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Aula 04

Auditoria p/ ISS Cuiabá


Professor: Claudenir Brito
Auditoria p/ISS-Cuiabá
Teoria e exercícios comentados
Prof Claudenir Brito Aula 04

AULA 03: Avaliação das distorções Identificadas.


Execução dos trabalhos de auditoria. Fraudes e a
Responsabilidade do Auditor.

SUMÁRIO PÁGINA
1. Execução dos trabalhos de auditoria 2
2. Avaliação das distorções Identificadas 4
3. Fraudes e a Responsabilidade do Auditor 10
Lista das questões comentadas durante a aula 29
Referências bibliográficas 39

Observação importante: este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos
termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos
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Olá, pessoal.

Nossa aula de hoje está bastante tranquila pois, além de serem poucos
temas, não costumam ser cobrados com regularidade nas provas de
concursos.

As questões de prova sobre esses assuntos não costumam ser complexas.


A prioridade das bancas tem sido a diferenciação entre fraudes e erros e a
responsabilidade do auditor nesse sentido.

Dúvidas, perguntem no fórum do curso. Se forem sobre outros temas


voltados aos concursos, que não sejam específicas do nosso conteúdo,
podem ainda me enviar uma mensagem:

(61) 8104-2123

Uma boa aula para todos nós.

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1. Execução dos trabalhos de auditoria

De modo geral, a etapa de execução consiste na obtenção de


evidências apropriadas e suficientes para respaldar as conclusões
da auditoria.

Ou seja, nessa fase, a equipe de auditoria vai colocar em prática aquilo


que foi planejado, aplicando as técnicas e procedimentos necessários
para que se obtenham evidências, em quantidade e qualidade, que
possam sustentar as conclusões.

As principais atividades realizadas durante a execução são:

a) desenvolvimento dos trabalhos de campo;


b) análise dos dados coletados;
c) elaboração da conclusão.

Essas atividades, em geral, não são realizadas de forma isolada, sendo


difícil delimitar exatamente quando começa uma e termina outra. A
coleta e a análise de dados não são atividades estanques, sendo os
dados coletados, interpretados e analisados simultaneamente.

Dependendo da metodologia adotada no projeto de auditoria, pode


haver variação significativa na organização dos trabalhos de campo e na
estratégia de análise dos dados.

O trabalho de campo consiste na coleta de dados e informações


definidos no planejamento de auditoria. O tipo de dados a coletar e as
fontes desses dados dependerão da estratégia metodológica e dos
critérios estabelecidos.

Os dados coletados devem ser precisos, completos e comparáveis.


Entretanto, essa coleta, embora essencial, muitas vezes é considerada
uma tarefa mecânica e a parte menos interessante da auditoria. De
qualquer modo, a qualidade na coleta, análise e documentação dos
dados é fundamental para garantir bons resultados.

Normalmente, a coleta de dados é feita in loco e a equipe aplica os


instrumentos desenvolvidos e testados na fase de planejamento. Os
métodos de coleta de dados mais usados são entrevista,
questionário e observação direta.

Quando o objetivo da auditoria inclui a generalização da conclusão


para o universo pesquisado, as soluções mais comumente adotadas são
tratamento estatístico e estudo de caso. Se o estudo de caso é
representativo, é possível generalizar os resultados, ou seja, os achados
identificados em um caso podem ser aplicados a outros casos.

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É importante que o auditor obtenha as melhores informações possíveis –
tanto fatos quanto opiniões, argumentos e reflexões – de diferentes
fontes e com o apoio de especialistas.

O auditor deve buscar as evidências necessárias para orientar sua


conclusão e ter cuidado para não se desviar do foco do trabalho nem
coletar grande quantidade de informações que, muitas vezes, são
desnecessárias e irrelevantes.

Para o sucesso dos trabalhos de campo, é necessária a realização de


diversas atividades operacionais e administrativas. Assim, antes da
execução da auditoria, a equipe deve, por exemplo:

a) agendar visitas de estudo;


b) providenciar ofícios de apresentação;
c) reservar passagens e hotéis;
d) informar telefones de contato ao supervisor;
e) preparar material necessário (cópias de questionários, roteiros de
entrevistas, etc.).

Os esclarecimentos que se fizerem necessários devem ser colhidos


ainda em campo, para evitar mal entendidos e eventuais novas
solicitações de informações, com o consequente desperdício de esforços
e sensação de desorganização da equipe por parte da empresa auditada.

A equipe de auditoria deverá, sempre que possível, se apresentar aos


responsáveis pelas áreas que serão fiscalizadas, esclarecendo o objetivo,
os critérios e o escopo da fiscalização.

A requisição de documentos e informações, durante os trabalhos de


campo, deve fixar prazo para seu atendimento, estabelecido, sempre
que possível e desde que não comprometa o prazo de execução, em
comum acordo com o fiscalizado. A mencionada requisição será
formalizada por meio de ofício de requisição, datado e numerado
sequencialmente.

O ofício de requisição deve ser entregue mediante atestado de


recebimento na segunda via, a qual se constituirá em documentação
de auditoria.

Os documentos fornecidos pela empresa devem identificar quem os


elaborou ou forneceu e a fonte da informação, além de estarem
legíveis, datados e assinados. A equipe de auditoria deverá identificar

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os documentos recebidos, correlacionando-os ao item do ofício de
requisição a que se referem.

Os esclarecimentos acerca dos indícios devem ser colhidos por escrito


ao longo da fase de execução, por intermédio de ofícios de requisição,
evitando-se mal entendidos e minimizando o recolhimento de
informações posteriores.

Bom pessoal, em linhas gerais, esses comentários nos dão uma ideia de
como funciona, na prática, a execução dos trabalhos de auditoria.

2. Avaliação das Distorções Identificadas

Antes de entrarmos no tema propriamente dito, vamos a algumas


definições importantes.

Afirmações são declarações da administração, explícitas ou não,


incorporadas às demonstrações contábeis, utilizadas pelo auditor para
considerar os diferentes tipos de distorções que possam vir a ocorrer.

Risco de negócio é o risco que resulta de condições, eventos,


circunstâncias, ações ou falta de ações significativas que possam afetar
adversamente a capacidade da entidade de alcançar seus objetivos e
executar suas estratégias, ou do estabelecimento de objetivos ou
estratégias inadequadas.

Controle interno é o processo planejado, implementado e mantido


pelos responsáveis da governança, administração e outros funcionários
para fornecer segurança razoável quanto à realização dos objetivos da
entidade no que se refere à confiabilidade dos relatórios financeiros,
efetividade e eficiência das operações e conformidade com leis e
regulamentos aplicáveis. O termo “controles” refere-se a quaisquer
aspectos de um ou mais dos componentes do controle interno.

Procedimentos de avaliação de riscos são os procedimentos de


auditoria aplicados para a obtenção do entendimento da entidade e do
seu ambiente, incluindo o controle interno da entidade, para a
identificação e avaliação dos riscos de distorção relevantes,
independentemente se causada por fraude ou por erro, nas
demonstrações contábeis e nas afirmações.

Risco significativo risco de distorção relevante identificado e avaliado


que, no julgamento do auditor, requer consideração especial na auditoria.

A cobrança deste tema nas provas de concursos é recente, por isso não
dispomos de muitas questões. Vamos aos pontos principais do tema.

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2.1 Procedimentos de avaliação de risco

O auditor deve aplicar procedimentos de avaliação de riscos para


fornecer uma base para a identificação e avaliação de riscos de
distorção relevante nas demonstrações contábeis e nas afirmações.

Os procedimentos de avaliação de riscos por si só, porém, não fornecem


evidências de auditoria apropriada e suficiente para suportar a opinião
da auditoria. Esses procedimentos incluem:

a) indagações à administração e a outros na entidade que, no


julgamento do auditor, possam ter informações com
probabilidade de auxiliar na identificação de riscos de distorção
relevante devido à fraude ou erro

Muitas das informações obtidas pelas indagações do auditor são obtidas


junto à administração e aos responsáveis pelas demonstrações
contábeis. Contudo, o auditor também pode obter informações, ou uma
perspectiva diferente na identificação de riscos de distorção relevante,
por meio de indagações junto a outros dentro da entidade e a outros
funcionários com graus diferentes de autoridade.

Exemplificando: as indagações dirigidas aos responsáveis pela


governança podem ajudar o auditor a entender o ambiente em que as
demonstrações contábeis são elaboradas.

b) procedimentos analíticos

Procedimentos analíticos realizados como procedimentos de avaliação


de risco podem identificar aspectos da entidade que o auditor não tinha
conhecimento e pode auxiliar na avaliação de risco de erros relevantes
para fornecer uma base para planejar e implementar respostas para
esses riscos.

Esses procedimentos podem incluir informações financeiras ou não


financeiras, por exemplo, a relação entre vendas e área total do espaço
de vendas ou volume dos produtos vendidos.

c) observação e inspeção

A observação e a inspeção podem apoiar as indagações junto à


administração e outros, e podem também fornecer informações sobre a
entidade e o seu ambiente.

Exemplos de tais procedimentos de auditoria incluem a observação e


inspeção do seguinte: operações da entidade; documentos, registros e
manuais de controles internos; relatórios elaborados pela administração

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e pelos responsáveis da governança; e dependências e instalações
industriais da entidade.

2.2 Identificação e avaliação dos riscos de distorção relevante

O objetivo do auditor é identificar e avaliar os riscos de distorção


relevante independentemente se causada por fraude ou erro, nos níveis
de demonstração contábil e afirmações, por meio do entendimento da
entidade e do seu ambiente, inclusive do controle interno da entidade,
proporcionando assim uma base para o planejamento e a
implementação das respostas aos riscos identificados de distorção
relevante.

O auditor deve identificar e avaliar os riscos de distorção relevante:

(a) no nível das demonstrações contábeis

Os riscos de distorção relevante no nível das demonstrações contábeis


referem-se a riscos que se relacionam de forma generalizada às
demonstrações contábeis como um todo e que afetam potencialmente
muitas afirmações.

