Veículo

Empresa incorpora
carro elétrico à frota

sustentável

EMPRESA
Lucro de R$ 1,9 bilhão
no ano passado. Pág. 5

DISTRIBUIÇÃO
Programa prioriza convívio
entre rede elétrica e
Ano XXXII - Nº 03
arborização urbana. Pág. 12 Abril 2009
 cOMERcIALIZAÇÃO
Empresa é destaque
em leilão de ajuste
No dia 20 de fevereiro, a Câmara de
Comercialização de Energia Elétrica
(CCEE) promoveu o 9º Leilão de Ajustes.
O objetivo foi proporcionar a oportunida-
de para que distribuidoras de todo o Sis-
tema Interligado Nacional (SIN) pudes-
sem comprar energia, limitada a 5% de
sua carga, para atendimento aos seus
mercados este ano.
A Gerência de Operação de Compra
e Venda de Energia no Atacado (CV/AT),
responsável pela execução da compra
de energia para atendimento ao merca-
do da Cemig, bem como para a venda
para distribuidoras e comercializadoras,
marcou presença no leilão, representan-
do a Empresa e suas subsidiárias. Na
área de geração, a Cemig foi a principal
vendedora do leilão, com 262 MW mé-
dios a um preço médio de
145,73/MWh, o que correspondeu a uma
receita de R$ 334 milhões.
Na área de comercialização, a Cemig
foi a segunda maior compradora, nego-
ciando contratos no valor de R$ 179 mi-
lhões, com 141 MW médios. “Fomos o
principal player do mercado, tendo ven-
dido um volume expressivo de energia
em um momento de redução de deman-
da em consequência da crise mundial e
ao mesmo tempo compramos energia
para atendimento ao mercado dentro dos
limites que nos permitem o repasse inte-
gral dos custos às tarifas”, avalia o ge-
rente da CV/AT, Marcos Aurélio Alvarenga
Pimentel Junior.
2 Ce­m ig­No­t í­c ias­ l Abril l 2009
Segundo ele, o sucesso da Cemig no
leilão é fruto de várias ações integradas
com outras áreas da Empresa, responsá-
veis por ações como, por exemplo, o pla-
nejamento de mercado, a avaliação dos
riscos e dos concorrentes e definição da
estratégia adequada de operação no lei-
lão. Essas ações são discutidas no Co-
mitê de Gerenciamento de Riscos de
Energia (CGRE), que recomenda à Dire-
toria uma estratégia de atuação nos lei-
lões.
América do Sul
Em março, a Cemig, por meio da
CV/AT, celebrou contrato para exportar
energia para o Uruguai este ano. De
acordo com José Raimundo Dias Fonse-
ca, superintendente de Compra e Venda
R$ de Energia no Atacado (CV), uma das
premissas desse tipo de operação é que
a venda da energia não prejudique a se-
gurança do abastecimento ao SIN. “Por
isso, o lastro dessa venda é a Usina Ter-
melétrica Igarapé (foto), que só será des-
pachada para exportação se não for ne-
cessária para o abastecimento interno do
Brasil”, explica José Raimundo. O supe-
rintendente espera, ainda, fechar contra-
to semelhante para a Argentina nas pró-
ximas semanas.
Para o restante do ano, a CV/AT ain-
da espera lançar editais de leilões, tanto
no Ambiente de Contratação Regulada
(ACR) como no Ambiente de Contrata-
ção Livre (ACL) e talvez o 1º Leilão de
Créditos de Carbono da Cemig. “Além
dos leilões de energia, temos também a
atribuição de comercializar os créditos
de carbono da Companhia. A realização
desse leilão depende do andamento
dos potenciais projetos da Empresa
bem como da estratégia de venda, já
que, em função da crise internacional,
os preços caíram muito desde outubro
do ano passado”, complementa Marcos
Pimentel.
Di­re­tor-Pre­si­den­te:­
Djal­ma­Bas­tos­de­Mo­rais­
Di­re­tor­Vi­ce-Pre­si­den­te:­
Ar­lin­do­Por­to­Ne­to
Di­re­tor­de­Dis­tri­bui­ção­e­Co­mer­cia­li­za­ção:­
Fer­nan­do­Hen­ri­que­Schuff­ner­Ne­to
Di­re­tor­de­Fi­nan­ças,­Re­la­ções­com­
In­ves­ti­do­res­e­Con­tro­le­de­Par­ti­ci­pa­ções:
­Luiz­Fer­nan­do­Rol­la
Di­re­tor­de­Ge­ra­ção­e­Trans­mis­são:
­Luiz­Hen­ri­que­de­Cas­tro­Car­va­lho
Di­re­tor­de­Ges­tão­Em­pre­sa­rial:­
Mar­co­An­to­nio­Ro­dri­gues­da­Cu­nha
Di­re­tor­de­De­sen­vol­vi­men­to­de­
No­vos­Ne­gó­cios:­
Jo­sé­Car­los­de­Mat­tos
Di­re­tor­Co­mer­cial:
Ber­nar­do­Afon­so­Sa­lo­mão­de­Al­va­ren­ga
Di­re­tor­de­Gás:
Jo­sé­Car­los­de­Mat­tos­(cu­mu­la­ti­va­men­te)
CEMIG NO TÍ CIAS
Pu­bli­ca­ção­men­sal­da­CE­MIG
Edi­ta­do­pe­la­Su­pe­rin­ten­dên­cia­de
Co­mu­ni­ca­ção­Em­pre­sa­rial­(CE)­
Av.­Bar­ba­ce­na,­1200­-­19º­an­dar
Tel:­(31)­3506­4949/­3506­2052­­
Fax:­(31)­3506­2039/­3506­2023
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Coor­de­na­ção­de­Edi­ção:
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Ke­nia­Ro­dri­gues
Jo­na­tas­An­dra­de
Equi­pe­de­Re­da­ção:
J­ oão­Ba­tis­ta­Pe­rei­ra
Ana­Pau­la­Mo­rais
Lui­za­Cam­pos
Jo­na­tas­An­dra­de
Ci­be­le­An­dra­de
Ke­nia­Ro­dri­gues
Mar­ce­lo­Mi­che­rif­
Ra­phael­Jar­dim
Adelle­Soares
Fo­tos:
Eu­gê­nio­Pac­cel­li
Ro­nal­do­Gui­ma­rães­
Gláu­cia­Ro­dri­gues­e­co­la­bo­ra­do­res
Edi­to­ra­de­Ar­te: Cláu­dia­Tar­ta­glia
Pro­je­to­Grá­fi­co­e­Dia­gra­ma­ção:
C&T­De­sign­-­Cláu­dia­Tar­ta­glia
Reg.­­Prof.­3.511/MG
Im­pres­são:­Es­de­va­In­dús­tria­Grá­fi­ca
Ti­ra­gem:­22.000­exem­pla­res
Fi­lia­do­à­­
Mis­são­da­Ce­mig:­­Atuar­no­se­tor­de
ener­gia­com­ren­ta­bi­li­da­de,­qua­li­da­de­e
res­pon­sa­bi­li­da­de­so­cial­
 GESTÃO

