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Universidade Save

Extensão da Massinga
Curso: Licenciatura em Ensino de Biologia
Docente: Med. Jonas Manhice
Nome: Renalda Luciano Machonga
Ficha Bibliográfica: PRIETO, B. G. Comunicação eficaz – Teoria e prática de
comunicação humana. Editora Escolar. Lisboa. 2014
Tema: Comunicação não-verbal

Página
Notas/ Resumo/Citações/ Observações/
Comentários
A
Importância da comunicação não-verbal comunicação
não-verbal
Um conhecido provérbio árabe diz que quem não consegue entender um está sempre
olhar dificilmente compreenderá uma longa explicação. presente,
A comunicação não-verbal está sempre presente, voluntária ou voluntária ou
involuntariamente. As classificas investigações realizadas por Albert involuntariam
Mehrabian sobre a comunicação de atitudes revelaram o importante ente. As
contributo dos aspectos não-verbais para a mesma. classificas
 Os gestos transmitem 55 por cento; investigações
 O tom da voz 38 por cento; realizadas por

 As palavras 7 por cento. Albert

Estas percentagens mostram que o conteúdo verbal tem uma importância Mehrabian
muito relativa na comunicação das atitudes. sobre a

Mais de 90 por cento transmite-se através do volume, do timbre e do tom comunicação


da voz, dos olhares, dos gestos, dos movimentos das mãos, das pernas e de atitudes

da postura. revelaram o

Se pode captar perfeitamente a violência de uma discussão ou importante


cumplicidade entre duas pessoas, mesmo que estejam a falar numa contributo dos
língua desconhecida. aspectos não-
verbais para a
Para lá da comunicação explícita mesma.

Muitas mensagens que recebemos não aparecem literalmente nas


palavras faladas ou escritas. A capacidade para ler entre linhas vai-se
desenvolvendo quase desde que nascemos. Recebemos algumas
mensagens de forma indirecta, por comportamentos ou acções
determinadas, estas podem oferecer informações que contradizem as
palavras e que podem ter maior peso (PRIETO:2014).
Um sorriso é difícil interpretar se não tivermos mais informações
complementares. Este poderia indicar-nos se se trata de um sorriso de
cortesia, de alegria, irónico ou trocista. O seu significado variará em
função do contexto mas, sobretudo a partir da informação complementar
que nos pode fornecer um conjunto de elementos que a acompanham.
Este tipo de comunicação pode ter um carácter tanto voluntário como
involuntário. De modo geral, é mais difícil de ser falsificado. E pode
fornecer informações muito valiosas sobre a pessoa que a transmite.
Algumas mensagens são emitidas e recebidas apenas através de acções O
sem necessidade de mediação da palavra: conhecimento
a) Um piscar de olhos pode expressar cumplicidade; do contexto
b) Chegar a hora prevista pode comunicar que se é uma pessoa situacional,
organizada e pontual. cultural e
c) Responder com rapidez a uma mensagem ou uma chamada social
telefónica pode indicar atenção e interesse. oferecerá
algumas
A primeira impressão pistas para
decifrar
A primeira impressão que se recebe de uma pessoa pode afectar de correctamente
forma importante o modo como comunicam com ela, influenciando o a informação.
curso das futuras interacções. Quando conhecemos alguém e temos
pela primeira vez uma conversa com ela, os nossos sentidos
reservam um tempo inicial especialmente a observar e registar
informações sobre as suas características físicas, as feições do rosto,
a sua presença física ou indumentaria.
Os sentidos oferecem-nos uma informação inicial, principalmente
visual. A partir desse dado, normalmente de uma forma involuntária,
faz-se juízos de valor sobre a pessoa, sua forma de ser e de agir.
É possível que mesmo sem que a pessoa esteja fisicamente presente,
desenvolvemos inferências e hipóteses a partir do seu tom da voz ao
telefone, da imagem que aparece numa fotografia ou alguns traços e
características com as quais no-la descrevem. Estabelecem antes uma
comunicação com uma pessoa a partir da imagem mental construída.

Interpretação da comunicação não-verbal

De modo gera, é difícil fingir a linguagem corporal, dado que a


maior parte dos conteúdos não-verbais se manifestam de forma
involuntária. E a informação que fornecem normalmente capta-se e
processa-se a nível inconsciente.
Para se interpretar correctamente a comunicação se deve seguir alguns
critérios e ter em conta algumas observações:
1- Partir da ideia de que os indicadores não-verbais devem ser
analisados e interpretados globalmente, em conjunto e não
isolados uns dos outros.
O conhecimento do contexto situacional, cultural e social oferecerá
algumas pistas para decifrar correctamente a informação.
As diferentes culturas atribuem aos gestos às distâncias, interpretações
que por vezes diferem bastante.

Principais sinais e indicadores não-verbais


1) Postura aberta
a) Mãos abertas e pulsos virados para cima;
b) Abertura de braços;
c) Camisa ou casaco por abotoar.
2) Sinceridade
a) Olhar nos olhos e manter o olhar;
b) Levar a mão ao coração;
c) Mostrar palmas das mãos.
3) Postura fechada, defensiva
1- Braços cruzados sobre o peito, pernas cruzadas;
2- Casaco fechado;
3- Objectos colocados entre os interlocutores;
4- Mãos com dedos entrelaçados à altura da cara.
4) Segurança, confiança, decisão, desafio
a. Mãos nas ancas e cotovelos para trás;
b. Olhar fixamente nos olhos;
c. Juntar as partes dos dedos das duas mãos.
5) Frustração, autodomínio
a) Levar as mãos à cabeça;
b) Pôr a mão na nuca;
c) Braços para trás, uma mão agarrando o pulso contrario;
d) Cerrar punhos;
e) Bater em cima da cabeça;
f) Agarrar-se a algum objecto.
6) Nervosismo
o Beliscar a orelha;
o Coçar o nariz;
o Pigarrear;
o Brincar com objectos nas mãos;
o Tamborilar os dedos sobre a mesa;
o Tremor de voz.
7) Galanteio, cortejo
Mexer a barba, analisar o cabelo;
Humedecer os lábios;
Arranjar o nó da gravata;
Prolongar o contacto visual.
8) Atenção, interesse, concentração
a) A direcção do olhar e do corpo demostra interesse;
b) Dilatação pupilar;
c) Inclinação do corpo para frente;
d) Cabeça inclinada.
9) Aborrecimento, cansaço
i.Tapar a boca ao falar;
ii.Falar em voz baixa;
iii.Não olhar directamente ao interlocutor;
iv.Baixar ou afastar o olhar;
v.Encolher os ombros;
vi.Puxar o colarinho da camisa.
10) Desconfiança
 Olhar de esguelha ou de lado;
 Inclinar a cabeça;
 Esfregar o bigode com o indicador;
 Coçar atrás da orelha.
11) Análise, avaliação mediação
 Acariciar o queixo;
 Pôr a mão na cara com o indicador sobre a bochecha e outro dedo
tapar a boca.
12) Desacordo, recusa
 Recusar abertamente com a cabeça;
 Retirar-se para trás;
 Tirar uma pequena partícula de roupa.

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