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Sumário

Prefácio
Introdução
Capítulo I Parte 1 Tempo de Deus Como Construção de Um Ser.
Capítulo I Parte 2 Tempo de Deus Como Construção de Um Ser.
Capítulo I Parte 3 Tempo de Deus Como Construção de Um Ser.
Capítulo II Parte 1 Uma Leitura da Minha Vida
Capítulo II Parte 2 Um Mergulho na Minha Vida
Capítulo II Parte 3 Uma Feliz Experiência
Capítulo II Parte 4 Novas Vidas
Capítulo II Parte 5 Novas Relações
Capítulo II Parte 6 Novo Caminho
Capítulo II Parte 7 Novos Problemas
Capítulo II Parte 8 Um Enigmático Somatório
Capítulo II Parte 9 Novo Horizonte
1
Capítulo II Parte 10 Duas Almas
Capítulo II Parte 11 A Cobra
Capítulo II Parte 12 Um Show
Capítulo II Parte 13 Um “Bom Dia”
Capítulo II Parte 14 Um Convite
Capítulo II Parte 15 Uma Leitura
Capítulo II Parte 16 Um Quadro: Tristeza e Euforia
Capítulo II Parte 17 Uma Recordação Indelével
Capítulo II Parte 18 Um Tônico Insubstituível
Capítulo II Parte 19 Mulheres e Situações
Capítulo II Parte 20 Impotência/Covardia
Capítulo II Parte 21 Uma Mensagem
Capítulo II Parte 22 Uma Compreensão
Capítulo II Parte 23 Dualidade e Presenças Divinas
Capítulo II Parte 24 Um Filme e Uma Realidade
Capítulo II Parte 25 São Jorge (o santo) _ Jorge (o não santo)
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Capítulo II Parte 26 Três Testemunhos Altifalantes

Capítulo III Parte 1 Batalha Por Um Mundo Justo


Capítulo III Parte 2 Forças Espirituais
Capítulo III Parte 3 Do Espiritual à Realidade
Capítulo III Parte 4 Nossa Senhora no Brasil
Capítulo III Parte 5 Representações do Mundo
Capítulo III Parte 6 Minha Representação do Mundo
Capítulo III Parte 7 Professores Marcantes
Capítulo III Parte 8 Vários Escritos e Considerações
Capítulo III Parte 9 À Procura e Surpresas
Capítulo III Parte 10 Que Brilhe a Luz de Jesus Cristo
Capítulo III Parte 11 A Busca Pelo Equilíbrio Espiritual e Material

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Palavras Finais

Posfácio

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Prefácio
Aceitei com amor e gratidão prefaciar o livro A VIDA ENSINA.
A autora quis-me acompanhante em todas as fases da sua elabo-
ração. Capítulo por capítulo, apreciava a exposição. Pronunciava-me,
por escrito, sobre o seu conteúdo.
Esta amiga colaboração tem sido uma oportunidade para dialogar
e para uma respeitosa troca de perspectivas do assunto exposto.
O que qualifica o livro é a transparente partilha das profundas rea-
ções do EU da autora perante as situações, os acontecimentos da rea-
lidade que nos envolve; e da sua vida, marcada pelo sofrimento e por
incompreensões.
Partilha franca de uma vida dolorosa, vivida com lucidez.
Partilha dos recursos naturais e sobrenaturais para encontrar as
soluções para ultrapassar esses “momentos negros” da sua vida.
Partilha franca das alegrias e dos apoios no desempenho da sua
missão.
Partilha da incompreensão e frieza dos colaboradores na mesma
área de atividades, em momentos festivos.
Partilha da fraca ou não fraternidade de certos profissionais clíni-
cos que a acompanharam e trataram.

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Partilha da sua visão pessoal do contexto social, político e religio-
so.
Partilha da sua visão cristã da vida.
PARTILHA de que uma vida, para ser verdadeira vida humana,
não pode prescindir da presença e da ação do além.
Partilha da sua vida cristã concreta.
Partilha de que as situações e acontecimentos da vida nos mar-
cam indelevelmente.
Partilha de que o esquecer e o perdoar, não raro, ultrapassam co-
nhecimentos e simples recursos naturais.
Partilha de quanto o PAI NOSSO é Oração sábia e oportuna para
a nossa vida peregrina do dia-a-dia.
Partilha de alertas para desvios da vida cristã, da vida religiosa.
Partilha de apelos para a sabedoria, valores e serenidade da vida.
Partilha de mensagens do aquém e do além.
Partilha de amor, à espera da resposta.

Leitor e leitora, com os meus votos que descubra os valores que


nos proporcionam mesmo a mais prosaica, a mais simples e comum
vida humana, quando vivida em profundidade.

Leitor, leitora, boa e proveitosa leitura.


Ler... e ... aprender
Aprender... e... viver

Viamão, agosto, 2013.


Irmão Firmino José Schneider F.M.S.
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Irmãos Maristas das Escolas.

Introdução

“Referindo-se ao edifício cultual, esta igreja foi construída para vós, mas
vós é que sois à Igreja” - disse Santo Agostinho.
Sinto que nada sou sem você. Nem sei se saberei um dia. Mas lanço-me
neste grito surdo; talvez não tão surdo assim, se encontrar o eco do meu
pensar, do meu sentir, do meu agir; saberei então que nada foi em vão.
Adelaide

Esta obra é um presente para minha Mãe amada, Nossa Senhora;


intercedeu por mim na caminhada da vida. Estou inteira, aqui estou. Por
estar inteira eu preciso valer para você, isto é, fazer dar sentido a minha
vida; partilhar com você, deixar registrado através deste livro, meu tes-
temunho. A Leitura da Vida me fez vontade de uma dialética. Mesmo
sendo uma dialética parcial ou unilateral. Como filósofa religiosa, me
sinto incumbida de fazer meu melhor, fazer minha parte. Como filósofa
religiosa, tive a observação da Vida e me senti chamada a deixar o eco
da minha voz através deste para uma dialética. Preciso de você, mes-
mo entendendo que a resposta da dialética da qual preciso somente o
Tempo dará.
Somente consegui escrever este livro porque encontrei respaldo
espiritual em minha amada Mãe, Nossa Senhora de Fátima, através do
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surgimento marcante em minha caminhada existencial da Obra Aos Sa-
cerdotes, filhos prediletos de Nossa Senhora, que também chamo Livro
Azul. No decorrer do livro A Vida Ensina Em Busca do Equilíbrio, você
ficará conhecendo meus pensamentos, tudo no qual acredito: na verda-
de, na existência da mentira, na justiça, no amor, fé, esperança e mise-
ricórdia. Tenho muito a dizer, a trazer uma realidade considerada pouco
falada, testemunhada, comentada e o faço com muita coragem. Esta
coragem vem do grande amor sentido por mim, pela Nossa Senhora,
Maria, Mãe de Jesus; através da leitura das Suas mensagens, encontrei
consonância na minha própria vida.
Passava por muitos sofrimentos; intensos sofrimentos existenciais
desde pequena. Outras pessoas faziam parte do meu contexto histórico
no meu sofrimento. A luz da leitura do Livro de Nossa Senhora de Fáti-
ma, com Suas Mensagens, através de Locuções interiores ao padre
italiano Stefano Gobbi, fizeram-me acordar para uma realidade da qual
não sabia ser tão séria e real. De posse do Conhecimento do conteúdo
do Livro, pude perceber que vivia rodeada pelo Mal e tinha uma batalha
espiritual a transpor.
Isso se confirma quando Nossa Senhora nos diz, através da Men-
sagem; deixo para você, parcial, em Cenáculo espiritual realizado em
Fátima, 13 de outubro de 1985. Aniversário da última aparição. Livro,
Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Senhora.

“Esta é uma grande batalha em que se combate sobretudo a nível


espiritual”. Página, 490.

A luta é pelo Mal em si. A luta é contra o Mal de fato! A luta é espi-
ritual. A batalha é ir além do que se vê como a pessoa agindo de forma
má. Ir além. Não é a pessoa, mas aquilo do qual a pessoa faz, ela pro-
cura a nível espiritual maléfico. Faz com que a Humanidade caminhe
em direções antagônicas, contrárias ao desejo do Deus Amoroso e Mi-
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sericordioso. A luta é contra o Mal. Constata-se este Mal quando se co-
nhece a palavra de Deus e principalmente no Livro que se apresentou
para mim no decorrer da vida, pela minha experiência de um submundo
espiritual maléfico e a partir daí, procurar as defesas certas, as defesas
através da Verdade.
A luta não é contra pessoa alguma, não é para fazer sentir ofendi-
do alguém ou pensar num poder de julgar, pois o julgamento é com
Deus; a luta é pelo Mal do qual fala Deus na Bíblia, Sua Palavra para
nós nesta face da Terra; a Bíblia está no mundo para nos orientar. Mais
do que nunca precisamos dela nesse Tempo. Tempo de muitos lixos
espalhados e temos que optar entre o trigo ou o joio e nos defendermos
em oração.
Quão grande é a minha responsabilidade de escrever este meu li-
vro, meu querido leitor. Eu sei disso. Não tenho como narrar aqui, em
pouquíssimo espaço, toda a Obra grandiosa de nossa Mãe amada. De-
sejo, por isso, pedir perdão e desculpas pela minha limitação, mas você
pode saber, entretanto, eu procurei fazer a minha parte. Procurei fazer
o meu melhor; o meu melhor no amor, na fé, na esperança, na credibili-
dade; na dedicação, no empenho, ou seja, no esforço de passar a reali-
dade desta Verdadeira Tela que é a Vida. O meu melhor será o convite
para você, querido, possuir o Livro de Nossa Senhora de Fátima, a Sua
própria Obra.
Com Seu amor de Mãe da Humanidade, a Rainha da Paz, deseja
a todos seja dado o tempo de conversão e se refugie em Seu Coração
Imaculado e nos consagremos a Ela através da oração de consagração
deixada em Seu Livro e deixada no posfácio para você.
Numa de Suas Mensagens, Nossa Senhora nos diz:

“Recordai-vos, hoje, da minha primeira aparição na pobre Cova da


Iria, em Fátima. Desci do Céu como vossa Mãe e Rainha. Manifestei-

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me a vós, no esplendor de minha luz imaculada. Apareci como Mulher
vestida de sol, que tem a missão de formar a sua falange para os mo-
mentos decisivos da batalha. Estes são os tempos da minha grande
Luz. Estes são os tempos da oração e da penitência. Ainda hoje, con-
vido-vos a orar e especialmente pela conversão dos pobres pecadores,
dos ateus e dos afastados. Recitai sempre o Rosário. Oferecei orações
e sacrifícios para a salvação das almas, porque ainda hoje vos repito
que muitas vão para o inferno, porque não existe quem reze e se sacri-
fique por elas. Estes são os tempos da conversão e do retorno ao Se-
nhor. Então, muitos de vossos irmãos seguir-vos-ão pelo caminho do
bem, do amor e da santidade. Obtenho-vos a graça do arrependimento,
para que possais viver longe do pecado, do mal e do egoísmo. Que a
cada dia se torne maior o número dos meus fiéis que renunciam ao pe-
cado para caminhar na estrada da graça de Deus. Que a Lei do Senhor
seja sempre mais observada e praticada. Então, muitos de vossos ir-
mãos seguir-vos-ão pelo caminho do retorno ao Senhor e da salvação.
Estes são os tempos da minha paz. Aos filhos que me escutam e se
consagram ao meu Coração Imaculado, Eu ofereço o dom da minha
Paz. Conduzo-vos a viver na paz do coração e da alma. Faço-vos per-
manecer na serenidade, mesmo em meio a grandes perturbações. Pá-
gina 639. Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Senhora. Cenácu-
lo espiritual realizado em Marienfried (Alemanha), 13 de maio de 1988.
Aniversário da 1ª Aparição de Fátima.” A mensagem não foi copiada na
íntegra.

Continua Nossa Senhora, na mesma Mensagem, a nos dizer:

“Marco-vos com meu selo, para que possais difundir por toda parte
a luz da fé, da santidade e do amor, nestes dias de densa escuridão.
Estes são os tempos da grande misericórdia. O Coração de Jesus está
para derramar as torrentes do seu Amor divino e misericordioso. É
chegada para o mundo a hora da grande misericórdia. Esta descerá
como orvalho sobre cada ferida; abrirá os corações mais duros; purifi-
cará as almas imersas no pecado; conduzirá os pecadores à conversão
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e concederá a todos a graça de uma completa renovação.” Página 640.
Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Senhora. A mensagem não
foi copiada na íntegra.
“Os encontros de padre Gobbi com o Papa João Paulo II ocorre-
ram respectivamente nos seguintes anos: 1988, 1989,1993, 1994,
1995” – consta no Livro. Padre Stefano Gobbi concelebrava na capela
particular do papa João Paulo II. Quando padre Gobbi, a 19 de dezem-
bro de 1994, completava o trigésimo aniversário da sua ordenação sa-
cerdotal, na cidade do Vaticano, concelebrava com o Santo Padre na
sua capela particular.

O Livro possui uma breve introdução de padre Gobbi, seguida de


outra do Cardeal Ignace Moussa I Daoud, patriarca emérito de Antio-
quia dos Sírios, Prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais.
Respectivamente páginas V, VI, IX.
Qual o motivo pelo qual tudo começou, isto é, para o surgimento
da Obra de Nossa Senhora de Fátima?

“O padre Stefano Gobbi, a 08 de maio de 1972, participa de uma


peregrinação a Fátima e, na Capelinha das Aparições, põe-se a rezar
por alguns Sacerdotes, que, além de traírem a própria vocação, tentam
formar associações rebeldes à autoridade da Igreja. Interiormente uma
força o impele a confiar em Maria. Servindo-se dele como de um humil-
de e pobre instrumento. Nossa Senhora acolherá todos os Sacerdotes
que aceitarem o convite para se consagrarem ao seu Imaculado Cora-
ção, para permanecerem fortemente ligados ao Papa e à Igreja a ele
unida e conduzirem os fiéis ao seguro refúgio de seu Coração Mater-
no”. Página XV. Livro Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Se-
nhora.

Em particular foi escolhido Pe. Stefano Gobbi. Por quê? Na página


6 da Sua Obra, do Seu Livro, encontramos esta explicação, que não
está na íntegra, dada por Nossa Senhora. Cenáculo espiritual realizado
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em 16 de julho de 1973. Festa de Nossa Senhora do Carmo:

“Escolhi-te por seres o instrumento menos apto. Assim, ninguém


dirá que esta Obra é tua. O Movimento Sacerdotal Mariano há-de ser
Obra somente minha. Através da tua fraqueza manifestarei a minha
força; através do seu nada, manifestarei o meu poder. Eu mesma serei
a Comandante deste exército, que estou agora a formar no silêncio e
no recolhimento como, durante nove meses, no meu seio se formou
Jesus e como O ajudei a desenvolver-se dia-a-dia durante tantos
anos”.
“Ele acontece já em toda parte e tu, meu pequeno menino, és o
instrumento escolhido por Mim para uma tão grande missão”. Página
1015. Manaus, Amazônia, Brasil, 17 de setembro de 1995.
“Com o MSM, Nossa Senhora quer oferecer à Igreja um valioso
auxílio para superar a dolorosa crise da purificação em que está viven-
do nestes tempos. Por causa da crise, vê-se que Ordens e Congrega-
ções religiosas, florescentes outrora, atravessam agora momentos de
particular dificuldade. Com Sua Obra, Nossa Senhora deseja ajudar a
todos a superarem, com Ela, os atuais momentos de sofrimentos e, por
isso, convidam em primeiro lugar, os Sacerdotes e, depois, os Religio-
sos e fiéis a consagrarem-se ao Seu Coração Imaculado, e à maior fi-
delidade ao Papa e à Igreja”. Páginas XXXIII e XXXIV. Aos Sacerdotes,
filhos prediletos de Nossa Senhora.
“Também o livro é só um meio para a difusão do meu Movimento.
Um meio importante, que escolhi por ser pequeno. Ele servirá para dar
a conhecer a muitos esta minha Obra de amor entre os meus Sacerdo-
tes”. (24 de junho de 74). Página XXXVIII. Aos Sacerdotes, filhos predi-
letos de Nossa Senhora.
“Em 1974, iniciaram-se os primeiros Cenáculos de oração e frater-
nidade entre os Sacerdotes e fiéis; progressivamente, difundiram-se na
Europa e em todas as partes do mundo. Até o final de 1996, Pe. Stefa-
no Gobbi visitou várias vezes os cinco continentes, para presidir os Ce-
náculos regionais, fazendo cerca de 900 voos de avião além de nume-
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rosas viagens de carro e trem. Fez 2400 Cenáculos, dos quais: 1090,
na Europa; 917, na América; 146, na Ásia; e 142, na Oceania. Isto
constitui uma prova da admirável difusão do Movimento por toda parte,
nesses anos”. Página XVI, do Livro, Aos Sacerdotes, filhos prediletos
de Nossa Senhora.

Nossa Senhora fez quatro promessas às famílias que fizerem o


cenáculo:

Abençoará o casal e cimentará o seu amor mútuo, defendendo-os con-


tra as chagas do divórcio, da separação e da infidelidade.
Salvação das almas dos filhos, defendendo-os de todos os perigos de
se perderem.
Cuidará de todas as suas necessidades materiais e espirituais, pois
Nossa Senhora é nossa Mãe, pensa em tudo.
Durante o período do castigo promete proteger a família com Seu man-
to, contra todos os males.

Considero importante esse meu trabalho, pois a todos cabe o di-


reito de possuir esse Conhecimento e somando-se ao meu sentir, ao
meu vivenciar o espiritual maléfico e o espiritual divino. O Mal e o Bem,
a nível espiritual, são os mesmos em qualquer lugar do mundo. O Pai
da Mentira, satanás e seus sequazes, a nível espiritual é um só, atuan-
do em qualquer lugar do mundo. Deus, Nosso Senhor Jesus Cristo é
um só em todo o mundo. Nossa Senhora é uma só, no que tange ao
Seu espiritual e amor, em todo o mundo. Seu coração é somente um e
também seu amor. Nossa Senhora poderá se apresentar de uma ma-
neira a cada pessoa, de acordo com a região, com o país, com as ne-
cessidades de um povo, de uma pessoa necessitada, mas Maria, a mãe
de Jesus Cristo, é uma só.
Tive o privilégio de estar presente em alguns destes encontros do

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Movimento Sacerdotal Mariano em Porto Alegre e Guaíba, nos quais o
padre Stefano Gobbi aqui esteve. Nestes movimentos, me fortalecia e
não me sentia só, pois ficávamos em um número grande de pessoas e
em frente à imagem de Nossa Senhora Rainha da Paz, rezávamos o
terço, cantávamos, havia missa com Eucaristia e fazíamos nossa Con-
sagração a Nossa Senhora, a Rainha da Paz. Os Livros ficavam expos-
tos para a venda. O Livro era vendido à parte do Movimento Sacerdotal
Mariano.
O padre Gobbi, sempre que vinha para realizar o Movimento Sa-
cerdotal Mariano, trazia uma pessoa para ser intérprete, por ser italiano.
O livro que eu possuo em mãos atualmente (já tive outros) é da vigési-
ma terceira edição, e nele consta: “tradução da vigésima quinta edição
Italiana 2004 - edição típica “Ai Sacerdoti figli prediletti dela Madonna”.
Nas páginas LXV e LXVI do “Livro de Nossa Senhora aos Seus fi-
lhos prediletos, os Sacerdotes”, encontramos a explicação sobre a au-
tenticidade, pela Igreja, descrito nos manuais de teologia espiritual, so-
bre o fenômeno místico de Locução interior: meio de comunicação de
Nossa Senhora com padre Stefano Gobbi; e assim se sucederam as
demais mensagens realizadas em cenáculos espirituais.
Locução interior “não é um fato estranho, nem sensacional, mas é
um fenômeno místico presente na vida da Igreja e descrito nos manuais
de teologia espiritual. Quando se trata de um fenômeno autêntico, a
‘locução interior’ é o dom de tudo o que Deus quer fazer conhecer e
ajudar a cumprir, revestindo-o de pensamentos e palavras humanas,
conforme o estilo e linguagem de quem recebe a mensagem. A pessoa
se torna instrumento de comunicação, embora conservando intacta a
própria liberdade, que se manifesta num ato de adesão à ação do Espí-
rito Santo. Enquanto acolhe a palavra do Senhor, seu intelecto perma-
nece como que inativo. Não vai à procura dos pensamentos nem da
maneira como expressá-los, como acontece, por exemplo, a quem pre-
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para um discurso importante ou escreve uma carta. São palavras cla-
ríssimas, percebidas pela pessoa que as recebe como se nascessem
do coração, as quais, unidas entre si, formam uma mensagem”.
Das páginas XLIX e L, retiro algumas explicações sobre o fenô-
meno de Locução interior:

“No fenômeno das locuções interiores apresentado no livro, o Pe.


Stefano, em atitude de extrema normalidade, sem entrar em transe
nem cair em êxtase, escreve, em seguida, sem cansaço mental, sem
pensar duas vezes e sem fazer correções, tudo o que sente interior-
mente e se expressa sem prestar atenção, de acordo com a pobreza e
a riqueza do próprio estilo e caráter, ainda quando se trata de evidenci-
ar verdades que anteriormente não conhecia ou não consideradas an-
teriormente por ele como tais”.
“Para julgar-lhes a validade, ateve-se aos critérios clássicos e tra-
dicionais:
• correspondência com a Verdade revelada;
• atitude constante de humildade e obediência;
• alguns sinais pedidos humildemente a Deus;
• disponibilidade serena do indivíduo e paz que precede e continua
após a comunicação divina”.

“Para distinguir as locuções autênticas das espúrias, que são fruto


de engano deliberado ou de mórbida autossugestão, ou até mesmo de
interferência do Demônio, há normas muito precisas”. Página XLVI. Aos
Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Senhora.

Do Livro das Mensagens de Nossa Senhora de Fátima, retiro có-


pias relevantes de alguns trechos e a íntegra de algumas mensagens;
espero sirvam a você, para levar em conta o quanto se faz importante
ter o Livro da Mãe Santíssima e, dessa forma, conhecer, mesmo um
pouco das Suas Mensagens, o que Ela vem nos alertando. Nossa Se-

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nhora avisa sobre como anda a Igreja Católica e a Humanidade e como
devemos proceder. Nossa Senhora de Fátima fez a Sua Obra para reu-
nir os Seus bons filhos prediletos, os Sacerdotes, ao Seu Imaculado
Coração de Maria, ou seja, o convite foi realizado para todos os Sacer-
dotes, através dos Cenáculos espirituais, através do Movimento Sacer-
dotal Mariano; entretanto, nem todos os sacerdotes participaram dos
cenáculos espirituais. Nem todos se consagraram ao Seu Imaculado
Coração. Nossa Senhora pede aos Seus filhos prediletos para serem
exemplos aos demais na Sua Igreja e para perseverarem com Ela na
batalha. A Mãe os chama para um bom caminho, um bom proceder,
porque há dentro da Igreja Católica, sacerdotes que tramam para a
construção de uma falsa Igreja e um falso Cristo. Veremos no decorrer
deste, através das colocações de Nossa Senhora em Suas Mensagens.
Ela, num Tempo concedido por Deus, levou vinte e cinco anos para rea-
lizar a Sua Obra. A minha vontade seria de colocar aqui, neste, todas
as Mensagens de Maria, Nossa Senhora, se eu pudesse. Mas a mim
compete fazer a minha parte. Deixo uma gotinha, apenas, de um ocea-
no.
Nesta colocação de Nossa Senhora, ainda nos primeiros cenácu-
los espirituais, do ano de 1975, Ela diz assim:

“O vosso sim, Sacerdotes consagrados ao meu Coração! Só isto


esperava para começar a agir. Agora, convosco, começarei a minha
Obra. Em primeiro lugar, este meu Movimento espalhar-se-á por toda a
parte, reunirá os meus Sacerdotes prediletos, os quais, levados pela for-
ça irresistível do Espírito Santo, hão-de corresponder e reunir–se no
exército dos meus Sacerdotes chamados a ser fiéis apenas ao evange-
lho e à Igreja. Vós sereis os meus Sacerdotes fiéis quando chegar o
momento da terrível confrontação com os Sacerdotes propagadores do
erro, que se levantarão contra o Papa e contra a minha Igreja, arrastan-
do para a perdição número imenso de meus pobres filhos. Nas trevas

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que o espírito do mal há-de espalhar por toda a parte, sereis fiéis no
meio das muitas ideias errôneas, que, disseminadas pelo espírito de so-
berba, se hão-de afirmar em todo o mundo e que serão seguidas por
quase todos, no momento em que na Igreja tudo será posto em discus-
são e o próprio Evangelho do meu Filho será tido como lenda, vós, Sa-
cerdotes a Mim consagrados, sereis os meus filhos fiéis. Fiéis à Igreja, a
força da vossa fidelidade provirá unicamente de vos terdes habituado a
confiar em Mim, de vos terdes tornado dóceis e obedientes à minha voz.
Escutareis apenas a minha voz, meus filhos, e não a voz deste ou da-
quele teólogo, não a doutrina deste ou daquele, ainda que tenha alcan-
çado vastas adesões”. Páginas, 72 e 73. (4 de janeiro de 1975) Primeiro
sábado do ano. Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Senhora.
(Cópia parcial).

Por favor, meu querido leitor, não fique conjecturando sobre as da-
tas. Não fique considerando que: “ah, mas essas mensagens são tão
ultrapassadas, antigas; imaginam, elas são de 1975 e nada aconteceu”.
Nossa Senhora, através das Mensagens deixadas, explica essa ques-
tão no decorrer do seu Livro. Tudo depende do nosso sim. Depende
das nossas orações. No desenvolvimento desta obra, retiro algumas
Mensagens da Obra de Nossa Senhora para você poder compreender
sobre o tempo de Deus; este se difere do nosso tempo contado pelo
relógio; um tempo cronológico. Acredito poder chamar esse tempo de
Deus de um tempo ontológico. Ou seja, posso afirmar que o Tempo
chegou. Posso afirmar que a Boa Mãe, muito preocupada, faz muito
Tempo, vem preparando o Tempo da Misericórdia. A própria Mãe nos
diz, “a taça divina está transbordante”. É Ela, é Maria, a mãe de Jesus
intercedendo por nós, perante Deus.
Continua a Mãe:

“O meu Coração é um Coração Imaculado, isto é, um coração de


Mãe que nunca foi escurecido pela mínima sombra de pecado, límpido

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como a fonte, resplandecente como a luz. Mas agora está como que
submergido pela lama que penetrou no coração e na alma de tantos fi-
lhos meus. Verdadeiramente, o demônio da corrupção, o espírito de lu-
xúria seduziu, sem exceção, todas as nações da terra. A lama esten-
deu-se, por toda a parte, como véu de morte caindo sobre almas, até
mesmo sobre as que apenas se estão abrindo à primavera da vida. Os
Sacerdotes do meu Movimento devem restaurar nas almas a pureza e
hão-de combater firmemente contra o demônio da luxúria em todas as
suas manifestações. Hão de combater contra a moda, cada vez mais
despudorada, contra a imprensa que propaga o mal, contra os espetá-
culos que são a ruína da moralidade e contra a mentalidade corrente
que tudo legitima e justifica, contra a moral que tudo permite. Os meus
Sacerdotes, deverão, sobretudo, ser puros, muito puros! Eu mesma os
cobrirei com o meu manto imaculado e fá-los-ei homens novos, Sacer-
dotes íntegros e imaculados. Aos que caíram, restituirei à pureza, con-
duzi-los-ei a uma segunda inocência, feita de dor e amor. Desejo que o
Movimento Sacerdotal Mariano difunda pelo mundo aromas de pureza,
porque só através desta emanação celestial, meu Filho Jesus voltará a
ser Rei das almas e dos corações. Compreendeis, Sacerdotes meus, o
que significa a Mim estar consagrado? Significa viver para Mim, sentir
comigo, amar e sofrer comigo, na expectativa dos graves momentos
que vos esperam”. Páginas 21 e 22. (16 de outubro de 1973). Dar-lhes-
ei uma nova pureza. Livro, Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa
Senhora.

E a Mãe Santíssima continua:

“Resta ainda pouco de tempo favorável concedido à humanidade


para a conversão. Olhai para a vossa Mãe do Céu, que nasce “res-
plandecente como o sol”. O que é que ofusca a beleza e o esplendor
da Igreja? É a fumaça dos erros que satanás conseguiu fazer penetrar
na Igreja; tais erros se difundem sempre mais e levam muitíssimas al-
mas à perda da fé”. Página 488. Cenáculo espiritual realizado em Ful-
da, Alemanha, 8 de setembro de 1985. Festa do nascimento da beata
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Virgem Maria.
“Há seu tempo o Movimento sairá a campo descoberto para com-
bater o bando contrário, o exército que o demônio, meu eterno inimigo,
está a preparar com sacerdotes seus. Aproximam-se as horas decisi-
vas. Por hora, deixai-vos formar por Mim; deixai-vos guiar por Mim”.
Página 7. (16 de julho de 1973) Festa de Nossa Senhora do Carmo.
Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Senhora. (Cópia parcial).
“Dia virá em que o meu adversário julgará ter obtido completa vitó-
ria sobre o mundo, sobre a Igreja e sobre as almas. Será somente en-
tão que Eu intervirei — terrível e vitoriosa — para tornar sua derrota
tanto maior quanto mais convencido estava de ter vencido para sem-
pre. Tudo o que se está a preparar é tão grande, que nunca assim foi
desde a criação do mundo: por isso já está tudo predito na Bíblia. Já foi
anunciada a terrível luta entre Mim — “a Mulher vestida de sol” — e o
dragão vermelho, satanás, que conseguiu seduzir a muitos também
com o erro do ateísmo marxista. Já foi anunciada a luta entre os Anjos
e os meus filhos contra os sequazes do dragão guiados pelos anjos re-
beldes. Sobretudo, já foi claramente anunciada a minha completa vitó-
ria”. Páginas 95 e 96. (18 de outubro de 1975) Festa de São Lucas
Evangelista. Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Senhora.

Para mim, considero os bons sacerdotes, como um para raio do


mundo, assim como bispos, cardeais e o próprio Papa. Nossa Senhora
os tem, sim, como Seus filhos prediletos porque representam o próprio
Cristo aqui na Terra; por isso mesmo a nossa atenção como fiéis Cató-
licos, os fiéis que aderiram ao Movimento Sacerdotal Mariano, os cris-
tãos em geral e a atenção dos bons Sacerdotes integrados ao Movi-
mento Sacerdotal Mariano.
O Papa Bento XVI, no seu livro Luz do Mundo, página 23 — retiro
apenas um trechinho — diz assim:

“No anúncio da fé e na administração dos sacramentos, todo sa-

19
cerdote fala e age sob o mandato de Jesus Cristo, por Jesus Cristo.
Cristo confiou sua Palavra à Igreja”.