Pregões eletrônicos geram economia

A Cemig alcançou a marca de mil pre-
gões eletrônicos realizados. Essa modali-
dade de contratação resultou em uma
economia de R$ 93 milhões nas compras
de materiais e serviços, desde a sua im-
plantação na Empresa, no início de 2007.
Os cálculos são da Gerência de Contrata-
ção de Serviços e Soluções Integradas
(MS/CS) e da Gerência de Suprimento de
Material (MS/MT).
O pregão é uma modalidade de licita-
ção para aquisição de bens e serviços co-
muns, na qual a disputa pelo fornecimen-
to é feita em sessão pública, por meio de
propostas e lances, em que vence a pro-
posta de menor preço. Anderson Fagun-
des Duarte, gerente da MS/CS, explica
que o pregão pode ser realizado nas for-
mas presencial ou eletrônica. Na primeira,
as empresas licitantes comparecem ao ór-
gão licitador e apresentam suas propos-
tas verbalmente. Na segunda, todo o pro-
cesso do pregão é realizado eletronica-
Delgado Costa. Segundo ele, essa forma
traz diversas vantagens, como agilizar o
processo de pregão e facilitar a fiscaliza-
ção do processo, já que ele é todo infor-
matizado. Wagner também explica que,
ao intensificar a utilização do pregão nas
contratações, a Cemig tem adotado as
melhores práticas de mercado e as pre-
missas definidas pelo governo federal e
estadual nas compras de materiais e ser-
viços.
Iniciativa
A Cemig, em iniciativa pioneira com a
Secretaria de Estado de Planejamento e
Gestão (Seplag), elaborou duas propos- inovações do processo, o prazo de reali-
tas de aperfeiçoamento da modalidade zação dos processos de sua gerência po-
pregão, que foram transformadas em de- derá ser reduzido em até 50%.
cretos estaduais, publicados em abril do A iniciativa conjunta rendeu à Seplag
ano passado. Um deles altera o procedi- o Prêmio 19 de Março, na categoria Legis-
mento de licitações nessa modalidade e o lação de Pregão no Âmbito de Estados e
outro regulamenta o Sistema de Registro Municípios – Melhor Inovação em Regula-
de Preços Permanente. mentação Estadual e Municipal. A premia-
O

mente, sem a presença física dos repre-
sentantes das empresas licitantes.
A forma eletrônica de pregão é a mais
utilizada pela Superintendência de Supri-
mento de Material e Serviços (MS), de
acordo com o superintendente Wagner
Essas alterações, propostas pela
Cemig e a Seplag, estão trazendo maior
agilidade ao processo licitatório e criando
novas opções de aquisição, explica Rosa-
na Figueiredo de Carvalho, gerente da
MS/MT. De acordo com Rosana, com as
ção foi conferida à Seplag durante o 4
Congresso Brasileiro de Pregoeiros e tem
como objetivo incentivar os pregoeiros do
País. A participação da Cemig, mentora
das propostas de alteração, foi fundamen-
tal na premiação da Seplag.

Parceria com CDL/BH agiliza atendimento

A Cemig assinou convênio com a
Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo
Horizonte (CDL/BH) para oferecer aten-
dimento aos seus associados por inter-
médio do Balcão de Relacionamento,
um novo serviço da entidade, disponível
por telefone, internet e pessoalmente. O
Balcão de Relacionamento, lançado no
dia 26 de março, com a presença dos
superintendentes de Relacionamento
Comercial (RC), Márcio Baumgratz Del-
gado, e Regional de Distribuição Centro
(DC), José Aloise Ragone (foto), tem o
objetivo de levar as demandas dos em-
presários da capital mineira às diversas
esferas da sociedade.
Para o superintendente Márcio associados. Os atendimentos podem ser
Baumgratz Delgado, a parceria vem ao feitos por telefone (31) 3249-1666, site
encontro da missão da Empresa. ”A (www.cdlbh.com.br) ou pessoalmente.
CDL/BH está ajudando a Cemig a estar
mais perto da sociedade e atender me-
lhor os nossos clientes”, afirmou.
O presidente da CDL/BH, Roberto Al-
feu, explica que o Balcão de Relaciona-
mento não irá substituir o atendimento
prestado pelos órgãos públicos. “O ob-
jetivo é procurar agilizar as soluções dos
casos recebidos, aprimorando o relacio-
namento e o atendimento aos lojistas.”
O Balcão de Relacionamento possui
pessoal próprio da entidade, capacitado
a atender e registrar as demandas dos

