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Prefácio
Introdução
Capítulo I Parte 1 Tempo de Deus Como Construção de Um Ser.
Capítulo I Parte 2 Tempo de Deus Como Construção de Um Ser.
Capítulo I Parte 3 Tempo de Deus Como Construção de Um Ser.
Capítulo II Parte 1 Uma Leitura da Minha Vida
Capítulo II Parte 2 Um Mergulho na Minha Vida
Capítulo II Parte 3 Uma Feliz Experiência
Capítulo II Parte 4 Novas Vidas
Capítulo II Parte 5 Novas Relações
Capítulo II Parte 6 Novo Caminho
Capítulo II Parte 7 Novos Problemas
Capítulo II Parte 8 Um Enigmático Somatório
Capítulo II Parte 9 Novo Horizonte
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Capítulo II Parte 10 Duas Almas
Capítulo II Parte 11 A Cobra
Capítulo II Parte 12 Um Show
Capítulo II Parte 13 Um “Bom Dia”
Capítulo II Parte 14 Um Convite
Capítulo II Parte 15 Uma Leitura
Capítulo II Parte 16 Um Quadro: Tristeza e Euforia
Capítulo II Parte 17 Uma Recordação Indelével
Capítulo II Parte 18 Um Tônico Insubstituível
Capítulo II Parte 19 Mulheres e Situações
Capítulo II Parte 20 Impotência/Covardia
Capítulo II Parte 21 Uma Mensagem
Capítulo II Parte 22 Uma Compreensão
Capítulo II Parte 23 Dualidade e Presenças Divinas
Capítulo II Parte 24 Um Filme e Uma Realidade
Capítulo II Parte 25 São Jorge (o santo) _ Jorge (o não santo)
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Capítulo II Parte 26 Três Testemunhos Altifalantes
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Palavras Finais
Posfácio
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Prefácio
Aceitei com amor e gratidão prefaciar o livro A VIDA ENSINA.
A autora quis-me acompanhante em todas as fases da sua elabo-
ração. Capítulo por capítulo, apreciava a exposição. Pronunciava-me,
por escrito, sobre o seu conteúdo.
Esta amiga colaboração tem sido uma oportunidade para dialogar
e para uma respeitosa troca de perspectivas do assunto exposto.
O que qualifica o livro é a transparente partilha das profundas rea-
ções do EU da autora perante as situações, os acontecimentos da rea-
lidade que nos envolve; e da sua vida, marcada pelo sofrimento e por
incompreensões.
Partilha franca de uma vida dolorosa, vivida com lucidez.
Partilha dos recursos naturais e sobrenaturais para encontrar as
soluções para ultrapassar esses “momentos negros” da sua vida.
Partilha franca das alegrias e dos apoios no desempenho da sua
missão.
Partilha da incompreensão e frieza dos colaboradores na mesma
área de atividades, em momentos festivos.
Partilha da fraca ou não fraternidade de certos profissionais clíni-
cos que a acompanharam e trataram.
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Partilha da sua visão pessoal do contexto social, político e religio-
so.
Partilha da sua visão cristã da vida.
PARTILHA de que uma vida, para ser verdadeira vida humana,
não pode prescindir da presença e da ação do além.
Partilha da sua vida cristã concreta.
Partilha de que as situações e acontecimentos da vida nos mar-
cam indelevelmente.
Partilha de que o esquecer e o perdoar, não raro, ultrapassam co-
nhecimentos e simples recursos naturais.
Partilha de quanto o PAI NOSSO é Oração sábia e oportuna para
a nossa vida peregrina do dia-a-dia.
Partilha de alertas para desvios da vida cristã, da vida religiosa.
Partilha de apelos para a sabedoria, valores e serenidade da vida.
Partilha de mensagens do aquém e do além.
Partilha de amor, à espera da resposta.
Introdução
“Referindo-se ao edifício cultual, esta igreja foi construída para vós, mas
vós é que sois à Igreja” - disse Santo Agostinho.
Sinto que nada sou sem você. Nem sei se saberei um dia. Mas lanço-me
neste grito surdo; talvez não tão surdo assim, se encontrar o eco do meu
pensar, do meu sentir, do meu agir; saberei então que nada foi em vão.
Adelaide
A luta é pelo Mal em si. A luta é contra o Mal de fato! A luta é espi-
ritual. A batalha é ir além do que se vê como a pessoa agindo de forma
má. Ir além. Não é a pessoa, mas aquilo do qual a pessoa faz, ela pro-
cura a nível espiritual maléfico. Faz com que a Humanidade caminhe
em direções antagônicas, contrárias ao desejo do Deus Amoroso e Mi-
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sericordioso. A luta é contra o Mal. Constata-se este Mal quando se co-
nhece a palavra de Deus e principalmente no Livro que se apresentou
para mim no decorrer da vida, pela minha experiência de um submundo
espiritual maléfico e a partir daí, procurar as defesas certas, as defesas
através da Verdade.
A luta não é contra pessoa alguma, não é para fazer sentir ofendi-
do alguém ou pensar num poder de julgar, pois o julgamento é com
Deus; a luta é pelo Mal do qual fala Deus na Bíblia, Sua Palavra para
nós nesta face da Terra; a Bíblia está no mundo para nos orientar. Mais
do que nunca precisamos dela nesse Tempo. Tempo de muitos lixos
espalhados e temos que optar entre o trigo ou o joio e nos defendermos
em oração.
Quão grande é a minha responsabilidade de escrever este meu li-
vro, meu querido leitor. Eu sei disso. Não tenho como narrar aqui, em
pouquíssimo espaço, toda a Obra grandiosa de nossa Mãe amada. De-
sejo, por isso, pedir perdão e desculpas pela minha limitação, mas você
pode saber, entretanto, eu procurei fazer a minha parte. Procurei fazer
o meu melhor; o meu melhor no amor, na fé, na esperança, na credibili-
dade; na dedicação, no empenho, ou seja, no esforço de passar a reali-
dade desta Verdadeira Tela que é a Vida. O meu melhor será o convite
para você, querido, possuir o Livro de Nossa Senhora de Fátima, a Sua
própria Obra.
Com Seu amor de Mãe da Humanidade, a Rainha da Paz, deseja
a todos seja dado o tempo de conversão e se refugie em Seu Coração
Imaculado e nos consagremos a Ela através da oração de consagração
deixada em Seu Livro e deixada no posfácio para você.
Numa de Suas Mensagens, Nossa Senhora nos diz:
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me a vós, no esplendor de minha luz imaculada. Apareci como Mulher
vestida de sol, que tem a missão de formar a sua falange para os mo-
mentos decisivos da batalha. Estes são os tempos da minha grande
Luz. Estes são os tempos da oração e da penitência. Ainda hoje, con-
vido-vos a orar e especialmente pela conversão dos pobres pecadores,
dos ateus e dos afastados. Recitai sempre o Rosário. Oferecei orações
e sacrifícios para a salvação das almas, porque ainda hoje vos repito
que muitas vão para o inferno, porque não existe quem reze e se sacri-
fique por elas. Estes são os tempos da conversão e do retorno ao Se-
nhor. Então, muitos de vossos irmãos seguir-vos-ão pelo caminho do
bem, do amor e da santidade. Obtenho-vos a graça do arrependimento,
para que possais viver longe do pecado, do mal e do egoísmo. Que a
cada dia se torne maior o número dos meus fiéis que renunciam ao pe-
cado para caminhar na estrada da graça de Deus. Que a Lei do Senhor
seja sempre mais observada e praticada. Então, muitos de vossos ir-
mãos seguir-vos-ão pelo caminho do retorno ao Senhor e da salvação.
Estes são os tempos da minha paz. Aos filhos que me escutam e se
consagram ao meu Coração Imaculado, Eu ofereço o dom da minha
Paz. Conduzo-vos a viver na paz do coração e da alma. Faço-vos per-
manecer na serenidade, mesmo em meio a grandes perturbações. Pá-
gina 639. Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Senhora. Cenácu-
lo espiritual realizado em Marienfried (Alemanha), 13 de maio de 1988.
Aniversário da 1ª Aparição de Fátima.” A mensagem não foi copiada na
íntegra.
“Marco-vos com meu selo, para que possais difundir por toda parte
a luz da fé, da santidade e do amor, nestes dias de densa escuridão.
Estes são os tempos da grande misericórdia. O Coração de Jesus está
para derramar as torrentes do seu Amor divino e misericordioso. É
chegada para o mundo a hora da grande misericórdia. Esta descerá
como orvalho sobre cada ferida; abrirá os corações mais duros; purifi-
cará as almas imersas no pecado; conduzirá os pecadores à conversão
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e concederá a todos a graça de uma completa renovação.” Página 640.
Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Senhora. A mensagem não
foi copiada na íntegra.
“Os encontros de padre Gobbi com o Papa João Paulo II ocorre-
ram respectivamente nos seguintes anos: 1988, 1989,1993, 1994,
1995” – consta no Livro. Padre Stefano Gobbi concelebrava na capela
particular do papa João Paulo II. Quando padre Gobbi, a 19 de dezem-
bro de 1994, completava o trigésimo aniversário da sua ordenação sa-
cerdotal, na cidade do Vaticano, concelebrava com o Santo Padre na
sua capela particular.
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Movimento Sacerdotal Mariano em Porto Alegre e Guaíba, nos quais o
padre Stefano Gobbi aqui esteve. Nestes movimentos, me fortalecia e
não me sentia só, pois ficávamos em um número grande de pessoas e
em frente à imagem de Nossa Senhora Rainha da Paz, rezávamos o
terço, cantávamos, havia missa com Eucaristia e fazíamos nossa Con-
sagração a Nossa Senhora, a Rainha da Paz. Os Livros ficavam expos-
tos para a venda. O Livro era vendido à parte do Movimento Sacerdotal
Mariano.
O padre Gobbi, sempre que vinha para realizar o Movimento Sa-
cerdotal Mariano, trazia uma pessoa para ser intérprete, por ser italiano.
O livro que eu possuo em mãos atualmente (já tive outros) é da vigési-
ma terceira edição, e nele consta: “tradução da vigésima quinta edição
Italiana 2004 - edição típica “Ai Sacerdoti figli prediletti dela Madonna”.
Nas páginas LXV e LXVI do “Livro de Nossa Senhora aos Seus fi-
lhos prediletos, os Sacerdotes”, encontramos a explicação sobre a au-
tenticidade, pela Igreja, descrito nos manuais de teologia espiritual, so-
bre o fenômeno místico de Locução interior: meio de comunicação de
Nossa Senhora com padre Stefano Gobbi; e assim se sucederam as
demais mensagens realizadas em cenáculos espirituais.
Locução interior “não é um fato estranho, nem sensacional, mas é
um fenômeno místico presente na vida da Igreja e descrito nos manuais
de teologia espiritual. Quando se trata de um fenômeno autêntico, a
‘locução interior’ é o dom de tudo o que Deus quer fazer conhecer e
ajudar a cumprir, revestindo-o de pensamentos e palavras humanas,
conforme o estilo e linguagem de quem recebe a mensagem. A pessoa
se torna instrumento de comunicação, embora conservando intacta a
própria liberdade, que se manifesta num ato de adesão à ação do Espí-
rito Santo. Enquanto acolhe a palavra do Senhor, seu intelecto perma-
nece como que inativo. Não vai à procura dos pensamentos nem da
maneira como expressá-los, como acontece, por exemplo, a quem pre-
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para um discurso importante ou escreve uma carta. São palavras cla-
ríssimas, percebidas pela pessoa que as recebe como se nascessem
do coração, as quais, unidas entre si, formam uma mensagem”.
Das páginas XLIX e L, retiro algumas explicações sobre o fenô-
meno de Locução interior:
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nhora avisa sobre como anda a Igreja Católica e a Humanidade e como
devemos proceder. Nossa Senhora de Fátima fez a Sua Obra para reu-
nir os Seus bons filhos prediletos, os Sacerdotes, ao Seu Imaculado
Coração de Maria, ou seja, o convite foi realizado para todos os Sacer-
dotes, através dos Cenáculos espirituais, através do Movimento Sacer-
dotal Mariano; entretanto, nem todos os sacerdotes participaram dos
cenáculos espirituais. Nem todos se consagraram ao Seu Imaculado
Coração. Nossa Senhora pede aos Seus filhos prediletos para serem
exemplos aos demais na Sua Igreja e para perseverarem com Ela na
batalha. A Mãe os chama para um bom caminho, um bom proceder,
porque há dentro da Igreja Católica, sacerdotes que tramam para a
construção de uma falsa Igreja e um falso Cristo. Veremos no decorrer
deste, através das colocações de Nossa Senhora em Suas Mensagens.
Ela, num Tempo concedido por Deus, levou vinte e cinco anos para rea-
lizar a Sua Obra. A minha vontade seria de colocar aqui, neste, todas
as Mensagens de Maria, Nossa Senhora, se eu pudesse. Mas a mim
compete fazer a minha parte. Deixo uma gotinha, apenas, de um ocea-
no.
Nesta colocação de Nossa Senhora, ainda nos primeiros cenácu-
los espirituais, do ano de 1975, Ela diz assim:
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que o espírito do mal há-de espalhar por toda a parte, sereis fiéis no
meio das muitas ideias errôneas, que, disseminadas pelo espírito de so-
berba, se hão-de afirmar em todo o mundo e que serão seguidas por
quase todos, no momento em que na Igreja tudo será posto em discus-
são e o próprio Evangelho do meu Filho será tido como lenda, vós, Sa-
cerdotes a Mim consagrados, sereis os meus filhos fiéis. Fiéis à Igreja, a
força da vossa fidelidade provirá unicamente de vos terdes habituado a
confiar em Mim, de vos terdes tornado dóceis e obedientes à minha voz.
Escutareis apenas a minha voz, meus filhos, e não a voz deste ou da-
quele teólogo, não a doutrina deste ou daquele, ainda que tenha alcan-
çado vastas adesões”. Páginas, 72 e 73. (4 de janeiro de 1975) Primeiro
sábado do ano. Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Senhora.
(Cópia parcial).
Por favor, meu querido leitor, não fique conjecturando sobre as da-
tas. Não fique considerando que: “ah, mas essas mensagens são tão
ultrapassadas, antigas; imaginam, elas são de 1975 e nada aconteceu”.
Nossa Senhora, através das Mensagens deixadas, explica essa ques-
tão no decorrer do seu Livro. Tudo depende do nosso sim. Depende
das nossas orações. No desenvolvimento desta obra, retiro algumas
Mensagens da Obra de Nossa Senhora para você poder compreender
sobre o tempo de Deus; este se difere do nosso tempo contado pelo
relógio; um tempo cronológico. Acredito poder chamar esse tempo de
Deus de um tempo ontológico. Ou seja, posso afirmar que o Tempo
chegou. Posso afirmar que a Boa Mãe, muito preocupada, faz muito
Tempo, vem preparando o Tempo da Misericórdia. A própria Mãe nos
diz, “a taça divina está transbordante”. É Ela, é Maria, a mãe de Jesus
intercedendo por nós, perante Deus.
Continua a Mãe:
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como a fonte, resplandecente como a luz. Mas agora está como que
submergido pela lama que penetrou no coração e na alma de tantos fi-
lhos meus. Verdadeiramente, o demônio da corrupção, o espírito de lu-
xúria seduziu, sem exceção, todas as nações da terra. A lama esten-
deu-se, por toda a parte, como véu de morte caindo sobre almas, até
mesmo sobre as que apenas se estão abrindo à primavera da vida. Os
Sacerdotes do meu Movimento devem restaurar nas almas a pureza e
hão-de combater firmemente contra o demônio da luxúria em todas as
suas manifestações. Hão de combater contra a moda, cada vez mais
despudorada, contra a imprensa que propaga o mal, contra os espetá-
culos que são a ruína da moralidade e contra a mentalidade corrente
que tudo legitima e justifica, contra a moral que tudo permite. Os meus
Sacerdotes, deverão, sobretudo, ser puros, muito puros! Eu mesma os
cobrirei com o meu manto imaculado e fá-los-ei homens novos, Sacer-
dotes íntegros e imaculados. Aos que caíram, restituirei à pureza, con-
duzi-los-ei a uma segunda inocência, feita de dor e amor. Desejo que o
Movimento Sacerdotal Mariano difunda pelo mundo aromas de pureza,
porque só através desta emanação celestial, meu Filho Jesus voltará a
ser Rei das almas e dos corações. Compreendeis, Sacerdotes meus, o
que significa a Mim estar consagrado? Significa viver para Mim, sentir
comigo, amar e sofrer comigo, na expectativa dos graves momentos
que vos esperam”. Páginas 21 e 22. (16 de outubro de 1973). Dar-lhes-
ei uma nova pureza. Livro, Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa
Senhora.
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cerdote fala e age sob o mandato de Jesus Cristo, por Jesus Cristo.
Cristo confiou sua Palavra à Igreja”.
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poucos a humanidade. Acredito ser esta a razão do mundo estar como
está: tecnicista, materialista, superficial; um mundo se achando inteli-
gente com seu uso da razão mais do que o coração. Um mundo materi-
alista no qual por pouco pessoas não passam a virar cédulas, papéis
secos; se deixam viver plenamente pela conversa do mundo dos negó-
cios, vinte e quatro horas do dia. O pensamento de muitos gira em torno
do dinheiro e pelo dinheiro passam a fazer de tudo; inclusive vender a
própria alma ao diabo. E, o pior, são esses, em grande parte a viver no
topo do mundo, dirigindo nossas vidas. Essas são, em grande parte, as
cabeças dirigentes do mundo. Sendo assim, onde fica o olhar diligente,
compassivo, ciente das necessidades humanas necessárias para um
bem viver e com humanidade? O olhar ao homem simples, comum e a
quem Deus fez à Sua Imagem e Semelhança? Onde está Deus nestes
homens?
Quando falo Deus, não são deuses! Falo de Deus Único Amoroso.
O nosso Deus amado, forte, todo poderoso! O Deus da oração do Cre-
do. Volto a dizer: consideram-se vivendo num mundo inteligente, mas o
mundo está mais embrutecido pela falta de Deus; com muitas pessoas
mostrando traços dos homens das cavernas, da Idade da Pedra; po-
rém, Deus, ao verificar isso acontecendo, em algumas searas da vida,
outros homens nascem e fazem a paisagem mudar para o humanismo.
Uma nova paisagem pode surgir se dermos nosso sim a Deus. Uma luz
surgirá no final do grande horizonte.
Este é um livro de uma pessoa que, para conseguir continuar vi-
vendo, teve de buscar poesia na vida. Um livro de uma filósofa que
possui um sonho, de que o mundo possa mudar, possa se humanizar
muito; um mundo onde as pessoas ainda sintam o desejo de lutar por
uma transformação interior; um mundo onde haja mais pureza. Par isso
ocorrer há uma necessidade urgente na busca de Deus e na escuta e
prática das palavras de Nossa Senhora. Um livro deixado nas Mãos do
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Pai Amoroso e mais ainda, de minha amada Mãe, Coração Imaculado
de Maria. Vai ficar no mundo para o mundo e seja feita a Vontade de
Deus “assim na Terra como no Céu”. Este meu livro deseja estender os
braços do amor de Nossa Senhora e de uma mãe e avó para as demais
mães e avós que ainda possam sentir o amor de Maria. Que essas
mães e avós prezem pela Vida através da força do amor de Maria e da
força do amor que brota dos seus próprios interiores. O amor deseja a
Luz, deseja a conservação da espécie, deseja a dignidade, luta pela
Justiça. Está ao lado da Bondade! O amor deseja a humildade no saber
errar, pois o erro faz parte do ter humanidade. O amor sabe perdoar! O
amor possui o Tempo! Um Tempo feito de tempos de espera; um tempo
menor, cronológico-humano, onde “a cada dia basta o seu cuidado”! É
feito de paciência! Um livro franco, sincero; não tem a pretensão de fa-
lar somente o bonito, o que lhe vai agradar, mas primeiramente deixar
as verdades faladas por Nossa Senhora e sobre as quais assino junto
através deste livro; foi o modo encontrado para fazer alguma coisa co-
mo Igreja e na qual luto por ela para ser mais santa e menos pecadora.
Um livro, sobretudo, alicerçado na Palavra de Deus! Um livro, com cer-
teza, vai dar sete por sete (você não entenderá ainda neste momento
inicial o significado: é uma teoria e tese de vida: a minha! São outros
escritos já deixados por aí...). Um livro de alguém simples; vivi um mun-
do com mistérios, meus mistérios interiores e exteriores. A alma huma-
na é um mistério e é sagrada; isto é assim considerado por mim. Um
livro nascido para você; esperei a venda de um apartamento, herança
do meu pai, e, assim, poder voar até você. Um dinheiro que, para mim,
será bem aplicado! Não se preocupe; as razões da venda não estão
somente aqui, mas a intenção primordial nestes últimos Tempos, sim.
Repetindo: deixo meu pedido particular à aquisição do Livro de
Nossa Senhora, para que, com Ela, você possa constatar e ponderar
acerca do sentido da Vida, a fim de resistir a um tempo futuro. Nossa
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Senhora fala no tempo da purificação e tribulação. Nossa Senhora fala
na preparação da Humanidade para a segunda vinda de seu filho Jesus
Cristo e nossa preparação para o segundo advento. Fala muito mais...
Minhas observações como filósofa religiosa fizeram sentido para
mim. Por isso, lanço esse olhar de um assunto considerado linguagem
universal; um assunto espiritual envolvendo a todos. Quero quase ter-
minar esta introdução deixando dito que para a realização deste, na
caminhada com a Igreja Católica, não poderia deixar de recorrer a al-
guém que lesse com olhos espirituais meus escritos. Assim, meu amigo
e Irmão Marista, meu irmão em Cristo, quem prefaciou este, foi meu
acompanhante em todas as fases de minha elaboração, se pronuncian-
do por escrito onde guardo com todo amor, como aprovação desta
obra.
Esta é uma obra pessoal, luta por uma causa própria, por encon-
trar a força na Eucaristia e ter percebido a Misericórdia de Deus e de
minha Mãe, enviando pessoas no Tempo de Deus para me tirarem do
sofrimento; assim percebi e senti na minha alma o que é Redenção.
Nossa Senhora de Fátima não combateria com o Mal fazendo o
mesmo papel espiritual do Mal, pois, como Mãe, é extremamente amo-
rosa. Sabe reconhecer os pecados, não admite a Igreja Católica esteja
como está, pelas traições de Sacerdotes fazendo parte da maçonaria,
mas espera destes mesmos sacerdotes, a sua conversão.
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Rubbio (Itália), 8 de dezembro de 1988. Festa da Imaculada Conceição.
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Capítulo I
Parte 1
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nismo concebe que Deus é Pai Criador e nos criou à sua imagem e
semelhança com a dignidade de sermos seus filhos e filhas. A vida não
tem preço, ninguém consegue comprá-la ou perpetuá-la ou controlá-la
totalmente. No máximo podemos cuidar bem dela, amá-la com toda in-
tensidade procurando vivê-la com sabedoria”.
Há pessoas que não dão valor a sua vida. Dizem que não pediram
para nascer ou acabam culpando Deus por suas mazelas existenciais.
Pensam em Deus culpando-O, mas muitas destas pessoas são esque-
cidas de que o próprio Mal existe; sempre existiu como um perseguidor
por aquele anjo que quis, com sua soberba, seu orgulho, principalmen-
te, sua inveja, copiar o Criador. Aquele que trouxe o pecado para o
mundo onde Deus somente desejaria o Bem, o Paraíso a todos nós.
A desobediência entrou como um Mal. Na desobediência, o peca-
do original faz parte de cada indivíduo. Agora é a nossa vez de mos-
trarmos merecedores do nosso próximo Paraíso: a morada com nosso
Pai após a morte. Há pessoas que não compreendem que ao receber a
dádiva de poder viver esta vida, fazendo dela um merecimento em
Deus, terão as mais belas oportunidades, possibilidades de fazer parte
de outra: o Reino de Deus. Há pessoas que sofrem muito e não supor-
tam e não sabem o que fazer com tais sofrimentos. Não entendem que
valerá a pena passar sofrimentos por aqui, nesta Terra, que, compara-
da ao Reino Eterno, junto com Deus, com nossos amigos queridos, pa-
rentes que também foram merecedores de fazer parte do Reino de
Deus, esses sofrimentos, quando ponderados em Deus, em Jesus Cris-
to serão amenizados e acompanhados de esperança; valerá a pena
passar o que tiverem para passar porque o fim parecendo ser o fim é o
contrário: na morte inicia a verdadeira vida.
Porquanto, se entregarmos nosso fardo nas mãos de Deus, com o
nosso pensamento Nele e nosso coração, a vida se torna muito mais
leve. Assim pensa quem possui fé. Quem procura a confissão ou a re-
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conciliação com Deus para purificar-se e purificar o mundo. Para quem
vive na força da Eucaristia, na Luz e proteção de sua alma na Eucaris-
tia. Se não tivéssemos nascidos, não nos tornaríamos possibilidades.
Se você, nesse exato momento pensar, imaginar a sua morte, aquele
momento que não tem volta, poderá então dizer assim: “Que tristeza!
Vou e todos e tudo ficará, mas e eu? Todo meu ser jaz aqui, sem mais
possibilidades. Acabou! Para esse mundo aqui, meus olhos se fecham
e o que fui eu, fiz o quê?” Agora é a hora e a vez de fazermos ser, isto
é, é nesta vida recebida de Deus, que você receberá graças, força, luz,
perdão, redenção e tudo mais.
Se nos dizemos Católicos Apostólicos Romanos, nunca haverá
dúvidas sobre o Tempo que deveremos lutar por nossas almas e cons-
truir já um mundo melhor. A Bíblia, que é a palavra de Deus, nos deixa
bem claro, em Hebreus, capítulo 9-27,28, sobre morrer uma única vez e
que foi por isso que Jesus Cristo deu Sua Vida por cada um de nós.
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em cada dia da minha vida, nos momentos preciosos, eu busquei for-
ças, pois, como mãe, com dois amados filhos, não poderia de forma
alguma aceitar o que estavam querendo que eu me tornasse.
Um pensar velado, que muitas vezes sabia que estava na mente
de certas pessoas; aquela palavrinha que considero uma das mais em-
pregadas, seja por brincadeira, seja por ofensa mesmo, mas muito dita,
porque maldita, porque é exatamente isso que ninguém gostaria de ser:
“louco!”. A palavrinha pesada, quando usada para a pessoa que passa
por problemas de alma, um mal existencial, esta palavrinha, por si so-
mente, já vem tão, mas tão embutida de maldade, destilando desconfi-
ança, destruição da dignidade de qualquer ser humano. É o veneno
destilado. É o veneno solto! Por exemplo, na ignorância de muitos, se a
pessoa recorre à psiquiatria, e outras pessoas tomam conhecimento,
pronto: já é olhada de soslaio; certos murmurinhos acontecem, na pró-
pria casa não é bem quista, muitas vezes, e na sociedade; no grupinho
onde alguns vínculos se formam, se a notícia vaza, ainda pior. Isso po-
de não ser assim para todos, mas para mim foi. Mesmo que não che-
gasse a escutar cara-a-cara, mas os pensamentos, olhares velados,
visto que por trás daqueles olhares estava o pensamento. Não foi assim
tão sentido e intenso, pois segui meu caminho... Segui meu caminho,
porque encontrei pessoas outras, na graça de Deus e de irmãos em
Cristo, na hora certa.
Assim como um filho que não sabe que é adotado, por exemplo;
todos à sua volta, na família, convivem com aquela verdade menos o
próprio filho que em algum dia, um coleguinha acaba por dizer a ele em
uma discussão que ele não é filho daqueles pais realmente, mas fora
adotado. No íntimo, aquela pessoa sempre sentia que havia algo erra-
do, mas sentimento indefinido. Algo no ar. Sentia algo estranho; com-
portamentos de certas pessoas que não sabia explicar... Sentimentos
indefinidos, mas percebidos, sentidos. Conversas pelas costas... E um
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dia, a pessoa fica sabendo da verdade de uma pior forma: “Você não é
filho verdadeiro, mas é adotado”!
Quando se vive em lugar pequeno, os comentários sobre algumas
situações surgem depressa e são facilmente espalhados. Na minha fa-
mília, havia um caso extremamente sério e que deixara um rastro de
sofrimento. Sofrimento conhecido por muitos na cidadezinha. Fica a
maneira desacreditada como olham a pessoa tida como doente mental
com os seus “surtos psicóticos” sempre na ótica da loucura e, então, da
indiferença; com a indiferença e o descrédito, as piadinhas superficiais,
os deboches, as risadinhas, as brincadeiras ditas para a “louca”; tudo
acompanha o pacote.
Eu seria uma segunda na família a passar por tudo o que ela vi-
veu, ou seja, certamente que nunca passaria por tudo o que ela viveu,
pois cada caso é único! Nunca o que ela viveu. Nunca. Pois aquele so-
frimento da minha mana amada só ela mesma viveu. Nunca outro ser
humano igual; Nunca. Mas... Estava caminhando para o destino dela.
Se não houvesse a interferência de Deus e minha Mãe amada. Se não
fosse a Providência Divina. A grande diferença de não ter chegado ao
ponto de ser internada, como minha amada irmã, foi que além da Provi-
dência Divina, não me deixei levar pelos rótulos e passara a fazer a Lei-
tura da Vida para detectar onde estava a resposta para tanto, mas tanto
sofrimento. Diria mais ainda: realmente peguei o Tempo! Meu Tempo
foi um Tempo de Deus e nesse Tempo a Providência! Quando eu falo
em Providência de Deus ou Providência Divina é a minha percepção
sobre a realidade na qual eu vivia e a outra realidade na qual passaria a
viver, onde as situações passaram a ser outras, quando passei a fre-
quentar a Faculdade de Filosofia. Mas até eu conseguir chegar ali, fo-
ram sucessões de situações horríveis que aconteceram. Muitas! Mas
elas foram corajosamente ultrapassadas. Porém para mim, o marco
principal em Deus, onde Ele pode interferir drasticamente em minha
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vida, os seus Divinos, foi a partir do meu ingresso em Filosofia no Se-
minário Maior da cidade menor, na época. Lugar que passara a consi-
derar sagrado para mim. Ali, conhecera uma pessoa especial, o meu
amigo certo. Muito pouco ele costumava falar. Mais me escutava, via o
quanto estava sofrendo e me via chorar muito. Mais tarde, anos após a
amizade, fiquei sabendo que ele era terapeuta e a sua visão humanísti-
ca de ver um ser humano. Falara pouco comigo sobre os seus sonhos
pessoais com relação à Filosofia Clínica, mas o pouco que falava eu
percebia se tratar de uma pessoa ímpar. E realmente era. Falava do
seu jeito de clinicar, de visitar os seus partilhantes de bicicleta. Falava
que na Filosofia Clínica não existia loucura. Ficara encantada! Era por
isso que ele me aceitava do jeito que eu era, com tanta naturalidade.
Para ele, eu não tinha nada. Obviamente, que tinha na ótica da psiquia-
tria. Mas para ele eu tinha um mal existencial como outro qualquer.
Como alguém, por exemplo, que precise fazer hemodiálise continua-
mente. Ele sabia que eu fazia terapia, pois contei a ele. Então, eu tive o
amigo certo. Deus sabia disso. Deus e minha Mãe o colocaram na mi-
nha vida. Foi assim também que recebi um convite de uma pessoa mui-
to católica e que me dizia que havia um grupo de oração na igreja ma-
triz da cidade menor. Eu passara a fazer parte do grupo de oração.
Neste grande contexto da procura por mim mesma no desejo de res-
postas para tantos sofrimentos, como uma lagarta rastejante encontrei
uma porta aberta de igreja e foi ali, naquela igreja, que eu encontrei
meus irmãos em Cristo. Fui conduzida pela necessidade de algo que
nem mesma eu sabia explicar, a não ser que eu sofria muito existenci-
almente, pois me sentia numa completa solidão. O rótulo que eu ganha-
ra, como se marca um gado, para mim, eu senti que ficara como uma
pessoa leprosa. O estigma da loucura ficara pairado na família. Sem
Deus, que me conduziria na Sua Providência Divina ao lugar para meu
desenvolvimento espiritual, teria embarcado na canoa furada dos rótu-
31
los da psiquiatria e teria considerado que, se minha mana amada fazia
todas aquelas coisas pavorosas, também era meu destino aquele. Eu,
então, buscava forças para me levantar existencialmente. Era uma pes-
soa catando os caquinhos, os pedacinhos de mim mesma para se reer-
guer do seu mausoléu existencial como uma morta-viva, “bem vestida e
morta de fome”. Só que no meu caso, a fome era puramente de amor.
Não me refiro a um amor carnal, mas a um amor puro, transparente,
que me aceitasse do jeito que eu era e com meus sofrimentos. Não te-
nho palavras para agradecer a Deus e a meu Cristo e Irmão amado o
quanto foi providencial encontrar os meus queridos irmãos em Cristo
naquela igreja da cidade menor. Eu fui conduzida até aquele local pela
completa solidão na qual me encontrava. Encontrei calor humano. Vi
pessoas tão diferentes... Cada qual com seus problemas também lu-
tando numa fé viva, ao lado de um Ser Maior, ou seres Divinos. Ali, eu
vi claramente que as pessoas acreditavam no demônio e que faziam as
suas orações fortes para São Miguel Arcanjo. Aprendera a me defender
do Mal que sentia me perseguir. Eu desejava o invólucro do Divino; eu
queria ser envolvida por uma camada límpida e transparente do Divino.
Eu queria um envolvimento, um escudo invisível sobre mim da parte de
Deus. Eu queria uma auréola não somente como um anjo usa em sua
cabeça, mas em torno de mim. Eu queria que Deus e a Mãe me prote-
gessem; Jesus Cristo, que me livrasse do Mal, este Mal estava em mim
mesma, pois fiquei contaminada pela carga da marca recebida de pes-
soas que eu sabia pensarem de mim o que eu não era. Queria limpar
esse campo de malefícios. Quanto mais sofria tanto mais de Deus eu
me aproximava! Passara a rezar. Passara a ir às missas. Passara a me
confessar e a comungar. Passara a me abastecer de conteúdos fortes,
sólidos em Deus, Jesus e minha amada Mãe, Maria, a mãe de Jesus
Cristo. Sabia que tinha que permanecer fiel a Deus, a minha família ce-
leste, pois estava me sentindo melhor. Eu me sentia perseguida e essa
32
perseguição se fazia perceber em volta de mim, em mim mesma, atra-
vés de pessoas, de situações, de tribulações, de pessoas faladeiras,
dos fuxicos, de uma série de situações erradas no dia-a-dia da minha
existência nesse Tempo. Sabia que era um Mal invisível e percebi que
eu tinha que lutar; a luta era travada com o que eu passara a chamar de
“o animal”. Nossa Senhora, em Sua Obra fala claramente: satanás. Era
mesmo naquele lugar, naquela igreja que eu tinha que estar. Via pes-
soas engajadas numa luta para poderem, cada qual, superar seus so-
frimentos numa força maior. Esse era o nosso grupo e o nosso grupo
era a Renovação Carismática Católica, conhecida como RCC. No grupo
da Renovação Carismática Católica, alcancei meu desenvolvimento
espiritual para seguir em frente. Ali, naquele lugar, eu escutara pela
primeira vez as mais belas canções. Nunca tinha antes escutado aque-
las músicas, cujas letras me ensinavam sobre o Amor Verdadeiro. Um
Amor que estava ali todo Tempo, mas que eu vivia um Tempo outro.
Um Tempo sem abertura, ou seja, um Tempo que não era livre, não era
do mundo; vivia uma procura outra, de cura, em um casulo dentro de
quatro paredes de consultórios particulares e que estavam me levando
a uma existência de morta-viva. Eu seria a outra a ser internada num
hospício. Foi tão significativo, foi tão importante esse Tempo, que foi
através deste casulo existencial, de um existencial de qualidade, com
meus irmãos em Cristo, que eu me renovei, me fortaleci, criei novo fôle-
go para a Vida. Foi desta vivência que passara também a considerar
que eu era única perante Deus. Ficara claro para mim que, em Deus,
em Jesus Cristo e na minha amada Mãe, eu ganhara uma alma e única.
Concomitantemente a esse contexto, eu me fortalecia na leitura da Pa-
lavra de Deus e ali eu encontrara assim:
“Mas eu vos digo: todo aquele que se irar contra seu irmão será
castigado pelos juízes. Aquele que disser a seu irmão Raca, será casti-
gado pelo Grande Conselho. Aquele que lhe disser: Louco, será con-
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denado ao fogo da geena”. Mateus 5,22.
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conteúdo de “Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Senhora”, eu
nunca me afastava desse Livro; sempre minha companhia. Não raro
estava com ele e o abria para ler. Mas este Livro ficara reservado por
longos anos. Vivia, eu, no cotidiano; levava, eu, a minha vida. Assim, eu
passara a atuar discretamente na minha escola dando as minhas aulas,
fazendo as minhas observações. Num Tempo tivemos um diretor católi-
co que participava de encontros de casais com Cristo. Lembro que doei
um quadro grande de Jesus Misericordioso para colocá-Lo na entrada
da escola, no saguão, bem em frente da parede, logo à entrada da por-
ta principal. Também fora colocada uma Nossa Senhora Aparecida na
entrada, abaixo de Jesus Misericordioso, em altarzinho discreto, sim-
ples. Quando tinha alguma comemoração religiosa mais importante, eu
reunia um grupinho de alunos em frente ao Cristo Misericordioso e
Nossa Senhora Aparecida e cantávamos; eu os acompanhava ao vio-
lão. Algumas músicas eram as que eu havia aprendido na RCC. A mú-
sica “Mãe do Céu Morena” é uma delas; outra, “Tu Estás No Meio de
Nós”.
Você, meu querido leitor, não pode imaginar a luta! A batalha invi-
sível travada era sutil, tanto quanto o demônio o é; eu tive que possuir
Conhecimento, compreensão e muito Amor para estabelecer vínculos
desta natureza ali na escola onde trabalhava. Sabia onde estava pisan-
do; não sabia a extensão, mas sabia que o Mal me vigiava. Constatei
após essa perseguição da Mentira, da calúnia, tantos sentimentos vis,
mesquinhos, de pessoas que não possuem o espiritual em Deus. Hu-
mildemente a caminhada foi realizada. Humildemente, mas cheia de
amor. Um Amor que eu recebia de Deus e de um coração de Mãe que
sabe amar realmente.
Médicos psiquiatras não se preocuparam com a parte “pessoa”,
humana, da alma, da história única que passa cada ser humano. A pri-
meira providência é dar remédios. E depois de um, mais um e outro;
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não acertando, vão trocando... Isso foi o que minha irmã amada passou
em sua vida por mais de quarenta anos. Foi um terror o que eu passava
internamente! Muito sofrimento... Quem é que gosta de seguir os mes-
mos passos de uma pessoa que mostra o pior dos sofrimentos na vida?
Ela viria a ser o meu espelho negativo.
As bases sólidas foram encontradas em Deus, no Livro de Nossa
Senhora, na Providência Divina para minha vida. Você leu na introdu-
ção quando citei as palavras de Nossa Senhora de Fátima:
Então, foi nesse olhar da minha Mãe Celeste, nesse olhar da Mãe
do espiritual é que me deixei conduzir fazendo a minha Leitura da Vida.
Se você tiver esse cuidado de prestar a atenção ao espiritual, à quali-
dade de onde você vai procurar ajuda, antes de qualquer outra coisa na
vida, será muito importante para seu viver. Importantíssimo. Nada me-
lhor para o demônio ver uma pessoa tombar, pois a pessoa tombando,
como uma peça de dominó, as outras tantas pessoas, como em arras-
tão, todas as demais peças do jogo caem igualmente.
Senti muito na minha vida a palavra de Jesus Cristo que está em
Mateus, capítulo 10, versículo 34:
“Não julgueis que vim trazer a paz para a Terra. Vim trazer não a
paz, mas a espada. Eu vim trazer a divisão entre o filho e o pai, entre a
filha e a mãe, entre a nora e a sogra, e os inimigos do homem serão as
pessoas de sua própria casa”.
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E pior ainda, quando são chamadas de loucas ao falar em Jesus
Cristo, ao rezarem por pessoas da família, por desejarem o bem no
Bem e não em falsas religiões. Muitas daquelas pessoas necessitam de
evangelização na Verdade. Satanás (é a denominação dada por Nossa
Senhora no Seu Livro); o demônio, o animal espiritual com seus espíri-
tos, seus demônios em legião, estão espalhados na Humanidade, nas
famílias sem Deus trazendo a elas a separação, as discórdias, os pro-
blemas numerosos os quais você mesmo passará a ter consciência
dessa realidade pouco, muito pouco falada, exposta por aí.
Você não os vê, mas eles existem! Você não os vê, mas eles pe-
netram no fermento propício através do pecado não depurado em con-
fissão e colocado em sua vida pela não procura da Eucaristia! E assim
passamos observar nos sanatórios, nos mausoléus, como costumo di-
zer, essas pessoas amadas por Deus e passam a se entregar facilmen-
te ao Mal. Muitas delas estão nas mãos de ateus; estes se preocupam
em medicar, em entupir com remédios as pessoas que vieram ao mun-
do à Imagem e Semelhança de Deus; pode ter certeza, não são da par-
te de Deus esses acontecimentos! Essas pessoas, na sua grande maio-
ria, não são devidamente respeitadas. Aqueles que deveriam cuidar
não se importam em tirar a historicidade delas e saber a razão de esta-
rem do jeito que estão. Eu digo a você que muitas delas vêm de um lar
desestruturado, com total falta de amor e do jeito que o animal gosta.
Pois o demônio gosta de secar esse elemento, essa substância funda-
mental onde todo o ser humano basicamente deveria ter o amor. E é
assim então, que ele, o demônio se manifesta. Pega a fragilidade, a
sensibilidade da pessoa revoltada com tudo e com todos por falta de
amor. Não possui a Palavra de Deus como solidez para enxotar de den-
tro de si esses sentimentos que se processam nos pensamentos ruins
de todas as variedades possíveis, transformando muitos em perfeitos
palhaços, seres abomináveis para o mundo, como o animal deseja.
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Se, como Católicos Apostólicos Romanos, acreditamos no nosso
corpo como o templo do Espírito Santo, olha o que faz a maioria de pro-
fissionais médicos psiquiatras — e a maior parte deles, também, ateus
— com as pessoas amadas por Deus. Se, como Católicos Apostólicos
Romanos acreditamos em nosso corpo como templo do Espírito Santo,
o que o próprio ser humano anda comprando e colocando dentro desse
corpo... É de qualidade? É qualquer coisa? Peguemos um exemplo: um
vaso se usa para colocar flores e enfeitar um lugar de destaque onde
queremos. Se esse vaso não for usado para colocar flores em cima de
uma mesa da sala, por exemplo, e começarmos a largar ali dentro coi-
sinhas, quinquilharias, como moedas, grampinhos encontrados pela
casa, chaveirinhos, notinhas de supermercado e tanto mais... Aquele
objeto (vaso) que teria tudo para ficar charmoso, lindo (as flores e seus
perfumes), acaba por virar um depósito de lixo. Perdão pelo comparati-
vo, mas é exatamente isso acontecendo conosco, com nosso templo do
Espírito Santo.
Em Deus, em Jesus Cristo, em Nossa Senhora há um crescimento
extraordinário da nossa pessoa quando deixamos alimentar nossa alma
por seus Conhecimentos. Que maravilha, se soubessem a validez da
Palavra de Deus, da Bíblia para um ser humano! O conteúdo em Deus,
da família celeste — ao penetrar a alma, seus pensamentos, suas von-
tades, sua índole — vai preenchendo o vazio que falta ou vai empur-
rando para fora de si o que é maléfico! Seus pensamentos se abrem! A
Luz entra!
Hebreus, capítulo 4, 11-13, fala sobre a Eficácia da palavra divina:
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ver palavra outra mais citada do que esta: “louca!”. E o julgamento está
aí.
Será que existe algo pior do que uma pessoa internada num hos-
pício? Será que existe algo pior do que uma pessoa não ficar de posse
de suas faculdades intelectuais, perder a vontade, a índole, não saber
muitas vezes quem ela é não ter domínio de si mesma? Não fosse as-
sim, a palavrinha essa, “louca”, não seria tão empregada, para determi-
nar um horror! Como sendo a última coisa da face da Terra no desejo
de uma pessoa e horrível mesmo. O medo do ficar louco, o medo de
perder o domínio de si. O medo de ficar internada num hospício e sem
poder participar do mundo, da sociedade, como uma leprosa. O medo
de ser esquecida pelos seus mais amados ali dentro. O medo, o pavor
de viver eternamente jogada num lugar onde não se sabe o que fazem.
E ainda há muito, mas muito mais sobre esse assunto... Mas o pior
mesmo, com a falta das suas faculdades intelectuais, sua vontade, sua
índole perdida, a pessoa não tem como ir atrás de Deus! O demônio
aniquila com tudo. É a alma sem Luz. É a alma nas trevas. Pode ter
certeza, não vem de Deus essa desgraça. Ele nos deixa dito que somos
criação Dele: “Imagem e Semelhança de Deus”.
Feliz daquele que possui alguém de coração e oração para inter-
ceder por quem se encontra num hospício. Que se preocupa com essa
pessoa, que pensa em colocar sua alma no livro de intenções numa
missa. Enfim, feliz aquele que possui uma pessoa que sabe amar na
família! Ah! O amor. Esse sentimento tão precioso e tão desvalorizado e
vulgarizado... Com toda certeza, Deus poderá fazer por ela alguma coi-
sa, pois foi lembrada no desejo para a pessoa necessitada no amor.
A Filosofia, a Filosofia Clínica me mostrava que cada ser humano
é único; como também Deus mandara a pessoa certa no meu caminho
existencial: o amigo. Saber que Deus provera fez toda a diferença na
caminhada existencial frente ao meu espelho negativo, minha amada
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irmã. Minhas leituras, quando lecionava Ensino Religioso Escolar, me
auxiliaram muito a ir-me edificando em Deus. O grupo de oração da
Renovação Carismática Católica, o Movimento Sacerdotal Mariano, fo-
ram fatores relevantes que fizeram com que encontrasse um novo ca-
minho, conteúdos sólidos, o conhecimento da verdade para negar vee-
mentemente o óbvio para muitos.
Muitos da medicina, por exemplo, não enxergam mais a pessoa
em sua frente, pessoa única, com sua alma sem igual. Em sua frente,
está uma pessoa cheia de história, de vivências próprias; portanto, lhe
deve o maior respeito, amor, atenção. Quem ama a Deus já não é o
mesmo. Seu olhar será de esperança sobre qualquer ser humano que
esteja em sua frente. Obviamente que esse ser humano deverá desejar
possuir vontade de conhecer também esse Deus e assim terá todas as
possibilidades que quiser.
O ser humano deve ser visto em sua dimensão superior, a dimen-
são espiritual divina. Enquanto estive fechada em quatro paredes de
consultório, somente fazia chorar e me queixar do meu mundinho exis-
tencial, daquilo tudo que vivia sempre com problemas, com discórdias.
Não enxergava o fim do túnel pelos sofrimentos. Nunca dentro daquelas
quatro paredes de consultório particular encontraria Deus, Jesus Cristo
e Nossa Senhora, minha Mãe, esquecida num Tempo. A dimensão es-
piritual divina era fundamental para mim, que pudesse me afastar da-
quele mundo espiritual outro, oposto, pois que maléfico ele era, para
dar as mãos a Deus (para todo o sempre) e abandonar aquele mundo e
me tornar uma soldadinha de Nossa Senhora, por exemplo.
Mas descobri a minha essência. Acreditava no Mal também, vela-
do, real e invisível. A busca era intensa e extremamente sofrida numa
época, de tempestade, na qual tudo em minha volta, ao que dizia res-
peito à minha existência, não transcorria bem. Eram portas que se fe-
chavam. Eram pessoas que criavam situações e das quais não tive au-
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xílio quando mais precisava, e a dor foi muito intensa. O sofrimento
existencial foi muito intenso. Na verdade, as pessoas são levadas a agir
de acordo com aquilo que carregam em suas almas; não tinham melhor
para me dar e o Tempo me fez compreender isso. Através do Mal que
me envolvia e do que as envolvia, do que viviam também com seus
problemas, suas atribulações; do que procuravam como melhor, e o
nível espiritual maléfico, em algumas delas.
Enquanto via, sentia o sofrimento de alguns ao me olharem, sabia
que aqueles olhares não tinham fundamento. Isso me revoltava e gera-
va mais dor. E na busca, na procura por eu mesma, fui descobrindo on-
de encontrar o tesouro da paz, da proteção contra o Mal que arrasta um
ser humano e toda uma família. Sentia sempre algo no ar e esse senti-
mento impressionante de uma tristeza imensa inexplicável, o meu in-
conformismo com relação ao sofrimento todo da irmã amada, acabava
se refletindo em mim: as observações que fazia sobre membros da mi-
nha família e outras pessoas que faziam parte do meu contexto exis-
tencial, e seus envolvimentos por problemas, atribulações, discórdias...
Ela foi uma das minhas irmãs mais velhas, vivera mais de quaren-
ta anos em hospícios, entre baixas e altas recebidas. Um verdadeiro
sofrimento era saber do padecimento da minha irmã amada. Sempre
tão talentosa, tão linda, acabar naquele estado deprimente e além de
tudo sem nenhum progresso médico. Quando me vi na situação de re-
ceber o mesmo rótulo de minha irmã, psicótica maníaca depressiva,
mais tarde o rótulo mudaria para bipolar, sentia que a família entrara em
polvorosa. Tive um stress muito profundo por inúmeras situações de
tribulações familiares, inclusive o mal desta minha irmã, os sofrimentos
que vivenciei desde pequena, os tumultos se seguiram no meu casa-
mento, e acompanhada, sobretudo pelo pior: estava envolta pelo espiri-
tual maléfico por pessoas que cultuavam seitas. Algo assim não surge
do nada. Há que se verificar o que leva uma pessoa, sua história de
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vida, a deixá-la existencialmente mal.
A falta de paz foi intensa. Foi muito difícil transpor aquela bolha in-
visível do rótulo recebido e me amarrando, me fazia prisioneira; as
amarras invisíveis que deixam um ser humano completamente estigma-
tizado perante os seus mais próximos, perante a sociedade; e, mais
grave, perante a própria pessoa que perde toda a confiança e dignidade
em si mesma. Precisei me fazer quase nova para travar uma batalha
espiritual, para estar com você, que me lê agora. Dizer-lhe com que im-
portância Deus entrou em minha vida, Jesus Cristo, na força encontra-
da espiritualmente na Eucaristia, com meus irmãos em Cristo, na Reno-
vação Carismática Católica. Foi nesse quadro de tristeza e dor de uma
pessoa não encontrando compreensão onde tanto queria, mas acaban-
do por encontrar em Deus, no Livro de Nossa Senhora, as respostas
necessárias e necessitadas para sair daquele horror que me levaria pa-
ra a morte em vida.
Passei a ponderar o que a Bíblia, a palavra de Deus, como Pai
Maior, tinha a dizer. Passei a fazer parte do Movimento Sacerdotal Ma-
riano conseguindo o “Livro de Nossa Senhora”; entrei para a Renova-
ção Carismática Católica e, com meus irmãos em Cristo e a Eucaristia,
minha vida foi mudando.
Verdadeiramente? Se tivesse que ficar naquele enquadramento
recebido, sendo rotulada, marcada como se marca gado, estaria mes-
mo no inferno. Teria acreditado naquilo como verdadeiro e, como muito
mal orientada pela médica e médico, acreditaria que meu fim seria
igual, o mesmo da minha amada irmã; aliás, estava quase acreditando
e quase indo para o escuro fosso existencial, não fosse a intervenção
de Deus através da Providência Divina. Fez toda a diferença o conhe-
cimento de que eu não era ela, entende? Que eu não era a minha irmã
amada. E assim, fez toda a diferença a Filosofia na minha vida e a Filo-
sofia Clínica, pois me deram parâmetros para entender que Deus dá
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uma alma própria a cada um e que cabe a ela ir atrás da sua salvação.
Caminhei rápido em busca e não olhava mais para trás nessa ca-
minhada. A Filosofia Clínica pontua claramente que cada um é um! Não
há dois iguais nesta face da Terra! Na minha completa ignorância e
cercada pela umbanda, de pessoas na própria família cultuando demô-
nios mesmo sem saberem; imagina você o que foi meu sofrimento. Mui-
tos médicos psiquiatras não possuem o senso humano de avaliar o so-
frimento, a dor do outro. Então, como não se sabe de nada, ou seja, a
pessoa vivendo no seu mal existencial, o correto seria chamar quem
está passando pelo problema existencial e explicar-lhe com carinho
que, não é porque uma irmã faz tais coisas, possui tal comportamento,
igualmente a outra pessoa passará também a fazer; já que o rótulo ga-
nho é o mesmo. Essa dimensão, esse cuidado, amor, carinho pelo nos-
so próximo a profundidade do entendimento de uma alma está aquém
da maior parte dos psiquiatras. É impressionante a empáfia, a falta de
humildade, a arrogância, o poder usado por muito deles despreparados
empregando seu jeito de ser e seus diplomas, certificados como escudo
no procedimento no tratamento de seres humanos humildes, bons, que-
ridos.
E eu nada sabia! Eu tinha meus atendentes, meus dois psiquia-
tras da Vida, atendida nos consultórios particulares e os tinha como
deuses. Literalmente, eu sem Deus e Jesus Cristo e a Mãe amada es-
quecida no Tempo era uma peninha solta ao vento. Completamente
desprovida da Verdade.
Então, cuidados humanos, existenciais, desse âmbito, dessa natu-
reza, muitos psiquiatras não possuem. Muitos deles não possuem estu-
dos filosóficos que lhes deem condição de chegar até o mundo do outro
para ajudá-lo. Possuem a ciência, a medicina, mas o trato humano com
o paciente, não. Nem remédios; muitos deles não sabem o que dar para
um paciente, entupindo-o com muitos medicamentos e nada resolvem
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na maior parte das situações. É incrível o poder que um psiquiatra pos-
sui. É incrível o poder de agendamento que um psiquiatra possui sobre
um ser humano puro, inocente, isto é, que se vê num mal existencial
repentinamente, saindo de si e se vê diante de um rótulo. E a maioria
dos psiquiatras sabe disso; do seu poder. Pior do que isso é a própria
ingenuidade do “paciente” colocando o doutor, o médico na posição de
Deus ou de Jesus Cristo.
Meu amor pela Mãe foi me conduzindo, foi dando-me forças para
prosseguir envolta ao Mal que me cercava. Minha irmã, infelizmente,
não pegou o meu Tempo: o Tempo de Deus, mas viveu muito do tempo
do adversário de Deus: do Espírito Maligno. Na Leitura da Vida, minha
irmã pegou esse Tempo, e isso é assim considerado por mim, isto é, o
Tempo do demônio, do adversário de Deus, porque vivi o sofrimento da
minha irmã, porque vi a empáfia de certas médicas e médicos que se
colocam num pedestal frente aos familiares; falta humildade, falta pre-
paração humanística. Falta, sobretudo, amor. Falta enxergar a pessoa
sofrida com respeito, verificando sua história de vida para saber o moti-
vo da sua dor existencial. Olham, medicam considerando que esse ato
é tudo, o todo. Mas vai muito além, uma pessoa; vai além da medica-
ção, do remédio. O remédio possui a sua importância, mas antes de
tudo, a alma deve vir à frente do restante. A alma de minha irmã, com
toda a certeza, não estava sendo pensada em Deus, não estava sendo
alimentada pelo espiritual divino, pois além dos tantos psiquiatras não
possuírem esse mundo do espiritual divino, sendo muitos deles ateus,
minha mãe, buscava o seu mentor espiritual maléfico da umbanda para
seus pedidos. São forças maléficas a atuarem para a degradação hu-
mana. E... O animal deseja o extermínio gradativo da Humanidade. Ele
está a postos em todos os setores onde Deus não existe, onde Deus
não é invocado como Deus da Santíssima Trindade. Se, num Tempo o
Homem se preocupava com as conquistas dos continentes e fora num
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Tempo Homem da Caverna atualmente, a busca deverá ser cada vez
mais voltada para a alma; voltada para o interior humano. Somente as-
sim o Homem, em Deus, conseguirá descobrir-se capaz humanamente
de excelentes descobertas. Por quê? Porque em Deus da Santíssima
Trindade oferece o desenvolvimento das potencialidades interiores para
cada ser humano que assim desejar. Deus dá através do Espírito Santo
os dons, as aptidões, as descobertas interiores magníficas quando a
pessoa se deixa aberta a Ele. É Deus quem conduz a Humanidade...
Da era passada a nova era o Homem está criando; entretanto, a criação
deve se voltar ao Equilíbrio. A criação deve se voltar ao humanismo
para não se perder a própria Criação. A criação deve se voltar para a
espiritualidade da Verdade; de Deus Pai da Santíssima Trindade. A
Humanidade deverá buscar a humanidade tão perdida pela ação de-
moníaca. Inclusive a fabricação dos remédios o cuidado deve ser man-
tido, pois quem possui interesse em fabricar remédios? Quem deseja
por detrás dos bastidores perpetuarem a desgraça humana empurrando
pessoa, almas para o buraco ao invés de deixá-las “acordadas” para
que, desenvolvam as suas potencialidades em Deus Pai? Para serem
mais e melhores para os seus muito amados? Você vê essa preocupa-
ção com relação às almas das pessoas, por aí? Essa é a Nova Páscoa
da qual eu acredito em Deus Pai esteja dando o Tempo da Misericórdia
com a nossa batalha, a luta dos fiéis católicos praticantes junto a Mãe
Celeste para a Humanidade. Nossa Senhora de Fátima tem feito de
tudo para se manifestar e creditada... Pois eu acredito na Nova Páscoa,
ou seja, no Novo Tempo. Além do Tempo concedido para a Humani-
dade se recuperar, se recuperará para a espera de Jesus Cristo, no
Seu segundo advento.
Não havia ali naquela família uma estrutura de amor, de busca do
Deus Verdadeiro Uno Trino em uma Igreja Católica, por exemplo. Por
mais que minha mãe fosse boa, generosa, mulher lutadora pela verda-
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de, não suportava a mentira, os palavrões, primava pelo respeito; como
a coitada foi perseguida pelo inverso! Por isso, vejo com toda clareza a
importância da busca na Bíblia, da Verdade, para dissipar as trevas da
ignorância. Sempre amei e amo muito minha mãe. Muito da corrida
existencial espiritual tida foi através da minha observação desde criança
de minha mãe, seu jeito de ser severo, sério com relação à vida. Era
uma mulher lutadora, trabalhadora, muito boa mãe, muito bondosa; en-
tretanto, não entendia a sua ira quando pegava um filho para bater, al-
guns deles. Como nunca apanhei dela, costumava ficar pelas portas
olhando aquele jeito e, às vezes, interferindo drasticamente, mesmo
pequena.
Outra situação que norteia este livro preponderantemente é o vín-
culo da minha mãe; ela mantinha um vínculo a nível espiritual com a
umbanda. Também passara a observar o quanto ela mantinha de forma
estreita esse vínculo espiritual. A impressão tida era que ela respirava
isso. A vida da mãe se resumia nos serviços da casa — eram muitos e
intensos, já que nossa casa era grande, para acomodar oito filhos, jar-
dim, pomar — e os problemas surgidos e eram frequentes, levando-a
seguidamente à cidade maior; ela pegava ônibus, subia uma enorme
lomba até chegar à casa do mentor, do chefe de umbanda. Minha irmã
mais velha diz que não conheci a mãe como era no passado. Ela era
linda, magra. Chegou inclusive a me dizer que, quando morava na ci-
dade maior, via nossos pais viverem bem, felizes.
Nessa época em que minha irmã ganhava anel de brilhante, vesti-
dos novos, era uma mocinha e residia com nossos pais em outra cida-
de; eu nem havia nascido. Fui nascer na cidade menor com mais uma
irmã; os seis primeiros filhos nasceram na cidade maior. Quando eu
tinha de quatorze anos de idade para quinze anos, perdi meu pai, ou
seja, enquanto a mana
mais velha vestia-se de festa, eu me vestia de luto! Desejo dizer, com
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isso, que cada alma é uma alma; cada pessoa possui seu Tempo. Cada
pessoa é única em seu contexto de história de vida. O meu Tempo não
é o mesmo da mana mais velha, como o sofrer da mana amada foi dela
e não o meu, por mais que no Tempo passasse a mostrar ser o meu
espelho negativo na minha própria vida. Como o viver das outras ma-
nas e dos outros manos também coube para cada uma ou para cada
um com suas histórias de vidas. A importância ao Tempo pessoal é
fundamental, pois nos esquecemos dessa essência Tempo de cada um,
pois o próprio Tempo passa a ser esquecido das vidas, das almas.
Exemplo dado são as vivências pessoais de uma irmã na diferença da
outra em dez anos enquanto criança em formação. Quando maiores
crescidas esse mesmo Tempo se dilui... Parecendo assim no Tempo
presente em que estão vivendo, ao se encontrarem, suas vivências são
iguais. Nunca será.
Desconheço essa mãe magra e feliz. Conheço uma mãe pouco fa-
lante, trabalhava muito e não tinha tempo de ser a mãe carinhosa, que-
rida, que fosse atenciosa, que mantivesse uma conversação comigo;
como gostaria de ter tido aquele tipo de mãe da irmã mais velha. Minha
mãe tinha qualidades outras maravilhosas. Ela sempre procurava vi-
venciar as situações com muita firmeza, com muito sacrifício, seriedade,
mostrando que era uma mãe de valor. O Tempo foi mostrando essas
situações para mim. Fui compreendendo, mas não aceitando certas
atitudes; algumas situações.
Através do Conhecimento, fui percebendo minha mãe, seu com-
portamento, além dela mesma, ou seja, da sua pessoa. Por exemplo, a
dimensão espiritual. Passei a ponderar através do “Livro de Nossa Se-
nhora”, através da leitura da Bíblia, na Renovação Carismática Católica,
com relação à vida, ao meu contexto existencial que não se deu isolado
do restante da família e da minha própria mãe frequentadora das ses-
sões de umbanda; compreendendo que a dimensão espiritual divina e
49
maléfica é de âmbito Universal! E foi assim que a minha jornada exis-
tencial se fez, conjuntamente, para salvar a alma da minha mãe. Che-
guei a Tempo de Deus para ter acesso a alguns sacerdotes que foram
dar a hóstia para a minha amada mãe, como também alguns outros sa-
cramentos, numa preparação meses antes de seu falecimento. Não
somente minha mãe frequentava a umbanda; outras pessoas da família
e parentes bem próximos o faziam.
A falta de instrução, de Conhecimento, gera muitas crendices,
muitas superstições, uma vida construída em castelo de areia. Como
para Deus nada é realmente impossível! Como o acreditar no Mal é tão
fácil para certas pessoas e o quanto fica insuportável, para algumas
pessoas, acreditar na existência de Deus. Acreditar na existência de
Deus no meio de nós e acreditar em Deus Maior que o Mal; está acima
de qualquer coisa. Por isso mesmo, meu querido, faço chegar as suas
mãos esta minha história. Sinto-me Chamada a partilhar com você esse
meu assim chamado Tempo de Deus. Fui compreender a sua incomen-
surável importância após ter vivido o tempo do adversário de Deus, as
verdades que habitam meu coração a partir de tanto sofrer; Deus envi-
ou-me, como Providência Divina, a pessoa certa, as pessoas especiais.
Partilhar do meu antes de Cristo e do meu depois de Cristo no Tempo!
Hoje, realmente tenho muito a dizer. Espero que essas verdades
que habitam o meu coração façam sentido para você, pois o que aqui
deixo é a nível Universal. Procurei tirar uma lição da amarga vida que
se apresentou a mim e diria a lição mais positiva foi a da aproximação
em Deus Amoroso e Misericordioso. Sim, porque quanto mais o Mal
batia à minha porta, tanto mais de Deus me aproximava. Foi Nele e
com Ele pude sair da amarra invisível do rótulo e conquistei a liberdade
limpando o Mal invisível, real, do espiritual maléfico: espíritos malignos
(espalhados nos ares), como a palavra de Deus nos deixa dito, em Efé-
sios, capítulo 6, 10-12.
50
Armadura do cristão
“Finalmente, irmãos, fortalecei-vos no Senhor, pelo seu soberano
poder. Revesti-vos da armadura de Deus, para que possais resistir às
ciladas do demônio. Pois não é contra homens de carne e sangue que
temos de lutar, mas contra os principados e potestades, contra os prín-
cipes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal (es-
palhadas) nos ares”.
Meu querido do qual faz deste livro a sua leitura: as palavras sem-
pre se diluem ao vento, frente a tudo e ao todo que senti, percebi, vivi,
enfim, na caminhada da vida; quando num Antes de Jesus Cristo (a.C)
e quando num Depois de Jesus Cristo (d.C). Como tudo mudou em mi-
nha vida quando meus olhos deixaram de reparar o chão para passar a
perceber que existia, sim, um Deus, e que Deus! Um Deus Amoroso e
Misericordioso; um Irmão, Jesus Cristo, passara a ser minha compa-
nhia, me salvar do Mal e me fortalecia; uma Mãe realmente mostrou-se
Mãe, quando me senti só e poderia não existir como alma viva. De que
maneira Jesus Cristo me fortalecia? Na busca incessante pela Eucaris-
tia e mantendo meu coração limpo, minha consciência limpa perante
Deus; a perceber aquela Mãe amada de quando criança e fora esque-
cida por mim, mas surgiu com toda a força de presença materna como
a minha grande intercessora! Por mais que eu queira tornar presente
para você cada emoção, cada sofrimento, cada viver do real da minha
história existencial, nunca, jamais, conseguiria, com certeza, fazer com
você sentir as minhas vivências. É natural, entendendo que cada um de
nós recebe de Deus sua própria alma: somos únicos nesta Terra.
Há, com certeza, Alguém sabendo de Tudo e do Todo. E esse Al-
guém é Deus; Ele é Único é Um; Deus é Trindade: Pai, Filho e Espírito
Santo. Ele possui conhecimento de cada fio do nosso cabelo. Ele lê os
nossos corações e para Ele me dirigi em sofrimento e Ele se fez ser
conhecido e Nele tive o meu amparo. As Mensagens da Mãe, para mim,
51
foram fundamentais no reconhecimento da existência do espiritual ma-
léfico; é real. Infelizmente meu caminho foi através da dor e não do
amor; entretanto, tanto mais sofrimento, tanto mais próxima de Deus
me sentia. Para mim, o pior passou. Nada é pior nesta vida do que
quando o homem se afasta de Deus. Que muitas almas possam se
aproximar de Deus pelo caminho do amor e não esperar o caminho da
dor!
52
Capítulo I
Parte 2
53
cê. A criatividade consiste, sobretudo, em convidar os membros da fa-
mília, desligando a televisão, para uma conversa de como cada um
sente a vida, de como cada um se sente perante a vida. Um convite
para caminharem juntos, para irem numa praça, para simplesmente
olharem a lua e as estrelas. Para escutarem belas canções...
Convidar os membros da família, sobretudo para rezarem juntos.
Um Pai Nosso que fosse, a princípio, e de mãos dadas invocarem a
Santíssima Trindade para esta Terra e para Deus abençoar cada um;
principalmente para dar paz interior; juntos, permanecerem na paz.
Quando se tem paz interior tudo na vida fica melhor. Não importa se
você ficar parado num degrau de escadas em silêncio; somente em fi-
car assim já é motivo de ver as cenas, ao vivo e a cores dos transeun-
tes, mas... Em paz! Nada no mundo pode ser sentido como valor maior,
para quem já viveu em meio às discórdias, aos problemas, tanto mais
do que o sentimento da paz. Quando a estação do ano permitir, que
você possa ver as flores nos canteiros ou reparar que não há flores nos
canteiros, mas lutar por elas. Passear em várias floriculturas (não preci-
sa comprar) somente para olhar e admirar a beleza das flores e o per-
fume dos jasmins. Quando a estação do ano permitir, abrir a janela pela
manhã e sentir o frescor e observar que surgem orvalhos e que às ve-
zes eles pintam as teias das aranhas, como continhas de cristais. Res-
pirar esse ar da manhã que nos cumprimenta depois dos tempos de
intenso calor. Quando a estação do ano permitir, aprender que pode-
mos ser como esse tempo, as árvores sem folhas, o solo sem flores, o
dia fechado, mas podemos fazer desse momento um preparo, como
uma retirada, para o retorno ser ainda mais vigoroso, produtivo, des-
lumbrante. Quando a estação do ano permitir, molhe seus pés no mar;
recolha as conchinhas e se possuir casa na praia, leia um bom livro
numa rede ao som de uma bela música. Escute o som do murmurar das
ondas do mar. À noite, olhe as estrelas e a lua.
54
Porque quem não tiver paz interior, nada disso falado poderá ser
sentido; para muitas pessoas poderá ser assim. Quem vive atrás do
dinheiro, preocupado com várias situações da vida, jamais poderá sentir
a brisa no rosto, prestar atenção ao murmurar das ondas, escutar o
canto dos pássaros, brincar de bolhas de sabão; como criança, correr
num verde campo; para muitas pessoas isso poderá inclusive, uma
perda de tempo.
Alguns perdem, aos poucos, a humanidade... Enfim, poderia enu-
merar muitas situações queridas; entretanto, sei que cada qual saberá
das suas necessidades e do que poderia fazer para melhorar e mesmo
mudar sua vida se assim desejasse. Posso dizer que tive, sim, meu
Tempo de borboleta. Tenho meu jardim que amo tanto. E às vezes
penso, enquanto mexo num vasinho aqui e acolá, que pareço uma bor-
boleta — ou quem sabe um sabiá? Talvez possa convidar você a viajar
comigo, melhor, através destes meus poeminhas dizendo assim:
56
foi a grande intercessora na minha caminhada existencial.
Há um jornalista, qual eu admiro muito, muito mesmo! Admiro,
porque ele procura a verdade, a justiça; empenha-se em ser uma pes-
soa correta e, do jeito dele, procura ajudar as pessoas. Há alguns co-
mentários seus que realmente não tem nada a ver comigo, como fute-
bol e mulheres bonitas, de cuja opinião não gosto; entretanto, é um ho-
mem primando pela busca do direito. Sei que a maioria da população
da face da Terra deve gostar de futebol; e muitos homens, de mulheres
bonitas. Imagine eu, que imperfeita! É que meu estádio tem sido outro:
vou a cenáculos. Meu time é Jesus Cristo! Minha bandeira é Sua Mãe:
Nossa Senhora! Lendo uma das colunas deste jornalista, no jornal Zero
Hora, com o título “Tem poder o ódio?”, ele diz assim, na terça-feira, 06
de agosto de 2013:
Meu Deus! Não faz ideia você a que ponto o Mal fez as águas do
Amor secarem! E justamente a minha essência, o animal queria minar!
E assim, que tudo é possível em Deus quando realmente desejamos. E
eu quis. Eu quis Deus comigo. Optei por Deus e foi assim que aprendi a
vida. Aprendi a vida ao Seu lado.
Muitos anos eu estava afastada da Igreja Católica, na qual fui bati-
zada; quando subi aqueles degraus da igreja, foi para permanecer em
Deus, Jesus Cristo, e encontrar minha Mãe, esquecida num Tempo.
Não me lembro de ter ido a missas desde o Tempo de crisma. Busco na
memória, e o que vem à mente é que, no dia da missa de formatura na
Faculdade de Filosofia, fui convidada a ler uma das mais belas mensa-
59
gens da Bíblia. Deus se fazia manifestar em situações assim: o convite
para fazer justamente aquela leitura! Eu O percebia dessa maneira. Ele
estava me tocando. Enquanto eu lia a Palavra de Deus, sentia uma
emoção muito forte, pois sabia bem, que substância era aquela! O
quanto se faz importante num ser humano: o Amor! E... O quanto me
senti merecedora de estar ali naquele púlpito para ler justamente sobre
a caridade. Também podemos substituir a palavra caridade por Amor!
Tudo que vivera ali dentro daquele seminário, lugar que passara a ser
sagrado para mim, cursando a Faculdade de Filosofia, tudo que havia
passado, vivido naquele lugar, a minha melhor parte da vida, pois, para
mim, tinha renascido. A leitura da qual fui convidada fazer, da Palavra
de Deus, mais uma vez fazia-me sentir que Ele providenciara tudo
mesmo. E a leitura foi I Coríntios, capítulo, 13. Faço questão de colocar
para você, na íntegra o que diz:
65
po cronológico, o tempo dos homens. O Tempo de Deus brota do interi-
or, aquele Tempo do coração, que você escuta o chamado, e quando o
cérebro lhe diz “vou por aqui, por essa direção”, o coração lhe diz: “vou
hoje fazer um caminho novo. Desejo as flores, desejo ver borboletas,
desejo ver o verde, os pássaros...”
Deixamo-nos levar pela sociedade que aí está nos exigindo mais e
mais. Mas qual o motivo? Por que tenho que ser isso? O que querem?
E quem é que quer? Quem está por baixo dos bastidores nos tirando o
sossego? E o Tempo de cada um, seu Tempo próprio? Quem é que
sabe mais de mim do que Deus e eu mesmo? Sim, pode acontecer de
que algumas vezes alguém venha a nos conhecer muito bem em al-
guns aspectos. Este poderá ajudá-lo.
A madeira citada, sobre a qual teci um comentário, para servir de
móvel e útil, ou simplesmente para ornamentar, precisou ser trabalha-
da, e este trabalhado leva tempo e Tempo! Olha o exemplo supremo de
Jesus Cristo: veio ao mundo com a missão de ser Deus feito homem.
Um homem bom, simples, sem soberba, humilde, nasceu num estábulo,
numa manjedoura junto a alguns animaizinhos. Quanto exemplo de
humildade! Um homem que cresceu no meio do povo e que se fez sur-
gir aos poucos, ou seja, houve o vir-a-ser e sua razão de existir! Ele foi
todo puro Amor! Foi justo, foi correto, obediente! Até culminar com Sua
morte na Cruz da Salvação. Foi feito isso para que nós, em Jesus Cris-
to, possamos ser redimidos dos nossos pecados e receber a Redenção!
Para que N’Ele, com Ele, possamos ser salvos dos nossos pecados e
conquistar uma vida eterna. E, mesmo assim, com o modelo de Amor
deste homem, não houve um Herodes, um Judas Iscariotes, todo um
povo na época, que gritavam com veemência: crucifiquem-no! Crucifi-
quem-no! Crucifiquem-no?
Ah! Essa perseguição do Mal! O Mal invisível que vai contaminan-
do. Aquele povo, em uma época, naquele contexto, teve oportunidade
66
de fazer uma escolha: Barnabé (o ladrão) ou Jesus Cristo! Incrível, não
é mesmo? E foi o Justo a caminho da morte! E foi o Amor rumo à morte.
Foi o Cordeiro Imolado! A verdade é que não foi o Amor para a morte!
Foi Jesus Cristo para a morte e com Ele, nos amava tanto, com o Seu
Amor levou as nossas iniquidades, nossos pecados. Nas asas do Amor
nossos pecados foram mortos. Por isso Ele morreu por você, por mim e
por isso também, N’Ele você pode “mergulhar” na Fonte de Água Viva,
para N’Ele você fazer morrer os seus pecados. Por ser Jesus Cristo, o
já anunciado Messias no Antigo Testamento, o Salvador, Ele parecendo
morto, ressuscitou ao terceiro dia; Jesus Cristo iniciando o aperfeiçoa-
mento da Lei do Antigo Testamento, através do Amor. Ele Ressuscitou!
É a Páscoa: Passagem para Vida Nova. Sim, a vinda da pessoa de Je-
sus Cristo já estava prevista. Já tinha sido anunciada no Antigo Testa-
mento; então, era o plano de Amor de Deus que se concretizava. O
Plano de Amor estava carregado do Amor para a Terra, na presença de
um Homem de carne e osso, de um Homem humano como nós, mas
que, no Seu Amor intenso por nós, deu o Seu Sim ao Pai para resgatar
dessa maneira o Povo de Deus; o povo pecador. Ele então morreu por
nós. Nunca esqueçamos, portanto, Ele é Vida; Ele Ressuscitou. Ele é a
nossa Páscoa. E... Páscoa significa passagem da vida feia, de morte
dos nossos pecados para a Vida Nova. Temos esse direito em Cristo
Jesus.
Estivemos falando num vir-a-ser, de uma maneira na qual a pes-
soa deseja estar ao lado de Deus Amoroso e Misericordioso e faz todo
o empenho em ser melhor. O que dizer de uma pessoa cuja escolha é
outra? A sua escolha é a de não possuir Deus, porque no Seu lugar
coloca outras coisas? Essas outras coisas podem ser as mais variadas.
Há quem deposite nela mesmas todas as fichas. Há quem potencialize
a sua alma na procura pelo dinheiro; pelo dinheiro e Deus, para essa
pessoa, não importa. Há quem só pense em sua profissão, valorizando-
67
a acima de qualquer outra coisa. Há quem já sentiu o sabor do encontro
com o outro lado... Recebe muito cultuando, dedicando-se ao Mal e
ainda ri, debocha dos prodígios de Deus, do poder de Sua realização.
Há os que se dedicam ao mundo teórico, num viver do ocultismo, do
secreto, e tornam-se prepotentes, pretensos donos do mundo. Os so-
berbos acreditam em si mesmos e nas forças ocultas e não pertencem
a Deus Amoroso e Misericordioso. Tornam-se astuciosos, maléficos,
coração endurecido como pedra, sem se importarem realmente com os
que possuem menos; mas os soberbos se preocupam em ganhar muito
dinheiro, fama, prestígio, status e desta maneira ter domínio do sistema.
Há pessoas e estas, já estiveram em Deus; gradativamente opta-
ram pelo caminho contrário porque perderam a pureza, deixaram de
acreditar no Bem, enquanto suas procuras, companhias, suas escolhas,
começaram a fazê-las desacreditar na pureza, nos valores, na moral,
na ética, fazendo-as perderem o foco do real sentido da existência hu-
mana: Deus Amoroso e Misericordioso. Peço que estejamos atentos.
Peço que, juntos com Nossa Senhora de Fátima, possamos ficar aten-
tos ao que Ela pede nesse Tempo em que fala sobre a purificação e a
grande tribulação nos preparando para o Segundo Advento: a Segunda
Vinda de Jesus Cristo não mais em razão dos nossos pecados, mas de
nossa salvação.
68
Capítulo I
Parte 3
“Um Coração Para Amar (Pe. Zezinho, SCJ) (LP: Louvemos o Senhor II)
(LP: Filho Pródigo)
Um coração para amar, pra perdoar e sentir, para chorar e sorrir ao me
criar tu me deste. Um coração pra sonhar, inquieto e sempre a bater;
ansioso por entender as coisas que tu disseste:
Eis o que eu venho te dar, eis o que eu ponho no altar.
Toma Senhor que ele é teu. Meu coração não é meu.
Eis o que eu venho te dar, eis o que eu ponho no altar.
Toma Senhor, que ele é teu. Meu coração não é meu.
Quero que o meu coração seja tão cheio de paz que não se sinta capaz de
sentir ódio ou rancor. Quero que a minha oração possa me amadurecer,
leve-me a compreender as consequências do amor.”
69
grande sofrimento para purificar a Igreja e o mundo, a fim de levá-los a
uma completa renovação…”; o Segundo sinal, é a indisciplina: “Este é o
sinal que vos indica que para a Igreja soou tempo final de sua purifica-
ção: a indisciplina difundida em todas as camadas, especialmente a do
clero”; Terceiro sinal, a divisão: “A primeira atitude de desunião com o
Papa é a rebelião declarada. Mas há outra velada, ainda mais perigosa.
É a de se proclamar abertamente em seu favor e ao mesmo tempo vi-
ver interiormente separado dele, sem tomar conhecimento de seu ma-
gistério e agindo na prática contrariamente às suas prescrições”; o
Quarto sinal, a perseguição: “O quarto sinal que vos adverte que para a
Igreja soou o ponto alto de sua dolorosa purificação, é a perseguição.
De fato, ela está sendo de diversos modos perseguida”.
Você poderá encontrar e continuar as leituras na íntegra nas pági-
nas 228 a 236 da Obra de Nossa Senhora. Livro “Aos Sacerdotes, filhos
prediletos de Nossa Senhora”.
A Mãe Celeste explica cada um desses sinais. Coloquei muito
pouco para você, meu querido, pois este é um trabalho tentando dar
uma ideia, subsídios junto com a Mãe amada que sofre, clama faz os
Seus apelos para a Humanidade, aos Seus fiéis, aos religiosos e religi-
osas, aos Seus filhos prediletos e no decorrer das nossas respostas, do
nosso ‘sim’, na vida, gradativamente, a paisagem mudará. Nossa Se-
nhora nos deixa a seguinte afirmação:
“E por fim, meu Coração Imaculado Triunfará!”.
Imagina o sofrimento de uma Mãe ao se deparar com a Sua Igreja
sendo traída. Ela, então, diz assim na página 120. Não está na íntegra.
“Contemplai o meu Filho Crucificado e sereis fiéis. O meu Filho
que, sendo Deus, fez-se obediente até à morte de Cruz. Contemplai os
seus espinhos, contemplai o seu sangue, contemplai as feridas: São
flores desabrochadas na dor da sua obediência. Agora, que a treva en-
70
volve tudo, sois chamados a testemunhar cada vez mais a luz da vossa
completa obediência à Igreja: ao Papa e aos Bispos a ele unidos. E
quanto mais derdes testemunhos da vossa completa obediência à Igre-
ja, tanto mais criticados, escarnecidos e perseguidos sereis”. 13 de abril
de 1976. Terça-feira santa. (Contemplai o meu Filho Crucificado).
Ela continua:
“Se estiverdes unidos ao Magistério da Igreja, se fordes humildes
e atentos a quanto Ela vos indicar, permanecereis sempre na Verdade
da Palavra de meu Filho”. Página 119, “Aos Sacerdotes, filhos predile-
tos de Nossa Senhora”. Não está na íntegra.
Nossa Senhora de Fátima convida a todos, a Humanidade à con-
versão, à consagração e a se refugiar em Seu Imaculado Coração de
Maria para viver os tempos difíceis. O Santo Rosário é a arma poderosa
para combater o Mal.
“Hoje, também, esta pobre humanidade, que está ainda fechada
no sepulcro gelado do pecado, da recusa de Deus, do ódio, da violên-
cia, da guerra, da impureza e da iniquidade, é chamada a sair de sua
tumba de treva e de morte. Alegrai-vos todos Comigo, porque, neste dia
da sua Páscoa, anuncio-vos que Jesus ressuscitado retornará no es-
plendor divino da sua majestade e da sua glória.” Páginas 636 e 637.
Dongo (Como) Itália, 3 de abril de 1988. Páscoa da Ressurreição. Có-
pia parcial.
Olha, sei que você deve estar questionando tantas situações aqui.
Uma delas, as datas dessas revelações. Vimos anteriormente sobre
isso. Entendo que há todo um preparativo, e grandioso, para que tudo
seja direcionado ao Tempo de Deus e não é o tempo cronológico hu-
mano a preocupação; para entrega de corpo e alma ao Deus Amoroso
e Misericordioso, à Mãe Santíssima, a Jesus Cristo, isso depende das
nossas respostas, das nossas orações, da reza do tão pedido Santo
71
Rosário pela Mãe amada. Devemos fazer a defesa contra o Mal intenso
e acirrado que está infiltrado na Igreja Católica. Veremos qual é esse
Mal no decorrer das passagens retiradas da Obra de Nossa Senhora e
do meu desejo como uma testemunha da Vida, num espiritual maléfico
vivido por mim, assim como membros amados da minha família. Em
minha família celeste eu tive, sim, a minha vida de volta. Na Providência
Divina eu fui salva. O quanto recebi da Igreja Católica e o quanto então
desejo ser para você, meu querido, acompanhante destes meus escri-
tos. Obviamente eu sei das fraquezas, dos pecados de tantos padres,
sacerdotes. Mas, na situação mundial na qual estamos vivendo, quem
de nós pode dizer que não possui os seus pecados? Quem de nós po-
derá “atirar a pedra em alguém, desejar julgar”? Digo mais:
72
puxou, sim, as orelhas na Vida. Ela respeitou o meu Tempo. Um Tempo
vivido no sofrimento, no padecimento, na dor da solidão existencial,
mas tinha que passar por aquilo para entender o Todo. Para poder tes-
temunhar para você. Não sou a ingênua do passado. Posso entender a
dimensão desse meu sim para a Mãe no testemunhar; é preciso. Não
posso mais continuar assistindo barbáries que aí estão. Preciso cumprir
a minha parte. Espero meu querido leitor, que você faça valer o Amor.
Faça a sua parte! O seu melhor. Sei que é através da dialética que a
Humanidade fará poderão chegar por fim ao que Nossa Senhora nos
deixa como grande esperança:
“Por fim, meu Coração Imaculado triunfará!”
Lembro que iniciei os escritos deste meu livro num Tempo de Qua-
resma. Não tenho a certeza se iniciei em 2011 ou se foi no ano de
2012. Foram inícios e reinícios. Foram escritos e mais escritos. Foram
paradas, foram continuações... E me perdi no Tempo sem ver o Tempo
passar. Como não acredito em coincidência ou sorte, pois vivo no que
eu passei a chamar de Tempo de Deus, e não mais a viver o Tempo do
adversário de Deus, percebo-me terminando o livro no Tempo de Qua-
resma do ano de 2014. Livro escrito no Tempo. Livro, enquanto em mo-
vimento, quando pensava concluído, Deus, minha Mãe amada, mani-
festava para mim suscitando em meu coração que deveria colocar mais
isso ou aquilo; ou ainda, não bem isso, pois aquilo é muito mais impor-
tante do que isso. As informações outras, além das mensagens de Ma-
ria Santíssima enquanto na Vida, iam surgindo, iam se evidenciando e
ia me causando interiormente um chamado: “isso deve ser colocado”.
Percebi os ‘sinais’; eles se apresentaram a mim, também na realização
deste e não somente na Vida. Para mim, e assim é para mim, aprendi a
fazer a Leitura da Vida, isto é, no Tempo de Deus, perceber o que Ele
queria de mim. Qual o motivo de tal coisa ter ou não ter acontecido de
tal maneira. Considerei então fatos, observações, vivências muito fortes
73
e pessoais, sofrimentos pessoais e sofrimentos de outras pessoas na
família, meu contexto de vida como um todo e que envolviam pessoas
fazendo parte dela. E assim tudo surge e se apresenta a mim.
Dia 28-02-2014, eu pensara ter terminado a minha obra. Ou ali se-
ria o término mesmo? Eu senti uma emoção forte ao colocar as últimas
palavras e meus olhos marejaram. É incrível essa sensação de término
de algo carregado pelo Tempo. Algo do qual custa a mim emoções,
sentimentos puros, sérios, sofridos, felizes e todos tão marcados dos
momentos, dos choros, lágrimas, dores... E a satisfação da vitória de-
pois de olhar para trás e contemplar por escrito a paisagem. Estava no
quarto trabalhando e olhei o relógio do meu laptop. Eram 23h07. Levei
o meu laptop para a sala e disse para o meu esposo. Terminei! Ele
simplesmente levantou o olhar para mim, deu um sorriso e notei o pou-
co crédito em minhas palavras. Ele me conhece muito. Muito mesmo.
Isso já tinha acontecido outras vezes. Havia pensado terminar, mas vol-
tava, sempre tinha algo para elucidar. Ele não deixou de ter razão. Afi-
nal, depois da paisagem vislumbrada, achei por bem retomar a Introdu-
ção e ela fez-me criar outra parte para este livro. Depois eu contemplei
a paisagem, depois de possuir a visão do todo, pude fazer ajustes e,
porque não, aqui também aproveitando certas oportunidades com rela-
ção às datas ainda estão no Tempo, ainda suscitavam ao meu coração
para deixar a minha homenagem, a minha despedida. Então, você terá
querido leitor, um pedacinho a mais de mim. Um pedacinho da minha
despedida no final e nesta parte do livro criada recentemente. Um pe-
dacinho de mim, desejando homenagear a todas as mulheres parafra-
seando o que Martha Medeiros, jornalista e escritora colocaram em sua
coluna do jornal Zero Hora, na data 09-03-2014. Não poderia deixar de
colocar ainda textos importantíssimos e que se apresentaram a mim
neste período da Quaresma. Eles servem de desfecho, querido leitor,
para evidenciar, muito mais do que para mim, a razão da existência
74
destes escritos. Ainda mais, como terminar este sem colocar também o
slogan da Campanha da Fraternidade de 2014, sem comentá-lo? Co-
mentar o Tempo da Quaresma onde a Igreja Católica lança a Campa-
nha da Fraternidade? De maneira alguma, poderia encerrar este sem
deixar o meu pensamento de modo universal.
Então, leitor querido, vamos por partes. Em primeiro lugar a minha
homenagem às mulheres no Dia Internacional de 2014. Considero im-
portante, para nós, mulheres interiorizarmos e procurarmos o Equilíbrio.
O título dado pela escritora foi:
“Que fim levou Bo Derek?”
“Até que descobrimos que tínhamos tudo, menos a coisa mais im-
portante do mundo: tempo. Deixamos de ser donas dos nossos dias,
viramos escravas da perfeição, passamos a buscar a nota 10 em todos
os quesitos, feito uma escola de samba, e ganhamos o quê? Um stress
gigantesco e uma tremenda frustração por não conseguir manter tudo
no topo: o casamento, a profissão, os seios. Nunca mais uma escapada
de três dias num sítio, nunca mais pegar uma matinê num dia de sema-
na, nunca mais passar a tarde conversando na casa de uma amiga,
nunca mais deitar no sofá para ouvir nossa música preferida. Tic-tac,
tic-tac. Proibido relaxar. Trégua, por favor. Não estamos numa competi-
ção. Ninguém está contabilizando nossos recordes. A intenção não é
virar uma campeã, e sim desfrutar a delícia de ser uma mulher divertida
e desestressada. Por que isso precisa conflitar com a independência?
Proponho uma pequena subversão: agrade a si mesmo e a mais nin-
guém. E não brigue com o espelho, pois ter saúde é o único item de
beleza indispensável, e isso só se enxerga por dentro. Trabalhe no que
lhe dá gosto, aprenda a dizer não, invente sua própria maneira de ser
quem é, e se for gorda, fumante, esquisita e sozinha, qual é o proble-
ma? Aliás, sendo você mesma, dificilmente ficará sozinha.”
Minha segunda despedida: O que Deus tinha para nos dizer neste
75
dia? (09-03-2014).
76
dar com o que vivenciei, senti em minha alma a perseguição do espiri-
tual maléfico. Além disso, acredito que quando nos dizemos Católicos
Apostólicos Romanos devemos sê-lo, sim, na sua essência, ou seja,
fazendo verdade no seu batismo. Nunca pense meu querido leitor, que
as minhas colocações são com a intenção de julgar uma pessoa. Nun-
ca! Quem sou eu? Eu que fui uma lagarta rastejante? Eu que tive o meu
Tempo de casulo? Eu tive que renascer para estar com você? Nunca,
meu querido. Nunca! Não tenho esse poder. Somente Deus fará o jul-
gamento. Entretanto, eu desvelo a pessoa. Esse desvelar pessoa, ver o
que está por trás da pessoa, é o Mal da pessoa. É o Mal espiritual que
ela pode estar envolvida por ser inocente, como a minha própria mãe foi
ludibriada pelo animal por longos e longos anos. Não somente a minha
amada mãe terrena, como pessoas da família que se envolveram ino-
centemente no Mal. O pior é quem procura e tem o desejo do Mal pelo
Mal. Como diz Nossa Senhora: “Esta é uma grande batalha em que se
combate sobretudo a nível espiritual”. Página, 490. Novamente aqui eu
coloco.
Voltando, então, ao sinal da invocação da Santíssima Trindade.
Existem pessoas que fazem todo o sinal da cruz no rosto. Fazem de
qualquer maneira sobre o corpo. Não pensam em invocar a Santíssima
Trindade que é o Pai, é o Filho e é o Espírito Santo; invocar com fé,
com Verdade; acreditando, chamando-Os de fato aqui para a Terra.
Aprendi na vida a fazer o sinal da cruz corretamente para então invocar
a Santíssima Trindade. Uma senhora muito Católica me mostrou como
fazer. Ao se invocar o Pai, se coloca a mão na testa; ao dizer o Filho, a
mão é colocada abaixo do umbigo; o Espírito Santo, tocado com a mão,
nas pontas do ombro; Espírito, numa das pontas e na outra ponta do
ombro, o Santo. Dizer amém, no coração, como fechamento. Você en-
tão invoca a Santíssima Trindade para falar com Eles. Não li em manual
algum essa forma de invocar a Santíssima Trindade; aprendi na Vida.
77
E a Quaresma? Triste realidade, mas verdade: muitos não viven-
ciam situações Verdadeiras. Muitos não participam de um Tempo junto
com Jesus Cristo. Ah, como é importante vivermos atualmente como
nunca antes na História da Humanidade e acompanharmos esse Irmão
(Jesus Cristo), durante o Tempo na Igreja.
Uma vez, meu amigo Irmão Marista, que prefaciou o meu livro, fez
um calendário (eu o havia pedido), no qual mostrava amplamente os
diversos Tempos em que vive a Igreja Católica. É lindo demais, quando
se acompanha os Tempos das liturgias, pois é a Vida que se mostra
com Deus e Seu Filho Jesus Cristo, os fiéis acompanhando. É a partici-
pação da pessoa caminhando de mãos dadas com Eles na Vida! É tudo
tão abrangente e lindo! É tudo tão universal, atendendo com respeito à
Palavra de Deus. Na Quaresma que se inicia na quarta-feira de cinzas,
depois do carnaval, o sacerdote, neste dia, coloca cinzas em sua testa.
Isso mesmo: coloca cinzas. Ele, então, faz o sinal da cruz na testa e diz
as palavras:
“Convertei-vos e Crede no Evangelho!”
O sacerdote pode dizer também:
“Lembra-te que és pó e que ao pó voltarás”.
As cinzas saem dos ramos queimados e abençoados no Domingo
de Ramos do ano anterior. Acrescentam água benta às cinzas.
A Quaresma, quarenta dias de respeito, de abstinência, de jejum,
de orações fortes; que possamos aos poucos nos preparar dessa ma-
neira, junto com Cristo, colocando nossos sofrimentos no fardo triste, na
missão triste que Jesus Cristo veio ao Mundo fazer por nós. Nunca es-
quecer sobre todas as situações tristes da Vida, que Cristo venceu
através da Ressurreição. Tudo passou; passou da Morte para a Vida
nos legando que, também nós na Eucaristia podemos vencer nossos
pecados e sairmos vitoriosos. Afinal, é na missa em cada missa Jesus
78
Cristo faz o Seu Sacrifício por nós. Por isso, matar animais, sacrificar
animais é abominado por Deus da Vida, da Criação. Não se justifica
esse ato abominável aos Olhos de Deus.
Estes quarenta dias da Quaresma lembram Jesus Cristo tentado
pelo demônio quando se retirou para um lugar ermo, a fim de orar e
meditar, após o seu batismo nas águas do Jordão. Jesus estava se
preparando para dar início a seu ministério de preparação e salvação
dos homens. Nesse retiro de Jesus Cristo, Ele nos deixa o exemplo de
como agir antes dos grandes e decisivos empreendimentos de nossa
vida. Retirei de uma folha de ofício (nela não consta o autor), entre os
meus materiais guardados, o que diz a seguir:
“Segundo as Escrituras, três foram as tentações com que o demô-
nio quis ter em mãos, e prova da divindade de Jesus:
1º- “Se és o Filho de Deus, ordena a esta pedra que se torne pão”.
E Jesus: “Não só de pão vive o homem, mas de toda a palavra de
Deus”.
2º- “Dar-te-ei todos os reinos da terra, se te prostrares diante de
mim”. E Jesus: “Adorarás o Senhor teu Deus, e só a Ele servirás”.
3º- “Se és o Filho de Deus, lança-te daqui para baixo, porque está
escrito: O Senhor ordenou a seus anjos que te guardassem, para que
não firas o teu pé nalguma pedra”. E Jesus: “Não tentarás o Senhor teu
Deus”.
Tenho o seguinte a dizer:
Jesus Cristo mostra ao demônio um lado da face da moeda que o
animal não conhecia. Enquanto o animal estava o tempo inteiro cutu-
cando Jesus com situações do plano horizontal, isto é, do plano materi-
alista, Jesus apresentava a satanás o lado outro. Mostrava o lado para
nós todos. Para a Humanidade de Ontem, de Hoje e de Sempre. Que
lado é esse? O lado da dimensão espiritual divina. Jesus Cristo mostra-
79
ra para satanás, o espírito maligno, que o pão com fermento; o pão,
aquele que alimenta os órgãos do aparelho digestivo, ou qualquer outro
substitutivo como alimento, não é mais importante do que a Palavra de
Deus aos homens. Jesus Cristo mostrara ao demônio, ao animal, que
nada para Ele, para Jesus, era mais importante do que Deus Único,
Verdadeiro Deus, seu Pai. E na ação de Jesus Cristo mostrava Obedi-
ência. E se... Jesus Cristo não obedecesse ao Pai da Criação, da Vida,
naquele momento de ser tentado? Mais uma vez como no Tempo de
Adão e Eva a serpente da maldição perpetuaria da desgraça.
Esta palavra Obediência para mim possui alto valor. Podemos
constar nos filhos de hoje a falta de obediência aos mais velhos, aos
avós, aos pais e isso gera pecados atrozes. Podemos constatar isso no
interior da própria Igreja. Os filhos rebeldes desejando serem os “cabri-
tos” falados na Bíblia.
Não adiantava o animal fomentar o recebimento de um reino intei-
ro material, desta Terra, pois para Jesus Cristo só para Deus era o seu
olhar, o seu caminhar, a Sua vida. Jesus Cristo não deseja mostrar ou
provar nada ao animal, quando este lhe pediu que se jogasse do lugar
alto, de retiro onde estava. Os anjos poderiam vir em guarda de Jesus,
em Seu socorro, pois Jesus Cristo estava resoluto que a Sua vida era
unicamente de Deus, e, sendo Ele pessoa de Deus, nunca seria venci-
do pelo Mal.
Que lição de confiança, de credibilidade, de Amor, de Fé nos lega
Jesus Cristo! Devemos também amar a Deus, nosso Único Senhor.
Que lição de confiança, de credibilidade, de Amor, de Fé nos deixa Je-
sus Cristo, a seguir nossa caminhada num único Pai. O Pai Nosso Cri-
ador do Céu e da Terra! Não devemos adorar falsos deuses, o deus da
barganha, o Pai da Mentira, o astucioso ludibriador, Pai da Mentira.
A Quaresma significa também para nós esses quarenta dias de
um retiro existencial.
80
Tudo de bom e de lindo acontece quando para nós a Páscoa tam-
bém chega, ou seja, conseguimos com Cristo vencer os nossos peca-
dos. Chegamos a nossa vitória pessoal. Não existe algo mais misterio-
so e magnífico ao percebermos Cristo na nossa caminhada quando se
tem a experiência de ser uma lagarta rastejante. Com os nossos peca-
dos, desejando nos corrigir, nos lapidar, também sofreremos com Ele,
se deixarmos, por exemplo, de fumar, beber, enfim, qualquer vício, ten-
tação, qualquer pecado. Se você tiver o sentimento de vencer, sair da
sua pior desejar uma mudança de vida, em Cristo, conseguirá também
a sua vitória; fará você feliz e pode ter certeza que as pessoas ao seu
redor serão muito beneficiadas e felizes também. Se quisermos nos
converter realmente com Cristo, caminhando ao Seu lado, entregando
no Seu Sofrimento, no sofrimento de Cristo, tudo o que nos sufoca, nos
escraviza, impedindo de sermos mais, nós conseguiremos com Jesus.
Confie, por favor, em Quem deu a você somente o Amor! Deu a você o
Seu sangue. Deu a você a humilhação, os mais incríveis sofrimentos,
os mistérios de uma alma de puro Amor. O Inocente, o Santo Homem
morreu por você. Ele não tinha pecados; Ele era e é Santo. Sempre se-
rá. O filho unigênito enviado a Terra por Deus, no mesmo espírito divino
do Pai e por nós.
Saia da sua redoma de vidro, aquela que impede de acreditar na
realidade! Isso que estou a falar é real. O que se passa nas telinhas é
ficção. Viva a vida enquanto você puder e na realidade. A realidade não
é essa que você assiste nas telas. Por mais que procurem passar a
Verdade numa telinha para você, nunca será a verdade da sua própria
vida, do seu próprio caminhar, um caminhar livre, com Deus que te en-
volve, com Jesus Cristo que é companheiro de todas as horas e um
amigo exemplar. Saia da redoma de vidro fure essa bolha invisível e
passe a viver junto com as outras pessoas uma vida espiritual divina e
não a maléfica que estamos presenciando a todo o instante. Saia da
81
redoma de vidro. Juntamente com os irmãos em Cristo você terá, senti-
rá o Tempo de Deus acompanhando a liturgia do dia, da semana, nos
diferentes Tempos que a Igreja Católica, juntamente com Jesus Cristo e
Sua Mãe, nos proporciona para a nossa salvação. Quaresma é um
Tempo muito forte quando você confia, acredita no que faz. Quando
você deixar de brincar a vida e for numa missa para realmente senti-la,
e não para olhar para os outros e ficar observando-os, deve viver a li-
turgia com gosto. Cantando sem vergonha do que os outros vão dizer
ou pensar. Sendo ali você. Quando você então cuidar do seu coração e
de sua mente, você encontrará Deus. Quando você se dirigir para a
Igreja sem desejar olhar o rosto do padre, criticá-lo, mas ver nele um
ser humano com direito a falhas como qualquer outra pessoa, você vi-
venciará a missa efetivamente. Quando você olhar para o sacerdote e
nele você perceber que é simplesmente uma pessoa, mas que deixou
tudo, sua família, seus bens e vive de doações, saberá então que ele
fez uma escolha na Vocação. Vocação é um Chamado de Deus para
ele, que optou pelo celibato. Uma pessoa obediente ao Papa e não po-
de sair fazendo o que bem entende. Uma pessoa que possui a autori-
dade de absolver qualquer pecado e tanto mais... Não me diga que vo-
cê não precisa. Nunca diga isso. Onipotente, Onisciente e Onipresente
somente Deus. Já existiu Lúcifer que desejou e deseja ser como Deus
pela soberba, pela inveja. Acredito inclusive que uma das razões do
mundo estar do jeito que está é por homens racionais apóstatas (recep-
táculos do vem do Mal), soberbos no poder, desejosos de status, do
poder e pelo dinheiro, desejosos de ser Deus. Sei o que você deve es-
tar pensando também, que existem padres que não deveriam estar nes-
ta vocação. Eu concordo. E convido você a mudar este estado de situa-
ção e além de rezar por eles, fazer o seu melhor, a sua parte no sentido
de não aceitar o estado de pecado deste sacerdote. É um direito e de-
ver seu ir à busca da santidade, do Sacerdote puro, fiel ao modo da
82
educação da Mãe Virgem Santíssima está a pedir em Sua Obra. Olhar
e procurar o padre, o sacerdote puro e fiel a Jesus Cristo. Existem pes-
soas falhas; existe em qualquer seara, departamento da vida. Eu con-
cordo e eu vivenciei sacerdotes que não mereciam essa vocação. Eu
concordo, e eu vivenciei sacerdotes santos já aqui na Terra dos viven-
tes. Existem sacerdotes muito bons. Não nos compete julgar. A consta-
tação da existência do Sacerdote pecador ou qualquer pessoa não im-
plica em julgamento para um coração de amor. Implica consciência da-
quilo que é de Deus e pedido por Nossa Senhora de Fátima e do que
não é não vem de Deus.
Podemos compreender muitas situações, mas não precisamos
aceitar Sacerdotes pecadores. Dizer que não aceitamos é um direito de
quem é pecador e precisa da existência nesta face da Terra do santo
sacerdote, do sacerdote que opta por esta Vocação, a Vocação Sacer-
dotal, a mais nobre Vocação existente nesta face da Terra. Ajudar e
rezar pelos Sacerdotes pecadores, como a Mãe amada, nos pede. Por
isso, esse meu livro. Por isso, a minha preocupação. Por isso, sobretu-
do por isso, a preocupação da Mãe amada, Nossa Senhora de Fátima,
a Rainha da Paz. Ela sabe das piores falhas humanas, dos piores pe-
cados desses filhos e mesmo sabendo de tudo, como Mãe, Ela os ama
muito e quer dar Tempo de Conversão não somente para a Humanida-
de pecadora e sofrida, como também a esses seus filhos Sacerdotes
que traem, parte deles, a própria Igreja Católica. Nossa Senhora nos
pede para não julgar, para não criticar, pois “não será jogando vinagre
nas chagas abertas que vamos melhorar ou curá-las”. Mas é com a
nossa compreensão e amor. Quem somos nós para julgar? Será que
temos esse direito? Não. O que estamos nós fazendo como Igreja?
Compete a Deus o julgamento. Somente a Ele. Sei que é difícil, mas
não impossível! Essas situações são abordadas, e seriamente, no de-
correr deste livro.
83
Quaresma. Tempo em que a Igreja usa a cor roxa, para indicar
Tempo de maior introspecção, de orações, de penitências, jejuns em
nome de Nosso Senhor Jesus Cristo. Vivemos as situações que ante-
cederão a Sua Paixão e Morte. A via de sofrimento D’Ele, tudo o que
Ele sofreu. Por isso, se acompanharmos juntos a Ele, também a nossa
entrega no sofrer por algum vício, algum apego que nos faz muito mal,
as dores que sentimos tanto físicas quanto as de cunho interior, se for
de origem espiritual maléfica, isso termina. Termina! Você acabará por
viver juntamente com Ele, a sua verdadeira Páscoa. Sim. Vivemos
Tempo da agonia, Tempo do sofrimento, mas Jesus Cristo não está
preso na cruz eternamente e você, querido, também não está. Você
poderá se tornar uma nova pessoa. É a sua Páscoa! É o direito que vo-
cê possui em vida, e para ganhar vida, vida em abundância, como diz a
Bíblia. Confie. Acredite.
Não existe pior prisão do que a prisão invisível. Aquela prisão que
ninguém vê. Aquela chaga interior que ninguém imagina você possuir;
você tanto sofre. Você caminha entre todos, você está bem vestida e
perfumada, no entanto totalmente destruída interiormente. Algumas go-
tas daqui e dali, alguns bálsamos você mesma cria inventa imagina fa-
zerem você conseguir se mantiver em pé. Não tem nem como falar com
alguém, muitas vezes, sobre o problema que a aflige, pois nem mesma
você consegue explicar o que sente. Mas sente e sofre. Sente e chora.
Você não pode falar porque nada é concreto, nada é palpável e não é
uma dor aguda que você possa gemer e chamar a atenção. Não existe,
a priori, um remédio para essa dor existencial, até você conhecer Deus
e Jesus. Você não tem feridas pelo corpo, não tem coisa alguma que
possa inclusive cheirar mal; no entanto, parece muitas vezes que você
possui lepra. Mas é o Mal invisível que lhe acompanha. Algo sem saber
explicar, mas existe. Algo como o ar que respiramos e que não se vê,
no entanto, é tudo de mais importante que temos para conseguir viver:
84
o próprio oxigênio. Foi assim comigo. Por isso, estou com você. Por
isso, juntamente com Nossa Senhora, a Mãe amada eu peço a sua con-
fiança em seu Filho Jesus Cristo. Quero, junto com você, o Tempo de
Deus que eu tive. Um Tempo de Misericórdia. Tempo este, concedido
por Nossa Senhora de Fátima; convida-nos para a conversão. Tempo
do qual a taça da Justiça Divina, como diz Nossa Senhora, está trans-
bordante, mas que Ela está segurando o Tempo para a chegada de
Cristo Jesus, Sua segunda vinda. Ela fala do tempo da purificação e da
grande tribulação. No decorrer desta minha obra, veremos sobre essas
questões da traição infiltrada na Igreja Católica. Enfim... Vamos juntos
acompanhar?
Quaresma. Tempo em que eu sinto com Ele. Penso no que Ele
passou no que Ele sofreu por nós e sinto muito. Muito mesmo. Há mo-
mentos nas missas, acompanhando a liturgia, em que choro ao sentir o
que Ele passou por nós, por Amor.
A Igreja Católica Apostólica Romana lança a Campanha da Fra-
ternidade deste ano, 2014; tem como Tema: “Fraternidade e Tráfico
Humano”; Lema: “É para a liberdade que Cristo nos libertou”. Sobre es-
se slogan da Campanha da Fraternidade, desejo deixar, meu querido
leitor, registrado, dando ênfase ao que disse anteriormente; não existe
pior escravidão do que a nossa escravidão interior. Uma escravidão
invisível, uma escravidão dos nossos pecados e estes, nos impedem de
darmos os passos na caminhada existencial. Realmente, o lema da
Campanha da Fraternidade teve como base uma citação feita pelo
Apóstolo Paulo, em uma carta a Gálatas, chega a Tempo! “É para liber-
dade que Cristo nos libertou.” Vivemos tempos muito difíceis. Muito!
Como Nossa Senhora nos deixa dito, o problema é a nível espiritual, e
sendo espiritual ele se manifesta concretamente em cada um de nós,
nas famílias, sociedade e de forma abrangente no mundo. Veja então,
como Nossa Senhora de Fátima nos alerta:
85
“Satanás está a tramar de modo cada vez mais claro contra a mi-
nha Igreja. Ajuntou muitos dos meus filhos Sacerdotes, iludindo-os com
a falsa miragem do ideal marxista: o interesse exclusivo dos pobres;
um cristianismo empenhado unicamente na construção de uma socie-
dade humana mais justa; uma Igreja que se pretende mais evangélica
e por isso subtraída à sua instituição hierárquica. Esta verdadeira divi-
são da minha Igreja, esta verdadeira apostasia por parte de tantos dos
meus filhos Sacerdotes se acentuará e chegará mesmo à revolta vio-
lenta e declarada”. Página 109. (31 de dezembro de 1975) Última noite
do ano. Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Senhora.