Acredito na existência do Mal justamente como Nossa Senhora


nos deixa em Seu Livro manifestado; acredito nos Seus filhos predile-
tos, os Sacerdotes, susceptíveis a esse Mal. São uma espécie de para-
raios da Humanidade e o Mal está espalhado nesta Humanidade sofrida
e enferma; o Mal está em qualquer pessoa fazendo parte desta Huma-
nidade. Entre elas, estão também, a pessoa de um religioso (a), sacer-
dote, um bispo, um cardeal ou um papa.
Devemos, como nunca, ficar atentos e saber quem dirige nossas
vidas ou quem são as pessoas que fazem parte de nossas vidas. Como
é, o que fazem quem são elas. Mais do que nunca devemos ficar aten-
tos àqueles que estão dirigindo nossas vidas; tanto no campo político
quanto no campo espiritual. Veremos qual a forte questão norteando
tantas dificuldades na vida dos seres humanos aqui nesta face da Ter-
ra.
Quão grande é a minha responsabilidade, mas sei eu faço a minha
parte. Como sei, também, sou humana.
Não conheço você; não o conheço, meu querido, mas, por ser eu
mãe e avó, desejo que este livro chegue até você através da vida e nas
asas do amor. Um livro nascido da vontade de uma alma em poder aju-
dar. Vontade em deixar esperança às crianças, aos adolescentes de
amanhã, aos amados velhinhos, ao amor deixado para você, e que se
estenda aos animaizinhos para não morrerem os jardins e as borbole-
tas!
Sinto muito pelas crianças, pelos nossos velhinhos desvaloriza-
dos, pelos adolescentes do nosso amanhã, em uma preocupação: o
desejo de um mundo bem mais humano, justo, transparente, puro. Sinto
e sei que a ausência de Deus na Educação, na Moral está matando aos

20
poucos a humanidade. Acredito ser esta a razão do mundo estar como
está: tecnicista, materialista, superficial; um mundo se achando inteli-
gente com seu uso da razão mais do que o coração. Um mundo materi-
alista no qual por pouco pessoas não passam a virar cédulas, papéis
secos; se deixam viver plenamente pela conversa do mundo dos negó-
cios, vinte e quatro horas do dia. O pensamento de muitos gira em torno
do dinheiro e pelo dinheiro passam a fazer de tudo; inclusive vender a
própria alma ao diabo. E, o pior, são esses, em grande parte a viver no
topo do mundo, dirigindo nossas vidas. Essas são, em grande parte, as
cabeças dirigentes do mundo. Sendo assim, onde fica o olhar diligente,
compassivo, ciente das necessidades humanas necessárias para um
bem viver e com humanidade? O olhar ao homem simples, comum e a
quem Deus fez à Sua Imagem e Semelhança? Onde está Deus nestes
homens?
Quando falo Deus, não são deuses! Falo de Deus Único Amoroso.
O nosso Deus amado, forte, todo poderoso! O Deus da oração do Cre-
do. Volto a dizer: consideram-se vivendo num mundo inteligente, mas o
mundo está mais embrutecido pela falta de Deus; com muitas pessoas
mostrando traços dos homens das cavernas, da Idade da Pedra; po-
rém, Deus, ao verificar isso acontecendo, em algumas searas da vida,
outros homens nascem e fazem a paisagem mudar para o humanismo.
Uma nova paisagem pode surgir se dermos nosso sim a Deus. Uma luz
surgirá no final do grande horizonte.
Este é um livro de uma pessoa que, para conseguir continuar vi-
vendo, teve de buscar poesia na vida. Um livro de uma filósofa que
possui um sonho, de que o mundo possa mudar, possa se humanizar
muito; um mundo onde as pessoas ainda sintam o desejo de lutar por
uma transformação interior; um mundo onde haja mais pureza. Par isso
ocorrer há uma necessidade urgente na busca de Deus e na escuta e
prática das palavras de Nossa Senhora. Um livro deixado nas Mãos do
21
Pai Amoroso e mais ainda, de minha amada Mãe, Coração Imaculado
de Maria. Vai ficar no mundo para o mundo e seja feita a Vontade de
Deus “assim na Terra como no Céu”. Este meu livro deseja estender os
braços do amor de Nossa Senhora e de uma mãe e avó para as demais
mães e avós que ainda possam sentir o amor de Maria. Que essas
mães e avós prezem pela Vida através da força do amor de Maria e da
força do amor que brota dos seus próprios interiores. O amor deseja a
Luz, deseja a conservação da espécie, deseja a dignidade, luta pela
Justiça. Está ao lado da Bondade! O amor deseja a humildade no saber
errar, pois o erro faz parte do ter humanidade. O amor sabe perdoar! O
amor possui o Tempo! Um Tempo feito de tempos de espera; um tempo
menor, cronológico-humano, onde “a cada dia basta o seu cuidado”! É
feito de paciência! Um livro franco, sincero; não tem a pretensão de fa-
lar somente o bonito, o que lhe vai agradar, mas primeiramente deixar
as verdades faladas por Nossa Senhora e sobre as quais assino junto
através deste livro; foi o modo encontrado para fazer alguma coisa co-
mo Igreja e na qual luto por ela para ser mais santa e menos pecadora.
Um livro, sobretudo, alicerçado na Palavra de Deus! Um livro, com cer-
teza, vai dar sete por sete (você não entenderá ainda neste momento
inicial o significado: é uma teoria e tese de vida: a minha! São outros
escritos já deixados por aí...). Um livro de alguém simples; vivi um mun-
do com mistérios, meus mistérios interiores e exteriores. A alma huma-
na é um mistério e é sagrada; isto é assim considerado por mim. Um
livro nascido para você; esperei a venda de um apartamento, herança
do meu pai, e, assim, poder voar até você. Um dinheiro que, para mim,
será bem aplicado! Não se preocupe; as razões da venda não estão
somente aqui, mas a intenção primordial nestes últimos Tempos, sim.
Repetindo: deixo meu pedido particular à aquisição do Livro de
Nossa Senhora, para que, com Ela, você possa constatar e ponderar
acerca do sentido da Vida, a fim de resistir a um tempo futuro. Nossa
22
Senhora fala no tempo da purificação e tribulação. Nossa Senhora fala
na preparação da Humanidade para a segunda vinda de seu filho Jesus
Cristo e nossa preparação para o segundo advento. Fala muito mais...
Minhas observações como filósofa religiosa fizeram sentido para
mim. Por isso, lanço esse olhar de um assunto considerado linguagem
universal; um assunto espiritual envolvendo a todos. Quero quase ter-
minar esta introdução deixando dito que para a realização deste, na
caminhada com a Igreja Católica, não poderia deixar de recorrer a al-
guém que lesse com olhos espirituais meus escritos. Assim, meu amigo
e Irmão Marista, meu irmão em Cristo, quem prefaciou este, foi meu
acompanhante em todas as fases de minha elaboração, se pronuncian-
do por escrito onde guardo com todo amor, como aprovação desta
obra.
Esta é uma obra pessoal, luta por uma causa própria, por encon-
trar a força na Eucaristia e ter percebido a Misericórdia de Deus e de
minha Mãe, enviando pessoas no Tempo de Deus para me tirarem do
sofrimento; assim percebi e senti na minha alma o que é Redenção.
Nossa Senhora de Fátima não combateria com o Mal fazendo o
mesmo papel espiritual do Mal, pois, como Mãe, é extremamente amo-
rosa. Sabe reconhecer os pecados, não admite a Igreja Católica esteja
como está, pelas traições de Sacerdotes fazendo parte da maçonaria,
mas espera destes mesmos sacerdotes, a sua conversão.

“Os sacerdotes enfraquecem-se, muitos são maus e infiéis e dissi-


pam os tesouros da Santa Igreja de Deus”.
“A hora do castigo já chegou”.
“Agora, mais do que nunca, tendes necessidade de confiar-vos a
Mim, vossa Mãe Celeste, porque tenho a missão do senhor de conduzir-
vos todos pela estrada do bem, da salvação e da paz”. Página 662, Aos
Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Senhora, em retiro espiritual em

23
Rubbio (Itália), 8 de dezembro de 1988. Festa da Imaculada Conceição.

Nossa Senhora deseja a conversão das pessoas que estão se en-


tregando ao Mal e estejam neste tempo, afastadas de Deus. A conver-
são deve ser livre, deve vir da alma possuidora da vontade em mudar,
em ser nova pessoa. Ela deseja dessas almas escravizadas ao Mal que
se libertem a Tempo, antes da segunda vinda de Jesus Cristo. Nossa
Senhora se preocupa com a Humanidade pecadora. Somos nós, como
um todo, para quem Ela pede rezarmos mais; pede para a Humanidade
se purificar. São aos Sacerdotes traidores da Igreja Católica para quem
Ela, como Mãe amorosa pede a esses Seus filhos prediletos se conver-
ter. Seu filho Jesus Cristo possui toda a autoridade para até o último
instante dar a quem O está traindo, o Seu Perdão, a Sua Misericórdia.
Jesus Cristo, até o último instante de vida pode dar a qualquer pessoa
em pecado, necessitada da Sua Misericórdia, a libertação, pois o con-
trário faz com que a pessoa se sinta tão mal, tão culpada, tão escravi-
zada.
Se a pessoa se arrepende de coração, com sentimento verdadei-
ro, tudo está consumado para o melhor. Podemos encontrar essas ver-
dades nos livros onde a Irmã Faustina, passando no Tempo, ser a san-
ta Faustina, nos deixa todas as instruções dadas por Jesus Cristo a ela,
de como obtermos essa Misericórdia Divina. Que possamos caminhar
para nossa lapidação interior enquanto há Tempo! O livro “A Vida Ensi-
na Em Busca do Equilíbrio”, passa pelos olhos da Mãe bem antes que
os meus, pois meus olhos se fizeram no Tempo, leitura e entendimento,
em Seu Livro Azul, na Palavra de Deus, na interferência de Deus em
minha vida, através da Sua Providência Divina.

24
Capítulo I

Parte 1

“Quero Dizer Meu Sim (K7: Agnus Dei didática 89)


Quero dizer meu sim, Como Tu, Maria,
Como Tu, um dia, Como Tu, Maria.
Quero amar Jesus...
Quero amar o irmão...”

Tempo de Deus Como Construção de Um Ser


Uma maneira simples de entender o vir-a-ser de uma pessoa no
Tempo é deixando o Tempo de Deus fluir, ou seja, deixar os pensamen-
tos leves, onde os problemas ou preocupações possam ser substituídos
por situações que a façam feliz: boas leituras, boas imagens, boas mú-
sicas, pessoas queridas — sem esquecer o espiritual em Deus, o mais
importante. Acredito que não haja direcionamento melhor na vida de um
25
ser humano do que o olhar-se para dentro de si para buscar ser melhor
quando não nos sentimos bem por alguma razão.
Muitas vezes, podemos viver um “mar de problemas” e não pen-
sarmos em mais nada a não ser resolver esses problemas, mas aban-
donando totalmente o pensamento em Deus. E foi exatamente assim
que me encontrava. Na verdade, eu precisava muito de Deus e sei que
Ele surgiu em minha vida porque obtive um toque de classe. Alguém
surgiu em minha vida e me ajudou totalmente. Naquela ajuda vi que
Deus enviara a pessoa certa. Entendi o que era realmente o amor. En-
tendi a frase que li um dia: “Faça o bem sem olhar a quem”. Fiquei
compreendendo o que Jesus Cristo disse: “Amai-vos uns aos outros
como Eu vos amei”. Fui tocada extremamente por uma experiência que
aconteceu nessa caminhada existencial de sofrimentos. Recebi uma
lição forte em sofrimento, mas essa lição me fez ver Jesus Cristo de
outra maneira. Ver Jesus Cristo meu Irmão verdadeiramente, cami-
nhando comigo, isto é, pude sentir profundamente o que Ele sofria, pois
Ele via o que eu sofria e assim eu estive Nele e Ele em mim.
A ausência de Deus torna ainda mais pesada nossa vida, uma vi-
da sem leveza, sem esperança, porque muitos não conhecem esse la-
do da dimensão humana e diria que é a mais importante dimensão,
embora por muitos abandonados. Buscando seu melhor, você será
mais feliz, ficará em paz e fará as pessoas em volta de si, felizes e me-
lhores. Você, que possui o dom da vida, graça divina, é muito importan-
te para Deus. Se você existe, está aqui nesta Terra, há uma razão em
Deus. Ele lhe deu uma alma.
Veja o que diz Edward Neves M. B. Guimarães:

“A nossa vida é fruto de um grande mistério de gratuidade. Rece-


bemos a vida como um dom, um presente. Os que acreditam em Deus
afirmam que a vida é fruto do amor gratuito de Deus Criador. O Cristia-

26
nismo concebe que Deus é Pai Criador e nos criou à sua imagem e
semelhança com a dignidade de sermos seus filhos e filhas. A vida não
tem preço, ninguém consegue comprá-la ou perpetuá-la ou controlá-la
totalmente. No máximo podemos cuidar bem dela, amá-la com toda in-
tensidade procurando vivê-la com sabedoria”.

Há pessoas que não dão valor a sua vida. Dizem que não pediram
para nascer ou acabam culpando Deus por suas mazelas existenciais.
Pensam em Deus culpando-O, mas muitas destas pessoas são esque-
cidas de que o próprio Mal existe; sempre existiu como um perseguidor
por aquele anjo que quis, com sua soberba, seu orgulho, principalmen-
te, sua inveja, copiar o Criador. Aquele que trouxe o pecado para o
mundo onde Deus somente desejaria o Bem, o Paraíso a todos nós.
A desobediência entrou como um Mal. Na desobediência, o peca-
do original faz parte de cada indivíduo. Agora é a nossa vez de mos-
trarmos merecedores do nosso próximo Paraíso: a morada com nosso
Pai após a morte. Há pessoas que não compreendem que ao receber a
dádiva de poder viver esta vida, fazendo dela um merecimento em
Deus, terão as mais belas oportunidades, possibilidades de fazer parte
de outra: o Reino de Deus. Há pessoas que sofrem muito e não supor-
tam e não sabem o que fazer com tais sofrimentos. Não entendem que
valerá a pena passar sofrimentos por aqui, nesta Terra, que, compara-
da ao Reino Eterno, junto com Deus, com nossos amigos queridos, pa-
rentes que também foram merecedores de fazer parte do Reino de
Deus, esses sofrimentos, quando ponderados em Deus, em Jesus Cris-
to serão amenizados e acompanhados de esperança; valerá a pena
passar o que tiverem para passar porque o fim parecendo ser o fim é o
contrário: na morte inicia a verdadeira vida.
Porquanto, se entregarmos nosso fardo nas mãos de Deus, com o
nosso pensamento Nele e nosso coração, a vida se torna muito mais
leve. Assim pensa quem possui fé. Quem procura a confissão ou a re-
27
conciliação com Deus para purificar-se e purificar o mundo. Para quem
vive na força da Eucaristia, na Luz e proteção de sua alma na Eucaris-
tia. Se não tivéssemos nascidos, não nos tornaríamos possibilidades.
Se você, nesse exato momento pensar, imaginar a sua morte, aquele
momento que não tem volta, poderá então dizer assim: “Que tristeza!
Vou e todos e tudo ficará, mas e eu? Todo meu ser jaz aqui, sem mais
possibilidades. Acabou! Para esse mundo aqui, meus olhos se fecham
e o que fui eu, fiz o quê?” Agora é a hora e a vez de fazermos ser, isto
é, é nesta vida recebida de Deus, que você receberá graças, força, luz,
perdão, redenção e tudo mais.
Se nos dizemos Católicos Apostólicos Romanos, nunca haverá
dúvidas sobre o Tempo que deveremos lutar por nossas almas e cons-
truir já um mundo melhor. A Bíblia, que é a palavra de Deus, nos deixa
bem claro, em Hebreus, capítulo 9-27,28, sobre morrer uma única vez e
que foi por isso que Jesus Cristo deu Sua Vida por cada um de nós.

“Como está determinado que os homens morram uma só vez, e


logo em seguida, vem o juízo, assim Cristo se ofereceu uma só vez pa-
ra tomar sobre si os pecados da multidão, e aparecerá uma segunda
vez, não porém em razão do pecado, mas para trazer a salvação àque-
les que o esperam”.

Então, todo aquele que estiver em Jesus Cristo, seguindo a dou-


trina Católica e as igrejas cristãs, reconhece que a vinda de Cristo, Sua
segunda vinda, será para a nossa salvação. É com Nosso Senhor Je-
sus Cristo que possuímos o maior dos legados no que precisamos para
sair do buraco, graças a Deus! Esse sair do buraco é agora, já. Não há
outras vidas para refazer como pessoa. A vida é uma só!
No decorrer da minha vida, senti e aprendi a incomensurável ne-
cessidade da busca pelo Equilíbrio e pela salvação aqui e agora, neste
exato momento, ou seja, nesta vida e não em outra. Era aqui mesmo,

28
em cada dia da minha vida, nos momentos preciosos, eu busquei for-
ças, pois, como mãe, com dois amados filhos, não poderia de forma
alguma aceitar o que estavam querendo que eu me tornasse.
Um pensar velado, que muitas vezes sabia que estava na mente
de certas pessoas; aquela palavrinha que considero uma das mais em-
pregadas, seja por brincadeira, seja por ofensa mesmo, mas muito dita,
porque maldita, porque é exatamente isso que ninguém gostaria de ser:
“louco!”. A palavrinha pesada, quando usada para a pessoa que passa
por problemas de alma, um mal existencial, esta palavrinha, por si so-
mente, já vem tão, mas tão embutida de maldade, destilando desconfi-
ança, destruição da dignidade de qualquer ser humano. É o veneno
destilado. É o veneno solto! Por exemplo, na ignorância de muitos, se a
pessoa recorre à psiquiatria, e outras pessoas tomam conhecimento,
pronto: já é olhada de soslaio; certos murmurinhos acontecem, na pró-
pria casa não é bem quista, muitas vezes, e na sociedade; no grupinho
onde alguns vínculos se formam, se a notícia vaza, ainda pior. Isso po-
de não ser assim para todos, mas para mim foi. Mesmo que não che-
gasse a escutar cara-a-cara, mas os pensamentos, olhares velados,
visto que por trás daqueles olhares estava o pensamento. Não foi assim
tão sentido e intenso, pois segui meu caminho... Segui meu caminho,
porque encontrei pessoas outras, na graça de Deus e de irmãos em
Cristo, na hora certa.
Assim como um filho que não sabe que é adotado, por exemplo;
todos à sua volta, na família, convivem com aquela verdade menos o
próprio filho que em algum dia, um coleguinha acaba por dizer a ele em
uma discussão que ele não é filho daqueles pais realmente, mas fora
adotado. No íntimo, aquela pessoa sempre sentia que havia algo erra-
do, mas sentimento indefinido. Algo no ar. Sentia algo estranho; com-
portamentos de certas pessoas que não sabia explicar... Sentimentos
indefinidos, mas percebidos, sentidos. Conversas pelas costas... E um
29
dia, a pessoa fica sabendo da verdade de uma pior forma: “Você não é
filho verdadeiro, mas é adotado”!
Quando se vive em lugar pequeno, os comentários sobre algumas
situações surgem depressa e são facilmente espalhados. Na minha fa-
mília, havia um caso extremamente sério e que deixara um rastro de
sofrimento. Sofrimento conhecido por muitos na cidadezinha. Fica a
maneira desacreditada como olham a pessoa tida como doente mental
com os seus “surtos psicóticos” sempre na ótica da loucura e, então, da
indiferença; com a indiferença e o descrédito, as piadinhas superficiais,
os deboches, as risadinhas, as brincadeiras ditas para a “louca”; tudo
acompanha o pacote.
Eu seria uma segunda na família a passar por tudo o que ela vi-
veu, ou seja, certamente que nunca passaria por tudo o que ela viveu,
pois cada caso é único! Nunca o que ela viveu. Nunca. Pois aquele so-
frimento da minha mana amada só ela mesma viveu. Nunca outro ser
humano igual; Nunca. Mas... Estava caminhando para o destino dela.
Se não houvesse a interferência de Deus e minha Mãe amada. Se não
fosse a Providência Divina. A grande diferença de não ter chegado ao
ponto de ser internada, como minha amada irmã, foi que além da Provi-
dência Divina, não me deixei levar pelos rótulos e passara a fazer a Lei-
tura da Vida para detectar onde estava a resposta para tanto, mas tanto
sofrimento. Diria mais ainda: realmente peguei o Tempo! Meu Tempo
foi um Tempo de Deus e nesse Tempo a Providência! Quando eu falo
em Providência de Deus ou Providência Divina é a minha percepção
sobre a realidade na qual eu vivia e a outra realidade na qual passaria a
viver, onde as situações passaram a ser outras, quando passei a fre-
quentar a Faculdade de Filosofia. Mas até eu conseguir chegar ali, fo-
ram sucessões de situações horríveis que aconteceram. Muitas! Mas
elas foram corajosamente ultrapassadas. Porém para mim, o marco
principal em Deus, onde Ele pode interferir drasticamente em minha
30
vida, os seus Divinos, foi a partir do meu ingresso em Filosofia no Se-
minário Maior da cidade menor, na época. Lugar que passara a consi-
derar sagrado para mim. Ali, conhecera uma pessoa especial, o meu
amigo certo. Muito pouco ele costumava falar. Mais me escutava, via o
quanto estava sofrendo e me via chorar muito. Mais tarde, anos após a
amizade, fiquei sabendo que ele era terapeuta e a sua visão humanísti-
ca de ver um ser humano. Falara pouco comigo sobre os seus sonhos
pessoais com relação à Filosofia Clínica, mas o pouco que falava eu
percebia se tratar de uma pessoa ímpar. E realmente era. Falava do
seu jeito de clinicar, de visitar os seus partilhantes de bicicleta. Falava
que na Filosofia Clínica não existia loucura. Ficara encantada! Era por
isso que ele me aceitava do jeito que eu era, com tanta naturalidade.
Para ele, eu não tinha nada. Obviamente, que tinha na ótica da psiquia-
tria. Mas para ele eu tinha um mal existencial como outro qualquer.
Como alguém, por exemplo, que precise fazer hemodiálise continua-
mente. Ele sabia que eu fazia terapia, pois contei a ele. Então, eu tive o
amigo certo. Deus sabia disso. Deus e minha Mãe o colocaram na mi-
nha vida. Foi assim também que recebi um convite de uma pessoa mui-
to católica e que me dizia que havia um grupo de oração na igreja ma-
triz da cidade menor. Eu passara a fazer parte do grupo de oração.
Neste grande contexto da procura por mim mesma no desejo de res-
postas para tantos sofrimentos, como uma lagarta rastejante encontrei
uma porta aberta de igreja e foi ali, naquela igreja, que eu encontrei
meus irmãos em Cristo. Fui conduzida pela necessidade de algo que
nem mesma eu sabia explicar, a não ser que eu sofria muito existenci-
almente, pois me sentia numa completa solidão. O rótulo que eu ganha-
ra, como se marca um gado, para mim, eu senti que ficara como uma
pessoa leprosa. O estigma da loucura ficara pairado na família. Sem
Deus, que me conduziria na Sua Providência Divina ao lugar para meu
desenvolvimento espiritual, teria embarcado na canoa furada dos rótu-

31
los da psiquiatria e teria considerado que, se minha mana amada fazia
todas aquelas coisas pavorosas, também era meu destino aquele. Eu,
então, buscava forças para me levantar existencialmente. Era uma pes-
soa catando os caquinhos, os pedacinhos de mim mesma para se reer-
guer do seu mausoléu existencial como uma morta-viva, “bem vestida e
morta de fome”. Só que no meu caso, a fome era puramente de amor.
Não me refiro a um amor carnal, mas a um amor puro, transparente,
que me aceitasse do jeito que eu era e com meus sofrimentos. Não te-
nho palavras para agradecer a Deus e a meu Cristo e Irmão amado o
quanto foi providencial encontrar os meus queridos irmãos em Cristo
naquela igreja da cidade menor. Eu fui conduzida até aquele local pela
completa solidão na qual me encontrava. Encontrei calor humano. Vi
pessoas tão diferentes... Cada qual com seus problemas também lu-
tando numa fé viva, ao lado de um Ser Maior, ou seres Divinos. Ali, eu
vi claramente que as pessoas acreditavam no demônio e que faziam as
suas orações fortes para São Miguel Arcanjo. Aprendera a me defender
do Mal que sentia me perseguir. Eu desejava o invólucro do Divino; eu
queria ser envolvida por uma camada límpida e transparente do Divino.
Eu queria um envolvimento, um escudo invisível sobre mim da parte de
Deus. Eu queria uma auréola não somente como um anjo usa em sua
cabeça, mas em torno de mim. Eu queria que Deus e a Mãe me prote-
gessem; Jesus Cristo, que me livrasse do Mal, este Mal estava em mim
mesma, pois fiquei contaminada pela carga da marca recebida de pes-
soas que eu sabia pensarem de mim o que eu não era. Queria limpar
esse campo de malefícios. Quanto mais sofria tanto mais de Deus eu
me aproximava! Passara a rezar. Passara a ir às missas. Passara a me
confessar e a comungar. Passara a me abastecer de conteúdos fortes,
sólidos em Deus, Jesus e minha amada Mãe, Maria, a mãe de Jesus
Cristo. Sabia que tinha que permanecer fiel a Deus, a minha família ce-
leste, pois estava me sentindo melhor. Eu me sentia perseguida e essa

32
perseguição se fazia perceber em volta de mim, em mim mesma, atra-
vés de pessoas, de situações, de tribulações, de pessoas faladeiras,
dos fuxicos, de uma série de situações erradas no dia-a-dia da minha
existência nesse Tempo. Sabia que era um Mal invisível e percebi que
eu tinha que lutar; a luta era travada com o que eu passara a chamar de
“o animal”. Nossa Senhora, em Sua Obra fala claramente: satanás. Era
mesmo naquele lugar, naquela igreja que eu tinha que estar. Via pes-
soas engajadas numa luta para poderem, cada qual, superar seus so-
frimentos numa força maior. Esse era o nosso grupo e o nosso grupo
era a Renovação Carismática Católica, conhecida como RCC. No grupo
da Renovação Carismática Católica, alcancei meu desenvolvimento
espiritual para seguir em frente. Ali, naquele lugar, eu escutara pela
primeira vez as mais belas canções. Nunca tinha antes escutado aque-
las músicas, cujas letras me ensinavam sobre o Amor Verdadeiro. Um
Amor que estava ali todo Tempo, mas que eu vivia um Tempo outro.
Um Tempo sem abertura, ou seja, um Tempo que não era livre, não era
do mundo; vivia uma procura outra, de cura, em um casulo dentro de
quatro paredes de consultórios particulares e que estavam me levando
a uma existência de morta-viva. Eu seria a outra a ser internada num
hospício. Foi tão significativo, foi tão importante esse Tempo, que foi
através deste casulo existencial, de um existencial de qualidade, com
meus irmãos em Cristo, que eu me renovei, me fortaleci, criei novo fôle-
go para a Vida. Foi desta vivência que passara também a considerar
que eu era única perante Deus. Ficara claro para mim que, em Deus,
em Jesus Cristo e na minha amada Mãe, eu ganhara uma alma e única.
Concomitantemente a esse contexto, eu me fortalecia na leitura da Pa-
lavra de Deus e ali eu encontrara assim:

“Mas eu vos digo: todo aquele que se irar contra seu irmão será
castigado pelos juízes. Aquele que disser a seu irmão Raca, será casti-
gado pelo Grande Conselho. Aquele que lhe disser: Louco, será con-
33
denado ao fogo da geena”. Mateus 5,22.

Para mim, já não existiam dúvidas; eu era muito bem considerada


na maior Autoridade existente no céu e na Terra, entre esses espaços:
Deus Todo-Poderoso. Estava compreendendo onde habitava o Mal.
Sentira a importância da Filosofia Clínica para a Humanidade. O quanto
ela chegara no Tempo, diria até um Novo Tempo para Equilibrar esse
mar em tempestade, essa Humanidade enferma que aí está. O quanto
deveremos lutar para quebrar esse vidro transparente, invisível e visível
dos olhares de muitos médicos psiquiatras que se deixaram imbuir dos
conhecimentos de quem ateu era. Não somente quebrar os óticos, co-
mo também os corações empedernidos de quem não acredita na exis-
tência de Deus, nas maiores dimensões nas quais um ser humano de-
veria ser considerado; a dimensão espiritual. Deus nos diz que fomos
criados à Sua Imagem e Semelhança. As músicas da RCC e as suas
letras foram como flechas invisíveis para eu alcançar um aprender so-
bre o espiritual divino, pois o Tempo corria depressa. Eu somente per-
cebo isso agora. No Tempo de sofrimento, não pude nem prestar aten-
ção aos rostos das pessoas do grupo. O sofrimento era intenso demais.
As músicas que cantávamos juntos tocavam sensivelmente e profun-
damente o meu coração. As lágrimas eram as minhas companheiras e
amigas íntimas. Elas brotavam. Elas teimosamente, sem que eu conse-
guisse evitá-las, caiam profusamente. Sentia no âmago, sentia em meu
coração uma satisfação imensa por estar na Casa do Pai. Dei-me conta
do abandono, do meu afastamento total daquela realidade espiritual na
qual vivia ali, no grupo da Renovação Carismática Católica. Não raro,
quando eu chorava ouvindo as belas canções da RCC no livro que eu
passara a comprar em 1995, eu me lembrava da minha mãe terrena
quando a ouvi dizer que, se a deixassem numa missa, ela seria capaz
de chorar a missa inteira. E eu estava ali; não a minha mãe terrena,
mas a filha. E eu fazia igual. Não numa missa, mas curando-me, lavan-
34
do-me, purificando-me no grupo de orações da Renovação Carismática
Católica. Eu, por último, pegava o violão e através do livro com partitu-
ras, do ano de 95, e as melodias cantadas lindamente por uma das
coordenadoras, aprendia com ela e tocava. As letras das músicas can-
tadas no grupo ou nas missas tiveram um poder curativo sobre minha
alma. Como tenho a agradecer a quem descobriu as sete notas musi-
cais! Às vezes, tocava nas quartas-feiras, nas missas ao encargo da
RCC. Deixo para você, querido, algumas dessas canções nas partes de
cada um dos capítulos do meu livro. Assim, você poderá senti-las e es-
cutá-las um dia. Atualmente pela própria Internet, Google, colocando os
títulos das músicas e o ano (95), você poderá ouvi-las. Posso dizer, as-
sim como o filósofo Platão pensara sobre a música, que:

“A música é o meio mais poderoso do que qualquer outro, porque


o ritmo e a harmonia têm sua sede na alma. Ela enriquece-se. Ela enri-
quece esta última, confere-lhe a graça e ilumina aquele que recebe
uma verdadeira educação.”

Posso afirmar que bastava ouvir as letras das canções da RCC


para fazer uma das mais grandiosas experiências de aprendizagem em
Deus, ou seja, na minha família celeste. Foram flechas que me atingi-
ram na alma, pois que esta sentia fome daquelas palavras que se fize-
ram um reencontro na minha chama divina quase apagada. Foi o méto-
do mais eficaz para que eu me encontrasse com Deus, tão profunda-
mente, ao lado daqueles irmãos em Cristo numa intercessão de afins.
Como sou agradecida à Providência de Deus! Eternamente grata!
Passara a dar aulas de Ensino Religioso Escolar. Sentia-me forte.
Sensível, mas forte. Sentia-me merecedora de ocupar o cargo. Sabia
que eu tinha conteúdo sólido em Deus, presença N’Ele para passar aos
meus alunos. Embora não pudesse revelar nada para os alunos na es-
cola sobre o Movimento Sacerdotal Mariano e principalmente sobre o

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conteúdo de “Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Senhora”, eu
nunca me afastava desse Livro; sempre minha companhia. Não raro
estava com ele e o abria para ler. Mas este Livro ficara reservado por
longos anos. Vivia, eu, no cotidiano; levava, eu, a minha vida. Assim, eu
passara a atuar discretamente na minha escola dando as minhas aulas,
fazendo as minhas observações. Num Tempo tivemos um diretor católi-
co que participava de encontros de casais com Cristo. Lembro que doei
um quadro grande de Jesus Misericordioso para colocá-Lo na entrada
da escola, no saguão, bem em frente da parede, logo à entrada da por-
ta principal. Também fora colocada uma Nossa Senhora Aparecida na
entrada, abaixo de Jesus Misericordioso, em altarzinho discreto, sim-
ples. Quando tinha alguma comemoração religiosa mais importante, eu
reunia um grupinho de alunos em frente ao Cristo Misericordioso e
Nossa Senhora Aparecida e cantávamos; eu os acompanhava ao vio-
lão. Algumas músicas eram as que eu havia aprendido na RCC. A mú-
sica “Mãe do Céu Morena” é uma delas; outra, “Tu Estás No Meio de
Nós”.
Você, meu querido leitor, não pode imaginar a luta! A batalha invi-
sível travada era sutil, tanto quanto o demônio o é; eu tive que possuir
Conhecimento, compreensão e muito Amor para estabelecer vínculos
desta natureza ali na escola onde trabalhava. Sabia onde estava pisan-
do; não sabia a extensão, mas sabia que o Mal me vigiava. Constatei
após essa perseguição da Mentira, da calúnia, tantos sentimentos vis,
mesquinhos, de pessoas que não possuem o espiritual em Deus. Hu-
mildemente a caminhada foi realizada. Humildemente, mas cheia de
amor. Um Amor que eu recebia de Deus e de um coração de Mãe que
sabe amar realmente.
Médicos psiquiatras não se preocuparam com a parte “pessoa”,
humana, da alma, da história única que passa cada ser humano. A pri-
meira providência é dar remédios. E depois de um, mais um e outro;
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não acertando, vão trocando... Isso foi o que minha irmã amada passou
em sua vida por mais de quarenta anos. Foi um terror o que eu passava
internamente! Muito sofrimento... Quem é que gosta de seguir os mes-
mos passos de uma pessoa que mostra o pior dos sofrimentos na vida?
Ela viria a ser o meu espelho negativo.
As bases sólidas foram encontradas em Deus, no Livro de Nossa
Senhora, na Providência Divina para minha vida. Você leu na introdu-
ção quando citei as palavras de Nossa Senhora de Fátima:

“Esta é uma grande batalha em que se combate sobretudo a nível


espiritual.”

Então, foi nesse olhar da minha Mãe Celeste, nesse olhar da Mãe
do espiritual é que me deixei conduzir fazendo a minha Leitura da Vida.
Se você tiver esse cuidado de prestar a atenção ao espiritual, à quali-
dade de onde você vai procurar ajuda, antes de qualquer outra coisa na
vida, será muito importante para seu viver. Importantíssimo. Nada me-
lhor para o demônio ver uma pessoa tombar, pois a pessoa tombando,
como uma peça de dominó, as outras tantas pessoas, como em arras-
tão, todas as demais peças do jogo caem igualmente.
Senti muito na minha vida a palavra de Jesus Cristo que está em
Mateus, capítulo 10, versículo 34:

“Não julgueis que vim trazer a paz para a Terra. Vim trazer não a
paz, mas a espada. Eu vim trazer a divisão entre o filho e o pai, entre a
filha e a mãe, entre a nora e a sogra, e os inimigos do homem serão as
pessoas de sua própria casa”.

