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4342

Processos de
Fabricação II
Tópico 1. SOLDAGEM
Prof. Dr. Norival Ferreira dos Santos Neto
Departamento de Engenharia Mecânica - UEM
nfsneto@uem.br

Maringá-PR 2021
Universidade Estadual
4342 – Processos de Fabricação II de Maringá - UEM

Tópico 1 – Soldagem
 Terminologia e Simbologia
 Processos de Soldagem a Arco
− Física da Soldagem
− Metalurgia da Soldagem
− Soldagem por Fusão
− Soldagem por Pressão
− Soldagem a Gás
− Processos de Corte Térmico
− Brasagem
− Descontinuidades
− Inspeção na Soldagem
− Segurança na Soldagem
2 Prof. Dr. Norival Neto
Corte a Gás
PROCESSOS Com eletrodo Soldagem a arco, com proteção
Corte Plasma
DE CORTE não-consumível gasosa e eletrodo de tungstênio
TÉRMICO Corte a LASER (TIG ou GTAW)
Soldagem a arco MIG
Goivagem Com Proteção
PROCESSO Gasosa (GMAW) MAG
DE CORTE Jato de Água
Com eletrodo
MECÂNICO consumível
Com Proteção Soldagem a arco com
Gasosa e Fluxo arame tubular e proteção
(Fundente) gasosa

Soldagem por Com Proteção Soldagem a arco com


fusão por meio de eletrodos revestidos
Fluxo
Soldagem a gás Soldagem a arco com
Soldagem por eletroescória arame tubular sem
Soldagem por eletrogás proteção gasosa
Soldagem termite
Soldagem por feixe de elétrons Soldagem por arco
Soldagem a plasma submerso
Soldagem a LASER
Soldagem a pontos
Soldagem por costura
Soldagem por resistência Soldagem a topo por fluência
Soldagem a gás por pressão Soldagem a topo por descarga elétrica
Soldagem por Soldagem por forjamento
pressão Soldagem por atrito
Soldagem por explosão
Soldagem por indução de alta frequência
Soldagem por ultra-som
PROCESSOS
DE
SOLDAGEM
Brasagem forte
Brasagem
Brasagem branda
Universidade Estadual
4342 – Processos de Fabricação II de Maringá - UEM

AULA - 4
• Processos de Soldagem a Arco:
– Soldagem com Eletrodo Revestido (ER)
SMAW - Shielded Metal Arc Welding
1. Soldagem com ER
2. Equipamentos de Soldagem
3. Fontes de Energia
4. Tipos de Corrente
5. O Revestimento
6. Tipos de Revestimento
7. Armazenamento
8. Classificação dos ER
9. Utilização dos ER
10. Técnicas de Soldagem
11. Aspectos visuais dos ER
12. Vantagens e Desvantagens
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1. Soldagem com Eletrodos Revestidos de Maringá - UEM

Ponta de
pega

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Soldagem com Eletrodos Revestidos de Maringá - UEM

GasShielding Gas
de Proteção
4

3
2

Metal Base

The
O gásshielding gas evita
de proteção protects the molten
o contato da poça de
puddle
fusão comfrom
o arthe atmosphere
atmosférico, alémwhile
de auxiliar na
stabilizing the
estabilização doarc
arco.
1/8” E6013
125 A - CA

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2. Equipamentos de Soldagem de Maringá - UEM

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Equipamentos de Soldagem de Maringá - UEM

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Equipamentos de Soldagem de Maringá - UEM

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Equipamentos de Soldagem de Maringá - UEM

Porta Eletrodo:
• É o instrumento pelo qual o soldador
domina o movimento do
consumível.
• A corrente deve ser transferida com
mínima resistência entre as garras,
para evitar superaquecimento com
desconforto para o soldador, e
queda de tensão.
• Deve ser adequadamente isolado
eletricamente.
• Deve possuir pouco peso. 1 – Isolante
2 – Alavanca
3 – Capa da Mola
• Necessita ter ranhuras com 4 – Mola
inclinações adequadas para 6 - Punho
posicionar o eletrodo no ângulo 7 - Pino
desejado.
• Deve ser robusto.