86
racional. Um pensador sem Deus e Jesus Cristo. Nunca Karl Marx
transcenderia numa visão mais profunda a dimensão espiritual de um
ser humano. Ele era ateu. Sem Deus, qual é a profundidade, a valia
desse pensador sobre o filho de Deus feito homem para trazer a única
missão fundamental da Sua vinda a Terra? A vinda de Jesus Cristo foi
morrer por nós para que N’Ele tivéssemos a Redenção; para a compre-
ensão e aceitação que é N’Ele, na Sua morte faz morrer também os
nossos pecados. Ou seja, é por meio de Jesus Cristo, Ontem, Hoje e
Sempre podemos fazer com Ele, N’Ele, a morte de nossos males exis-
tenciais espirituais maléficos. Pois Ele venceu a Morte, Ele Ressuscitou
para N’Ele encontrássemos a Paz interior tão almejada. Conquistamos
a Paz interior em primeiro lugar, junto; unidos seremos pessoas melho-
res. Mas existe quem não deseje isso. Sim, e como! Existe quem dese-
ja exterminar com Jesus Cristo, na Sua Divindade aqui na Terra. Mor-
rendo Jesus Eucarístico, toda a grande Luz, o Grande Farol se acaba.
E farol, além da luz emitida, é luz indicadora do caminho para quem se
sente desorientado. Jesus Cristo nos deixa dito claramente que Ele é o
Caminho, a Verdade, e Vida. Veremos sobre essa questão (quem são
‘eles’ que teimam em minar o Senhor dos Passos, Jesus Cristo), com
maior propriedade durante o seguimento no meu livro. Baseio-me, so-
bretudo, nas Mensagens da Mãe amada, na minha Bíblia Ave Maria,
nos meus dias de lagarta rastejante no qual tanto, tanto precisei de meu
Deus Amoroso e Misericordioso; cito pensamentos de diversos filóso-
fos, de textos ou trechos ao longo da minha caminhada existencial, en-
quanto fazia a Faculdade de Filosofia, eu copiava em folhas de ofício e
amarelecidas pelo Tempo não deixam de me acompanhar até os atuais
dias. A vida de alguns santos e santas foram as minhas inspirações
constantes na minha caminhada existencial. Para mim, Marx deixou um
rastro de discórdias, acentuando drasticamente os que possuem muito
e aqueles que não possuem. Fomentou uma visão horizontal em ver o
87
mundo somente na ótica materialista, criando as lutas de classes: pa-
trões e operários. O Homem — antes de lutar por alguma coisa, antes
de visar o materialismo, o capital, as grandes empresas — deveria ter
consciência em primeiro lugar da existência de Deus. Falo aqui, de
Deus da Verdade, nosso Deus Verdadeiro e não um deus! O deus tão
cultuado atualmente, o deus dinheiro. O capital. Não sou uma política.
Nunca gostei de política. A minha bandeira é puramente Nossa Senho-
ra e sei o quanto Ela deve chorar e padecer pelo Seu filho, pela obscu-
ridade, pelo desejo de homens racionais em ofuscar a Luz, o Brilho Di-
vinal de Nosso Senhor Jesus Cristo, meu Irmão, seu Irmão; meu Amigo
e meu Companheiro. As minhas colocações se referem à Mãe Celeste;
e o meu testemunho de vida, no que se relaciona com o espiritual malé-
fico e divino e que se materializam; os acontecimentos vão se evidenci-
ando aqui mesmo, nas relações que mantemos uns com os outros. Re-
pito um trecho da citação acima:
“Satanás está a tramar de modo cada vez mais claro contra a mi-
nha Igreja. Ajuntou muitos dos meus filhos Sacerdotes, iludindo-os com
a falsa miragem do ideal marxista: o interesse exclusivo dos pobres;
um cristianismo empenhado unicamente na construção de uma socie-
dade humana mais justa”.
“Na realidade, ela é invadida por uma falta de fé cada vez maior,
que difunde por toda a parte a grande apostasia. Muitos Bispos, Sacer-
dotes, Religiosos e Fiéis não acreditam mais, já perderam a verdadeira
fé em Jesus e no seu Evangelho. Por isso, a Igreja, deve ser purificada
com a perseguição e o sangue. Na Igreja, entrou, também, a divisão, a
desunião, a luta, o antagonismo. As forças do ateísmo e da maçonaria,
infiltradas no seu interior, conseguiram romper sua unidade interna e
obscurecer o esplendor da sua santidade. Estes são os tempos predi-
tos por Mim, em que Cardeais se opõem a Cardeais, Bispos a Bispos,
Sacerdotes a Sacerdotes, e o rebanho de Cristo é dilacerado por lobos
vorazes, que se introduziram sob as vestes de inermes e mansos cor-
deiros. Entre estes, há, também, alguns que ocupam lugares de grande
responsabilidade e, por meio deles, satanás conseguiu penetrar e atuar
no próprio vértice da Igreja. Bispos e Sacerdotes da santa Igreja de
Deus, como é grande a vossa responsabilidade! Deus está prestes a
89
pedir-vos conta de como administrastes a sua vinha. Arrependei-vos,
pedi perdão, reparai e, sobretudo, voltai a ser fiéis à tarefa que vos foi
confiada”. Página 530. Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Se-
nhora.
“Caros Amigos,
O Ministério da Cultura faz de conta que não sabe de nada, que não lê
93
nada, que não se informa de nada...
Mas...
...patrocina blasfêmias contra Nosso Senhor Jesus Cristo...
...agride a Fé da imensa maioria do povo brasileiro...
...usa o seu e o meu dinheiro para ofender nossa Religião...
...e se esconde atrás de um silêncio e de uma surdez, que não ouve o
clamor de 32.000 pessoas que já se manifestaram pela Internet contra a
peça blasfema Jesus Cristo Super Star.
O Ministério da Cultura também não acompanha os jornais, nem as Redes
Sociais. Não leram as inúmeras notícias e manifestações de apoio à nossa
Campanha e da indignação daqueles que tem verdadeira Fé.
Um silêncio cúmplice do pecado que estão patrocinando, com o nosso
dinheiro, a partir do dia 14 de março, lançamento da peça blasfema Jesus
Cristo Super Star.
A sorte deles é que nosso protesto é pacífico, e continuará sendo, dentro da
lei e da ordem.
Se fôssemos 32.000 muçulmanos, talvez eles não tivessem tanta sorte
assim.
Vejam o que aconteceu no poderoso EUA, com um vídeo que saiu no
Youtube que, segundo a notícia, “foi considerado ofensivo aos muçulmanos
e gerou violentos protestos em partes do Oriente Médio e ameaças de
morte aos atores”.
Se você leu a notícia, eu nem preciso comentar. Você mesmo tirará as
conclusões.
Tudo errado.
Errado os muçulmanos ameaçarem de morte os atores, errado o Tribunal
americano acatar apenas esse protesto, mas não acatar protestos de
católicos contra vídeos do Youtube (centenas, talvez milhares), que
zombam da Religião Católica e dos sacramentos.
Para nós, católicos, usam o argumento de que não se pode exercer
qualquer tipo de censura.
Já para os muçulmanos… a coisa é um pouco diferente. Fácil de imaginar
94
por quê.
Vamos continuar nosso protesto pacífico e ordeiro, mas ativo e
incessante, contra a peça blasfema Jesus Cristo Super Star que vai
estrear em São Paulo no próximo dia 14. Com o patrocínio do Ministério da
Cultura e... com o já misterioso silêncio das autoridades religiosas.
Se você ainda não assinou a Petição-Protesto, clique aqui, agora mesmo,
por favor.
Se você já assinou
reenvie este e-mail
a todos os seus amigos.
É urgente.
Temos poucas horas.
A peça será lançada em São Paulo. Mas se não houver protestos no Brasil
inteiro, essa blasfêmia percorrerá todo o País. Todos temos que assinar
essa Petição.
Nosso Senhor Jesus Cristo, que a tudo vê, saberá recompensar esse seu
ato de amor com muitas graças especiais.
Em Jesus e Maria,
Por Ela, por amar Maria, a Mãe de Jesus, nosso Salvador e Re-
dentor, que me faço estar aqui para você e procuro ser para você, jun-
tamente com Ela, que nos garante:
97
queno e singelo presente eu faço chegar até você, o símbolo da Filoso-
fia, está marcando o Tempo em que tudo está por ser consumado”. Vo-
cê, pessoa próxima me presenteou, e todas as demais, nunca esqueci-
das. Todas e todos, nunca esquecidos no meu coração de amor. Ela
está voando. Voando de avião. Muito agradecida, minha amada. Uma
felicidade com mesclas de gratidão, de reconhecimento, de entendi-
mento, que por merecimento depois de um trabalho árduo, mas não
impossível, nesses três anos de dedicação, amor, paciência, a minha
obra também nasceu. E sim, eu me acho merecedora desse elemento
que enxerga no escuro. Que é o símbolo da minha caminhada existen-
cial. Ah! Esse Tempo! Sempre Tempo! Assim tem sido para mim. Mais
uma vez eu vejo a mão de Deus, a Sua Providência Divina a nos acom-
panhar. Meus agradecimentos humildemente, pois sei que tudo, mas
tudo mesmo chega nas Graças de Deus Pai. Desejo a Justiça Divina,
mas aprendi a equilibrar os meus sentimentos com os meus divinos.
Desejo a misericórdia em nome de Deus Pai e de Nossa Senhora, a
Rainha da Paz; esperando de cada um a conversão para que, finalmen-
te, numa continuação na caminhada existencial da Humanidade, conti-
nue a se estender pela face da Terra a Misericórdia de Deus pela inter-
cessão de Nossa Senhora de Fátima, a Rainha da Paz.
98
Capítulo II
Parte 1
99
Tempo Lagarta, Um Tempo Casulo, Um Tempo Borboleta”. Fiz poucos
exemplares e distribui para alguns poucos amigos e parentes. Desejo
que este livro se faça um pouco mais objetivo; entretanto, aqui também
me sinto na vontade de me apresentar a você; como a minha história
está atrelada ao espiritual de Nossa Senhora, embora Ela em âmbito
maior os meus sinais existenciais são aqui deixados.
O que leva uma pessoa como eu dizer que doa sua vida como
uma soldadinha do exército de Maria? Quais motivos eu teria para lutar
ao lado da Mãe, continuar o trabalho do padre Stefano Gobbi, dando
meu sim? Diria que fundamentalmente o amor, como filha de minha
Mãe celeste. Fundamentalmente, o amor, como filha de minha mãe ter-
rena. Fundamentalmente, o acreditar em Nossa Senhora, porque en-
contrei consonância no que Ela disse nas Suas Mensagens com a rea-
lidade do Mal no qual vivia. Mais do que me fixar no horror do Mal, o
meu desejo de juntamente com Ela procurar ajudar aos outros que pos-
sam se sentir escravizados, tanto quanto eu me senti. Mais do que me
fixar no horror, o acreditar na Mãe, no amor que sinto por Ela, enten-
dendo o Seu poder junto a Deus Pai; fixei-me então no que Ela deixa
para nós, como esperança. E se aqui, neste livro, pontuo a existência
do Mal, é para dar o meu testemunho; acima de tudo buscar Deus e
Seu Filho Jesus Cristo e Nossa Mãe Santíssima como esperança de
um mundo melhor.
Nossa Senhora nos confirma; Ela confirma Sua vitória, dizendo-se as-
sim:
Fica claro neste trecho, um dos tantos apelos, que Nossa Senhora
102
faz contar com todos, ao se consagrarem a Seu Imaculado Coração,
faz contar conosco como fiéis para ser exército Dela: “exército invencí-
vel” ou também, “meu exército fiel”, o meu “Grande Exército Branco”.
Segundo Nossa Senhora, então, Ela continua a nos dizer:
“Quero voltar para o meio dos meus fiéis, porque é com eles, em
torno dos meus Sacerdotes, que Eu quero formar o meu exército in-
vencível”.
105
em prática.”
“Com este Livro vos ensino a viver a consagração ao meu Coração
Imaculado, com a simplicidade das crianças, em espírito de humildade,
de pobreza, de confiança e de filial abandono.”
“Anunciei-vos o triunfo do meu Coração Imaculado no mun-
do. Por fim o meu Coração Imaculado Triunfará. Isso acontecerá
no maior triunfo de Jesus, que trará para o mundo o seu glorioso
reino de amor, de justiça e de paz e fará novas todas as coisas.”
“Escancarai as portas a Cristo que vem a vós na glória. Vivei a
107
e a água toma conta do navio. Eu observava num curto tempo de meni-
ninha para a imagem da cobra aos pés de Nossa Senhora do Imacula-
do Coração de Maria; a Mãe, em toda a Sua delicadeza, pisava a cabe-
ça daquele animal, com Seu pezinho — percebia naquele gesto, perce-
bia, naquele símbolo, que Ela tinha o poder sobre o apresentado ali. O
poder sobre o Mal. Eu olhava para aquele doce rosto de Mãe bondosa;
o lugar quase santo, uma capela da escola de freiras; Ela queria dizer
que havia sim, algo ruim, e esse algo ruim estava em cima de um globo,
nossa Terra, mas que Ela estava acima do globo também, e tinha, sim,
Seu poder de prender aquele animal, representação do Mal, com Seu
pezinho. Por isso me disponho a ser uma soldadinha do exército de
Nossa Senhora; fiel a Ela, filha Dela, para combater o Mal. No Tempo
de criança Ela me mostrava que havia um Mal.
Foi ponderando sobre essa dimensão da existência do Mal nas
Mensagens reveladas na Obra de Nossa Senhora, na Bíblia, na vida,
passara ao reconhecimento real do espiritual maléfico. Eu passara a
acreditar nesses conhecimentos teóricos e práticos; eu observava os
acontecimentos circundados sobre a minha mãe terrena do espiritual
maléfico da umbanda, como também a mim mesma e a outros mem-
bros familiares e assim foi o espiritual divino interiorizando-se em mim
para fazer eu, o meu melhor e sair daquela escravidão.
Essa vontade pela Verdade foi tão escondida da minha própria mãe
amada, me faz lutar num desejo pela propagação da informação: cui-
dado! Alerta, querido, você possuindo a sede de Justiça e de Verdade!
E... Nunca esqueçamos a misericórdia, pois precisaremos. Estamos
nesse Tempo! Convido você a se juntar ao exército de Nossa Senhora
formando assim o exército dos fiéis consagrados a Ela: o “Exército
Branco”, como Ela nomeia também, Seu exército invencível.
108
109
Capítulo II
Parte 2
111
do chegamos a encontrar Deus, Jesus Cristo, minha Mãezinha, minha
família celeste, como costumo chamar, encontramos a Paz! Havia mu-
dado. Tive meu ancoradouro. Uma corrida existencial, uma busca cons-
tante, um vazio existencial; senti-me completa quando Deus, Nossa
Senhora e Jesus se apresentaram para mim. Já não me sentia a mes-
ma do passado, quando o vazio existencial, a falta de sentido na vida
foi companhia. Agora, com Eles, minha família celeste, fui preenchida
nas minhas necessidades para dar sentido à vida. Encontrei-me com
um amigo, um irmão, nesse Tempo, através da necessidade de encon-
trar uma mínima palavra que fosse e chegasse ao meu coração. Por
isso, Santo Agostinho, irmão espiritual divino, chegava pontualmente
nesse encontro de alma. Não encontrava em pessoas as que me cer-
cavam como conversar certos assuntos espirituais, porque os assuntos
tratados por elas eram os do mundo, os triviais, do cotidiano. Ao longo
da jornada, meus irmãos, meus amigos, foram os livros, as leituras que
ajudaram a me dar alicerce, enriquecimento para poder sanar minhas
indagações interiores. Deus Amoroso e Misericordioso olhou para a mi-
serável lagarta, no seu Tempo lagarta; rastejava e mendigava batendo
em algumas portas. Deus enviou pessoas maravilhosas, raras, neces-
sárias em minha vida. Isso me faz pensar também na dialética falada
por mim. Será você, uma dessas pessoas afastadas do raro? Sente,
possui seus sentimentos, mas não tem com quem conversar sobre o
espiritual? Falo do raro, porque, na minha caminhada existencial à pro-
cura de respostas para as minhas indagações, procurava por padres,
por exemplo, procurava por um em especial que me escutava com toda
atenção, respeito e carinho. Mais tarde, ele foi embora porque assumiu
o posto de bispo em outro Estado. Continuamos amigos e ainda lhe fiz
visitas. Como é extremamente ocupado, não posso dispor de seu tem-
po. Mas sei que há entre nós alguém; Ela permanece como grande in-
tercessora: Maria, nossa Mãe amada. Esse amigo, padre e depois bis-
112
po, ama muito Nossa Senhora e São José. Eu costumava levar flores
para ele; ele as deixava num vaso com água e dizia-me:
113
“As mudanças e o crescimento ocorrem, quando uma pessoa se
expõe e torna-se envolvida com a ideia de experimentar a própria vida”.
115
Capítulo II
Parte 3
118
no curso de Filosofia, a folha quase em branco e ter que buscar os pen-
samentos; estranhava muito aquela responsabilidade, e a noção real
batia à porta; eu deveria realmente entender o assunto proposto, para
então dissertar sobre ele e não escrever bobagens. Fazia minhas per-
guntas, mesmo sendo elas ingênuas, mas desejava no meu esforço,
entender certos assuntos, no curso na Faculdade de Filosofia. Gostava
de sentar nas primeiras classes, pois dessa maneira nada desviava a
minha atenção. De certa forma, não foi tão bom, pois não tinha tempo
para fazer amigos; mesmo assim, os tive ali dentro. A Faculdade possu-
ía muitos seminaristas, que se preparavam para depois continuar os
estudos em Teologia. Na minha sala de aula, havia pouquíssimas mu-
lheres. A grande maioria era constituída de estudantes homens, futuros
padres.
Sempre gostei muito do dia do meu aniversário. Sempre gostei de
receber abraços e beijos pela passagem do meu aniversário. Nunca
vou esquecer que, em um desses anos na Faculdade, anunciei aos
meus colegas sobre o dia do meu aniversário. Queria receber abraços.
Nesse Tempo eu estava recebendo certa influência da pessoa certa e
ele dizia que se para mim era importante isso, por que não pedir? Qual
a vergonha de demonstrar algo assim? Pensava que sim, ele tinha ra-
zão. Afinal, era sentimento bonito, nada de errado teria nisso. Nesse
Tempo, passava por grande solidão e não sabia quem da família viria
para ver-me em casa ou para pelo menos telefonar-me felicitando pelo
meu aniversário. Meu amigo especial sabia da minha vida solitária e
andava tão sofrida... Foi então, que sem vergonha nenhuma, anunciei
aos colegas de aula sobre o meu dia e que queria abraços deles. Nun-
ca recebi tantos abraços em minha vida. Nunca! Os colegas fizeram
uma enorme fila para me abraçar, desejar-me felicidades. Eles não
imaginavam o bem que me fizeram. Serei eternamente grata pelo dia
especial do qual tive, recebendo os calorosos abraços dos meus cole-
119
gas de aula da faculdade. A solidão era tanta que, paulatinamente, ia
compreendendo na alma, sentindo em meu coração, o quanto um abra-
ço bem dado é importante para um ser humano. Era calor, era afeto! E
assim, minha pessoa certa chegava com livros especiais e alimentaram
minha alma, davam-me vida. Um dia, ele chegou com um livro perfu-
mado dentro de uma capa dura, diferente, parecia um vídeo cassete
daqueles antigos. Lindo! Perfumado! O livro era embutido numa capa
dura e toda florida, cujo nome era “A Linguagem das Flores”. Que lin-
das! Que lindas páginas ilustradas com flores e poesias; acompanha-
das pelo perfume Penhaligon’s Tesouro Perfumado em Prosa e Verso.
E na última página deste livro tão lindo, tão valorizado por mim, Sheila
Pickles deixara assim:
“Você melhorando,
O mundo melhora.
Você piorando,
O mundo piora.
Você tornando-se mais santo,
O mundo inteiro é santificado.
Todos lucram com você,
Ou todos perdem com você.”
123
Capítulo II
Parte 4
Novas Vidas
Ali, naquele lugar sagrado para mim, Deus, ainda não existia em
minha vida, Jesus Cristo também não existia e minha Mãe, Nossa Se-
nhora (Esquecida num Tempo), se fizeram apresentar na presença de
quem fez caridade. Esta pessoa se doava sem nada me cobrar. Estava
acostumada com terapeutas; eles dão atenção, mas devemos pagar.
Quando conheci a pessoa especial descobri no Tempo que, também
124
ele era terapeuta. Acima de tudo eu ganhara um amigo e não um tera-
peuta. A Vida me presenteava com esse homem. Fazia exatamente o
que Jesus Cristo deseja que façamos, o “Amai-vos uns aos outros co-
mo Eu vos amei”, e num outro provérbio judaico, diz: “Não se ama a
Deus, sem antes amar o homem”, ou ainda “Faça o Bem sem Olhar a
Quem” — fui cativada. Isso foi assim para mim. Isso teve significado
para mim. Fui me sentindo como despertada e liberta. Senti-me como
se o Universo inteiro conspirasse a meu favor. Sentia que a vida fluía
como um rio precisa abrir suas comportas para a água poder seguir seu
caminho. Fui extremamente ajudada quando mais precisava; obtendo, a
Tempo de Deus, como costumo dizer, a pessoa para me escutar. Dei-
xava meus filhos no colégio Marista, pela manhã; estavam iniciando as
primeiras séries. Continuava meu trajeto para assistir minhas aulas na
Faculdade. Quando avistava o carro estacionado na frente do prédio,
sabia que a pessoa especial estava lá. Um dia criei coragem e sussurrei
dizendo assim: “O meu amor está aí”.
Com que alegria quase corria para receber o modo especial de
seus abraços. Ele era assim. O jeito de ele abraçar era sentido por
aqueles que tinham a capacidade de perceber, de sentir também como
algo a mais. Era sentido real. Era verdadeiro. Era autêntico. Das ajudas
da minha pessoa especial poderia ter dado, não existiu calor maior para
uma plantinha puder vingar do que seus abraços pelas manhãs quando
chegava à Faculdade. Perfeitos remédios a conta-gotas! Os abraços
são inesquecíveis! Fui aprendendo a dar abraços assim também. Que-
ria passar aos outros aquele modo de ser querido, autêntico, de viver a
vida. Não ter vergonha de ser eu mesma. Aqueles abraços eram o re-
médio a conta-gotas que recebia sempre pelas manhãs quando nos
encontrávamos. Quando falo nos abraços dele, como remédio a conta-
gotas, porque na autenticidade do carinho, do calor daqueles abraços,
realmente foram o tempo à cura dos meus males, somando-se ao en-
125
contro da minha família celeste. E ele me escutava, ele via meu rosto
coberto pelas lágrimas de tanta tristeza. Uma tristeza que parecia não
ter fim. Uma tristeza sem esperança alguma; uma tristeza na qual não
via a luz no fim do túnel, no que estava passando, e na sua companhia
testemunhava aquele sofrimento que se passava naquele seminário
durante o curso de Filosofia. Nossas caminhadas pelas estradinhas da
Faculdade e pelos jardins dela foram providenciais para o meu bem.
Concomitante à pessoa especial me ajudou na vida quando mais preci-
sava, recebi convite de uma senhora; conhecera minha mãe, pois ela
fora inquilino num dos apartamentos de um prédio construído pelos fun-
cionários de meu pai. Este convite foi feito quando nos encontramos na
rua e perguntara se queria participar do grupo de oração da Renovação
Carismática Católica; havia na igreja matriz da cidade onde nasci. Essa
pessoa é muito católica. Eu não tinha a mínima noção sobre a Renova-
ção Carismática Católica, mas aceitei sim. Estava muito mal e precisava
respirar. Nem sempre conseguimos carregar no bolso quem muito gos-
taríamos de estar conosco. Certamente, não funciona assim. Quando
tinha a pessoa, a pessoa especial, o amigo querido para conversarmos
na Faculdade de Filosofia, era algo maravilhoso, pois ele me transmitia
paz, mas ele partia... Eu ficava na minha solidão... Então, na espera
das manhãs de quase todos os dias e dos após sábados e domingos,
ficava a saudade, a falta do homem especial, e tinha muito a lutar por
mim mesma se quisesse me manter em pé. Quando com ele, chegava
a bocejar ao seu lado; chegava a sentir um soninho bom. Na verdade
era relaxante estar ao seu lado, caminhar por entre os passeios floridos
da Faculdade. Ele era e é muito tranquilo com relação à vida. Passava
e passa para mim confiança, bem estar, paz, segurança... Ele gostava
de tirar fotografias das flores e depois de reveladas me fazia presente.
Se pudesse, o carregaria no bolso. Andava tão absorvida em proble-
mas, nos meus sofrimentos, que, pela primeira vez, ao lado dele, cami-
126
nhando com ele pela Faculdade, nos jardins floridos das rosas cuidadas
pelas freirinhas (acredito que eram elas a cuidar) e cuidavam tão bem,
percebi a existência das borboletas em plena Estação de Outono. Pen-
sava eu na existência das borboletas somente na primavera. Pensava
assim, pois os livros didáticos, alguns deles, traziam as flores, variadís-
simas e coloridas lembrando a primavera, e geralmente traziam também
com as borboletas, como ilustração. Associava as flores, borboletas,
primavera. Não vivia o mundo. Não saia de mim; vivia problemas, preo-
cupações, tristezas... Esse era meu mundo. Era ali, no livro didático dos
meus aluninhos, eu via as borboletas e as flores e pensava na existên-
cia das borboletas só na primavera! Um mundo sofrido, com preocupa-
ções constantes e sem Deus. Esse era meu mundinho, o da teoria. Não
tinha vivências, experiências de vida, e a nuvem cinza dos problemas
não me deixara observar melhor o mundo e as borboletas. Segundo
meu amigo querido, minha pessoa certa ali, naquele episódio da minha
admiração em ver as borboletas brincando à nossa frente em plena Es-
tação Outonal, ele percebeu o meu retorno a Vida. Ele quis dizer final-
mente comecei a sair do meu casulo; passara a olhar para fora, além
de mim mesma, ao meu redor. Deslumbrada, admirada, passei a me
dar conta das borboletas e surgiam não somente na Primavera, mas em
plena Estação do Outono; elas brincavam e muitas diante de nós. Não
existia isso em minha vida, uma pessoa tranquila com quem pudesse
conversar ou me escutar sem pagar. Ele tinha uma voz suave, tom bai-
xo; sinceramente, nunca tinha estado ao lado de uma pessoa assim.
Quando não estava com ele, era muito, mas muito triste. Sentia-me só.
Passei a sentir necessidade de Deus, de Jesus Cristo e de Nossa Se-
nhora, e meu sábio amigo parecia saber disso. Parecia ler a minha al-
ma. Eu tinha uma frase retirada do livro de Malba Tahan, para meu ca-
derninho universitário, Sob o Olhar de Deus, página 23, Imitação de
Cristo. Dizia assim:
127
“Em Deus deveria o homem de tal modo firmar-se que não preci-
Serviu para eu refletir sobre como ter sim, um amigo certo; entre-
tanto, não deveria mendigar amor; afinal, já havia batido em tantas por-
tas frias... Esse pensamento me fez refletir sobre mim, como vivia mi-
nha vida. Amaria, sim, tê-lo comigo vinte e quatro horas do dia, nos tre-
zentos e sessenta e cinco dias e seis horas do ano; entretanto, sabia da
importância do amigo nas suas realizações legando à humanidade; sin-
ceramente teria vergonha de mendigar amor a quem mais gostaria de
ter o seu amor. Mas já passara por tantas situações no que se refere à
falta desse sentimento nobre, mas tão pouco valorizado... Aquele amor
ali não deveria ser conquistado através da mendicância. Mas era forte,
sem dúvida! Muito forte!
Na Faculdade de Filosofia, tinha uma grande capela e, nela, traba-
lhada na parede, uma enorme Nossa Senhora toda branca, creio que o
material seja azulejo. Uma pessoa se referiu àquele trabalho como feito
todo em blocos de azulejos brancos. Nós meu amigo e eu, caminháva-
mos pelos corredores longos, pé direito muito alto. De quando em
quando, ele tocava nos pés de Jesus Cristo, imagens que tinham espa-
lhadas pelos corredores da faculdade e dizia: “Este foi um grande ho-
mem”. Eu mexia com a cabeça assentindo. Às vezes, ele tocava a mão
no coração de Jesus Cristo e dizia qualquer coisa linda e importante
sobre Jesus. Ele sabia o quanto eu precisava Deles. Também entráva-
mos na capela para ver Nossa Senhora e eu aproveitava para fazer
meus pedidos e as lágrimas teimavam em surgir. Vivia momentos muito
ruins e na solidão. Ele me observava quieto sem nada me dizer.
Uma vez, um dos meus professores da Faculdade nos deixou à
vontade na sala, pois colocara vários livros nas classes para podermos
olhar, escolher para atividades, algo assim. Nesse instante surgiu uma
128
situação. Fui sendo conduzida, como levada por um ímã, no qual um
objeto se prende a ele, fui caminhando até a capela grande do seminá-
rio, a mesma onde a Nossa Senhora branca, feita em blocos de azule-
jos, estava. Sentia uma tristeza infinita... Ao entrar lá, lugar grande e
frio, não lembro uma única vez de ter visto vasos com flores. Era raro
avistar alguém lá dentro. Falo dos dias comuns, durante a semana. E
naquele dia não foi diferente, exceto que nem percebi Nossa Senhora
toda branca na parede da capela. Não cheguei até Ela. Continuei à en-
trada como autômato, como um ímã fui sendo conduzida para uma das
portas laterais abertas, a porta da esquerda. Entrei numa salinha. Olhei
para a direita da parede desta salinha e avistei a imagem de Jesus Cris-
to na cruz, tamanho médio, Ele preso e pregado na cruz. Mas ao obser-
var os seus pezinhos presos por uma corda, dessas cordas que não
são barbantes finos, mas corda de sisal não muito grossa; eu passara a
sentir um sofrimento sem fim... Como se tivesse sentindo a dor do so-
frimento de Jesus Cristo. Além de tudo o que Cristo passou na cruz,
não bastasse todo Seu sofrimento, ainda, por alguma razão, aquela
corda prendendo seus pezinhos... Parecia que era eu querendo cami-
nhar e sem poder caminhar. Alguém querendo impedir a caminhada...
Comecei a falar alto enquanto chorava, chorava... Não podia parar de
chorar e de falar com Ele, e chorava... “Por que fizeram isso com você?
Por quê?” - Eu quase gritava falando e chorava ao ver aquilo. Já não
chega tanto sofrimento, meu Deus? Como aquilo me chocou tão pro-
fundamente! Fiquei imaginando tantas coisas... Imaginei uma brincadei-
ra de mau gosto. Imaginei pudesse a corda estar ali porque a imagem
precisava ser segura. Quem sabe se destacou alguma coisa e prende-
ram os pés com a corda? Mesmo assim, considerava em meu sofrimen-
to junto com o Dele. Nunca uma pessoa poderia colocar uma corda nos
pezinhos de Jesus Cristo, pois para mim isso não se faz com a imagem
Dele. Achei de uma péssima falta de cuidado, de sensibilidade, de
129
amor, de respeito para com Ele. Ou... Alguém tinha entrado e feito al-
gum daqueles trabalhos macabros, bem ali dentro do seminário?! Claro
que não seria de duvidar! Sabia dos muitos trabalhos dessa natureza
realizados do lado do espiritual maléfico, na cidade menor era comum o
fazerem. De qualquer maneira, estava sofrendo muito com Ele, com
Jesus Cristo. Sofria muito com Ele. Enxuguei meu rosto e retornei para
a sala de aula. Percebi meu professor me olhar e depois desviara o
olhar quando entrei na sala. Não sei se percebeu meu estado deplorá-
vel.
Assim caminhei a vida... Num Tempo. Num grande mar de sofri-
mentos... Como encontrar o Grande Amigo com o Seu Grande Sofri-
mento me ajudou a ver que não estava só! Não estava não! Mas... A
mesma pessoa a estar aos seus pés, aos pés de Cristo naquela sala,
olhando-O, cheia de dor e sentindo um sofrimento tão intenso, era a
mesma ao entrar para a Faculdade cética, chamando-O de vítima.
Quando entrei na Faculdade, estava sentada na minha cadeira,
displicentemente, na sala de aula. Tinha alguns colegas ao meu redor;
nem sei se escutaram a breve observação que fiz. Breve, mas realmen-
te contundente, assim estava sendo conduzido meu olhar para Cristo.
Olhei para Jesus Cristo no crucifixo diante de mim, preso na parede,
pois em cada sala de aula havia um deles. Olhei para Ele com um mo-
do de pensar cético de uma pessoa que fazia terapia há muitos anos e
disse: “Ele se faz de vítima!”
Essa palavra “vítima”, hoje, para mim, é insuportável. Não aceito.
Assim como chamar uma pessoa de “carente”. Ambas indesejáveis,
porque acredito realmente no sofrimento de um ser humano. Acredito
que a tal carência deveria ser dita com todas as letras: ela sofre de falta
de amor! E se sofre de amor, por favor, vamos deixá-la feliz dando-lhe
amor. Sofre muito? Procure o Grande Amigo. O amor terreno não funci-
ona? Dá-lhe o remédio espiritual divino.
130
Vítima= extremo sofrimento ou sofrimento.
Carência= falta de amor.
Naquela época, estava colocando em dúvida a existência de Je-
sus Cristo como uma pessoa que tivera realmente Amor de Verdade;
Amor que O levou à morte na Cruz! E Aquele Amor foi para nos salvar:
Ele, o Salvador, o Messias enviado por Deus Pai. Eu não O via assim.
Pois sofrer por sofrer, pensava eu, também sofria muito. Não ficara eu
uns onze anos fazendo terapia entre quatro paredes de consultório so-
mente chorando? E, por último, não estava eu endeusando os psiquia-
tras achando-os donos da verdade?
Verdadeiramente? Estava ficando tão árida, mas tão árida, per-
manecendo tantos anos em terapia, chorando, sem efeitos; passara a
equiparar então o meu sofrimento com o de Jesus Cristo. E Ele? Fazia-
Se de vítima! O preço levado na vida foi aquele ser conduzida até Ele
naquele estado de sofrimento no qual me encontrava; vendo-O ainda,
naquela imagem com a corda prendendo Seus pezinhos, tocando-me
tanto na alma, me pegando em um momento de extremo sofrimento e
fragilidade, como para me mostrar, você percebe agora? Percebe a que
ponto nós chegamos? Eu e você? Fui necessitando cada vez mais de
ajuda, fui me aproximando cada vez mais Dele, nas missas, nas leituras
escutadas nas missas, na Eucaristia, adquiria gradativamente forças;
encontrei lenitivo para a minha vida na defesa do Mal dentro de mim,
meus pecados; fora de mim, do Mal de quem viesse. Tudo valeu o em-
penho, entende? Tudo valeu o esforço. Porque minha vida foi mudando.
Entendi o que é um cético, um debochador, um descrente, e havia che-
gado a minha hora de me dobrar a Ele: Jesus Cristo. Senti a real impor-
tância Daquele Homem. Senti a libertação interior através de Jesus
Cristo. Sentia as amarras invisíveis saírem aos poucos de mim. Entendi,
sim, que Ele existia para que Nele pudesse contar; tinha realmente Al-
guém nesse mundo que pudesse me salvar e que Ele estava próximo à
131
intensidade do meu sofrimento. Graças a Deus! Ele foi me libertando
espiritualmente na vida. Dava-me conforto, confiança naquilo do qual eu
escutava nas leituras bíblicas; libertara-me dos juízos, dos conceitos
poderosos que são colocados por muitos médicos psiquiatras nas pes-
soas.
Meu Bom Jesus amado! Eu tive meu companheiro de dor, de so-
frimento, pois quem iria compreender a dimensão da minha dor, conhe-
cer meus pensamentos, meu coração em todos os meus momentos
existenciais? Ele, somente Ele: meu Bom Jesus. No espiritual divino
estava sendo atendida e no plano terreno tinha meu amigo querido es-
pecial em nossos encontros pelas manhãs, naquele lugar, para mim,
sagrado. No Sonho do País da Paz, na Estrela de Bárbara me deixava
levar... Precisava de poesia, precisava sonhar, precisava respirar... Vo-
cê poderá indagar talvez se eu contava essas situações, essas vivên-
cias para os meus filhos? Não. Como falar algo assim para os peque-
nos? Que entendimento eles teriam? Marido? Já não estava mais com
quem casara no civil e pais dos meus filhos. Divorciamo-nos. Amigos,
parentes? Não os tive por perto. Com a separação passaram para o
lado de lá ou todos tinham muitos problemas para resolver. Por último,
há tipos de assuntos que devemos saber quem procurar para tratar.
Buscava o padre querido para me escutar, no mesmo local onde vivia
minhas dores e alegrias, no seminário. Alguns, para certas pessoas,
pensavam como uma mulher tão bonita poderia ser tão triste... Não faz
muito, um parente me contou que alguns diziam isso de mim na cidade
menor. Para outros, ela não era normal! Ou... Era louca! Palavras ba-
nais empregadas tão repetidas vezes nesta vida com as mais variadas
conotações, como quantas vezes se bebe água. É a concepção do
normal e do anormal vigente. O normal a muitos, é ter constantemente
uma piadinha idiota para contar, as conversinhas superficiais de Face-
book trazidas para o cotidiano, e vice-versa, ou ficar por dentro das te-
132
lenovelas e outros programas idiotas para ter o que comentar com os
amigos, ficar informado e repetir como papagaio, reproduzindo o que
ouve. Mas nada de mais profundo, de leituras sólidas importantes, do
amor profundo, sólido, da procura de valores autênticos... Do comentá-
rio de bons livros... Vidas de pessoas realmente de peso... Até a pala-
vra “amigo” é vulgarizada. Qualquer um se permite chamar a outro de
amigo, e o amigo de verdade, na essência se dilui... Nesse mundo.
Você já pegou a Bíblia no livro Sabedoria, Eclesiástico, Eclesias-
tes? É lindo demais! Se você começar a ler, verá o que realmente se
entende por amigo ou se o seu amigo é amigo de banquete, isto é, apa-
rece na hora da oba, oba... Será que quando você mais precisar do seu
amigo você o encontrará? Pois é; é assim que — quando se está no
fundo do poço, no túnel sem luz, e a luz no final dele nunca parece sur-
gir, mas nesse mar de lágrimas e sem luz, aparece alguém que lhe es-
tenda as mãos, na vida — você saberá quem é seu amigo. Porque en-
quanto você estava padecendo o seu inferno existencial, mas desejan-
do tanto, mas tanto sair dele, não vê em quem encontrar seu refrigério,
os amigos de banquete continuam suas caminhadas existenciais e você
deverá ser forte o suficiente para sair daquela situação. Pode contar
com Ele! Pode contar com a Mãe! Ambos para nós: Jesus Cristo e Nos-
sa Senhora, Maria.
“Tia” para cá e “tia” para lá... Outra expressão usada com tanto
descaso na sua significação real. Se você se posicionar e disser a um
estranho, a uma criança que não lhe chame de tia, pois tia você real-
mente não é dessa pessoa ou dessa criança, você provavelmente pas-
sará por anormal para alguns acostumados a vulgarizar certas expres-
sões como se tudo fosse igual e para todos. Afinal, na minha concep-
ção, estaremos desmerecendo, tirando o papel existencial de quem de
direito deveria ser chamada de tia ou de tio. Salvo se a pessoa real-
mente desejar ser chamada assim, por razões pessoais, e pedir per-
133
missão. Mas de uma forma geral há muitas pessoas se deixando levar
como cópias das outras. Perdem a capacidade de enxergar e descobrir
suas reais potencialidades.
Mas em Deus, na nossa família celeste, sempre existirá o possí-
vel, a descoberta de dons... Dons dados pelo Espírito Santo. Eu preciso
da dialética. Eu preciso me fazer para você, neste mundo tão árido de
amor, tão descrente dos sentimentos verdadeiros das pessoas, de pes-
soas desconfiadas umas das outras; sentimentos verdadeiros são con-
fundidos com outras coisas; a falsidade de sentimentos está crescendo
e vingando cada vez mais.
Verdadeiramente? Desejo a contramão para você. Desejo um
olhar direcionado para a Luz sempre! Certamente, em meios aos espi-
nhos, pois você sabe da existência do Mal. Você deve saber se desviar
do Mal. Tenha força, sim, dentro de você, para ser luz, uma estrela para
nunca perder o brilho e assim iluminar outras tantas pessoas necessita-
das dessa luz.
Citei acima a História de Bárbara no País da Paz. Você deve ter
imaginado o que será isso? Foi um título de um livrinho infantil. Uma
pessoa no Tempo da Faculdade deu-me para entregar para meu filho.
Meu filho havia feito aniversário. Acabei, eu, lendo o livrinho e nele tinha
uma história; falava no País da Paz e a Estrela de Bárbara. Uma se in-
terliga a outra. Foi uma das coisas mais lindas da minha vida! Mais uma
vez Deus chegara até mim, pelas mãos daquela pessoa e por meu filho,
pois se meu filho não estivesse de aniversário não teria o livro para ler.
O livrinho de história infantil falava de um mundo dos meus sonhos e de
personagens como Gustavo, o homem bom; Bárbara, a menina levava
uma vida muito triste, muito! Mas o primeiro sorriso de Bárbara aconte-
ceu quando... Deixo para você no posfácio da minha obra. O interes-
sante naquele surgimento deste livrinho foi o conteúdo da historinha tão
parecida com o que eu estava vivendo e na qual meu coração clamava
134
por um mundo melhor! Para mim, Deus me rondava. Deus estava pro-
videnciando tudo do que necessitava para me levantar...
Havia uma salinha na faculdade e, nela, um quadro verde e um pi-
ano desafinado e velho. Meu amigo, querido, pessoa certa, pegou um
toquinho de giz e desenhou um círculo e colocou dentro do círculo dois
olhinhos e um sorriso. Comecei a rir daquilo. Logo em seguida, come-
çou a percorrer os dedos no teclado desafinado, mas um perceptível
som saiu do piano; uma melodia doce e relaxante saia daquele querido
piano, mesmo velhinho deixara o som vibrar minha alma a ponto de me
fazer chorar. Aquela melodia foi bálsamo para mim. Nunca tivera al-
guém assim e era tudo que precisava ter. Há situações que fazem uma
extrema diferença para um viver melhor, mas a vida vai se apresentado
tão árida, tão sem notas musicais... No Tempo percebi: poderia ter defi-
nhado! Poderia ter perdido minha alma! Mas Deus enviou-me a pessoa
especial; a pessoa certa para isso não acontecer. Se ele era para mim
a pessoa especial, o amigo querido, cada vez mais eu ficava admirada
com a sua sensibilidade, a compreensão, a educação daquele homem.
Eu estava amando! Que felicidade dispor daqueles momentos mágicos.
Mágicos? Não! Momentos reais e únicos para mim, pois nunca vivera
algo assim.
135
Capítulo II
Parte 5
Novas Relações
Na verdade, foram muito limitadas minhas relações, minhas con-
versações com figuras masculinas. Tive meu pai, homem rude e não
136
gostava dele, até ficar sabendo que havia construído um prédio na ci-
dade maior e colocara o nome do prédio como São Sebastião; até ter
conhecimento da construção de outro prédio na cidadezinha onde ainda
resido e deixara um espaço para colocar a imagem de São Sebastião.
Percebi que para um homem fazer isso deveria gostar muito desse san-
to e eu, nada sabia sobre a história de São Sebastião; desejei saber
sobre sua vida. Senti ser esse o elo, a ponte, ou mesmo a intercessão,
uma intercessão espiritual divina, entre meu pai e eu. Aconteceram
anos após seu falecimento, quando também eu passei a frequentar a
Igreja Católica. Foi então pedido para meu padre amigo, que é bispo
em outro Estado, para fazer o assentamento da imagem de São Sebas-
tião naquele pequeno ambiente; ficou à espera por muitos anos da ima-
gem do santo, para dar-lhe as bênçãos. E assim foi feito! Adquiri uma
linda imagem de porte médio e foi assentada e abençoada no lugar dei-
xado, no prédio, a pedido de meu pai aos pedreiros trabalhadores.
Tive o pai dos meus filhos com quem me casara no civil apenas.
Conheci-o com quase 15 anos de idade, período no qual meu pai fale-
ceu. Nesse Tempo, eu não frequentava a religião Católica; embora ba-
tizada, com primeira comunhão e crisma. O pai dos meus filhos não
professava a mesma fé Católica; tudo contribuiu para não casarmos na
igreja. Assim, o casamento não teve as bênçãos de Deus. O material
supria as necessidades, ainda com muitas preocupações do pai dos
meus filhos em ir atrás do dinheiro. Tinha carro para fazer as saídas
necessárias; é um diferencial para melhor. Desejo dizer a você, que ter
um carro, de certa forma, coloca uma pessoa numa redoma de vidro.
Você fica mais protegida de muitas coisas; se leva uma vida mais parti-
cularizada. Limita possíveis conversações e amizades também. Isso foi
assim para mim. Também na família, tinha meus dois irmãos, das seis
mulheres que a mãe teve; pouco conversava. Um dos irmãos mais ve-
lhos saiu de casa cedo, e o outro tinha suas amizades; essas situações
137
nos tornavam ainda mais afastados das conversas das irmãs. Estes
foram os homens da minha vida.
Aquela pessoa especial me escutava, estava me dando atenção,
mostrando dentro daquela Faculdade um pedacinho grande de mim
mesma; pedacinho fundamental e esquecido de mim, já se tornara par-
te também fundamental, real, da minha vida. Sutilmente, aquele ho-
mem, quase um estranho, porque mais me escutava ou me via chorar,
pouco falava ao passear pelos corredores; delicadamente, parava e
mostrava aquelas imagens me transportavam ao que tinha de ter em
minha vida se quisesse continuar viva. Quando me refiro àquelas ima-
gens, são as imagens que ficavam pelos corredores da Faculdade de
Filosofia, do seminário, o Sagrado Coração de Jesus Cristo. Na cami-
nhada da vida, não tinha a pessoa certa para ficar comigo. Não podia
tê-lo no bolso comigo para ser meu companheiro de todas as horas. Foi
assim ao receber o convite daquela senhora, para participar do grupo
da Renovação Carismática Católica me senti Chamada a aceitar e pas-
sei a frequentar. A dor era intensa; a solidão era minha companheira.
Descobri, naquele lugar, meus irmãos em Cristo. Como foi importante
fazer parte do grupo! Nós rezávamos, eram orações fortes. Uma de
nossas coordenadoras (tivemos duas) entregava a oração de São Mi-
guel Arcanjo, tão poderosa no combate das ciladas do demônio. Passa-
ra no grupo de oração a escutar — pela segunda vez, depois de ter es-
cutado ainda num Tempo longínquo, quando solteira — essa palavra:
demônio. Num tempo de criança, quando remotamente via naquela
imagem da serpente abaixo do pezinho de Maria, Nossa Senhora, a
representação do Mal, isso ficou esquecido. A oração de São Miguel
Arcanjo era curtinha, mas falava em algo deixando bem claro para mim
a existência do Mal. Não era eu quem estava considerando isso sozi-
nha, pois tinha meus irmãos em Cristo e eles assim rezavam também.
“São Miguel Arcanjo, protegei-nos no combate, defendei-nos com
138
o vosso escudo contra as armadilhas e ciladas do Demônio. Deus o
submeta, insistentemente o pedimos; e vós, Príncipe da milícia celeste,
pelo divino poder, precipitai no inferno a Satanás e aos outros espíritos
malignos que andam pelo mundo procurando perder as almas”. E ter-
minávamos: “Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém”.
Fazíamos, em nosso grupo, as orações de renúncia, pedindo a
Deus para nos perdoar dos erros cometidos no passado. Cantávamos
músicas lindas, letras de canções belíssimas sobre o Espírito Santo e
tantas outras canções aprendidas na Renovação Carismática Católica.
Como lavei minha alma com minhas constantes lágrimas! As letras das
músicas da RCC, belíssimas, faziam minha alma aproximar-se de Jesus
Cristo e de Nossa Senhora profundamente. Não teria palavras para di-
zer os momentos de amor à Maria e a Jesus por tudo recebido com
meus irmãos em Cristo. Passei a caminhar na estrada com meu Jesus
Irmão e amigo. Passei a me confessar, a conversar com alguns padres,
a ir às missas assiduamente e a receber a Eucaristia. Sentia que, com a
Eucaristia, ficava cada vez mais fortalecida e me sentia protegida do
Mal. Sabia que Jesus Cristo estava comigo sempre! Às vezes, levava
meu violão para tocar algumas músicas nas missas das quartas-feiras
em atividades da Renovação Carismática Católica. Aprendi muito com
meus irmãos em Cristo. Cresci espiritualmente. Senti a na hora de sair
para continuar a caminhada. Desenhei um coração cheio de florzinhas
coloridas e escolhi a frase de um filósofo do qual amo muito, Blaise
Pascal. Pascal diz:
141
Capítulo II
Parte 6
Novo Caminho
“Deus tudo prepara e dispõe para a felicidade integral do homem,
mas o homem, desviado da Verdade e do Bem, atira-se pelo caminho
nefando, caminho do Erro e do Pecado. Os males, que torturam a vida
142
e degradam a existência, vão encontrar suas origens no Pecado”. Pá-
gina 206, do livro de Malba Tahan_ Sob O Olhar de Deus.
149
Igreja Católica, sabendo dentro dela, existir as tramoias, as traições do
meio eclesial. Quanta certeza tinha em meu coração da realidade da
qual a Mãe ali dizia e diz! Enfim, não desejo condenar ninguém. Cada
um sabe de si. Não estou condenando, julgando ou algo assim. Não
tenho autoridade para isso. É Deus quem sabe dos corações de cada
pessoa e sabe como agir, sem dúvida! Falo de sentimentos... Falo do
vivenciado por mim... Do que eu passei... Cada pessoa saberá em sua
alma o que deve fazer, como deve fazer, o seu Tempo para fazer as
mudanças interiores, necessárias, para a salvação de suas almas. Por-
que essa mudança implica em vidas em torno de si; implica sofrimento,
desprendimento de coisas e de pessoas, e essa questão é delicada no
momento do envolvimento de pessoas. Não é fácil, mas não é impossí-
vel! Melhor ainda quando a mudança é conseguida no Equilíbrio! Diria
que, isso foi assim para mim, essa caminhada pelo novo, pela vida no-
va, isso me aproximou verdadeiramente da minha essência, com mu-
dança interior e desprendimento de coisas e pessoas. Deixei de lado as
coisas e as pessoas que me escravizavam ao meu antigo modo de ser.
Esse novo modo de ser também pode ser para você, se ao descortinar
trouxer a sensação e o sentimento da liberdade, a pessoa que sempre
quis ser e não teve coragem.
Não estou aqui pregando algo que faça você pensar que pode sair
e fazer o que bem deseja irresponsavelmente! Pelo contrário, a mudan-
ça interior é para o espiritual divino! Para a família celeste! Para uma
Igreja e igreja nova. A mesma Igreja de Pedro; entretanto, primando
lutando para a conservação dos ritos sagrados dos quais foi suprimidos
pelo adversário de Deus, o demônio e seus sequazes.
“Estes meus filhos serão chamados por Mim e formados para esta
grande tarefa: preparar este mundo para a grande purificação que o
espera, para que possa finalmente nascer um mundo novo, todo reno-
vado pela luz e pelo amor de meu Filho Jesus, que reinará sobre tudo.”
150
Como humanidade, você que não se sente bem, que se encontra
em pecado, se sente ansioso, sem paz, com discórdia na família, com
filhos e pais em total desarmonia, você que possui um fardo pesado por
alguma razão a levar, mas não possui paciência, vai procurando seu
equilíbrio. Seu equilíbrio interior em primeiro lugar e depois a paisagem
mudando no seu Tempo de Deus e não do Adversário de Deus. De
forma alguma, deixe essa lacuna para o animal entrar. Entregue a Deus
Amoroso e Misericordioso a sua vida e na Confissão e Eucaristia. Sinta
coragem! Vá! Procure Deus na Sua Casa. Não fique envergonhado em
mudar, pois saindo do Mal, das coisas ruins que afligem você, natural-
mente Deus terá condições de chegar até você; não que Ele não esteja
com você, mas Ele espera por você, e as mudanças, tenha paciência,
elas começarão a acontecer. Você entende que Deus dá o livre arbítrio.
Deus não impõe nada; não leva pessoa alguma ao cabresto. Já o ani-
mal faz isso, sim! Ele arrasta um ser humano para a perdição. Por isso,
o dizer “Não” ao animal faz toda a diferença para Deus agir em você.
A Bíblia é a Palavra de Deus Pai; é clara quando diz:
“Pedi e se vos dará. Buscai e achareis. Batei e vos será aberto.
Porque todo aquele que pede, recebe. Quem busca, acha. A quem ba-
te, abrir-se-á”. E continua Deus firmando Suas Palavras: “Quem dentre
vós dará uma pedra a seu filho, se este lhe pedir pão? E, se lhe pedir
um peixe, dar-lhe-á uma serpente? Se vós, pois, que maus, sabeis dar
coisas boas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai celeste dará boas
coisas aos que lhe pedirem”. Mateus 7,7-11 Que assim seja!
Houve um Tempo em que fiquei como guardiã da Igrejinha São
João Maria Batista Vianney. Abria a porta principal da igreja, pelo me-
nos uma vez na semana, antes do horário da missa. O padre querido
propôs essa tarefa e eu desejava fazer algo pela igreja; depois ele foi
para uma paróquia maior na outra cidade. Sentimos a sua falta. Gosta-
va de arrumar o altar com flores, tirar o pó, varrer, comprar vasos novos
151
e pedi para uma senhora fazer um lindo conjunto branco de tecido e
crochê para a mesa eucarística, sacrário, pedestal, onde se fazem as
leituras. Gostava de ver a igrejinha linda, arrumada com as toalhas em
dias cerimoniosos. Esse santo, cujo nome é o mesmo dado à igrejinha,
é o Padroeiro dos Sacerdotes: São João Maria Batista Vianney. Apro-
veitei o mês de maio, mês Mariano, mês em que Nossa Senhora de
Fátima apareceu às três crianças no dia 13 de Maio de 1917, para fazer
uma homenagem para a Mãe e encerrar o Movimento Sacerdotal Mari-
ano com aqueles poucos, mas fiéis participantes e perseveravam no
grupo. O dia escolhido e mês para fazer o meu encerramento do Movi-
mento Sacerdotal Mariano foi 08 de maio. Pelas seguintes razões das
quais lembrava na história: 08 de maio de 1972 foram quando padre
Stefano Gobbi, impelido por uma força, dirigiu-se à Capelinha das Apa-
rições em Fátima, Portugal. Ele sabia que a sua própria Igreja Católica
estava sendo atraiçoados por alguns Sacerdotes, ligados à maçonaria.
Nossa Senhora chama a besta negra, como sendo as lojas maçônicas;
a besta com dois chifres, semelhante um cordeiro é a maçonaria ecle-
siástica. Foi em 08 de maio de 1997 a data de encerramento por Nossa
Senhora do Movimento Sacerdotal Mariano nos cenáculos espirituais
realizados conjuntamente com padre Gobbi.
“Eu fiz surgir aqui, já há vinte e cinco anos, o meu Movimento Sa-
cerdotal Mariano: para que a mensagem de Fátima, frequentemente
contestada e por muitos rejeitada, tivesse nos vossos dias o seu pleno
cumprimento. Este seu cumprimento é necessário para a Igreja, tão fe-
rida e crucificada, para que, da sua dolorosa e sanguinolenta prova,
possa sair toda bela, sem manchas e sem rugas, à imitação da sua
Mãe Celeste. Este seu cumprimento é necessário para a humanidade,
para que possa retornar aos braços de seu Pai e conhecer os tempos
novos da sua plena comunhão de amor e de vida com o seu Deus e
Senhor. Agora este meu desígnio está para cumprir-se com o triunfo do
meu Coração Imaculado no mundo. Abençoo-te, meu pequeno filho,
junto ao Papa, aos Bispos, aos Sacerdotes, aos Fiéis do meu Movi-
mento espalhado por toda parte do mundo. Abençoo-te com amor e
com alegria. Abençoo-te com o reconhecimento de uma Mãe, que foi
por ti escutada, seguida, consolada e glorificada.”
153
“Estas minhas profecias cumpriram-se sobretudo neste meu Papa
Paulo II, que é a obra-prima formada no meu Coração Imaculado”. Em
8 de maio de 1997, Fátima, Portugal, no vigésimo quinto aniversário do
nascimento do Movimento Sacerdotal Mariano. Páginas. 1109 a 1111.
156
também a de Nossa Senhora de Fátima. Verdadeiramente? Ali chorei.
Chorei, porque o vídeo assistido na Internet mostrava o arcebispo Dom
Dadeus Grings dando uma entrevista em Cruz Alta, na loja Harmonia
da maçonaria. O Livro de Nossa Senhora me acompanha desde a dé-
cada de 90. Imagina você eu sabendo então sobre a maçonaria — a
besta negra infiltrada na Igreja Católica — através das leituras do Livro
de Nossa Senhora; chegavam-me as mãos na década de 90, e 25 anos
levou Nossa Senhora para deixar Suas mensagens, e nelas profetizara
exatamente o que estava por assistir naquele vídeo. Bem, tudo passou
a ficar claro no sentido que, sim, é chegado o Tempo da Revelação! É
chegado o Tempo em que eles estão se mostrando partidários, solidá-
rios a essa sociedade secreta sim, e não “discreta” como tem quem o
diga! Meu Deus! Pensava eu: é tudo o que a Mãe abomina! Seus filhos
prediletos envolvidos na maçonaria! Passei aquele dia muito triste e
volta e meia chorando. Mais adiante comecei a pensar nos campos de
futebol com milhares de pessoas torcendo por seus times. Será que há
na sua grande maioria um torcedor daqueles vestindo a camiseta e vai
a um campo de futebol para torcer para dois times? E um jogador,
quando entra em outro time, não deve antes avisar a autoridade maior
para passar de um time a outro? Saber inclusive o valor que vai receber
para passar para o outro time? Bem, como fiel Católica Apostólica Ro-
mana, batizada na Igreja Católica, e se tivesse como votar contra a
ação do arcebispo, meu voto seria contra! Contra duplamente! Por mim
e por Nossa Senhora que abomina tal ação! Contra triplamente! Por
mim, por Nossa Senhora e por Pe. Stefano Gobbi! Dos meus escritos
copiados em folhas, no decorrer da minha existência, tenho o seguinte:
158
Nossa Senhora nos diz para que o Seu Coração, nos dias de hoje, seja
o nosso refúgio. Ela pede para nos consagrar com a oração do Seu Li-
vro. Pede para nos reunirmos em cenáculos familiares em oração. Pede
muita oração e reza do Santo Rosário. A desobediência deste arcebis-
po entrou na igreja. Não sei a verdadeira intenção, mas coloco aqui a
notícia que Nossa Senhora não aceita a maçonaria na Igreja Católica. E
mais, com toda certeza ele não perguntou em missa para todos os fiéis
se queriam que agisse dessa maneira, fazendo a fusão entre maçonaria
e Igreja Católica! Ou ainda não chegou a tanto... A maçonaria não é
aberta, transparente, e nunca foi! Age nas “sombras de forma traiçoei-
ra”, como diz Nossa Senhora. O jornalista falou em década, se referindo
a não aceitação da maçonaria na Igreja Católica. Ele, o jornalista está
enganado; não são décadas, mas séculos! Detalhe: sempre escondida
traiçoeiramente! Secretamente! Há séculos e séculos a maçonaria
sempre foi mal vista; acontece que agora é chegada a hora de tudo
acontecer! O joio está entre o trigo. Teremos que cuidar muito para se-
parar o joio do trigo. Há Papas no passado que disseram inclusive as
razões sérias da não possibilidade da maçonaria junto com a Igreja Ca-
tólica, por serem incompatíveis totalmente! É só pesquisar e você verá.
Uma pesquisa realizada para você eu coloco mais adiante. É chegado o
Tempo! Tudo começa a aflorar. A falta de pudor, de vergonha no rosto,
a sensualidade, o sexo, o poder, status, a ganância por dinheiro, o “ho-
mossexualismo” se mostra abertamente, o uso da camisinha que é dis-
tribuída até de graça, tudo, tudo está podendo, incluindo a matança de
bebês! E muito mais! Satanás tomou conta dessas situações. Certa-
mente quanto mais sexo feito fora do casamento, camisinhas distribuí-
das, muito mais possibilidades de gravidez e abortos. Se sexo não fos-
se gostoso, não precisariam distribuir camisinhas de graça. E muitos
jovenzinhos não se contêm e muitas camisinhas podem não chegar a
tempo, não são confiáveis. Há muito que a Igreja Católica deixou de
159
falar no próprio animal e assim, esquecido, mais facilmente adentrado!
Nesse meio tempo a Humanidade ficou sem o Conhecimento. O senhor
maçom, um deles, falou no vídeo:
“A maçonaria não é secreta; ela é discreta!” - A que ponto chegou-
se! Dizer que a maçonaria é discreta? Ao longo de muitos séculos nun-
ca uma mulher pôde entrar! Um membro nunca pôde sair dizendo o que
acontece na seita secreta! Colocam para o povo ler aquilo que desejam
que saibam! As “missas negras, satânicas”, jamais serão ditas obvia-
mente! Quem as consegue dizer é Nossa Senhora. Esse é o lado espiri-
tual maléfico do demônio; se utiliza de pessoas praticantes, servindo-se
de pessoas como instrumento para ter seu poder no mundo. Fazem o
culto, às ocultas, nas sombras, dá origem ao deus que tanto desejam.
Como sei da existência das missas negras, satânicas? Porque uma Mu-
lher entrou, e, com seu sol, está nos iluminando, mostrando o que a
maçonaria eclesiástica faz nas sombras, no ocultismo, o que anda
acontecendo e o que acontecerá na Humanidade. Essa Mulher é Nossa
Senhora de Fátima, a Rainha da Paz! Será abordado em citações e pá-
ginas do Livro de Nossa Senhora, através de Locução interior, para o
padre Stefano Gobbi exatamente isso colocado para você. É Nossa
Senhora quem fala e se Ela diz eu acredito. O senhor maçom, no vídeo,
diz:
“Que a maçonaria não é secreta, mas discreta”; abordam assuntos
como “família, economia, política, saneamento...” Só imagino o que de-
ve sair entre alguns homens racionais, materialistas marxistas, hedonis-
tas, desejando sempre a ajuda entre a “irmandade” com relação ao di-
nheiro, para ficarem bem fortes e ajudar a sociedade e os pobres. O
interior de uma alma para Jesus Cristo não é transformado através do
dinheiro, mas pela Divindade de Jesus Cristo. Atente para essa expres-
são: Divindade de Jesus Cristo! Atente agora para a ideia de um Cristo
que já estão passando do lado da besta negra, a maçonaria: “Revoluci-
160
onário!”. Não adianta querer fazer um Jesus Cristo revolucionário, usá-
lo como imagem de homem comum, de bonzinho, embora o Bom Jesus
Cristo sempre fosse; desejam uma Igreja falsa e um falso Cristo; come-
çar a dar o pão na boca do pobre, com o dinheiro que a maçonaria
acumula entre si, se ajudando nessa seita, que deseja construir um
mundo no reino do demônio, e formar um falso Cristo e uma falsa Igre-
ja, essa ideologia deve ser cuidada e devemos ficar atentos. O pobre
deve ser evangelizado, buscar o Cristo Ressuscitado na Eucaristia!
Com seu interior fortalecido na vida espiritual de Jesus Cristo, o pobre
será um homem livre nas suas ações realizando o desejado para si,
autônomo. O contrário o aliena, o deixa levar pelo fácil, esperando um
pai (no sentido do pai terreno, sentido horizontal) para lhe dar o alimen-
to fácil. O homem como homem se aniquila. Sua essência se perde. Se
tiver um Chefão a regular sua vida, aquele a quem ele proporciona to-
das as coisas será um ser escravizado. É esse o desejo da maçonaria
para a sociedade. Escravizar o cidadão. Formar uma teia e está pronta,
porque todos esses homens estão a postos agindo traiçoeiramente, nas
sombras, há muito tempo, esperando o Tempo! Falta o Chefão dar o
sinal. Quem será o Chefão? Então, Igreja Católica e maçonaria vão se
unir para ajudar os pobres? Para melhorar a sociedade e tanto mais?
Você concorda que a melhora da alma de um ser humano, das almas
das pessoas da sociedade como um todo irão melhorar através da dos
poderosos, daqueles que regem nossas vidas fazendo tudo, construin-
do tudo, porque já estão com o Monopólio nas mãos? Se todos ficarem
satisfeitos com esse estado de situação, como resultado apagará a Luz
na alma de cada pessoa, pela falta de Jesus Cristo Vivo. Ficará desfa-
lecido, esquecido na Sua Divindade na Eucaristia, caso não façamos
alguma coisa para lutar contra essa parte da Igreja Católica desejosa
por criar uma falsa Igreja e um falso Cristo! No meu último capítulo co-
locarei a Mensagem de Nossa Senhora sobre essa mentalidade vinda
161
da Teoria da Libertação. Perigosíssima. O mais incrível, Nossa Senhora
deixa numa de Suas mensagens sobre isso, se referindo ao nosso país,
Brasil, como Mãe muito preocupada! Nossa Senhora, no Seu Livro, fala
contra, prevendo pensamentos como esse dito pelo arcebispo de Porto
Alegre com relação a “reunir todas as crenças, as religiões”. Nossa Se-
nhora, nas Suas Mensagens, nos deixa sobre o Ecumenismo: não
aprova! Para assuntos como esses, retiro trechos e dou-lhe as páginas
do Livro de Nossa Senhora; fique ciente do que a Igreja Católica está
passando e do que vai passar.
Faço-lhes algumas perguntas a seguir. A Igreja Católica possui-
dora de Jesus Cristo na Eucaristia, Jesus Cristo está Vivo, nos dá a
Força, a Sua Total Divindade, o que precisa fazer lá, na maçonaria, o
arcebispo? Dinheiro? Por que o interesse tão grande em unir forças?
Acredito na ingenuidade do arcebispo. Ele é extremamente inteligente.
Mas... Acredito que seja ingenuidade de sacerdote antes de bispo.
Acredito na própria maçonaria enquanto loja maçônica esteja usando o
arcebispo, Dadeus Grings, atualmente arcebispo emérito para fachada
a sociedade. Entretanto, afirmo o lugar de um bom arcebispo é estar ao
lado dos seus afins da vocação, ou seja, ao invés de visitar lojas maçô-
nicas deveria visitar as igrejas cada vez mais dar atenção a elas, pois
estão se acabando gradativamente e galopantemente.
Evangelizar maçons, essa seria a melhor e maior proposta da
Igreja Católica para levar aos maçons a Palavra de Deus; para unir for-
ças. Ensinar estes homens participantes desta seita secreta, sim, e não
“discreta”(como diz o maçom no vídeo), fazer o Batismo, a Comunhão,
a Confessar ou reconciliação com Deus; receber a Eucaristia e ser fiel
no casamento; não ter segredos com suas esposas, mas contar a elas
tudo e não o que deseja contar dos acontecimentos no interior da seita
secreta... Enfim, o arcebispo teria muito para dizer e fazer chamando
estas pessoas para as claras! Conduzindo-os para dentro da Casa do
162
Pai. Ao invés do arcebispo dizer palavras como:
“Com os irmãos, quando as portas que se abrem, precisa levar
uma boa mensagem de alegria, de realização maior...” Por que não diz:
Senhores maçons, venham para a Igreja Católica, porque nós temos o
Cristo Vivo na Eucaristia e presente no Sacrário. Somente Jesus Cristo
pode tornar cada um de vós pessoas de bem, melhores, vivas realmen-
te; pessoas de paz não se preocupando em formar as confrarias mas-
culinas onde o dinheiro é o deus adorado procurado por todos para sa-
ciar de bens seus bolsos. Através da Eucaristia vocês, homens, encon-
trarão a força e o desenvolvimento dos seus dons, das suas aptidões
naturais sem se preocuparem no ganho fácil para aquisição da ajuda
financeira e tocar em frente o comércio, o negócio e outras atividades...
Vocês da confraria maçônica no culto ao deus vingativo cobrador, o
deus da barganha em nome de Jesus Cristo, pelo seu sangue derra-
mado por cada um de vocês, poderão sair dessa pior. Em Jesus Euca-
rístico você não precisará ter medo de morrer, pois é Ele quem pode
fazer o resgate de sua alma aprisionado nesse mar de lodo, de trevas.
Você é um escravo de quem está lhe oferecendo dinheiro. Amanhã ou
depois satanás vai lhe exigir a alma de sua filha (o), sua mulher e qual-
quer outro da sua família. Amanhã ou depois é só você não prosperar e
não dar o montante a ele devido você verá a sua casa ruir. Sai dessa
sua pior! Venha para o Deus da Verdade. Não entre nessa Barca do
demônio!
A divindade de Jesus Cristo transforma um ser humano! Mostrar aos
senhores maçons o Jesus Cristo sem riqueza material, mas rico em po-
der e glória celeste. Mostrar aos maçons a não necessidade de se ves-
tir de amarelo e vermelho e fazer seus círculos e seus rituais perigosos
clamando o demônio para esta face da Terra. Isso foi contado por um
dos meus jardineiros; disse-me ele na loja maçônica aqui da cidade on-
de resido, no centro dela, os maçons se reúnem com suas vestes pró-
163
prias e fazem barulhos, pulam. Ora, assistia essas cenas na umbanda.
E tudo o que sei sobre a maçonaria foi através das Mensagens das
quais acredito em cada palavra da Mãe amada a padre Stefano Gobbi
em Sua Obra. Tudo então passara a ser obvio fazendo a leitura bíblica.
O Espírito Maligno, satanás é um só, universal atua em qualquer lugar
com sua legião de anjos maus expulsos por Deus do Céu, na batalha
travada. São estes anjos rebeldes, iníquos a nos perturbar a nos atentar
aos mais diversos pecados. Quando estes anjos de satanás, do demô-
nio encontram pessoas para atuar em suas almas trazem o perigo para
esta face da Terra. Por isso você, pessoa sensível atenta, sente este
mundo tão pesado, tão penoso, tão falacioso. Só se diz viver bem quem
não possui consciência em Deus. Quem vive o hedonismo o superficia-
lismo do mundano apresentado por aí...
Não esqueçam a Mãe é Bondosa e Misericordiosa. Nos deixa sa-
bendo de tudo a grande esperança, “Por fim, Meu Coração Imaculado
triunfará!”
164
Capítulo II
Parte 7
“Obrigado Senhor
(LP: Louvemos o Senhor III)
Obrigado, Senhor, porque és meu amigo,
porque sempre comigo Tu estás a falar.
No perfume das flores, na harmonia das cores e
no mar que murmura o teu nome a rezar.
Escondido Tu estás no verde das florestas,
nas aves em festa e no Sol a brilhar.
Na sombra que abriga, na brisa amiga,
na fonte que corre ligeira a cantar.
Te agradeço ainda porque na alegria ou na dor
de cada dia eu posso te encontrar.
Quando a dor me consome, murmuro o Teu nome e
mesmo sofrendo, eu posso cantar.”
Novos Problemas
Com os meus dois filhos pequenos, vivendo com muitas tribula-
165
ções no casamento, desejei residir na cidade maior porque assim meus
filhos poderiam ter acesso à escolinha para socializá-los. Meus filhos
não tinham com quem brincar, pois vizinhança naquele tempo não ha-
via. Naquela época, na cidade menor, não havia escolinhas infantis;
começaram a surgir mais tarde.
Tempo de 1984. Minha profissão era de professora de Ensino
Fundamental, ou seja, conhecido também por Curso Primário; e conse-
gui escola na cidade maior para lecionar. Morei na cidade maior por um
ano e senti a impossibilidade de continuar vivendo como estava, pois a
casa era de uma família e morávamos juntos. E foi nesse tempo, entre
1984 e 1985, ainda morando na cidade maior, eu recebi um telefonema
de um dos meus familiares pedindo para ir ao Pronto Socorro, pois
acontecera um acidente de automóvel com uma de minhas irmãs e esta
havia morrido. Tinha vontade de ter asas naquele elevador para chegar
logo ao local. Estava sozinha. Não tive acompanhante. Quando cheguei
ao local vi minha irmã na maca deitada e as suas roupinhas eram trou-
xinhas com manchas de sangue no chão, num cantinho. Fiquei parada
vendo aquela cena até uma enfermeira me dizer que ela não estava
morta. Minutos depois, outros familiares chegaram até o local e fiquei
sabendo que a filhinha de oito anos estava ao lado da minha irmã, que
dirigia o carro, morrera no local do acidente na saída da cidade onde
morava; vinham com a intenção de estar no aniversário de duas pesso-
as da família; ocorreria no mesmo dia um dos aniversários e o outro,
após. Depois da saída de minha irmã do hospital, quem cuidou dela foi
a mãe; ao sair do coma, lhe foi revelada a notícia da morte da própria
filha. Que desolação ver aquela tragédia, sentir aquilo tudo, ver minha
mãe já com certa idade, depois de tantos sofrimentos passados, ainda
mais esse, e coube a ela cuidar da própria filha naquele estado e saber
do falecimento da neta. A turminha de aluninhos eu tinha nesse ano da
idade de minha sobrinha que morrera. Como era triste olhar para eles e
166
lembrar o acontecido! Como trabalhar naquele ano foi penoso!
Continuava as tribulações no casamento, uma falta de paz cons-
tante, e residindo com quem considerei não poder continuar residindo;
retornei para a cidade menor da qual havia saído, mas não voltei para
minha casa antiga. Acabei ficando numa casa alugada para beneficiar
algumas pessoas da família do pai dos meus filhos; ficaram morando na
minha antiga casa. Acabei por ficar residindo com quem sabia eu não
poderia ficar, isto é, saí de um lugar e continuei na situação anterior;
pior, numa casa maior e alugada. Não queria que fosse assim. Disse o
que desejei, mas minha voz não soou ouvida. Mas os ventos contribuí-
am para que assim fosse, com toda certeza não da vontade de Deus,
porque eu não procurava por Ele. Porque a névoa na qual me envolvi
não era constituída por energias divinas, mas completamente envolvida
por pessoas que cultuavam falsos deuses, deuses da ignorância, da
falta de Conhecimento e eu não tivera as defesas. Eu também era uma
ignorante nesse Tempo sobre o que se passava comigo. Percebia o ar
algo muito ruim, mas não tinha noção como real palpável aquilo tudo.
Senti vontade de parar de lecionar. Creio que foram dois anos pedidos
de Licença Interesse. Sentia a vida pesada; pedi Licença Interesse na
escola Estadual depois de tudo e da vida familiar como um todo. As tro-
cas de cidades, de casas, de pessoas, de escolas, as mudanças que
envolvem os filhos... Foram os anos entre mil 1986 e 1987. Ficara tão
abalada com tudo que acontecera com minha irmã e sua filhinha, minha
sobrinha, e somando-se a não paz no casamento, tive o bom senso de
pedir Licença Interesse no Estado. Uma LI como se costuma dizer.
Pensava em descansar com a LI que havia pedido; entretanto, um dia
alguém se deu ao trabalho de ligar para minha casa: um telefonema
anônimo para dizer que o pai dos meus filhos estava com uma mulher,
e dissera o nome e a cidade; que estariam jantando naquela noite.
Tremi toda quando escutei aquilo e acabei por não me sentir bem; fiquei
167
completamente abalada. Não me sentindo bem, fui procurar ainda coisa
pior, pois no outro dia fui até a casa de uma psicóloga, parente, na épo-
ca, e na conversa fiz-lhe uma pergunta sobre a minha mãe: o que ela
diria, como psicóloga, sobre a minha mãe; quando pequena, eu escuta-
va ela falar para as empregadas dos barulhos que ela ouvia às noites,
das gavetas e dos talheres batendo e às vezes enxergava um homen-
zinho de bicicleta de madeira empurrando com uma perna só, a sua
bicicleta, em volta da nossa casa; os barulhos de correntes se arrastan-
do em volta da casa. A psicóloga, na opinião dela, dissera que a mãe
era louca. Lembro-me de ter dado um salto da poltrona, em sobressalto,
ao ouvi-la dizer que a minha mãe era louca; tremi toda e levantei da
poltrona. Ficando muito preocupada comigo, pela reação tida, a psicó-
loga ofereceu-me um copo d’água. Aquela palavra chocou-me demais,
pois minha mãe fora uma mulher sempre muito responsável, boa, ho-
nesta, nunca havia adoecido e nem filhos ganhara em hospitais, os par-
tos eram procedidos por parteiras em casa. Mesmo com seu jeito seve-
ro de ser com os filhos, ainda assim minha mãe mostrava ser uma mu-
lher lutadora por eles, como uma galinha bondosa defendendo seus
pintinhos. Mesmo sendo severa, ela imaginava ser correto seu jeito
austero de ser, de vencer as situações. Ela fazia o que podia pelo nível
de vida da qual teve. Por minha mãe não ser casada com meu pai, a
esposa de meu pai, não podia ter filhos, chegava a oferecer dinheiro
para minha mãe para ficar com os primeiros filhos. O que ela respondia:
“não sou cadela parideira para dar filho meu!”. Ela poderia ter seus de-
feitos, quem não os tem? Mas chamar minha mãe de louca? Foi muito
pesado para mim. No momento em que essa pessoa disse a palavra
“louca”, eu já não estava bem; não estava bem por muitos motivos e
não somente aquele em particular. Fora um somatório de discórdias, de
problemas, sentindo grande falta de amor, inclusive aquele telefonema
anônimo. Quem o fez talvez não soubesse a gravidade do que estava
168
fazendo na minha alma. E se tivesse total intenção do Mal, conseguiu.
As duas gotas d’água faltavam para me desestruturar de vez. Nesse
Tempo, eu colocava quem se dizia psicóloga ou psiquiatra em alta con-
ta, num pedestal quase que idolatrando. Porque não tinha Deus, não
buscava Jesus e não tinha a Mãe. Não era uma ateia, não! Não é isso.
Não tinha é o Conhecimento! Era completamente ingênua. Fazia clínica
com uma psiquiatra durante onze anos, entre paradas e recomeços,
entre uma gravidez e outra. Houve um tempo quando a psiquiatra pas-
sou-me para continuar as clínicas com um psiquiatra. Isso ocorreu bem
quando contei à psiquiatra sobre um sonho que tivera com um terapeu-
ta de barba; com seu amor deixara o amor como cura. Mais adiante,
relato para você o sonho que tivera e marcara a minha vida para sem-
pre. Acredito numa coisa: o demônio espalha os muitos obstáculos na
vida de uma pessoa; suas armadilhas. Você procura a solução de seus
problemas, muitas vezes, numa inocente ignorância, em determinados
lugares nos quais julga encontrar a verdade. Parece que os obstáculos
são sanados, mas abrem-se mais buracos de outras formas e assim
sucessivamente sua alma vai se prendendo em busca da falsa ajuda. A
paz nesses lugares não é encontrada, nunca existe e não existirá! E foi
assim que minha mãe se deixou escravizar pelos demônios. Para qual-
quer problema acontecido em sua vida, ela procurava as consultas dos
espíritos na umbanda. Vivíamos uma cultura dos espíritos na umbanda.
Nesse contexto todo, com tantas coisas negativas me cercando: telefo-
nema anônimo, o casamento sem paz, falecimento da minha sobrinha,
minha irmã em coma, a pessoa deixando a palavra ofensiva para a
mãe, o espinho no meu coração durante uma vida quase inteira (mais
adiante falo sobre esse espinho no meu coração); meu espelho negati-
vo; vida quase inteira sem paz, sem felicidade, passei a ficar ansiosa,
como se algo se apoderasse de mim. Perdi a paz interior por completo.
Passei a dar alguns telefonemas e a dizer certas coisas que careciam
169
de contexto para poderem ser ditas para alguns poucos membros da
família. Não podia parar. Algo dentro de mim tinha desconectado! Repi-
to o meu não direito, não tenho nenhuma capacidade de julgar, somen-
te Deus; Ele lê os corações às almas; Ele pode fazê-lo. Eu, por ser pes-
soa, posso ter a compreensão, mas posso ter o direito de não aceitar!
Mas não aceitar não é julgar. É saber escolher, optar. Posso compre-
ender porque meu entendimento é espiritual; meu entendimento voa
nas asas do Amor, da Verdade. Meu Conhecimento me deu o saber
desvelar a pessoa e vê-la como além dela mesma em seu procedimen-
to espiritual maléfico ou divino. Não me resta tempo para julgamentos,
mas tempo para alertar e divulgar sobre a necessidade do perdão. As
culpas se empobrecem um ser, não resolvem as questões, mas uma
vez sentidas devem ser resolvidas com o perdão dito a quem o Mal fez
a alguém. Meu Entendimento diz que o Mal existe e este, enxergar o
Mal, vai além da pessoa que está a minha frente e praticou sem inten-
ção o Mal; entretanto, foi tentado a praticá-lo e, na consciência em
Deus deve perdão a quem ofendeu. Existe quem se apropria do Mal
sabendo da sua existência pela intenção cruel de praticá-lo. Sendo as-
sim, haverá o Julgamento e Misericórdia por sua alma. Há pessoas que
se dão a essa faceta! Há pessoas que se entregam como instrumentos
para o Mal. A resposta para mim está na ação maléfica: a eficácia do
Mal existente no mundo, atrás da pessoa que a pratica, que busca e se
deixa como instrumento ser disponível ao Mal. Muitas pessoas não
possuem esse saber, acham que isso não existe, ou seja, acham que o
Mal não está pelo mundo. Quando me vi existencialmente fora de mim,
um momento marcado muito foi ver os semblantes dos meus filhos
amados ao me olharem quando desejava eu dormir nos bancos da ca-
pela central do seminário. Peguei o carro às pressas, pois não queriam
que dirigisse, estava louca para todos os efeitos. Queria ficar naquele
lugar de paz e dormir lá quietinha. Estava com uma túnica roxa, cor da
170
Filosofia. Gostava muito daquela roupa; tinha ganhado da minha melhor
amiga naquele Tempo. Cheguei à portaria, no balcão da entrada princi-
pal do seminário e deixei as chaves do carro, pois sabia que tinham me
seguido. Que levassem as chaves e o carro, mas me deixassem em
paz, num cantinho de paz, pensei eu. Nunca vou esquecer os semblan-
tes dos meus filhos amados ao me verem fora de mim. O pavor estam-
pado no rostinho da minha filha e do meu filho. Minha filha sofria e eu
notara as olheiras no seu rostinho, da preocupação com a mãe dela,
comigo. Quanta tristeza e sofrimento eu sentia ao vê-la sofrer por mim.
Fiz um teste, naquele momento: quis ver a posição, o gesto, o compor-
tamento de um racional: sentei-me num local, ao ar livre, no seminário,
onde havia gramado e nele avistei umas florzinhas amarelinhas no meio
dele. A pessoa diante de mim em pé, muito preocupado comigo. Nesse
momento, peguei uma das flores amarelinhas da grama e entreguei-lhe;
fez exatamente o que imagina que iria fazer: amassou-a entre as mãos.
Amassara em suas mãos. Muito apavorado com tudo. Muito! Porque
esse tipo de mal existencial, para certas pessoas, você é vista como
louco mesmo! Como se uma pessoa fosse somente mente e que nada
mais nela funciona! Aquela pessoa pedira para eu ir embora dali. Eu
queria ficar, mas acabei obedecendo. Meus filhos viam tudo. As corti-
nas da minha casa eram fechadas, quando queria abri-las, pois o racio-
nal ficara muito preocupado se faria os mesmos escândalos que a outra
amada irmã louca fazia, pois para todos os efeitos, loucura na família,
existia. Queria caminhar, queria pegar sol. Não me deixava o racional.
Teimei em desejar caminhar. Não me sentia bem; queria caminhar e
pegar um sol; estava muito triste... Houve algumas trocas de braços e
numa dessas deixei-me cair perto de umas escadas na frente da casa.
Fui segurada pelo tornozelo e o racional puxava-me por uma das per-
nas no desejo de me fazer entrar para casa. A cena para mim fora ultra-
jante, degradante! Mas sabia não poder esperar nada melhor de quem
171
assim agia. Lembro até hoje de uma correntinha usada em torno do tor-
nozelo, de ouro com peixinho enfeitando, e nunca mais a encontrei. Fiz
uma brincadeirinha com Deus desta situação tempos depois, pensando
em todo acontecido: quem sabe no Céu recebo minha correntinha de
peixinho de volta? Você pegou de mim, Pai? Para me entregar lá no
Céu? Fica muito difícil para quem possui cérebros entenderem certas
questões da vida. Muito! Muito difícil dar uma flor a uma mulher, por
exemplo. Muito difícil ver uma mulher chorar... Assim se está a chorar é
porque está doente... Há homens que só suportam ver mulheres gosta-
rem de carros, vestirem muito bem e de grife famosa. Essa mulher é
normal! Usar perfumes caros. Se usar qualquer perfume e esse qual-
quer perfume não vem do bom gosto da pessoa que o usa, que o esco-
lheu, a agradou, mas perfume bom é considerado se for caro, pois ina-
cessível a muitas outras e porque se for caro é bom. O bom perfume
deverá estar atrelado ao alto custo. Aí sim, será um ótimo perfume para
sua mulher usar. E lá se vai se despersonalizando a coitada da mulher,
subjugada às vontades do homem, se anulando, deixando de ser ela
mesma, caso a alma dessa mulher não caminhe para a mesma direção
deste pensar. E a essência daquela mulher? Um dia talvez ela saiba
que viveu à sombra de uma pessoa, assim deixando de ser ela mesma,
de viver suas potencialidades, ou seja, viveu a vida do outro e se anu-
lou, seja ele marido, pai, irmão, tio e tantos mais. Isso é assim para cer-
tos homens com relação a certas mulheres que desejam praticamente
modificá-los! Alguns não suportam ver uma mulher chorar; pois se a
veem chorar deve estar doente. Então, o jeito é a mulher se maquiar,
disfarçar, se fazer formosa para viver a dureza da vida que lhe é impos-
ta, muitas vezes... O racional não entende certas situações. Para ele,
eu perdera o cérebro e tudo mais em mim se perdera também; não
existindo o cérebro, mais nada como pessoa, como alma existiria em
mim. Muito menos coração, sentimento para amar, considerando não
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saber o que eu estava sentindo. E eu sofria. Sofria muito por toda aque-
la situação e cena degradante. Sabia o que se passava comigo, mas
sentia um cansaço mental. Desejava dormir e não podia evitar o mal
existencial... Estava tão cansada mentalmente... Muito cansada! Mas
obviamente nem eu sabia o que se passava comigo. Também os que
me cercavam não sabiam e deixava-os preocupados. Dava para com-
preender com o Tempo a posição do racional. Não foi fácil para ele
também. Na verdade, estou trazendo até você uma visão humana nova
e dando um testemunho legítimo da Vida, quanto ao problema existen-
cial pelo qual pode passar uma alma humana. Coloco-me aqui, em cer-
to aspecto, lado a lado com a visão da Filosofia Clínica; ela veio ao
mundo para humanizar. O modo como a medicina, muitos médicos da
área psiquiatra lidam com situações assim está matando o ser humano
em vida. Existindo a visão da psiquiatria sobre o ser humano na qual
em um caso desses procura enquadrar num estereótipo, dando rótulos
as pessoas, pronto! O serviço está completo! A família toda fica saben-
do que a pessoa saiu de si, grosso modo, falando: enlouqueceu! A psi-
quiatria possui uma concepção racional demais. Tudo se explica pela
existência de doenças. Está realmente na Idade das Pedras, da caver-
na! Ignorante no que se refere ao coração humano, a essência de uma
pessoa. Quanto mais tipos de homens buscam as explicações na era
do digital, da tecnologia ou uma mente voltada para a ciência, muito,
muito maior a distância da alma humana; com esta distância da alma
humana, o afastamento de Deus, da fonte, do Criador. Uma pessoa, um
ser humano não é visto na sua ampla concepção. Não é visto em seu
histórico de vida. Não é visto como único! Não é considerado em sua
dimensão sagrada, espiritual.
E assim, como já fazia clínica particular com a médica, fui imedia-
tamente medicada e medicada, dormi muitos dias em minha casa.
Quando acordei do sono estava me sentindo bem. Comecei a ser trata-
173
da num posto com remédio na veia. Depois, a medicação passou a ser
outra e passara a tomar em casa. Nas idas às consultas, fiquei sabendo
que ganhara um nome para o que tive: PMD. Psicótica Maníaca De-
pressiva e com o tempo mudara para bipolar. Sentia muito! Sentia por
mim, por eles. Não queria ver meus filhos passando aquilo tudo. Porque
aquilo tudo não era a vida idealizada dentro de mim, isto é, algo assim
jamais poderia imaginar passar. Sempre procurava ser uma pessoa cor-
reta, íntegra, bondosa, boa mãe, esforçada mãe para meus filhos; no
entanto, aquela desgraça estava acontecendo; aliás, fazia psicoterapia
justamente para dar aos meus filhos o meu melhor e para poder ter al-
guém para conversar os horrores da família em geral, assim como de
mim mesma, do casamento que tinha sempre seus problemas. Um mal
desses, um mal existencial dessa amplidão não é algo visível, como
uma ferida aberta que se pudesse ver ou uma forte dor que se pudesse
sentir em alguma parte do corpo e se queixar, falar para alguém da sua
dor sentida. Era algo vil! Silencioso, que se escondia e se manifestara
de maneira indigna. Algo queria minar, acabar com a minha alma, com
a minha vontade, com a minha faculdade intelectual. Teria algo pior do
que isso? Eu que precisaria dela num futuro bem próximo? Eu que pre-
cisaria dela justamente na Filosofia? Qual é a primeira palavra que é
dada a uma pessoa, nessa situação? Sim. Ela está louca! Podem até
não dizer na sua frente, mas a coisa fica nos ares. O mais angustiante
nisso tudo é saber que os outros te consideram louca, você não sabe
explicar o que tem, mas sabe que louca não é; essa palavra jamais de-
veria ser proferida! Não estava me sentindo bem, pois meus pensamen-
tos falhavam, mas não deixava de sentir, de ver o que acontecia comi-
go. E... Eu, como sofria! No mundo dos homens, quando acontece com
alguém isso, então está louca; de presente, se ganha os rótulos. Essa
palavra não condizia comigo, com o sentido por mim. E o que estava
sentindo era tão apavorante para mim, tão sofrido, por vontade de que-
174
rer definir e ajeitar tudo dentro de mim e não poder fazer nada; ficar
quase não eu. Obviamente deveria ser horrível aos outros. Sem dúvida!
Ainda mais levando o pesado fardo da outra mana amada com seu so-
frimento de mais de quarenta anos. Que confusão era aquela em minha
mente, não era capaz nem de lavar minhas próprias roupas íntimas
atrás de um tanque? Lembro que estava atrás do tanque querendo la-
var minhas roupas e não conseguia. Meus pensamentos se confundi-
am. Meu Deus! O que era aquilo que acontecia? Era o mínimo e não
conseguia realizar mais... E quem estava participando comigo também
estava horrorizado por me ver assim... Quando poderiam imaginar uma
pessoa como eu ficaria naquele estado? Algo aconteceu e de um dia
para o outro... Minha pessoa, dignidade, ingenuidade na vida, o sofri-
mento do casamento, o ano anterior com minha irmã em coma e sobri-
nha morta, minha mãe com seus tantos sofrimentos na vida ainda ter
que cuidar da filha em coma, os problemas permanentes com a mana
amada, Deus, o que acontecia? Agora eu assim? O que estava aconte-
cendo? Meu Deus! Como é degradante! Como é triste, de um dia para o
outro, sentindo-me mal, mas ainda assim consciente de quase tudo ao
redor, não poder parar com uma agitação interior e essa agitação interi-
or me fazia ser considerada louca! O rótulo esmagador da alma. Consi-
derada louca como a louca já existente na família: o meu retrato negati-
vo! A minha irmã amada há muitos anos fazia internações, naquele
tempo, nos piores, ditos melhores hoje, hospitais psiquiátricos. Meu es-
pelho negativo tomou eletrochoques, perdeu os seus lindos dentes ao
longo dos anos, sempre fora internada e saia com centenas de piolhos,
ovos dos piolhos e feridas no couro cabeludo. Ficava sem visitas do
único filho por muitos anos, o filho todo amor para ela, foi cuidado pelas
outras esposas do pai. Os anos consecutivos das internações dessa
minha irmã esgotaram a família a ponto de também cansar de ir visitá-
la. Em certos períodos, alguns da família a visitavam; esses alguns
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cansavam e davam lugar a outros. Foram mais de 40 anos de sofrimen-
to! Uma verdadeira tragédia eram os surtos psicóticos que ela tinha;
assim se refere à psiquiatria ao evento, mas não eu, passei a conside-
rar esses surtos psicóticos com outra denominação; com o Tempo da
vida dado por mim, através do Conhecimento, ponderando a Palavra de
Deus e o Livro de Nossa Senhora. Percebia que ali existia muito mais
do que a simples ciência terrena, médica psiquiátrica. Ela morreu e na-
da resolveram. Ela morreu e não viu a luz do dia nesses mais de 40
anos de seu sofrimento arrastando a família também. Estranhava “a
ação ignóbil, ou seja, a forma baixa repugnante sem precedentes; a
forma vil e que infringia mesmo as leis da moral” de como aquela irmã
linda, considerada a mulher mais bela da cidadezinha procedia muitas
vezes em seus surtos psicóticos, assim denominados pela psiquiatria.
Mas não por mim, na minha visão de filósofa religiosa. Foi ela a sofrer a
cruz do calvário e fui eu ao receber no Tempo, o mesmo rótulo da psi-
quiatria dando como verdade: se eu tivesse aceitado como verdade. Até
o Conhecimento chegar a mim, foram anos de intensos sofrimentos.
Estava muito assustada, ainda que não falasse. Estava sendo algo ter-
rível, porque pensava que o meu destino fosse o mesmo da minha irmã;
fizeram-me beber do próprio veneno. Minha irmã indiretamente me sal-
vou, pois esse indiretamente implica a corrida de procurar ajuda; procu-
rar a salvação com todas as minhas forças, para não ser como meu
espelho negativo. A corrida foi feita em direção a Deus... A médica com
quem fazia minhas consultas em terapia deu a sentença: não precisava
ficar internada, e sim bastava ser medicada em casa. Quando acordei,
minha única visita fora minha amada irmã, meu espelho negativo. Fi-
quei pensando nas outras irmãs, no motivo de não ter vindo a fulana ou
a sicrana no lugar desta, afinal elas são tão mais... Ao acordar, deparei-
me, ao lado da minha cama, com a visita; a última pessoa da qual gos-
taria que estivesse ali. Porque ela era o meu espelho negativo até en-
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tão, considerada por mim. Na verdade, ainda não sabia do meu enqua-
dramento, do meu rótulo, mas sabia do jeito que eu ficara fora de mim e
do que aquela mana fazia durante seus surtos psicóticos e que eram
alarmantes! Apavorantes! E eu achava ter o mesmo destino dela. Com
os mesmos agravantes. Com toda a certeza, o pavor assolou a todos!
Afinal, sentia uma tristeza sem fim por me ver nesse quadro imaginário
em mim mesma. Imagino o pavor de todos! Já havia uma louca na famí-
lia e esta, aprontava muito com seus surtos psicóticos e um sofrimento
sem fim... Agora mais uma louca na família? Logo que fiquei fora de
mim, ficava pensando se aquela médica iria me internar. Onde eu fica-
ria? Mas não falava; só pensava. Parecia uma morta-viva. Não tinha
energia. Parece que tinham sugado minha vida. Sabe a frase... Aquela
que diz: “bem vestida e morta de fome”? Exatamente! Bem vestida. Ti-
nha roupas lindas, me vestia bem. Maquiava-me e me perfumava. Tudo
muito bem. Fazia assim para poder viver a vida melhor. Diria que a ma-
quiagem na minha vida teve a função de couraça; de força. Teve a fun-
ção de poesia! Morta de fome de Amor! Como é triste não ser amada.
Não se sentir amada! Isso foi assim para mim desde criança. Minha
mãe teve o jeito dela de amar, certamente. Mas não era o meu de que-
rer ser amada. O pai dos meus filhos, com quem casei no civil, teve o
jeito dele de considerar seu amor por mim, mas não era o jeito que eu
desejava ser amada. Não era o jeito que eu considerava amor, o que
tinha para dar.
Continuando minhas idas à terapeuta, ela deu outro nome ao que
tinha. Bipolar! Achei esse nome mais respeitável! Mais bonitinho! Me-
nos ofensivo! Mas o efeito causado do outro, já havia deixado seu ras-
tro! Era o peso da cruz da minha irmã que já carregava antes de eu
cair, pois passara a minha adolescência inteira, minha vida adulta a
pensar nela, a chorar por ela, a visitá-la, a sentir a solidão dela naque-
les lugares piores que os lugares onde ficam animais. Afinal ela era
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uma pessoa; um ser humano. O animalzinho, sempre seria animalzi-
nho; ao animalzinho lhe poderia ser permitido certos comportamentos.
Mas um ser humano? Quando eu via qualquer pessoa na rua qualquer
uma, desejava ser uma delas e não eu mesma! Poderia ser uma aleija-
da também, não importava! Para mim a deficiência física seria muito
melhor do que a dor da alma sentida.
Minha irmã era uma mulher belíssima. Mistura de Raquel Welch
com rosto de Brigite Bardot. Não havia quem não comentasse a beleza
dela. Mas enquanto olhavam sua beleza não viam sua alma. Não sabia
sua história de vida, seu contexto. Assim foi comigo. Os que me consi-
deravam bonita viam a beleza, o que transparece, mas minha alma nin-
guém via. Poderia dizer no Tempo, apareceu sim, minha pessoa certa,
minha pessoa especial; leu minha alma. Parecia saber mais de mim do
que eu mesma, nesse Tempo. A única! Meu par amigo e após, amigo-
amor. Impossível não amar aquele ser. Uma vez o vi tirar seu blusão de
lã do corpo e entregar para outra pessoa precisando, pois sentia frio.
Alguém se assemelhava a Jesus, na bondade, na generosidade, na
compreensão, no não julgar uma pessoa. Na ajuda prestada a mim.
Minha irmã era talentosa. Sabia pintar quadros a óleo. Formada em
acordeom, sabia tocar piano e violão. Fazia trabalhos artísticos lindos!
Mas tudo se perdeu no Tempo! Tudo! Teve uma decepção no casa-
mento e veio para a cidadezinha com o único filho no colo. Como se
formou e não exercia a profissão de professora, não estava realmente
preparada para ganhar o pão. A mãe não ajudava. A mãe não concor-
dava com a separação. O pai, pessoa que ela mais amava, falecera um
mês antes da data do casamento já marcada. Minha irmã espelho ne-
gativo estudou nos melhores colégios os quais o pai se dispunha a pa-
gar. E foi assim, ela a quem tanto admirava e amava o pai e a decep-
ção no casamento teve seu primeiro surto psicótico com pouco mais de
20 anos de idade. Fiquei muito abalada, porque nunca poderia esperar
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por uma coisa assim quando ela teve seu primeiro surto. Foi uma irmã
há quem eu muito admirava. A introdução ao violão eu aprendera com
ela. Houve um tempo em que fiz o preparatório em acordeom e ela
também dava alguns ensinamentos. O primeiro tempo de internação da
minha irmã foi o pior; os outros tempos também foram muito ruins. En-
tretanto, vai se conquistando uma aceitação tácita daquele quadro de
horror que nem mesmo os psiquiatras sabem como tratar, medicar, e o
leigo, totalmente despreparado, não sabe como lidar com a situação.
Podem chamar familiares, tentar conversar, entretanto, o Tempo, os
quarenta e poucos anos foram se passando na mesma situação, por-
que a pessoa dela, desde o começo, fora totalmente mal conduzida e
ficara estigmatizada perante a psiquiatria que, com seus rótulos, mata a
pessoa em vida. Não havia na cidadezinha enfermeiros que pudessem
auxiliá-la; muito menos ambulância. Ela era então levada pelos próprios
irmãos, os homens da família, da pior forma possível, conduzida até um
táxi chamado ou carro, quando se tinha um, ou se conseguisse com
alguém a ambulância a muito custo. Tudo muito sofrido... Tudo. Não
teria como narrar aqui os horrores pelos quais essa minha irmã amada
passou na vida e a família acompanhou; fez o que pode. Também lem-
bro o começo de tudo nessa caminhada de horror da minha irmã; a mãe
tentava dar suas explicações dizendo que o que ela tinha era espiritual,
isto é, na concepção dela, para ter melhoras, precisaria ir onde à pró-
pria mãe procurava ajuda: na umbanda. O que seria o espiritual maléfi-
co; entretanto, nunca soube se chegou a ir; com toda certeza a mãe
deve ter pedido ajuda ao umbandista com alguns trabalhos. Obviamen-
te, esta energia dos demônios estava feliz ao ver arrastar uma família.
A família tinha tudo para ser melhor e feliz; não acreditando ou sem
possuir a Verdade, não possuindo o Conhecimento da existência dos
demônios, também não procuraram ir atrás de Cristo Jesus, o Salvador
e Redentor. E... O demônio em pessoas vazias do espiritual divino, da
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proteção divina, o Mal atua eficazmente. Facilmente uma pessoa traba-
lhando para o Mal pode sim, realizar seus feitos para ver cair na sarjeta
quem ela não gosta; às vezes, por pouca coisa. Basta não “ir com a
cara dela”. Aqui na cidade onde resido existe de tudo. Existe maçonaria
fazendo seus rituais; existem muitas casas de umbanda, quimbanda
etc.; um lado feio e mal exercido por pessoas.
Realmente, era muito difícil o caso da mana amada e ficava cada
vez mais difícil, porque nada por ela a medicina da psiquiatria fez no
sentido de ajudá-la a viver melhor a vida. Nada como pessoa; cada vez
mais se degradava. Mas a lista de medicação e trocas de remédios
sempre eram feitas e suntuosas como também os eletrochoques do
Tempo! Quanto sofrimento! Quanto! Havia algo interessante: quando
jovem ela me aproximava dela, ficava nos olhando em frente ao espe-
lho. Alguns diziam que éramos parecidas e acredito que ela quisesse
tirar a teima. Acabava por fazer pouco caso, um ar de quem realmente
não visse semelhança. Esse seu gesto se repetiu mais algumas vezes.
Verdadeiramente? Não me achava parecida com ela. Admirava
muito minha irmã. Achava-a linda; entretanto, era uma beleza com al-
guma coisa no ar; eu não sabia explicar. Acredito que, pequena, devo
ter sentido a mãe não gostar do jeito de minha irmã ser. Esta situação
tenha de certa forma me influenciado. A mãe recriminava-a muito pelos
vestidos que mandava fazer nas costureiras, muito justos e decotados.
Ela era bem ousada para aquele Tempo. Era convidada a participar de
concursos de beleza e chegou a receber alguns títulos. O pai dava a ela
tudo o que queria. Ela fazia os enxovais para os colégios internos do
jeito dela; pedia às costureiras para fazerem os modelos idealizados por
ela. Minha irmã estudou em colégios internos para sair da pressão da
casa e assim mesmo, nos finais de semana, quando vinha dos colégios
havia certas discórdias entre ela e a mãe. Lembro-me do sentimento de
piedade que tinha dela, quando a mãe chamava a atenção e a manda-
180
va ir para o quarto. Ia atrás e ficava um pouco com ela no seu quarto.
Mas ela acabava por dizer para eu sair. Sentia algo muito ruim dentro
de mim; uma tristeza por ela. O pai fazia as vontades desta filha, de seu
grande agrado, e isso trazia certas complicações com a mãe. Um Tem-
po vivido. Um Tempo marcado. Um Tempo não de Deus, pois não havia
Deus buscado e quando Deus não está conosco o Mal entra.
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182
Capítulo II
Parte 8
“Espírito Santo
(K7 Agnus Dei didática 89)
Espírito, Espírito, Espírito Santo de Deus.
Espírito, Espírito, Espírito Santo de Deus.
Vem controlar todo o meu ser,
vem dirigir o meu viver,
O meu pensar, o meu falar,
o meu sentir, o meu agir.”
Um Enigmático Somatório
Seria cômico se não fosse tão sério o sucedido num ano em que
deveria ter sido de paz para mim, depois de recentemente ter saído da
desgraça que me abateu. Narrei esses acontecimentos no livro autobi-
ográfico. Foram muitos. Nenhuma paz! Nenhuma! Nenhum descanso!
Nenhum! Não esqueço uma cena em que me sentei no chão do quarto
de um dos meus filhos e a pessoa da família na época, a psicóloga, me
observava de pé e com as mãos entre a cabeça, eu dizia assim: “o que
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é que está acontecendo? Qual é a explicação para tantas coisas jun-
tas?”. Havia sido chamada na praia onde veraneava, porque a casa fora
arrombada e levaram muitas coisas. Muitas! E além daquela situação
as outras tantas aconteciam na casa de veraneio. A explicação plausí-
vel, segundo a psicóloga é de que, como havia muitas pessoas na casa
do veraneio, isso poderia sim, acontecer: aqueles tantos acontecimen-
tos catastróficos na casa alugada para um veraneio esperando ser feliz.
Não era assim que meu coração dizia. Se minha razão não podia ter
alcance, meu coração não sentia naqueles acontecimentos todos fos-
sem apenas pelo número de pessoas numa casa; até porque, não eram
tantas assim e ali onde estava sentada, no chão do quarto com o rosto
entre as mãos, desejando entender, na casa onde residia estava prati-
camente o vazio. Ali, fizeram o roubo; ali não havia pessoa alguma!
Nunca aceitei aquele argumento da psicóloga, porque somente a pes-
soa passando por situações assim pode avaliar o quanto é sofrido pas-
sá-las sem a total paz almejada. Todas essas ocorrências vinham
acompanhadas por gastos e estes, para mim, não eram relevantes,
mas sim a falta de paz, trazidas por essas situações. Talvez você co-
nheça um provérbio dos índios americanos; ele diz, “Antes de julgar
uma pessoa, passe três luas usando seus sapatos”.
A psicóloga não julgava, mas queria ter uma explicação qualquer
para dar; entretanto, era eu quem sofria demais com tudo o que acon-
tecia e sentia em meu coração; sentia que aquilo ia além, muito além
daquela simplista explicação. Era algo incabível!
Esse provérbio, dos índios americanos, foi retirado do livro de Su-
sana Tamaro: “Vá Aonde Seu Coração Mandar”. Ela continua dizendo:
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na aridez na qual vivia e escreveu uma cartinha significativa... Tão pro-
funda, comparando-me a um ostensório. Ela leu o meu livro autobiográ-
fico: “Um Tempo Lagarta Um Tempo Casulo Um Tempo Borboleta”.
Escreveu a carta datada em 13 de outubro de 2002. Coloco na íntegra,
meu leitor querido.
“Querida Adelaide
Que sofrimento que tu passaste querida amiga, nobre amiga, pro-
fessora, irmã na fé, ALMA ELEITA POR NOSSO SENHOR!
Apreciei teu livro com carinho, agradeço-te pelo presente maravi-
lhoso que me deste. Guardá-lo-ei com muito carinho, porque a coisa
que mais gosto é de conhecer a alma humana, mormente quando
grande alma.
O teu sofrimento com o trágico desaparecimento da tua sobrinha
de sete anos. A tua irmã em coma. Mas pior, o clímax do teu calvário
foi sem dúvida, a substância química que faltava ou que estava baixa
no teu sangue: o lítio. Que injustiça sofreste! Um tribunal de Psiquiatras
no IPE! Que crime fizeram contigo.
Vês Adelaide, estou compreendendo teu livro, porque embora eu
escreva histórias escabrosas, essas histórias brotam da minha baga-
gem cultural que não é só ficção, porque professora de Literatura, mas
de não ficção, assuntos gerais. A biblioteca que tenho no cérebro é um
acervo grande. O que mais gostei de ler foi Psicologia, o comportamen-
to humano, a alma humana. Aí estão as fontes da minha inspiração
quando escrevo.
Os Psiquiatras não explicam o problema, porque se explicassem
que tem solução para o problema do lítio baixo, eles ficariam sem paci-
entes. É importante que o paciente dependa toda a vida “deles”.
Sigmund Freud, ele te diria:
_Adelaide, com o teu livro, estás fazendo (“catarse”: efeito salutar
provocado pela conscientização de uma lembrança fortemente emocio-
nal ou traumatizante, até então reprimida.)
188
Faço votos que tua alma guiada pelo Espírito Santo, consiga andar
sem as muletas dos terapeutas depois de publicar tua história. Foi uma
libertação, eu acredito.
Tua beleza causa impacto: Tu és um (ostensório: custódia onde se
ostenta a hóstia consagrada). Se diz também que quando se comunga
se é um sacrário. Causa impacto ver o ostensório, o sacrário e tudo
que é sagrado ou consagrado. Parabéns alma eleita por Deus Nosso
Senhor.
Teu livro é pura beleza, NA FORMA E NO CONTEÚDO.
Um forte abraço, retribuindo o beijo no coração!”
190
Não tardariam a chegar a vasculhar tudo, a sondar almas, pensamen-
tos, a inventarem suspeitos para se dignificarem. “Entrei e olhei para
baixo. As fezes pareciam borbulhar. Era preciso. Entrei pelo estreito bu-
raco, primeiro senti nojo, depois o medo foi maior. Segurei-me na ma-
deira do alicerce e deixei os pés mergulharem. Não era suficiente que
enterrasse somente os pés. Desci o corpo todo, o medo cobria o chei-
ro. Fechei os olhos, quando aquele caldo tocou meu pescoço. Não que-
ria ver os bichinhos tão perto de minha boca. Rezei.” Página 11.