Isso acontece, essa separação de pessoas numa mesma casa,


quando da divergência de certas pessoas que não aceitam a Palavra de
Deus não fazem a leitura da Bíblia, mas dão por ouvidas as falsas reli-
giões, como ervas daninha.

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E pior ainda, quando são chamadas de loucas ao falar em Jesus
Cristo, ao rezarem por pessoas da família, por desejarem o bem no
Bem e não em falsas religiões. Muitas daquelas pessoas necessitam de
evangelização na Verdade. Satanás (é a denominação dada por Nossa
Senhora no Seu Livro); o demônio, o animal espiritual com seus espíri-
tos, seus demônios em legião, estão espalhados na Humanidade, nas
famílias sem Deus trazendo a elas a separação, as discórdias, os pro-
blemas numerosos os quais você mesmo passará a ter consciência
dessa realidade pouco, muito pouco falada, exposta por aí.
Você não os vê, mas eles existem! Você não os vê, mas eles pe-
netram no fermento propício através do pecado não depurado em con-
fissão e colocado em sua vida pela não procura da Eucaristia! E assim
passamos observar nos sanatórios, nos mausoléus, como costumo di-
zer, essas pessoas amadas por Deus e passam a se entregar facilmen-
te ao Mal. Muitas delas estão nas mãos de ateus; estes se preocupam
em medicar, em entupir com remédios as pessoas que vieram ao mun-
do à Imagem e Semelhança de Deus; pode ter certeza, não são da par-
te de Deus esses acontecimentos! Essas pessoas, na sua grande maio-
ria, não são devidamente respeitadas. Aqueles que deveriam cuidar
não se importam em tirar a historicidade delas e saber a razão de esta-
rem do jeito que estão. Eu digo a você que muitas delas vêm de um lar
desestruturado, com total falta de amor e do jeito que o animal gosta.
Pois o demônio gosta de secar esse elemento, essa substância funda-
mental onde todo o ser humano basicamente deveria ter o amor. E é
assim então, que ele, o demônio se manifesta. Pega a fragilidade, a
sensibilidade da pessoa revoltada com tudo e com todos por falta de
amor. Não possui a Palavra de Deus como solidez para enxotar de den-
tro de si esses sentimentos que se processam nos pensamentos ruins
de todas as variedades possíveis, transformando muitos em perfeitos
palhaços, seres abomináveis para o mundo, como o animal deseja.
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Se, como Católicos Apostólicos Romanos, acreditamos no nosso
corpo como o templo do Espírito Santo, olha o que faz a maioria de pro-
fissionais médicos psiquiatras — e a maior parte deles, também, ateus
— com as pessoas amadas por Deus. Se, como Católicos Apostólicos
Romanos acreditamos em nosso corpo como templo do Espírito Santo,
o que o próprio ser humano anda comprando e colocando dentro desse
corpo... É de qualidade? É qualquer coisa? Peguemos um exemplo: um
vaso se usa para colocar flores e enfeitar um lugar de destaque onde
queremos. Se esse vaso não for usado para colocar flores em cima de
uma mesa da sala, por exemplo, e começarmos a largar ali dentro coi-
sinhas, quinquilharias, como moedas, grampinhos encontrados pela
casa, chaveirinhos, notinhas de supermercado e tanto mais... Aquele
objeto (vaso) que teria tudo para ficar charmoso, lindo (as flores e seus
perfumes), acaba por virar um depósito de lixo. Perdão pelo comparati-
vo, mas é exatamente isso acontecendo conosco, com nosso templo do
Espírito Santo.
Em Deus, em Jesus Cristo, em Nossa Senhora há um crescimento
extraordinário da nossa pessoa quando deixamos alimentar nossa alma
por seus Conhecimentos. Que maravilha, se soubessem a validez da
Palavra de Deus, da Bíblia para um ser humano! O conteúdo em Deus,
da família celeste — ao penetrar a alma, seus pensamentos, suas von-
tades, sua índole — vai preenchendo o vazio que falta ou vai empur-
rando para fora de si o que é maléfico! Seus pensamentos se abrem! A
Luz entra!
Hebreus, capítulo 4, 11-13, fala sobre a Eficácia da palavra divina:

“Assim, apressemo-nos a entrar neste descanso para não cairmos


por nossa vez na mesma incredulidade. Porque a palavra de Deus é vi-
va, eficaz, mais penetrante do que uma espada de dois gumes e atinge
até a divisão da alma e do corpo, das juntas e medulas, e discerne os
pensamentos e intenções do coração. Nenhuma criatura lhe é invisível.
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Tudo é nu e descoberto aos olhos daquele a quem havemos de prestar
contas”.

Não basta o sofrimento da cruel, da bruta realidade de que algo


horrível acontece com essa criatura de um minuto para o outro, ainda a
pessoa recebe o peso do rótulo?! O gado é marcado! A pessoa, além
de receber os nomes dos óticos, junto com eles, a crueldade da palavra
dita na sociedade e pelos próprios familiares: “ela ficou louca!”. Pronto!
Trabalho completo! Trabalho completo de destruição da pessoa. Perde
a total dignidade perante si mesma, perante a sociedade. Dificilmente,
levanta. Dificilmente, consegue um reerguer. O demônio interfere no
que há de mais sagrado em um ser humano, a alma.
Alma, você sabe que é a faculdade intelectual. Alma, você sabe
que é sua índole, sua vontade, seus pensamentos. Já imaginou a ale-
gria do animal em pegar uma alma e ir minando aos poucos ou subita-
mente? Será que é em vão que escutamos seguidamente pessoas di-
zerem: “você está louca? Ah! Ele é louco mesmo! Por isso faz isso e
aquilo! Sua louca! Seu louco! Ele é meio louco! Ela é meio louca!”.
Dias desses estava em um banco resolvendo a questão do reca-
dastramento. Um rapaz senta ao meu lado sem parar de falar um minu-
to ao celular e subitamente diz para quem estava do outro lado: “Deixe
ele falar! Louco é assim mesmo: fala, fala, fala e fala sozinho! Deixe ele
falar! É louco mesmo!”.
Nem bem um minuto se passou disso escutado e uma funcionária
sai do seu lugar, atravessa a sala olhando para trás e dizendo para a
outra: “Tu estás louca!”, e seguiu com meio sorriso para a sua mesa de
trabalho do outro lado da sala. Saio do banco, procuro uma casa lotéri-
ca e vejo um homem dizer a duas mulheres, na conversa que manti-
nham, mas ao mesmo tempo olhando para mim, que passava por eles;
e na conversa deles eu ouvi a famosa palavrinha: “louca!”. Estou para

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ver palavra outra mais citada do que esta: “louca!”. E o julgamento está
aí.
Será que existe algo pior do que uma pessoa internada num hos-
pício? Será que existe algo pior do que uma pessoa não ficar de posse
de suas faculdades intelectuais, perder a vontade, a índole, não saber
muitas vezes quem ela é não ter domínio de si mesma? Não fosse as-
sim, a palavrinha essa, “louca”, não seria tão empregada, para determi-
nar um horror! Como sendo a última coisa da face da Terra no desejo
de uma pessoa e horrível mesmo. O medo do ficar louco, o medo de
perder o domínio de si. O medo de ficar internada num hospício e sem
poder participar do mundo, da sociedade, como uma leprosa. O medo
de ser esquecida pelos seus mais amados ali dentro. O medo, o pavor
de viver eternamente jogada num lugar onde não se sabe o que fazem.
E ainda há muito, mas muito mais sobre esse assunto... Mas o pior
mesmo, com a falta das suas faculdades intelectuais, sua vontade, sua
índole perdida, a pessoa não tem como ir atrás de Deus! O demônio
aniquila com tudo. É a alma sem Luz. É a alma nas trevas. Pode ter
certeza, não vem de Deus essa desgraça. Ele nos deixa dito que somos
criação Dele: “Imagem e Semelhança de Deus”.
Feliz daquele que possui alguém de coração e oração para inter-
ceder por quem se encontra num hospício. Que se preocupa com essa
pessoa, que pensa em colocar sua alma no livro de intenções numa
missa. Enfim, feliz aquele que possui uma pessoa que sabe amar na
família! Ah! O amor. Esse sentimento tão precioso e tão desvalorizado e
vulgarizado... Com toda certeza, Deus poderá fazer por ela alguma coi-
sa, pois foi lembrada no desejo para a pessoa necessitada no amor.
A Filosofia, a Filosofia Clínica me mostrava que cada ser humano
é único; como também Deus mandara a pessoa certa no meu caminho
existencial: o amigo. Saber que Deus provera fez toda a diferença na
caminhada existencial frente ao meu espelho negativo, minha amada
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irmã. Minhas leituras, quando lecionava Ensino Religioso Escolar, me
auxiliaram muito a ir-me edificando em Deus. O grupo de oração da
Renovação Carismática Católica, o Movimento Sacerdotal Mariano, fo-
ram fatores relevantes que fizeram com que encontrasse um novo ca-
minho, conteúdos sólidos, o conhecimento da verdade para negar vee-
mentemente o óbvio para muitos.
Muitos da medicina, por exemplo, não enxergam mais a pessoa
em sua frente, pessoa única, com sua alma sem igual. Em sua frente,
está uma pessoa cheia de história, de vivências próprias; portanto, lhe
deve o maior respeito, amor, atenção. Quem ama a Deus já não é o
mesmo. Seu olhar será de esperança sobre qualquer ser humano que
esteja em sua frente. Obviamente que esse ser humano deverá desejar
possuir vontade de conhecer também esse Deus e assim terá todas as
possibilidades que quiser.
O ser humano deve ser visto em sua dimensão superior, a dimen-
são espiritual divina. Enquanto estive fechada em quatro paredes de
consultório, somente fazia chorar e me queixar do meu mundinho exis-
tencial, daquilo tudo que vivia sempre com problemas, com discórdias.
Não enxergava o fim do túnel pelos sofrimentos. Nunca dentro daquelas
quatro paredes de consultório particular encontraria Deus, Jesus Cristo
e Nossa Senhora, minha Mãe, esquecida num Tempo. A dimensão es-
piritual divina era fundamental para mim, que pudesse me afastar da-
quele mundo espiritual outro, oposto, pois que maléfico ele era, para
dar as mãos a Deus (para todo o sempre) e abandonar aquele mundo e
me tornar uma soldadinha de Nossa Senhora, por exemplo.
Mas descobri a minha essência. Acreditava no Mal também, vela-
do, real e invisível. A busca era intensa e extremamente sofrida numa
época, de tempestade, na qual tudo em minha volta, ao que dizia res-
peito à minha existência, não transcorria bem. Eram portas que se fe-
chavam. Eram pessoas que criavam situações e das quais não tive au-
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xílio quando mais precisava, e a dor foi muito intensa. O sofrimento
existencial foi muito intenso. Na verdade, as pessoas são levadas a agir
de acordo com aquilo que carregam em suas almas; não tinham melhor
para me dar e o Tempo me fez compreender isso. Através do Mal que
me envolvia e do que as envolvia, do que viviam também com seus
problemas, suas atribulações; do que procuravam como melhor, e o
nível espiritual maléfico, em algumas delas.
Enquanto via, sentia o sofrimento de alguns ao me olharem, sabia
que aqueles olhares não tinham fundamento. Isso me revoltava e gera-
va mais dor. E na busca, na procura por eu mesma, fui descobrindo on-
de encontrar o tesouro da paz, da proteção contra o Mal que arrasta um
ser humano e toda uma família. Sentia sempre algo no ar e esse senti-
mento impressionante de uma tristeza imensa inexplicável, o meu in-
conformismo com relação ao sofrimento todo da irmã amada, acabava
se refletindo em mim: as observações que fazia sobre membros da mi-
nha família e outras pessoas que faziam parte do meu contexto exis-
tencial, e seus envolvimentos por problemas, atribulações, discórdias...
Ela foi uma das minhas irmãs mais velhas, vivera mais de quaren-
ta anos em hospícios, entre baixas e altas recebidas. Um verdadeiro
sofrimento era saber do padecimento da minha irmã amada. Sempre
tão talentosa, tão linda, acabar naquele estado deprimente e além de
tudo sem nenhum progresso médico. Quando me vi na situação de re-
ceber o mesmo rótulo de minha irmã, psicótica maníaca depressiva,
mais tarde o rótulo mudaria para bipolar, sentia que a família entrara em
polvorosa. Tive um stress muito profundo por inúmeras situações de
tribulações familiares, inclusive o mal desta minha irmã, os sofrimentos
que vivenciei desde pequena, os tumultos se seguiram no meu casa-
mento, e acompanhada, sobretudo pelo pior: estava envolta pelo espiri-
tual maléfico por pessoas que cultuavam seitas. Algo assim não surge
do nada. Há que se verificar o que leva uma pessoa, sua história de
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vida, a deixá-la existencialmente mal.
A falta de paz foi intensa. Foi muito difícil transpor aquela bolha in-
visível do rótulo recebido e me amarrando, me fazia prisioneira; as
amarras invisíveis que deixam um ser humano completamente estigma-
tizado perante os seus mais próximos, perante a sociedade; e, mais
grave, perante a própria pessoa que perde toda a confiança e dignidade
em si mesma. Precisei me fazer quase nova para travar uma batalha
espiritual, para estar com você, que me lê agora. Dizer-lhe com que im-
portância Deus entrou em minha vida, Jesus Cristo, na força encontra-
da espiritualmente na Eucaristia, com meus irmãos em Cristo, na Reno-
vação Carismática Católica. Foi nesse quadro de tristeza e dor de uma
pessoa não encontrando compreensão onde tanto queria, mas acaban-
do por encontrar em Deus, no Livro de Nossa Senhora, as respostas
necessárias e necessitadas para sair daquele horror que me levaria pa-
ra a morte em vida.
Passei a ponderar o que a Bíblia, a palavra de Deus, como Pai
Maior, tinha a dizer. Passei a fazer parte do Movimento Sacerdotal Ma-
riano conseguindo o “Livro de Nossa Senhora”; entrei para a Renova-
ção Carismática Católica e, com meus irmãos em Cristo e a Eucaristia,
minha vida foi mudando.
Verdadeiramente? Se tivesse que ficar naquele enquadramento
recebido, sendo rotulada, marcada como se marca gado, estaria mes-
mo no inferno. Teria acreditado naquilo como verdadeiro e, como muito
mal orientada pela médica e médico, acreditaria que meu fim seria
igual, o mesmo da minha amada irmã; aliás, estava quase acreditando
e quase indo para o escuro fosso existencial, não fosse a intervenção
de Deus através da Providência Divina. Fez toda a diferença o conhe-
cimento de que eu não era ela, entende? Que eu não era a minha irmã
amada. E assim, fez toda a diferença a Filosofia na minha vida e a Filo-
sofia Clínica, pois me deram parâmetros para entender que Deus dá
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uma alma própria a cada um e que cabe a ela ir atrás da sua salvação.
Caminhei rápido em busca e não olhava mais para trás nessa ca-
minhada. A Filosofia Clínica pontua claramente que cada um é um! Não
há dois iguais nesta face da Terra! Na minha completa ignorância e
cercada pela umbanda, de pessoas na própria família cultuando demô-
nios mesmo sem saberem; imagina você o que foi meu sofrimento. Mui-
tos médicos psiquiatras não possuem o senso humano de avaliar o so-
frimento, a dor do outro. Então, como não se sabe de nada, ou seja, a
pessoa vivendo no seu mal existencial, o correto seria chamar quem
está passando pelo problema existencial e explicar-lhe com carinho
que, não é porque uma irmã faz tais coisas, possui tal comportamento,
igualmente a outra pessoa passará também a fazer; já que o rótulo ga-
nho é o mesmo. Essa dimensão, esse cuidado, amor, carinho pelo nos-
so próximo a profundidade do entendimento de uma alma está aquém
da maior parte dos psiquiatras. É impressionante a empáfia, a falta de
humildade, a arrogância, o poder usado por muito deles despreparados
empregando seu jeito de ser e seus diplomas, certificados como escudo
no procedimento no tratamento de seres humanos humildes, bons, que-
ridos.
E eu nada sabia! Eu tinha meus atendentes, meus dois psiquia-
tras da Vida, atendida nos consultórios particulares e os tinha como
deuses. Literalmente, eu sem Deus e Jesus Cristo e a Mãe amada es-
quecida no Tempo era uma peninha solta ao vento. Completamente
desprovida da Verdade.
Então, cuidados humanos, existenciais, desse âmbito, dessa natu-
reza, muitos psiquiatras não possuem. Muitos deles não possuem estu-
dos filosóficos que lhes deem condição de chegar até o mundo do outro
para ajudá-lo. Possuem a ciência, a medicina, mas o trato humano com
o paciente, não. Nem remédios; muitos deles não sabem o que dar para
um paciente, entupindo-o com muitos medicamentos e nada resolvem
45
na maior parte das situações. É incrível o poder que um psiquiatra pos-
sui. É incrível o poder de agendamento que um psiquiatra possui sobre
um ser humano puro, inocente, isto é, que se vê num mal existencial
repentinamente, saindo de si e se vê diante de um rótulo. E a maioria
dos psiquiatras sabe disso; do seu poder. Pior do que isso é a própria
ingenuidade do “paciente” colocando o doutor, o médico na posição de
Deus ou de Jesus Cristo.
Meu amor pela Mãe foi me conduzindo, foi dando-me forças para
prosseguir envolta ao Mal que me cercava. Minha irmã, infelizmente,
não pegou o meu Tempo: o Tempo de Deus, mas viveu muito do tempo
do adversário de Deus: do Espírito Maligno. Na Leitura da Vida, minha
irmã pegou esse Tempo, e isso é assim considerado por mim, isto é, o
Tempo do demônio, do adversário de Deus, porque vivi o sofrimento da
minha irmã, porque vi a empáfia de certas médicas e médicos que se
colocam num pedestal frente aos familiares; falta humildade, falta pre-
paração humanística. Falta, sobretudo, amor. Falta enxergar a pessoa
sofrida com respeito, verificando sua história de vida para saber o moti-
vo da sua dor existencial. Olham, medicam considerando que esse ato
é tudo, o todo. Mas vai muito além, uma pessoa; vai além da medica-
ção, do remédio. O remédio possui a sua importância, mas antes de
tudo, a alma deve vir à frente do restante. A alma de minha irmã, com
toda a certeza, não estava sendo pensada em Deus, não estava sendo
alimentada pelo espiritual divino, pois além dos tantos psiquiatras não
possuírem esse mundo do espiritual divino, sendo muitos deles ateus,
minha mãe, buscava o seu mentor espiritual maléfico da umbanda para
seus pedidos. São forças maléficas a atuarem para a degradação hu-
mana. E... O animal deseja o extermínio gradativo da Humanidade. Ele
está a postos em todos os setores onde Deus não existe, onde Deus
não é invocado como Deus da Santíssima Trindade. Se, num Tempo o
Homem se preocupava com as conquistas dos continentes e fora num
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Tempo Homem da Caverna atualmente, a busca deverá ser cada vez
mais voltada para a alma; voltada para o interior humano. Somente as-
sim o Homem, em Deus, conseguirá descobrir-se capaz humanamente
de excelentes descobertas. Por quê? Porque em Deus da Santíssima
Trindade oferece o desenvolvimento das potencialidades interiores para
cada ser humano que assim desejar. Deus dá através do Espírito Santo
os dons, as aptidões, as descobertas interiores magníficas quando a
pessoa se deixa aberta a Ele. É Deus quem conduz a Humanidade...
Da era passada a nova era o Homem está criando; entretanto, a criação
deve se voltar ao Equilíbrio. A criação deve se voltar ao humanismo
para não se perder a própria Criação. A criação deve se voltar para a
espiritualidade da Verdade; de Deus Pai da Santíssima Trindade. A
Humanidade deverá buscar a humanidade tão perdida pela ação de-
moníaca. Inclusive a fabricação dos remédios o cuidado deve ser man-
tido, pois quem possui interesse em fabricar remédios? Quem deseja
por detrás dos bastidores perpetuarem a desgraça humana empurrando
pessoa, almas para o buraco ao invés de deixá-las “acordadas” para
que, desenvolvam as suas potencialidades em Deus Pai? Para serem
mais e melhores para os seus muito amados? Você vê essa preocupa-
ção com relação às almas das pessoas, por aí? Essa é a Nova Páscoa
da qual eu acredito em Deus Pai esteja dando o Tempo da Misericórdia
com a nossa batalha, a luta dos fiéis católicos praticantes junto a Mãe
Celeste para a Humanidade. Nossa Senhora de Fátima tem feito de
tudo para se manifestar e creditada... Pois eu acredito na Nova Páscoa,
ou seja, no Novo Tempo. Além do Tempo concedido para a Humani-
dade se recuperar, se recuperará para a espera de Jesus Cristo, no
Seu segundo advento.
Não havia ali naquela família uma estrutura de amor, de busca do
Deus Verdadeiro Uno Trino em uma Igreja Católica, por exemplo. Por
mais que minha mãe fosse boa, generosa, mulher lutadora pela verda-
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de, não suportava a mentira, os palavrões, primava pelo respeito; como
a coitada foi perseguida pelo inverso! Por isso, vejo com toda clareza a
importância da busca na Bíblia, da Verdade, para dissipar as trevas da
ignorância. Sempre amei e amo muito minha mãe. Muito da corrida
existencial espiritual tida foi através da minha observação desde criança
de minha mãe, seu jeito de ser severo, sério com relação à vida. Era
uma mulher lutadora, trabalhadora, muito boa mãe, muito bondosa; en-
tretanto, não entendia a sua ira quando pegava um filho para bater, al-
guns deles. Como nunca apanhei dela, costumava ficar pelas portas
olhando aquele jeito e, às vezes, interferindo drasticamente, mesmo
pequena.
Outra situação que norteia este livro preponderantemente é o vín-
culo da minha mãe; ela mantinha um vínculo a nível espiritual com a
umbanda. Também passara a observar o quanto ela mantinha de forma
estreita esse vínculo espiritual. A impressão tida era que ela respirava
isso. A vida da mãe se resumia nos serviços da casa — eram muitos e
intensos, já que nossa casa era grande, para acomodar oito filhos, jar-
dim, pomar — e os problemas surgidos e eram frequentes, levando-a
seguidamente à cidade maior; ela pegava ônibus, subia uma enorme
lomba até chegar à casa do mentor, do chefe de umbanda. Minha irmã
mais velha diz que não conheci a mãe como era no passado. Ela era
linda, magra. Chegou inclusive a me dizer que, quando morava na ci-
dade maior, via nossos pais viverem bem, felizes.
Nessa época em que minha irmã ganhava anel de brilhante, vesti-
dos novos, era uma mocinha e residia com nossos pais em outra cida-
de; eu nem havia nascido. Fui nascer na cidade menor com mais uma
irmã; os seis primeiros filhos nasceram na cidade maior. Quando eu
tinha de quatorze anos de idade para quinze anos, perdi meu pai, ou
seja, enquanto a mana
mais velha vestia-se de festa, eu me vestia de luto! Desejo dizer, com
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isso, que cada alma é uma alma; cada pessoa possui seu Tempo. Cada
pessoa é única em seu contexto de história de vida. O meu Tempo não
é o mesmo da mana mais velha, como o sofrer da mana amada foi dela
e não o meu, por mais que no Tempo passasse a mostrar ser o meu
espelho negativo na minha própria vida. Como o viver das outras ma-
nas e dos outros manos também coube para cada uma ou para cada
um com suas histórias de vidas. A importância ao Tempo pessoal é
fundamental, pois nos esquecemos dessa essência Tempo de cada um,
pois o próprio Tempo passa a ser esquecido das vidas, das almas.
Exemplo dado são as vivências pessoais de uma irmã na diferença da
outra em dez anos enquanto criança em formação. Quando maiores
crescidas esse mesmo Tempo se dilui... Parecendo assim no Tempo
presente em que estão vivendo, ao se encontrarem, suas vivências são
iguais. Nunca será.
Desconheço essa mãe magra e feliz. Conheço uma mãe pouco fa-
lante, trabalhava muito e não tinha tempo de ser a mãe carinhosa, que-
rida, que fosse atenciosa, que mantivesse uma conversação comigo;
como gostaria de ter tido aquele tipo de mãe da irmã mais velha. Minha
mãe tinha qualidades outras maravilhosas. Ela sempre procurava vi-
venciar as situações com muita firmeza, com muito sacrifício, seriedade,
mostrando que era uma mãe de valor. O Tempo foi mostrando essas
situações para mim. Fui compreendendo, mas não aceitando certas
atitudes; algumas situações.
Através do Conhecimento, fui percebendo minha mãe, seu com-
portamento, além dela mesma, ou seja, da sua pessoa. Por exemplo, a
dimensão espiritual. Passei a ponderar através do “Livro de Nossa Se-
nhora”, através da leitura da Bíblia, na Renovação Carismática Católica,
com relação à vida, ao meu contexto existencial que não se deu isolado
do restante da família e da minha própria mãe frequentadora das ses-
sões de umbanda; compreendendo que a dimensão espiritual divina e
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maléfica é de âmbito Universal! E foi assim que a minha jornada exis-
tencial se fez, conjuntamente, para salvar a alma da minha mãe. Che-
guei a Tempo de Deus para ter acesso a alguns sacerdotes que foram
dar a hóstia para a minha amada mãe, como também alguns outros sa-
cramentos, numa preparação meses antes de seu falecimento. Não
somente minha mãe frequentava a umbanda; outras pessoas da família
e parentes bem próximos o faziam.
A falta de instrução, de Conhecimento, gera muitas crendices,
muitas superstições, uma vida construída em castelo de areia. Como
para Deus nada é realmente impossível! Como o acreditar no Mal é tão
fácil para certas pessoas e o quanto fica insuportável, para algumas
pessoas, acreditar na existência de Deus. Acreditar na existência de
Deus no meio de nós e acreditar em Deus Maior que o Mal; está acima
de qualquer coisa. Por isso mesmo, meu querido, faço chegar as suas
mãos esta minha história. Sinto-me Chamada a partilhar com você esse
meu assim chamado Tempo de Deus. Fui compreender a sua incomen-
surável importância após ter vivido o tempo do adversário de Deus, as
verdades que habitam meu coração a partir de tanto sofrer; Deus envi-
ou-me, como Providência Divina, a pessoa certa, as pessoas especiais.
Partilhar do meu antes de Cristo e do meu depois de Cristo no Tempo!
Hoje, realmente tenho muito a dizer. Espero que essas verdades
que habitam o meu coração façam sentido para você, pois o que aqui
deixo é a nível Universal. Procurei tirar uma lição da amarga vida que
se apresentou a mim e diria a lição mais positiva foi a da aproximação
em Deus Amoroso e Misericordioso. Sim, porque quanto mais o Mal
batia à minha porta, tanto mais de Deus me aproximava. Foi Nele e
com Ele pude sair da amarra invisível do rótulo e conquistei a liberdade
limpando o Mal invisível, real, do espiritual maléfico: espíritos malignos
(espalhados nos ares), como a palavra de Deus nos deixa dito, em Efé-
sios, capítulo 6, 10-12.
50
Armadura do cristão
“Finalmente, irmãos, fortalecei-vos no Senhor, pelo seu soberano
poder. Revesti-vos da armadura de Deus, para que possais resistir às
ciladas do demônio. Pois não é contra homens de carne e sangue que
temos de lutar, mas contra os principados e potestades, contra os prín-
cipes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal (es-
palhadas) nos ares”.

Meu querido do qual faz deste livro a sua leitura: as palavras sem-
pre se diluem ao vento, frente a tudo e ao todo que senti, percebi, vivi,
enfim, na caminhada da vida; quando num Antes de Jesus Cristo (a.C)
e quando num Depois de Jesus Cristo (d.C). Como tudo mudou em mi-
nha vida quando meus olhos deixaram de reparar o chão para passar a
perceber que existia, sim, um Deus, e que Deus! Um Deus Amoroso e
Misericordioso; um Irmão, Jesus Cristo, passara a ser minha compa-
nhia, me salvar do Mal e me fortalecia; uma Mãe realmente mostrou-se
Mãe, quando me senti só e poderia não existir como alma viva. De que
maneira Jesus Cristo me fortalecia? Na busca incessante pela Eucaris-
tia e mantendo meu coração limpo, minha consciência limpa perante
Deus; a perceber aquela Mãe amada de quando criança e fora esque-
cida por mim, mas surgiu com toda a força de presença materna como
a minha grande intercessora! Por mais que eu queira tornar presente
para você cada emoção, cada sofrimento, cada viver do real da minha
história existencial, nunca, jamais, conseguiria, com certeza, fazer com
você sentir as minhas vivências. É natural, entendendo que cada um de
nós recebe de Deus sua própria alma: somos únicos nesta Terra.
Há, com certeza, Alguém sabendo de Tudo e do Todo. E esse Al-
guém é Deus; Ele é Único é Um; Deus é Trindade: Pai, Filho e Espírito
Santo. Ele possui conhecimento de cada fio do nosso cabelo. Ele lê os
nossos corações e para Ele me dirigi em sofrimento e Ele se fez ser
conhecido e Nele tive o meu amparo. As Mensagens da Mãe, para mim,
51
foram fundamentais no reconhecimento da existência do espiritual ma-
léfico; é real. Infelizmente meu caminho foi através da dor e não do
amor; entretanto, tanto mais sofrimento, tanto mais próxima de Deus
me sentia. Para mim, o pior passou. Nada é pior nesta vida do que
quando o homem se afasta de Deus. Que muitas almas possam se
aproximar de Deus pelo caminho do amor e não esperar o caminho da
dor!

52
Capítulo I

Parte 2

“Cristo Amigo (Dyrce Piva Jurado) (LP: Vem Louvar I)


Cristo amigo, Cristo irmão, a paz invade meu coração.
Vossa presença se faz sentir, humildemente venho pedir:
purificai Senhor, as minhas mãos.
Santificai Senhor, meu coração. Minhas angústias acalmareis.
Deixando em mim, Senhor, a vossa paz.”

Diria que o Equilíbrio nas nossas ações é fundamental. Impossível


não ter problema ou preocupações nesta vida; por essa razão, mais do
que nunca temos que rever certas situações das quais vivemos e pro-
curar meios para torná-la cheias de graça. Acredito na sua capacidade
criativa de conduzir a sua vida, a família, seus filhos para situações ou-
tras, que não as da preocupação, se estas tomam parte maior na sua
existência, pois você acaba por deixar de admirar, de sentir, de escutar
lindos sons, pessoas queridas que envolvam seus dias. Você acaba por
não perceber muito da vida se ficar escravizado a certas situações e o
Tempo de Deus não fica livre para que assim Deus possa atuar em vo-

53
cê. A criatividade consiste, sobretudo, em convidar os membros da fa-
mília, desligando a televisão, para uma conversa de como cada um
sente a vida, de como cada um se sente perante a vida. Um convite
para caminharem juntos, para irem numa praça, para simplesmente
olharem a lua e as estrelas. Para escutarem belas canções...
Convidar os membros da família, sobretudo para rezarem juntos.
Um Pai Nosso que fosse, a princípio, e de mãos dadas invocarem a
Santíssima Trindade para esta Terra e para Deus abençoar cada um;
principalmente para dar paz interior; juntos, permanecerem na paz.
Quando se tem paz interior tudo na vida fica melhor. Não importa se
você ficar parado num degrau de escadas em silêncio; somente em fi-
car assim já é motivo de ver as cenas, ao vivo e a cores dos transeun-
tes, mas... Em paz! Nada no mundo pode ser sentido como valor maior,
para quem já viveu em meio às discórdias, aos problemas, tanto mais
do que o sentimento da paz. Quando a estação do ano permitir, que
você possa ver as flores nos canteiros ou reparar que não há flores nos
canteiros, mas lutar por elas. Passear em várias floriculturas (não preci-
sa comprar) somente para olhar e admirar a beleza das flores e o per-
fume dos jasmins. Quando a estação do ano permitir, abrir a janela pela
manhã e sentir o frescor e observar que surgem orvalhos e que às ve-
zes eles pintam as teias das aranhas, como continhas de cristais. Res-
pirar esse ar da manhã que nos cumprimenta depois dos tempos de
intenso calor. Quando a estação do ano permitir, aprender que pode-
mos ser como esse tempo, as árvores sem folhas, o solo sem flores, o
dia fechado, mas podemos fazer desse momento um preparo, como
uma retirada, para o retorno ser ainda mais vigoroso, produtivo, des-
lumbrante. Quando a estação do ano permitir, molhe seus pés no mar;
recolha as conchinhas e se possuir casa na praia, leia um bom livro
numa rede ao som de uma bela música. Escute o som do murmurar das
ondas do mar. À noite, olhe as estrelas e a lua.
54
Porque quem não tiver paz interior, nada disso falado poderá ser
sentido; para muitas pessoas poderá ser assim. Quem vive atrás do
dinheiro, preocupado com várias situações da vida, jamais poderá sentir
a brisa no rosto, prestar atenção ao murmurar das ondas, escutar o
canto dos pássaros, brincar de bolhas de sabão; como criança, correr
num verde campo; para muitas pessoas isso poderá inclusive, uma
perda de tempo.
Alguns perdem, aos poucos, a humanidade... Enfim, poderia enu-
merar muitas situações queridas; entretanto, sei que cada qual saberá
das suas necessidades e do que poderia fazer para melhorar e mesmo
mudar sua vida se assim desejasse. Posso dizer que tive, sim, meu
Tempo de borboleta. Tenho meu jardim que amo tanto. E às vezes
penso, enquanto mexo num vasinho aqui e acolá, que pareço uma bor-
boleta — ou quem sabe um sabiá? Talvez possa convidar você a viajar
comigo, melhor, através destes meus poeminhas dizendo assim:

“Das borboletas que me visitam,


sou a maior delas!
Sempre passando de flor em flor,
para saber como estão elas.
Que comparativo desigual!
Como comparar-me a leveza sem igual?
Sou pessoa, grande e fofa;
elas, tão doces, singelas, frágeis!
Mas nessa hora não vemos corpos,
mas almas como almas;
Almas que buscam as flores;
almas que buscam amores.”

