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- planeamento e gestão
Conteúdo
Conteúdo.............................................................................................................................................2
Introdução...........................................................................................................................................3
Objetivos..........................................................................................................................................3
Conteúdos programáticos................................................................................................................3
1.- Enquadramento do planeamento de projetos de organização de eventos....................................4
1.1.- O enquadramento do planeamento de projetos de organização de eventos..........................4
1.1.1.- O que é o Planeamento?...................................................................................................5
1.1.2.- Tipos de Planeamento......................................................................................................5
1.1.3.- Gestão dos recursos..........................................................................................................7
1.1.4.- Quem Está Envolvido?......................................................................................................8
2.- Planeamento de projetos de organização de eventos....................................................................9
2.1.- Cinco etapas do planeamento de projetos de organização de eventos e a sua interligação...9
2.2.- Conceptualização.................................................................................................................9
2.2.- Planeamento geral.................................................................................................................14
2.2.1.- Identificação e escolha de estratégias............................................................................15
2.3.- Planeamento Detalhado........................................................................................................17
2 2.3.1.- Planos operacionais........................................................................................................17
2.3.2.- Sistemas de controlo.......................................................................................................19
2.4.- Gestão do Evento...................................................................................................................20
2.5.- Avaliação do sucesso do evento e comunicação dos resultados...........................................21
2.5.1.- Avaliação do pré-evento.................................................................................................22
2.5.2.- Avaliação no Evento........................................................................................................22
2.5.3.- Avaliação Pós-Evento......................................................................................................23
3.- Descrição geral do planeamento de projetos de organização de eventos....................................24
3.1.- Descrição geral de cada uma das etapas do processo planeamento.....................................24
3.1.1.- Objectivo de Cada Etapa.................................................................................................24
3.1.2.- Actividades Envolvidas em Cada Etapa...........................................................................25
3.1.3.- A Relação entre as Etapas...............................................................................................25
3.1.4.- Esmiuçando Etapas.........................................................................................................26
4.- Consequências de um mau planeamento de projetos de organização de eventos......................29
4.1.- Consequências de um mau planeamento..............................................................................29
4.1.1.- Consequências para o Evento.........................................................................................30
4.1.2.- Consequências para os Organizadores............................................................................30
5.- Bibliografia....................................................................................................................................30
Introdução
Objetivos
- Identificar as etapas do planeamento e gestão de projetos de organização de eventos.
- Identificar em cada fase de um projeto e descrever as suas atividades.
- Reconhecer um mau planeamento ou má gestão de um projeto.
Conteúdos programáticos
1.- Enquadramento do planeamento de projetos de organização de eventos
1.1.- O enquadramento do planeamento de projetos de organização de eventos
1.2.- Importância do planeamento para o sucesso do evento
1.3.- Quem está envolvido no processo de planeamento
No planeamento devemos definir claramente os objectivos que nos propomos alcançar, prever os
recursos necessários em termos humanos, financeiros, materiais e legais. Devemos também
reunir uma equipa capaz de assumir responsabilidades ao nível da coordenação e execução de
tarefas.
Devemos ainda criar canais de comunicação eficientes entre todas as áreas de intervenção do
processo organizativo, sendo importante, por último, implementar sistemas de controlo e
acompanhamento das providências e decisões tomadas no decurso do evento.
O planeamento é um processo que identifica metas e objectivos, estabelecendo os meios para
obtê-los.
É neste sentido que os eventos para acontecerem de forma apropriada necessitam de tempo e
compromissos individuais e organizacionais, devendo ser justificados como parte real de um
plano geral; devem adequar-se às metas e objectivos organizacionais, ser coordenados em todas
as etapas da organização e valer
a pena para o futuro.
“Fracassar no planeamento, é
planear o fracasso”
É evidente que quanto maior for a dimensão do evento, mais complexa se torna a análise aos
recursos internos e externos necessários para que o evento se realize com sucesso.