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Equipamentos de Soldagem de Maringá - UEM

Escória

Escovas:
Talhadeira
• Aço Carbono
Martelo de Picar
• Aço Inoxidável
• Latão

Esmerilhadeira

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3. Fontes de Energia de Maringá - UEM

• A soldagem a arco exige um equipamento


(fonte de energia ou máquina de soldagem)
especialmente projetado para esta aplicação e
capaz de fornecer tensões e corrente em
valores que se situam, em geral, entre 10 e 40V
e entre 10 e 1200A, respectivamente.
Máquina convencional
• Atualmente, pode-se separar as fontes em duas
classes básicas:

– máquinas convencionais, com tecnologia


básica que vem das décadas de 1950 e 60;

– máquinas "eletrônicas", ou modernas, de


desenvolvimento mais recente (após 1970).

Máquina eletrônica

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• Requisitos básicos que uma fonte de energia


para soldagem a arco deve atender:
– Produzir saídas de corrente e tensão nos valores
desejados e com características adequadas para o
processo de soldagem.
– Permitir o ajuste destes valores de corrente e/ou tensão
para aplicações específicas.
– Variar a corrente e tensão durante a operação de
acordo com os requerimentos do processo de soldagem
e aplicação.
– Estar em conformidade com exigências de normas e
códigos relacionados com a segurança e
funcionalidade.
– Apresentar resistência e durabilidade em ambientes
fabris, com instalação e operação simples e segura.
– Possuir controles/interface do usuário de fácil
compreensão e uso.
– Quando necessário, ter interface ou saída para
sistemas de automação.
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• Fontes de soldagem podem usar a energia elétrica fornecida pela rede de alimentação
para produzir uma saída adequada para a soldagem ou converter alguma outra forma de
energia para gerar a energia elétrica para a soldagem (em geral na forma de combustíveis
- gerador).

• A energia elétrica da rede precisa ser convertida de sua forma original (tensão
relativamente elevada e alternada) para a forma adequada para a soldagem, o que
significa menores valores de tensão (o que é também mais seguro para o soldador ou
operador), na forma de corrente contínua, alternada, pulsada ou outra qualquer de
acordo com o desejado.

• A redução do valor da tensão é feita, em geral, por um transformador comum e, nas


máquinas convencionais, se corrente contínua é necessária, um banco de retificadores é
colocado na saída do transformador.

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• Classificação de fontes de energia convencionais para soldagem:


CC - Corrente Contínua
CA - Corrente Alternada
CI - Corrente Constante
CV - Tensão Constante

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Fontes de Energia de Maringá - UEM

• A tensão existente entre os terminais da máquina,


quando esta energizada mas não há arco, é
denominada tensão em vazio/aberto (U0), que deve
ser limitada em 100V por questões de segurança.

• Quando a tensão é zero (ou há contato do eletrodo


com a peça) circula uma corrente de curto-circuito
(Icc).

• U0 e Icc são características da Fonte de Potência e


de seu projeto, influenciando nas condições de
soldagem.

• As Fontes de Energia/Potência devem permitir o Aspecto da Curva Característica.


ajuste adequado de corrente e/ou tensão para
aplicações específicas.

• Máquinas de corrente constante permitem que,


durante a soldagem, o comprimento do arco varie sem
que a corrente de soldagem sofra grandes alterações.
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Fontes de Energia de Maringá - UEM

U0

Icc

Curva Característica (CORRENTE CONSTANTE) típica de saída


para uma unidade de suprimento de força usada em SMAW

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Fontes de Energia de Maringá - UEM

U0

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4. Tipos de Corrente de Maringá - UEM

Corrente Contínua (CC- / CCEN):


• Eletrodo ligado no polo negativo.
• Também chamada de Polaridade Direta.
• Maior Taxa de Deposição.
• Equipamentos simples, baratos e de fácil
operacionalidade e manutenção.
30% Heat
Current Direction
Sentido da
Corrente

70% Heat

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Tipos de Corrente de Maringá - UEM

Corrente Contínua (CC+ / CCEP):


• Eletrodo ligado no polo positivo.
• Também chamada de Polaridade Inversa.
• Menor Taxa de Deposição.
• Equipamentos simples, baratos e de fácil
operacionalidade e manutenção.