Riscos dessa natureza não são necessariamente riscos que possam ser
atribuídos a afirmações específicas na classe de transações, saldo de
contas ou nível de divulgação. Ao contrário, representam circunstâncias
que podem aumentar os riscos de distorção relevante no nível da
afirmação, por exemplo, em decorrência dos controles serem burlados
pela administração.

Os riscos no nível das demonstrações contábeis podem ser


especialmente relevantes para as considerações do auditor sobre os
riscos de distorção relevante decorrente de fraude.

Riscos no nível das demonstrações contábeis podem derivar


especificamente de um ambiente de controle deficiente (embora esses
riscos também possam relacionar-se a outros fatores, como condições
econômicas em deterioração).

Por exemplo, deficiências como a falta de competência da administração


podem ter efeito mais disseminado sobre as demonstrações contábeis e
podem exigir uma resposta mais abrangente do auditor.

(b) no nível de afirmação para classes de transações, saldos de


conta e divulgações, para fornecer uma base para a concepção e
a execução de procedimentos adicionais de auditoria

Os riscos de distorção relevante no nível da afirmação para classes de


transações, saldos de contas e divulgações precisam ser considerados

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porque tal consideração auxilia diretamente na determinação da
natureza, época e extensão de procedimentos adicionais de auditoria no
nível da afirmação, necessários para a obtenção de evidências de
auditoria apropriadas e suficientes.

Ao identificar e avaliar riscos de distorção relevante no nível da


afirmação, o auditor pode concluir que os riscos identificados
relacionam-se de forma generalizada às demonstrações contábeis como
um todo e afetam potencialmente muitas afirmações.

Ao declarar que as demonstrações contábeis estão em conformidade


com a estrutura de relatório financeiro aplicável, a administração faz
afirmações implícitas ou explicitamente no que se refere ao
reconhecimento, mensuração, apresentação e divulgação dos vários
elementos das demonstrações contábeis e divulgações relacionadas.

As afirmações usadas pelo auditor para considerar os diferentes tipos


de distorções potenciais que possam ocorrer enquadram-se nas três
categorias seguintes e podem assumir as seguintes formas:

(a) Afirmações sobre classes de transações e eventos para o


período sob auditoria

Ocorrência
Transações e eventos que foram registrados ocorreram e são da
entidade.

Integridade
Todas as transações e eventos que deviam ser registrados foram
registrados,

Exatidão
Valores e outros dados relacionados a transações e eventos registrados
foram registrados adequadamente

Corte
As transações e eventos foram registrados no período contábil correto.

Classificação
As transações e eventos foram registrados nas contas corretas.

(b) Afirmações sobre saldos de contas no fim do período

Existência
Ativos, passivos e elementos do patrimônio líquido existem.

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Direitos e obrigações
A entidade detém ou controla os direitos sobre ativos e os passivos são
as obrigações da entidade

Integridade
Todos os ativos, passivos e patrimônio líquido que deviam ser registrados
foram registrados.

Valorização e alocação
Ativos, passivos e patrimônio líquido estão incluídos nas demonstrações
contábeis nos valores apropriados e quaisquer ajustes resultantes de
valorização e alocação estão adequadamente registrados.

(c) Afirmações sobre a apresentação e divulgação

Ocorrência e direitos e obrigações


Eventos divulgados, transações e outros assuntos ocorreram e são da
entidade.

Integridade
Todas as divulgações que deviam ser incluídas nas demonstrações
contábeis foram incluídas,

Classificação e compreensibilidade
As informações contábeis são adequadamente apresentadas e descritas e
as divulgações são claramente expressadas.

Exatidão e valorização
Informações contábeis e outras informações são divulgadas
adequadamente e com os valores apropriados.

Como parte da avaliação de risco o auditor deve determinar se qualquer


um dos riscos identificados é, no seu julgamento, um risco significativo.

Ao exercer esse julgamento, o auditor deve excluir os efeitos dos


controles identificados relacionados ao risco.

Se o auditor determinou que existe risco significativo, o auditor deve


obter entendimento dos controles da entidade, inclusive das atividades
de controle, relevantes para esse risco.

No que diz respeito a alguns riscos, o auditor pode julgar que não é
possível ou praticável obter evidências de auditoria suficientes e
apropriadas apenas a partir de procedimentos substantivos.

Tais riscos podem relacionar-se com registro impreciso ou incompleto de


classes de transações rotineiras e significativas ou saldos de contas,

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cujas características frequentemente permitem processamento
altamente automatizado, com pouca ou nenhuma intervenção manual.

Em tais casos, os controles da entidade sobre esses riscos são


relevantes para a auditoria e o auditor deve obter entendimento deles.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1. (FGV/ISS-Recife/2014) Os procedimentos de avaliação de
risco, que procuram obter evidência de auditoria a respeito do
desenho e da implementação dos controles relevantes, podem
incluir as ações relacionadas nos itens a seguir:
I - indagações junto ao pessoal da entidade.
II - observação da aplicação de controles específicos.
III - inspeção de documentos e relatórios.
IV - acompanhamento das transações por meio de sistema de
informação relevante para as demonstrações contábeis.
Assinale:
a) se todos os itens estiverem corretos.
b) se somente os itens I, II e III estiverem corretos.
c) se somente os itens II, III e IV estiverem corretos.
d) se somente os itens I e IV estiverem corretos.
e) se somente os itens II e IV estiverem corretos.
Comentários:
Segundo a NBC TA 315, procedimentos de avaliação de risco para
obter evidência de auditoria a respeito do desenho e implementação dos
controles relevantes podem incluir:
 indagações junto ao pessoal da entidade;
 observação da aplicação de controles específicos;
 inspeção de documentos e relatórios;
 acompanhamento das transações por meio de sistema de
informação relevante para as demonstrações contábeis.
Gabarito: A

2. (ESAF/CGU/2012) Para lidar com riscos avaliados de


distorção relevante decorrente de fraude, o auditor independente
pode lançar mão dos seguintes procedimentos de auditoria,
exceto:
a) Visitar locais ou executar certos testes de surpresa, sem anúncio
prévio.
b) Rever o nível e a adequação dos relatórios de gastos apresentados
pela alta administração.
c) Executar procedimentos em contas ou outras conciliações elaboradas
pela entidade.
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d) Testar a integridade de registros e operações processados em sistema
computadorizado.
e) Buscar evidências de auditoria adicionais em fontes fora da entidade
sendo auditada.
Comentários:
Questão literal da ESAF, retirada do apêndice 2 da NBC TA 240.
Segundo essa norma, as respostas específicas à avaliação do auditor dos
riscos de distorção relevante decorrente de fraude variam dependendo
dos tipos ou combinações de fatores de risco de fraude ou condições
identificadas, e as classes de operações, saldos contábeis, divulgações e
afirmações que eles possam afetar.
Como exemplos específicos das respostas temos, dentre outros:
 Visitar locais ou executar certos testes de surpresa, sem
anúncio prévio. Por exemplo, observar o estoque em locais
onde a presença do auditor não foi previamente anunciada,
efetuar contagem de caixa em data não anunciada, sem
anúncio prévio.
 Buscar evidências de auditoria adicionais em fontes fora da
entidade sendo auditada.
 Testar a integridade de registros e operações processados em
sistema computadorizado.
 Executar procedimentos em contas ou outras conciliações
elaboradas pela entidade, considerando inclusive conciliações
realizadas em períodos intermediários.
Rever o nível e a adequação dos relatórios de gastos apresentados
pela alta administração é um exemplo de resposta específica à avaliação
do auditor do risco de distorções relevantes decorrentes de apropriação
indevida de ativos, segundo a norma mencionada.
Gabarito: B

3. Fraudes, erro e a responsabilidade do auditor

Em regra, as normas de auditoria costumam referir-se a erro e fraude,


cuja distinção fundamental se baseia no caráter involuntário ou não
de um e de outro.

Entende-se por erro, ato não voluntário, não intencional, resultante de


omissão, desconhecimento, imperícia, imprudência, desatenção ou má
interpretação de fatos na elaboração de documentos, registros ou
demonstrações. Existe apenas culpa, pois não há intenção de causar
dano.

O termo fraude, por sua vez, refere-se a ato voluntário, intencional,


resultante de omissão ou manipulação de transações, adulteração de
documentos, informações, registros e demonstrações. Existe dolo, pois
há intenção de causar algum tipo de dano.

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A fraude pode ser caracterizada, por exemplo, pelas seguintes práticas:


a) manipulação, falsificação ou alteração, em todo ou em parte, de
documentos, registros e transações;
b) supressão ou omissão de documentos, registros e transações;
c) acréscimo de documentos, registros e transações sem comprovação;
d) aplicação de práticas indevidas.

A NBC TA 240 é a norma que trata, atualmente, da responsabilidade do


auditor em relação a fraude, no contexto da auditoria de demonstrações
contábeis.

Segundo a norma, as distorções nas demonstrações contábeis podem


originar-se de fraude ou erro. O fator distintivo entre fraude e erro,
como vimos, está no fato de ser intencional ou não intencional a ação
subjacente que resulta em distorção.

Dois tipos de distorções intencionais (fraudes) são pertinentes para o


auditor – distorções decorrentes de informações contábeis
fraudulentas e da apropriação indébita de ativos.

Atenção: a principal responsabilidade pela prevenção e detecção da


fraude é dos responsáveis pela governança da entidade e da sua
administração.

É importante que a administração, com a supervisão geral dos


responsáveis pela governança, enfatize a prevenção da fraude, o que
pode reduzir as oportunidades de sua ocorrência, e a dissuasão da fraude,
o que pode persuadir os indivíduos a não perpetrar fraude por causa da
probabilidade de detecção e punição.

Isso envolve um compromisso de criar uma cultura de honestidade e


comportamento ético, que pode ser reforçado por supervisão ativa dos
responsáveis pela governança.