No setor dos eventos as pessoas têm de ser consideradas como um investimento estratégico
fundamental. Tendo em conta que o êxito da equipa é sustentado pela força de trabalho motivada,
é essencial que se reúnam as pessoas certas. Os colaboradores devem disponibilizar a sua
criatividade, capacidade de execução e as suas competências.
Recursos financeiros
Importa verificar inicialmente qual a verba efetivamente disponível e analisar as despesas evidentes
no âmbito do planeamento e operacionalização. Quais são as fontes de financiamento? Esta é uma
questão importante à qual se deve saber responder logo no início do planeamento, pois é
necessário criar estratégias de atuação ao nível dos pedidos de subsídios públicos, doações de
entidades privadas, acordos de patrocínio, contribuições particulares, patrocínio, mecenato ou
outras parcerias.’
2.2.- Conceptualização
Desenvolver conceitos
Esta é a parte de discussão do planeamento. Começa com uma ideia, que é depois desenvolvida
numa proposta, que apresenta detalhadamente as metas e objectivos do evento e identifica
quem serão potencialmente as entidades interessadas e o contributo elas poderão dar ao evento.
Estudo de viabilidade
Uma vez chegado a acordo no que respeita à ideia, é essencial realizar um estudo de
viabilidade. Este estudo permitirá determinar se o evento é ou não possível e desejável no seu
mercado alvo.
O estudo de viabilidade procura dar respostas a questões relacionadas com o evento, tais como:
• Porquê realizar o evento?
• Qual será a natureza do evento?
• Onde será realizado?
• Qual a logística necessária?
• Quanto irá custar?
• Que recursos serão necessários?
• Poderá ser realizado no prazo pretendido?
• Que pesquisa de mercado será necessária?
• Existirá mercado para o evento?
• Quem irá participar?
• Como será publicitado?
• Existem eventos similares?
• Quem irá organizá-lo?
• Serão as metas e objectivos do evento congruentes com as metas e objectivos da
organização?
• Quanto tempo demorará a organizar?
• Temos a equipa, fundos e empenho para o organizar?
No entanto, o que de mais importante deve ser feito quando se toma a decisão de realizar um
evento é precisamente constatar a sua viabilidade.
Este estudo de viabilidade, mostrando um resultado positivo, irá indicar a forma consequente da
concretização do evento, determinando as estruturas a criar, os recursos humanos necessários,
as fontes de financiamento a utilizar e a definição de um cronograma específico para o
desenvolvimento de todo o projecto (permitindo assim um avanço detalhado do planeamento e da
implementação do evento).
Perspectiva estratégica
A amplitude de planeamento necessário para cada evento varia consideravelmente conforme o seu
grau de complexidade e importância, no entanto, será sempre necessário
manter uma política de estabelecimento de um plano estratégico concreto para a correcta
concretização do evento, uma vez que para este ser eficaz é necessário que aconteça no
contexto de um plano organizacional.
Aqui descreveremos um plano organizacional de forma mais abrangente possível, devendo, no
entanto, a sua aplicação ser adequada às necessidades evidenciadas pelo evento
em questão na sequência da sua definição estratégica, a qual deverá seguir determinados itens
A planificação de um evento terá como génese a concepção da ideia, a determinação da sua
natureza e definição e desenvolvimento do verdadeiro conceito que se pretende criar.
Numa perspectiva de desenvolver a conceitualização inerente ao evento, a organização deve
responder a cinco questões fundamentais. Estas questões auxiliam na determinação da
exequibilidade, viabilidade e sustentabilidade do evento. Podemos assim apontar cinco questões a
partir das quais se pode avançar para a organização do evento.
Assim, devemos responder à questão do porquê que o evento deverá ser feito. Aqui devemos
determinar as razões da realização do evento e a sua sustentabilidade como projecto.