“Sempre é dia de festa,


quando pelo jardineiro espero.
55
Assim os sabiás faceiros,
depois da terra revolvida,
Bicam as minhocas, tomam seus banhos,
Enchem de festa o meu jardim de encanto!”

“Sou borboleta, sim!


Tenho viajado, mas não sou balão, não!
Minhas asas são as rodas do carro e as asas do avião.
E que mal há dar asas à imaginação?”

Quando fazia a Renovação Carismática Católica, a RCC, contei a


você, querido, que eu aprendera várias músicas, e uma delas é essa
que eu deixo para você. Falava sobre alguém que se entrega a Jesus
Cristo e pedia para ser como um barro nas mãos do oleiro. Que música
simples e querida! Como me tocou no Tempo! Ela é assim:

“Eu quero ser Jesus amado,


Como o barro nas mãos do oleiro,
Rompe-me a vida, faze-me de novo,
Eu quero ser, eu quero ser, um vaso novo”.

Isso significa esvaziar-se para poder Deus, Jesus Cristo, atuar em


minha vida. Deixar-se moldar como barro nas mãos do oleiro, nas mãos
de Deus, é desejar mudar, ser diferente se você necessitar que assim
aconteça ou desejar que Eles entrem em sua vida... Foi assim que con-
segui mudar. Foi chorando e aprendendo com meus irmãos em Cristo
passei a perdoar a quem me ofendeu, de quem senti meus rancores,
minhas mágoas por esperar tanto de quem não sabia como me ajudar,
o que fazer. Ao mesmo tempo a gratidão, a emoção por estar entre ir-
mãos em Cristo. E olhe que o demônio fez de tudo para eu não estar
aqui com você. Aprendi que Jesus Cristo foi meu melhor amigo e Irmão.
Aprendi que Deus foi meu Pai amado. Aprendi que minha amada Mãe

56
foi a grande intercessora na minha caminhada existencial.
Há um jornalista, qual eu admiro muito, muito mesmo! Admiro,
porque ele procura a verdade, a justiça; empenha-se em ser uma pes-
soa correta e, do jeito dele, procura ajudar as pessoas. Há alguns co-
mentários seus que realmente não tem nada a ver comigo, como fute-
bol e mulheres bonitas, de cuja opinião não gosto; entretanto, é um ho-
mem primando pela busca do direito. Sei que a maioria da população
da face da Terra deve gostar de futebol; e muitos homens, de mulheres
bonitas. Imagine eu, que imperfeita! É que meu estádio tem sido outro:
vou a cenáculos. Meu time é Jesus Cristo! Minha bandeira é Sua Mãe:
Nossa Senhora! Lendo uma das colunas deste jornalista, no jornal Zero
Hora, com o título “Tem poder o ódio?”, ele diz assim, na terça-feira, 06
de agosto de 2013:

“Às vezes, fico pensando que quem tem a capacidade de amar


tem também a de odiar. Nenhuma pessoa, reflito eu, pode só amar,
sem ter a capacidade de também odiar. Talvez o mais impossível seja
aparecer uma pessoa que não ame ninguém ou não odeie ninguém,
seria uma ameba. O normal — e penso até que aconselhável, per-
doem-me se exagero — é uma pessoa amar com todas as forças do
seu coração e odiar também com toda a sua energia. Da minha parte,
orgulho-me de mim quando estou amando e me envergonho quando
estou odiando. Dizem que o ódio só maltrata a quem odeia, quem é ob-
jeto do ódio não sofre nada. Só que, quando odeio, faço-o com tanta in-
tensidade que meu ódio carrega a finalidade de fazer sofrer a quem
odeio. Eu poderia dar uma de bacana com meus leitores dizendo que
nunca odeio ninguém. Mas tenho de falar a verdade: odeio, sim, e isso
me enfraquece moralmente. Se eu não fosse capaz de odiar, me senti-
ria muito melhor. Ao mesmo tempo, tenho nítidas e frequentes sensa-
ções de que estou sendo odiado por determinada pessoa. E não sei se
essa pessoa tem razões para me odiar, desconfio que sim. Na verdade,
a que leva o ódio? Vejo agora que não leva a nada, só aniquila interi-
57
ormente a quem odeia. E me aniquila”.

Por que também eu senti com grande intensidade esse sentimento


corrosivo, destruidor da alma humana. Num Tempo de dor, estava re-
voltada. Num Tempo de dor e sofrimento tive vontade, se pudesse, de
explodir metade do Mundo. Na verdade, o Mal do Mundo! Na verdade,
também pessoas, algumas pessoas, desse Mundo! Se tivesse optado
pelo ódio e não tivesse depurado, caminhado para a Renovação Caris-
mática Católica para sentir gente comigo, para sentir o amor de Jesus
Cristo, as letras e as músicas que ali cantávamos — e eu chorava sen-
sivelmente machucada, lavando minha alma — não sei o que seria de
mim. Como queria ser compreendida e amada! Como estava querendo
isso! Porque nada deste sentimento sentia, o amor. Lá, senti que Jesus
Cristo fora meu amigo e companheiro de todas as horas. Lá, eu sentia
que tinha realmente o solidário comigo no sofrer. Passei a escrever al-
guns cadernos universitários e um pequeno caderninho com meus pen-
samentos no sofrer (como catarse) e entreguei na Faculdade de Filoso-
fia. Deixei-os na portaria e dei três nomes de sacerdotes para que os
pegassem e os lessem.
O mês de julho, mês do Sagrado Coração de Jesus e mês do per-
dão, fiquei rezando o terço como ajuda para poder perdoar. Perdoei!
Continuei a caminhada sem olhar para trás. A paz reinou em meu cora-
ção. O amor se evidenciou. Sou humana. Poderia ser hipócrita e dizer
que isso não aconteceu comigo, ter sentido esse sentimento corrosivo:
o ódio! Ele nada constrói. Ele destrói e traz o sofrer de maneira mais
catastrófica; gera o Mal pelo Mal. Gera a morte, as desgraças. É senti-
mento destruidor. Corrosivo e autodestrutivo. É perfeito lixo. É perfeito
Mal. O oposto do Amor, Amor constrói. Amor que é vida! E posso dizer
que era exatamente esse o ponto de destruição do animal, do demônio
sobre mim. Se eu desse vazão àquilo, se fosse atrás daquele sentimen-
to, teria me aniquilado conforme disse o jornalista; e se tivesse me ani-
58
quilado, não teria aprendido o suficiente para ser o meu mais Ser para
você. Com toda certeza, antes, o meu mais Ser para mim mesma.
Uma das músicas da Renovação Carismática Católica me fazia
aprender com a Mãe, com meu Jesus, e eu lavava a minha alma com
as minhas lágrimas:
Conheço Um Coração (Pe. Joãozinho, SCJ) (LP: Louvemos o Se-
nhor – vol. 8)
1. Conheço um coração tão manso, humilde e sereno. Que louva o Pai
por revelar seu nome aos pequenos. Que tem o dom de amar, que
sabe perdoar e deu a vida para nos salvar Jesus, manda teu Espírito
para transformar meu coração. Jesus, manda teu Espírito para trans-
formar meu coração.
2. Às vezes no meu peito bate um coração de pedra, magoado, frio,
sem vida, aqui dentro ele me aperta. Não quer saber de amar nem
sabe perdoar, quer tudo e não sabe partilhar.
3. Lava, purifica e restaura-me de novo. Serás o nosso Deus e nós se-
remos o teu povo. Derrama sobre nós a água do amor, o Espírito de
Deus, nosso Senhor.

Meu Deus! Não faz ideia você a que ponto o Mal fez as águas do
Amor secarem! E justamente a minha essência, o animal queria minar!
E assim, que tudo é possível em Deus quando realmente desejamos. E
eu quis. Eu quis Deus comigo. Optei por Deus e foi assim que aprendi a
vida. Aprendi a vida ao Seu lado.
Muitos anos eu estava afastada da Igreja Católica, na qual fui bati-
zada; quando subi aqueles degraus da igreja, foi para permanecer em
Deus, Jesus Cristo, e encontrar minha Mãe, esquecida num Tempo.
Não me lembro de ter ido a missas desde o Tempo de crisma. Busco na
memória, e o que vem à mente é que, no dia da missa de formatura na
Faculdade de Filosofia, fui convidada a ler uma das mais belas mensa-
59
gens da Bíblia. Deus se fazia manifestar em situações assim: o convite
para fazer justamente aquela leitura! Eu O percebia dessa maneira. Ele
estava me tocando. Enquanto eu lia a Palavra de Deus, sentia uma
emoção muito forte, pois sabia bem, que substância era aquela! O
quanto se faz importante num ser humano: o Amor! E... O quanto me
senti merecedora de estar ali naquele púlpito para ler justamente sobre
a caridade. Também podemos substituir a palavra caridade por Amor!
Tudo que vivera ali dentro daquele seminário, lugar que passara a ser
sagrado para mim, cursando a Faculdade de Filosofia, tudo que havia
passado, vivido naquele lugar, a minha melhor parte da vida, pois, para
mim, tinha renascido. A leitura da qual fui convidada fazer, da Palavra
de Deus, mais uma vez fazia-me sentir que Ele providenciara tudo
mesmo. E a leitura foi I Coríntios, capítulo, 13. Faço questão de colocar
para você, na íntegra o que diz:

“Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, se não


tiver caridade, (essa palavra pode ser substituída por amor) sou como o
bronze que soa, ou como o címbalo que retine”. “Mesmo que eu tivesse
o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência;
mesmo que tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se
não tiver amor, não sou nada”. “Ainda que distribuísse todos os meus
bens em sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo pa-
ra ser queimado, se não tiver amor, de nada valeria!”
“O amor é paciente, o amor é bondoso. Não tem inveja. O amor
não é orgulhoso. Não é arrogante. Nem escandaloso. Não busca seus
próprios interesses, não se irrita, não guarda rancor. Não se alegra com
a injustiça, mas se rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tu-
do espera, tudo suporta.”
“O amor jamais acabará. As profecias desaparecerão, o dom das
línguas cessará, o dom da ciência findará. A nossa ciência é parcial, a
nossa profecia é imperfeita. Quando chegar o que é perfeito, o imper-
feito desaparecerá. Quando eu era criança, falava como criança, pen-
60
sava como criança, raciocinava como criança. Desde que me tornei
homem, eliminei as coisas de criança.”
“Hoje vemos como um espelho, confusamente; mas então vere-
mos face a face. Hoje conheço em parte; mas então conhecerei total-
mente, como eu sou conhecido”.
“Por ora subsistem a fé, a esperança e o amor — as três. Porém, a
maior delas é o amor”.

Sabia que sim. Sabia que o Amor (a essência de tudo e força


transformadora) sentido na carne, tão precisada por mim, fora funda-
mental.
Muitas vezes não damos valor para as coisas e inclusive pessoas.
Usando de analogia, vou considerar inicialmente um pedaço de madeira
como vir-a-ser. Não raro, podemos olhar para um pedaço de madeira e
não o valorizamos. Podemos olhá-lo, mas não conseguimos vislumbrar
algo criativo que dele poderia surgir. Outras pessoas ainda poderiam
nem olhá-lo, fazendo dele mais um pedaço de madeira como outro
qualquer. Bem, mas qual é o problema com relação a isso, não é mes-
mo? Porque ele já é, por si mesmo, na sua existência. Vale o nosso
maior respeito, já que precisamos dele para criar, quando fazemos de-
sejo disso. É o seu existir! Lá estará ele a nos servir ou não. É existên-
cia. Essa madeira poderá se tornar vir-a-ser um belo móvel e útil, além
de belo, para sua casa, seu lar e outras tantas utilidades, para nos ser-
vimos dela e realizar tantos outros objetos ao trabalhá-la. Dependerá do
nosso desejo, do nosso olhar sobre ela. Pode ocasionar danos, se al-
guém a utilizar para algum fim outro, mas pode se tornar de grande va-
lor. Desejo dizer que se você quiser, se você sentir necessidade, vonta-
de de mudar interiormente, assim como o barro nas mãos do oleiro, vo-
cê, nas mãos de Jesus Cristo, de Deus, será outro.
Enquanto no seu momento de dor ninguém ou poucos desejarão
ficar ao seu lado, justamente na hora do sofrimento, Ele, Jesus Cristo é
61
o Homem que o valorizará como a madeira na qual um bom marceneiro
trabalha realizando um belíssimo móvel e, além de belo, útil. Foi assim
que me senti no Tempo da miserável lagarta. Alguém olhou a miserá-
vel, mas esse olhar foi de alguém especial, pois acreditou em mim co-
mo possibilidade, como alguém que estava passando pela tempestade
existencial e depositou confiança em mim, estendeu-me a mão, teve fé.
A pessoa entendia muito de humanidade e possuía um cabedal sólido
de sabedoria, como poucos no mundo. Aconteceu aqui, aquele olhar
sobre o pedaço de madeira, de quem soube dar valor a ele.
Lembro-me num daqueles dias, do Tempo da lagarta. Nós cami-
nhávamos pelas estradinhas de chão batido; havia em torno do lugar
onde nos conhecemos e que olhei para o lado, vi um tronco de uma
enorme árvore que estava cortado e queimado. Recordo-me o intenso
sofrimento carregando em meu coração e olhava para a árvore quei-
mada e cortada. Nada falei, mas minha pessoa certa viu que eu repara-
ra naquela árvore e me chamou a atenção para a força da natureza. De
um lado do tronco, um teimoso raminho verde brotava, como se me dis-
sesse: “Olha, você pode chegar a ser assim. Você está mal, muito mal
agora, mas pode chegar a ser, um vivo ser”.
Então, pensava o quanto queria ser aquele raminho que vingava
viçoso mesmo em meio àquela cena encarvoada de horror e mesmo
assim, além de tudo, a força da criação estava presente: ele conseguira
vencer! Ele nascera em meio aos escombros... Ficava com meus pen-
samentos, meu desejo de me tornar alguém viva assim, mesmo me sen-
tindo tão pobre internamente, tão sem vida. Tão triste infeliz perante a
vida que levava. Você não faz ideia, querido, o quanto sofria nesse
Tempo. E não era um sofrimento mórbido, não. Aliás, não suporto estes
rótulos pejorativos, dados pela psiquiatria, e que já poderiam denominar
como depressiva, por exemplo. Nada disso! A dor carregada era autênti-
ca. Real, pois era a vida, era o quadro, a paisagem ao meu redor que
62
não tinha fim... Era a realidade da qual eu vivia, sentia... Não via coisas
boas, algo feliz, algo que me trouxesse satisfação. Já imaginaram se um
desses médicos me entupisse de remédios por conta da depressão?
Eu, precisava tanto correr o Tempo, ou seja, precisava dos meus
passos, do meu caminhar, do meu agir, do meu pensar, do sentir, sim,
porque de direito eu tinha que sentir o que estava sentindo! Não poderia
ser mascarado através dos embutidos de remédios dados hoje em dia
com tanta naturalidade por tantos psiquiatras. Qualquer sofrimento,
qualquer tristeza, já muito dos psiquiatras considera que devem medi-
car. Isso, na verdade, deve ser visto na historicidade da pessoa que
chega até um filósofo clínico, por exemplo. O filósofo clínico, depois de
fazer o estudo minucioso da Estrutura de Pensamento de seu partilhan-
te, depois de conhecê-lo, verá se no caso dele é recomendável o uso
de remédios. No meu caso, alguns psiquiatras me tornariam um zumbi;
uma morta-viva. Logo eu que sei sobre a questão da busca, da expres-
sividade, da axiologia são relevante na minha Estrutura de Pensamen-
to. Pensava em conseguir ter forças suficientes para sair daquela situa-
ção em que me encontrava. Olhando aquela cena da árvore que fora
cortada e queimada — somente restando o tronco negro, mas aquele
broto lindinho, pequenino, mas que, viçoso, saía de um dos lados —
senti esperança, mas estava tão distante ainda do que desejaria estar...
Tudo o que eu tinha de real naquele momento era alguém que me es-
cutava e como escutava... “Que pessoa maravilhosa!”, eu pensava!
Quanta sabedoria! Ele fora capaz de levantar meu olhar, meus pensa-
mentos para o raminho verdinho, para que saísse daquela situação do
olhar endereçado ao preto encarvoado do tronco que fora queimado por
alguém; para que não ficasse com o olhar voltado para o horror, mas
que meu olhar fosse voltado para a esperança!
Não. Naquele momento ainda não tinha esse discernimento! A
única coisa de que lembrava é da felicidade em ver aquele raminho
63
verdinho saindo daquele preto do queimado do tronco; e meu pensa-
mento em querer ser um raminho verde, assim como o raminho conse-
guira sair das trevas. Tudo o que precisava era daquela pessoa para
escutar, somente caminhar comigo, para estar ao meu lado e ser com-
panhia, para poder chorar livre... Um real amigo, autêntico amigo. Um
amigo verdadeiro e, além de tudo, não precisava pagar para me escu-
tar! Como Deus foi bondoso para comigo! E que presente minha Mãezi-
nha mandou vir até mim, à pessoa certa!
Mesmo que você se sinta num mar revolto e que este o esteja
quase levando ao fundo, em Deus, na Eucaristia, com Nossa Senhora
podemos sair salvos. Peça ajuda em oração. São situações da vida que
vamos tratar neste meu livro.
Deixo outra analogia, desta vez em relação à pérola, pois anteri-
ormente coloquei a questão da madeira. Há uma joia e eu considero
clássica, linda, mas claro, nunca tive um colar valioso; falo das pérolas!
Amo usar roupa preta e com um colar de pérolas, considero-as lindas
demais! Uso pérolas de bijuterias, ainda que pouco use; talvez, por falta
de oportunidade. Acho as pérolas belíssimas na sua brancura pura.
Nem ligo por não possuir um colar de pérolas autêntico. Para mim, a
história delas, como elas surgem, a imagem delas na minha alma já é
suficiente! Paga todos os euros ou dólares! Não preciso ter um autênti-
co colar de pérolas; nem gostaria; iria desejar que elas nunca saíssem
do seu habitat. Você sabe como as pérolas se formam? Coloco aqui
uma simples explicação retirada da Internet:

“...mas esse nácar (conhecido como madrepérola) também serve


como mecanismo de defesa contra organismos parasitas e dejetos pre-
judiciais. Quando um molusco é invadido por um parasita ou é incomo-
dado por um objeto estranho (um grão de areia, por exemplo), e isso
causa dor e irritação no tegumento do animal, entra em ação um pro-
cesso que chamamos de enquistação. Neste processo, como forma de
64
proteção desta irritação, a ostra começa a cobrir aquele grãozinho de
areia com nácar. Com o passar do tempo vão sendo depositadas mui-
tas e muitas camadas de nácar, o que acaba por ocasionar a formação
de uma pérola. A qualidade e espessura destas camadas microscópi-
cas de nácar são importantes fatores que determinam o brilho de uma
pérola. Pérolas são produtos da dor, resultados da entrada de uma
substância estranha ou indesejável no interior da ostra, como um para-
sita ou um grão de areia. Pérolas são feridas curadas”. Trecho da In-
ternet postado por Karlla Patrícia. 16 de janeiro de 2010.

Então, você percebe o valor de um grão de areia? Aquele grão de


areia numa ostra fez aparecer o lindo resultado. Surgiu ao longo do
Tempo, do Tempo, surgiu uma linda pérola! Assim somos nós. Assim é
você! Você pode ir ao fundo do oceano e buscar a sua pérola. Você
pode esperar seu Tempo e vir-a-ser. Muitas vezes, nos preocupamos
com o agora, o já! A pressa e o não atingir o que desejamos fazem com
que nos desprezemos e achemos que tudo deve ser nesse instante.
Isso pode não ser para você, porque cada ser humano é único e não
somos máquinas, mesmo que muitos possam pensar assim. Isso ocorre
com alguns pais também. A pressa, a vontade grande que o adolescen-
te consiga acertar logo de primeira sua vida, num vestibular, por exem-
plo; na ânsia de que ele não deve perder tempo, o tempo cronológico,
porque os pais desejam que ele tenha dinheiro logo para se mantiver;
uma preocupação a menos no orçamento familiar e até no pagamento
da faculdade que está cursando e descobriu não ser aquela que esteve
cursando.
A própria vaidade de alguns pais para mostrar os filhos à socieda-
de e a eles mesmos que são capazes de alcançar o topo que os pais
desejam. Esquecem-se do Tempo de Deus! Do Tempo existencial da-
quele filho em consonância com Deus. Há que se dar o Tempo! Há que
se confiar no Tempo de Deus! O Tempo solto, sem as amarras do tem-

65
po cronológico, o tempo dos homens. O Tempo de Deus brota do interi-
or, aquele Tempo do coração, que você escuta o chamado, e quando o
cérebro lhe diz “vou por aqui, por essa direção”, o coração lhe diz: “vou
hoje fazer um caminho novo. Desejo as flores, desejo ver borboletas,
desejo ver o verde, os pássaros...”
Deixamo-nos levar pela sociedade que aí está nos exigindo mais e
mais. Mas qual o motivo? Por que tenho que ser isso? O que querem?
E quem é que quer? Quem está por baixo dos bastidores nos tirando o
sossego? E o Tempo de cada um, seu Tempo próprio? Quem é que
sabe mais de mim do que Deus e eu mesmo? Sim, pode acontecer de
que algumas vezes alguém venha a nos conhecer muito bem em al-
guns aspectos. Este poderá ajudá-lo.
A madeira citada, sobre a qual teci um comentário, para servir de
móvel e útil, ou simplesmente para ornamentar, precisou ser trabalha-
da, e este trabalhado leva tempo e Tempo! Olha o exemplo supremo de
Jesus Cristo: veio ao mundo com a missão de ser Deus feito homem.
Um homem bom, simples, sem soberba, humilde, nasceu num estábulo,
numa manjedoura junto a alguns animaizinhos. Quanto exemplo de
humildade! Um homem que cresceu no meio do povo e que se fez sur-
gir aos poucos, ou seja, houve o vir-a-ser e sua razão de existir! Ele foi
todo puro Amor! Foi justo, foi correto, obediente! Até culminar com Sua
morte na Cruz da Salvação. Foi feito isso para que nós, em Jesus Cris-
to, possamos ser redimidos dos nossos pecados e receber a Redenção!
Para que N’Ele, com Ele, possamos ser salvos dos nossos pecados e
conquistar uma vida eterna. E, mesmo assim, com o modelo de Amor
deste homem, não houve um Herodes, um Judas Iscariotes, todo um
povo na época, que gritavam com veemência: crucifiquem-no! Crucifi-
quem-no! Crucifiquem-no?
Ah! Essa perseguição do Mal! O Mal invisível que vai contaminan-
do. Aquele povo, em uma época, naquele contexto, teve oportunidade
66
de fazer uma escolha: Barnabé (o ladrão) ou Jesus Cristo! Incrível, não
é mesmo? E foi o Justo a caminho da morte! E foi o Amor rumo à morte.
Foi o Cordeiro Imolado! A verdade é que não foi o Amor para a morte!
Foi Jesus Cristo para a morte e com Ele, nos amava tanto, com o Seu
Amor levou as nossas iniquidades, nossos pecados. Nas asas do Amor
nossos pecados foram mortos. Por isso Ele morreu por você, por mim e
por isso também, N’Ele você pode “mergulhar” na Fonte de Água Viva,
para N’Ele você fazer morrer os seus pecados. Por ser Jesus Cristo, o
já anunciado Messias no Antigo Testamento, o Salvador, Ele parecendo
morto, ressuscitou ao terceiro dia; Jesus Cristo iniciando o aperfeiçoa-
mento da Lei do Antigo Testamento, através do Amor. Ele Ressuscitou!
É a Páscoa: Passagem para Vida Nova. Sim, a vinda da pessoa de Je-
sus Cristo já estava prevista. Já tinha sido anunciada no Antigo Testa-
mento; então, era o plano de Amor de Deus que se concretizava. O
Plano de Amor estava carregado do Amor para a Terra, na presença de
um Homem de carne e osso, de um Homem humano como nós, mas
que, no Seu Amor intenso por nós, deu o Seu Sim ao Pai para resgatar
dessa maneira o Povo de Deus; o povo pecador. Ele então morreu por
nós. Nunca esqueçamos, portanto, Ele é Vida; Ele Ressuscitou. Ele é a
nossa Páscoa. E... Páscoa significa passagem da vida feia, de morte
dos nossos pecados para a Vida Nova. Temos esse direito em Cristo
Jesus.
Estivemos falando num vir-a-ser, de uma maneira na qual a pes-
soa deseja estar ao lado de Deus Amoroso e Misericordioso e faz todo
o empenho em ser melhor. O que dizer de uma pessoa cuja escolha é
outra? A sua escolha é a de não possuir Deus, porque no Seu lugar
coloca outras coisas? Essas outras coisas podem ser as mais variadas.
Há quem deposite nela mesmas todas as fichas. Há quem potencialize
a sua alma na procura pelo dinheiro; pelo dinheiro e Deus, para essa
pessoa, não importa. Há quem só pense em sua profissão, valorizando-
67
a acima de qualquer outra coisa. Há quem já sentiu o sabor do encontro
com o outro lado... Recebe muito cultuando, dedicando-se ao Mal e
ainda ri, debocha dos prodígios de Deus, do poder de Sua realização.
Há os que se dedicam ao mundo teórico, num viver do ocultismo, do
secreto, e tornam-se prepotentes, pretensos donos do mundo. Os so-
berbos acreditam em si mesmos e nas forças ocultas e não pertencem
a Deus Amoroso e Misericordioso. Tornam-se astuciosos, maléficos,
coração endurecido como pedra, sem se importarem realmente com os
que possuem menos; mas os soberbos se preocupam em ganhar muito
dinheiro, fama, prestígio, status e desta maneira ter domínio do sistema.
Há pessoas e estas, já estiveram em Deus; gradativamente opta-
ram pelo caminho contrário porque perderam a pureza, deixaram de
acreditar no Bem, enquanto suas procuras, companhias, suas escolhas,
começaram a fazê-las desacreditar na pureza, nos valores, na moral,
na ética, fazendo-as perderem o foco do real sentido da existência hu-
mana: Deus Amoroso e Misericordioso. Peço que estejamos atentos.
Peço que, juntos com Nossa Senhora de Fátima, possamos ficar aten-
tos ao que Ela pede nesse Tempo em que fala sobre a purificação e a
grande tribulação nos preparando para o Segundo Advento: a Segunda
Vinda de Jesus Cristo não mais em razão dos nossos pecados, mas de
nossa salvação.

68
Capítulo I

Parte 3

“Um Coração Para Amar (Pe. Zezinho, SCJ) (LP: Louvemos o Senhor II)
(LP: Filho Pródigo)
Um coração para amar, pra perdoar e sentir, para chorar e sorrir ao me
criar tu me deste. Um coração pra sonhar, inquieto e sempre a bater;
ansioso por entender as coisas que tu disseste:
Eis o que eu venho te dar, eis o que eu ponho no altar.
Toma Senhor que ele é teu. Meu coração não é meu.
Eis o que eu venho te dar, eis o que eu ponho no altar.
Toma Senhor, que ele é teu. Meu coração não é meu.
Quero que o meu coração seja tão cheio de paz que não se sinta capaz de
sentir ódio ou rancor. Quero que a minha oração possa me amadurecer,
leve-me a compreender as consequências do amor.”

Nossa Senhora de Fátima, ao padre Stefano Gobbi, através das


Locuções interiores, fala sobre os sinais. Sim. Sinais de perseguições
da Igreja Católica Apostólica Romana. O Primeiro sinal, Ela deixa dito
que é a confusão: “O Reino glorioso de Cristo será precedido de um

69
grande sofrimento para purificar a Igreja e o mundo, a fim de levá-los a
uma completa renovação…”; o Segundo sinal, é a indisciplina: “Este é o
sinal que vos indica que para a Igreja soou tempo final de sua purifica-
ção: a indisciplina difundida em todas as camadas, especialmente a do
clero”; Terceiro sinal, a divisão: “A primeira atitude de desunião com o
Papa é a rebelião declarada. Mas há outra velada, ainda mais perigosa.
É a de se proclamar abertamente em seu favor e ao mesmo tempo vi-
ver interiormente separado dele, sem tomar conhecimento de seu ma-
gistério e agindo na prática contrariamente às suas prescrições”; o
Quarto sinal, a perseguição: “O quarto sinal que vos adverte que para a
Igreja soou o ponto alto de sua dolorosa purificação, é a perseguição.
De fato, ela está sendo de diversos modos perseguida”.
Você poderá encontrar e continuar as leituras na íntegra nas pági-
nas 228 a 236 da Obra de Nossa Senhora. Livro “Aos Sacerdotes, filhos
prediletos de Nossa Senhora”.
A Mãe Celeste explica cada um desses sinais. Coloquei muito
pouco para você, meu querido, pois este é um trabalho tentando dar
uma ideia, subsídios junto com a Mãe amada que sofre, clama faz os
Seus apelos para a Humanidade, aos Seus fiéis, aos religiosos e religi-
osas, aos Seus filhos prediletos e no decorrer das nossas respostas, do
nosso ‘sim’, na vida, gradativamente, a paisagem mudará. Nossa Se-
nhora nos deixa a seguinte afirmação:
“E por fim, meu Coração Imaculado Triunfará!”.
Imagina o sofrimento de uma Mãe ao se deparar com a Sua Igreja
sendo traída. Ela, então, diz assim na página 120. Não está na íntegra.
“Contemplai o meu Filho Crucificado e sereis fiéis. O meu Filho
que, sendo Deus, fez-se obediente até à morte de Cruz. Contemplai os
seus espinhos, contemplai o seu sangue, contemplai as feridas: São
flores desabrochadas na dor da sua obediência. Agora, que a treva en-

70
volve tudo, sois chamados a testemunhar cada vez mais a luz da vossa
completa obediência à Igreja: ao Papa e aos Bispos a ele unidos. E
quanto mais derdes testemunhos da vossa completa obediência à Igre-
ja, tanto mais criticados, escarnecidos e perseguidos sereis”. 13 de abril
de 1976. Terça-feira santa. (Contemplai o meu Filho Crucificado).
Ela continua:
“Se estiverdes unidos ao Magistério da Igreja, se fordes humildes
e atentos a quanto Ela vos indicar, permanecereis sempre na Verdade
da Palavra de meu Filho”. Página 119, “Aos Sacerdotes, filhos predile-
tos de Nossa Senhora”. Não está na íntegra.
Nossa Senhora de Fátima convida a todos, a Humanidade à con-
versão, à consagração e a se refugiar em Seu Imaculado Coração de
Maria para viver os tempos difíceis. O Santo Rosário é a arma poderosa
para combater o Mal.
“Hoje, também, esta pobre humanidade, que está ainda fechada
no sepulcro gelado do pecado, da recusa de Deus, do ódio, da violên-
cia, da guerra, da impureza e da iniquidade, é chamada a sair de sua
tumba de treva e de morte. Alegrai-vos todos Comigo, porque, neste dia
da sua Páscoa, anuncio-vos que Jesus ressuscitado retornará no es-
plendor divino da sua majestade e da sua glória.” Páginas 636 e 637.
Dongo (Como) Itália, 3 de abril de 1988. Páscoa da Ressurreição. Có-
pia parcial.
Olha, sei que você deve estar questionando tantas situações aqui.
Uma delas, as datas dessas revelações. Vimos anteriormente sobre
isso. Entendo que há todo um preparativo, e grandioso, para que tudo
seja direcionado ao Tempo de Deus e não é o tempo cronológico hu-
mano a preocupação; para entrega de corpo e alma ao Deus Amoroso
e Misericordioso, à Mãe Santíssima, a Jesus Cristo, isso depende das
nossas respostas, das nossas orações, da reza do tão pedido Santo

71
Rosário pela Mãe amada. Devemos fazer a defesa contra o Mal intenso
e acirrado que está infiltrado na Igreja Católica. Veremos qual é esse
Mal no decorrer das passagens retiradas da Obra de Nossa Senhora e
do meu desejo como uma testemunha da Vida, num espiritual maléfico
vivido por mim, assim como membros amados da minha família. Em
minha família celeste eu tive, sim, a minha vida de volta. Na Providência
Divina eu fui salva. O quanto recebi da Igreja Católica e o quanto então
desejo ser para você, meu querido, acompanhante destes meus escri-
tos. Obviamente eu sei das fraquezas, dos pecados de tantos padres,
sacerdotes. Mas, na situação mundial na qual estamos vivendo, quem
de nós pode dizer que não possui os seus pecados? Quem de nós po-
derá “atirar a pedra em alguém, desejar julgar”? Digo mais:

“Quando o Filho do homem retornar encontrará ainda a fé sobre a


Terra?”

