Você está na página 1de 3

PROFESSOR: GILBERTO FACCO

Medicina Veterinária 3° semestre – Noturno

Alunas: Fernanda Tiburcio e Regieli Cristini

Campo Grande
PARVOVIROSE CANINA

É uma zoonose, que é causada por um vírus de tamanho extremamente pequeno, o


Parvovírus, observado em diversos animais, cujo vírus pertence a família Parvoviridae.

É uma das viroses mais conhecidas e mais contagiosas entre os animais domésticos,
sendo também chamada de Enterite canina parvoviral. Essa doença apresenta alta
mortalidade, principalmente entre cães jovens e de raças puras ou animais mais fracos
e debilitados por verminoses ou outras moléstias.

É sugerido que devido a semelhança antígena com o vírus da panleucopenia felina, o


vírus da parvovirose canina seja um mutante de uma linhagem de campo do vírus
felino.

No homem, o vírus da parvovirose aparentemente combina com outros adenovírus,


causando infecções no trato respiratório e infecção nos olhos, algo parecido com
conjuntivite. A doença no homem não tem tanta gravidade e nem consequências se
comparada ao cão. No cão a doença se estabelece principalmente no aparelho
digestivo, provocando de início elevação térmica que pode atingir altos índices (41°C),
exceto em animais adultos e mais velhos nos quais ocorre hipotermia. O animal se
torna sonolento e sem apetite, apresente também vômitos. Alguns animais apresentam
também tosse, além de inchaço dos olhos ou inflamação da córnea. O estômago
também fica inflamado, junto com os intestinos, principalmente as porções delgadas e
com eles também o fígado e seus anexos, adquirindo então as fezes de aspecto
esbranquiçada ou cinzenta.

O Parvovírus canino responsável por gastrointerite aguda parece estar limitado


somente aoa canídeos. Infecções naturais tem sido descritas em cães domésticos;
cães-do-mato;coiotes;lobinhos e lobos-guarás. O vírus é transmitido pela eliminação
fecal e a porta de entrada é a via oral. Acredita-se que a disseminação da doença se
da muito mais pela persistência do vírus no meio ambiente do que pelos portadores
assintomáticos.

Filhotes com menos de seis meses de idade apresentam uma necessidade maior de
hospitalização do que os animais mais velhos. A parvovirose em cães tem maior
incidência durante os meses quentes do ano. As fezes contaminadas são a fonte
primária de infecções da parvovirose.

Após a exposição oral, o vírus se localiza e infecta os linfonodos regionais da faringe e


tonsilas. A partir dai, o vírus ganha a corrente circulatória e invade vários tecidos,
incluindo o timo, baço, os linfonodos, a medula óssea, os pulmões e finalmente o jejuno
distal e o íleo, onde ele continua a se replicar. A replicação causa necrose das criptas
do epitélio do intestino delgado, com ebentual destruição das vilosidades.

O vírus também pode causar lesão em outros órgãos que invade, contribuindo para
múltiplos sintomas como linfopenia, miocardite e sinais respiratórios.

Até cerca de quatro semanas de idsde, o crescimento do epitélio intestinal é muito


lendo, mas a medida que o cão envelhec a infecção se estabelece no intestino, levando
a enterite.

A doença normalmente se apresenta como um episódio gastroentérico severo,


altamente contagioso e as vezes hemorrágico. Em muitos casos, os animais afetados
podem se desidratar rapidamente e morrer 24 ou 48 horas após o aparecimento dos
sintomas. Os sinais clínicos geralmente aparecem de 2 a 4 dias após a exposição
inicial. A medida que a doença evolui, a temperatura geralmente volta ao normal, antes
de se tornar subnormal, quando então o animal morre por choque. Durante a fase de
recuperação, os sinais clínicos regridem rapidamente dentro de 5 a 10 dias depois de
seu aparecimento.

Nos casos em que o filhote não recebeu o colostro e a mãe não foi vacinada
anteriormente, é necessário que o filhote seja vacinado com 45 dias de vida. A vacina
contra o vírus da parvovirose deve ser aplicado em fêmeas gestantes, mesmo que
tenham sido vacinadas anteriormente. Após o parto, na amamentação
(preferencialmente durante o colostro), a imunidade conferida pela vacina aplicada na
mãe, vai ser transferida paranos filhotes, prevenindo eles da doença até terem idade
adulta para ser vacinados.

Durante o quadro clínico da doença, o animal infectado deve ser mantido isolado dos
outros cães da casa, devendo-se evitar também a contaminação de jardins e lugares
difíceis de ser desinfectado. A desinfecção doméstica é problemática pois o vírus é
altamente resistente, principamente em ambientes que não recebem sol diretamente.
Acredita-se que o vírus possa sobreviver por mais de seis meses em condições
normais de temperatura e umidade no meio ambiente.

Você também pode gostar