Deve existir um verdadeiro sentido para todos os esforços dos indivíduos envolvidos. À questão do
quem, devemos procurar saber quem será o nosso público-alvo e quais
são as suas expectativas, para que possamos orientar para essa audiência a comunicação
adequada. É igualmente importante considerar os restantes parceiros do evento, uma vez que
estes também são essenciais à organização, sejam eles parte da estrutura organizacional
(comissões, equipas, técnicos, etc.), ou sejam parceiros externos (comunicação social,
patrocinadores, etc.).
Quando é que o evento deverá ser realizado é uma questão crucial para o sucesso do evento, uma
vez que factores como as condições climatéricas, horários, dias da semana,
sazonalidade e mesmo datas de outros eventos podem determinar o sucesso ou fracasso de um
evento. Se houver um interesse na utilização de uma larga cobertura mediática há que ter em
conta a definição do momento para a realização do evento uma vez que a coincidência com um
acontecimento mais mediático pode deitar por terra as expectativas da organização. A
altura de realização de um evento deve ter em consideração estes factores numa fase de
planeamento de modo a confirmar a sua exequibilidade.
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Da mesma forma que o momento é importante também o local se reveste de grande impacto na
realização do evento. Para responder à questão do onde não podemos descurar um pormenor que
pode afetar todo o processo, se considerarmos que um determinado local pode afastar o público
que pretendemos cativar, seja pela sua localização, pela sua falta de condições estruturais,
devemos optar por outro local que vá ao encontro das necessidades do nosso público-alvo. Neste
contexto devemos encontrar um local que possa conciliar da melhor forma as necessidades
organizacionais do evento, do público, das acessibilidades e do custo.
Por fim, devemos procurar responder à questão o quê. Ou seja, é fundamental que se defina
explicitamente o que deve ser organizado. A natureza do evento deve estar sempre presente em
toda a organização, devendo existir uma percepção clara daquilo que se pretende realizar, uma vez
que qualquer erro na definição do “produto” poderá reduzir ou enfraquecer
o seu potencial.
A própria concepção de um evento está dependente da resposta a certas perguntas sem as quais
não será aconselhável dar início ao evento. Para além das cinco questões apresentadas, considera-
se que se deverá dar respostas a mais duas perguntas que são igualmente fundamentais. A questão
como permitirá responder à adequação do método que iremos utilizar. Ou seja, necessitamos de
possuir os recursos certos para produzir o evento, no que concerne ao pessoal, estrutura, serviços
de apoio e compromisso geral. O funcionamento e a sua forma de implementação são
fundamentais para a obtenção do sucesso na realização do evento.
Para se obter esse mesmo sucesso há a necessidade de ter recursos financeiros disponíveis, sendo
que para tal é necessário saber quais são os custos inerentes à realização do evento. O início de
qualquer projecto de evento deve ter associado a si a elaboração de um orçamento detalhado e o
mais exato possível (havendo sempre a considerar os factores imponderáveis), e que possa cobrir
todas as áreas existentes e apresentar uma previsão estimativa de receitas e despesas, numa
tentativa de se aproximar o mais fielmente possível do resultado final.
Um evento que seja criado numa plataforma de originalidade e que possa fazer interagir estas
questões leva um avanço em termos de definição como produto de sucesso.
O processo estratégico consiste na análise da situação actual em que o evento se encontra e dos
mecanismos para implementar e avaliar as estratégias escolhidas.
Missão/Visão
Subjacente à realização de todos os
eventos deve estar a
fundamentação da sua existência,
que será sempre um pouco
condicionada pelas necessidades
dos parceiros do evento, tais como
clientes, a comunidade local, o
Governo, os participantes, os
patrocinadores e os voluntários.
É este propósito que irá nortear todo o processo de estabelecimento de objectivos e metas a
alcançar, bem como de estratégias e planos. Estabelecida a missão, está construída a base para
definir metas e objectivos e elaborar estratégias.
Metas e Objectivos
As metas, sendo definições mais abrangentes, procuram fornecer uma orientação aos elementos
envolvidos na organização de um evento. Os objectivos são definidos no sentido de permitir
monitorizar o avanço da organização em direção às metas estabelecidas, assim como permitem
ainda aos organizadores, em última análise, verificar quais os itens do planeamento que falharam
ou foram bem sucedidos.