Prosseguindo:
“Acho que tomei banho, pois estava limpo quando sai dos limites
da cidade com a turma. Era dia cedo ainda, queríamos ver as sobras
da experiência de um velho. Foi a primeira vez que sai realmente longe
da fortificação mística”. “Chegamos ao local. Uma casa de madeira,
pequena, longe alguns metros de onde deveria estar. Em seu lugar ha-
via um estranho barro e, em meio aquela lama, pedaços de carne, que
eu presumi, fossem da pessoa que ali estivera. O curioso é que, pelas
partes que ali estavam, não deveria faltar parte alguma, apenas os os-
sos. Estes simplesmente não estavam ali. Preferia não ter ido. Preferia
ignorar toda a beleza dos pastos verdes e vivos, não ter tido tanta curi-
osidade”. Páginas 13 e 14.
“Senti de repente meu peito ser pressionado com força. Peguei a
mão de Ica e corri. Algo possuía o ar, pesada e silenciosamente. Corri
com forças que nunca revelaram-se em mim, sem deixar de notar a
grama macia sob meus pés, só que agora não sentia vontade de deitar.
Senti-me como já havia me sentindo antes, procurando esconder-me
da força. Na verdade agora era um pouco diferente. Eu não queria fugir
dali, queria apenas não morrer. E para isto corria. Eu não olhava, mas
atrás vinha Ica, segurada pelo braço. Ela gritava incessantemente. De
repente parou. Notei que não a segurava, então olhei para traz: A ca-
bana ficara distante. Num longo trecho, até onde eu estava, havia sido
esparramado seu corpo, e suas carnes esparsas pelo caminho, como
que passadas num imenso moedor de carne. O pasto tingiu de verme-
191
lho. E bem perto de mim seu cabelo, em mechas ensanguentadas. Pa-
rei e joguei-me ao chão. Meu choro era de um menino no tempo de
uma palmada forte”. Páginas 15 e 16.
“O que parecia era que alguém pintando uma paisagem de so-
nhos, molhara o pincel na tinta errada e manchara o quadro de verme-
lho”. Página 16.
“O tempo passou depressa. E eu fiquei velho, a cobrar-me o tempo
que escoou sentado em alguma varanda. A pagar ao tempo o alto tribu-
to de ter tido vontade de viver”. Página 16.
193
queles mausoléus como uma morta viva sempre cheia de piolhos, feri-
das, sofrida, inútil para ela mesma e para a vida.
Então, foi muito constrangedor passar pela situação de eu ser le-
vada até minha própria mãe; diante dela. A pessoa lhe disse que eu
não estava bem para fazer a apresentação, a apresentação no Dia das
Mães, na escola Cecília Meireles. Eu queria tocar violão e cantar para
minha mãe e também em nome das demais mães. Tive que travar luta
para me impor na minha própria casa mostrando não ser anormal.
Quanta provação! Quanta! Coitada da minha mãezinha. Ela também
passara por mais essa provação, sem dúvida! Mas naquele momento
eu tinha somente a minha própria mãe para me ajudar a me dar crédito.
Eu disse à pessoa para me levar diante dela, pois ela diria que eu não
estava louca. Fomos até ela. Minha mãe vendo aquela colocação, da
pessoa me levando até ela, disse não ver nada de anormal comigo e,
de mais a mais, ela disse para essa pessoa que o pai costumava dizer
que ela era louca, mesmo sabendo que não era. Foi então que, mais
calma, a pessoa não contestou e fiz minha apresentação para minha
mãe e para as demais mães no dia dedicado às mães. Quanto sofri-
mento! Quanto! Situações assim eu passava... Continuava trabalhando
na escola cujo nome lembrava a pessoa querida de Cecília Meireles e
fazia a Faculdade de Filosofia pelas manhãs. O curso de Filosofia era
no Seminário Maior da América Latina, mas o nome era dado como:
Faculdade de Filosofia Nossa Senhora da Imaculada Conceição. Foi
nesse Tempo passado veio o surgimento do homem amigo, especial
ou o homem certo; mais tarde, o homem meu amor. Um dia, estava to-
mando cafezinho no barzinho e este ficava dentro da Faculdade, cuja
proprietária era uma garota muito simpática; gostava muito dela, pois
me lembrava duma sobrinha muito querida com seus cabelinhos em
cachos, levemente crespos e seu sorriso simpático e jeito fácil para
amigos. Como sempre, depois do cafezinho tomado no barzinho interno
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da Faculdade, pedia uma goma de mascar pra tirar o gosto do café da
boca e sentir o frescor. Ao sair dali, escutei o som de violão no corredor
da Faculdade e num cantinho, logo na saída do barzinho, havia uns
rapazes estudantes para padres, seminaristas, tocando violão. Como
amo música, parei para escutá-los. Mas não sei o que aconteceu comi-
go eu coloquei descontraidamente o meu braço no braço de uma pes-
soa que estava perto de mim sem mesmo olhá-la. Na verdade, eu
achava que ele fosse um estudante para padre e disse: eu confio em ti!
Ele me olhou e aí eu o olhei e reparei nele. Achei-o alto, simpático, ti-
nha barba. Convidou-me para caminhar. Reparei não se parecer com
um seminarista. E não era. Juntos, fomos caminhando naquele corredor
imenso do seminário. Chamou-me a atenção o tom da sua voz. Uma
voz linda, suave, doce. Olhamo-nos e perguntou meu nome. Disse a ele
meu nome e ao dizer respondeu: “Que feio! Você não tem outro no-
me?”. Disse meu outro nome. Ele então disse: “Ah! Esse é bonito. Vou
te chamar assim”. Perguntou minha idade e eu disse. Eu perguntei a
idade dele e comecei a rir, porque o achava bem mais velho. Tinha bar-
ba. Então, puxou do bolso da calça a carteira de identidade e vi pela
data, realmente a idade estava correta. Separava-nos sete anos na ida-
de. Eu era mais velha do que ele.
Verdadeiramente?
Não parecia. Era bonita, embora totalmente sofrida! Bonita, porque
me fazia bonita. Nunca me considerei bonita. Ficava bonita. Tornava-
me bonita pelos jeitinhos que me arrumava. Mas naturalmente bonita,
nunca me considerei. Falei anteriormente sobre o papel da maquiagem;
tinha a função de força, de escudo. Sentia-me sempre mais protegida
usando maquiagem. Totalmente machucada interiormente. Diria quase
destruída se não fosse esse homem lindo na minha vida recebido na
Providência divina. Deus Todo Poderoso e Misericordioso colocara para
mim e naquele lugar, lugar considerado sagrado para mim. Passou a
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ser meu grande amigo! Passou a ser com o Tempo o meu grande amor!
Começara, no decorrer da Faculdade de Filosofia, a ponderar o que
estava acontecendo comigo e as tragédias e pensava: “Não pode ser.
Não pode ser! Deve haver uma explicação para todas essas coisas!”.
Certas questões me vinham à alma. Meus pensamentos, meus questio-
namentos eram sobre as razões pelas quais eu sofria tanto, da minha
família passar por tantas situações horríveis, pois considerava que terí-
amos tudo para ter sido uma família querida, uma boa família. Por que
as discórdias sempre pairavam, casamentos desfeitos, o sofrimento
eterno e tão vil, penoso para todos da minha irmã amada, tudo tão difícil
concernente às burocracias ao atendimento dela? Tanto mais poderia
dizer... Perguntava-me: “Onde está o amor? Onde está a felicidade? E
a paz? Onde está a paz?”.
Algo que me chamava muitíssimo à atenção era o nosso sobre-
nome e seu efeito em certas pessoas e diria num número bem grande
de pessoas na cidade menor. Isso saltava aos olhos, ou seja, era ine-
gável! Gostavam muito de saber se eu era a filha do meio, uma das
mais velhas ou a caçula. E eram tecidos comentários logo a seguir di-
zendo sobre o conhecimento do meu pai etc.. Alguns tinham o prazer
de relatar algum pormenor do tempo das construções na cidade menor.
Logo citavam o sobrenome do pai dizendo: “ah! O velho Zavarize fez
muito pela cidade menor, pois foi quem construiu os primeiros prédios
na localidade... “Ele era o dono de quase tudo isso aqui.” “E a tua mãe,
como está”? “Faleceu”? “Gostava muito da tua mãe, muito”! “Mulher boa
e como trabalhava”! “E a tua irmã, aquela doente”? “E a fulana de tal,
mora ainda na cidade menor”? “Continua morando com o fulano”?
“Nunca mais a vi por aqui.” Olhava para as outras famílias e qualquer
uma seria mais feliz, viveria com mais paz do que a minha. Assim con-
siderava. Não suportava algumas perguntas que me pareciam bisbilho-
teiras.
196
Num contexto existencial conturbado, minha separação e minha
família passando seus problemas, passara frequentar o grupo da Reno-
vação Carismática Católica na igreja matriz da cidade menor. Tinha
meu amigo-amor e dessa maneira ia conduzindo a caminhada existen-
cial. A vida continuava e a cada despedida nossa a dor do desejo de
ficar, se possível, no bolso dele. E a realidade da minha vida se seguia;
eu deveria buscar forças sem esperar por ele ou por qualquer pessoa
outra. Vou contar-lhe senti obstáculos ao subir aqueles degraus da igre-
ja. Foi como se uma força quisesse impedir para eu não chegar ao gru-
po da RCC. Foi como tivesse sentido a presença de um enorme anjo
negro com suas asas pontudas escorado na igreja e da altura dela.
Senti algo me impedindo de chegar. Mas entrei de cabeça baixa e
transpondo meus obstáculos naquela igreja; com o tempo, sentindo vi-
toriosa e merecedora da minha família celeste! Ali presenciei a fé viva,
como disse a você, escutei falar do demônio e recebi as primeiras ora-
ções de defesa contra o Mal. Então, aquele constatar de acontecimen-
tos nefastos começou a sair da prática para passar à teoria, isto é, no
‘Conhecimento’ fui percebendo a existência do Mal, como realidade. O
Maligno é espiritual existe realmente. Não eram sentimentos meus e
vivenciados por mim somente, mas agora tinha a noção vivida com
meus irmãos em Cristo.
198
Capítulo II
Parte 9
Novo Horizonte
Mas os caminhos estavam se abrindo. Se abrindo com a ajuda
Celeste e do amigo-amor-especial. Já pegava a Bíblia para me orientar.
Uma vez fazendo minhas leituras me deparei com o seguinte:
“Mas eu vos digo: todo aquele que se irar contra seu irmão será
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castigado pelos juízes. Aquele que disser a seu irmão: Raca, será cas-
tigado pelo Grande Conselho. Aquele que lhe disser: Louco, será con-
denado ao fogo da geena. Se estás, portanto, para fazer a tua oferta
diante do altar e te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa con-
tra ti, deixa lá a tua oferta diante do altar e vai primeiro conciliar-te com
teu irmão; só então vem fazer a tua oferta”. Evangelho de Mateus, capí-
tulo 5, 22-24:
200
dor da Filosofia Clínica, não existe a existência de loucura, ou seja, pa-
lavra louca (o)! Não existe na Filosofia Clínica, o conceito de loucura.
Não existe patologia. Não existem os termos normal e anormal. Não
existe a palavra doença. Lindo não é? Uma visão inovadora e tudo que
o Pai amado desejaria para esse começo de milênio, sem dúvida! Res-
peito e humanismo!
É exatamente assim a minha visão de mundo! Por isso ficava extre-
mamente encantada com essa visão humana, pois lia na Bíblia e pon-
derava sobre esta visão humana legada para a Humanidade. Pessoas
não são gados marcados. Pessoas não são feitas para levar rótulos.
Pessoas para Deus foram feitas à Sua Imagem e Semelhança! Pessoas
devem ser respeitadas na sua essência! Uma pessoa pode ter um mal
existencial, mas daí dizê-la com doença ou louco (a), nunca! Mas não
pense, então, você, que a pessoa poderá fazer tudo que bem entende e
ficará tudo bem, que tudo é relativo. Não! Na Filosofia Clínica, há o sub-
jetivismo e não relativismo. É na história de vida da pessoa, contada por
ela, que um Filósofo Clínico, com seus estudos profundos, poderá en-
tender o que se passa com ela em sua dor que a levou até o consultó-
rio. Impressionou-me também sobre como um terapeuta Filósofo Clínico
atende seus partilhantes. Em qualquer lugar no qual solicitado pelo par-
tilhante necessitado. Esse é o termo empregado e não paciente. Então,
o atendimento se dá no ambiente de trabalho, num hospital, simples-
mente caminhando numa praça; enfim, onde for possível a cada um ou
no próprio consultório. As pessoas são vistas com humanidade. Segun-
do meu amigo-amor, cada um é um: único! Com seu jeitinho de ser no
mundo. Para minha surpresa, um dia, na Faculdade meu amigo-
especial-amor contou-me ser terapeuta; quando me contou isso meu
coração pulsou forte, disparou, porque havia tido um sonho com um
homem de barba e havia me curado com seu amor. Contei a ele o so-
nho tempos depois.
201
O Sonho
203
paredes numa total formalidade, chorando, me escondendo atrás de
óculos escuros? Pois essa foi a minha realidade, e ao escutar algo as-
sim, era tudo de bom e de lindo! Algo tão transparente, tão aberto as-
sim, tão vida, nunca havia tido conhecimento. Essa dimensão de pro-
fundidade em conhecimentos; se inspirou no passado e no contempo-
râneo, nos pensamentos de importantes filósofos: um estudo sistemáti-
co entre os pensadores — ao seu próprio modo de ver, de sentir, de
entender — e o que viria constituir-se na Estruturação de Pensamento
de uma pessoa e outros elementos importantíssimos que somente um
estudioso na Filosofia Clínica pode ter alcance. Com o Tempo, depois
do Instituto aberto de Filosofia Clínica, eu fui convidada a fazer uma
pós-graduação em Filosofia Clínica. A pós-graduação não me daria o
direito de ser uma filósofa clínica e atuar como terapeuta. Não era essa
a minha busca. Queria possuir conhecimentos sobre a Filosofia Clínica
para minha própria vida. Também isso me ajudaria no magistério, no
plano de carreira. E fiz a pós-graduação em Filosofia Clínica. Fiquei en-
cantada com o curso. Muito encantada! Meu próprio livro autobiográfico
ficara como término de fechamento dos meus estudos na pós-
graduação em Filosofia Clínica. Absorvi muito bem os ensinamentos e
ficava cada vez mais encantada também com quem o criou. “Que ho-
mem!” — pensava, eu! Que homem! Que cultura, que cabedal de con-
teúdos, quantas leituras realizadas, quantos pensamentos sistematiza-
dos para trazer a Filosofia Acadêmica para uma real prática de ajuda
em consultórios como terapeutas filósofos clínicos! E o principal: algo
totalmente humano. Levando em conta a pessoa. Pode existir sim, um
mal existencial, mas não tida como doença.
Veja uma frase do criador da Filosofia Clínica:
208
da pela necessidade real das pessoas em continuar dando vida ao
mundo. Que assim seja!
O Tempo! Ah, esse Tempo! Só não chegou a Tempo de ajudar a
minha irmã amada. Mas chegou ao meu Tempo de Deus! Ele olhou pa-
ra baixo e reparou nessa miserável e deve ter pensado no horror para
uma só família. Deus deve ter lido o coração bondoso da minha amada
mãe terrena sendo ludibriada pelo demônio e deu-me a chance de res-
gate! Deu-me essa chance aqui, de posse das minhas faculdades inte-
lectuais e morais; da minha índole, da minha vontade, tudo enfim. O
animal não conseguiu comer de mim, a minha própria alma. Colocar
para você minha teoria e tese de vida. A raiz do citado louco não está
na precisão das internações e dos remédios. A raiz do citado louco está
na falta de estruturação interior. A raiz do citado louco está na falta de
Deus. Na falta do Amor que Ele como Pai Amoroso e Misericordioso
pode dar a qualquer ser humano. A raiz do dito louco está na total lacu-
na, no total vazio de conteúdo sólido; este alimento sólido dá o alimento
espiritual divino; ajuda a situar a pessoa nesse mundo que é constituído
por Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo, mas o demônio tam-
bém adentrou e perturba a todos. Enquanto buscam as respostas bem
longe de si, tão distante, no mundo da lua, e diria melhor no mundo
moderno, da era digital, deixam de buscar sua estrela pessoal. Buscam
as inovações da tecnologia, modernismos, máquinas aprimoradas,
compreendendo matematicamente a ciência do cálculo, entretanto mui-
tas pessoas não sabem de si mesmas.
Sei que para mim, para os meus nada será em vão! Nada! Porque
acredito na vida eterna. Imagino uma morte de todos os meus muito
amados, mas uma morte agora, marcada com o sinal da cruz em nos-
sas testas. Porque eu Creio!
“Creio em Deus Pai, Todo Poderoso; Criador do céu e da terra; e
em Jesus Cristo, Seu Único Filho, Nosso Senhor; que foi concebido pe-
209
lo poder do Espírito Santo; nasceu da Virgem Maria; padeceu sob Pôn-
cio Pilatos; foi crucificado, morto e sepultado; ressuscitou ao terceiro
dia; subiu aos Céus e está sentado à direita de Deus Pai Todo Podero-
so donde há de vir e julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito San-
to, na Santa Igreja Católica; na remissão dos pecados; na ressurreição
da carne; na vida eterna, amém! Creio principalmente no Tempo da mi-
nha amada irmã, sofrida em mais de seus 40 anos de vida na tristeza,
na penúria; esse Tempo o demônio roubou-lhe aqui na Terra, Deus com
Seu poder infinito vai restituir a ela naquilo que foi tomado e perdido.
Ele é o Criador de tudo! E Deus é Misericordioso. Com Seu poder infini-
to dará um corpo glorificado na outra vida, a vida eterna. Um corpo no-
vo no lugar daquele que foi voltado para um mal existencial sem igual.
Porque ela teve quem a amasse. Ela teve quem rezasse por ela, quem
pensasse por ela nas missas, nos livros de intenções das missas, o seu
nome ali colocado. Ela teve quem sofresse por ela, quem pedisse ajuda
por ela. Nos últimos dias, o sim foi dado a Jesus Cristo. Como filósofa,
vou além; como filósofa, senti a mão de Deus na hora de sua morte
com a pessoa de fé ao seu lado, graças a Deus. Como filósofa, aprendi
com meu espelho negativo. Compreendi, no Tempo, não fora negativo,
porque no sofrimento, na observação e sensibilidade aprendi a não co-
meter os mesmos pecados; tornou-se assim um bem! Eu reverti o qua-
dro de horror. Espero para todos nós podermos viver juntos na eterni-
dade, numa vida muito, muito linda! Creio na vida outra, como algo ini-
gualável! Repare você, numa mais bela paisagem, lugar aqui nesta Ter-
ra dos viventes, você tenha visto e ficou extasiada. Pois bem, multipli-
que isso por três! Ou mais ainda... Acredito levado ao infinito. Se você,
aqui nesta Terra acha tudo tão lindo e aqui é o lugar em da ação do
demônio, possui sua ação maléfica, coloque sua imaginação em ação
na pureza divina, no infinito e você perceberá o quão, mas o quão be-
líssimo será o lugar que o espera! Vale a pena lutar na esperança, no
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amor e na fé! Ou seja, se aqui você se extasia por coisas realizadas
pelas mãos humanas, das arquiteturas, as obras faraônicas, as belezas
que você pode conceber, imagine então Deus, com Seu poder. Mas
veja não adianta querer morrer tirando sua vida antes, pois não haverá
merecimento em ir para lá. Sim, digo isso, pois há pessoas se enfra-
quecendo tanto em viver nessa vida e buscam acabar com ela pen-
sando em se safar e ir para a outra melhor. Parecem as borboletas. São
tão frágeis interiormente... Por favor, busquem as poesias da vida. Bus-
quem as belezas da natureza. Busquem a qualidade de vida em Deus.
Nunca haverá outra vida melhor para quem tira a sua vida. Nunca! A
vida é um dom de Deus! É uma dádiva! A vida é uma só! Está na Bíblia!
Nunca um ser humano deve tirar sua vida, nunca! Isso deixa marcas
profundas em quem fica. E para quem for desse jeito, somente Deus
saberá como julgar; a pessoa nega o seu próprio dom de vida agracia-
do pelo próprio Deus Pai. A vida é um presente recebido de Deus para
vivermos com Ele; N’Ele nos refugiamos, lendo a Sua Palavra, nosso
fortalecimento, nossa orientação de vida, dando-nos conteúdos sólidos
para enfrentar essa mesma vida dignamente; e quando morremos her-
damos esse reino eterno, belíssimo, de Paz! Minha irmã não teve esse
conteúdo sólido em Deus; era muito frágil para a vida, sem conheci-
mentos significativos e havia muita ação dos espíritos malignos. Se
homens comuns se dizem inteligentes fazem suas obras maravilhosas,
o que dizer das Obras de Deus Pai no outro lado desta face da Terra e
espera as pessoas de boa vontade? Quer saber o que penso? Que a
grande inveja do demônio, o plagiador, é saber que Deus Criador do
Céu e da Terra prepara para cada pessoa, merecedores do Seu Reino,
um lugar no qual o animal desejaria destituir da face da Terra e implan-
tar somente um reino de perdição, de doenças, de mortes. Atenção,
pois é aqui onde tudo começa. Por isso o nosso empenho deve ser
grandioso para a busca da salvação de nossas almas. E alma não é
211
esse cuidado todo com o superficial, com a aparência, com a estética,
com a busca desenfreada pelo dinheiro, para ter bens materiais e suprir
suas comodidades, seus prazeres, status, poder, prestígio e tantas vai-
dades mais temos em nosso interior, como pessoas, como humanos.
Devemos ter o Conhecimento para buscar o equilíbrio interior. Aprender
a ter humildade se faz necessário; os soberbos, tantos degraus das es-
cadas subirão e acabarão por levar uma queda, nada sobrará. Infeliz-
mente por opção, por escolha, pelo livre arbítrio muitos estão optando
pelo deus dinheiro. Em nome do dinheiro e de tudo o que o dinheiro
pode trazer para esses homens, empregam o uso da razão mais do
que o coração e isso está empobrecendo a vida da Humanidade. O di-
nheiro está sugando a sua energia. Está acabando com o Sol! Em no-
me de Deus Amoroso e Misericordioso, proclamo: um basta à ganância!
A esse sentimento vil da concorrência, da comparação! Busquemos o
mergulho no nosso oceano interior e busquemos a nossa pérola. Dentro
de nós acharemos o tesouro e jamais fora de nós. O mundo será muito
mais rico quando cada um de nós fizer a sua parte. A sua parte é bus-
car dentro de si mesmo a sua própria resposta do que fazer para fora
de si mesmo; é perceber a importância por ser único; em qualquer pe-
daço de chão vivido, ali terá o que fazer e ser para si mesmo ou para
outro precisando do auxílio. Procurar a sua essência e não querer ser o
que o outro é, pois o contrário disso é a perfeita imperfeição de um ser!
Infelizmente, parece há pessoas teimando por serem cópias de outras.
Isso fica bem para alguns animaizinhos, mas para seres humanos?
Deus colocara realmente o homem certo, especial em minha vida.
Notava a presença de Deus comigo. Tanto Deus quanto meu amigo-
amor passava para mim estava marcando um Novo Tempo, não so-
mente para mim, mas para muitas pessoas estigmatizadas como loucas
poderem sair de suas gaiolas. Os rótulos marcam deixam feridas aber-
tas profundas invisíveis internas e espalham seu mau cheiro a muitos, a
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ponto de poucos desejarem ficar ao lado de uma pessoa com tais mar-
cas; a psiquiatria teima em deixar na Humanidade. Depois de recebido
o rótulo, nunca mais na família ou na sociedade poderão erguer o rosto
e ser gente! Muito difícil! Não impossível! O meu Tempo foi o Tempo de
Deus no qual pude me desvencilhar da armadilha, das ciladas do de-
mônio; tentar avisar com esse humilde livro está “rasgando minhas ves-
tes e abrindo meu coração” neste ano da fé, para você acompanhante.
Dizer da importância de Deus, Jesus Cristo e Nossa Senhora; eles são
imprescindíveis para um viver salutar, para uma alma se proteger do
Mal. E assim, com toda a Verdade, o Conhecimento provindo de Deus,
somando-se àquele homem especial com sua Filosofia Clínica, em es-
petacular mensagem no Tempo de agrura no qual estava vivendo; já
ponderava em Deus e no adversário de Deus, como Nossa Senhora
estava falando em Seu Livro, muitos acontecimentos. Aquele lugar on-
de nos conhecemos passou a ser um lugar sagrado para mim. Ainda
hoje, passamos por aquele local, pois é caminho de casa. Na ponta da-
quela torre, há um relógio marcando o tempo e sempre permanece
marcando com exatidão as horas e minutos; o relógio, impecavelmente
iluminado. Acima do relógio, está uma linda imagem de Nossa Senhora
da Imaculada Conceição. Ela, sem dúvida, deve ficar em evidência,
iluminada; e suas 12 estrelas que circundam Sua cabeça, coroada com
luzes.
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216
Capítulo II
Parte 10
“Olhar Somente a Ti
Olhar somente a ti, Senhor, olhar somente a ti,
Senhor, olhar somente a ti, Senhor, e não olhar atrás.
Seguir teu caminhar, Senhor, seguir sem vacilar, Senhor.
Prostrar-me em teu altar, Senhor, e não olhar atrás.
Seguir somente a Ti, Senhor... (3x)
Amar somente a Ti, Senhor...” (3x)
Duas Alunas
Os entraves, os obstáculos, para quem possui um coração para
amar e perdoar, para quem sentem em sua volta, os problemas exis-
tenciais e espirituais, maléficos, continuava; a aproximação de Deus em
mim me fortalecia para o que ainda viria. Continuava lecionando o En-
sino Religioso Escolar. Houve, em 1997, algo do qual me marcara pro-
fundamente, além das outras tantas situações da vida. Foi então cons-
tatado na Leitura da Vida (assim eu chamo o Tempo vivido através das
minhas observações, meus sofrimentos em Deus e no demônio). Jesus
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Cristo morrera por mim. Senão Ele, eu morreria de desgosto; perderia
minha dignidade, minha própria pessoa; já não saberia quem eu era.
Depois de rezar tanto e não raro chorando com a Bíblia nas mãos, cla-
mava o salmo 7: Apelo à Justiça de Deus. Vale a pena você pegar a
sua Bíblia e ler o Salmo 7. Deus Amoroso e Misericordioso se mostrara
mais uma vez, quando duas das minhas alunas de uma das oitavas sé-
ries chegara até a biblioteca, lugar escolhido por mim para ficar; meu
refúgio de sofrimento, em meio aos meus amigos livros. Elas entraram
na biblioteca e aproximando-se de mim mostraram-me uma carta, um
abaixo-assinado, colhendo assinaturas dos vários alunos para eu voltar
a dar aulas de Ensino Religioso Escolar para eles. Era uma coleta de
assinaturas dos alunos; desejavam que voltasse a dar aulas de Ensino
Religioso e continha na carta o seguinte cabeçalho: “Queremos Justi-
ça!”. Coleta de assinaturas de todos os alunos das doze turmas. Estava
obtendo de Deus mais uma resposta: Ele estava comigo! Quando as
meninas chegaram até mim, estava sentada, minha mesinha à frente na
biblioteca e ao mostrarem-me as folhas do abaixo-assinado e traziam
como cabeçalho a frase: “Queremos Justiça!”, senti Deus ouvindo as
minhas preces. Fiquei muito emocionada. Muito! Pois toda a caminhada
era realizada só. Era eu e meu Deus. Ninguém conseguiria compreen-
der a dimensão do meu sofrimento por passar por aquilo. Senti Deus;
Ele estava comigo. Ouvira o meu pedido e por intermédio daquelas
adolescentes, por meio do Amor, houve, sim, uma correspondência de
Verdade e a Justiça pedida. A palavra Justiça lida naquelas folhas vinha
em consonância com o clamado no Salmo 7. Apelo para a Justiça de
Deus. As adolescentes não estavam sabendo do motivo porque fora
afastada das 12 turmas, mas aquela frase brotou da alma pura delas:
“Queremos Justiça!”. E o Amor venceu na Maldita Mentira que quisera
me perseguir, como fizera na vida de minha mãe terrena; e diria perse-
guição em minha família. O Amor vingou naquele lugar considerado tão
218
árido da Verdade e do Amor por parte de certas pessoas e seus julga-
mentos. Retornei para minhas aulas de Ensino Religioso Escolar. Na
próxima parte, explico o motivo gerado do meu afastamento das 12
turmas de Ensino Religioso Escolar. Enfrentando esse sofrimento todo,
estava alicerçada com Deus, Sua Palavra e tudo o mais através das
Graças obtidas de Deus Amoroso e Misericordioso. Já tinha o Conhe-
cimento; não era a pessoa do passado: uma peninha solta ao vento! Há
uma grande diferença, aliás, imensa, quando se está alicerçada com
Deus, com Jesus Cristo na Eucaristia. Ele realmente passou a ser a
minha força e salvação e eu passei a caminhar com Maria o Rumo ao
Novo Milênio.
221
tiça, e em muitas situações pedia o Seu Olhar: o Olhar de Deus! Este
foi o tema da noite na qual ficaria encarregada na escola juntamente
com a comunidade; tanto a escola levaria seus símbolos quanto à co-
munidade, e se os tivesse poderia levar. Epístola de São Tiago 3,13-18
Evangelho: Mateus 6, 26-34. Essa foi à leitura que caiu para nós. Corri
os olhos, porque daria tudo para que fosse exatamente aquele o tema.
E assim foi. Entre tantos ali, entre tantos dados para as outras escolas,
o meu era: Justiça e Paz se abraçarão. Como fiquei feliz e fiz com que
tudo fosse bem apresentado, bem pedido, bem agradecido! Um ano
antes, em 1995, tempo ensimesmado; ainda carregando fortemente o
peso do rótulo. Tenho anexado no meu caderno universitário, de quan-
do dava minhas aulas de ERE, uma folhinha dizendo assim:
“Novena de: 26|05 a 03|06 20h” — Tema: “Divino Espírito Santo,
luz para os excluídos”. A folhinha é bem pequenina, não lembro se a
recortei ou ganhei assim mesmo, pequenina. Nesta folhinha, há uma
imagem de uma garota olhando com os braços levantados em direção à
pomba branca, Divino Espírito Santo e Dela, da pomba branca, saem
raios de luz em direção à garota. Não existiu ano no qual me senti mais
acolhida em meu sofrimento do que este: 1995! -— Eras Tu, Senhor? (a
campanha da fraternidade de 1995 tinha como lema esta expressão).
Preciso dizer a você o quanto eu me sentia a própria excluída? Eu che-
guei a pensar meu Deus, sou uma leprosa? Onde estão os meus? Nes-
se Tempo eu ficava a escrever nos cadernos universitários os meus
sofrimentos. Ficava no meu quarto. Fechava a porta e colocava para
fora tudo, tudo quanto estava sofrendo. E nessa época me senti a le-
prosa, a mal cheirosa. Até isso eu pensava, mesmo sabendo eu que
não! Obviamente tomava meu banho todos os dias, sempre gostei de
perfume, de me arrumar. Mas a miséria não passa por aí. Há miséria
pior do que isso. Há a miséria da alma, da falta de amigos confiáveis, a
falta de amor. O rótulo, o estigma da loucura pelos seus mais amados.
222
Um dia quis despachar todos os escritos contidos nos cadernos. Como
se fosse minha confissão. Lembrei-me que nada mais justo seria do
que entregar a um padre. Fui ao seminário e entreguei na portaria numa
sacola, os cadernos. Pedi e dei o nome de três padres dos quais pode-
riam ficar com o material. Também, sabendo de julho (mês do Sagrado
Coração de Jesus, mês do Perdão), passara rezar o terço todo aquele
mês. Precisava perdoar a mim mesma, pois cheguei a sentir tanto ódio,
de meio mundo, de certas pessoas, do desejo de amor e não encontrar
onde passava; por sentir tanto o problema de minha irmã amada e o
meu próprio. Enfim, tinha escolhas por fazer; seria uma pessoa amar-
ga, eterna revoltada ou aprenderia no sofrimento entregando a Deus a
Jesus Cristo e a Mãe amada as agruras da Vida. Choraria com Eles e
sobre eu mesma toda minha miséria existencial e pediria a Deus e a
Jesus Cristo, e à minha Mãezinha, ajuda Deles para sair daquela situa-
ção da qual me fazia tão infeliz, tão desgraçada. E assim fiz. E assim fui
me curando. E assim fui me limpando e fui cada vez mais me aproxi-
mando da minha família celeste. Este Tempo também pode ser consi-
derado como se do Casulo tivesse saindo, deixando minhas cascas por
aí e paulatinamente me curando existencialmente. Tinha que resolver
certas questões; somente Deus me ajudaria Jesus e minha Mãe. Mas
estava descobrindo e sentindo todos os benefícios da minha família ce-
leste. Se não tinha os meus comigo, pois também eles possuíam seus
problemas e males, assim como a minha outra irmã não tinha os próxi-
mos com ela, mas Eles estavam Se mostrando para mim. Tinha uma
porta aberta de igreja e lá meus irmãos em Cristo rezavam cada qual
carregando sua cruz. Buscando Força, buscando Luz, buscando na Eu-
caristia a Salvação e proteção espiritual para suas almas! Neste ano,
1995, o ano da Lagarta desejando com todas as minhas forças sair do
Casulo! E como Lagarta rastejante, queria sair daquela dor que, para
mim, fora pior que uma dor de parto, em busca do respiro, do ar, da
223
própria vida; uma vida digna! No caderno universitário guardado com
tanto carinho, do tempo das aulas do ERE, escrevia assim aos meus
aluninhos: A Campanha da Fraternidade de 1995 tem como lema: “Eras
Tu, Senhor?”. O Tema é: A Fraternidade e os excluídos.
Eras Tu, Senhor? Esta pergunta tirada do Evangelho de Mateus,
capítulo 25, versículos 31 a 46, nos leva a uma profunda reflexão e a
uma prática concreta se estivermos no caminho do seguimento de Je-
sus. A humanidade seria bem melhor se ao olharmos o outro víssemos
o rosto de Cristo, pois Cristo está em cada um de nós; quando menos
esperamos, Ele se faz presente. Um dia prestaremos conta do que dei-
xamos de fazer ao outro, ao nosso irmão; principalmente aos mais ne-
cessitados, aos excluídos; e o excluído pode ser qualquer um de nós.
Podemos nos sentir excluídos até na falta de um sorriso meigo ou de
um olhar amigo. Muitas e muitas vezes, isso vale muito mais, o calor
humano, o abraço forte dado de coração, do que uma esmola em di-
nheiro ou um prato de comida. Quando vemos no rosto do irmão o Cris-
to, isso é saber amar esse irmão, aceitar esse irmão, respeitar e ajudar
a ser mais.
Esse pequeno texto escrito para meus alunos dava testemunho
sobre mim. O testemunho de vida deixado sobre o remédio a conta-
gotas, os abraços autênticos e calorosos do meu amigo-especial-amor
era tudo o que mais precisava na minha vida! Encarreguei-me por fazer
tudo a contento para Deus. Nessa caminhada que Ele me oportunizara.
Lavei minha alma e fui curando-me existencialmente. Fui deixando meu
rastro de amor, de seriedade, de responsabilidade, de sofrimento, de
lágrimas, de esperança, de fé!
224
Capítulo II
Parte 11
“Salmo 22 –
Pelos Prados (Frei Fabretti, o.f.m.) (LP: Louvemos o Senhor V)
Pelos prados e campinas verdejantes eu vou.
É o Senhor que leva a descansar.
Junto às fontes de águas puras repousantes eu vou.
Minhas forças o Senhor vai animar.
Tu és, Senhor, o meu pastor, por isso nada em minha vida faltará.
Tu és, Senhor, o meu pastor, por isso nada em minha vida faltará.
Nos caminhos mais seguros junto d’Ele eu vou e
pra sempre o seu Nome eu honrarei.
Seu eu encontro mil abismos nos caminhos eu vou.
Segurança sempre tenho em suas mãos.
Ao banquete em sua casa muito alegre eu vou,
um lugar em sua mesa me preparou.
Ele unge minha fronte e me faz ser feliz e transborda
minha taça em seu Amor.
Com alegria e esperança caminhando eu vou.
225
Minha vida está sempre em suas mãos.
E na casa do Senhor eu irei habitar e este canto para sempre irei cantar.”
A Cobra
E foi assim percebi que estava participando com a Igreja e na po-
sição de professora de Ensino Religioso Escolar do Rumo ao Novo Mi-
lênio! Sim. Fui percebendo, conforme estavam surgindo assuntos religi-
osos os quais passara a abordar com meus alunos. Percebi que, para
cada ano, a Igreja Católica determinava um tema destinado para al-
guém. Assim, por exemplo, o ano de 1996 foi: Justiça e Paz se Abraça-
rão. O ano de 1997 foi o ano de Jesus Cristo. O ano de 1998 foi o ano
do Espírito Santo. O ano de 1999 foi o ano de Deus Pai! O ano de 2000
foi o ano de Maria: Mãe de Jesus, Nossa Senhora e nossa Mãe. E no
final de tudo percebi como nunca, Jesus Cristo estava comigo. Senti
que, se Cristo não tivesse morrido por mim, teria sido eu a não mais
existir como uma p-e-s-s-o-a! Nada sobraria de mim. Não saberia em
quem depositar a Verdade. E o que seria a Verdade? A que ou a quem
me segurar me apoiar nessa vida, já que me considerava num mar re-
volto em tempestade? Tentarei colocar de uma maneira, meu querido,
para que talvez possa sentir melhor o que vivi. Imagine você num gran-
de espaço vazio, um infinito, e você solto ali. Nesse espaço vazio e infi-
nito você sente energias estranhas a sua volta. Coisas estranhas acon-
tecendo. Sente situações a se formar a sua volta, sem saber de onde
vêm; quem é e o que são, pois não há forma, mas as coisas ruins se
manifestam. Nitidamente, no entanto, você se dá conta de que tem de
fazer alguma coisa. Precisa se amparar em alguma coisa; se apoiar
urgentemente, mas não entendia em quem ou em quê, pois não tinha a
quem pedir ajuda, no palpável, no concreto. Não sabia a quem pedir
ajuda. E você se sente exatamente solta no vazio, espaço infinito e sen-
tindo o estranho; sentindo forças estranhas desejando fazer-lhe mal.
226
Mas de repente você se dá conta do imenso vazio, nesse espaço infini-
to onde estava largada, alguém deixa para você, como uma tábua de
salvação. E você a ela se agarra com todas as suas forças. Somente
ela salvaria você. Somente nela você está confiando, acreditando nela
para salvar a sua vida daqueles perigos. Você sente como ameaça,
mas não compreende o que é e de onde provêm, mas sente nitidamen-
te o Mal. Foi assim, justamente assim me sentia na vida e me agarrei
com todas as dores, meus sofrimentos e lágrimas, em Deus. Eu percebi
que, no mundão, havia algo que foi deixado para nós, para nos socor-
rer: a Bíblia! Coloquei, no livro autobiográfico, um acontecimento muito
importante nesse Tempo para mim, e acredito, para nós. Foi assim que
me vi em três pessoas e falávamos com a Bíblia nas mãos. Essas duas
amigas vinham à minha casa ou íamos às casas umas das outras. Que
Tempo interessante! Algo inacreditável foi aquela nossa união. E sentí-
amos essas coisas estranhas por aqui na cidade menor. E uma vez fo-
mos de Bíblia nas mãos até um lugar chamado de “garganta do diabo”.
Ali, dizia uma das amigas em Cristo, faziam muitos rituais de umbanda.
Então, rezamos com a Bíblia. Tiramos uma passagem bíblica e sempre
Deus falava conosco. Tinha uma estrela grandinha e dourada que car-
regava comigo no peito e atirei-a nessa chamada garganta do diabo.
Queria que aquele objeto, a estrela dourada, iluminasse aquele lugar de
escuridão. Enfim, narro esse episódio para você, porque era impressio-
nante a presença de Deus que se fazia constatar de forma real em pes-
soas que surgiram em minha vida. Mais uma prova e encontro de pes-
soas na fé viva. A Bíblia passara a ser o meu Conhecimento, minha
Salvação e com o que se pode viver melhor esse mundo.
Mas qual o motivo do meu afastamento do Ensino Religioso Esco-
lar? Fiz uma observação, naquele dia, para uma de minhas alunas ado-
lescentes, da oitava série. Ela, ao chegar à sala de aula, depois que os
demais alunos já estavam em seus lugares, me chamou a atenção,
227
quando abriu a porta da sala, por um brilho em seu braço; trazia um
bracelete com motivo de cobra enroscada, de material que imitava aço
inox, algo assim, na cor prateada ou dourada, não recordo bem a cor.
Quando olhei aquilo, fiz um comentário dizendo a ela que, com tantos
motivos lindos como corações, anjos, golfinhos, qual a razão de usar
algo assim? Fiz o comentário desejando, sim, no meu coração, que ela
nunca carregasse em seu corpo aquele símbolo. A aluna sorriu para
mim, sentou-se no seu lugar. Continuei a aula. Esse fato foi aproveitado
com versão outra, por parte de algumas poucas mães que, fui informa-
da, eram de alunos que não assistiam à aula de Ensino Religioso Esco-
lar. Não sei quais mães são essas, pois nunca chegaram até mim para
conversar. Tinha que erguer a cabeça e caminhar para frente, não olhar
para trás, porque mais tarde entenderia a intenção maléfica da ação.
Escreveram uma carta dizendo que eu mandara a aluna do bracelete
pisotear a cobra todinha em pedacinhos, citando mais alguns comentá-
rios sobre mim, como logo mais veremos, e enviaram a carta para a
Delegacia de Ensino. O veneno foi solto através desta carta escrita por
aquelas mães; teve como resultado a minha convocação para ir até o
prédio da Perícia Médica Legal, onde passei por uma série de pergun-
tas feitas por um psiquiatra e uma psiquiatra, e testes psicológicos com
figuras geométricas, desenhos de bonequinhos na chuva. Olha quanto
sofrimento! Quanto! Passar por tudo aquilo, pois acredito que a inten-
ção daquelas mães seria que recebesse o diagnóstico de louca! De in-
capacitada para não dar minhas aulas de Ensino Religioso Escolar, ob-
viamente! Pensando mais tarde sobre o que passei, fui me dar conta de
que a palavra cobra, como representação da maldade, naquele bracele-
te da aluna, ficou, em realidade, constatada pela ação maléfica daque-
las pessoas. Incrivelmente, como a imagem daquela cobra no bracelete
da aluna ficou constatada na vida como sendo de fato a representação
do Mal. Tomara forma, o Mal, pela ação que aquelas poucas mães, ao
228
escrever uma carta sem eu ter conhecimento e enviar à Delegacia de
Ensino, com a intenção de minar meu trabalho com meus alunos ado-
lescentes. E a traição foi realizada. Sabia que tudo o que eu fazia era
puro amor, e ao me perceber diante daquela realidade dura, foi muito,
muito cruel. Meu mundo era outro; realmente muito outro. Falava de
Amor e elas estavam falando da Mentira e fazendo a Maldade. Por isso
o sofrimento foi muito grande! Mas, como lhe disse, o Amor venceu!
Tudo ficou esclarecido com as provas que precisei buscar e apresentar
naquele prédio sobre a minha inocência. O demônio é tão astucioso
que me fez passar por aquele prédio da Perícia Médica. Sentia a astú-
cia do animal. Já não pensava que estivesse lidando com pessoas, mas
com o Mal que envolvia tudo que me cercava e aonde esse Mal queria
me conduzir. Obviamente o Mal não se apresentava para mim caracte-
rizado, vestido de diabo, vermelho com guampas. É pior, pois se fosse
assim suas apresentações, todos saberiam que ele realmente existe e
poderíamos lutar frente a frente! Eu saberia há muito tempo e seria tudo
mais fácil. Mas o Mal é espiritual. Trabalha nas mentes e no coração de
quem não possui Deus e não suporta escutar Suas Verdades: a de
Deus! Então, maldade em certas pessoas como naquelas mães, agindo
pelas costas, à traição, enviando cartinha e falando mal de quem traba-
lhava com Amor e na Verdade, fica fácil para o animal manipular a men-
te, inspirar o que é ruim, conduzir à pessoa à prática do mal. Pessoas
pecadoras, nas quais o demônio encontra o fermento propício para atu-
ar, agem dessa maneira. Entre as provas que coletei para levar a meu
favor, uma delas consistiu em fazer duas únicas perguntas em onze das
doze turmas nas quais eu pude chegar a Tempo para fazer as pergun-
tas; a décima segunda turma ficou de fora porque não me foi permitido
entrar na sala de aula. Solicitei aos alunos para que respondessem por
escrito:
1º- O que achavam do Ensino Religioso Escolar?
229
2º - Se o Ensino Religioso Escolar estava acrescentando para su-
as vidas alguma coisa.
Olhe, eu li cada resposta dos meus adolescentes e em 99% os pa-
receres foram muito bons, o que me deixou muito satisfeita. Levei os
envelopes separados por turmas até o prédio de Perícia Médica Legal
(eles gostam muito de siglas_ PML), em envelopes amarelados, meio
alaranjados. Aquele prédio não me fazia bem. Sentia que estavam de-
sejando me levar para um lugar de abate. Tudo aquilo do qual eu esta-
va passando me fazia sofrer demais. Mas tinha Deus comigo. Sabia
agora rezar e clamar por Justiça lendo o Salmo 7. Havia uma grande
diferença na situação: sabia com quem estava lutando. Minha luta não
era com pessoas. Minha luta era com o demônio, ou seja, a nível espiri-
tual maléfico. Sabia o que Deus pensava sobre chamar alguém de lou-
co. Sabia o que dizia a Bíblia, a Palavra de Deus, em Efésios, falando
sobre “não é contra homens de carne e de sangue devemos lutar, mas
contra espíritos espalhados nos ares, são os principados e potesta-
des...” E minha caminhada era de oração, muita oração. Pedidos a
Deus... Justiça eu buscava muito. Muita Justiça! Justiça não pelo meu
sofrimento apenas. Mas para toda a minha família. Muito boas pessoas.
Muito! Mas tão ludibriadas pelo Mal, devido à completa ignorância. Le-
vados pela falta de Conhecimento da mãe que espiritualmente se en-
volveu na Mentira. E tinha completa noção que minha mãe era mulher
boníssima e, além de tudo, odiava a mentira, mas se deparava com si-
tuações que envolviam a mentira seguidamente em sua vida e faziam
com que sofresse muito. Acredito que Deus tenha visto toda essa situa-
ção e, Misericordioso, compadeceu-se de nós. Senti a inveja de certas
pessoas, senti a arrogância, senti o prazer de certas pessoas em ver o
sofrimento à queda de alguns membros da família. Sentia os olhares de
homens e suas cobiças... Sentia... Buscava Justiça por tudo. Pelas lá-
grimas encharcadas das três fraldas dos filhos_ a minha mãe contava
230
as empregadas e eu ouvia. Pelo sofrimento da minha mana amada no
seu mundo da psiquiatria, dos deboches e piadas a ela feitas; pela mor-
te da minha sobrinha no acidente e o coma da mana e mãe da criança
morta. Pelo peso do sobrenome carregado nas costas tão conhecido
dos habitantes do Tempo. Pela vaidade, pela beleza vista por fora pela
maioria das pessoas e comentadas e julgadas, mas a alma não enxer-
gada por todos. Desejava Justiça de Deus sabendo da luta. A batalha
era mais a nível espiritual. A batalha era com o diabo e sua legião de
anjos espalhados em pessoas pecadoras que só faziam julgamentos.
Cidade habitada mais por demônios do que por Deus Único da Santís-
sima Trindade. Tinha que lutar e orar muito. Estava acompanhada por
Nossa Senhora de Fátima no Conhecimento da Sua Obra. Firmava-me
na Eucaristia.
Levei como prova a meu favor o abaixo-assinado dos meus alu-
nos pedindo para que eu retornasse para as aulas. Ainda fazia terapia
com um psiquiatra levando minhas mazelas, e este deu um certificado
de que estava tudo bem comigo; e levei o papel como mais uma prova.
Nesse Tempo, tinha a amizade do meu amigo-especial. Encontrávamos
para jantar e contava a ele o que eu passava; contava, chorava e só a
sua presença na minha vida já bastava. Ele era muito tranquilo. Aliás,
transmitia segurança, paz, tranquilidade. Estava muito sofrida com mais
aquela provação. Mas como disse, tinha minha família celeste, tinha o
amigo que me escutava e que me apoiava. Levei mais uma prova a
meu favor, a cartinha assinada pela aluna do bracelete, desmentindo a
versão daquelas mães e contando a verdade do que tinha acontecido.
A própria aluna escreveu uma cartinha de punho, pois fui ao aparta-
mento dela conversar, explicar a ela o que estava acontecendo verda-
deiramente. Meus alunos adolescentes foram poupados do que eu es-
tava passando, mas para essa aluna contei a realidade, pois a usaram,
ou seja, modificaram a veracidade dos fatos. Na escola, chegaram a
231
falar comigo, sobre algumas mães não estarem contentes com minhas
aulas. Disse para a diretora e para a encarregada do Serviço de Orien-
tação Educacional que não estava entendendo o que havia feito que
desagradasse essas poucas mães. Que meu trabalho era de extremo
amor, sempre à procura de assuntos para elevar os meus alunos; para
dar dignidade a eles e disse que continuaria o meu trabalho, pois não
havia nada em minha consciência que pudesse estar desabonando tu-
do o que transmitia aos meus alunos. Contei a você cheguei a Tempo
nas onze turmas, das doze para fazer as duas perguntas sobre o que
achavam do Ensino Religioso Escolar e se estavam acrescentando algo
para suas vidas; assim disse, porque a diretora da escola que estava se
reelegendo naquele ano, estava esperando-me ao pé dos degraus das
escadas enquanto eu subia ao andar de cima para atendimento à turma
do dia. Disse-me, nestes termos:
– Fulana, você não pode colocar os pés nas salas de aulas.
Imagina você, como me senti ao escutar aquilo! Descendo a esca-
da e me aproximando dela para escutar melhor o que queria dizer. Con-
tinuou falando que havia recebido ordens da Delegacia de Ensino para
não entrar nas doze turmas para dar minhas aulas de Ensino Religioso;
aproximei-me ainda mais dela tentando entender o que estava aconte-
cendo; para mim estava tudo muito confuso. O impacto foi tão forte em
minha alma que não sabia o que dizer. Fiquei quieta escutando mais
ainda o que viria a seguir. Continuou dizendo que teria que escolher
entre três setores, em um dos quais deveria permanecer aguardando
por alguns meses. Não sabia o que deveria aguardar. Tudo tão inespe-
rado para mim. Na verdade, um verdadeiro baque! Tinha uma escolha a
fazer. Permanecer nos setores da secretaria, do SOE ou SSE, não re-
cordo bem, ou na biblioteca. Obviamente como Filósofa e tendo nos
meus livros lidos os grandes amigos, a biblioteca foi o lugar ideal para
mim. Então, no meu Tempo de reclusão do qual eu não podia por os
232
pés nas doze turmas, fiquei ali arrumando as caixas de camisas apro-
veitadas para guardar recortes, gravuras, tanto mais. Forrava-as, colo-
cando novas etiquetas nas percebidas velhinhas, pois naquela época
ainda a biblioteca não tinha computadores. Ajudava a colega da qual ali
ficava na entrega de livros e retiradas dos mesmos. Sentia algo horrível
caindo sobre mim; sentia que, ao meu redor, pessoa alguma da escola
veio conversar sobre o acontecido; então, fiquei sem saber se algumas
colegas de turno sabiam ou não da minha situação. Será que sabiam?
E se sabiam, por qual motivo não vinham se solidarizar comigo? Dizer
alguma coisa? Qualquer coisa? Sei que tínhamos nossas responsabili-
dades e que pouquíssimo tempo tinha para conversar. Somente depois
de algum tempo, conversando com uma amiga, fiquei sabendo que ela
já sabia de tudo.
Verdadeiramente?
Não tive vontade de falar com ninguém sobre o que estava pas-
sando. A dor era intensa demais e estava muito envolvida no sofrimento
como um todo. Não adiantaria nada ficar falando sobre a minha tama-
nha desgraça, a tamanha afronta, crueldade vivenciada. Recolhia-me à
única Pessoa que sabia que poderia me ajudar: Deus! Meu Deus Amo-
roso e Misericordioso. Chegava a casa e pegava a Bíblia e clamava a
Deus por Justiça! Descobri o Salmo 7, Apelo à Justiça de Deus, muito
forte, porque para pedi-lo considerei estar muito íntegra diante de meu
Deus. E assim me sentia. Sentia merecedora de possuir o direito de
pedir a Justiça de Deus; um Deus Amoroso e Misericordioso estava
concedendo uma chance para mim. Assim com a Mãe, se tivesse poder
junto a Ela, aqui nesta Terra, queria pisar, agora sim, de verdade, na
cabeça da cobra que significa a Mentira, o Perverso, a Maldade, a Cru-
eldade, a Traição que estavam fazendo contra mim e em nome de toda
Injustiça terrena; uma pessoa que trabalhava com todo o Amor e para
Deus. Foi Providência Divina eu ter pegado aquelas avaliações dos
233
meus alunos; ainda que não pudesse chegar a uma das turmas. Fui
impedida. “Não podia por os pés nas salas de aulas”. Fiz aquelas duas
perguntas básicas por escrito, aos meus alunos, movida por minha
consciência em desejar saber, afinal se realmente minhas aulas eram
ruins, não estava realmente sendo válida para a vida deles. Teria então
que reconhecer e deixar de dar as aulas sim! Mas queria saber deles,
dos alunos e não daquelas poucas mães, elas que por alguma razão
não suportavam a minha presença ou do que eu transmitia a eles; ou
ainda dos dois. Queria saber a opinião dos meus alunos e não daquelas
poucas mães que estavam até aquele momento, que eu saiba, opinan-
do por elas mesmas e não pelos demais alunos. Não foi a diretora da
escola e muito menos a pessoa encarregada do SOE que chegou para
mim, para me avisar com todas as letras, que eu poderia me defender.
Não foram estas pessoas, não. Uma querida colega e se mostrara ver-
dadeira amiga, trabalhava na escola no setor pessoal, chegou para
mim, um dia, e disse:
– Você sabe que pode recorrer? Que você pode recolher provas
de defesa?
Como agradeço à querida colega e amiga verdadeira nessa hora!
Com essa importantíssima informação recebida fez toda a diferença,
pois não sabia de nada, a não ser preparar e dar as minhas aulas; cui-
dar dos livros de chamada, manter em dia as tarefas burocráticas que
um professor precisa para seguir atento e em dia; além de tudo, ele-
mentos outros, que envolvem a profissão; e a vida, que para mim, se
mostrava sempre tão cheia de provações. Já havia passado pelo crivo
de tarefas que me mostrariam se estava ‘louca’ ou desestruturada, algo
desta natureza. Sabia o que fazer para a minha defesa. Aquela luzinha
que a colega e amiga me propiciou acender fez toda a diferença! Mas
até chegar ao prédio da perícia médica, não sabia da existência da tal
carta. Simplesmente, disseram comparecer ao prédio da Perícia Médica
234
e fui como uma ovelha vai para o matadouro. Essa sensação de chegar
num lugar como aquele e não saber a razão de estar ali é tudo de pior,
é tudo de cruel, é tudo de ruim. Tive uma amiga de infância e o pai dela
tinha matadouro. Eu via naquele Tempo os bois entrarem num lugar
estreito e de tábuas tramadas para levarem porretadas nas costas. E os
animaizinhos caiam e se ajoelhavam e voltavam a se levantar, e mais
porretadas no lombo e assim sucessivamente. Desviava o olhar. Nem
sei o fim desse horror. Essas imagens me vinham em momentos como
esse, pois outros momentos como este na vida já havia passado. Que
quando se está desejando ter paz, alguma outra coisa acontece. Era
assim. Era assim comigo e com a minha mãe, minha amada irmã e ou-
tros da família. E quanta Maldade uma pessoa, quando se torna cobra
venenosa, pode fazer com sua língua ferina e venenosa, e às vezes
várias pessoas! E quanto sofrimento eu passara. Mas o grande diferen-
cial é que estava acompanhada por Deus plenamente! Quando o psi-
quiatra me entrevistou, eu ainda não havia rezado o Pai Nosso antes de
entrar na sua sala. Foi breve a conversa e logo pediu que sentasse num
banco no corredor, seria chamada novamente. Enquanto esperava para
ser chamada novamente, sentada passava o olhar pelo corredor (esses
lugares sempre tão feios e sem cor), quieta, sozinha, ou seja, sem
companhia terrena; entretanto, me sentindo tão confiante e tão bem
acompanhada pelos da minha família celeste. Lembrei-me de rezar o
Pai Nosso imediatamente antes de ser chamada. Sempre faço a oração
do Pai Nosso sempre ao realizar algo importante. E quando saio de ca-
sa, não tenho tempo de rezar o terço pelas manhãs, rezo um Pai Nos-
so; e o terço é rezado assim que puder. Fui chamada na salinha da psi-
quiatra. A psiquiatra perguntou se eu sabia o porquê de estar ali, de ser
chamada. Disse a ela, não. Ela então perguntou se queria ouvir a leitu-
ra da carta para mim e nesse momento ficara sabendo da existência da
carta. Ao ler, fiquei boquiaberta, e a palavra melhor, para dizer, é indig-
235
nada. Fiquei, então, entendendo a razão de estar diante daquela pes-
soa de formação psiquiátrica. Contei à psiquiatra como tudo acontecera
na Verdade. Ela relatou que ali constava também que eu era muito par-
ticipativa na igreja. “Sim, eu sou”, disse a ela e contei o que fazia, por
exemplo: a igreja Matriz convida cada escola da comunidade a apre-
sentar-se para um dia da novena ao Divino Espírito Santo, juntamente
com os pais, alunos, funcionários, professores, pessoal dos setores e
direção, cuja incumbência fica pela noite da novena. Como professora
de ERE, e tendo doze turmas, todos os anos participam com os meus
alunos na noite da novena do Divino Espírito Santo, quando nossa es-
cola é convidada a participar. E, com certeza, fazia de tudo para a noite,
representada por minha escola, fosse de muita qualidade. Você, queri-
do, quer saber? Verdadeiramente? Tudo foi feito na caminhada para
Deus pedia, sim, a Ele, que vissem em mim uma pessoa “instrumento”
para Ele. Eu queria trazer para essa face da Terra demonstrações de
Deus. Nem que fosse um pouquinho. Mostrar autenticidade, seriedade,
credibilidade, a fé, o Amor, a Bondade, o sofrimento seguido de vitória!
Por que não? Seria o mínimo para o tanto que estava recebendo de
Deus. Voltando à conversa com a psiquiatra, explicava a ela que convi-
dava em cada turma alunos dos quais quisessem participar da noite em
que nossa escola se apresentaria na novena do Divino Espírito Santo.
Ensaiava números para apresentar na Ação de Graças, na noite da
nossa escola; preparava os cartazes com os desenhos das pombas
brancas com purpurina prateada, corações, as mensagens quando li-
das; enfim, sempre tinha lindas inspirações. Procurei ser objetiva ao
colocar para a médica o que fazia na igreja e ela pareceu entender. Saí
da sala dessa psiquiatra e fui passar pela etapa dos desenhos: bone-
quinhos, alguns na chuva, e figurinhas geométricas. A conversação en-
tre medicina ou psiquiatria e religião, ou seja, ciência e religião desde
os primórdios têm seus embates. Linguagem que se complica, diria eu,
236
pelo racional, pela busca das explicações via cérebro, estudos intensos
acabam por esquecer outras dimensões importantíssimas num ser hu-
mano. Esquecem-se da via sentimentos, via amor, via coração. Esque-
cem-se da dimensão espiritual divina fornecendo maior qualidade para
a alma, pois é daí que brotam os dons divinos para o emprego nesta
face da Terra no que beneficiaria imensamente todos os médicos e
curas de males. Muitos desses médicos estão distantes de Deus. Isso
gera um empobrecimento neles e riqueza do lado do demônio, conse-
guindo penetrar cada vez mais nos males trazendo a morte. Com vitó-
ria, retornei para as minhas turmas de Ensino Religioso Escolar; na
graça de Deus, eu pude continuar o meu trabalho. Em 1998, ano do
Espírito Santo, eu voltava a atuar dignamente na minha profissão. Par-
ticipei junto com os meus alunos, aqueles que se dispunha de coração
a participar da noite da novena ao Divino Espírito Santo, a seguir em
frente, com Maria, o Rumo ao Novo Milênio. Sabia exatamente o que
fazer e como apresentar e o que pedir a Deus nas belíssimas noites de
novenas ao Divino Espírito Santo. Você não pode imaginar a devoção e
o amor com que fiz minhas entregas, meus pedidos, desejando para a
Humanidade um mundo melhor de muita justiça e paz nos meus traba-
lhos na igreja Matriz. Eu compreendia o motivo de estar ali ocupando
meu lugar no espaço; tinha consciência, tinha o Conhecimento, sabia o
que fazem de ruim nessas casinhas de umbanda, quimbanda, e ainda,
em âmbito muito maior, acontecendo com a maçonaria eclesiástica infil-
trada na Igreja Católica – conforme conta o Livro de Nossa Senhora. Eu
mesma fui submetida na umbanda por minha mãe terrena vivendo com
sua alma presa mais de 20 anos nisso. Na própria escola pública havia
colegas mulheres de maçons. Você sabe. Estamos cercadas por tudo.
E... Eu seguia o meu Deus da Bíblia Sagrada Ave- Maria. Eu sou foca-
da sim num só Deus Pai Todo Poderoso. Não me deixo levar por cren-
dices, superstições, figas ou olho grego; arruda ou espada de São Jor-
237
ge atrás na entrada das portas; não me deixo levar por horóscopos e
tanto mais do lado do demônio para enfraquecer a verdadeira Fé. Virei
às costas a tudo que é abominado por Deus Pai. A Bíblia é o meu se-
guimento; o terço ou o Santo Rosário pedido por Nossa Senhora passa-
ra a ser a minha procura. Muitas orações feitas. Eu passara a aproveitar
cada oportunidade que Deus me dava. Queria ocupar o meu lugar no
espaço sabendo exatamente o que Deus desejava que fizesse, não
contra pessoas, mas contra o Mal em si, contra Satanás, lembrando as
mensagens de Nossa Senhora e desejando um mundo então mais
cheio de pessoas humanas, transparentes, autênticas no amor. Um
mundo mais humano e pessoas transparentes.
Que novenas lindas, do Divino Espírito Santo, a Igreja fazia nessa
época em minha cidadezinha! Belíssimas! A Igreja completamente
cheia e a entrada com fileiras de pessoas com as bandeiras do Divino
Espírito Santo. Nessa ocasião lembrava-me da minha mãe. Naquela
época era de praxe alguma pessoa levar até as casas a bandeira do
Divino Espírito Santo. Era perceptível no rosto da minha mãe, a alegria,
a satisfação em receber a bandeira linda com o desenho da pomba do
Espírito Santo com bordados de lantejoulas brilhantes. Você deve pen-
sar, mas se ela era umbandista... Sim, a mãe era assim. Ela não distin-
guia a umbanda como Mal, coitada! Para ela, era uma religião que tinha
para pedir ajuda! Ela amava a Igreja Católica, mas coisas negativas
fizeram com que procurasse outros caminhos e neles não percebia que
não encontraria salvação. Com que tamanha fé minha mãe caminhava
pela nossa casa grande empunhando a bandeira nas mãos e passava
com ela em cada quarto, em cada peça da casa. Quanta fé e seriedade
ela utilizava naquele rito Católico. Percebia seus lábios se movimenta-
rem e pequenos sons saindo deles. Ela rezava! E em nós, quem esti-
vesse perto dela, cobria nossa cabeça com a bandeira do Divino Espíri-
to Santo. Recordo de beijar o desenho em relevo da pomba. Minha
238
mãe, se pudesse, estaria naquela Igreja Católica, mas seu constrangi-
mento num contexto em que a vida a colocou à margem da sociedade,
o Mal existente através dos pecados de muitas pessoas, e inclusive dos
pecados não confessados da própria mãe, fizeram com que se retraísse
e caísse numa armadilha. Mas com muita satisfação, respeito e serie-
dade a mãe recebia a bandeira do Divino Espírito Santo em nossa ca-
sa. Realmente, até aquele momento, como professora de ERE, me sen-
tia digna, me sentia feliz, me sentia merecedora do lugar que ocupava.
Estava no lugar certo, representando exatamente o que tinha que re-
presentar e fazer ali, naquela Igreja, aproveitando a oportunidade que
Deus estava me proporcionando em nome do Amor, Verdade e da Jus-
tiça. Tinha muita sede por Justiça! Muita! Por tudo que vivi, que sofri,
que presenciei, clamei, desejei, chorei pedindo Justiça. E assim que,
quase picada pela cobra, por pouco, muito pouco, não fui picada, pude
continuar ao lado dos meus adolescentes.
239
240
Capítulo II
Parte 12
“Canção do Espírito
(LP: Anuncia-me)
Busca em Jesus a plenitude do Santo Espírito e do seu amor.
Deixa que Ele te envolva em seu calor.
Deixa Jesus cuidar das coisas que atormentam teu viver,
qual luz do alto Ele virá sobre o teu ser!
Cristo, meu Cristo, vem em mim morar.
Cristo, meu Cristo, vem em mim morar.
Ó, vem cantar com alegria, encher de paz teu coração.
Ergue o braço e louva a Deus em oração,
a Ele dá tuas tristezas, desilusões e tua cruz.
Então terás a vida em nome de Jesus.”
Um Show
Pude continuar o trabalho no ano de 1998, ano do Espírito Santo,
na graça de Deus Pai. As apresentações foram belíssimas; as apresen-
241
tações na noite da novena, quando as escolas eram convidadas. Lem-
bro-me uma pessoa comentou que alguém falara na igreja que a nove-
na estava virando show; algo assim, depois da apresentação que havia
realizado. Isso foi dito em tom irônico. Achava sempre muito interessan-
te que, quando outros faziam realmente seus shows, não aparecia
quem falasse, mas se era comigo, puxa! Alguma coisa batia forte! Mas
vamos ver se lembro do show apresentado para Deus, no ano do Espí-
rito Santo? Lembro-me duma batina branca usada por mim, comprida e
sobreposta a ela um manto vermelho, mais curto do que a batina bran-
ca. Peguei de empréstimo roupas pertencentes à igreja. Não gosto de
vermelho e pouquíssimas vezes eu usei vermelho em minha vida. O
vermelho é lindo, mas nas paisagens. Até nas flores, procuro escolher
para o meu jardim os tons mais claros: cor-de-rosa, branco, azul, o lilás
das lavandas e das sálvias; o lilás dos agapanthus e o branco; e assim
por diante. Não que não as possa ter na cor vermelha; ainda assim, dou
preferência para as flores nos tons claros. Talvez, você meu acompa-
nhante, gosta do vermelho. Que bom! Isso mantém o equilíbrio! Lem-
bro-me no magistério usava uma blusa vermelha e usava uma camisa
branca; esta, com a gola cuidadosamente colocada para fora da blusa
vermelha. Usava algumas poucas vezes. Naquela noite em especial, a
noite da novena ao Divino Espírito Santo, cabendo à nossa escola
apresentar a Ação de Graças ficavam ao meu encargo as apresenta-
ções. Eu me senti muito bem dentro das cores do Espírito Santo, ver-
melho e o branco. Quis homenagear o Espírito Santo. Fiquei bem e me
senti muito bem naquela roupa longa e larga. Sim, fiz um belo texto com
as explicações dos símbolos apresentados pelos alunos, na Ação de
Graças; não recordo bem o teor. Sei que apresentei perto do altar-mor,
o altar principal. Havia um espaço muito bom e, com microfone, eu ca-
minhava um pouco e falava algo escrito por mim. Com toda certeza
com muita inspiração, muito importante! As luzes, nesse momento, de-
242
veriam ter ficado menos intensas, gostávamos de empregar esse sis-
tema para deixar mais brando o ambiente, sublime e acolhedor. Com
toda certeza devo ter colocado música ao fundo. Gostava de usar as
músicas da cantora Enya.
Verdadeiramente? O que recordo de todas as noites das novenas
em cada ano participado: o Amor! O Amor para Deus sempre! O Cami-
nhar com Nossa Senhora, acreditando em satanás, acreditando obvia-
mente no Mal, e tinha que colocar para Deus todas essas questões.
Queria se fosse a Mãe, se tivesse todo Seu poder, pisar no Mal. Pisar
naquela cobra, naquela serpente do Mal; sabia que aquilo estava fa-
zendo o Mal da minha família, da minha mãe e da Humanidade de for-
ma abrangente, já que caminhava com Nossa Senhora lendo o Seu Li-
vro do Movimento Sacerdotal Mariano. Enquanto estava naquelas noi-
tes de novenas fazendo meu trabalho, pensava na cidadezinha com
suas inúmeras pessoas cultuando falsos deuses e na quantidade de
despachos feitos nas encruzilhadas e nas ruas de maneira geral; pen-
sava seriamente nas lojas maçônicas existentes por aqui e no que Nos-
sa Senhora em âmbito muito maior estava colocando em Seu Livro so-
bre a maçonaria. Entreguei para Deus! Pensava principalmente nos
meus; alguns deles faziam parte do submundo espiritual dos falsos
deuses. Era a luta, a batalha verdadeira espiritual. Era a sede de Justi-
ça Divina por um mundo melhor! Junto com a Mãe nas mensagens do
Seu Livro. Tempo, para mim, muito difícil! Muito! Foi nessa natureza a
caminhada para o Novo Milênio com Nossa Senhora de Fátima. Se mi-
nha Mãe tinha as Mensagens para dizer em Seu Livro sobre satanás e
a maçonaria eclesiástica infiltrada na Igreja Católica e a Humanidade
presa aos pecados, ao Maléfico, também eu tinha muito a colocar em
missas, os pedidos em nome de Deus e de Nossa Senhora, somando-
se aos meus. Considerava lindo tudo que fazíamos para Deus, Jesus
Cristo e Maria. Lindo! Sem meus alunos não seria nada. Sempre batia
243
nas portas das doze turmas para convidá-los para participarem dos en-
saios, dos números para a apresentação na nossa noite de novena,
dizia: “O importante é a qualidade! Qualidade para Deus! Aqueles que
realmente desejam participar com coração e boa vontade e que real-
mente possam participar dos ensaios que serão realizados fora do ho-
rário de aula levantem as mãos!”
E nessas horas pensava naquela frase:
245
246
Capítulo II
Parte 13
“Quão Grande És Tu
(LP: Vem Louvar IV)
Senhor meu Deus, quando eu maravilhado fico a pensar nas obras de tuas
mãos. No céu azul de estrelas pontilhado, o teu poder mostrando a criação.
Então minh’alma canta a ti, Senhor: Quão grande és tu! Quão grande és tu.
Então minh’alma canta a ti, Senhor: Quão grande és tu! Quão grande és tu.
Quando a vagar nas matas e florestas o passaredo alegre ouço a cantar.
Olhando os montes, vales e campinas, em tudo vejo o teu poder sem par.
Quando eu medito em seu amor tão grande, Seu Filho dando ao mundo pra
salvar. Na cruz vertendo o seu precioso sangue,
Minh’alma pode assim purificar.
Quando enfim, Jesus vier em glória e ao lar celeste então me transportar te
adorarei, prostrado e para sempre:
quão grande és tu, meu Deus, hei de cantar.”
Um “Bom Dia”
Continuava a caminhada Rumo ao Novo Milênio com Maria. O ano
247
de 1999: o Ano de Deus Pai. Costumava visitar alguns velhinhos na
Casa São José dos Irmãos Maristas, mas quem me convidava era meu
amigo Irmão Marista e foi quem prefaciou meu livro: “Um Tempo Lagar-
ta Um Tempo Casulo Um Tempo Borboleta” e a atual obra. Não sei lhe
dizer como Deus nos aproximou. Não lembro. Mas lembro da simpatia
dele ao receber os pequeninos na escola onde meus filhos fizeram o
ensino de primeiro e segundo graus; saíram de lá quando para o ensino
superior. Creio mesmo o seu jeitinho tenha feito com que me aproxi-
masse dele, no Tempo. Às vezes, quando entrava na escola por algu-
ma razão, via aquela pessoa simpática, amável, querida a dar bom dia,
a cada pequeno que entrava no portão do pátio da escola para a entra-
da das salas de aula. Plena manhã e aquele: Bom dia! Bom dia! Bom
dia! ... O bom dia era carregado de um olhar esperto, vivaz, brilhante,
mesmo usando óculos pesados com lentes de fundo de garrafa. O bom
dia era carregado de simpatia, de doçura ao olhar cada pequenino se
dirigir para as salas de aula. Era a Pessoa Bom dia! E assim, aquele a
quem tanto admirava na sua disponibilidade, mesmo velhinho, em pas-
sar algo de bom às pessoas, às crianças, estava sempre que podia por
lá, para deixar o seu: bom dia! E passei a fazer amizade com o querido
e bondoso Irmão Bom dia ou mesmo, a minha querida Pessoa Bom dia!
O bom velhinho era extremante lúcido. Uma memória ótima! Foi profes-
sor de matemática, chegou a viajar para missões na África, em Angola,
Moçambique e passou por muitas dificuldades inerentes ao trabalho
que fazia, mas sempre com aquela disponibilidade, jovialidade de alma
que lhe é tão peculiar. Possui um histórico notável, sem dúvida! Passa-
va a procurá-lo, para conversarmos. Queria que ele soubesse no que
eu acreditava tanto. Precisava de alguém religioso para conversar meus
assuntos espirituais; afinal, como era difícil encontrar alguém no meu
contexto! E alguém confiável. Falava sobre os assuntos espirituais do
Livro de Nossa Senhora e ele me relatava outros tantos casos de pes-
248
soas que estão “conversando” também com Nossa Senhora ou com
Jesus Cristo. Uma dessas pessoas é Raymundo Lopes. Retirei de um
livreto deixado pelo meu amigo Irmão Marista para fazer a leitura o se-
guinte sobre Raymundo Lopes:
Você, meu leitor, deve se perguntar qual a razão de toda essa ex-
posição, essa caminhada das pessoas na fé, não é mesmo? Respondo
da seguinte maneira: estamos vivendo o Tempo da Misericórdia dado
por Nossa Senhora, a Mãe da Misericórdia. Há esse grande movimento
espiritual e será extremante forte em alguns anos, pela necessidade de
preparação da Humanidade na salvação de suas almas para o retorno
de Jesus Cristo. Já o Livro Azul, “Aos Sacerdotes, filhos prediletos de
Nossa Senhora” me acompanha fala claramente também da grande
tribulação e do tempo de purificação; revela com toda seriedade sobre a
questão da maçonaria infiltrada na Igreja Católica. Então, considero de
249
extrema importância preparar as pessoas para ensinar desde pequenos
a fazerem o sinal da cruz, pois estarão invocando a Santíssima Trinda-
de aqui para este Planeta Terra. Ensine-os a rezar, a cantar Mãezinha
do Céu, a rezar o Pai-Nosso e a Ave-Maria, o terço e tantas outras ora-
ções. Saber glorificar a Deus, com a oração do Glória ao Pai! Quantas
pessoas estão passando por essa vida sem rezar. Está na hora! Che-
gou a hora! Quantas crianças estão nascendo com as mãos colocadas
em cima de um Tablet ou celular etc., mas as mãos desconhecem uma
Bíblia.
Você sempre esperou uma forma de transformar o mundo? Pois é
chegada a hora e o modo de transformá-lo: através da oração, da luta
espiritual para que o Adversário sinta fraqueza e sinta de que lado você
está. Assim, ele deverá se retirar, pois não haverá como se propagar,
proliferar na santidade.
Veja o que Nossa Senhora pede a Raymundo Lopes:
252
Meu amigo confirmou minha pergunta de modo discreto, dizendo:
“- Olha, daqui enquanto rezo, escuto no silêncio da noite, que é in-
terrompido, os batuques ‘deles’, às vezes. Gosto de ter um silêncio total
para rezar”.
E assim já o vi, meu Irmão amigo mergulha nele mesmo e fica
quietinho por muito e muito tempo, em genuflexão perante o Sacrário.
Que homem de valor! Que homem de tamanha fé! Com meu amigo
amado, Irmão Marista, conversamos muito a nível espiritual. Aquele que
Deus colocou em meu caminho como para dizer assim: “Viu como não
está só? Viu como há esse ser tão especial de tamanha fé e pode assi-
nar embaixo o que pensa e o que sente? Que dá apoio a você porque
ele é um fiel amigo preparado por Mim como também Eu a fiz encontrá-
lo?”.
Pois foi passeando com meu amigo pelos corredores da Casa São
José, onde os velhinhos Maristas residem que um dia vi um quadro be-
líssimo. Chamou-me a atenção pela vivacidade e riqueza de elementos
daquele quadro: vi uma cidade desenhada. Um local cheio de casinhas
e ruas; igrejas e pessoas; cavalos, carroças, árvores etc. Achei-o visto-
so, muito lindo. Chamou-me principalmente a atenção o símbolo acima
da cidade: um triângulo claro e um olho dentro; um céu azulzinho ao
fundo e à direita um arco-íris. Uma estradinha numa montanha que so-
be até encontrar outra cidade? Não sei bem o que era, mas estava em
proximidade a um círculo branco. Que quadro lindo e cheio de simbo-
lismos! Tão lindo achei aquele quadro que dias após voltei para tirar
fotografia dele e a tenho guardado. Mexendo nas minhas gavetas, me
deparei com um caderninho, muito especial, pois ganhei do amigo-
certo-amor e nele encontrei essa fotografia do que, fiquei sabendo mais
tarde, ser O Olho de Deus! Através do caderninho antigo e da fotogra-
fia, pude então relatar para você os simbolismos; nele havia deixado
escrito sobre o ano de 1999: O Ano de Deus! Neste caderninho havia
253
deixado as seguintes palavras como registro:
254
Capítulo II
Parte 14
Um Convite
No ano 2000, voltava a trabalhar com os pequeninos. Que sauda-
de! Que saudade em ficar ao lado de quem eu depositava esperança,
naqueles pequenos, como a salvação do mundo; do acreditar naqueles
rostinhos inocentes para um futuro melhor da Humanidade. E sabia
que, se falasse de Deus para os pequenos, como seria bem aceito!
Como eles são mais próximos da família celeste do que os maiores!
255
Conserva a inocência, a pureza.
Foi então que a diretora da escola chegou para falar comigo com
relação a continuar ou não lecionando o Ensino Religioso Escolar. Não
lembro se haveria alguma questão relacionada ao dinheiro, ao receber
mais, se voltasse a dar as aulas para os pequenos. Como também não
sei se ganhava menos ao dar aulas de ERE. Meu forte nunca foi o fator
financeiro.
Minha nomeação sempre fora para Currículo por Atividades, em-
bora com um curso superior em Filosofia e uma pós-graduação em Fi-
losofia Clínica. Peguei o Ensino Religioso Escolar pela situação de re-
torno àquela escola; ficara próxima a minha residência; foi assim que a
outra diretora na época me recebeu nesses termos: dar História para
uma quinta série e no ano seguinte pegar as aulas de ERE, o que acei-
tei de coração. Sentia como Chamado naquele Tempo em que vivi tan-
tas, tantas situações, e mais próxima de Deus, podia rezar pelos da mi-
nha família e minha mãe, principalmente. Aprendia na caminhada exis-
tencial...
Agora, a atual diretora, reeleita a mesma do ano de 1997, me per-
guntava se queria continuar ou não lecionado Ensino Religioso Escolar
ou desejaria voltar a lecionar para Currículo por Atividades. Dois anos
havia do acontecido tão sofrido para mim com relação àquele episódio
da carta-mentira. Lembro-me do sentimento de boa hora com que aque-
la possibilidade chegou para mim, quando a diretora veio falar comigo
sobre o querer voltar a dar aula aos pequenos. Não fiquei triste por dei-
xar as turmas dos adolescentes, porque sabia tudo havia sido realizado
com muito afinco e muito amor. Lembro-me da sensação de liberdade,
de alívio de poder olhar para trás e dizer assim, como encontramos na
Bíblia:
261
262
Capítulo II
Parte 15
“Quando Teu Pai Revelou
(M. Waldeci; L. Navarro) (LP: Vem Louvar IV) (DDEP 0047)
Quando teu Pai revelou o segredo a Maria que,
pela força do Espírito, conceberia,
A ti, Jesus, ela não hesitou logo em responder:
faça-se em mim, pobre serva, o que a Deus aprouver!
Hoje, imitando a Maria, que é imagem da Igreja,
nossa família outra vez te recebe e deseja,
Cheia de fé, de esperança e de amor, dizer a Deus.
Eis aqui os teus servos, Senhor!
Que a graça de Deus cresça em nós sem cessar!
E de Ti, nosso pai, venha o Espírito Santo de amor,
pra gerar e formar Cristo em nós.”
Por um decreto do Pai, ela foi escolhida
para gerar-Te, ó Senhor, que és origem da vida;
Cheia do Espírito Santo no corpo e no coração,
foi quem melhor cooperou com a tua missão.
263
Na comunhão recebemos o Espírito Santo.
E vem contigo, Jesus, o teu Pai sacrossanto;
Vamos agora ajudar-te no plano da salvação:
eis aqui os teus servos, Senhor!
No coração de Maria, no olhar doce, e terno,
Sempre tiveste na vida um apoio materno.
Desde Belém, Nazaré, só viveu pra te servir;
quando morrias na cruz, tua Mãe estava ali.
Mãe amorosa da Igreja, quer ser nosso auxílio.
Reproduzir no cristão as feições de seu Filho.
Como Ela fez em Caná, nos convida a te obedecer:
eis aqui os teus servos, Senhor!”
Uma Leitura
A morte da minha sobrinha não foi considerada, por mim, como
algo natural. Você verificará a razão deste meu pensamento crítico ten-
do como base a Palavra de Deus, as minhas observações a respeito da
vida e a própria Filosofia. Somente caminhando na estrada da vida com
Deus fui ter o Conhecimento da Verdade; até então, passava por tudo
ingenuamente. Na Leitura da Vida, passara a perceber no Tempo de
Deus, certas situações catastróficas não precisariam acontecer se as
pessoas envolvidas estivessem na proteção divina, isto é, se fossem
pessoas de oração, da Eucaristia, mantendo um cuidado em Deus
Amoroso e Misericordioso com suas almas; muitas situações ruins po-
deriam ser evitadas. Pessoas envolvidas com o demônio, no mundo
dos espíritos, ou seja, que frequentam casas de umbanda, espiritismo
ou similares. A Palavra de Deus, a Bíblia, deixa-nos dito que não são
espíritos que incorporam nessas pessoas, mas anjos decaídos que se
rebelaram contra Deus, no início da Criação, e como decaídos estão
264
aqui na Terra. Estes, sim, se fazem presença nesses lugares, nessas
casas onde são invocados e como legião de demônios trabalham para
satanás, o Pai da Mentira, ardilosos, escravizam as almas que ali os
procuram considerando espíritos. Importante se faz ler a Palavra da
Verdade, a Palavra de Deus, a Bíblia, para obter o Conhecimento e sa-
ber que são anjos maus que se rebelaram contra Deus no início da Cri-
ação; expulsos do Céu estão entre nós para nos perturbar e tirar a paz
em qualquer situação, onde tiver acesso para entrar. Satanás é o mes-
mo Lúcifer que comanda a legião de anjos do Mal. Verdades naturais
assim, simples assim, há homens que as distorcem por não acreditar
nelas como Verdade; podem acreditar também, mas escondem proposi-
talmente para dar lugar ao Mal. À pureza das situações acaba no des-
crédito, com o passar da vida, do Tempo. Preferem criar outras situa-
ções que os satisfaçam mais. Vemos pessoas que, na morte de um en-
te querido, preferem acreditar que se encaminhando ao espiritismo, por
exemplo, terão a chance de falar com seu querido (a). Muitas vezes,
trata-se de questões mal resolvidas enquanto vivos, de como gostariam
de ali vivificar os seus momentos e do desejo de mudar o rumo de algo
que ficou mal resolvido. Poderiam conseguir o seu melhor numa boa
Confissão e estariam se reconciliando com Deus e Jesus Cristo, através
de um bom sacerdote perdoando neles qualquer passado triste, pois
como Jesus Cristo é Misericordioso! Como Jesus Cristo nos ama! Nada
disso precisaria se, num viver correto, num viver responsável, num viver
do aqui e agora, no perdão, no reconhecimento humilde de um ser pe-
cador e, portanto, procurasse a confissão, a reconciliação com Deus,
procurasse as pessoas ainda nesta vida, enquanto pudesse: se descul-
par, amar, pedir perdão para que não sofra na hora da morte. Caminhar
a vida, enfim, na correção, no temor de Deus.
A Palavra de Deus nos ensina:
“Por que o Católico não pode ser Espírita? Cada religião possui
seus dogmas, seus artigos de fé. Se duas religiões possuíssem os
mesmos pensamentos e dogmas não seriam duas, mas apenas uma.
Por isso, uma pessoa não pode participar de duas religiões, pois não
cumprirá honestamente nem uma, nem outra.
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http://blog.cancaonova.com/felipeaquino/2014/01/06/por-que-o-catolico-nao-pode-ser-
espirita/#more-15161
266
de conter erros em questão de fé e moral.
6. O espírita declara que a Bíblia está cheia de erros e contradições e
que esta nunca foi inspirada por Deus.
7. O católico crê que Jesus enviou o Espírito Santo aos apóstolos e
seus sucessores para que pudessem transmitir fielmente a sua dou-
trina.
8. O espírita declara que os apóstolos e seus sucessores não entende-
ram os ensinamentos de Cristo e que tudo quanto transmitiram está
errado ou foi falsificado.
9. O católico crê que o papa, sucessor de São Pedro, é infalível em
questões de fé e moral. O espírita declara que os papas só espalha-
ram o erro e a incredulidade.
10. O católico crê que Jesus instituiu a Igreja para continuar a sua obra.
O espírita declara que até a vinda de Allan Kardec, a obra de Cristo
estava inutilizada e perdida.
11. O católico crê que Jesus ensinou toda a Revelação e que não há
mais nada para ser revelado. O espírita proclama que o Espiritismo é
a terceira revelação, destinada a retificar e até mesmo substituir o
Evangelho de Cristo.
12. O católico crê no mistério da Santíssima Trindade.
13. O espírita nega esse augusto mistério.
14. O católico crê que Deus é o Criador de tudo, Ser pessoal, distinto
do mundo. O espírita afirma que os homens são partículas de Deus
(verdadeiro panteísmo).
15. O católico crê que Deus criou a alma humana no momento de sua
união com o corpo. O espírita afirma que nossa alma é resultado de
lenta e longa evolução, tendo passado pelo reino mineral, vegetal e
animal.
267
16. O católico [crê] que o homem é uma composição substancial entre
corpo e alma. O espírita afirma que é composto entre perispírito e al-
ma e que o corpo é apenas um invólucro temporário, um “alambique
para purificar o espírito”.
17. O católico obedece a Deus que, sob severas penas, proibiu a evo-
cação dos mortos. O espírita faz desta evocação uma nova religião.
18. O católico crê na existência de anjos e demônios.
19. O espírita afirma que não há anjos, mas espíritos evoluídos e que
eram homens; que não há demônios, mas apenas espíritos imperfei-
tos que alcançarão a perfeição.
20. O católico crê que Jesus Cristo é verdadeiramente o Filho Unigênito
de Deus, Segunda Pessoa da Santíssima Trindade.
21. O espírita nega esta verdade fundamental da fé cristã e afirma que
Cristo era apenas um grande médium e nada mais.
22. O católico crê também que Jesus é verdadeiro homem, com corpo
real e alma humana. Grande parte dos espíritas afirma que Cristo ti-
nha apenas um corpo aparente ou fluídico.
23. O católico crê que Maria é a Mãe de Deus, Imaculada e assunta ao
céu. O espírita nega e ridiculariza todos os privilégios de Maria.
24. O católico crê que Jesus veio para nos salvar, por sua Paixão e
Morte. O espírita afirma que Jesus não é nosso Redentor, mas ape-
nas veio para ensinar algumas verdades e de modo obscuro; e que
cada pessoa precisa remir-se a si mesma.
25. O católico crê que Deus pode perdoar o pecador arrependido. O
espírita afirma que Deus não pode perdoar os pecados sem que se
proceda rigorosa expiação e reparação feita pelo próprio pecador,
sempre em novas reencarnações.
26. O católico crê nos Sete Sacramentos e na graça própria de cada
268
Sacramento. O espírita não aceita nenhum Sacramento, nem mesmo
o poder da graça santificante.
27. O católico crê que o homem vive uma só vez sobre a Terra e que
desta única existência depende a vida eterna.
28. O espírita afirma que a gente nasce, vive, morre e renasce, e pro-
gride continuamente (reencarnação).
29. O católico crê que após esta vida exista o céu e o inferno.
30. O espírita nega, pois crê em novas reencarnações.
Sobre o Purgatório:
“Existem muitas almas no Purgatório. Há ali também pessoas que
foram consagradas a Deus — também padres, alguns religiosos. Re-
zem pelas intenções deles, pelo menos o Pai-Nosso, a Ave-Maria e o
Glória ao Pai, 7 vezes cada um, e o Creio. Eu recomendo isso a vocês.
Existe um grande número de almas que permanecem no Purgatório por
longo tempo porque ninguém reza por elas.” Mediugórie, página 84.
Convertam-se Sem Demora!
“A maioria das pessoas vai para o Purgatório. Muitos vão para o
Inferno. Um pequeno número vai diretamente para o Céu.” Mediugórie,
página 88 e 89. Convertam-se Sem Demora!
Sobre o Inferno:
269
“Atualmente muitas pessoas vão para o Inferno. Deus permite que
seus filhos sofram no inferno porque eles cometeram pecados graves e
imperdoáveis. Aqueles que estão no inferno jamais terão oportunidade
de conhecer melhor lugar.” Mediugórie, página 85. Convertam-se Sem
Demora!
“As pessoas que vão para o Inferno não querem mais receber
qualquer ajuda de Deus. Elas não se arrependem nem param de se re-
voltar e de blasfemar. Elas se decidem a viver no Inferno e não pensam
em deixá-lo.” Mediugórie, página 88. Livro, Convertam-se Sem Demo-
ra!
Quem se entrega ao espiritismo acaba com um olhar espírita. Te-
nho observado algumas pessoas espíritas e me parecem que, ao cami-
nhar pela vida, deixam de ter um brilho no olhar. Existem muitos espíri-
tas, devido ao amor nutrido por por Jesus Cristo são extremamente ca-
ridosos, bondosos, fazem tudo com conformismo, pois acreditam no
sofrimento da pessoa e esta, deve sim, passar por aquele sofrimento;a
concepção de quem vive o mundo dos espíritos é da reencarnação.
Apegam-se a um Jesus Cristo sofrido, na cruz e a frase de Jesus Cristo
no qual ensina a amarmos uns aos outros. Então, pelo amor a Jesus
Cristo e a concepção de que espíritos existam realmente, os evoluídos
e os não evoluídos, assim, as pessoas, muitas delas, se deixam levar
pelo extremo amor de Cristo; por outro lado, a concepção de espíritos
prende inúmeras almas nesses lugares, pois segundo a Bíblia Católica,
as testemunhas de Jeová ou os Adventistas do Sétimo Dia ou ainda os
Evangélicos entendem espíritos como demônios. Segundo a Bíblia Sa-
grada dos cristãos com as inspirações de Deus aos profetas, Deus
abomina o espiritismo. Os espíritas seguem Allan Kardec.
O padre Paulo Ricardo, explica muito bem e possui inúmeros vídeos
tratando sobre esse assunto e você poderá acessar pela Internet. Um
desses vídeos possui o título “Demônio é um mito ou uma realidade?”.
270
Deus nos diz em Deuteronômio sobre o espiritismo:
“Adivinhação e profetismo
276
pudesse realmente acontecer. Na verdade ela não tinha consciência do
grau do Mal e não tinha consciência que ali estava o demônio. Nunca
imaginaria algo assim. Foi outra inocente sendo levada ao cativeiro ao
matadouro da Vida, considerando que ali estava o seu lenitivo de vida.
E iniciam-se assim os pedidos, as cobranças, e quando não fazem o
que eles determinam, ficam em perigo, e perigo de vida; a pessoa es-
cravizada com medo de sair desses lugares. Com o Tempo, e foi atra-
vés do Conhecimento, passei a observar certas situações que aconte-
ciam na família e também comigo. Um número razoável de membros da
minha família não procurava por Deus Verdadeiro numa missa. Não
buscavam Jesus Cristo na Eucaristia, assim como eu mesma. Isso não
fazia parte do nosso mundo e alguns buscavam seus interesses em
lugares cujo deus era outro. Poderiam pensar até em um Deus bom,
mas, na prática, a busca e as oferendas eram realizadas em nome dos
deuses dos pagãos. Havia pessoas na família que chegaram a fazer
parte de certos rituais como banhar a cabeça com sangue de cabritos.
Eu mesma cheguei a ir num lugar assim, embora não tenha participado
do ritual. Aproveitavam, após as matanças, para uma confraternização
num bom jantar com as carnes dos animais abatidos. Infelizmente, não
era num banquete eucarístico que se reuniam. A mãe, por exemplo,
deixou a cultura de que na umbanda fosse o lugar em que poderia se
recorrer como fonte de auxílio na vida. Para ela, tudo era explicado co-
mo Verdade naquele lugar onde costumava ir frequentemente. Mas a
vida foi muito pesada para parte da família. E quanto mais naquilo, tan-
to mais problemas apareciam. A Palavra de Deus é clara e Ele abomina
isso tudo. Alguns da família não frequentavam literalmente lugares de
um submundo maléfico, também não buscavam a proteção contra o
Mal. Assim eu fazia num Tempo. Não pensava em Deus como também
não recorria à Igreja, as missas. Era um nada! Uma peninha solta ao
vento! Sem defesa, sem proteção, mas totalmente no meio da situação
277
maléfica. Então, alguns passaram a possuir esse sistema de coisas
como Verdade em suas vidas. Não procuravam uma igreja católica ou
outra, mas procuravam tipos de pessoas recebedoras dos espíritos pa-
ra orientar suas vidas. Isso foi vivido por alguns de maneira muito forte!
Obviamente não somente membros da família na cidade menor se da-
vam a essas práticas. Você não faz ideia, meu leitor, a quantidade de
despachos de trabalhos feitos pelas esquinas, encruzilhadas, que são
realizados por aqui. São papéis coloridos vermelhos, pretos, brancos,
galinhas, galos mortos, pipocas, garrafas de bebidas, batata-inglesa e
tantas outras coisas que o demônio pede que assim seja feito para uma
determinada questão solicitada por alguém. Disse uma vez uma senho-
ra, que é protetora de gatos, que é a coisa mais horrível como usam
gatos e o que fazem com os coitadinhos nessas seitas. Já vi, numa en-
cruzilhada, algumas patas de cabrito. Da cidade menor à cidade maior
e vice-versa, quando viajo, e geralmente todos os dias, é impressionan-
te o número de velinhas acesas à noite no meio do gramado. E eu? A
cada coisa dessas vistas por mim, faço a invocação da Santíssima
Trindade e peço por Justiça e Misericórdia! Rezo após um Pai Nosso!
Verdadeiramente?
Está muito difícil permanecer nesta cidade. Sei que também para
onde eu fosse, veria igual. Talvez não tanto, mas também pouco e ex-
tremamente eficazes. Isso não significa dizer que, a atuação não se
realiza nas grandes cidades. Os ritos podem ser outros, mas as lojas
maçônicas, seita secreta onde somente homens entram estão espalha-
das por todos os lugares do mundo. E... Não sou eu quem revela, mas
a Mulher revestida de sol, Nossa Senhora de Fátima nos diz sobre as
missas diabólicas, satânicas, as missas negras realizadas pela maço-
naria e pela maçonaria eclesiástica. Enfim, o Espírito Maligno atua efi-
cazmente em todo o mundo.
Padre Paulo Ricardo, num dos seus vídeos, fala que, na Europa, há
278
um grande número de seitas, de satanismo. Sou eu, você, cada um de
nós que responder com o sim, poderemos fazer o mundo melhor se
queremos um mundo digno para os nossos filhos e netos. Isso diz Nos-
sa Senhora, nas palavras Dela, naturalmente. Ela está pedindo, “reze,
reze filhinhos” e o Santo Rosário para a defesa do Mal, como eficácia.
Pede pela conversão urgente! Diz a Mãe Santíssima que se rezarmos
poderemos mudar o curso das situações maléficas, pois as nossas ora-
ções no Céu, para Eles é uma resposta muito eficaz. Obviamente, as-
sim me parece, se o animal assistir muitos corações unidos no amor,
pela preservação da Criação de Deus, preocupados com seus filhinhos,
seus netos, num amanhã, imagine se nosso Pai não irá tomar todas as
medidas cabíveis para tornar em vão o que satanás está fazendo e já
está fazendo... Deus é Santo! Deus é Forte! Deus é Imortal! Ele é o Cri-
ador do Céu e da Terra.
Ainda escrevo. Ainda esta obra não está acabada. Ainda esta obra
possui vida. Então, aqui eu faço constar o que houve em uma missa na
qual fomos; pela primeira vez, fui a uma missa na Igreja Santa Cecília,
na cidade maior, 02-03-2014. Numa das leituras do profeta Isaías,
49,14-15, assim era dito:
“Disse Sião: ‘O Senhor abandonou-me, o Senhor esqueceu-se de
mim!’. Acaso pode a mulher esquecer-se do filho pequeno, a ponto de
não ter pena do fruto do seu ventre? Se ela se esquecer, eu, porém,
não me esquecerei de ti.” PALAVRA DO SENHOR.
Sei que o Mal está por tudo nas suas diferentes roupagens! Pode
não estar à mostra como aparece por aqui na cidade menor. Mas está
escuso! Está dentro de uma grande associação! Está dentro de uma
seita (silenciosa). Mas enfim, estou cansada! Estou cansada de ler a
Vida. Meu olhar é sugado para esses lixos. E quando os vejo tenho de
fazer as minhas orações e pedidos, pois tenho o Entendimento do que
é aquilo.
279
280
281
Capítulo II
Parte 16
“Deixa A Luz do Céu Entrar (LP: Louvemos o Senhor II)Tu anseias, eu bem
sei, por salvação, tens desejo de banir a escuridão.
Abre, pois, de par em par teu coração e deixa a luz do céu entrar.
Deixa a luz do céu entrar, deixa a luz do céu entrar.
Abre bem as portas do teu coração e deixa a luz do céu entrar.
Cristo, a luz do céu, em ti quer habitar, para as trevas do pecado dissipar,
Teu caminho e coração iluminar e deixa a luz do céu entrar.
Que alegria andar ao brilho dessa luz.
Vida eterna e paz no coração produz.
Oh! Aceita agora o Salvador Jesus e deixa a luz do céu entrar.”
282
quais morei; a primeira coisa feita por mim era colocar aquele quadro
na parede, pois o considerava lindo! Ele tinha uma enorme gaiola dou-
rada, com um pássaro no centro. O pássaro azul ficava no centro da
gaiola dourada. O quadro era todo bordado. Fora da gaiola, ficavam nas
quatro pontas, mais quatro pássaros azuis virados para o pássaro ao
centro. Suas asas eram levemente abertas e inclusive o pássaro preso
no centro. Havia flores bordadas também pelo quadro todo. Realmente
um trabalho lindo e recebi de uma pessoa muito querida, especial, e ela
o tinha bordado. Entretanto, o tempo passou e um dia eu estava senta-
da, no sofá, muito triste e sozinha, fiquei olhando aquele quadro e ele
se desvelara para mim com uma conotação outra. Senti uma tristeza
profunda pelo pássaro engaiolado. Como se aquele pássaro fosse eu.
“Credo!”, pensei comigo. Que ironia! Os outros pássaros livres olhando
para ele preso na gaiola. Mas que tristeza! Ou estavam ansiosos em
volta dele desejando que aquele coitado saísse? Foi então para mim
ficou insuportável continuar com aquele quadro na minha casa. Um dia,
resolvi fazer algo e sabia poderia trazer muito falatório na família, quan-
do soubessem o que fiz com o quadro. Mas não me preocupava com
isso, a vontade de agir era mais forte do que qualquer situação dessas.
E essas pessoas já não faziam parte do meu mundo. Com a separação,
todos eles partiram como digo: para o lado de lá.
Peguei o quadro lindo; o sentimento ao ver o pássaro preso na-
quele quadro passara a ser maior do que a sua beleza. Coloquei-o no
carro e fui procurar um lugar onde pudesse largar o pássaro. Queria
soltá-lo; deixá-lo livre. Fui com o carro, percorri alguns quilômetros es-
colhendo um lugar. Fui em direção leste, como se fosse para a praia. Vi
uma estradinha de chão batido e entrei. Parei o carro e desci. Havia
uma arvorezinha e para chegar até ela eu tinha passei por uma cerca
de arame farpado. Passei pela cerca carregando a tapeçaria e a Bíblia
e cheguei até a arvorezinha; abaixei-me ajoelhei-me e estendi o quadro,
283
a tapeçaria no chão embaixo da arvorezinha. Havia levado a Bíblia e
pedi a Deus a Sua Palavra. Não lembro, não anotei, mas sei que ao ler
fiquei feliz, fiquei em paz. Rezei. Lembro-me naquele momento, olhara
para o céu, pois passara sobrevoando, um helicóptero. Voltava a olhar
para a tapeçaria e pensei:
“Espero ninguém pegue este quadro, pois aquilo não desejado por
mim, não desejo para o meu outro. Que ninguém se deixe levar pela
beleza dele, porque a tristeza é maior, muito maior. Não merece pare-
de!”. Queria que o clima conspirasse para chover muito e o sol o desfi-
zesse ali mesmo. Queria soltar aquele pássaro porque eu me sentia
presa. Queria- me sentir livre. E assim nunca mais tive aquele quadro
comigo para olhar e me fazer sofrer. Queria eu fazer dele a minha ofe-
renda a Deus.
Pensava nos umbandistas quando das suas oferendas nas ruas,
nas encruzilhadas, seus papéis coloridos onde cada cor representa al-
guma “entidade”, e tanto mais fazem eles. Por que eu não poderia ofer-
tar a Deus algo que me oprimia? Para que Ele me ajudasse a ser mais
livre na caminhada da vida? Obviamente o meu amado Deus não me
pediria algo assim, mas eu quis fazer isso. Quis muito fazer para man-
dar embora todas as amarras, o passado. Foi algo importante, necessá-
rio para minha alma. E fazia parte da minha vivência naquele Tempo.
Senti-me mais leve, melhor. A vida se mostrara melhor, na labuta ao
lado do espiritual e com a Mãe. Essa foi a minha história. Tinha de vivê-
la, mesmo desejando algumas vezes não ser eu mesma. Noutra ocasi-
ão, estava disposta e fui com as crianças ao parque da Redenção na
cidade maior. Coloquei a bicicleta no carro e fomos. Lá chegando, me
lembro da felicidade, do entusiasmo, da sensação maravilhosa de liber-
dade sentida. Pegava a bicicleta e dava voltas em torno de um grande
chafariz que lá tinha. Recordo-me de estar desligado quando eu che-
guei, mas que, de repente, ele largou um jorro de água forte e as gotí-
284
culas saídas dele me tocavam. Sentia a umidade na minha pele. Como
estava feliz! Feliz pela sensação de liberdade, como se algo muito forte
que me escravizasse tivesse saído de mim. Naquele lugar, já estivera
outras vezes, quando os filhos eram pequenos brincavam no parquinho
com os carrinhos. Mas nunca tinha parado para observar as estátuas,
as imagens, o colégio, como naquele dia. Era como se tivesse vendo
tudo pela primeira vez. E com toda certeza, era mesmo, já que meu
olhar tristonho teimava em se colocar para baixo quando ali estive num
outro Tempo. Mas aquele Tempo estava mudando! Tudo estava acon-
tecendo para melhor! Cheguei a casa e aquele local, aquele nome ‘Re-
denção’, me fez querer saber o que significava. Tudo foi tão incrível, a
sensação toda de euforia, de alegria, era realmente alegria, fiquei curio-
sa para saber o significado da palavra ‘Redenção’, o nome daquele lu-
gar me levando a sentir tudo aquilo. Peguei meu dicionário velhinho e
nele dizia assim, sobre a palavra Redenção:
287
Capítulo II
Parte 17
289
tas mães ali presente, mas não para quem queria tanto ali estivesse:
minha própria mãe. Também participava dos bailados; as Irmãs da
Congregação do Coração Imaculado de Maria preparavam para as fes-
tas juninas com os ensaios feitos. Havia umas sombrinhas de papel e
eram coloridas, para outros festejos; elas se abriam em forma de favos
e fechavam com praticidade, quando queríamos. Creio serem sombri-
nhas japonesas. Também as vestimentas compridas e coloridas, lindas,
japonesas! Lembro-me da minha participação de uma peça de teatri-
nho. Tinha uma panela grande, de faz de conta, e havia outros perso-
nagens; recordo-me da personagem representada por mim; eu fora a
farinha de trigo por ter a pele branquinha e cabelos louros. Lembro-me
de outra peça de teatrinho onde a minha participação foi representando
Nossa Senhora e ficava em cima de algo (umas classes ajeitadas ou
uma toalha cobrindo), para ficar em destaque na altura. Eu permane-
cia muda, quieta, estática e a minha amiguinha nessa época, costuma-
va participar também de muitas apresentações, declamava algumas
coisas para a Nossa Senhora, a personagem representada por mim na
peça teatral.
Como nunca me considerei aluna brilhante, encontrava aí, o leniti-
vo para minha alma, pois amava participar dessa cultura das poesias,
das danças, da aulinha de violão etc.. Havia as escapadelas, na hora
do lanche, rumo à salinha onde ficavam os violões; eu e essa amigui-
nha declamadora do teatro envolvendo a Nossa Senhora e de outras
apresentações das quais fazíamos juntas íamos até a salinha para to-
car um pouco de violão e chegamos juntas a iniciar uma composição.
Gostávamos de cantar e de tocar.
Nessa idade, procurava descer às pressas até a capela desta es-
cola, onde ficava a imagem da Nossa Senhora Imaculado Coração de
Maria. Fazia isso na hora do lanche.
Às vezes, tinha minhas duas melhores amiguinhas e ficávamos
290
brevemente na capela, chegávamos até a Mãe. Por último, passara a ir
sozinha, às vezes, sempre da possibilidade, para falar com a Mãe. Essa
imagem de Nossa Senhora é linda; os olhos de Maria azuis pareciam
com os da minha mãe, também azuizinhos. Parava-me abaixo Dela e
ficava olhando-A, e parecia me olhar também. Conversava com Ela so-
bre meus medos, minhas inseguranças frente à vida. Não sabia do meu
amanhã. Sentia-me triste, infeliz com a vida; presenciava em casa bri-
gas, discórdias, a mãe batia nos meus irmãos; às vezes, e infelizmente,
estas cenas eram presenciadas por mim. Era “chamada” a presenciar
tais cenas, como quando uma esponja suga a água, ou seja, era atraída
por esses momentos. Aquelas cenas acabavam por me chamar a aten-
ção e via a mãe muito zangada. Quando ela ficava zangada, apresen-
tava uma ira dominadora. Sentia minha mãe muito pensativa, quieta,
sempre cheia de preocupações, trabalhos diários da nossa casa gran-
de... Havia um vazio dentro de mim. Não percebia ter realmente alguém
por mim, não sentia a preocupasse de alguém comigo; alguém de-
monstrando amor; mostrando do jeito que eu queria, por meio de agra-
dos, de mimos, um carinho, um sentimento para me sentir apreciada,
querida, acolhida. A vida não era feita desses agrados na família. Exis-
tiam muitas cobranças sempre, exigências...
Pedia a Nossa Senhora para Ela ser a minha Mãezinha. E foi no
Tempo; Essa Mãe me mostrara a Sua intercessão. Meu primeiro em-
prego como professora foi nessa escola. Depois larguei por ter passado
no concurso do Estado. Quando estava no meu Tempo Lagarta —
Tempo Casulo, o Livro Azul apareceu para me mostrar por que estava
eu na pior. Ou seja, vivi momentos horríveis e tive no Livro de Nossa
Senhora a confirmação de que também eu estava no meio dos espíritos
e não são espíritos, mas demônios e tinha os meus pecados para se-
rem depurados. Ela deixa bem clara a necessidade premente da purifi-
cação, oração, da reza do Santo Rosário para nos defendermos do Mal.
291
Fala sem meandros, usando o nome real do animal: satanás. Passava
a fazer a ‘Leitura da Vida’, ou seja, pensava no Todo, na minha situação
se não tivesse estudado naquela escola de freiras; se não tivesse co-
nhecido aquela Mãe ali dentro para me acolher. Percebi na presença de
Nossa Senhora a minha Grande Mãe, a Grande Intercessora! Penso
muito se não fosse por elas, as freiras da Congregação do Imaculado
Coração de Maria, sua presença na cidadezinha graças a uma pessoa
muito especial, a fundadora da congregação, Bárbara Maix, não teria
conhecido aquela Mãe. Bárbara Maix saiu de seu país, a Áustria — es-
pecificamente da cidade de Viena — para vir ao Brasil com mais 21
companheiras devido à perseguição religiosa movida pela revolução de
1848.
