago ou ambíguo: pode ser uma ordem, um pedido, um
conselho etc.
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dizer, etc. Por exemplo – [Eu afirmo que] A mosca caiu na sopa; [Eu digo que]vai chover;
[Eu afirmo que]A terra é redonda, etc.
Ao concluir que todos os enunciados são performativos (porque, no momento em
que são enunciados, realizam algum tipo de acção), Austin retoma o problema em novas
bases, e identifica três actos simultâneos que se realizam em cada enunciado: o
locucionário, o ilocucionário e o perlocucionário.
Na Teoria dos Actos de Fala, Austin estabelece características entre três tipos de
actos: o locutório, ilocutório e perlocutório. O acto locutório ou locucionário, segundo
Austin (1990, p.85), consiste em proferir certos ruídos, certas palavras em determinada
construção com um sentido e uma referência determinados. Ou seja, o acto locutório
consiste basicamente em usar a língua, no nosso caso, a língua portuguesa. [...]
distinguimos um conjunto de coisas que fazemos ao dizer algo, que sintetizamos dizendo
que realizamos um acto locucionário, o que equivale, a grosso modo, a proferir
determinada sentença com determinado sentido e referência, o que, por sua vez, equivale,
a grosso modo, a significado no sentido tradicional do termo. (AUSTIN 1990, p. 95).
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o ouvinte tem em relação ao que foi dito pelo falante consiste no acto perlocutório. Veja
os exemplos abaixo:
4. Situação: Um professor dando aula para sua turma em uma escola em que as
aulas começam às 8hr.
O professor, irritado, diz para o aluno que chegou às 10hr: - São 10 horas!
O aluno segue em direcção a sua carteira, senta e fica em silêncio.
Neste exemplo observa-se que o aluno, apesar de não dizer nada, reage ao que foi
dito pelo professor. Portanto trata-se de um acto perlocutório, é a reacção que o ouvinte
teve em relação ao que foi dito pelo falante.
A reacção do ouvinte pode ser verbal ou não, como vemos no exemplo abaixo:
Neste exemplo vê-se que o falante faz uma pergunta e o ouvinte responde tanto
verbalmente, quando diz “Claro que quero!”, quanto não-verbalmente, quando apenas dá
um sorriso. Em ambas as reacções (verbal e não-verbal) o ouvinte aceita/concorda com o
pedido que foi feito pelo locutor.
A reacção do ouvinte também pode não ser a esperada pelo falante, mas de
qualquer forma, a acção é realizada. Observemos:
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facial, do tom de voz, do olhar, etc., do falante. No caso dos proferimentos escritos
podemos tentar enriquecer a expressão desses aspectos através de recursos gráficos como,
por exemplo, quando colocamos todas as letras do texto em maiúsculo ou várias
interrogações ao final da frase, mas nada é tão significativo quanto um tom de voz
alterado ou um olhar de desconfiança ou leve sorriso ao falar, assim como tantos outros
gestos que não podem ser transmitidos através da escrita.
Considere o exemplo:
7. John Grogan, Marley & Eu:
Marley se contorcia de emoção. O objecto estranho e brilhante em torno do seu
pescoço tinha tomado sua atenção.
- Um... Dois... Três!...
- Controle seu cachorro! – a srª. Dominatrix gritava.
Nesse exemplo percebe-se que as reticências indicam que o falante deu uma pausa
na fala, ou seja, através de um proferimento escrito constata-se a pausa entre uma fala e
outra, mas logo em seguida pode-se observar que para saber que a srª. Dominatrix dava a
ordem gritando é necessário que se leia “a srª. Dominatrix gritava”, o que, obviamente,
não seria necessário se fosse um proferimento falado.
Podemos dizer então, a respeito dos Actos de Fala, que ao proferirmos alguma
sentença (acto locutório), estamos realizando alguma acção e a acção produzida por essa
sentença (acto ilocutório) produz, na pessoa com quem se está conversando, um
determinado efeito, uma reacção, verbal ou não-verbal (acto perlocutório), mesmo que
essa não seja o que o falante estava querendo obter.
Outro aspecto que fez parte dos estudos de Austin, mas proposto por Searle foi o
facto de este classificar os actos de fala, distinguindo-os nas seguintes cinco classes:
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O sentido de proposição remete à Linguística e, é tido como o significado de uma frase declarativa.
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Que horas são? (acto de perguntar); Saia daqui (acto de ordenar); Por favor,
traga-me um copo de água (acto de pedir);
Exemplos:
2. “Pode fechar a porta?” (pedido com aparência de pergunta) Quem enuncia esta
frase não está a perguntar sobre a incapacidade física de alguém fechar a porta, mas sim
a pedir que feche a porta.
Nestes casos, Searle (1982) denomina de "secundários" os actos de perguntar, constatar,
etc. e de "primário" o acto de pedir.
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A esta actividade, pela qual o participante passivo indica ao activo que está atento
e que o canal da comunicação está aberto, chama-se actividade fática e às expressões
usadas marcadores fáticos ou partículas fáticas.
Exemplo:
“As chamadas teorias de Einstein não passam de delírios de uma mente poluída
por besteiras democráticas e liberais, coisa totalmente inaceitável para homens de ciência
alemães.”
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um lado, e o responsável pelo dano causado, o réu, de outro lado. Dependendo da natureza
da acção que sustenta o debate, ambas as partes podem ser representadas por um
procurador e por um advogado.
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6. TIPOLOGIA TEXTUAL
TIPOS DE COMPOSIÇÃO
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FUNÇÃO / CONECTORES
Sintetizar / Concluir: logo; pois; assim; por isso; por conseguinte; portanto;
enfim; em conclusão; concluindo; em suma.
Explicar / Exemplificar: pois; porque; porquanto; por causa de; uma vez que;
especificamente; nomeadamente; isto é; ou seja; quer dizer; por exemplo; em particular;
como se pode ver; é o caso de; é o que se passa com.
Inferir: assim; consequentemente; daí; então; logo; pois; deste modo; portanto;
em consequência; por conseguinte; por esta razão; por isso.
Fim: para; para que; com o intuito de; a fim de; com o objectivo de.
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Hipótese / Condição: se; a menos que; supondo que; admitindo que; salvo se;
excepto.
Opinar: a meu ver; estou em crer que; em nosso entender; parece-me que.
ORGANIZADORES DO DISCURSO
São assim designadas algumas expressões que, mais do que conectar ideias,
concorrem para a organização dos planos textuais.
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Bianchi, Aida e Felgueiras, Anabela, O Essencial do 12º Ano, Português B, Ed. Asa,2004.
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BIBLIOGRAFIA
AUSTIN, J.L. Quando dizer é fazer: Palavras e ação. Porto Alegre: Artes
Médicas,
1962.
BROWN, P. & LEVINSON, S. Politeness. Cambridge: Cambridge University
Press, 1987.
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