Se Jesus Cristo retornasse neste exato momento em que você es-


tá lendo este livro, Ele encontraria fé em você? Você está no Tempo de
Deus?
Deixo bem claro a você, querido, que o meu intuito é o de esclare-
cer, lançar a situação espiritual maléfica e divina para você com relação
a mim mesma, o meu testemunho de vida, com base em Nossa Senho-
ra de Fátima e a Bíblia Católica Apostólica Romana. A minha Bíblia lida
é a Ave Maria, Bíblia Católica. Emprego trechos dos quais costumava
ler do meu Tempo de curso de Filosofia, dos quais tomava nota em fo-
lhas de ofício, tudo o que me chamava à atenção: pensamentos de filó-
sofos, dos santos e das santas, leituras variadas que eu fazia; do Tem-
po em que eu lecionava no Ensino Religioso Escolar. Eu tive doze tur-
mas de adolescentes e pré-adolescentes, de quintas séries até oitavas
séries. E meu querido leitor, o principal: A Vida Ensina! Ou seja, fui per-
cebendo Deus na própria Vida. Fui percebendo que a minha Mãe me

72
puxou, sim, as orelhas na Vida. Ela respeitou o meu Tempo. Um Tempo
vivido no sofrimento, no padecimento, na dor da solidão existencial,
mas tinha que passar por aquilo para entender o Todo. Para poder tes-
temunhar para você. Não sou a ingênua do passado. Posso entender a
dimensão desse meu sim para a Mãe no testemunhar; é preciso. Não
posso mais continuar assistindo barbáries que aí estão. Preciso cumprir
a minha parte. Espero meu querido leitor, que você faça valer o Amor.
Faça a sua parte! O seu melhor. Sei que é através da dialética que a
Humanidade fará poderão chegar por fim ao que Nossa Senhora nos
deixa como grande esperança:
“Por fim, meu Coração Imaculado triunfará!”
Lembro que iniciei os escritos deste meu livro num Tempo de Qua-
resma. Não tenho a certeza se iniciei em 2011 ou se foi no ano de
2012. Foram inícios e reinícios. Foram escritos e mais escritos. Foram
paradas, foram continuações... E me perdi no Tempo sem ver o Tempo
passar. Como não acredito em coincidência ou sorte, pois vivo no que
eu passei a chamar de Tempo de Deus, e não mais a viver o Tempo do
adversário de Deus, percebo-me terminando o livro no Tempo de Qua-
resma do ano de 2014. Livro escrito no Tempo. Livro, enquanto em mo-
vimento, quando pensava concluído, Deus, minha Mãe amada, mani-
festava para mim suscitando em meu coração que deveria colocar mais
isso ou aquilo; ou ainda, não bem isso, pois aquilo é muito mais impor-
tante do que isso. As informações outras, além das mensagens de Ma-
ria Santíssima enquanto na Vida, iam surgindo, iam se evidenciando e
ia me causando interiormente um chamado: “isso deve ser colocado”.
Percebi os ‘sinais’; eles se apresentaram a mim, também na realização
deste e não somente na Vida. Para mim, e assim é para mim, aprendi a
fazer a Leitura da Vida, isto é, no Tempo de Deus, perceber o que Ele
queria de mim. Qual o motivo de tal coisa ter ou não ter acontecido de
tal maneira. Considerei então fatos, observações, vivências muito fortes
73
e pessoais, sofrimentos pessoais e sofrimentos de outras pessoas na
família, meu contexto de vida como um todo e que envolviam pessoas
fazendo parte dela. E assim tudo surge e se apresenta a mim.
Dia 28-02-2014, eu pensara ter terminado a minha obra. Ou ali se-
ria o término mesmo? Eu senti uma emoção forte ao colocar as últimas
palavras e meus olhos marejaram. É incrível essa sensação de término
de algo carregado pelo Tempo. Algo do qual custa a mim emoções,
sentimentos puros, sérios, sofridos, felizes e todos tão marcados dos
momentos, dos choros, lágrimas, dores... E a satisfação da vitória de-
pois de olhar para trás e contemplar por escrito a paisagem. Estava no
quarto trabalhando e olhei o relógio do meu laptop. Eram 23h07. Levei
o meu laptop para a sala e disse para o meu esposo. Terminei! Ele
simplesmente levantou o olhar para mim, deu um sorriso e notei o pou-
co crédito em minhas palavras. Ele me conhece muito. Muito mesmo.
Isso já tinha acontecido outras vezes. Havia pensado terminar, mas vol-
tava, sempre tinha algo para elucidar. Ele não deixou de ter razão. Afi-
nal, depois da paisagem vislumbrada, achei por bem retomar a Introdu-
ção e ela fez-me criar outra parte para este livro. Depois eu contemplei
a paisagem, depois de possuir a visão do todo, pude fazer ajustes e,
porque não, aqui também aproveitando certas oportunidades com rela-
ção às datas ainda estão no Tempo, ainda suscitavam ao meu coração
para deixar a minha homenagem, a minha despedida. Então, você terá
querido leitor, um pedacinho a mais de mim. Um pedacinho da minha
despedida no final e nesta parte do livro criada recentemente. Um pe-
dacinho de mim, desejando homenagear a todas as mulheres parafra-
seando o que Martha Medeiros, jornalista e escritora colocaram em sua
coluna do jornal Zero Hora, na data 09-03-2014. Não poderia deixar de
colocar ainda textos importantíssimos e que se apresentaram a mim
neste período da Quaresma. Eles servem de desfecho, querido leitor,
para evidenciar, muito mais do que para mim, a razão da existência
74
destes escritos. Ainda mais, como terminar este sem colocar também o
slogan da Campanha da Fraternidade de 2014, sem comentá-lo? Co-
mentar o Tempo da Quaresma onde a Igreja Católica lança a Campa-
nha da Fraternidade? De maneira alguma, poderia encerrar este sem
deixar o meu pensamento de modo universal.
Então, leitor querido, vamos por partes. Em primeiro lugar a minha
homenagem às mulheres no Dia Internacional de 2014. Considero im-
portante, para nós, mulheres interiorizarmos e procurarmos o Equilíbrio.
O título dado pela escritora foi:
“Que fim levou Bo Derek?”
“Até que descobrimos que tínhamos tudo, menos a coisa mais im-
portante do mundo: tempo. Deixamos de ser donas dos nossos dias,
viramos escravas da perfeição, passamos a buscar a nota 10 em todos
os quesitos, feito uma escola de samba, e ganhamos o quê? Um stress
gigantesco e uma tremenda frustração por não conseguir manter tudo
no topo: o casamento, a profissão, os seios. Nunca mais uma escapada
de três dias num sítio, nunca mais pegar uma matinê num dia de sema-
na, nunca mais passar a tarde conversando na casa de uma amiga,
nunca mais deitar no sofá para ouvir nossa música preferida. Tic-tac,
tic-tac. Proibido relaxar. Trégua, por favor. Não estamos numa competi-
ção. Ninguém está contabilizando nossos recordes. A intenção não é
virar uma campeã, e sim desfrutar a delícia de ser uma mulher divertida
e desestressada. Por que isso precisa conflitar com a independência?
Proponho uma pequena subversão: agrade a si mesmo e a mais nin-
guém. E não brigue com o espelho, pois ter saúde é o único item de
beleza indispensável, e isso só se enxerga por dentro. Trabalhe no que
lhe dá gosto, aprenda a dizer não, invente sua própria maneira de ser
quem é, e se for gorda, fumante, esquisita e sozinha, qual é o proble-
ma? Aliás, sendo você mesma, dificilmente ficará sozinha.”
Minha segunda despedida: O que Deus tinha para nos dizer neste
75
dia? (09-03-2014).

“Se quiseres observar os mandamentos, eles te guardarão; se


confias em Deus, tu também viverás. Diante de ti, Ele colocou o fogo e
a água; para o que quiseres, tu podes estender a mão. Diante do ho-
mem estão a vida e a morte, o bem e o mal; ele receberá aquilo que
preferir. A sabedoria do Senhor é imensa, ele receberá aquilo que pre-
ferir. A sabedoria do Senhor é imensa, ele é forte e poderoso e tudo vê
continuamente. Os olhos do Senhor estão voltados para os que o te-
mem. Ele conhece todas as obras do homem. Não mandou a ninguém
agir como ímpio e a ninguém deu licença de pecar.” PALAVRA DO
SENHOR.

A Campanha da Fraternidade é lançada no Tempo da Quaresma.


Sempre vem acompanhada com um Tema e um Lema.
Este ano de 2014, a Igreja Católica lança como Tema: “Fraterni-
dade e Tráfico Humano”. Lema: “É para a liberdade que Cristo nos li-
bertou”.
Considero providencial para o meu ano de término da obra ter me
deparado com esse slogan. Antes de eu começar os meus escritos so-
bre o slogan da Campanha da fraternidade, como a Campanha da Fra-
ternidade é sempre lançada no Tempo da Quaresma, desejo fazer al-
gumas considerações sobre esse Tempo, a Quaresma em si mesma.
Você sabe o que é a Quaresma? Não se preocupe que não vou
deixar aqui um tratado sobre esse assunto. Meu objetivo é evidenciar
algumas situações dramáticas na Igreja Católica. Eu sei meu querido
leitor, quantos e quantos se dizem Católicos, se dizem batizados na
Igreja Católica, mas ao entanto nem o sinal da cruz é feito corretamen-
te. Existem os que fazem o sinal da cruz sem os cuidados adequados.
Peço desculpas. Minha intenção não é a de criticar, mas ajudar com o
que a vida me ensinou. Ajudar você a se desvencilhar do demônio. Aju-

76
dar com o que vivenciei, senti em minha alma a perseguição do espiri-
tual maléfico. Além disso, acredito que quando nos dizemos Católicos
Apostólicos Romanos devemos sê-lo, sim, na sua essência, ou seja,
fazendo verdade no seu batismo. Nunca pense meu querido leitor, que
as minhas colocações são com a intenção de julgar uma pessoa. Nun-
ca! Quem sou eu? Eu que fui uma lagarta rastejante? Eu que tive o meu
Tempo de casulo? Eu tive que renascer para estar com você? Nunca,
meu querido. Nunca! Não tenho esse poder. Somente Deus fará o jul-
gamento. Entretanto, eu desvelo a pessoa. Esse desvelar pessoa, ver o
que está por trás da pessoa, é o Mal da pessoa. É o Mal espiritual que
ela pode estar envolvida por ser inocente, como a minha própria mãe foi
ludibriada pelo animal por longos e longos anos. Não somente a minha
amada mãe terrena, como pessoas da família que se envolveram ino-
centemente no Mal. O pior é quem procura e tem o desejo do Mal pelo
Mal. Como diz Nossa Senhora: “Esta é uma grande batalha em que se
combate sobretudo a nível espiritual”. Página, 490. Novamente aqui eu
coloco.
Voltando, então, ao sinal da invocação da Santíssima Trindade.
Existem pessoas que fazem todo o sinal da cruz no rosto. Fazem de
qualquer maneira sobre o corpo. Não pensam em invocar a Santíssima
Trindade que é o Pai, é o Filho e é o Espírito Santo; invocar com fé,
com Verdade; acreditando, chamando-Os de fato aqui para a Terra.
Aprendi na vida a fazer o sinal da cruz corretamente para então invocar
a Santíssima Trindade. Uma senhora muito Católica me mostrou como
fazer. Ao se invocar o Pai, se coloca a mão na testa; ao dizer o Filho, a
mão é colocada abaixo do umbigo; o Espírito Santo, tocado com a mão,
nas pontas do ombro; Espírito, numa das pontas e na outra ponta do
ombro, o Santo. Dizer amém, no coração, como fechamento. Você en-
tão invoca a Santíssima Trindade para falar com Eles. Não li em manual
algum essa forma de invocar a Santíssima Trindade; aprendi na Vida.
77
E a Quaresma? Triste realidade, mas verdade: muitos não viven-
ciam situações Verdadeiras. Muitos não participam de um Tempo junto
com Jesus Cristo. Ah, como é importante vivermos atualmente como
nunca antes na História da Humanidade e acompanharmos esse Irmão
(Jesus Cristo), durante o Tempo na Igreja.
Uma vez, meu amigo Irmão Marista, que prefaciou o meu livro, fez
um calendário (eu o havia pedido), no qual mostrava amplamente os
diversos Tempos em que vive a Igreja Católica. É lindo demais, quando
se acompanha os Tempos das liturgias, pois é a Vida que se mostra
com Deus e Seu Filho Jesus Cristo, os fiéis acompanhando. É a partici-
pação da pessoa caminhando de mãos dadas com Eles na Vida! É tudo
tão abrangente e lindo! É tudo tão universal, atendendo com respeito à
Palavra de Deus. Na Quaresma que se inicia na quarta-feira de cinzas,
depois do carnaval, o sacerdote, neste dia, coloca cinzas em sua testa.
Isso mesmo: coloca cinzas. Ele, então, faz o sinal da cruz na testa e diz
as palavras:
“Convertei-vos e Crede no Evangelho!”
O sacerdote pode dizer também:
“Lembra-te que és pó e que ao pó voltarás”.
As cinzas saem dos ramos queimados e abençoados no Domingo
de Ramos do ano anterior. Acrescentam água benta às cinzas.
A Quaresma, quarenta dias de respeito, de abstinência, de jejum,
de orações fortes; que possamos aos poucos nos preparar dessa ma-
neira, junto com Cristo, colocando nossos sofrimentos no fardo triste, na
missão triste que Jesus Cristo veio ao Mundo fazer por nós. Nunca es-
quecer sobre todas as situações tristes da Vida, que Cristo venceu
através da Ressurreição. Tudo passou; passou da Morte para a Vida
nos legando que, também nós na Eucaristia podemos vencer nossos
pecados e sairmos vitoriosos. Afinal, é na missa em cada missa Jesus

78
Cristo faz o Seu Sacrifício por nós. Por isso, matar animais, sacrificar
animais é abominado por Deus da Vida, da Criação. Não se justifica
esse ato abominável aos Olhos de Deus.
Estes quarenta dias da Quaresma lembram Jesus Cristo tentado
pelo demônio quando se retirou para um lugar ermo, a fim de orar e
meditar, após o seu batismo nas águas do Jordão. Jesus estava se
preparando para dar início a seu ministério de preparação e salvação
dos homens. Nesse retiro de Jesus Cristo, Ele nos deixa o exemplo de
como agir antes dos grandes e decisivos empreendimentos de nossa
vida. Retirei de uma folha de ofício (nela não consta o autor), entre os
meus materiais guardados, o que diz a seguir:
“Segundo as Escrituras, três foram as tentações com que o demô-
nio quis ter em mãos, e prova da divindade de Jesus:
1º- “Se és o Filho de Deus, ordena a esta pedra que se torne pão”.
E Jesus: “Não só de pão vive o homem, mas de toda a palavra de
Deus”.
2º- “Dar-te-ei todos os reinos da terra, se te prostrares diante de
mim”. E Jesus: “Adorarás o Senhor teu Deus, e só a Ele servirás”.
3º- “Se és o Filho de Deus, lança-te daqui para baixo, porque está
escrito: O Senhor ordenou a seus anjos que te guardassem, para que
não firas o teu pé nalguma pedra”. E Jesus: “Não tentarás o Senhor teu
Deus”.
Tenho o seguinte a dizer:
Jesus Cristo mostra ao demônio um lado da face da moeda que o
animal não conhecia. Enquanto o animal estava o tempo inteiro cutu-
cando Jesus com situações do plano horizontal, isto é, do plano materi-
alista, Jesus apresentava a satanás o lado outro. Mostrava o lado para
nós todos. Para a Humanidade de Ontem, de Hoje e de Sempre. Que
lado é esse? O lado da dimensão espiritual divina. Jesus Cristo mostra-
79
ra para satanás, o espírito maligno, que o pão com fermento; o pão,
aquele que alimenta os órgãos do aparelho digestivo, ou qualquer outro
substitutivo como alimento, não é mais importante do que a Palavra de
Deus aos homens. Jesus Cristo mostrara ao demônio, ao animal, que
nada para Ele, para Jesus, era mais importante do que Deus Único,
Verdadeiro Deus, seu Pai. E na ação de Jesus Cristo mostrava Obedi-
ência. E se... Jesus Cristo não obedecesse ao Pai da Criação, da Vida,
naquele momento de ser tentado? Mais uma vez como no Tempo de
Adão e Eva a serpente da maldição perpetuaria da desgraça.
Esta palavra Obediência para mim possui alto valor. Podemos
constar nos filhos de hoje a falta de obediência aos mais velhos, aos
avós, aos pais e isso gera pecados atrozes. Podemos constatar isso no
interior da própria Igreja. Os filhos rebeldes desejando serem os “cabri-
tos” falados na Bíblia.
Não adiantava o animal fomentar o recebimento de um reino intei-
ro material, desta Terra, pois para Jesus Cristo só para Deus era o seu
olhar, o seu caminhar, a Sua vida. Jesus Cristo não deseja mostrar ou
provar nada ao animal, quando este lhe pediu que se jogasse do lugar
alto, de retiro onde estava. Os anjos poderiam vir em guarda de Jesus,
em Seu socorro, pois Jesus Cristo estava resoluto que a Sua vida era
unicamente de Deus, e, sendo Ele pessoa de Deus, nunca seria venci-
do pelo Mal.
Que lição de confiança, de credibilidade, de Amor, de Fé nos lega
Jesus Cristo! Devemos também amar a Deus, nosso Único Senhor.
Que lição de confiança, de credibilidade, de Amor, de Fé nos deixa Je-
sus Cristo, a seguir nossa caminhada num único Pai. O Pai Nosso Cri-
ador do Céu e da Terra! Não devemos adorar falsos deuses, o deus da
barganha, o Pai da Mentira, o astucioso ludibriador, Pai da Mentira.
A Quaresma significa também para nós esses quarenta dias de
um retiro existencial.
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Tudo de bom e de lindo acontece quando para nós a Páscoa tam-
bém chega, ou seja, conseguimos com Cristo vencer os nossos peca-
dos. Chegamos a nossa vitória pessoal. Não existe algo mais misterio-
so e magnífico ao percebermos Cristo na nossa caminhada quando se
tem a experiência de ser uma lagarta rastejante. Com os nossos peca-
dos, desejando nos corrigir, nos lapidar, também sofreremos com Ele,
se deixarmos, por exemplo, de fumar, beber, enfim, qualquer vício, ten-
tação, qualquer pecado. Se você tiver o sentimento de vencer, sair da
sua pior desejar uma mudança de vida, em Cristo, conseguirá também
a sua vitória; fará você feliz e pode ter certeza que as pessoas ao seu
redor serão muito beneficiadas e felizes também. Se quisermos nos
converter realmente com Cristo, caminhando ao Seu lado, entregando
no Seu Sofrimento, no sofrimento de Cristo, tudo o que nos sufoca, nos
escraviza, impedindo de sermos mais, nós conseguiremos com Jesus.
Confie, por favor, em Quem deu a você somente o Amor! Deu a você o
Seu sangue. Deu a você a humilhação, os mais incríveis sofrimentos,
os mistérios de uma alma de puro Amor. O Inocente, o Santo Homem
morreu por você. Ele não tinha pecados; Ele era e é Santo. Sempre se-
rá. O filho unigênito enviado a Terra por Deus, no mesmo espírito divino
do Pai e por nós.
Saia da sua redoma de vidro, aquela que impede de acreditar na
realidade! Isso que estou a falar é real. O que se passa nas telinhas é
ficção. Viva a vida enquanto você puder e na realidade. A realidade não
é essa que você assiste nas telas. Por mais que procurem passar a
Verdade numa telinha para você, nunca será a verdade da sua própria
vida, do seu próprio caminhar, um caminhar livre, com Deus que te en-
volve, com Jesus Cristo que é companheiro de todas as horas e um
amigo exemplar. Saia da redoma de vidro fure essa bolha invisível e
passe a viver junto com as outras pessoas uma vida espiritual divina e
não a maléfica que estamos presenciando a todo o instante. Saia da
81
redoma de vidro. Juntamente com os irmãos em Cristo você terá, senti-
rá o Tempo de Deus acompanhando a liturgia do dia, da semana, nos
diferentes Tempos que a Igreja Católica, juntamente com Jesus Cristo e
Sua Mãe, nos proporciona para a nossa salvação. Quaresma é um
Tempo muito forte quando você confia, acredita no que faz. Quando
você deixar de brincar a vida e for numa missa para realmente senti-la,
e não para olhar para os outros e ficar observando-os, deve viver a li-
turgia com gosto. Cantando sem vergonha do que os outros vão dizer
ou pensar. Sendo ali você. Quando você então cuidar do seu coração e
de sua mente, você encontrará Deus. Quando você se dirigir para a
Igreja sem desejar olhar o rosto do padre, criticá-lo, mas ver nele um
ser humano com direito a falhas como qualquer outra pessoa, você vi-
venciará a missa efetivamente. Quando você olhar para o sacerdote e
nele você perceber que é simplesmente uma pessoa, mas que deixou
tudo, sua família, seus bens e vive de doações, saberá então que ele
fez uma escolha na Vocação. Vocação é um Chamado de Deus para
ele, que optou pelo celibato. Uma pessoa obediente ao Papa e não po-
de sair fazendo o que bem entende. Uma pessoa que possui a autori-
dade de absolver qualquer pecado e tanto mais... Não me diga que vo-
cê não precisa. Nunca diga isso. Onipotente, Onisciente e Onipresente
somente Deus. Já existiu Lúcifer que desejou e deseja ser como Deus
pela soberba, pela inveja. Acredito inclusive que uma das razões do
mundo estar do jeito que está é por homens racionais apóstatas (recep-
táculos do vem do Mal), soberbos no poder, desejosos de status, do
poder e pelo dinheiro, desejosos de ser Deus. Sei o que você deve es-
tar pensando também, que existem padres que não deveriam estar nes-
ta vocação. Eu concordo. E convido você a mudar este estado de situa-
ção e além de rezar por eles, fazer o seu melhor, a sua parte no sentido
de não aceitar o estado de pecado deste sacerdote. É um direito e de-
ver seu ir à busca da santidade, do Sacerdote puro, fiel ao modo da

82
educação da Mãe Virgem Santíssima está a pedir em Sua Obra. Olhar
e procurar o padre, o sacerdote puro e fiel a Jesus Cristo. Existem pes-
soas falhas; existe em qualquer seara, departamento da vida. Eu con-
cordo e eu vivenciei sacerdotes que não mereciam essa vocação. Eu
concordo, e eu vivenciei sacerdotes santos já aqui na Terra dos viven-
tes. Existem sacerdotes muito bons. Não nos compete julgar. A consta-
tação da existência do Sacerdote pecador ou qualquer pessoa não im-
plica em julgamento para um coração de amor. Implica consciência da-
quilo que é de Deus e pedido por Nossa Senhora de Fátima e do que
não é não vem de Deus.
Podemos compreender muitas situações, mas não precisamos
aceitar Sacerdotes pecadores. Dizer que não aceitamos é um direito de
quem é pecador e precisa da existência nesta face da Terra do santo
sacerdote, do sacerdote que opta por esta Vocação, a Vocação Sacer-
dotal, a mais nobre Vocação existente nesta face da Terra. Ajudar e
rezar pelos Sacerdotes pecadores, como a Mãe amada, nos pede. Por
isso, esse meu livro. Por isso, a minha preocupação. Por isso, sobretu-
do por isso, a preocupação da Mãe amada, Nossa Senhora de Fátima,
a Rainha da Paz. Ela sabe das piores falhas humanas, dos piores pe-
cados desses filhos e mesmo sabendo de tudo, como Mãe, Ela os ama
muito e quer dar Tempo de Conversão não somente para a Humanida-
de pecadora e sofrida, como também a esses seus filhos Sacerdotes
que traem, parte deles, a própria Igreja Católica. Nossa Senhora nos
pede para não julgar, para não criticar, pois “não será jogando vinagre
nas chagas abertas que vamos melhorar ou curá-las”. Mas é com a
nossa compreensão e amor. Quem somos nós para julgar? Será que
temos esse direito? Não. O que estamos nós fazendo como Igreja?
Compete a Deus o julgamento. Somente a Ele. Sei que é difícil, mas
não impossível! Essas situações são abordadas, e seriamente, no de-
correr deste livro.
83
Quaresma. Tempo em que a Igreja usa a cor roxa, para indicar
Tempo de maior introspecção, de orações, de penitências, jejuns em
nome de Nosso Senhor Jesus Cristo. Vivemos as situações que ante-
cederão a Sua Paixão e Morte. A via de sofrimento D’Ele, tudo o que
Ele sofreu. Por isso, se acompanharmos juntos a Ele, também a nossa
entrega no sofrer por algum vício, algum apego que nos faz muito mal,
as dores que sentimos tanto físicas quanto as de cunho interior, se for
de origem espiritual maléfica, isso termina. Termina! Você acabará por
viver juntamente com Ele, a sua verdadeira Páscoa. Sim. Vivemos
Tempo da agonia, Tempo do sofrimento, mas Jesus Cristo não está
preso na cruz eternamente e você, querido, também não está. Você
poderá se tornar uma nova pessoa. É a sua Páscoa! É o direito que vo-
cê possui em vida, e para ganhar vida, vida em abundância, como diz a
Bíblia. Confie. Acredite.
Não existe pior prisão do que a prisão invisível. Aquela prisão que
ninguém vê. Aquela chaga interior que ninguém imagina você possuir;
você tanto sofre. Você caminha entre todos, você está bem vestida e
perfumada, no entanto totalmente destruída interiormente. Algumas go-
tas daqui e dali, alguns bálsamos você mesma cria inventa imagina fa-
zerem você conseguir se mantiver em pé. Não tem nem como falar com
alguém, muitas vezes, sobre o problema que a aflige, pois nem mesma
você consegue explicar o que sente. Mas sente e sofre. Sente e chora.
Você não pode falar porque nada é concreto, nada é palpável e não é
uma dor aguda que você possa gemer e chamar a atenção. Não existe,
a priori, um remédio para essa dor existencial, até você conhecer Deus
e Jesus. Você não tem feridas pelo corpo, não tem coisa alguma que
possa inclusive cheirar mal; no entanto, parece muitas vezes que você
possui lepra. Mas é o Mal invisível que lhe acompanha. Algo sem saber
explicar, mas existe. Algo como o ar que respiramos e que não se vê,
no entanto, é tudo de mais importante que temos para conseguir viver:
84
o próprio oxigênio. Foi assim comigo. Por isso, estou com você. Por
isso, juntamente com Nossa Senhora, a Mãe amada eu peço a sua con-
fiança em seu Filho Jesus Cristo. Quero, junto com você, o Tempo de
Deus que eu tive. Um Tempo de Misericórdia. Tempo este, concedido
por Nossa Senhora de Fátima; convida-nos para a conversão. Tempo
do qual a taça da Justiça Divina, como diz Nossa Senhora, está trans-
bordante, mas que Ela está segurando o Tempo para a chegada de
Cristo Jesus, Sua segunda vinda. Ela fala do tempo da purificação e da
grande tribulação. No decorrer desta minha obra, veremos sobre essas
questões da traição infiltrada na Igreja Católica. Enfim... Vamos juntos
acompanhar?
Quaresma. Tempo em que eu sinto com Ele. Penso no que Ele
passou no que Ele sofreu por nós e sinto muito. Muito mesmo. Há mo-
mentos nas missas, acompanhando a liturgia, em que choro ao sentir o
que Ele passou por nós, por Amor.
A Igreja Católica Apostólica Romana lança a Campanha da Fra-
ternidade deste ano, 2014; tem como Tema: “Fraternidade e Tráfico
Humano”; Lema: “É para a liberdade que Cristo nos libertou”. Sobre es-
se slogan da Campanha da Fraternidade, desejo deixar, meu querido
leitor, registrado, dando ênfase ao que disse anteriormente; não existe
pior escravidão do que a nossa escravidão interior. Uma escravidão
invisível, uma escravidão dos nossos pecados e estes, nos impedem de
darmos os passos na caminhada existencial. Realmente, o lema da
Campanha da Fraternidade teve como base uma citação feita pelo
Apóstolo Paulo, em uma carta a Gálatas, chega a Tempo! “É para liber-
dade que Cristo nos libertou.” Vivemos tempos muito difíceis. Muito!
Como Nossa Senhora nos deixa dito, o problema é a nível espiritual, e
sendo espiritual ele se manifesta concretamente em cada um de nós,
nas famílias, sociedade e de forma abrangente no mundo. Veja então,
como Nossa Senhora de Fátima nos alerta:
85
“Satanás está a tramar de modo cada vez mais claro contra a mi-
nha Igreja. Ajuntou muitos dos meus filhos Sacerdotes, iludindo-os com
a falsa miragem do ideal marxista: o interesse exclusivo dos pobres;
um cristianismo empenhado unicamente na construção de uma socie-
dade humana mais justa; uma Igreja que se pretende mais evangélica
e por isso subtraída à sua instituição hierárquica. Esta verdadeira divi-
são da minha Igreja, esta verdadeira apostasia por parte de tantos dos
meus filhos Sacerdotes se acentuará e chegará mesmo à revolta vio-
lenta e declarada”. Página 109. (31 de dezembro de 1975) Última noite
do ano. Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Senhora.

Nossa Senhora possui uma de Suas mensagens na qual Ela se


diz uma Mãe preocupada e fala principalmente para o nosso país, o
Brasil. Bem, se a Mãe Celeste se diz preocupada, eu também fiquei.
Por isso, fiz questão de dar ênfase ao assunto. Sobre isso, você lerá no
Capítulo III, no qual coloco essa preocupação de Nossa Senhora de
Fátima. Existe dentro da Igreja Católica, por uma parte dela, ou seja,
Sacerdotes que são simpatizantes da Teologia da Libertação e estes,
no Evangelho de Jesus Cristo, empregam a pessoa de Jesus Cristo
voltada para o social; adere, é simpatizante de um Cristo revolucionário,
voltado ao social apenas, através da Teologia da Libertação; de um ate-
ísmo marxista. Sacerdotes assim costumam então, nas missas, mudar
a essência do Evangelho. Nossa Senhora relata na Sua Obra. Nossa
Senhora revela, alerta, chama a atenção e está muito preocupada e
não podemos mais ficar ingênuos. Temos que discernir o joio do trigo.
Temos saber onde procurar a Verdadeira santidade para nos ajudar de
fato contra o demônio e assim, através dos nossos direitos como cida-
dãos e batizados salvar, inclusive essa Igreja santa e pecadora.
Você já ouviu falar de Karl Marx, idealizador do comunismo, preo-
cupado com as classes sociais. Falava sobre a burguesia e o proletari-
ado. Colocam-no como um gênio. Um grande pensador. Para mim, um

86
racional. Um pensador sem Deus e Jesus Cristo. Nunca Karl Marx
transcenderia numa visão mais profunda a dimensão espiritual de um
ser humano. Ele era ateu. Sem Deus, qual é a profundidade, a valia
desse pensador sobre o filho de Deus feito homem para trazer a única
missão fundamental da Sua vinda a Terra? A vinda de Jesus Cristo foi
morrer por nós para que N’Ele tivéssemos a Redenção; para a compre-
ensão e aceitação que é N’Ele, na Sua morte faz morrer também os
nossos pecados. Ou seja, é por meio de Jesus Cristo, Ontem, Hoje e
Sempre podemos fazer com Ele, N’Ele, a morte de nossos males exis-
tenciais espirituais maléficos. Pois Ele venceu a Morte, Ele Ressuscitou
para N’Ele encontrássemos a Paz interior tão almejada. Conquistamos
a Paz interior em primeiro lugar, junto; unidos seremos pessoas melho-
res. Mas existe quem não deseje isso. Sim, e como! Existe quem dese-
ja exterminar com Jesus Cristo, na Sua Divindade aqui na Terra. Mor-
rendo Jesus Eucarístico, toda a grande Luz, o Grande Farol se acaba.
E farol, além da luz emitida, é luz indicadora do caminho para quem se
sente desorientado. Jesus Cristo nos deixa dito claramente que Ele é o
Caminho, a Verdade, e Vida. Veremos sobre essa questão (quem são
‘eles’ que teimam em minar o Senhor dos Passos, Jesus Cristo), com
maior propriedade durante o seguimento no meu livro. Baseio-me, so-
bretudo, nas Mensagens da Mãe amada, na minha Bíblia Ave Maria,
nos meus dias de lagarta rastejante no qual tanto, tanto precisei de meu
Deus Amoroso e Misericordioso; cito pensamentos de diversos filóso-
fos, de textos ou trechos ao longo da minha caminhada existencial, en-
quanto fazia a Faculdade de Filosofia, eu copiava em folhas de ofício e
amarelecidas pelo Tempo não deixam de me acompanhar até os atuais
dias. A vida de alguns santos e santas foram as minhas inspirações
constantes na minha caminhada existencial. Para mim, Marx deixou um
rastro de discórdias, acentuando drasticamente os que possuem muito
e aqueles que não possuem. Fomentou uma visão horizontal em ver o

87
mundo somente na ótica materialista, criando as lutas de classes: pa-
trões e operários. O Homem — antes de lutar por alguma coisa, antes
de visar o materialismo, o capital, as grandes empresas — deveria ter
consciência em primeiro lugar da existência de Deus. Falo aqui, de
Deus da Verdade, nosso Deus Verdadeiro e não um deus! O deus tão
cultuado atualmente, o deus dinheiro. O capital. Não sou uma política.
Nunca gostei de política. A minha bandeira é puramente Nossa Senho-
ra e sei o quanto Ela deve chorar e padecer pelo Seu filho, pela obscu-
ridade, pelo desejo de homens racionais em ofuscar a Luz, o Brilho Di-
vinal de Nosso Senhor Jesus Cristo, meu Irmão, seu Irmão; meu Amigo
e meu Companheiro. As minhas colocações se referem à Mãe Celeste;
e o meu testemunho de vida, no que se relaciona com o espiritual malé-
fico e divino e que se materializam; os acontecimentos vão se evidenci-
ando aqui mesmo, nas relações que mantemos uns com os outros. Re-
pito um trecho da citação acima:

“Satanás está a tramar de modo cada vez mais claro contra a mi-
nha Igreja. Ajuntou muitos dos meus filhos Sacerdotes, iludindo-os com
a falsa miragem do ideal marxista: o interesse exclusivo dos pobres;
um cristianismo empenhado unicamente na construção de uma socie-
dade humana mais justa”.

