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Índice

1.Introdução...................................................................................................................1
1.1. Objectivos...............................................................................................................1
1.2. Metodologia............................................................................................................1
Segunda Actividade de Campo de didáctica de Geografia II........................................2
Conclusão.......................................................................................................................7
Referencia Bibliográfica................................................................................................8
1.Introdução
Pensar na Didáctica da Geografia é importante para a construção do conhecimento da
história do ensino bem como das acções docentes, buscando-se alternativas para
melhorar a didáctica, a metodologia e a aprendizagem. Dessa forma, o professor deve
pensar em sua relação directa com a aprendizagem e no conhecimento necessário para
fazer com o que aluno apreenda os conteúdos e conceitos importantes no processo
educativo.

A educação básica está em constante movimento. Desde 1996, com a implementação da


LDB, até os dias atuais, os educadores podem notar uma maior velocidade nas
mudanças e a adoçam de novas metodologias mais adequadas ao perfil dos estudantes
do século XXI. Existem muitos factores que influenciam isso, mas nenhum é tão
impacta-te quanto os avanços tecnológicos. A internet, as tecnologias digitais de
informação e comunicação e os smartphones mudaram a forma como consumimos
informação dentro e fora da escola.

1.1. Objectivos
Explicar a importância da didáctica da geografia para o ensino;

Discursar acerca da didáctica da geografia contemporânea;

Falar do impacto da pandemia de covid 19 no processo de ensino


aprendizagem;

Destacar as vantagens e desvantagens da telescola no processo e ensino e


aprendizagem.

1.2. Metodologia
A abordagem metodológica é de natureza qualitativa, sendo desenvolvida através de
pesquisa bibliográfica exploratória (livros didácticos, de metodologia científica,
revistas, jornais, dicionários, entre outros obras já publicadas).

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Segunda Actividade de Campo de didáctica de Geografia II
1-O papel da Didáctica da Geografia é promover acções dos professores que estruturem
e organizem como trabalhar em sala de aula, buscando uma reflexão sobre os conteúdos
e conceitos a serem escolhidos, promovendo seu papel político, social e crítico para
auxiliar na compreensão do espaço com quais Santos (1996), Moreira (2007) e outros
destacam a importância de conhecer e analisar os conceitos que são pertinentes a
discussão da Geografia. Bem como, a coerência destes conceitos para a Geografia
Escolar, que requer uma abordagem, ou melhor, uma metodologia apropriada para que
desenvolva uma aprendizagem significativa.

Sendo assim, o papel actual da Geografia Escolar é fazer com que o aluno compreenda
os fenómenos geográficos especializados em seu quotidiano, permitindo-lhe localizar-se
e perceber tais transformações. A partir desse argumento, pensar o currículo é
reestruturar o saber, para que a escola possa intervir na construção de um conhecimento
em que aluno e professor dialoguem, na concepção de uma disciplina voltada para as
transformações nos lugares com os quais se relacionam os agentes da relação
pedagógica.

Segundo destacam Castellar & Vilhena (2010:9-10), o ensino de Geografia deve


analisar as interacções que a sociedade busca e estuda para controlar e modificar a
natureza, como forma de articular as acções realizadas no espaço entre diferentes
períodos, uma vez que as contextualizações são importantes para fazer o aluno entender
as diversas contradições existentes em cada cultura, estabelecendo uma diferenciação
espacial e a percepção dos lugares. Segundo as autoras,

A educação geográfica contribui para que os alunos reconheçam a acção social e


cultural de diferentes lugares, as interacções entre as sociedades e a dinâmica da
natureza que ocorrem em diferentes momentos históricos. Isso porque a vida em
sociedade é dinâmica, e o espaço geográfico absorve as contradições em relação aos
ritmos estabelecidos pelas inovações no campo da informação e da técnica, o que
implica, de certa maneira, alterações no comportamento e na cultura da população dos
diferentes lugares.

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2-Atualmente, as discussões acerca da Didáctica da Geografia Contemporânea estão
ligadas ao pensar os aportes didáctico-pedagógicos geográficos importantes na
formação do professor e também nas acções didácticas desenvolvidas pelo mesmo no
ambiente escolar.

Ao mesmo tempo podemos destacar primeiramente a importância histórica e actual da


Geografia Escolar bem como da Didáctica. Ao mesmo tempo analisa o seu papel crítico,
político e social que se tornou ao repensar uma “didáctica vivida” como bem aponta
Candau (1982) ao se posicionar sobre a contribuição da didáctica para o processo de
ensino e a acção dos professores.

Pensar na Didáctica da Geografia é importante para a construção do conhecimento da


história do ensino bem como das acções docentes, buscando-se alternativas para
melhorar a didáctica, a metodologia e a aprendizagem. Dessa forma, o professor deve
pensar em sua relação directa com a aprendizagem e no conhecimento necessário para
fazer com o que aluno apreenda os conteúdos e conceitos importantes no processo
educativo.