70% Heat

Sentido da
Corrente

Current Direction 30% Heat


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Tipos de Corrente de Maringá - UEM

Corrente Alternada (CA):


• Menor estabilidade do arco.
• Valores intermediários para penetração e
Taxa de Deposição.
• Pode-se utilizar eletrodos maiores e
correntes mais elevadas.
• Menores problemas com50%
soproHeat
magnético.

Current Direction

50% Heat

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Tipos de Corrente de Maringá - UEM

• Na soldagem SMAW, em geral, a polaridade inversa (CCEP) produz


maior penetração, enquanto que a polaridade direta (CCEN) implica
em penetração menor porém, com maior taxa de fusão.
• Com corrente alternada, a penetração e a taxa de fusão tendem a ser
intermediárias, mas a estabilidade do processo pode ser inferior.

Influência da polaridade e do tipo de corrente na penetração:


(a) Polaridade inversa (CC+)
(b) Polaridade direta (CC-)
(c) Corrente alternada (CA)

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5. O Revestimento de Maringá - UEM

Metal adequado (alma)


ELETRODO
Revestimento Fundente

Alma: Vareta metálica, com diâmetro entre 1,5 e 8 mm


e comprimento entre 23 e 45 cm. Conduz corrente
elétrica e fornece metal de adição.

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Funções do Revestimento de Maringá - UEM

• Isolamento elétrico e térmico.


• Direcionamento do arco (efeito canhão).
• Ajusta a composição química do cordão (elementos de liga).
• Estabiliza o arco.
• Produz escória.
• Produz gás de proteção.
• Controla penetração (balanceando a energia do arco).
• Controla condições de fluidez do líquido
(produção e flutuação da escória).
• Proteção do metal liquefeito
(extremidade do eletrodo, gota e poça
líquida):
 Proteção Líquida.
 Proteção Gasosa.
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O Revestimento de Maringá - UEM

O que pode acontecer na ausência do revestimento?


• Um eletrodo sem proteção deposita um material
nitretado e oxidado, com propriedades mecânicas
inferiores.

• Há uma forte oxidação do C, Mn e Si.

• O Carbono do eletrodo se transforma, em grande


parte, em CO e CO2.

• O Manganês se transforma em Mn3O4.

• O Silício da origem a uma escória de sílica (SiO2).


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6. Tipos de Revestimentos de Maringá - UEM

Base de Matéria Orgânica


(Proteção principalmente por cortina gasosa)
Revestimento • CELULÓSICO

Base Mineral
(Proteção principalmente por escória líquida)
• OXIDANTE
• ÁCIDO
• RUTÍLICO
• BÁSICO - trabalha com ambas proteções
• RUTÍLICO BÁSICO

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Tipos de Revestimentos de Maringá - UEM

• Celulósicos:
– Revestimento de base orgânica:
C2H10O5 + ½ O2 → 6CO + 5H2
(Celulose) atm. protetora (~350 x volume original)

• Grandes quantidades de gases protetores e pouca escória.

• Gases formados não são de fácil ionização (soldagem difícil,


com muitos respingos e mau aspecto).

• Normalmente trabalha-se com CC, alguns com CA.

• Pode-se trabalhar em qualquer posição.

• Alta penetração (bom para passes de raiz).

• Alta suscetibilidade à fissuração a frio.