A imagem de Nossa Senhora esta na capa deste livro é a mesma
Mãe amada da capela da escola Stella Maris, das Irmãs da Congrega-
ção do Imaculado Coração de Maria, escola onde estudei. É a Mãe do
meu Tempo de criança e de um Tempo tardio, dos mais felizes da mi-
nha vida, pois aconteceu meu matrimônio com o homem dos meus so-
nhos; tanto amei e amo. A capa é uma homenagem a Nossa Senhora
do Imaculado Coração de Maria. Nossa Senhora foi minha Estrela guia
na vida, me deu as direções por onde caminhar. Bárbara Maix, a ela
sou eternamente agradecida, pois se não fosse Bárbara ter fundado a
congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria, não teria co-
nhecido minha Mãe. A ostra e a pérola na capa deste livro foram colo-
cadas para lembrar cada sofrimento nesta vida com Deus e em Deus,
por Deus, vale a pena ser vivido na fé. Cada pessoa pode buscar no
mais profundo do seu oceano, do seu interior, e chegar à superfície
com sua pérola nas mãos.
294
para evitar a humilhação de suas seguidoras perante a Igreja e o go-
verno Imperial. Em 1957, seus restos mortais foram transladados para
Porto Alegre onde se encontram na Capela São Rafael, no centro da
capital”. (Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre).
Certamente quando se trata de Obra para Deus, há muitos empe-
cilhos do lado do demônio para não sair. Posso sentir o quanto ela so-
freu, perseguida pelo demônio. Você reparou, na leitura, a presença
maléfica da maçonaria; aquele Espírito do Mal existente secretamente
invocado para esta face da Terra provoca traições, infidelidades, dis-
córdias, a falta de paz se apodera dos pensamentos das atitudes das
pessoas. A maçonaria sempre existiu no meio do clero e fora dele com
as lojas maçônicas. A perseguição dos bons dentro da própria igreja
sempre foi muito acirrada. Imagina trabalhar com pessoas com ideais
contrários escusos a Lei de Deus diariamente. Diria de uma relação
assim, ser insuportável!
Mas Bárbara Maix foi uma religiosa de extrema fé! Muita coragem! E
nessa fé venceu seus obstáculos e no entendimento soube perdoar.
É de Bárbara Maix a frase que me acompanha ainda hoje e me dá
muita certeza: “Deus encontrará meios e caminhos. Deixemos que Ele
trabalhe tranquilamente”.
Passara a admirar muito Bárbara Maix. Como é importante existir
pessoas que nos legam exemplos de virtude, de bondade, de perdão,
de amor, de fé e esperança, pois podemos perceber nelas os mesmos
afins e assim não nos sentimos tão sozinhos. Como é triste, como a
caminhada se torna extremamente solitária nesta vida em que alguns
devem buscar forças onde quase não existe, dependendo do lugar em
que se está inserido. Não raro, se acaba por se sentir diferente, estra-
nho inclusive dos demais; num mundo onde desejam muito que nos
tornemos cópias, os iguais! Nessa cópia, nessa massificação, nunca
poderemos nos encontrar na nossa própria essência. O demônio gosta
295
de nos ver destruídos. E assim penso em Bárbara Maix no seu Tempo.
Meu Deus! Como fazer o Bem, ser uma pioneira em alguma coisa, uma
desbravadora em um evento, em algo importante, uma idealizadora,
uma fundadora, uma construtora para Deus, se existem pessoas não
suportando ver essas ações por inúmeras razões? Bárbara Maix, veio
da Áustria, essa querida, para fazer somente o Bem, trazer o Bem com
aquele seu coração generoso; e ainda assim, já naquele Tempo, pes-
soas da maçonaria perseguiam-na. Que mulher valente! Que mulher
digna em suas virtudes! Principalmente: mulher exemplo de fé!
Quando o Tempo estava passando com relação aos meus escri-
tos, pensava na frase de Bárbara Maix sobre: “Deus encontrará meios e
caminhos. Deixemos que Ele trabalhe tranquilamente”. Pensara na ra-
zão da não venda do apartamento até o momento presente, herança do
meu pai para eu poder levar este livro até você, nas asas do amor. Já
faz um ano escrevendo e por motivos desvinculados da minha vontade,
porque tenho outras tarefas e preocupações na minha vida, o aparta-
mento não foi vendido. Quero lhe dizer da necessidade de entregar nas
mãos de Deus nossas ações nossas vontades na paciência pedida a
Ele e se for da Vontade de Deus o livro ficará pronto, no Tempo de
Deus, mesmo quando o demônio coloca sua garra para interferir. Atra-
vés da fé, do acreditar, deposito minha confiança Naquele que sabe
mais do que eu. Deus está na frente sabendo a razão disso e daquilo
acontecer.
Quando pequena, quando olhava para aquele rostinho doce da
Mãe, algo naquela imagem era completamente destoante da harmonia
existente em toda aquela beleza. E, criança, me chamava muito à aten-
ção naquela imagem tão linda havia uma cobra, uma serpente, e Nossa
Senhora prendia a cabeça dela com Seu pezinho. Também achava Seu
poder imenso, pois Ela ficava acima do globo terrestre. E Ela me pas-
sava uma Mãe forte, corajosa, com seu poder frente ao ruim, ao perver-
296
so, prendendo a cabeça daquela cobra. Nossa Senhora me transmitia
segurança. Segurança de que, para mim, existia alguém no mundo me
cuidando. Se Ela tinha aquele poder, teria para me cuidar também. É
interessante que o Amor dessa Mãe esteve gravado em meu coração.
Não precisava de muitas histórias sobre Ela, pois aqueles simbolismos
dentro do meu coração, e a imagem na mente, ficaram gravados. Estive
muitas léguas distantes Dela; meus pensamentos estiveram por outros
caminhos, num Tempo, mas meu coração conservava o amor velado,
quase perdido que assimilei Dela no Tempo. Precisava somente de um
sopro para aquele Amor da Mãe pudesse se dirigir para meu lado no-
vamente. E fico pensando que, se com 7 anos, aquele homem me con-
sagrou para os demônios, com toda certeza a Mãe também se apresen-
tou para mim, logo em seguida naquela escola de irmãs, de freiras. E a
força desse Amor, essa bondade foi maior, muito maior, vencendo o
Mal que poderia me arrastar para as trevas. Ela me acompanhou com
Seus Olhos. Ela respeitou o meu Tempo para assim eu aprender, para
assim eu me tornar mais forte perante Deus. Sei que Ela desejaria não
me ver sofrer tanto, mas Ela também não tinha como chegar a mim, se
eu estava vivendo em pecado. Estava envolvida pela fumaça do demô-
nio; uma legião deles, pois a família, grande parte dela, se deixava en-
volver por eles na ignorância. Não somente essa família; muitas pesso-
as fazem o mesmo. Políticos, sacerdotes, pessoas de todas as classes
e profissões no mundo atual.
Meu pecado foi um viver enganoso longe de Deus Pai e seu filho Je-
sus Cristo; um casamento de fachada com quem não professava os
mesmos afins; casei-me somente no civil, sem as bênçãos de Deus.
Meu pecado foi meu total afastamento de Deus, de Jesus Cristo e de
minha Mãe, e tanto mais afastada e cuidando somente da casa, filhos,
profissão, problemas, tanto mais espaço aberto fora deixado ao campo
espiritual para o demônio agir. Meu pecado foi à caminhada na vaidade
297
na qual estava sendo conduzida. Essa caminhada me tornava fria pe-
rante os outros, enxergando somente meus problemas; o consultório
em terapia no qual fiquei longos anos contribuiu extremamente para
esse quadro piorar. Ali, fechada naquelas quatro paredes de consultório
nunca encontraria Deus do qual tanto precisava. Deus se fez surgir na
Vida; o Universo teve que ser apresentado para mim para eu Os enxer-
gar; a bolha invisível furou e o ar de Deus entrou para mim.
Lembro-me da aliança de noivado; fora apresentada para aqueles
do Espiritual Maléfico num hotel, na praia, e seguraram e deram suas
falsas bênçãos. Que tristeza, quando se é uma peninha solta vazia,
sendo soprada por qualquer direção! Fui me deixando arrastar pela vai-
dade, pelas roupas bonitas de grife, quase me tornando uma mulher
não eu, minha própria essência. E na caminhada pelo maléfico, como a
Mãe poderia penetrar essa bolha invisível do Mal? Não somente o ca-
samento, mas a mãe e membros da família envolvidos nos deuses dos
pagãos? Fui me distanciando muito de Nossa Senhora; Ela ficou para
traz no meu viver. Já não pensava Nela. O demônio, realmente cega!
Começa a colocar muitas preocupações, obstáculos na vida, sentimen-
tos de vaidade, o hedonismo, as preocupações com os filhos, com as
empregadas, com o trabalho e tanto mais que a vida rasteirinha nos
proporciona, e acabamos por não ver o essencial.
298
299
Capítulo II
Parte 18
Um Tônico Insubstituível
Quem não sabe o que uma alma pode gerar dentro de si mesma?
Certamente sentimentos maravilhosos, bons, dignos... Mas como este
livro é um alerta sobre o Mal que está na Igreja Católica e na Humani-
dade e muitos não estão percebendo isso, pontuo com mais relevância:
o Mal! Quantos sentimentos de inveja, de ciúmes, de pobreza das com-
parações ( faz tantas e tantas pessoas massificadas), de cobiça, de ga-
300
nância, de poder, de vingança, de ódio, de vícios, de procura desenfre-
ada pelo dinheiro, e tanto mais?
301
prediletos de Nossa Senhora”.
Continua a Mãe:
“Critica a paixão dos jovens pelo celular, diz que a boa literatura
tem de ser legível e afirma que é preciso aprender a não fazer nada”.
Para ele, a tecnologia é sua principal inimiga. Ele continua a dizer: “os
jovens são contaminados pela imagem do mundo mostrada pelos co-
merciais, pelos canais de televisão. Mas essa imagem não combina
com o mundo real. O iPhone e similares substituíram o cigarro. Os ta-
bagistas trocaram a compulsão do cigarro pela do celular. A razão é
que as pessoas ficam nervosas quando não estão fazendo alguma coi-
sa. Aí entra o celular como o elixir para a obsessão de fazer algo. Pre-
cisamos aprender a não fazer nada”.
306
sas relações. Quem são as pessoas nos cercando em sintonia com o
Verdadeiro Deus Amoroso e Misericordioso? E ao escutar Deus perce-
ber o que Ele quer nos dizer.
Do Jornal Zero Hora, a coluna de Flávio Tavares, 02 de setembro
de 2012, retirei alguns trechos:
307
Tenho guardado até hoje no meu caderno, do Tempo das minhas
leituras em Filosofia, o seguinte, de Emmanuel Mounier, no seu livro “O
Personalismo”:
“Se cada homem não é senão o que a si próprio se faz, então não
há nem humanidade, nem história, nem comunidade.”
“Em seu caminho você só pode ser autêntico. A coisa mais difícil
no mundo é ser algo que não se é. Desviando-se de você mesmo, de-
verá chegar mais e mais perto do que você é. Descobrirá que é uma
forma fácil de ser. A coisa mais fácil de ser no mundo é ser você. O
mais difícil é ser o que os outros querem que você seja. Não deixe que
eles o coloquem na posição que desejam. Descubra “você”, quem é,
seja como é. Então, poderá viver simplesmente. Existo, sou, estou
aqui, estou começando, faço minha vida e ninguém mais a faz para
mim. Tenho que encarar minhas próprias falhas, erros e transgres-
sões”.
309
Tornar o mundo muito mais limpo espiritualmente, através do ar-
rependimento, da procura de crescimento interior. Você verá que a sua
volta, paulatinamente, tudo vai mudando para melhor, para o desenvol-
vimento, para a Vida. O que está acontecendo é justamente um cami-
nho de miséria humana se materializando nas coisas à sua volta. Há
um empobrecimento de Vida exterior, porque a Vida interior está uma
vergonha! V-E-R-G-O-N-H-A! Deixar os sentimentos bons, puros, fluí-
rem dentro de nós para então, materializar esse bom, esse puro, no
mundo exterior. Deus fornece o livre arbítrio. Minha mãe teve o livre
arbítrio, mas ela não pôde escolher algo melhor. Poderia ter escolhido
ser Evangélica ou Testemunha de Jeová, mas no seu contexto histórico
essas alternativas ela também não teve ao seu redor. O animal faz des-
sas, ou seja, o animal, “seca” limita a vida de uma pessoa para torná-la
dele e trabalhar para ele. Bendita as pessoas quando tiverem cercadas
por outras pessoas e nelas pode encontrar um sinal, algo de amor, de
bom; um gesto de caridade para tirá-la do seu mal existencial; para aju-
dá-la a ser mais e melhor para si mesma e para os demais do seu meio.
Por isso mesmo Jesus Cristo nos deixou “Amai-vos uns aos outros co-
mo Eu vos amei”.
Certa vez, ainda solteira, estava procurando alguma coisa de reli-
gião para dar aos meus aluninhos, quando a campainha da sala soou.
Ao atender, era um casal simpático de velhinhos, Testemunha de Jeo-
vá, se oferecendo para dar aulas de Bíblia gratuitamente. Aceitei. Foi
ali, pela primeira vez ficara sabendo sobre a minha mãe naquelas ses-
sões de umbanda: cultuando demônios. Eles me explicaram e mostra-
ram na Bíblia. Mas ficara esquecido no Tempo. Meses depois, eu casei
e as ocupações e situações variadas surgiram. O demônio apresenta
suas perseguições e acaba por cegar. Uma vez, criei coragem e toquei
naquele assunto, perguntando à minha mãe:
– Por que não larga esse lugar, mãe?
310
– “Quem nunca se meteu nisso que não se meta!”. Percebi na
resposta dela o medo de sair da umbanda no Tempo. Fazia tudo man-
dado pelo umbandista com o intuito de resolver as suas queixas; entre-
tanto, creio no andar da vida ela passara a perceber algumas coisas e
preferia não ter entrado naquilo. Senti que ela tinha medo! O Espírito
Maligno a escravizou! Precisamos muito neste mundo de ótimos Sacer-
dotes. Sacerdotes santos para ajudar a purificar a sociedade. Quando
penso na história de vida de minha mãe, por exemplo, e a doutrina da
Igreja Católica, ela teria que fazer renúncias, organizar de maneira ou-
tra sua vida. Fazer a renúncia de uma velha pessoa e buscar ser uma
nova mulher. Isso seria possível. Complicado e sofrido, mas possível se
tivesse Deus, Jesus Cristo como força escudo na sua vida. Entretanto,
devo respeito a sua alma única. Devo respeito às limitações humanas.
Devo respeito, pois não posso julgar. A ninguém compete julgar. “So-
mente vivendo três luas com os seus sapatos” poderíamos sentir as
suas mágoas, os seus sofrimentos, as razões das suas lágrimas... A
razão das suas escolhas... Talvez o Tempo de “três luas” seria muito
pouco.
O Mal vem muito forte, entra na vida de uma maneira rápida e forte.
Acredito também num Deus tão lindo, tão misericordioso mesmo nas
imperfeições humanas Ele atua e se faz presença quando assim O de-
sejamos. Então, vejo na minha própria pessoa um milagre de Deus.
Sim. Sinto-me milagre de Deus. Não serviria para você hoje, se não
tivesse vivido e sentido de forma tão contundente o Bem e o Mal no
meu contexto familiar.
Se não soubermos nos proteger, facilmente a casa desaba! O que
desejo finalmente dizer é não é a mãe culpada, ou outra pessoa qual-
quer de alguma coisa, mas a existência do demônio nesta face da Ter-
ra; então, procurar nos escudar contra esse Mal espiritual. Devemos
impreterivelmente desvelar o além das pessoas; onde a pessoa busca a
311
prática do Mal pelo Mal. Mesmo assim, ainda assim, a luta é pelo Mal e
não pela pessoa envolvida no Mal. Não significa aceitar tal coisa, mas
devemos, sim, compreender e nos afastar caso não esteja fazendo bem
a nós. É saber qual lugar a pessoa vai, ela frequenta espiritualmente. É
um lugar construtivo ou destrutivo de almas humanas? É cultuado o
Deus Verdadeiro, Amoroso e Misericordioso? Até que ponto a pessoa
frequentadora de um determinado lugar do Mal, onde habita o demô-
nio, está inocente pela ignorância, pela falta de Conhecimento? Ou fez
sua opção por aquilo mesmo, sabendo bem o que aquilo está lhe dan-
do? Sim, pois existem dubiedades em frequentar lugares assim; pare-
cem abrir os caminhos; mas o abrir aqueles caminhos não são os cami-
nhos de Deus Verdadeiro e Único. É essa luta espiritual antagônica o
motivo de tanta tristeza, dos horrores cometidos nesta face da Terra.
Tudo anda em contramão. Inclusive os encontros dos parceiros certos
para casamento na Verdade, no amor autêntico. Satanás deseja esses
desencontros porque conhece os pontos fracos.
Atenção: vai lhe custar muito caro o seu envolvimento em seitas!
O preço é a sua alma escravizada pelo resto da sua vida. Sempre have-
rá um pagamento a fazer e o pagamento pode ser com sua própria vida
ou de membros da sua família.
Sacerdotes são pessoas, são humanos, como você e como eu;
portanto, pecadores. Existem pessoas se dizendo fiéis e estão dentro
da igreja, mas procuram crendices das mais variadas; portanto, pecam
por serem humanos. Pessoas fazem parte do mundo, da Humanidade
não se sujeitando à Confissão ou Reconciliação com Deus. Os Sete
Sacramentos sempre estiveram na Igreja Católica esperando por nós,
como sinais do Amor de Deus por nós. Então, se pecamos, vamos nos
reconciliar com Deus; deixar o velho homem e buscar a reconciliação;
esta nos liberta do peso, da escravidão do pecado. Nossa Senhora nos
pede para ajudar os Sacerdotes, rezar por eles, pois são os aparadores
312
dos raios intensos de todos os lados jogados pelo próprio satanás, e
agora, os bons, mesmo sem querer, acabam ficando entre os que estão
desejosos da Igreja falsa e de um falso Cristo. Imagina, você, a situa-
ção desses padres queridos, bons fiéis a Nossa Senhora, como devem
estar? Como se sentem? O que fazemos nós? Vamos rezar muito. Re-
zar por eles e por nós. Executar a sugestão de Nossa Senhora de Fáti-
ma em Seu Livro. Por favor, procure adquirir o seu.
Nas Suas últimas páginas do Livro, Nossa Senhora diz assim:
“A Bíblia inteira nos foi dada por inspiração de Deus, e é útil para
nos ensinar o que é verdadeiro, e para nos fazer compreender o que
está errado em nossas vidas; ela nos endireita e nos ajuda a fazer o
que é correto. Ela é o meio que Deus utiliza para nos fazer bem prepa-
rados em todos os pontos, perfeitamente habilitados para fazer o bem a
todo mundo”. Capítulo 3, 16-17.
316
tantas e tantas congregações trabalham fielmente para esse Deus
Amoroso e Misericordioso e não é o mesmo encontrado na umbanda ou
no espiritismo ou, numa abrangência maior, como na maçonaria ecle-
siástica onde ali faz cultos satânicos e missas negras.
Uma vez, uma amiga da RCC me disse assim: “O espiritismo é
como uma fumaça que passa por debaixo da porta infestando, contami-
nando aos pouquinhos, tudo”. E assim, fui percebendo melhor o que era
aquilo.
Repetindo a Palavra de Deus, em Hebreus:
319
Capítulo II
Parte 19
“Perdão, Senhor
(K7: Agnus Dei /90)
Perdão, Senhor, tantos erros cometi. Perdão, Senhor, tantas vezes me
omiti.
Perdão, Senhor, pelos males que causei, pelas coisas que falei,
Pelo irmão que eu julguei. Perdão, Senhor, pelos males que causei,
Pelas coisas que falei, pelo irmão que eu julguei.
Piedade, Senhor, tem piedade, Senhor; meu pecado vem lavar com seu
amor.
Piedade, Senhor, tem piedade, Senhor; e liberta minha alma para o amor.
Perdão, Senhor, porque sou tão pecador.
Perdão, Senhor, sou pequeno e sem valor.
Mas mesmo assim, tu me amas.
Quero então, te entregar meu coração, suplicar o teu perdão.
Mas mesmo assim, tu me amas.
Quero então, te entregar meu coração, suplicar o teu perdão.”
320
Mulheres e Situações
Minha mãe terrena nascera em 22 de abril, dia e mês do desco-
brimento do Brasil, 22 de abril de 1923, falecera em 5 de setembro, de
2002, com 79 anos. Minha mãezinha amada me fez correr no Tempo!
Muito do passado por mim na vida foi pelo imenso amor sentido por ela.
Desde pequenina, quando a observava carregando aquelas latas pesa-
das de lavagens para alimentar os porcos e o suor do seu rosto des-
maiava no lencinho que costumava colocar preso ao pescoço. Obser-
vava a seriedade com que levava a vida e as tribulações sempre existi-
am na vida daquela mulher. Sempre a senti muito em mim. Sempre
acompanhei as expressões dela, as mágoas sentidas as suas iras por
um motivo ou outro. Às vezes, eu a via sorrir e até gargalhar de alguma
piadinha particular; ela e a tia residente conosco, naquela época, se
diziam uma para a outra, inocentes e, mesmo assim deixava-a corada.
Lembro quando ela me chamava assim: minha “fiinha”; costumava dizer
para mim nos momentos de carinho. Quando já maiorzinha, costumava
pegar colo da mãe. Sentava sobre suas pernas e ficava assim um tem-
po com ela, enquanto ela tirava um descanso e assistia um pouco de
televisão. Raros momentos juntos a minha mãe. Raros momentos, por-
que dificilmente parava para algum entretenimento. Raros momentos,
mas tão importantes para mim.
Algum tempo antes da mãe falecer, ela morava na residência de
uma de minhas irmãs, onde passou seus anos finais. Levava meu terço
para rezar junto a ela. Ela acompanhava comigo as orações. Um dia,
perguntei-lhe se gostaria de receber um sacerdote para conversar com
ele a sós, receber a comunhão. Ela aceitou e foi então que por três ve-
zes os sacerdotes estiveram com ela. Recebeu os Sacramentos da
Confissão, a Eucaristia e a Unção dos Enfermos. Enfim, quando ela
faleceu, eu ficara em paz. Sabia fora entregue ao Pai, ao Filho e ao Es-
pírito Santo: a Santíssima Trindade. Minha mãe, nos seus últimos anos
321
de vida, começara a usar cadeiras de rodas, pois havia quebrado a ba-
cia, teve derrame e tudo se complicava. Sempre foi mulher muito forte,
muito trabalhadora. Tínhamos em casa um lindo e enorme jardim com
rosas de todas as cores. Recordo quando pegava ônibus para buscar
num lugar mudas belíssimas de rosas, e trazia no ônibus as mudas. Ela
sem dúvida tinha um jardim belíssimo! Tínhamos um ótimo pomar. A
casa era enorme e um quarto para cada dois filhos. Ela trabalhava mui-
to com os afazeres de seus oito filhos e nunca soube pedir nada a nin-
guém. Por exemplo, me alcança um copo d’água, por favor? Isso não
passava por sua mente. Ela fazia aos outros. Então, ela costumava di-
zer que a doença a ensinou a ter que esperar para obter o que queria.
Tinha que ter paciência. Costumava dizer que precisara ficar numa ca-
deira de rodas para ter paz. Que situação, não é? A dor foi o caminho...
Por isso penso e desejo que muitas almas descubram o caminho do
amor para sua salvação!
Ficava feliz por saber que a mãe era tão bem amparada por uma
de minhas irmãs e pelo companheiro da minha irmã e este gostava mui-
to da mãe. Ele chamava minha mãe de “meu carinho”! Nunca escutei
do meu pai algo assim para a mãe. Ela devia gostar muito de assim ser
chamada. Que reconfortante era saber no final de sua vida teve um
ótimo atendimento aos cuidados dessa família. E eu, deixei de correr na
Vida! Para mim, não houve pérola conquistada maior do que esta: po-
der chegar até ali por mim e por ela, minha mãe tão amada. Cheguei,
eu, a Tempo de encontrar o meu Deus Amoroso e Misericordioso, fazer
meu encontro espiritual divino e poder passar para minha mãe um pou-
co da Verdade, da fé, da oração e dos sacramentos que são os sinais
de Deus aqui nesta Terra. Chegar a Tempo dela, morrer, sim, mas sa-
bendo do recebimento da Eucaristia e com o sinal da Santíssima Trin-
dade. Como se dissesse assim para Deus: - Deus, meu amado e Mise-
ricordioso deixo aos Seus cuidados! Nada mérito meu. Mas fui imbuída
322
pelo Espírito Santo na Graça dada por Deus Pai!
E a Vida continuava... Minha amada irmã falecera na data de 3 de
novembro de 2012. Estou distante cinco meses do falecimento dela,
escrevendo para você, que me acompanha. Um vazio imenso ficou em
mim, pois a vida da minha irmã amada era como um espinho cravado
no meu coração frente à impotência da psiquiatria. O total descaso falta
de importância dada às almas, como mereceriam ser tratadas por mui-
tos psiquiatras, mas não todos, graças a Deus. Eu também me senti
impotente por não ter feito mais por ela, por olhar para os anos que
passaram... Eu vivia já, um Novo Tempo! O Tempo de Deus! Com toda
certeza, ela nunca receberia o olhar, a ótica de uma pessoa como uma
doente mental. Seria ajudada de outra maneira. Seria mais amada nos
atendimentos, com olhar humano. Seria orientada de outra forma como
eu consegui sair a Tempo de Deus do meu horror. Deus me ajudou na
Sua Providência.
Meu Deus! Como desejo fazer jus por ela! Como desejo dizer para
você, meu querido, minha querida: tenha o problema existencial, sua
dor de alma, não aceite como verdade os rótulos, os nomes de doenças
que quiserem dar a você. Porque isso é o grande encarregado de fe-
char o potinho com uma eterna rolha que aprisionará você para sempre
como morta-viva! Vem acompanhado com o estigma de louco porque
frequenta um psiquiatra ou porque toma remédios. Aí, além de você
mesmo aprisionado, será desvalorizado como pessoa ao seu redor.
Não esqueça, por favor: lute meu querido, por sua alma. Deus lhe deu
uma alma e ela não é igual de pessoa outra! Você é única! Não existe
outra pessoa igual a você no mundo! Então, mais uma razão para você
não ser cópia de ninguém, não poder ser marcada como gado. Enten-
de? Procure quem o escute com amor, conte sua história existencial de
dentro para fora, porque sua história existencial nunca será igual ao da
outra pessoa. Você como partilhante para seu terapeuta, por exemplo,
323
um filósofo clínico juntos encontre ajuda para sua dor existencial. Mas
lembre-se: não coloque seu terapeuta no pedestal. Somente Deus é o
maior e melhor; somente Jesus Cristo salva uma alma. Podemos ter os
filósofos clínicos como amigos da sabedoria. Mas o alimento espiritual
você sabe qual é: Jesus Cristo é o Salvador. Essa dimensão espiritual é
fundamental para que sua vida flua melhor, porque sua alma está sen-
do salva e protegida do Mal. Como é oportuno um amigo na vida da
pessoa! Às vezes, amigos não desejam escutar suas queixas, suas
mazelas existenciais ou mesmo porque não são as pessoas indicadas
para lhe escutar. Muitas vezes, é preferível não tê-los, a falar para al-
guém algo que ainda vai lhe custar caro. O amigo da sabedoria clínico,
quando se trata de uma dor existencial, poderá ajudar. Estudou; está
preparado, assim deve ser. Lidar com uma alma humana é algo sagra-
do; assim é para mim. Conforme a situação da pessoa precisará de um
grande amigo mesmo! Um amigo íntegro, bondoso, autêntico no modo
de ser, coerente no que diz e na ação. Tudo de bom e de lindo que
Deus poderia enviar para você. Você sabe no mundo de hoje esse ser
está escasso, não é? Como sou uma mulher de visão antiga, posso di-
zer Deus me abençoou por ter encontrado esse amigo. Então, na Bíblia,
eu lia assim:
327
Capítulo II
Parte 20
Impotência | Covardia
Há muitos anos não via minha irmã amada. Enviava roupas, envi-
ava chinelos, roupas para vestir, enviava roupas de cama, cobertores, o
que podia. Mas não a procurava mais. Muita revolta, muita dor, muita
impotência sobre o caso realmente era muito sério. Sério, pelo Tempo
328
percorrido por ela nos hospitais e tão rotulada! Visitá-la para quê? Para
deixá-la emocionalmente mais abalada com a presença? Não havia in-
teresse da parte dela em mandar notícias ou estabelecer contato comi-
go. Não me chamava, não telefonava. Mas a causa última de não con-
seguir ir até ela é o não querer sofrer com ela. Não aguentava mais!
Acomodei-me para não sofrer com ela. Acovardei-me. Era fraca perante
o seu sofrimento. Entregava para Deus. Colocava o seu nome no livro
de intenções nas missas. Era o que podia fazer. Ela nunca saiu dos
meus pensamentos, da minha alma! E foi assim, depois de alguns
anos, repentinamente recebo a notícia do falecimento de minha irmã
amada. E vendo-a ali, naquele caixão, chorei muito, muito! Não um cho-
ro de desespero, mas a dor de sentir por quem se foi sem nada puder
fazer por ela, tivesse eu, feito. Levei uma foto de São José e do outro
lado da foto, Nossa Senhora para deixar no seu corpo; ela se foi com
Eles. Um dos meus terços eu coloquei também sobre suas mãos. Re-
zamos juntos: eu, seu filho e a outra pessoa acompanhante dele, uma
tia; os primeiros a estarem com ela naquele momento. Seu filho, queri-
do, inconsolável! Ele não faz ideia o quanto essa mãe o amou. Não faz
ideia, pois não foi criado por ela. Não pode devido ao mal existencial. O
que poderiam sequer imaginar as pessoas que viveram uma vida inteira
do outro lado o tudo e o todo do qual vivera a mana amada? O que se-
quer viveram os do lado de lá do passado pela família no sofrimento do
dia-a-dia? Nas internações complicadas, nos “surtos” sofridos e humi-
lhados? Na falta de dinheiro para mantê-la no dia-a-dia quando o di-
nheiro não era depositado em Banco ou quando ficava retido no Ban-
co?
Impossível! Impossível! Fiquei me questionando por que eu estava tão
triste, chorava de quando em quando por ela. Afinal ela não havia des-
cansado? Tudo estava terminado. Na confiança em Deus, eu sei que
sim. Dei-me conta de que não foram quarenta dias de sofrimento de
329
minha irmã, mas foram quarenta anos e seria natural estar me sentindo
assim; afinal, de repente, ela deixara de existir entre nós. Ela já não po-
voaria meus pensamentos. Mas percebi na vivência passada por ela, e
eu sentira em mim, foi como um espinho cravado em meu coração nes-
ses quarenta anos! O espinho cravado tinha ido, foi embora; mas o ori-
fício da dor e da ausência ficara. E assim, pedi ajuda a Jesus Misericor-
dioso. Dei-me conta da minha impotência, do desejo de querer ter feito
por ela o que não pude fazer por me considerar frágil perante ela. Fiz o
que pude dentro das minhas condições, sempre procurei ajudar. Mas
mesmo nas minhas condições de sempre, a de procurar ajudar, ficou a
lacuna do que fui: covarde em não ajudar! O espinho parecia estar ali,
mas na verdade foi a dor da falta de quem se foi; quem se foi estivera
comigo, no meu coração, nos meus pensamentos por aqueles intermi-
náveis anos e seria natural então a saída do espinho deixasse a lacuna,
um orifício aberto no meu coração.
A primeira a falecer dos oito irmãos...
Teria que dar tempo. Teria que esperar, mas mesmo assim a saí-
da de quem se foi me deixou um pesar. Um pesar de não ter feito mais
por ela. Tentei ajudar no que pude como pude, mas sei fui covarde, fui
fraca. Conformei-me — pois sabia estava cuidada por outra pessoa e
não me chamava — mesmo lembrando-a nas missas. Desejava me
sentir menos culpada. Precisava rezar!
Entendia a própria psiquiatria muito falha no tratamento da mana.
Eles mesmos nunca acertaram durante os quarenta anos, creio eu.
Nunca fiz na ponta do lápis o cálculo para saber quantos anos a minha
irmã viveu o seu sofrimento nesta face da Terra. Mais ou menos a ideia
da vinda dela para cidade menor com o filho pequeno ainda de colo. Ela
era muito jovem e belíssima. Penso e constato a relevância no dever
dos psiquiatras mudar a “Ótica” se é que, realmente desejam ajudar o
ser humano.
330
Verdadeiramente?
Que bom se muitos desses médicos se aproximassem da Filosofia
Clínica, o que tem acontecido recentemente. Aprender com ela. Saber
receber com humanidade a pessoa chegando até eles com sua dor
existencial e sem rotular ou dizer é um doente mental. Entender cada
pessoa possui um jeito único de ser em cada situação e ter problemas
(como tristezas, angústias, ansiedades) não faz de uma pessoa um ser
doente ou louco, e sim alguém que necessita de auxílio.
A pessoa fica muito fragilizada com qualquer mal existencial surgi-
do repentinamente seja ele qual for. Muitas pessoas precisam de amor,
de respeito nesses momentos. Precisam de quem lhes expliquem tam-
bém o que está acontecendo com amor, com atenção.
Se eu pudesse, se fosse um psiquiatra ou uma psiquiatra, mudaria
meu modo de visão de mundo. Deixaria de ser um ateu, como muitos
são. Deixaria de ser ciência apenas. Veria o mundo com amor, com
Deus! Seria pessoa, seria humana. Buscaria conhecer Nossa Senhora
e Jesus Cristo. Teria, então, no meu olhar, a esperança! A esperança
de possibilidades no meu outro, isto é, no chamado pelos psiquiatras de
doentes. A Filosofia Clínica chama de partilhante e o que os psiquiatras
chamam de doenças, a Filosofia chama de mal existencial.
Se eu fosse um psiquiatra ou uma psiquiatra eu teria no meu hospi-
tal uma Capela. Sim! Uma Capela. Esta Capela teria as imagens da Mãe
e de Jesus Cristo representado das duas maneiras; a primeira, Jesus na
cruz, crucificado para mostrar o sofrimento Dele e para cada um dos
sofredores encontre em Jesus o companheiro de sofrimento, porque
nessas horas, não raro, somente Jesus Cristo é o verdadeiro amigo. O
padecente não considere o sofrimento somente seu; para que não se
sinta só em sua dor, mas possui um grande amigo e este amigo pade-
ceu o Grande Sofrimento. Para quem tem dores intensas saiba este
Grande Sofrimento de Jesus Cristo foi justamente para dar Vida a quem
331
tem dor. Que o sofrido saiba foi resgatado pelo Grande Sofrimento de
Jesus Cristo, Sua Paixão Morte, ao preço do sangue de Jesus. Por isso,
dar valor à sua vida, isto é, à vida deste que sofre e diante de Jesus
despeja suas queixas, suas lágrimas, seus sofrimentos. Este é o Tempo
dado a essa criatura de amadurecimento no sofrer. Ele está nesta vida e
tem o direito de sofrer. O sofrimento não deve ser considerado uma ver-
gonha, mas motivo e Tempo de aprendizado em Deus. A coisa mais
natural nesta Terra é o sofrimento. Bendito o sofrimento se for para a
salvação das almas! O contrário é até de pensar e ver o que está acon-
tecendo, quem vive no eterno hedonismo. Porque, aqui, nesta Terra,
queiramos ou não, o Mal entrou! O próprio sofrido se vê no sofrimento
de Jesus Cristo. No mundo hedonista, da farra, dos fanfarrões, dos car-
navais e futebol e brincadeiras e mulheres bonitas e plásticas, quem so-
fre se sente só. Muitos sofridos não têm com quem partilhar suas dores
existenciais em meio a tanta alegria. Quem sofre, geralmente não possui
o amigo por perto. Mas aquele Amigo sim: Jesus Cristo é o Grande Ami-
go.
A segunda maneira pela qual esta Capela teria as imagens da
Mãe e de Jesus Cristo, trata da Verdade segundo a qual Jesus Cristo
não sofreu por sofrer... Jesus Cristo sofreu justamente para nos deixar
um legado ímpar! Outro, não existe. Por isso, N’Ele, está o Homem Sal-
vador! O Homem nos deixou a Redenção! E é aqui que entra o lado
espiritual divino de Jesus Cristo legado a nós, como força, como ali-
mento na Eucaristia! A hóstia é Ele, é Jesus Cristo presente! Quando o
sacerdote na mesa eucarística nos proporciona o Cálice com vinho, ali
está o Sangue de Jesus Cristo; e o Pão, a hóstia, ali está o Corpo de
Jesus Cristo. Lembre-se de que estamos tratando de algo espiritual di-
vino. Jesus Cristo morreu, mas Ressuscitou! É um dogma de Fé! Está
relatado na Bíblia em Atos dos Apóstolos o que Jesus pediu na Última
Ceia. Jesus Cristo não nos trouxe essa conotação de que a pessoa
332
precisa viver eternamente sofrendo. Pelo contrário! Jesus Cristo nos
trouxe tudo de bom e de lindo para as nossas vidas, pois N’Ele é que
encontramos a Vida em detrimento da Morte. Jesus Cristo veio até nós,
veio até o sofrido para nos legar a Esperança, nos dar a Vida, por isso
morreu por cada um dos sofridos. Seu sangue derramado por cada um
dos sofridos é o que faz dar Vida a eles. Por isso, os sofridos devem
saber que eles foram resgatados por um preço muito alto! Já que Jesus
Cristo morreu por eles. A valoração da pessoa em Jesus Cristo, em
Deus Amoroso e Misericordioso deve ser apresentada! O padecido, en-
tão, terá a visão do Jesus Ressuscitado! Uma imagem na Capela de
Jesus Ressuscitado, eu teria. Faria toda a diferença e Jesus Cristo com
os braços abertos. Este Jesus Cristo mostra ao sofrido Jesus sofreu, foi
o Grande Sofredor, mas Ressuscitou! Ele, Jesus Cristo, não ficou es-
tigmatizado no sofrimento, pois perpassou todo esse sofrer justamente
para N’Ele, com Ele nos resgatar, nos deixar a redenção, o perdão dos
nossos pecados, um Caminho de Verdade e Vida! Que não precisa de
forma alguma se fixar no sofrimento. Mas pode no seu Tempo sofrido,
ser resgatado ao seu céu interior de paz através deste Homem dando
Sua Vida por amor: Jesus Cristo. Por amor a todos os sofridos que
N’Ele crerem. Na mesa Eucarística, o sofrido buscará a sua redenção
interior. Sua mudança de vida, do pecador e sofredor ao novo homem
como um ressuscitado interior! Então, aqui mesmo nesta Terra esse
sofrido poderá viver com qualidade de vida. Poderá entrar para a Luz
que é o Cristo. Deverá desejar mudar, deverá fazer sua reconciliação
com Deus, sua confissão. Esse Jesus Ressuscitado é aquele se mos-
trando outro, ou seja, passou do sofrimento para mostrar a felicidade; o
legado da Redenção e dos pecados confessados pelo sofredor a busca
da Eucaristia como alimento espiritual, nessa caminhada na pessoa de
Jesus. O sofredor ou sofrido torna-se uma nova pessoa.
Há quem faça viagens enormes para evangelizar, para fazer suas
333
missões, mas não é preciso sair do lugar, muitas vezes, para se proce-
der à verdadeira evangelização. Perdão! Não é bem assim. Isso foi as-
sim para mim. Minhas viagens foram meus livros que me instruíram me
inspiraram. Sei para cada pessoa há um Tempo, caminhos a percorrer.
Muitas pessoas precisam das viagens longas para se sentir sensibiliza-
das a alcançar a fé e a paz.
Colocaria ainda na Capela uma terceira imagem: São José, o es-
poso de Maria. Mostra-se como o supremo exemplo, modelo de esposo
e pai. Ele sem dúvida estaria presente em minha Capela. Aquele ho-
mem, José de Maria, uma digna mulher almeja ter a seu lado. Homem
fiel. Homem que sabe amparar uma mulher. É amigo, é companheiro.
Não somos feitos para ser sozinhos. Precisamos do companheiro, da
companheira; do amigo, da amiga. Aquele que ajuda atravessar o de-
serto nesta vida. Cada pessoa sabe qual deserto atravessa. Enfim, o
mundo deveria ser forrado de Josés. Não somente de Josés, mas de
Marias.
Nossa Senhora Mãe, Imaculado Coração de Maria, estaria com
toda certeza na minha Capela; outra imagem para acolher como Gran-
de Mãe e Bondosa Mãe, com Seu Coração de ouro, o ouro invisível do
Amor possui por cada ser humano desta face da Terra. Nunca deixaria
de colocar a imagem de Nossa Senhora, Aquela que Abre a Porta, a
Grande Intercessora da Humanidade, Aquela que Ama o Povo, nunca
deixaria de colocar numa entrada de igreja. Nunca!
Basicamente, na Capela, teriam Eles para dar parâmetro de vida e
vida espiritual divina.
Com toda a certeza, precisamos das pessoas aqui da Terra como
do Céu. Então, teria filósofos clínicos na Humanidade legada pela Filo-
sofia Clínica, para atender as pessoas em suas dores existenciais. Te-
ria psiquiatras de bondade, com entendimento, parceria com essa nova
visão humana de olhar o meu outro. Com toda certeza teria o bom sa-
334
cerdote para acompanhar os partilhantes na Confissão e na Eucaristia
para defesa espiritual contra o Mal.
A união e força entre pessoas espirituais divinas e pessoas da
Terra, preparadas para atender a alma dessas pessoas com suas dores
existenciais, ajuda de forma maravilhosa a todas que aceitarem o que
lhes seria dado. Com Eles, o envolvimento de Amor do Pai, Filho e Es-
pírito Santo (como fermento bom) faria gradativamente sair das amarras
invisíveis do Mal; somando-se ao trabalho da equipe de doutores e mé-
dicos da Terra. Exterminaria, abolia os hospitais psiquiátricos nos mol-
des que aí se apresentam e principalmente os espíritas (com a concep-
ção de reencarnação). Para o católico, a Ressurreição é o fundamento.
Já coloquei a minha visão de um hospital de ajuda. Sempre será em
nível de Deus. Sempre! Como na Bíblia Católica Apostólica Romana,
espiritismo é abominado por Deus, não aceitaria um hospital espírita.
As pessoas, em geral, entram para um hospital psiquiátrico dificil-
mente possuirão uma nova chance na vida, nos moldes atuais. Muito
difícil um ser humano ser olhado com respeito novamente, com sua
dignidade de alma que lhe fora roubada. E isso ocorre dentro da sua
própria casa e dentro da sociedade como um todo. Só o peso da cruz
por carregarem por si próprios as suas dores existenciais é muito inten-
so. Somando-se aos rótulos, estes aniquilam de vez com esse ser hu-
mano. Muitos acabaram por se tornar zumbis. São mortos-vivos. São
entupidos de remédios. E entendendo a vida na ótica da reencarnação
vão esperar a outra vida, então, para que na outra vida obtenham a me-
lhora. Vão esperar para sempre... Que tristeza um viver sem a esperan-
ça... Sem a fé na Eucaristia, enfim, no que já vimos até aqui. A Reden-
ção! Uma reabilitação possível ainda nesta face da Terra.
Verdadeiramente?
É incabível, é inadmissível permanecermos tantos centenários
com um modo improdutivo sendo perpetuado neste tipo de tratamento
335
que a parte da psiquiatria tradicional efetua para seres humanos. Quem
é que sai ganhando com isso? Tem alguém atrás de tudo isso desejan-
do perpetuar uma coisa abominável destas? Por isso, fico pasma na
existência desses moldes. Ainda há quem se rejubile dizendo estarmos
na era de gente inteligente. Não concordo! Considero o contrário! Nun-
ca vi tantos homens no mundo da caverna! Nunca! Homens desuma-
nos! Homens sem coração ou de coração de pedra! Homens preocupa-
dos em ganhar dinheiro! Homens preocupados em construir estádios de
futebol! Homens do status! Homens do poder! Homens construtores de
máquinas! Onde está o homem que use seu cérebro e se preocupe re-
almente com o povo? Onde está o homem que use seu cérebro e invis-
ta em hospitais para os pobres? Onde está o homem que utilize seu
cérebro para pensar com Equilíbrio em todas as situações necessárias
da vida de uma cidade, de um Estado, de um País? Onde está o ho-
mem que use seu cérebro?
Não está! Não está, porque o cérebro deste homem está preocu-
pado em ganhar dinheiro. O cérebro é empregado onde haja lucro ou
interesses escusos. Não está, porque onde deveria estar o coração co-
locaram o cérebro do homem racional. Procuram-se homens com Cora-
ção!
Ou...
Como a busca é pelo Equilíbrio, procuram-se homens com Cora-
ção e Razão!
Ou...
Como dizia o filósofo matemático e físico Blaise Pascal, “que o co-
ração tenha razões que a própria razão desconhece!”.
Jesus tenha misericórdia de todos nós!
Lembrei-me de meu livrinho da Divina Misericórdia na minha gave-
ta; eu avistara há dias. Passei a rezar o terço da Divina Misericórdia e
336
fiz a Novena à Divina Misericórdia. Senti que aquele mal que estava
comigo, aquela culpa sentida, saiu de mim sobre minha impotência
também, com relação à minha amada irmã. Tenho pedido a Jesus Cris-
to a misericórdia de minha alma com relação aos médicos que estão no
mundo tratando essas almas como a da minha irmã amada, com esse
modo altivo, soberbo, autoritário, com essa arrogância, empáfia; sei não
serem todos, mas ainda uma maioria. Senti a importância, aprendi nes-
se período eu deveria continuar a vida rezando em levar almas para a
Misericórdia Divina, ao Jesus Misericordioso e assim se apresentou a
santa Faustina, pedindo que rezássemos pelas diversas almas que pre-
cisam de Misericórdia. Certamente a minha também, nesse sentimento
amargo, ainda não bem resolvido com relação a esse modo dos médi-
cos verem os que sofrem suas dores existenciais, verem como no tem-
po das cavernas. A oração me deixou perplexa com a bondade de meu
Jesus, com o exemplo de humildade de se mostrar Ele mesmo para nós
com tanto, mas tanto Amor, compreendendo nossa insignificância e nos
dando a misericórdia. Quanta bondade nesse coração de Jesus! Quan-
ta bondade! Quanto amor!
No site da Associação do Apostolado do Sagrado Coração de Je-
sus, no qual a vice-presidente é a senhora Elza Maria Franco Soares,
encontrei a seguinte explicação e considero importante termos o co-
nhecimento:
338
vesse a continuação do passado a acompanhar o drama da minha ma-
na. Continuaria o desejo de querer gritar ao mundo de forma pior ainda.
Vou rezar a cada dia que me restar nesta vida, nesta face da Terra, por
muitos psiquiatras, pois são dignos da misericórdia de Jesus Cristo! Ali-
ás, houve um Tempo, um psiquiatra me dissera para levar minha irmã
do hospital espírita, pois ela estava desenganada.
Naquele ano recebi dois telefonemas para comunicar, do Hospital
Espírita, a tentativa de suicídio da mana. Desejava cortar os pulsos e
havia tentado se enforcar em outra ocasião. Esse horror me levou a ir
até lá. Nesse Tempo, eu também estava obtendo ajuda do meu amigo-
certo e pensava levar a ela algum conforto. Recordo-me levar um ursi-
nho de pelúcia. Foi quando, neste dia, levada a uma sala, o psiquiatra
me disse que nada teria a fazer por ela. Que estava desenganada. As-
sinei um documento como responsável. Tirei minha irmã de lá. Ela saiu
com o olho roxo, piolhos e feridas. Trouxe para minha casa e fui dar
uma volta com ela pelo lago; fica também perto de minha casa. Mostrei-
lhe as florzinhas e pedi que sentisse o perfume. Mostrei algumas borbo-
letinhas. Eu queria imitar o meu amigo-certo; ele fazia assim comigo na
Faculdade e me sentia melhor; então tentava passar para ela o mesmo.
Ela conversava comigo querendo saber sobre política, naquela época
falou sobre o PT, Partido dos Trabalhadores. Ficara impressionada que,
para uma pessoa que disseram estar desenganada, como ela tinha no-
ção de certas coisas.
Mas eu não sabia ajudar melhor... Resumindo: ela viveu até o final
do ano de 2012, e fiquei sabendo que o mesmo psiquiatra que me dis-
sera estar a mana desenganada, já havia falecido muitos anos antes
dela. O que é a Vida, não é? Sabe o que fiz quando soube disso? Colo-
quei o nome desse psiquiatra no livro de intenções numa missa. Que
Deus o tenha! Misericórdia!
No estudo de Sigmund Freud, dimensões humanas importantíssi-
339
mas foram deixadas de lado e entre elas a religiosa. Assim considero.
Aqui, Pai querido, vivemos um céu azul e um céu preto, porque aqui, a
Terra, também pertence a quem teima em dar de comer ao animal. Mas
a Verdade, a Justiça, a Fé, a Esperança e o Amor fazem com que su-
bamos a escadaria da cor doce do azul do Céu, rumo ao Senhor!
340
341
Capítulo II
Parte 21
Uma Mensagem
“No Antigo Testamento enviei ao meu povo os profetas. Hoje man-
do à humanidade a minha misericórdia. Não quero punir a humanidade
que sofre com o pecado, mas desejo guiá-la e trazê-la ao Meu coração
misericordioso. Cristo chamou a Santa Faustina a um grande apostola-
do da misericórdia, em meados da Segunda Guerra Mundial. Santa
342
Faustina tinha consciência da importância da mensagem que havia re-
cebido de Cristo, porém, não podia saber quando a mesma seria difun-
dida no mundo”.
“Em nossos tempos, o mundo carece da misericórdia de Deus. A
mensagem é um forte chamado à confiança viva: “Jesus, eu confio em
Vós”. É difícil encontrar oração mais expressiva do que esta, transmiti-
da por santa Faustina”. (João Paulo II, Audiência em 1994)
344
aconselhar, em sete missas consecutivas, na Igreja Santo Antônio. Ou-
tras sete missas consecutivas para a alma de minha mãe na mesma
igreja. Acredito que ali havia feito a minha melhor misericórdia, se é que
existe melhor! Porque uma vez misericórdia, será sempre misericórdia!
Quis deixar uma ligação entre alguém aqui na Terra que abominou a
prática daquele homem, para uma entrega dele ao Deus Pai, para se
fazer Justiça Divina. Fiz no Tempo da vontade sincera de minha alma;
antes, não conseguiria, pois não estava pronta. O estar pronta implica
as muitas lapidações interiores conquistadas. Uma real compreensão.
Não aceitação: obviamente! Mas compreensão, amadurecimento na
caminhada e a entrega nos braços do Pai, da história vivenciada. Acre-
dito que por essa razão, a misericórdia para com alguém sempre será
misericórdia. Misericórdia é plena compreensão. É apiedar-se! É possu-
ir amor e bondade no coração. É ser pleno de sinceridade interior. Ne-
nhum mas... Mas tudo sim, caminho aberto em Deus. Mas por sermos
humanos e nem sempre conseguirmos total sentimento de pureza, exis-
te Jesus. Ele pode interceder. Ele mesmo pede para que façamos a
entrega das almas que desejarmos; Ele deixa dito para Santa Faustina
para assim procedermos. E rezando para Ele, pedindo a Misericórdia a
Jesus Cristo para essas almas, Ele completa o quadro: a paisagem do
amor para as mais variadas almas necessitadas de Sua ajuda. Como
meu livro ainda é um devir no Tempo e, no Tempo de Deus chega hoje
a notícia no jornal recebido em casa, notícia da qual consta o atual Pa-
pa fazendo um pronunciamento sobre os homossexuais:
“Devemos sempre considerar a pessoa” - afirmou. A respeito da
atuação que a Igreja mantém a esse respeito, Francisco pediu uma
mudança de atitude:
“Não podemos insistir somente em questões relacionadas a
aborto, casamento gay e uso de métodos contraceptivos. Isso não é
possível.”
345
E completou:
Assim que, se minha misericórdia veio num Tempo, para mim, mi-
nha mãe e minha amada irmã também, como não desejar que todas as
pessoas tenham a misericórdia de Deus? Pois não estamos lutando
contra pessoas; já lhe foi dito que o Mal é a nível espiritual. A pessoa é
amada por Deus; ela, entretanto, deve buscar sua salvação.
Na verdade, não sabia nada sobre esta pessoa sobre a qual vou
lhe falar; a não ser que era mãe de uma amiga da época do colégio de
minha filha. Eu costumava vê-la dirigindo e era uma pessoa muito tra-
balhadora em sua empresa. Um dia antes de minha filha embarcar para
a Inglaterra, contou-me que essa pessoa, mãe da sua amiga, estava
totalmente paralítica, sem poder falar, ainda que lúcida, uma condição
que se estendia por cerca de longos onze ou doze anos! Doença dege-
nerativa, segundo os médicos. Fiquei tão tocada por isso que, alguns
dias após, telefonei para uma das filhas pedindo permissão, em nome
do amor, para poder vê-la. Passei a visitá-la, conversar com ela sobre
Deus, Jesus Misericordioso e Nossa Senhora. Conhecendo um pouco
346
do seu histórico fiquei sabendo que ela não costumava ler a Bíblia ou
rezar; enfim, pensar em Deus, e passaram a fazer isso depois da doen-
ça. No dia 15-09-2013, coloquei em missa o nome dessa pessoa. Pas-
sara a colocar o nome da amiga cuja voz eu nunca ouvira nos livros de
intenções das missas nas quais ia aos domingos ou em dias de sema-
na. Ouvi uma das filhas dizer que sentia saudade da voz da mãe. En-
tregava a Deus a vida dessa querida. A liturgia do dia 15 de setembro
falava sobre misericórdia. Falava no Tempo de Moisés, que o povo ha-
via se corrompido e que havia saído da terra do Egito. Que haviam feito
um bezerro de metal fundido e haviam se inclinado em adoração diante
dele; ofereciam sacrifícios. Seria muito oportuno ler em Ex 32, 7-11. 13-
14. Falava do Evangelho de Lucas 15,1-32. Contava sobre a ovelha
perdida. Que “no céu haverá mais alegria por um só pecador que se
converte, do que por noventa e nove justos que não precisam de con-
versão”. Muito emocionante foi o sacerdote contar sobre a Parábola do
filho pródigo. Um dos filhos sai de casa e vive com sua parte na heran-
ça. Depois de sair da casa do pai, vive com prostitutas, vive na farra de
um jeito tal e acaba por gastar tudo o que tinha. Chega à penúria! Che-
ga ao fundo do poço, quando para sobreviver come a comida dos por-
cos e ali pensa na vida que estava levando; retorna à casa do pai que o
aceita muito feliz. Porque para o pai, aquele filho estava perdido, estava
morto. Quando chega, o pai feliz pede para banhar-se, lhe dão roupas e
sandálias, anéis e preparam uma grande festa. O irmão não aceitou
aquela situação por viver todos os dias ao lado do pai trabalhando jun-
to.
“Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. Mas era
preciso festejar e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e
tornou a viver; estava perdido, e foi encontrado.”
Uma pessoa deve possuir seu Tempo na vida para sua reconcilia-
347
ção. Não somos nós que devemos julgar. Aquela pessoa amada, mãe
da amiga da minha filha, pelo histórico contado pela filha mais velha,
estava vivendo num meio maléfico, com pessoas fazendo trabalhos
espirituais maléficos para ela. Por tudo isso, eu rezava para Jesus Mi-
sericordioso. Nós rezávamos. Curto Tempo. Significativo e enriquece-
dor Tempo. Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!
348
pela dignidade, pela conversão. Olhar com misericórdia para a pessoa
necessitada é ajudá-la e não condená-la, pois é o Mal que devemos
enxergar ou seu comportamento maléfico ou o meio maléfico no qual
ela está inserida. Creio que foi isso que o Papa atual Francisco quis
dizer sobre os homossexuais.
São Paulo, 1 Tm 1,12-17, nessa passagem bíblica, diz que “antes
blasfemava, perseguia e insultava. Mas encontrei misericórdia, porque
agia com a ignorância de quem não tem fé”.
Agradeço a Sua Vida na minha vida! Agradeço a Jesus Cristo.
Meu Irmão, meu amigo, meu companheiro! Único em Amor Pleno! Úni-
co em Bondade sem igual! Único Refúgio seguro em todas as horas!
Único em sofrer por todas as almas e trazer esse sofrer como um filme
dos Seus pensamentos e do Seu sofrimento em resgate destas mes-
mas almas.
Explico: naquele Tempo em que Jesus Cristo fora açoitado, cuspi-
do, ridicularizado, fincaram os pregos em suas mãos e pés, deram-lhe
vinagre ao invés de água, zombando Dele, a lança foi cravada em Seu
peito e tanto mais padecimentos, Ele não estava com seu cérebro con-
gelado. Os pensamentos de Jesus Cristo se fixavam naquelas pessoas,
como um filme seus pensamentos fluíam naquela época, e se seguiriam
a toda a Humanidade para o Plano de Amor de Deus Pai.
Então, Cristo ainda hoje diz assim, por exemplo:
350
351
Capítulo II
Parte 22
Uma Compreensão
“Sem o temor a Deus e boa consciência, verdadeira liberdade e
alegria pura não há”. Imitação de Cristo_ Página 46. Livro de Malba
Tahan. Sob o Olhar de Deus.
352
zade, amor fraterno, respeito entre os iguais. “Sophia” quer dizer sabe-
doria, amor e respeito pelo saber. O filósofo, portanto é aquele que ama
a sabedoria, tem amizade pelo saber. Cheguei a contar para você não
saber o significado de Filosofia. Pois é... Quando entrei para a Faculda-
de não sabia. Depois, nas primeiras aulas, quando da Introdução a Fi-
losofia, fiquei conhecendo e amando! Com o Tempo fui compreender
porque Deus havia me encaminhado para essa Faculdade. Ninguém
me poderia tirar isso: filósofa com todo orgulho! Mesmo sabendo não
valorizada no meu contexto. Mas me senti extremamente considerada
por aquele homem: meu amor! Precisava mostrar a este homem que
tanto me considerava, um pouquinho de como eu era, o quanto eu es-
tava respeitando Deus e o demônio; o quanto considerava Deus no de-
sejo de ser uma nova mulher, uma nova vida e temia a Deus! Tinha que
me fazer conhecer para ele, expressar realmente o que sentia e o sen-
tido dado em minha vida. Um dia, marcamos de nos encontrar no Jar-
dim Botânico. Havia dito a ele levar algo e talvez fosse achar estranho.
Ele me ajudou a estender um pano no chão. Abri a bolsa e tirei a Bíblia
Ave-Maria que é a usada por mim. Capa de couro marrom e fecho. Foi
então, feito por ele uma piadinha dizendo:
– Pensei que fosse tirar uma arma!
Levei a Bíblia para mostrar a ele a história de Tobias e Sara. Con-
tei de forma reduzida a história: o Anjo Rafael se passava por um ho-
mem comum e acompanhava Tobias numa viagem, respondeu a Tobi-
as, sobre quem o demônio tem poder:
353
câmara nupcial, viverás com ela em castidade durante três dias, e não
vos ocupareis de outra coisa senão de orar juntos”. Tobias, 6,18.
Acontece que os sete noivos de Sara morreram pela ação maléfi-
ca do demônio Asmodeu. Tobias estava com medo de ser o próximo.
Na verdade, queria mostrar ao meu amor, com essa história, o meu de-
sejo de ser compreendida e o respeito esperado dele por mim. Meu so-
nho era o de ser feliz reconstituir a minha vida em Deus ser uma nova
mulher, uma nova pessoa, vivendo no Temor de Deus. Queria ser feliz
nesta Vida! Não queria que nada de Mal acontecesse ao meu amor.
Queria a compreensão da parte dele sobre o meu jeito de ver e de ser
na vida. Afinal havia me casado no civil e me separado e com tempo e
no Tempo legalizado o divórcio. Soube quando fazia a Renovação Ca-
rismática Católica que era solteira para Deus e poderia refazer minha
vida. E eu? Queria em Deus, ser uma nova mulher. Na história de Sara,
houve outro fato marcante para mim, muito; muito mesmo!
“Ouvindo isso, Sara subiu ao seu quarto e aí ficou três dias com-
pletos, sem comer nem beber. E, orando com fervor, ela suplicava a
Deus, chorando, que a livrasse dessa humilhação. Ao terceiro dia, aca-
bou sua oração, bendizendo ao Senhor desta forma” ... A história conti-
nua. Tobias, 3,10-12.
356
determinada, precavida em questões sentidas em minha alma. Por
exemplo: o pensamento de Platão. Não falo com relação ao estudo das
reminiscências. Fazia a separação do pensamento do filósofo Platão,
do que a Igreja Católica e do que eu, também não acreditava em reen-
carnação. Para a Igreja Católica e também para mim a Ressurreição é
o centro de tudo e a Redenção conseguida por Nosso Senhor Jesus
Cristo. Nunca acreditei em reencarnação; outras tantas religiões cristãs
e o judaísmo não acreditam em reencarnação. Platão viveu bem antes
do nascimento de Jesus Cristo, não o conheceu. E eu vivo no Tempo
deste homem lindo enviado por Deus Pai, Jesus Cristo, enviado como
Salvador e Redentor! Mas outros pensamentos de Platão com relação à
alma, por exemplo, sobre o corpo, me diziam muito. Do meu dicionário
antigo, retirei assim sobre alma, neste Tempo:
357
representa um obstáculo para a psyche (alma), que não consegue co-
nhecer as coisas em si, enquanto estiver ligada a ele. A psyche, por ser
imortal, tende a libertar-se do que é terreno e perecedouro, para estar
em companhia do que lhe é semelhante. Mas ao mesmo tempo, o so-
ma é o abrigo da psyche, pois é através dele que ela pode purificar-se
e retornar à sua origem: por isso, terá que conviver com ele, durante
sua permanência no mundo sensível.
O soma, diz Platão, “é a raiz de todo o mal, porque, por mais altos
que sejam os direitos da psyche sobre o soma, ela não pode resignar-
se a viver com ele. São incalculáveis os danos que sofre pelos atrativos
da matéria corporal. O soma é fonte de discórdias, inimizades, amores
insensatos, paixões, ignorâncias, loucuras, e, além disso, é um obstá-
culo para o verdadeiro conhecimento. Portanto, o soma é um obstáculo
para o conhecimento da verdade. Se a psyche deseja conhecer as coi-
sas na sua pureza, é necessário que se separe do soma e examine por
si mesma os objetos que deseja conhecer. Os sentidos enganam sobre
a verdadeira realidade. Eles enganam e confundem, dando a entender
que a única realidade existente é a do mundo sensível. O soma encon-
tra-se em oposição a psyche. Ele não está a serviço da psyche, mas,
ao contrário, é visto como uma tumba, um cárcere, onde esta deverá
cumprir o seu castigo. Por isso, a psyche deve procurar fugir do soma.
O filósofo deseja a morte, porque a verdadeira filosofia consiste na
“preparação para a morte”. Assim, a morte do soma significa, para a
psyche, a abertura para a verdadeira vida. Então, a psyche busca fugir
do mundo terreno, tornar-se virtuosa e assemelhar-se ao divino. Esse
“fugir” do soma, significa, fugir do mal do soma mediante a virtude e o
conhecimento”.
Do pensamento de Platão, sentia verdadeiramente o contraste en-
tre o que eu carregava e carrego dentro de mim e ninguém podia ver;
os meus pensamentos, minha vontade, minha índole, enfim, tudo o que
358
realmente sou eu, faz parte de mim e aquilo que o outro vê em mim, o
exterior de mim. O que os outros viam em mim? Não raro recebia um
comentário sobre que me achavam bonita, a cor dos olhos, o cabelo, o
perfume do qual usava; enfim, sentia meu soma chamar a atenção de
certas pessoas. Sentia também por parte de algumas pessoas o olhar
de inveja, comentários, e isso me incomodava de certa forma, pois
aquilo do qual viam não entrava em equilíbrio com aquilo que eu era
interiormente. Mas como saberiam como era interiormente se não tinha
como anunciar: “Olha, por favor, me queiram bem, não sou essa que
você imagina não! Puxa, não mereço ser tratada assim, porque só que-
ro o bem! Você não me vê! Você só vê a aparência, não sabe o quanto
choro, como minha alma padece em sofrimento e ainda esse olhar so-
bre mim, esses comentários sobre meu soma. Dão tanto valor ao soma
e a minha alma não enxergam? Não me ajudam? Não fazem nada por
mim? O soma: esse intruso que interfere sobre a alma.” – eu pensava.
Assim era para mim. Muitas vezes, percebia certas mulheres dengosas,
manhosas, muito delicadas e não me via assim para os outros. Era
sensível ao extremo, sei que poderia ter sido aquela ali, em algum mo-
mento, mas para mim, na minha história de vida, não me permitia ser a
dengosa, a manhosa, a delicada. Tinha que ser a destemida, a corajo-
sa. A sensibilidade, a fragilidade interior em determinadas ocasiões da-
va lugar a dureza, mesmo! Não parecia eu às vezes. Acontece isso en-
tre o soma e a psyche. Essas disparidades. Essas dualidades. Quantas
vezes são ouvidas casos de homens deixando suas esposas, uma vida
de fidelidade; com certeza seus somas desgastados pelos trabalhos
diários e inclusive lavando as roupas sujas de seus próprios maridos, e
de repente eles destroem tudo, tudo porque se deixaram levianamente
arrastar pelos somas de outras mulheres, e sem ao menos saberem a
psyche ( mundo interior). E a recíproca é verdadeira! O mesmo aconte-
ce com muitas mulheres com relação aos seus maridos. No mundo do
359
descartável, isso está cheio!
Muitas das músicas de hoje trazem letras baixas, parecem fazer
com que o cérebro do compositor que as criaram esteja do avesso. Es-
tá no lugar errado. Que pobreza, muitos desses cantores! Que tristeza!
Que pobreza de letras!
Procura-se na Humanidade os homens intelectualizados! Homens
passando a andar a contramão do que está colocado na mídia, por fa-
vor! Procura-se por mulheres lindas, recatadas, que se mostrem pela
psyche e não pelo soma; algumas rebolando, mostrando o bumbum,
achando que ali está o intelecto! Se for assim, elas se assemelham aos
animais. Procura-se por homens que valorizem a psyche nas mulheres
mais do que o soma nos seus bumbuns.
Verdadeiramente? Assim não tem jeito de se salvarem! Troquem o
olhar, por favor! Troquem o olhar para a alma de uma mulher digna!
Olhem para suas mulheres de tantos anos ao lado e as valorizem! E as
mulheres, aos companheiros!
Você leu para Platão a relação soma e psyche não era harmônica.
E assim sentia acontecer comigo também. Havia algo incomodativo en-
tre o “chamar a atenção pelos atrativos da matéria” e o que estava den-
tro de mim. Inclusive a paixão que sentia por meu amor. Era algo inten-
so demais. Muito forte e tinha que mortificar essa paixão.
Repetindo:
360
nos apontamentos.
Isso do qual Platão colocava, causava-me identificação com seu
pensamento. Precisava mudar matar em mim mesma, muitas coisas
que sentia em exagero, tanto com relação ao soma quanto com a
psyche para merecer a Deus. Tinha que buscar meu equilíbrio interior
com relação ao soma e à minha própria alma que caminhava vazia.
Com meus 12 anos de idade eu começara a colocar máscaras nos cí-
lios: o rímel. Tinha os cílios clarinhos e algumas das minhas irmãs mais
velhas usavam o rímel; comecei a fazer o mesmo. Meus olhos verdes
passaram a se acentuar com aquele detalhe pretinho nos cílios. Aquele
simples detalhe na sala de aula rendeu comentários em elogios. Gosta-
ram muito e fui desejando sempre ficar bonita, após os elogios recebi-
dos. Acabei por usar a minha vida inteira, quase. Fiquei tão apegada
àquele hábito, quando mocinha; fui procurar um padre para falar sobre
isso. Sabia que era psicólogo. Aquele hábito estava trazendo a mim um
conflito. Entretanto, o padre não deu a mínima importância ao que disse
a ele. Fez disso algo como sendo de pouquíssima relevância. Isso ficou
esquecido por mim e optei por continuar com minhas maquiagens. A
maquiagem me deixava bem perante o meu outro. Sentia-me segura.
Não resolvia outras questões, por exemplo, a falta de amor. Não me
sentia amada por pessoa alguma. Sempre nesta vida me senti muito só!
Muito só! Assim, a vida foi prosseguindo e eu continuando a caminhada
superficialmente até chegar ao fundo; mas dos males, o menor. Acos-
tumei-me com a minha máscara, com a minha maquiagem de lápis pre-
to nos olhos, delineador e gosto muito. É uma maneira de me escudar,
não me mostrar tão clarinha como realmente sou por dentro. Faz parte
da complementação falha do meu soma. Algo que para eu viver melhor
aqui neste mundo de Deus, mas o demônio interfere; busquei para me
dar coragem. Fico pensando em Sansão de Dalila que encontrava for-
ças nos seus cabelos.
361
É interessante a vida, não é mesmo? Mas como estou no ano da
Fé, estou “rasgando minhas vestes e abrindo meu coração”, para você
que “me lê”. Para que você possa entender o quanto uma pessoa é
pessoa ou não! O quanto uma pessoa vai além, mas muito além do que
você possa imaginar pensar dela ao simplesmente olhá-la. No meu ca-
so, queria muito que as pessoas pudessem sentir e ver o que trazia
dentro de mim. Meu lado bom. O outro, o da insegurança, do não me
sentir amada, do me sentir tão só, esse queria esconder com meu es-
cudo: a maquiagem. E lá caminhava o corpo primeiro... E aquele corpo,
(soma) observado. Estava na caminhada buscando o que Platão disse:
362
Talvez tivesse que ser o desequilíbrio, passar por muitas transfor-
mações para chegar até você, no desejo do Equilíbrio. Na busca do
meu Equilíbrio, como que dentro de um vagão de trem, olhando pela
janela a paisagem me passava rapidamente para puder chegar até vo-
cê. As paisagens vividas e confusas corriam através dos meus olhos,
na busca de mim, era a própria vida interiorizada que se formava e mui-
to trabalhosa e elaborada para deixar o produto dela para você, nesse
Tempo.
Voltando ao telefonema anônimo: não mais importava ouvir as
mesquinhezes daquelas pessoas que se davam ao trabalho de telefo-
nar para minha casa, pois já não era a peninha solta ao vento! Estava
muito bem escudada e agora pedia por Justiça de Deus! Neste Tempo,
nem pensava em misericórdia alguma! Não pensava mesmo! Queria
fazer jus a tudo, mas tudo sentido na minha família tão carregada pelos
demônios. Enfim, a caminhada não foi fácil! Nada fácil, mas não impos-
sível.
363
Capítulo II
Parte 23
364
Ele não sabia o quanto eu o amava. Eu não dizia, pois tinha ver-
gonha de ser eu a falar primeiro: uma mulher? Mesmo assim, não me
continha e cartões lindos, tímidos, mas de um amor profundo, autêntico
e inocente, fazia chegar até ele. Após os encontros e caminhadas pelos
jardins na companhia do homem amado naquele seminário, depois de
um Tempo, começamos a sair fora dali e jantar num restaurante, na
cidade menor, porque saindo do jantar ele viajaria para a casa dos pais
noutro Estado: seu refúgio; seu descanso.
Cada abraço dado na despedida daquelas noites causava lágri-
mas e mais lágrimas. Daria tudo para ficar dentro do bolso dele, para
me levar consigo. Mas os anos se passavam; tinha eu meus compro-
missos, minha escola, meus alunos. Ele tinha a missão em divulgar a
Filosofia Clínica para a Humanidade. Meu amor criara a Filosofia Clíni-
ca. Foram viagens a trabalho, muitas viagens e ainda elas se seguem
pelo Brasil afora formando futuros filósofos clínicos. Sabia da importân-
cia da Filosofia Clínica para as pessoas através do bem extraordinário
recebido pela pessoa por mim amada. Sabia não ser a única a sofrer
pelo estigma da loucura. Precisavam dele assim como eu precisara.
Muitas almas precisavam e precisam se libertar. A Humanidade preci-
sava daquela nova ótica, nova visão filosófica com relação ao seu ou-
tro. E meu amor fazia um belo trabalho! Você deve saber, não é mes-
mo, por pouco um homem pode colocar uma mulher num hospício ou
vice-versa. Na Faculdade, fiquei sabendo de um caso cujo marido ten-
tara colocar a esposa num sanatório com a intenção escusa de ficar
com o dinheiro dela. Ela estudava na Faculdade. É impressionante a
autoridade de um psiquiatra com relação a um ser humano. E eles sa-
bem disso, em sua maioria. Não raro poder-se-ia resolver muitas ques-
tões da Estrutura de Pensamento de alguém, com suas dores existen-
ciais, de maneira extremamente branda, com muito mais condescen-
dência. Dos meus escritos, do Tempo, tomei nota do seguinte em um
365
dos cadernos universitários, retirado de textos da Faculdade:
Meu sonho seria ter um menino com o meu amor. Com olhos cla-
ros como os dele e os cabelos com cachinhos. Mas não foi possível.
Em 2007, recebo um presente lindo. Nasce minha netinha; ela mora
fora do país, eu intercedia por ela ainda no ventre da mãe. Como é difí-
cil para uma avó ficar longe de sua filha e bebê netinha! Vê-se a impo-
tência frente a certas situações da vida. O amor por Nossa Senhora me
envolveu de tal modo e passara pedir a Ela que amparasse a mãe e o
bebê. Graças a Deus tenho o conforto da Boa Mãe. Sabia que Ela cui-
daria bem da criança e da filha. Fisicamente não podia estar com elas,
mas espiritualmente estava ligada com a Mãe para levar proteção. Que
Deus e Nossa Senhora sempre as protejam. Quando chegou o nasci-
mento da pequena fomos acompanhar; como também, outros momen-
371
tos significativos, além do nascimento, seu aniversário de um aninho,
sempre levando muito amor para a pequena até completar 5 aninhos...
Mais umas três idas para a Europa. Meu amor, meu esposo, me dá es-
sa felicidade ímpar de poder ver minha neta. Felicidade que jamais so-
nharia poder ter. No meu amor posso complementar-me; ele me auxilia.
Tenho passado ao lado deles, da minha neta e do meu amor, todo o
desejado uma vida inteira. Tudo é agradecido, em nome de meu Deus
amado e da minha amada Mãe Nossa Senhora do Imaculado Coração
de Maria.
372
373
Capítulo II
Parte 24
“Renova-me
(DR) (Grupo Mensagem 2000)
Renova-me, Senhor Jesus, já não quero ser igual.
Renova-me, Senhor Jesus, põe em mim seu coração.
Porque tudo que há dentro de mim,
Precisa ser mudado, Senhor.
Porque tudo o que há dentro do meu coração.
Precisa mais de ti.”
374
município tinha o nome de um homem lindo, digno, do qual admirava
muito, Alberto Santos Dumont; Dumont acabou morrendo de desgosto
ao ver seu invento, avião, estava sendo usado para a guerra. Neste
Tempo, tudo realmente eu sentia conspirar para melhor. Estava mais
atenta aos acontecimentos em Deus. Não lembro o ano no qual traba-
lhei nessa escola, concomitantemente com a escola do Estado, mas foi
na década de 90, quando vivia muitas tribulações, entretanto, já se ma-
nifestando a salvação. Estava para ir à escola do município trabalhar,
mas algo dentro de mim não estava bem. Existencialmente. Havia algo
e não sabia explicar. Algo ruim e triste. Não era dor de barriga, não ti-
nha febre, não tinha ferida nenhuma. Aliás, tinha vezes que desejava
ter alguma coisa desse gênero, para pelo menos poder ter motivos re-
ais para me queixar ou alguém olhar para mim e sentir compaixão. Mas
meus males eram de outra natureza e nesse dia estava muito triste,
teria vontade de não dar a aula e não tinha dinheiro para colocar com-
bustível no carro. E pensava comigo: estou me sentindo tão mal, tão
mal e ainda assim, tenho que ir de ônibus... Ah não... Pelo menos poder
ir de carro, então... Dar-me o direito de ir de carro, então. Não costuma-
va ter esse tipo de pensamento. Mas andava tão revoltada com os
acontecimentos negativos à minha volta que não aguentava mais. Pen-
sei, então, em pedir dinheiro para uma amiga na época. Pedi dez reais
para ela emprestados para pagar no final do mês. Assim, fui à escola
dar aulas para meus aluninhos de terceira série.
Depois de fazer o sinal da cruz com eles e rezar, no término da
oração, uma aluninha, sentada ao fundo da sala, caminha e me entrega
uma maquininha filmadora de plástico, bem pequenininha, branquinha,
daquelas, penso, vir junto com balas, com doces. Recebi daquela mão-
zinha abençoada, pequenina da minha aluninha, a quem serei eterna-
mente grata pela maquininha branquinha de plástico, filmadora. Come-
cei a olhar e tinha uma pequenina manivelinha do lado e colocando o
375
olho no orifício da pequena filmadora, e girando a manivela lateral, vi
admirada passar realmente um filminho com desenhos daqueles bone-
quinhos da Idade da Pedra: Flintstones. Estava escorada na minha me-
sa, e as crianças pararam para me ver olhar o que estava acontecendo.
Então, resolvi contar a todos eles as imagens das quais eu avistava na
maquininha. Faço confusão com Barney e Fred e não recordo quem era
quem na historinha. Mas recordo bem dum rabinho que aparecia atrás
de uma vegetação arbustiva, acho que era o Dino, o bichinho. Nesse
momento, aparece um dos dois personagens, não sei se Barney ou
Fred, com um daqueles porretes que eles costumam carregar; ele ia
bater no rabo do animalzinho. Não chega a bater no bichinho, porque
surge o outro personagem mostrando um grande e lindo abacaxi numa
das mãos. Como se quisesse dizer para seu amigo não bater com o
porrete no animalzinho aparecendo somente a sua cauda, para fazê-lo
de caça, pois ele tinha um saboroso abacaxi nas mãos para comerem.
A história termina aparecendo a imagem de um pedaço de carne ver-
melha, tipo um bife, e um xis em cima da figura. Desejando dizer: não
coma carne vermelha, mas coma o abacaxi ou outros vegetais ao invés
de carne. Assim eu narrava as crianças, meus aluninhos, as cenas da
filmadora pequenina de plástico.Quando terminei de ver aquele filminho
e apareceu aquele pedaço de carne com um xis vermelho, dizendo
simbolicamente que era proibido comer carne vermelha, pois era um
bife vermelho, senti algo em mim. Aquele mal estar, aquela sensação
triste não sabendo explicar dentro de mim, sumiu por completo! Senti
nitidamente um sinal ali para mim. Como se dissesse para eu não co-
mer carne vermelha. E me senti melhor imediatamente quando terminei
de ver essa imagem. Tudo antes pesado e entristecido acabara por
completo ao perceber como sinal e ordem para não comer carne ver-
melha. Mas o incrível ainda estava por vir: antes de ir para minha casa,
passei no apartamento de uma de minhas irmãs, pois nossa mãe mora-
376
va com ela; tinha feito cirurgia e tivera um derrame e senti vontade de
vê-la. Nesse dia minha mãe estava bem alegrinha, sorridente e disse
para mim: “Minha ‘fiinha’ ”, modo carinhoso com que me chamava às
vezes, “não quer vir comer uma carneada com a gente? O fulano vai
matar carneiro, vai ter muita carne!”. Olhei para minha mãe, lembrei-me
do que aconteceu comigo recentemente e o que deveria fazer com re-
lação à carne vermelha e disse a ela imediatamente: “Não, não mãe,
muito obrigada. Não estou mais comendo carne”. Fiquei tão surpresa
com aquilo do qual eu escutara da mãe, mas ao mesmo tempo o para-
lelo entre a mãe e a relação espiritual na qual estivera uma grande par-
te da sua vida, na umbanda, me fizeram ver aquilo, aquele convite, co-
mo uma tentação: um lado Mal. E... Tinha entendido o que Deus queria
me avisar. Era Deus na vida falando. A Providência Divina.
Nesse mesmo instante, eu senti um perfume forte, intenso, um
perfume doce no ar e perguntei para a minha irmã que perfume era
aquele. Veio ela lá da cozinha para a sala exibindo nas mãos um gran-
de e lindíssimo e perfumado abacaxi. Quando ela veio com aquele aba-
caxi nas mãos parecia que estava acontecendo um sonho! Aquilo pare-
cia um sonho! Parecia que não estava acontecendo, mas estava! Aquilo
estava acontecendo não parecia real. Fiquei pasma! Fiquei agradecida
por Deus por tudo, tudo, tudo!
Verdadeiramente?
Naquele momento sentia um sorriso dentro de mim. Já explico:
Sabe quando você deseja se alegrar, mas não pode? Deve conter o
riso? Ninguém compreenderia? E você então deve ficar quieta, mas
com aquela satisfação boa dentro de você? Mas aquilo tudo foi prova
tão grande, mas tão grande de que Deus me ajudava muito, muito
mesmo e teria uma razão: a razão na qual eu acredito com todas as
letras, é de que, a perseguição maléfica da minha pessoa, da minha
família, foi muito grande. Muito! Perseguição espiritual do Mal! E que
377
esta começava a ter consonância no que a Mãe amada me dizia no Seu
Livro Azul com o título “Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Se-
nhora”, isto é, ficara claramente delineado para mim que o Mal realmen-
te existe na vida e não era uma simples impressão.
Minha irmã exibia em suas mãos o lindo e aromático abacaxi e
explicava que a tia veio de outra cidade e iria ensiná-la a fazer o bolo
especial de abacaxi, e, por isso, ele estava ali. Estes três elementos
surgidos, tanto a maquininha da aluninha quanto da minha irmã o aba-
caxi e a mãe me oferecendo carne vermelha, mais uma vez a Leitura da
Vida me dizia estar acompanhada: só poderia ser Providência Divina.
Por último já me sentia muito importante para Deus! Sim, sentia nitida-
mente a Sua ajuda. Ficava atenta com Ele. Observava a vida, a cami-
nhada das pessoas neste lugar, da Humanidade como um Todo, pois
lia o Livro de Nossa Senhora de Fátima que passara a se apresentar
para mim.
Verdadeiramente?
Não ouvia falarem em nome de Deus e no de Jesus Cristo no
meio em que vivia. Inclusive nas escolas... Que tristeza... Um livro que
lera, tempos depois, se apresentara em minha vida, falava no sangue
dos animais como que o mal estivesse ali em potencial. Como estava
cercada de pessoas ligadas a umbanda, inclusive na própria escola do
município havia uma funcionária eu entendi o que Deus queria me
mostrar com aquelas situações evidenciadas no decorrer da minha so-
frida caminhada existencial. Então, a partir desse Tempo passei a não
comer carne vermelha. Tive como obediência não comer carne verme-
lha e minha opção é esta até os dias atuais. Com o Tempo, percebi
aquele aviso chegou até mim porque ainda não estava preparada, pois
não fazia as frequências nas missas e Eucaristia. Seria necessário me
sentir forte espiritualmente para voltar a comer carne vermelha, se qui-
sesse. Neste mesmo ano, tive um sonho com uma pessoa da família.
378
Eu a vi dentro de um caixão sem vida. Ela também não podia comer
carne vermelha. Fui no amanhecer do dia falar a ela do sonho para não
comer carne vermelha. Naquele momento a vi atravessando a galeria
da cidade menor, pois estava se dirigindo ao trabalho. Agradeci ao se-
nhor, pois me dera carona; meu carro não funcionou quando quis sair
de casa; contei a ela do sonho que tivera. Pareceu entender; entretanto,
dias após, fui à casa de uma amiga; estávamos nos afastando... A ami-
zade já não era a mesma. Quem abriu a porta da casa dessa amiga
quando cheguei era exatamente a pessoa da família para a qual eu ha-
via contado do sonho (eu havia avisado sobre a proibição de comer
carne) e trazia em suas mãos um prato com bifes à milanesa, me mos-
trando feliz. Seria, sim, o almoço delas. Olhei para o prato, em suas
mãos, e obviamente entendi a não compreensão a não credibilidade
dela sobre o pedido feito. Senti a ironia do demônio se fazendo eficácia
ali.
Logo a seguir, semanas após, tive um sobressalto ao receber a no-
tícia de que um bebê nascido relacionado a essa pessoa da família ha-
via morrido. Não foi ela, mas foi outra pessoa levada à morte. O animal
procura para cobrança alguém e assim arrasta pessoas no sofrimento
quando não amparadas, escudadas no Verdadeiro Deus. Foi assim
também o meu entendo da morte não no Tempo de Deus da minha so-
brinha de 8 aninhos. Não era para ser, mas Deus perdoa o não Conhe-
cimento. Deus Todo-Poderoso deixa a Sua Misericórdia para quem O
procura. Para Deus, nada é impossível! Tudo é Possível!
Desejo deixar para você uma das histórias do livro: “Maria, Passa
na Frente!”, Livro de Denis e Suzel Bourgerie, uma história real conside-
rada encantadora por mim; demonstra amor, persistência na fé e a vitó-
ria conseguida. Esta história, “Uma Passageira Especial no Voo de Tua
Vida”, é uma entre tantas deste livro, emocionante.
“Alguns dias antes que eu partisse para a França, Espanha e Por-
379
tugal (1999), como habitualmente faço com meus peregrinos, recebi
uma noite, um fax de uma senhora da França dizendo que estava nos
oferecendo uma imagem de Nossa Senhora. Pedia-me que eu respon-
desse rapidamente se aceitava ou não porque ela ia viajar para Lour-
des. Até àquela hora não entendera e nem tivera explicação de como
ela descobrira o endereço da Associação Maria Porta do Céu e nem o
porquê dessa doação. Percebi apenas, naquele momento, que algo do
céu estava por acontecer, porque dentro de alguns dias eu também es-
taria em Lourdes dirigindo uma peregrinação e para o cristão não há
coincidência! Não vacilei. Aceitei o presente (e que presente!) e ousei
pedir-lhe que me enviasse a imagem para Lourdes no hotel onde ficaria
hospedado. Os dias se passaram e chegamos nessa extraordinária ci-
dade da Mãe de Deus, Lourdes. Mergulhados no clima de cura, emoção
e alegria que esse lugar sempre nos proporciona, vivemos momentos
extraordinários, sem perceber o tempo passar. Um dia, porém, na vés-
pera de partir, a dona do hotel chamou-me para dizer que uma caixa
muito grande me esperava na garagem. Corri para ver e realmente fi-
quei abismado com o tamanho do presente. Temia que ele não entras-
se no bagageiro do ônibus, tiramos todas as malas e “ele” ocupou intei-
ramente a parte transversal do bagageiro. Fui avisado de que a caixa
tinha sido feita por profissionais especializados e por isso precisávamos
de ferramentas especiais para abri-la. Deixamos Lourdes, realmente
“quem” estava dentro daquela caixa. O presente viajou dias e dias co-
nosco até que, em Toledo, na Espanha, depois de almoçar rapidamen-
te, eu e o motorista corremos para abrir a famosa caixa. Começamos a
tirar os parafusos... e o tempo foi passando... De repente, começaram a
chegar os peregrinos e nos cercaram. Depois de muita luta, consegui-
mos levantar a tampa de madeira e descobrimos que havia uma outra
tampa, de isopor. Por trás disso tudo havia, finalmente a imagem intei-
ramente embrulhada com plástico. Colocamos a estátua em pé, num
380
clima de grande expectativa, e fomos tirando o plástico que embrulhava
a cabeça até que... apareceu diante de nós a mais bela face que haví-
amos visto numa imagem, a face de NOSSA SENHORA DA PAZ, que
aparece em Medjugorje. Com seus olhos azuis, Ela nos olhava quase
sorrindo... e então fomos tomados de profunda emoção... e começamos
a chorar. Não queríamos fazer mais nada senão permanecer diante de-
la, exultando de alegria, chorando pela emoção de nos sentirmos tão
amados! Era Ela, a Mãe de Deus, que vinha até nós com sua habitual
doçura procurando um jeito de entrar em nossas vidas... Estávamos
diante da Mãe de Deus que, há 16 anos aparecendo em Medjugorje,
revela-se como Rainha da Paz e nos diz: ‘Vim aqui como a Rainha da
Paz e quero enriquecer-vos da minha paz maternal. Queridos filhos,
amo-vos e quero levar todos a esta paz que só Deus pode dar e que
enriquece cada coração. Convido-os a vos tornardes portadores e tes-
temunhas da minha paz neste mundo sem paz’. E no meio de tão gran-
de emoção, uma pergunta surgiu de repente: “Como te levar para o
Brasil? E a angústia quis tomar conta de mim quando lembrei-me que
Ela mesma nos diz em Medjugorje: ‘Afastai definitivamente toda a an-
gústia. Quem se abandona a Deus, não tem lugar em seu coração para
a angústia. As dificuldades manter-se-ão, mas elas servirão para o
crescimento espiritual e renderão glória a Deus’. E durante toda a pere-
grinação, Ela não cessou de interceder por nós e nos dar inúmeras ale-
grias. Mas... quase todos os dias eu ligava à minha esposa para que ela
providenciasse uma autorização especial da Companhia Aérea Portu-
guesa para Maria entrar no Brasil! Tínhamos só dois probleminhas: Ela
era frágil demais para viajar no bagageiro do avião e grande demais
para ficar comigo na poltrona. E o tempo foi passando...e o dia da parti-
da para a nossa volta ao Brasil foi chegando... Finalmente achei a solu-
ção. Ela viajaria comigo, na minha poltrona. Pensei... “Ela é tão bela
que as pessoas ao vê-la se emocionarão e abrirão todas as portas...
381
Então disse: ‘Maria, passa na frente! Todos aqui estão rezando para
que você entre no Brasil! Não nos decepcione! Passa na frente e abre
os caminhos!’. Finalmente chegamos no aeroporto. No balcão da com-
panhia não faltaram funcionários que se emocionaram com tão bela
face. Mas... eles perguntavam: ‘Para onde vai essa imagem?’. “Comigo,
para o Brasil”, respondi. E então eu ouvi o que temia. “Impossível, se-
nhor! Ela é grande demais para viajar na cabine com os passageiros.’
Estava iniciada a batalha. Lembrei-me naquele momento de um de
seus conselhos maternais mais belos: ‘Quando os outros criarem difi-
culdades não vos defendais, em vez disso, rezai’. E apertando a ima-
gem contra mim, disse a Ela: ‘É o teu momento, passa na frente, vem
em meu socorro!’. Então, de repente, veio-me a ideia de dizer que na
classe executiva tinha suficientemente espaço atrás da última poltrona
para deixa-la em pé, sem atrapalhar ninguém! A funcionária chamou o
seu superior, e depois de longas negociações, mudaram-me de poltro-
na para poder acomodar ‘Maria’ atrás de mim. Mas havia uma condi-
ção: o chefe da tripulação teria que dar a autorização final. Feliz, voltei
para junto dos peregrinos que se alegraram muito com a primeira vitó-
ria. Mas... essa alegria foi logo estremecida porque eu fui barrado em
seguida pela polícia. O responsável pela polícia na alfândega exigia que
Ela passasse pelo RX para detectar se Ela escondia drogas ou armas e
isto era impossível porque Ela não cabia no aparelho. Naquele momen-
to eu só ouvia meus peregrinos dizerem à polícia: ‘O senhor acha que
Nossa Senhora vai esconder alguma arma?’. E todo o aeroporto acom-
panhava as peripécias de Maria. E Ela me dizia como em Medjugorje:
‘Não tendes necessidade de ter medo porque vós sabeis que Jesus
nunca vos abandonará e sabeis que Ele voz conduz à salvação’. Então
eu disse ao chefe de polícia que a imagem era oca e que podia se ver
isto por uma pequena fresta. Ele exigiu que a deitássemos para investi-
gar. Tiramos então nossos casacos e sobre eles colocamos Maria no
382
chão. Finalmente, ele se convenceu que Ela não era contrabandista e
liberou-a. Chegamos finalmente ao portão de embarque! Ali outra bata-
lha começou porque duas aeromoças não queriam deixar-nos tomar o
ônibus que nos levaria até o avião. Depois de uma longa conversa, ten-
do duas peregrinas ao meu lado que intercediam sem cessar, cheguei
até o ônibus e finalmente até o avião! Entrei carregando Nossa Senho-
ra. E então o chefe da tripulação caiu em cima de mim sem piedade,
como um abutre, dizendo bem alto que aquela imagem não viajaria na
cabine porque era contra as normas de segurança. Suando de deses-
pero, lá estava eu atrás DELA e dizia: ‘Maria, passa na frente!’. Tu dis-
seste: ‘Continuai a esforçar-vos, sede perseverantes e tenazes. Rezai
sem cessar’. O chefe da tripulação parecia um obstáculo intransponível.
Mas por causa do seu tom de voz tão alto, pois ele gritava, todas as
portuguesas que viajavam no avião acabaram por ouvir e de repente
começaram a recitar o terço em voz alta intercedendo para que Maria
ficasse. Ah, mulheres portuguesas, mulheres de fibra, de garra, de fé!
Admiráveis, sensíveis, percebendo que se tratava de uma guerra, tira-
ram sem preconceito de suas bolsas a ferramenta da vitória: o terço!
Uma grande parte do avião se pôs então a rezar o terço, e eu... de pé,
diante do chefe da tripulação segurando a Mãe de Deus. Propus-lhe dar
à Maria a minha poltrona. Propus-lhe, como ex-piloto de linha, viajar na
cadeira da tripulação, deixando meu lugar a Ela. E eu parecia ouvi-La
dizendo, como em Medjugorje: ‘Não percas o teu tempo. Reza e ama.
Tu nem podes imaginar o quanto Deus é forte’. De repente chegou uma
aeromoça e tentou colocar Maria dentro do armário. Ela não entrou, é
claro! Uma outra disse: “Coloque a santa no banheiro!”. Fui correndo
tentar esta sugestão, mas a mão de Nossa Senhora bloqueava a fe-
chadura da porta. Coloquei meu casaco sobre a cabeça de Maria, em-
purrei a porta e ela se fechou. O chefe da tripulação então me disse:
‘Logo que o avião levantar voo, eu quero o banheiro livre!’. Eu concor-
383
dei e fui sentar no meu lugar. Nesse momento o avião inteiro bateu
palmas! Eram as santas portuguesas que não haviam parado de rezar.
O avião decolou e eu não parei de dar graças ao Senhor. Apesar dos
obstáculos dos homens, Ela estava no meio de nós. Uma vez que o
avião estava estabilizado, tirei Maria do banheiro e Ela viajou deitada
sobre mim! E durante a viagem, para meu espanto e encanto, as portu-
guesas que estavam na classe econômica, começaram a fazer fila para
visitar Maria, que estava na classe executiva, e pedir uma bênção. Você
podem imaginar esta cena? Chegando finalmente ao Brasil, no aeropor-
to, a Virgem Mãe foi aplaudida por todos e acariciada pelas crianças.
Apesar de tantos obstáculos, um a um Ela derrubou por terra, para es-
tar no meio de nós. O que pode impedir uma Mãe de encontrar seus
filhos? A sua chegada ao Brasil foi emocionante demais e a beleza
dessa imagem é de uma grandeza fora do comum. Por essa razão,
uma das primeiras coisas que fiz ao chegar em Campinas foi enviar um
fax àquela senhora para saber a história de tão bela imagem e que fa-
zia chorar tanta gente. E a história chegou: Uma riquíssima mulher, na
França, queria adotar uma criança. Depois de procurar na África e na
Ásia, conseguiu realizar seu sonho encontrando uma criança brasileira.
Para exprimir sua gratidão à Nossa Senhora, ela procurou um famoso
escultor italiano, o mesmo que esculpiu a conhecida estátua de Nossa
Senhora da Paz ou Nossa Senhora de Tihalina, pedindo a ele que fi-
zesse esta imagem no mesmo molde da estátua de Medjugorje. A pri-
meira imagem foi solicitada ao escultor pelo Padre Jozo a quem Maria
aparecia diariamente (ele já faleceu; o Padre Jozo forneceu todos os
detalhes de como Maria lhe apareceu). Assim, há hoje no mundo ape-
nas duas Nossa Senhora da Paz: uma em Tihalina, com o Padre Jozo e
outra, pela graça de Deus, conosco, no Santuário de Maria Porta do
Céu em Campinas. A senhora pediu-me para que essa imagem fique
para sempre no Brasil. Sim, Ela ficará porque Ela mesma escolheu ficar
384
nesta terra, para abrir um caminho de Paz no meio do seu povo que é o
povo de Seu Filho. Quero testemunhar a você que, desde a chegada da
Rainha da Paz, temos recebido bênçãos extraordinárias: maior gosto
pela oração, mais paz nas famílias que oram a Ela e, em particular, mi-
nha esposa e eu obtivemos a cura extraordinária de minha sogra que
adquiriu uma infecção extremamente grave, foi operada quatro vezes
em um mês, e estava completamente desenganada pelos médicos.
Lançamo-nos aos pés de Maria rogando um milagre e o milagre acon-
teceu! Desejo dizer a você que hoje passa por um momento difícil, por
um voo turbulento em sua vida: NÃO DESANIME! Tudo é possível para
o nosso Deus! Não olhe os obstáculos que estão à sua frente. Olhe pa-
ra Jesus, olhe para Maria e abandone-os, um a um em Suas Mãos po-
derosas. ‘Quem se abandona a Deus não tem lugar em seu coração
para a angústia’. Apegue-se a estas promessas extraordinárias de vitó-
ria que Ela lhe dá hoje! E a paz entrará no seu coração! E a Alegria virá!
Você não pode experimentar a verdadeira Paz enquanto não aprender
a confiar na Rainha da Paz! Lance fora as suas preocupações porque
elas o afastam de Deus e de sua Mãe Maria. A Rainha da Paz quer uti-
lizar os meios por nós jamais imaginados para entrar em nossas vidas
porque Ela quer nos fazer conhecer a verdadeira Paz. Por essa razão,
renove a sua esperança, e diga à Mãe que tanto o ama: ‘Maria, passa
na frente! Tu és a Rainha da Paz, dá-me, pois, esta Paz!’ ”.
Veja meu leitor querido, são pessoas unidas pelos cordéis da fé,
do amor da esperança, como continhas de um grande rosário; estão
dando o ‘Sim’ para o Plano de Amor de Deus e de Nossa Senhora, a
Rainha da Paz.
Seja bem-vinda, amada Mãe, nesta Nação tão necessitada de Sua
presença!
385
Capítulo II
Parte 25
“Podes Reinar
(DR) (LP Agnus Dei/93)
Senhor, eu sei que este é teu lugar,
todos querem te adorar, toma tu a direção.
Sim oh vem, oh Santo Espírito os espaços preencher,
reverência à tua voz vamos fazer.
Podes reinar, Senhor Jesus, oh sim, o Teu poder teu povo sentirá.
Que bom, Senhor, saber que estás presente aqui. Reina, Senhor, neste
lugar.
Visita cada irmão, oh meu Senhor, dá-lhe paz interior e razões pra te
louvar.
Desfaz todas tristezas, incertezas, desamor,
glorifica o teu nome, oh meu Senhor.”
Na sala da casa grande, onde nasci, havia uma linda lareira. Lem-
bro-me de ficar, às vezes, observando a imagem oval de São Jorge. Ela
ficava pendurada acima desta lareira na casa da mãe. Era uma imagem
protegida por vidro e tinha inúmeros orifícios que se iluminavam em cor
vermelha, contornando todo o formato oval da imagem de São Jorge;
como também, do dragão. À noite, era lindo ficar observando aquela
imagem. Com o Tempo lembro aquelas luzes deixaram de funcionar,
387
mas a imagem de São Jorge continuava naquele lugar em destaque
acima da lareira, onde ficava um sofá muito grande, na sala; sentava-
me e ficava olhando aquela imagem poderosa, de um cavaleiro com
uma lança lutando com um animal feio. Sentimento indefinido. Associa-
va àquela imagem de São Jorge, igual encontrada, aonde minha mãe
constantemente ia, na umbanda. Perto do lugar da residência do um-
bandista também havia uma igreja Católica com o mesmo nome, São
Jorge. Para mim, era como se fosse o santo principal da minha mãe.
Não a via ter outro santo com ela. Sabia das preferências do meu pai
por Santo Antônio e pelo Padre Reus. Recordo das idas do pai até São
Leopoldo, pois ali ficava o túmulo do padre Reus. Na penteadeira da
minha mãe, havia a imagem de Santo Antônio e um busto, tamanho
médio, de Padre Reus. Lembro-me do meu pai não gostar das saídas
da mãe a umbanda; ela procurava ir quando ele não estava em casa
para evitar discussões.
Atualmente vejo muitos carros com as imagens de São Jorge na
parte traseira. Quando vejo aqueles carros passando por mim, me per-
gunto: será que o dono do veículo é da umbanda ou é católico? Essa
epidemia de colocarem a imagem de São Jorge nos carros está relaci-
onada à novela Salve Jorge, passada na televisão? Quem duvida da
força de uma novela no pensamento do povo? O que faz um santo, que
é Católico, pertencente ao catolicismo, nesses lugares, por exemplo, na
umbanda, da qual posso falar, pois fez parte da minha vida? Percebo o
dualismo, o trabalho astucioso do demônio para confundir muitas pes-
soas. Na umbanda, por exemplo, empregando o São Jorge fica com a
impressão de se tratar de algo bom, realmente ligado inclusive à Igreja
Católica. Realmente não é assim. É uma armadilha! Na umbanda,
quimbanda ou outros lugares similares, estes não encontrarão o São
Jorge. Encontram um Jorge vivendo no passado pior, de São Jorge.
Encontram a face pior do Jorge antes de ser santo. Você encontra nes-
388
tes lugares a imagem do santo que é católico e não deveria nunca estar
num lugar assim, como na umbanda e similares. Ali, se utilizam da dua-
lidade para enganar as pessoas; muitas delas são inocentes e acham
existir a presença de Deus, de anjos divinos e de santos Católicos. Não
há! Ali, São Jorge santo não existe! Se, por ventura empregam o santo
Católico, na umbanda ou quimbanda ou similares é para uma farsa,
uma representação da dualidade entre a Verdade do Catolicismo, ou
seja, da Igreja Católica Apostólica Romana, e a Mentira dessas seitas,
porque lugar de santo Católico é na Igreja Católica Apostólica Romana,
a fiel Igreja (não esta Igreja manchada precisando da purificação devido
a maçonaria infiltrada). Há quem recorra a esses lugares, do submun-
do, com intenções bem focais e nunca o nosso Deus do catolicismo
atenderia. Jamais! Por quê? Porque Deus não é esse justiceiro pontual.
Deus Amoroso e Misericordioso dá o livre arbítrio e Ele atende não a
vontade da pessoa propriamente dita, pois nem sempre a vontade da
pessoa está em consonância com os Planos de Amor de um Todo, vol-
tado para a Humanidade, voltado às pessoas de uma família. Pois se
Deus ficar atendendo a vontades particulares, isto é, de cada pessoa,
haveria muito egoísmo! Devemos confiar em nosso Pai Amoroso e Mi-
sericordioso; antes mesmo da nossa vontade deve existir a nossa hu-
mildade e colocar acima dos nossos egoísmos a vontade de Deus, para
o Bem de todos; Ele sabe na linha do horizonte, lá, bem distante de nós
o melhor. Então, quando se pede com fé, sabemos: “Seja feita a Vossa
Vontade, Pai amado, assim na Terra como no Céu!”
Somente Deus quem sabe qual peça do grande quebra-cabeça
pode convenientemente sair ou outra pode entrar, no Tempo de Deus,
para a grande paisagem final se completar. Você pode me compreen-
der? Assim que, quando estamos caminhando no Tempo de Deus na-
da, nada precisa nos causar espanto. Confie! Você pode acreditar. Ao
amar uma pessoa e chegar a considerá-la tão importante ao ponto de
389
quase o ar lhe faltar; em Deus, se você estiver no Tempo de Deus, con-
fiando acreditando tendo fé, se essa pessoa amada se for antes de vo-
cê, poderá saber que, na linha do horizonte, Deus, no Seu Plano de
Amor sabia a razão de ter sido assim. Mas isso é assim para quem con-
fia quem está em Deus e com Deus, no Tempo de Deus. O demônio tira
a vida de pessoas das quais amamos e de uma maneira muitas vezes,
violenta. Em forma de acidentes, acidentes em massa e muito mais.
Onde tiver os inúmeros pecados mais oportunidade o animal possui
para fazer valer a sua vontade. “Que os nossos pecados não sejam a
causa da nossa queda”.
Em muitas pessoas recorrendo à umbanda, por exemplo, as suas
vontades envolvem caprichos pessoais, com interesses escusos, egoís-
tas e não contribuem para o Bem. Aliás, é o que está a ocorrer com o
paganismo na Humanidade. Recorrendo ao demônio, a Humanidade
está do jeito que está. Há pessoas procurando o submundo para os
seus pedidos considerando ali, encontrar São Jorge, para fazer Justiça
por alguma coisa. Pretensamente, pede o que é bom para ela: uma fal-
sa Justiça, pois se baseiam em seus próprios princípios, em suas con-
veniências pessoais, interesses próprios. Poderá ser bom para ela, mas
será bom para seu próximo? Por exemplo, essa pessoa pode chegar
para o chamado “pai de santo” e dizer assim:
“Sinto-me injustiçado, pois o colega fulano está num setor de tra-
balho e quero a sua saída, pois aquele posto é para ser meu e não de-
le”. Aquela pessoa, se julgando melhor faz seu pedido ao falso santo
(demônios). Assim, o pedido é realizado pelo umbandista, mas quem
está ali não é o umbandista; ele se serve como instrumento do Mal. Ele
invoca os espíritos malignos, ou seja, os anjos que se rebelaram contra
Deus. Ele “incorpora” as “entidades”; são os anjos decaídos os quais se
rebelaram contra o nosso Verdadeiro Deus, da Santíssima Trindade.
Em Efésios encontramos:
390
“Não é contra homens de carne e sangue que temos de lutar, mas
contra os principados e potestades, contra os príncipes deste mundo
tenebroso, contra as forças espirituais do mal (espalhadas) nos ares.”
Efésios 6,12.
Uma pessoa não estando protegida por Deus, não possuindo Je-
sus Cristo, não escudada na Armadura de Deus, a Bíblia, facilmente é
alvo fácil ao demônio. A sua queda acontece sim. Se, dizem para você
o Mal não existe, não existirá para quem está em Deus, possui a verda-
deira fé, procura pela Eucaristia para a sua salvação e proteção.
Imagine você quantas vontades próprias são levadas até o dito
guru, para fazer os trabalhos para agradar aquela pessoa pedinte. É
impressionante o afastamento de inúmeras pessoas de Deus Único e
Verdadeiro em prol da procura pelo demônio e sua legião. Assim fica-
mos cada vez mais com famílias desunidas, desencontradas, casais
391
não se acertam, casais poderiam ser lindos, ser par perfeito, quase per-
feito em suas almas gêmeas, e ao entanto o demônio está se regozi-
jando pelo carnaval feito a nível espiritual maléfico. A homossexualida-
de passou a surgir muito mais. Pela liberdade em demasia; pela ação
demoníaca nesses lugares empregando a “pomba-gira” uma espécie de
pior “entidade”; ou seja, demônio. A imoralidade entra de forma atroz. A
busca dos prazeres se torna algo banal. O Olhar de Deus, a obediência
das Leis de Deus não é mais nem ensinado nas escolas e pela família.
Já não sabem rezar a Salve Rainha ou a oração do Credo. Pobre Hu-
manidade desvalida.
A Humanidade está vivendo muito o culto do corpo, do estético da
plástica e isso atrai e fomentam os olhares, a inveja, o ciúme, a compe-
tição de quem deseja ser mais bonito que o seu outro. Os meios de
comunicação ajudam muito nessa tarefa de culto à beleza com seus
programas. O animal está satisfeitíssimo com tudo isso acontecendo,
porque deixam de procurar os conteúdos sólidos, os conteúdos alimen-
tadores da alma humana e não do corpo. O corpo como Templo do Es-
pírito Santo deve ser alimentado espiritualmente de boas leituras, lindas
imagens passando pelos seus olhos até chegar a sua alma. Dar as cos-
tas para pessoas não desejosas por caminhar a vida com você nessa
mudança interior desejada, muitas vezes se faz necessária, caso a
pessoa convidada não aceita. Uma alma se salvará! E com a possibili-
dade de você ser exemplo para esta alma da outra pessoa. Em nome
da pequenez de muitas pessoas com seus pecados, como: inveja, ira,
ódio, ciúme, a avareza, a soberba, o desejo pelo status, poder e a bus-
ca desenfreada pelo dinheiro etc. essas pessoas não reconhecendo
seus pecados e depurá-los, confessá-los para um bom sacerdote, vai
disseminando pelo mundo, os sentimentos perversos, mesquinhos,
ocasionando o Mal na vida de tantas pessoas. Quis trazer bem aproxi-
mado do cotidiano, ou seja, mostrar, na vida, onde se encontram esses
392
espíritos malignos; em âmbito maior, de modo sutil, mais sofisticado, o
demônio age igualmente através das missas negras satânicas revela-
das por Nossa Senhora de Fátima, como realizadas pela maçonaria
eclesiástica.
Essa situação espiritual do Mal foi a minha experiência de vida, ob-
servada, constatada é realidade. Pessoas estão nesta face da Terra
descontentes; não sabem explicar tamanhas catástrofes, tamanha falta
de moral de muitos homens como também de mulheres e a razão da
decadência da Humanidade; a pobreza generalizada, tanto espiritual
quanto material. O que poderia ser construído, constituído numa família,
para a família e seus filhos, agora está sendo dividido, enfraquecido,
espalhado, subtraído. O homem e a mulher ficam materialmente deses-
truturados, enfraquecidos para atender a demanda. O que dizer a nível
espiritual? Como ficam as almas dos filhos? Este estado de situação
arrasta malefícios a todos. A busca é desenfreada pelas novas experi-
ências, pela traição, um dos fatores mais enriquecedores para o demô-
nio. A traição vem acompanhada da mentira. O demônio é o Pai da
Mentira. Observa-se a naturalidade como ocorrem as traições; homem
ou mulher mentir e trair. Não para Deus, pois Ele vê e lê os corações
humanos. Existem pessoas não primando pela dignidade, pela honra,
por um ideal humano. Vivem no mundo rasteiro da vida, das bebidas,
das conversas frívolas, das piadas e estas, nada constroem. Existem
aqueles não gostando do que ouvem; não gosta das piadinhas baixas,
das músicas com suas letras baixas, das bebidas rolando abundante-
mente, das alegrias falsas e não preenche a lacuna existencial, o vazio
existencial; nem mesmos eles sabem a razão. Nada satisfaz e querem
mais e mais a superficialidade; querem mais e mais dinheiro para ter,
para poderem gastar amanhã e depois com suas namoradas, seus he-
donismos. E cada vez pior fica a paisagem nos cercando. Não possuem
coragem para dizer não! Não possuem coragem para mudar. Não pos-
393
suem coragem, porque muitos podem perder os amigos e sentem me-
do. É uma questão de escolha; é uma questão de opção. Poderá perder
esses supostos amigos, mas receberá outros em outras bases. Optará
pelo Deus da dignidade, pelo Deus fiel, pelo Deus da Vida e do Amor.
