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Essa questão jurídica a solucionar será sempre uma de duas coisas:

a) Um conflito de pretensões entre duas ou mais pessoas;


b) Uma controvérsia na verificação de uma ofensa à ordem jurídica.
 Características do domínio funcional
 Delimita o objeto do litígio  O critério funcional diz-nos que o litígio
administrativo tem de consistir numa questão de Direito;
 Delimita os meios de solução do litígio  O domínio funcional pressupões
um processo judicial e o decurso deste num tribunal – administrativo ou
arbitral;
 Assume o princípio da separação e divisão de poderes  Aqui está em
causa a reserva constitucional da função jurisdicional e o conteúdo e
limites das decisões judiciais;
 Delimita negativamente o âmbito da justiça administrativa  O critério
funcional exclui um conjunto de rações da jurisdição administrativa (como
já vimos em pontos anteriores).
Há limites funcionais da justiça administrativa e estes são importantes porque
esta se apresenta como uma atuação de um poder público (tribunais) que
envolve um juízo sobre a legitimidade de um outro poder público (o
administrativo). Assim sendo, a JA põe em jogo dois poderes do Estado – o
judicial e o executivo.
A própria função de julgar da administração apresenta algumas
limitações, sendo que vamos abordar duas delas:
 Limites relativos ao conteúdo da fiscalização da AP por parte dos
tribunais administrativos
Em primeiro lugar, é importante referir que a justiça administrativa limitase funcionalmente a uma atividade
de controlo e não decisória.
A ideia de que o poder judicial pode controlar todo o poder administrativo
eliminaria toda e qualquer autonomia deste último. Deste modo, falamos de uma
saudável separação de poderes (se há poder que não tem nenhuma ligação ao
Estado Democrático é o judicial).
Apesar de o controlo administrativo ser essencial, também é importante
que se tenha o devido respeito pela sua autonomia (há domínios em que a
Administração a última palavra, sendo «senhora e rainha»).
O conceito de «discricionariedade» traduz, exatamente, essa ideia: é a
zona em que a AP tem a última palavra, não podendo ser invadida brutalmente
pelo poder judicial.
Entendemos, no entanto, que toda a atividade administrativa está sempre
subordinada à juridicidade e pertence ao Direito, quer de um ponto de vista
funcional (porque visa encontrar a melhor solução para a realização do interesse
público legalmente definido), quer de um ponto de vista substancial (porque

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