O auditor, por sua vez, é responsável por obter segurança razoável de


que as demonstrações contábeis, como um todo, não contém
distorções relevantes, causadas por fraude ou erro.

Como descrito na NBC TA 200, o risco de não ser detectada uma


distorção relevante decorrente de fraude é mais alto do que o risco de
não ser detectada uma fraude decorrente de erro. Isso porque a fraude
pode envolver esquemas sofisticados e cuidadosamente organizados,
destinados a ocultá-la.

O conluio pode levar o auditor a acreditar que a evidência é persuasiva,


quando, na verdade, ela é falsa. A capacidade do auditor de detectar uma
fraude depende de fatores como a habilidade do perpetrador, a frequência

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e a extensão da manipulação, o grau de conluio, a dimensão relativa dos
valores individuais manipulados e a posição dos indivíduos envolvidos.

Embora o auditor possa ser capaz de identificar oportunidades potenciais


de perpetração de fraude, é difícil para ele determinar se as distorções em
áreas de julgamento como estimativas contábeis foram causadas por
fraude ou erro.

Na obtenção de segurança razoável, o auditor tem a responsabilidade de


manter atitude de ceticismo profissional durante a auditoria,
considerando o potencial de burlar os controles pela administração.

Os objetivos do auditor são:

(a) identificar e avaliar os riscos de distorção relevante decorrente de


fraude;
(b) obter evidências suficientes e apropriadas sobre os riscos de
distorção relevante decorrente de fraude; e
(c) responder adequadamente face à suspeita de fraudes.

Assim, segundo a NBC TA 240, fraude é o ato intencional de um ou


mais indivíduos da administração, dos responsáveis pela governança,
empregados ou terceiros, que envolva dolo para obtenção de
vantagem injusta ou ilegal.

Os fatores de risco de fraude são classificados com base em três


condições, que geralmente estão presentes quando há fraude:

 incentivo ou pressão para perpetrar fraude;


 oportunidade percebida de cometer fraude;
 capacidade de racionalizar a ação fraudulenta.

Comunicação de fraude aos responsáveis

À administração:
- em caso de detecção de fraudes, mesmo que irrelevantes.

Aos responsáveis pela governança:


- caso haja a participação da administração e/ou de
funcionários-chave da organização nas fraudes.
- em caso de raudes relevantes.

Aos órgãos reguladores e de controle


- Nos casos de exigências legais. Ex.: Fraudes em instituições
financeiras, comunica-se ao Bacen.

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Em relação à comunicação do auditor com os responsáveis pela
governança, cabe ressaltar que pode ser feita verbalmente ou por escrito.
Devido à natureza e sensibilidade da fraude que envolve a alta
administração, ou da fraude que resulta em distorção relevante nas
demonstrações contábeis, o auditor relata tais assuntos tempestivamente
e pode considerar necessário também relatá-los por escrito.

A diferença entre fraude e erro reside na intenção (fraude) ou


não (erro) de realizar o ato considerado irregular.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

3. (FGV/ISS-Cuiabá/2014) Em relação à responsabilidade do


auditor em casos de fraudes, assinale a afirmativa correta.
A) O auditor, para efeitos das normas de auditoria, deve estar
preocupado com a fraude que causa distorção relevante nas
demonstrações contábeis.
B) O auditor é o principal responsável pela prevenção e detecção da
fraude em uma entidade.
C) A detecção de todos os riscos de distorções relevantes nas
demonstrações contábeis é uma das funções da auditoria.
D) O auditor deve manter postura de ceticismo profissional durante a
auditoria, salvo quando há experiência passada em relação à honestidade
e à integridade da administração.
E) O auditor deve determinar respostas individuais para tratar dos riscos
avaliados de distorção relevante decorrente de fraude nas demonstrações
contábeis.
Comentários:
A – Correta.
B – Incorreta. Já vimos que a administração é a principal
responsável pela prevenção e detecção da fraude em uma entidade, e não
o auditor.
C – Incorreta. A detecção de todos os riscos de distorções
relevantes nas demonstrações contábeis, além de extremamente difícil,
não é uma das funções da auditoria.
D – Incorreta. O auditor deve manter postura de ceticismo
profissional durante a auditoria, ainda que exista experiência passada em
relação à honestidade e à integridade da administração.

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E – Incorreta. O auditor deve determinar respostas “globais” (e não
individuais) para tratar dos riscos avaliados de distorção relevante
decorrente de fraude nas demonstrações contábeis.
Gabarito: A

4. (FGV/ISS-Recife/2014) Sobre a produção e detecção de


fraude, analise as afirmativas a seguir.
I. O auditor, que realiza auditoria de acordo com as normas, deve
garantir que as demonstrações contábeis como um todo não
apresentem distorções relevantes, causadas por fraude ou erro.
II. O risco de não ser detectada uma distorção relevante
decorrente de fraude é mais baixo do que o risco de não ser
detectada uma fraude decorrente de erro.
III. A principal responsabilidade pela prevenção e detecção da
fraude é dos responsáveis pela governança da entidade e por sua
administração.
Assinale:
A) se somente a afirmativa II estiver correta.
B) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
C) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
E) se todas as afirmativas estiverem corretas.
Comentários:
I - Correto, no gabarito. Entretanto, a questão foi ANULADA, tendo
em vista que o auditor não pode “garantir” (segurança plena), mas
apenas obter “segurança razoável” que as demonstrações contábeis estão
livres de distorção relevante.
II – Incorreto. O risco de não ser detectada uma distorção relevante
decorrente de fraude é mais ALTO do que o risco de não ser detectada
uma fraude decorrente de erro, já que o componente “intenção” faz com
que a fraude seja dissimulada.
III – Correto. NBC TA 240.
Gabarito: Anulada (X)

EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES

5. (FCC/TCE-CE/2015) Nos termos da NBC TA 240, o ato


intencional que envolve dolo para obtenção de vantagem ilegal é
denominado
A) erro.
B) fraude.

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C) fator de risco.
D) risco de auditoria.
E) evento de risco.
Comentários:
Vejam como essa questão é bastante simples: por tratar de ato é
intencional, a alternativa correta se refere à fraude.
O termo fraude se refere a ato voluntário, intencional, resultante
de omissão ou manipulação de transações, adulteração de documentos,
informações, registros e demonstrações (NBC TA 240). Existe dolo, pois
há intenção de causar algum tipo de dano.
Gabarito: B

6. (FCC/TCE-CE/2015) No exame das contas bancárias − Bancos


Conta Movimento do Balanço Patrimonial da Empresa de
Distribuição de Gás e Gasolina para os hospitais estaduais, o
auditor independente constatou que o encarregado da tesouraria
da entidade desviou R$ 90.000,00 para conta bancária própria.
Para justificar-se, foi apresentada ao auditor a quitação de uma
duplicata referente a uma compra fictícia. Segundo às Normas de
Auditoria − NBC TAs, o ato praticado pelo encarregado da
tesouraria caracteriza:
A) uma evidência de auditoria que produz distorções irrelevantes nas
demonstrações contábeis da entidade.
B) uma fraude, cuja responsabilidade pela prevenção e detecção é do
auditor independente.
C) um roubo, cuja responsabilidade pela prevenção e detecção é do
controle interno da entidade.
D) uma fraude, cuja responsabilidade pela prevenção e detecção é dos
responsáveis pela governança da entidade e da sua administração.
E) um desvio de ativo, cuja responsabilidade pela prevenção e detecção é
do conselho fiscal da entidade.
Comentários:
O termo fraude se refere a ato voluntário, intencional, resultante
de omissão ou manipulação de transações, adulteração de documentos,
informações, registros e demonstrações (NBC TA 240).
A NBC TA 240 estabelece, ainda, que a principal responsabilidade
pela prevenção e detecção da fraude é dos responsáveis pela governança
da entidade e da administração.
Gabarito: D

7. (FCC/ICMS-PI/2015) A contabilidade criativa efetuada com o


propósito de maquiar as demonstrações contábeis, seja para
aumentar ou diminuir valores relacionados com os índices
econômico-financeiros, com o valor da empresa, com a
distribuição de lucros e pagamento de tributos sobre a renda,
constitui, conforme norma vigente,
A) reclassificação financeira.
B) inteligência Competitiva.
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C) erro involuntário.
D) erro tolerável.
E) fraude contábil.
Comentários:
Segundo a NBC TA 240, Fraude é o ato intencional de um ou mais
indivíduos da administração, dos responsáveis pela governança,
empregados ou terceiros, que envolva dolo para obtenção de vantagem
injusta ou ilegal.
Assim, podemos concluir que a contabilidade criativa efetuada com
o propósito de maquiar as demonstrações contábeis é uma fraude
contábil.
Gabarito: E

8. (FUNDATEC/CAGE-RS/2014) De acordo com a NBC TA 240 –


Responsabilidade do Auditor em Relação à Fraude no Contexto
da Auditoria de Demonstrações Contábeis, marque a assertiva
correta.
a) O auditor nunca deve levar em consideração as respostas às
indagações junto à administração ou aos responsáveis pela governança.
b) O auditor não precisa manter postura de ceticismo profissional
durante a auditoria quando não tiver dúvida quanto à honestidade e
integridade da administração.
c) Visando manter a independência, o auditor não deve fazer indagações
aos auditores internos da entidade sobre o risco de fraude nas
demonstrações contábeis.
d) O auditor deve aceitar os registros e os documentos como legítimos,
desde que não existam razões para crer o contrário.
e) O elemento de imprevisibilidade incorporado na seleção da natureza,
época e extensão dos procedimentos de auditoria, não é considerado
uma resposta global aos riscos avaliados de distorção relevante
decorrente de fraude.
Comentários:
Vamos aos erros:
A – O auditor pode levar em consideração as respostas às suas
indagações.
B – O auditor precisa sempre manter o ceticismo profissional.
C – A indagação ao auditor interno não afeta sua independência.
E – Por fim, tal elemento deve ser considerado.
Gabarito: D