Ce­m ig­No­tí­c ias­ l Abril l 2009 3

 GESTÃO

In­f OR­M E­Ef­f I­c IEn­T IA

Termelétrica é
conectada ao sistema
da Cemig
A Efficientia está executando mais uma
obra de conexão de usina termelétrica
com o sistema elétrico da Cemig. Trata-se
da Usina Monte Alegre, do Grupo Adecoa-
gro, localizada no município de Areado, no
Sul de Minas.
O serviço refere-se à construção de
uma linha de transmissão na tensão de 69
kV de circuito simples, com capacidade de
transmissão de 15 MW, estruturas metáli-
cas e cabo condutor Linnet, com 11,14 km
de extensão, ligando a subestação da Usi-
na Monte Alegre à Subestação Areado 2,
da Cemig.
A Usina Monte Alegre é um empreendi-
mento sucroalcooleiro com capacidade de
esmagamento de 1,2 milhão de toneladas
de cana-de-açúcar, por ano. A capacidade
de geração da usina termelétrica, que de-
verá estar concluída até maio deste ano,
será de 16 MW, dos quais 4 MW serão pa-
ra consumo próprio. Os 12 MW restantes
deverão ser injetados no sistema elétrico
da Cemig. Essa geração de energia oriun-
da da biomassa é suficiente para suprir
com energia elétrica 55 mil residências.
De acordo com o engenheiro Dieter
Kux, coordenador do projeto por parte da
Efficientia, a obra encontra-se rigorosa-
mente dentro do cronograma previsto e
deve ser concluída até o final de abril. A
implementação de mais
esse projeto conjunto faz
parte do esforço
Cemig no sentido de con-
tribuir firmemente para a
viabilização do projeto es-
truturador do Estado de
Minas Gerais, no que se
refere à implantação das
empresas de açúcar e ál-
cool no Estado.
Encontro Jurídico reúne
magistrados em Varginha
A Cemig, em parceria com a Escola Judi-
cial Edésio Fernandes (Ejef), do Tribunal de
Justiça de Minas Gerais (TJMG), organizou
O
na cidade de Varginha o 1 Encontro Jurídico
Regional (Enjur). O objetivo do evento, reali-
zado nos dias 6 e 7 de março, foi trocar ex-
periências sobre questões jurídicas relativas
à Empresa. O encontro contou ainda com a
participação das comarcas de Governador
Valadares, Juiz de Fora e Montes Claros, por
meio de videoconferência.
O encontro, o primeiro de uma série que
será promovida durante este ano, foi organi-
zado pela Gerência de Coordenação da Pro-
teção da Receita e Utilização de Energia
(RC/PR). De acordo com o gerente Sérgio
Mourthé, essa é uma possibilidade de levar
aos magistrados mineiros, de forma estrutu-
rada e isenta, informações sobre a legislação
e regulamentação do setor elétrico. “Isso per-
mite aos juizes melhorarem o entendimento
sobres temas do setor, o que se traduzirá em
decisões mais consistentes da Justiça minei-
ra nas demandas envolvendo a Empresa”,
explica Sérgio.
A abertura do evento foi realizada pelo
desembargador Reynaldo Ximenes, superin-
tendente da Ejef, e teve como palestrante o
da
Técnicos esclareceram dúvidas dos magistrados sobre ligações irregulares e furto de energia
ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ)
João Otávio de Noronha. Representando a
Cemig, também estiveram presentes no
evento os superintendentes de Relaciona-
mento Comercial (RC), Márcio Baumgratz
Delgado, Jurídico (JR), Manoel Bernardino
Soares, e de Compra e Venda de Energia no
Atacado (CV), José Raimundo Dias Fonseca.
Além das palestras realizadas durante o
encontro, técnicos da Cemig forneceram ex-
plicações técnicas sobre ligações irregulares
e furto de energia. As demonstrações foram
feitas com equipamentos e imagens ilustrati-
vas, e tinham como objetivo ajudar na orien-
tação aos magistrados.
O encontro em Varginha foi o primeiro
dos três eventos do tipo que serão realizados
durante o ano. O segundo está programado
para acontecer em Uberlândia e o terceiro
ainda não tem local definido para realização.

