Você está na página 1de 6

Relatório Referente à Prática Experimental: A resistência Elétrica, Lei de Ohm, com

Sensores.

Aureiza Cavalcante Varjão – 2018.1– Física Experimental III – Licenciatura em Física –


Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sertão Pernambucano – Campus
Petrolina.
e-mail: aureiza.cavalcante@aluno.ifsertão-pe.edu.br

Resumo: Este relatório tem como fundamento descrever os procedimentos


experimentais durante a realização de atividades práticas no laboratório de
Física experimental. O experimento que envolve as relações de resistência
elétrica e lei de Ohm com a utilização de sensores, tem o objetivo de que seja
determinada a realização entre a diferença de potencial aplicada aos extremos de
uma resistência, assim como também, determinar a intensidade da corrente que
circula, e identificar uma resistência ôhmica. É esperado que ao final da
realização desta prática experimental seja construída a curva característica da
resistência ôhmica.
palavra chave: experimento, lei de Ohm, laboratório, prática.

nesses materiais diferentes voltagens,


Introdução
Logo, Ohm pôde perceber que nos metais
Em meados do século XVIII, um físico a relação estabelecida entre corrente
alemão George Simon Ohm realizou elétrica e a diferença de potencial eram
diversas experiências, na realização de mantidas constantes. Então, ele foi capaz
uma dessas pôde verificar a existência de de elaborar uma expressão matemática da
resistores dos quais observou que a qual representa essa relação, com isso
variação da corrente elétrica é proporcional
𝑉 = 𝑅 · 𝑖
à variação da diferença de potencial. Desta
forma, durante a realização dos seus
V - Potencial Elétrico
experimentos, foram utilizados vários tipos
de condutores, nos quais eram aplicados R - Resistência
i - Corrente Elétrica Procedimento Experimental

Os resistores são “dispositivos” dos ● Materiais:


quais possuem a função de limitar o Durante a realização do experimento
trânsito da corrente elétrica em um proposto, foi necessária a montagem do
circuito, e também possui a função de equipamento seguindo todas as instruções
transformar a energia elétrica em energia disponibilizadas no guia de montagem
térmica, a partir do efeito Joule. Eles não (1082.056B-2_m).
causam a queda de corrente elétrica em Tabela 1. Lista de materiais utilizados
nenhuma parte do circuito, mas causam
Quantidade Item
uma queda na tensão. Podem ser utilizados
uns associados aos outros resistores, tanto 01 Painel eletroeletrônico
em série como em paralelo. Para que possa
03 Placa isolante com ponte
ser obtida a resistência de dois resistores
elétrica
associados em série, temos que
01 Placa isolante com resistor
𝑅 = 𝑅1 + 𝑅2
100 Ohm

Mas para dois resistores em paralelo, 01 Interruptor liga-desliga


temos
01 Cabo flexível, preto, 1
1 1 1
= + metro
𝑅 𝑅1 𝑅2

01 Cabo elétrico flexível,


Desta maneira, um resistor ideal seria
preto, 0,25 metro
aquele em que a resistência é mantida
constante, independente da tensão e dos 01 Cabo flexível, preto, 0,5
valores da corrente. Porém, é de metro
conhecimento que não existe um resistor
01 Cabo flexível, vermelho, 1
ideal. Em suma, os resistores seguem a lei
metro
de Ohm e em um gráfico linear V versus i,
a resistência é representada pela inclinação 01 Cabo flexível, vermelho,
da reta. 0,5 metro
02 Cabo elétrico flexível, Imagem 1 - Cedida pelos estúdios Cidepe

vermelho, 0,25 metro Digital.

02 Multímetros;

01 Fonte de alimentação
digital, saída ajustável de 0
a 30 VCC / 5 ACC

O experimento realizado tem como


fundamento acompanhar a variação da
Imagem 2 - Fonte: O Autor.
corrente elétrica em função da tensão, com
um resistor de 100 Ω. Desta maneira, Resultados e Discussão

durante a realização deste experimento


O primeiro questionamento feito é
dar-se o objetivo de análise específicas do
acerca do ponto 4.3 do roteiro
funcionamento deste circuito.
experimental, do qual indaga sobre como é
O processo experimental seguiu todas
chamado o tipo de associação existente
as instruções estabelecidas no roteiro
entre a chave liga-desliga, a resistência e o
experimental, porém, houveram alterações
sensor de corrente. Desta maneira, temos
no decorrer da montagem, pois foi
que a associação observada na imagem 1,
substituído os dois sensores por dois
disponibilizada pelo Cidepe, é possível
multímetros. A montagem do equipamento
perceber que trata-se de uma associação
ocorreu de acordo com o circuito (imagem
em série de componentes eletrônicos.
1) e pelo registro do autor (imagem 2) a
seguir. É solicitado no ponto 4.5 que a fonte
CC seja ligada e ajustada a saída para 0,5
VCC, ligar o interruptor e observar a
ferramenta indicador, que no nosso caso,
foi utilizado o multímetro. O valor obtido
para i está representado na tabela 2.