No entanto, devido à diversidade tipológica dos eventos é importante referir que a definição de
metas revela maior utilidade na organização de eventos mais complexos que envolvam vários
grupos de intervenientes no processo organizativo.
Todos os objectivos devem ser estabelecidos, criando concordância e serem percebidos por todos
os elementos envolvidos num evento. Isto irá levar a que todas as pessoas com funções
organizativas na estrutura do evento se comprometam com a concretização dos alvos definidos
levando dessa forma a um esforço coordenado e a uma unidade de propósitos.
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Nos eventos mais complexos confirma-se a utilidade do processo de definição de metas na
elaboração da declaração de missão do evento, acabando esta por permitir uma melhor orientação
no desenvolvimento das actividades do evento.
A par da forma de traçar e definir os objectivos dos eventos, que abordam no fundo a generalidade
do funcionamento da organização de eventos, podemos ainda encontrar uma maior especificidade
no estabelecimento de objectivos quando se trata de entidades empresariais, uma vez que para
estas os eventos permitem uma relação directa com os seus públicos internos e externos, num
sentido de alcançar objectivos de legitimação de imagem, incremento de contactos e relações com
os seus públicos e distinção da empresa através da sua consciência de responsabilidade social.
Convém recordar que quanto maior for o poder de distinção de uma empresa mais os seus clientes
são levados à construção de um conceito positivo no que se refere a ela e à sua conduta, e
considerando o evento como uma das mais visíveis formas de comunicação de uma empresa,
torna-se para ela importante estabelecer essa mesma comunicação com os seus diversos públicos,
no sentido de afirmação da sua identidade corporativa.
Em geral, o ponto de partida para qualquer evento depende bastante de todo o processo de
definição, estabelecimento, clarificação, compreensão e monitorização de todas estas etapas,
uma vez que são elas que permitirão uma correcta implementação da estratégia e planificação
geral que resultará na organização e gestão do evento.
A definição precisa dos objectivos também contribui muito para o estabelecimento de uma
estrutura organizacional, pois permite que cada indivíduo ou comissão receba uma série de alvos
específicos (sub objectivos) que devem ser atingidos, o que irá reflectir posteriormente na
necessidade de que todos trabalhem em conjunto, já que muitos objectivos serão
interdependentes.
A visão do evento também pode ser definida mais claramente e assim, tornar mais fácil partilhá-la
com outros. Com os conceitos representados de forma mais clara, é possível levar a cabo uma
análise detalhada SWOT do evento, para determinar os pontos fortes, os pontos fracos, as
oportunidades e as ameaças colocadas pelo evento.
Isto permitirá produzir um plano geral que tire partido dos pontos fortes, que ultrapasse os pontos
fracos, que tire proveito das oportunidades e que minimize as ameaças identificadas.
No intuito de fazer valer o evento devemos considerá-lo como um produto que pretendemos
“vender” no mercado (considerando que o objectivo final de um evento é o sucesso). Dessa forma
devemos usar as ferramentas que temos à mão, sendo o marketing a que melhor nos coloca em
contacto com essa realidade.
Através dos factores do ambiente externo podem também identificar-se determinadas ameaças ao
evento.
- Político-legais, ou seja, leis ou regulamentações governamentais que sejam suscetíveis de
influenciar a sociedade;
- Económicos, tais como nível de desemprego, taxa de inflação, taxas de juro, níveis de salários,
etc.;
- Socioculturais, incluindo alterações éticas ou religiosas numa população, ou nos comportamentos
de lazer;
- Tecnológicos, referindo-se principalmente às mudanças em equipamentos e máquinas que
influenciam directamente a realização de determinadas tarefas e mesmo a própria organização de
eventos, bastando para tal ver a influência da internet na forma de promover eventos actualmente;
- Demográficos, reportando-se à composição da sociedade em termos de idade, sexo, educação e
profissão;
- Físicos, tais como a crescente preocupação com questões ligadas ao ambiente e à sua
preservação, sendo cada vez mais notória a realização de “eventos verdes”;
- Competitivos, no sentido de ser premente manter uma atenção cuidada quanto à existência de
outros eventos que possam ter como alvo o mesmo segmento de público.