Sendo assim, Albuquerque (2009); Rocha (2009); Ferraz (1995) e outros destacam a
importância de Delgado de Carvalho para a Geografia e para pensar a Geografia
Escolar, analisando os aspectos do ensino de cartografia, das metodologias de ensino, da
formação do professor e da história da geografia escolar, ao implementar diferentes
formas de ensinar a partir da construção de actividades que mobilizassem a criatividade
do aluno e do papel do docente nesse processo.

Pensar Didáctica da Geografia é saber organizar os saberes geográficos e articulá-los


com os saberes pedagógicos, buscando relacioná-los ainda com o saber do professor, o
saber do aluno e o saber escolar. As acções realizadas promovem essas inter-relações,
para que a perspectiva de ensino e aprendizagem de Geografia seja concretizada.

Outro aspecto necessário é a construção das aulas de articulação das acções didácticas.
Ao pensar a aula, este professor desenvolve uma consciência e uma mediação que
promovem o conhecimento dos alunos por meio de procedimentos pertinentes para
articular os saberes geográficos ao quotidiano do aluno. Para isso, ele, consciente, de
seu papel nesse processo, constrói meios didácticos para que realize uma aprendizagem

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significativa, ou seja, que transponha os conteúdos e os conceitos da disciplina que fará
o aluno compreender por meio dos fenómenos geográficos o seu quotidiano.

3. Segundo a UNESCO lançou a Coalizão Global de Educação, uma plataforma para


auxiliar o direito à educação durante esse período de interrupção educacional súbita, que
reúne mais de 140 membros da ONU, sociedade civil, academia e sector privado para
garantir tal direito. Os membros da Coalizão se unem em torno de três eixos principais:

 Conectividade – A pandemia trouxe a tona dificuldades de conectividade, pois


cerca de 3 bilhões de pessoas não tem acesso a internet em casa, quase metade
da população mundial. Para tanto, actuou na resolução de um novo senso de
urgência, realizando parcerias com implementação de projectos com membros
da Coalizão;

 Professores – Nos países da OCDE, apenas 60% dos professores passaram por
treinamento das Tecnologias de Informação e Educação para ensino e
aprendizagem. Os professores vêm se mobilizando e inovando para facilitar o
ensino a distância e se reinventam para desenvolver conhecimentos, habilidades,
atitudes e valores, para contribuir com o futuro da sociedade, com ou sem o uso
de tecnologias digitais.

 Género - Acredita-se que o fechamento das escolas acentue o trabalho não


remunerado de meninas e mulheres, limitando o tempo de aprendizado em casa.
A ausência de escolas como espaços seguros aumenta o risco de violência,
casamentos prematuros, gravidez indesejada, exploração sexual e abuso
enfrentado por muitas adolescentes. A crise também pode exacerbar o
afastamento dos meninos da educação, principalmente na América Latina e no
Caribe, bem como na Europa e na América do Norte.

A pandemia do Covid-19 reforçou a exclusão de estudantes de famílias menos


favorecidas e grupos específicos como os que vivem em área rural. De acordo com o
Relatório de Monitoramento Global da Educação (de Junho de 2020), cerca de 258
milhões de jovens e crianças não tiveram acesso à educação, e 40% dos países de renda
baixa e média-baixa não apoiaram esses grupos durante o fechamento temporário das
escolas. Apesar do relatório da Unesco constar que 10% das 209 nações avaliadas
possui leis que fortalecem a inclusão plena na educação.

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Com a propagação do vírus, o financiamento para a educação vária com os
investimentos prioritários. A medida que a receita fiscal diminui, fundos emergenciais é
direccionada a custos crescentes de saúde, o que diminui a disponibilidade de
financiamento público para a educação. O fechamento das escolas no período
equivalente a um terço do ano escolar, pode levar a uma queda de 1,5%, em média, no
produto interno bruto (PIB) global para o resto do século.

4- Vantagens da telescola

1. Flexibilidade  – o aluno pode acompanhar as aulas em qualquer local com


acesso à internet.

2. Horários personalizados  – Os estudos podem acontecer fora do horário


escolar, quando o aluno precisa.

3. Menos pressão social  – O ambiente virtual é menos propícia para o surgimento


de problemas como o bullying e o assédio, e os alunos podem aprender com
menos ansiedade sobre o julgamento dos colegas.

4. Ritmo de aprendizado ditado pelo estudante  – o aluno avança de acordo com


seu próprio ritmo, evitando que o desempenho da turma seja influenciado.

5. Menos distracção  – em casa, os estudantes podem focar melhor sem a


interferência de distracções externas presentes no ambiente escolar.