Tabela 2. Valor extraído para o ponto 5.5


i série, com as conexões entre a fonte e o
V
multímetro sendo assim, positivo (fonte)
0,5 VCC 05,5 mA
→ positivo (multímetro) e negativo (fonte)
Em seguida, no ponto 4.6 é solicitada a → negativo (multímetro).
troca da posição dos pinos conectados ao
multímetro, desta forma o valor obtido Diante dos pontos 4.9, 4.10 e 4.11 é

para i está representado na tabela 3. solicitado que seja completada a tabela 1 (


presente no roteiro experimental) o valor
Tabela 3. Valor extraído para o ponto 5.6 para a corrente, representada em Amperes
(A), para a tensão de 5 Volt, com a
V i
representação dos valores da corrente com
0,5 VCC - 05,5 mA
as variações de 0,5 Volt para cada valor da
No ponto 4.7 é perguntado o que corrente obtido. Valores representados na
aconteceria caso o multímetro fosse um Tabela 4.
modelo analógico (com ponteiros) e
estivesse ligado com a polaridade trocada. Tendo conhecimento da tensão e da

Desta maneira, em questão a polaridade corrente, podemos calcular a resistência

trocada, temos essa observação no ponto utilizando a Primeira Lei de Ohm.

4.6, do qual ao trocarmos os pinos o valor


Como isso, a expressão a seguir
em magnitude será o mesmo, mas com
representa a Primeira Lei de Ohm.
lados “opostos”, com isso, ocorrendo da
mesma forma para o multimetro analogico. 𝑉𝑅 = 𝑖 · 𝑅

Desta maneira, no ponto 4.8 é Então para a Resistência, temos que,


questionado a partir das respostas e
𝑉𝑅
observações durante o processo 𝑅 = 𝑖
experimental, “como se deve ligar um
medidor de corrente a um circuito de Tabela 4. Tabela referente ao ponto 4.12
corrente contínua?”, de acordo com todas
as respostas e observações, é possível V i R
(VCC) (A) (Ω)
chegar a conclusão, que foi defendida no
0 0 0
livro Halliday e Resnick (2016) em que o
multímetro deve estar posicionado em 0,5 0,0055 90,90
1,0 0,0111 90,09 representada no gráfico. Em um gráfico V
versus i é possível concluir que, ao
1,5 0,0156 96,15
observar a inclinação da reta o valor da
2,0 0,0203 98,52
resistência não dependerá do valor
2,5 0,0253 98,81 absoluto da diferença de potencial (ddp),
Esses valores estão expressos no gráfico logo, como esperado obedecerá a Primeira
Vxi, assim como solicitado no ponto 4.12. Lei de Ohm, sendo assim, um resistor
O gráfico está representado a seguir no Ôhmico.
Gráfico 1.
Conclusão
Gráfico 1: Ao término desta atividade é possível
enfatizar que os resultados e discussões
obtidos durante todo o processo de
realização das atividades foram
satisfatórios. Com a realização das
atividades pôde-se compreender melhor
sobre a Lei de Ohm e as suas
componentes. Por fim, concluímos que as
atividades foram realizadas assim como

Diante dos dados apresentados tanto na esperadas diante do roteiro proposto pelo

tabela 4 como no gráfico 1, é possível professor responsável pela turma de Física

responder o ponto 4.13, do qual apresenta Experimental III.

os seguintes questionamentos em relação


aos dados obtidos durante o procedimento Referências

experimental. O primeiro questionamento HALLIDAY, D.; WALKER, J.;


RESNICK R. Fundamentos de Física:
é acerca dos valores encontrados para a
Eletro- magnetismo. 10. ed. Rio de
resistência (R), pois como as grandezas V
Janeiro: LTC, 2016.
(tensão) e i (corrente) estão relacionadas.
Desta forma, é perceptível que a corrente Nussenzveig, Heich Moysés. Curso de
varia linearmente em relação a tensão. E o física básica, 3: elétromagnetismo. 2. ed. -
São Paulo: Blucher, 2015.
segundo questionamento é sobre qual seria
o significado físico para a declividade
Tipler, A. Paul, Física Eletricidade e Edition,Extended Version, New York,
Magnetismo, volume 3, (1991).
Editora-Guanabara Koogan S. A/ Physics
for Scientists and Engineers, third

Você também pode gostar