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Tipos de Revestimentos de Maringá - UEM

Revestimento Celulósico:
• Revestimento que possui uma elevada quantidade de material orgânico
(celulose), cuja decomposição pelo arco gera grandes quantidades de
gases que protegem o metal líquido.
• A quantidade de escória é pequena, o arco é muito violento,
causando grande volume de respingos e de alta penetração, quando
comparados a outros tipos de revestimento.
• O aspecto do cordão não é bom, apresentando escamas irregulares.
Suas características mecânicas da solda são boas e seus eletrodos
são recomendados para soldagem fora da posição plana, tendo
grande aplicação na soldagem circunferencial de tubulações e na
execução de passes de raiz em geral.
• Devido à sua elevada penetração e grandes perda por respingos, não
são adequadas para o enchimento de chanfros.

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Tipos de Revestimentos de Maringá - UEM

• Oxidantes:
– Revestimento mineral.

– Revestimento espesso.

– Proteção principal por via líquida.

– Compostos principalmente por óxidos de Fe e Mn (formadores de


escória e estabilizadores do arco).

– Forma escória espessa, compacta e de fácil remoção.

– Pode ser utilizado com CC ou CA.

– Tem baixo poder de penetração.

– Já não é mais utilizado.

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Tipos de Revestimentos de Maringá - UEM

• Ácidos:
– Revestimento mineral.
– Espessura do revestimento de média a espessa.
– Proteção principal por via líquida.
– Maiores teores de óxidos de Fe e Mn e Sílica.
– Forma escória abundante, porosa e de fácil remoção.
– Pode ser utilizado com CC ou CA.
– Mais utilizado para soldagens na posição plana.
– Média penetração.
– Baixas propriedades mecânicas da solda.
– Praticamente não é mais produzido.
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Tipos de Revestimentos de Maringá - UEM

• Rutílicos: (grande quantidade de rutilo TiO2)


– Revestimento mineral.

– Proteção principal por via líquida.

– Forma escória espessa e de fácil remoção.

– Pode ser utilizado com qualquer tipo de corrente e polaridade


com ampla faixa de regulagem.

– Soldagens em todas as posições.

– Baixa a Média penetração.

– Boas propriedades mecânicas da solda.

– Com maiores teores de TiO2 →Titânicos (escória mais fluida com


soldagem na posição plana e média penetração).
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Tipos de Revestimentos de Maringá - UEM

• Básicos:
– Revestimento mineral.
– Trabalha com ambas proteções: via líquida e gasosa.
– Espessos com grande quantidade de CaCO3 e CaF2.
– Escória com aspecto vítreo.
– Baixo teor de hidrogênio (higroscópico) - requer cuidados na
armazenagem.
– Mínimo risco de fissuração a frio ou a quente.
– Pode ser utilizado com CC+ ou CA.
– Média penetração.
– Boas propriedades mecânicas da solda.
– Utilizado para soldagens de responsabilidade, grandes espessuras e
estruturas rígidas.
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Tipos de Revestimentos de Maringá - UEM

• Rutílico Básicos:
– Revestimento mineral.

– Base de TiO2 e CaCO3 na razão de 1,7 a 3,0.

– ↑TiO2 (maior razão) => ↑acidez e fluidez da escória (soldagem na


posição plana e horizontal).

– ↓TiO2 (menor razão) => ↑basicidade da escória (soldagem em


qualquer posição).

– Pode ser utilizado com CC+ ou CA.

– Média penetração.

– Baixa suscetibilidade à fissuração a frio e a quente.

– Utilizado para soldagens de aços inoxidáveis.


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Tipos de Revestimentos de Maringá - UEM

• Diferença entre os cordões de solda obtidos com os diversos


tipos de eletrodos revestidos:

Rutílico

Básico

Celulósico

Fonte: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/engenharia-mecanica/soldagem-eletrodo-revestido

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• Resumo das funções dos principais componentes:


Celulose – formação de gases protetores.

Carbonatos (ex: CaCO3) - basicidade da escória e formador de gases


protetores.

Dióxido de Ti (TiO2 - rutilo) - formador de escória e estabilizador do arco; reduz


a viscosidade da escória e o seu intervalo de solidificação.

FeMn e FeSi - desoxidantes da poça.

Pó-de-Ferro - estabiliza o arco e aumenta a taxa de deposição e o rendimento.

Adições metálicas - controlam a composição do cordão.