Ganhará o melhor e mais fiel amigo: Jesus Cristo. Aproximar-se-á de
pessoas outras. Será nova pessoa.
Existem pessoas considerando não falar sobre o animal. Ora, se
não falarmos — aliás, foi um dos maiores erros da Igreja Católica, eu
diria — como o demônio será conhecido? Não estamos vivendo uma
fantasia ou historinha ou telenovelas. Na televisão, ou similares, seus
filhos assistem os monstros, os bichos mais asquerosos, horrendos,
criação humana e não sabe a vida aqui fora, a realidade na qual vive-
mos. A Bíblia não lhes é apresentada, para grande parte das crianças,
na Sua História da Humanidade. Não são preparados nos reais perigos
da vida. A televisão não os prepara aos moldes de Deus. Muito pior é
uma criança ficar na frente de uma televisão acompanhando os filmes
de personagens ruins, violentos criados por mentes não divinas. Procu-
rar assistir, em cinemas, filmes para alimentar a alma do pequeno, para
sair sereno e não com a alma carregada de sentimentos confusos e
feios. Há quem inventem as ideias mais criativas em torno de figuras
asquerosas e malévolas, e as crianças assistem considerando que so-
mente ali na telinha acontece o Mal. E o verdadeiro Mal está se pas-
sando na vida e a criança se enfraquecendo sem saber se defender
num futuro.
Algumas crianças ficam com suas mentes poluídas através dos per-
sonagens feios, maus, agressivos e acabam sentindo medo em dormir
à noite, por exemplo; e criam péssimos modelos, exemplos para si. Não
sabem, com seus medos, como se defender daquilo que veem. Como é
importante apresentar esses nossos “heróis” reais espirituais; os santos
e as santas são a Verdade esquecida por muitos sendo ludibriados ve-
394
lados pelo animal.
Você prefere esconder a realidade de seu filho educando-o num mundo
da fantasia, enquanto a alma dessa criança se perde e não alcança vi-
ver no reino de Deus ou prefere educá-lo na Palavra de Deus, na Ver-
dade? Veja o que Deus nos diz em Sua Palavra:
Vicka relata:
397
cado. Portanto, não é Deus quem diz: ‘Você é pecador e vai para o in-
ferno!’ Somos nós que, com a nossa vida, decidimos o nosso destino
final e eterno. Por fim, a Virgem os tranquilizou com estas palavras:
‘Não fiquem assustados. Mostrei-lhes o inferno, para que conheçam a
condição dos que ali se encontram’ ”. Páginas, 115, 116 e 117, do livro
“Medjugorje Urgente”.
Imagina quantos pedidos pode um ser humano fazer nesses luga-
res não divinos, batendo a cabeça, reverenciando os falsos deuses;
deuses dos pagãos e está muito difundido, proliferado neste nosso
mundo e muito disseminado no Brasil com as seitas diversas, crendi-
ces... Enquanto as pessoas procuram por lugares assim, a umbanda e
similares, pelo espiritismo e maçonarias, o enfraquecimento da verda-
deira fé, a apostasia já se tornou o ápice.
E... Que São Jorge estabeleça a sua Ordem nesta face da Terra.
Parte 26
404
de herança do meu pai para poder realizá-lo. Meu sobrinho, a quem
deixei como meu procurador, dando poderes para fazer a venda do
apartamento de herança do meu pai, telefonou dizendo sobre os inte-
ressados na compra do apartamento e tinham confirmado. Havia se
passado um bom tempo até alguém se mostrar interessado no meu
apartamento. Sabia disso e demorou, para eu obter a resposta de fato!
Havia me retirado para a peça da biblioteca, onde fica meu pequeno
altarzinho para conversar com Nossa Senhora, com Deus, com Jesus
Misericordioso, uma imagem na parede, como também da Santa Face
de Jesus Cristo. Conversei, rezei e pedi um sinal, algo para me dizer da
importância do livro. Que se realmente fosse da vontade de Deus, en-
tão o apartamento seria vendido. Já se passara mais de um ano e por
isso, desejava um sinal, algo que me dissesse da real necessidade do
livro. Alguém tinha mostrado interesse, mas nada da confirmação! Es-
tava na cidade maior com meu esposo onde ele faz os atendimentos
em terapia, na cidade maior. Meu celular tocou. Era o sobrinho, encar-
regado da venda. Ele me comunicava pelo celular a venda do meu
apartamento para aquela semana. Fiquei feliz e imediatamente pensei
no dia, na data deste acontecimento. Era 13-05-2013. Treze de maio!
Dia e mês em que Nossa Senhora de Fátima fazia tudo acontecer da
Sua parte. E eu pedira a Eles, minha família celeste, um sinal. E a ven-
da do meu apartamento de herança do meu pai foi consumada dia 15-
05-2013. Para mim, na Leitura da Vida acostumada a perceber Deus, a
entregar a Deus as minhas situações aquela data fora um sinal. Como
se dissesse assim: “Vá adiante!; Confie”! Além de ser uma data históri-
ca, o 13 de maio, Abolição da Escravatura, a minha atenção principal
estava na data histórica religiosa. Aparição de Nossa Senhora de Fáti-
ma às três crianças, em Portugal, dia 13-05-1917. Esta é a data que me
interessava: histórico-religiosa.
Eu estava para viajar com meu esposo para a Inglaterra e passa-
405
ríamos antes por São Paulo. No dia 18-05-2013, nossos passaportes
foram carimbados. Estávamos na Inglaterra.
É Nossa Senhora de Fátima norteando este meu livro; o assunto é
espiritual. Foi essa a Mãe e é essa a Mãe a nossa companheira, nossa
Mãe amorosa e preocupante com a Humanidade e junto a Ela me sinto
Chamada a participar dos acontecimentos a nível espiritual juntamente
com o meu testemunho de vida. Domingo, 12 de maio, Dia das Mães,
eu fora à missa numa igreja cujo nome é Nossa Senhora de Fátima. A
igreja fica localizada a uns 15 quilômetros, talvez menos, da minha ca-
sa. Essa igreja fica poucos quilômetros além da igreja São João Maria
Batista Vianney. Queria a proteção da Boa Mãe na nossa viagem para
a Inglaterra. Queria agradecer pela oportunidade, pela vida nos propor-
cionar a ida até lá; a vida é composta por Eles. A vida somos nós aqui
na Terra, mas Eles a nos acompanhar no Tempo de Deus.
Verdadeiramente?
Senti a resposta da Mãe para as minhas necessidades, Dela para
comigo, para com meu trabalho que é muito pessoal; trabalho solo, em
consonância com Suas Verdades. Tivemos todos os dias do ano para a
notícia da venda do apartamento ocorresse; no entanto, chegou nesta
data: 13 de maio. Como poderia passar despercebida essa data? Co-
mo? A 13 de maio de 1917, Nossa Senhora de Fátima aparecia para
Lúcia, Francisco e Jacinta. Para mim, esse foi o meu sinal, a minha sig-
nificação, a de que o livro tinha que sair, sim, pois não acredito em sor-
te; em minha vida, na caminhada em Deus chamo de Providência Divi-
na. Esta é uma obra visando aproveitar uma história de vida real muito
embasada no espiritual em consonância com o livro espiritual de Nossa
Senhora. O intuito em ajudar, testemunhar uma realidade muito pouco
falada, com uma história que não é mais minha, mas da Vida. Meu de-
sejo é contribuir na fé. Contribuir no amor. Testemunhar Deus e sua
ação real nas nossas vidas quando nos deixamos agir por Ele. Repito
406
que, com Nossa Senhora revelando as barbáries sobre a maçonaria
eclesiástica, me senti forte para, juntamente com Ela, somar as devidas
forças do constado na vida sobre o Mal: as forças espirituais maléficas.
O livro é para Nossa Senhora e para Deus Pai. Não acredito em coinci-
dência, para quem se dedica ao que é do Alto, para quem se dedica ao
que é de Deus: chamo de Providência Divina. Sinto que minha família
celeste sabe o quanto Os amo e o quanto estou dando minha vida pela
causa para a Igreja Católica: a Igreja fundada por Pedro!
Uma vez, me deparei com algo e tomei nota no meu caderno; um
pensamento e não é meu, mas achei feito sob medida para mim. Dizia
assim, sobre o Segredo da Felicidade:
“Ter um ideal a realizar; ter alguém para amar; abraçar uma causa
pela qual vale a pena viver, lutar e morrer!”.
Eles sabem o quanto levo esta vida a sério justamente pela obser-
vação da aridez, a falta de Amor numa família, por exemplo; pela falta
do viver no grande Amor de Deus, de Maria e de Jesus Cristo, força e
salvador, redentor para cada alma. A falta desse Amor serve para o Mal
entrar e trazer a infelicidade de maneira fácil e intensa às pessoas, pois
não possuem defesas no Bem, no Divino. Senti a resposta da Mãe para
eu vender, sim, o apartamento. Senti chegado o Tempo! Vai demorar
até mandar a uma editora e escolher uma de confiança, faça a impres-
são e possa rever tudo e dar meu ok, até a capa, etc. Deus proverá tu-
do. Sempre me lembro das palavras de Bárbara Maix dizendo:
408
tarmos juntas. Não somente ela; nós também contamos os dias para
poder pegá-la nos braços, dar colinho, passear de mãos dadas, contar
histórias, fazer passeios de carro, ouvir as músicas preparadas pelo
avô, gravadas, selecionadas: músicas infantis, músicas nossas, das
quais gostamos tanto, e ela, algumas, acompanha comigo. Músicas ou-
vidas nas viagens de carro, as brincadeiras as mais variadas, realiza-
das pelo avô do coração. São os bálsamos de amor, remédio a conta-
gotas, pois em lugar algum encontramos a não ser em quem sabe
amar. Sei bem a inexistência do amor. Sei o mal da ausência desse
sentimento. Sei bem o que foi ser o que sou estar na posição em que
estou. Foi uma montanha alta escalada, uma montanha existencial.
Ano passado, final de dezembro de 2012 e início do ano novo, no-
vamente fizemos uma viagem para passarmos o Natal e Ano Novo com
eles: nossa neta, filha e genro. Foi o Natal mais lindo em toda a minha
vida, porque foi como sonhei.
E o amor? Não é a força impulsionadora? Essa força ao lado do
meu amor, homem-certo e quem percebera meu coração; se dispõe
com seu amor também a nossa ida até eles, mesmo com tantos com-
promissos.
O amor é a essência de tudo e força transformadora. Esse é o
meu pensamento. Então, Deus nos ajudou; foi como Deus quis e fiquei
muito, muito agradecida. Considero a Inglaterra um país belíssimo!
Mais ainda: romântico! Nessa estação primaveril e princípio de verão, é
um sonho para quem ama as plantas, as folhagens, as árvores, e o que
dizer das flores?! As rosas são enormes! São graúdas e lindíssimas,
pois apreciam o clima. Para quem curte o friozinho e solzinho, é a co-
munhão perfeita; para nós, meu esposo e eu, vivemos muito bem nesse
clima da Inglaterra. Entretanto, o idioma dificultaria muito para mim, se
residisse na Inglaterra. Não impossível, pois aprendi com a vida; não
posso negar um caminho a percorrer na vontade de Deus. O idioma, o
409
inglês, esse é um dado mostrando a mim o quanto não faço parte da
Inglaterra. Outra dificuldade é o dirigir, pois o lado da direção dos veícu-
los é o contrário dos nossos; o câmbio é feito com a mão esquerda e
não com a direita. A posição da direção do carro é contrária a nossa:
oposta!
Minha filha fala fluentemente o inglês britânico e até a neta com
seus cinco aninhos já me ensina o inglês que, a princípio, tornara-a
uma “alienígena” nos primeiros meses sofridos na escolinha, na qual
ainda não interagia com as outras criancinhas inglesas, a não ser por
gestos. Em 5 meses, estava conversando perfeitamente com os cole-
guinhas. Criança corajosa, valente! Enfrentar tantas mudanças de uma
cultura tão diferente da nossa e morar em 3 países diferentes: Brasil,
Portugal e Inglaterra. Aos poucos, foi vencendo suas dificuldades de
pequenininha, como o apartar-se dos avós a quem tanto ela amava e
ama e nós a ela. Fazíamos o nosso possível, o melhor, pois sentíamos
o sofrimento da separação e sentíamos as provas enfrentadas pela pe-
quenina numa cultura diferente, idioma, escolinha nova, coleguinhas
novos, pais enfrentando a busca por empregos. Não sei. Talvez, esses
sentimentos sejam mais meus do que dela. Muitas vezes, a saudade
sentida era muito forte e pensava em como tão pequenina, se virava em
terra estrangeira. Coisas de avó. Pensava: será os pais falam com ela,
dispõem de tempo para a pequena em diálogo sincero, explicando so-
bre a vida? Pensava: os pais são jovens... Assim como tantos pais,
geralmente no afã de suas conquistas pessoais esquecem-se do ele-
mentar: a conversa, a atenção ao pequeno, a importância do amor.
Chorava... Sim, chorava ao pensar por mim; por ela ou por mim?
Seriam somente meus os sentimentos? E para se comunicar, dizia à
professora dela, fazia gestos, no princípio. Ora, isso me faz pensar so-
bre a vida. As maneiras das quais muitas vezes nos encontraram criati-
vos forçosamente para as nossas defesas... Na minha concepção, sen-
410
tia um serzinho indefeso, tão pequeno, passando por uma realidade tão
outra! Sempre fora assim, meio nômade, enquanto nascera na Inglater-
ra. Inglaterra–Brasil; Brasil–Portugal e Portugal–Inglaterra. Por isso, a
saudade! Por isso, o Amor! Por isso, a Preocupação! Por isso, então, a
ocupação para fazer alguma coisa e ficar no Amor ao lado da nossa
pequena.
Estivemos na Inglaterra também em outras estações. Experimen-
tamos o Inverno, o Outono, Primavera e Verão. No Inverno, tudo muda.
Não se vê uma única folha nos ramos das árvores: tudo seco! O frio é
intenso, mas diferentemente do Brasil, aqui há calefação em todas as
casas, casas comerciais e pubs. Então, um bom calçado nos pés, um
bom casaco, gorro, luvas e manta, o frio é enfrentado na rua. Aqui na
Inglaterra, a violência não é acentuada como no Brasil. Consegue-se
sair às ruas bem, à noite. Há quem saia de casa e não precisa fechar a
porta da casa. Há inúmeras casas sem muros e os jardins ficam à mos-
tra. Mas a vigilância é muito boa também. Há quem pense que a Ingla-
terra só possua prédios, lojas movimentadas, muitos carros, ônibus e
tudo muito sofisticado. Sim, possui isso tudo, mas não somente isso; os
campos daqui são magníficos. Muitas árvores frondosas com suas nu-
anças variadíssimas e incrivelmente belas. Esta é a Estação do ano em
que vivo aqui: a passagem da primavera e verão. Quase dois meses
morando em meio a elas: as árvores frondosas. Amamos o verde, os
campos extensos avistados por todos os lugares onde passeamos. Os
parques e as pracinhas são bastante frequentados pelos pais e pelas
crianças. No verão anoitece as 9,30, mas no inverno às 4,30 escurece
totalmente. As Estações se diferenciam muito! Bela lição de vida. O
Tempo das chuvas, dos dias frios e céu acinzentado, no inverno, as
árvores ficam completamente desfolhadas e os jardins das casas sem
flores; tudo renasce e origina uma vida plena realmente abundante na
primavera e no verão. As plantas se reservam quietinhas, no inverno,
411
parecendo não ter vida. Mas, pelo contrário, quietinhas, elas se fortale-
cem no silêncio desértico existencial e em toda plenitude da força re-
servada mostram em exuberância a vida na estação primaveril. Essa
observação se faz no sul do Brasil também; entretanto, é tão marcante
isso aqui na Inglaterra, onde a exuberância das imensas árvores copa-
das centenárias contrasta dessa visão para uma oposta, no Inverno,
quando a noite chega ao meio da tarde; a paisagem mostra-se bucólica
sem o colorido verdejante que outrora enchia nossos olhos.
Estava comentando do Natal; passamos com a neta e seus pais, o
Natal mais feliz. Quando penso ter saído de tão longe, atravessar o
oceano viajando de avião, uma noite inteira, enfrentar os movimentos e
atrapalhações de aeroportos para poder ficar junto da minha amada,
me emociona e valorizo cada instante. São momentos raros, únicos.
Poder ver meu esposo, minha filha, neta e genro em direção à igreja na
noite de Natal e poder rezar em união é muito importante para mim.
Momentos assim foram feitos de conquistas, de sacrifícios, de abnega-
ções e doações nos quais o Amor foi o impulso. Fomos juntos, na noite
de Natal, a uma igreja católica; rara, pois há poucas igrejas católicas na
Inglaterra. Fomos à igreja de Nossa Senhora do Rosário, mais próxima
ao local onde minha filha reside e meu genro. Encontrar igrejas católi-
cas na Inglaterra, um país cuja religião é anglicana (chamam também
de Igreja da Inglaterra — Church of England), me emociona muito. Ir a
uma igreja no Brasil é simples, fácil; mas não tenho esta mesma auto-
nomia na Inglaterra, por causa do idioma, por ser um país com uma cul-
tura muito diferente da cultura brasileira. A minha dependência as ou-
tras pessoas fica maior.
A Igreja de Nossa Senhora do Rosário (Lady of the Rosary Catho-
lic Church), na qual passei o Natal, estava quase às escuras; o que a
mantinha iluminada eram as chamas das velas. Todas as pessoas se-
guravam-nas nas mãos. As letras dos cantos eram colocadas em mais
412
de uma tela espalhadas na igreja; assim, os fiéis podiam acompanhar
as belíssimas músicas natalinas cantadas pelos ingleses católicos. As
melodias eram cantadas pelos ingleses de maneira suave, muito suave
e compassada. Parecia um grande coro ensaiado previamente. Achei
um encanto o vivido por mim. Realmente estava noutro país, onde se
possui experiências diversas, onde a cultura é outra, mas o Amor Uni-
versal une igualmente a todos em momentos como esse. Ali, não preci-
sava saber o idioma, pois cada passo da liturgia da missa instintivamen-
te vivia como se fosse ao meu país. Acompanhava o sacerdote em meu
coração como se tivesse vivenciando no meu país.
Deus sabia de mim. Ele sabia que eu estava com Ele, com Jesus Cris-
to, com minha Mãe amada, mesmo não entendendo o sacerdote em
seu idioma. Ali, sentia a presença da minha família celeste; na Eucaris-
tia Cristo estava comigo. Ali, estava em casa. Ali, me sentia envolvida
pelo Amor Universal: o de Cristo Nosso Senhor. Mesmo estando em
qualquer lugar do mundo, como é magnífica a existência desse Amor
Universal! É ali o sentimento como verdadeiro o que se costuma dizer
numa missa:
413
Aquele coral composto por todos os fiéis ingleses, na igreja de
Nossa Senhora do Rosário, cantou a tradicional canção natalina Noite
Feliz. As vozes saiam docemente, suavemente, pareciam querer emba-
lar com aquela canção melodiosa o bebê que nascia e trazia ao mundo
a Luz, a Salvação, a Redenção. Foi simples, foi sublime! Foi uma noite
lindíssima e emocionante!
Depois da missa, fomos para casa e tivemos uma ótima ceia nata-
lina com uma mesa ao estilo europeu, colocada por meu genro. Muito
fizeram por mim enquanto estive na Inglaterra para ficar com minha ne-
ta. Muito! Não passei um domingo sequer sem ir às missas. Meu espo-
so foi comigo a todas as missas aos domingos e muitas durante a se-
mana, depois de largar a pequena na escola. Às vezes, optávamos por
conhecer as aldeiazinhas inglesas nos arredores. São pequenas cida-
dezinhas lindas! Muito lindas! Na visão de quem é turista então, tudo se
torna um encanto!
Não sei dirigir, não sei o idioma e no GPS procurávamos as igrejas
mais próximas: a de Nossa Senhora do Rosário (Lady of the Rosary
Catholic Church) e a de São Miguel Arcanjo (St. Michael Catholic
Church). Esta última, a de São Miguel, foi a mais frequentada por nós.
Sentia uma grande emoção ao entrar ali. Logo à entrada da igreja de
São Miguel Arcanjo uma imagem enorme de bronze, do Arcanjo São
Miguel. Uma lança enorme apontava para a cabeça do Demônio; a lan-
ça apontava bem para o centro da cabeça do Animal. O Mal representa-
tivo; parecia até uma cabeça de cachorro grande e mau. Olhava admi-
rada para o Arcanjo e fazia meus pedidos. Sempre pedindo proteção
contra o Mal para os meus a quem tanto amo. Pedindo proteção para
meu esposo, pois São Miguel Arcanjo é o Padroeiro dos Judeus e meu
esposo é de origem judaica.
414
lica e a tentação impura. Arma-vos ciladas terríveis e, muitas vezes,
procura empurrar-vos para o meio do perigo; até mesmo fisicamente
ele atenta contra a vossa vida e incolumidade. São Miguel Arcanjo, Pa-
droeiro da Igreja Universal intervém com seu grande poder e passa a
combater para libertar-vos do maligno e de suas perigosas ciladas. Por
causa disto, convido-vos a invocar a sua proteção com a recitação diá-
ria da oração de exorcismo, composta pelo Papa Leão XIII, oração bre-
ve, mas muito eficaz.” Página 403. “Aos Sacerdotes, filhos prediletos de
Nossa Senhora”.
Na fileira da esquerda:
415
1. St. Michael (participava das missas sempre bem pertinho dele)
2. St. Peter
3. St. Andrew
4. St. Agnes
5. St. David
6. St. John Fisher
7. St. Margaret Clitheroe
416
sobre mim, sobre a Igreja. Gostava de contar o Sete do Bem para cada
lado dos santos naquela igreja, pois era uma dobradinha dos 7 do Bem!
14 santos.
As minhas observações sobre o Mal começaram a surgir por meio
daquelas exigências daqueles demônios que “incorporavam” naquele
homem, mentor da umbanda a qual minha mãe frequentava. Com 7
anos de idade o umbandista disse para a minha mãe para colocar so-
bre as minhas costas uma capa roxa; e com a capa roxa, de pé e segu-
rando uma vela nas mãos ficara prestando “aquele serviço” em frente
ao conga dos falsos deuses.
Um dia ao me dirigir, de ônibus, para a escola municipal lecionar,
lera num lugar de comércio: Fruteira do Senhor Sete. Comecei a obser-
var outros setes na vida e criei a minha Teoria e Tese a respeito aos 7
do Bem e dos 7 do Mal.
Com que tamanha alegria, emoção, caminhava entre os santos da
St. Michael Catholic Church vendo as dobradinhas dos Setes! O 7 do
Bem, para Deus Amoroso e Misericordioso. Tenho guardado comigo
uns escritos copiados; peço perdão por não saber o autor ou autora.
Nele diz assim:
417
rubarem muitas vezes, a senha é: levantar pacientemente. Convictos
de que o mais importante é ela mesma, a luta. Nas horas de queda, de
fracasso, horas que se torna de depressão, de desânimo, de penúria
espiritual, de humilhação, lembremo-nos de que os santos caíram e se
levantaram milhares de vezes, levantaram-se com sublime confiança
inesgotável. Não duvidemos desta verdade: o que Deus acompanha
com carinho é nosso esforço leal. Porque isto é constatado melhor na
luta do que na vitória. Cada um de nós não tem apenas defeitos. Cada
um de nós tem um defeito dominante. Um defeito que é mais tropeçan-
te, mais manhoso ou mais espalhafatoso, mais insistente, mais persis-
tente, mais impertinente.”
420
filhos de Deus, por Ele amados, remidos e salvos, gozam de uma felici-
dade perfeita e eterna, entoam o canto novo do seu glorioso triunfo. No
esplendor dos Santos, vivei também vós estes dias de dolorosa purifi-
cação e de grande tribulação. Eles estão juntos de vós, ajudam-vos,
protegem-vos com a sua poderosa intercessão e conduzem-vos à com-
pleta atuação do meu materno desígnio. No esplendor dos Santos, sois
consolados no vosso sofrimento e sois confortados nos momentos cru-
entos da luta, contra as poderosas forças do mal, que hoje parecem
dominar. Assim sois chamados a viver as horas dolorosas do vosso
martírio. No esplendor dos Santos, deveis viver os momentos presentes
e carregar o peso da grande prova que já desceu sobre o mundo, para
purificar a humanidade e prepará-la para o seu encontro com o Senhor,
que retorna a vós na glória. No esplendor dos Santos, deve agora abrir
o coração à esperança, toda a Igreja sofredora e peregrina, porque mui-
ta luz do céu, para iluminar e confortar o seu doloroso caminho em dire-
ção ao Calvário da sua imolação. No esplendor dos Santos, continua
esta tua tão cansativa e extraordinária viagem, meu pequeno menino,
chamado a levar a luz de Cristo, a tantas almas obscurecidas pelo pe-
cado, e a levar o amor e o conforto da Mãe, para muitos corações doen-
tes e feridos. Assim sobre cada passo que dás a tua Mãe Celeste fará
florescer a esperança, a confiança e a alegria.” Páginas, 966 e 967.
“Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Senhora”. S. Francis-
Maine, USA), 1º de novembro de 1994 – Festa de todos os santos. Que
assim seja, Amém!
Entre a escrita deste livro e as paradas necessárias da vida, para
atender outras situações, elas foram inevitáveis; inclusive, viajar o mun-
do por pouco que seja. Muito vivi meu dia-a-dia, enquanto escrevia o
livro. Desde atender meu esposo, lidas da casa, atender meus bichi-
nhos de estimação, meu jardim, até as minhas viagens para outros Es-
tados do Brasil acompanhando meu esposo, a trabalho, em diversos
421
lugares. Quando não o acompanho nas viagens, sozinha permaneço e
escrevo. O livro é escrito na paciência, no amor, na dedicação, no
Tempo. Muitas vezes, desejei acelerar os escritos, mas é impossível
atropelar a vida. O livro não é escrito no meu tempo, mas no Tempo de
Deus.
422
423
Capítulo III
Parte 1
424
Ah! Como o mundo seria outro se realmente colocássemos a Pa-
lavra de Deus em prática e vivêssemos os Seus sinais de amor na Ter-
ra oferecidos para todos!
425
Nossa Senhora, quando apareceu aos jovens de Mediugórie, dei-
xou os seguintes avisos:
Você leu quais são as armas usadas para podermos nos defender
das armadilhas do inimigo. O Mal não é percebido por mim somente
como testemunha. Este Mal está no mundo. Quando coloco minhas
questões, neste meu livro, foram questões vencidas aqui onde resido,
particularmente. Sim, questões sofridas antes das conquistas e enquan-
427
to eu viver, sei da existência de outras tantas. Mas qual é a grande dife-
rença para quem soube muito bem o que é ser uma pessoa antes de
Cristo e uma pessoa depois de Cristo? A grande diferença é estar com
Deus, ser de Deus Amoroso e Misericordioso. Deus me mostrou a Vida
como realmente é e acredito me tornar produto para você.
430
rém, este Jesus que proferiu esta frase é o mesmo que teve como um
grande amigo um rico, Lázaro; é o mesmo que respondeu a Judas:
“Pobres sempre o terei convosco”, quando Madalena derramava un-
guento sobre os pés de Jesus e Judas reclamava dizendo: “Por que es-
te desperdício?... Podia-se dar este dinheiro aos pobres”! Madalena
agiu corretamente. E o mesmo Jesus que, ao findar o jejum quaresmal
disse: “Não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da
boca de Deus”. Não somente os corpos, mas também as almas têm
fome. A Teologia errada é a dos que pretendem fazer de Jesus uma
espécie de revolucionário, e nesta linha, chegam inclusive a negar-lhe
a Divindade. Seu único interesse é o da libertação da pobreza, para
construir um mundo mais justo somente nesta terra, e, por este motivo,
todos os interesses permanecem no plano horizontal. Aqui atraiçoam a
Cristo, porque em certo ponto negam o mistério da Redenção. Se Je-
sus buscasse essa libertação não teria morrido na Cruz. Esta é a teolo-
gia que Nossa Senhora condena; mas antes que Nossa Senhora a
condenasse, o autêntico Magistério da Igreja a condenou. Alguns me
dizem: “Mas, Padre Stefano, o senhor não conhece os problemas da
América Latina!”. Claro, e como poderia conhecê-los no espaço de um
mês? Vós os conheceis. Porém, são os mesmos problemas que encon-
trei na Ásia, nas Filipinas, ricaços e grande número de pobres. Portan-
to, é natural que a Igreja se empenhe em criar uma sociedade mais
cristã e mais justa. Digo mais, durante esta minha viagem mantive en-
contros com fiéis e Religiosos em muitos lugares. Depois de lhes falar
sobre Jesus, da necessidade de viver em estado de graça, do dever de
participar da Eucaristia, de lutar contra o pecado, de rezar o Terço, di-
ziam-me chorando: “Muito obrigado, Padre, por nos falar destes assun-
tos, porque os nossos Padres só nos falam, sempre, de temas sociais,
dos pobres, da libertação da escravidão, e nunca falam dessas verda-
des”. Não só de pão vive o homem! Irmãos, reparti com estas almas
famintas o pão da Palavra de Deus.
Concluo. O problema da América Latina... O mundo é um só! En-
contrei este problema bem mais acentuado em certos países da África
431
que visitei, em certos países da Ásia, em toda a Índia. Vi as favelas das
vossas grandes cidades. Vi as favelas do Rio. Porém, não vi aqui o que
vi em Bombaim e em Calcutá: 500.000 pessoas vivem, adoecem e
morrem nas calçadas das ruas! Aí vivem! No entanto, quando estive
em Calcutá para realizar o Cenáculo, que foi feito na casa das Irmãs de
Madre Teresa, pensei: Madre Teresa não inventou a Teologia da Liber-
tação; mas falando concretamente: quem é que realizou mais em favor
destes pobres? Estes teólogos da Teologia da Libertação ou Madre Te-
resa de Calcutá? Respondeis vós mesmos”!
Padre Stefano Gobbi.
432
Verdades até você? Ter sentido na minha alma o poder da redenção,
do existir um Homem, neste mundo, em quem pudesse confiar, para
obter o perdão, a liberdade, uma vida nova, digna, com a força que so-
mente Jesus Cristo dá através da Eucaristia? Quem mata a Jesus Cris-
to a mim mata também. Um ser humano nesta face da Terra numa situ-
ação de necessidade de perdão, de um milagre em sua vida, necessi-
dade de libertação de tudo aquilo que o escraviza, poderia recorrer a
Buda, a Ghandi, a Maomé e a tantos outros homens especiais? Quem é
o Homem possuidor do poder com Seu sangue derramado por nós na
Cruz e sofrimento intenso até essa mesma Cruz, de ser força, proteção,
salvação contra os demônios? Homens podem ser especiais, mas são
comuns, eles dão a Salvação, a libertação da alma? A Redenção?
Nunca! Somente um Homem faz isso por nós: Jesus Cristo enviado por
Deus. Então, imaginem essa fusão de credos, na qual as pessoas ficam
confusas. Isso enfraquece toda a verdadeira fé! O ecumenismo é uma
farsa, pois há pessoas de todas as espécies acreditando nas mais di-
versas figuras nesta face da Terra, e fazendo isso, tentará matar Cristo
enfraquecendo a devoção, o amor, o credo da Igreja Católica. O próprio
Budismo, por exemplo, não possui Deus. Quem se dá a essa prática do
Budismo possui uma visão horizontal na qual a própria pessoa deve
buscar forças para resolver as suas questões. Isto, em minha opinião,
centraliza o poder num só ser, a própria pessoa, como sendo ela mes-
ma a onisciente, onipresente, e desta maneira não se coloca como um
filho de Deus; sendo assim, não existe a visão transcendental ou a pró-
pria Providência Divina atuando numa pessoa.
“Cada ser é discípulo de si mesmo e responsável por sua própria
salvação”2. Neste mesmo site há um depoimento de Arnaldo Bassoli, no
2
http://www.humaniversidade.com.br/boletins/budismo_discipulo_de_si_mesmo.htm
433
qual ele afirma que “refiz o caminho da minha espiritualidade, me tor-
nando budista”. Continua no site: “a culpa era uma carga familiar, com
formação católica, muito forte na vida de Arnaldo”.
“Com a meditação budista é possível mudar o estado de consci-
ência e tornar quem você é” - diz Arnaldo.
Coloquei o exemplo acima para mostrar as preferências, os cami-
nhos espirituais dos quais uma pessoa pode seguir; são muitos. Para
uns, o catolicismo não serve; para muitos é o verdadeiro caminho da
salvação de uma alma. O catolicismo pode não servir, porque também
para muitos é conveniente um olhar horizontal, ou seja, um olhar para o
mundo, para as petições mundanas. Onde tiver realmente que ocorrer
mudanças, uma conversão ela poderá ser sofrida, dolorida, abnegação
de algo, muitos não aceitam; prefere viver algo condizente com as suas
conveniências próprias e continuar com as mesmas atitudes. Um viver
para si mesmo sem prestar conta a Deus da Santíssima Trindade. É
considerado pecado pela Igreja Católica Apostólica Romana e onde a
Confissão ou a Reconciliação com Deus deverá ser realizada e procu-
rar não pecar. Então, realmente o catolicismo acaba por não servir a
todas as pessoas; essas pessoas acabam por recorrer a algo e eles
mesmos denominam “uma religião considerada moderna, pois se ade-
quoa às tendências deste fim de milênio e se baseia no autoconheci-
mento, ou seja, cada um é responsável por sua própria salvação”.
http://www.humaniversidade.com.br/boletins/budismo_discipulo_de_si_
mesmo.htm
Percebe-se então, que Jesus Cristo é inexistente como o grande
mediador entre o Homem e Deus, o Filho de Deus feito Homem no Bu-
dismo. É inexistente como Pessoa vindo ao mundo para nos dar a Sal-
vação e a Redenção. Não desejo entrar na profundidade da questão,
pois como Católica Apostólica Romana e divulgadora das Mensagens
de Nossa Senhora de Fátima fica claro quando Ela diz que, seguir os
434
Dez Mandamentos da Lei de Deus e como único mediador Jesus Cris-
to, na salvação das almas para nós Católicos, cristãos, é fundamental.
Cada qual deverá fazer suas opções de vida de acordo com a sua
consciência. A trama ardilosa, como diz Nossa Senhora, da maçonaria
eclesiástica, com o intuito de formar uma falsa Igreja e um falso Cristo
por meio do ecumenismo, considero uma hipocrisia, vai conduzir ao
ápice da Igreja autoridades poderosas a implantar esta nova ideologia;
a enfraquecer a verdadeira fé e o verdadeiro Deus Uno e Trino; o Deus
da Santíssima Trindade. Fiquem atentos, então, ao futuro. É a mentali-
dade do tudo pode e no tudo pode, o domínio de um só. A perfeita e
completa farsa.
“A paz não virá ao mundo pelos encontros daqueles que vós cha-
mais de os grandes desta terra nem dos seus recíprocos pactos. A paz
pode chegar a vós somente pelo retorno da humanidade ao seu Deus,
por meio da conversão, à qual neste meu dia ainda vos chamo, e, por
meio da oração, do jejum e da penitência”. Página 607. “Aos Sacerdo-
tes, filhos prediletos de Nossa Senhora”.
436
e um falso Cristo. Não sou eu quem está a dizer, falo em nome de Nos-
sa Senhora, a Mãe Celeste. Estamos vivendo momentos muito difíceis;
tão difíceis e na Palavra de Deus, encontramos assim:
Lc. 18,8 “Digo-vos que em breve lhes fará justiça. Mas, quando vi-
er o Filho do homem, acaso achará fé sobre a terra?”.
“Por acaso não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que estão
clamando por ele dia e noite? Porventura tardará em socorrê-los?”.
437
escravos para sempre se não acordados a Tempo. Um governo se
somando ao clero do Mal terá em suas garras a forma de saciar de
bens aquela fração do inteiro da maçonaria eclesiástica e lojas maçôni-
cas desejosas, ou seja, disputando o poder espiritual no topo do Vati-
cano. Alimentados fortemente do dinheiro, cujo vínculo, a maçonaria,
seita secreta da confraria dos homens possuem entre eles, tornam-se
fortes suficientemente para mandar e desmandar. Passam então a im-
por as suas normas, suas leis como desejam e nós os cidadãos nos
tornaremos bonecos, marionetes joguetes nas mãos de satanás. Esse é
o plano da maçonaria eclesiástica, os racionais apóstatas, sem a Lei de
Deus Pai, mas a Lei de satanás. Conjuntamente a eles os demais ma-
çons envolvidos na teia do ardil da ajuda mútua através do dinheiro.
O Plano é criar uma falsa Igreja um falso Cristo através da Igreja Única
Universal. Criar o Ecumenismo sórdido e colocar a Igreja Católica Apos-
tólica Romana nessa Barca furada. O Plano é acabar com Cristo na
Eucaristia retirando-O do Centro das igrejas do Sacrário para colocá-Lo
a escanteio e aos poucos o poder ficará nas garras satânicas dos raci-
onais apóstatas. A gota caída no copo ao ponto de fazer a água embor-
car para mim, foi observar que, na minha capital Porto Alegre, eu mes-
ma vi, ninguém me contou, igrejas praticamente nuas em seu altar cen-
tral, ou seja, Cristo vivo ali sendo respeitado como Rei dos reis não se
vê. Está realmente a escanteio. Em seu lugar colocam a Cruz de Jesus
Cristo, mas Ele vivo sendo reverenciado com a lamparina acesa e no
centro das igrejas isso já não mais está existindo. O poder maçônico
está dentro da Igreja católica e sorrateiramente suprimindo Cristo. Aos
poucos deseja fazer esquecida a Divindade de Jesus Cristo, o Sagrado
para apresentar somente um Cristo social, preocupado com o social e
falsamente preocupado com o povo. Iniciam-se assim os pedidos para
manter essa e aquela instituição e isso em plena Igreja. Acontece que,
não é desse pão com fermento a precisão da Humanidade, de cada ser
438
humano. A precisão, a necessidade está no alimento que dá a força a
salvação na Eucaristia, o Pão da Vida. Sabendo dessa força satanás
arma o Plano diabólico para subtrair a Eucaristia da vida das pessoas e
em seu lugar apresenta um Cristo social. Então, quanto mais pobre um
povo for, quanto mais incapaz um povo for, quanto mais mulheres “fa-
bricarem filhos”, forem vulgares, imorais, melhor será a Humanidade de
amanhã. Mais desgraças acontecerão mais matanças, mais sangue,
mais “camisinhas” vendidas por conta do sexo livre sem limites na Lei
de Deus, os Mandamentos. É assim que o animal vem conduzindo a
Humanidade e falta dar o bote final. Satanás prepara seu plano para
ficar no topo, ou seja, na Cabeça da Igreja. Então, a moral já não existi-
rá como valor, pois a imoralidade, publicamente, não será considerada
como pecado; a confissão não existirá, pois o pecado não existindo,
qual seria o valor do sacramento da confissão ou reconciliação com o
verdadeiro Deus? E assim por diante... Comendo pelas mãos deles,
dos governantes, numa preocupação falsa com os pobres e o fazer a
caridade num plano horizontal somente, muitas pessoas voltam a viver
como o povo do Egito no Antigo Testamento. Precisou vir um homem
especial, Moisés, para libertar o povo judeu da escravidão do Egito e o
guiar para a Terra Prometida. Mas não estamos no Antigo Testamento.
Vivemos o Novo Testamento. Temos Nossa Senhora, a Estrela que nos
guia. Temos Jesus Cristo como o Messias e Salvador. Jesus Cristo é a
nossa liberdade. A Divindade está em Jesus Cristo Eucarístico. O Seu
Corpo recebido na hóstia consagrada, Seu Corpo e Seu Sangue. A Eu-
caristia: o Pão da Vida! Na Eucaristia: a Força! Na Eucaristia: a Luz! Na
Eucaristia: a Salvação! Na Eucaristia: a Libertação! Este é o verdadeiro
espiritual divino: o Pão da Eucaristia. Com o Tempo, tudo se enfraque-
cerá aqui na Terra caso aceitemos essa hipocrisia do ecumenismo do
jeito que nos encontramos. O basta deverá ser dado. O espiritual do
Mal que deseja a mistura de credos, para que assim não houvesse ja-
439
mais a ligação da Verdade entre o Céu e a Terra. A apostasia imperan-
do e satanás vencendo. A apostasia imperando e a Morte surgindo!
Mais doenças misteriosas incuráveis! Mais assassinatos, violências,
pessoas sem moral, sem ética, sem escrúpulos, do jeito que o animal
deseja, pois que o reino dele se constituiria aqui na Terra. Você poderá
pensar que já está do jeito que o animal deseja. Concordo. Ele está es-
perando o Tempo para dar o bote da serpente final e largar de vez o
seu veneno na Humanidade. Afirmo, ainda, não ficará pior, porque exis-
te quem esteja num determinado viver em pecado e obterão o abrir dos
olhos. Viverão o Tempo da Misericórdia, pois Deus está proporcionando
e a Virgem Mãe Santíssima, para reconhecerem os seus pecados e
para terem a oportunidade de conversão. Não chegarão a tempo de cair
totalmente no abismo, nas trevas. Por isso, estamos aqui. Por isso, lu-
tamos. Por isso, estou aqui e sei existirem pessoas conscientes das
barbáries, das ciladas, das armadilhas de satanás para a Humanidade.
Não desejo esse mundo como avó e mãe para filhos e netos
meus! E você, meu querido? Porque sabemos se a Humanidade deve
possuir alguma coisa, essa coisa, esse elemento, é a educação em
Deus. O maná é dado por Deus por aqueles que O procuram. Obvia-
mente um governo baseado em Deus Verdadeiro da Santíssima Trin-
dade, governo que estivesse primando pelo Equilíbrio, buscaria propor-
cionar tanto a formação em Deus Verdadeiro quanto em uma sociedade
mais justa, fraterna, no ensino da educação N’Ele e em Jesus Cristo
Divindade; também proporcionando salários mais justos, facilidade nas
conquistas de moradias e emprego, mas no Equilíbrio entre o espiritual
divino e o material.
Ainda no término da página 377, do livro de Cesca, “Medjugorje
Urgente”, ele diz:
440
ruína pode ser evitada se os homens voltarem a Deus. O futuro da hu-
manidade depende também de mim, de você, de cada um de nós”.
441
Capítulo III
Parte 2
Forças Espirituais
“O meu tempo, meus filhos prediletos, não se mede pelos dias. O
meu tempo mede-se apenas pelo pulsar do meu Coração de Mãe. Ca-
da pulsação do meu Coração assinala um novo dia de salvação e de
misericórdia para vós, meus pobres filhos. Por isso convido-vos a viver
só na confiança. O vosso tempo deve ser medido pela confiança no
442
amor misericordioso do Pai e na ação da vossa Mãe do céu”. Página
130. “Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Senhora”.
“Embora Mirjana diga que chora quando pensa nos segredos, os in-
térpretes de Medjugorje veem uma luz no fundo do túnel: a ameaça exis-
te, mas o castigo pode ser evitado. Não se trata de coisas inevitáveis.
Pense-se no caso de Sodoma e Gomorra, em que Deus se mostrava
disposto a poupá-las, se encontrasse nelas ao menos dez justos (Gn 18,
16-32). Pense-se na pregação de Jonas, que conseguiu evitar a ira de
Deus sobre Nínive (Jn 3-4). Por isso, em Medjugorje, Nossa Senhora re-
pete que “a oração e o jejum podem impedir a própria guerra”. (21-07-
82).
Que “o castigo virá, se o mundo não se converter. Convidem as
pessoas a se converterem: o futuro do mundo depende da sua conver-
são”. Página 377. Livro de Olivo Cesca.
450
que foi dito: ‘Olho por olho e dente por dente!” E, porém, vos digo: Não
enfrenteis quem é malvado! Pelo contrário, se alguém te dá um tapa na
face direita, oferece –lhe também a esquerda! Se alguém quiser abrir
um processo para tomar a tua túnica, dá-lhe também o manto! Se al-
guém te forçar a andar um quilômetro, caminha dois com ele! Dá a
quem te pedir e não vires as costas a quem te pede emprestado. Vós
ouvistes o que foi dito: ‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo!’
Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que
vos perseguem! Assim, vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos
céus, porque ele faz nascer o sol sobre maus e bons, e faz cair a chuva
sobre os justos e injustos. Porque, se amais somente aqueles que vos
amam, que recompensa tereis? Os cobradores de impostos não fazem
a mesma coisa? E se saudais somente os vossos irmãos, o que fazeis
de extraordinário? Os pagãos não fazem a mesma coisa? Portanto, se-
de perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito!”
Coloquei para você, querido leitor, alguns títulos apenas, para for-
ner esperança para nós católicos. Não se chega à vitória sem antes
passarmos por certas situações. Para vencer o Mal, precisaremos nos
vencer. Precisaremos vencer, assim como Jorge que venceu suas vai-
dades, seus pecados variados; como variadas são as pessoas. Cada
pessoa possui sua consciência perante Deus, nada poderá esconder.
Mais do que nunca em todo o tempo da História da Humanidade
precisamos de engajamento, de união em todos aqueles que se diz de
Nosso Senhor Jesus Cristo. Afinal, é a Mãe, Nossa Senhora a Rainha
da Paz, que deseja a purificação da Igreja Católica na qual os Papas se
fazem sucessores de Pedro, o primeiro apóstolo que representou a
Igreja para conduzir o seu povo. Nós, os fiéis cristãos, podemos aceitar
o convite de Nossa Senhora da melhor maneira que pudermos respon-
der. A questão da consciência de cada pessoa vem em primeiro lugar
pensando que perante Deus Pai estará nu; D’Ele, nada passará des-
percebido. Ele lê os nossos corações e as nossas mentes e nos fará
julgamento.
453
A questão da conversão. Nossa Senhora em nenhum momento
nos deixa que devemos sair do Catolicismo para sermos um Adventista
ou vice-versa e procurar outras religiões além desta. Temos que pros-
seguir em Cristo e unidos. A conversão deverá acontecer através de
nosso interior com mudanças de comportamento primando por uma
consciência pura, por mais orações e a oração de Consagração ao
Imaculado Coração de Maria. A reza do Santo Rosário muito pedido por
Nossa Senhora. A confissão em dia e a Eucaristia. O cuidado em expor
o Santíssimo em adoração. Não somos nós, os fiéis Católicos de Todo,
que erramos, embora com a nossa parcela grande de rejeição e aban-
dono a doutrina da Igreja. A Humanidade contribuiu através da desobe-
diência gradativa pelo desejo de não se confessar e não procurar Cristo
Eucarístico. A observância da Bíblia, da Palavra de Deus como condu-
ção das vidas individuais, alicerçada em Deus foi negligenciada. Enfra-
queceu-se tanto a Igreja quanto muitos fiéis que rejeitaram o seu ensi-
namento e optaram pela própria liberdade de ações não condizentes
com os princípios morais, éticos, valores etc., propostos pela Igreja Ca-
tólica. Muitos na sua onipotência, sem pensar em Deus, encaminharam
as suas próprias vidas procurando por tantas seitas, credos falsos,
crendices, sem uma constituição sólida da Bíblia — que é a Palavra de
Deus. Por sua vez, os próprios Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa
Senhora, muitos deles, foram negligenciando Deus Pai e Seu Filho,
passando uma explicação natural, racional da Palavra de Deus. O Mal
se fortaleceu como um Todo e está no interior da Igreja Católica, com a
besta negra, a maçonaria eclesiástica. É uma conjuntura. Nossa Senho-
ra nos deixou para não nos afligir, pois isso já estava predito no Apoca-
lipse.
Na Bíblia, que é um dado epistemológico, o professor Quadros,
não encontraria essa explicação de Nossa Senhora de Fátima, como
também, jamais encontraria a resposta do telespectador que lhe per-
454
guntou se os maçons fazem pacto com o diabo. Essa questão não seria
encontrada na Bíblia, de maneira racional, teórica.
Questões como essas somente a Vida poderá responder. Mais
precisamente Nossa Senhora, a Rainha da Paz. Somente Ela como
uma Estrela Guia poderia chegar até nós para iluminar o que acontece
nas sombras com a maçonaria eclesiástica e lojas maçônicas. Assim,
encontrar o nome da maçonaria como tal, na Bíblia, nunca iriam encon-
trar, mas encontram na Bíblia que existe satanás; encontram na Bíblia
que existem sentimentos como o ódio, o amor, males em geral; a Bíblia
nos deixa exemplos de pessoas num Ontem, num Hoje e num Amanhã
que sempre trarão com eles tais sentimentos. Esses males, sentimentos
de soberba, o desejo pelo poder, a vaidade, o ódio, ciúmes, inveja, não
são estáticos. Eles se fazem movimento na Vida; sentimentos em mo-
vimento nas almas das pessoas de Ontem, de Hoje e de Sempre. Não
encontraremos na Bíblia escrito o nome da religião Adventistas do Sé-
timo Dia ou Testemunhas de Jeová ou os Católicos e nem a umbanda
ou quimbanda etc. Mas sabemos da existência de todas elas e muito
mais. A Vida é constituída pelo povo de Deus que ora faz ações que
agradam a Deus e ora caminha em direção contrária aos preceitos de
Deus. É o que está a acontecer nessa ação contrária da maçonaria e
suas lojas maçônicas com a infiltração de sacerdotes e até bispos ma-
çons na Igreja Católica.
A Boa Mãe, por exemplo, no cenáculo espiritual realizado em Mi-
lão, 31 de dezembro de 1995, última noite do ano, vem deixar o “Gran-
de sinal da divina misericórdia”. Algumas passagens que Nossa Senho-
ra de Fátima nos deixa:
Continua adiante:
“Afastai-vos do pecado e do mal, da violência e do ódio, do culto
que sempre mais é dado a satanás e aos ídolos do prazer e do dinhei-
ro, da soberba e do orgulho, do divertimento e da impureza. E caminhai
pelas estradas renovadas do amor e da bondade, da comunhão e da
oração, da pureza e da santidade. Assim vos tornais vós mesmos sinais
da divina misericórdia para a humanidade arrastada pela tempestade
de indizíveis dores no tempo em que a grande tribulação está chegando
ao seu vértice. Por isto vos chamo cada dia a seguir-Me. Eu sou a Mãe
do belo amor e da santa esperança. Eu sou a Rainha da paz e a aurora
que anuncia tempo novo que vos espera e que sempre mais se aproxi-
ma. Multiplicai em toda parte os Cenáculos de oração que vos pedi.
Sobretudo difundi os Cenáculos familiares, que peço como meio para
salvar a família cristã dos grandes perigos que a ameaçam. Eu sou a
Mãe da vida. Eu sou a Rainha da família. Sacerdotes, meus filhos predi-
letos, respondei ao meu Coração Imaculado, porque sou a vossa Mãe
456
compreensiva e misericordiosa. Minha tarefa é lavar-vos de cada man-
cha, de consolar-vos de toda dor, de dar confiança ao vosso grande
desânimo e forte esperança na vossa solidão. Eu vos ajudo a estar no
mundo, porque desejo que sejais somente, sempre e todos do meu filho
Jesus. Sobretudo para vós, meus filhos sacerdotes, Eu sou hoje o
grande sinal da divina misericórdia. Enquanto este ano chega ao fim, a
todos vos abençoo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.” Pá-
ginas 1030 a 1032. Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Senho-
ra. Não está na íntegra.
458
temológica. Desejo dizer com isso que muitas pessoas não possuem a
graça de ter contato com a Bíblia. Existem pessoas que não sabem ler.
Outras pessoas sabem ler, possuem a Bíblia e não entende o que ali
contém. Existem inúmeras situações que fizeram com que a vida da-
quela pessoa fosse de um jeito ou de outro e afastada da Palavra de
Deus, o que é uma lástima. Deus, com seu poder, faz as interferências
de acordo com a necessidade e coração de uma determinada pessoa,
agindo nela com a Sua graça misericordiosa. Isso não está na Bíblia,
mas está no movimento do Espírito Celeste. Assim pode acontecer o
inverso do lado do animal, ou seja, pessoas que se deixam absorver
pelo movimento da vida do Espiritual maléfico. É o caso dos interesses
dos participantes da maçonaria. Os pastores Adventistas, por exemplo,
creio que não possuem o Conhecimento das mensagens de Nossa Se-
nhora, das Suas aparições, talvez. Ou não acreditam em Nossa Senho-
ra, no Seu poder? Ou interpretam a Mulher revestida de sol de outra
maneira? Não sei. O que eu sinto é que certas situações não podemos
compreender racionalmente. Nas primeiras páginas da Obra de Nossa
Senhora, Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Senhora, encontra
o seguinte:
“A Igreja é Luz do mundo. “Lumem gentium”. Muitas vezes, porém,
os males do mundo em que vive, se tornam doenças que atingem a
parte humana da Igreja. Isto vem sendo provado há quase dois mil anos
de sua história. Hoje, a Igreja vive em um mundo que construiu uma
nova civilização secular. O espírito do mundo ou o secularismo, pene-
trando no seu interior, foi a causa do grande sofrimento e da crise que
ela vive. É a famosa “fumaça de satanás”, da qual falou o Papa Paulo
VI, de venerável memória. O secularismo, a nível intelectual, torna-se
“naturalismo”. Por causa do racionalismo, há hoje uma tendência para
interpretar de modo humano todo o mistério de Deus e o depósito da
verdade revelada: assim, frequentemente se negam os dogmas funda-
459
mentais da fé e, de maneira oculta e ambígua, difundem-se os erros
mais graves, que muitas vezes são ensinados mesmo nas escolas cató-
licas e pouco ou nada se salva da Sagrada Escritura e até do Evange-
lho de Jesus. “Compusestes um Evangelho vosso, com palavras vos-
sas” (25 de setembro de 76). Do naturalismo vem, hoje, o hábito de va-
lorizar a ação pessoal, a eficiência e a programação no setor apostólico,
esquecendo-se o valor primordial da Graça Divina e que a vida interior
de união com Cristo, isto é, de oração, deve ser a alma de todo aposto-
lado. Isto dá origem a uma gradual perda de consciência do pecado
como um mal e a desvalorização do Sacramento da Reconciliação, que
já se difundiu por toda a Igreja. Contra esses erros, que, de maneira
enganosa e perigosa, ameaçam a integridade da fé, claramente pro-
nunciou-se o Cardeal Joseph Ratzinger, Prefeito da Sagrada Congre-
gação para Doutrina da Fé, com a famosa entrevista publicada no seu
livro: “ A Fé em crise”? Também o magistério do Papa pronuncia-se,
com frequência, enérgica e insistentemente. Então, espontaneamente
perguntamos: Por que a Igreja ainda não saiu desta profunda crise de
fé? A persistência da crise na Igreja depende somente da sua desunião
interna. Por essa causa, hoje, nem todos escutam e seguem o que diz o
Papa no seu magistério. Nossa Senhora obteve para a Igreja um gran-
de Papa, consagrado ao seu Imaculado Coração, o qual Ela mesma
conduz a todas as partes do mundo para difundir a Luz de Cristo e de
seu Evangelho de Salvação para todos confirmar na fé: Pastores e re-
banhos a eles confiados. Mas, em torno do Papa, muitas vezes, faz-se
um grande vazio; seu ensino não é acolhido por toda a Igreja e frequen-
temente, sua palavra cai no deserto. No entanto, a renovação da Igreja
realiza-se somente através da sua unidade interna. O caminho a per-
correr é, portanto, o da perfeita união de todos os Bispos, Sacerdotes e
fiéis com o Papa”.(O Papa do qual Nossa Senhora se refere é João
Paulo II). Páginas XXV e XXVI. Não está na íntegra.
460
Disse há pouco a existência de situações não explicadas de forma
racional. Por mais que queiramos encontrar na Bíblia certas explicações
ao nível de entendimento, pela inteligência, pela razão, ali não iríamos
encontrar. Mas sabemos que na Bíblia existe, sim, o sentimento do
Amor. Se tomarmos somente duas pessoas importantes, por exemplo,
Jesus Cristo e Sua mãe Maria. Não somente o Amor, mas a Obediên-
cia, o Temor de Deus, o dizer o Sim para Deus, essas duas pessoas
assim agiram para Deus. Eu posso não ser um personagem bíblico,
mas por amor a minha Mãe, por amor ao meu Jesus amado e ao meu
amor a Deus, sentindo todos os benefícios que recebi D’Eles na minha
vida, estou corajosamente me expondo. Por amor aos meus filhos, neta
e futuros netos (coloco aqui todas as crianças, todos os jovens, todos
os velhinhos indignados com a vida atual), a uma sociedade de quali-
dade de vida superior espiritual e material eu estou aqui dando a minha
vida, meu testemunho. Uma vez, eu senti a dor da solidão e da falta do
amor. Uma vez eu estava lutando com todas as minhas forças contra o
animal para que eu pudesse respirar nesta vida. Senti o sofrimento
vendo a minha amada irmã enterrada viva nesta vida sem eu ter auto-
nomia sobre a situação. Desejo um mundo melhor para os considera-
dos “loucos”. Que se faça a justiça divina e a Sua misericórdia para
aqueles que não creem na Palavra de Deus. Desejo um mundo de al-
mas livres das garras do animal. Sei que existem muitas pessoas ino-
centes presas ao demônio como a minha mãe terrena o foi por longos
anos. Isso atrasa; isso é algo nefasto para toda uma família e socieda-
de. Quem pode explicar sentimento assim? Na Bíblia, não constará a
minha pessoa, mas o amor sim. O amor está contido em pessoas. As-
sim como o ódio, a destruição também está contida em pessoas. Por
isso, o cuidado para não fazer desse Tempo um Tempo de competi-
ções; ficar jogando bola em qual time vai ficar um fiel que é cristão. Não
é relevante o time, mas os jogadores, ou seja, cada fiel deve antes de
461
tudo cuidar de sua consciência.
Encontrei a graça de Deus. Tudo foi surgindo para mim através da
Providência Divina. A Bíblia foi extremamente importante para mim, no
Tempo e esse instrumento de salvação esteve obscurecido totalmente
de mim. Surgiu-me como alicerce no Tempo e importantíssimo para que
eu pudesse encontrar a verdade, o fundamento, parâmetro da verdade
na Palavra de Deus. Quantas outras situações apareceram em minha
vida, muito importantes, para o meu crescimento espiritual, surgiram na
via amor, via coração. Deus me tocou primeiramente, proporcionando
aquela escola de Irmãs, de freiras, onde tive contato com a imagem de
Nossa Senhora do Imaculado Coração de Maria na sua doçura de Mãe,
mas se mostrando ali com poder sobre o Mal. Aprendi, na doutrina Ca-
tólica, que guardamos o domingo porque é a Ressurreição de Jesus
Cristo, a nossa Páscoa, sempre comemorada neste dia da semana.
Para nós, Católicos, o domingo de Páscoa é o dia mais importante do
calendário litúrgico. Para nós, o domingo sempre foi guardado e é o Dia
do Senhor. Vamos às missas aos domingos. Jesus Cristo é o centro de
tudo! Jesus Ressuscitou! Venceu a morte e por amor a nós, pela remis-
são dos nossos pecados. Então, não vivemos o Antigo Testamento,
mas nos baseamos principalmente no Novo Testamento. Guardamos,
então, o domingo devido a Ressurreição de Jesus Cristo. Jesus Cristo
sendo o Centro do Novo Testamento, iniciando a Era Cristã a partir do
Seu nascimento, a Igreja Católica Apostólica Romana coloca também a
Ressurreição de Cristo, como a data litúrgica mais importante, para nós
Católicos. O domingo, como o Dia do Senhor e a nossa Páscoa, data
móvel, no calendário litúrgico sempre é comemorado no domingo, o da
Páscoa; a Passagem para a Vida Nova legada por Cristo através da
Sua Ressurreição.
No judaísmo, por exemplo, guardam até os dias atuais o sábado, pois
eles vivem o Antigo Testamento. O povo judeu não possui o Novo Tes-
462
tamento. O calendário do povo judeu não é contado como o nosso, por
exemplo. Os Adventistas do Sétimo Dia guardam, assim como o povo
judeu, os sábados. Será que o nosso Deus, o nosso Deus Amoroso e
Misericordioso, Jesus Cristo estaria deixando de nos ter, os fiéis católi-
cos, em seus corações sabendo que os amamos tanto? Sabendo que
há milênios tantas e tantas boas instituições muito fizeram em termos
de caridade, de boas construções na religiosidade e entrega de tantas
pessoas em prol da Humanidade? Todos os santos e as santas, Madre
Tereza de Calcutá, Bárbara Maix, as freiras da Congregação do Imacu-
lado Coração de Maria, inúmeras pessoas lindas por dentro alma e co-
ração; essas pessoas na luta por um mundo melhor, mais justo não tem
valia? Sabemos que satanás, os demônios podem estar em qualquer
lugar e em qualquer pessoa na qual a consciência não esteja realmente
em Deus. Naturalmente dentro destas instituições sempre haverá boas
e más pessoas. Isso faz parte da vida. Também dentro dos Adventistas
do Sétimo Dia assim ocorre com toda a certeza. O importante é obser-
var os Dez mandamentos da Lei de Deus; observar as suas consciên-
cias em Deus. O importante é ter como único mediador para a salvação
das almas, Jesus Cristo.
“Nossa Senhora enfatiza que Jesus Cristo é o único mediador da
salvação.” “Mediugórie — Convertam-se Sem Demora!”, página 59.
Enfim, não sou teólogo e nem uma estudiosa da Bíblia e minha
caminhada é solo. Eu aprendi com a Vida e a Vida ensina. Como filóso-
fa e uma filósofa religiosa, entretanto, e devido ao Tempo que urge me
sinto impelida a compartilhar meus pensamentos, pois as minhas ob-
servações, lendo o que Nossa Senhora de Fátima nos deixa com as
Suas revelações, encontram ali sintonia. Preciso de você na união forte
do amor, fé e esperança para vencer o Tempo do Apocalipse. Nossa
Senhora, como nunca, sabia muito bem o que tinha que ser feito. Fala
de um tempo de purificação e da grande tribulação. Graças a Deus, a
463
minha Mãe amada surgiu em minha vida! A presença materna de Nos-
sa Senhora do Imaculado Coração de Maria. Eu não tenho palavras
para definir o Amor sentido por Ela e o quanto Ela representou e repre-
senta em minha vida. O que sinto em mim com relação à Maria Mãe de
Jesus é tão forte; não existiria nada no mundo que fizesse apagar essa
força de amor pela Mãe. Nela eu acredito e nela confio. Nela eu coloco
a minha esperança. Nossa Senhora se faz sinal da presença de Deus
na Terra. Ela, mesma, nos diz assim, na página 683, “Aos Sacerdotes,
filhos prediletos de Nossa Senhora”:
469
maléfica. Em segundo lugar, você, pelo menos, há de convir comigo
que o código de barras é um instrumento criado no Tempo e que é sim
controlador. Creio que passara a ser criado na década de 80. Você po-
derá fazer as suas pesquisas sobre esse assunto. Tenho a certeza de
que se continuarem a dialética ficarão bem surpresos na caminhada e
não será mais minha. Será da Humanidade. Passei os olhos por cima
consultando o ano da existência desse controle. Isso não é relevante
para mim. Desejo deixar para você, querido leitor em que circunstância
o senhor sete se fez surgir para mim, como Mal espiritual. Disso, eu
posso falar, pois senti e foi e é real. O controle também é real. Posso
falar o que acredito quanto ao que a Nossa Senhora nos deixa sobre a
maçonaria eclesiástica, as missas negras e satânicas, o culto ao demô-
nio e pessoas envolvidas nessa seita fazem sim, o mundo material hor-
rível e controlador. As emanações e pedidos são realizados às escon-
didas, nas sombras como já se referiu a Mãe Santíssima e a partir dali
os malefícios se sucedem no plano material.
“As tramas escondidas e obscuras, que a maçonaria urde contra
vós, para fazer-vos cair na sua rede, são reveladas e destruídas pelos
santos, os quais fazem descer do Paraíso uma forte Luz, que vos en-
volve, para perfumar de fé, de esperança, de amor, de pureza e de san-
tidade, toda a vossa existência”. Página 713. “Aos Sacerdotes, filhos
prediletos de Nossa Senhora”.
“A todas as insídias que o dragão, a besta negra, a besta seme-
lhante a um cordeiro e os espíritos malignos a cada dia vos preparam,
os anjos do Senhor têm a missão dada por Mim de responderem, com
força e com potência. Quanto é grande, hoje, o seu poder celeste, por-
que são enviados por Mim para rebater a tática do meu adversário, que
é a de afastar tantos meus pobres filhos da adoração devida ao nosso
Deus, com a difusão cada vez maior do culto satânico e das missas ne-
gras. A esta perversa e blasfema ação dos demônios, os anjos respon-
470
dem com o seu perene, profundo e incessante ato de adoração e de
glorificação ao Senhor”. Página 713. “Aos Sacerdotes, filhos prediletos
de Nossa Senhora”.
O interessante é desvelar. O interessante é ir além do óbvio e sa-
ber quem desejou criar esse instrumento codificador e controlador que
a princípio vem com a máscara, a maquiagem de tudo ficar ainda mais
prático ao comércio, ao fabricante, a quem fica acima de quem fabrica.
Quem possui o gerenciamento de tudo? Quem pediu que criasse tal
instrumento megacontrolador do que se come se veste se usa como
higiene pessoal e de casa etc.. Dias desses, eu estava deitada e me
veio à mente algo da minha adolescência. Recordei que foi no ginásio
que vira pela primeira vez um código de barras. Não havia algarismos,
mas era algo estranho e meu amigo levara uma folha e me mostrava
como olhar para aquilo na folha. Tinha que colocar a folha perto dos
olhos na horizontal para enxergar o que ali continha. E saia algo cheio
de riscos pretos da mesma forma do código de barras. Era algo diferen-
te. Não recordo se dava para ler alguma coisa naquele código. Meu
amigo era muito inteligente, sabia desenhar muito bem e às vezes apa-
recia com alguma coisa diferente feita por ele. Seu pai era maçom, fica-
ra sabendo mais tarde. Naquela época, ainda se comprava os manti-
mentos em armazéns, tomando nota nas cadernetas para pagar no final
do mês. O comprador tinha total crédito. Daquele Tempo para cá, muita
coisa mudou com toda certeza. Tínhamos dois tipos de sabão, por
exemplo. Com a demanda dos fabricantes, os inúmeros produtos pas-
saram a se abarrotar nas prateleiras. De repente, passamos a ter um
número infinito, por exemplo, de produtos que usamos para lavar a lou-
ça. Não sei o que escolher quando vou ao supermercado. O pior: as
minhas mãos estão impossibilitadas de ser usadas sem a proteção de
luvas. Minhas mãos devem ser cuidadas e para tudo uso luvas. Eu não
tinha as minhas mãos assim; elas secam, coçam, criam bolhinhas. Pre-
471
ciso usar cremes constantemente. Enfim, é uma enxurrada de produtos
criados por qualquer cidadão (eureka! _exclamação de Arquimedes de
Siracusa). Colocam no mercado. Para colocar o produto no mercado, o
que é feito? Se paga um valor para quem? Quanto? E daí? Quem arre-
cada o dinheiro disso tudo? Para quem vai? Deve estar milionário! Deve
estar milionário, pois a quantidade de produtos somente de limpeza é
de causar espanto! Isso não facilita, só complica! Não há limite. Tem,
sim, alguém lucrando com tudo isso. Existe, sim, um controlador. Este
controlador, no topo, para quem tudo emana. No Brasil, o senhor sete
nos produtos impera. É impressionante! Bem, são observações que eu
faço que eu senti a nível espiritual maléfico com relação ao senhor sete.
Que a dialética se encaminhe no decorrer do movimento da Vida.
Quando eu falo em dialética, ou que eu preciso de você para uma dialé-
tica, não desejo dizer com isso que você precisa me falar algum dia so-
bre questões aqui abordadas. Não é isso. Sou uma voz que soa para o
mundo, que já fez a sua caminhada sofrida e não tenho a mínima pre-
tensão de retorno, de respostas para mim. Nem desejaria isso. O meu
desejo é deixar como filósofa religiosa as minhas observações, as mi-
nhas mazelas existenciais, para que você pondere, para que você tire
suas próprias conclusões, para que você fique atenta na vida e não
mais uma ingênua. Volto a dizer que sofri demais. Sofri muito mesmo e
o meu interesse maior não está neste mundo. Você já escutou esta fra-
se que diz assim “estou no mundo, mas não pertenço a ele?”. Assim, eu
sempre me senti. Se eu volver meu olhar num Tempo passado e procu-
rar algum momento na minha vida em que tenha vivido bem, curtido
muitas coisas desta vida terrena, não encontro. Meus melhores momen-
tos foram quando conheci meu amor, minha pessoa certa. Quando saí-
amos a passear e o vidro aberto da janela do carro, o ventinho tocando
meu rosto e os cabelos soltos bailando pelo vento. Escutávamos as
nossas músicas belíssimas e as que eu podia acompanhar cantando,
472
assim fazia. Parávamos o carro para ver os vaga-lumes em quantidade
à noite. Que momentos inesquecíveis! Dispor da companhia do meu
amor sempre foi e ainda é algo maravilhoso. É assim que eu gosto de
viver o mundo. Ao lado da pessoa amada. Sinto a raridade das alegrias
da vida. Meu sonho seria viver quietinha, no anonimato e ao lado do
meu amor. Numa casa do nosso jeito, da qual nos conforta e a minha
Mãe amada pudesse me receber na hora da minha partida. Existiria
ainda dádiva maior? Da realidade aqui vivida a família Celeste me pro-
porcionou na Providência Divina a percepção da Sua existência para
pode vencer, me considerar uma vitoriosa. Partir em Paz, mesmo dei-
xando questões tão polêmicas, mas necessárias para a continuação da
História. Depois da crise necessária a bonança se estabelece. Desejo a
Paz para quem fica, pois essa paz também eu não tive num Tempo.
Nossa Senhora de Fátima coloca questões amplas pelas quais eu
tenho o maior respeito, apesar de verdadeiramente eu não possuir o
alcance, a inteligência para saber o que Ela deseja dizer. Por isso, faço
o pedido: preciso de você, preciso da dialética, pois é a Humanidade
padecendo do controle do animal de forma além das minhas observa-
ções. Vamos ver, logo mais, o que Nossa Senhora de Fátima nos reve-
la como a marca da besta e esta se difere do que Leandro Quadros,
Adventista do Sétimo Dia, nos coloca; para ele, todos aqueles que se-
guirem guardando o domingo e não o sábado é que terão a marca da
besta. Não estou fazendo estudos sobre isso; apenas desejo deixar re-
gistrado para você, querido leitor, o que Nossa Senhora de Fátima reve-
la ao padre Stefano Gobbi sobre o número da besta, a marca sobre a
fronte e sobre a mão a nível mundial. Como você considera que um an-
ticristo poderá se fazer devir? Esse vir-a-ser é um conceito filosófico.
Assim que, numa pesquisa realizada3, encontro o seguinte sobre o filó-
3
http://www.filosofia.com.br/historia_show.php?id=11
473
sofo Heráclito e as explicações a seguir:
“Além do mundo o homem deve examinar a si próprio. Na pesqui-
sa o filósofo pode encontrar diversas respostas diretas e claras a res-
peito do mundo. Mas ao pesquisar a si próprio o homem vai encontrar
uma profundidade infinita de conhecimentos a serem descobertos.
Quanto mais nos aprofundamos em nós mesmos mais percebemos que
somos mais profundos. Essa descoberta de nós mesmos jamais termi-
na. A razão última do que sou vai sempre estar fora do meu alcance,
quanto mais conhecimento tenho de mim mesmo mais percebo que te-
nho outros conhecimentos a conhecer sobre mim mesmo. Esse proces-
so cada vez mais profundo e cada vez mais íntimo de conhecer a mim
mesmo não tem fim.”
Assim sendo, posso dizer que tanto eu mesma fui me descobrin-
do, fui me fazendo Ser, fui um devir constituída por Deus, em Sua Pro-
vidência, para que eu pudesse chegar até você, meu querido leitor.
Nem mesma eu, entretanto, tenho as respostas sobre o alcance das
colocações desta obra. Preciso da dialética. Preciso de alguém que si-
ga a caminhada de onde eu vou parar. Assim que, nesse devir do ho-
mem, poderá nascer também o anticristo. Do outro lado, do Maligno, de
satanás, alguém neste exato momento também pode estar se consti-
tuindo ou já constituído ser o anticristo. O Conhecimento foi surgindo
para mim na Vida. Assim pode também acontecer do lado oposto. Fi-
quei calada sobre esta questão por longos anos, porque eu não tinha
um contexto; minha dialética sobre isso está em consonância com Nos-
sa Senhora de Fátima nas revelações a padre Stefano Gobbi. Eu nunca
poderia imaginar um dia estar aqui neste papel existencial, trazendo
essas Verdades somadas às minhas verdades, verdades de nossa Mãe
amada. Foi acontecendo e fui conhecendo gradativamente as situa-
474
ções. Nunca imaginaria eu ouviria num programa de televisão, por
exemplo, as explicações dadas por Leandro Quadros e que eu tivesse
que refutar, no sentido de apresentar para você, meu querido leitor, o
que Nossa Senhora de Fátima nos deixa como Suas revelações sobre
aquelas questões: se um maçom faz pacto com o diabo e a outra sobre
quem serão os marcados pela besta; segundo Quadros, os Adventistas
do Sétimo Dia estão bem, pois eles guardam o sábado ou o povo israe-
lita, pois também guardam, mas não possuem Cristo como Messias.
Entretanto os Católicos Apostólicos Romanos estão marcados pela bes-
ta, segundo Quadros. Enfim todos os que guardam o sábado não são
os marcados pela besta, segundo Leandro Quadros.
As profecias são de Nossa Senhora de Fátima, a Mulher vestida
de sol veio até nós para deixar as Suas revelações. Assim que, no capí-
tulo 12, 1- 4, diz:
“Apareceu em seguida um grande sinal no céu: uma Mulher reves-
tida de sol, a lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de doze
estrelas. Estava grávida e gritava de dores, sentindo as angústias de
dar à luz. Depois apareceu outro sinal do céu: um grande Dragão ver-
melho, com sete cabeças e dez chifres, e nas cabeças sete coroas.
Varria com sua calda uma terça parte das estrelas do céu, e as atirou à
terra. Esse Dragão deteve-se diante da Mulher que estava para dar à
luz, a fim de que, quando ela desse à luz, lhe devorasse o filho”. Esse
capítulo continua na Bíblia até o versículo 18.
Nossa Senhora de Fátima, a Mulher revestida de sol explica para
a Humanidade, em sua Obra, Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nos-
sa Senhora as questões sobre a marca da besta. É bem mais complexo
do que o exposto por Leandro Quadros, Adventista do Sétimo Dia. Ve-
jamos:
475
1º- Quem é o dragão vermelho; página 683. Santuário de Tindari (Sicí-
lia), 14 de maio de 1989. Festa de Pentecostes. “Aos Sacerdotes, fi-
lhos prediletos de Nossa Senhora”.
2º- A besta semelhante a uma pantera; páginas 684 a 689. Milão, Itália,
3 de junho de 1989, Primeiro sábado e festa do Coração Imaculado
de Maria.
3º- A besta semelhante ao cordeiro; páginas 689 a 695. Dongo, Como, 13 de
junho de 1989, Aniversário da segunda aparição em Fátima. Copio na íntegra
para você.
4º- O número da besta: o 666. Páginas, 695 a 700. Do cenáculo espiri-
tual realizado em Milão, Itália, 17 de junho de 1989, (Sábado). Colo-
co na íntegra.
5º- A marca sobre a fronte e sobre a mão. Páginas, 704 a 707. Dongo,
Como, 8 de setembro de 1989, Natividade da bem-aventurada Vir-
gem Maria. Coloco na íntegra.
Nossa Senhora revela sobre esses assuntos os termos apocalípti-
cos para que possamos compreender o Tempo em que vivemos.
Quem é o dragão vermelho
476
das suas numerosas conquistas. O enorme dragão vermelho, conse-
guiu uma nova civilização sem Deus, materialista, egoísta, hedonista,
árida e fria, que traz em si os germes da corrupção e da morte”.
Quem é a besta semelhante a uma pantera
“Nesta terrível luta sai do mar, para ajudar o dragão, uma besta
semelhante a uma pantera. Se o dragão vermelho é o ateísmo marxis-
ta, a besta negra é a maçonaria. O dragão se manifesta no vigor da sua
potência; a besta negra ao contrário, age na sombra, se esconde, se
oculta, de modo a entrar em toda parte. Ela tem as patas de urso e a
boca de um leão, porque opera em todo lugar com astúcia e com os
meios de comunicação social, isto é, da propaganda. As sete cabeças
indicam as várias lojas maçônicas, que agem em toda a parte de ma-
neira traiçoeira e perigosa. Esta besta negra tem dez chifres e sobre os
chifres dez diademas, que são sinais de domínio e de realeza. A maço-
naria domina e governa todo o mundo por meio dos dez chifres. O chi-
fre, no mundo bíblico, foi sempre um instrumento de amplificação, um
modo de fazer a própria voz ser ouvida mais alto, um forte meio de co-
municação. Por isso, Deus comunicou a sua Vontade ao seu povo por
meio de dez chifres que tornaram a sua lei conhecida: os dez manda-
mentos. Quem os acolhe e os observa caminha na vida sobre a estrada
da Vontade divina, da alegria e da paz. Quem faz a vontade do Pai,
acolhe a palavra do Filho e participa da redenção consumada por Ele.
Jesus dá às almas a própria vida divina, através da graça, que Ele nos
mereceu com o seu sacrifício consumado no calvário. A graça da re-
denção é comunicada por meio dos sete sacramentos. Com a graça,
inserem-se na alma germes de vida sobrenatural que são as virtudes.
Entre essas, as mais importantes são as três virtudes teologais e as
quatro cardinais: fé, esperança, caridade, prudência, fortaleza, justiça e
temperança. Ao sol divino dos sete dons do Espírito Santo, estas virtu-
des germinam, crescem, se desenvolvem cada vez mais e assim con-
duzem as almas pelo caminho luminoso do amor e da santidade. A ta-
refa da besta negra, isto é, da maçonaria, é a de combater de maneira
traiçoeira, mas tenaz, para impedir as almas de percorrer esta estrada,
477
indicada pelo Pai e pelo Filho e iluminada pelos dons do Espírito. De fa-
to, se o dragão vermelho age para levar toda a humanidade a despre-
zar a Deus, à negação a Deus e portanto difunde o erro do ateísmo, o
intuito da maçonaria não é o de negar a Deus, mas de blasfemá-lo. A
besta abre a boca para proferir blasfêmias contra Deus, para blasfemar
o seu nome e a sua morada, contra todos os que habitam no céu. A
blasfêmia maior de todas é a de negar o culto devido só a Deus para
dá-lo às criaturas e ao próprio satanás. Eis porque, nestes tempos, por
trás da perversa ação da maçonaria, difundem-se, por toda a parte, as
missas negras e o culto satânico. Além disso, a maçonaria age, com
todos os meios, para impedir que as almas se salvem e assim quer tor-
nar vã a obra da redenção consumada por Cristo (aqui Nossa Senhora
continua a colocar as contraposições que a besta semelhante a uma
pantera, (a maçonaria) age a cada mandamento da Lei de Deus.
a grande luta entre Mim, Mulher vestida de sol, e o enorme dragão ver-
melho, que levou a humanidade a viver sem Deus. Eu vos predisse tam-
pecados e dos vícios. Sobretudo, como Mãe, vos quis advertir do grande
perigo que ameaça hoje a igreja, devido aos muitos e diabólicos ataques
que se desferem contra Ela para destruí-la. Para conseguir este fim, à
besta negra que sobe do mar, vem da terra em auxílio, uma besta com 2
478
chifres semelhantes aos de um cordeiro. O cordeiro, na Sagrada Escritu-
ra, sempre foi o símbolo do sacrifício. Na noite do êxodo, foi sacrificado
terior da igreja, já vos foi predita por mim em Fátima, quando vos anun-
479
Cristo e uma falsa Igreja. Jesus Cristo é o Filho de Deus vivo, é o Verbo
lho, deu de si próprio a sua definição mais completa, dizendo ser a Ver-
Jesus é a Verdade, porque nos revela o Pai, nos diz a Sua Palavra de-
finitiva, leva toda a divina Revelação ao seu perfeito cumprimento. Jesus
é a Vida, porque nos dá a própria vida divina, com a graça por Ele mere-
cida com a Redenção, e institui os sacramentos como meios eficazes que
Evangelho, que nos deu, como caminho a percorrer, para chegar à sal-
das as partes da própria Igreja Católica. Por causa da difusão destes er-
480
justificar o pecado, de apresentá-lo não mais como um mal, mas como
almas são levadas a viver no pecado, recusando o dom da Vida, que Je-
sus nos ofertou. Jesus é Caminho, que conduz ao Pai, por meio do Evan-
também a Igreja fundada por Ele, que forma o seu corpo místico, é ver-
tica procura destruir esta realidade com o falso ecumenismo, que leva à
481
aceitação de todas as Igrejas Cristãs, afirmando que cada uma delas
possui uma parte da verdade. Ela cultiva o projeto de fundar uma Igreja
Ela possui os meios eficazes da graça, que são os sete sacramentos. É vi-
Cristo está realmente presente com o seu Corpo glorioso e a sua divin-
que conduz ao Pai, por meio do Filho, no Espírito Santo, sobre a estrada
da perfeita unidade. Como o Pai e o Filho são um, assim deveis ser uma
só coisa entre vós. Jesus quis que a sua Igreja fosse sinal e instrumento
que foi fundada sobre a pedra angular da sua unidade: Pedro e o Papa
482
ra destruir o fundamento da unidade da Igreja, com o ataque traiçoeiro
maçonaria, para associar à sua seita secreta tantos dos meus filhos pre-
483
com Jesus presente na Eucaristia. Nas vossas Igrejas voltem-se a fazer
e vos torno instrumentos preciosos da sua unidade. Para isto vos dei
do o seu esplendor do meu exército sacerdotal e fiel, para que Cristo seja
por todos amado, escutado e seguido, e a sua Igreja seja cada vez mais
luminoso triunfo.”
te, a Mulher vestida de sol, que combate, com o seu exército, na grande
luta contra todas as forças do mal, para obter a sua vitória, na perfeita
484
glorificação da Santíssima Trindade. Combatei comigo, filhos pequeni-
nos, contra o dragão, que procura levar toda a humanidade contra Deus.
interior da vida eclesiástica para destruir Cristo e a sua Igreja. Para al-
cançar este objetivo quer construir um novo ídolo, isto é, um falso Cristo
tua em honra da besta e constringe todos a adorar esta estátua. Mas, se-
poderoso, que pode mandar matar todos os que não adoram a estátua
485
da besta. Um ídolo tão forte e dominador, que faz com que todos, pe-
vender sem que tenha tal marca, ou seja, o nome da besta ou o número
de seu nome. Este grande ídolo, construído para ser adorado e servido
lipse está escrito: Aqui está a sabedoria. Quem tem inteligência calcule o
cifer rebela-se contra Deus por soberba, porque quer colocar-se acima
quer se colocar acima de Deus leva o sinal de 666, portanto este número
486
Cristo, do anticristo. O 333 indicado uma vez, isto é, por 1, exprime o
de Jesus Cristo. O 333 indicado três vezes, isto é, por 3, indica o mistério
dade. Portanto, o número 333, expresso uma, duas e três vezes, exprime
quer colocar acima do próprio Deus é indicado pelo número 666. O nú-
mero 666, indicado uma vez, isto é, por 1, exprime o ano 666. Seiscentos
duas vezes, isto é por 2, exprime o ano de 1332, mil trezentos e trinta e
487
construir como único critério de verdade somente a inteligência huma-
na. Nascem os grandes erros filosóficos, que continuam nos séculos até
também esta deve ser interpretada por meio da razão, e se rejeita obsti-
confiou a guarda do depósito da fé. Cada um é livre para ler e para com-
número 666 indicado três vezes, isto é, por 3, exprime o ano de 1998, mil
novecentos e noventa e oito. Neste período histórico, a maçonaria, aju-
dada pela maçonaria eclesiástica, conseguirá o seu grande intento: cons-
primeira besta, para ser adorada por todos os habitantes da terra e que
assinalará com sua marca todos aqueles que queiram comprar ou ven-
488
porque quase todos seguirão o falso Cristo e a falsa Igreja. Então, será
anticristo! Eis, filhos prediletos, porque vos quis iluminar sobre as pági-
nas do Apocalipse, que se referem aos tempos em que viveis. Para pre-
que se está combatendo entre vossa Mãe Celeste e todas as forças do mal
guições. Mas, sois parte preciosa do pequeno rebanho, que tem a res-
Verdadeiramente?
Eu não tenho a sabedoria, a compreensão do “número 666, a marca
da besta ou nome de alguém”. Nem tudo é revelado para uma pessoa.
A Vida é ampla demais. O mundo é mundo. Somos constituídos de bi-
lhões de pessoas. A vida é assim em Deus. A humildade deve prevale-
cer e a necessidade do meu outro deve ficar bem nítida em nossas vi-
das, pois não nos fazemos sozinhos. Por isso estou fazendo a minha
parte e por isso também preciso da dialética. Preciso de você. Haverá
quem continue a caminhada. Nossa Senhora deixou a postos cada
pessoa preparada por Ela. Assim será. Meu passo dado foi esse. Bus-
car a Verdade, buscar o Bem, buscar a Paz para o nosso mundo que
jaz numa agonia moral, numa agonia ética, numa agonia de falta de
vergonha no rosto, falta de consciência total em Deus, em Jesus Cristo;
489
se Os tivessem em seus corações e em suas mentes os governantes
estariam sem a corrupção, sem a imoralidade, sem seus pecados des-
truidores da Vida. Não modelos e exemplos baseados em ídolos fúteis
e vazios.
Quem está atrás dos bastidores comandando o teatro, o espetácu-
lo para você? Você sabe? Você os conhece? Os que estão no topo,
estão gerenciando os valores em termos de dinheiro para gerar dinhei-
ro, mais IBOPE, mais status, mais poder? Quem são eles? Será que
fazem parte da besta negra? Não podemos saber, pois é uma seita se-
creta e somente homens fazem parte dela. Talvez as mulheres deles,
mas até certo ponto. Dali para lá, elas não possuem o conhecimento do
que se passa realmente ali dentro. Fazem o papel social. Assim é em
outros segmentos da política, do comércio. Estou me fazendo compre-
ender, meu leitor? E em termos de mundo? Quem governa nosso mun-
do? Quem é a pessoa x (“chapéu com dois chifres, que era usado pelo
Sumo Sacerdote no Velho Testamento. A mitra — com dois chifres —
usam os bispos na Igreja, para indicar a plenitude de seu Sacerdócio. A
maçonaria infiltrada no interior da Igreja, isto é, a maçonaria eclesiástica
que se difundiu, sobretudo, entre os membros da hierarquia”). Que sig-
nifica 666? Onde estão escondidos nas sombras o 666 e seus sequa-
zes?
A marca sobre a fronte e sobre a mão
sois as pequeninas crianças da vossa Mãe menina. Vós sois parte da mi-
490
uma coroa preciosa de pureza, de amor e de humildade em torno do
berço no qual Eu fui colocada. Deixai-vos nutrir e formar por mim; dei-
xai-vos conduzir por mim com docilidade; deixai-vos marcar por mim
com o meu materno sinete. Estes são os tempos nos quais os partidários
daquele que se opõe a Cristo são assinalados com a marca sobre a fronte
tal dependência daquele que é significado por este sinal. O sinal indica
exército daquele que se opõe a Cristo e luta contra o seu divino e real
de Deus, da recusa da sua lei, do ateísmo que, nestes tempos, é cada vez
491
do Pai, que quer iluminá-la e sustentá-la com a sua divina providência;
assinalado com a marca sobre a mão trabalha age só para a satisfação dos
próprios sentidos, para procurar o bem estar e o prazer, para dar plena
também Eu, vossa Celeste Comandante, assinalo com o meu sinete ma-
fazem parte do meu exército. Imprimo sobre vossa fronte o meu sinete
com o sinal Santíssimo da Cruz de meu Filho Jesus. Assim abro a inteli-
492
o meu sinete que é o sinal do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Com o
sua divina redenção. Com o sinal do Espírito Santo, todo o vosso agir se
fronte e sobre a mão com o meu materno sinete, neste dia em que, reco-
“Irmãos: Acaso não sabeis que sois santuário de Deus e que o Es-
pírito de Deus mora em vós? Se alguém destruir o santuário de Deus,
Deus o destruirá, pois o santuário de Deus é santo, e vós sois esse
santuário. Ninguém se iluda: Se algum de vós pensa que é sábio nas
coisas deste mundo, reconheça sua insensatez, para se tornar sábio de
verdade; pois a sabedoria deste mundo, é insensatez diante de Deus.
Com efeito, está escrito: “Aquele que apanha os sábios em sua própria
astúcia”, e ainda: “O Senhor conhece os pensamentos dos sábios; sa-
493
be que são vãos”. Portanto, que ninguém ponha a sua glória em ho-
mem algum. Com efeito, tudo vos pertence: Paulo, Apolo, Cefas, o
mundo, a vida, a morte, o presente, o futuro; tudo é vosso, mas vós
sois de Cristo, e Cristo é de Deus.” PALAVRA DO SENHOR.
Coloco aqui essa leitura para você, meu leitor querido, porque a
Palavra de Deus é viva. Ela fala diretamente para nós quando presta-
mos atenção ao Pai amado. Quando fazemos Dela, de Sua Palavra, o
nosso caminhar existencial. Não será fácil a conquista do Verdadeiro
Conhecimento, para homens racionais, pois colocam a “sua glória em
homens”; a Palavra de Deus nos diz: “pois a sabedoria deste mundo é
insensatez diante de Deus”. Não é difícil também e nem impossível. Em
Deus, nada é impossível. Que continuemos a como cordéis unidos pela
fé, pelo amor, pela esperança para o afastamento do Mal desta face da
Terra. Cristãos unidos, entendendo nossas imperfeições na caminhada
tentando ajeitar aqui e acolá o que há muito têm sido imperfeito, mas na
imperfeição Deus conduz a História da Humanidade.
Nossa Senhora nos diz que “Por fim, o meu Coração Imaculado
triunfará”.
494
495
Capítulo III
Parte 3
“A Barca
(Cesáreo Gabarin) COMEP 0580*
Tu, te abeiraste da praia, não buscaste nem sábios nem ricos.
Somente queres que eu te siga.
Senhor, tu me olhaste nos olhos, a sorrir, pronunciaste meu nome,
Lá na praia, eu larguei o meu barco, junto a Ti buscarei outro mar.
Tu sabes bem que em meu barco, eu não tenho nem outro nem espadas,
Somente redes e o meu trabalho.
Tu, minhas mãos solicitas, meu cansaço que a outros descanse,
amor que almeja seguir amando.
Tu, pescador de outros lagos, ânsia eterna de almas que esperam,
bondoso amigo que assim me chamas.”
Do Espiritual à Realidade
As revelações de Nossa Senhora, que antes estavam nos escritos
do Seu Livro, passaram a se tornar uma triste realidade para mim, por-
496
que os reflexos das Suas revelações se faziam realidade na Terra.
O arcebispo de Porto Alegre, Dom Dadeus Grings, exercia o cargo
até o final do ano de 2013, deu entrevista na loja maçônica Harmonia,
em Cruz Alta. Fiquei pasma e muito preocupada com o que assistia. Ali
estava a apresentadora do programa do Jornal do Almoço introduzindo
o assunto assim:
500
ta e que fora apresentada pela RBS. Tomei um susto e me indignei
quando eu assisti ao vídeo, Dom Dadeus Grings, visitando a loja ma-
çônica Harmonia em Cruz Alta. Obviamente, não me refiro somente ao
arcebispo Dadeus Grings, atualmente está aposentado, e numa das
entrevistas disse que ficaria como “uma espécie de vovô”. Dadeus
Grings deixou seu rastro de simpatizante e atuante do clero junto aos
maçons, na maçonaria. O nome de Dadeus Grings é citado aqui, mas
existem muitos outros membros do clero simpatizantes e atuantes in-
ternamente dentro da Igreja Católica; não fosse assim, Nossa Senhora
não estaria tão preocupada com a besta negra, a maçonaria infiltrada
na Igreja Católica e deixando uma Obra realizada por 25 anos por Pe.
Gobbi, com cenáculos espirituais em inúmeras viagens pelos cinco
continentes do mundo, o Seu Livro “Aos Sacerdotes, Seus filhos predi-
letos” e aos fiéis. O arcebispo está aposentado, mas aposentado impli-
ca ter mais tempo para outras atividades que lhe são simpáticas, evi-
dentemente.
“A DESOBEDIÊNCIA DESTE ARCEBISPO VEM DE LONGA DA-
TA.” Você, por favor, poderá acessar o site www.rainhamaria.com.br e
poderá ler um artigo de dez anos atrás, (com o título colocado acima
em letras garrafais), quando o arcebispo Dadeus Grings já atuava a fa-
vor da maçonaria. Como Católicos Apostólicos Romanos não podemos
mais negar a traição a Jesus Cristo na Igreja. Entretanto, todos também
tenham o conhecimento da não aceitação de Nossa Senhora de Fátima
da maçonaria na Igreja Católica e que todos os Católicos Apostólicos
Romanos tenham também o direito de saber desse “modernismo”.
Do dicionário retirei o seguinte: “Modernismo é uma visão particu-
lar das possibilidades e direção da vida social, com origens no Ilumi-
nismo e baseada em fé no pensamento racional. Da perspectiva mo-
dernista, a verdade, a beleza e a moralidade existem como realidades
objetivas e podem ser descobertas, conhecidas e compreendidas atra-
501
vés de meios racionais e científicos.”
Todo ser humano possui o livre arbítrio e através dele faz a sua
opção. Acredito no Tempo de Deus. Acredito no seu tempo de vida para
tudo se estabilizar de acordo com a Vontade de Deus e se for esse o
seu desejo. O objetivo deste livro é mostrar onde está o Mal instalado e
o que podemos fazer como humanidade para criar as condições favorá-
veis de Jesus Cristo retornar a esta face da Terra, na Sua segunda vin-
da, e encontrar aqui pessoas de fé. Pessoas seguidoras da Palavra de
Deus e dão o seu testemunho de vida e a sua própria vida em nome de
Deus e da Mãe da Igreja, Nossa Senhora, Maria Santíssima.
Repito: a luta é pelo Mal em si e não por pessoas que estejam se
servindo de instrumento para o Mal. Existem muitas pessoas queridas,
boas, assim como minha mãe terrena, sendo ludibriada pelo astucioso
animal dentro da umbanda. Existem outras tantas sendo ludibriadas
também em outras seitas que se denominam religiões. Existem boas
pessoas no espiritismo, boas pessoas dentro da maçonaria; existem
boas pessoas se deixando levar pela numerologia, pela astrologia, as
adivinhações, como guia de suas vidas; na sua inocência, na falta de
Conhecimento, que é a Palavra de Deus Verdadeiro, entram em lugares
daquela natureza. Para estas pessoas, eu rezo. Por estas pessoas, eu
entrego a Deus, a Jesus Cristo e a Nossa Senhora na Sua Misericórdia
esperando que tenham o dom do Espírito Santo quanto ao discernimen-
to, ao Entendimento, para a Verdade. Que assim seja!
Em Dongo, 1º de novembro de 1986, Festa de todos os santos,
Nossa Senhora deixa dito em retiro espiritual:
E continua:
“Esta é a tarefa confiada à Igreja. É isto que hoje devem fazer os
seus Ministros, os consagrados, todos os fiéis: com a coragem dos már-
tires e com a fortaleza dos confessores da fé, devem anunciar ao mun-
do inteiro a Boa-Nova que somente Jesus Cristo é o vosso Salvador e o
vosso Redentor. Somente Jesus Cristo vos pode conduzir à paz. É mis-
ter anunciá-lo a todos, sem medo e sem compromissos, cumprindo seu
divino mandato: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o meu Evangelho a
todas as criaturas: quem crer e for batizado será salvo”. A tentativa de
reunir todas as religiões, inclusive as que adoram deuses falsos e men-
tirosos, na perspectiva de formar uma união religiosa mundial em defe-
sa dos valores humanos, é vã, é perigosa e não conforme ao desejo do
meu Coração Imaculado. Aliás, essa tentativa pode, ao contrário, pro-
vocar maior confusão ainda, levar ao indiferentismo religioso e dificultar
ainda mais a conquista da verdadeira paz. Por isso, hoje vos digo:
anunciai o Cristo a todos; sede fiéis somente a Cristo e ao seu Evange-
lho e vos tornareis verdadeiros construtores de Paz.” Santo Homero,
Teramo, 27 de outubro de 1986 — Dia mundial de oração pela paz.
Permaneça atento a essa caminhada da Igreja Católica Apostólica
Romana juntamente com a nossa Mãe amada, a Mãe da Igreja e Rai-
nha da Paz. A maçonaria é uma associação secreta e mulheres nela
não podem entrar. Sempre se soube que era uma seita secreta, mas
quem assistir ao vídeo sobre a visita de Dom Dadeus Grings na maço-
naria Harmonia, de Cruz Alta, ouve claramente na entrevista o grão
mestre do Rio Grande do Sul dizer que a maçonaria não é secreta, mas
503
sim, “discreta”.
Por que atualmente a maçonaria emprega o termo, “discreta”?
Porque o Tempo é propício. Sempre existiu na Igreja Católica Apostóli-
ca Romana a não permissão, o não envolvimento do clero na maçona-
ria; ainda hoje não é permitido, e Dom Dadeus Grings é um dos bispos,
(agora uma espécie de avô), se coloca como dissidente ao próprio Pa-
pa e a Nossa Senhora de Fátima.
Saiba que não ouvi na entrevista de Dadeus Grings, o arcebispo
de Porto Alegre, falar uma vez sequer em Jesus Cristo. Dadeus Grings
estava preocupado em reunir mais fiéis, para “entrar por aquela porta”.
Que porta? A porta larga onde todos passam com muita facilidade ou a
porta estreita? O que diz a Bíblia com relação a isso?
504
Declaração de 26 de novembro de 1983 do cardeal Joseph Ratzinger,
prefeito da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé (v. L’Osservatore
Romano de 26.11.83):
“Foi perguntado se mudou o parecer da Igreja a respeito da Maço-
naria, pelo fato de que no novo Código de Direito Canônico ela não vem
Sagrada Comunhão.
505
se sobre a natureza das associações maçônicas com um juízo que impli-
publicação.
go renomado; afirma:
506
processo de iniciação secreta. Propõem o aperfeiçoamento ético do
homem através da revelação de doutrinas reservadas a poucos e rece-
bidas dos ‘grandes iniciados’ do passado - entre os quais alguns ma-
çons colocam o próprio Jesus Cristo. Celebram também ritos de índole
“secreta ou esotérica”, que vão sendo manifestados e aplicados aos
membros novatos à medida que progridem nos graus de iniciação. Ora,
um tal processo de formação contrasta com o que o Cristianismo pro-
fessa: este não conhece verdades nem ritos reservados a poucos; na-
da tem de oculto ou esotérico”.
tolos; revelada por Deus; confirmada pela Tradição dos Santos Padres,
espírito, uma vez que o próprio Senhor nos oferece a sua Palavra e o seu
queza inefável, capaz de nos preparar para cumprir aquilo que São Pe-
507
‘Estai sempre prontos a responder para a vossa defesa a todo aquele
509
Não tenho esse papel existencial para julgamentos. E tenho plena cer-
teza que, não é um homem somente, como no Tempo, de Judas Iscari-
otes traiu Jesus Cristo por moedas; hoje, no Tempo do Apocalipse, são
muitos homens no interior do clero, do sacerdócio a traírem Jesus Cris-
to. Fora e dentro da Igreja e a não mais por moedas. A questão é bem
mais ampla e complexa; a questão é pelo Pleno Poder de ficar espiritu-
almente no comando. No comando tanto da “Cabeça de Cristo” como
no poder material econômico, as finanças em monopólio. O poderio
dominador.
Peço a Deus a Sua Misericórdia a todos. Peço que se aproximem de
Jesus Misericordioso no devido Tempo pessoal que a todos é concedi-
do. Não sou ingênua: existirão os compostos pelo germe do mal.
No primeiro capítulo, coloquei o vir-a-ser de uma pessoa no Tempo.
Há pessoas que não conseguem viver na sua autenticidade, não vivem
a sua essência, se é que um dia encontraram a sua essência. Vão se
contaminando pela sociedade enferma, como já dizia o filósofo Erich
Fromm. Muitos podem ser grandes intelectuais, homens muito inteligen-
tes; podem escrever, falar muito, mas acabam por serem cópias repro-
duções de outros tantos homens e não sabem falar por si mesmos. Não
sabem quem são não acrescentam nada à vida — ou criam um algo
destrutivo, inclusive para a Humanidade. Assim foi Hitler, por exemplo.
O que um só homem e seus adeptos conseguiram fazer com o povo
israelita, o povo judeu, com os negros, os ciganos e com outros povos.
Um perfeito possesso do demônio! Louco, não! Possesso! O Mal entra-
ra nele. Este deixou evidente por quem se deixou conduzir como ins-
trumento. Quanto ao meu antigo professor, o arcebispo, não me compe-
te julgar. Não compete a qualquer pessoa esse papel existencial. Com-
pete somente a Deus, que lê nossos corações; Senhor do Tempo, Deus
sabe até o último suspiro de um ser, o momento do arrependimento ou
não pelas opções errôneas, pelos pecados cometidos. Nada como o
510
Tempo dado a cada um... E acreditando no Tempo dado a cada um
aqui estou. Esperando poder contribuir para almas encaminhadas na
Verdade, na Vida que encontramos em Jesus Cristo e no Tempo do
qual Nossa Senhora nos concede. Não gostaria de saber do meu pro-
fessor querido num Tempo remando contra, opondo-se principalmente
à Grande Mulher vestida de sol, Nossa Senhora de Fátima, a Mãe Me-
dianeira perante Deus Pai. Não desejaria saber que Dadeus Grings
permaneceu do lado oposto ao do padre Gobbi. Não esteja Dom Da-
deus ou outros do clero trazendo para os fiéis da Igreja Católica uma
novidade nociva para ela. Como diz Dilson Kutscher:
Nossa Senhora vem até nós como uma Grande Estrela Guia. Dei-
xa Suas mensagens, faz Suas aparições como Mãe amorosa e preocu-
pada. Jesus Cristo é o nosso Grande Farol. Se você procurar ajuda em
Jesus na Eucaristia, gradativamente sua vida será de muito mais Força,
Luz, Vida, Salvação e seus pedidos em Jesus Cristo vão se delineando
na sua caminhada existencial.
Estamos sendo levados por um mar em tempestade e estamos
desviando o nosso olhar do Grande Farol. Desviando-nos do Grande
Farol, que é Jesus Cristo, “Eu sou o Caminho, a Verdade, a Vida”, nos
perderemos. O Farol indica o Caminho. Você possui o conhecimento da
existência de pessoas desejosas da escuridão desse Grande Farol em
detrimento de conquistas pessoais, nas quais tudo possa ser consegui-
do de maneira própria aqui na Terra, no poder do dinheiro. Existem
pessoas desejosas por inventar, criar um novo deus. O poder maléfico
está desejoso de que esse Farol se apague: a grande Luz que é Jesus
Cristo no Universo e Filho de Deus Pai. Fazer a preparação da Huma-
nidade para o segundo advento de Jesus Cristo é de relevância para
nossa amada Mãe. Preparar a Humanidade para o tempo da tribulação
e da purificação é o fundamento para Nossa Senhora. Nossa Senhora
sabe da existência da conspiração para trair Seu Filho Jesus Cristo
515
através da besta negra, a maçonaria eclesiástica. Nossa Senhora sabe
do desejo de construir uma falsa Igreja e um falso Cristo.
Como Mãe amorosa, quando foi feito o questionamento de um
Padre Católico sobre a cura de uma criança Ortodoxa, Nossa Senhora
assim falou:
“Diga a esse Padre, diga a todos, que vocês estão divididos na ter-
ra. Aos Mulçumanos e aos Ortodoxos, pela mesma razão como os Ca-
tólicos, são iguais, diante de Meu Filho e de Mim. Vocês todos são
meus filhos. Certamente, todas as religiões não são iguais, mas todos
os homens o são perante Deus, como diz São Paulo. Não basta per-
tencer à Igreja Católica para ser salvo, mas é necessário respeitar os
mandamentos de Deus e seguir a sua consciência. Aqueles não Católi-
cos não são menos criaturas feitas à imagem de Deus e destinadas ao
reencontro, algum dia, na Casa do Pai. A salvação está ao alcance de
todos, sem exceção. Apenas aqueles que rejeitam a Deus, deliberada-
mente, são condenados. A quem foi dado pouco, pouco se pedirá. A
quem foi dado muito (aos Católicos), muito se pedirá. É somente Deus,
em Sua infinita justiça, Quem determina o grau de responsabilidade e
pronuncia o julgamento.” Página 95, do livro “Mediugórie, Convertei-vos
Sem Demora!”.
“Nossa Senhora afirma que Deus não exclui ninguém e pede-nos
para respeitar todas as pessoas na sua fé. Diz Ela que Deus dirige to-
das as confissões religiosas como um rei a seus súditos através de
seus ministros. Nossa Senhora enfatiza que Jesus Cristo é o único me-
diador da salvação.”
520
meira cabeça leva o título blasfemo da soberba, que se opõe à virtude
da fé, e conduz a prestar o culto ao deus da razão humana e do orgu-
lho, da técnica e do progresso. A segunda cabeça leva o título blasfemo
da luxúria, que se opõe à virtude da esperança, e conduz a prestar o
culto ao deus da sensualidade e da impureza. A terceira cabeça leva o
título blasfemo da avareza, que se opõe à virtude da caridade, difundin-
do em toda parte o culto ao deus dinheiro. A quarta cabeça leva o título
blasfemo da ira, que se opõe à virtude da prudência, e conduz a prestar
o culto ao deus da discórdia e da divisão. A quinta cabeça leva o título
blasfemo da preguiça, que se opõe à virtude da fortaleza, difundindo o
culto ao ídolo do medo, da opinião pública e da exploração. A sexta ca-
beça leva o título blasfemo da inveja, que se opõe à virtude da justiça, e
leva a prestar o culto ao ídolo da violência e da guerra. A sétima cabeça
leva o título blasfemo da gula, que se opõe à virtude da temperança, e
conduz a prestar o culto ao ídolo tão exaltado do hedonismo, do materi-
alismo e do prazer. A tarefa das lojas maçônicas é a de operar hoje,
com grande astúcia, para levar por toda a parte da humanidade a des-
prezar a santa lei de Deus, a operar em aberta oposição aos dez man-
damentos, a subtrair o culto devido ao único Deus, para dá-lo a falsos
ídolos, que são exaltados e adorados por um número cada vez maior
de homens: a razão; a carne; o dinheiro; a discórdia; o domínio; a vio-
lência; o prazer. Assim as almas são precipitadas na tenebrosa escravi-
dão do mal, do vício e do pecado, e, no momento da morte e do juízo
de Deus, no pântano do fogo eterno que é o inferno. Agora compreen-
deis como, nestes tempos, contra o terrível e insidioso ataque da besta
negra, isto é, da maçonaria, o meu Coração Imaculado se torna o vosso
refúgio e a estrada segura que vos leva a Deus. No meu Coração Ima-
culado se torna o vosso refúgio e a estrada segura que vos leva a
Deus. No meu Coração Imaculado se delineia a tática usada pela vossa
Mãe Celeste para contra-atacar e vencer a enganosa trama usada pela
521
besta negra. Por isso, formo todos os meus filhos a observar os dez
mandamentos de Deus; a viver à letra o Evangelho; a usar com fre-
quência os sacramentos, especialmente os da penitência e comunhão
eucarística, como ajuda necessária para conservar-se na graça de
Deus; a exercitar de maneira forte as virtudes, caminhar sempre na es-
trada do bem, do amor, da pureza e da santidade. Assim sirvo-me de
vós, meus pequeninos filhos que a mim vos consagrastes, para des-
mascarar todas essas insídias enganosas que a besta negra vos prepa-
ra e tornar enfim vão o grande ataque que a maçonaria desfechou hoje
contra Cristo e a sua Igreja. E por fim, sobretudo na sua maior derrota,
aparecerá, em todo o seu esplendor, o triunfo do meu Coração Imacu-
lado no mundo.” Páginas 686 a 689, do Livro Aos Sacerdotes, filhos
prediletos de Nossa Senhora
Repetindo o que diz Nossa Senhora:
522
“Os locais de divertimento — particularmente os cinemas e as dis-
cotecas — tornaram-se lugares de profanação pública da própria digni-
dade humana e cristã. É o tempo no qual o Senhor nosso deus é conti-
nuamente e publicamente ofendido com os pecados da carne. Já a Sa-
grada Escritura vos advertiu que quem peca por meio da carne, na pró-
pria carne encontra a sua justa punição.” Página 710. “Aos Sacerdotes,
filhos prediletos de Nossa Senhora”.
