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Universidade São Francisco

Curso de Direito
Professor: Rodrigo Eduardo Ferreira
Componente curricular (disciplina): Direito Tributário – Teoria Geral
Aula 01

SISTEMÁTICA DA AULA (trilha institucional)

Pré-aula: leitura do livro Direito Tributário Esquematizado do Prof. Roberto Caparroz, capítulo
2, itens 2.1 a 2.9

Aula ao vivo: exposição do conteúdo em conferência ao vivo com professor e estudantes.

Pós-aula: realização das atividades propostas para o dia respectivo na sala virtual.

MATERIAL DE APOIO (LOUSA)

Conceito de Direito Tributário


Ramo do direito público que se presta a estudar normas (princípios e regras) materiais (não
processuais) incidentes sobre a instituição, cobrança e fiscalização de tributos, mediante
observância do regime jurídico de direito público (interesse público), pautado em um regime
obrigacional e comum (generalidade de pessoas).

Aspectos gerais
Ramo autônomo da ciência jurídica.
Integrante do direito público.
Objeto: atividade financeira do Estado no que se refere a receitas (tributárias).
Assuntos abordados: limitações ao poder de tributar, proteção dos indivíduos contra
ilegalidades, análise de instituição e cobrança de tributos etc.

Outros nomes: direito fiscal, legislação tributária, legislação fiscal, direito do imposto, tax law
etc.
Estado Fiscal: Na história da formação do Estado moderno, o denominado “Estado Fiscal” ou
“Estado Tributário” sucedeu o chamado Estado Patrimonial (século XVI), caracterizado por
gerar sua própria riqueza, e posteriormente substituiu também o Estado de Polícia (século XVII),
este último marcado pela ação intervencionista sobre a economia. O Estado Fiscal, nascido a
partir do século XVIII e cujo modelo hoje evoluiu para o “Estado Social Fiscal”, tem como
característica fundamental ser financiado essencialmente por meio de tributos, ou seja, os
particulares são a fonte originária da riqueza, e não o próprio Estado (MAZZA, Alexandre).

Relação com outros ramos do direito:


- Direito Financeiro.
- Direito Constitucional.
- Direito Administrativo.
- Direito Civil.
- Direito Penal.
- Direito Empresarial.
- Direito Processual.
- Direito Internacional.

TRIBUTO

Conceito legal: art. 3º do CTN.

Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa
exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade
administrativa plenamente vinculada.

Prestação: prestar, fornecer, entregar etc.


Em dinheiro: regra geral não se admite bens ou trabalho (exceção: dação de bens imóveis).

Obs: não confundir com as obrigações acessórias (instrumentais). Sanção?


Obs: também existe a obrigação de suportar (ex: fiscalização - poder de polícia).
Obs: não seguem a principal no direito tributário.

Compulsória: obrigatória (decorre da lei e não da vontade das partes) - ex lege.


Em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir: nacional (conversão quando necessário -
art. 143 do CTN - porque a base de cálculo pode ser em moeda estrangeira), permitido vários
meios de pagamento se representado em moeda (cheque, boleto/guia etc.),

Não constitui sanção de ato ilícito: não é punição. Multa? Cobrar mais tributo por
irregularidades administrativas?

Obs: multa se converte em obrigação tributária principal, mas não é tributo.


Obs: ato ilícito pode ser tributado (pecunia non olet). Não se tributa a conduta, mas o resultado
econômico (art. 118 do CTN). Se o ilícito for verificado antes do fato gerador, será alvo de
atuação do Estado antes que possa incidir a norma tributária (ex: importação de produtos
proibidos, piratas etc.). Sanções: multa, apreensão, perdimento, interdição ou impedimento de
atividade.
Obs: as sanções não podem ser usadas como meio coercitivo para o pagamento de tributo.

Instituído em lei: legalidade (genérica e tributária) - soberania popular (república democrática).


Art. 59 da CF.
Cobrado mediante atividade administrativa plenamente vinculada: atos vinculados e não
discricionários.

CLASSIFICAÇÃO DOS TRIBUTOS

Reais: IPTU, IPVA etc.


Pessoais: IR.
Obs: capacidade contributiva?

Direitos: IR
Indiretos: ICMS e IPI (incidência múltipla e fracionada). Valor agregado?

Vinculados: taxas e contribuições de melhoria (contraprestação estatal).


Não vinculados: impostos.

Progressivos: aumento da alíquota conforme aumenta base de cálculo.


Proporcionais: diminui a alíquota conforme reduz base de cálculo

Seletivos: tributação mais onerosa para supérfluos e mais branda para essenciais.
Não seletivos: objetos/pessoas são tributados de forma igualitária.

Fiscais: finalidade arrecadatória.


Extrafiscais: finalidade interventiva ou regulatória.
Parafiscais: paralelismo (capacidade tributária ativa fora da Administração Pública). Entes
paraestatais.

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