Fluoreto de Cálcio (Fluorita CaF2)- formador de escória.

Silicatos - formadores de escória e ligantes do revestimento.

Óxido de Fe e Mn - formadores de escória e estabilizadores do arco.


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Tipos de Revestimentos de Maringá - UEM

OKUMURA, Toshie; TANIGUCHI, Célio. Engenharia de Soldagem e Aplicações. Rio de Janeiro: LTC, 1982.

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Tipos de Revestimentos de Maringá - UEM

• Composição e diferenças entre eletrodos celulósicos e


básicos:

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7. Armazenamento e Secagem de Maringá - UEM

Transporte e armazenamento:
– Nas embalagens originais
– Sobre estrados de madeira
– Evitar danos e choques às embalagens
– Cartuchos plásticos
– Armazenar na posição horizontal
– Latas
– Armazenar na posição vertical
– Ponta de pega – voltada para baixo (preservar a
ponta de arco)
– Até sete camadas
– Sistema de armazenagem
– Garantir rotatividade (eletrodos mais antigos
utilizados primeiro)
– Controlar temperatura e umidade
– Temperatura 5ºC acima da ambiente – não inferior
a 20ºC
– Umidade atmosférica relativa máxima de 50%

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Armazenamento e Secagem de Maringá - UEM

Estufa para armazenamento:


• Pode ser um compartimento fechado de um almoxarifado, que
deve conter aquecedores elétricos e ventiladores para
circulação do ar quente entre as embalagens.
• A estufa deve manter uma temperatura de pelo menos 5°C
acima da temperatura ambiente, porém nunca inferior a
20°C, e deve também estar dotada de estrados ou prateleiras
para estocar as embalagens.

Fornos de Ressecagem:
• É utilizada mais para a secagem de eletrodos revestidos de
baixo hidrogênio.
• Deve dispor de aquecimento controlado, por meio de
resistência elétrica, e de renovação do ar, por meio de
conversão controlada.
• Deve possuir pelo menos dois instrumentos controladores
(termômetro e termostato), assim como prateleiras furadas ou
em forma de grade.
• Para eletrodos revestidos de baixo hidrogênio, a estufa de
secagem deve manter a temperatura até 400°C (1 a 2 h).
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Armazenamento e Secagem de Maringá - UEM

Estufa para manutenção da secagem:


• A estufa para manutenção da secagem é normalmente de
menor porte.
• Deve atender aos mesmos requisitos de funcionamento que a
estufa para secagem, exceto quanto à temperatura, que deve
atingir até 200°C.
• As estufas de construção cilíndrica com circulação de ar
permitem uniformizar a distribuição de calor, evitando-se que
a umidade se concentre em cantos mal ventilados, como nas
estufas de formato retangular ou quadrado.

Estufa portátil para manutenção de


secagem:
• Como as demais, deve dispor de aquecimento elétrico por
meio de resistências e ter condições de acompanhar cada
soldador individualmente.
• Para eletrodos revestidos de baixo hidrogênio, a estufa
Cochicho portátil deve manter a temperatura entre 60 e 100°C .

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8. Classificação dos Eletrodos Revestidos de Maringá - UEM

Especificações AWS para classificação de Eletrodos Revestidos:

AWS A 5.1 Eletrodos revestidos para aço carbono.

AWS A 5.3 Eletrodos revestidos para alumínio e suas ligas.

AWS A 5.4 Eletrodos revestidos para aços ao Cr e ao Cr-Ni.

AWS A 5.5 Eletrodos revestidos para aços de baixa liga.

AWS A 5.6 Eletrodos revestidos para cobre e suas ligas.

AWS A 5.11 Eletrodos revestidos para níquel e suas ligas.

AWS A 5.13 Eletrodos e varetas para revestimento por soldagem.

AWS A 5.15 Eletrodos revestidos para ferro fundido.