4 Ce­mig­No­t í­c ias l Abril l 2009

 EMpRESA

Cemig tem lucro de R$ 1,9 bilhão no ano passado

A Cemig apresentou lucro líquido consolida-
do em 2008 de R$ 1,9 bilhão – um crescimento
de 8% sobre o lucro líquido do ano passado. O
presidente da Empresa, Djalma Bastos de Mo-
rais, ressaltou que os excepcionais resultados
apresentados pela Companhia, no ano passa-
do, refletem o sucesso do Plano Diretor e da es-
tratégia a ele ligada, reafirmando a liderança da
Cemig no cenário nacional.
"Apesar da recente deterioração das condi-
ções econômicas mundiais, mantemos inaltera-
do nosso planejamento econômico-financeiro,
incluindo investimentos, amortizações de dívida
e pagamento de dividendos. Vamos continuar
crescendo com sustentabilidade e disciplina fi-
nanceira", afirmou Djalma Morais.
A Cemig é atualmente uma holding com 49
empresas e 10 consórcios, atuando em 15 esta-
dos brasileiros e no Chile, em todos os segmen-
tos do setor de energia elétrica, assim como na
exploração e distribuição de gás natural, teleco-
municações e eficiência energética.
Uma das principais subsidiárias do grupo, a
Cemig Distribuição, que distribui eletricidade a
mais de 6 milhões de consumidores em Minas
Gerais, teve suas tarifas reduzidas em 12%, a
partir de abril do ano passado, beneficiando as-
sim a população e as indústrias mineiras, ao di-
vidir os seus ganhos de produtividade com os
consumidores. Isso fez com que o lucro líquido
da distribuidora sofresse uma redução de mais
de 8%, no ano. Porém o desempenho nas ou-
tras empresas da holding, como a Cemig Gera-
ção e Transmissão, a Light, distribuidora de ele-
tricidade que atua na cidade do Rio de Janeiro e
região metropolitana, e a TBE, conjunto de sete
linhas de transmissão no Norte e no Sul do País,
contribuíram para o crescimento da rentabilida-
de do grupo. o acerto de nossa estratégia de crescimento via Além disso, a participação de acionistas estran-
O Lajida, indicador que mede a geração de aquisições e novos projetos", destacou. geiros no capital da empresa se manteve inalte-
caixa operacional, da Cemig apresentou um rada, demonstrando a confiança do investidor
crescimento de 1%. O diretor de Finanças, Rela-
Desempenho das ações internacional. "O desempenho das nossas
ções com Investidores e Controle de Participa- A Cemig possui mais de 115 mil acionistas ações em 2008 demonstram que nossa estraté-
ções, Luiz Fernando Rolla, ressaltou que a Com- em 45 países e tem suas ações negociadas nas gia, de crescer de forma sustentável respeitan-
panhia continuou a apresentar uma geração de bolsas de São Paulo, Nova York e Madri. No ano do o meio ambiente, com responsabilidade so-
caixa robusta. "Nosso Lajida alcançou a cifra de passado, sua ação de maior liquidez teve uma cial e com o compromisso de agregação de va-
R$ 4,1 bilhões, com uma margem que atingiu valorização de 5%, enquanto que o Ibovespa, ín- lor, encontra-se alinhada com os anseios dos
38%, patamar em linha com os valores estima- dice de referência da Bolsa de Valores de São nossos acionistas", afirmou o diretor Luiz Fer-
dos em nossas projeções financeiras, refletindo Paulo, apresentou uma desvalorização de 41%. nando Rolla.

Ce­m ig­No­tí­c ias­ l Abril l 2009 5

 TEcnOLOGIA
Veículo ecologicam
Cemig adota carros elétricos em sua frota
A
Cemig apresentou, no dia 25 de
março, quatro veículos movidos
exclusivamente por energia elé-
trica que serão utilizados em caráter ex-
perimental na frota da Empresa. O obje-
tivo é avaliar o desempenho operacional
dos veículos e seu impacto no sistema
de distribuição de energia elétrica. Trata-
se de uma parceria com as empresas
Itaipu Binacional, Fiat Automóveis e a
suíça KWO - Kraftwerke Oberhasli AG, vi-
sando à introdução e ao aperfeiçoamen-
to dos veículos elétricos no mercado bra-
sileiro.
Os recursos investidos pela Cemig
somam R$ 850 mil, correspondentes à
aquisição dos carros, ao treinamento de
equipe, às despesas operacionais e à
estruturação de postos de abastecimen-
to nas unidades da Empresa. Inicialmen-
te, a parceria terá vigência de 20 meses,
período no qual a Cemig utilizará os veí-
culos em seus trabalhos, a fim de estu-
dar as potencialidades e possibilidades
de melhorias. Os protótipos serão avalia-
dos por uma equipe técnica da Cemig
quanto ao desempenho e robustez.
Para o gerente de Alternativas Ener-
géticas (TE/AE), André Martins Carvalho,
"o veículo elétrico, por utilizar energia elé-
trica renovável, é uma solução ambien-
talmente sustentável para o trânsito ur-
bano e um ótimo cliente para as distri-
buidoras de energia elétrica, pela possi-
bilidade de recarga durante a madruga-
da, período em que há maior disponibili-
dade do sistema elétrico", afirma. Para o
gerente, com as inovações tecnológicas
incorporadas, esses veículos já alcan-
çam autonomia adequada para muitas
aplicações.
Segundo o coordenador de Planeja-
mento e Estratégia de Produto da Fiat,
Leonardo Gaudêncio Cavaliere, assim
6 Ce­mig­No­tí­c ias­ l Abril l 2009
como na Europa, seria interessante que
o Brasil adotasse a utilização dos carros
elétricos principalmente no perímetro ur-
bano, onde há maior concentração de
poluentes e o gasto de combustível tam-
bém é maior, em virtude dos congestio-
namentos. “Trata-se de uma opção que
trará bons retornos para toda a popula-
ção”, afirmou Cavaliere.
Essa tecnologia cria um novo merca-
do para as distribuidoras de energia.
Além disso, no futuro, a energia armaze-
nada nos veículos, através das baterias,
passa a ser uma garantia de energia pa-
ra o sistema elétrico (demanda no horá-
rio de ponta por exemplo). Por outro la-
do, os usuários dos veículos elétricos po-
dem ser beneficiados pelo suprimento
de uma energia barata quando houver
aumento da oferta de energia no sistema
elétrico.
No longo prazo, o projeto do veículo
elétrico poderá gerar novos negócios pa-
ra a Cemig por meio da nacionalização transporte veicular. O motor elétrico de-
de componentes e de inovações tecno- manda menos manutenção, é mais eco-
lógicas, além de direitos de propriedade nômico e possui maior rendimento em
intelectual como novas patentes, mode- relação ao motor a combustão interna.
los de utilidade e desenho industrial. Enquanto esses motores tradicionais têm
rendimento da ordem de 18%, os moto-
Diferencial res elétricos chegam a 95%. O engenhei-
Os veículos elétricos são silenciosos ro de normalização e tecnologia Virgílio
e não emitem poluentes. Utilizam energia Almeida Medeiros, da TE/AE, explica que
elétrica a custo inferior ao do combustí- em termos de custo, rodar cem quilôme-
vel fóssil tradicionalmente utilizado no tros em um veículo a gasolina ou a álcool