9. (FUNDATEC/CAGE-RS/2014) De acordo com a NBC TA 240 –


Responsabilidade do Auditor em Relação à Fraude no Contexto
da Auditoria de Demonstrações Contábeis, considere as
assertivas abaixo:
I - Auditor independente.
II - Auditor interno.
III – Administração.
IV - Responsáveis pela governança.
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V - Conselho Fiscal.
De quem é a responsabilidade primária na prevenção e detecção
de fraude?
a) Apenas I.
b) Apenas V.
c) Apenas II e III.
d) Apenas III e IV.
e) Apenas III, IV e V.
Comentários:
A NBC TA 240 é bem clara nesse aspecto. A principal
responsabilidade pela prevenção e detecção da fraude é dos
responsáveis pela governança da entidade e da sua administração.
Gabarito: D

10. (FCC/TRT-19/2014) O auditor verificou que houve ato


intencional de omissão de informação por parte de funcionários
da entidade auditada. Essa situação obrigou-o a assessorar a
administração, informando-a, por escrito e de maneira
reservada, uma vez que, nos termos da Resolução CFC
986/2003, trata-se de:
a) fraude.
b) erro.
c) inconsistência.
d) desvio.
e) adulteração.
Comentários:
Segundo a NBC TI 01, aprovada pela Resolução supracitada pela
questão, o termo “fraude” aplica-se a ato intencional de omissão e/ou
manipulação de transações e operações, adulteração de documentos,
registros, relatórios, informações e demonstrações contábeis, tanto em
termos físicos quanto monetários.
Gabarito: A

11. (FCC/TCE-RS/2014) Um auditor interno obteve confirmação


de irregularidades detectadas quando da realização do seu
trabalho. Por consequência, ele informou o fato à administração
da entidade. A ação do auditor interno teve por objetivo a
prevenção de:
a) conclusões irrelevantes;
b) riscos de auditoria;
c) fraudes e erros;
d) informações insuficientes e inadequadas;
e) eventos não relacionados ao escopo da auditoria.
Comentários:
Segundo a NBC TI 01, a Auditoria Interna deve assessorar a
administração da entidade no trabalho de prevenção de fraudes e
erros, obrigando-se a informá-la, sempre por escrito, de maneira

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reservada, sobre quaisquer indícios ou confirmações de irregularidades
detectadas no decorrer de seu trabalho.
Gabarito: C

12. (FCC/TCE-GO/2014) O auditor independente, durante a


execução dos trabalhos de auditoria nas Demonstrações
Contábeis do exercício de 2014 da empresa Abacaxi Doce S/A,
constatou que o valor de duas notas fiscais referentes à venda à
vista, após o recebimento em dinheiro do valor da venda, foram
adulterados, possibilitando ao tesoureiro da empresa desviar R$
10.000,00 para sua conta bancária. Em consequência, as duas
notas fiscais foram contabilizadas por um valor a menor do que o
recebido. Com relação à adulteração de documentos com o
objetivo de desvio de recursos financeiros pelo chefe da
tesouraria, de acordo com as normas de auditoria (NBC TA 240),
caracteriza:
A) sonegação fiscal.
B) omissão de lucro.
C) erro grave.
D) irregularidade nos registros contábeis.
E) fraude.
Comentários:
Segundo a NBC TA 240, fraude é o ato intencional de um ou mais
indivíduos da administração, dos responsáveis pela governança,
empregados ou terceiros, que envolva dolo para obtenção de vantagem
injusta ou ilegal.
Assim, a adulteração de documentos com o objetivo de desvio de
recursos financeiros pelo chefe da tesouraria se caracterizada como
fraude, por ser intencional.
Gabarito: E

13. (FCC/TCE-GO/2014) Na auditoria realizada na empresa


Distribuidora de Tomates do Centro-Oeste S/A, o Auditor
independente constatou:
I. adulteração, pelo tesoureiro da empresa, no valor e no registro
contábil de notas fiscais, com o objetivo de obter vantagens
financeiras.
II. aplicação incorreta de normas contábeis no que se refere ao
cálculo de depreciação.
III. horas extras pagas indevidamente a funcionários já
demitidos. Posteriormente, o valor recebido indevidamente era
dividido com o chefe da folha de pagamento.
Com relação as constatações apontadas pelo Auditor, é correto
afirmar que houve, respectivamente:
A) fraude, erro e erro.
B) fraude, inconsistência contábil e erro.
C) fraude, erro e fraude.
D) fraude, inconsistência contábil e erro.
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E) erro, inconsistência contábil e erro.
Comentários:
I – adulteração é ato intencional: fraude.
II - má interpretação de normas contábeis não é intencional: erro.
III - desvio de despesa com funcionários é intencional: fraude.
Observem que a diferença entre fraude e erro, como já vimos, está
relacionada à intenção ou não de se realizar o ato dito irregular.
Assim, a sequência correta é fraude, erro, fraude.
Gabarito: C

14. (FCC/SEFAZ-PE/2014) Um cliente pagou uma duplicata da


Companhia Distribuidora de Novelas de Pernambuco, no total de
R$ 88.500,00, sendo que R$ 3.500,00 referiam-se a juros e
multas por atraso. A auditoria interna constatou que, por
desconhecimento das normas contábeis, por parte do
responsável pelos registros contábeis, os encargos referentes ao
atraso não foram contabilizados como receitas. Com relação às
normas de auditoria interna, este fato caracteriza:
A) fraude.
B) apropriação de ativos.
C) erro.
D) omissão de receita.
E) redução de lucros.
Comentários:
A questão trata de Auditoria Interna, disciplinada pela NBC TI 01,
do CFC. A expressão chave para a correta solução da questão é o
“desconhecimento das normas contábeis, por parte do responsável pelos
registros contábeis”, que nos remete a erro, que se aplica a “ato não-
intencional de omissão, desatenção, desconhecimento ou má
interpretação de fatos na elaboração de registros, informações e
demonstrações contábeis, bem como de transações e operações da
entidade, tanto em termos físicos quanto monetários”. (NBC TI 01 –
Auditoria Interna)
Gabarito: C

15. (FCC/ICMS-RJ/2014) O gerente financeiro da rede de loja


Mais Clara do Brasil S. A., com o objetivo de pagar menos ICMS,
adulterou o valor e o registro de duas notas fiscais de vendas. De
acordo com a NBC TI − Auditoria Interna, o ato praticado pelo
gerente configura:
a) fraude.
b) omissão de receita.
c) omissão de imposto.
d) elisão fiscal.
e) erro intencional.
Comentários:
Segundo a NBC TI 01, o termo fraude aplica-se a ato intencional
de omissão e/ou manipulação de transações e operações, adulteração de
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documentos, registros, relatórios, informações e demonstrações
contábeis, tanto em termos físicos quanto monetários.
Dessa forma, como foi um ato intencional do gerente, o gabarito é
a letra A.
Gabarito: A

16. (CESPE/FUB-DF/2013) De acordo com as Normas Brasileiras


para o Exercício da Auditoria Interna e com a Resolução CFC n.º
986/2003, julgue os itens que se seguem. A diferença
estabelecida entre o erro e a fraude decorre da relevância do ato
em termos do impacto que pode provocar como resultado de
omissão que afete registros e relatórios tanto em termos físicos
como monetários.
Comentários:
A diferença entre erro e fraude está relacionada à intenção, e não
ao impacto.
Gabarito: E

17. (FCC/TRT-15/2013) São formas de burla pela Administração,


de controles que aparentemente estão funcionando com eficácia:
I - Registrar lançamentos fictícios no livro diário, em especial no
final do período contábil, de forma a modificar os resultados
operacionais ou alcançar outros objetivos.
II - Ajustar indevidamente as premissas e alterar os julgamentos
utilizados para estimar saldos contábeis.
III - Omitir, antecipar ou atrasar o reconhecimento, nas
demonstrações contábeis, de eventos e operações que tenham
ocorrido durante o período das demonstrações contábeis que
estão sendo apresentadas.
IV - Contratar operações complexas, que são estruturadas para
refletir erroneamente a situação patrimonial ou o desempenho
da entidade.
Está correto o que se afirma em:
a) I, II e III, apenas.
b) II, III e IV, apenas.
c) I, II, III e IV.
d) III e IV, apenas.
e) I, III e IV, apenas.
Comentários:
Podemos perceber que todas as ações tomadas pela Administração
foram intencionais e caracterizam fraude por parte desses
administradores.
Gabarito: C

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18. (FGV/ACI-RJ/2011) De acordo com o CFC, assinale a
alternativa correta.
a) O risco de não ser detectada uma distorção relevante decorrente de
fraude é mais alto do que o risco de não ser detectada uma fraude
decorrente de erro.
b) A capacidade do auditor de detectar uma fraude independe de fatores
como a extensão da manipulação e a dimensão relativa dos valores
individuais manipulados e a posição dos indivíduos envolvidos.
c) A responsabilidade primeira para evitar o cometimento de fraudes em
entidades que são auditadas recai sobre o auditor.
d) A fraude, seja na forma de informações contábeis fraudulentas ou de
apropriação indevida de ativos, envolve o incentivo ou a pressão para
que ela seja cometida, mas não necessariamente uma oportunidade
percebida para tal ou alguma racionalidade (ou seja, dar razoabilidade a
algo falso) do ato.
e) São exemplos específicos de respostas à avaliação do auditor dos
riscos de distorção relevante, no contexto de erros e fraudes em
demonstrações contábeis, visitar locais ou executar certos testes com
anúncio prévio ou solicitar que os estoques sejam contados no
encerramento dos trabalhos de auditoria.
Comentários:
Vamos aos erros:
B – A capacidade de detectar fraude DEPENDE dos fatores
elencados na alternativa. Quanto maior for a fraude, mais fácil de ser
detectada.
C – A responsabilidade primária na prevenção e detecção de
fraude é da ADMINISTRAÇÃO E DOS RESPONSÁVEIS PELA
GOVERNANÇA.
D - Uma oportunidade percebida ou alguma racionalidade do ato
da fraude também são fatores que influenciam no cometimento dessa
irregularidade.
E – Para a alternativa ficar correta basta substituir “com anúncio
prévio” por “sem anúncio prévio”.
Gabarito: A