6. Conteúdo personalizado  – as disciplinas podem ser personalizados de acordo


com o estudante, seus objectivos e gostos pessoais.

7. Comunicação multimídia  – com o auxílio da mídia digital, a troca de


informações e o esclarecimento de dúvidas entre aluno e professor acontece em
vários formatos, por texto, áudio, vídeo etc.

Desvantagens da telescola

1. Supervisão dos pais  – Para crianças mais novas, existe a necessidade de


acompanhamento dos pais ou responsáveis, que precisam estar em casa durante
a aula.

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2. Demandas de atenção  – Alguns alunos apresentam dificuldades de
aprendizagem e demandam maior atenção, o que pode ser desafiador por meio
de uma tela. Nesse caso, propostas de intervenção pedagógica podem ser
necessárias.

3. Excesso de telas  – A luz da tela pode causar danos aos olhos, por isso é
importante que as actividades remotas também aconteçam offline.

4. Custo de professor particular  – Especialmente quando há mais de uma


criança em casa, ou quando os pais precisam sair para trabalhar, o ensino a
distância pode demandar a contratação de professores particulares.

5. Sociabilidade prejudicada  – A interacção social que vem com a escola


presencial é reduzida. É importante encontrar outras actividades sociais para os
estudantes, como exportes, arte, música etc.

6. Interacção em comunidade  – Sem encontros presenciais, o senso de


comunidade é abalada, o que impacta na formação social dos estudantes.

7. Acesso à internet  – A inclusão digital é um desafio. Nesse sentido, políticas


públicas que tornem a tecnologia acessível são grandes aliadas da educação.

8. Desafios de mobilidade  – Necessidade de permanecer em um mesmo lugar por


longos períodos durante aulas síncronas.

9. Motivação para assistir às aulas  – Sem supervisão adequada, alunos menos


motivados podem sair da aula online e se envolver em outras actividades, como
assistir a vídeos do youtube, jogar vídeo game, conversar com os amigos. 

10. Espaço e silêncio  – Em casa, os alunos podem não ter um espaço adequado
para estudar, silencioso e calmo para se concentrar nas tarefas.

11. Falta de aprendizagem baseada na prática- A aprendizagem online é


frequentemente baseada na teoria e carece de aprendizagem baseada na prática.

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Conclusão
A preocupação dos teóricos do ensino de Geografia é que o conhecimento geográfico
dos professores permita o acesso, pelos alunos, de uma disciplina que possibilite ler o
mundo e os espaços vividos. Isso perpassa a construção do currículo e da relação
didáctica. Dessa forma, é possível organizar actividades que promoveram novas
aprendizagens para os alunos e o professor, a mediação do conhecimento, o pensar
constante de sua ação pedagógica por uma Educação Geográfica que realmente
proporcione aos alunos a compreensão dos fenómenos geográficos.

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Referencia Bibliográfica
Albuquerque, M. A. M.; Oliveira, A. G. A. (2009). Geografia escolar de
Delgado de Carvalho: uma análise a partir da cartografia. In: 12º Encuentro de
Geógrafos de América Latina, 2009, Montevideo. 12º Encuentro de Geógrafos
de América Latina - Caminando en una América Latina en transformación.
Montevideo : Imprenta Gega, v. 1.
André, M. (2000) Etnografia da prática escolar. Campinas, 5ª edição. SP:
Papirus.
Castellar, S. M. V; Moraes, J. V. (2010). Ensino de Geografia. Porto Alegre:
Thompson.
Ferraz, C. B. O (1995) Discurso geográfico: a obra de Delgado de Carvalho no
contexto da geografia brasileira - 1913 a 1942. Mestrado em Geografia
(Geografia Humana) Universidade de São Paulo, USP, Brasil.
Libânio, J. C. (2007). Didáctica. São Paulo: Cortez.
Lima, M. G. (2001) A didáctica do professor de Geografia: caso da cidade de
São Paulo. Tese de doutorado apresentado no Departamento de Pós-Graduação
em Geografia. São Paulo: FFLCH-USP.
Moreira, R. (2007). Conceitos, categorias e princípios lógicos param o método e
o ensino de geografia. In: Pensar e ser em geografia: ensaios de história,
epistemologia e ontologia do espaço geográfico. São Paulo: Contexto, 105-118
p.
Santos, M. (1996) A natureza do espaço: técnica e tempo razão e emoção. São
Paulo: Hucitec.
Schoumaker, B. M. (1999). Didáctica da Geografia. Porto: ASA II.
Vesentini, J. W. (1992) Para uma geografia crítica na escola. 3a. ed. São Paulo:
Ática.
Connectivity Teachers - UNESCO». globaleducationcoalition.unesco.org.
Consultado em 19 de Julho de 2021.

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