Estratégia de crescimento
Um evento pode mostrar o seu crescimento quer pelo seu porte, obtendo mais participantes e
componentes, quer através duma maior qualidade de planeamento, organização, programação e
posicionamento cuidadoso.
Estratégia de consolidação
Num determinado momento da vida do evento, a adoção desta estratégia poderá revelar-se mais
útil à sua continuação, mantendo o número de espectadores num determinado patamar, o que
permite melhorar outros aspectos do evento.
Estratégia de redução
Uma estratégia que poderá ter efeitos negativos na opinião pública, mas que pode ser necessária
para fazer face a uma conjuntura económica desfavorável ou a uma quebra de investimento de
habituais patrocinadores é a redução da escala do evento.
Estratégia de combinação
Esta estratégia pode combinar elementos de outras estratégias, ou seja, a organização de um
evento pode, com o objectivo de valorizar o seu evento, limitar ou cortar alguns
aspectos menos atractivos para o seu público-alvo, ao mesmo tempo que decide ampliar outros
factores mais importantes.
Uma vez avaliado o conceito original do evento e depois de considerado viável e de introduzidos
eventuais melhoramentos (se necessário), pode iniciar-se o planeamento geral. O plano geral
define a direção estratégica do evento, isto é, o enquadramento geral do que irá ser necessário e
quando.
Ele deverá identificar:
• Quem serão os participantes
• Os recursos específicos necessários
• Um prazo para as tarefas a ser executadas
• Quem irá dirigir o evento
• Quem irá tomar decisões
• Funções chave e responsabilidades
• Estrutura do pessoal
• Serviços de apoio necessários
• Acções e tarefas necessários
• Financiamento necessário
• Estimativas de custos e Orçamento tentativo
• Instalações e transportes necessários
• Actividades de marketing necessárias
• Pessoal/voluntários necessários
• Quando terá lugar o evento (hora / dia / mês mais apropriados)
• Onde terá lugar o evento (localização geográfica e edifício)
• Logística, tal como acesso ao edifício, interfaces, etc.
• Quem serão os clientes
• Especialistas necessários (ex. planeamento de emergência, assistentes, empreiteiros)
• Efeitos e consequências da análise SWOT
• Metas e objectivos claros
• Políticas e regras
• Flexibilidade da estrutura do plano (para permitir alterações à medida que a
organização do evento progride)
Um esquema como o seguinte proporciona uma visão geral ou enquadramento para o evento,
através do qual poderá efectuar um planeamento mais detalhado.
2.3.- Planeamento Detalhado
O planeamento detalhado fornece o enquadramento operacional e a estrutura organizacional
para a gestão de operações do evento. As estruturas podem ser simples ou complexas, em função
do tamanho e do âmbito do evento.
Os planos operacionais são normalmente criados para áreas como o marketing, finanças, recursos
humanos, administração e avaliação. Estas grandes áreas podem ainda subdividir-se em áreas
menores como comunicação, programação, transporte, patrocínio, merchandising, voluntários,
comunicação social, visitantes, etc.
Os planos operacionais são desenvolvidos para cada área, requerendo um conjunto de
objectivos, planos de acção, cronogramas e indicação de responsáveis pela execução dos
aspectos do plano.
Podem ainda ser empregues, em diversas áreas operacionais, planos de apoio, sendo estes
constituídos por determinadas políticas, regras e procedimentos padrão, cuja função principal é
reduzir o tempo de tomada de decisão, através da utilização, em situações semelhantes, de
tratamentos predeterminados e coerentes.