Nossa Senhora, acompanhada na Sua mensagem pela explicação


de Gobbi, coloca a importância do pecado original como impedimento
de que nunca aqui na Terra conseguiremos o Paraíso. Carregamos o
pecado original quando do nosso nascimento, por desobediência dos
nossos primeiros pais — Adão e Eva. É original e individual, portanto,
se desdobra no pecado social. Explica então: “Em consequência do pe-
cado original será impossível construir o paraíso nesta terra. O verda-
deiro Paraíso nós o construiremos depois desta vida”. É explicado tam-
bém que, naturalmente, a Igreja se preocupa com o pobre; sempre teve
essa preocupação, mas devido aos nossos pecados, ao pecado origi-
88
nal, será “impossível construir o paraíso nesta terra”. Veremos na ínte-
gra este assunto.
Entretanto, querido leitor, ‘eles’, os ateus, uma parte de homens
racionais, com ideais marxistas, desejam uma sociedade falsa, uma
sociedade da hipocrisia, da ganância, do poder, do status. ‘Eles’, os
controladores, enxergam e desejam e primam por um mundo globaliza-
do e inclusive construir um falso mundo espiritual, ou seja, da criação
de um mundo realizado por ‘eles’; feito num plano somente horizontal.
Assim o controle ‘deles’ sobre a Humanidade fica, com toda certeza, o
ideal para ‘eles’, mas nunca para uma Humanidade que deseja ser livre.
Para estes, Deus não existe e principalmente a Grande Mulher — Nos-
sa Mãe Celeste, Nossa Senhora de Fátima, a Rainha da Paz — não é
considerada.
Veja o que diz uma das mensagens de Nossa Senhora, num dos
Cenáculos espirituais realizado em Dongo, Como, 6 de setembro de
1986.

“Na realidade, ela é invadida por uma falta de fé cada vez maior,
que difunde por toda a parte a grande apostasia. Muitos Bispos, Sacer-
dotes, Religiosos e Fiéis não acreditam mais, já perderam a verdadeira
fé em Jesus e no seu Evangelho. Por isso, a Igreja, deve ser purificada
com a perseguição e o sangue. Na Igreja, entrou, também, a divisão, a
desunião, a luta, o antagonismo. As forças do ateísmo e da maçonaria,
infiltradas no seu interior, conseguiram romper sua unidade interna e
obscurecer o esplendor da sua santidade. Estes são os tempos predi-
tos por Mim, em que Cardeais se opõem a Cardeais, Bispos a Bispos,
Sacerdotes a Sacerdotes, e o rebanho de Cristo é dilacerado por lobos
vorazes, que se introduziram sob as vestes de inermes e mansos cor-
deiros. Entre estes, há, também, alguns que ocupam lugares de grande
responsabilidade e, por meio deles, satanás conseguiu penetrar e atuar
no próprio vértice da Igreja. Bispos e Sacerdotes da santa Igreja de
Deus, como é grande a vossa responsabilidade! Deus está prestes a
89
pedir-vos conta de como administrastes a sua vinha. Arrependei-vos,
pedi perdão, reparai e, sobretudo, voltai a ser fiéis à tarefa que vos foi
confiada”. Página 530. Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Se-
nhora.

Homens no topo, homens voltado para a economia globalizante,


racionais, aceitariam a Imaculada Conceição? Nunca! Estão preocupa-
dos em rendimentos, em capital. São espertos, percebem o povo brasi-
leiro, em sua grande parte, é consumista e dirigem o olhar para esse
campo. Assim, ao chegarmos às prateleiras de muitas lojas na Europa,
por exemplo, posso confirmar na Inglaterra, onde estive; se desejarmos
presentear alguém com um objeto de uma fábrica inglesa, de produção
genuína, daquela terra, será difícil encontrar, pois ao olharmos com
atenção se é fabricado no local, percebemos que a maioria dos produ-
tos ali vem da China. Sim, eu sei que estou citando um país (a Inglater-
ra), costuma importar muitos produtos de qualquer outro país; mesmo
assim, grande é a tristeza não se encontrar objetos de produção pró-
pria, inglesa. E se formos às prateleiras dos supermercados do Brasil?
Eu encontrei inúmeros produtos e variadíssimos em supermercados,
em lojas lindas; mas ao verificar de onde eles vêm? Constatamos que
as inúmeras mercadorias que nos cercam vêm da China. Não estão
sendo fabricadas no Brasil. Criaram uma megaparceria para todos, do
comércio, governos, políticos saírem ganhando? Uma grande globaliza-
ção econômica? Uma unificação? Impressionante o trabalho de marke-
ting, a perspicácia, o trabalho de pesquisa bem feito para saberem o
gosto do povo do ocidente, sendo eles orientais. A mão de obra na Chi-
na era de regime escravo, num Tempo. Pegavam crianças para traba-
lhar nas fábricas; eram exploradas. A política quanto ao emprego de
crianças, na China, nas fábricas continua a mesma? Como a imprensa
divulga isso? Por que muitas pessoas se deixam levar por falsas pro-
messas de trabalho no exterior? É o dinheiro que está escravizando
90
essas pessoas de tal maneira que deixam tudo para trás para viver um
falso sonho? O deus dinheiro. A promessa de uma conquista de vida
de qualidade começa pelo dinheiro? Então, é essa força interior que
está movendo muitas pessoas, o dinheiro? O deus dinheiro? São os
traficantes mais culpados do que aquelas pessoas que se deixam es-
cravizar? Pois eu afirmo que falta Deus! Falta Cristo, Jesus nessas pes-
soas. Tanto na prostituição, quanto em quem se deixa ingenuamente
guiar pelo deus dinheiro e não pela Luz interior que essas pessoas pre-
cisariam ter em suas almas. Coitadas! A Luz interior é Cristo! É Cristo a
força poderosa e libertadora para essas pessoas. Uma força conquista-
da de dentro para fora, a força de Jesus Cristo, único Senhor que não
escraviza, mas liberta! Veio ao mundo justamente para se mostrar Luz
e tanto mais. Pelos racionais apóstatas saberem disso, ou seja, da for-
ça de Jesus Cristo na Eucaristia é que estão desejosos de acabar com
a Igreja Católica Apostólica Romana num falso Ecumenismo. A Igreja
Católica Apostólica Romana está sendo atacada e disputada no seu
cerne. Querem acabar com a Eucaristia, ou seja, com Cristo Eucarístico
o nosso alimento espiritual. No Cristo que se faz presença sacrifício por
nós, em todas as missas, por nossos pecados, para a nossa salvação
de alma.
Jesus Cristo deve ser anunciado realmente para a Humanidade.
Estou falando a nível universal de um espiritual divino. E que em con-
trapartida temos o demônio, o espiritual maléfico. Esta obra deseja jun-
tamente com Nossa Senhora, alertar a Humanidade para a mão nociva
de alguém e de seus comparsas, atrás dos bastidores, agindo nas
sombras; mexem com forças ocultas contrárias ao Deus da Verdade, ao
nosso Deus Amoroso e está com a Sua taça transbordante. Nossa Se-
nhora intercede por nós, Misericordiosa, e nos deixa Tempo da Miseri-
córdia. Ela vem a tantos anos desejando ter voz e vez. E quem A tem
escutado? Quem tem dado crédito a Ela em Suas aparições, em Suas
91
mensagens? Muito poucos. Muito poucos. É Deus quem nos fala.
Após me perceber uma pessoa depois de Cristo (d.C), eu passei a
colocar a imagem de Nossa Senhora, no Dia Internacional da Mulher,
em evidência, em cima de uma mesa, com flores, pois que A considero
a mais Bela Mulher. Pois que A considero a mais Doce Mãe. Pois pen-
so, Ela deveria ter sido uma esposa exemplar, obviamente com seus
problemas como toda mulher possui, mas A tenho como exemplo de
mulher, de mãe. Lembro que eu não me senti bem existencialmente no
dia 08 de março. Retirei-me para a biblioteca onde tenho os meus que-
ridos divinos. Deitei-me no tapete e recostei a minha cabeça numa al-
mofada grande. Peguei o rosário; o rosário mesmo, o comprido rosário
e olhando para a Rainha da Paz, Nossa Senhora de Fátima, fui conver-
sando com Ela para que tirasse aquele algo ruim do meu coração. Algo
que me apertava e não sabia explicar o que era, mas rezando e con-
versando com Ela, como filha Dela, fui me serenando, me deixando
muito melhor. Cheguei a pedir que o meu coração entrasse no compas-
so do Seu Coração. O desagradável e inexplicável saiu de mim. Você
não acredita que pessoas possam emanar o Mal? Você não acredita
que demônios existem? Esses seres espirituais? Eu acredito. A Mãe, a
Mulher vestida de sol, Nossa Senhora de Fátima acredita; é essa a ba-
talha. E Nossa Senhora para mim é modelo. Como disse a Mãe amada:
“é, sobretudo, a nível espiritual”. Muitos sentimentos inexplicáveis a
oração cura. O Pai Nosso é muito poderoso.
Que bênção! Que graça! Como é reconfortante amar e ter fé.
Acrescento ainda o desfecho para você. Para que você, querido
leitor, saiba a razão da batalha, da minha luta ao lado do doce Coração
Imaculado de Maria. Ela chora como Mãe. Ela chora por Seu filho sen-
do vilipendiado de todas as maneiras por pessoas que estão posses-
sas! Pessoas que estão se deixando dominar pelo espiritual do Mal.
Deixo registrado o que recebi no site Associação Devotos de Fá-
92
tima, dia, 11-03-2014. Estamos vivendo o Tempo da Quaresma e as
afrontas como essa para todos os cristãos, não digo somente os Católi-
cos Apostólicos Romanos, mas todos os que se dizem cristãos, que
amam a Cristo, vem se repetindo gradativamente. Assim, outro site da
Espanha do qual recebo frequentemente notícias, não raro mostra as
destruições de igrejas católicas, de pessoas que estão afrontando reli-
giosos católicos, e isso começa acontecer bem pertinho de nós. Verão
ainda muito mais. Após o Conhecimento das Mensagens de Nossa Se-
nhora, desde a década de noventa, no Livro “Aos Sacerdotes, filhos
prediletos de Nossa Senhora”; acompanhando o Rumo ao Novo Milênio
com Maria, minha alma renascida na Renovação Carismática Católica,
com os meus irmãos em Cristo, sou eternamente agradecida a Deus e
a Nossa Senhora por ter encontrado uma porta de igreja aberta. Agra-
decida por estes meus irmãos presentes em no interior da igreja; ali co-
nheci a fé viva a qual a minha alma estava faminta: “O amor de Cristo
nos uniu”. Você conhecerá, então, uma pessoa que está dando a sua
vida pela causa. Uma pessoa que está dando a sua vida por Maria, por
Deus e por meu Irmão Jesus Cristo, pois Ele me salvou. Por Ele, estou
aqui. Por Ele, nunca vou admitir essa falta de respeito, de amor, de
consideração para com o próximo. Por amor a Jesus Cristo, pois Ele é
somente Amor, os possessos, esses que estão atrás dos bastidores,
com suas energias maléficas, deverão ser desmascarados. Aos pou-
cos, tudo será descortinado, na graça de Deus Pai e na Sua grande
Misericórdia. Leia querido, as aberrações dos possessos; eles estão se
materializando aqui na Terra. Podemos e temos o direito de não aceitar,
mas podemos compreender. Podemos não aceitar, mas temos o direito
de respeitar o nosso outro.

“Caros Amigos,

O Ministério da Cultura faz de conta que não sabe de nada, que não lê

93
nada, que não se informa de nada...
Mas...
...patrocina blasfêmias contra Nosso Senhor Jesus Cristo...
...agride a Fé da imensa maioria do povo brasileiro...
...usa o seu e o meu dinheiro para ofender nossa Religião...
...e se esconde atrás de um silêncio e de uma surdez, que não ouve o
clamor de 32.000 pessoas que já se manifestaram pela Internet contra a
peça blasfema Jesus Cristo Super Star.
O Ministério da Cultura também não acompanha os jornais, nem as Redes
Sociais. Não leram as inúmeras notícias e manifestações de apoio à nossa
Campanha e da indignação daqueles que tem verdadeira Fé.
Um silêncio cúmplice do pecado que estão patrocinando, com o nosso
dinheiro, a partir do dia 14 de março, lançamento da peça blasfema Jesus
Cristo Super Star.
A sorte deles é que nosso protesto é pacífico, e continuará sendo, dentro da
lei e da ordem.
Se fôssemos 32.000 muçulmanos, talvez eles não tivessem tanta sorte
assim.
Vejam o que aconteceu no poderoso EUA, com um vídeo que saiu no
Youtube que, segundo a notícia, “foi considerado ofensivo aos muçulmanos
e gerou violentos protestos em partes do Oriente Médio e ameaças de
morte aos atores”.
Se você leu a notícia, eu nem preciso comentar. Você mesmo tirará as
conclusões.
Tudo errado.
Errado os muçulmanos ameaçarem de morte os atores, errado o Tribunal
americano acatar apenas esse protesto, mas não acatar protestos de
católicos contra vídeos do Youtube (centenas, talvez milhares), que
zombam da Religião Católica e dos sacramentos.
Para nós, católicos, usam o argumento de que não se pode exercer
qualquer tipo de censura.
Já para os muçulmanos… a coisa é um pouco diferente. Fácil de imaginar
94
por quê.
Vamos continuar nosso protesto pacífico e ordeiro, mas ativo e
incessante, contra a peça blasfema Jesus Cristo Super Star que vai
estrear em São Paulo no próximo dia 14. Com o patrocínio do Ministério da
Cultura e... com o já misterioso silêncio das autoridades religiosas.
Se você ainda não assinou a Petição-Protesto, clique aqui, agora mesmo,
por favor.

Se você já assinou
reenvie este e-mail
a todos os seus amigos.
É urgente.
Temos poucas horas.

A peça será lançada em São Paulo. Mas se não houver protestos no Brasil
inteiro, essa blasfêmia percorrerá todo o País. Todos temos que assinar
essa Petição.
Nosso Senhor Jesus Cristo, que a tudo vê, saberá recompensar esse seu
ato de amor com muitas graças especiais.
Em Jesus e Maria,

Marcos Luiz Garcia


Orientador de Campanhas da
Associação Devotos de Fátima
PS - É lamentável que uma Companhia Aérea da importância da GOL,
através do Programa Smiles, resolveu também patrocinar esse horror.
Saiba mais aqui.”

Por Ela, por amar Maria, a Mãe de Jesus, nosso Salvador e Re-
dentor, que me faço estar aqui para você e procuro ser para você, jun-
tamente com Ela, que nos garante:

“E por fim, meu Coração Imaculado triunfará!”


95
“Que a alegria pascal seja maior do que qualquer razão humana
de apreensão e de tristeza. Cristo ressuscitado está vivo entre vós.
Cristo ressuscitado assinala com sua vitória os acontecimentos do
mundo e da história. Cristo ressuscitado quer instaurar entre vós o seu
Reino, para que seja glorificado por todo o universo criado. Vivei sem-
pre na alegria e numa esperança, à espera do seu glorioso retorno.”
Página 679. Dongo (Como) 26 de março de 1989. Páscoa da Ressur-
reição. Não está na íntegra.

Amanhece e vim olhar os meus e-mails. Veja o que encontro. Leia,


por favor, meu querido leitor. Não pude me furtar em colocar também
mais uma grande ofensa, um grande sacrilégio feito contra o Nosso Se-
nhor Jesus Cristo. Creio que finalmente você entenderá meu querido, a
razão, o meu motivo de me expor, de me colocar para a minha Mãe no
que Ela e Deus desejarem de mim. As atrocidades que estão fazendo a
Jesus, Filho de Maria, evidencia o tipo de civilização está se formando.
A falta de amor falta de desenvolvimento interior em Deus da Santíssi-
ma Trindade, pessoas que se deixam imbuir pelo demônio, completa-
mente possessas fazem o mundo feio. Não estamos no tempo da caro-
chinha, mas ainda da Idade da Pedra.
E... Misericórdia, mais uma vez: “Eles não sabem o que fazem”.

Grave sacrilégio em igreja venezuelana: delinquentes destruíram


sacrário e jogaram excremento sobre as hóstias consagradas
12, março, 2014
A Igreja La Candelária, localizada na cidade de Victoria, distrito de
Araguá (Venezuela), foi vilipendiada na madrugada do domingo por su-
postos ladrões, que destruíram o sacrário e jogaram as hóstias no
chão.
Ademais, os deliquentes jogaram excremento humano sobre
elas e furtaram aparelhos de som do templo.
O Superior da Casa Lar dos Irmãos Franciscanos Da Cruz Branca,
96
Ir. Jesús Estévez Betancourt indicou que esta não é a primeira vez que
o templo é roubado. Nesta ocasião, o furto e o sacrilégio ocorreram por
volta da 01:00 a.m. (hora local).
“Pegaram o sacrário e o quebraram jogando-o no chão, depois jo-
garam também as hóstias consagradas pelo chão da igreja e fizeram
suas necessidades ali”, descreveu o Superior.
Em declarações recolhidas pela imprensa local, o religioso disse
que o Pe. José Miguel Vargas, Pároco da Igreja, foi quem percebeu
que as luzes estavam acesas e as portas estavam arrombadas.
O Ir. Estévez assinalou que a profanação das Hóstias Consagra-
das “foi o mais grave”, indicando que as autoridades foram avisadas
imediatamente.
Através de sua página na rede social Facebook, a Paróquia São
José pediu orações em desagravo a este fato onde “destroçaram com-
pletamente Nosso Amado em seu Sacrário e como se fosse pouco pul-
verizaram excremento humano no Pão Consagrado”.
“Todos façamos ato de desagravo e roguemos a Deus que tal
ato não fique impune e igualmente peçamos pelo pároco; Pe. José
Miguel Vargas, para que Nosso Pai o fortaleça nestes dolorosos
momentos”, assinalou a nota.
Atualmente, devido à violência que vive a Venezuela, os ataques a
lugares religiosos e membros do clero vêm aumentando.”

Recebi um significativo presente de uma pessoa muito próxima.


Reside em outro Estado e enviou por outra pessoa; esta viajara até ela,
pois passara alguns dias em sua companhia; dos seus muito amados.
O presente estava me esperando há muitos meses. Pela Providência
Divina, eu o recebera no domingo, dia 09-03-2014. Registro aqui, por-
que o presente prateado simboliza algo muito importante para mim, na
minha caminhada existencial. Chegara como para me dizer assim: “O
Tempo chegou. O livro pode ser realmente terminado. Com este pe-

97
queno e singelo presente eu faço chegar até você, o símbolo da Filoso-
fia, está marcando o Tempo em que tudo está por ser consumado”. Vo-
cê, pessoa próxima me presenteou, e todas as demais, nunca esqueci-
das. Todas e todos, nunca esquecidos no meu coração de amor. Ela
está voando. Voando de avião. Muito agradecida, minha amada. Uma
felicidade com mesclas de gratidão, de reconhecimento, de entendi-
mento, que por merecimento depois de um trabalho árduo, mas não
impossível, nesses três anos de dedicação, amor, paciência, a minha
obra também nasceu. E sim, eu me acho merecedora desse elemento
que enxerga no escuro. Que é o símbolo da minha caminhada existen-
cial. Ah! Esse Tempo! Sempre Tempo! Assim tem sido para mim. Mais
uma vez eu vejo a mão de Deus, a Sua Providência Divina a nos acom-
panhar. Meus agradecimentos humildemente, pois sei que tudo, mas
tudo mesmo chega nas Graças de Deus Pai. Desejo a Justiça Divina,
mas aprendi a equilibrar os meus sentimentos com os meus divinos.
Desejo a misericórdia em nome de Deus Pai e de Nossa Senhora, a
Rainha da Paz; esperando de cada um a conversão para que, finalmen-
te, numa continuação na caminhada existencial da Humanidade, conti-
nue a se estender pela face da Terra a Misericórdia de Deus pela inter-
cessão de Nossa Senhora de Fátima, a Rainha da Paz.

98
Capítulo II

Parte 1

“Ave Maria dos Estudantes


Pe. R. Mendes
Ave Maria, Mãe carinhosa, dos estudantes,
Suave rosa, a perfumar nossa existência.
Tu és a estrela, do céu azul, da adolescência,
A iluminar, a enfeitar nosso caminho.
Em nós desponta e já se alteia,
A chama do amor.
Mas em tuas mãos, os corações, depositamos.
Todas as tardes porque te amamos, te lembraremos.
Ave Maria Mãe carinhosa, dos estudantes.”
(Esta canção não é da RCC.
Aprendi quando criança na escola Stella Maris).

Uma Leitura da Minha Vida


No passado, escrevi um livro autobiográfico, cujo título é “Um

99
Tempo Lagarta, Um Tempo Casulo, Um Tempo Borboleta”. Fiz poucos
exemplares e distribui para alguns poucos amigos e parentes. Desejo
que este livro se faça um pouco mais objetivo; entretanto, aqui também
me sinto na vontade de me apresentar a você; como a minha história
está atrelada ao espiritual de Nossa Senhora, embora Ela em âmbito
maior os meus sinais existenciais são aqui deixados.
O que leva uma pessoa como eu dizer que doa sua vida como
uma soldadinha do exército de Maria? Quais motivos eu teria para lutar
ao lado da Mãe, continuar o trabalho do padre Stefano Gobbi, dando
meu sim? Diria que fundamentalmente o amor, como filha de minha
Mãe celeste. Fundamentalmente, o amor, como filha de minha mãe ter-
rena. Fundamentalmente, o acreditar em Nossa Senhora, porque en-
contrei consonância no que Ela disse nas Suas Mensagens com a rea-
lidade do Mal no qual vivia. Mais do que me fixar no horror do Mal, o
meu desejo de juntamente com Ela procurar ajudar aos outros que pos-
sam se sentir escravizados, tanto quanto eu me senti. Mais do que me
fixar no horror, o acreditar na Mãe, no amor que sinto por Ela, enten-
dendo o Seu poder junto a Deus Pai; fixei-me então no que Ela deixa
para nós, como esperança. E se aqui, neste livro, pontuo a existência
do Mal, é para dar o meu testemunho; acima de tudo buscar Deus e
Seu Filho Jesus Cristo e Nossa Mãe Santíssima como esperança de
um mundo melhor.
Nossa Senhora nos confirma; Ela confirma Sua vitória, dizendo-se as-
sim:

“Sou a Rainha do santo Rosário. Sou a Rainha das vitórias. A tare-


fa que me foi confiada pela Santíssima Trindade é a de guiar a batalha
e de conduzir à vitória o exército dos filhos de Deus que combate con-
tra o poderoso exército dos escravos de satanás e dos espíritos do
mal.”
“Eu porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e
100
a desobediência dela: ela te esmagará a cabeça e tu insidiarás o seu
calcanhar.” Página 1018. “Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa
Senhora”.

Fundamentalmente, eu desejo deixar a minha contribuição, como


uma batizada, à Igreja Católica Apostólica Romana. Simplesmente, por
pensar que, neste momento em que escrevo muitas almas não sabem o
que está acontecendo ao nível espiritual. Por você, então. Pelas almas
que continuam a absorver o profano ou o divino; continuo a luta com a
Mãe. Venho caminhando com Nossa Senhora há muitos anos. Quando
dei por mim, estava fazendo o Rumo ao Novo Milênio no Tempo lagar-
ta, saindo aos poucos do intenso sofrimento do qual sentia e do meu
Tempo casulo, no qual ficara fechada, em quatro paredes, fazendo te-
rapia particular. Mas borboletas precisam de flores, precisam de pesso-
as especiais, como flores, para poderem pousar, na confiança de que
pousam realmente nas flores.
Foi assim que Deus, ao olhar para baixo, viu esta miserável que
precisava de ajuda e fui descobrindo a Providência Divina. Foi assim
que Deus e minha amada Mãe intercederam por mim, colocando a pes-
soa certa em minha vida (serei eternamente grata), pois pude alçar vo-
os; como também o espiritual divino certo através de pessoas; elas se
apresentaram a mim na caminhada existencial. Esse alçar voos signifi-
ca estar inteira para você, meu querido, meu acompanhante. Este estar
inteira significa que a lagarta estava no casulo, com a ajuda da pessoa
certa, pode sentir a liberdade de sair daquelas quatro paredes de con-
sultório e respirar. Ver a Luz onde não enxergava mais. Estava morren-
do em vida. Estava definhando, enquanto trabalhava e estudava, pois
na vida não existiam flores para mim. Um definhar existencial. Estar
aqui inteira para você, meu querido, é todo um coroamento que a pró-
pria vida me dispensou. Porque senti a presença de Deus e Ele me
Proveu de tudo; deu-me também o Tempo, para poder nas asas do
101
amor chegar até você.
Verdadeiramente? Poderia me descrever em poucas palavras co-
mo uma montanha de sentimentos vividos entre o sofrimento, o cume
da felicidade, por possuir na graça de Deus o Tempo borboleta e sentir
a paz interior e ao lado da pessoa certa. Seria uma lástima, uma incoe-
rência com a vida se não partilhasse com você esse mundo interior vi-
vido. E minha doce Mãe tem muito a ver com o meu mundo existencial.
Por isso estou com Ela. Por isso me sinto Dela. Por isso caminho ao
Seu lado.
Por que assim chamada soldadinha do exército para Nossa Se-
nhora? Porque você, por exemplo, lendo o trecho abaixo, das Mensa-
gens da nossa Mãe, Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Senho-
ra, páginas 26 a 29, como não se sentir impelida a participar, se você A
ama, se você sente estarmos atravessando um Tempo difícil, conforme
Ela vem nos relatando? Mas vamos ver o motivo desta denominação:
soldadinha do exército de Nossa Senhora:

“ Peço aos fiéis que se unam ao meu Movimento.”


“Que se consagrem, de modo especial, ao Meu Coração Imacula-
do.”
“Comigo, na luta decisiva, quero os meus filhos Sacerdotes, guia-
dos por Mim, dóceis às minhas ordens, obedientes aos meus desejos,
sensíveis aos meus pedidos. Deixando-se, com a sua consagração,
possuir por Mim, Eu mesma hei de Me manifestar neles, e, por meio
deles, procurarei ferir, no coração, o meu inimigo, e lhe esmagar a ca-
beça com meu calcanhar (Cf. Gên. 3,15). Mas estes meus Sacerdotes
devem, desde já, começar a agir. Por eles quero voltar para o meio dos
meus fiéis, porque é com eles, em torno dos meus Sacerdotes, que Eu
quero formar o meu exército invencível.”

Fica claro neste trecho, um dos tantos apelos, que Nossa Senhora

102
faz contar com todos, ao se consagrarem a Seu Imaculado Coração,
faz contar conosco como fiéis para ser exército Dela: “exército invencí-
vel” ou também, “meu exército fiel”, o meu “Grande Exército Branco”.
Segundo Nossa Senhora, então, Ela continua a nos dizer:

“Quero voltar para o meio dos meus fiéis, porque é com eles, em
torno dos meus Sacerdotes, que Eu quero formar o meu exército in-
vencível”.

Vemos que o exército de Nossa Senhora não é feito por Sacerdo-


tes apenas, que se consagraram a Ela, mas também por seus fiéis em
torno dos seus Sacerdotes; Ela quer formar o seu “exército invencível”.
Continua:

“Fujam dos lugares onde é profanada a dignidade sagrada do cris-


tão. Formem, em torno dos sacerdotes, o meu exército fiel, o meu
grande Exército Branco. Por meio deles, voltará a minha luz para o
meio da grande treva e o meu candor imaculado para o meio de tanta
podridão e morte. Estes meus filhos serão chamados por Mim e forma-
dos para esta grande tarefa: preparar este mundo para a grande purifi-
cação que o espera, para que possa finalmente nascer um mundo no-
vo, todo renovado pela luz e pelo amor de meu Filho Jesus, que reinará
sobre tudo.”
“Este é o caminho que devem percorrer os Sacerdotes chamados
a formar o meu exército, para que os homens remidos pelo meu Filho,
mas que Lhe foram arrebatados por satanás, possam ainda ser salvos
mediante a intervenção especial deste meu Materno Coração”. Página,
78. “Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Senhora”.

Continua a Mãe Santíssima:

“Esta é a hora do Calvário para a minha Igreja, para o Santo Pa-


dre, para todos os Sacerdotes que querem ser fiéis ao meu Filho e ao
Evangelho”. Página 79. “Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa
103
Senhora”.
“Chegou o momento em que alguns dos meus filhos Sacerdotes se
preparam para se revoltarem, publicamente, contra o meu Filho, contra
Mim própria, contra o Papa e minha Igreja. Assim não poderei reconhe-
cê-los mais como meus filhos. Descerei Eu mesma do Céu para Me pôr
à frente da falange dos meus filhos prediletos e vencê-los-ei! Depois de
uma total transformação e purificação da terra, o meu Imaculado Cora-
ção cantará vitória no maior triunfo de Deus”. Páginas 80 e 81. “Aos
Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Senhora”.

Estamos diante de uma situação na qual — dentro da própria Igre-


ja Católica Apostólica Romana e entre as inúmeras mensagens impor-
tantíssimas — Nossa Senhora, assim Ela denomina (tão doentes; tão
necessitados do meu auxílio materno) parte dos Sacerdotes:

“Estes meus filhos Sacerdotes, tão doentes e tão necessitados do


meu auxílio materno”. “Ajudai-os, sem jamais os julgar. Amai-os sem-
pre. Não os condeneis; isso não é convosco.” Página 84. “Aos Sacer-
dotes, filhos prediletos de Nossa Senhora”.
“Vós, Sacerdotes do meu Movimento, vós filhos prediletos do meu
Doloroso Coração, que haveis de fazer pela salvação de todos estes
meus filhos Sacerdotes, tão doentes e tão necessitados do meu auxílio
materno?”
“Ajudai-os, sem jamais os julgar. Amai-os sempre. Não os conde-
neis; isso não é convosco. Mostrai o vosso amor com o vosso sofrimen-
to, com o vosso testemunho, com o vosso bom exemplo. Sede exemplo
para eles, defendendo mesmo externamente a vossa dignidade: nunca
abandoneis o traje eclesiástico obedecendo assim à vontade várias ve-
zes manifestada pelo Vigário de meu Filho, o Papa.”
“Nestes últimos tempos, quantos são os sacerdotes que choram as
suas quedas, que sucumbem sob as forças do mal já desencadeado,
que cedem às ilusões de um mundo que se tornou pagão, que caem
nas enganosas insídias do meu e vosso adversário”. “Filhos prediletos,
104
mesmo se repetísseis o gesto de Pedro que renega, ou o de Judas que
trai, ou o dos Apóstolos que fogem e abandonam Jesus, hoje abri os
corações à esperança, porque Jesus vos ama.” Página 937. “Aos Sa-
cerdotes, filhos prediletos de Nossa Senhora”.