524
tramos a Verdade por aí... Ao olharmos o rosto de um bebê, de uma
criança, nos animamos. Ao olhar a gracinha de um animalzinho, nós
nos deixamos levar por aquele serzinho de Deus. Mas, querido, saiba
que em Jesus você pode confiar. “Jesus, Eu confio em Vós!” E Jesus
Cristo começa a animar, a dar entusiasmo. Você vai mudando interior-
mente e quando você percebe outras pessoas vão mudando ao redor.
Acredite! Confie em Jesus Cristo.
Nossa Senhora deixa em Suas mensagens ao padre Stefano
Gobbi:
525
Capítulo III
Parte 4
526
Impressionante como os sinais estão dados por essa amada Mãe
Santíssima para uma organização tendo a plena certeza, convergirá no
Tempo, no Tempo de Deus para que o Mal não vingue na Terra, até os
contados para o Reino de Deus se façam salvos.
Com toda certeza eu prezo pelos meus queridos a quem tanto
amo. Prezo pelas pessoas nas quais acredito, confio. A conversão à
santidade no seu devido Tempo pessoal acontecerá.
Meu Irmão Marista querido há meses havia deixado comigo alguns
livros e um folheto; notei haver uma medalha. Estava dentro de um sa-
quinho plástico. Achei interessante, pois ele me deu, mas não disse ser
para mim. Também não me permitiu dar para alguma pessoa. Não me
atrevi a abrir o saquinho. Lembro-me quando recebi fiquei olhando nos
seus olhos e esperando me dizer alguma coisa: “É para você e fique
com a medalha”. Mas fiquei quieta, respeitei e não sabia o que fazer
com aquilo recebido. Permaneceu em minha casa por meses e fechadi-
nho. Dias atrás, mês de novembro, fazia muito tempo não conversáva-
mos. Eu precisava conversar. Meu objetivo era convidá-lo para vir até
minha casa; geralmente eu ia até ele, onde residem os Irmãos Maristas
idosos, na Casa São José. Ele teria que vir ao centro da cidade menor
para um atendimento aquele dia, então eu busquei-o de carro no local
onde ele estava e o trouxe para minha casa. Conversei muito com ele,
por sua vez estava preocupado comigo, pois nunca mais eu aparecera
ou telefonara. Disse-me que me ligara, mas ligara para o número antigo
do meu telefone residencial. Expliquei a ele nesse Tempo de ausência
muitos acontecimentos sucederam e não tive vontade de ir ao seu en-
contro em meio a tantas situações surgidas. Queria dispor de tempo,
com tranquilidade para podermos conversar. Tomamos um bom café
juntos em minha casa e pude conversar sobre a vida. De repente, ele
disse assim:
— Aquela medalhinha que eu lhe dei, você ainda tem?
527
— Tenho sim, está guardadinha para lhe entregar e os livros tam-
bém — fui buscar a medalhinha com o folheto e um livro em especial;
foi então, que ele me disse.
— É sua, pode colocá-la — eu me emocionei, porque sinceramen-
te eu queria muito receber a medalhinha dele. Não entendi o motivo de
não ter feito isso antes. Talvez entenda. Talvez fosse o Tempo! Depois
de levá-lo até sua morada, a instituição Marista, cheguei à casa e pe-
guei o folheto para ler. Nunca havia aberto e muito menos lido, porque
estava fechadinho em plástico, juntamente com a medalhinha. A primei-
ra coisa que fiz foi colocar a medalha na minha correntinha, juntamente
com a medalha de Nossa Senhora das Graças. Fiquei feliz por recebê-
la do meu Irmão Marista querido. Essa medalha não é a de Nossa Se-
nhora das Graças das Medalhas Milagrosas. É a Medalha Missionária
(Os Servos de Maria Terão Segurança Por Fim O Meu Imaculado Cora-
ção Triunfará!). Lembrei-me do Tempo quando havia usado uma pare-
cida e foi providencial em minha vida. Como foi! Foi tão importante, pois
me sentir Chamada num Tempo muito crucial. A medalha ficou escura
de tanto usá-la e quis dar para um sacerdote. Fui até o Lar dos Meno-
res atrás do sacerdote e, numa folha de ofício branca, prendi a minha
medalha com fita durex e escrevi uma pequena cartinha para o sacer-
dote; não o conhecia muito bem, mas admirava seu jeito franco de ser.
Não sei se a recebeu. Nessa medalha, eu depositei minha fé, desejava
proteção, na batalha espiritual maléfica, pois sentia ter em minha vida.
Os símbolos ali contidos eram muito fortes. Agora, meu Irmão marista
querido, entrega-me novamente outra medalha muito parecida. Passara
a ler o texto do folheto. Muito lindo o folheto. É de Raymundo Lopes, o
empresário deixara de ser empresário a pedido de Nossa Senhora do
Rosário, para poder realizar a Obra Missionária. Nossa Senhora apare-
ceu-lhe, nos primeiros encontros, no período de 28 de janeiro a 30 de
junho de 1992. Continuaram as mensagens semanais entre 9 de feve-
528
reiro de 1993 a 04 de fevereiro de 1997; Nossa Senhora retornou no
ano 2000. Nossa Senhora apresentou-se a Raymundo como a Nossa
Senhora do Rosário e falou a Raymundo sobre os “Três Selos” que lhe
seriam abertos posteriormente e que comporiam toda Sua Obra neste
século. São eles: Medalha Missionária, Pai- Nosso da Esperança e Ter-
ço da Divina Chama. Nossa Senhora ainda lhe passou três documen-
tos, de conteúdo profético, chamados Final de Milênio I, II e III, nos
quais exorta a Humanidade a uma conversão urgente e alerta sobre a
vinda de Jesus. Numa das aparições a Raymundo, o Anjo apareceu a
ele e disse que Jesus e Maria desejam “que se concretize uma institui-
ção de leigos, com fundamentos, para num futuro próximo ter nela sa-
cerdotes e vidas consagradas fiéis à doutrina de Cristo”, e que os cha-
masse de “Missionários da Divina Eucaristia”. Novamente o Anjo vem a
Raymundo para falar-lhe da “restauração da Igreja, hoje totalmente di-
vidida e dominada pela apostasia, que se fará “pela Justiça Divina”, que
se aproxima a passos largos”. Disse que as ofensas a Deus continua-
ram, “não deram nenhum caso à mensagem de 1917” (em Fátima), e
que “a Santa Senhora, conforme foi por dois milênios à medianeira das
graças, será agora a medianeira, com toda a milícia celeste, da Justiça
de Deus”. Na Capela de sua residência, Raymundo Lopes teve outro
encontro com Nossa Senhora que lhe pediu para elaborar “um pequeno
e despretensioso catecismo”, e que fosse usado “em todo o Brasil, liga-
do sempre ao Catecismo da Igreja Católica”. Disse, ainda: “Desejo que
minha Obra seja composta de catequistas formados sob meu coman-
do”. “Esta será a meta de vocês e o carisma que fará brotar na Igreja
vocações sacerdotais e consagradas”.
“Sejam catequistas!” - Raymundo diz que esse pedido de Nossa
Senhora já foi atendido. “Já temos o Catecismo Leigo, com os ensina-
mentos da Mãe de Deus, à disposição de todos. E já demos início, ain-
da que informalmente, aos Missionários da Divina Eucaristia”.
529
Continuando a leitura do folheto com as informações importantes
dos Últimos Tempos dados para a Humanidade, da Divina Misericórdia,
li atentamente e muito interessada o que dizia sobre a vitória de quem
carregar a Medalha Missionária. No verso do folheto, dizia assim:
Agora peço, por favor, que você acompanhe esse diálogo entre
Raymundo Lopes e Nossa Senhora. Raymundo Lopes, com suas preo-
cupações naturais diante da paisagem que estamos vendo e vivendo
sobre a Igreja Católica Apostólica Romana e a Humanidade. Raymundo
Lopes faz três perguntas sobre a Medalha Missionária, perguntas obje-
tivas a Nossa Senhora, sobre certas situações que enfrenta. Nossa Se-
nhora assim responde:
532
— Por causa do “M”, do lírio, das estrelas e porque os Anjos disse-
ram. — respondi.
— Você gostaria de mostrar às pessoas uma serpente aniquilada e
morta?
— Gostaria, mas não seria verdade. – respondi.
— Pois aí está toda a causa de seu questionamento: o mal não es-
tá morto, e você quer representá-lo inerte e sem vida, para agradar às
pessoas.
— É, mas eles disseram também que o seu lírio, por estar cortado,
está morto. - repliquei.
— Você percebeu nele algum indício de falta de vida?
— Francamente, não. Senti que ele estava muito vivo e irradiava
luz.
— Eu represento o lírio cortado da terra e levado a Deus. A flor
que não for cortada ficará fixa à raiz e morrerá onde estiver. O próprio
Jesus, Sublime Flor da Pureza, quis também ser levantado da terra pa-
ra nos dar a vida eterna. — Ela explicou.
— Bem, e seu Coração? Eles querem que eu o desenhe com uma
coroa de rosas ou uma espada traspassando-o, alegando que isto é
uma linguagem da Igreja. Como faço? A Senhora permite que eu o re-
presente desta forma?
— O que você viu? – indagou Nossa Senhora.
— Eu vi seu Coração como uma fornalha ardente, irradiando uma
força enorme e pulsando; ele brilhava como um cristal.
— Ele tinha, por acaso, rosas ou espada? Você teve dificuldade
em reconhecê-lo como uma força voltada para o bem?
— Não, Senhora!
— Querem transformar meu Coração numa linguagem inócua e
sem sentido! Eu lhe mostrei o meu Coração!
— Mas eu acho que mesmo a Senhora me mostrou uma lingua-
533
gem figurada, porque o seu Coração verdadeiro não é possível de ser
mostrado.
— Você vacilou em reconhecer essa linguagem figurada como
uma linguagem do meu Coração?
— Não, absolutamente!
— Por quê?
— Por causa da frase embaixo e por nossos contatos anteriores, já
percebi que a Senhora expressa uma fortaleza enorme vinda de Deus.
— Por quê?
— Porque tudo o que me passa é voltado para Deus, e eu não
consigo pensar de outra forma.
— Você, com estas palavras, respondeu todas as questões doutri-
nais levantadas pelos teólogos, a respeito do que lhe foi passado por
mim! – afirmou Nossa Senhora.
— Não entendi! – repliquei.
— Não se deve esconder a verdade, seja ela qual for. A verdade
não pode nunca ser explicada através de uma mentira, mesmo piedo-
sa. As pessoas têm direito à verdade, por isso a procuram.
“ 3 ª) 11 de fevereiro 1995
— Nossa Senhora, posso lhe fazer uma pergunta sobre a Medalha
Missionária?
— Qual pergunta?
— Se por acaso a Igreja contestá-la oficialmente e proibi-la, estarei
agindo contra ela (a Igreja) se a continuar divulgando (a Medalha). Se
eu obedecer aos padres, estarei em falta com a Senhora e, se obede-
cer à Senhora, estarei em falta com a Igreja. Estou preocupado e não
sei como agir.
“Ela então mudou de semblante, adquirindo um ar atento, e com o
olhar bem fixo em mim, chegando a me embaralhar a vista, disse:
— Vou lhe contar uma história: Existia um vale, onde corria um rio.
534
Esse rio fertilizava todo o vale com uma água límpida e saudável. O
vale dependia do rio para sobreviver. Um dia, chegou a esse vale um
homem, começou a plantar, e muitas pessoas, maravilhadas de como
tudo crescia bem, começaram a se aproximar desse homem. E em
pouco tempo todos dependiam do vale, do rio e do homem. Tempos
depois, preocupados em como o homem fazia maravilhas com a água
que provinha do rio, o prenderam e o mataram, e tomaram conta do
vale. Resolveram que somente eles poderiam tomar conhecimento do
rio, e então represaram suas águas. O vale começou a secar e todos,
confusos, procuravam suas águas e lamentavam porque aquele ho-
mem, que lhes mostrou o vale, não existia mais. Mas o rio represado,
todos sabem, se romperá um dia, porque é impossível conter um rio.
Eu lhe pergunto: é possível conter um rio?
— Acho que não, pelo menos por meios humanos, não.
— Então, dê curso ao rio. – Ela replicou”.
538
Santo Padre — Você deseja me falar alguma coisa?
Raymundo — Prefiro escutá-lo, porque o que tenho a lhe dizer pode
parecer loucura, e não desejo ser tratado dessa forma, foi o senhor
que me chamou.
Santo Padre — Você achou isso estranho?
Raymundo — Achei, porque não tenho notícia de um Papa querer falar
com um leigo desconhecido, de um local perdido no Brasil.
Santo Padre — Não tenho motivo para tratá-lo como louco. Se eu ti-
vesse esse receio, você não estaria aqui. — disse olhando-me
muito atentamente. — Você imagina o que tenho nas mãos?
Raymundo — Não senhor!
Santo Padre — Nossa Senhora não lhe falou nada a respeito?
Raymundo — Não senhor, não falou nada!
Santo Padre — Então, devo presumir que vou lhe oferecer uma surpre-
sa.
Raymundo — Que surpresa?
Ele tirou do envelope alguns papéis e me disse:
Santo Padre — Leia isto!!
Em seguida, levantou-se e disse-me:
Santo Padre — Estarei de volta dentro de 10 minutos.
545
Santo Padre — Essa medalha eu conheço do meu antecessor!!
Raymundo — É nossa Medalha Missionária.
Santo Padre — Então fale a todos que é um presente do Papa!!
Dizendo isto, guardou no bolso da batina apenas uma carta, que
acompanhava um dos presentes, enviada pela missionária Maria
de Fátima Araújo, de Guarapuava (PR).
Santo Padre — Se houver no futuro um retorno à sua terra, à sua cida-
de, recomendarei para que eu retribua a visita, está entendendo?
Raymundo — Estou!
Depois retirou-se, e fiquei sozinho por alguns instantes, até que veio a
mim o mesmo padre que me colocara naquela sala, dizendo-me:
Padre — Sr. Raymundo, vou levá-lo a Dom Giovanni. Ele irá acompa-
nhá-lo até a cidade do Vaticano. Encontrei com Dom Giovanni; ele,
muito calado, levou-me até o carro e disse:
Dom Giovanni — Por favor, Raymundo: prudência, prudência. Se você
acredita que Maria lhe fala, aja como a Igreja, deixando o Espírito
Santo agir, não colocando nunca as nossas preferências na frente.
O Santo Padre lhe deixou algumas lembranças que estão comigo.
Estou lhe entregando para que as leve ao Brasil.
548
N.Sra. — Pode. Tomarei conta para que tudo esteja como vê. Desejo
que tome a providência de dar ciência aos dois Serafins da terceira
visão, mas da primeira e segunda não fale nada.
Raymundo — O que eu digo às pessoas?
N.Sra. — Diga somente que retornei aqui e lhe relatei a terceira visão;
mas da primeira e segunda lhe peço que somente depois da visita
do pano azul-escuro ao pano azul-claro as revele; isso se for de
sua vontade, não me importo.
Raymundo — O que acontecerá?
N.Sra. — Agora não me é possível lhe adiantar os fatos, mas os verá
no caminhar da história de vocês. Não o quero como ponto central
desses acontecimentos; por isso guarde silêncio, mas acredite que
estou aqui e sei o desenrolar da história.
Sua vida terá mudanças bruscas com o pano amarelo, mas não
tema poderes que os julgue maiores do que você. O poder maior
vem do Céu, que domina a história.
Dizendo estas coisas, desapareceu.
Estou escrevendo num caderno que vai ficar no cofre de minha
casa, conforme pedido de Nossa Senhora, e somente será revelado
quando chegar tempo e se eu achar necessário.
Bandeiras do Brasil (azul-claro) e dos EUA (azul-escuro): parte de-
las onde se vê estrelas.
Bandeira do Japão, tendo no centro um disco vermelho.
Bandeira do Vaticano (amarela e branca).
11/09/01 — Ataque às torres gêmeas de Nova York (símbolo do
poder econômico americano desabou).
10/03/11 — Terremoto e tsunami no Japão (país que se destaca
pelo avanço tecnológico — carros e aviões arrastados como brinquedos
e a usina nuclear danificada).
549
21/12/12 — Destruição do Vaticano/Roma (Igreja: o dever do
anúncio do retorno de Jesus).
O terremoto no Japão aconteceu às 14 horas do dia 10 de março
de 2011 (eram 2 horas no Brasil e 5 em Portugal, do mesmo dia).
Por ocasião de minha estada em Roma com Raymundo, em junho
de 2004, quando Dom Damasceno recebeu o pálio e Raymundo entre-
gou ao Papa João Paulo II uma imagem de Nossa Senhora Aparecida,
aconteceu que ele teve um sonho que me relatou. Sonhou que estáva-
mos num hotel quando ouviu um estrondo enorme e exclamou: ‘Fran-
cisco, você ouviu? Parece ter sido um terremoto’. Eu repliquei: ‘Não,
deve ter sido uma explosão’. Ele foi à janela do hotel e dela viu muitas
pessoas aflitas e desorientadas, uma destruição em uma casa enorme
cheia de janelas (Vaticano?).
Três anos: 2013, 2014, 2015 (final do envio das cartas ao Vatica-
no: dezembro de 2015).”
Continua a matéria seguinte do jornalzinho O Retorno de Jesus —
O grande acontecimento que se avizinha, cujo site é
www.espacomissionario.com.br, 2011.
O jornalzinho mostra uma fotografia grande de Raymundo Lopes
beijando a mão de João Paulo II e ao lado tanto do Papa quanto de
Raymundo, a imagem da padroeira do Brasil, Nossa Senhora Apareci-
da:
551
mais!
Raymundo — Por que diz isto, Santidade?
Santo Padre — Porque Deus assim determinou. Você conhece a im-
portância de tudo isto?
Raymundo — Não, Santidade.
Aqui, ele deu um discreto sorriso e disse-me:
Santo Padre —Não acreditarão, não me importo.
Raymundo — Eu também não, Santidade.
Fiz menção de levantar, apoiando-me na cadeira do Papa, quando o
ouvi dizer:
Santo Padre —A posteridade fará jus a tudo isto. Que Deus o abençoe!
E não tenha medo, Maria é a Mãe da Igreja.
Raymundo — Sim, Santidade, Maria é a Mãe da Igreja.
Saí e procurei me recompor, para continuar o dia. Notei, depois,
que este inusitado diálogo não foi percebido por ninguém, nem mesmo
por Dom Damasceno, que estava ao meu lado. Fui instrumento de Nos-
sa Senhora para dar um importante sinal ao Papa; mas acho também
que este encontro ajudará muito a Obra Missionária.”
552
para lhe contar o que sabia a respeito do retorno de Jesus à terra. Eu
olhava para ele surpreso, pois não sabia nada, e mesmo que soubesse,
algo me dizia para não falar. Fiquei calado, e ele começou a me sacudir
pedindo-me que falasse. Nesse momento, um garoto de aproximada-
mente 9 anos apareceu e espantou o homem. Em seguida, amparou-
me e levou-me para dentro de casa. A sala estava toda azul. Nela havia
cerca de 10 pessoas, que não reconheci, todas vestidas de branco.
Elas disseram-me em uníssono:
“Faça vênia (saudações respeitosas) à Bela Senhora, a Mãe do
grande mestre Jesus.”
Uma luz mais forte começou então a se formar no meio da sala, e
dentro dela estava Maria Santíssima, também vestida de branco. Ela
me disse:
N.Sra. — Meu caro Daniel, desejo lhe transmitir algo muito importante,
que tornará sua vida muito difícil, mas é necessário que saiba,
porque daqui por diante tudo que lhe passei, e muitas coisas que o
Céu lhe passará, nortearão seus passos, para que tenha força e
coragem para anunciar a maior boa-nova da história da cristanda-
de, extensiva a todos os povos da terra.
Raymundo — Senhora, não está falando com a pessoa errada? Eu não
me chamo Daniel.
N.Sra. — No Céu, seu nome é Daniel, e para o que vou lhe revelar, es-
se nome é protegido, é um meio eficaz fornecido pelo poder Divi-
no, para que essa informação não caia nos caminhos do materia-
lismo que ronda a terra.
Raymundo — O que a Senhora tem a me revelar de tão importante?
N.Sra — Desde tenra idade, Eu o tenho protegido, porque você é o
meio que os espíritos da luz escolheram para vencer o espírito das
trevas. Tudo é criação do Todo-Poderoso, tudo é bom, mas esco-
lhas equivocadas fizeram com que, protegidas pela lei maior que
553
rege vocês, que souberam batizar como livre-arbítrio, agissem
contra os desígnios do Criador. Uma enorme cisão foi criada e Lú-
cifer, com a permissão de Deus, comanda as trevas, destruindo o
caminho da luz; e vocês estão sob o reino do nada; e Deus, na fi-
gura de Jesus, deseja conquistar de novo o caminho por Ele cria-
do.
Comentário:
Vejamos três pequenos trechos do diálogo ‘Roma, um desafio’
(pág. 211 do livro ‘Raymundo Lopes_ Uma incógnita dos Finais dos
Tempos’) _ Nossa Senhora a Raymundo: “Deus está permitindo uma
querela (conflito, contenda) entre Mim e Lúcifer. Não tenho escolha,
senão aceitar o desafio.” “Se (você) falhar, eu falharei, e meu Filho es-
tará entre vocês sem nenhum amparo da Igreja Católica. Será o caos,
porque o mundo não poderá compreender a graça recebida.” Raymun-
do: “...farei de tudo para que isso não aconteça; mas se acontecer, pe-
ço perdão por mim e por todos aqueles que me acompanham.”
Raymundo — Não estou entendendo, Senhora!!
N.Sra. — Entenderá com tempo — respondeu-me sorrindo. Sou ple-
namente humana e perfeita, porque, com a permissão do Criador,
que se fez homem através de mim, me fez sem o pecado original,
isto é, Eu tenho a plena conquista no meu cérebro, para que Ele
também viesse a nosso mundo com essas particularidades. Jesus,
meu Filho amado e meu Deus, percorreu o mundo, conhecendo-
nos na natureza humana, usando de toda a capacidade cerebral
que possuía, e com isso pôde suprir-nos da esperança de tê-lo de
volta no final destes tempos, fazendo com que O conheçamos co-
mo nosso Deus criador de todas as coisas.
Comentário:
Voltando ao diálogo ‘Roma, um desafio’, olhem o que foi dito nes-
se trecho: “Você (Raymundo) estará diante do racionalismo (Bento
XVI), e isso meus contatos anteriores viram ruir por terra meu pedido do
554
anúncio da chegada de meu Filho de retorno à terra, reclamando o elo
perdido no Paraíso.”
Raymundo — A Senhora então sabe como isso se fará?
N.Sra. — Sei como, mas não conheço nem o dia e nem a hora, conhe-
ço apenas a proximidade desse acontecimento.
Raymundo — Estamos perto?
N.Sra. — Estamos! Faça uma relação de 1 a 9.
Fiz num papel à parte, que estava na mesinha do centro da sala, usan-
do de uma caneta que trazia em meu bolso.
Depois, Ela continuou:
N.Sra. — Embaixo de cada número escreva uma letra do alfabeto que
vocês usam; quando chegar o número nove, volte a escrever até
completar a relação de letras, entendeu?
Raymundo — Entendi.
E fiz o que Ela me mandou!
N. Sra. —Lembra-se quando lhe ensinei que o número de Jesus é (6) e
que Lúcifer, mascarando-o, fez criar na cabeça de vocês o 666,
que na verdade representa Deus, Jesus e o Espírito Santo? O An-
ticristo é ele, que em sua soberba deseja ser Deus!
Raymundo — Lembro-me, e quando falei disso às pessoas quase fui
apedrejado.
N. Sra. — O que você achou na sequência dos números e letras que
pedi que escrevesse?
Raymundo — No número 6, formou-se a palavra FOX.
N.Sra. — Muito bem, esse é o código de retorno. O que se formou na
coluna 9?
Raymundo — Tenho a letra I e R.
N.Sra. — A letra I entenda-se como Jesus, e a letra R é seu nome na
terra. Você é o escolhido para mostrar ao mundo que dentro de um
padrão FOX 2 será realizado o grande milagre do retorno de Je-
555
sus, não como humano; mas com a plena capacidade do cérebro
de vocês funcionando, todos vocês o verão como Deus.
Raymundo — O que é isso, Senhora?
N.Sra. — É um código que a ciência de vocês usa para explicar o po-
der dado por Deus, para que raciocinemos e usemos do uso da fa-
la para evoluirmos. Eu farei com que você ache esse código e en-
tenda o que estou lhe transmitindo.
Raymundo — Que loucura!!
N.Sra. — No padrão de vocês é loucura, mas nos padrões Divinos não
é, porque esse padrão pertence a poderes que a razão de vocês
desconhece, porque, devido à escolha equivocada da luz esco-
lhendo viver nas trevas, Deus limitou o cérebro de vocês a uma
pequena parte, ficando a outra como resposta a Seu retorno, que
nada mais é do que o raciocínio pleno. Vocês verão a Deus, e te-
rão conhecimento do grande erro imposto por Lúcifer. O grande
banquete está servido, e nenhum daqueles que foram convidados
participará do convívio do Criador.
Raymundo — Posso falar isso às pessoas?
N.Sra. — Não. Guardará segredo disso, e somente quando estiver de
retorno da ‘cidade das águas’, terá minha permissão.
Raymundo — Posso escrever?
N.Sra. — Isso pode, mas que não seja no computador. Escreva ma-
nuscrito.
Raymundo — Por quê, Senhora?
N.Sra. — Porque Lúcifer lerá, e se você falar às pessoas, ele terá
acesso, e Deus deseja que isso seja conhecido somente depois do
seu retorno da cidade das águas.
Dizendo isto, as pessoas presentes começaram a cantar algo dife-
rente, mas muito bonito, e todos eles fizeram uma barreira em torno de
Nossa Senhora e Ela sumiu.”
556
Hoje, 31 de março de 2014.
Fiz a minha despedida tanto na introdução quanto no final e no,
entanto, estou aqui. Peço perdão, mas o livro ainda possui vida. É
Tempo de Quaresma. Tenho que respeitar os acontecimentos, pois a
Vida fala. A leitura abaixo foi de domingo, dia 30/03/2014.
2ª LEITURA: Ef 5,8-14
“Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios.
Irmãos: Outrora éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor. Vivei
como filhos da luz. E o fruto da luz chama-se: bondade, justiça, verda-
de. Discerni o que agrada ao Senhor. Não vos associeis às obras das
trevas, que não levam a nada; antes, desmascarai-as. O que essa gen-
te faz em segredo, tem vergonha até de dizê-lo. Mas tudo que é con-
denável torna-se manifesto pela luz; e tudo o que é manifesto é luz. É
por isso que se diz: ‘Desperta, tu que dormes, levanta-te dentre os mor-
tos e sobre ti Cristo resplandecerá’. PALAVRA DO SENHOR.
560
seu pai), à sinagoga, a ler a torá, ele me compreende muito e me res-
peita. Possui o Deus judaico-cristão. Respeita o meu modo de ser, meu
jeito de ser no mundo, a minha alma como sendo única, pois como filó-
sofo clínico há uma compreensão muito grande da minha pessoa. En-
fim, reconheço a minha fragilidade e reconheço a minha solidão nesta
vida; entretanto, ao lado do meu amor ele me faz ser mais e melhor, na
graça de Deus Amoroso e Misericordioso. Muito pior antes, sem Deus.
Triste, horrível! Muito pior! A dor foi intensa! Com Deus tudo é mais
compreensível e se tem a armadura.
“Outrora éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor. Vivei como fi-
lhos da luz. E o fruto da luz chama-se: bondade, justiça, verdade. Dis-
cerni o que agrada ao Senhor. Não vos associeis às obras das trevas,
que não levam a nada; antes, desmascarai-as. O que essa gente faz
em segredo, tem vergonha até de dizê-lo”.
562
cedeu-lhe permissão para provar a Igreja por um século. Este século
está sob o poder do Demônio, mas quando os segredos confiados a
vocês realizarem-se, o poder dele será destruído. Mesmo agora, ele
está começando a perder seu poder e tornou-se agressivo. Está destru-
indo casamentos, criando divisão entre os sacerdotes e é responsável
por obsessões e assassinatos. Vocês devem se proteger contra essas
coisas através do jejum e da oração, especialmente da oração comuni-
tária. Tenham consigo objetos bentos. Coloquem-nos em suas casas e
renovem o uso da água benta.”
Você, assim como eu, poderá indagar qual a razão teria Deus para
permitir a satanás esse tempo de “querela” com Nossa Senhora? Por
que Deus teria proporcionado um século para o Demônio atuar? Arrisco
a minha opinião. Acredito que Deus, conhecendo Seus filhos, deseja
assistir o comportamento da Sua Criação. E o comportamento da Hu-
manidade ficou bem à mostra para qualquer pessoa evidenciar nesses
últimos tempos que se anuncia a preparação desta mesma Humanida-
de para o retorno de Jesus Cristo. Fica à mostra que a Humanidade,
agindo sem Fé, sem capacidade de Amar, sem capacidade da Espe-
rança, sucumbe facilmente. Deus deseja mostrar que o homem na sua
racionalidade, no seu mundinho materialista perde o alcance do cora-
ção, do amor; o homem perde a dimensão humana. De nada adianta.
Não adiantam altos cargos, altos poderes e postos, altos governos se
estes homens não possuírem humanidade. Assim, surge Nossa Senho-
ra, ora se apresenta como Nossa Senhora do Rosário ora se apresenta
como Nossa Senhora de Fátima, a Mulher do Apocalipse. A Mulher re-
vestida de sol. Ela surge e diz para Raymundo Lopes: “Se (você) falhar,
eu falharei, e meu Filho estará entre vocês sem nenhum amparo da
Igreja Católica. Será o caos, porque o mundo não poderá compreender
a graça recebida.” Raymundo: “...farei de tudo para que isso não acon-
teça; mas se acontecer, peço perdão por mim e por todos aqueles que
563
me acompanham.”
Também eu, leitor querido, assim como Raymundo Lopes, estou
fazendo todo o meu empenho para esse sonho não morrer. Jesus Cris-
to, se depender do elo do amor, do elo invisível, mas do amor (a essên-
cia de tudo e força transformadora), terá todo o amparo dos fiéis que O
amam. Saberemos, sim, a graça preciosa que temos em possuir a Vir-
gem Mãe de Jesus Cristo entre nós, quanto à graça extraordinária do
poder salvífico de nosso amado Irmão Jesus. Por Ele, toda a Honra e
Glória dos séculos. Que nossas respostas de amor, à Mãe Santíssima,
o sim que é dado por cada um dos que A amam tanto, como também a
Seu Filho e nosso Irmão, seja o elo forte, poderoso. Esse elo não impe-
dirá que Maria, a Virgem Imaculada Mãe de Deus e da Igreja, dê por
consumado o Seu Plano de Amor nessa Missão Única de reunir os fi-
lhos de Deus dispersos pelos caminhos das trevas que jaz a Humani-
dade e levá-los ao caminho da Luz.
Algumas mensagens de Nossa Senhora de Fátima do Livro Aos
sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Senhora.
Continua:
Esse é o Tempo em que Nossa amada Mãe pede aos seus filhos
prediletos e para a Humanidade que retornem à vida pura. Ela assim
nos deixa, em Sua mensagem:
565
letos de Nossa Senhora”.
“Indisciplina é a falta de docilidade à vontade de Deus pela trans-
gressão dos deveres do próprio estado que impõem a obrigação de re-
zar e de dar exemplo de vida santa e apostólica. Quantos Sacerdotes
não se deixam absorver por desordenada atividade e já não rezam!
Posterga habitualmente a Liturgia das Horas, a meditação, a reza do
santo Rosário. Sua oração se restringe a uma apressada celebração da
santa Missa. Destarte estes meus filhos tornam-se interiormente vazios
e não dispõem de forças para resistir às muitas ciladas que lhes armam
no meio-ambiente em que vivem. Dai resulta que o espírito do mundo
os contamina, porque, aceitando seu estilo de vida, conformam-se aos
seus valores, participam de suas manifestações mundanas, são condi-
cionados pelos meios de propaganda e, por fim, se revestem de sua
mesma mentalidade. Acabam sendo ministros do mundo; de conformi-
dade com seu espírito, que justificam e propagam, com o escândalo
dos fiéis.” Página 231. “Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Se-
nhora”.
566
importante é a pessoa do sacerdote! É a pessoa que está no lugar de
Jesus Cristo. O poder que possui um santo padre é incomensurável.
Ele é o homem fazendo renúncias. Ele é o homem deixando a sua famí-
lia para se entregar completamente a Deus e a Seu Filho Jesus Cristo.
Ele é o homem sentindo realmente o chamado para constituir e a cons-
truir o Reino de Deus aqui na Terra e sabe, como santo padre e sacer-
dote, fazer acontecer o vínculo entre o céu e a Terra. Ele não constitui
família, mas solteiro atua para Deus e Jesus Cristo, torna este mundo
mais santificado. Ele entende que é impossível manter um vínculo, uma
mulher em sua vida, pois a castidade, o celibato é necessário para po-
der se dedicar de corpo e alma a tudo que se refere ao divino, trazendo
esse divino para os seus fiéis tão necessitados. Ele é o homem preci-
sando do tempo para atender inúmeras pessoas, desde os atendimen-
tos espirituais divinos de um nascimento até a morte de um ente, e com
esse olhar único ao celeste e, mediador entre o céu e a Terra, não so-
bra tempo para constituir outro sacramento, o matrimônio. Impossível
conciliar família, matrimônio, com o atendimento família e Humanidade.
Precisamos dos fiéis, dos bons sacerdotes, santos sacerdotes para os
fiéis poderem se confessar, para poder encontrar nele a força desejada
para a libertação do Mal. Enquanto o animal prima por ver extinta a figu-
ra do sacerdote, mais do que nunca na História da Humanidade, a bus-
ca pelo santo padre, pelo santo sacerdote se fará necessário. Que as-
sim seja, amém.
Ele, o sacerdote deve, sim, ser um homem santo para levar consi-
go a paz tão almejada, tão necessitada aos lares das famílias em de-
sespero. A desesperança nada mais é do que a falta de Deus e de Je-
sus Cristo. O sacerdote é aquele que deve ser puro e na sua pureza ter
poder com a força de Jesus Cristo e Nossa Senhora de afastar demô-
nios de uma pessoa possessa.
Que os nossos Sacerdotes dispersos de coração contrito voltem à
567
morada, a Casa do Pai. Que esse Tempo de filho predileto, que se co-
locou à margem da Verdade do Imaculado Coração de Maria, faça re-
conhecido, como o Tempo de Inverno em que as plantas dormem, mas
que retornam com todo vigor e esplendor. Que assim seja!
Há tantas seduções, pessoas levadas pelo Mal, pelos pecados do
mundo e teimando por desencaminhar quem deseja tanto ser para
Deus; infelizmente, há Pastores desejando ser mais um entre tantos
para não ser percebido como de fato deveriam ser: um sacerdote na
essência da palavra; um religioso com sua vida consagrada. O Sim é
somente para Deus, para Jesus Cristo e Nossa Senhora. A roupa deixa
claro de qual lado estão às pessoas consagradas; o que tiver que acon-
tecer além da aparência é saber empregar a palavrinha fundamental:
não. Dizer não em um mundo envolvido em parte pelo demônio que
entrou justamente por nossos descaminhos, nossos pecados.
Houve um Tempo em que eu lia muito e tomava nota do que
achava importante. Algumas vezes eu me esquecia de tomar nota de
onde retirava algum assunto, o que é algo errado, mas no afã de copiar
e de outras atividades acabava por cometer esse erro. Por isso peço
desculpas, pois não recordo como, chegaram a minhas mãos algumas
anotações sobre a vida de Santa Teresinha; anotei as páginas, mas o
nome do livro não consta nas minhas anotações. Então, tenho o seguin-
te nas minhas anotações, dito por Santa Teresinha, numa conversa
com uma madre:
“Encontrei-me durante um mês com grande número de ‘sacerdo-
tes santos’, e verifiquei que, embora possuíssem a sublime dignidade
sacerdotal que se avantajava sobre os espíritos evangélicos, nem por
isso deixavam de ser homens fracos e frágeis. Assim, se os ‘sacerdotes
santos’ aos quais JESUS no Evangelho chama de ‘sal da terra’ dão si-
nais de necessitarem de orações para serem fiéis e poderem perseve-
rar no caminho do direito, da justiça e do amor fraterno, que há de se
568
pensar dos que são tíbios? No Evangelho o SENHOR pergunta: ‘Se o
sal perder a sua força, com que tempero se há de salgar?’ (Mt.5,13).
Santa Teresinha continua:
570
“A Teologia errada é a dos que pretendem fazer de Jesus uma es-
pécie de revolucionário, e nesta linha, chegam inclusive a negar-lhe a
Divindade. Seu único interesse é o da libertação da pobreza, para
construir um mundo mais justo somente nesta terra, e, por este motivo,
todos os interesses permanecem no plano horizontal. Aqui atraiçoam a
Cristo, porque em certo ponto negam o mistério da Redenção.”
571
O que eles desejam realmente é estabelecer um sistema político
dentro do qual passarão a tomar conta de tudo. Nessa paisagem de
tristeza, fica o desejo de tomar conta das almas. Estabelecendo o mo-
nopólio, um sistema em que a Igreja Católica se insere, o próprio Vati-
cano, o povo terá que pertencer a eles. Tanto é assim, que nos Estados
Unidos o chip na pele já é realidade; comprar e vender passará por is-
so. No chip, todas as identificações de uma pessoa. Há pouco saiu a
notícia de um jornalista na qual ele declara que nos Estados Unidos o
governo possui o acesso às informações da vida privada de cada indi-
víduo. Não somente os Estados Unidos, mas outros países nas mãos
deles. Cuidado com a farsa. Não se forma um ser humano, uma pes-
soa, sem o Verdadeiro Deus e o Verdadeiro Cristo! Você leu acima com
relação ao pecado:
Temos, portanto, que buscar cada qual sua salvação. A responsa-
bilidade por nossa alma; levada a sério, mudaria todo esse quadro de
desgraças. Se cada mendigo, se cada pessoa necessitada de ajuda
procurasse por Jesus Cristo na Eucaristia, alicerce na Palavra de Deus,
a vida na Terra seria outra. Não estou pregando que não devemos aju-
dar o nosso próximo. Sabemos que sim. Quem ama Jesus Cristo, quem
ama a Deus gosta de ajudar, de contribuir com o que puder para ajudar
alguém. Estou com Nossa Senhora em Sua preocupação. Eu me somo
a Ela, pois realmente é um perigo que políticos e maçons ou outras
pessoas engajadas se voltem para a ideologia explicada até aqui por
padre Stefano Gobbi e a Mãe Santíssima sobre a Teologia da Liberta-
ção. Uma sociedade dirigida por um governo que possua a Bíblia, ou
seja, Deus como orientador e no Temor de Deus dirigir uma Nação, a
realidade se constituiria de outra maneira.
Cada um de nós herdou dos nossos primeiros pais, Adão e Eva, o
pecado original gerado pela desobediência a Deus. Isto já diz que nesta
vida não temos o paraíso. Sempre haverá filhos gerados com o pecado
572
original e demais pecados. O importante é que cada ser humano, cada
criança que nasça, aprenda a conhecer Deus e Sua Palavra, trabalhan-
do a partir de então em uma formação humana para o merecimento do
Reino do Pai que nos espera. Quando a demanda por pecados, por
imoralidades, pelos mais variados tipos de situações que geram o Mal,
numa situação social na qual a maioria dos indivíduos não possui cons-
ciência de Deus, essa sociedade fica deplorável! Ao pensarmos em pe-
cado, automaticamente nele vem acompanhada a necessidade de se
procurar pela Confissão ou Reconciliação com Deus.
Nossa Senhora em Medjugorje deixa dito o seguinte:
573
lá onde vivem. Ajam com amor. O amor seja sempre o seu único modo
de agir. Com o amor vocês convertem em bem tudo o que Satanás ten-
ta destruir e fazer seu.” (31-07-86) Páginas 259 e 260. Livro de Olivo
Cesca.
“O MSM quer, antes de tudo, participar plenamente de todos os
sofrimentos da Igreja, bebendo com ela o cálice de muitas amarguras.
Por isso, jamais é chamado a criticar, julgar e muito menos a condenar.
Portanto, não participa, antes rejeita, abertamente, o método, seguido
hoje por muitos, de criticar publicamente a Santa Madre Igreja, mesmo
através da imprensa e de maneira acerba e maldosa. Não se deve ja-
mais derramar vinagre em chagas abertas e sangrentas. A única ajuda
que o Movimento quer dar hoje, à Igreja, é a do amor, de um amor filial
e misericordioso. Levar-vos-ei a amar muito a Igreja. Hoje, a Igreja
atravessa momentos de grande sofrimento, porque é, cada vez, menos
amada pelos seus filhos. Quantos a pretendem renovar e purificar com
a crítica e com ataques violentos à sua instituição! Nada se renova ou
purifica sem amor”. 09 de novembro de 1975.
“O compromisso específico do Movimento Sacerdotal Mariano é o
de levar os fiéis a serem, hoje, testemunhas de amor à Igreja.” Páginas:
XXXVIII- XXIX do Livro de Nossa Senhora.
577
Capítulo III
Parte 5
“Vitória
(David Julien) COMEP* 0542
Vitória, Tu reinarás! Ó cruz! Tu nos salvarás.
Brilhando sobre o mundo, que vive sem tua luz.
Tu és um sol fecundo de amor e de paz, ó cruz!
Aumenta a confiança do pobre e do pecador.
Confirma nossa esperança, na marcha para o Senhor.
À sombra dos teus braços, a Igreja viverá.
Por ti no eterno abraço, o Pai nos acolherá.”
Representações do Mundo
Como um Papa conseguirá anunciar para a população, para Hu-
manidade a existência de racionais apóstatas? Como um Papa chegará
à Humanidade para explicar: “Olhe, a besta semelhante a um cordeiro e
a besta semelhante a uma pantera estão infiltradas na Igreja Católica. É
a maçonaria eclesiástica e as lojas maçônicas estão atuando fortemen-
578
te espiritualmente e de forma maléfica. São homens poderosos capazes
de tudo em suas vaidades, em suas forças e soberbas, suas posições
sociais, seus status num governo em cargos ocupados, altíssimos car-
gos, e lideram o mundo com seus corações empedernidos, frios, calcu-
listas”. Como um Papa colocaria para a Humanidade essa triste reali-
dade? Como explicar o espiritual maligno às pessoas e dentro da pró-
pria Casa que deveria ser santa e exemplo? Meu Deus! Como é difícil
uma revelação destas... Não julgo, pois acredito no que Santo Agosti-
nho, no meu coração tocou: “Esta igreja foi construída para vós, mas
vós é que sois a Igreja.” Cada qual deverá fazer a sua parte atendendo
a consciência, o dom da vida, chama divina que deverá ser acrescida
com mais oxigênio, se por ventura está ainda tênue. Para qualquer Pa-
pa fica muito difícil falar algo assim. As razões são inúmeras e não de-
sejo cogitá-las. A verdade é uma só: cada qual é responsável por sua
alma, sua consciência. Nós, os fiéis Católicos, devemos fazer a nossa
parte; a nossa parte é dar o melhor de nós, em Deus. Eu tenho a minha
a fazer. Eu não posso me calar frente a essa paisagem de horror que
assola parte da nossa Igreja Católica. Eu não posso deixar de testemu-
nhar me juntando a Nossa Senhora e dizer então, nessa obra e regis-
trar que sim, satanás existe e não é puerilidades, uma fantasia, um me-
ro filme de monstros. Tantos ficam na frente da telinha assistindo e
considerando somente ali, no olho mecânico, existem tais monstros.
Aliás, um objeto alienante da verdadeira vida em muitos programas
apresentados. Somos nós a lutar pela causa, pois até o momento Papa
algum falou ou fala sobre esse tipo de bomba invisível, que ainda, por
enquanto, é invisível. Se nada fizermos para lutar, aí sim, contribuire-
mos para criar cobras pequenas, médias e grandes e ainda uma maior
que irá ser cérebro; somente cérebro e coração de pedra. Olha, é muito
fácil se criar uma cobra, a antiga serpente. Muito fácil no mundo dos
modernismos. O clima para as cobras é propício. Nossa Senhora usa o
579
termo “mundo tão pervertido”.
Na verdade o que devemos ter em mente é que, Nossa Senhora
nos faz um convite à confiança. Nossa Senhora insiste demais para que
rezemos. Que reservemos tempo para a oração e leitura da Bíblia todos
os dias. Insiste em dizer que para combater de maneira eficaz o demô-
nio a oração do Santo Rosário é fundamental. Pede que façamos os
cenáculos em família, com a oração de Consagração a Nossa Senhora,
etc. A verdade é que há pessoas como nós, poucas; das citadas, so-
mente meu amigo Irmão Marista o conheço pessoalmente. Raymundo
Lopes, através dos seus livros. Tenho acompanhado no site dos Devo-
tos de Fátima, observo que a equipe trabalha muito bem com tudo o
que se refere a Nossa Senhora. Meus irmãos do Movimento Sacerdotal
Mariano e sou unida a eles pelo laço do amor e nos mesmos afins. So-
mos ligados pelo Amor, pelo coração, pelo acreditar nas palavras, nas
mensagens de Nossa Senhora e estamos dando o nosso sim, o nosso
sim à Mãe amada. Sei que aparecerão muitos outros unidos no Amor e
sentem em seus corações que o Mal nos ronda e nada até o momento
puderam fazer. Mas não sei dessas pessoas, não sei o que pensam e
onde estão. Quando leio algo escrito por Raymundo Lopes, por exem-
plo, acredito e sinto que há um movimento, a fé em torno de Maria, há
um Amor a nos unir; há o crédito que o Mal está aí, ele realmente existe
e que Ela, a Mãe Celeste, avisa, alerta e deseja a nossa cooperação
para combater satanás e seus sequazes. Existe também o medo, o re-
ceio da parte de muitos em falar sobre esse assunto. Creio que estão
anestesiados. Não sei, peço perdão. Não desejo julgar pessoa alguma.
Acredito que fui muito bem formada para falar sobre esse assunto para
você. Acredito que fui muito bem preparada de tal forma que o meu
ódio canalizou-se para o Mal. De tal forma que tenho vontade de des-
truir junto com a minha Mãe amada, nossa Mãe Celeste, essa serpente
do Mal. Não são pessoas a destruir, mas o Mal que impera e de forma
580
contundente, de forma maior e está levando a própria destruição da
Humanidade. Eu não tenho esse poder. O meu ódio sim, mas às pes-
soas, o meu amor junto a Mãe Celeste, Nossa Senhora de Fátima, no
desejo da Paz e da Misericórdia. Não podemos a Verdade esconder.
Não podemos quando temos o Conhecimento não deixar de transmitir.
Eu estaria omitindo a Verdade e estaria pecando.
Temos que prosseguir. Temos que continuar. Ou queremos que o
mundo se torne dilacerado por conta de racionais apóstatas, cujo cora-
ção foi endurecido como pedra, pela ganância, pelo poder, pelo status
que dá passagem livre num ir e vir no mundo? Pela vaidade, pela so-
berba perdendo o respeito e principalmente por mulheres, pois que a
própria MULHER, NOSSA SENHORA não é considerada, respeitada.
Tentam em vão, apagar a imagem de Nossa Senhora da Igreja. Sim,
que o IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA TRIUNFE SOBRE ESTA
TERRA! Nossa Senhora nos deixa essa afirmação e estamos lutando
com Ela, por Ela, para a salvação de muitos na Humanidade. Desejo
um mundo de sonho. Um mundo muito melhor do que esse de malda-
de, de violências, de gente que somente sabe falar sobre o dinheiro, na
sua maior parte. Quase tudo gira em torno do dinheiro e não de Deus.
O Tempo em que a criança brincava de roda, de sapata ou amarelinha,
de três Marias, gata cega, as cantigas de rodas e tantas brincadeiras
puras lhes foi roubado. Quantas crianças são postas na frente da televi-
são para que as mães tenham tempo, para si mesmas? Quantas mães
ou pais não proporcionam aos filhos brincadeiras, situações outras,
criativas, livros, lápis, papéis tantos outros materiais, jogos didáticos, a
leitura de histórias infantis de cunho moral, deixando um recado final
dignificante para elevar a alma da criança para que esta não permane-
ça em frente ao olho mecânico, a televisão? Quantas mães estão ensi-
nando os seus filhos a rezarem? Sabem fazer o sinal da cruz? É im-
pressionante como a casa cria vida quando aquela telinha é apagada...
581
Você considera que eu esteja exagerando? Acredito no Equilíbrio; é
fundamental. Se pegarmos a Bíblia e lermos o Evangelho de São Ma-
teus ou Sabedoria, Eclesiastes, Eclesiástico, ainda mais o tempo é
ocupado de uma maneira preciosa, valiosa demais.
582
“São as trevas produzidas pela rebelião contra Deus, é a obstinada e
tão vasta negação de Deus. Deveis espalhar por toda a parte o pode-
roso grito: “Deus existe! Quem como Deus?” Somente com a volta a
Deus se abre para a humanidade a única possibilidade de salvação.
Então, deveis difundir com coragem o meu convite materno à conver-
são, da penitência, da caridade e do jejum. Resta ainda pouco de tem-
po favorável concedido à humanidade para a sua conversão”. Olhai pa-
ra a vossa Mãe do Céu, que nasce “resplandecente como o sol”. “O
que é que ofusca a beleza e o esplendor da Igreja”? “É a fumaça dos
erros que satanás conseguiu fazer penetrar na Igreja; tais erros se di-
fundem sempre mais e levam muitíssimas almas à perda da fé. A cau-
sa desta tão vasta difusão de erros, e desta grande apostasia são os
Pastores infiéis. Eles silenciam, quando pelo contrário devem falar com
coragem, condenando o erro e defendendo a Verdade. Não intervém,
quando devem desmascarar os lobos vorazes, que se introduzem no
rebanho de Cristo, camuflados com vestes de cordeiro. São cães mu-
dos que deixam os lobos dilacerarem o seu rebanho. Vós, porém, de-
veis falar com energia e coragem para condenar o erro e espalhar tão
somente a Verdade. Chegou a hora do vosso testemunho público e co-
rajoso.” Página 488. “Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Se-
nhora”.
“O meu plano
Ninguém poderá entravar este meu plano desde há tempo prepa-
rado para salvação da minha Igreja. Os pontos estratégicos deste meu
plano sois vós, Sacerdotes, filhos da minha materna predileção. Só por
meio de vós se pode realizar o meu plano. A vós, porém, não pertence
conhecê-lo em seus detalhes. Basta que seja conhecido só por Mim,
porque Eu sou a vossa Comandante. Todos vós deveis obedecer do-
cilmente às minhas ordens e deixar-vos guiar por Mim. Não me pergun-
teis para onde vos levo. Eu porei cada um de vós no seu lugar exato.
Cada um procure apenas desempenhar bem o seu papel. Doutra coisa
não se ocupe, nem se preocupe. Para Mim, a missão de dispor tudo
segundo o desígnio que o meu Coração Imaculado desde há tempo
preparou na Luz as Sabedoria de Deus. Alguns de vós serão chama-
dos para a linha da ação. A eles será dada luz e força para vencer os
ataques daqueles que tentarem destruir toda a Verdade contida no
Evangelho de meu Filho Jesus. Na vossa boca estará a espada de dois
gumes para desmascarar o erro e para defender a Verdade. Numa das
mãos segurareis o Terço e na outra a Cruz de meu Filho, para o qual
atraireis cada vez maior número de almas na medida em que for mais
intensa a batalha. Sereis revestidos com o fogo da puríssima Luz do
Espírito Santo para queimar toda a treva do erro e por meio de vós há-
de triunfar finalmente a Verdade. Outros hão-de ser chamados para a
linha do sustentáculo. Deverão rezar muito e sofrer muito. A não pou-
584
cos destes pedirei um sofrimento tão grande que culminará na oferta da
própria vida. Mas não lhes há-de faltar o conforto da minha habitual e
extraordinária presença. O meu Coração Imaculado há-de ser o Altar
onde serão imolados para a salvação do mundo. Meus filhos Sacerdo-
tes, agora chamo-vos a todos e de todas as partes do mundo. A cada
um foi apontado o seu lugar. A cada um foi apontado o seu lugar nesta
batalha que já começou. Tenho pressa. Deixai-vos reunir por Mim; to-
dos respondei sim. Assim poderei colocar cada um em seu devido lu-
gar, aquele que a Mãe já preparou para vós. Somente então terei com-
pletado o meu plano e a falange dos meus Sacerdotes estará pronta.”
Páginas 167 e 168. “Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Senho-
ra”. 29 de abril de 1977, Festa de Santa Catarina de Siena.
585
Capítulo III
Parte 6
586
do jeito que sou sentir a vida se apresentar dessa maneira. Como filó-
sofa religiosa, entendo a vida como uma grande responsabilidade em
Deus, em Seu Filho Jesus Cristo vindo ao mundo para nos salvar. Sal-
var nossa alma sempre em estado de pecado, pois herdamos o pecado
original. Fico pensando sobre o pecado original herdado com a vida e
como pensadora religiosa arrisco uma questão para futuro, para uma
civilização mais avançada em seu interior na busca espiritual pelo divi-
no, por Deus da Santíssima Trindade.
Acredito no bem precioso para a nossa sociedade do que chama-
mos saúde. Chamo de qualidade de vida, de vida existencialmente boa.
Esta qualidade de vida ou uma vida existencialmente boa, a nível espiri-
tual, seria primeiramente conquistada com a nossa oração a esse pri-
meiro pecado herdado: o original. É dele, na minha concepção, o gera-
dor dos males, como que um reservatório espiritual cobrado pelo de-
mônio, e deveríamos pensar como de início esvaziá-lo desse mal her-
dado (o pecado original), através de nossas orações. Acredito que mui-
tas das assim chamadas doenças seriam depuradas ao longo da cami-
nhada existencial. Amenizariam muitos males, em longo prazo, em nos-
sas vidas, se manifestando de maneira orgânica. Dessa herança (o pe-
cado original) pessoa alguma ficará isenta das suas consequências
aqui na Terra. Acredito, entretanto, que valerá o esforço, o empenho
das pessoas na busca pela oração desde cedo nas suas vidas, por es-
se pedido em particular, nossas falhas perante Deus ao passado dos
nossos primeiros pais. A desobediência nos custou muito caro e paga-
mos um preço muito alto ainda hoje, pois ainda hoje a desobediência a
Deus continua. Acredito na qualidade das pessoas que se dedicarem às
orações pensando no seu pecado original herdado, nascido com ele.
Com toda a certeza nos aliviaria de males espirituais futuros e inclusive
os orgânicos. Como nos tornaríamos mais fortes na caminhada existen-
cial! Para isso, precisaríamos de uma boa mãe e um bom pai na orien-
587
tação dos filhos nessa caminhada existencial. Como filósofa religiosa eu
entendo a vida como uma grande responsabilidade em recorrer a Nos-
sa Senhora, pois vem mediar, ser a Medianeira entre o Céu e a Terra,
como Ser espiritual divino, extremamente necessária tendo como causa
à ameaça, o perigo dos sentimentos maléficos bem compactados nou-
tro ser espiritual, o maligno. Este se materializa no meio de nós com o
seu poder da soberba novamente. É a antiga serpente. Novamente
chega para se colocar na posição de Deus Pai Criador do Céu e da Ter-
ra.
As comparações empobrecem muito um ser humano na sua po-
tencialidade deixa de procurar nele ao se espelhar no outro. Eu farei
aqui comparativos devido à necessidade da vida. E essa também é a
minha representação de mundo. Suponhamos que na atualidade fosse
eu possuir sentimentos por Jesus Cristo da maneira que Santa Teresi-
nha o sentiu. Como essa pequena, desde criança disse amar Jesus
Cristo! Ela via graça nas pequenas coisas e amava muito Jesus Cristo.
E assim Santa Teresinha fora formada em graça, em espírito divino.
Graças a Deus ela tinha ambiente, tinha naquela época uma instituição
que a acolhesse. Na atualidade, neste mundo do qual vivemos onde
uma pessoa se sente existencialmente mal, pelos motivos dos mais va-
riados, muitas vezes recorrem a muitos lugares não sendo de Deus;
podem recorrer também, ao terapeuta. Muitos terapeutas são psiquia-
tras e um psiquiatra, seja ele qual for, é detentor de um poder muito
grande sobre uma pessoa quando chega até ele cheia de dor existen-
cial. O poder é muito grande! Assim, existem muitos psiquiatras ateus.
Além de serem psiquiatras, pessoas voltadas ao estudo da medicina,
ao uso da razão, a dimensão espiritual é relegada. Não bastando o uso
do estudo totalmente voltado para a ciência, esses psiquiatras, não ele-
vam as suas mentes a Deus e muito menos compreendem a razão da
existência de Jesus Cristo nesta face da Terra. Possuem um viver no
588
mundo da ciência; um viver horizontal adquirido na faculdade através
de seus estudos. Superdimensionam a racionalidade. Uma doença na
visão psiquiátrica leva o “peso da cruz” do rótulo para a pessoa que
chega com suas dores, seus sofrimentos. Então, não bastasse à dor, o
sofrimento que faz com que muitos “pacientes” cheguem até seus psi-
quiatras, alguns “pacientes” são levados à internação e juntamente car-
regam consigo o rótulo, o nome da doença. Sem palavras, ao sofrimen-
to dos familiares que sob o olhar, sob a ótica da sentença psiquiátrica, a
pessoa depois de passar por um deles, da psiquiatria, carrega consigo
o estigma da loucura.
Imagina você, como Santa Teresinha seria vista pela ótica de um
psiquiatra ateu, por exemplo? Com toda certeza teria um diagnóstico de
uma doença qualquer e perderíamos a santa que a Igreja Católica pos-
sui e quantas pessoas deixariam de serem beneficiadas nas graças
dessa santa que possui um incomensurável número de devotos. Santa
Teresinha seria enquadrada num rótulo qualquer, ou seja, dariam um
nome de alguma doença para ela, com seu jeito “estranho” para os dias
atuais. Na verdade, uma criança querida, doce como Santa Teresinha,
falando de Jesus Cristo em casa, falando da Mãe amada, de Deus, co-
mo seria vista por pais materialistas, pais médicos psiquiatras, pais
ateus, pais católicos não praticantes se deixando levar pela sociedade
enferma, etc.? Inclusive por pais se dizendo católicos praticantes, mas
tíbios? Talvez fossem achar “estranho” possuir uma filha ou filho dese-
jando entrar para um convento ou apresentasse em casa essa vocação
religiosa em nossos dias. Sim, porque qualquer ‘ai’, destoante, um ‘ai’
existencial singular, único e... (não existem seres humanos iguais), é
motivo, muitas vezes, de mandar o filho ou a filha ao psiquiatra.
Em umas anotações copiadas no Tempo sobre Santa Teresinha,
diz assim:
“Sim, Dileto de minha alma, eis como transcorrerá em VOSSA
589
presença esta efêmera vida. Não tenho outro meio de VOS provar o
meu amor senão ofertando-Lhe flores, isto é, não perdendo a ocasião
de fazer o bem, ou qualquer sacrifício em VOSSA honra, um olhar de
compaixão, de amizade ou de ternura, uma palavra útil, um conselho ou
um consolo, sempre aproveitando as ações mais simples e insignifican-
tes, fazendo-as por VOSSO Amor. Quero sofrer por amor e gozar as
obras por amor, porque estas, meu JESUS, são as flores que hei de
VOS oferecer. Quantas me aparecerem, quantas desfolharei diante de
VÓS... E depois cantarei sempre, ainda que para colher as minhas ro-
sas, tenha que me meter por entre espinhos. E tanto mais melodioso
será o meu cantar, quanto maior e mais pungentes forem esses espi-
nhos. E de que VOS servirão, meu JESUS, as minhas flores e os meus
cantos? Esta chuva perfumada, essas pétalas frágeis e sem valor, es-
ses cânticos suaves de amor, saídos de um peito pequenino e frágil,
estou certa que mesmo assim VOS hão de deliciar. Sim, estes “nadas”
hão de alegrar-Vos, hão de fazer sorrir a Igreja triunfante que está no
Céu, que se apressará em tomar parte nos folguedos de sua criancinha,
recolhendo essas rosas desfolhadas e passando-as pelas VOSSAS
Divinas MÃOS para lhe dar valor infinito, e depois aspergi-las sobre a
Igreja padecente, que no Purgatório lava os seus pecados, para lhe
apagar as chamas ardentes da purificação, e também sobre a Igreja
militante, constituída pela humanidade de todas as gerações que bus-
cam o caminho do CRIADOR, para lhes anunciar o triunfo e proporcio-
nar o bem que suas vidas necessitam.” Págs. 263/264. Peço desculpas,
pois tenho os folhetos com as anotações feitas sobre essa passagem
de Santa Teresinha, mas não tenho anotado onde foi retirada. Uma frei-
ra amiga, Irmã Teresinha da Congregação de Jesus Crucificado, me
emprestara um livro chamado História de uma Alma. Talvez tenha tirado
dali. Peço desculpas mais uma vez, mas nunca pensara no Tempo es-
taria precisando desses detalhes importantes que se fazem nesse mo-
590
mento.
Deixo como exemplo um modo de ser de uma pessoa no mundo.
Um modo único, pois cada alma é única neste mundo. Esses rótulos,
essas tipologias do mundo da psiquiatria são véus escuros colocados
no ser humano já tão sofrido e ainda passa a receber os rótulos como
se fosse gado marcado ou potinhos com etiquetas. Que muitas almas
passem a conhecer o Deus da Misericórdia, esse Pai Eterno e nesses
Últimos Tempos da Misericórdia Divina, através da Mãe da Igreja, Maria
Virgem Santíssima, desejando preparar a Humanidade para a vinda de
Nosso Senhor Jesus Cristo, o segundo Advento. Busque um coração
puro. Busque acreditar e confiar em seu coração e nesse Deus Amoro-
so e Misericordioso e em Maria Santíssima; deixe a Luz de Jesus Cristo
entrar em seu coração, pois essa Luz é força, é aquecimento, é salva-
ção, o Mal se afasta. Jesus Cristo é reerguimento, estruturação de uma
pessoa que se considera no vazio existencial. Não se considere ridículo
perante outros quando ingressar na fé e não tenha medo de chamarem-
no louco, pois esta palavra será proibida na Terra; não é da parte de
Deus considerar uma pessoa assim. Segundo a Palavra de Deus, le-
mos:
“Mas eu vos digo: todo aquele que se irar contra seu irmão será
castigado pelos juízes. Aquele que disser Raca, será castigado pelo
Grande Conselho. Aquele que lhe disser: Louco, será condenado ao
fogo da geena”. Mateus, 5,22-23.
591
reconcilie com Deus buscando o Sacerdote confiável. Olhe para sua
história pessoal de vida, sim. História de ontem, de hoje para projetar o
amanhã. Não é o meu caminho ou de outra pessoa que deverá seguir.
Oriente-se pela Palavra de Deus para ter certeza na caminhada. Seu
alicerce é Deus, pois Ele fala para você como fala para cada um de
nós. E a História do povo de Deus está como alicerce no Antigo e Novo
Testamento. Está na Bíblia.
Penso em Sigmund Freud no seu Tempo, acredito que seus estu-
dos tenham sido válidos, ou seja, procurou fazer o melhor na sua área.
Sem dúvida também estabeleceu critérios para suas observações mé-
dicas enxergando no ser humano as doenças e as catalogou, determi-
nando-as, nomeando-as de acordo com suas manifestações problemá-
ticas. Como médico e psicanalista, passara a criar tipologias e as carac-
terísticas apresentadas pelos chamados doentes nos seus estudos,
como também no de outros médicos; foram determinantes para que as
pessoas passassem a ser medicadas pesadamente nas décadas se-
guintes, mas e o tratamento das causas do que faz um paciente chegar
ao ponto de tal manifestação existencial? Muito mais do que medica-
ção, o Mal se estabelece no uso de tipologias, ou seja, um ser humano
chegar ao peso da cruz, de receber rótulos. Fazer estudos psicossomá-
ticos humanos sem uma investigação sobre a pessoa, isto é, sobre a
sua história de vida, e a história de vida deve ser colhida de cada pes-
soa, contada por ela própria, visto que cada ser humano é único na Ter-
ra, é fundamental. Não podemos aceitar os considerados “doentes
mentais” sejam tratados da maneira como foram observados até aqui.
Isso data de 1882, 1885 quando Sigmund Freud, médico, iniciava seus
estudos com relação ao desejo de achar um tratamento para pacientes
com sintomas neuróticos ou histéricos. Procurou de alguma maneira
ajudar pacientes em crise, em sofrimento e nos deixando sua visão so-
bre essas pessoas e seus problemas, mas no Mundo dele como Repre-
592
sentação. Sinto muito que Freud não tenha tido uma visão humana na
perspectiva de Deus, de Jesus Cristo e de Nossa Senhora. Sigmund
Freud foi uma pessoa que se fixou em encontrar doenças e dar nomes
a elas como homem da ciência, mas se esquecera de Deus, ou ele
mesmo estivera afastado desse Deus; o Deus, que é essencial ser vivi-
do num ser humano antes de qualquer homem pensar em ser um médi-
co para viver a sua humanidade, antes mesmo de pensar viver a profis-
são ou vocação. Há os que poderão dizer que, estou também me fixan-
do nos demônios, em satanás etc., enquanto Freud se fixava nas doen-
ças. Infelizmente eu não queria deixar essa visão essa ótica para você,
mas a Obra de Nossa Senhora de Fátima caiu em minhas mãos no
momento certo para a salvação da minha alma, para compreender a
minha existência em meio ao espiritual cultuado na família, na socieda-
de, na Humanidade. Se valer para mim, valerá para outros necessita-
dos. Daria tudo para não estar no lugar ocupado por mim. Entretanto,
tudo se dispôs de tal forma na minha vida numa luta entre obstáculos,
discórdias, falta total de paz e por outro lado a Mão de Deus surgia para
me mostrar caminhos outros a seguir e Nele e nos divinos a “minha tá-
bua de salvação” no mar revolto da tempestade. Sim, passara realmen-
te a constatar a existência do Mal e do Bem. Por isso, peço desculpas,
peço perdão, pois a minha vontade maior e ver um mundo novo. Um
mundo onde as pessoas sejam mais humanas e principalmente os de-
tentores de poder.
Em cada ser humano há uma luz divina e que esta, quando não equili-
brada, faz surgir no ser humano e ao longo do tempo, e sem o convívio
em Deus, um desequilíbrio qualquer, manifestado ao longo do Tempo.
Assim, quando um homem possui o Temor de Deus, por exemplo, con-
segue resolver muito em si mesmo na área do desejo sexual; Sigmund
Freud considerava o desejo sexual como a energia motivacional primá-
ria da vida humana. Que visão pobre de um ser humano! Que visão
593
mais pobre! Digo que muito se peca num consultório de um psicotera-
peuta acreditando que, por exemplo, o problema de uma mulher é a
falta de homem. Enquanto um terapeuta fica com essa visão, empobre-
ce toda a dimensão de uma mulher ou de qualquer pessoa que chega
até ele, cheia de dor existencial. Não podemos nunca esquecer que há
Deus e que há o seu adversário e em nossos pecados está o demônio
desejoso em agir e fazer seus carnavais. Por exemplo: quando fazia
terapia, estava abordando um assunto não lembro exatamente qual era,
mas eu me lembro de ficar extremamente envergonhada, quando o
terapeuta disse-me assim: “Mas na sua cidade é impossível que não
tenha algum homem que você possa gostar”. Algo assim, ele me disse.
No entanto, não estava procurando por homens, não estava atrás de
homens, ou seja, meu problema não era dessa natureza. Isso se evi-
denciou no decorrer da vida. Com toda verdade possível, precisava de
Deus. Somente eu sei o que senti e meu Deus Verdadeiro e minha Mãe
Maria Santíssima para estar testemunhando para você. Mas os tera-
peutas no Tempo fizeram parte da minha caminhada existencial, jamais
saberiam do que precisaria para me salvar, pois ali, naquelas quatro
paredes de consultório, jamais encontraria quem precisava encontrar:
Deus. É difícil encontrar um psiquiatra que acredita em Deus. Geral-
mente são ateus. Com toda certeza, existem terapeutas que não são
ateus. Se, porventura, um homem surgira em minha vida, sem nunca
pedir ou imaginar sequer que isso viesse a acontecer, foi porque Deus
assim quis pela Providência Divina. Porque ficara onze anos da minha
vida fazendo terapia num claustro existencial de dor ao ponto de um dia
perguntar para a terapeuta, porque não existia um termômetro que pu-
desse mensurar a minha dor? Por essa razão, a importância do estudo
da historicidade de vida de uma pessoa, para saber dela, de dentro pa-
ra fora e sem vê-la como uma doente, sem rotulá-la, mas ajudá-la na
sua dor existencial. Porque o estudo da Filosofia Clínica, por exemplo,
594
está na Humanidade para proporcionar esse respeito humano às pes-
soas. Acredito que a Filosofia Clínica chegou para a Humanidade no
Tempo de Deus.
Os videntes de Medjugorje, por exemplo, passaram por uma
imensa gama de exames, realizados por médicos de renome, católicos
e ateus; grupos de médicos italianos, portugueses e franceses e de ou-
tros países. Isso aconteceu para comprovar a sanidade mental dos vi-
dentes. Incrível ler o que narrou Olivo Cesca, sobre isso, em seu livro,
“Medjugorje, Urgente”. Coitados! Diria que foram virados do avesso.
Tudo acontece naturalmente quando os videntes recebem Nossa Se-
nhora (aparições) e Ela deixa Suas mensagens a eles e isso intriga os
médicos que perceberam que, quando juntos, os jovens com sincronia
olhavam na mesma direção e sentido para Nossa Senhora; Ela apare-
cia somente a eles e ficavam em êxtase.
“Não julgueis que vim abolir a lei ou os profetas. Não vim para a
abolir, mas sim para levá-los à perfeição.”
Cada caso é um caso; cada pessoa é única! Nem todo mal exis-
tencial é a nível espiritual maléfico. A vida vai evidenciar. Sou contra a
medicação descontrolada como andam fazendo em muitos lugares. Sou
contra a medicação dada sem saber a história de vida de cada ser hu-
mano. Sou contra o desrespeito ao outro, pois deve ser visto como pes-
soa única; com sua alma, cuja vida é dom de Deus. Sou contra as me-
dicações embutidas variadas e sem nem ao menos ver as interações
medicamentosas. Há médicos que não perguntam sequer quais as ou-
tras medicações que seu paciente já possui, ou seja, que está tomando.
Quem puder atender com amor, seu partilhante, por exemplo, (assim
chamam na Filosofia Clínica), que o faça e não como mais um, como
gado marcado e massificado como por mais de cem anos tem sido a
599
prática de muitos psiquiatras oriundos de Sigmund Freud e outros. De-
sejo deixar aqui registrado que a dimensão humana extrapola a visão
simplista de enxergar o homem em suas dores existenciais de forma
médica. Precisamos de bons médicos de almas e não precisamos dos
rótulos. Esse é o caminho do Amor para um mundo melhor, em cons-
trução. Precisamos de bons médicos de almas que não queiram se es-
conder atrás do escudo da empáfia, da postura fria e racional de mui-
tos; muitos se consideram donos da mente e inclusive da vida de um
ser humano. Assim, muitos psiquiatras, enxergam o outro da pior ma-
neira. Muitos se colocam frente ao outro com soberba, num pedestal,
tornando quem está diante dele, cheio de dor existencial, um ser menor.
A cuidadora da minha falecida irmã me relatou isso. Imagina a dor de
uma pessoa carregando a cruz de sofrimentos existenciais e ainda as-
sim ser tratada com essa empáfia, arrogância de quem se oculta em um
título de doutor e que jamais deveria ali estar. Eu jamais poderia cha-
má-la de louca, pois tenho o Conhecimento. O grande mestre e médico
de alma, Jesus Cristo, nos ensinou a humanidade. Há muitos psicólo-
gos, psiquiatras, filósofos clínicos que precisam de Jesus Cristo, preci-
sam aprender com Ele a humanidade, a humildade, o olhar de esperan-
ça, a redenção. Se antes, não determinavam a cura para tal desgraça
humana, em casos bem complicados, são nesses casos que o Amor
falta, para muitas destas pessoas. São nesses casos Deus, Jesus Cris-
to e Nossa Mãe, devem entrar na vida deles. Essa é a dimensão espiri-
tual relegada à escória. Essa é a dimensão espiritual divina abandona-
da totalmente por muitos médicos psiquiatras e que impede a cura de
muitas almas. Há quem se esconda atrás de seus escudos, ou seja,
seus diplomas, para esconder neles mesmos as suas “loucuras”; entre-
tanto, jamais vou poder chamá-los de loucos ou vai a Humanidade as-
sim chamá-los; seremos bem mais complacentes. Já não será permitida
essa palavra maldita, maléfica, mas antes de tudo, deverão prestar con-
600
tas a Quem de direito e dever: Deus. Nenhum outro homem poderá sa-
ber mais de você do que o grande e extraordinário Homem: Jesus Cris-
to. Que possam existir bons sacerdotes para dar o perdão, a misericór-
dia para a alma, e para que o mal existencial que faz a alma sofrer pos-
sa encontrar sua Redenção. Haverá e há com toda certeza, males e
males existenciais, pois cada caso é um caso, repito. E haverá e há os
males existenciais oriundos do espiritual maléfico.
Deus Criador dos Céus e da Terra é o Senhor dos Tempos. Sem-
pre conheceu os seus filhos e sabia como agir, o que fazer para consti-
tuir a Sua Criação. Considero o Deus dos povos do Antigo Testamento
um Deus muito severo. O Deus dos Exércitos, muito cobrador, muito
severo, mas isso se justifica pelo modo de desenvolvimento das pesso-
as daquela época, ou seja, de homens rudes necessitando de um Pai
mais rigoroso do que o Deus surgido a partir de Seu Filho Unigênito,
Jesus Cristo, enviado pelo mesmo Deus; Pai que se fez Verbo no meio
de nós, a partir do Novo Testamento. Com toda certeza, o mesmo Deus
Pai, mas em uma civilização diferente na qual os homens eram mais
rudes. Homens que tinham que se preparar para a constituição das
formações de terras, dos continentes, dos reis e rainhas que enviavam
soldados para as marchas e conquistas de terras e mares. Esses reis e
rainhas seguiam a Sua Lei. Hoje, vemos que a Terra é formada pela
ação, pela “bússola” que foi Deus para esses reis e rainhas que se dei-
xaram conduzir por Ele. Naturalmente, muitos se desviaram da Vontade
de Deus dos Exércitos; se tivessem sido filhos melhores, o mundo com
toda certeza seria outro, bem melhor. O Deus dos Exércitos é o mesmo
que envia Seu Filho amado, Jesus Cristo para a Terra, por intermédio
da Virgem Maria; por isso mesmo, Mãe de Deus e da Igreja, a Mãe de
Jesus Cristo. Jesus Cristo não veio abolir a antiga lei: a lei dos profetas,
Antigo Testamento. Antes de tudo, veio aperfeiçoá-la. Isso está na Bí-
blia, no Novo Testamento. É a Lei do Amor e a Lei do Amor vem imbuí-
601
da do Perdão, da Misericórdia. Deus em nada muda. É o mesmo: um
Deus judaico-cristão, mas que tão amado Pai, sabia que para a conti-
nuidade da civilização da história da humanidade, devia enviar Seu Fi-
lho, Jesus Cristo, no mesmo Espírito do Pai: no Amor, na Bondade por
Sua Obra, a Obra da Criação. Deus então vai conduzindo a civilização
ao longo do Tempo, conhecendo os seus filhos. Conhece as necessi-
dades dos seus filhos: Sua Criação.
Assim, Deus vai formando os homens, preparando-os ao longo da
caminhada. Essa caminhada dos homens na História da Civilização vai
se formando de maneira, em um momento, a agradar a Deus; e, em
outro momento, a desagradar a Deus. O destino destes homens, na
Humanidade, a condução das ovelhas pelo Bom Pastor, no Novo Tes-
tamento, a continuidade desta jornada que perpassa a civilização, a
História da Humanidade, tem como objetivo, a condução dos filhos ao
ápice: a Morada Eterna em nosso Verdadeiro Paraíso, que é o Reino do
Pai. Estamos vivendo momentos que se prenunciam preocupantes com
relação ao dogma da Igreja Católica Apostólica Romana. Estamos dian-
te de um futuro cujos governantes, do mundo materialista, racionalista,
visando um olhar horizontal, procurarão uma unificação, uma globaliza-
ção construindo assim uma falsa Igreja e um falso Cristo. Acredito que
brevemente estaremos diante desta paisagem: formar uma Igreja falsa,
formando um falso Cristo. O ecumenismo predito por Nossa Senhora de
Fátima numa civilização a galopar à procura de falsos deuses, cheias
de crendices, de seitas das mais variadas. Vivemos como nunca o pa-
ganismo, ele se torna o maior perigo.
A palavra ecumenismo em si é linda se fosse bem vivida. Se real-
mente nesse ecumenismo se praticasse o que realmente a sua palavra
na etimologia nos diz: “A palavra “ecumenismo” quer dizer “o mundo
inteiro” do grego “óikos”, que quer dizer “casa”, na qual nós vivemos, e
“óikomene” é “o mundo todo”, ou seja, nós gostaríamos de colocar nu-
602
ma única casa aqueles que amam e seguem a Jesus Cristo. Mas, para
isso, é necessário que nós não continuemos nesta triste tradição em
que os cristãos se enfrentam continuamente e em tentativas de destruir
uns aos outros em verdadeiras “guerras” de religião“ (Padre Paulo Ri-
cardo na entrevista para a
http://www.cancaonova.com/portal/canais/entrevista/entrevistas.php?id=
973.
Padre Paulo Ricardo fala sobre o diálogo inter-religioso, explican-
do que “o diálogo inter-religioso está voltado para as religiões que não
são cristãs, ou seja, para aquelas pessoas que vivem no paganismo e
que ainda não conhecem a Jesus Cristo. Por isso, há uma distinção
muito clara, específica, e por uma razão séria é que nós cristãos pode-
mos orar juntos, eu posso de alguma forma orar com uma pessoa de
uma comunidade evangélica ou com um irmão de uma Igreja Ortodoxa,
mas eu não posso fazer uma oração com uma pessoa que não é cristã
pelo simples fato de que nós não estamos nos dirigindo para o mesmo
Deus. Por isso é impossível fazer ecumenismo com os pagãos; com
estes o que nós podemos fazer é o diálogo inter-religioso. Dessa forma,
o diálogo inter-religioso se dá no campo da racionalidade, enquanto o
ecumenismo se dá no campo da revelação e da teologia, porque nós
cremos no mesmo Deus, que se revela em Jesus Cristo; nós cremos na
mesma Escritura Sagrada, nós cremos na Santíssima Trindade, por
isso existe muita coisa em comum [entre os cristãos]”.
“Se você é cristão hoje saiba: você é conservador. Você está que-
rendo conservar uma tradição e uma fé de 2000 mil anos, enquanto
que o mundo moderno faz de tudo para destruir essa fé. A Igreja Angli-
cana tornou-se uma Igreja revolucionária e é por isso que muitos bis-
pos, sacerdotes e leigos anglicanos querem voltar para casa, voltar pa-
ra a Igreja Católica. A Igreja Católica está abrindo os seus braços para
esses anglicanos, mas para que voltem à plena comunhão com ela
[Igreja Católica] exige-se dos anglicanos que eles professem a fé que
603
está contida no Catecismo da Igreja Católica. Achei isso interessante
porque eu me pergunto se alguns padres e líderes da Igreja Católica de
hoje estariam em plena comunhão com a Igreja Católica, ou seja, se
todos os nossos padres e todos os nossos leigos podem assinar um ju-
ramento dizendo: “Eu creio em tudo o que está contido no Catecismo
da Igreja Católica”. Eu tenho lá as minhas dúvidas!”
604
tanta negligência! A cada dia aumentam as dúvidas, as negações e os
sacrilégios. O Coração Eucarístico de Jesus é novamente ferido pelos
seus, na sua Casa, no mesmo lugar onde estabeleceu a sua divina mo-
rada entre vós. Voltai a ser os adoradores perfeitos, os fervorosos mi-
nistros de Jesus Eucarístico que, por meio de vós, ainda se faz presen-
te, ainda se imola e se dá às almas. Conduzi todos a Jesus na Eucaris-
tia: para a adoração, para a Comunhão e para um amor mais forte.
Ajudai a todos a se aproximarem de Jesus Eucarístico de maneira dig-
na: conscientizando os fiéis acerca do pecado, convidando-os a se
achegarem à Comunhão sacramental em estado de graça, educando-
os para a confissão frequente, que se torna necessária para quem se
encontra em pecado mortal, para receber a Eucaristia. Filhos predile-
tos, erguei barreiras ao inundar dos sacrilégios _jamais se fizeram tan-
tas comunhões de modo tão indigno como nestes tempos! A Igreja está
ferida intimamente pelo propagar-se das Comunhões sacrílegas! É
chegado o tempo em que a vossa Mãe Celeste fala: “Basta!” Eu mes-
ma preencherei o vazio em torno ao meu Filho Jesus presente na Eu-
caristia. Levantarei uma barreira de amor junto à sua divina presença.
Eu mesma, através de vós, filhos prediletos, que Eu quero colocar co-
mo guardas de amor ao redor de todos os Tabernáculos da terra”. Pá-
ginas 244 e 245. “Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Senhora”.
606
ria Porta do Céu, que escolheram, havendo o Brasil inteiro para se ins-
talar, construir uma boate. Como um cogumelo gigantesco, de repente,
ela saiu da terra e cresceu em alguns meses com toda a velocidade
que pode oferecer o dinheiro. Agora veem-se duas grandes obras que
parecem se olhar... Dois mundos tão diferentes, ali, um diante do ou-
tro... Um exalta o prazer, a alegria passageira, a ilusão, o luxo, a luxúria
e o poder do dinheiro. Ornamentado com várias divindades douradas
ao seu redor e como símbolo uma imensa estátua do deus sol, de 20
metros de altura em fibra de vidro, segurando na mão uma grande to-
cha iluminada. Um imenso minarete domina sobre toda a construção,
uma espécie de torre de mesquita de 3 ou 4 andares (como se fosse
para anunciar aos mulçumanos a hora das “orações”). E, finalizando,
vê-se um teto gigantesco todo dourado para ser visto de longe... Duran-
te meses e meses, olhando dia após dia, aquele mundo de ilusões a se
erguer diante de meus olhos, eu me senti revivendo o combate entre
Davi e Golias. Éramos o pobre e o pequeno Davi, assustado e aparen-
temente tão frágil diante de um Golias desafiador, grande e poderoso.
E o desafio estava lançado! O que fazer? Recuar, para longe, como
que fugindo de medo? Quando Davi, simples pastor de ovelhas viu que
todo o exército de Israel recuava tremendo de medo diante de Golias
que avançava insultando o exército de Deus vivo, levado à presença do
rei Saul, disse: “Ninguém desanime por causa desse filisteu!” (1 Sam.
17,32). E Davi, sem capacete de bronze, sem espada, sem couraça
nem armadura, enfrentou Golias no poder do Espírito de Deus em no-
me do Senhor dos Exércitos. Enfrentou-o para que “toda a terra saiba
que há um único Deus e que não é com a espada nem com a lança
que o Senhor triunfa, pois, a batalha é do Senhor!” (1Sam.17,46-47). E
assim se fez. Ao lado da porta de entrada da Igreja, decidimos colocar
um campanário com 3 grandes sinos (que ainda estou procurando) que
cantarão e louvarão o Senhor dos Exércitos. E a brilhar com o brilho da
vitória, estará uma grande cruz iluminada anunciando aos homens que
Jesus, a verdadeira alegria e a Luz do mundo, os espera para um en-
contro único de amor, de perdão e de reconciliação, porque ... “onde
607
abunda o pecado, superabunda à graça!” A cada hora nossos sinos di-
rão à mulher que sofre, aos que são tentados, aos que carregam amar-
guras, que há uma esperança, uma solução diferente da que o mundo
oferece, segura, que não decepciona, o Rei dos Reis, Deus Forte, Je-
sus! Que ninguém desanime! Aprendemos com o Senhor que temos
que ser ousados na confiança Nele, diante dos desafios, e que recebe-
remos muito, se ousarmos muito. Quantos Golias já surgiram diante de
você em sua vida? Golias que querem fazê-lo desanimar, ofuscar suas
metas, enfraquecer boas resoluções, seus objetivos cristãos. Não se
entregue, não se deixe abater. Muitas vezes ficamos aterrorizados, pa-
ralisados diante deles quando podemos derrotá-los pela fé, ousando
confiar no Senhor e passando a usar as armas do Espírito de Deus.
Certamente você realizou muitas coisas boas em sua vida... mas muito
mais você poderia ter feito se não fossem os Golias... Virtudes que vo-
cê poderia ter adquirido, exemplos edificadores que poderiam ter mos-
trado palavras de fé e consolo que você deveria ter dito; um vício se-
creto combatido... Seus dias tem um imenso valor, e você está no
campo da batalha, sim, como Davi, mas o Senhor está com você e o
olha e o guarda e combaterá por você. Não se deixes abater. O Senhor
espera muito de você e conta com seus esforços. Onde Deus o seme-
ou é preciso florescer. Com a graça do Altíssimo você pode fazer ma-
ravilhas, criar obras, salvar almas. Entregue nas mãos do Senhor os
Golias da sua vida e mesmo que tudo pareça estar derrotado ouse con-
fiar mais, para que Ele possa operar o milagre que você espera em sua
vida! O Senhor se alegra com uma alma que batalha sem parar, porque
a vitória é segura com Ele, Jesus conta com os que não abandonam
suas resoluções diante das dificuldades, que não se desanimem em
frente dos obstáculos, que oferecem as pequenas coisas a Seu Deus, e
à sua Mãe, que põem um pouco de heroísmo na banalidade da vida, e
que perseveram a todo o preço até chegar ao objetivo fixado. Marche
sem desânimo com os olhos fixos no Deus da vitória! Incendeie o mun-
do com o fogo do Espírito Santo! Não seja um ser rabugento se quei-
xando de tudo e de todos... com amargura no coração... que somente
608
vê o lado mau das coisas. Ouse na confiança, porque com Ele, apesar
dos obstáculos monstruosos que tentarão obstruir o seu horizonte de
vida, você pode vencer, porque a Destra do Senhor está sobre você.
Ouse na confiança e entregue a Jesus os Golias de sua vida, ouse na
confiança quando tudo parece derrotado, ouse na confiança, não desa-
nime, vá! Senhor, faça que eu não esqueça que: Tu não tens outras
mãos senão mãos para fazer o bem, Tu não tens outros olhos senão
meus olhos para olhar com ternura, Tu não tens outra boca senão a
minha boca para dizer palavras de consolo, Tu não tens outro coração
senão meu coração para amar com ternura, Tu não tens outros ouvidos
senão os meus para escutar os outros, Tu não tens outro apóstolo se-
não a mim para dar o Reino de Deus aos homens hoje! Hoje, passados
sete anos, a multidão que superlotava a boate já não existe mais. A
festa mudou de endereço. Milhares de pessoas, centenas de carros
superlotam hoje as mesmas ruas, mas vêm por outra razão e entram
em casa. São os peregrinos do céu, os filhos de Deus que procuram,
que buscam a Casa da Mãe para se atirar em seus braços e encontrar
nela o Amor, o Consolo e Aquele que sacia, que preenche os vazios da
alma com a verdadeira alegria, sem pagar, e que salva com a graça.
Verdadeiramente Davi venceu Golias! Por esta razão, se hoje você se
sente pequenino porque existem Golias a sua volta querendo massa-
crá-lo, devorá-lo, não fique assustado. Não se desespere, não recue,
não fuja de medo. Não desanime! Invoque o poder de Deus, suplique a
força do Espírito Santo, ore, jejue, confesse, comungue, encha-se de
Deus e ponha a sua batalha nas mãos do Senhor seu Deus. Suplique a
São Miguel Arcanjo, Guerreiro de Deus, para permanecer ao seu lado
e... Não se esqueça de pedir: “Maria, passa na frente!”
609
Capítulo III
Parte 7
“Te Amarei
(DR) (LP Louvemos o Senhor – vol.7)
Me chamaste para caminhar na vida contigo,
decidi para sempre seguir-te, não voltar atrás.
Me puseste uma brasa no peito e uma flecha na alma,
é difícil agora viver sem lembrar-me de Ti.
Te amarei, Senhor, te amarei, Senhor,
eu só encontro a paz e a alegria bem perto de Ti.
Te amarei, Senhor, te amarei Senhor,
eu só encontro a paz e a alegria bem perto de Ti.
Eu pensei muitas vezes calar e não dar nem resposta,
eu pensei na fuga esconder-me, ir longe de Ti.
Ó Jesus, não me deixes jamais caminhar solitário,
pois conheces a minha fraqueza e o meu coração.
Vem ensina-me a viver a vida na Tua presença,
no amor dos irmãos, na alegria, na paz, na união.”
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Professores Marcantes
Meu professor especial no curso da Faculdade de Filosofia: Dr.
Dom Edmundo Luís Kunz. Tive apenas um semestre de aulas com ele.
No semestre seguinte, chegou à notícia de que morrera de câncer. Meu
professor querido escreveu um livreto, tão simples quanto tão simples
ele parecia ser. Esse livreto foi muito importante para mim. Foram sub-
sídios para introduzir ao filosofar. O nome do livreto é: “O Homem de
Outrora e o Homem de Hoje”. Está amarelecido, velhinho; algumas fo-
lhas se destacaram no Tempo. Letrinhas tão diminutas... Do Tempo da
máquina de datilografia! Acredito como nunca a necessidade da Filoso-
fia no mundo. Precisamos tirar muitas pessoas do pensamento imedia-
tista, superficial, norteando muitas vidas. A vida é muito profunda, muito
séria. Cada pessoa possui seu mundo interior povoado de pensamen-
tos próprios e muitas se deixam levar pelos meios de comunicação.
Muitas vezes, esses meios de comunicação não mostram a realidade
ou, se mostram, é a pior parte dela, o que eles desejam evidenciar da
humanidade. O mundo da telenovela é um mundo compactado, arru-
mado, arranjado, programado e, nessa organização, inúmeras pessoas
se encantam, se fixam na frente daquela telinha.
612
a maternidade. O sentimento lindo, muito lindo e importantíssimo de ter
sido mãe. O sentimento forte de ter dado à luz os filhos. O sentimento
de amor, a emoção sentida ao nascimento dos filhos foi algo indescrití-
vel. Aquele professor querido, se ele soubesse o quanto em mim fui
tocado por simplesmente me fazer pensar em tão pouco; o pouco es-
sencial, para mim: o pouco tudo. Fui tocada por descobrir a minha es-
sência. Eu tinha algo forte em mim embora antes não valorizado. Aliás,
o amor seria valorizado por alguém? Qual seria a utilidade desse amor?
Não importa. A caminhada existencial tinha que ser percorrida, e, nessa
trajetória, aquele amor descoberto, valorizado, era tudo o que eu tinha,
passara a conduzir a minha vida de forma internalizada, aquecida e
iluminada.
O amor estava tímido, estava acanhado, estava sofrido, guardado,
contido, envergonhado; por pouco não estava morto. Por pouco este
amor fora acordado, aflorado, destemido; agora, um amor internalizado
e valorizado em mim. Sentia que fora desvalorizado por muitos ou vul-
garizado.
Numa noite de apresentação na Faculdade de Filosofia, tive a co-
ragem de inscrever-me para cantar e tocar ao violão a música do Ro-
berto Carlos: Como é Grande o Meu Amor por Você. Sim. Foi o amor
que fluía para quem despertara para o amor. Um agradecimento ao
universo pela abertura a qual estava interiormente obtendo, onde tudo
passara a dar certo. Eram as águas do rio que fluíam, pois agora nada
tinha de comportas para estancar. As águas podiam correr ao seu des-
tino. Também o meu grande amor, depois passaria a ser o meu esposo.
Minha pessoa certa estava presente, de pé, no fundo do auditório e me
via cantar. Estava acompanhado de uma amiga. Talvez, ele percebesse
que eu o amava. Meu amor não se restringia ao amor carne. Estava
vivendo uma mescla entre um amor terreno e o amor: estava me levi-
tando, me dando leveza para que pudesse suportar tanto sofrimento,
613
um sentimento intenso de agradecimento ao universo sentia conspirar a
meu favor. Meu amor se abria ao Universo, pois, nesse Tempo, cami-
nhava em direção a Deus. Deus estava dando o Conhecimento preciso.
E cantei e toquei violão naquela noite de apresentação. Estava deixan-
do a timidez e precisava me expressar na vida. O amor era forte demais
e passava por cima da timidez. Expressar, através daquela canção, o
meu agradecimento ao Universo, a Deus, pelo sentimento autêntico de
um verdadeiro amor terreno, pois estava surgindo em minha vida. O
universo abria as portas para mim. “Nem mesmo o céu, nem as estre-
las, nem mesmo o mar e o infinito, nada é maior que o meu amor nem
mais bonito”. Exatamente assim que me sentia. Amando e amando a
vida. O amor se evidenciando de todas as maneiras e um amor agrade-
cido; muito agradecido. Agradecido principalmente ao Criador do Uni-
verso.
Meu professor querido Dom Edmundo, em seu livreto “O Homem
de Outrora e o Homem de Hoje”, expõe alguns de seus inteligentes es-
tudos. Fala no capítulo I sobre Transição do Homem Empírico e Mítico
ao Homem “Philosophos”; no capítulo II, Transição do Homem Exterior
e Pagão Para o Homem Interior Divino; capítulo III, Transição do Ho-
mem Interior e Divino para o Homem Natural e Humano; no capítulo IV,
O Homem de Hoje. Do livreto de meu professor querido, Dom Edmun-
do, desejo colocar alguns trechos para meus irmãos filósofos. Se não
meus irmãos em Cristo, posso chamá-los irmãos na Filosofia. Mesmo
possuindo conhecimento sobre o assunto, acredito ser importante avi-
var o pensamento, gotinhas apenas, sobre os escritos do meu querido
professor Dom Edmundo. Vejamos então um trecho:
615
a imutabilidade das naturezas. O homem não passava de um contem-
plador do que já estava feito. O novo senhorio do homem sobre os en-
tes naturais dessacralizou a natureza: ela não é eterna na sua imagem.
Não domina o homem, mas é o homem quem a domina. Ora, tudo isso
desencadeou um processo de libertação e abriu o caminho à subjetivi-
dade autêntica do homem. ‘O professor A. van Leuwen insiste, no seu
livro recentemente publicado — Chistianity in World History — que este
fato é parte de um processo histórico irresistível em que os padrões de
vida ontocráticos tradicionais estão sendo esmagados. Todas as or-
dens da sociedade perderam o seu caráter sacro e estão agora abertas
para o futuro, podendo ser reformuladas de acordo com a vontade do
homem’. (Cit. Ap. R. Schaull em “As transformações profundas à luz da
Teologia Evangélica”, pg.10-Vozes). No entanto, a técnica esconde em
seu bojo uma ameaça terrível: a tecnicização. O homem aliena-se de si
mesmo nos bens exteriores da produção. E então a escravidão à onto-
cracia é apenas permutada pela escravidão à máquina. Cumpre, pois
salvar o novo escravo. Ainda retroam aos nossos ouvidos os clamores
dos autores mais marcantes das dificuldades do homem técnico em
existir autenticamente. Todos eles se propõem uma única meta: salvar
o homem. Por isso das tão diversificadas e opostas doutrinas do hu-
manismo contemporâneo sempre emerge este elemento comum: a li-
berdade como ponto de partida de seu pensamento. E sempre a liber-
dade é definida como ausência de escravidão. Assim ela não é só uma
teoria a expor, mas sobretudo uma tarefa a executar: a libertação do
homem. A necessidade de descobrir-se como homem conduz o técnico
ao mais profundo de si mesmo e com isso o coloca em condições de
viver as autênticas dimensões de sua humanidade. Ao libertar os seus
dinamismos da tirania dos bens de produção, da escravidão da máqui-
na e do despotismo do aparelho político, que o dominam a partir do ex-
terior, e voltar ao seu interior, o homem técnico superará a unilaterali-
dade de sua existência de fazedor e reencontrará a pluridimensionali-
dade de sua pessoa. Ressuscitará então nele o sujeito consciente, livre
e responsável da realização humana integral, corporal e espiritual, indi-
616
vidual e social; e se procurar a plenitude de sua realização e responder
ao mais decisivo de seus dinamismos humanos, o religioso, o homem
da era tecnológica fará a opção consciente e livre por Deus e essa op-
ção o libertará da frustação radical, pois terá encontrado o SENTIDO
TOTAL da sua vida e o BEM ILIMITADO capaz de preencher todos os
vazios de suas aspirações.” Página 30.
620
“Comecei a escrever um novo livro, sobre os mitos e mentiras que
nossa cultura expõe em prateleiras enfeitadas, para que a gente enfie
esse material na cabeça e, pior, na alma – como se fosse algodão-doce
colorido. Com ele chegam os medos que tudo isso nos inspira: medo
de não estar bem enquadrados, medo de não ser valorizados pela tur-
ma, medo de não ser suficientemente ricos, magros, musculosos, de
não participar da melhor balada, do clube mais chique, de não ter feito
a viagem certa nem possuir a tecnologia de ponta no celular. Medo de
não ser livres.
Na verdade, estamos presos numa rede de falsas liberdades.
Nunca se falou tanto em liberdade, e poucas vezes fomos tão pressio-
nados por exigências absurdas, que constituem o que chamo a sín-
drome do “ter de”. Fala-se em liberdade de escolha, mas somos con-
duzidos pela propaganda como gado para o matadouro, e as opções
são tantas que não conseguimos escolher com calma. Medicados co-
mo somos (a pressão, a gordura, a fadiga, a insônia, o sono, a depres-
são e a euforia, a solidão e o medo tratados a remédio), cedo recorre-
mos a expedientes, porque nossa libido, quimicamente cerceada, falha,
e a alegria, de tanta tensão, nos escapa.
Preenchem-se fendas e falhas, manchas se removem, suspen-
dem-se prazeres como sendo risco e extravagância, e nos ligamos no
espelho: alguém por aí é mais eficiente, moderno, valorizado e belo
que eu? Alguém mora num condomínio melhor que o meu? Em fileira
ao longo das paredes temos de parecer todos iguais nessa dança de
enganos. Sobretudo, sempre jovens. Nunca se pôde viver tanto tempo
e com tão boa qualidade, mas no atual endeusamento da juventude,
como se só jovens merecessem amor, vitórias e sucesso, carregamos
mais um ônus pesadíssimo e cruel: temos de enganar o tempo, temos
de aparentar 15 anos se temos 30, 40 anos se temos 60, e 50 se temos
80 anos de idade. A deusa juventude traz vantagens, mas eu não a
quereria para sempre: talvez nela sejamos mais bonitos, quem sabe
mais cheios de planos e possibilidades, mas sabemos discernir as coi-
sas que divisamos, podemos optar com a mínima segurança, conse-
621
guimos olhar, analisar e curtir – ou nos falta o que vem depois: maturi-
dade?
Parece que do começo ao fim passamos a vida sendo cobrados: O
que você vai ser? O que vai estudar? Como? Fracassou em mais um
vestibular? Já transou? Nunca transou? Treze anos e ainda não ficou?
E ainda não bebeu? Nem experimentou uma maconhazinha sequer? E
um Viagra para melhorar ainda mais? Ainda aguenta os chatos dos
pais? Saiba que eles o controlam sob o pretexto de que o amam. Sai
dessa! Já precisa trabalhar? Que chatice! E depois: Quarenta anos ga-
nhando tão pouco e trabalhando tanto? E não tem aquele carro? Nunca
esteve naquele resort?
Talvez a gente possa escapar dessas cobranças sendo mais natu-
ral, cumprindo deveres reais, curtindo a vida sem se atordoar. Nadar
contra toda essa louca correnteza. Ter opiniões próprias, amadurecer,
ajuda. Combater a ânsia por coisas que nem queremos, ignorar ofertas
no fundo desinteressantes, como roupas ridículas e viagens sem graça,
isso ajuda. Descobrir o que queremos e podemos é um bom aprendi-
zado, mas leva algum tempo: não é preciso escalar o Himalaia social
nem ser uma linda mulher nem um homem poderoso. É possível estar
contente e ter projetos bem depois dos 40 anos, sem um iate, físico
perfeito e grande fortuna. Sem cumprir tantas obrigações fúteis e inú-
teis, como nos ordenam os mitos e mentiras de uma sociedade insegu-
ra, desorientada, em crise. Liberdade não vem de correr atrás de “de-
veres” impostos de fora, mas de construir a nossa existência, para a
qual, com todo esse esforço e desgaste, sobra tão pouco tempo. Não
temos de correr angustiados atrás de modelos que nada têm a ver co-
nosco, máscaras, ilusões e melancolia para aguentar a vida, sem liber-
dade para descobrir o que a gente gostaria mesmo de ter feito.”
Continua Guareschi:
624
Há pessoas boníssimas, há pessoas maravilhosas neste mundo,
vale o empenho esta batalha. Existem crianças que vão nascer. As pu-
ras crianças que nascem. Há crianças que nascem, precisam respirar
na sua pureza o ar puro. Quando falo em ar puro não me refiro somente
ao ar oxigênio, gás indispensável para podermos viver. Há outro ar puro
que são o das relações de almas puras, almas dignas, almas despoluí-
das; junto a elas possamos viver como crianças puras, como as borbo-
letas desejosas por suas existências, desejam poder encontrar os jar-
dins com as suas flores para poderem chegar até elas! Uma energia
boa entre pessoas de bem. Pessoas com seu espiritual divino em dia,
em condições de ser mais para si mesmas e para os seus amados.
Dessa maneira poderemos construir um mundo melhor. Dessa maneira
poderemos transformar o mundo. Você que lerá este, pensará, comen-
tará: “é assunto que não me diz respeito”. “É assunto que não gosto;
não tenho nada a fazer; aliás, é perigoso demais me envolver com is-
so”. Por sermos únicos, trazemos dentro de nós o nosso entendimento
e eu respeito. Entretanto, digo a você: tem tudo a ver comigo, com meu
coração, com meus sentimentos e com o pensado por mim conside-
rando existir nesta vida em consonância com Nossa Senhora, minha
Mãe, nossa Mãe Celeste. Como é um assunto de âmbito universal, es-
piritual e se materializa aqui na face da Terra, preciso da dialética,
mesmo sabendo num futuro não estar aqui para saber a resposta. Co-
mo já disse anteriormente, tenho feito a minha parte.
Um pequeno trecho da introdução do livro de Dom Edmundo diz
assim:
625
Isso tem a ver comigo. Fui me descobrindo e descobrindo o Tem-
po para, no Tempo, ir me constituindo. Como ainda não sabemos a
resposta da Humanidade aos pedidos de Nossa Senhora, continuamos
no Tempo sem saber quem é. Falta-nos a dialética universal. Estou à
procura dessas respostas e acredito partir desta Terra sem tê-las. O
Tempo, para mim, perpassa porque minha maior aspiração não está
aqui, mas está Naquele que me faz caminhar com Ele, Nele para Ele:
Deus.
Na parte introdutória do livreto de Dom Edmundo Kunz, continua
dizendo assim:
Continua ele:
628
precipício em busca dos seus ideais egoístas contrários aos da vida.
Ao conhecer a Filosofia Clínica eu fiz um álbum lindo com os meus
escritos, como se fosse outra monografia para agradecer na vida, o tra-
balho da pessoa-certa: o meu amor, este com quem depois me casei. A
ele, o meu eterno agradecimento. Quando dei por mim, não sentia ne-
nhuma vontade em participar daquele mundo de Casulo. Nunca mais
um terapeuta em consultório! Nunca mais! Preparei um lindo e especial
álbum como agradecimento pelo conteúdo sólido para que este homem,
meu amor. Ele legara para a Humanidade seus trabalhos de pesquisas,
dos dias e noites viradas nos estudos exaustivos daquele homem espe-
cial que caminhara parte da minha vida ao seu lado. Trabalho exausti-
vo, sem dúvida, mas cheio de esperança, de certeza no seu sonho,
mas sonho de um ideal real, de quem criou a Filosofia Clínica. Está
guardado o trabalho de agradecimento à pessoa-certa; ao homem-
especial; ao homem de barba do meu sonho literal; ao homem-amor; ao
homem a exemplo de José de Maria que me aceitou enxergando a mi-
nha alma e me conduziu na estrada da vida. Existira, então, na face da
Terra um homem íntegro; principalmente sabendo respeitar a alma de
uma pessoa-lagarta que estivera num casulo e que virara borboleta
com sua ajuda e ajuda da Providência Divina.
Quando fiz Filosofia, li sobre Diógenes de Sinope e considerei o
máximo existir um homem como ele; acredito deve ter passado por ci-
ma de muitos sentimentos, de muitos pensamentos para chegar a tal
ponto da sua determinação; sua escolha foi viver a pobreza. Então,
Diógenes, esse filósofo grego, dormia num barril e saia às ruas em ple-
na luz do dia com uma lanterna na mão à procura de um único homem
honesto. Uma vez, chegou até Diógenes, Alexandre, o Grande, e foi ter
com ele para saber se poderia ajudá-lo em alguma coisa. Como Ale-
xandre estava numa posição em que fazia sombra a Diógenes, este lhe
disse: “Não me tires o que não me podes dar!” Era o sol. Alguns zomba-
629
ram dele, mas Alexandre ficara impressionado e disse: “Se eu não fos-
se Alexandre, queria ser Diógenes”. Na verdade não fui esse tipo de
mendigo como Diógenes, mas me senti uma lagarta, pois mendiga
amor. O Amor precisando do amor. Como admirei a história de Dióge-
nes! Seu despojamento, sua procura interna pelo ser, pela alma de vir-
tude de um ser humano. Como admirei quando surgiu no meu viver um
homem também despojado no seu modo de vestir, com suas camisetas
frouxas, sua sapatilha. Quando caminhávamos em silêncio pelos corre-
dores imensos do seminário, eu ouvia o soar das passadas lentas e
bem marcadas do caminhar do homem amigo amor. Um jeans desbo-
tado, surrado, usava um boné virado e gostava de conversar com al-
guns colegas embaixo do solzinho que sempre o agradou. Que homem
lindo, pensava... Como o amei e o amo! Como me ajudou na vida! Co-
mo agradeço a sua vida na minha e a Deus e à minha Mãe, sou agra-
decida.
Hoje, eu diria a qualquer pessoa: Não me tires o meu Deus! Não
me tires o meu Jesus Cristo! Não me tires a minha Mãe! Esses são os
mais belos sóis da minha vida, fizeram ser o que sou! Sem Eles nada
sou! Sem Eles nem mesmo o meu grande homem terreno surgiria em
minha vida. Isso é gratidão!
O fundamento é saber encontrar o Equilíbrio! Não estamos no
Tempo de Diógenes de Sinope ou de São Francisco de Assis. O que
me fez ponderar a questão do Equilíbrio foi observando e no Tempo
refletindo sobre meus pais. Meu pai era um homem preocupado com as
construções, com o trabalho, construía prédios. Não era um homem de
dar flores para minha mãe. Nunca o vi com uma flor nas mãos, mas
com rifle, sim: rifle usado para caçar perdizes. Gostava de presentear
minha mãe com colar ou anel e desejaria que ela os colocasse. Mas
nunca vi minha mãe com um deles. A mãe conhecida, ao contrário,
usava chinelos de couro, muito simples e não gostava dos chinelos de
630
plástico ou de borracha. Como também, ela não suportava tomar café
em caneca de plástico; deveria ser de louça. Enfim, era muito, mas mui-
to simples, mas tinha seus gostos pessoais, suas exigências. Ela saia
para o centro da cidade menor com a mesma roupa usada em casa e
seu chinelinho. Havia momentos em que meu pai queria poupar em ca-
sa. Uma vez, minha mãe contara que ele até água no leite colocava
para que o leite rendesse. Ele deve ter feito isso devido às situações
financeiras com toda certeza, nos sinuosos altos e baixos dos seus
rendimentos como construtor solo. Tudo construído por ele foi com seu
próprio suor. Não tinha sócios, “confraria” em seus empreendimentos.
Na rua, para muitos na cidade menor, era conhecido como “homem ri-
co”. Era um homem autoritário; tinha carros da época, uma boa casa e
casa na praia, mas dentro de casa ele era avarento em certas ocasiões
e em outras, acontecia o oposto de esnobismo, de chegar aos restau-
rantes com a família numerosa e nesses momentos não se importar
com a conta.
No começo da minha separação foi difícil, pois pensava que ne-
cessariamente eu teria uma vida de mudança radical. Mas não precisa-
ra ser assim. Não precisava ser 8 ou 80, poderia encontrar um caminho
outro. Esse caminho foi à busca do equilíbrio na medida em que a jor-
nada existencial se procedia. Pensava nos filhos e sentia o sofrimento
não tinha que atingi-los tanto. Tinha que ir a busca do equilíbrio. A rela-
ção dos meus pais me servira de exemplo. Um equilíbrio financeiro e na
relação com o pai dos meus filhos. Poderia ter sido pior do que foi, mas
sempre compreendi a relação do pai para com os filhos é diferente da
relação mulher e o pai dos filhos. Um casal numa separação deve pro-
curar não envolver os filhos nas suas mazelas existenciais. Então, ob-
servava e pensava na dicotomia, a dualidade, a disparidade naquele
viver do qual eu estava vivendo e dos meus pais, no meu próprio viver
após a separação e ponderava as situações. No início da separação
631
senti certas dificuldades financeiras, mas após tudo foi se ajeitando com
a cooperação do pai dos meus filhos. Respeitei a minha essência.