A Figura 2 mostra um exemplo de como as tarefas chave podem ser representadas no plano com
prazos.
2.3.2.- Sistemas de controlo
O planeamento detalhado inclui descrições dos sistemas a serem usados para o controlo e
monitorização do progresso, bem como para fornecer apoio, tais como relatórios de
procedimentos, reuniões de divulgação com as equipas, além dos critérios pelos quais será medido
o desempenho.
Após a implementação dos planos operacionais devem ser criados mecanismos de controlo para
assegurar que os planos estão a ser cumpridos. Esses mecanismos de controlo acabam por ser
sistemas que permitem a comparação constante da actuação com os objectivos definidos nos
planos operacionais.
A preparação de planos de contingência também faz parte do planeamento detalhado. Estes são
criados para lidar com situações que possam surgir inesperadamente. Por exemplo, se um
fornecedor não poder fazer a entrega na data acordada, outros potenciais fornecedores que
tenham stock disponível e que tenham sido identificados como parte do processo de
planeamento, podem ser usados como alternativa.
O planeamento detalhado inclui descrições dos sistemas a serem usados para o controlo e
monitorização do progresso, bem como para fornecer apoio, tais como relatórios de
procedimentos, reuniões de divulgação com as equipas, além dos critérios pelos quais será
medido o desempenho.
As funções individuais são atribuídas segundo os diversos aspectos do evento, tais como o
orçamento e finanças, obtenção de recursos, marketing, RP, saúde e segurança, planeamento de
emergência, etc.
Plano de Contingências
Este plano tem por finalidade prover os meios de atuação que serão utilizados para
evitar que os riscos identificados e classificados, caso ocorram, se venham a traduzir em
em perdas de vida e/ou danos no património das empresas e entidades envolvidas no evento.
Política de Segurança
A Política de Segurança são o conjunto de diretrizes que influenciam diretamente
o modo como os recursos humanos, técnicos e organizacionais são utilizados. As precauções e
recursos que serão mobilizados para garantir que o evento decorra com um mínimo de incidentes
dependem diretamente da Política de Segurança.
Defini-la é tarefa do patrocinador e/ou organizador do evento, pois é a eles que cabe formalizar
como o evento deverá funcionar e quais serão as prioridades em termos de segurança.
A política pode variar muito em função do tipo e local do evento, perfil do público,
condições de realização e, principalmente, a cultura do patrocinador e/ou promotor e/ou
organizador de evento.
O responsável pelo espaço do evento deverá ter as autorizações e alvarás, deve verificar-se as
instalações elétricas, hidráulicas, ar-condicionado, prevenção e combate a incêndios e de segurança
eletrónica (câmaras, alarmes).
Devem ser conhecidas as pessoas que trabalham no local e o que fazem e quais os procedimentos
de funcionamento do espaço, segurança da informação, quem faz a vigilância das entradas, bocas
de incêndio, por onde entram os veículos pesados, onde descarrega material para montar o evento,
entre outros.
Assim, será necessário outro plano para esta fase, para monitorizar se tudo está a correr de
acordo com o plano e para voltar a organizar tudo, caso alguma coisa corra mal. Este plano de
monitorização fornece descrições das funções a serem desempenhadas enquanto o evento
decorre. É um plano que mostra quem fará o quê, quando e como, durante o evento.
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Geralmente, alguns estudos têm como finalidade efectuar uma sondagem das opiniões dos
participantes quanto à sua experiência, e medir os níveis de satisfação obtida com o evento. Este
tipo de estudo visa igualmente recolher informação acerca dos custos financeiros despendidos no
evento, de maneira a que os custos possam ser comparados com a receita gerada pelo evento.
A natureza de cada avaliação depende sempre do objectivo do evento e da audiência à qual este
se destina.
Quando o evento termina, os resultados devem ser avaliados para verificar se se atingiu os
objectivos (quer os do evento quer os da organização). A avaliação é uma etapa importante do
processo, na medida que fornece feedback e ensinamentos que serão úteis na gestão de
projectos futuros, bem como para reportar sucessos ou razões para insucessos aos agentes
interessados.