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Classificação dos Eletrodos Revestidos de Maringá - UEM

Grupo de letras e números (nem sempre utilizados)


que podem indicar a composição química ou
resistência ao impacto do metal depositado e/ou
as condições de tratamento térmico (para aços de
baixa-liga).
American Welding Society

AWS E XXYZ - Q

{
Dígito (0 a 8) que indica o tipo de
Eletrodo para soldagem a arco revestimento e as características
elétrico. operacionais do eletrodo.
Dígito que informa as posições de
Conjunto de 2 ou 3 dígitos, que soldagem recomendadas (1 a 4).
indicam o limite de resistência
1 - Soldagem em todas as posições
mínima a tração do metal 2 – Soldagem nas posições plana e horizontal
depositado em ksi (1000 psi). 3 – Soldagem na posição plana
4 – Soldagem nas posições plana, sobrecabeça,
horizontal e vertical descendente

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Classificação dos Eletrodos Revestidos de Maringá - UEM

AWS E XXYZ - Q
Tipos de revestimento, condições de soldagem e poder de penetração

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Classificação dos Eletrodos Revestidos de Maringá - UEM

• Características dos ER em função do 4o dígito da


classificação da AWS.

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• Classificação de Eletrodos para aço carbono:

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AWS E XXYZ - Q
Elementos de liga em eletrodos

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Classificação dos Eletrodos Revestidos de Maringá - UEM

ou 60 ksi

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9. Utilização dos Eletrodos Revestidos de Maringá - UEM

• Faixas típicas de parâmetros elétricos de operação para diferentes


eletrodos revestidos, em função de seu diâmetro:

A taxa de deposição é a massa


de metal de solda depositado por
unidade de tempo (de arco
aberto).
Ela aumenta com a corrente de
soldagem dentro dos limites de
um determinado eletrodo.

Eficiência de deposição (%):


Massa do metal depositado
x 100
Massa total do eletrodo

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Utilização dos Eletrodos Revestidos de Maringá - UEM

• Taxa de deposição:

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Taxa de Deposição de Maringá - UEM

É a relação entre a massa (kg) de metal depositado pelo


tempo de soldagem (h).

Fonte: Norrish, J. (1992)

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Utilização dos Eletrodos Revestidos de Maringá - UEM

• Requisitos
químicos para
eletrodos
revestidos
aplicáveis aos
aços carbono:

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Utilização dos Eletrodos Revestidos de Maringá - UEM

• Propriedades
mecânicas para
os eletrodos
revestidos
aplicáveis aos
aços carbono:

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Utilização dos Eletrodos Revestidos de Maringá - UEM

• Temperaturas exigidas:

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Utilização dos Eletrodos Revestidos de Maringá - UEM

• Resumindo:

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Exame dos Eletrodos Revestidos de Maringá - UEM

• Exame Visual de eletrodos:


– Oxidação da ponta de pega
– Oxidação da alma
– Redução localizada
– Danos na ponta de arco
– Falta de aderência
– Destacamento com exposição da alma
– Falta de compacidade
– Trincas transversais
– Trincas longitudinais
– Envelhecimento (cristalização de silicato)
– Ausência de conicidade na ponta de arco

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Exame dos Eletrodos Revestidos de Maringá - UEM

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Exame dos Eletrodos Revestidos de Maringá - UEM

• Concentricidade do revestimento:

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Exame dos Eletrodos Revestidos de Maringá - UEM

• Redução localizada:

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Exame dos Eletrodos Revestidos de Maringá - UEM

• Danos na ponta de abertura do arco:

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Exame dos Eletrodos Revestidos de Maringá - UEM

• Destacamento do revestimento com exposição da alma:

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Exame dos Eletrodos Revestidos de Maringá - UEM

• Trincas transversais:

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Exame dos Eletrodos Revestidos de Maringá - UEM

• Trincas longitudinais:

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• Trincas longitudinais:

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Exame dos Eletrodos Revestidos de Maringá - UEM

• Ausência de conicidade na ponta de arco:

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Exame dos Eletrodos Revestidos de Maringá - UEM

• Identificação de eletrodos:
– Classificação AWS legível
– Identificação individual
– À tinta no revestimento
– Próxima a ponta de pega (máximo 65 mm de distância)

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Inicializando o Arco Elétrico de Maringá - UEM

• Para iniciar um arco é necessário ionizar um


pequeno ponto onde a soldagem está
prestes a começar.