Mundos opostos: um mundo tão ligado ao tão simples e um mundo li-
gado à aparência, a arrogância do meu pai e outros, em certas situa-
ções. Marcou muito o nosso sobrenome atrelado ao que meu pai mos-
trava fazer a todos que o conheciam e cidade pequena tudo se compli-
ca ainda mais quanto aos comentários e julgamentos. Passei a questio-
nar acerca do Sentido da Vida. Passei a compreender o estudo do Ser
e o Ter na Filosofia.
O conhecimento no Tempo de Deus de um homem simples, um
homem despojado da gravata e paletó, um homem mesmo possuindo
tanta intelectualidade, viagens para o exterior em estudos, vir a conhe-
cer o filósofo amor, se fazendo transparecer o meu amor no Tempo,
depois meu esposo, foi muito importante. Entre as duras vivências reais
os contrastes da vida e em mim mesma, depois de ter o profundo es-
tresse e sair da lagarta perdida para encontrar-me como pessoa filóso-
fa, com nome próprio, num Tempo, veio essa palavra, como que grava-
da em mim mesma: Equilíbrio. A Busca pelo Equilíbrio. Não matar o
que se possui, mas aprimorar, reformular o que não está bem, pelo ex-
cesso ou pela falta. Estamos num Tempo no qual podemos nos vestir
com moderação, comer com moderação e tanto mais podemos na vida
terrena, mas principalmente primar pela ALMA! Pelo Divino, pois bus-
cando nos engrandece; buscando o Divino nos constrói para a Vida!
Porque buscando por Deus, Sua Ciência entrará nessa face da Terra,
nos homens, rumo a construção de Paz, de Harmonia, de Vida.
Nas páginas 96 e 97 do Livro de Nossa Senhora, “Aos Sacerdo-
tes, filhos prediletos de Nossa Senhora”, em 18 de outubro de 1975, na
festa de São Lucas Evangelista deixa aos Sacerdotes:
“Quantos hão-de duvidar do meu Filho e de Mim e acreditar que
este será o fim para a minha Igreja! NÃO É O FIM” — diz a Mãe em le-
632
tras garrafais. E continua:
“Sacerdotes consagrados ao meu Coração Imaculado, meus filhos
prediletos, que estou a reunir na minha falange para esta grande bata-
lha, a primeira arma que deveis usar é a confiança em Mim, é o vosso
mais completo abandono. Vencei a tentação do medo, do desânimo, da
tristeza. A desconfiança paralisa as vossas atividades e ajuda muito ao
meu adversário. Estais tranquilos, vivei na alegria. Não é este o fim pa-
ra a minha Igreja; prepara-se o início da sua completa e maravilhosa
renovação”!
Prossegue:
“Ainda que ficásseis feridos, ainda que por vezes caísseis, ainda
que duvidásseis, ainda que, em certos momentos tivésseis atraiçoado,
não desanimeis, porque Eu vos amo. Quanto mais o meu adversário
investir contra vós, tanto maior será o meu amor para convosco”.
Você observa o quanto Nossa Senhora ama os seus filhos predile-
tos, os Sacerdotes, o quanto Ela são alvo direto do Mal. Que existem os
que estão se entregando a este Mal; entretanto, deixa um caminho de
esperança no qual há meios de evitar o Mal através dos seus pedidos
de conversão, de oração, de entrega ao Seu Imaculado Coração.
Como nossa Mãe demonstra ser amorosa e grandiosa Mulher!
Nossa Senhora, por nos amar tanto, através desse Seu Livro com Suas
mensagens por Locução interior ao padre Stefano Gobbi, deseja nos
preparar para o tempo da tribulação e purificação para o surgimento de
uma Humanidade mais santificada à espera de Cristo Nosso Senhor.
Ela conhece os pecados de Seus filhos prediletos e da Humanidade.
Na página 1069, em Praga (República Tcheca), 02 de setembro
de 1996, Nossa Senhora fala sobre “o mal do vosso século”.
634
impureza, do egoísmo e da infidelidade. A humanidade deve entrar
agora no Cenáculo do meu Coração Imaculado; aqui, como Mãe, ensi-
ná-la-ei a rezar e a arrepender-se, conduzi-la-ei à penitência e à con-
versão, à mudança de coração e de vida. Dentro deste novo e espiritual
Cenáculo prepará-la-ei para receber o dom do segundo Pentecostes,
que renovará a face da Terra. Por isso peço hoje que a Igreja e a hu-
manidade entrem no Cenáculo que a vossa Mãe Celeste preparou para
vós. O período da purificação e da grande tribulação que estais vivendo
deve ser para vós o tempo do Cenáculo”.
635
como cientista, não capitulou diante da pergunta fundamental sobre o
destino humano, que transcende toda ciência. Há, na profundidade da
experiência humana, na experiência do amor e da amizade, uma di-
mensão que escapa à ciência e constitui o problema básico, o da rela-
ção e convivência de pessoas no amor. Abre-se aqui o mistério da pes-
soa humana do qual a ciência não conseguirá apoderar-se jamais. A
ciência apodera-se de objetos ou ideias, não de pessoas. E essas não
devem ser degradadas a objetos. Há uma transcendência de toda pes-
soa humana a ser reconhecida (aceita), não propriamente conhecida.
Nisso está à dignidade humana. Nesse mistério do ser funda-se o
amor, a honra, o compromisso, a fidelidade e a confiança.”
637
Urbano Zilles foi meu professor na Faculdade de Filosofia. Além
de ter participado com seus escritos no livro cujo título é “O Ensino de
Valores”, ele escreveu um livro chamado “Anjos e Demônios?”. Este
livro quando o recebi na sala de aula, distribuídos alguns exemplares
pelo professor Urbano Zilles, fiquei surpresa por ler aquele título. Fiquei
surpresa, pois a palavra demônio me chamou a atenção dentro do que
estava vivenciando, constatando o Mal. Na verdade, sentia a presença
do Mal. Nada via, ou seja, não via diabo, nenhuma forma concreta do
animal, mas sentia seus efeitos em pessoas, no que acontecia a elas e
a mim mesma. Como já coloquei para você: nenhuma paz, nenhuma.
Ficara admirada, naquele Tempo em que cursava a Faculdade de Filo-
sofia, como um religioso, um católico, um padre ousasse escrever algo
com aquele título e conteúdo: “Anjos e Demônios?”.
Estava em busca de respostas para puder esclarecer o que havia
de errado em tantas tribulações surgidas e já estava entendendo o que
acontecia. Já estava obtendo as respostas, pois a Providência Divina
fazia com que assim fosse chegando os materiais dos quais necessita-
va para sair do meu sofrimento. Aquela leitura dava-me a instrução, a
teoria e prática na vida, de forma bastante válida, reconhecida, pois era
um professor de universidade a falar de maneira realista sobre o assun-
to demônios, no caso era do meu interesse. Ficara, então, evidente que
não era fruto da minha imaginação. Mais realidade se fez vir a mim,
quando do meu ingresso na Renovação Carismática Católica. Anjos e
Demônios? Título do livro de Urbano Zilles, meu professor na Faculda-
de de Filosofia, estava fundamentado biblicamente. Quando ainda sol-
teira, em poucas aulas com os bons velhinhos Testemunhas de Jeová,
as poucas aulas tidas, não sei o que aconteceu comigo: ficou bloquea-
do aquele pouco estudo, mas significativo, na ocasião, por longos e
longos anos. Talvez porque logo em seguida casei, fiquei grávida e sur-
giram as adaptações da vida nova; os problemas iniciaram-se, tristezas,
638
lágrimas, preocupações... Do jeito que o animal gosta!
Pouco sabia do meu professor Urbano Zilles. Aliás, nada! Somen-
te a superfície e os pré- juízos que algumas pessoas fazem, inclusive
eu, ousava pensar do meu professor. Pensamentos quando ainda era
superficial em algumas vivências. Eu o achava bonito e vaidoso para
um religioso. Era uma das raras alunas na sala de aula cursando Filo-
sofia. O que ele mesmo poderia pensar de mim, ao ver-me cursando
Filosofia naquele Tempo? Então, nem sei se meu professor lembrar-se-
ia de mim e a imagem, seus possíveis julgamentos, ao ver-me entrar na
sala de aula, se é que fazia tais julgamentos. Alunos são muitos e pro-
fessor é um só. Ficam mais fáceis os julgamentos, as impressões que
temos como alunos. O mistério da alma de uma pessoa, o que vai além
da ‘casca’, daquilo que nós vemos, o soma, é infinito... O homem inteli-
gente se mostra em seus escritos, em suas obras. O homem de sensibi-
lidade em escrever sobre Valores, assunto considerado de extrema re-
levância e tão atual em nossos dias na importância e carência. Agrade-
ço a vida dos meus queridos professores ao Tempo no qual tão neces-
sitada de conhecimentos eu estava. Do mesmo livro, O Ensino de Valo-
res eu deixo para você, querido, alguns trechos, pensamentos de Zilah
Mattos Totta, uma das participantes nos escritos do livro citado. Antes
apresento para você, se não a conhece algumas passagens sobre sua
vida. Fui professora e Zilah também o foi; sei o quanto esse assunto,
Valores, é importante e deveria com urgência ser resgatado na socie-
dade atual brasileira por aqueles que estão “no topo” do comando, do
que deveria ser uma política de boa qualidade de vida.
Nessa pequena pesquisa na Internet, retiro o seguinte sobre Zilah
Mattos Totta:
640
e falado pelos pais e os alunos numa interação natural. Zilah, minis-
trando língua portuguesa, a língua pátria. Zilah passou pela experiência
de andar a cavalo para chegar até a escola de destino, num certo tem-
po de sua vida. Participou de congressos em vários países. Foi profes-
sora de Filosofia nas escolas de Ensino Médio e em algumas universi-
dades. Sem dúvida, seu currículo é de uma grandeza por se mostrar
numa caminhada entre pessoas que fizeram parte de sua vida também
de muita grandeza. Zilah teve uma mãezinha e esta, fora professora e
pianista. Somente na terceira série primária, saiu de casa para continu-
ar seus estudos, pois a mãe a alfabetizara em casa. A mãe de Zilah era
professora de música, ensinara a filha a tocar piano. Mais tarde, Zilah
se formou em música no Instituto de Belas Artes da Universidade Fede-
ral do Rio Grande do Sul. “A quatro mãos tocavam o piano e sentiam
juntas, mãe e filha, a emoção de dar vida às músicas que em seus co-
rações traziam alegria e contagiavam a todos da família”. “Nas noites
de saraus, elas participavam juntamente com um amigo que tocava vio-
lino; enquanto a prima — que se diplomara em canto — cantava, Zilah
acompanhava ao piano”. Quantas lembranças extraordinárias da infân-
cia, Zilah, com toda certeza, teve da sua família querida. É sobre essa
pessoa magnífica que escreveu “O professor e o Ensino de Valores”
deixo alguns dos seus pensamentos. Retiro alguns trechos, da página
47:
Continua Zilah:
642
mas em que o mundo inteiro muda.” (Ortega y Gasset)
Ela prossegue:
Zilah Mattos Totta deixa para nós o seguinte, numa pesquisa reali-
zada na Internet, referindo-se à crise atual:
“Eu só tenho 74 anos. Nos meus 74 anos não me lembro de ter vi-
vido crise igual. Crise em todos os sentidos. Crise moral, crise política,
crise econômica, então nem se fala! Crise do saber. Corrupção. A cor-
rupção, hoje, é um fato inegável, lamentavelmente. E, isso se reflete no
professor e na criança. Eu fico pensando, qual é o futuro de nossas cri-
anças? Que mundo nós estamos preparando? E isso eu digo aos pro-
fessores quando eu converso com eles, quando faço palestras. Nós
temos que pensar que estamos preparando um mundo difícil. A criança
vai encontrar um mundo completamente desencantado e cabe a nós
trabalharmos para sua transformação. Não é por nada que somos pro-
fessores.”
Foi em 1997, ano muito significativo para mim, Zilah morrera aos
80 anos de idade. Jaz no Cemitério da Santa Casa de Misericórdia. “Eu
Acreditei”, seu lema, está gravado na lápide de seu túmulo.
Ainda numa pesquisa realizada na Internet, encontrei o seguinte
sobre Zilah, sobre a fundação João XXIII, do educandário, cabe conhe-
cer a narrativa da prof.ª Zilah”:
648
dizem assim: “quando isso acontecer com você, não seja bobo e dê
outro tapa no colega, viu?” Esse tipo de ensinamento de alguns pais,
gera violência. É violência trazendo mais violência. Não existe nessa
colocação dos pais aos filhos o oposto à violência, o aprendizado de
paz. Não existe um ensinamento de grandiosidade de uma pessoa em
mostrar que eles são diferentes, que se o Joaquim recebeu um tapa da
colega Flávia, não precisa agir da mesma maneira. O aluno Joaquim
pode se mostrar, pelo contrário, mais educado se não fizer o que a Flá-
via fez e isso não o estará desmerecendo; pelo contrário, vai enaltecê-
lo. Poderá falar com a professora com discrição sobre o acontecido e a
professora, como autoridade, saberá o que fazer inclusive chamar os
pais da aluna Flávia — que é a geradora da estupidez e confusão. Sei
de casos de mães em plena escola de periferia que se agridem por
causa dos filhos que se implicam uns com os outros. Acabam as mães
das crianças também a se agredirem. É uma questão de educação e de
evangelização. Digo evangelização, pois que mães assim tivessem co-
mo modelo o amor de Jesus Cristo nos ensinando a dar a outra face
quando alguém bate no rosto a compreensão seria outra; não precisa-
mos agir do mesmo modo de quem nos magoa, nos fere, mas podemos
viabilizar outros caminhos, outros jeitos para procurarmos viver em paz,
uma qualidade de vida melhor.
Essas crianças de outrora já cresceram; essas crianças que já não
foram bem educadas hoje são maiores e são, muitas delas, os adultos
que estão se relacionando com seus alunos. Veja então, o que encon-
trei num site referindo aos próprios professores como devem ter educa-
ção entre si. Diz assim:
650
Muitos com salário de fome não possui nem salário digno para ir num
dentista e imagina a situação da dentição ao longo do tempo cronológi-
co humano. Se arruma dinheiro para os dentes não arruma para o alu-
guel ou para se apresentar com o mínimo de dignidade aos seus alunos
e pais dos alunos e seus colegas de escola com relação ao vestuário. E
assim com a alimentação... Isso está ocorrendo com as crianças e
pais... Enquanto uma parcela da sociedade, dos políticos recebem seus
salários vultosos... O professor da vocação não sabe e não tem capaci-
dade nem de vender um ovo na esquina, pois é pessoa de vocação,
mas a vocação está sendo relegada a escória. Assim que, comercian-
tes, vendedores estão cheios por aí...
651
ras. Não sabemos o que fazem com todo dinheiro arrecado. Será que
dá para saber? A educação negligenciada ao extremo pelo governo.
Como uma professora muitas vezes poderá sustentar uma casa e filhos
com essa profissão? Um professor que está diretamente com a criança,
filhos de outras pessoas, todos os dias para transmitir conhecimentos,
educação que não raro, andam em falta. As professoras possuem a
responsabilidade com seus trabalhos com relação ao seu supervisor, o
diretor, o trabalho de secretaria, as notas entregar pontualmente. As
professoras possuem as reuniões com os pais, as apresentações para
realizar na escola nos dias festivos; os planos de aula e correções das
provas para realizarem em casa. Devem fechar as notas do bimestre e
conceitos a dar para cada criança, sem falar em certos problemas sur-
gidos com alunos ou pais de alunos, e ao entanto, o total desse soma-
tório, ao nível de salário do professorado é muito injusto neste país.
Muito! E grandes pedagogos sonhando em seus gabinetes em formula-
ções mirabolantes para preparar professores qualitativamente, sem
que, no entanto, muitas vezes o professor no seu dia-a-dia tenha condi-
ções existenciais para realizar os tais cursos. Afirmo que, antes de
quaisquer cursos mirabolantes, deveriam pensar no ensino de valores,
de ética, de moral, de EDUCAÇÃO. Uma formação humana para pais e
alunos numa escola, antes de qualquer invenção de cursos.
A situação é crítica realmente. Não fosse crítica eu não estaria on-
de estou. Produto de uma vida falida não fosse Deus me estruturar na
Sua providência divina.
Quantos professores precisam ter duas, três escolas, para arreca-
darem o mínimo necessário para suas sobrevivências. Humanamente,
não acredito que possa existir qualidade de ensino com professores
necessitando trabalhar em várias escolas. Sobrevivem com os encar-
gos pesados e precisa dar sustento à família com grande dificuldade, a
maioria. E são eles, os professores, a estarem tão perto da educação
652
depois dos pais, os pais que na sua maioria também já não se encon-
tram perto dessa educação para passar aos filhos. Estes pais estão em
condições igualitárias ou piores em relação aos professores em se tra-
tando de Estado.
Quantas e quantas vezes eu estive por terminar este livro, mas
senti que ainda não era o Tempo de Deus. Hoje, 10 de janeiro de 2014,
pego o jornal e leio aleatoriamente (mais uma vez eu digo que a provi-
dência divina me auxilia), na primeira capa está escrito:
“Investigada fraude em obras públicas de R$ 12 milhões (Empre-
sários, funcionários públicos e diretores de duas secretarias estaduais
são alvo de apuração sobre esquema especializado em superfaturar
contratos, como de reformas em escolas).” Não li a reportagem. Não
leio porque para mim falta nessas pessoas o que para você, neste livro,
venho abordando. Falta o Conhecimento de Deus e falta colocar em
prática as Palavras de Deus. Falta o reconhecimento que o pecado
existe. Falta Deus. Falta o amor de Nossa Senhora nos corações endu-
recidos de homens. Falta vergonha na cara. Falta o que Nossa Senhora
vem pedindo, “a Conversão!”.
Zilah Totta, no seu Tempo de secretaria, não aguentou e disse:
“Eu bati na mesa, irritada, e falei: é por estas e outras que não vou
morrer sem criar uma escola”. Espero que sua escola esteja dentro do
seu sonho ainda hoje. Não sei. Nada conheço sobre a escola fundada
por Zilah Totta. Somente uma coisa eu estou convicta, e essa é a minha
luta juntamente com Nossa Senhora.
Enquanto não existir o Temor de Deus nas pessoas, isto é, o res-
peito, saber da existência, ter o Seu Conhecimento (e não é um conto
de carochinha), para que pessoas de modo geral sintam que estão
sendo observadas, acompanhadas Sob Seu Olhar, não haverá um
mundo melhor. Nossa Senhora, quando se diz dependente de nós, de
653
nossa conversão, Ela sabe o que diz. Quando uma grande escritora
como Lya Luft escreve o que segue, ela compreende que nós precisa-
mos nos descobrir. Precisamos encontrar a nossa essência:
“Ter opiniões próprias, amadurecer, ajuda. Combater a ânsia por
coisas que nem queremos, ignorar ofertas no fundo desinteressantes,
como roupas ridículas e viagens sem graça, isso ajuda. Descobrir o que
queremos e podemos é um bom aprendizado, mas leva algum tempo:
não é preciso escalar o Himalaia social nem ser uma linda mulher nem
um homem poderoso. É possível estar contente e ter projetos bem de-
pois dos 40 anos, sem um iate, físico perfeito e grande fortuna. Sem
cumprir tantas obrigações fúteis e inúteis, como nos ordenam os mitos
e mentiras de uma sociedade insegura, desorientada, em crise. Liber-
dade não vem de correr atrás de “deveres” impostos de fora, mas de
construir a nossa existência, para a qual, com todo esse esforço e des-
gaste, sobra tão pouco tempo. Não temos de correr angustiados atrás
de modelos que nada têm a ver conosco, máscaras, ilusões e melanco-
lia para aguentar a vida, sem liberdade para descobrir o que a gente
gostaria mesmo de ter feito”.
Eu não sou você e você não sou eu; portanto, tenho que ser eu
mesma e realizar aquilo que me faz bem sem necessariamente matar o
meu outro. Se alguém tiver esse ímpeto infeliz, maldito de tirar a vida de
seu outro, vá se reconciliar com Deus. Vá se confessar com um sacer-
dote num tratamento espiritual divino retirando dentro de si o que lhe
corrói e que desgraçará o seu outro. Precisamos muito de nosso Deus
amoroso e misericordioso. Muito!
Ainda nos deparamos com filhos desorientados que gritam com os
pais, passam por cima da autoridade dos pais, pois muitos aprendem
com a mãe e pai ‘televisão’. Existe uma ideologia despejada em massa,
muitos acatando como verdade. Temos pais que não respeitam os fi-
lhos. Poderão ter certeza que, se Deus não for valorizado no seu pri-
654
meiro mandamento, se o Temor de Deus não for buscado, acatado,
ainda mais prisões serão construídas; mais assassinatos você eviden-
ciará; jovens farão sexo publicamente feito animais, pois para eles será
natural, uma vez que os pais não colocam limites e Deus não existe
para muitos; como também não há nada para causar-lhes vergonha e o
controle sobre si mesmos não existirá. Serão estes os jovens do nosso
futuro. É isso que desejamos? É isso que você desejará para seus ne-
tos?
657
na, por isso, fui na sexta-feira. Que lindo quando soube na missa, en-
quanto o sacerdote falava era dia de São Francisco de Sales e ele é o
padroeiro dos jornalistas e dos escritores! Imediatamente me lembrei de
Lya Luft. Não a conheço, mas a admiro. Como havia colocado aqui al-
guns de seus escritos, por me identificar com seus pensamentos, lem-
brei-me dela. Lembrei-me o quanto é importante uma pessoa estar
acompanhada de certos seres humanos na vida como uma companhia
pelo menos através dos pensamentos. Lya Luft de certa maneira faz
parte da minha vida, assim como Zilah Totta e outras pessoas tão ama-
das, como companheiras no pensar similar. Tenho na família pessoas
jornalistas. Lembrei-me dessas pessoas.
No final da missa, ficara sabendo também, e isso me fez muito fe-
liz e emocionada, sobre este ano a festa de encerramento da novena
do Divino Espírito Santo será dia 8 de junho. Como fiquei feliz! Cairá no
dia do meu aniversário! Que presente de Deus! Afinal, tudo o que faço
penso Nele e para Eles, os meus divinos.
Ainda sobre Zilah Totta, ( política) numa consulta a Internet — Es-
crito por Beatriz T. Daudt Fischer.
658
envolvendo o que denomina de ‘politização feminina’: ‘Hoje a mulher
que se conserva alheia à realidade pode ser linda, mas é positivamente
chata, se me permitirem a gíria’ (UH, 6 nov. 63, p. 19). O texto segue,
divulgando que o Movimento Nacionalista Feminino patrocina um curso
de Introdução aos Problemas Brasileiros, ministrado pelo ISEB (Institu-
to Superior de Estudos Brasileiros). A matéria encerra com uma lista-
gem dos temas, entre os quais se destacam problemas do capital es-
trangeiro e a luta contra a espoliação do nosso país; reforma agrária;
reformas de base e custo de vida; o papel da mulher na Revolução Na-
cional Brasileira; o cristão e a Revolução Nacional Brasileira (UH, 6
nov.63, p. 19). Pesquisas posteriores vieram a identificar o Movimento
Nacional Feminino como um dos dispositivos utilizados pelas forças
promotoras do golpe de 1964. Segundo Moniz Bandeira (1973), ‘orga-
nizações de extrema direita, que se apresentavam (quase todas) com o
rótulo de democráticas, [eram] uma espécie de trade mark made in
USA’ (p. 428)8. Isso se comprova efetivamente quando, na primeira
semana após a tomada do governo pelos militares, a mesma colunista
registra com alegria os preparativos que se fazem para a efetivação do
‘comício do dia 7 de abril’ (UH, 26 mar. 64, p. 7). Nos jornais de outubro
de 1963, percebe-se claramente que forças divergentes se digladiam
no país. Um artigo intitulado ‘Analfabetismo e Latifúndio’, assinado por
Manoel Sarmento Barata, pode ser configurado como um texto radical
para a época. Nele, inicialmente o autor faz referência a uma fala profe-
rida pelo ainda ministro Paulo de Tarso, o qual defende a ideia de se
iniciar pela reformulação social, em lugar do refrão ‘primeiro educar o
povo, depois fazer as demais reformas’. A argumentação de Barata re-
força as ideias do ministro: [...] educar o povo não é distribuir cartilhas
de alfabetização ao camponês esmagado pelo latifúndio, não é ensinar-
lhes a desenhar o nome, ou mandar professores mato adentro, a dizer-
lhes coisas elevadas e patrióticas, que logo serão desmentidas pelas
evidências do meio e dos sagrados direitos do patrão. [...] Felizmente
hoje o governo começa a desmascarar os doutrinadores da falsa edu-
cação [...] (UH, 9 out. 63, p. 6). A imprensa, manifesta-se justamente o
659
discurso oposto ao anterior: Num longo artigo intitulado ‘Além da enxa-
da e do alfabeto’, Egydio Hervé defende, entre outras coisas, que ‘ne-
nhuma reforma é mais urgente que a do ensino’, mas que ela deverá
ocorrer paralela a uma campanha ‘de moral e espiritualidade’, porque é
preciso reforma ‘sem atropelo’. O artigo encerra criticando o Sr. Paulo
de Tarso, ‘que deu 15 milhões aos meninos da União Nacional de Es-
tudantes e seus Zangões Vermelhos’ (Especial para o Correio do Povo,
CP, 10 out. 63, p. 6). Sob o ângulo de representação, neste momento
as professoras primárias têm na liderança de sua entidade a professora
Lucy Monteiro, que assina textos como este: ‘Professor [...]. Tu és res-
ponsável por um mundo em que a bondade e a alegria se tornem eter-
namente presentes. É bela a tua vocação’ (CP, 15 out. 63, p. 20) 9.
Mas um discurso distinto também emerge, assumido pelas professoras
contratadas: ‘Colega: Você está em dia com seus vencimentos? Não
está?! Quando irá receber? Não sabe?! Até quando há de continuar
assim? Não acha que poderíamos tomar uma atitude?’ O texto segue
convite para uma assembleia, com a seguinte conclamação final: ‘Lem-
bre-se: Estamos dispostos a ir à greve se tal medida for necessária’
(CP,4 out. 63, p. 10)10. Greves se desencadeiam pelo país afora. O
governo do Estado, entretanto, para reverter a rebeldia dos professores
gaúchos, ameaça demitir 11.800 professores contratados. Mas ‘o repú-
dio dos professores ao decreto [de demissão] foi unânime e, em certo
momento [da assembleia], foi necessária a enérgica intervenção da
Mesa para impedir que os professores – e principalmente as professo-
ras – mais exaltadas improvisassem uma marcha de protesto ao Palá-
cio Piratini’ (UH, 7 jan. 64, p. 5, não grifado no original)11. Certamente,
tais reações revelam o estopim da crise. As professoras, aquelas cân-
didas mocinhas e senhoras, sempre exaltadas em verso e prosa, agora
decidem tomar posição.
Como bem informava ainda em novembro um telegrama enviado
ao jornal por um grupo de estudantes de Uruguaiana, o cenário era de-
sesperador: ‘Alguns professores vendem seus bens para conseguir
sustento’ (CP, 25 nov. 63, p. 3).
660
Ao longo desses acontecimentos, também se processa ‘a crise Zi-
lah Totta’. Em janeiro, o jornal Última Hora estampa na capa a manche-
te: ‘Dispensa de contratados pode provocar a renúncia de Zilah [...]’
(UH, 3 jan. 64, p. 1). Foi em janeiro de 1964 a gota d’água, o estopim,
porque ele [o governador Meneguetti] exigia que ela assinasse uma
portaria que viria em prejuízo de um grupo muito grande de professores
contratados. Eles [os que estavam no governo] exigiam, sei lá, todas as
decisões partidárias e politiqueiras, e ela se negou. Ela disse que, co-
mo professora, não tomaria uma decisão contrária [à classe] [...] (Zar-
dim in Andreola, 1995, p. 26). Assim, Zilah, que havia introduzido a prá-
tica participativa na administração, Zilah que defendera o direito dos
contratados, Zilah, que havia reforçado a integração escola comunida-
de, Zilah que, como dizia o jornal, ordenara ‘blitz contra analfabetismo’
(‘Em colaboração com o Plano Nacional de Alfabetização [...] baseado
no Método Paulo Freire’, UH, 18 dez. 63, p. 7), esta senhora – que re-
presentava pela primeira vez a presença da mulher e da professora no
comando da Secretaria de Educação – seria demitida. Quando o ca-
lendário lembra que março de 1964 chegou, as professoras – como
muitos brasileiros – estão cheias de esperança, convictas de alcançar
seus direitos, denunciando, com muita coragem, sua situação de atraso
nos pagamentos e respectivo reajuste salarial 12. ‘De nada adiantam
as palavras do Governo. O magistério sofre e quer atos. Greve geral
das professoras primárias foi deliberada [...] em assembleia geral da
classe’. (UH, 5mar. 64, p. 1-3).”
662
manteria a confiança e a tranquilidade, ora quebradas, e indispensáveis
ao exercício da minha autoridade. Creio mesmo, que não manteria a
própria paz pública. Encerro, assim, com o pensamento voltado para a
nossa gente, para os estudantes e para os operários, para a grande
família do País, esta página de minha vida e da vida nacional. A mim,
não falta a coragem da renúncia.
Saio com um agradecimento, e um apelo. O agradecimento é aos
companheiros que, comigo, lutaram e me sustentaram, dentro e fora do
Governo e, de forma especial, às Forças Armadas, cuja conduta exem-
plar, em todos os instantes, proclamo nesta oportunidade.
O apelo é no sentido da ordem, do congraçamento, do respeito e
da estima de cada um dos meus patrícios para todos; de todos para
cada um.
Somente, assim, seremos dignos deste País, e do Mundo.
Somente, assim, seremos dignos da nossa herança e da nossa
predestinação cristã.
Retorno, agora, a meu trabalho de advogado e professor.
Trabalhemos todos. Há muitas formas de servir nossa pátria.
Brasília, 25-8-61.
J. Quadros”
665
estão no livro, Sociologia Crítica. Dele retiro trechos importantes sobre
O Aparelho Ideológico da Comunicação. Mais do que o Tempo: o Amor.
Em âmbito maior, somado a Nossa Senhora, posso valorizar as pala-
vras do meu professor, como de total importância e valia ao nosso
mundo. No capítulo XIX, do livro de Guareschi, página 136, deixo para
você:
666
– Parece que a guerra no Iraque terminou...
– Por quê?, pergunta o outro.
– Porque os jornalistas não dizem mais nada, não há mais nada na
TV.
Já imaginaram as consequências disso? Se os que possuem os
meios de comunicação (e no Brasil são pouquíssimos, nem 1%) resol-
vem não dizer nada sobre um assunto, essa realidade deixa de existir
para a maioria das pessoas. A força do meio de comunicação está,
muitas vezes, mais no silenciar do que no comunicar.”
Um dos exemplos deixados em seu livro, páginas 137 e 138, diz:
“Um outro belo exemplo de “construção da realidade” foi a campa-
nha feita pelo governo brasileiro, no início da década de 70, para cria-
ção do que se chamou de “milagre brasileiro”. Quem conta isso é o
pesquisador Armand Mattelart. Esse golpe do governo brasileiro foi de-
nominado “o maior exercício de marketing internacional do Brasil”. Re-
uniram-se num consórcio as quatro maiores agências publicitárias do
país (todas elas penetradas de capital norte-americano, claro) e plane-
jaram, com o governo, a campanha da criação do “milagre brasileiro”.
Os anúncios, redigidos em cinco línguas, foram enviados à agência
Kenyon e Eckardt, de Nova York que fez a revisão final dos textos e
planejou sua inserção nos grandes diários e revistas dos países do blo-
co capitalista. Nos Estados Unidos, nos jornais e revistas, Fortune.
Newsweek, Wallstreet, Time, Vision. Na Alemanha: Die Welt, FrankFurt
Handelsblatt. Mais nos jornais do Japão, Inglaterra, Argentina, Colôm-
bia, França, México, Venezuela etc. Para isso o governo brasileiro gas-
tou ao redor de meio milhão de dólares, encheu o balão do milagre
brasileiro, que viria se esvaziar poucos anos depois. Veja você o que
faz a comunicação! Veja essa notícia sobre uma viagem de Reagan à
Europa. Dizia o noticiário: O Presidente dos EE.UU. viajará à Europa
por oito dias. Visitará alguns países e tentará mostrar a esses países
que é um homem sensato. Visitará o Papa etc. Veja você: os homens
que cuidam da figura do Presidente precisam, quando eles dão uma
667
mancada, melhorar sua figura. Mas é só figura... E isso se faz pela co-
municação, que cria uma nova realidade, não se importando se a coisa
real fica no mesmo. Conclusão: A comunicação constrói a realidade.”
Tenho a dizer que isso não é assim para todos. Nunca será. Por-
que já compreendemos e aceitamos como Verdade que cada ser hu-
mano é único. Deus deu a cada um de nós uma alma e esta alma é
única. Sempre haverá uma força maior e essa é a Força do Direito, a
Força da Verdade, a Força da Justiça, a Força do Amor, a Força da Mi-
sericórdia vinda de Deus. Esse Deus; o Deus da Santíssima Trindade
que é Pai, que é Filho e que é Espírito Santo. Sempre haverá uma For-
ça que fará o desejo a vontade pela vida; a vontade ardente de poder
respirar e nesse encontro com Deus Amoroso e Misericordioso poder
sair da dominação, termo muito empregado por meu ex-professor. Eu
usaria o termo: escravidão. A palavra “nunca” para Deus, em Deus, por
Deus não existe! Para Deus nada é impossível! Meu professor mesmo
termina proferindo as sábias palavras no final do seu livro, uma citação
de um pensador, página 166.
669
“Tudo é possível a quem quer. Essa a nossa consciência, a nossa
convicção. O futuro nos pertence. O impossível não existe para nós.
Sejamos realistas: exijamos o impossível.”
“A Amizade
A amizade é um dos componentes mais importantes da vida, é
uma necessidade básica duma vida verdadeiramente humana. Já os
antigos diziam: “Quem encontrou um amigo, achou um tesouro.” Ora, a
amizade é constituída essencialmente pela comunicação. Crescer na
amizade é crescer na capacidade de participar duma comunicação fá-
cil, alegre, sincera e profunda. Na aprendizagem da comunicação im-
porta distinguir entre compreender e aceitar. Compreender alguém é
saber ouvir, dar-lhe um espaço, pôr-se hipoteticamente no seu lugar,
tentar “ver com os seus olhos”, colocar o dito expressamente no con-
texto da vida dele. Coisa diferente é aceitar. Posso e devo compreen-
der um amigo; isto não implica aceitar todas as suas ideias, avaliações
e atitudes. Doutro lado, esta distinção não pode ser absolutizada. A
compreensão implica a aceitação da pessoa do outro. Ora, as suas
ideias, os seus julgamentos e sentimentos brotam do seu íntimo, de al-
gum modo fazem parte de sua pessoa.”
672
Então, tenho muito a agradecer a Edvino Rabuske. Tenho muito a
agradecer a Faculdade de Filosofia Nossa Senhora da Imaculada Con-
ceição, aos demais professores.
673
Capítulo III
Parte 8
674
Vários Escritos e Considerações
Dia 24 de janeiro de 2014, resolvi assistir à missa na Igreja do Di-
vino Espírito Santo. Uma senhora de 82 anos começou a conversar
comigo. Ela me dizia que há mais ou menos 50 anos ajudava a vender
calendários de Santo Antônio e a mãe dela já fazia isso. Adquiri um ca-
lendário. Eu teria missas rezadas para as minhas intenções (estas, eu
coloquei num papel à parte e entreguei a ela para providenciar) durante
todo o ano. A idosa abria a sua bolsa e me passou vários santinhos
que, agradecida, recebi. Somente em casa fui ver e ler o que diziam as
orações. Uma delas, a que devemos rezar diante do Santíssimo Sa-
cramento, por 9 dias, diante de Jesus Eucarístico, deixo para você.
Como achei importante e forte! Poderosa! Partilho com você esta ora-
ção preciosa, pois possui o poder de libertação. Como aprecio essas
velhinhas... Como se pode aprender com elas... Agradeço ao Espírito
Santo, a força auxiliadora do alto, por me encaminhar pessoas genero-
sas, amáveis, simples em minha vida. Obrigado Senhor Jesus!
675
Jesus, que pelo poder libertador e salvífico deste
Sangue, possamos nos livrar de toda opressão
diabólica que possa estar prejudicando a nossa
família. Peço também que atenda, em especial, este
pedido que agora faço na Sua presença: (apresente
aqui o seu pedido...) Eu, desde já, agradeço,
confiante que você me atenderá. Eu agradeço de
coração ao Espírito Santo que me ilumina e me
conduz nos momentos de sofrimento e de
escuridão. Muito obrigado, Jesus, meu Salvador e
libertador.”
Mais tarde, eu me senti chamada a fazer essa oração diante do
Santíssimo Sacramento, como passarei a narrar para você mais adiante
nos meus escritos.
Os santos são venerados, pois temos por eles uma grande consi-
deração por suas virtudes. Não adoramos os santos. Adoramos somen-
te Jesus Cristo Eucarístico. Somente Jesus Cristo nos salva. Um santo
poderá nos ajudar na caminhada sofrida, nos deixando lenitivos para as
nossas mazelas existenciais; eles são exemplos de fé; eles olham por
nós e nós podemos olhar por eles através de nossas orações, pois
acreditamos que eles fazem parte da Igreja Triunfante. Umas citações
retiradas do site http://servosdarainha.wordpress.com/2009/11/01/a-
igreja-triunfante-militante-e-padecente/ Igreja Militante e Padecente:
677
balança. É verdade que ela, às vezes, é bem cega, mas ao menos tem
como ponto de partida indispensável à necessidade de se verem os
dois lados.”
678
alma no folheto que ganhamos além do jornal. Do jornal, cujo site é
www.fraternidadedomagnificat.com.br, me chamou a atenção, as frases
de paz, citadas ali. Aquelas frases combinavam perfeitamente com as
imagens das pombas brancas nos pratos da balança. Eu desejo deixar
registrado nesta obra, o que disse anteriormente. Podemos, sim, ter o
conhecimento do que acontece no interior da Igreja Católica e devemos
ficar alertas e lutar pela Igreja Católica Apostólica Romana; entretanto,
sem violência.
Meu professor dissera:
“Quando alguém é julgado, é necessário que se vejam os dois la-
dos. Por isso, num julgamento há o advogado da defesa e o da acusa-
ção. Ter atitude crítica é ver sempre os dois lados: o da polícia e o do
bandido”.
Estamos vendo o lado do “bandido”, o de satanás e seus sequa-
zes, e o lado da “polícia”, ou seja, a Justiça quase perfeita de Deus,
porque a perfeita Justiça será quando do julgamento após a morte. Ain-
da aqui se faz a luta, a espera pela conversão de cada alma e pela Mi-
sericórdia Divina. A oportunidade ao “bandido” está sendo dada.
Vamos ver então alguns pensadores deixando suas mensagens
de paz, retiradas do jornal Magnificat. Como esses pensadores, eu de-
sejo a Justiça e a Misericórdia buscadas no Amor e na Paz. Esperando
com amadurecimento, com seriedade, com a luta contra o demônio,
através da oração e nosso posicionamento e Conhecimento, tudo se
concretize na Terra de acordo com a Vontade de Deus e da Mãe Mise-
ricordiosa.
679
“Uma das coisas importantes da não violência é que
não busca destruir a pessoa, mas transformá-la” -
Martin King
“A violência não é força, mas fraqueza, nem nunca
poderá ser criadora de coisa alguma, apenas
destruidora” - Benedetto Croce
680
a essência da alma de cada pensador.
E Jesus Cristo nos deixa:
“Amai-vos uns aos outros assim como Eu vos amei”.
“Jesus Cristo amou até entregar sua vida por nós sobre
a Cruz. Também a ação da Igreja e dos cristãos na
sociedade deve possuir esta mesma inspiração” - Papa
Bento XVI.
“Porque “toda bela” — tota pulchra — sou para vós sinal de espe-
rança, nos dias em que viveis, em que o meu adversário conseguiu tor-
681
de Nossa Senhora.
Repetindo:
686
raciocínio, desejando entender tudo pela razão natural. O que adianta
termos um governo que nos dê casa, comida e roupa lavada se quem
recebe todos esses benefícios será interiormente a mesma pessoa
desprovida de educação? Por exemplo, nem valoriza a casa recebida e
não raro gradativamente vai destruindo-a por receber e não lutar por si
mesma nas conquistas que deveriam ser suas? E o mundo se torna
cada vez pior num pensar materialista, horizontal. O principal é educar
as pessoas, dar educação; educar os miseráveis, os poderosos, os ma-
çons, a maçonaria eclesiástica, todos os políticos corruptos, engajados
nessa sociedade que é secreta. Educar mostrando-lhes que Deus exis-
te realmente. Que Deus de um jeito ou de outro faz o Seu braço pesar.
O mundo então se modificará com a educação! Com valores! Com mu-
dança interior! Melhor ainda, nas palavras ditas por Nossa Senhora:
“conversão”.
Não adianta um pensamento armado de piedade enxergando o
pobre como pobre na sua miséria exterior. Sua miséria maior advém da
falta de ‘Conhecimento’, poderia obter da família celeste. Porque aquele
que você vê no meio do lixo, nos insetos, na sarjeta, atirado, se ele qui-
ser, e aí entra o livre arbítrio, pessoa alguma poderá pegar esse ser a
cabresto e conduzi-lo numa igreja. Ele irá se quiser. Mas se ele resolve
ir numa igreja ou encontrar uma pessoa que dê amor, encontrar ali o
Amor, crescerá na centelha divina que o espera sempre, para que cada
vez mais a centelha divina seja ativada! Necessariamente não precisará
o mendigo conhecer uma igreja; se ele conhecer uma boa pessoa que o
ame, que se preocupe com ele, que o ensina a amar a Deus, sobre to-
das as coisas, e assim, tocado pelo amor, procurar pela família celeste
num agradecimento eterno pela Providência Divina e proteção necessá-
ria para o seu viver nesta Terra. A escolha será da pessoa.
Da mesma maneira, se você se preocupar tanto com o mendigo,
que “não escolheu a família em que nasceu”, poderá olhar para esse
687
lado somente, reivindicando por melhores pais, por melhores políticos,
por melhor governo, que devem dar... E que devem dar... Devem dar...
Mas dar o quê? Proporcionar os pais certos, as terras, as casas, a famí-
lia certa e tanto mais? Que pessoa é essa que entrará para morar nes-
sa casa, nessa “família certa” ou que pessoa é essa que receberá as
terras e tanto mais? No interior dessa pessoa, estarão ocorrendo mu-
danças num caminho da Luz, para ela conseguir ser mais pessoa e me-
lhor? Sim, escolherá ou não! É nessa preocupação que você, meu leitor
me acompanhando até aqui, considera que devamos depositar nosso
“tesouro”? Não vimos anteriormente à preocupação como Mãe, Nossa
Senhora falando justamente para o Brasil, sobre a Teologia da Liberta-
ção? Uma Teologia voltada para uma apresentação de um Cristo revo-
lucionário, mas a grande preocupação de Nossa Senhora é justamente
a Divindade de Jesus Cristo, a Eucaristia: Pão da Vida, e está subtraí-
do das Igrejas Católicas? Vão esquecendo, vai se diluindo no Tempo o
verdadeiro ensino da Religião Católica ou cristã em detrimento de um
Ecumenismo, em que desejam criar um falso Cristo e uma falsa Igreja.
Portanto, eu digo: falta o Conhecimento, falta a Verdadeira Fé!
Chega de hipocrisias. Será que poderemos reivindicar atualmente um
melhor salário, reivindicar do governo que olhe para os mendigos, que
olhe para os sem-teto, sem casas, sem escolas, os desprovidos do
“berço esplêndido”, os sem emprego, sem... Sem... Sem... Se para
aqueles que apelamos, os do “topo” estão ainda mais pobres espiritu-
almente do que aquele que se diz reivindicando? Estando pobres, estes
governantes, espiritualmente, qual é o maná que será dado para os que
se acham necessitado?
Temos que procurar homens de valores sólidos para ficar no “to-
po”, em número reduzido, e de qualidade. Homens de ideais, homens
competentes, que pelo ideal, pelo amor sinta a necessidade do povo e
os ajude. Que realmente promovam a Pátria, que realmente se preocu-
688
pem com a nossa Nação, isto é, com a boa educação do povo, para
que esse povo, com o Conhecimento de Deus e de Jesus Cristo, por
ele mesmo se desenvolva, se erga, se construa. Naturalmente, propor-
cionar instrumentos para que possam crescer como pessoas e esses
instrumentos devem vir imbuídos de Equilíbrio, pois não adianta dar
casa se a pessoa que nela entrar vai continuar a mesma, na falta de
educação e de respeito com ela e com a vida de seu outro, sem Deus.
Um governo fornecendo de graça as famosas “camisinhas”, por exem-
plo, está fomentando a prática sexual. Educar não é facilitar a vida de
um filho para práticas desta natureza. Educar é amar e não há Amor
maior do que Deus quando nos legou a Sua Palavra, através da Bíblia,
para as pessoas neste mundo. Educar é formar gente. Educar é lançar
condições de se fazer Pessoa; pessoa humana, e não o fomento da
prática sexual daquela maneira e o dinheiro atrás como interesse sórdi-
do. O dinheiro por si somente não propicia a educação, como não con-
duz ao humanismo! O dinheiro por si somente, ao contrário, destrói na
maioria das vezes. Educar é ler para o filho a Palavra de Deus, ensi-
nando-o a ser mais gente, pessoa desde pequenino. E você percebe
que a boa educação é aquela na qual há liberdade com responsabilida-
de. A liberdade não está no vazio. A liberdade é acompanhada por
Deus, pois foi Ele quem criou todas as coisas. Você também poderá na
sua liberdade estar acompanhado por demônios. É a escolha que você
poderá fazer dependendo da sua própria postura na vida. Porque neste
mundo existe Deus e o adversário de Deus. Saber nos proteger com
Deus contra o Mal. Cada um de nós será responsável por si mesmo e
por aqueles a quem temos piedade. Aqueles que vemos nas ruas joga-
dos, sem teto, sem casa e até sem nome. Porque quantas mulheres
estão tão fáceis cedendo à tentação da carne, fazendo sexo sem se-
quer pensar que Deus existe? Para elas, Temor de Deus, não existe!
Quantos filhos do pecado estão sendo gerados de comportamentos as-
689
sim? Comportamentos iguais aos dos animais? Quantos filhos então
jogados na rua, ou a matança de bebês realizada? Quantos jovens que
preferem as ruas porque não suportam os pais que não os desejaram,
pois não são frutos do amor? Resolveremos essa desgraça humana
quando o homem pensar que precisa sim, de Deus. Quando as pesso-
as interiorizarem Deus, na Sua Palavra, deixa-nos orientações profun-
das sobre como conduzir as nossas vidas. A educação deve ser inter-
nalizada. Deve ser proporcionada por Quem dá a vida a tudo: Deus! O
contrário deseja a Morte. Como acabar com esse grande Mal existente
na Igreja Católica Apostólica Romana, a maçonaria eclesiástica? Você
leu as frases sobre a não violência. Acredito nelas. Nossa Senhora é
tão Boa Mãe, mesmo sabendo da traição deles, de muitos de seus fi-
lhos prediletos, pois é a traição do próprio Seu Filho, Ela não deseja
violência. Ela é puro Amor! Ela deseja a conversão desses filhos peca-
dores. Ela pede para rezarmos muito pelos seus filhos, para que se reti-
rem do caminho no qual sucumbiram às tentações que são muitas. Ela
pede para os bons filhos obedientes a Ela para rezarmos por eles. Ela
pede para não julgarmos, pois não nos compete o julgamento. Como
então acabar com o Mal dentro da Igreja Católica? Acredito ao trazer a
Luz para clarear esses que estão no escuro, estão atuando nas som-
bras. Esta Luz vem de Nossa Senhora, como Mulher revestida de sol,
desde 1917, antes ainda desta data deixando Suas aparições em Fá-
tima, Portugal, Suas Mensagens. Então, Nossa Senhora num dos pra-
tos da balança por seu filho Jesus Cristo; no outro prato da balança,
nós aqui na Terra devemos fazer a nossa parte com a Paz habitada em
cada coração dos fiéis Católicos. Com a oração forte. Com a reza do
Terço, do Santo Rosário pedido por Nossa Senhora. Colocar num dos
pratos da balança cada um dos fiéis Católicos, cristãos, as orações e a
paz interior. Com a força do Seu amor poderemos transformar esse
mundo. Com seu testemunho de vida. Com você fazendo o seu melhor,
690
sua parte no lugar onde estiver. Que a Ação do Espírito Santo Ele
mesmo, a Força que vem do Alto em nosso auxílio, presente totalmente
nesse prato, isto é, o Divino Espírito Santo poderá agir nas sombras
com Sua Luz, ou seja, possui o poder de agir, o poder de ação sobre
nós e o mundo.
Não esqueça o que está contido no Livro de Nossa Senhora, pági-
na 490:
694
695
Capítulo III
Parte 9
“Quero Louvar-Te
(LP: Louvemos o Senhor III))
Quero louvar-te, sempre mais e mais, quero louvar-te, sempre mais e mais.
Buscar o teu querer, Tua graça conhecer, quero louvar-te.
As aves do céu cantam para ti, as feras do campo refletem teu poder.
Quero cantar, quero levantar as minhas mãos a Ti.
Quero amar-te... Quero servir-te... Quero buscar-te...”
À Procura e Surpresas
Termino de escrever a mensagem final da parte 6 no dia 26 de ju-
lho de 2013. Havia aberto meus e-mails. Surpresa esquecida! No site
Arautos do Evangelho, a notícia chega que é Dia dos Avós. Havia es-
quecido a data. E no site trazia a querida notícia e explicação sobre os
avós de Jesus Cristo e pais de Nossa Senhora: São Joaquim e Santa
Ana. Foram esposos judeus exemplares. No texto recebido desse site,
entre outras informações importantes sobre esses avós tão amados
retiro o seguinte:
696
“Sem dúvida, Ana e Joaquim pertenciam ao grupo daqueles judeus
piedosos que esperavam a consolação de Israel, e precisamente a eles
foi dada uma tarefa especial na história da salvação: foram escolhidos
por Deus, para gerar a Imaculada que, por sua vez, é chamada a gerar
o Filho de Deus. Conhecemos os nomes dos pais da Bem-Aventurada
Virgem através de um texto não canônico, o Protoevangelho de Tiago.
Eles são citados na página que precede o anúncio do Anjo a Maria. Es-
ta sua filha não podia deixar de irradiar aquela graça totalmente espe-
cial da sua pureza, a plenitude da graça que a preparava para o desíg-
nio da maternidade divina. Podemos imaginar quanto receberam dela
estes pais, ao mesmo tempo em que cumpriam o seu dever de educa-
dores. Mãe e filha estavam unidas não apenas por laços familiares,
mas também pela comum expectativa do cumprimento das promessas,
pela recitação multiforme dos Salmos e pela evocação de uma vida en-
tregue a Deus.”
700
davam as alegrias para continuar a vida. Mas eu tinha consciência que
ao ser assim, ao agir assim, eu acabava por atrair situações no meu
contexto de vida, atraindo olhares que não me faziam bem. Alguns
bons, sinceros; outros pesados, maus. Entretanto, minha consciência
dizia tudo. Nunca usei minhas artimanhas para sensualidade ou para
atrair pessoas do sexo oposto. Nesse Tempo, a cor preta não fazia par-
te da minha vida como passara a fazer depois. Ao possuir o Conheci-
mento da existência do Mal, passara a me vestir instintivamente de pre-
to. Esta cor para mim passara a ser minha preferida, como se dentro
dela pudesse ser toda eu. Como se dentro da cor preta eu pudesse dei-
xar minha alma agir, minha alma ser; o que olhassem por fora, de bom
ou de mal nas opiniões alheias, nada mais me importava. A cor preta
me deixava sentir segura. A cor preta me deixava agir, me sentindo em
discrição. Vivera e vivo parte grande de minha vida vestindo o preto
nesta face da Terra. Minha cor predileta é o azul. Amo o azul, mas não
me sinto à vontade dentro dele. Não me sinto segura. A cor azul é be-
líssima! Mas me sinto leve demais dentro dela, ou seja, transparente,
melhor dizendo. Preciso do preto para segurar-me ao chão.
Penso que num outro momento poderei um dia usá-lo. Quem sa-
be... A cor foi subtraída da letra e música da Xuxa foi uma das tonalida-
des de azul que o arco-íris possui. Ele possui o azul e o anil ou índigo,
ou ainda cerúleo, outra tonalidade de azul. Consultando bem recente-
mente sobre as cores, encontrei o site www.fontedeluz.com, sobre as
cores da Aura.
Verdadeiramente?
Quando bem mais jovem uma amiga e eu fizemos uma consulta
sobre isso. Lembro nitidamente que ela havia ficado muito aborrecida
com o resultado de sua aura. Lembro que eu ficara satisfeita com o que
havia lido. Isso num Tempo em que não tinha Jesus Cristo como meu
Senhor e meu Deus amado. Na Verdade, quando não temos Deus Ver-
701
dadeiro corremos e buscamos incansavelmente, muitas vezes, tantas
bobagens, tantos lugares indevidos, porque queremos respostas para
certas questões e ficamos sem um alicerce seguro em que nos apoiar-
mos confiarmos e acreditarmos. Como não sei da veracidade sobre es-
se conhecimento, da aura de uma pessoa, também não desejo desme-
recer algo que seja comprovado cientificamente, por exemplo. O que
realmente sei é somos únicos e por sermos únicos não podemos ser
generalizados e encontrar respostas que padronizem, ou seja, respos-
tas prontas num pedaço de papel dizendo o que somos e reger as nos-
sas vidas. Estaríamos incorrendo em um grave erro humano. São coi-
sas dessa natureza que nos afastam de quem nós deveríamos ficar ca-
da vez mais pertinho, de Deus Verdadeiro Uno e Trino e de quem deve-
ríamos possuir o Conhecimento vindo de Sua Palavra, a Bíblia.
Veja o que se diz em Hebreus, 4,11-13:
703
mília celeste. A beleza nem sempre é bem-vinda. Principalmente no
mundo atual. Como a beleza vem fazendo almas se perderem! A preo-
cupação com o corpo sarado, corpo escultural e uma alma pobre, vazia,
onde o Pai, o Filho e o Espírito Santo não estão neste corpo habitado.
O corpo é o Templo do Espírito Santo. Minha amada irmã era belíssima
e vivia rodeada de pessoas que a viam por fora. Os comentários eram
sempre os mesmos em elogios à sua beleza. Não somente belíssima,
mas cheia de dons. Isso atraía, infelizmente, para ela, não ciente da
existência tanto de Deus, de Jesus Cristo e da Mãe amada, uma série
de situações conflituosas, de vazio existencial; um vaso oco sem flores
e neste entram as energias negativas advindas dos pecados lançados
pelos olhares e sentimentos de pessoas que a cercavam, como tam-
bém alimentados por seus próprios pecados. Quando a pessoa é sen-
sível, muito mais pesam sobre ela essas energias maléficas. Se não
está preparada, escudada solidamente, o mal toma conta. Minha irmã
amada, como também eu, antes de eu estar em Cristo, antes de conhe-
cê-Lo, me sentia assim frente aos males que surgiam e eu não sabia
identificá-los e muito menos conhecia a defesa. Então, sem possuirmos
a armadura de Deus, não rezávamos, não íamos numa missa, não tí-
nhamos por hábito procurar Jesus Cristo como Força, Luz, Proteção (a
Eucaristia), ficou e fiquei muito a mercê das forças malignas. Essas for-
ças sempre existiram aqui, na cidade menor, e por parte de membros
da família que, por falta de Conhecimento, procuravam lugares onde
Deus Verdadeiro não se encontrava. Naturalmente, a beleza em geral
vem acompanhada pela vaidade. Conheço mulheres lindas sem, no
entanto, serem vaidosas. Elas não se deixam levar pela beleza somen-
te. Conheço outras nas quais a beleza, a vaidade, as conduz de manei-
ra acentuada, se acham autossuficientes, usam a beleza como atrativo
para uma série de situações, de conquistas etc. Enfim, acredito na
consciência perante Deus e esta vai dizer tudo de cada um de nós; o
704
Equilíbrio entre essas situações são de extrema necessidade, princi-
palmente no mundo voltado ao superficialismo, para roupas de grife,
para um corpo perfeito, para os templos das academias e shoppings
etc.
Ainda sobre o meu uso da cor preta e a explicação dada pelo site:
“Pode indicar ainda formas de desequilíbrios”. Quanto a isso, me faz
pensar. Alguns me viam talvez como uma pessoa falando em Deus, em
Jesus Cristo ou de Nossa Senhora, eu fosse então uma desequilibrada.
É natural quando estamos em meio ao paganismo. E eu sabia onde
estava pisando... Eu estava provida da Obra da Mãe amada.
A intenção sempre fora a de me fazer presença em Deus. Então, o
que pareceu desequilíbrio, na visão deles, foi o contrário. Na falta de
Deus que eu sentia nesta cidade menor, eu desejava o Equilíbrio. Por
isso, o me fazer “desequilíbrio” na visão de alguns na busca pelo Equi-
líbrio. Afinal, eu tinha o Conhecimento do Livro da Mãe Celeste, sabia
onde caminhava, mas estava calada quanto a isso naquele Tempo. Não
tinha como falar. Eu queria trazer Deus onde eu sentia praticamente
não existir Deus. Existem aqueles que dizem existir Deus nele e com
ele, mas se você acaba por fazer um sinal da cruz, por exemplo, num
restaurante e reza para obter a bênção de Deus naquele alimento,
pronto! Parece que, assim, Deus não pode ser testemunhado, existido.
Deus deve se fazer prática na vida das pessoas. Da teoria para a práti-
ca. É Tempo! Deus pode estar em qualquer lugar num coração puro se
O desejar invocar. Aliás, feliz daqueles que caminharem no dia-a-dia e
conseguirem louvá-Lo, lembrá-Lo em todas as horas da sua vida.
Naturalmente sabia existir pessoas as quais empregavam o uso
do preto com outros fins. Já vi homens vestidos de preto, com tatua-
gens feias pelos braços, usando piercings, correntes atravessadas pelo
corpo e saindo em grupo e de moto. Homens com seus rostos pesados,
jeito de poucos amigos e desejando bronca aonde chegam. A diversi-
705
dade do emprego da cor preta realmente é misteriosa. Há, segundo o
site, a informação de que a cor preta para uns “indica morte, tragédias,
doenças ou desequilíbrios ou ódio, vingança e ação maléfica”. Entretan-
to não era assim para mim. Nunca foi. Sempre desejei passe livre na
caminhada existencial, com o mínimo de interferência possível de cer-
tas pessoas que pudessem boicotar minhas inspirações para Deus e
minha Mãe, ou seja, queria passe livre na discrição no uso do preto pa-
ra poder trabalhar para Deus. Então, encontrei pela primeira vez uma
explicação falando muito bem sobre os meus sentimentos. Mesmo de-
sejando discrição e passe livre para a vida, ainda assim as provações
me acompanharam. O passe livre para a vida foi o desejo de trazer um
pedacinho do Céu aqui para a Terra limpando, purificando um lugar on-
de existiam pessoas que se davam a fazer trabalhos para o Mal. O em-
prego de sete pessoas, na apresentação, foi devido a observações sé-
rias quanto ao espiritual divino e o espiritual maléfico narrado para vo-
cê. Fiz uns escritos sobre isso como teoria e tese de vida. Escrevi sobre
isso e deixei os escritos nos cadernos universitários deixando-os na
portaria do seminário para que entregassem aos cuidados de alguns
sacerdotes para os quais enderecei a obra. Não sei deles, pois caminho
não voltando atrás.
Tinha pleno Conhecimento da caminhada feita em nome de Deus.
Enquanto no desejo em falar sobre o Amor de Deus, havia pessoas não
suportavam o que eu fazia; já tinha passado por uma situação desagra-
dável, ali mesmo naquela escola. Mas eu caminhava e caminhava...
Prosseguia e sem olhar para trás. Passei a ser um pouco do que os
padres ou os sacerdotes são no uso da batina preta e significando mor-
rer para o mundo, isto é, para os prazeres do mundo. A vocação de um
bom sacerdote é a espiritual divina, um viver para a família celeste e
seus fiéis e morrendo dessa forma para o mundo, o mundano.
Outra canção da Xuxa fora usada na apresentação do dia especi-
706
al: ‘Lua de Cristal’. Escolhida por mim, por ter tudo a ver com o que sen-
tia com o que tanto desejava junto com minha amada Mãe, Nossa Se-
nhora de Fátima, para a Humanidade: um sonho, um ideal. Você pode
ler as letras tanto do Arco-íris quanto da Lua de Cristal, são realmente
lindas e trazia a graciosidade das letras para o palco da vida, naquela
representação e apresentação. Não recordo, mas devo ter preparado
algo muito bonito a ser lido ao fazer essa apresentação, como abertura,
porque sempre aproveitava para deixar alguma mensagem para Deus,
em Deus, e fazia através de Deus para aqueles que estavam presentes.
Obviamente nem tudo foi explícito. Nunca entenderiam. Se começasse
a falar o que realmente estava em meu coração, me chamariam de
“louca”. Se o pouco que criara já dava o que comentar, imagina se fos-
se me expor como realmente gostaria. Fico imaginando quantas cria-
ções lindas, belezas puras, são amortecidas, dominadas por pessoas
más. Agora é impressionante como atualmente se alargou o número de
certas pessoas que não possuem o menor pudor. Exemplo: ouvem-se
os sons dos carros bem altos e letras de músicas abusivas e imorais.
Existem jovens pelas esquinas fazendo carícias obscenas sem a menor
vergonha. Existem cartazes espalhados com mulheres que se deixam
usar seus corpos praticamente nus, sem o menor pudor. E o que é pior:
isso passa como exemplo para outras adolescentes e fantasiam, acham
que isso é o natural da vida e desejam muitas delas, ser uma profissio-
nal da beleza. Desejam serem cópias. Como se mulher fosse mais mu-
lher pela nudez, pelo belo corpo. Acham uma vida fácil e dá muito di-
nheiro.
Acredito que possamos ser mais mulheres mostrando nossas al-
mas. Mostrando a beleza interior, as virtudes... Podemos ser mais mu-
lheres usando saias compridas, por exemplo. Quão feminina fica uma
mulher com saia ao invés de calças. O quanto uma mulher fica mais
feminina ao usar roupas frouxas onde o corpo agradece por estar tão
707
bem solto dentro dos panos.
Não é chegada a hora, meu querido, de fazer ter vez e voz as do-
ces canções? Não está na hora, meu querido, de não ter vergonha e
medo de ser chamado de louco em nome do Amor puro e sublime?
Agora você está liberto do peso dos grilhões invisíveis do rótulo da lou-
cura; e você já percebe, entende que é um ser criado à Imagem e se-
melhança de Deus e sabe que Deus não deseja que existam almas
presas em gaiolas, enclausuradas, achando-se estranhas ou esquisitas.
Naturalmente, se você estiver se sentindo existencialmente mal, procu-
re se reconciliar com Deus. Você poderá também precisar de um ombro
amigo? Se precisar e não encontrar alguém que o escute aqui na Terra,
se precisar de uma pessoa para caminhar ao seu lado pode recorrer ao
filósofo clínico, o amigo da sabedoria, pois ele é um Filósofo antes de
tudo ou a um terapeuta humano. Entretanto, não esqueça jamais do
seu melhor amigo: Jesus Cristo na Eucaristia. Ele dá o alívio das dores
da alma, ele salva uma alma do fosso escuro, das perseguições maléfi-
cas numerosas nesse mundo. Tudo dependerá da historicidade de cada
pessoa, pois cada pessoa é única, não esqueça jamais disso.
Voltando ao que não foi explícito na apresentação realizada na
escola, mas que estava em minha mente e meu coração: pedi a Deus
perdão por poucos caminharem com Ele. Desejei que Deus olhasse e
tivesse misericórdia para os muitos que caminhavam na aridez de
amor. Que Deus olhasse o esforço dos poucos, pois que ainda estavam
vivos Nele, acreditando Nele, vivendo-O de fato, ou seja, sendo coeren-
tes, trazendo para a vida a prática da Bíblia, da Sua Palavra.
Verdadeiramente?
Nem os poucos, com real fé, eu sentia encontrar ali em meu meio.
Eram raríssimas as pessoas de fé e não tínhamos tempo apropriado,
devido aos compromissos, de conversar sobre assuntos de âmbito espi-
ritual. Havia uma única amiga na minha escola — eu a conhecia de ou-
708
tros tempos — não costumava frequentar as igrejas, as missas, mas
encontrava nela uma irmã no espiritual, na compreensão do amor fra-
terno. Nós nos conhecíamos do tempo de jovens e no colégio ginasial,
como assim era chamado. Um dia, eu a presenteei um quadro pintado
com a ajuda de minha professora de pintura. Queria muito expressar o
que ia ao meu coração, projetando em tela. Foi assim pedi ajuda para
minha professora para a realização desse quadro como também de
mais outros quatro quadros. Juntamente com a professora, fizemos um
quadro retratando uma Fazenda e nela, casinha, verdes, lago e pati-
nhos. Outro quadro pequeno retratava uma folha de outono, de plátano.
Este quadro foi cem por cento pintado por mim. Levei uma folha de ver-
dade, natural, e passei a olhá-la e a pintá-la. Minha professora não
chegou a ajudar-me neste, pois tão simples ele era. Eu queria muito ter
um quadro que tivesse uma cesta caída cheinha de rosas saindo de
dentro e fizemos este quadro, mas com a ajuda da minha professora de
pintura. Não importava a minha professora trabalhar mais no quadro do
que eu mesma, pois só dessa maneira, ao seu lado, dizendo como que-
ria as rosas eu pude ver retratada, a cesta caída e as rosas esparrama-
das... Um punhado de rosas coloridas lindas. Com que classe a pro-
fessora pintava as pétalas das rosas... Que lindas! Inesquecíveis para
mim. Como tenho a agradecer por ter me ajudado nesse desejo, nessas
atenções e lisonjas todas.
Eu me lembro de ter pedido a minha irmã amada, num Tempo, pa-
ra fazer esse quadro para mim, pois ela sabia pintar a óleo muito bem e
fazia alguns trabalhos com espátulas. Não teve condições para fazê-lo
como você bem sabe.
Outro quadro pintado com tintas a óleo foi A Borboleta Azul. Fiquei
tão deslumbrada com uma borboleta vista numa cidade linda e românti-
ca onde estive com minha filha, no dia do seu aniversário e desejei mui-
to vê-la reproduzida num quadro. Enquanto andávamos num teleférico,
709
no meio das matas, do verde, a borboleta azul passou à nossa frente ao
ponto de podermos avistá-la. Tinha uma cor azulada fosforescente. Ti-
nha uma cor azul-noite que brilhava com o sol da tardinha incidindo em
suas asas. Minha professora querida me escutava e fazia todo o empe-
nho de tentar me ajudar a pintar a cena na qual gostaria de poder viver
eternamente; ficar olhando para a borboleta do azul luminoso. Final-
mente, o importante para mim foi ver reproduzido o que ia à minha al-
ma, trabalhando com a professora e outras companheiras, alunas de
turminha. Sentia trabalhar meus sentimentos e isso transmitia para mim
mais poesias e eu precisava para levar a minha vida. Embora não sen-
do exatamente o real visto, eu não me importava, pois pude ocupar-me
no Tempo e aproveitei para presentear certas pessoas com os quadros.
O quadro da amiga da escola, por exemplo, possuía certos elementos
importantes dos quais sentia na minha caminhada existencial. Um dia,
telefonei para a amiga depois de muito tempo sem vê-la ou falar com
ela por telefone, mas telefonei-lhe para saber se ainda ela possuía o
quadro que um dia fora presenteada. Como não me lembrava de todos
os elementos, ela foi me dizendo todos na conversa por telefone. Ela,
então, reavivou minha memória. Disse-me que eu fizera um terço e
havia três rosas. Pintei um coração, uma lágrima e um oceano. Não
lembrava mais do olho. Ela me disse ter feito um olho e, uma lágrima.
Eu me lembrava da lágrima, mas do olho não. Disse que tem a carta
consigo escrita na ocasião. Não lembrava mais da carta. Eu lembrava o
terço e possuía contas das quais cada dezena era de uma cor, pois re-
presentavam os cinco continentes. Lembrava que eu tinha um terço lin-
dinho assim e diferente do tradicional. Lembrava que tinha um folheto e
acompanhava a leitura, as orações dedicadas aos cinco continentes.
Lembro que usei por um longo Tempo a reza deste terço. Não recordo
se eu dei o terço dos continentes para ela. Sei que foi mais ou menos
isso. Era exatamente o que gostaria de expressar. Eu era uma Maria,
710
na caminhada da Vida, desejando representar as lágrimas de tantas
outras Marias neste Vale de Lágrimas e a Salve Rainha nos transmitia.
Eu sofria muito, eu chorava muito e caminhava com a Mãe, acreditava
na minha amada Mãe. Como falar do Livro de Nossa Senhora, “Aos
Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Senhora”, para colegas da esco-
la a não ser recorrer ao meu bom sacerdote do seminário quem me
acolhia, escutava minhas mazelas existenciais, assim como minha Mãe
falava tanto para a Humanidade. Talvez você deseje saber o que ele, o
sacerdote amigo, me dizia. Não dizia nada. Recebia-me com carinho,
amável. Escutava-me e me compreendia, pois nossa linguagem era a
mesma. Ambos acreditávamos em Nossa Senhora, nossa Mãe. Tam-
bém se dizia devoto fervoroso de Nossa Senhora e de São José. Não
tinha um olhar de quem me achasse uma “louca”, mas o de que acredi-
tava em mim. Sabia e sentia que ele acreditava no Mal e nos defenso-
res do Bem. Outro sacerdote chegou para mim e disse que “uma litera-
tura como aquela teria que se ter cautela”. Eu não podia me deixar in-
fluenciar pela incredulidade daquele padre. Não podia ou senão eu se-
ria uma farsa. Teria que jogar minha própria história de vida numa lata
de lixo e o que sobraria da minha vida? Nada! E eu saí daquela sala,
àquela vez, pensando assim: “não posso me tornar incrédula. Não pos-
so”. Pensava para mim mesma: “cada um é um; eu sou assim; cada
alma é única. Não sou ele e eu acredito em cada palavra da Mãe”.
Sim, eu acreditava em tudo que Nossa Senhora falava nas Suas
mensagens, pois também eu vivi o Mal e não pense você que estou
livre dele. Não é por menos que rezava o terço, depois passei a rezar o
Santo Rosário, procuro me escudar e rezar por aqueles a quem amo
tanto. A situação é essa na Terra. Somente não percebe quem está
desligado do espiritual e quem não possui coração para sentir. No de-
correr da caminhada no espiritual, eu encontrei meu bom sacerdote,
aquele que eu procurava no seminário, fazendo parte, ou seja, um dos
711
integrantes do Movimento Sacerdotal Mariano. Nunca esquecerei as
lágrimas no seu rosto falando da necessidade de bons padres, bons
sacerdotes. Ele havia se emocionado nesta ocasião, neste dia em que
o padre italiano Stefano Gobbi veio ao Brasil realizar o Movimento Sa-
cerdotal Mariano. Esses poucos, essas poucas pessoas estavam vivas
em Deus, acreditando em Deus, vivos em Deus, eram os meus irmãos
em Cristo do Movimento Sacerdotal Mariano ou os irmãos da Renova-
ção Carismática Católica. Com eles, juntos reunidos, eu encontrava a fé
viva; encontrava pessoas afins, reunidas, lutando de verdade na fé, pa-
ra enfrentar as vicissitudes da vida. Sentia que não estava sozinha. Que
não acreditava sozinha. Então, nessa caminhada concreta, caminhada
na vida, colocava a Palavra de Deus em ação. Era a minha oferenda de
amor no Palco da Vida, enquanto tinha nitidamente presente o Mal que
me perseguia e teimosamente sendo cultuado das diversas formas na
cidade menor, onde nasci e lugar onde vivo até o dia que Deus quiser.
O demônio teimava em secar a fonte do amor.
Queria agradecer por tudo recebido de Deus. Agradecer a posi-
ção a qual ocupava naquela escola. Conscientemente, eu sentia pes-
soas, na sua maioria, fazendo suas caminhadas espirituais. As suas
caminhadas não eram as mesmas minhas caminhadas espirituais. Po-
de-se então perceber o quanto cada ser humano é único realmente.
Não passava por suas mentes estar dando minha vida na caminhada
em Deus, para Deus, por Deus. É como se olhasse cada pessoa me
rodeando fazendo parte da minha vida e soubesse o que passava por
suas mentes e como me viam realizando meu trabalho sério, para Deus
ou de acordo com o que vai ao interior de cada uma.
Gostaria de relatar para você outro episódio, mas não me recordo
de tudo, pois não sei o ano e também para qual fim houve esse encon-
tro. Não tenho certeza se foi alguma convocação para eu representar o
Ensino Religioso Escolar. Foi realizada numa cidade próxima, outra ci-
712
dade menor. Fizeram algumas atividades conosco, com os participantes
deste encontro. Alguns palestrantes fizeram os seus pronunciamentos.
Numa das atividades realizadas, era um trabalho de representação
dramática; empregaram o psicodrama. Foram realizados diversos círcu-
los com as pessoas lado a lado. As pessoas se achegavam uma às ou-
tras de maneira aleatória para formar esses círculos. Então, pediram
para cada pessoa entrasse no círculo e dissesse algo, poderia gritar
fazer qualquer coisa. Eu optei por gritar, “Socorro! Socorro ajude-me!”.
Senti-me mais leve, minha voz indo para Deus.
Verdadeiramente?
Como gostei de ter participado de algo assim! Como se Deus esti-
vesse me ajudando. Sentia como se alguém ali estivesse sabendo do
que estava passando na vida e com toda certeza Deus estava comigo.
A expressividade para mim é algo importante. De certa maneira, me
senti muito melhor participando daquela dramatização. Era eu, na vida,
dizendo socorro! Assim eu me sentia. Uma perseguida espiritual. Nesse
Tempo ainda não fazia minhas proteções. Ainda estava numa pior. Não
pense você, meu querido, que eu nesse Tempo era exatamente o que
sou hoje. Não, naquele Tempo me sentia completamente só, lutando no
balão invisível, tendo que me segurar em alguma coisa e ainda não sa-
bia em quê. Estava iniciando a caminhada em Deus, em Jesus Cristo,
verdadeiramente. Um Tempo de horror para mim. Um Tempo de olha-
res, de aprisionamento invisível do rótulo de “louca”, tentando me reer-
guer, me estruturar e ainda mais tarde, tendo que passar sim, concre-
tamente, por tudo que passei naquela escola. Foram as minhas prova-
ções. Foram as minhas tentações e superações aqui nesta face da Ter-
ra. Tinha que sair delas. Tinha que respirar e sobreviver à tempestade
espiritual e existencial vividas, sendo concretizadas mais tarde pela
demonstração da traição, da cobra, mesmo sendo uma cobra pequena,
mas o estrago na minha vida seria o tamanho da minha não existência
713
para você nessa obra. A maldita (7 letras), sempre me acompanhando
na vida e por pouco não me picou o calcanhar como desejou fazer no
da minha amada Mãe Nossa Senhora de Fátima, criando em âmbito
muito maior do que a mim, obviamente, um Mal sem precedentes para
a Humanidade. A serpente antiga, satanás deseja criar uma falsa Igreja
e um falso Cristo. Você já possui o Conhecimento de quem são os par-
ticipantes dessa grande serpente antiga. Quem são os integrantes, que
se deixam instrumentalizar para o Mal aqui na Terra. Não preciso mais
dizer-lhe o que penso e sinto sobre isso, meu querido.
Falei a você sobre a passagem bíblica sobre um Arco. É a passa-
gem do livro de Gênese, 9,8-17, em que Deus faz uma Aliança com os
homens e foi esse o grande pensamento e objetivo, na apresentação da
escola, com os professores. Que Deus olhasse a miserável que fui num
Tempo e que visse quanta vida Ele me deu e o quanto estava agrade-
cida, reconhecida no amor. Que Deus desse, então, para tantas e tan-
tas pessoas que não O viam, não O sentiam, não O conhecia, a mesma
oportunidade tida por mim ao conhecê-Lo, senti-Lo, amá-Lo. Pessoas
afastadas D’Ele, na mesma situação que um dia eu estivera, e pudes-
sem então ter a vida e não a morte. Veja o que Deus nos deixa em Gê-
nese, a Aliança:
714
a terra. Quando eu tiver coberto o céu de nuvens por cima da terra, o
meu arco aparecerá nas nuvens, e me lembrarei da aliança que fiz
convosco e com todo o ser vivo de toda espécie, e as águas não cau-
sarão mais dilúvio que extermine toda a criatura. Quando eu vir o arco
nas nuvens, eu me lembrarei da aliança eterna estabelecida entre Deus
e todos os seres vivos de toda espécie que estão sobre a terra”. Diri-
gindo-se a Noé, Deus acrescentou: “Este é o sinal da aliança que faço
entre mim e todas as criaturas que estão na terra.”
715
716
Capítulo III
Parte 10
717
Que Brilhe a Luz de Jesus Cristo
Como já mencionei, Raymundo Lopes recebeu de Nossa Senhora
os trabalhos a realizar para uma nova evangelização, ou seja, para pre-
parar ainda melhor a evangelização. Nesses trabalhos, surge a meda-
lha missionária a qual Nossa Senhora pede a Raymundo Lopes para
cunhar, e quem a usa é serva de Nossa Senhora. Eu a uso e sou serva
de minha amada Mãe. : Dia desses, olhando um e-mail recebido do
site contato@brasilpelavida.org dizia assim: “A cristianofobia continua sua
investida internacional, não só matando cristãos, destruindo igrejas,
mas também e principalmente destruindo nas mentes os princípios cris-
tãos, seus símbolos e seus valores. A mais recente das agressões a
nossa fé, em nosso País, está acontecendo nestes dias em Porto Ale-
gre, no teatro São Pedro, onde estava programado para ontem (19),
hoje (20) e sábado (21), em Porto Alegre (RS), a peça teatral blasfema
do italiano Romeo Castellucci, intitulada “Sobre o Conceito da Face no
Filho de Deus”. “Qual é o enredo da peça? Diante de uma enorme foto-
grafia da Sagrada face de Nosso Senhor Jesus Cristo, estampada em
uma tela, um idoso nu é vítima de vários ataques de disenteria que exi-
gem de seu filho o trabalho de limpá-lo regularmente. O diretor Romeo
Castellucci não poupa nada ao público, nem mesmo o cheiro (...) O pai
pede perdão ao filho que continua seu trabalho. Mas a situação vai fi-
cando cada vez mais difícil. O velho, então, grita e se revolta. O filho
beija a imagem de Cristo. Ambos se retiram do palco. Em seguida, a
imagem de Cristo é coberta com um véu negro. Excrementos fecais são
lançados na tela e no palco. O painel do rosto de Cristo vai se escure-
cendo até ser rasgado e, por fim, aparecem os dizeres: “Você (não) é
meu pastor”. Na versão apresentada no festival de Avignon, na França,
crianças aparecem em cena jogando granadas no retrato de Cristo...”
Logo a seguir, no site recebido, dizia para assistir o vídeo. Não tive
coragem. A afronta é tão enorme para mim, o ultraje é tão grande, tão
718
imenso, que chego a ficar considerando não ser verdade. Fico extre-
mamente chocada!
Na Representação de Mundo, como filósofa religiosa, sou clara
em dizer a você não poder chamar uma pessoa elaborando algo assim
de louca, mas sim, possessa. Há dentro dessa pessoa um mundo inte-
rior muito, muito feio, tão feio que seu desejo é a destruição dos princí-
pios lindos, bons, dignificantes que trazem para a Terra a vida. Esse
viver de alguém que traz ao mundo algo assim feio é um viver de morte.
Que tenhamos a noção de que o Mal é uma realidade e que se faz ne-
cessário tomar as defesas cabíveis. Participar delas, estar com elas,
viver nesse mundo de feiura sem proteção, sem escudo é terrível. De-
vemos fazer nossas escolhas. Podemos estar convivendo com certas
pessoas, cada uma deverá manter sua alma íntegra, intacta para Deus,
se deseja sua salvação. Há pessoas que, por não acreditarem em
Deus, consideram viver sem limites. Não acredita na existência de
Deus, Deus conhecedor de suas ovelhas, Jesus Cristo, Pastor das suas
ovelhas queridas. Jesus é o Bom Pastor, sim. Pessoas como essas,
sem Deus, não desejam a ajuda de um bom sacerdote para a reconcili-
ação com Deus, pois Ele não existe para elas. Não desejam limpar a si
mesmas, limpar a Humanidade; não se limpando, acabam por sujar
quem está em volta, a começar por si mesmas. Pessoas dessa nature-
za estão trazendo para cá o mal, a semente do mal, desejando a parti-
cipação de crianças inocentes e puras, como você leu no exemplo do
teatro, encaminhando-as nas barbáries mundanas, nos descréditos de
tudo. Não desejam a obediência, não desejam limites, não desejam
possuir um Deus pela consciência da retidão. O que eu chamaria? En-
quanto muitas pessoas desejam serem as ovelhas do Bom Pastor, há
os que desejam passar por cima de tudo, de todos, os cabritos, com
seus feitos destruidores e muitas vezes, não a nível concreto imediato
que se possa enxergar, mas atingindo o interior de seu outro de manei-
719
ra “intelectual”. Será somente eu sinto o que se passa de forma indig-
nada, as barbáries que se evidenciam a todo o momento no mundo e,
nesse caso, dado como exemplo, como uma aberração desmedida inte-
lectual? Por isso preciso da sua dialética, pois um viver assim, dessa
maneira, está sendo sofrível em demasia para mim. Em um viver assim,
assistindo a tantas desgraças eu não suporto ficar; minha luta é por um
mundo melhor, este é o meu sonho, imagina você como me sinto no
mundo como ele está? Ao mesmo tempo, preciso respirar a poesia das
mais simples e variadas maneiras. Preciso me retirar para rezar num
canto querido da casa simples e já envelhecido. Nela, tenho o que pre-
ciso e não preciso de luxo. Nela tenho aquele mínimo necessário acre-
ditando que todas as Marias da Terra deveriam possuir.
A vida está tão desproporcional... A vida está tão injustiçada... E
eu sou uma Maria. Maria vivendo no meio de outras Marias; soube en-
contrar muito bem a posição ocupada mesmo em meio à aridez do de-
serto do Amor. Uma Maria que encontrou a Mãe Maria, Mãe amada,
Celeste, minha grande Estrela Guia.
Na Europa, existe uma aridez muito grande com relação às igrejas
Católicas. Igrejas fechadas e usadas para inúmeras outras finalidades.
Igrejas sendo profanadas. Igrejas ou seminários vendidos gradativa-
mente. Instituições religiosas de freiras ou freis vendidos, não conse-
guem administrar o patrimônio, as administrações sendo passadas a
leigos. Partes dos ambientes de instituições religiosas são colocadas à
disposição de aluguéis de quartos, muitas capelas são transformadas
em salas de convenções; no lugar onde ficava o sacrário colocam telas
e os equipamentos próprios da comunicação. Perdem-se assim os es-
paços sagrados, os espaços para o estritamente contemplativo, para
um número grande de pessoas não estão dando o verdadeiro valor pa-
ra essa necessidade fundamental às almas terrenas. Um verdadeiro
caos religioso. Atualmente estão minando os princípios básicos como o
720
direito pela vida. O aborto, por exemplo. É um assassinato a sangue frio
de um serzinho no ventre materno não possuindo o direito de defesa.
Muitas mulheres estão optando pelo prazer sexual, muitas vezes fazen-
do sexo desmedidamente e sem amor, sexo pelo sexo, prazer. Optam
por um viver assim. O próprio governo fomenta e entrega gratuitamente
as “camisinhas” e jovenzinhos já se entregam à prática sexual nessa
opção, sem ao menos desejarem pensar que a garota poderá engravi-
dar. Se não desejarem o bebê vão assassinar aquele pequeno. O go-
verno, ao invés das famosas “camisinhas”, deve investir em vídeos gra-
tuitos e distribuídos nos quais mostre as imagens de um bebê sendo
morto a sangue frio por esses médicos que se deixam levar por essa
chacina! Assim, esperamos que muitas jovens pensem duas vezes an-
tes de manter um relacionamento. Não seria essa educação, formação
que os do “topo” deveriam fazer para conscientizar esses adolescentes
da maldade que praticam? E os pais que se encontram perdidos no
modo de educar seus próprios filhos, encontrariam respaldo na socie-
dade, já que alguns meios de comunicação passaram uma mentalidade
muito superficial de viver. Mas ao contrário, o governo diz assim:
“olhem, façam sexo, pois a ‘camisinha’ é de graça”. Agindo de forma
perniciosa, surge embutido o interesse de alguns em lucrar com tudo
isso. Quem sai ganhando com a fabricação de “camisinhas”? Quem são
os vilões da maldade, os que não estão preocupados com nada a não
ser ganhar a propina? Onde está à preocupação do governo em formar
bons cidadãos e cidadãs de amanhã? Pessoas íntegras, pessoas dig-
nas? Não me refiro a possuir dinheiro, pois desde quando dinheiro torna
uma pessoa digna, honesta? Você é do tempo que considera que pos-
suir educação requer dinheiro? De forma alguma. Na Bíblia há uma
passagem que diz que mulher inteligente é aquela que teme a Deus.
Esta passagem bíblica está em Provérbios, capítulo 31,30. Diz assim:
“A graça é falaz e a beleza é vã; a mulher inteligente é a que se
721
deve louvar”.
O sentido de inteligente em hebraico, na Bíblia, traz: quem teme
ao Senhor. É muito lindo, é prudente uma mulher temente ao Senhor
Deus. Sei da dificuldade em muitos momentos, pois muito do desejo de
uma mulher não é realizado e encontrado no tempo em que ela quer. A
importância de perseverar em Deus, em tê-Lo como primazia, Nele sa-
ber esperar, saber ter paciência e confiar em dias melhores, não há ri-
queza que pague tão grande conforto e amparo, pois Ele recompensará
quem espera Nele. A caminhada existencial Nele se pode obter confi-
ança e paz interior. Isso é ter fé.
Em Eclesiástico, cap. 1,11- 40 fala muito sobre o Temor a Deus.
Cap. 2,7-23, continua orientando muito sobre o Temor de Deus, o qual
acho imprescindível para a Humanidade. Em Provérbios também há
versículos que trazem a importância de uma pessoa temente a Deus. O
governo, a televisão, os meios de comunicação deveriam falar de um
viver conjugal com qualidade, com amor, e não fomentar o sexo. Mos-
trar vídeos que fizessem a crítica às indústrias farmacêuticas. Existem
remédios realizados por aí em demasia. Médicos lucrando com toda
essa aberração do assassinato a sangue frio de bebês. Imagine o que
gira em torno de tantos que se beneficiam com as mortes, a morte que
gera morte.
Veja o que Deus fala em Gênese, 9,1-7, sobre a Humanidade no-
va:
726
suas poesias aqui na Terra — inclusive envergonhadas de se mostra-
rem sensíveis, frente à dureza que lhes aguardam no mundo “contami-
nado” — apegam-se a formas prejudiciais desse mundo. Muitas vezes
também, já tentaram procurar algo melhor, mas foi quando ali mesmo,
naquela busca o demônio lhes boicotou. Rogo ao Deus Pai Santo, Deus
Pai Forte, Deus Pai Imortal que ampare todas essas pessoas. Que a
força do Alto, a força do Espírito Santo envolva como grande “pescador”
o maior número de almas possível para Jesus Cristo Misericordioso pa-
ra que sintam a Paz de Jesus Cristo em suas vidas. É muito bom estar
com Ele e sentir a Sua paz. Que o espiritual maléfico seja dominado
nesta luta árdua, que algumas almas na Terra sintam ter que lutar a
batalha, participar desta batalha espiritual para que o mundo se torne
um mundo de vida e não o da morte.
Vamos voltar ao dia que eu acordara com o meu coração acelera-
do; fazia algum tempo que isso não acontecia. Foi no dia 29 de julho de
2013. Acordara me lembrando de Bárbara Maix, a pessoa dela, deixan-
do seu perdão. Com esse mesmo sentimento de perdão, também eu
senti deveria deixar para as pessoas que me ofenderam, esperar tam-
bém eu fosse perdoada pelas pessoas que eu ofendi. Acordei desejan-
do saber sobre uma frase de Dom Edmundo Kunz, meu professor, do
curso da Faculdade de Filosofia, e não parava de pensar de onde retirei
a sua citação que tomara nota na contracapa do livrinho azul, “Tempo
dado as Borboletas”. Tenho uma vaga lembrança que fosse do Tempo
da Faculdade de Filosofia. Lembro de uma vez eu ficara em frente de
um quadro que fizeram em memória a morte do querido professor e co-
piara uma frase do quadro da parede interna do seminário, num dos
corredores, perto de uma escadaria. Então, senti vontade de ir ao semi-
nário e saber se foi de lá a cópia daquela frase do meu professor. Falei
esses sentimentos ao meu esposo. A FAFIMC era a Faculdade de Filo-
sofia Nossa Senhora da Imaculada Conceição, onde cursei Filosofia e
727
esta faculdade ficava no Seminário Maior da América Latina. A frase de
Dom Edmundo Kunz, a escrita em citação, copiada não sabia de onde e
anotada atrás no livrinho azul, “O Tempo dado as Borboletas”, dizia as-
sim: “Creio mesmo, que não sou eu que me salvo, mas Jesus Cristo”.
Que frase forte, não é verdade? Que frase, meu querido! Que frase!
Tinha que saber de onde havia copiado essa frase. Tinha que saber.
Por isso, pedi ao meu amor para que, antes de irmos para o trabalho,
passássemos no seminário para me certificar se aquela frase fora reti-
rada do quadro. Meu homem-certo-amor foi, sim, comigo. Íamos à cida-
de maior para trabalhar, tinha coisas para fazer e ele também. Sempre
passamos pelo seminário e não raro as lembranças de como conheci
meu grande amor vinham à minha mente e ao meu coração. Chegáva-
mos a recordar certas situações; cada um de nós tinha um cunho per-
ceptivo diferente naquela época. Eu parecia a Lua que precisava do Sol
para ter seu efeito, pois meu amor realmente me transmitia vida, aque-
cimento, força para lutar, para continuar a vida. Assim que o sentia num
Tempo. Ele era o meu Sol e eu chegava a dar-lhe uns cartões lindos
feitos por uma pessoa querida; ela os fazia na época para vender no
seminário. Feitos com papel manteiga, eu creio; eram transparentes e
furadinhos e com desenhos feitos pela garota. Uma graça aquele traba-
lho. Corria ao encontro do meu amor, feliz e entregava-lhe os cartões
quieta; largava em suas mãos. Ali constava sempre algo relacionado ao
meu sol, aquele que me aquecia; enfim, o quanto ele representava em
minha vida, o quanto ele estava me ajudando, eu tentava demonstrar
através daqueles cartões. Tudo era puro amor. Não pensava em nada a
não ser no meu sofrimento e no quanto ele me ajudava.
Hoje, casados, havíamos pensado em retornar um dia naquele lu-
gar para recordar os velhos tempos. Queríamos voltar a caminhar pelas
estradinhas de chão batido, dirigindo-nos para a parte mais alta, a fim
de podermos observar a beleza da paisagem. Queríamos ver o jardim
728
interno e a capela central e a Nossa Senhora toda branca que ficava na
parede interna da capela, ao lado direito de quem entrava. Ela era tra-
balhada em blocos de azulejos brancos e muito alta. Queríamos ver o
Sagrado Coração de Jesus, a mesma imagem na qual meu amor colo-
cava a sua mão, nos pés ou no próprio Coração de Jesus para dizer:
“Este, sim, foi um grande homem!”. Enfim, comentávamos que um dia
voltaríamos ao seminário para uma visita. Sabíamos que a PUC (Ponti-
fícia Universidade Católica), havia comprado o seminário, o maior da
América Latina. Eu via as reformas, as pinturas tão diferentes, cores
mais vibrantes, fortes, sendo usadas na parte externa do grande prédio,
sempre que passávamos em frente dele para irmos à cidade maior. Às
vezes, meu amor e eu ficávamos comentando que o relógio era mais
iluminado do que a Nossa Senhora. Na verdade, gostaríamos de ver
Nossa Senhora com uma luz bem vibrante, bem forte; muito mais do
que o relógio era iluminado. Nosso trajeto para a cidade maior é por ali.
Quando pedi para meu amor passar comigo no seminário, dia 31 de
julho de 2013, ele dissera: “Por que tem que ser hoje? Não pode ser
outro dia?”. Respondi que estava com vontade ir naquele dia. Se pode-
ria ir naquele dia, porque não ir? Sempre, eu fui assim. Se eu puder fa-
zer algo hoje, nunca deixo para amanhã. Eu estava me sentindo Cha-
mada a ir naquele dia. Chegamos ao portão principal do que fora uma
vez, num Tempo, o Seminário Maior da América Latina e onde cursara
Filosofia. Desci do carro e falei com um senhor alto; ele disse que esta-
vam arrumando o portão principal de entrada, não dava para passar por
ali e tínhamos que fazer a volta para entrar pela lateral do prédio. Em
frente, possui um posto de combustível e na loja de conveniência, meu
amor comprou café para nós e um pãozinho de queijo para mim. Então,
fomos pela entrada lateral que os padres usavam para poderem alcan-
çar as novas instalações ao fundo, depois que foi vendido o seminário
para a PUC, (Pontifícia Universidade Católica). A entrada que tínhamos
729
era a mesma que os padres empregavam para ir a suas casas, mas
eles seguiam em frente; nós dobramos numa entrada provisória para
chegar ao grande prédio do seminário, ou seja, da PUC. Avistamos
uma plaquinha pequena escrita TECNOPUC. Fomos barrados por um
guarda que pediu para que nos identificássemos. Expliquei a ele que fui
aluna de Filosofia e precisava de umas informações, falei no meu pro-
fessor que falecera e da placa. Enfim, ele nos deixou prosseguir e con-
tinuamos percorrendo o curto caminho de carro até avistarmos uma
porta lateral e vimos uma placa que dizia Recepção. Meu esposo conti-
nuou no carro terminando o seu café. Eu já havia feito meu lanche e
apressadamente desci do carro e me dirigi à recepção. Avistei um
enorme balcão e uma jovem senhora atrás dele e um senhor alto que
parecia um guarda, quase ao lado da senhora.
Verdadeiramente?
Já estava sentindo algo estranho no ar, pelo jeito tão diferente do
que era antigamente, ao entrarmos e sermos barrados com perguntas,
vendo alguns seguranças com seus radinhos nas mãos. A emoção em
retornar àquele lugar, para mim, foi tão intensa que eu não tinha a no-
ção do que viria a sentir logo em seguida. A primeira mudança interna
que verificara era o próprio balcão onde a recepcionista estava. Ele es-
tava em frente ao barzinho dos lanches que fazíamos; que fazíamos eu
e meu amigo-amor-esposo. Agora, eu avistava um balcão na frente do
barzinho, barzinho que pertencia a uma garota simpática, com seus ca-
belos cacheados e seu rostinho que me reportavam ao semblante de
uma sobrinha que morava tão longe. Fiz os cumprimentos às duas pes-
soas que estavam ali atrás do balcão e fui dizendo que eu gostaria de
ver uma placa em homenagem a Dom Edmundo que havia sido meu
professor. A recepcionista não estava entendendo e não me respondeu,
mas aquele que parecia ser um guarda, o homem que estava ao lado
da recepcionista me olhando perguntou: “Qual é o seu nome?”. Res-
730
pondi o nome completo. “Mas você é de onde?”. Respondi de onde eu
era. Eu disse que era da cidade menor. Nesse meio tempo, na minha
visão restrita dos acontecimentos, estava achando muito estranho aqui-
lo tudo. Não pensara em me deparar com aquele jeito outro, com aque-
la formalidade toda em um lugar que, para mim, foi tão cheio de vida,
tão meu, tão particular. Eu me sentia parte da casa, parte de tudo aqui-
lo. Expliquei novamente o que desejava e já estava ficando chateada
com tantas indagações, pois para mim tudo estava soando muito estra-
nho num lugar que até então, fora tão íntimo, tão sagrado! Eu não esta-
va compreendendo o que estava acontecendo ali até então. Cheguei a
dizer para esse guarda: “O que é que há, hein? Está com medo de al-
guma coisa? Só estou querendo ir até lá (apontei para o corredor) para
ver a placa do meu professor, pois estudei aqui, Filosofia! Quero ir, na
Capela Central”. Para mim, tudo era tão natural, tão óbvio, que não en-
tendia a razão de tanto mistério, tantas formalidades. Foi então que o
guarda disse em tom seco e duro: “Não tem nenhuma Capela Central
aqui”. Quando o homem disse que não havia Capela Central ali, não
estava acreditando, e com voz alterada fui dizendo: “Como assim? O
que fizeram? O que fizeram com a Nossa Senhora grande, branca que
tinha ali?”. Foi nesse momento que avistei atrás de mim o meu esposo;
havia terminado de tomar seu café e foi se aproximando de mim com
seu jeito simpático e sorridente; cumprimentaram as duas pessoas ali
paradas atrás do balcão. Disse ao senhor que estava me fazendo tan-
tas perguntas que aquele que chegara era o meu esposo e o homem-
guarda deixou-nos seguir em frente. Eu não estava acreditando no que
acabara de ouvir dito por aquele homem, que “não mais existia a Cape-
la Central”. Como assim, não tem mais Capela Central aqui? Como as-
sim? Fui caminhando apressadamente pelo imenso corredor sem espe-
rar meu esposo que me seguia. As lágrimas caiam teimosamente pelo
meu rosto. Queria chegar rápido para ver a Mãe amada. Eu só queria
731
vê-La. Mas ao passar pelo saguão de entrada onde ficavam umas ca-
deiras e uma Nossa Senhora do Imaculado Coração de Maria, percebi
que Esta já não existia mais. Agora, eu observava rapidamente uma
grande mudança. Um ambiente muito moderno; chamou-me a atenção
uma escultura de madeira bem lisa e lustrosa; representava um casal
que aproximavam os lábios sutilmente. Perto daquela sala deveria estar
o quadro com a frase do meu professor Dom Edmundo Luís Kunz. Isso
tudo aconteceu tão rapidamente! Meus olhos correram rápidos por todo
o local e, sem parar, eu seguia apressadamente os passos pelo corre-
dor imenso em direção a Capela Central, pois queria rezar, ver, ficar
com Ela, recordar o Tempo, com a Nossa Senhora trabalhada na pare-
de em blocos de azulejos brancos. De repente, surge uma senhora veio
em minha direção, com aqueles radinhos nas mãos; creio que era outra
segurança. Perguntou para mim em que ela poderia me ajudar. Disse a
ela que queria ver a Nossa Senhora da Capela Central. Ela respondeu:
— Ali não é mais capela, mas uma sala de convenções. A senhora
não pode entrar.
— Mas por que, não? — perguntei.
— Estamos arrumando a sala, pois à tarde vai ter uma convenção.
— Mas o que fizeram com a Nossa Senhora branca que estava
lá?
Ela não me respondeu e naquela circunstância qualquer coisa dita
seria indesejada por mim. Virei às costas sempre com as lágrimas que
me sentiam. Minhas lágrimas, minhas companheiras. Não podia parar.
Aos poucos, fui entendendo o que se passava ali e compreendendo a
mim mesma. Os meus pensamentos nunca foram de uma mudança
interna daquele lugar. Pensara que as arrumações fossem somente de
fachada. As melhorias de aberturas, das massas corridas, das pinturas.
Aquilo que eu olhava por fora, as pinturas, a reforma do portão, as pa-
732
redes sendo tratadas com massa corrida; pintura de cor marcante, vi-
brante, por fora. Tudo, mas tudo, não se restringia simplesmente ao
exterior! Aquele imenso prédio que ora, num passado, fora o Maior Se-
minário da América Latina, agora pertencia em grau, gênero e número à
TECNOPUC (Pontifícia Universidade Católica). As modificações já ti-
nham sido implantadas por dentro. Eu pensava que iriam continuar com
a mesma estrutura interna. Pensava que encontraria tudo igual ao que
era antes. Caminhara apressadamente. Uma parede no meu peito pa-
recia que tinha se formado, como se congelado. Estava meio petrifica-
da. Incrédula! E chorava. As lágrimas estavam teimosas. Não podia pa-
rar com o pranto. Agora queria sair daquele lugar correndo se eu pu-
desse. Meus passos se aceleraram e meu esposo me acompanhando
quieto e atrás de mim. Ele sabia da minha alma. Sabia e deixava-me
viver os meus momentos, pois respeitava o que passava. Ele me co-
nhecia. Sabia que nada do que poderia vir a dizer faria sentido para
mim, naquele momento, do que estava vivenciando. Eu estava como
que vivendo algo irreal. Entramos no carro e pedi ao meu amor: “Deixa-
me em casa? Não tenho condições de ir à cidade maior. Não estou
bem. Não tenho condições para ir com você”.
Ele me compreendia. Talvez jamais entendesse a dimensão do
que estava passando. Não poderia. Somente eu, Deus e Maria minha
Mãe amada poderiam saber o que meu coração sentia. Afinal sou única
e somente eu vivi cada momento inteiramente meu ali dentro daquele
lugar, que não era mais o meu lugar sagrado. Sozinha, fiquei em casa
sem parar de chorar e assim foi melhor. Como num dia com suas nu-
vens escuras, que ficam carregadas prontas para cair em chuva, assim
sou eu, quando preciso chorar. Preciso chorar para me desabafar. Pre-
ciso chorar para lavar minha alma. Assim fui constituída. Sou assim.
Que tristeza aquele dia para mim! O dia 31 de julho de 2013; último dia
do mês de julho, mês do Perdão; mês do Sagrado Coração de Jesus.
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Quanto eu vivi naquele lugar, que para mim fora sagrado. Quanto! Pra-
ticamente eu renasci em vida. Praticamente uma alma morta renascida.
Da escuridão, a luz veio até mim. Quanta história eu fiz ter naquele lu-
gar. Ali, eu criei vida. Ali, eu me fiz filósofa. Ali, realmente, eu fui al-
guém. Foi ali, naquele lugar sagrado, que minha Mãe, naquela Capela
Central, me via chorar. Inúmeras idas até Ela para pedir força para con-
tinuar a vida. Foi ali que sofri com Jesus naquela cruz, naquela salinha.
Foi ali que conhecera o Amor mais lindo que alguém poderia sonhar ter
tido numa vida. Foi ali que passei a adquirir meus conhecimentos, Deus
e Jesus Cristo. Eu agora acordara para uma realidade outra, da era da
tecnologia. Todo aquele lugar que eu considerava sagrado era passa-
do. Mataram algo dentro de mim. Sentia-me em luto. Não somente o
seminário fora vendido, mas com o seminário foi tudo o que ele conti-
nha! Da Capela Central a uma sala de convenções? Que contraste!
Como a compra foi realizada pela Pontifícia Universidade Católica
(PUC) que são de Irmãos Maristas, eu supunha que iriam continuar al-
guma situação que fosse favorecer os seus irmãos sacerdotes. Cursos
humanos, formadores, faculdades outras, que beneficiassem a popula-
ção da cidade menor. Mas agora eu estava entendendo, mesmo que
timidamente aquela plaquinha anunciando a TECNOPUC. O que sabia
é que a palavra implicava em técnica, em tecnologia. Somente isso, até
aqui. Algumas semanas após a minha ida até lá, colocavam no prédio,
com grandes letras, evidenciando, na fachada do prédio, o nome TEC-
NOPUC. Nunca tive o conhecimento sobre a TECNOPUC. Nunca lera
nada e nada sabia da sua serventia. Associava simplesmente o nome à
tecnologia e fui tomar algumas informações pela Internet. Se você
acessar o site e tantos outros, http://m.g1.globo.com/rs/rio-grande-do-
sul/meu-negocio-meu-emprego/noticia/2013/09/parque-tecnologio-da-pucrs-
faz-10-anos-e-abre-nova-sede-em-viamao.html, terá o conhecimento do
parque tecnológico da PUCRS explicando os investimentos realizados.
734
É impressionante a grandiosidade, o que abarca a TECNOPUC. O par-
que conta com empresas como Dell, Hewlett-Packard (HP), Microsoft,
Stefanini IT Solutions, Thought Works, Ubisoft, Travel Explorer, entre
outras. Também conta com centros de pesquisas nas áreas de Física e
Ciências Médicas: http://pt.wikipedia.org/wiki/Tecnopuc.
Você terá a oportunidade de fazer as suas próprias pesquisas na
Internet sobre o assunto. Acredito que, para muitos, exista da minha
parte um exagero em me preocupar com esse assunto. Acredito, ainda,
que muitos pensarão que sou retrógada, porque um empreendimento
assim significa progresso, investimento para melhorias, para mais qua-
lidade que cada uma destas empresas traz para a população e inclusive
mais empregos. Podem alguns ainda pensar que tenho uma visão in-
gênua, não é mesmo? _sobre a vida ou uma visão romântica da vida.
Ainda poderão pensar que desejo que o passado permaneça imutável.
Acredito que em parte sim. Acredito, entretanto, na minha amada Mãe;
não me deixou viver tudo que vivi até aqui, por nada. Não acredito ter
vivido essa dor existencial — viver esse contraste entre um seminário
que abrigava sacerdotes, os padres, como também, seminaristas estu-
dantes de Filosofia e Teologia e ainda, tínhamos o curso de Pedagogia
e ver esse Seminário Maior da América Latina ser vendido e transfor-
mado na TECNOPUC — fosse por acaso. Ver a Capela Central, onde a
Nossa Senhora esculpida na parede, toda de blocos de azulejos bran-
cos, Seu lugar transformado numa sala de convenções, para mim, não
é algo do lado espiritual divino. Não foi possível eu ser poupada dessa
dor existencial. Fui constituída para ver tanto esse Mal quanto o que
Deus deseja me dizer com a Leitura da Vida no Tempo de Deus. Para
mim, é a providência divina. Se, por um lado, o animal me faz enxergar
algumas coisas; de outro, Deus e minha Mãe desejam que eu tenha
conhecimento para ter vez e voz para você que me lê. Para que pos-
samos nos alertar para o futuro da Humanidade. Onde está o Equilíbrio
735
entre o espiritual divino e o materialismo, o superficialismo, a busca pe-
lo dinheiro, o status, o poder e tanto o mais que aflige a Humanidade e
extermina aos poucos com a humanidade? Existem instituições religio-
sas que estão cedendo quartos para aluguéis. Que fazem dos seus ora-
tórios, suas capelinhas, lugares onde antes ficava o sacrário, Jesus
Cristo, transformados em sala onde a televisão com tela de plasma
ocupa o lugar de Jesus Cristo. Não pode mais a Humanidade viver sem
Deus. Não dá mais, porque essa própria Humanidade está se degra-
dando em todos os sentidos.
Não entrei na Capela Central, pois fui impedida. A senhora me
disse que “estavam limpando a sala de convenções, pois teriam reunião
à tarde”. Imagino as aparelhagens, as telas e telões que devem ter co-
locado naquele espaço. Transformam os oratórios, as capelas em salas
de convenções. Transformam em hotéis o que antes eram instituições
religiosas fortes e que já não conseguem sobreviver. Não conseguem
sobreviver porque a procura por Deus, pela família divina está se dizi-
mando gradativamente. Trocar o sagrado por sala de convenções, tro-
car espaços que antes eram dados somente para a oração e principal-
mente, colocar telas, televisões no lugar do sacrário! Mostram indícios
reais de como caminha essa Humanidade através da mentalidade de
uma visão do modernismo, da tecnologia, do poder mecânico subtrain-
do o humanismo, o espiritual divino. As propagandas, a publicidade, as
telenovelas ocupam espaços enormes das vidas das pessoas que, em
sua maioria, não se ocupam com a leitura da Bíblia, com a oração de
um terço que fosse. No começo, a pessoa poderia aprender ao menos
a rezar um terço; então poderia passar ao Santo Rosário. Já estariam
dando uma resposta positiva para Nossa Senhora. Que os filhos fos-
sem chamados pelos pais a se reunirem e juntos rezarem o Pai Nosso,
a Ave-Maria e o Glória ao Pai. Tomariam conhecimento aos poucos da
existência de Deus, enquanto muitos não elevam suas mentes, suas
736
almas para a família celeste, mas suas mentes se ocupam em saber
dos personagens das telenovelas que não fornecem vida essencial e
muito menos propiciam a vida eterna.
Muito da mentalidade empresarial, muitos de seus integrantes,
ironiza, satiriza e debocha da Filosofia. Fundamentalmente, porque
quem possui a Filosofia com amor, com coração, não visa realmente,
como fruto, o dinheiro. Quem possui a Filosofia, possui a sabedoria.
Quem possui a Filosofia, pode se construir e ainda construir outros que
precisarão de ajuda. Tesouro raro, poucos saberão dar o verdadeiro
valor. Quem possui a sabedoria, possui a inocência, a pureza, a com-
preensão para com todos os que se consideram no patamar mais alto.
Na sabedoria, nunca ironizaremos, nunca satirizaremos, nunca debo-
charemos, mas pediremos por misericórdia, Pai, mais uma vez. Miseri-
córdia, Pai, eles não sabem o que fazem. Na sabedoria, primamos por
sentimentos que Jesus Cristo deseja de nós. Jesus deseja que nos
amemos uns aos outros como Ele nos amou. Jesus Cristo deseja que
saibamos perdoar. escravas dos seus pecados, pois não estão vivendo
a liberdade que Jesus Cristo nos dá. Jesus Cristo nos tira das amarras.