ente correto
fica em torno de R$ 30, enquanto no carro
elétrico a mesma distância custa R$ 10.
A frota da Cemig vai utilizar veículos
montados na plataforma mecânica do Pa-
lio Weekend, escolhido pela versatilidade
e espaço interno e por sua capacidade de
atender às necessidades de transporte na
Cemig em pequenos trajetos na área ur-
bana de Belo Horizonte. As suspensões
foram recalibradas em função da nova dis-
tribuição de massa e da alteração do cen-
tro de gravidade do veículo, depois que fo-
ram retirados o motor mecânico conven-
cional, o tanque de combustível e o siste-
ma de escapamento. Os sistemas de dire-
ção, freio e comandos periféricos foram
mantidos.
O conjunto de energia e tração é cons-
tituído pela bateria, que pesa 165 kg e fica
localizada no porta-malas e na parte dian-
teira, e pelo motor de indução trifásico de
autonomia de 120 km
temperatura da bateria
15 kW, que pesa 41,5 kg e é refrigerado a
água, sendo acoplado diretamente ao eixo
de rodas, o que aumenta ainda mais seu
rendimento. O veículo foi homologado pe-
lo Departamento Nacional de Trânsito (De-
natran).
Para Virgílio Almeida Medeiros, além de
ser favorável ao meio ambiente, o baixo
ruído apresentado pelo carro confere
maior concentração no trânsito e melhora
a dirigibilidade. “O silêncio proporcionado
pelo carro pode transformar o trânsito das
grandes cidades”, afirma o engenheiro.
A engenheira Ana Paula Santos Lelis,
da Gerência de Gestão Tecnológica
(TE/TN), uma das pessoas que fizeram o
test drive, afirma que a experiência foi di-
ferente, mas rapidamente adaptável. “No
começo é estranho o silêncio do carro e o
fato de não ter que usar o câmbio, mas em
poucos minutos acostuma-se como o no-
TEcnOLOGIA
Bateria é recarregada
em cerca de oito
horas, propiciando
Motor de indução
trifásico de
220 V, acoplado
diretamente ao
eixo de rodas
Painel mostra o
nível de carga e
vo modo de dirigir”, afirma.
Um sistema eletrônico monitora todo o
funcionamento do veiculo e permite a utili-
zação de parâmetros para otimização do
desempenho e economia de energia, no
uso tanto em locais planos quanto aciden-
tados. Esse sistema permite controlar 15
alarmes de configuração, 15 entradas e 8
saídas lógicas e 168 parâmetros ajustá-
veis e visualizar 31 diferentes medições no
painel.
Recarga
A bateria do tipo Zebra (sigla em inglês
para Zero Emission Battery Research Acti-
vity) é controlada por microprocessadores
e reciclável, pode ser recarregada mais
de 1,5 mil vezes e funciona a base de clo-
reto de sódio e sal de níquel, materiais
abundantes na natureza e não poluentes.
Não vicia e é capaz de armazenar 20 kWh.
Ce­m ig­No­tí­c ias­ l Abril l 2009 7
 EfIcIêncIA
cO­L u­n A­In­f O­v IAS
Infovias cria
escritório para a
gestão de projetos
Em função das demandas por diversos
projetos e, em especial, pelo Projeto SIM –
Sistema Integrado Multiserviços, a Infovias
decidiu implementar, a partir de novembro do
ano passado, o Escritório de Gerência de
Projetos (EGP). A iniciativa visa otimizar, em
tempo real, o desempenho individual de ca-
da projeto e centralizar todas as informações
em um único local.
Todo o trabalho de implantação do EGP
está sendo baseado nas melhores práticas
sugeridas pelo Project Management Body of
Knowledgement (PMBOK – Corpo de Conhe-
cimentos em Gerenciamento de Projetos),
um referencial teórico desenvolvido pelo Pro-
ject Management Institute, entidade america-
na responsável pela divulgação e promoção
do gerenciamento de projetos no âmbito
mundial.
Uma metodologia de gerenciamento de
projetos também está sendo desenvolvida
para a Infovias, por meio de parceria com a
Pentagrama/Netproject. “A empresa disponi-
bilizou um software, via web, que permite o
planejamento e o acompanhamento dos pro-
jetos, utilizando uma base de dados unifica-
da e disponível para acesso por todos os en-
volvidos. Além disso, eles são também os
responsáveis pela implantação do EGP, atra-
vés do suporte de seus consultores e geren-
tes de projetos, atendendo as especificações
técnicas estabelecidas pela Infovias”, explica
o gerente de Tecnologia da Informação e Re-
des IP, Willian Gonçalves Dias.
O projeto do Escritório de Gerência de
Projetos tem como meta implantar toda a
metodologia e focar a cultura da Infovias em
gestão de projetos até dezembro deste ano.
8 Ce­m ig­No­tí­c ias­ l Abril
Clientes de São Joaquim
de Bicas recebem lâmpadas
econômicas
Entre os dias 9 e 11 de março, mais de
30 profissionais da Cemig estiveram envol-
vidos na troca de 2 mil lâmpadas incan-
descentes por fluorescentes no município
de São Joaquim de Bicas, na Região Me-
tropolitana de Belo Horizonte. A iniciativa,
resultado de parceria entre as Superinten-
dências de Relacionamento Comercial
(RC) e Regional da Distribuição Centro
(DC), beneficiou 1.050 clientes da cidade.
O projeto incluiu ainda a distribuição de
cartilhas sobre prevenção de acidentes
com a rede elétrica.
Além da distribuição das lâmpadas
fluorescentes, que são quatro vezes mais
econômicas e duram até oito vezes mais
que as incandescentes, os agentes envol-
vidos também esclareceram as dúvidas
dos clientes sobre segurança e economia Cemig e dos clientes beneficiados. “É uma
de energia. “Foi o momento no qual a experiência muito gratificante a possibilida-
Cemig encantou o cliente. Não apenas pe- de de transmitir conhecimento, esclarecer
la doação, mas pelo contato direto, dentro dúvidas e resolver problemas simples de
de casa. Um trabalho completo, que orien- clientes de baixa renda”, destaca o técnico
tou sobre variação de tensão, lâmpadas em manutenção da distribuição da DC/MC,
acesas ou apagadas, situações de risco, Vander Meira Pereira.
orientações, além de blitze simultâneas e Além da cidade de São Joaquim de Bi-
palestras nas escolas”, explicou o agente cas, primeira a participar da iniciativa, An-
comercial da Gerência de Relacionamento tônio Dias, Bom Repouso, Bonfinópolis de
Comercial da Distribuição Centro (DC/RC) Minas, Chiador, Conceição das Pedras,
e um dos coordenadores do projeto Ernes- Cristiano Otoni, Fronteira, Itambacuri, La-
to Antônio Souza Júnior. gamar, Machacalis, Pitangui, Pratápolis,
O resultado da força-tarefa foi o con- Santa Cruz de Salinas e Senhora do Porto
tentamento geral dos empregados da também foram beneficiadas.
Cerca de 2 mil lâmpadas
incandescentes foram
recolhidas e substituídas
por fluorescentes
l 2009
 MEIO­AMBIEnTE­