Em outra mensagem de Nossa Senhora de Fátima — 1997, última


noite do ano, em 31 de dezembro, em Milão, Itália — Ela nos diz:

“Tudo vos foi revelado: o meu desígnio vos foi profeticamente


anunciado em Fátima e, nesses anos, Eu o realizei através do meu
Movimento Sacerdotal Mariano. Ele vos foi revelado na sua lenta pre-
paração. Este vosso século, que está por terminar, foi posto sob o sig-
no de um forte poder concedido ao meu adversário. Assim a humani-
dade foi seduzida com o erro do ateísmo teórico prático; em lugar de
Deus foram construídos os ídolos que todos adoram: o prazer, o dinhei-
ro, o divertimento, o poder, o orgulho e a impureza. Verdadeiramente
satanás, com a taça da luxúria, conseguiu seduzir todas as nações da
terra. Ao amor fez suceder o ódio; à união a divisão; à justiça as muitas
injustiças; à paz uma contínua guerra. De fato este vosso século trans-
correu todo sob o signo de guerras cruéis e sangrentas que fizeram mi-
lhões de vítimas inocentes. Então a Santíssima Trindade dispôs que o
vosso século fosse posto sob o signo de uma minha forte, materna e
extraordinária presença. Assim, em Fátima indiquei o caminho que a
humanidade devia percorrer para o seu retorno ao Senhor: o da con-
versão, da oração e da penitência.”
“Faz já vinte e cinco anos que vos guio, com as palavras que dito
ao coração deste meu filho, que Eu escolhi como instrumento para atu-
ação do meu desígnio materno. Nestes anos Eu mesma levei-o muitas
vezes a todas as partes do mundo, e ele deixou-se docilmente condu-
zir, pequeno e temeroso, mas totalmente abandonado a Mim, como
uma criança nos braços da sua Mãe.”
“Assim, nesta noite, terminam as mensagens públicas, que durante
vinte e cinco anos vos dei: agora deveis meditá-las, vivê-las e pô-las

105
em prática.”
“Com este Livro vos ensino a viver a consagração ao meu Coração
Imaculado, com a simplicidade das crianças, em espírito de humildade,
de pobreza, de confiança e de filial abandono.”
“Anunciei-vos o triunfo do meu Coração Imaculado no mun-
do. Por fim o meu Coração Imaculado Triunfará. Isso acontecerá
no maior triunfo de Jesus, que trará para o mundo o seu glorioso
reino de amor, de justiça e de paz e fará novas todas as coisas.”
“Escancarai as portas a Cristo que vem a vós na glória. Vivei a

trépida hora deste segundo Advento. Tornai-vos assim, os corajo-

sos anunciadores deste meu triunfo, porque vós pequenas crian-

ças consagradas a Mim, que viveis do meu próprio espírito, sois os

Apóstolos destes tempos. Vivei como fiéis discípulos de Jesus, no

desprezo do mundo e de vós mesmos, na pobreza, na humildade,

no silêncio, na oração, na mortificação, na caridade e na união

com Deus; enquanto sois desconhecidos e desprezados pelo mun-

do. Chegou o momento de sair do vosso ‘escondimento’ para ir

iluminar a terra. Mostrai-vos a todos como os meus filhos, porque

Eu estou convosco.” Páginas, 1132 a 1136. “Aos Sacerdotes, filhos

prediletos de Nossa Senhora”. (não está na íntegra).

Em Dongo, Como, 13 de outubro de 1989, no Cenáculo espiritual,


aniversário da última aparição em Fátima, Ela nos deixa:

“Recordais hoje a minha última aparição, havida em Fátima a 13


de outubro de 1917, convalidada pelo milagre do sol. Olhai sempre
106
mais para a Mulher vestida de sol, que tem a tarefa de preparar a Igreja
e a humanidade para a vinda do grande dia do Senhor. Os tempos da
batalha decisiva chegaram.” Página 709. “Aos Sacerdotes, filhos predi-
letos de Nossa Senhora”.

Talvez você também duvide de que os espíritos malignos che-


guem até pessoas fazendo suas comunicações, seus pedidos, e estas
pessoas se deixam como instrumentos para estes demônios. Mais do
que você possa pensar ou saber estamos vivendo o Tempo, onde mui-
tas pessoas se deixam levar por seitas, religiões. O “religare” esta pala-
vra tem origem no latim e significa religação ao Céu, a Jesus Cristo.
Jesus Cristo foi o único mediador entre Deus e os homens e não há
outro; a Humanidade na sua maior parte não estabelece este vínculo.
Por amar com todo meu coração a religião Católica, porque dela senti
receber todas as Graças necessárias para um renascimento interior,
senti todo o seu valor como religião; ao obter o conhecimento sobre
existir quem a traia, desejando inclusive colocar um falso Cristo e for-
mar uma falsa Igreja, brota assim meu desejo de lutar, de fazer parte da
batalha como exército invencível de Nossa Senhora.
Retirei de um site, chamado Orações Católicas, o seguinte:

“Não se opor ao erro é aprová-lo, e não defender a verdade é su-


primi-la; e a nossa negligência em defender a verdade, quando pode-
mos fazê-lo, é tão pecado quanto incentivar o erro.” Papa São Félix III.
“Nada há encoberto que não venha a ser revelado; e oculto que
não venha a ser conhecido. Porque tudo que dissestes às escuras será
ouvido em plena luz; e o que dissestes aos ouvidos no interior da casa
será proclamado dos eirados.” Lucas 12: 2,3

Minhas razões são inúmeras para aceitar ser uma soldadinha do


exército invencível de Nossa Senhora: confio e acredito na Mãe; jamais
abandonaria o navio como os ratos fogem quando a tempestade surge

107
e a água toma conta do navio. Eu observava num curto tempo de meni-
ninha para a imagem da cobra aos pés de Nossa Senhora do Imacula-
do Coração de Maria; a Mãe, em toda a Sua delicadeza, pisava a cabe-
ça daquele animal, com Seu pezinho — percebia naquele gesto, perce-
bia, naquele símbolo, que Ela tinha o poder sobre o apresentado ali. O
poder sobre o Mal. Eu olhava para aquele doce rosto de Mãe bondosa;
o lugar quase santo, uma capela da escola de freiras; Ela queria dizer
que havia sim, algo ruim, e esse algo ruim estava em cima de um globo,
nossa Terra, mas que Ela estava acima do globo também, e tinha, sim,
Seu poder de prender aquele animal, representação do Mal, com Seu
pezinho. Por isso me disponho a ser uma soldadinha do exército de
Nossa Senhora; fiel a Ela, filha Dela, para combater o Mal. No Tempo
de criança Ela me mostrava que havia um Mal.
Foi ponderando sobre essa dimensão da existência do Mal nas
Mensagens reveladas na Obra de Nossa Senhora, na Bíblia, na vida,
passara ao reconhecimento real do espiritual maléfico. Eu passara a
acreditar nesses conhecimentos teóricos e práticos; eu observava os
acontecimentos circundados sobre a minha mãe terrena do espiritual
maléfico da umbanda, como também a mim mesma e a outros mem-
bros familiares e assim foi o espiritual divino interiorizando-se em mim
para fazer eu, o meu melhor e sair daquela escravidão.
Essa vontade pela Verdade foi tão escondida da minha própria mãe
amada, me faz lutar num desejo pela propagação da informação: cui-
dado! Alerta, querido, você possuindo a sede de Justiça e de Verdade!
E... Nunca esqueçamos a misericórdia, pois precisaremos. Estamos
nesse Tempo! Convido você a se juntar ao exército de Nossa Senhora
formando assim o exército dos fiéis consagrados a Ela: o “Exército
Branco”, como Ela nomeia também, Seu exército invencível.

108
109
Capítulo II

Parte 2

“Meu Coração É Para Ti


Meu coração é para Ti, Senhor.
Meu coração é para Ti, Senhor.
Meu coração é para Ti, Senhor.
Meu coração é para Ti.
Porque Tu me deste a vida, porque Tu me deste o existir,
porque Tu me deste o Carinho, Me deste o Amor!!!
Pão e vinho são pra Ti, Senhor...
A minha vida é para Ti...
Meu coração é para Ti...”

Um Mergulho na Minha Vida


“Esta igreja foi construída por vós, mas vós é que sois a Igreja”.

Você leu na introdução e estou repetindo esta frase de Santo


Agostinho que me acompanhou por longo Tempo. Ganhei um livro, cer-
ta vez, que contava a história da vida deste santo; entretanto, nada me
110
tocou mais, nesse Tempo, do que esta simples frase dele. Eu me via
correndo, isto é, tinha que buscar Deus, tinha que me interiorizar muito
em Deus para fugir dos erros, do que considerava erros em mim; teria
que melhorar para não me sentir perseguida pelo Mal. Não sentia ao
redor pessoas no mesmo afã que eu, isto é, pessoas preocupadas em
retidão, em ser melhor, em ser mais aprimoradas para Deus. Ao mesmo
tempo, não tinha ocasião para ficar questionando isso, porque o que
sentia é que deveria, sim, fazer o meu melhor na caminhada existencial
para Nossa Senhora e para Deus. Sentia-me Chamada a ser Igreja: a
lutar pela igreja. Lutar pela igreja foi lutar por mim. Percebi que era Igre-
ja e, se me percebi Igreja, foi porque na igreja me constituí pessoa.
Há uma historinha onde fala sobre as pessoas que vão à igreja,
mas fazer o quê? O que muitas ou algumas vão fazer na igreja? Cada
qual sabe no que pode ajudar como pode, e se ajuda realmente. Há
serviço para todos. Estava fazendo a minha parte e continuo fazendo,
deixando meus escritos. Digo a você sobre a caminhada ela não foi se-
rena; chegar até aqui, escrever este para você, “rasgando minhas ves-
tes e abrindo meu coração”, neste ano da Fé, para deixar meu teste-
munho de vida, não foi fácil. Desejo dizer que senti a perseguição espi-
ritual do Mal em minha vida de tal forma que não era sequer para estar
viva perante você, mas considero tudo, para honra e glória do nome do
Senhor, aqui estou.
Com relação a esta outra frase de Santo Agostinho, ele diz:

“Meu coração está inquieto até repousar


em Ti, Senhor”.
Esta frase de Santo Agostinho me tocou profundamente, porque,
quando a li, senti um irmão. Sim, pensei nas inquietações sentidas por
ele; deve ter sentido tantas inquietações quanto eu, mas ambos, quan-

111
do chegamos a encontrar Deus, Jesus Cristo, minha Mãezinha, minha
família celeste, como costumo chamar, encontramos a Paz! Havia mu-
dado. Tive meu ancoradouro. Uma corrida existencial, uma busca cons-
tante, um vazio existencial; senti-me completa quando Deus, Nossa
Senhora e Jesus se apresentaram para mim. Já não me sentia a mes-
ma do passado, quando o vazio existencial, a falta de sentido na vida
foi companhia. Agora, com Eles, minha família celeste, fui preenchida
nas minhas necessidades para dar sentido à vida. Encontrei-me com
um amigo, um irmão, nesse Tempo, através da necessidade de encon-
trar uma mínima palavra que fosse e chegasse ao meu coração. Por
isso, Santo Agostinho, irmão espiritual divino, chegava pontualmente
nesse encontro de alma. Não encontrava em pessoas as que me cer-
cavam como conversar certos assuntos espirituais, porque os assuntos
tratados por elas eram os do mundo, os triviais, do cotidiano. Ao longo
da jornada, meus irmãos, meus amigos, foram os livros, as leituras que
ajudaram a me dar alicerce, enriquecimento para poder sanar minhas
indagações interiores. Deus Amoroso e Misericordioso olhou para a mi-
serável lagarta, no seu Tempo lagarta; rastejava e mendigava batendo
em algumas portas. Deus enviou pessoas maravilhosas, raras, neces-
sárias em minha vida. Isso me faz pensar também na dialética falada
por mim. Será você, uma dessas pessoas afastadas do raro? Sente,
possui seus sentimentos, mas não tem com quem conversar sobre o
espiritual? Falo do raro, porque, na minha caminhada existencial à pro-
cura de respostas para as minhas indagações, procurava por padres,
por exemplo, procurava por um em especial que me escutava com toda
atenção, respeito e carinho. Mais tarde, ele foi embora porque assumiu
o posto de bispo em outro Estado. Continuamos amigos e ainda lhe fiz
visitas. Como é extremamente ocupado, não posso dispor de seu tem-
po. Mas sei que há entre nós alguém; Ela permanece como grande in-
tercessora: Maria, nossa Mãe amada. Esse amigo, padre e depois bis-

112
po, ama muito Nossa Senhora e São José. Eu costumava levar flores
para ele; ele as deixava num vaso com água e dizia-me:

“Vou deixar aqui pra Eles!”


Quando nascemos, temos nossa centelha divina; entretanto, se
essa chama não for abastecida, tudo começa a se complicar. As con-
versas outras, o dia-a-dia no superficial ou as próprias preocupações,
problemas do nosso cotidiano, o hedonismo, os prazeres, as festinhas,
atualmente temos grandes templos de consumo, que são os shoppings
e vão distanciando-nos de Deus, das orações; e do silêncio, que é um
meio favorável de encontrar Deus, dependendo do jeito, da alma de
cada ser. Para mim, por exemplo, Deus se apresentou numa mescla de
extremo sofrimento com o encontro do Amor. Posso dizer que no silên-
cio do sofrimento, no silêncio das lágrimas, no silêncio do mergulho pro-
fundo em mim mesma, do qual emergi outra ao sentir Deus, Deus olhou
a miserável e aí eu me fiz Ser.
Uma vez, pensei qual teria sido a minha melhor oração, enquanto
tantos, com toda certeza, já sabiam rezar, pedir, agradecer a Deus, eu
não fazia nada daquilo. Creio que Deus contou o sofrimento da minha
mãe terrena, da minha amada irmã, de outros membros da família e o
meu. Contou nossas lágrimas e quis que tivesse minha chance de re-
missão, de justiça, de misericórdia. Peço desculpas, perdão, por deixar
a você um livro assim, onde exponho os meus pensamentos apenas,
uma vez que você teria tanto para contar de sua vida também. Sei que
sou mais uma, mas sei também que nessa mais uma, eu sou eu com
meu contexto de vida único. Nas minhas leituras como filósofa, costu-
mava separar e copiar frases de alguns pensadores que faziam sentido
de forma intensa na minha alma. Então, fui acompanhada no meu ca-
derninho velhinho universitário de uma frase de Herbert Otto que diz:

113
“As mudanças e o crescimento ocorrem, quando uma pessoa se
expõe e torna-se envolvida com a ideia de experimentar a própria vida”.

Pensava, eu, “como poderia experimentar a própria vida?”. Se não


me expusesse, se não fizesse minha dialética no espiritual (mesmo não
escutando as vozes do lado de lá), como mudanças e crescimento po-
deriam ocorrer? Como diz o filósofo existencialista, Kierkegaard:

“Aventurar-se causa ansiedade, mas deixar-se de arriscar-se é


perder-se a si mesmo... E aventurar-se no sentido mais elevado é pre-
cisamente tomar consciência de si próprio”.

Não posso ser eu mesma se as informações, se a minha vida ficar


apenas em mim. Algumas destas informações ficariam sem constituição
da Verdade que se propõem no Tempo. Uma Verdade na qual acredito
em cada palavra, o que Nossa Senhora vem nos deixando ao longo do
Tempo. Se eu acredito e não falo a tantas pessoas elas não possuirão
o conhecimento, como ficaria eu? Por isso preciso me apresentar, pois
coloco meu coração junto ao da Mãe para deixar testemunhado sobre o
Tempo! Sobre o Mal! Sobre a preparação! A esperança! O amor! A fé!
Sobre o Segundo Advento de Jesus Cristo! Com toda certeza também,
ao final de tudo, ficará o triunfo! O Triunfo do Imaculado Coração de
Maria. Como disse no pensamento que deixei para você, sinto que na-
da sou sem você. Nem sei se saberei um dia. Mas lanço-me neste grito
surdo; talvez, nem tão surdo assim, se encontrar o eco do meu pensar,
do meu sentir, do meu agir; saberei então, que nada foi em vão. Meu
grito de dor vai através deste livro. Meu grito de dor e meu grito de amor
cheguem a Tempo para alertar sobre o espiritual em Deus, em Jesus
Cristo e nossa Mãe amada. Meu ancoradouro, meu refúgio foi conquis-
tado. Consegui, no Tempo de Deus, chegar até Eles: meu Deus, meu
Irmão e minha Mãe a quem tanto amo, pois havia uma cortina de fuma-
ça escura que me impedia desse encontro. A viagem interior foi muito
114
longa até chegar à minha família celeste. Que viagem! Eles estavam
sempre comigo, mas a fumaça escura impedia-me de Vê-los. A busca
incessante, o desejo pelo amor, pela paz, pela felicidade, sentimentos
tão distantes de mim, encontrei-os através da minha família celeste;
antes inexistentes, mas depois da orientação, encontrados no meu co-
ração, pelo conhecimento. Recebi a pessoa certa neste mundo dos vi-
ventes, com toda a certeza, bem merecida, para poder continuar a ca-
minhada, e assim a felicidade passou a ser sentida como real. No Tem-
po, compreendi que a corrida foi necessária; foi real. Senti a existência
de Deus e senti a Sua providência ao fazer chegar até mim à pessoa
certa ou a minha pessoa especial; surgiu no momento chamado Tempo
de Deus.

115
Capítulo II

Parte 3

“Estás Entre Nós (LP: Vem Louvar II)


Tu és minha vida, outro Deus não há.
Tu és minha estrada, a minha verdade.
Em tua Palavra eu caminharei, enquanto eu viver e até quando Tu quiseres.
Já não sentirei temor, pois estás aqui,
Tu estás no meio de nós!
Creio em Ti, Senhor, vindo de Maria, Filho Eterno e Santo, homem como nós.
Tu morreste por amor, vivo estás em nós, unidade trina com o Espírito e o Pai.
E um dia, eu bem sei, Tu retornarás e abrirás o Reino dos Céus!
Tu és minha força, outro Deus não há
Tu és minha paz, minha liberdade.
Nada nesta vida nos separará.
Em tuas mãos seguras minha vida guardarás.
Eu não temerei o mal, Tu me livrarás e no teu perdão viverei!
Ó Senhor da vida, creio sempre em Ti!
Filho Salvador, eu espero em Ti!
116
Santo Espírito de Amor, desce sobre nós. Tu de mil caminhos nos conduzes a
uma Fé.
E por mil estradas onde andarmos nós, qual semente nos levarás!”

Uma Feliz Experiência


Com que felicidade eu soube ter passado no vestibular na Facul-
dade de Filosofia! Já tinha meu casal de filhos e 33 anos. Tinha a minha
profissão de professora, mas, um ano antes de entrar para a Filosofia,
havia tirado uma Licença Interesse no colégio do Estado no qual traba-
lhei como professora.
Estava limpando meu automóvel naquele dia; peguei a mangueira
para lavar o carro em frente de minha casa; uma vizinha, uma das filhas
de um advogado bastante conhecido e casado com uma ex-colega de
profissão, família tradicional, muito conhecida na cidadezinha, passou
em seu carro gritando pela janela que tinha visto meu nome (desconhe-
ço onde olhou meu nome), e que havia passado no vestibular. A felici-
dade foi grande e o primeiro gesto feito foi levantar a mangueira bem
para o alto para que aquele jato de água caísse em mim. Que alegria!
Não tinha com quem participar a minha tão grande alegria no momento;
então, instintivamente fazia eu mesmo a minha festa! Que felicidade!
Recentemente, tinha saído de uma situação que abalou toda a minha
vida, mas Deus já estava olhando para a lagarta ajudando-a a vencer
as batalhas pessoais e espirituais maléficas. Mas se eu disser a você
que pensava em contar para alguém, participar a alguém a minha felici-
dade, mas eu não sentia no meu horizonte existencial uma única pes-
soa. Você acreditaria em mim? Quem sentiria a felicidade a altura da
minha por ter passado no vestibular para Filosofia? Certamente, existi-
am pessoas no meu contexto de vida, mas essas pessoas não valoriza-
vam o curso. Cheguei a perceber entre alguns sorrisos amarelos e
cumprimentos ganhos certa compreensão e respeito, mas realmente a
117
Filosofia não era valorizada. Um bom curso para ser realizado tinha que
render, ou seja, dar dinheiro, no pensamento de umas pessoas da mi-
nha relação. Mas a coisa na qual menos pensava era dinheiro ou ter
uma profissão que rendesse mais. Não comungava os mesmos ideais
de quem muito pensava em ganhar dinheiro. Senti uma tristeza por não
ter com quem partilhar o momento da minha felicidade, mas não parava
para pensar sobre isso. Ia levando a vida como podia. Não tinha noção
do significado da palavra Filosofia; sentia ser um nome bonito, cujo cur-
so necessitava de muita leitura e isso me agradava. O que desejava era
adquirir conhecimentos de qualquer maneira; desejava algo para fazer
na vida que acrescentasse conteúdo, alguma coisa. Tinha que sair da-
quele mundo no qual estava vivendo. Sair daquele mundo no qual esta-
va vivendo não significava viajar o mundo. Nem poderia, devido a todo
o contexto histórico. Devia modificar algo em mim; crescer interiormen-
te, dar-me conteúdos. Foi essa a grande viagem, depois de olhar para
trás e contemplar a paisagem recebida no Tempo de Deus, no meu in-
terior. E foi assim para mim, naquele lugar sagrado, no Seminário Maior
da América Latina, local onde eu cursava a Faculdade de Filosofia,
aprendi muitas coisas. Aprendi desde as provas, os testes que passa-
vam a ser mais dissertativos, isto é, colocar mais as minhas opiniões,
escrever sobre os grandes pensadores, pensar e escrever sobre as
questões dos quais meus professores solicitavam. Ao sair de um se-
gundo grau, onde tudo é meio mecânico, perguntas e respostas já qua-
se prontas ficam formatadas em quadradinhos, sentia estranheza diante
daquela realidade que se fez surgir. Já não era tão jovem assim; havia
deixado para trás os anos do segundo grau, magistério. Como profes-
sora, por mais que quisesse acertar — ser muito responsável, levar
muito a séria minha profissão — como ser humano, errei muito; até es-
se jeito mecânico de reproduzir testes, provas com meus próprios alu-
ninhos, com perguntas e respostas, certamente os fiz. Amava receber,

118
no curso de Filosofia, a folha quase em branco e ter que buscar os pen-
samentos; estranhava muito aquela responsabilidade, e a noção real
batia à porta; eu deveria realmente entender o assunto proposto, para
então dissertar sobre ele e não escrever bobagens. Fazia minhas per-
guntas, mesmo sendo elas ingênuas, mas desejava no meu esforço,
entender certos assuntos, no curso na Faculdade de Filosofia. Gostava
de sentar nas primeiras classes, pois dessa maneira nada desviava a
minha atenção. De certa forma, não foi tão bom, pois não tinha tempo
para fazer amigos; mesmo assim, os tive ali dentro. A Faculdade possu-
ía muitos seminaristas, que se preparavam para depois continuar os
estudos em Teologia. Na minha sala de aula, havia pouquíssimas mu-
lheres. A grande maioria era constituída de estudantes homens, futuros
padres.
Sempre gostei muito do dia do meu aniversário. Sempre gostei de
receber abraços e beijos pela passagem do meu aniversário. Nunca
vou esquecer que, em um desses anos na Faculdade, anunciei aos
meus colegas sobre o dia do meu aniversário. Queria receber abraços.
Nesse Tempo eu estava recebendo certa influência da pessoa certa e
ele dizia que se para mim era importante isso, por que não pedir? Qual
a vergonha de demonstrar algo assim? Pensava que sim, ele tinha ra-
zão. Afinal, era sentimento bonito, nada de errado teria nisso. Nesse
Tempo, passava por grande solidão e não sabia quem da família viria
para ver-me em casa ou para pelo menos telefonar-me felicitando pelo
meu aniversário. Meu amigo especial sabia da minha vida solitária e
andava tão sofrida... Foi então, que sem vergonha nenhuma, anunciei
aos colegas de aula sobre o meu dia e que queria abraços deles. Nun-
ca recebi tantos abraços em minha vida. Nunca! Os colegas fizeram
uma enorme fila para me abraçar, desejar-me felicidades. Eles não
imaginavam o bem que me fizeram. Serei eternamente grata pelo dia
especial do qual tive, recebendo os calorosos abraços dos meus cole-
119
gas de aula da faculdade. A solidão era tanta que, paulatinamente, ia
compreendendo na alma, sentindo em meu coração, o quanto um abra-
ço bem dado é importante para um ser humano. Era calor, era afeto! E
assim, minha pessoa certa chegava com livros especiais e alimentaram
minha alma, davam-me vida. Um dia, ele chegou com um livro perfu-
mado dentro de uma capa dura, diferente, parecia um vídeo cassete
daqueles antigos. Lindo! Perfumado! O livro era embutido numa capa
dura e toda florida, cujo nome era “A Linguagem das Flores”. Que lin-
das! Que lindas páginas ilustradas com flores e poesias; acompanha-
das pelo perfume Penhaligon’s Tesouro Perfumado em Prosa e Verso.
E na última página deste livro tão lindo, tão valorizado por mim, Sheila
Pickles deixara assim:

“A Linguagem das Flores, foi perfumado, para seu prazer, com


Violeta. Os vitorianos demonstravam grande apreciação pelas violetas,
e vendedoras de flores com cestos cheios dos pequenos ramalhetes
roxos eram uma visão comum nas ruas de Londres. Desde o tempo
dos gregos antigos, a violeta é reconhecida como algo raro e desejável.
O fato de ainda ser tão procurada atualmente nos dá uma indicação do
verdadeiro valor dessa flor modesta com seu aroma poderoso”. Página
111. A Linguagem das Flores.

Também ele me apareceu com um pequenino livrinho, aqueles de


bolso, sobre a importância do abraço, com imagens de ursinhos e ur-
sos. Outro livro muito especial de Roberto Shinyashiki, com o qual a
pessoa certa me presenteou, foi “A Carícia Essencial”, cuja introdução
relata sobre “As Carícias e o Iluminado”. Só esse relato do livro e o es-
crito deixado também J.A. Gaiarsa e, ainda uma historinha sobre os
saquinhos de carinhos quentes, foram extremamente importantes para
mim. Como chegaram a Tempo de Deus todas estas obras! Um livro
realizado pela pessoa certa e ilustrado por um amigo dele, com coloca-
ções bastante sérias, parecia que fora feito para mim. Um dia, levei a
120
sério mesmo e trabalhei naquele livro. Havia exercícios, trabalhos para
pensar e responder. Como me ajudaram! Como! Nunca esqueço uma
das imagens desenhadas neste livro, duma garota dentro de uma caixa
de vidro. Ela fazia tudo para sair daquele cubo de vidro e colocava as
mãos nas paredes da caixa de vidro como que prisioneira dela e não
conseguia sair. No entanto, ela teve uma ideia de como sair de dentro
daquela caixa de vidro e resolveu virá-la levantando-a por baixo e, as-
sim, encontrou uma passagem para dali sair. Aquela situação parecia a
minha. Queria tanto sair da situação na qual me encontrava. Parecia
que sentia a angústia daquela garota, como se o ar me faltasse. O livro
era feito com desenhos e atividades que levavam a pensar, a sentir de
maneiras diferentes as situações da vida. Meu amigo especial fizera
toda a diferença no meu existir. Meu lema, quando ia para a Faculdade,
já era por mim pensado assim:
“Devagar se vai ao longe”. “Antes tarde do que nunca”. Isso pen-
sava para me deixar mais tranquila na Faculdade, nas chegadas atra-
sadas ou semestres interrompidos. Complicado, com filhos pequenos.
Onde morava nos primeiros tempos, para sair para a Faculdade pelas
manhãs de casa, de carro, no inverno; dava problemas, pois meu carro
inventava de não funcionar e o ônibus não passava nos horários de
precisão. Nada foi fácil! Aos poucos, na Faculdade de Filosofia eu fui
aprendendo ser mais crítica; fui abrindo minha mente e associando cer-
tas informações recebidas na aula por certos professores com o meu
próprio modo de viver, espraiando para os rumos da vida, isto é, minha
família ou pessoas que faziam parte dela e para a sociedade como um
todo. Não era fácil, não, o curso! Foi fácil para entrar, mas para sair foi
difícil.
Verdadeiramente? Senti-me muito ajudada pelo Divino. Muito!
Aprendi, mais tarde, o nome dessa ajuda de Deus no Universo: Provi-
dência Divina. Deus estava me provendo tudo necessário para minha
121
salvação e para salvação daqueles que me rodeassem; se estivesse
erguida, digna e principalmente como mãe, traria o bem estar para
meus filhos, que teriam uma mãe junto a eles.
Um poeminha do padre Carlos A. Schmitt apareceu para me dizer
assim:

“Você melhorando,
O mundo melhora.
Você piorando,
O mundo piora.
Você tornando-se mais santo,
O mundo inteiro é santificado.
Todos lucram com você,
Ou todos perdem com você.”

Eu não queria perder. De maneira alguma eu queria perder! Não


podia perder; para não ser mais uma no rol da desgraça na família. Sa-
bia que traria, para essa mesma família, um rastro de malefícios sem
precedentes se perdesse. Esse simples poema, lido e copiado, tenho
guardado até hoje; fez com que refletisse sobre o meu amor pelos
meus filhos. Como os amava e continuo a amá-los! Tinha que continuar
e lutar, não podia tombar. Não podia tombar como o meu espelho nega-
tivo, mas, ao mesmo tempo, um espelho de dois lados: mirando-me ne-
le fiz de tudo para não me arrastar junto ao negativo que se apresentara
a mim mesma. Nesse Tempo do curso de Filosofia, ao olhar para trás,
percebi livros certos, para estarem na frente dos meus olhos; chegavam
a Tempo de Deus. Dos milhares de livros possíveis dos quais uma pes-
soa poderia ter feito a leitura em sua vida, para mim, foram poucos os
livros lidos; instrutivos livros e inspiradores; os livros se deixavam vir a
mim e no Conhecimento soube, a Tempo de Deus, o mínimo necessá-
rio para me firmar no meu existir. O meu existir significava muito para
122
mim, seria um existir para meus filhos principalmente! Poder ficar de pé,
poder ser no mínimo a mãe que sempre fui. Era complicada a vida com
meus filhos, pela atenção que entendia ter que lhes dar; mais a profis-
são e a falta da paz, a disponibilidade de tempo para as leituras. Gosta-
ria muito de tê-las feito em maior número, mas foi impossível. Também
não me considerava uma pessoa com facilidade na aprendizagem e por
isso o trabalho era dobrado! Mas posso dizer que tudo foi feito no Tem-
po de Deus e acredito, como Senhor do Tempo, me deixa a singular
confiança de que também este livro cairá nas mãos da pessoa certa e
no Tempo de Deus.

123
Capítulo II

Parte 4

“Mãos Abertas (Pe. Irala) (K7: Agnus Dei didática 86/87)


Nesta prece, Senhor, venho te oferecer o crepitar da chama, a certeza de
dar.
1. Eu te ofereço o sol que brilha forte.
Te ofereço a dor do meu irmão! A Fé na esperança e o meu Amor!
2. Eu te ofereço as mãos que estão abertas,
o cansaço do passo mantido, meu grito mais forte de louvor!
3. Eu te ofereço o que vi de belo no interior dos corações.
A coragem de me transformar!”