Por que não andarmos na contramão dessa mentalidade da técni-
ca? Por que os que se consideram poderosos, os que conseguem in-
vestir na compra de um seminário, por exemplo, não coloca todo esse
potencial para beneficiar outras instituições religiosas? Por que a pro-
paganda e a publicidade não estão atuando em benefício do humanis-
mo, da credibilidade das pessoas? Investir em pessoas é investir na
própria qualidade da Humanidade. Por que a propaganda e publicidade
não investem em propaganda e publicidade na religiosidade em ampla
margem? Por quê? Por que estão matando Jesus Cristo nos sacrários?
Por quê? Se colocarmos os pratos da balança da Justiça de Deus, pois
os filhos de Deus abarcam a Humanidade, para quais dos pratos da
balança da Justiça Divina esta mesma Humanidade está pesando
737
mais? Qual prato da balança da Justiça Divina está pendendo mais pa-
ra baixo? Está pendendo para o plano terreno, mundano ou o prato da
balança da Justiça de Deus, da Justiça divina está pendendo para o
sagrado, aos religiosos, aos consagrados, as Igrejas? Conheço institui-
ções religiosas de freiras que se mantém com muitas dificuldades. São
escolas e hospitais. Hospitais são vendidos para leigos. O que antes
era bem cuidado pelas freiras e alguns funcionários leigos que as aju-
davam, hoje são quase totalmente administrados por leigos. Como an-
da a vida das Igrejas Católicas Apostólicas Romanas? Como estão se
mantendo os bons sacerdotes da vocação destas Igrejas? Há um gran-
de desequilíbrio entre o religioso, o espiritual de Deus verdadeiro e úni-
co, em detrimento da compra de imensos prédios fabricadores de di-
nheiro. Acredito que está ocorrendo um grande desequilíbrio e que o
mundo deverá se encontrar. Estamos no Tempo dado por Deus da Mi-
sericórdia a pedido da Mãe amada, nossa grande intercessora. Meu
desejo é fazer um alerta! Meu desejo é lutar com a Mãe Santíssima e
Ela pede que rezemos e rezemos o Santo Rosário. Ela pede pela con-
versão de todos que se afastaram de Deus e de Seu Filho. Não desejo
de maneira alguma julgar, mas divulgar, alertar para esse desequilíbrio
da falta do espiritual divino.
Páginas 894 a 897, “Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa
Senhora”, em Notredame de Laus (Gap-França), 30 de maio de 1993,
Solenidade de Pentecostes, Nossa Senhora deixa a mensagem abaixo,
ao padre Stefano Gobbi. Ela diz:
742
743
Capítulo III
Parte 11
745
vida de cada um, na sociedade, nas nações.
Li numa reportagem, na Internet, de Beth Koike, de 01-08-2012,
dizia assim:
746
“Marcelino e outros fundaram uma casa com um número grande
de pessoas e deram o nome a essa casa de Nossa Senhora de
L‘Hermitage’. A imagem de Maria, originalmente conhecida como “Co-
ração de Prata”, remonta ao tempo do Fundador (Marcelino Champag-
nat), e dos primeiros Irmãos. “É uma grande escultura talhada em ma-
deira e em tamanho natural. É dourada, tendo policromados apenas os
rostos e as mãos de Maria e do menino Jesus. Um detalhe interessante
é o grande coração de prata pendurado no pescoço da Virgem. Podia-
se abrir este coração para depositar nele pedidos, orações, nomes, in-
tenções… De fato, seguindo uma tradição muito comum nas Congrega-
ções religiosas e nos santuários de então, os Irmãos depositavam no
coração de Maria suas promessas. O Pe. Marcelino Champagnat tinha
o hábito de introduzir naquele coração a lista de envio dos Irmãos antes
de comunicar-lhes seus lugares e postos de missão. Dada a sua impor-
tância histórica, sobretudo pelo especial lugar que ocupou na devoção
do Fundador e dos primeiros Irmãos, a Virgem do “Coração de Prata”,
desde 1989, passou a ocupar o altar central da capela da “casa mãe”,
substituindo aquela até então chamada de Nossa Senhora de
L´Hermitage, de quem herdou o lugar e o título.”
Se o Pe. Marcelino Champagnat, no seu Tempo, tinha o hábito de
colocar no Coração de Prata de Nossa Senhora de L‘Hermitage uma
lista de envio dos Irmãos Maristas antes de comunicar-lhes seus luga-
res e postos de missão, eu, neste Tempo atual, intencionalmente coloco
e peço para minha Mãe amada que o Grupo Marista se ocupe das
obras espirituais divinas com construções de muitos seminários, muitas
igrejas, capelas, para manter o religioso, o sagrado. Que construam
muitos sacrários, onde muitas pessoas possam se colocar diante do
Santíssimo e fazerem as suas orações de proteção, de agradecimentos
e tanto o mais. O povo, a população, mais do que técnicas e negócios
estratosféricos precisa dessa caridade, desse amor. A Humanidade
747
precisa de Deus. A Humanidade precisa buscar o Equilíbrio espiritual
divino.
Coloco dentro do Seu Coração de Prata, ó Mãe querida, os nomes
desses membros que constituem o Grupo Marista e que realizem obras
estratosféricas para Deus, para Jesus Cristo e principalmente para vo-
cê, Mãe amada, que é a Estrela dos Irmãos Maristas. Peço também
intencionalmente, Mãe amada, e coloco dentro do Seu Coração todos
os membros da maçonaria eclesiástica: a besta negra semelhante a
uma pantera e a besta com dois chifres semelhantes a um cordeiro.
Para que todos os homens racionais apóstatas sintam o Seu Coração
de Mãe e assim encontrem o Equilíbrio necessário entre o Amor e a
Razão. Entre o Coração e a Razão e compreendam que “O coração
tem razões que a própria razão desconhece”. Proteja Mãe amada, o
meu querido Irmão Marista das Escolas, aquele que se diz servo de
Maria. Acolha esses pedidos intencionais no Seu Coração de Prata,
amada Mãe, Nossa Senhora de L‘Hermitage’. Que o coração de prata
de Nossa Senhora de L’Hermitage acolha intencionalmente os meus
pedidos. Quero estar com você, Mãe amada. Acolha o meu Coração
junto ao Seu e o de todos por mim muito amados. Acolha todos aqueles
de Boa vontade que estão junto a você ou que estarão. O meu desejo
que o Seu Coração Imaculado triunfa, ó Mãe amada, é incomensurável.
Que o materialismo, o superficialismo, a ganância, o poder, a so-
berba, a vaidade não prevaleçam acima do divino. Que prevaleça a
vontade de Maria Virgem Santíssima, aquela que fora tão amada de
Marcelino Champagnat quanto também o foi de João Batista Maria Vi-
anney, o padroeiro dos sacerdotes, colega de Marcelino. Somente as-
sim “satisfarão o CORAÇÃO de PRATA de NOSSA SENHORA”. Marce-
lino Champagnat foi o fundador do Instituto dos Pequenos Irmãos de
Maria, ou seja, Irmãos Maristas das Escolas. Marcelino Champagnat
amava Maria, a Mãe de Jesus. Marcelino deixou as seguintes frases:
748
“Tudo a Jesus por Maria, tudo a Maria para Jesus.”
Outra frase que é o alicerce de Champagnat é:
752
o amor parecer passado. As lágrimas são um modo de lavar minha al-
ma, graças a Deus! Pois se não as tivesse em minha vida o que seria
de mim...
Saber que vão tirar a Imagem de Nossa Senhora da Imaculada
Conceição da torre é como se parte de mim deixasse de existir. E é as-
sim que penso dessa Humanidade se porventura isso acontecer. Para
mim, esse será o grande termômetro que marcará concretamente como
caminha a Humanidade, as escolhas das pessoas que estão no “topo”.
Existem pessoas que não estão fazendo valer sua vez e sua voz
ao pensarem na contramão de certas posições que ferem valores, prin-
cípios, ética, moral. Algumas pessoas acrescentariam muito ao Bem.
Precisamos de pessoas de ideais elevados. Precisamos de homens
dignos, de homens de Deus, com Deus, para Deus. Precisamos de
pessoas que lutem no amor, na fé, na confiança, na esperança para
que tenhamos, para que construamos um mundo muito melhor para
nossos filhos e netos. Precisamos esperar pela vinda do Salvador como
pessoas dignas e de fé.
Mostrará no termômetro existencial a dor, se por ventura, os raci-
onais apóstatas retirarem a imagem de Nossa Senhora da Imaculada
Conceição de cima da torre onde fica o relógio, de onde foi num Tempo,
meu lugar Sagrado. Onde foi num Tempo a Faculdade de Filosofia
dando lugar a TECNOPUC. Isso mostrará a Humanidade (caso ocorra
esse sacrilégio), a urgência da busca do Equilíbrio antes do retorno de
Jesus Cristo para a salvação daqueles assinalados pela fé. Afinal, uma
Instituição Marista deve ser exemplo, modelo aos leigos. É papel de
empresário o de serem empresários; entretanto, considero fundamental
que instituições religiosas se coloquem no papel existencial que lhes
compete e instituições religiosas deveriam se apoiar, somar e não su-
prir. Uma instituição religiosa deveria ajudar a outra para não tornar ex-
tinta a Vocação Sacerdotal legítima.
753
Na Leitura da Vida da qual costumo fazer vejo um sinal hediondo
nessa ação da venda do Seminário da América Latina. Ao ver os Sa-
cerdotes morando em suas casas na lateral ou atrás do prédio da
TECNOPUC para mim, é como se colocasse a escanteio todos os Sa-
cerdotes que ali residia. Quando vejo Jesus Cristo retirado do Centro
das igrejas, do seu lugar de destaque sempre ocupado pelo Rei dos
reis no altar mor, central das igrejas é mostrando a mim, a mesma situ-
ação dos Sacerdotes relegados. Cristo sendo relegado a escória e os
Sacerdotes fiéis a Nossa Senhora sendo colocada a escória, também.
Seria importantíssimo você entrar no mundo, no espírito deste gran-
de homem, Marcelino Champagnat, fazendo você sua própria pesquisa.
São eles, são os bons fundadores de ótimas instituições legando para a
Humanidade os frutos dos seus trabalhos; no entanto, vai se perdendo,
não raro, a essência do trabalho dos seus fundadores, porque lidamos
com pessoas. Uma instituição é um nome, mas composta de inúmeras
pessoas que deveriam primar por suas almas puras, pela simplicidade
ao invés das vaidades atuais, das vaidades modernas. Isso escraviza
um ser pensando mais em si mesmo do que no seu outro, visa mais as
situações megalomaníacas e muitas vezes danosas, desastrosas, do
que a simplicidade da caridade do dia-a-dia com a humildade onde de-
veria vir em primeiro lugar.
Existem pessoas íntegras, de real Vocação, santos religiosos, mas
existem outras pessoas que se tornam ervas daninhas no meio deles,
causando vergonha e dor para os bons da Vocação e santos. Isso ocor-
re em qualquer setor, naturalmente. Devemos, entretanto, compreender
que para muitos, muito lhes é dado e será cobrado também desta ma-
neira. Cada pessoa possui a sua consciência e no seu devido Tempo
essa pessoa vai aparecer nua diante de Deus. Dele, de nosso Deus,
nenhum vivente poderá sair sem ser julgado. Para quem não sabe, os
religiosos Irmãos Maristas devem seguir os votos de castidade, pobreza
754
e obediência.
“Esgotado pelo trabalho, morre aos 51 anos de idade, 6 de junho
de 1840, Marcelino Champagnat, deixando aos irmãos a mensagem:
755
“Será possível olhar para uma estátua de Maria sem
se recordar do mistério da Encarnação?”
“O Papa é para o mundo moral o que é o sol para o
mundo físico.”
Acredito que primar pela formação de seminaristas, de Irmãos Ma-
ristas jovens que entram em uma escola, numa instituição, é cuidar pa-
ra formar pessoas boas, humanas, acostumá-las em oração, em buscar
exatamente o oposto do mundo. Se o mundo apresenta o desequilíbrio
pelo ter e não pelo ser, deve então o espiritual divino ser deixado à
mostra como nunca. Se o mundo prima pela sensualidade e sexualida-
de, os religiosos deve buscar trazer para a Terra a santidade e a casti-
dade, dando eles o principal exemplo disso. Podemos buscar no ho-
mem o seu interior e a contemplação; buscar os votos da pobreza e não
da ganância.
A força de Deus é imperiosa, porque é Verdade. A força de Deus é
imperiosa, porque é Vida. A força de Deus é imperiosa, porque o Amor
gera a Vida. A força de Deus é tão imperiosa quanto na natureza você
observa a ação do vento em tempestade e faz uma paisagem mudar na
sua frente. Como negar a força de quem é o Criador de tudo? Como
ainda há os incrédulos nesta vida! De cabeça baixa, vão contando as
pedrinhas, as moedas, as cédulas; vão acumulando bens sem nada
plantar de verdade na Terra, a não ser a construção em concreto ou
acumulando bens. Subitamente esse mesmo Deus da Vida e do Amor
faz com que esse concreto venha abaixo. Você ainda possui dúvidas
sobre a Natureza? Que possamos ficar, por exemplo, três dias e três
noites sem ver a luz do sol? Que poderá ocorrer uma mudança drástica
na Natureza? As plantinhas sem a luz solar, como fariam a fotossínte-
se? Um pequenino exemplo apenas. Imagine o que acontece nos sen-
timentos das pessoas ao ficarem três dias e três noites nas trevas? De-
756
sencadeariam situações horríveis. Nem desejo pensar sobre isso... Pois
a Humanidade do jeito que anda, tão vazia de conteúdo, tão sem prepa-
ro interior, seria levada ao caos, ao desespero, calamidade, e ao raiar
de um novo dia sobraria uma paisagem outra, que jamais os sobrevi-
ventes esperariam ver e totalmente petrificados. Mas o sinal a estes
seria deixado para ver a força de Deus sobre todas as coisas. Diria que
— assim como no Tempo do Dilúvio, quando homens já não respeita-
vam Deus e havia as barbáries daquela época — de lá para cá o Mal se
formou e tudo está semelhante e necessitando de uma renovação, de
uma purificação. Não se consegue essa purificação sem uma transfor-
mação, como diz Nossa Senhora, tempo da tribulação. Acredito neste
Tempo. O desinteresse, a falta de fé verdadeira, a apostasia, o ser hu-
mano como que anestesiado, mostra atualmente uma Humanidade
descrente.
Eduardo Prado de Mendonça, no seu livro O Mundo Precisa de Fi-
losofia, deixa-nos algo interessante quando tece seus pensamentos
sobre o útil e o inútil. Um pensamento interessante, pois na visão de
muitos empresários, por exemplo, a vida, o mundo só possui sentido na
esfera do utilitarismo, do prático, do objetivo, do materialismo. O plano
visual da vida de muitos empresários, em minha opinião, é muito restrito
e pobre. Fixa-se num olhar mundano e não vislumbra que a vida é mui-
to mais e rica. Esse olhar restrito, de muitos empresários, traz proble-
mas para o próprio planeta. Num olhar do útil, muitos não se importam
com seu outro, pois o interesse no lucro, no ganho, é o valor que colo-
cam. Ali empregam as suas mentes.
761
Como diz o jornal:
E continua o jornal:
762
que vão mais ao encontro dos modernismos do povo e menos de
acordo com os princípios profundos, corretos, íntegros, de um Je-
sus Cristo de Ontem, Hoje e Sempre. Porque não existem princí-
pios da doutrina Católica Apostólica Romana para ser modifica-
dos, para agradar o povo. O que precisaria ser limpo e não modifi-
cado, precisaria ser falado é da besta negra infiltrada na Igreja Ca-
tólica e isso não vejo em jornal, em televisão alguma. Não vejo
Papas falarem sobre a besta negra, ou a maçonaria eclesiástica.
Por quê? Não deve ser nada cômodo, não é mesmo?
Buscar o tão e inteligente teórico falado por muitos bispos, carde-
ais, papas, sacerdotes, como nunca antes na História da Humani-
dade deverá se tornar prática. Teoria é importante quando pratica-
da e observada na prática os resultados.
“Como Maria, a Igreja deve ser simples, pobre, oferente e consa-
grada a Deus, sinal vivo da presença de Deus”. Nela é coroada a
fé e a disponibilidade”.
763
pessoa divina, com seu corpo glorioso e a sua divindade, que vós recebeis,
quando vos aproximais da santa Comunhão. Deveis preparar nas vossas al-
mas, uma morada que seja digna Dele. Por isso vos convido a fugir do peca-
do, e não deixar-vos possuir pelo pecado, para viver sempre na graça e no
amor de Deus. Se acaso vos ocorrer de cair em pecado mortal, é necessária a
Confissão sacramental, antes de receber a Comunhão Eucarística. Hoje meu
Coração sangra em ver como se difundem sempre mais as comunhões sacrí-
legas, por causa de muitos que se aproximam para receber Jesus na Eucaris-
tia, em estado de pecado mortal, sem confessar-se. Estejam portanto as vos-
sas almas repletas de graça e de santidade, para assim receber de maneira
digna Jesus quando se dá a vós no sacramento do seu amor.” Página 1129.
Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Senhora.
764
feitiçaria. O que doeu profundamente nos defensores do ecumenismo
do Vaticano II. Finalmente, o Papa afirmou que os sacerdotes deveriam
marcar sua presença na sociedade pelo uso da batina. Evidentemente,
tudo isso demonstrou como o Papa Bento XVI quer fazer os cegos ve-
rem, os surdos ouvirem e os missionários mudos falarem. E falarem re-
vestidos do hábito talar. (hábito talar dos clérigos seculares de rito ro-
mano é a batina. Ela que possui uma gola conhecida como colarinho
romano ou clerical) Tudo isso, vai frontalmente contra a mentalidade e
as teses do Vaticano II. Vai contra a Igreja Nova nascida dos textos do
Vaticano II. Diante disso, o Grande Oriente de França, que já tem ata-
cado explicitamente Bento XVI, veio de novo a público, ele que é secre-
to, declarar guerra a Bento XVI e aos católicos fiéis, em nome da... tole-
rância. Em nome da tolerância, a Maçonaria não tolera o catolicismo e
o Papa. E é ela quem organiza mundialmente a campanha de imprensa
contra Bento XVI, preparando uma futura revolta e cisma modernistas.
O Grande Oriente – a Maçonaria – condena Bento XVI por ter atacado
o preservativo, assim como pelo levantamento da excomunhão dos
quatro Bispos da FSSPX. E, perguntará algum ingênuo leitor, o tem
que ver a Maçonaria com o levantamento da excomunhão dos Bispos
de Dom Lefebvre? Tem que ver com tudo, e profundamente, porque le-
vantar a excomunhão dos Bispos de Dom Lefebvre significa que é lícito
criticar o Vaticano II, Concílio que a Maçonaria aplaudiu, pois fez o que
ela queria: o ecumenismo e a liberdade de religião e de consciência,
além da democratização da Igreja através da colegialidade.
Por sua vez, os Modernistas uivaram de ódio no site Golias, criti-
cando o integrismo já sem freio de Bento XVI. Segundo eles “Nada
mais detém Bento XVI”, que brande diariamente o “cetro do Apocalip-
se”. Os modernistas de Golias — expressão da heresia do “espírito do
Concílio” —, qualificam as palavras do Papa de “criminosas” e “mons-
truosas”. E como é agradável constatar que, depois de quarenta anos
do Vaticano II a Maçonaria volta a atacar com fúria—e fúria inaudita—
um Papa. Bem aventurado Papa Bento XVI, odiado pelos inimigos de
Deus e da Santa Igreja! “ São Paulo, na festa da Anunciação de Nossa
765
Senhora, 25 de Março de 2009.
Orlando Fedeli
“Escreve isto: Antes de vir como justo Juiz, venho como Rei da Mi-
sericórdia. Antes de vir o dia da justiça, nos céus será dado aos ho-
mens este sinal: Apagar-se-á toda a luz do céu e haverá uma grande
escuridão sobre a Terra. Então aparecerá o sinal-da-Cruz no céu, e dos
orifícios onde foram pregadas as mãos e os pés do Salvador sairão
grandes luzes, que, por algum tempo, iluminarão a Terra. Isso aconte-
cerá pouco antes do último dia” (D.83).
774
De acordo com o 11º PPC, 2013 foi o Ano da Fé; 2014, Ano da
Caridade; 2015, Ano da Esperança.
No ano de 2013, passei o Natal com meu esposo. Somente nós. O
Ano Novo, 2014, igualmente. Nessa noite, fiz questão de colocar um
vestido todo azul. Essa cor sempre me lembra minha amada Mãe Ce-
leste. Eu queria estar muito próxima a Ela.
Terminei de rezar o rosário e olhei para o relógio. Faltavam alguns
poucos minutos para terminar o dia primeiro de janeiro e levantei apres-
sadamente e disse para meu amor: “Ah, não! Não vamos nos despedir
do ano anterior e iniciar um novo ano sem um brinde”. Ele estava na
poltrona, ainda trabalhando, levantou e foi buscar a garrafa de Cham-
panhe na geladeira, enquanto eu pegava as taças na cristaleira. Fomos
à frente da nossa casa e a garrafa foi aberta na discrição e as taças a
espera. Quando faltavam três minutos para a meia noite que daria en-
trada ao dia 2 de janeiro de 2014, estávamos fazendo o “tim- tim”. “Afi-
nal, antes tarde do que nunca!” Ainda estávamos no dia 1º de janeiro!
Ainda considerava ‘Entrada do Novo Ano’!
Ao mesmo tempo levantávamos as taças em direção ao céu, nós
fazíamos os nossos agradecimentos a Deus, por tudo o que foi passa-
do; tanto o ruim (vencido!) quanto pelo que nos aconteceu de bom. Os
desejos de bem-aventuranças para o Ano Novo e sempre na Vontade
de Deus, Senhor do Tempo, pois é somente Ele, bem na frente, lá na
linha do horizonte, sabe a razão de tudo acontecer antes de nós mes-
mos para a Sua Criação não perecer. A moda “abraço das taças”, ou
seja, nossos abraços entrelaçados, com as taças em nossas mãos, nós
tomávamos os nossos primeiros goles de champanhe; na simplicidade,
na amizade, no amor, na nossa paz e cumplicidade; duas pessoas ca-
minhando a Vida, de mãos dadas, na compreensão e no respeito que a
cada um compete em sua missão. Um beijo carinhoso selava a nossa
noite.
775
Selo também este livro com o meu amor, neste ano que se inicia e
que a Igreja Católica Apostólica Romana denomina de Ano da Carida-
de; para mim, este é o Ano do Amor. A Igreja Católica Apostólica Ro-
mana tem o ano de 2015 como o Ano da Esperança, então eu desejo a
todos que procurem que busquem como refúgio e busquem como espe-
rança o Imaculado Coração de Maria; na Estrela Guia, na Stella Maris;
na Estrela Maria!
Deixo para você a Mensagem da Mãe da Esperança. Essa men-
sagem foi realizada em 1º de janeiro de 1983, Festa da divina materni-
dade de Maria, nas páginas 370 e 371, “Aos Sacerdotes, filhos predile-
tos de Nossa Senhora”.
“No começo deste ano, a Igreja olha para Mim com confiança e Me
venera no mistério da minha Maternidade divina e universal. Em meio a
inumeráveis sofrimentos da hora presente, a numerosas inquietações,
a ameaças que pairam sobre o vosso futuro, erguei o olhar para vossa
Mãe do Céu, como à fonte da misericórdia divina e grande sinal de es-
perança para vós. Eu sou a Mãe da Esperança. Esta é a virtude teolo-
gal que deve ser particularmente vivida durante as horas sangrentas da
purificação. De quantas maneiras o meu adversário procura lançar-vos
no desânimo, para, desta forma, tornar-vos inofensivos e enfraquecer a
vigorosa força da minha falange vitoriosa! Não temais, pois satanás já
foi vencido por Jesus, e toda aparente vitória sua prepara para ele uma
real e nova grande derrota. Se o ódio ainda ensanguenta as vossas es-
tradas; se o pecado cobre o gelo a alma e o coração de muitos; se a
humanidade não retorna ao caminho do amor; se a rebelião contra
Deus aumenta dia a dia, seja ainda maior a vossa confiança na miseri-
córdia do Pai do Céu, e olhai para Mim como sinal da vossa esperança.
Sou a Mãe do amor e da Graça, do perdão e da misericórdia; por isso,
no começo deste ano, assinalado por notáveis acontecimentos no de-
sígnio da Providência, Eu percorro as estradas desertas do mundo para
espalhar no coração dos meus filhos sementes de arrependimento, de
776
bondade e de esperança. Atualmente todos os meus filhos provam
grande necessidade de luz e de conforto, grande necessidade de con-
solação e de encorajamento maternal! Olho, com dolorosa piedade, à
inumerável multidão de meus filhos pecadores: os jovens, seduzidos e
atraiçoados pela sociedade em que vivem; os adultos, escravizados pe-
lo egoísmo desenfreado e pelo ódio; os filhos da Igreja que a indiferen-
ça e a falta de fé tornaram preguiçosos. A todos hoje repito: Eu sou a
Mãe da vossa esperança! Não vos desalente o gelo espesso que cobre
o mundo, porque Eu lanço em toda parte, sem cessar, sementes de vi-
da e de ressurreição. Eu sou a alva que precede o Sol; sou a aurora
que dá começo ao novo Dia. Sou a Mãe da santa alegria. Vivei na ale-
gria de vos sentirdes amados por Deus, que é vosso Pai, de serdes
carregados como filhos pelo Espírito Santo, amparados por Jesus, co-
mo muitos irmãozinhos seus. Na alegria de viverdes no coração da
Santíssima Trindade e de estardes a salvo no jardim do meu Coração
Imaculado, começai este novo ano para vivê-lo integralmente em minha
companhia.”
“E por fim o Meu Imaculado Coração Triunfará.”
777
Palavras Finais
778
lada e advinda de satanás, não significa acabar com as pessoas, pois
temos que lutar não contra as pessoas, mas contra o Mal que está atrás
delas. Entre as pessoas existem muitas que estão sem Conhecimento;
precisam de orientação, de encaminhamento. Precisam tirar o véu ne-
gro das suas mentes. Eu mesma estive nesse caminho um dia, ludibri-
ada pelo espiritual maléfico; assim como ludibriadas estava minha
amada mãe terrena, minha irmã amada e tantos outros que observo ao
redor. O que eu não desejo para mim, aos outros eu não desejo tam-
bém.
Tenho um sonho maior: o Manto de Nossa Senhora do Imaculado
Coração de Maria, que ele encubra todo o Céu e que nele, no manto
acolhedor e amoroso da Mãe Celeste, muitas almas que estão nas tre-
vas, sem brilho, formem milhares e milhares de estrelas brilhantes.
Que os brilhos das estrelas sejam tão intensa que a noite se torne
clara; tão ou mais clara do que as noites de lua cheia. Que essa Luz,
um conjunto de almas brilhantes, se torne um eterno clarão para ilumi-
nar o caminho de tantas e tantas almas que nascerão. Que assim seja,
amém.
O Papa João Paulo II carregava o próprio peso e foi o Papa da
grande predileção da Mãe Santíssima, preparado por Ela para enfrentar
os desafios do seu Papado. Grande homem. Grande Papa. Santo Pa-
pa. Imagino as pressões que deve ter sentido... Somente a força da
Virgem Maria para tê-lo levado em Seus braços. Com toda a certeza a
Sua Doçura de Mãe no coração de João Paulo II o ajudava a levitar
deixando o peso da Cruz carregada muito mais leve, pois como diz Mi-
chelangelo, “o amor é a asa veloz que Deus deu a alma para que ela
voe até o céu”. Quem sente um grande amor sabe o poder que este
grande amor possui.
Dia 29 de maio de 2014, uma quinta-feira, foi à data do meu en-
contro com Dom Dadeus Grings, arcebispo emérito de Porto Alegre. Eu
779
lembro que no trajeto eu rezara o terço da semana os Mistérios da Luz
ou Luminosos, sobre a vida pública de Jesus. Eu me senti chamada a
conversar com Dom Dadeus Grings, antes que o meu livro ficasse pron-
to. Precisava ter a certeza do parecer que havia deixado no meu livro
sobre ele, ou seja, sobre as suas idas às lojas maçônicas. Eu havia to-
mado conhecimento disso por meio dos vídeos que eu tinha assistido.
Conversei com duas importantes pessoas da minha vida sobre o meu
interesse em conversar com Dom Dadeus. Ambas consideraram corre-
tíssimo que assim fosse feito. Da conversação que mantivemos, e fui
atendida minutos antes da hora marcada, 9h30min, até eu perguntar as
horas ao taxista que me conduzia de volta ao meu destino, ele respon-
dera que faltavam dez minutos para as 11 horas da manhã.
Deixo aqui relatado o mais fidedigno possível para você, leitor
querido, como foi à conversação. Abordo as questões que me fizeram ir
ao encontro com o arcebispo emérito na cidade maior. Creio, confio
que, em nome de Deus amoroso e misericordioso Ele dará todas as
respostas possíveis, no TEMPO DE DEUS, sobre o destino da nossa
Igreja Católica Apostólica Romana. Não esqueça a frase de Nossa Se-
nhora de Fátima; esta frase é a nossa esperança: “Por fim, o Meu Ima-
culado Coração Triunfará!”.
Dom Dadeus Grings abriu o portão da residência e me recebeu
muito bem, fazendo-me entrar e sentar na saleta onde havia alguns so-
fás. Iniciei a nossa conversação me apresentando e perguntando-lhe
qual era o tempo que eu teria disponível para ele me ouvir. Ele fez um
gesto com as mãos, como se quisesse dizer-me para eu ficar a vontade
para falar e ele estaria disponível para me ouvir. Eu me senti muito bem
com aquela sua atitude. Pude então ficar a vontade e fazer um breve
resumo do meu histórico de vida; porque para se colocar uma vida den-
tro de um espaço de tempo, por mais liberdade que você tenha, serão
sempre fragmentos deixados. Precisava me fazer conhecer em pouco
780
tempo; dizer os motivos que me levaram até lá. Dom Dadeus ficara
atento as minhas colocações. Num dado momento eu coloquei o assun-
to que me levara até lá; o assunto sobre o vídeo que eu havia assistido
onde ele, Dom Dadeus, ainda arcebispo de Porto Alegre, estava dando
uma entrevista e participando de uma cerimônia na loja maçônica Har-
monia, em Cruz Alta. Falei-lhe da péssima impressão que aquela visão
fez a mim. Contei-lhe que eu me retirara para a minha salinha da biblio-
teca onde eu tinha o quadro da Santa Face de Cristo e Nossa Senhora
e havia chorado muito. Disse para ele que procurasse se colocar em
meu lugar; desde a década de 90 eu possuía o Livro de Nossa Senhora
(livro de cabeceira), com as Suas mensagens ao padre Stefano Gobbi e
estas falavam sobre a maçonaria infiltrada na Igreja Católica. Eu o es-
tava vendo ali, naquele vídeo, em 2012 ou 2013, ou seja, duas décadas
depois, fazendo exatamente o que a Mãe abomina (eu empreguei esse
termo, abomina). Que aquilo foi horrível para mim. O Livro de Nossa
Senhora eu havia tirado da bolsa e deixado no assento de um dos sofás
ao meu lado. Eu mostrei a ele, apontando para a Obra de Nossa Se-
nhora e perguntei-lhe se conhecia o Livro. O senhor chegou a ler? -
perguntei. Disse-me que sim, que tinha lido o Livro. Continuei dizendo a
ele que eu gostaria que ele falasse; que ele me dissesse quais os moti-
vos que o levara a frequentar lugares como as lojas maçônicas. Ele
prontamente me disse que o motivo era o diálogo. Que a Igreja, nestes
tempos, precisa estar aberta ao diálogo. Perguntei a ele se era somente
por essa razão. Ele disse que sim.
– O senhor então atende somente aos convites e as palestras?
– Sim - respondeu-me Dom Dadeus.
Continuou dizendo que às vezes eles (os maçons) pedem para ele
falar sobre assuntos deles, mas que ele não se importa em falar sobre
isso; fala sobre assuntos como família, por exemplo.
– Sabe? - disse eu. Eles podem querer usar a imagem do senhor,
781
da Igreja Católica. O senhor já pensou nisso?
Ele não deu resposta a isso e eu continuei perguntando-lhe,
olhando fixamente em seus olhos, se era somente isso que ele fazia
nesses lugares, ou seja, dar palestras ou se participava de alguma ati-
vidade deles (da maçonaria); eu queria dizer das atividades internas
deles. Olhou-me também fixamente e disse que ia para levar o Evange-
lho para os maçons; levava Cristo a eles. Que inclusive, eles o levavam
para a reunião branca, algo assim; ou sala de reunião branca, eu não
recordo bem. Eu brinquei dizendo então: “parece que tem a reunião
preta, pois que se existe branca...”. Nem sei se me ouviu, pois continu-
ou a falar. Disse-me que assim como vai fazer palestras para os ma-
çons, atende aos pedidos de outras denominações religiosas, como a
Luterana, por exemplo. Que a Igreja está aberta ao diálogo. Perguntei-
lhe se eles são maçons, porque não são católicos? Assim como esco-
lheram ser maçons, porque não escolher ser católicos? Somente católi-
cos?
– A Igreja deve ir até eles, receber todas as pessoas. A Igreja está
aberta a todas as pessoas. Jesus fazia isso. Saía para evangelizar –
afirmou.
– Sim, disse eu. Eu concordo com isso. Com toda a certeza, mas
o senhor sabe que dentro da maçonaria fazem missas negras, satâni-
cas? Nossa Senhora fala isso no Seu Livro.
Ele imediatamente disse:
– Como a senhora pode ter certeza disso?
– Eu tenho! O mesmo Pai da Mentira que atua numa umbanda,
por exemplo, é o mesmo espiritual maléfico que está lá, na maçonaria
interna, atuando eficazmente. Nossa Senhora de Fátima, em Seu Livro
fala sobre isso e eu acredito. (Nossa Senhora fala sobre a maçonaria
eclesiástica e as lojas maçônicas. Não cheguei aqui a citar a passagem
782
de Efésios, 6,10-13, por exemplo, que fala sobre as ciladas do demônio,
sobre os príncipes deste mundo tenebroso, sobre os principados e po-
testades, as forças espirituais do mal espalhadas nos ares.)
– Como a senhora pode acreditar numa coisa dessas? - O senhor
não acredita no Livro?
– Não - respondeu-me. Isso tudo é uma bobagem. Isso sim é o
próprio anticristo.
– Isto não é o anticristo. O meu coração sente como verdade tudo
o que Ela fala neste Livro. O senhor não acredita nas mensagens de
Nossa Senhora de Fátima? As Locuções interiores são um fenômeno
aceito pela Igreja Católica.
Dom Dadeus Grings, então, citou a encíclica que dizia tal coisa,
como algo não aceito; colocou-me que o Livro era do passado. Peguei
o Livro nas mãos e mostrei-lhe as fotos dos inúmeros sacerdotes que
estavam ali e o Papa João Paulo II que aceitou o Movimento Sacerdotal
Mariano. (O Livro traz a foto de João Paulo II com o padre Gobbi.)
– Isso aí? - Apontando para o Livro. Não sei como à senhora
acredita numa coisa destas.
– Mas são pessoas, são sacerdotes, cardeais, o Papa João Paulo
II que aceitou o Movimento Sacerdotal Mariano...
Dom Dadeus continuava a não aceitar o Livro das mensagens de
Nossa Senhora de Fátima a padre Gobbi. Aproveitei para citar o nome
do ex- empresário Raymundo Lopes e as mensagens que também ele
recebe de Nossa Senhora preocupadíssima com a Humanidade e com
a própria Igreja Católica. Também Dom Dadeus desacredita veemen-
temente nisso tudo. Citou a foto que Raymundo Lopes havia aparecido
juntamente com o Papa e disse que também aquilo não era verdade.
Ele citara o nome de Vassula Ryden como também alguém a quem não
se deve dar crédito. Dadeus Grings explica as situações outras que
783
acontecem dentro da Igreja Católica, numa visão paranormal ou da pa-
rapsicologia. Quando começou a argumentar empregando a parapsico-
logia para explicar as situações que ocorrem com algumas pessoas, eu
disse a ele que eu acredito na existência de satanás, como Nossa Se-
nhora de Fátima se refere no Seu Livro. Disse a ele que eu acredito que
existem, sim, demônios e que pouco eu ouvia nas missas os padres
falarem sobre o demônio. Quando eu disse isso ele, imediatamente,
mostrando-se contrariado, gesticulando com as mãos, disse:
– E não devem mesmo! (Que os padres não deviam falar sobre o
demônio nas igrejas.)
– Como? - disse eu. Como as pessoas ficarão sabendo da exis-
tência do Mal? Que o animal existe?
Continuou Dom Dadeus explicando que os sacerdotes devem falar
sobre Cristo, mostrar Cristo.
Eu lhe disse que sim, que Cristo deve ser falado, sem dúvida, pois
é Ele Quem salva, é Nele que uma pessoa pode buscar a sua salvação.
Ele é a nossa Luz e Força. Lembro-me que eu levantei o meu braço
direito e com a mão direita e dedos abertos eu imitava um grande sol,
posicionando a minha mão como um farol de Luz. Continuei dizendo
que os sacerdotes deviam sim falar sobre os demônios e seus sequa-
zes. Como uma pessoa poderá saber que existe o animal se não falar
nele e que é em Jesus Cristo essa pessoa deverá buscar tudo o que é
preciso para a sua salvação? Era por essa razão e outras que a Igreja
Católica estava tão falida, que está do jeito que está. As pessoas vão
procurar outros lugares que as ajudem a encontrar uma eficácia maior
para os seus males existenciais.
Ao ouvir isto, Dom Dadeus me apresentou uma percentagem al-
tíssima de pessoas, segundo uma pesquisa realizada, do aumento do
número de pessoas católicas. Eu então disse que não acreditava nes-
784
ses números e perguntei que pesquisa era aquela, pois eu havia lido no
site da Associação dos Devotos de Fátima o contrário: o número de fi-
éis praticantes católicos possui um índice baixíssimo. Continuei dizendo
que existem inúmeras pessoas que se dizem católicas, mas vão ao es-
piritismo, a umbanda, depositam a sua fé em figas, em bobagens e não
possuem a fé no verdadeiro Deus e a apostasia se forma. Aqui, Dom
Dadeus fez comentários sobre o espiritismo como um verdadeiro mal.
– O senhor já assistiu o canal de televisão Novo Tempo? Já ouviu
o professor Leandro Quadros, o que os Adventistas do Sétimo Dia di-
zem sobre a marca da besta? O senhor sabe que as explicações dadas
por eles são de que quem guarda os domingos são os marcados pela
besta? Eles sugerem dizer que os Católicos são os marcados pela bes-
ta! Perguntaram também, para o mesmo professor deste mesmo pro-
grama se os maçons fazem pacto com o diabo. Leandro Quadros res-
pondeu não poder dizer que um maçom faz pacto com o diabo, pois
isso não estava na Bíblia, mas o que ele poderia dizer que, qualquer
pessoa, pode fazer pacto com o diabo. Ao me ouvir dizer isso, Dom
Dadeus assentiu com a cabeça.
Terminando de dizer isso, eu peguei nas mãos o Livro das men-
sagens de Nossa Senhora de Fátima e, mostrando a Dom Dadeus
Grings, disse assim:
– Ela pode responder a essas questões. (Referia-me a Nossa Se-
nhora.) O Livro de Nossa Senhora de Fátima diz que a maçonaria está
inclusive infiltrada na Igreja Católica.
Ao terminar de dizer essas palavras, Dom Dadeus, muito contrari-
ado novamente, disse:
– Ela não! O padre Gobbi. Aí, não tem nada de Nossa Senhora -
apontando para o Livro Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Se-
nhora.
785
– Dom Dadeus, o senhor acredita que um padre, um sacerdote,
sabendo da existência da maçonaria dentro da sua própria Igreja Cató-
lica Apostólica Romana existem sacerdotes inclusive fazendo missas
satânicas, um padre levando 25 anos viajando para fazer Cenáculos
espirituais por 5 continentes, seria por nada?
– Não sei como à senhora acredita numa coisa dessas. Esse livro
é todo repetitivo. - e novamente olhando para o Livro Aos Sacerdotes,
filhos prediletos de Nossa Senhora e fazendo completo descaso. Isso é
passado. A senhora está vivendo o passado; devia deixar isso. Isso tor-
na a senhora pesada.
– O meu passado é muito valioso para mim para eu esquecer. Se
hoje eu estou aqui, foi porque eu me senti chamada a vir. Eu, por mim,
não viria. Eu sabia que seria muito difícil para mim. Se eu estou aqui
hoje, é por causa dessa Igreja Católica que aí está. Por mim eu seria
somente paz e amor.
Percebendo que a nossa conversação chegara ao fim, que as
perguntas mais elementares eu fizera e obtivera as respostas percebi-
das em meu coração, eu fui me levantando e dizendo:
– Dom Dadeus, a Mãe fala no Seu Livro que Ela não deseja uma
Igreja com manchas, mas deseja uma Igreja Imaculada. Tanto Ela,
quanto eu não desejamos uma Igreja com manchas.
Havia uns pacotes com papel pardo próximo onde estava a sua
poltrona. Respondeu-me então, me olhando ao mesmo tempo em que
se inclinava ainda sentado para pegar um livro:
– Mas a senhora não ouviu o Papa Francisco dizer que prefere ter
uma Igreja suja (ele queria se expressar, queria encontrar a palavra pa-
ra se expressar, e saiu à palavra “sanguinolenta”). Creio que Dom Da-
deus quis dizer sobre ‘prefere’ uma Igreja Católica, se referindo ao nú-
mero grande de pessoas que a frequenta.
786
Senti repulsa ao ouvir aquela palavra ‘sanguinolenta’ e imediata-
mente eu disse:
– Pois se desejam uma Igreja suja, sanguinolenta, vão ter, pois eu
estou dando a minha vida por Ela. ( Ou seja, dar um sangue inocente
pela Igreja Divina para limpar o que está sujo, manchado). Foi isso que
eu quis dizer a ele.
Ainda sentado, olhou-me sério e pensativo. Entregou-me o seu re-
cente livro que tirara dos papéis a envolverem os livros. Eu o devolvi
dizendo:
– O senhor não vai fazer uma dedicatória para mim? - Ele pegou o
livro novamente e escreveu assim:
“À D. Adelaide
Com as bênçãos de Deus”.
Datou enganado. Colocou dia 28 de maio de 2014; no entanto, eu
fui a esse encontro dia 29 de maio de 2014.
Despedimo-nos. Agradeci-lhe o tempo que me concedeu. Dei-lhe
um abraço e beijo em retribuição. Na saída ele comentou sobre o in-
cêndio que aconteceu numa capela, de Santo Antônio, creio eu, em
frente a sua residência, num dia de verão, muito calor e que, segundo
ele, a causa foram às velas (a cera) das velas, que os fiéis acendem no
local. Peguei o táxi mais adiante para o meu destino.
O meu livro em PDF retornara da editora para eu revisar a corre-
ção, dia 02 de junho de 2014. Nesse ínterim eu passei o livro de Dom
Dadeus Grings, arcebispo emérito de Porto Alegre, para o meu amigo
Irmão Marista; eu o tenho como o meu orientador espiritual. Cheguei a
ler as primeiras folhas, mas pensei no meu amigo, irmão em Cristo, pa-
ra fazer uma leitura imparcial e fazer um parecer sobre a leitura. Meu
amigo me chamou por telefone. Ele lera o livro e fizera o seu parecer.
Considerou-o muito bem escrito e se referiu ao livro de Dom Dadeus, A
787
BOA NOVA da SALVAÇÃO como um “filho intelectual” de Dom Dadeus.
Resolvi então acrescentar a conversação com Dom Dadeus
Grings ainda nesta minha obra.
Logo após eu ter ido ao encontro com Dom Dadeus, na data de 04
de junho de 2014, eu fora chamada por telefone, pelo meu Irmão Maris-
ta amigo, para ir a Casa São José, pois ele tinha um livro que segundo
ele, eu ficaria deveras impressionada. Essa obra veio de Santa Catari-
na, Camboriú, de irmãos em Cristo, como são por mim chamados (que
assim como eu, estão atentos aos acontecimentos da Igreja Católica).
Um bom número de pessoas está engajado na posição atual dessa
Igreja Católica que se apresenta manchado, Igreja que assim que traz
insatisfação a muitos.
Ao ler o livro que o meu amigo Irmão Marista entregou-me, cujo tí-
tulo é Carta aos Ceifadores da Palavra Viva de DEUS, Volume, V, re-
almente eu fiquei estarrecida, boquiaberta. As evidências do que estão
acontecendo no Vaticano e a caminhada da vontade de suprimir com o
Nosso Senhor Jesus Cristo, você verá que não é de agora. Você verá
como a astúcia de intelectuais possessos, da seita ou associação se-
creta a maçonaria eclesiástica e as lojas maçônicas espalhadas pelo
mundo, anunciada pela Boa Mãe há tantos anos atrás, materializa-se.
Já se iniciaram as artimanhas do animal e se espalham por tudo. Então,
o “passado” se faz presente. O “passado” foi toda uma caminhada espi-
ritual, uma batalha espiritual travada e que, está aí para todos acredita-
rem ou não. A obra pequena, mas profunda em conteúdo (Carta aos
Ceifadores da Palavra Viva de DEUS), estava mostrando para mim que
o meu “passado” junto a Mãe, a Nossa Senhora de Fátima estava na
porta; estamos vendo quem é quem e se constitui Tempo presente,
como nunca. O modernismo, a caminhada para tentarem extirpar Cristo
Eucarístico, por exemplo, como veremos adiante através dos escritos
da obra, Carta aos Ceifadores da Palavra Viva de DEUS, já está aí;
788
chegou às igrejas que frequentamos. Então, podemos verificar o que
antes foi um trabalho espiritual agora se torna uma realidade. Uma rea-
lidade cruel, traiçoeira, sorrateira, como eu passarei a mostrar a você,
leitor querido, com alguns trechos da obra pequena em tamanho, mas
profunda em conteúdo, Carta aos Ceifadores da Palavra Viva de DEUS,
vol.V.
Desejo convidar você, querido leitor, a continuar a caminhar comi-
go na História dentro do Vaticano, fora do Vaticano. Fora do Vaticano
também existe a perseguição da maçonaria eclesiástica, juntamente
com homens maçons trabalhando externamente, com posição de altos
cargos, perseguição aos bons Papas e aos bons sacerdotes que sem-
pre lutaram contra o Mal. Num processo antagônico, as forças contrá-
rias, no entanto, desejam tomar posse da Igreja Divina para criar o falso
Cristo e a falsa Igreja. Existe a parte suja, a parte com mácula dentro da
Igreja Divina e esta deve ser banida - ou que os traidores se convertam.
Vou começar com uma visão de Anne Catherine Emmerich sobre
a infiltração maçônica na Igreja. Essa visão de Anne, uma freira Agosti-
niana alemã, dará a você, querido leitor, meios para que possa chegar
e checar as barbáries desses homens que se deixam levar pelos peca-
dos mais variados e hediondos da Terra. Então, encontramos nas pági-
nas 76 a 77, no livro Carta aos Ceifadores da Palavra Viva de DEUS,
vol.V, o seguinte:
“Anne Catherine Emmerich (1774_1824),uma freira Agostiniana
alemã estigmatizada (possuía os estigmas de Cristo) e, vidente, que
viveu unicamente de água e da Santa Comunhão durante muitos anos,
recebeu inúmeras visões das crises futuras na Igreja e as infiltrações
dos franco-maçons em seu seio. Em suas visões, ela descreve homens
de aventais, destruindo a Igreja com acolher de pedreiro. Os maçons
usam avental e o seu símbolo é a colher maçônica. Os seguintes tre-
chos se encontram na página 565 da Vida de Anne Catherine Emme-
789
rich, Vol. I, Rev. K.E. Schmörger, Tan Books, 1976:
“Vi a Igreja de S. Pedro. Uma multidão de homens estava tentando
derrubá-la, enquanto outros a reconstruíam constantemente. Linhas
conectavam estes homens com os outros e outros através do mundo
inteiro. Impressionei-me com a perfeita sintonia deles.”
“Os demolidores, na sua maioria apóstatas e membros de diferen-
tes seitas, quebravam todas as peças e trabalhavam segundo regras e
instruções. Eles vestiam aventais brancos amarrados com fitas azuis.
Neles haviam bolsos e tinham colheres de pedreiro presos à cintura. A
vestimenta dos outros era variada.”
“Havia, entre os demolidores, homens distintos vestindo uniformes
e crucifixos. Eles não punham a mão na massa, mas marcavam sobre
as paredes com a colher, indicando onde e como devem ser derruba-
das. Para o meu horror, vi entre eles, sacerdotes Católicos. Quando os
trabalhadores não sabiam como continuar, eles procuravam alguém
certo do seu partido. Este tinha um livro grande que parecia conter todo
o plano do edifício e a maneira de destruí-lo. Marcava exatamente as
partes a serem atacadas com a colher, e logo elas vinham abaixo. Tra-
balhavam silenciosamente e com confiança, porém, astutamente, furti-
vamente e cuidadosamente. Vi o Papa rezando, cercado por falsos
amigos que frequentemente faziam o oposto daquilo que ele ordena-
va...”
Enquanto eu enviava o meu livro para a editora, no tempo da Pás-
coa, eu fui visitar uma irmã. Fazia muitos meses que não nos víamos.
Fomos ao mar molhar os nossos pés e quando retornávamos para a
casa desta irmã, uma jovem senhora chamou o seu nome. Uma velha
amiga e escritora, foi levar o seu mais recente livro para a minha irmã.
Escreve sobre lendas da região; faz pesquisas sobre esses assuntos.
Esta jovem senhora quis saber sobre o conteúdo do meu livro e falei a
ela sobre Nossa Senhora e as Suas mensagens e sobre a maçonaria
790
etc..
Veja querido leitor, que providencial o que ela nos contou a seguir.
Disse-nos que na época ela fazia parte de um setor cultural da ci-
dade menor. Um grupo de homens da maçonaria, vestidos a rigor, rea-
lizou um ritual e convidou essa jovem senhora para fazer parte, sendo a
única mulher presente ao ritual. Ela disse não saber o que a fez vestir-
se toda de vermelho. Eles então caminharam em direção ao cemitério
da cidade menor. Caminhavam quietos e sérios. No cemitério os ma-
çons munidos de tijolos, cimento e pedreiro abriram um local onde de-
positaram vários papéis.
Fiquei pensando nesse acontecimento chegando até mim e pare-
ce o acaso, algo assim; poderia alguém chamar também de coincidên-
cia, mas não para mim. Na caminhada espiritual que me coube, na Lei-
tura da Vida durante a minha existência, aquela conversa foi providen-
cial, ou seja, da Providência Divina. Mas somente agora fui me dar con-
ta disso. Eu tinha dado o meu livro por concluído e me senti Chamada a
conversar com o arcebispo emérito de Porto Alegre e num Tempo em
que ainda posso acrescentar esses assuntos no meu livro. Esse caso
da antiga amiga de minha irmã serve para relatar algo real e contunden-
te, é um mal necessário. Infelizmente tem sido assim a minha caminha-
da. Se do lado do animal ele surge com algum malefício e se faz tão
evidente para mim, por outro lado Deus está comigo e me faz ver a Sua
presença; assim, faço a Leitura da Vida. Com toda a certeza Deus que-
ria que eu me encontrasse e ouvisse dessa senhora essa narração rea-
lista, concreta sobre membros da maçonaria aqui da cidade menor. As-
sim, quando recebi a obra Carta aos Ceifadores da Palavra Viva de
DEUS, realmente eu fiquei boquiaberta. Fiquei pasma, porque se evi-
denciavam tudo o que eu havia escrito para você, amado leitor, até en-
tão.
Facilmente dá para percebermos que os “despachos”, em nível do
791
espiritual maléfico, estão espalhados tanto numa umbanda, por exem-
plo, quanto na maçonaria e inclusive nos esoterismos como Rosa Cruz,
envolvendo também mulheres, passa uma roupagem de algo natural,
inocente. Ali não se caminha o caminho da pureza, do puro, da santida-
de. Ali não é “Eu Sou o Caminho, a Verdade, a Vida”. São “entidades”
espalhadas com suas normas peculiares, suas regras de ocultismo.
Rosa Cruz não é religião. Rosa Cruz é uma seita. “Se dizem herdeiros
de tradições antigas”.
796
multiplicado exponencialmente”. Em 1960 o sacerdote Martin esperava
do lado de fora dos aposentos papais quando o Cardeal Bea participou
na discussão com João XXIII sobre a decisão de revelar o “Terceiro
Segredo” de Fátima. Angustiado, ouviu as palavras que Bea atribuía ao
Papa. O Sumo Pontífice acabara de recusar fazer o que Nossa Senhora
havia pedido, dizendo: “Isto [a mensagem] não se concretizará em nos-
so tempo!” (A Tribute _ “God’s Messenger” at rest: father Malachi Mar-
tin, by Fr. Charles Fiore). E com isso, João XXIII preferiu inaugurar o
Concílio Vaticano II a obedecer o pedido da Santíssima Virgem em Fá-
tima de consagrar a Rússia ao Seu Imaculado Coração, como solução
apresentada pelo Céu em resposta à súplica de Bento XV, feita em
1917, para a obtenção da paz no mundo. (Cf. _Quando o Santo Padre
suplicou a Santíssima Virgem respondeu). Embora romanceado e não
citando nomes (somente pseudônimos e funções exercidas na Igreja) o
livro de Martin denuncia a pesada infiltração das seitas luciferinas na
alta hierarquia do clero e sua nefasta influência por ocasião do Concílio
Vaticano II”. Páginas 69 e 70.
“Um ritual secreto de entronização do arcanjo Lúcifer no Vaticano
_ O autor revela que, antes desse concílio, foi realizada uma missa ne-
gra em segredo numa capela devidamente preparada para este fim. O
objetivo macabro era entronizar o arcanjo Lúcifer no Vaticano, de forma
a trazer confusão e mudanças profundas no reduto do “Inominável”
(nome que os satanistas , segundo o autor, tratam Nosso Senhor Jesus
Cristo). Toda a confusão proveniente da implantação dos decretos do
Concílio Vaticano II, de acordo com Malachi Martin, só teria sido possí-
vel por causa desta preparação “espiritual”, uma vez que a batalha prin-
cipal em andamento se dá no plano espiritual. Das dimensões do mun-
do espiritual, a conspiração contra a Igreja é liderada pelo próprio ar-
canjo Lúcifer. Sua doutrina: a Gnose. Sua meta: tomar o lugar de Deus
na adoração prestada pelos homens. Malachi Martin conta que, para
797
realizar a abominação no lugar sagrado, os satanistas se infiltraram no
clero, chegando a atingir postos na alta hierarquia. Seu objetivo seria a
demolição da única e verdadeira Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo.
[7] (Cf. _A instrução Permanente Illuminati sobre a Fé, a Igreja e o Pa-
pado). Embora essas afirmações sobre missa negra e entronização de
Lúcifer no Vaticano sejam indigestas para os fiéis católicos, devemos
ter em mente o testemunho da audácia maçônica luciferina em plena
praça do Vaticano, testemunhada por S. Maximiliano Kolpe, uma das
razões pelas quais fundou a Milícia da Imaculada com o objetivo de
combater esses ataques.” Páginas 70 e 71.
“S. Maximiliano Kolpe, os ataques da Maçonaria e a Milícia da
Imaculada _ Em 1917, a Maçonaria celebrou em Roma seu segundo
centenário. Por todas as partes, apareceram bandeiras e cartazes que
representavam o Arcanjo Lúcifer; e, na mesma praça S. Pedro, podia-
se escutar o seguinte slogan: “Satanás reinará no Vaticano, e o Papa
tomará parte em seu corpo de guarda!”. O irmão Maximiliano Kolpe,
franciscano conventual polaco, era então estudante de teologia na Gre-
goriana de Roma. Ante essas demonstrações de audácia do inimigo,
pergunta-se: “Por que os católicos tem de ser tão pusilânimes na defe-
sa de sua fé, enquanto os inimigos são tão audazes em atacá-la? Não
possuímos nós armas mais eficazes que eles, o Céu e a Imaculada?” E
meditando nas Sagradas Escrituras e nos Santos Padres, inspirando-se
nos escritos dos santos marianos, especialmente São Luís Maria de
Montfort; considerando o dogma da Imaculada e as aparições de Nossa
Senhora de Lourdes, e a extensão prática de todas estas verdades,
chega a esta conclusão: “A Virgem Imaculada, vitoriosa contra todas as
heresias, não cederá ante seu inimigo que levanta a cabeça; se encon-
trar servidores fiéis, dóceis às suas ordens, logrará novas vitórias, muito
maiores do que poderíamos imaginar...”[8] E funda assim, em 16 de
outubro de 1917, três dias apenas após o milagre de Fátima, a Milícia
798
da Imaculada. O emblema desta nova milícia será a Medalha Milagrosa.
Sua exigência, a consagração total à Imaculada Mãe de Deus, para vi-
ver praticamente esta consagração. Seu fim, arrancar as massas das
garras de Satanás e pedir à Imaculada a conversão dos inimigos da
Igreja, especialmente os maçons. [9]. Páginas, 71 e 72.
Trecho da página 73: “No entanto, o maior dano causado por to-
das essas conspirações está no fato de que a ortodoxia católica foi mi-
nada e a heresia tomou conta da Igreja. Segundo o padre Martin, uma
parte importante da estratégia para se quebrar a ortodoxia do clero e
dos fiéis é instalar “agentes de mudança” dentro das CNBs ao redor do
mundo. Este mesmo estratagema foi utilizado por Stalin, Hitler e Musso-
lini com sucesso. É o mesmo sistema utilizado pela Maçonaria e demais
sociedades secretas através dos tempos”.
Continua a obra Carta aos Ceifadores da Palavra Viva de DEUS,
vol. V:
“Táticas de infiltração: Usar técnicas de base psicológica desen-
volvida especificamente para desarmar as atitudes de resistência. _
Segundo Malachi Martin, o Cardeal Pensabene, ou seja, o Cardeal Pio
Laghi, chama isto de engenharia social. Ele diz que problema não é
mudar o modo de pensar de 4 mil bispos, mas mudar o modo de pensar
de milhares de católicos de acordo com os pontos de vista dos “enge-
nheiros sociais”. Ou seja, fazer com que os católicos aceitassem as he-
resias naturalmente. Os agentes de mudança podem ser uma institui-
ção, uma organização, um único indivíduo, proveniente do setor público
ou privado. Seu propósito é trocar valores e comportamentos “antigos”
por “novos”, usando técnicas de base psicológica desenvolvidas especi-
ficamente para desarmar as atitudes de resistência. Assim, teologias
heréticas_ como a Teologia da Libertação, de cunho completamente
marxista que desfoca a essência da figura de Cristo no processo da
redenção humana e que causa danos doutrinais e uma profunda cisão
799
no Catolicismo _, políticas suspeitas com a filosofia comunista soviética,
através do Cardeal Casaroli (cujo nome consta na lista divulgada de
clérigos ligados a sociedades secretas) que foi secretário de Estado do
Vaticano de 1979 a 1989. O inacreditável apoio por parte do Cardeal
Sodano à colisão alemã que dá assessoramento e facilita abortos. [10]
As evidências de uma rede de pedofilia sediada em Nova York envol-
vendo sacerdotes católicos no mundo inteiro, e por aí vai...”
Ainda nas páginas 68 a 69, do livro Cartas aos Ceifadores da Pa-
lavra Viva de DEUS, nos deixa:
800
inundou os seminários, conventos, ordens religiosas, resultando em
assustadora queda de vocações, disseminação de heresias e desfigu-
ração da devoção católica. Tudo isso acabou gerando um turbilhão de
descrédito e desgaste para a Igreja. No caso das conexões e infiltra-
ções maçônicas e comunistas no seio da Igreja, que são operações
dissimuladas e complexas, ocorriam por meio de membros de alta hie-
rarquia pertencentes às correntes modernistas e progressistas. A tudo
isso soma-se rumores de políticas e negociações duvidosas, escânda-
los sexuais, além da inequívoca ambiguidade na teologia e na conduta
cristã de muitos cardeais, bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas.”
801
o seguinte balanço, ao relacionar o anticoncílio maçônico de 1869 e o
2º Concílio do Vaticano, realizado menos de um século depois: “A
quem considera, entre os documentos do Vaticano II, o parágrafo 75 da
constituição ‘Gaudium et spes’ e de modo particular, a declaração ‘Dig-
nitatis humanae’ sobre a liberdade religiosa, não pode não perceber
que este concílio acolhe todos os mais importantes princípios do ‘Anti-
concílio’ de 1869, do qual, em consequência, queira-se ou não, vem a
constituir-se a continuação ideal, na oposição ao Vaticano I e ao Síla-
bo.”
804
cipal das igrejas e capelas, para implicitamente passar uma ideia de
segundo plano, procurando lateralizá-LO, passá-LO desapercebido,
escondê-LO... Depois, quando ninguém mais se der conta da Sua au-
sência, irão suprimi-lO... (...)”
806
Página 83, Carta aos Ceifadores da Palavra Viva de DEUS. Conti-
nua o autor dizendo:
807
NHOR NA HÓSTIA CONSAGRADA; se é que um dia acreditaram... E
mais, todos eles com essa atitude passam a ser ALTAMENTE SUS-
PEITO DE PERTENCEREM A MAÇONARIA ECLESIÁSTICA, pois es-
sa seita originada na descendência de Caifás (hebreus que não acei-
tam que JESUS é o Messias) é inimiga e perseguidora do autêntico Ca-
tolicismo e da verdadeira Igreja Católica, e usam esses (cardeais, ar-
cebispos, bispos,e padres desobedientes) , para destruí-La por dentro;
são eles os habitantes dos intestinos do “cavalo de tróia”, ou “mas-
terplan”, que é como se denomina essa estratégia satânica. Você sabe
como se chama o católico, eclesiástico ou leigo, que passa a contestar
e desmentir com palavras ou atitudes versículos da Bíblia Sagrada, e a
desobedecer a Doutrina, os Dogmas, os doutores da Igreja, os santos e
o Papa? HEREGE! Sim, é isso que eles são! HEREGES!!! E como tal
deveriam ser excomungados, pois essa é a penalidade para os heréti-
cos!”
808
“A vaidade nada franciscana de Francisco transparece em todo o
seu cuidado por não parecer incômodo e amigo do crucificado, do rejei-
tado pelo mundo. Não! Francisco não quer a cruz, quer a glória! Por is-
so, desfila entre as personalidades mais homenageadas. Nunca se viu
um papa tão amado por ateus, abortistas... (Papa Francisco com o pre-
sidente do Uruguai, José Mujica, que se declara ateu convicto, também
abortista e favorável ao casamento gay, tendo liberado o aborto, a uni-
ão gay e a maconha no seu País. José Mujica declarou: “Este papa é
um homem sábio”)... amado por gaysistas...” (No livro está a foto do
papa Francisco com o presidente do Uruguai).
“(...) Veja como a Igreja era a 30 anos e por que modernizou tanto.
Veja em qual situação está a igreja nos dias de hoje. A resposta é sim-
ples e clara, estamos, ENQUANTO IGREJA CATÓLICA, NA QUINTA-
FEIRA SANTA, NA ESCURIDÃO DA NOITE, NO HORTO. O Corpo de
Cristo sofre, E DORMEM OS QUE DEVERIAM VELAR. Os Bispos e
809
Padres dormem! Claro, há raríssimas exceções, há Sacerdotes que
não concordam com esta falta de respeito, mas preferem obedecer a
seus superiores! Piores são os que se julgam despertos a serviço da-
quele poder que há séculos, desde o Concílio Vaticano II, conspiram
contra a Igreja e estão demolindo. MELHOR SERIA SE ESTIVESSEM
DORMINDO. Os piores inimigos estão dentro da Igreja. E Cristo sofre,
ELE SENDO REJEITADO, AS PARTÍCULAS DA SANTA HÓSTIA CA-
EM NO CHÃO E SÃO PISOTEADAS, OS SACRÁRIOS ESTÃO SEN-
DO RETIRADOS DO CENTRO DAS IGREJAS E COLOCADOS NA
LATERAL, OS PIORES INIMIGOS ENTRARAM NA IGREJA : O MO-
DERNISMO E O LIBERALISMO, DESDE O CONCÍLIO VATICANO II
que tanto planejou e trabalhou a vil maçonaria, tornou-se realidade. Um
falso e maldito ecumenismo corrói a Igreja”.
812
ce. (Que festa para Satanás ver aquele que se diz servo de Cristo
apoiar tais coisas e ainda fazer homilia numa missa concelebrada por
uma papa em pleno Vaticano). Dom Michele concelebrou com o Papa
argentino e pregou, como mostra a imagem acima, a homilia na Casa
Santa Marta. Pelo visto, o Papa Francisco, ao permitir que este padre
apóstata modernista, concelebre junto com ele e ainda faça a homilia,
deve concordar no seu coração, com as mesmas posições apóstatas
modernistas deste padre. Francisco concelebrando com este padre e
permitindo que o mesmo faça a homilia, passa de forma sutil e indireta,
uma mensagem de apoio a ordenação de mulheres, ao casamento gay
e ao fim do celibato; (as vezes os atos demonstram mais do que pala-
vras escritas em documentos, declarações e etc) Posições que vão
contra a verdadeira igreja e contra o Deus Altíssimo. (contrárias a Sa-
grada Escritura)”.
“Não te deitarás com um homem, como se fosse mulher: isso é
uma abominação”. (Lv 18,22) Citação bíblica retirada da obra Carta aos
Ceifadores da Palavra Viva de DEUS, vol. V.
“Dize-lhes isto: Por minha vida_ oráculo do Senhor Javé, não me
comprazo com a morte do pecador, mas antes com a sua conversão,
de modo que tenha a vida. Convertei-vos! Afastai-vos do mau caminho
que seguis; por que haveis de perecer, ó casa de Israel?” (Ezequiel
33,11). Citação bíblica retirada da obra Carta aos Ceifadores da Pala-
vra Viva de DEUS, vol. V .
“Ai dos filhos rebeldes, diz o Senhor, eles seguem um plano que
não vem de Mim. Concluem alianças sem o meu consentimento, acu-
mulando, assim, falta sobre falta”. (Isaías, 30,1). Citação bíblica retirada
da obra Carta aos Ceifadores da Palavra Viva de DEUS, vol. V, página
51.
O panfleto que tenho em mãos da autoria de Eugenio Schoma e
Dilson Kutscher nos deixa:
814
damentais da fé, que o Magistério autêntico da Igreja sempre ensinou e
energicamente defendeu contra qualquer desvio herético.” (...)
Acredito que eu, terei que me fazer “Velha” para este “Velha”
ter o seu efeito quando se “concretizar”.
819
uma “salada de frutas” considerando ao se dirigir para o mar e procurar
pela falsa deusa Iemanjá, por exemplo, fazendo oferendas à falsa deu-
sa (confusão provocada pelo Pai da Mentira), consiste o mesmo procu-
rando por Maria Santíssima na Igreja Católica. Faz muitas e muitas dé-
cadas que verdades simples assim os sacerdotes se calam não falam
nas Igrejas Católicas com veemência. E esse mesmo arcebispo emérito
me diz que os sacerdotes não devem falar em demônios nas Igrejas. A
mentalidade que está aí nos deixa o infeliz saldo negativo da apostasia;
pessoas que se dizem católicas, mas não sabem rezar a oração do
Credo, nem a Salve Rainha e muito menos os mistérios de um terço é
consequência disso. Pessoas que se voltaram para a eficácia de outras
religiões ou seitas.
Essa parte do clero hoje, lutando por essa ideologia do “Novo” é a
mesma que nos surrupiou por décadas e décadas os ritos Sagrados,
Divinos, Sobrenaturais da “Velha” Igreja da tradição dos bons Papas.
Lavando, limpando essa mancha escura da maçonaria eclesiástica e
seus vínculos com os poderosos fazendo parte também dessa seita
secreta e trabalhando para satanás teremos de volta a Igreja Divina.
Jesus Cristo é o mesmo de Ontem de Hoje e Sempre. Sua mãe, a Mãe
da Igreja, e nosso Deus, o mesmo Ontem, Hoje e Sempre. Os nossos
Divinos não precisam mudar; quem necessita mudar são as pessoas
que trabalham nos antagonismos; trabalhando com forças contrárias ao
Divino. Esta é a Igreja que nos roubou a Verdade. A Igreja manchada,
suja é a Igreja dos “Nãos”. Os “Nãos” da Igreja manchada por ideologi-
as como a do arcebispo Dom Dadeus Grings, talvez ingênuo? Talvez
sendo usado para a mídia das lojas maçônicas? Talvez tão intelectuali-
zado e teórico e nada prático não conhecendo as agruras humanas na
sua realidade? Os sofrimentos das famílias as suas buscas em lugares
onde a Mentira habita e trazendo a total falta de paz a elas?
O Tempo vai falar a Verdade! O Tempo mostrará onde os ventos
820
estão soprando pela Ação do Espírito Santo.
Amo a minha Igreja Católica Apostólica Romana aquela nos mol-
des de São Maria Batista Vianney, o Padroeiro dos Sacerdotes. Dos
moldes do Papa João Paulo II. A Igreja Católica Apostólica Romana
fundada pelo Apóstolo Pedro. A Igreja sem a Maçonaria eclesiástica
infiltrada e aliada as lojas maçônicas.
O clero Divino tentou fazer a sua parte, o seu melhor, mas o poderio
da traição foi grande. O poderio do pecado, do Mal nas pessoas se
alastrou como fogo na palha. Acredito que o “novo” necessário dessa
Igreja Católica é retirar a mancha, a mácula que denegriu que dividiu a
Igreja Católica. A “Novidade” é limpá-la, é retirar todo o grande pecado
que a assola como nunca antes se viu na História da Humanidade. A
“Novidade” é uma só. A Coragem de assumir que a Maçonaria Ecle-
siástica, juntamente com homens maçons, poderosos, e lojas maçôni-
cas trabalham para constituir uma globalização. Na Página, do livro
Carta aos Ceifadores da Palavra Viva de DEUS, vol. V, páginas 59 e
60, retiro apenas um trecho:
821
com nome e sobrenome, mas sim, um número a mais no COMPUTA-
DOR DELES. Levando-se em conta que a maioria da humanidade tem
uma queda pelas novidades que o mundo oferece, a missão DELES de
CONTROLAR TUDO será facilitada. Enfim, Gado marcado, Gado obe-
diente e feliz O tão sonhado mundo perfeito. Será? Perfeito para
quem”?
“Conheço as tuas obras: não és nem frio nem quente. Oxalá fos-
ses frio ou quente! Mas, como és morno, nem frio nem quente, vou vo-
mitar-te”. (Apo. 3,15-16).
823
Muito! Dar casa, comida e “roupa lavada” para o pobre de nada adianta;
quando ele lá dentro estiver, ele continuará carregando a mesma alma,
o mesmo jeito de ser. O pobre que não possui Cristo Jesus na Eucaris-
tia nunca será um novo homem. Ele levará para dentro da casa nova os
mesmos defeitos, problemas que já possuía antes. Continuará sendo o
pecador o velho homem.
Mostrar, falar em Jesus Cristo, que é a única Pessoa que salva,
que vai propiciar forças para a Vida do pobre, essa é a melhor maneira
de ser e crescer. Obviamente que acompanhada de uma boa política.
Quando aqui me refiro à boa política, a autoridade, entende-se aqui,
aqueles homens de coração de ideias nobres se pautando se orientan-
do se conduzindo pela Palavra de Deus. Fazendo acontecer a Justiça
Divina, correta perante todos a sua volta, os cidadãos do mundo. Que
as coisas realmente passem a funcionar nesta nação de tantas e tantas
injustiças sociais. Não resolveremos, entretanto, a vida dos pobres jo-
gando-lhes dinheiro de todas as formas. Esse caminho generoso de
lhes o pão com fermento na boca e não lhes ensinar EDUCAÇÃO, o
dinheiro não chegará às mãos do pobre, porque o espertinho malandro,
através das teias armadas dos descalabros da mentira e do roubo dará
um jeitinho de desviar esse dinheiro do seu real destino. O Cristo Jesus
deve ou deveria ser sentido. O Cristo Jesus deve ou deveria ser vivido,
mas conhecendo-O. Buscando o pensamento da doutrina Católica
Apostólica Romana Divina e não desta, que numa falsa bondade cari-
dade (com um paternalismo vicioso), ensina o pobre a continuar pobre
na sua estagnação existencial sem atear a chama em seu interior, a
Divina. Enfim, essa teoria marxista, essa Teoria que visa o desempenho
horizontal para a morte ensina a todas as pessoas a ser pobres do Di-
vino, do Sagrado. Pobre NÃO é aquele desprovido dos bens materiais
somente; o pobre ainda mais pobre é aquele desprovido do espiritual
divino, ou seja, do próprio Cristo Jesus Eucarístico. Por isso a astúcia
824
da Teoria da Libertação, do marxismo. Para fazer o povo um ser sujeito
ao “patrão”. Um ser dependente, um ser da mendicância. Comendo pe-
las mãos “deles”. Como um pássaro cativo. O governo tudo pode, é
bonzinho, se preocupa com o saneamento, com as calçadas, as ruas
etc.. Juntamente com essa mentalidade “inovadora” vão tirando a Di-
vindade de Jesus Cristo, suprimindo-O do Centro das Igrejas até supri-
mi-Lo de uma vez por todas, quando não mais considerarem que Ele é
que é o Rei. Cristo não é um Rei mundano. É um Rei Santo, um Rei
Salvador, um Rei que nos legou seu sangue e corpo numa ceia de Pão
e Vinho Consagrados. Naquele momento, no coração da missa, o Sa-
cerdote preparado, ou seja, autoridade no rito a que chamarei “Rito
Branco”, para colocar em contrapartida as missas negras satânicas dia-
bólicas, faz a Consagração da Hóstia Corpo de Cristo (pão branco sem
fermento), e do Vinho (Sangue de Cristo). Esse “Rito Branco”, ou seja,
esse ritual de consagração pelo sacerdote através do Chamado para
Deus para o Espírito Santo com a Oração do Sacerdote, nesse momen-
to, renova ali, todo o sacrifício passado por Jesus Cristo até o madeiro
da Cruz. Não somente o Sacrifício, mas a Renovação, a Sua Vitória, a
Sua Ressurreição.
É nesse altar do Sacrifício e Vida que, todo cristão deveria se vol-
tar. É nesse altar preparado e tão bem respeitado, tão adorado é Se-
nhor Jesus Cristo, que, o próprio Satanás e seus adeptos desejam ex-
terminar. Veja Satanás não se preparou para atacar outras religiões.
Não! Satanás quer a Igreja Católica Apostólica Romana porque ali sim,
no lugar da (Cabeça de Cristo), poderá imperar, comandar e então,
subjugar a todos, nós os “debaixo” nós os cidadãos simples (membros
do Corpo Místico da Igreja), para “comer nas garras deles” para sem-
pre. Já vivemos essa maldita realidade materialmente, mas deixarmos
comandar espiritualmente por Satanás é demais!
O livro Carta aos Ceifadores da Palavra Viva de Deus, vol. V, traz
825
a realidade do uso dos microchips implantados em humanos como
obrigatório. Da página 55 a 60, o livro discorre com muitas informações.
Seria muito oportuno que você, querido leitor, adquirisse o seu.
“E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres livres e
servos, lhes seja posto um sinal na sua mão direita, ou nas suas testas,
para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o
sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome.” (Apocalipse 13,
16-17).
Na página 66 traz as evidências da infiltração maçônica no seio da
Igreja Católica.
“A notícia dessa lista de prelados ligados à Maçonaria causou
grande confusão, alarme e decepção nos meios religiosos católicos.
Mais desolador ainda era o fato de que alguns desses prelados divul-
gados na lista ocupavam posições de destaque e influência no Vatica-
no. Essa revelação deflagrou um período de extrema indignação porque
transgredia totalmente a Lei Canônica 2335, que proíbe expressamente
um católico ingressar em qualquer sociedade secreta, sob pena de ex-
comunhão. A Lei Canônica 2336 ainda prescreve medidas disciplinares
a serem impostas contra qualquer clérigo que venha a aderir a uma so-
ciedade secreta. O mais desolador era o fato de que a maioria desses
altos integrantes do Vaticano, que supostamente pertenciam a Maçona-
ria, ocupava cargos estratégicos na Cúria Romana, tais como: o secre-
tário particular do Papa Paulo VI, o diretor geral da Rádio Vaticano, o
arcebispo de Florença, o prelado de Milão, o editor-assistente do jornal
do Vaticano, sete bispos italianos, o abade da Ordem de São Bento e
inúmeros prelados que influíam diretamente na elaboração e dissemi-
nação do ensino religiosos da Igreja”. [1]
“Atual posição da Igreja com relação a Maçonaria
No entanto, doutrinalmente, a Igreja ainda mantem sua postura
826
definida com relação a Maçonaria:
DECLARAÇÃO SOBRE A MAÇONARIA, Sagrada Congregação
para a Doutrina da Fé, em 26/11/1983, diz o seguinte:
Declaração de 26 de novembro de 1983 do cardeal Joseph
Ratzinger, prefeito da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé (v.
L’Osservatore Romano de 26.11.83):
Foi perguntado se mudou o parecer da Igreja a respeito da Maço-
naria, pelo fato de que no novo Código de Direito Canônico ela não vem
expressamente mencionada como no Código de Direito Canônico ante-
rior. Esta Sagrada Congregação quer responder que tal circunstância é
devida a um critério redacional seguido também quanto às outras asso-
ciações igualmente não mencionadas, uma vez que estão compreendi-
das em categorias mais amplas. Permanece portanto imutável o pare-
cer negativo da Igreja a respeito das associações maçônicas, pois os
seus princípios foram sempre considerados inconciliáveis com a doutri-
na da Igreja e por isso permanece proibida a inscrição nelas. Os fiéis
que pertencem às associações maçônicas estão em estado de pecado
grave e não podem aproximar-se da Sagrada Comunhão. Não corres-
ponde às autoridades eclesiásticas locais pronunciarem-se sobre a na-
tureza das associações maçônicas com um juízo que implique derroga-
ção de quanto acima estabelecido e isto segunda a mente da Declara-
ção desta Sagrada Congregação, de 17 de fevereiro de 1981 (cf. AAS
73, 1981, p. 240-241). O Sumo Pontífice João Paulo II, durante a audi-
ência concedida ao subscrito Cardeal Prefeito, aprovou a presente De-
claração, e ordenou a sua publicação.
Joseph Card. Ratzinger (Cardeal Prefeito)”. Páginas 77 e 78 da
obra Carta aos Ceifadores da Palavra Viva de DEUS, Vol. V.
Continua os escritos da obra Carta aos Ceifadores da Palavra Viva
de DEUS, vol. V, páginas 78 a 79.
827
“Contudo, como previra a Instrução da Alta Vendita, a utopia revo-
lucionária humanista e naturalista maçônica inacreditavelmente já é
pensamento comum na cabeça da maioria do clero e dos fiéis católicos.
A revolução instaurou-se dentro da Igreja de Cristo. A Maçonaria triun-
fou no Concílio Vaticano II com seus princípios basilares dissolventes
introduzidos e adaptados da seguinte forma:
pelo ecumenismo ou liberdade religiosa, que iguala a Igreja de
Cristo a todas as seitas e neutralizando sua missão profética de propa-
gar a Verdade que é Cristo;
pela demolição da liturgia através de acentuada protestantização e
consequente dessacralização;
pelo conceito de colegialidade dos Bispos, que relativiza e mina o
poder do Papa e esfacela a hierarquia;
pela secularização e gradativo igualitarismo entre o sacerdócio de
ordem e o sacerdócio batismal leigo.
Finalmente, pelo silêncio pastoral e cumplicidade com a criminosa
ideologia marxista comunista”.
A obra, Carta aos Ceifadores da Palavra Viva de DEUS, vol. V traz
as referências bibliográficas sobre o citado acima. Páginas 79, 80 e 81.
Caberá a cada um de nós, de agora em diante, reverter esse qua-
dro, essa paisagem de horror das trevas deixadas e marchar para o
combate com as armas que Nossa Senhora de Fátima nos orientou.
Usar a nossa Consciência Iluminada (Pela Palavra de Deus, a Bíblia), e
não mais uma consciência ingênua considerando que o MAL não existe
ou que ele não possui a sua eficácia. O combate a esse Espírito Malig-
no é nos apegarmos à oração e principalmente a oração da preferência
de Nossa Senhora, o Santo Rosário, pois é a arma contra o demônio.
Podemos começar com o terço hoje, amanhã, e depois já estaremos
rezando o Santo Rosário. Se você tiver em suas mãos o terço ou o Ro-
828
sário você não temerá os males; pelo contrário, essa oração vai ocupar
a sua mente e o seu coração com o nome da Ave- Maria, do Pai Nosso,
você dirá o CREIO, oração que o coloca imerso no que realmente acre-
dita. Você dirá a Salve Rainha a Quem lhe ama tanto e lhe protege e
que deseja tanto o seu bem. Tudo isso porque ama você e esteve sem-
pre ao seu lado. A Mãe pede que você faça a sua Consagração a Ela.
Não se esqueça disso. Todos os da família. A Mãe pede que você faça
pequenos Cenáculos em família. Com essa iniciativa fortalecerão muito
os membros de uma família que reza; membros que estavam tão dis-
tantes uns dos outros. Desligue o Olho Mecânico. Unam-se para rezar
juntinhos. A vida terá outro valor e sabor. Procurem por sacerdotes vo-
cacionados da Igreja Católica Divina. Fiquem atentos às falsidades e as
novidades. Lute pelo direito de Jesus Eucarístico ficar no Centro da
Igreja. Ele é o Rei dos reis. Não aceite que um sacerdote retire o Cibó-
rio do Tabernáculo para deixá-lo de lado da Igreja ou atrás. Isso para
mim está insuportável. Prefiro morrer a ver algo assim. Cristo para mim
é o meu SOL. Satanás deseja destituir Jesus Cristo do trono de verda-
deiro REI dos reis.
Que cada continha do Santo Rosário rezada por você seja um tijo-
linho erigido daqueles que o animal nos roubou do nosso SAGRADO.
Agora, competirá às nossas Consciências Iluminadas pela Verdade lu-
tar contra o MAL que, infelizmente, depois de tantos pedidos feitos pela
MÃE amada, não foram ainda ouvidos por muitos.
“No documento S. C. S. D. W. INAESTIMABILE DONUM, de 1980,
aprovado pelo Papa João Paulo II”, lemos:
“Para que o coração possa se curvar diante de DEUS, em reve-
rência profunda, a GENUFLEXÃO deve ser cuidadosa.”
“A pessoa pode esperar de pé por símbolos e promessas, mas a
realidade que é DEUS presente na EUCARISTIA, a pessoa DEVE RE-
CEBER COM CARINHO E DE JOELHOS!” (Papa São Pio X).
829
“A genuflexão humilha somente quem não crê e, sobretudo quem
não ama, porque exatamente o amor se alegra de não poder igualar,
nem compreender toda a grandeza e os merecimentos da pessoa ama-
da.” (Enrico Zoffoli)
Eu sou uma Católica Apostólica Romana remanescente da Reno-
vação Carismática Católica. Precariamente cheguei até esta Igreja, mas
cheguei e como! Não peguei o Tempo de fazer genuflexão para receber
o Corpo de Cristo. Sinto muito! Eu gostaria de ter aprendido tudo isso.
Não é nada mal e feio ou humilhante. Pelo contrário, todos esses res-
peitos, galanteios para com o nosso Mestre Jesus e nosso Salvador e
Redentor seria o mínimo para fazer-se com quem deu a SUA VIDA por
nós e por AMOR. Seria muito oportuno ver certos irmãos que se dizem
de Maria, religiosos que parecem empresários, vestem-se como um
deles, aprenderem a ter Humildade. A Humildade diante de CRISTO se
fez abolir, extinguir. Essa é a Igreja do NÃO. Tudo o que foi BOM do
BEM, para o BEM, deveria retornar. Não peguei o Tempo da patena
dourada. Somente a canção aquela que diz: “na patena dourada ofer-
tamos, hóstia santa...” - eu escutei a palavra “patena” somente na músi-
ca. Algumas igrejas ainda usam a patena; outras não.
831
mundo está salvo por Jesus Cristo, foi porque Ele morreu por Amor pela
Humanidade. Será que Dom Dadeus Grings na sua teoria esqueceu-se
de evangelizar? Esqueceu-se de explicar na prática de sentir na prática
e bradar aos quatro cantos, qual afinal foi o sentido da morte de Cristo?
Ora, se Jesus Cristo veio ao mundo morrer pela Humanidade é porque
cada um de nós estava em pecado. É por mim, por você, por cada um
de nós que Cristo deu a Sua vida! É N’Ele que recorremos para lavar os
nossos pecados. No Antigo testamento Deus dos Exércitos já não dava
conta de tantos sacrifícios feitos com animais pelas pessoas para se
purificarem realizados nos Templos. Deus Amoroso e Misericordioso
envia seu filho amado Jesus Cristo ao mundo para como Cordeiro Imo-
lado em cada missa, se fazer sacrifício para as nossas almas. A minha
foi remida no sangue de Cristo e a sua? Confissão e Eucaristia andam
juntas. Perdão _Reconciliação e Vida recebida em Cristo na Eucaristia.
Veio Jesus como Homem Santo aqui para a Terra como exemplo para
a nós; cada um de nós e para a nossa própria santidade, para N’Ele e
somente N’Ele, nos remir dos nossos pecados e nos dar a salvação de
alma. Esta Humanidade é composta por pessoas pelas quais esse
Amoroso Cristo Jesus deu a Sua Vida. Ou seja, cada um de nós precisa
ser salvo nesse Jesus Cristo amado. Cada pessoa deve ou deveria en-
contrar o JESUS EUCARÍSTICO para a sua SALVAÇÃO de ALMA.
NÃO adianta mostrar o Cristo Jesus longe da pessoa, falando bonitinho
de Jesus Cristo e que Ele salvou o mundo. Sim, Jesus Cristo SALVOU
O MUNDO. MAS... A OBRA DE NADA VALERÁ SE... JESUS CONTI-
NUAR MORRENDO PARA ELE MESMO.
JESUS DEU A SUA VIDA POR MIM, POR VOCÊ, POR NÓS...
833
exame de Consciência para verificar se possuem pecados. A Igreja da
serpente antiga aproveita a “onda dos jovens”, a onda da vaidade, da
falta de oração, a onda do sexo desvairado antes do Sacramento do
Matrimônio, a onda da falta de respeito com os pais e vice-versa, a on-
da da droga, do álcool, dos mais diversos problemas existenciais, etc.
Nesse mar de tempestade com uma onda gigantesca, embutida o “No-
vo”, o Modernismo. NÃO passa aos jovens o Conteúdo Sólido em Deus
e em Seu Filho. A Igreja da Tradição é aquela que NÃO se desvia. É
aquela que possui O Farol Eterno que é Jesus Cristo Divindade na Eu-
caristia. É Cristo Eucarístico que salva a pessoa em aflição. É necessá-
rio, entretanto, não voltar a pecar para que o demônio não se regozije e
não se fortaleça nos pecados de cada pessoa. É preciso se depurar, se
purificar através do Sacramento da Confissão ou Reconciliação com
Deus. Sem dúvida que para uma pessoa em pecado e que, dependen-
do do pecado, significa realmente dizer ‘Não’, é um passo muitas vezes
de abnegação, mas uma abnegação que vale a pena, porque se torna
uma nova pessoa renascida em Cristo Jesus. Pode deixar o seu passa-
do para viver uma nova vida. Isso é maravilhoso quando realmente a
pessoa deseja mudar, mas faltava uma chance, um conhecimento da
Palavra de Deus.
Essa citação abaixo eu retirei do tempo da Faculdade de Filosofia,
quando na leitura de alguns livros. Eu costumava escrever em folhas de
ofício. Peço perdão, pois na ocasião, eu não tomei nota do autor do li-
vro.
835
Desvelar a existência dos anjos maus Lúcifer seus sequazes fo-
mentando sentimentos inadequados, sentimentos maléficos como
aqueles que arrastam um ser humano aos vícios, as drogas a qualquer
pecado que o escraviza é fundamental. Pois além de não trazer uma
vida de qualidade a si mesmo arrasta a família arrasta a Humanidade
ao viver pobre. É assim que a Humanidade se encontra. Ou vamos re-
conhecer nossas falhas, nossas omissões, reconhecer que pecamos
sim, ou... Deus vai tornar esse mundo o próprio Satanás.
Quem está segurando a Mão de Deus é Nossa Senhora de Fáti-
ma. Nós, os fiéis católicos brasileiros estamos dando os nossos SINS =
SIM!
Entreguei à Santíssima Trindade três dias da novena do Divino
Espírito Santo, na própria Igreja do Divino Espírito Santo, na cidade
maior. Então, fui ao dia de abertura, 30 de maio de 2014; fui dia 03 de
junho de 2014 e fui dia 08 de junho, dia do meu nascimento caiu neste
ano no calendário litúrgico, a festa de Pentecostes.
Como eu estava feliz! Muito! Tudo me deixa emocionada na minha
caminhada com Deus. Nunca segurei a bandeira do Divino Espírito
Santo. No Tempo das novenas na cidade menor, onde eu participava
com os alunos, não dava para eu fazer isso. Mas agora sim. Eu lembrei
muito da minha mãe que recebia com tanto amor e fé a bandeira do
Divino Espírito Santo na nossa casa e a levava em todas as peças da
casa; ela rezava, fazia barulhinho com os lábios que se mexiam. Pas-
sava a bandeira nas nossas cabeças e pedia para beijarmos a pomba,
símbolo do Divino Espírito Santo. Fiquei sabendo que no dia da festa de
Pentecostes os devotos sairiam da Igreja de São Sebastião. Mais outra
emoção! O santo do meu pai. Meu pai colocara o nome do santo em um
prédio na cidade maior e na cidade menor deixara um espaço vazado,
mas faleceu sem colocar nesse lugar a imagem do santo. Foi assenta-
da a imagem pelo padre querido e que atualmente é arcebispo em outro
836
Estado, muitos anos após a morte do meu pai. Como eu estava emoci-
onada... Para mim, tudo é presente dos meus Celestes Divinos. É des-
se jeitinho que Eles se fazem ser percebidos por mim. Faço a Leitura da
Vida. Um rastreamento entre Razão em Deus e meu Coração de amor
para com Eles para com a Mãe amada.
Meu querido, você pode se dizer um católico, mas um católico que
nunca mais foi a uma missa? E se foi a uma missa apenas para cumprir
um papel social? À missa se vai para buscar o alimento espiritual que é
a hóstia, no Sacramento da Eucaristia; buscar a proteção espiritual con-
tra o demônio, perceber o quanto este CRISTO lhe é necessário, para
você vencer os percalços existenciais. Poucos entendem isso. Poucos
fazem essa relação; não são explicadas. Esconderam de nós. A perse-
guição espiritual é real e surge por meio de pessoas que não se impor-
tam com você, que você se dê mal. Isso pode acontecer por inveja, por
ciúmes, por desejar tirar o seu esposo ou esposa, para tomar o lugar na
empresa, por você possuir um discurso que não seja do agrado de
quem escuta e por aí vai... Assim, Jesus Cristo é tão forte, sublime, o
verdadeiro SOL, a verdadeira FORÇA, a verdadeira PROTEÇÃO na
SUA DIVINDADE da SANTÍSSIMA TRINDADE; o animal sabe disso, e,
você, querido, sabe o que o animal está, nesse exato momento, fazen-
do nas Igrejas Católicas? Está mandando tirar os Cibórios dos Sacrá-
rios, do Centro das Igrejas Católicas, lugar onde sempre esteve. Âmbu-
la ou cibório é o recipiente usado na liturgia para guardar hóstias euca-
rísticas. O cibório é colocado dentro do Sacrário ou Tabernáculo que é
um pequeno cofre colocado sobre o altar para guardar o ostensório,
onde está a Eucaristia. O Sacrário com o cibório sempre ficaram no
Centro das Igrejas Católicas. Pasme meu querido leitor, a ordem é reti-
rar Jesus Cristo, o REI dos reis, do CENTRO.
NÃO precisamos literalmente colocar a mão na massa. A nossa
“massa” é o Santo Rosário que tanto a MÃE sempre nos pediu para
837
rezar. Se você, de coração, acreditar em oração feita que destrua essa
seita do MAL, FAÇA! Saiba você que o trabalho É ESPIRITUAL e NÃO
carnal, ou seja, não violência. Esclarecimento sim! Discernimento e a
procura da Conversão. Compreender sim, mas aceitar não. Deixar de ir
onde não deve; dizer não, aos sacerdotes dos quais vocês observarem
estarem traindo Jesus Cristo; exigir que esses sacerdotes façam os ri-
tos sagrados corretos para agradar cada vez mais a Deus, a Jesus
Cristo e Nossa Senhora de Fátima a Rainha da Paz. Essas são as situ-
ações fundamentais. E outras que os meus irmãos em Cristo farão com
toda a certeza e os próprios Sacerdotes fiéis a Nossa Senhora de Fáti-
ma, Consagrados e os demais que vão se converter.
838
PURA ÉS, MARIA, E O PECADO ORIGINAL NÃO ESTÁ EM TI!”. Ex-
tinguiram também a frase da Igreja. Saiu à palavra Imaculada e obvia-
mente retiraram a frase em latim. Não é algo incrível? Por que o inte-
resse tão grande em ir minando paulatinamente o SAGRADO? O DIVI-
NO? Você, meu leitor, não vê aí, as Mãos negras da BESTA? Eu vejo.
Pode chegar para mim e dizer: “Ah, mas o padre, a pessoa que colocou
o nome da Imaculada, não devia ter colocado, porque essa palavra foi
instituída depois que a Igreja foi construída”. Tudo desculpa! Desculpa
para ir minando o SAGRADO, o DIVINO, porque existe no topo quem
acredita na importância suprema desta palavra IMACULADA e deseja
suprimir também tudo o que se refere à nossa amada Mãe Imaculada
Nossa Senhora. Desejam aqui para esta face da Terra a CONSTRU-
ÇÃO de um MUNDO HORIZONTAL e nesse MUNDO HORIZONTAL o
Sagrado o Divino “eles” querem destituir do poder; para dá-lo a um só
governo, a um só poderio e a seus obreiros pedreiros que trabalham
para ele. Agora estou esperando que os sequazes do animal tirem da
torre do ex- seminário (lugar onde tanto aprendi e que tantas graças
Deus me fez vir, mas “passado”, pois que transformado na TECNO-
PUC), a imagem da Nossa Senhora Imaculada Conceição. Quem são
os que desejam retirar a Imagem de Nossa Senhora da Imaculada
Conceição da torre do ex Seminário Maior da América Latina, da cidade
menor, onde atualmente, “reside” a TECNOPUC?
Este será o GRANDE TERMÔMETRO que eu farei questão de
deixar para você, meu leitor amado, como a GRANDE TEMPERATURA
marcada pelos animais, caso retirem a IMACULADA do SEU TRONO
DE GLÓRIA.
Faço questão de frisar o que segue. O professor Leandro Quadros
prova na Bíblia, na Palavra de Deus, que é inadmissível um maçom ser
um cristão; ele comprova a incompatibilidade de um maçom ser um cris-
tão. Padre Paulo Ricardo explica sobre o mesmo assunto. Acessando o
839
Google você chegará a eles. Faça a sua pesquisa, por favor. Temos
que aprender a separar o joio do trigo. Pelas pessoas, eu desejo a mi-
sericórdia. Não tenho pessoa alguma relacionada à maçonaria. Não
conheço a maçonaria. Nunca entrei numa loja maçônica. Não conheço
homem algum que se relacione com a maçonaria particularmente. Co-
mo a cidade onde eu resido é pequena uma pessoa ou outra deixa es-
capar que fulano é da maçonaria e sicrano, beltrano... Mas são espe-
culações.
Minha Estrela Guia é Nossa Senhora de Fátima. Minha Mãe do
Imaculado Coração de Maria me fez chegar até aqui com você, amado
leitor. Estou longe fisicamente, não conheço também quem são as pes-
soas que escrevem os livros sobre a Igreja Católica dos nossos desejos
atuais frente aos horrores, as aberrações que estamos cientes. Não os
conheço. O que está me ligando a eles é puramente, genuinamente o
meu coração e o meu amor por Cristo Nosso Senhor, pela Igreja Católi-
ca; tanto Dela eu recebi e tenho para dar, para contribuir. Sou da Igreja
Católica Divina, da parte Boa, do Bem desta Igreja. Minha causa é a
mesma de Padre Gobbi e de Nossa Senhora de Fátima. O Amor é a
alma que faz o elo entre nós. Estamos engajados, estamos unidos nos
afins. Temos as nossas intercessões pelo Amor.
O Papa João Paulo II é o Papa formado pelo Coração Imaculado
de Nossa Senhora. Ela o amava muito. Foi no seu papado que o Livro
de Nossa Senhora ao padre Stefano Gobbi se fez surgir.
Verdadeiramente? Quando saiu Bento XVI fiquei me perguntando
o que o levou a sair. Pressão interna? Logo após aquele estardalhaço
todo em cima do novo Papa.
Dizia Jesus Cristo à Santa Faustina para que ela fizesse a imagem
D’Ele, de Jesus Misericordioso com os raios de sangue (vermelhos) e
água (brancos) que saíssem do Seu coração com a frase embaixo di-
zendo: “Jesus, eu confio em Vós”. E deixando orações para que nós
840
passemos a entregar as almas para Ele, Jesus Cristo, para que nós
confiemos as nossas almas como também as almas de quem deseja-
mos entregar a Seu Poder. Ao Poder de Jesus Cristo. Eu desejo entre-
gar muitas almas a Misericórdia de Jesus e a minha própria alma.
Um dia, eu peguei o Diário A Misericórdia Divina na minha alma,
escrito por Santa M. Faustina Kowalska, que o meu amigo Irmão Maris-
ta me emprestou para eu ler. Confesso que iniciei, mas não consegui ir
até o fim. Muito sofrimento eu percebia que santa Faustina passou. Mui-
to! Ler aquela obra, para mim, seria muito penoso. Muito! Então, resolvi
abrir aleatoriamente o Diário de Santa Faustina, para ver o que ela me
diria para eu colocar no meu livro. Caiu o seguinte, assim que eu pus os
olhos, página 270, 961:
“+ Hoje, de manhã, quando terminei meus exercícios espirituais,
logo me pus a fazer crochê. Eu sentia no íntimo do meu coração _ sen-
tia que Jesus estava descansando nele. Essa profunda, essa doce con-
vicção da presença de Deus me levou a dizer ao Senhor: “Ó Santíssima
Trindade, que residis em meu coração, peço-Vos, dai a graça da con-
versão a tantas almas quantos pontos eu fizer neste crochê.” Então ouvi
na alma estas palavras:_ Minha filha, são grandes demais os teus pedi-
dos. _ “Jesus, afinal para Vós, é mais fácil dar muito do que pouco.” _
Sim, para Mim é mais fácil dar muito do que pouco, mas cada conver-
são de uma alma pecadora exige sacrifício. _ “Portanto, Jesus, eu Vos
ofereço este meu (304) trabalho sincero. Este sacrifício não me parece
pequeno por um tão grande número de almas, pois Vós, Jesus, por trin-
ta anos salvastes as almas com um trabalho assim e, como a santa
obediência me proíbe penitências e grandes mortificações, aceitai estas
insignificâncias com o selo da obediência como coisas grandes.” Então
ouvi esta voz na alma: _ Minha filha querida, satisfaço teu pedido.
“Por isso, envia sobre nós o Teu Espírito Santo, para que, às nos-
sas desordens humanas, Ele imponha aquela primitiva ordem divina”.
Amém!
(Lya Luft)
849
Quisera eu deixar-te o melhor de mim
Falar de anjos divinos
Enchendo tua alma de encantos
Para nunca mais te ver chorar.
850
Quisera eu falar de bolhas de sabão
E com a transparência em cores
Refletisse a vida digna
Em Deus Pai Nosso Senhor.
851
Quisera eu ser um anjo somente
Que em teus sonhos surgisse
Para te ser somente dons e tons delicados
E acordar levemente com sorriso em teus lábios.
852
Paisagem em Retalhos
Fui mistério e não cópia
Fui vontade e imaginação.
Fui desejo de ser borboleta e estrela
E a rosinha manhosa, na redoma de vidro
Do Pequeno Príncipe do meu coração.
Fui mistério e não cópia
Fui vontade e imaginação.
Fui à filha e não a Mãe
De um sonho em construção.
853
Fui vontade e inspiração.
Entregar um coração valente
Ao sopro de Deus a condução.
Quisera eu... Quisera eu... Quisera eu...
Poder um dia na vida ensinar-te a amar.
Mas foi assim que Aprendi na vida
Que se deve o Tempo respeitar.
E... A Vida Ensina...
854
Oração pertencente ao Livro
“Aos Sacerdotes, filhos prediletos de
Nossa Senhora”
Um Rosário Abrangente
856
Ir. Firmino José Schneider
Sinal da cruz.
COMO TRILHA DE SALVAÇÃO, orientada segundo os MISTÉ-
RIOS da CAMINHADA de JESUS.
– Unidos com todas as criaturas e por todas elas, rezemos:
– Creio em Deus Pai...
– Pai Nosso
– Pai, obrigado pelo AMOR que nos tem; nós também O amamos.
1 Ave-Maria
FILHO obrigado pelo AMOR que nos tem; nós também O ama-
mos.
1 Ave-Maria
ESPÍRITO SANTO obrigado pelo AMOR que nos tem; nós tam-
bém O amamos.
1 Ave- Maria
1 Glória ao Pai...
As Jaculatórias são:
– Ó meu Bom Jesus, perdoai-nos livrai-nos do fogo do inferno; le-
vai as almas todas para o Céu e socorrei principalmente as que mais
precisarem.
– Ó Mãe de Deus, derramai sobre a humanidade inteira as graças
eficazes da Vossa Chama de Amor, agora e na hora de nossa morte.
Amém.
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Mistérios Gozosos ou da Alegria
858
– a JESUS-VERBO DIVINO a nossa gratidão pela SUA ENCAR-
NAÇÃO, rezemos.
1 A.M.
GLÓRIA ao PAI ao FILHO ao ESPÍRITO SANTO como era no
princípio agora e sempre e por todos os séculos, amém.
– As jaculatórias Ó meu Bom Jesus... A jaculatória Ó Mãe de
Deus...
859
Louvemos a TRINDADE com o LOUVOR das CRIATURAS pre-
sentes ao ACONTECIMENTO...
Pai Nosso...
– Em comunhão com o LOUVOR de JESUS NENÊ e de todos os
nenês, louvamos a TRINDADE, rezemos.
2 A.M.
– Em comunhão com MARIA-MÃE, com as nossas mães e com
todas as mães, louvamos a TRINDADE, rezemos.
2 A.M.
– Em comunhão com JOSÉ-PAI, nossos e todos os papais, lou-
vamos a TRINDADE, rezemos.
2 A.M.
– Em comunhão com os PASTORES e REIS MAGOS, com o po-
vo, intelectuais e sábios, louvamos a TRINDADE, rezemos.
2 A.M.
– Em comunhão com os ANJOS e o nosso ANJO DA GUARDA,
louvamos a TRINDADE, rezemos.
2 A.M.
GLÓRIA ao PAI ao FILHO ao ESPÍRITO SANTO como era no
princípio agora e sempre e por todos os séculos, amém.
– A jaculatória Ó meu Bom Jesus... A jaculatória Ó Mãe de Deus...
1º O BATISMO de JESUS
À Trindade Santíssima oferecemos a vida oculta e pública de Je-
sus e Maria e de todas as pessoas, rezemos.
Pai Nosso...
– A Humanidade une e oferece a sua vida ativa à de Jesus e Ma-
ria, rezemos.
2 A.M.
– A Humanidade une e oferece a sua vida de oração à de Jesus e
862
Maria, rezemos.
2 A.M.
– A Humanidade une e oferece a sua vida apostólica à de Jesus e
Maria, rezemos.
2 A.M.
– A Humanidade une e oferece a sua luta pelo BEM à de Jesus e
Maria, rezemos.
2 A.M.
A Humanidade une e oferece a sua luta ao MAL à de Jesus e Ma-
ria, rezemos.
2 A.M.
GLÓRIA ao PAI ao FILHO ao ESPÍRITO SANTO como era no
princípio agora e sempre e por todos os séculos, amém.
– A jaculatória Ó meu Bom Jesus... A jaculatória Ó Mãe de Deus...
864
– Rezamos com e pelos ESCOLHIDOS para nos transmitirem as
MENSAGENS ATUAIS do ALÉM.
2 A.M.
GLÓRIA ao PAI ao FILHO ao ESPÍRITO SANTO como era no
princípio agora e sempre e por todos os séculos, amém.
– A jaculatória Ó meu Bom Jesus... A jaculatória Ó Mãe de Deus...
2º A FLAGELAÇÃO DE JESUS
Com e pela HUMANIDADE MALTRATADA e TORTURADA, re-
zemos.
Pai Nosso...
– Com JESUS e MARIA e as pessoas perseguidas, rezemos.
2 A.M.
– Com JESUS e MARIA e as pessoas incompreendidas, rezemos.
2 A.M.
– Com JESUS e MARIA e as pessoas que sofrem traições, reze-
mos.
2 A.M.
– Com JESUS e MARIA e as pessoas injustiçadas e presas, re-
zemos.
2 A.M.
– Com JESUS e MARIA e as pessoas mártires, rezemos.
2 A.M.
GLÓRIA ao PAI ao FILHO ao ESPÍRITO SANTO como era no
princípio agora e sempre e por todos os séculos, amém.
– Rezar a jaculatória Ó meu Bom Jesus... Rezar a jaculatória Ó
Mãe de Deus...
869
– A HUMANIDADE ADULTA carrega a sua cruz unida a JESUS e
MARIA.
2 A.M.
A HUMANIDADE IDOSA carrega a sua cruz unida a JESUS e
MARIA.
2 A.M.
– A HUMANIDADE TERMINAL carrega a sua cruz unida a JESUS
e MARIA.
2 A.M.
– A HUMANIDADE DOENTE, AGONIZANTE e ABANDONADA
carrega a sua cruz unida a JESUS e MARIA.
2 A.M.
GLÓRIA ao PAI ao FILHO ao ESPÍRITO SANTO como era no
princípio agora e sempre e por todos os séculos, amém.
– A jaculatória Ó meu Bom Jesus... A jaculatória Ó Mãe de Deus...
Os Mistérios da Esperança ou
Mistérios Gloriosos
1º A RESSURREIÇÃO DE JESUS
Unidos às testemunhas da RESSURREIÇÃO, felicitamos e agra-
decemos a JESUS pela Sua Ressurreição.
Pai Nosso...
– Unidos com Maria Mãe de Jesus felicitamos e agradecemos a
Jesus pela Sua Ressurreição.
2 A.M.
– Unidos com os Anjos, felicitamos e agradecemos a Jesus pela
Sua Ressurreição.
871
2 A.M.
– Unidos às Santas Mulheres, felicitamos e agradecemos a Jesus
pela Sua Ressurreição.
2 A.M.
– Unidos aos Apóstolos e Discípulos, felicitamos e agradecemos a
Jesus pela Sua Ressurreição.
2 A.M.
– Unidos às demais testemunhas, felicitamos e agradecemos a
Jesus pela Sua Ressurreição.
2 A.M.
GLÓRIA ao PAI ao FILHO ao ESPÍRITO SANTO como era no
princípio agora e sempre e por todos os séculos, amém.
– A jaculatória Ó meu Bom Jesus... A jaculatória Ó Mãe de Deus...
2 A.M.
– Unidos aos Anjos, agradecemos a felicidade e a eternidade do Céu.
2 A.M.
– Unidos a todos os Santos e Santas, agradecemos a felicidade e
a eternidade do Céu.
2 A.M.
872
– Unidos a todos os nossos familiares e pessoas com quem convi-
vemos, agradecemos a felicidade e a eternidade do Céu.
2 A.M.
– Unidos com todas as criaturas, agradecemos a salvação e a feli-
cidade eternas.
2 A.M.
GLÓRIA ao PAI ao FILHO ao ESPÍRITO SANTO como era no
princípio agora e sempre e por todos os séculos, amém.
– A jaculatória Ó meu Bom Jesus... A jaculatória Ó Mãe de Deus...
2 A.M.
GLÓRIA ao PAI ao FILHO ao ESPÍRITO SANTO como era no
princípio agora e sempre e por todos os séculos, amém.
– A jaculatória Ó meu Bom Jesus... A jaculatória Ó Mãe de Deus...
874
princípio agora e sempre e por todos os séculos, amém.
– A jaculatória Ó meu Bom Jesus... A jaculatória Ó Mãe de Deus...
Ernesto Olivero
A ESTRELA DE BÁRBARA
880
Hino Te Deum (A Vós, Ó Deus)
881
ó Pai onipotente,
De imensa majestade,
e adora juntamente
o vosso Filho único,
Deus vivo e verdadeiro,
ó Cristo, Rei da glória,
do Pai eterno Filho,
nascestes duma Virgem,
a fim de nos salvar.
882
Regei-nos e guardai-nos
até a vida eterna.
883
A VIDA ENSINA EM BUSCA DO EQUILÍBRIO
TESTEMUNHOU A PRESENTE LEITURA
A “MÃE” ENSINA
MEUS FILHOS, SEJAM FORTES E DECIDIDOS,
CONTINUEM A SER NO MUNDO
OS DIVULGADORES DE MINHAS MENSAGENS,
COM MUITA FORÇA E DEDICAÇÃO.
(Do livro: UMA VOZ FALA AOS MEUS OUVIDOS)
884
COMPAREÇAM À FESTA
QUE ELE LHES PROPORCIONARÁ. (Livro: O TERCEIRO SE-
GREDO)
885