19. (FGV/ICMS-RJ/2011) Consoante o Conselho Federal de


Contabilidade (CFC), assinale a alternativa correta.
a) O objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas
demonstrações contábeis por parte dos usuários. Isso é alcançado
mediante a expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as
demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos
relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro
aplicável.
b) A auditoria de demonstrações contábeis pode ser exercida por
técnicos de contabilidade (sem graduação na área), desde que tenham
mais de 5 anos de experiência, devidamente comprovada.
c) Se, porventura, o auditor julga-se incompetente para realizar um
serviço de auditoria de demonstrações contábeis, pode ele recomendar

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um auditor capacitado. Nesse caso, ao cobrar alguma remuneração pela
indicação, não estará infringindo nenhuma norma, desde que o
profissional indicado seja capaz e esteja regular perante o conselho
regional de contabilidade.
d) Ao descobrir um erro ou fraude, o parecer do auditor deverá,
necessariamente, conter, pelo menos, uma ressalva (parecer com
ressalva).
e) Ao descobrir um erro ou fraude, o parecer do auditor deverá,
necessariamente, ser emitido na modalidade “adverso”.
Comentários:
Segundo a Resolução CFC n. 560/83, a atividade de auditoria
independente é privativa de contador. Dessa forma, um contabilista
(técnico em contabilidade) não pode assinar um parecer (relatório) de
auditoria independente, nem mesmo depois de 5 anos de experiência.
Portanto, a letra “b” está incorreta.
A opção “c” vai de encontro à Resolução CFC nº 803/96, que
aprovou o Código de Ética Profissional do Contador, e por isso também
está errada.
Segundo a NBC TA 705, o auditor deve expressar uma opinião
com ressalva quando:
a) ele, tendo obtido evidência de auditoria apropriada e
suficiente, conclui que as distorções, individualmente ou em
conjunto, são relevantes, mas não generalizadas nas
demonstrações contábeis; ou
b) ele não consegue obter evidência apropriada e suficiente
de auditoria para suportar sua opinião, mas ele conclui que
os possíveis efeitos de distorções não detectadas, se
houver, sobre as demonstrações contábeis poderiam ser
relevantes, mas não generalizados. Dessa forma, não
sendo relevante, ao descobrir um erro ou fraude o auditor
não precisa ressalvar sua opinião nem emitir uma opinião
adversa, fazendo com que as letras “d” e “e” estejam
incorretas.
Por fim, a letra “a” apresenta de forma adequada um dos objetivos
da auditoria independente, sendo essa a resposta correta.
Gabarito: A

20. (FCC/TCE-SE/2011) Segundo a NBC TA 240, que trata da


responsabilidade do auditor em relação à fraude, no contexto da
auditoria de demonstrações contábeis:
a) o fator distintivo entre fraude e erro está no fato de que a ação
subjacente que resulta em distorção nas demonstrações contábeis é não
intencional no primeiro caso e intencional no segundo;
b) o auditor independente é responsável por estabelecer juridicamente se
realmente ocorreu fraude;
c) a principal responsabilidade pela prevenção e detecção da fraude é dos
responsáveis pela governança da entidade e da sua administração;
d) o planejamento adequado da auditoria independente elimina qualquer

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risco de que algumas distorções relevantes das demonstrações contábeis
possam não ser detectadas;
e) o risco de o auditor não detectar uma distorção relevante decorrente
de fraude da administração é menor do que no caso de fraude cometida
por empregados, já que estes últimos têm maiores possibilidades de
manipular os dados contábeis da entidade.
Comentários:
Segundo o item 4 da NBC TA 240 “a principal responsabilidade pela
prevenção e detecção da fraude é dos responsáveis pela governança da
entidade e da sua administração”. Assim, a alternativa correta é a letra C.
A letra A trocou a intencionalidade do erro e da fraude. Conforme já
vimos, o erro é não intencional, e a fraude, intencional.
A alternativa B está errada, pois, segundo o item 3 da supracitada
norma, apesar de o auditor poder suspeitar ou, em raros casos, identificar
a ocorrência de fraude, ele não estabelece juridicamente se realmente
ocorreu fraude.
A letra D também está incorreta, porque, devido às limitações
inerentes à auditoria, há um risco inevitável de que algumas distorções
relevantes das demonstrações contábeis possam não ser detectadas,
apesar de a auditoria ser devidamente planejada e realizada de acordo
com as normas de auditoria.
Por fim, a alternativa E está errada porque o risco de não ser
detectada uma distorção relevante decorrente de fraude é mais ALTO do
que o risco de não ser detectada uma fraude decorrente de erro. Isso
porque a fraude pode envolver esquemas sofisticados e cuidadosamente
organizados, destinados a ocultá-la, tais como falsificação, omissão
deliberada no registro de operações ou prestação intencional de falsas
representações ao auditor.
Gabarito: C

21. (UFSC/UFSC-Auditor/2011) Quanto à responsabilidade do


auditor relacionada com fraudes nas demonstrações da entidade,
é CORRETO afirmar que:
A) o auditor que realiza auditoria de acordo com as Normas de Auditoria é
responsável por obter segurança razoável de que as demonstrações
contábeis, como um todo, não contêm distorções relevantes, causadas
por fraude ou erro. Independentemente das limitações inerentes da
auditoria, há um risco evitável e consequentemente mensurável de que
algumas distorções relevantes das demonstrações contábeis podem não
ser detectadas.
B) o auditor que realiza auditoria de acordo com as Normas de Auditoria é
responsável por obter segurança razoável de que as demonstrações
contábeis, como um todo, não contêm distorções relevantes, causadas
por fraude ou erro. Devido às limitações inerentes da auditoria, há um
risco inevitável de que algumas distorções relevantes das demonstrações
contábeis podem não ser detectadas, apesar de a auditoria ser
devidamente planejada e realizada de acordo com as normas de
auditoria.

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C) o auditor que realiza auditoria de acordo com as Normas de Auditoria é
responsável por obter segurança razoável de que as demonstrações
contábeis, como um todo, não contêm distorções relevantes, causadas
por fraude ou erro. Independentemente das limitações inerentes da
auditoria, há um risco evitável de que algumas distorções relevantes das
demonstrações contábeis podem ser detectadas, mesmo que a auditoria
seja devidamente planejada e realizada de acordo com as normas de
auditoria vigentes.
D) o auditor que realiza auditoria de acordo com as Normas de Auditoria
pode ser o responsável por obter segurança razoável de que as
demonstrações contábeis, como um todo, não contêm distorções
relevantes, causadas por fraude ou erro. Devido às limitações inerentes
da auditoria, há um risco mensurável e evitável de que algumas
distorções relevantes das demonstrações contábeis podem não ser
detectadas.
E) o auditor que realiza auditoria de acordo com as Normas de Auditoria é
o principal responsável por obter segurança apropriada de que as
demonstrações contábeis, como um todo, não contêm distorções
relevantes, causadas por fraude ou erro. Devido às limitações inerentes
da auditoria, há um risco evitável e mensurável de que algumas
distorções relevantes das demonstrações contábeis podem não ser
detectadas, apesar de a auditoria ser devidamente planejada.
Comentários:
Questão bastante extensa, o que obrigou o candidato a ler com
calma, atento aos detalhes, para que não ficasse perdendo tempo ao ter
que repetir a leitura diversas vezes.
Como vimos, o auditor é responsável por obter segurança razoável
de que as demonstrações contábeis, como um todo, não contém
distorções relevantes, causadas por fraude ou erro, o que eliminaria as
alternativa D e E. Ocorre que os trabalhos de auditoria se revestem de
diversas limitações, dentre as quais citamos, na aula, a possibilidade de
conluio entre funcionários.
Como estamos tratando de segurança razoável – e não absoluta –,
há um risco inevitável de que algumas distorções relevantes possam não
ser detectadas, apesar de a auditoria ser devidamente planejada e
realizada de acordo com as normas de auditoria.
Gabarito: B

22. (FGV/ICMS-RJ/2010) Analise as afirmativas a seguir:


I - A prevenção e detecção da fraude é de responsabilidade da
governança da entidade e da sua administração.
II - Apesar de o auditor poder suspeitar ou, em raros casos,
identificar a ocorrência de fraude, ele pode estabelecer
juridicamente se realmente ocorreu fraude.
III - O auditor que realiza auditoria de acordo com as normas é
responsável por obter segurança razoável de que as
demonstrações contábeis, como um todo, não contêm distorções
relevantes, causadas por fraude ou erro.

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Assinale:
a) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
d) se somente a afirmativa III estiver correta.
e) se somente a afirmativa II estiver correta.
Comentários:
O item I é exatamente o que afirma a NBC TA 240. “A principal
responsabilidade pela prevenção e detecção da fraude é dos
responsáveis pela governança da entidade e da sua administração”.
A mesma norma estabelece que, embora a fraude constitua um
conceito jurídico amplo, para efeitos das normas de auditoria, o auditor
está preocupado com a fraude que causa distorção relevante nas
demonstrações contábeis. Apesar de o auditor poder suspeitar ou, em
raros casos, identificar a ocorrência de fraude, ele não estabelece
juridicamente se realmente ocorreu fraude. Dessa forma, o item II está
errado.
Por fim, o item III está correto, pois foi retirado de maneira literal
do item 5 da norma supramencionada.
Gabarito: A

23. (ESAF/TCU/2006) O auditor interno ao realizar o processo de


avaliação das rotinas a seguir, constata que:
I - uma nota fiscal de compras de material de escritório, que o
analista contábil havia guardado em sua gaveta para posterior
registro, não foi lançada;
II - em virtude de problemas no setor de faturamento da
empresa, o gerente de logística, que tinha urgência em realizar a
entrega da mercadoria a um cliente especial, utilizou uma nota
fiscal de um outro cliente que já havia recebido a mercadoria
com a mesma especificação e quantidade para atender essa
urgência;
III - o gerente de tecnologia da informação, por solicitação do
departamento de contabilidade, ajustou o sistema de estoques
para que, todas as vezes em que o saldo de mercadorias no
sistema estiver abaixo da quantidade vendida, sejam baixados
somente os itens existentes no sistema.
Com base nas considerações anteriores e de acordo com as
definições convencionadas de fraude e erro, podemos afirmar
que houve, respectivamente:
a) I. Fraude; II. Fraude; III. Fraude
b) I. Erro; II. Erro; III. Fraude
c) I. Erro; II. Erro; III. Erro
d) I. Fraude; II. Fraude; III. Erro
e) I. Erro; II. Fraude; III. Fraude
Comentários:
Questão simples relacionada à fraude e erro.