• Dois métodos são normalmente utilizados


para riscar um arco em SMAW. Estes são
conhecidos como métodos "tocar e retirar" e
"arrastar".

• No método "tocar e retirar", o eletrodo toca o


material base no ponto desejado e é
rapidamente retirado para uma distância
de 3 a 4 mm. Qualquer atraso de tempo
causará um curto circuito causando fusão
entre o eletrodo e o material base, isso
geralmente acontece com os novatos.
• No caso do método de "arraste" para iniciar um arco, o eletrodo é riscado contra a
peça de trabalho num ponto desejado e isto ajuda na ionização de um pequeno
volume de espaço em volta do ponto e também alguns vapores de metal são
liberados. Estas condições ajudam na abertura do arco, sendo mais fácil e geralmente
adotado pelos novatos, enquanto que o método de "tocar e retirar" dá uma partida de
solda limpa e é preferido pelos soldadores mais experientes.

67 Prof. Dr. Norival Neto


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Comprimento do Arco Elétrico de Maringá - UEM

• Tendo iniciado um arco estável para


se conseguir uma boa soldagem
SMAW é necessário controlar o
comprimento de arco. Na soldagem Comprimento do
SMAW os melhores resultados são Arco de 2 a 4mm
conseguidos com comprimento de
Metal Base
arco de 2 a 4 mm.

• Na soldagem manual com eletrodos


revestidos, a cratera do revestimento, ou a
formação de uma taça na ponta do
revestimento, que se estende além da
alma metálica, realiza a função de
concentrar e dirigir o arco.

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Parâmetros de Soldagem de Maringá - UEM

• Na soldagem manual com Eletrodos Revestidos (ER ou


SMAW), as principais variáveis operatórias são:

– Tipo e diâmetro do eletrodo.

– Tipo, polaridade e valor da corrente de soldagem.

– Tensão e comprimento do arco.

– Velocidade de soldagem.

– Técnica de manipulação do eletrodo.

– Sequência de deposição e soldagem.

– Projeto do chanfro.
69 Prof. Dr. Norival Neto
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Parâmetros de Soldagem de Maringá - UEM

• Na soldagem manual, o controle do comprimento do arco é feito pelo soldador,


refletindo, assim, a habilidade, conhecimento e experiência.

• Um comprimento muito curto causa um arco intermitente, com interrupções


frequentes, podendo ser extinto, “congelando” o eletrodo na poça de fusão.

• Um comprimento muito longo causa um arco sem direção e concentração, um grande


número de respingos e proteção deficiente.

• O comprimento do arco correto em uma aplicação depende do diâmetro do eletrodo,


do tipo de revestimento, da corrente e da posição de soldagem.

• Como regra geral, pode-se considerar o comprimento ideal do arco varie entre 0,5 e
1,1 vezes o diâmetro do eletrodo.

• A velocidade de soldagem deve ser escolhida de forma que o arco fique ligeiramente à
frente do centro da poça de fusão.

• Uma velocidade muito alta resulta em um cordão estreito com um aspecto superficial
inadequado, com mordeduras e escória de remoção mais difícil.

• Velocidades muito baixas resultam em um cordão largo, convexidade excessiva e


eventualmente de baixa penetração.
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Posicionamento do Eletrodo de Maringá - UEM

• É importante um posicionamento correto do


eletrodo em relação à peça.

• Este posicionamento varia com o tipo e espessura


90°
do revestimento, com as características da junta e a
posição de soldagem e tem como objetivos:

 Evitar que a escória flua à frente da poça de


fusão, o que facilitaria o seu aprisionamento na
solda.

 Controlar a repartição de calor nas peças que 20-30°

compõem a junta (importante na soldagem de juntas


formadas por peças de espessuras diferentes).

 Facilitar a observação da poça de fusão.