Parceria orienta sobre embalagens de agrotóxicos

A Cemig, em parceria com o Instituto Nacional de Quando e onde devolver
Processamento de Embalagens Vazias (Inpev), está
As embalagens vazias devem ser devolvidas jun-
distribuindo o folheto Saiba como lavar e devolver
to com suas tampas e rótulos, quando o agricultor
suas embalagens vazias de agrotóxicos, com dicas e
reunir uma quantidade que justifique o transporte, na
informações para os produtores rurais. A distribuição
unidade de recebimento indicada pelo revendedor,
foi iniciada durante a Semana da Água, dos dias 23 a
que deve constar no corpo da nota fiscal. O prazo de
27 de março, e ocorre até o final do mês de abril, em
devolução das embalagens vazias é de até um ano
todo o Estado.
após a compra. Caso ainda haja produto na embala-
De acordo com o superintendente de Gestão Am-
gem, ela poderá ser devolvida até seis meses após o
biental da Geração e Transmissão (GA), Enio Marcus
vencimento.
Brandão Fonseca, o principal objetivo é conscientizar
os produtores rurais a devolverem as embalagens va-
zias de forma correta, evitando a contaminação dos
cursos de água e solo de Minas Gerais. "A contami-
nação decorrente do descarte inadequado das em-
DICAS
balagens de agrotóxicos é um dos principais proble-
mas ambientais de nosso Estado, podendo causar a No folheto os leitores encontram dicas sobre: as embalagens que podem ser lavadas e as
morte de animais e peixes e inúmeras doenças ao tra- que não podem, como prepará-las para devolução, os tipos de lavagem que devem ser feitas,
balhador rural", diz Enio Fonseca. a importância da devolução, prazos e locais.
Essa campanha de orientação conta com o apoio É preciso ficar atento, pois nem todas as embalagens podem ser lavadas. As laváveis são
do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), Ins- aquelas rígidas (plásticas ou metálicas), que acondicionam formulações líquidas de agrotóxicos
tituto Estadual de Florestas (IEF), a Empresa de As- para serem diluídas em água. As embalagens não-laváveis são as flexíveis (sacos plásticos, de
sistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e comi- papel, metalizados, mistos ou de outro material flexível), as rígidas são as que acondicionam
tês de bacias hidrográficas de Minas Gerais. Os em- produtos para tratamento de sementes e as caixas de papelão, cartuchos de cartolina, fibrola-
pregados da Cemig que trabalham na operação e tas e as embalagens termomoldáveis que acondicionam embalagens primárias e não entram
gestão ambiental de usinas e linhas de transmissão em contato direto com as formulações de agrotóxicos.
também estão participando.