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O item I apresenta um ato não intencional do analista contábil. Um
descuido. Dessa forma, trata-se de erro, conforme já vimos em questões
anteriores.
O item II demonstra claramente um ato intencional do gerente de
logística que vai de encontro ao que determina as normas contábeis.
Portanto, fraude.
Por fim, o item III apresenta uma situação em que o gerente de
tecnologia da informação fraudou o sistema (ato intencional) de
estoques, possibilitando que este acoberte eventual desvio de
mercadorias.
Gabarito: E

24. (ESAF/SEFAZ-CE/2006) Ao confrontar-se com as situações a


seguir expostas, o auditor as classificaria como uma situação:
I - Um funcionário da Contabilidade, com três períodos de férias
não gozados, constantes da folha de pagamentos e da provisão
de férias reconhecendo os valores a serem recebidos.
II - Contrato vigente de prestação de serviços de manutenção em
ar condicionado. A empresa nunca possuiu este tipo de
equipamento instalado em suas unidades.
III - O diretor financeiro da empresa comercial Betal S.A. possui
um prédio fora de operação e resolve alugá-lo por 5 anos,
recebendo o aluguel a vista, mas com cláusula de devolução
parcial, caso seja rescindido o contrato. O diretor financeiro
juntamente com o contador determinam que seja contabilizado
em Resultado de Exercícios Futuros.
a) normal, fraude e erro.
b) fraude, normal e normal.
c) erro, normal e erro.
d) fraude, fraude e normal.
e) normal, fraude e fraude.
Comentários:
Esta questão, embora aborde fraude e erro, também cobrou
conhecimento do candidato sobre se a situação mencionada é ou não
uma inconformidade.
O item I está correto, pois a situação real do funcionário está
refletida na contabilidade (há provisão). Ressalta-se que aqui não
estamos entrando no mérito trabalhista, se seria ou não irregular um
funcionário possuir três períodos de férias não gozados.
O item II representa uma fraude, já que se a empresa nunca
teve ar condicionado, não há que se falar em contrato vigente para
prestação se serviços de manutenção desse equipamento. Indica que
esse recurso financeiro está sendo desviado.
Por fim, o item III apresenta um erro provocado pelo
desconhecimento da norma contábil, uma vez que o registro em
Resultado de Exercícios Futuros (conta que não existe mais) é (era)
apenas para os casos de receitas já recebidas pela empresa, deduzidas
dos custos e despesas correspondentes incorridos ou a incorrer, que

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efetivamente serão reconhecidas em períodos futuros por estarem
associadas a algum evento futuro ou à fluência do tempo e sobre as
quais não haja qualquer tipo de obrigação de devolução por parte
da empresa.
Gabarito: A

25. (ESAF/APOFP-SP/2009) Por ser um ato não-intencional na


elaboração de registros e demonstrações contábeis, é correto
afirmar que se trata de um erro:
a) a alteração de documentos visando modificar os registros de ativos,
passivos e resultados.
b) a apropriação indébita de ativos.
c) a supressão ou omissão de transações nos registros contábeis.
d) o registro de transações sem comprovação.
e) a aplicação incorreta das normas contábeis.
Comentários:
Para responder questões relacionadas à fraude e erro devemos ter
em mente as definições das normas.
Segundo a NBC TA 240, Fraude é o ato intencional de um ou
mais indivíduos da administração, dos responsáveis pela governança,
empregados ou terceiros, que envolva dolo para obtenção de vantagem
injusta ou ilegal.
Já o termo “erro” aplica-se a ato não-intencional de omissão,
desatenção, desconhecimento ou má interpretação de fatos na
elaboração de registros, informações e demonstrações contábeis, bem
como de transações e operações da entidade, tanto em termos físicos
quanto monetários. (NBC TI 01)
Dessa forma, a única alternativa que apresenta uma situação que
pode ser interpretada como desconhecimento ou má aplicação das
normas é a letra “e”.
Na alternativa “a” fica claro que houve um objetivo ao se alterar
os documentos, sendo dessa forma um ato intencional, caracterizado
como fraude. A letra “b” também deve ser considerada fraude, pois
houve uma apropriação irregular de ativos. Por fim, as assertivas “c” e
“d” também apresentam características de fraude, pois são atos
intencionais.
Gabarito: E

26. (ESAF/SUSEP/2010) O auditor interno, ao realizar seus


procedimentos e testes de auditoria, quanto à identificação de
fraudes e erros, evidencia três fatos:
I - O departamento fiscal da empresa, com o objetivo de reduzir
o volume de impostos a recolher, cadastrou no sistema de
faturamento, a alíquota do IPI que deveria ser de 11%, com o
percentual de 5%.
II - Ao analisar a folha de pagamentos, evidenciou funcionários
demitidos, constando do cálculo da folha, sendo que a conta a

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ser creditado o pagamento, destes funcionários, pertencia a
outro colaborador do departamento pessoal.
III - O contador da empresa, ao definir a vida útil da máquina
que foi introduzida em linha de produção nova, estabeleceu
alíquota, estimando a produção de um milhão de unidades, nos
próximos 5 anos. O projeto foi revisto e se reestimou para 10
anos.
Assinale a opção correta, levando em consideração os fatos
acima narrados.
a) Fraude, fraude e erro.
b) Erro, erro e erro.
c) Erro, fraude e erro.
d) Fraude, fraude e fraude.
e) Fraude, erro e erro.
Comentários:
Questão simples da ESAF, que para responder o candidato deve
apenas identificar quais dessas situações foram intencionais (fraude) e
quais não foram (erro).
O item I deixa claro que a diminuição da alíquota do IPI, de 11%
para 5%, foi um ato intencional, objetivando pagar menos impostos.
Portanto, fraude.
Já o item II demonstra outra atitude intencional, pois há um
desvio, por parte de um colaborador do departamento pessoal, do
pagamento de funcionários que já nem estão mais na empresa. Mais
uma vez, fraude.
Por fim, no item III é apresentada uma situação em que o
contador da empresa tinha definido um período para depreciação de
uma máquina de acordo com uma produção prevista de unidades de
determinado produto. Entretanto, houve uma revisão no projeto da
empresa e a vida útil da máquina foi reestimada. Dessa forma, não há
ato intencional nem má fé na atitude do contador, devendo essa
situação ser caracterizada como erro.
Gabarito: A

Pessoal, chegamos ao final de nossa Aula 4. Seguem as questões que


comentamos no decorrer da aula.

Abraços e bons estudos.

CLAUDENIR

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QUESTÕES COMENTADAS DURANTE A AULA

1. (FGV/ISS-Recife/2014) Os procedimentos de avaliação de


risco, que procuram obter evidência de auditoria a respeito do
desenho e da implementação dos controles relevantes, podem
incluir as ações relacionadas nos itens a seguir:
I - indagações junto ao pessoal da entidade.
II - observação da aplicação de controles específicos.
III - inspeção de documentos e relatórios.
IV - acompanhamento das transações por meio de sistema de
informação relevante para as demonstrações contábeis.
Assinale:
a) se todos os itens estiverem corretos.
b) se somente os itens I, II e III estiverem corretos.
c) se somente os itens II, III e IV estiverem corretos.
d) se somente os itens I e IV estiverem corretos.
e) se somente os itens II e IV estiverem corretos.

2. (ESAF/CGU/2012) Para lidar com riscos avaliados de


distorção relevante decorrente de fraude, o auditor independente
pode lançar mão dos seguintes procedimentos de auditoria,
exceto:
a) Visitar locais ou executar certos testes de surpresa, sem anúncio
prévio.
b) Rever o nível e a adequação dos relatórios de gastos apresentados
pela alta administração.
c) Executar procedimentos em contas ou outras conciliações elaboradas
pela entidade.
d) Testar a integridade de registros e operações processados em sistema
computadorizado.
e) Buscar evidências de auditoria adicionais em fontes fora da entidade
sendo auditada.

3. (FGV/ISS-Cuiabá/2014) Em relação à responsabilidade do


auditor em casos de fraudes, assinale a afirmativa correta.
A) O auditor, para efeitos das normas de auditoria, deve estar
preocupado com a fraude que causa distorção relevante nas
demonstrações contábeis.
B) O auditor é o principal responsável pela prevenção e detecção da
fraude em uma entidade.
C) A detecção de todos os riscos de distorções relevantes nas
demonstrações contábeis é uma das funções da auditoria.

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D) O auditor deve manter postura de ceticismo profissional durante a
auditoria, salvo quando há experiência passada em relação à honestidade
e à integridade da administração.
E) O auditor deve determinar respostas individuais para tratar dos riscos
avaliados de distorção relevante decorrente de fraude nas demonstrações
contábeis.

4. (FGV/ISS-Recife/2014) Sobre a produção e detecção de


fraude, analise as afirmativas a seguir.
I. O auditor, que realiza auditoria de acordo com as normas, deve
garantir que as demonstrações contábeis como um todo não
apresentem distorções relevantes, causadas por fraude ou erro.
II. O risco de não ser detectada uma distorção relevante
decorrente de fraude é mais baixo do que o risco de não ser
detectada uma fraude decorrente de erro.
III. A principal responsabilidade pela prevenção e detecção da
fraude é dos responsáveis pela governança da entidade e por sua
administração.
Assinale:
A) se somente a afirmativa II estiver correta.
B) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
C) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

5. (FCC/TCE-CE/2015) Nos termos da NBC TA 240, o ato


intencional que envolve dolo para obtenção de vantagem ilegal é
denominado
A) erro.
B) fraude.
C) fator de risco.
D) risco de auditoria.
E) evento de risco.