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Ponteamento de Maringá - UEM

• A finalidade do ponteamento é permitir a correta fixação das peças a soldar, mantendo uma
posição relativa entre as peças, garantindo a manutenção de uma abertura de raiz adequada.
• Consiste em executar cordões curtos distribuídos ao longo da junta.
• A sequência dos pontos deve ser estudado a fim de evitar ou minimizar distorções, abertura ou
fechamento das bordas.
• Uma técnica recomendável é partir do centro para as extremidades.
• O comprimento do ponto é determinado em função da experiência do soldador, podendo-se utilizar
de 1,5 a 3 vezes a espessura da chapa.
• O ponteamento pode afetar a qualidade final do conjunto soldado, devendo também ser objeto de
especificação.

Sequência e disposição do ponteamento. Dispositivo de pré-fixação (ponte/cachorro).

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Ponteamento de Maringá - UEM

• Os pontos poderão ser executados com eletrodo de diâmetro menor do que aqueles
que serão usados durante a soldagem, para assegurar uma penetração conveniente em
fundo de chanfro.
• Cada ponto ter comprimento suficiente para que não ocorra a sua ruptura sob efeito
das deformações ocorridas durante a soldagem.
• Tais pontos devem ser totalmente refundidos ao longo da operação ou removidos por
meios mecânicos.

Espaçador:
Φ do arame
igual a
abertura de
raiz

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Ponteamento de Maringá - UEM

Recurso utilizado para fixação


das peças, permitindo o passe
de raiz.

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Comparação de cordões de solda de Maringá - UEM

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Exemplos de soldagem
SMAW
A – Corrente de soldagem muito baixa D – Velocidade de soldagem muito alta

B – Corrente de soldagem muito alta E – Velocidade de soldagem muito baixa

C – Arco muito longo F – Parâmetros de soldagem adequados


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Comparação de cordões de solda de Maringá - UEM

A B C D E F G

These welds were cut and etched


with nitric acid to show penetration

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Movimentação do Eletrodo de Maringá - UEM

O trançamento (tecimento) pode ser feito em vários padrões dependendo do


tipo de solda, da preparação da junta e da habilidade do soldador.

A movimentação trançada (tecimento) durante a


solda é usado quando é necessário um
cordão espalhado ou trançado. Cordões
trançados são normalmente usados quando
são feitas soldas de topo e de ângulo.

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Movimentação do Eletrodo de Maringá - UEM

Soldagem Vertical

Soldagem Sobre Cabeça

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Movimentação do Eletrodo de Maringá - UEM

• Inclinação do eletrodo:

A inclinação incorrera do eletrodo em relação ao eixo da junta poderá


acarretar inclusão de escórias, mordeduras, desigualdade na perna do
filete, recobrimento, etc.

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Técnicas de Soldagem de Maringá - UEM

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Técnicas de Soldagem de Maringá - UEM

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Técnicas de Soldagem de Maringá - UEM

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Técnicas de Soldagem de Maringá - UEM

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Técnicas de Soldagem de Maringá - UEM

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Técnicas de Soldagem de Maringá - UEM

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Técnicas de Soldagem de Maringá - UEM

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Técnicas de Soldagem de Maringá - UEM

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Soldagem de Tubulações de Maringá - UEM

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Soldagem de Tubulações de Maringá - UEM

Oscilação em Zigue-Zague Oscilação em Meia-Lua

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Vantagens do Processo de Maringá - UEM

• Grande versatilidade:
− de ligas soldáveis.
− de operacionalidade.
− de características
mecânicas e
metalúrgicas do cordão.

• Baixo custo quando


comparando com outros
processos de solda a
arco.

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Desvantagens do Processo de Maringá - UEM

• Baixa produtividade
(comparado com outros processo de soldagem a arco)

• Baixa Taxa de Deposição


(comparado com outros processo de solda a arco)

• Fator de ocupação do soldador < 40%

• Cuidados especiais com eletrodos

• Mão de obra especializada (processo manual)

• Gases e fumos
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