Energia para a Vida marca presença no Fórum das Águas

A Cemig participou do 8º Fórum
das Águas de Minas Gerais, mos-
trando os programas institucionais e
campanhas de prestação de servi-
ços para a população, com o objeti-
vo de levar informação a seus clien-
tes e estreitar o relacionamento com
o público em geral. Para isso, a uni-
dade móvel Energia para a Vida da
Gerência de Comunicação Institucio-
nal (CE/CN) esteve presente na Pra-
ça da Liberdade, em Belo Horizonte,
de 24 a 27 de março.
Na unidade móvel Energia para a
Vida, foram apresentadas as ações
desenvolvidas pela Empresa na ges-
tão dos recursos hídricos, como o
Programa Peixe Vivo e os trabalhos
de monitoramento da qualidade da
água e controle de espécies invaso-
ras como o mexilhão dourado.
Por meio de quatro estações mul-
timídia, o consumidor pôde simular o
consumo de energia, acessar dicas
de economia de energia e de segu-
rança, identificar as usinas e obter
outras informações relativas à Cemig.
O Fórum das Águas é um dos
principais eventos tecnicoeducativos
sobre a gestão de recursos hídricos
do Brasil. Sua realização é uma ini-
ciativa do Sistema Estadual de Meio
Ambiente (Sisema) e conta com o
apoio da Cemig.

Ce­m ig­No­tí­c ias­ l Abril l 2009 9

 InTERIOR

Dia do Consumidor com blitz educativa

No dia 15 de março, foi comemorado
o Dia do Consumidor. Nas agências da
Cemig, nas ruas e nos comércios de algu-
mas regiões do Estado, os consumidores
foram homenageados pela Empresa. No
Leste de Minas, onde as comemorações
se estenderam por três dias, os consumi-
dores foram presenteados com diversos
eventos.
Nas agências de Governador Valada-
res, Itabira, João Monlevade, Teófilo Oto-
ni, Araçuaí e Almenara, no dia 13, os con-
sumidores que chegavam para atendi-
mento eram surpreendidos e saudados
por meio de faixas alusivas à data, tira-
vam suas dúvidas e ganhavam chocola-
tes. Ainda em Governador Valadares,
Ipatinga e João Monlevade, os clientes
eram abordados pela blitz da Cemig,
que distribuiu folhetos educativos no Motoristas recebem folhetos educativos em blitz nas ruas de Governador Valadares
trânsito e no comércio com os direitos e
deveres do consumidor, além de trazer
dicas sobre o uso seguro e eficiente de atendimento para prestar informações e mais populosos da cidade. Os consumi-
energia. serviços à população que passava pela dores do bairro e aqueles que passavam
Praça dos Pioneiros. pelo local tiveram acesso aos serviços
Governador Valadares Fechando essa série de eventos, no prestados pela Empresa como se estives-
Em parceria com o Procon Municipal dia 16, aconteceu o Programa Cemig nos sem numa agência de atendimento da
foi montada, no dia 14, uma agência de Bairros, no Bairro São Raimundo, um dos Cemig.

Novo posto agiliza atendimento a produtores rurais

Já está em funcionamento o novo Pos-
to de Atendimento Simplificado (PAS) da
Cemig, voltado para produtores rurais, em
Sete Lagoas. O posto faz parte de um pro-
jeto inédito da Gerência de Relacionamen-
to Comercial da Distribuição Centro
(DC/RC) e está localizado na Cooperativa
Regional dos Produtores Rurais de Sete
Lagoas (Coopersete). O novo PAS tem co-
mo objetivo receber, prioritariamente, as
solicitações de serviços de produtores ru-
rais afiliados à entidade, nos 20 municípios
da região.
Maurílio Pinto Leite, gerente da
DC/RC, explica que o Posto de Atendi-
mento Simplificado de Sete Lagoas é
uma modalidade inédita para a Cemig,
que irá agilizar o restabelecimento de
energia em caso de interrupções, em pro-
priedades rurais do município. Segundo
Maurílio, essa medida é importante para
a atividade desenvolvida na região. “Exis-
te a preocupação com a atividade dos
produtores rurais, que possuem equipa-
mentos de produção que dependem da
energia elétrica da Cemig para funcio-
nar”, explica o gerente.
O evento de inauguração do novo
posto, no dia 11 de fevereiro, contou com
a participação do diretor de Distribuição e
Comercialização, Fernando Henrique
Schuffner Neto. Também estiveram pre-
sentes José Aloise Ragone Filho, superin-
tendente Regional de Distribuição Centro
(DC), e Carlos Antônio Figueiredo Amorim,
presidente da Coopersete, além de produ-
tores rurais da região.