6. (FCC/TCE-CE/2015) No exame das contas bancárias − Bancos


Conta Movimento do Balanço Patrimonial da Empresa de
Distribuição de Gás e Gasolina para os hospitais estaduais, o
auditor independente constatou que o encarregado da tesouraria
da entidade desviou R$ 90.000,00 para conta bancária própria.
Para justificar-se, foi apresentada ao auditor a quitação de uma
duplicata referente a uma compra fictícia. Segundo às Normas de
Auditoria − NBC TAs, o ato praticado pelo encarregado da
tesouraria caracteriza:
A) uma evidência de auditoria que produz distorções irrelevantes nas
demonstrações contábeis da entidade.
B) uma fraude, cuja responsabilidade pela prevenção e detecção é do
auditor independente.

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C) um roubo, cuja responsabilidade pela prevenção e detecção é do
controle interno da entidade.
D) uma fraude, cuja responsabilidade pela prevenção e detecção é dos
responsáveis pela governança da entidade e da sua administração.
E) um desvio de ativo, cuja responsabilidade pela prevenção e detecção é
do conselho fiscal da entidade.

7. (FCC/ICMS-PI/2015) A contabilidade criativa efetuada com o


propósito de maquiar as demonstrações contábeis, seja para
aumentar ou diminuir valores relacionados com os índices
econômico-financeiros, com o valor da empresa, com a
distribuição de lucros e pagamento de tributos sobre a renda,
constitui, conforme norma vigente,
A) reclassificação financeira.
B) inteligência Competitiva.
C) erro involuntário.
D) erro tolerável.
E) fraude contábil.

8. (FUNDATEC/CAGE-RS/2014) De acordo com a NBC TA 240 –


Responsabilidade do Auditor em Relação à Fraude no Contexto
da Auditoria de Demonstrações Contábeis, marque a assertiva
correta.
a) O auditor nunca deve levar em consideração as respostas às
indagações junto à administração ou aos responsáveis pela governança.
b) O auditor não precisa manter postura de ceticismo profissional
durante a auditoria quando não tiver dúvida quanto à honestidade e
integridade da administração.
c) Visando manter a independência, o auditor não deve fazer indagações
aos auditores internos da entidade sobre o risco de fraude nas
demonstrações contábeis.
d) O auditor deve aceitar os registros e os documentos como legítimos,
desde que não existam razões para crer o contrário.
e) O elemento de imprevisibilidade incorporado na seleção da natureza,
época e extensão dos procedimentos de auditoria, não é considerado
uma resposta global aos riscos avaliados de distorção relevante
decorrente de fraude.

9. (FUNDATEC/CAGE-RS/2014) De acordo com a NBC TA 240 –


Responsabilidade do Auditor em Relação à Fraude no Contexto
da Auditoria de Demonstrações Contábeis, considere as
assertivas abaixo:
I - Auditor independente.
II - Auditor interno.
III – Administração.
IV - Responsáveis pela governança.
V - Conselho Fiscal.

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De quem é a responsabilidade primária na prevenção e detecção
de fraude?
a) Apenas I.
b) Apenas V.
c) Apenas II e III.
d) Apenas III e IV.
e) Apenas III, IV e V.

10. (FCC/TRT-19/2014) O auditor verificou que houve ato


intencional de omissão de informação por parte de funcionários
da entidade auditada. Essa situação obrigou-o a assessorar a
administração, informando-a, por escrito e de maneira
reservada, uma vez que, nos termos da Resolução CFC
986/2003, trata-se de:
a) fraude.
b) erro.
c) inconsistência.
d) desvio.
e) adulteração.

11. (FCC/TCE-RS/2014) Um auditor interno obteve confirmação


de irregularidades detectadas quando da realização do seu
trabalho. Por consequência, ele informou o fato à administração
da entidade. A ação do auditor interno teve por objetivo a
prevenção de:
a) conclusões irrelevantes;
b) riscos de auditoria;
c) fraudes e erros;
d) informações insuficientes e inadequadas;
e) eventos não relacionados ao escopo da auditoria.

12. (FCC/TCE-GO/2014) O auditor independente, durante a


execução dos trabalhos de auditoria nas Demonstrações
Contábeis do exercício de 2014 da empresa Abacaxi Doce S/A,
constatou que o valor de duas notas fiscais referentes à venda à
vista, após o recebimento em dinheiro do valor da venda, foram
adulterados, possibilitando ao tesoureiro da empresa desviar R$
10.000,00 para sua conta bancária. Em consequência, as duas
notas fiscais foram contabilizadas por um valor a menor do que o
recebido. Com relação à adulteração de documentos com o
objetivo de desvio de recursos financeiros pelo chefe da
tesouraria, de acordo com as normas de auditoria (NBC TA 240),
caracteriza:
A) sonegação fiscal.
B) omissão de lucro.
C) erro grave.
D) irregularidade nos registros contábeis.

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E) fraude.

13. (FCC/TCE-GO/2014) Na auditoria realizada na empresa


Distribuidora de Tomates do Centro-Oeste S/A, o Auditor
independente constatou:
I. adulteração, pelo tesoureiro da empresa, no valor e no registro
contábil de notas fiscais, com o objetivo de obter vantagens
financeiras.
II. aplicação incorreta de normas contábeis no que se refere ao
cálculo de depreciação.
III. horas extras pagas indevidamente a funcionários já
demitidos. Posteriormente, o valor recebido indevidamente era
dividido com o chefe da folha de pagamento.
Com relação as constatações apontadas pelo Auditor, é correto
afirmar que houve, respectivamente:
A) fraude, erro e erro.
B) fraude, inconsistência contábil e erro.
C) fraude, erro e fraude.
D) fraude, inconsistência contábil e erro.
E) erro, inconsistência contábil e erro.

14. (FCC/SEFAZ-PE/2014) Um cliente pagou uma duplicata da


Companhia Distribuidora de Novelas de Pernambuco, no total de
R$ 88.500,00, sendo que R$ 3.500,00 referiam-se a juros e
multas por atraso. A auditoria interna constatou que, por
desconhecimento das normas contábeis, por parte do
responsável pelos registros contábeis, os encargos referentes ao
atraso não foram contabilizados como receitas. Com relação às
normas de auditoria interna, este fato caracteriza:
A) fraude.
B) apropriação de ativos.
C) erro.
D) omissão de receita.
E) redução de lucros.

15. (FCC/ICMS-RJ/2014) O gerente financeiro da rede de loja


Mais Clara do Brasil S. A., com o objetivo de pagar menos ICMS,
adulterou o valor e o registro de duas notas fiscais de vendas. De
acordo com a NBC TI − Auditoria Interna, o ato praticado pelo
gerente configura:
a) fraude.
b) omissão de receita.
c) omissão de imposto.
d) elisão fiscal.
e) erro intencional.

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16. (CESPE/FUB-DF/2013) De acordo com as Normas Brasileiras
para o Exercício da Auditoria Interna e com a Resolução CFC n.º
986/2003, julgue os itens que se seguem. A diferença
estabelecida entre o erro e a fraude decorre da relevância do ato
em termos do impacto que pode provocar como resultado de
omissão que afete registros e relatórios tanto em termos físicos
como monetários.

17. (FCC/TRT-15/2013) São formas de burla pela Administração,


de controles que aparentemente estão funcionando com eficácia:
I - Registrar lançamentos fictícios no livro diário, em especial no
final do período contábil, de forma a modificar os resultados
operacionais ou alcançar outros objetivos.
II - Ajustar indevidamente as premissas e alterar os julgamentos
utilizados para estimar saldos contábeis.
III - Omitir, antecipar ou atrasar o reconhecimento, nas
demonstrações contábeis, de eventos e operações que tenham
ocorrido durante o período das demonstrações contábeis que
estão sendo apresentadas.
IV - Contratar operações complexas, que são estruturadas para
refletir erroneamente a situação patrimonial ou o desempenho
da entidade.
Está correto o que se afirma em:
a) I, II e III, apenas.
b) II, III e IV, apenas.
c) I, II, III e IV.
d) III e IV, apenas.
e) I, III e IV, apenas.

18. (FGV/ACI-RJ/2011) De acordo com o CFC, assinale a


alternativa correta.
a) O risco de não ser detectada uma distorção relevante decorrente de
fraude é mais alto do que o risco de não ser detectada uma fraude
decorrente de erro.
b) A capacidade do auditor de detectar uma fraude independe de fatores
como a extensão da manipulação e a dimensão relativa dos valores
individuais manipulados e a posição dos indivíduos envolvidos.
c) A responsabilidade primeira para evitar o cometimento de fraudes em
entidades que são auditadas recai sobre o auditor.
d) A fraude, seja na forma de informações contábeis fraudulentas ou de
apropriação indevida de ativos, envolve o incentivo ou a pressão para
que ela seja cometida, mas não necessariamente uma oportunidade
percebida para tal ou alguma racionalidade (ou seja, dar razoabilidade a
algo falso) do ato.
e) São exemplos específicos de respostas à avaliação do auditor dos
riscos de distorção relevante, no contexto de erros e fraudes em
demonstrações contábeis, visitar locais ou executar certos testes com

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anúncio prévio ou solicitar que os estoques sejam contados no
encerramento dos trabalhos de auditoria.