Uma boa avaliação é aquela que cumpre as fases anteriormente descritas, reunindo o máximo de
informação acerca de cada patrocinador e transmitindo o modo como irá ser realizado todo o
processo.
Para além dos resultados mensuráveis, existem outros que não são quantificáveis, impondo-se
por isso a necessidade de, por vezes, se recorrer a um registo no formato narrativo ou expositivo,
como por exemplo a descrição do impacto sociocultural na comunidade e o perfil e
posicionamento a longo prazo do destino turístico. Uma vez reunida a informação das várias
fontes, deve-se elaborar um relatório de avaliação do evento e distribuí-lo a todos os parceiros. O
relatório irá servir de base para futuros eventos, nomeadamente na captação de patrocinadores.
A etapa do «planeamento detalhado» descreve as operações a serem levadas a cabo para produzir
o evento. O seu objectivo é descrever como irá atingir os seus objectivos, isto é, os métodos,
procedimentos e processos que devem ser realizados por cada indivíduo envolvido, por forma a
conseguir o resultado desejado.
A etapa de «avaliação dos resultados» é a etapa final e, apesar dos resultados finais serem
importantes, a avaliação não acontece apenas no fim do evento. Os resultados devem ser
monitorizados ao longo das cinco etapas do projecto, para que se possam introduzir alterações no
seu planeamento se necessário.
O objectivo desta etapa final é confrontar os resultados reais do evento com os critérios de sucesso
previamente estabelecidos, bem como identificar áreas a melhorar em eventos semelhantes no
futuro.
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O planeamento detalhado não pode ser realizado enquanto o plano geral e o rumo estratégico para
o evento não tenham sido definidos. O próprio evento não poderá ser gerido enquanto o
planeamento detalhado que o não tenha sido realizado. Finalmente, a avaliação dos resultados não
pode acontecer enquanto os critérios de sucesso não tenham sido estabelecidos e enquanto o
evento não tenha ocorrido, não tenha sido monitorizado e não tenham sido recolhidos os dados
relevantes.
As primeiras duas etapas baseiam-se na estratégia para o evento e as últimas três nas
actividades operacionais. No entanto, nenhuma pode ser realizada com sucesso sem que a anterior
ter sido concluída. Uma vez concluídas todas as etapas, o ciclo pode ter novamente início, usando
os dados obtidos através da avaliação para o planeamento de eventos futuros.
É também conveniente entregar aos jornalistas um kit de imprensa, que lhes forneça todas as
informações necessárias para desenvolverem as peças jornalísticas acerca do evento.
5.- Bibliografia
Allen, J., O'Toole, W., Mcdnoell, I. & Harrirs, R. (2003). Organização e Gestão de Eventos, 1ª edição,
Rio de Janeiro: Elsevier Editora.
GIacaglia, M. (2004). Organização de Eventos, Teoria e Prática, 1ª edição. São Paulo: Pioneira
Thomson Leaming.
Hoyle Jr., L. (2002). Marketing de Eventos: Como Promover com Sucesso Eventos, Festivais,
Convenções e Exposições, 1.ª edição. São Paulo: Editora Atlas.
Isidoro, A. et al. (2013). Manual de Organização e Gestão de Eventos. Lisboa: Edições Sílabo.
Lendrevie, J., Lindon, D., Dionísio, P. &Rodrigues, V. (1996). Mercator, 6.ª edição. Lisboa:
Publicações Dom Quixote.
Martin, V. (2002). Manual Prático de Eventos, lª edição. São Paulo: Editora Atlas.
Pedro, F. Caetano, J. Christiani, K. & Rasquilha, L. (2012). Gestão de Eventos. Lisboa: Escolar Editora
Zanella, L. C. (2003). Manual de Organização de Eventos, 1ª Edição. São Paulo: Editora Atlas