10 Ce­m ig­No­tí­c ias­ l Abril l 2009


As obras de Hauck
exploram detalhes que
os olhos normalmente
não buscam
Fotografias urbanas abrem
temporada de exposições
da Galeria de Arte
A primeira exposição da Galeria de Arte
2009, a mostra Desertos urbanos, é com-
posta por fotografias do artista André
Hauck, selecionado pela 18ª Concorrência
de Talentos, promovida pela Empresa. As
fotografias, produzidas em grande formato,
com 125 cm x 125 cm, se caracterizam pe-
la utilização de cores fortes, marcantes e
em tons escuros, sombras e perspectivas.
O título, Desertos urbanos, faz referên-
cia às formas, contextos, que são cons-
truídos (e muitas vezes desconstruídos)
no espaço urbano. Foi para esse espaço,
cotidiano e comum a muitas pessoas, en-
tretanto pouco explorado, que o artista
atentou. Hauck afirma que seu trabalho
segue uma linha de arquiteturas e de pai-
sagens áridas e inóspitas do espaço ur-
bano. “Tenho a intenção de mapear, atra-
vés do registro fotográfico, esses territó-
rios esquecidos que adquiriram um tempo
peculiar.”
De acordo com o artista, as fotografias
cO­L u­n A­GAS­M IG
compõem cenários que fogem àquilo que
as pessoas buscam e estão acostumadas
a ver. "Essas áreas, desprovidas de aten-
ção, estão fora, à margem do nosso olhar,
como buracos, falhas despercebidas por
conveniência, locais em constante desterri-
torialização que nos despertam a sensação
de isolamento", diz Hauck .
O artista
André Hauck é mineiro de Belo Hori-
zonte e formado em Belas Artes pela Uni-
versidade Federal de Minas Gerais
(UFMG), onde é mestrando em Artes e Tec-
nologia da Imagem. Além de fotografia e
vídeo, vertentes em que o artista trabalha
atualmente, sua criatividade já foi apresen-
tada por meio de pinturas e esculturas. O
artista já participou de diversas exposições
coletivas em Belo Horizonte, São Paulo e
Salvador. No ano passado, realizou mostra
individual no Centro Cultural São Paulo, na
capital paulista.
Ce­m ig­No­t í­c ias­ l Abril
cuLTuRA
Iniciada a segunda
etapa do Gasoduto
do Vale do Aço
Com a assinatura da ordem de serviço pelo
governador Aécio Neves, em março, a Gasmig
deu a largada para o início da implantação da
segunda etapa do Gasoduto Vale do Aço, consi-
derada a maior obra de rede de distribuição de
gás natural em andamento no País.
Serão investidos R$ 635 milhões na constru-
ção dos 278 quilômetros da rede subterrânea,
que partirá da derivação do gasoduto de trans-
porte Rio – Belo Horizonte (Gasbel), na cidade
de São Brás do Suaçuí, e seguirá até a cidade de
Belo Oriente, passando por Ouro Branco, Alvinó-
polis, Antônio Dias, Bela Vista de Minas, Ipatinga,
João Monlevade, Mariana, Nova Era, Ouro Preto,
Rio Piracicaba, Santana do Paraíso e Timóteo.
O empreendimento, submetido a licitação
pública, será executado em três lotes. “O Ga-
soduto Vale do Aço é o principal projeto do pla-
no de expansão da Gasmig”, afirma o presi-
dente da companhia e diretor de Gás da Cemig,
José Carlos de Mattos. A região tem potencial
para consumo em larga escala de gás natural,
notadamente nos segmentos de siderurgia e
celulose.
A primeira etapa, com 53 quilômetros de tu-
bulação, que atende aos municípios de São Brás
do Suaçuí, Conselheiro Lafaeite, Congonhas e
Ouro Branco e uma pequena parte de Ouro Pre-
to, está em operação desde 2006.
Com a conclusão do projeto, no primeiro tri-
mestre de 2010, a rede de distribuição de gás
natural do Vale do Aço terá 331 quilômetros de
extensão e capacidade para transportar 2,4 mi-
lhões de metros cúbicos de gás natural por dia.
Todas as grandes empresas da região deverão
ser atendidas, tais como Vale e Gerdau Açomi-
nas (já em operação), Vallourec & Sumitomo Tu-
bos do Brasil (VSB), CSN, Arcelor Mittal Monle-
vade, Arcelor Mittal Inox (Acesita), Usiminas e
Cenibra.
l 2009 11
 dISTRIBuIÇÃO
Programa busca melhoria do convívio
de árvores com a rede elétrica
A Cemig lançou, no dia 19 de março,
o Programa Especial de Manejo Integrado
de Árvore e Rede (Premiar). O programa,
realizado em parceria com a Prefeitura de
Belo Horizonte, prevê a definição e im-
plantação de políticas e ações conjuntas
voltadas para o manejo da arborização ur-
bana.
Para melhorar o convívio entre a rede
elétrica e a arborização urbana, Cemig e
CEMIG NO TÍ CIAS
Av. Barbacena 1.200 l 19º andar
(31) 3506.2052
Fax (31) 3506.2039/ 3506.2023
Caixa Postal 992 l CEP 30161-970
Belo Horizonte l MG
Classi fi cação Pú bli co
Prefeitura irão iniciar uma ampla discus-
são para estabelecer uma política de ar-
borização que preserve tanto o forneci-
mento de energia elétrica quanto os bene-
fícios que a vegetação proporciona aos ci-
dadãos. Além disso, a Prefeitura fará o in-
ventário das árvores, a substituição da-
quelas que estiverem em situação crítica
e o plantio de espécies compatíveis com
o local e com a rede elétrica que atende
aos consumidores da capital mineira.
Por meio da parceria, também serão
realizadas oficinas com a população e a
comunidade científica, com discussões
sobre o tema. O objetivo é que se chegue
a um plano diretor de arborização urbana
para a cidade, que contemple e estabele-
ça as melhores práticas em relação ao
manejo de árvores e rede.
De acordo com o coordenador do
Premiar, Carlos Alberto de Sousa, agente
comercial da Gerência de Relacionamen-
to Comercial da Distribuição Centro
(DC/RC), o objetivo da Empresa é que o
programa se transforme em uma iniciativa
permanente. "Queremos que as discus-
sões e ações para melhoria no manejo en-
tre árvores e rede elétrica sejam constan-
tes, e não apenas em caráter emergen-
cial", reforçou o coordenador, lembrando
que a queda de árvore e galhos na rede é
atualmente um dos principais motivos de
falta de energia em Belo Horizonte, atrás
apenas de descargas atmosféricas
(raios). Só no ano passado, foram 1.870
quedas de energia causadas por quedas
de árvores e galhos na rede, prejudicando
um total de 740 mil consumidores no mu-
nicípio.
Para o secretário de Meio Ambiente
de Belo Horizonte, Ronaldo Vasconcelos,
a parceria confere tanto à Cemig quanto à
Prefeitura uma ação pró-ativa no que diz
respeito ao cuidado com as árvores da ci-
dade. “Nossa intenção com este projeto é
fazer com que as árvores não sejam vis-
tas como vilãs pela população”, afirmou o
secretário.