19. (FGV/ICMS-RJ/2011) Consoante o Conselho Federal de


Contabilidade (CFC), assinale a alternativa correta.
a) O objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas
demonstrações contábeis por parte dos usuários. Isso é alcançado
mediante a expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as
demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos
relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro
aplicável.
b) A auditoria de demonstrações contábeis pode ser exercida por
técnicos de contabilidade (sem graduação na área), desde que tenham
mais de 5 anos de experiência, devidamente comprovada.
c) Se, porventura, o auditor julga-se incompetente para realizar um
serviço de auditoria de demonstrações contábeis, pode ele recomendar
um auditor capacitado. Nesse caso, ao cobrar alguma remuneração pela
indicação, não estará infringindo nenhuma norma, desde que o
profissional indicado seja capaz e esteja regular perante o conselho
regional de contabilidade.
d) Ao descobrir um erro ou fraude, o parecer do auditor deverá,
necessariamente, conter, pelo menos, uma ressalva (parecer com
ressalva).
e) Ao descobrir um erro ou fraude, o parecer do auditor deverá,
necessariamente, ser emitido na modalidade “adverso”.

20. (FCC/TCE-SE/2011) Segundo a NBC TA 240, que trata da


responsabilidade do auditor em relação à fraude, no contexto da
auditoria de demonstrações contábeis:
a) o fator distintivo entre fraude e erro está no fato de que a ação
subjacente que resulta em distorção nas demonstrações contábeis é não
intencional no primeiro caso e intencional no segundo;
b) o auditor independente é responsável por estabelecer juridicamente se
realmente ocorreu fraude;
c) a principal responsabilidade pela prevenção e detecção da fraude é dos
responsáveis pela governança da entidade e da sua administração;
d) o planejamento adequado da auditoria independente elimina qualquer
risco de que algumas distorções relevantes das demonstrações contábeis
possam não ser detectadas;
e) o risco de o auditor não detectar uma distorção relevante decorrente
de fraude da administração é menor do que no caso de fraude cometida
por empregados, já que estes últimos têm maiores possibilidades de
manipular os dados contábeis da entidade.

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21. (UFSC/UFSC-Auditor/2011) Quanto à responsabilidade do
auditor relacionada com fraudes nas demonstrações da entidade,
é CORRETO afirmar que:
A) o auditor que realiza auditoria de acordo com as Normas de Auditoria é
responsável por obter segurança razoável de que as demonstrações
contábeis, como um todo, não contêm distorções relevantes, causadas
por fraude ou erro. Independentemente das limitações inerentes da
auditoria, há um risco evitável e consequentemente mensurável de que
algumas distorções relevantes das demonstrações contábeis podem não
ser detectadas.
B) o auditor que realiza auditoria de acordo com as Normas de Auditoria é
responsável por obter segurança razoável de que as demonstrações
contábeis, como um todo, não contêm distorções relevantes, causadas
por fraude ou erro. Devido às limitações inerentes da auditoria, há um
risco inevitável de que algumas distorções relevantes das demonstrações
contábeis podem não ser detectadas, apesar de a auditoria ser
devidamente planejada e realizada de acordo com as normas de
auditoria.
C) o auditor que realiza auditoria de acordo com as Normas de Auditoria é
responsável por obter segurança razoável de que as demonstrações
contábeis, como um todo, não contêm distorções relevantes, causadas
por fraude ou erro. Independentemente das limitações inerentes da
auditoria, há um risco evitável de que algumas distorções relevantes das
demonstrações contábeis podem ser detectadas, mesmo que a auditoria
seja devidamente planejada e realizada de acordo com as normas de
auditoria vigentes.
D) o auditor que realiza auditoria de acordo com as Normas de Auditoria
pode ser o responsável por obter segurança razoável de que as
demonstrações contábeis, como um todo, não contêm distorções
relevantes, causadas por fraude ou erro. Devido às limitações inerentes
da auditoria, há um risco mensurável e evitável de que algumas
distorções relevantes das demonstrações contábeis podem não ser
detectadas.
E) o auditor que realiza auditoria de acordo com as Normas de Auditoria é
o principal responsável por obter segurança apropriada de que as
demonstrações contábeis, como um todo, não contêm distorções
relevantes, causadas por fraude ou erro. Devido às limitações inerentes
da auditoria, há um risco evitável e mensurável de que algumas
distorções relevantes das demonstrações contábeis podem não ser
detectadas, apesar de a auditoria ser devidamente planejada.

22. (FGV/ICMS-RJ/2010) Analise as afirmativas a seguir:


I - A prevenção e detecção da fraude é de responsabilidade da
governança da entidade e da sua administração.
II - Apesar de o auditor poder suspeitar ou, em raros casos,
identificar a ocorrência de fraude, ele pode estabelecer
juridicamente se realmente ocorreu fraude.

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III - O auditor que realiza auditoria de acordo com as normas é
responsável por obter segurança razoável de que as
demonstrações contábeis, como um todo, não contêm distorções
relevantes, causadas por fraude ou erro.
Assinale:
a) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
d) se somente a afirmativa III estiver correta.
e) se somente a afirmativa II estiver correta.

23. (ESAF/TCU/2006) O auditor interno ao realizar o processo de


avaliação das rotinas a seguir, constata que:
I - uma nota fiscal de compras de material de escritório, que o
analista contábil havia guardado em sua gaveta para posterior
registro, não foi lançada;
II - em virtude de problemas no setor de faturamento da
empresa, o gerente de logística, que tinha urgência em realizar a
entrega da mercadoria a um cliente especial, utilizou uma nota
fiscal de um outro cliente que já havia recebido a mercadoria
com a mesma especificação e quantidade para atender essa
urgência;
III - o gerente de tecnologia da informação, por solicitação do
departamento de contabilidade, ajustou o sistema de estoques
para que, todas as vezes em que o saldo de mercadorias no
sistema estiver abaixo da quantidade vendida, sejam baixados
somente os itens existentes no sistema.
Com base nas considerações anteriores e de acordo com as
definições convencionadas de fraude e erro, podemos afirmar
que houve, respectivamente:
a) I. Fraude; II. Fraude; III. Fraude
b) I. Erro; II. Erro; III. Fraude
c) I. Erro; II. Erro; III. Erro
d) I. Fraude; II. Fraude; III. Erro
e) I. Erro; II. Fraude; III. Fraude

24. (ESAF/SEFAZ-CE/2006) Ao confrontar-se com as situações a


seguir expostas, o auditor as classificaria como uma situação:
I - Um funcionário da Contabilidade, com três períodos de férias
não gozados, constantes da folha de pagamentos e da provisão
de férias reconhecendo os valores a serem recebidos.
II - Contrato vigente de prestação de serviços de manutenção em
ar condicionado. A empresa nunca possuiu este tipo de
equipamento instalado em suas unidades.
III - O diretor financeiro da empresa comercial Betal S.A. possui
um prédio fora de operação e resolve alugá-lo por 5 anos,
recebendo o aluguel a vista, mas com cláusula de devolução
parcial, caso seja rescindido o contrato. O diretor financeiro
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juntamente com o contador determinam que seja contabilizado
em Resultado de Exercícios Futuros.
a) normal, fraude e erro.
b) fraude, normal e normal.
c) erro, normal e erro.
d) fraude, fraude e normal.
e) normal, fraude e fraude.

25. (ESAF/APOFP-SP/2009) Por ser um ato não-intencional na


elaboração de registros e demonstrações contábeis, é correto
afirmar que se trata de um erro:
a) a alteração de documentos visando modificar os registros de ativos,
passivos e resultados.
b) a apropriação indébita de ativos.
c) a supressão ou omissão de transações nos registros contábeis.
d) o registro de transações sem comprovação.
e) a aplicação incorreta das normas contábeis.

26. (ESAF/SUSEP/2010) O auditor interno, ao realizar seus


procedimentos e testes de auditoria, quanto à identificação de
fraudes e erros, evidencia três fatos:
I - O departamento fiscal da empresa, com o objetivo de reduzir
o volume de impostos a recolher, cadastrou no sistema de
faturamento, a alíquota do IPI que deveria ser de 11%, com o
percentual de 5%.
II - Ao analisar a folha de pagamentos, evidenciou funcionários
demitidos, constando do cálculo da folha, sendo que a conta a
ser creditado o pagamento, destes funcionários, pertencia a
outro colaborador do departamento pessoal.
III - O contador da empresa, ao definir a vida útil da máquina
que foi introduzida em linha de produção nova, estabeleceu
alíquota, estimando a produção de um milhão de unidades, nos
próximos 5 anos. O projeto foi revisto e se reestimou para 10
anos.
Assinale a opção correta, levando em consideração os fatos
acima narrados.
a) Fraude, fraude e erro.
b) Erro, erro e erro.
c) Erro, fraude e erro.
d) Fraude, fraude e fraude.
e) Fraude, erro e erro.

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Gabarito:

1 – A 9–D 17 – C 25 – E
2 – B 10 – A 18 – A 26 – A
3 – A 11 – C 19 – A
4 – X 12 – E 20 – C
5 – B 13 – C 21 – B
6 – D 14 – C 22 – A
7 – E 15 – A 23 – E
8 – D 16 – E 24 – A

Referências utilizadas na elaboração das aulas

ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: um curso moderno e completo.


7. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

ATTIE, William. Auditoria: conceitos e aplicações. 5. ed. São Paulo: Atlas,


2010.

BRITO, Claudenir e FONTENELLE, Rodrigo. Auditoria privada e


governamental: teoria de forma objetiva e mais de 400 questões
comentadas. 2. ed. Niterói: Impetus, 2015.

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. NBC TA 200 – Objetivos Gerais


do Auditor Independente e a Condução da Auditoria em Conformidade
com Normas de Auditoria.

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. NBC TI 01 – Da Auditoria


Interna.

CREPALDI, Sílvio Aparecido. Auditoria contábil: teoria e prática. 6. ed.


São Paulo: Atlas, 2010.

FRANCO, Hilário e MARRA, Ernesto. Auditoria contábil. 4. ed. São Paulo:


Atlas, 2011.

MACHADO, Marcus Vinícius Veras e PETER, Maria da Glória Arrais. Manual


de auditoria governamental. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

S , Antônio Lopes de. Curso de Auditoria. São Paulo: Atlas, 2000.

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