Novas Vidas
Ali, naquele lugar sagrado para mim, Deus, ainda não existia em
minha vida, Jesus Cristo também não existia e minha Mãe, Nossa Se-
nhora (Esquecida num Tempo), se fizeram apresentar na presença de
quem fez caridade. Esta pessoa se doava sem nada me cobrar. Estava
acostumada com terapeutas; eles dão atenção, mas devemos pagar.
Quando conheci a pessoa especial descobri no Tempo que, também
124
ele era terapeuta. Acima de tudo eu ganhara um amigo e não um tera-
peuta. A Vida me presenteava com esse homem. Fazia exatamente o
que Jesus Cristo deseja que façamos, o “Amai-vos uns aos outros co-
mo Eu vos amei”, e num outro provérbio judaico, diz: “Não se ama a
Deus, sem antes amar o homem”, ou ainda “Faça o Bem sem Olhar a
Quem” — fui cativada. Isso foi assim para mim. Isso teve significado
para mim. Fui me sentindo como despertada e liberta. Senti-me como
se o Universo inteiro conspirasse a meu favor. Sentia que a vida fluía
como um rio precisa abrir suas comportas para a água poder seguir seu
caminho. Fui extremamente ajudada quando mais precisava; obtendo, a
Tempo de Deus, como costumo dizer, a pessoa para me escutar. Dei-
xava meus filhos no colégio Marista, pela manhã; estavam iniciando as
primeiras séries. Continuava meu trajeto para assistir minhas aulas na
Faculdade. Quando avistava o carro estacionado na frente do prédio,
sabia que a pessoa especial estava lá. Um dia criei coragem e sussurrei
dizendo assim: “O meu amor está aí”.
Com que alegria quase corria para receber o modo especial de
seus abraços. Ele era assim. O jeito de ele abraçar era sentido por
aqueles que tinham a capacidade de perceber, de sentir também como
algo a mais. Era sentido real. Era verdadeiro. Era autêntico. Das ajudas
da minha pessoa especial poderia ter dado, não existiu calor maior para
uma plantinha puder vingar do que seus abraços pelas manhãs quando
chegava à Faculdade. Perfeitos remédios a conta-gotas! Os abraços
são inesquecíveis! Fui aprendendo a dar abraços assim também. Que-
ria passar aos outros aquele modo de ser querido, autêntico, de viver a
vida. Não ter vergonha de ser eu mesma. Aqueles abraços eram o re-
médio a conta-gotas que recebia sempre pelas manhãs quando nos
encontrávamos. Quando falo nos abraços dele, como remédio a conta-
gotas, porque na autenticidade do carinho, do calor daqueles abraços,
realmente foram o tempo à cura dos meus males, somando-se ao en-
125
contro da minha família celeste. E ele me escutava, ele via meu rosto
coberto pelas lágrimas de tanta tristeza. Uma tristeza que parecia não
ter fim. Uma tristeza sem esperança alguma; uma tristeza na qual não
via a luz no fim do túnel, no que estava passando, e na sua companhia
testemunhava aquele sofrimento que se passava naquele seminário
durante o curso de Filosofia. Nossas caminhadas pelas estradinhas da
Faculdade e pelos jardins dela foram providenciais para o meu bem.
Concomitante à pessoa especial me ajudou na vida quando mais preci-
sava, recebi convite de uma senhora; conhecera minha mãe, pois ela
fora inquilino num dos apartamentos de um prédio construído pelos fun-
cionários de meu pai. Este convite foi feito quando nos encontramos na
rua e perguntara se queria participar do grupo de oração da Renovação
Carismática Católica; havia na igreja matriz da cidade onde nasci. Essa
pessoa é muito católica. Eu não tinha a mínima noção sobre a Renova-
ção Carismática Católica, mas aceitei sim. Estava muito mal e precisava
respirar. Nem sempre conseguimos carregar no bolso quem muito gos-
taríamos de estar conosco. Certamente, não funciona assim. Quando
tinha a pessoa, a pessoa especial, o amigo querido para conversarmos
na Faculdade de Filosofia, era algo maravilhoso, pois ele me transmitia
paz, mas ele partia... Eu ficava na minha solidão... Então, na espera
das manhãs de quase todos os dias e dos após sábados e domingos,
ficava a saudade, a falta do homem especial, e tinha muito a lutar por
mim mesma se quisesse me manter em pé. Quando com ele, chegava
a bocejar ao seu lado; chegava a sentir um soninho bom. Na verdade
era relaxante estar ao seu lado, caminhar por entre os passeios floridos
da Faculdade. Ele era e é muito tranquilo com relação à vida. Passava
e passa para mim confiança, bem estar, paz, segurança... Ele gostava
de tirar fotografias das flores e depois de reveladas me fazia presente.
Se pudesse, o carregaria no bolso. Andava tão absorvida em proble-
mas, nos meus sofrimentos, que, pela primeira vez, ao lado dele, cami-

126
nhando com ele pela Faculdade, nos jardins floridos das rosas cuidadas
pelas freirinhas (acredito que eram elas a cuidar) e cuidavam tão bem,
percebi a existência das borboletas em plena Estação de Outono. Pen-
sava eu na existência das borboletas somente na primavera. Pensava
assim, pois os livros didáticos, alguns deles, traziam as flores, variadís-
simas e coloridas lembrando a primavera, e geralmente traziam também
com as borboletas, como ilustração. Associava as flores, borboletas,
primavera. Não vivia o mundo. Não saia de mim; vivia problemas, preo-
cupações, tristezas... Esse era meu mundo. Era ali, no livro didático dos
meus aluninhos, eu via as borboletas e as flores e pensava na existên-
cia das borboletas só na primavera! Um mundo sofrido, com preocupa-
ções constantes e sem Deus. Esse era meu mundinho, o da teoria. Não
tinha vivências, experiências de vida, e a nuvem cinza dos problemas
não me deixara observar melhor o mundo e as borboletas. Segundo
meu amigo querido, minha pessoa certa ali, naquele episódio da minha
admiração em ver as borboletas brincando à nossa frente em plena Es-
tação Outonal, ele percebeu o meu retorno a Vida. Ele quis dizer final-
mente comecei a sair do meu casulo; passara a olhar para fora, além
de mim mesma, ao meu redor. Deslumbrada, admirada, passei a me
dar conta das borboletas e surgiam não somente na Primavera, mas em
plena Estação do Outono; elas brincavam e muitas diante de nós. Não
existia isso em minha vida, uma pessoa tranquila com quem pudesse
conversar ou me escutar sem pagar. Ele tinha uma voz suave, tom bai-
xo; sinceramente, nunca tinha estado ao lado de uma pessoa assim.
Quando não estava com ele, era muito, mas muito triste. Sentia-me só.
Passei a sentir necessidade de Deus, de Jesus Cristo e de Nossa Se-
nhora, e meu sábio amigo parecia saber disso. Parecia ler a minha al-
ma. Eu tinha uma frase retirada do livro de Malba Tahan, para meu ca-
derninho universitário, Sob o Olhar de Deus, página 23, Imitação de
Cristo. Dizia assim:

127
“Em Deus deveria o homem de tal modo firmar-se que não preci-

sasse mendigar tantas consolações humanas”.

Serviu para eu refletir sobre como ter sim, um amigo certo; entre-
tanto, não deveria mendigar amor; afinal, já havia batido em tantas por-
tas frias... Esse pensamento me fez refletir sobre mim, como vivia mi-
nha vida. Amaria, sim, tê-lo comigo vinte e quatro horas do dia, nos tre-
zentos e sessenta e cinco dias e seis horas do ano; entretanto, sabia da
importância do amigo nas suas realizações legando à humanidade; sin-
ceramente teria vergonha de mendigar amor a quem mais gostaria de
ter o seu amor. Mas já passara por tantas situações no que se refere à
falta desse sentimento nobre, mas tão pouco valorizado... Aquele amor
ali não deveria ser conquistado através da mendicância. Mas era forte,
sem dúvida! Muito forte!
Na Faculdade de Filosofia, tinha uma grande capela e, nela, traba-
lhada na parede, uma enorme Nossa Senhora toda branca, creio que o
material seja azulejo. Uma pessoa se referiu àquele trabalho como feito
todo em blocos de azulejos brancos. Nós meu amigo e eu, caminháva-
mos pelos corredores longos, pé direito muito alto. De quando em
quando, ele tocava nos pés de Jesus Cristo, imagens que tinham espa-
lhadas pelos corredores da faculdade e dizia: “Este foi um grande ho-
mem”. Eu mexia com a cabeça assentindo. Às vezes, ele tocava a mão
no coração de Jesus Cristo e dizia qualquer coisa linda e importante
sobre Jesus. Ele sabia o quanto eu precisava Deles. Também entráva-
mos na capela para ver Nossa Senhora e eu aproveitava para fazer
meus pedidos e as lágrimas teimavam em surgir. Vivia momentos muito
ruins e na solidão. Ele me observava quieto sem nada me dizer.
Uma vez, um dos meus professores da Faculdade nos deixou à
vontade na sala, pois colocara vários livros nas classes para podermos
olhar, escolher para atividades, algo assim. Nesse instante surgiu uma
128
situação. Fui sendo conduzida, como levada por um ímã, no qual um
objeto se prende a ele, fui caminhando até a capela grande do seminá-
rio, a mesma onde a Nossa Senhora branca, feita em blocos de azule-
jos, estava. Sentia uma tristeza infinita... Ao entrar lá, lugar grande e
frio, não lembro uma única vez de ter visto vasos com flores. Era raro
avistar alguém lá dentro. Falo dos dias comuns, durante a semana. E
naquele dia não foi diferente, exceto que nem percebi Nossa Senhora
toda branca na parede da capela. Não cheguei até Ela. Continuei à en-
trada como autômato, como um ímã fui sendo conduzida para uma das
portas laterais abertas, a porta da esquerda. Entrei numa salinha. Olhei
para a direita da parede desta salinha e avistei a imagem de Jesus Cris-
to na cruz, tamanho médio, Ele preso e pregado na cruz. Mas ao obser-
var os seus pezinhos presos por uma corda, dessas cordas que não
são barbantes finos, mas corda de sisal não muito grossa; eu passara a
sentir um sofrimento sem fim... Como se tivesse sentindo a dor do so-
frimento de Jesus Cristo. Além de tudo o que Cristo passou na cruz,
não bastasse todo Seu sofrimento, ainda, por alguma razão, aquela
corda prendendo seus pezinhos... Parecia que era eu querendo cami-
nhar e sem poder caminhar. Alguém querendo impedir a caminhada...
Comecei a falar alto enquanto chorava, chorava... Não podia parar de
chorar e de falar com Ele, e chorava... “Por que fizeram isso com você?
Por quê?” - Eu quase gritava falando e chorava ao ver aquilo. Já não
chega tanto sofrimento, meu Deus? Como aquilo me chocou tão pro-
fundamente! Fiquei imaginando tantas coisas... Imaginei uma brincadei-
ra de mau gosto. Imaginei pudesse a corda estar ali porque a imagem
precisava ser segura. Quem sabe se destacou alguma coisa e prende-
ram os pés com a corda? Mesmo assim, considerava em meu sofrimen-
to junto com o Dele. Nunca uma pessoa poderia colocar uma corda nos
pezinhos de Jesus Cristo, pois para mim isso não se faz com a imagem
Dele. Achei de uma péssima falta de cuidado, de sensibilidade, de

129
amor, de respeito para com Ele. Ou... Alguém tinha entrado e feito al-
gum daqueles trabalhos macabros, bem ali dentro do seminário?! Claro
que não seria de duvidar! Sabia dos muitos trabalhos dessa natureza
realizados do lado do espiritual maléfico, na cidade menor era comum o
fazerem. De qualquer maneira, estava sofrendo muito com Ele, com
Jesus Cristo. Sofria muito com Ele. Enxuguei meu rosto e retornei para
a sala de aula. Percebi meu professor me olhar e depois desviara o
olhar quando entrei na sala. Não sei se percebeu meu estado deplorá-
vel.
Assim caminhei a vida... Num Tempo. Num grande mar de sofri-
mentos... Como encontrar o Grande Amigo com o Seu Grande Sofri-
mento me ajudou a ver que não estava só! Não estava não! Mas... A
mesma pessoa a estar aos seus pés, aos pés de Cristo naquela sala,
olhando-O, cheia de dor e sentindo um sofrimento tão intenso, era a
mesma ao entrar para a Faculdade cética, chamando-O de vítima.
Quando entrei na Faculdade, estava sentada na minha cadeira,
displicentemente, na sala de aula. Tinha alguns colegas ao meu redor;
nem sei se escutaram a breve observação que fiz. Breve, mas realmen-
te contundente, assim estava sendo conduzido meu olhar para Cristo.
Olhei para Jesus Cristo no crucifixo diante de mim, preso na parede,
pois em cada sala de aula havia um deles. Olhei para Ele com um mo-
do de pensar cético de uma pessoa que fazia terapia há muitos anos e
disse: “Ele se faz de vítima!”
Essa palavra “vítima”, hoje, para mim, é insuportável. Não aceito.
Assim como chamar uma pessoa de “carente”. Ambas indesejáveis,
porque acredito realmente no sofrimento de um ser humano. Acredito
que a tal carência deveria ser dita com todas as letras: ela sofre de falta
de amor! E se sofre de amor, por favor, vamos deixá-la feliz dando-lhe
amor. Sofre muito? Procure o Grande Amigo. O amor terreno não funci-
ona? Dá-lhe o remédio espiritual divino.
130
Vítima= extremo sofrimento ou sofrimento.
Carência= falta de amor.
Naquela época, estava colocando em dúvida a existência de Je-
sus Cristo como uma pessoa que tivera realmente Amor de Verdade;
Amor que O levou à morte na Cruz! E Aquele Amor foi para nos salvar:
Ele, o Salvador, o Messias enviado por Deus Pai. Eu não O via assim.
Pois sofrer por sofrer, pensava eu, também sofria muito. Não ficara eu
uns onze anos fazendo terapia entre quatro paredes de consultório so-
mente chorando? E, por último, não estava eu endeusando os psiquia-
tras achando-os donos da verdade?
Verdadeiramente? Estava ficando tão árida, mas tão árida, per-
manecendo tantos anos em terapia, chorando, sem efeitos; passara a
equiparar então o meu sofrimento com o de Jesus Cristo. E Ele? Fazia-
Se de vítima! O preço levado na vida foi aquele ser conduzida até Ele
naquele estado de sofrimento no qual me encontrava; vendo-O ainda,
naquela imagem com a corda prendendo Seus pezinhos, tocando-me
tanto na alma, me pegando em um momento de extremo sofrimento e
fragilidade, como para me mostrar, você percebe agora? Percebe a que
ponto nós chegamos? Eu e você? Fui necessitando cada vez mais de
ajuda, fui me aproximando cada vez mais Dele, nas missas, nas leituras
escutadas nas missas, na Eucaristia, adquiria gradativamente forças;
encontrei lenitivo para a minha vida na defesa do Mal dentro de mim,
meus pecados; fora de mim, do Mal de quem viesse. Tudo valeu o em-
penho, entende? Tudo valeu o esforço. Porque minha vida foi mudando.
Entendi o que é um cético, um debochador, um descrente, e havia che-
gado a minha hora de me dobrar a Ele: Jesus Cristo. Senti a real impor-
tância Daquele Homem. Senti a libertação interior através de Jesus
Cristo. Sentia as amarras invisíveis saírem aos poucos de mim. Entendi,
sim, que Ele existia para que Nele pudesse contar; tinha realmente Al-
guém nesse mundo que pudesse me salvar e que Ele estava próximo à
131
intensidade do meu sofrimento. Graças a Deus! Ele foi me libertando
espiritualmente na vida. Dava-me conforto, confiança naquilo do qual eu
escutava nas leituras bíblicas; libertara-me dos juízos, dos conceitos
poderosos que são colocados por muitos médicos psiquiatras nas pes-
soas.
Meu Bom Jesus amado! Eu tive meu companheiro de dor, de so-
frimento, pois quem iria compreender a dimensão da minha dor, conhe-
cer meus pensamentos, meu coração em todos os meus momentos
existenciais? Ele, somente Ele: meu Bom Jesus. No espiritual divino
estava sendo atendida e no plano terreno tinha meu amigo querido es-
pecial em nossos encontros pelas manhãs, naquele lugar, para mim,
sagrado. No Sonho do País da Paz, na Estrela de Bárbara me deixava
levar... Precisava de poesia, precisava sonhar, precisava respirar... Vo-
cê poderá indagar talvez se eu contava essas situações, essas vivên-
cias para os meus filhos? Não. Como falar algo assim para os peque-
nos? Que entendimento eles teriam? Marido? Já não estava mais com
quem casara no civil e pais dos meus filhos. Divorciamo-nos. Amigos,
parentes? Não os tive por perto. Com a separação passaram para o
lado de lá ou todos tinham muitos problemas para resolver. Por último,
há tipos de assuntos que devemos saber quem procurar para tratar.
Buscava o padre querido para me escutar, no mesmo local onde vivia
minhas dores e alegrias, no seminário. Alguns, para certas pessoas,
pensavam como uma mulher tão bonita poderia ser tão triste... Não faz
muito, um parente me contou que alguns diziam isso de mim na cidade
menor. Para outros, ela não era normal! Ou... Era louca! Palavras ba-
nais empregadas tão repetidas vezes nesta vida com as mais variadas
conotações, como quantas vezes se bebe água. É a concepção do
normal e do anormal vigente. O normal a muitos, é ter constantemente
uma piadinha idiota para contar, as conversinhas superficiais de Face-
book trazidas para o cotidiano, e vice-versa, ou ficar por dentro das te-
132
lenovelas e outros programas idiotas para ter o que comentar com os
amigos, ficar informado e repetir como papagaio, reproduzindo o que
ouve. Mas nada de mais profundo, de leituras sólidas importantes, do
amor profundo, sólido, da procura de valores autênticos... Do comentá-
rio de bons livros... Vidas de pessoas realmente de peso... Até a pala-
vra “amigo” é vulgarizada. Qualquer um se permite chamar a outro de
amigo, e o amigo de verdade, na essência se dilui... Nesse mundo.
Você já pegou a Bíblia no livro Sabedoria, Eclesiástico, Eclesias-
tes? É lindo demais! Se você começar a ler, verá o que realmente se
entende por amigo ou se o seu amigo é amigo de banquete, isto é, apa-
rece na hora da oba, oba... Será que quando você mais precisar do seu
amigo você o encontrará? Pois é; é assim que — quando se está no
fundo do poço, no túnel sem luz, e a luz no final dele nunca parece sur-
gir, mas nesse mar de lágrimas e sem luz, aparece alguém que lhe es-
tenda as mãos, na vida — você saberá quem é seu amigo. Porque en-
quanto você estava padecendo o seu inferno existencial, mas desejan-
do tanto, mas tanto sair dele, não vê em quem encontrar seu refrigério,
os amigos de banquete continuam suas caminhadas existenciais e você
deverá ser forte o suficiente para sair daquela situação. Pode contar
com Ele! Pode contar com a Mãe! Ambos para nós: Jesus Cristo e Nos-
sa Senhora, Maria.
“Tia” para cá e “tia” para lá... Outra expressão usada com tanto
descaso na sua significação real. Se você se posicionar e disser a um
estranho, a uma criança que não lhe chame de tia, pois tia você real-
mente não é dessa pessoa ou dessa criança, você provavelmente pas-
sará por anormal para alguns acostumados a vulgarizar certas expres-
sões como se tudo fosse igual e para todos. Afinal, na minha concep-
ção, estaremos desmerecendo, tirando o papel existencial de quem de
direito deveria ser chamada de tia ou de tio. Salvo se a pessoa real-
mente desejar ser chamada assim, por razões pessoais, e pedir per-
133
missão. Mas de uma forma geral há muitas pessoas se deixando levar
como cópias das outras. Perdem a capacidade de enxergar e descobrir
suas reais potencialidades.
Mas em Deus, na nossa família celeste, sempre existirá o possí-
vel, a descoberta de dons... Dons dados pelo Espírito Santo. Eu preciso
da dialética. Eu preciso me fazer para você, neste mundo tão árido de
amor, tão descrente dos sentimentos verdadeiros das pessoas, de pes-
soas desconfiadas umas das outras; sentimentos verdadeiros são con-
fundidos com outras coisas; a falsidade de sentimentos está crescendo
e vingando cada vez mais.
Verdadeiramente? Desejo a contramão para você. Desejo um
olhar direcionado para a Luz sempre! Certamente, em meios aos espi-
nhos, pois você sabe da existência do Mal. Você deve saber se desviar
do Mal. Tenha força, sim, dentro de você, para ser luz, uma estrela para
nunca perder o brilho e assim iluminar outras tantas pessoas necessita-
das dessa luz.
Citei acima a História de Bárbara no País da Paz. Você deve ter
imaginado o que será isso? Foi um título de um livrinho infantil. Uma
pessoa no Tempo da Faculdade deu-me para entregar para meu filho.
Meu filho havia feito aniversário. Acabei, eu, lendo o livrinho e nele tinha
uma história; falava no País da Paz e a Estrela de Bárbara. Uma se in-
terliga a outra. Foi uma das coisas mais lindas da minha vida! Mais uma
vez Deus chegara até mim, pelas mãos daquela pessoa e por meu filho,
pois se meu filho não estivesse de aniversário não teria o livro para ler.
O livrinho de história infantil falava de um mundo dos meus sonhos e de
personagens como Gustavo, o homem bom; Bárbara, a menina levava
uma vida muito triste, muito! Mas o primeiro sorriso de Bárbara aconte-
ceu quando... Deixo para você no posfácio da minha obra. O interes-
sante naquele surgimento deste livrinho foi o conteúdo da historinha tão
parecida com o que eu estava vivendo e na qual meu coração clamava
134
por um mundo melhor! Para mim, Deus me rondava. Deus estava pro-
videnciando tudo do que necessitava para me levantar...
Havia uma salinha na faculdade e, nela, um quadro verde e um pi-
ano desafinado e velho. Meu amigo, querido, pessoa certa, pegou um
toquinho de giz e desenhou um círculo e colocou dentro do círculo dois
olhinhos e um sorriso. Comecei a rir daquilo. Logo em seguida, come-
çou a percorrer os dedos no teclado desafinado, mas um perceptível
som saiu do piano; uma melodia doce e relaxante saia daquele querido
piano, mesmo velhinho deixara o som vibrar minha alma a ponto de me
fazer chorar. Aquela melodia foi bálsamo para mim. Nunca tivera al-
guém assim e era tudo que precisava ter. Há situações que fazem uma
extrema diferença para um viver melhor, mas a vida vai se apresentado
tão árida, tão sem notas musicais... No Tempo percebi: poderia ter defi-
nhado! Poderia ter perdido minha alma! Mas Deus enviou-me a pessoa
especial; a pessoa certa para isso não acontecer. Se ele era para mim
a pessoa especial, o amigo querido, cada vez mais eu ficava admirada
com a sua sensibilidade, a compreensão, a educação daquele homem.
Eu estava amando! Que felicidade dispor daqueles momentos mágicos.
Mágicos? Não! Momentos reais e únicos para mim, pois nunca vivera
algo assim.

135
Capítulo II

Parte 5

“Conheço Um Coração (Pe. Joãozinho, SCJ) (LP:


Louvemos o Senhor- vol. 8)
Conheço um coração tão manso humilde e sereno.
Que louva o Pai por revelar seu nome aos pequenos.
Que tem o dom de amar, que sabe perdoar e deu a vida para nos salvar.
Jesus, manda teu Espírito para transformar meu coração.
Jesus, manda teu Espírito para transformar meu coração.
Às vezes no meu peito bate um coração de pedra,
magoado, frio, sem vida, aqui dentro ele me aperta.
Não quer saber de amar nem sabe perdoar, quer tudo e não sabe partilhar.
Lava purifica e restaura-me de novo.
Serás o nosso Deus e nós seremos o teu povo.
Derrama sobre nós a água do Amor, o Espírito de Deus, nosso Senhor.”

Novas Relações
Na verdade, foram muito limitadas minhas relações, minhas con-
versações com figuras masculinas. Tive meu pai, homem rude e não
136
gostava dele, até ficar sabendo que havia construído um prédio na ci-
dade maior e colocara o nome do prédio como São Sebastião; até ter
conhecimento da construção de outro prédio na cidadezinha onde ainda
resido e deixara um espaço para colocar a imagem de São Sebastião.
Percebi que para um homem fazer isso deveria gostar muito desse san-
to e eu, nada sabia sobre a história de São Sebastião; desejei saber
sobre sua vida. Senti ser esse o elo, a ponte, ou mesmo a intercessão,
uma intercessão espiritual divina, entre meu pai e eu. Aconteceram
anos após seu falecimento, quando também eu passei a frequentar a
Igreja Católica. Foi então pedido para meu padre amigo, que é bispo
em outro Estado, para fazer o assentamento da imagem de São Sebas-
tião naquele pequeno ambiente; ficou à espera por muitos anos da ima-
gem do santo, para dar-lhe as bênçãos. E assim foi feito! Adquiri uma
linda imagem de porte médio e foi assentada e abençoada no lugar dei-
xado, no prédio, a pedido de meu pai aos pedreiros trabalhadores.
Tive o pai dos meus filhos com quem me casara no civil apenas.
Conheci-o com quase 15 anos de idade, período no qual meu pai fale-
ceu. Nesse Tempo, eu não frequentava a religião Católica; embora ba-
tizada, com primeira comunhão e crisma. O pai dos meus filhos não
professava a mesma fé Católica; tudo contribuiu para não casarmos na
igreja. Assim, o casamento não teve as bênçãos de Deus. O material
supria as necessidades, ainda com muitas preocupações do pai dos
meus filhos em ir atrás do dinheiro. Tinha carro para fazer as saídas
necessárias; é um diferencial para melhor. Desejo dizer a você, que ter
um carro, de certa forma, coloca uma pessoa numa redoma de vidro.
Você fica mais protegida de muitas coisas; se leva uma vida mais parti-
cularizada. Limita possíveis conversações e amizades também. Isso foi
assim para mim. Também na família, tinha meus dois irmãos, das seis
mulheres que a mãe teve; pouco conversava. Um dos irmãos mais ve-
lhos saiu de casa cedo, e o outro tinha suas amizades; essas situações
137
nos tornavam ainda mais afastados das conversas das irmãs. Estes
foram os homens da minha vida.
Aquela pessoa especial me escutava, estava me dando atenção,
mostrando dentro daquela Faculdade um pedacinho grande de mim
mesma; pedacinho fundamental e esquecido de mim, já se tornara par-
te também fundamental, real, da minha vida. Sutilmente, aquele ho-
mem, quase um estranho, porque mais me escutava ou me via chorar,
pouco falava ao passear pelos corredores; delicadamente, parava e
mostrava aquelas imagens me transportavam ao que tinha de ter em
minha vida se quisesse continuar viva. Quando me refiro àquelas ima-
gens, são as imagens que ficavam pelos corredores da Faculdade de
Filosofia, do seminário, o Sagrado Coração de Jesus Cristo. Na cami-
nhada da vida, não tinha a pessoa certa para ficar comigo. Não podia
tê-lo no bolso comigo para ser meu companheiro de todas as horas. Foi
assim ao receber o convite daquela senhora, para participar do grupo
da Renovação Carismática Católica me senti Chamada a aceitar e pas-
sei a frequentar. A dor era intensa; a solidão era minha companheira.
Descobri, naquele lugar, meus irmãos em Cristo. Como foi importante
fazer parte do grupo! Nós rezávamos, eram orações fortes. Uma de
nossas coordenadoras (tivemos duas) entregava a oração de São Mi-
guel Arcanjo, tão poderosa no combate das ciladas do demônio. Passa-
ra no grupo de oração a escutar — pela segunda vez, depois de ter es-
cutado ainda num Tempo longínquo, quando solteira — essa palavra:
demônio. Num tempo de criança, quando remotamente via naquela
imagem da serpente abaixo do pezinho de Maria, Nossa Senhora, a
representação do Mal, isso ficou esquecido. A oração de São Miguel
Arcanjo era curtinha, mas falava em algo deixando bem claro para mim
a existência do Mal. Não era eu quem estava considerando isso sozi-
nha, pois tinha meus irmãos em Cristo e eles assim rezavam também.
“São Miguel Arcanjo, protegei-nos no combate, defendei-nos com
138
o vosso escudo contra as armadilhas e ciladas do Demônio. Deus o
submeta, insistentemente o pedimos; e vós, Príncipe da milícia celeste,
pelo divino poder, precipitai no inferno a Satanás e aos outros espíritos
malignos que andam pelo mundo procurando perder as almas”. E ter-
minávamos: “Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém”.
Fazíamos, em nosso grupo, as orações de renúncia, pedindo a
Deus para nos perdoar dos erros cometidos no passado. Cantávamos
músicas lindas, letras de canções belíssimas sobre o Espírito Santo e
tantas outras canções aprendidas na Renovação Carismática Católica.
Como lavei minha alma com minhas constantes lágrimas! As letras das
músicas da RCC, belíssimas, faziam minha alma aproximar-se de Jesus
Cristo e de Nossa Senhora profundamente. Não teria palavras para di-
zer os momentos de amor à Maria e a Jesus por tudo recebido com
meus irmãos em Cristo. Passei a caminhar na estrada com meu Jesus
Irmão e amigo. Passei a me confessar, a conversar com alguns padres,
a ir às missas assiduamente e a receber a Eucaristia. Sentia que, com a
Eucaristia, ficava cada vez mais fortalecida e me sentia protegida do
Mal. Sabia que Jesus Cristo estava comigo sempre! Às vezes, levava
meu violão para tocar algumas músicas nas missas das quartas-feiras
em atividades da Renovação Carismática Católica. Aprendi muito com
meus irmãos em Cristo. Cresci espiritualmente. Senti a na hora de sair
para continuar a caminhada. Desenhei um coração cheio de florzinhas
coloridas e escolhi a frase de um filósofo do qual amo muito, Blaise
Pascal. Pascal diz:

“O coração tem razões que a própria razão desconhece.”


Como dizer a cada um o quanto foi importante para mim a presen-
ça deles; o quanto me ajudou num fortalecimento espiritual divino. Dizer
a eles a presença sentida da fé viva. Que eles me ajudaram a encontrar
a Verdade? Na casa de Deus, meus irmãos estavam reunidos falando
139
em nome de meu Pai... Que ali falavam no demônio e que tínhamos
que fazer nossas defesas... E era exatamente do que eu tinha necessi-
dade... Não tinha tempo para explicações. Não podia olhar para trás,
mas levava no meu coração o que a razão assimilou e o coração sentiu
e gravou.
O Movimento Sacerdotal Mariano surgiu para mim quando uma
pessoa, numa das missas na igreja matriz, estava oferecendo um pe-
quenino folhetinho com a imagem da pomba, do Divino Espírito Santo.
Não lembro muito dele, parece que sugeriria uma viagem à Itália para
um retiro, algo assim, e o assunto envolvia o Espírito Santo. Mas lem-
bro-me de que este folhetinho... Era como se dissesse para ir em frente.
Queria saber mais sobre o assunto. Esse pequenino folhetinho me fez
procurar o seminário, para falar com algum padre sobre o teor do mes-
mo. O padre que me atendeu, conhecido, porque era meu professor na
Faculdade, entregou-me um folheto maior com as explicações do Mo-
vimento Sacerdotal Mariano, contendo o endereço de como conseguir o
livro “Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Senhora”. Fiz o movi-
mento fundamentalmente com uma amiga e algumas pouquíssimas
pessoas; estas foram e fizeram sua consagração. Lembro certa vez fui
fazer uma viagem e combinei com uma pessoa amiga, única; ela persis-
tia na oração comigo: “Eu vou, mas, sempre às 3 horas da tarde, vamos
estar em comunhão, eu lá e você aqui, na reza do terço”. E assim acon-
teceu. Nessa cidade, num outro Estado do Brasil, acabei viajando para
agradar a minha filha, no amor, pois não desejaria ter ido.
Em cada lugar, em qualquer lugar, eu parava e me retirava para
rezar às 3 horas da tarde. Sabíamos da hora da Misericórdia! Era uma
hora forte espiritual para estarmos unidas, mesmo a distância nos se-
parando. O folhetinho do Movimento Sacerdotal Mariano não explicava
isso, mas nós queríamos um vínculo espiritual divino no terço, um elo
para permanecermos em sintonia. Constatei a importância espiritual de
140
ter ido ao outro Estado do Brasil, com a minha filha, ao me deparar com
algo visto no culto maléfico de uma pessoa. Pura falta de Conhecimen-
to! Realmente fiquei assustada, mas deixei minha Bíblia, a Palavra de
Deus para essa pessoa. Deus me mostrara o caminho do Amor era
muito difícil, esgotante, cansativo, não valorizado, mas muito necessá-
rio. Ao retornar para a minha casa, ao voltar para meu Estado, conver-
sei eu e a amiga querida sobre nosso horário das 3 horas da tarde, das
nossas orações: o terço. Foi tudo bem: ela permanecera em comunhão.
Éramos duas em elo, como ponte, como um arco-íris na fé na caminha-
da com Maria, acreditando com Ela e fazendo por Ela nossas orações,
e por nós mesmas, pela Humanidade. Sentia tristeza por saber tão
poucos tinham noção da grandeza de tudo, pelo menos na cidadezinha
onde moro.

141
Capítulo II

Parte 6

Ninguém Te Ama Como Eu


(Martin Valverde) (Grupo Mensagem 2000) (LP: Novas todas as coisas)
Tenho esperado este momento, tenho esperado que viesses a mim.
Tenho esperado que me fales, tenho esperado que estivesses assim.
Eu sei bem que tens sofrido, pois permaneço ao teu lado.
Ninguém te ama como eu, ninguém te ama como eu.
Olhe pra cruz está é a minha grande prova.
Ninguém te ama como eu.
Olhe pra cruz, foi por ti, porque te amo, ninguém te ama como eu.
Eu sei bem o que tens sentido ainda que nunca me reveles.
Tenho andado ao teu lado, junto a ti permanecido.
Eu te levo em meus braços, pois sou teu melhor amigo.”

Novo Caminho
“Deus tudo prepara e dispõe para a felicidade integral do homem,
mas o homem, desviado da Verdade e do Bem, atira-se pelo caminho
nefando, caminho do Erro e do Pecado. Os males, que torturam a vida
142
e degradam a existência, vão encontrar suas origens no Pecado”. Pá-
gina 206, do livro de Malba Tahan_ Sob O Olhar de Deus.

Continuei o Movimento Sacerdotal Mariano, numa igrejinha, cujo


nome é São João Maria Batista Vianney. Essa igrejinha localiza-se a
uns poucos quilômetros de onde moro. Uma igrejinha muito simples.
Sentia-me bem nela; as pessoas não ficam a olhar como você está ves-
tida, a cor da meia, dos cabelos e outras coisas mais, como costumava
acontecer na igreja principal. Sentia-me mais uma entre todos. Geral-
mente, alguns padres fazem perguntas para mim, ao conversarmos in-
formalmente antes ou depois das missas, se eu era da localidade; ao
saber da negativa. Qual o motivo de assistir missas naquela paróquia.
Subtende-se que eu pertenço, a princípio, a outra paróquia, outro local,
onde resido. Mas não me sinto presa a nenhum lugar. Não me sinto
pertencente à paróquia alguma. Vou aonde tenho vontade de ir. Como
é bom sentir-se livre sabendo do Olhar de Deus Pai em todo lugar! Gra-
ças a Deus posso fazer isso, porque sei da existência de Deus, no Céu,
na Terra, em todo lugar, e meus irmãos em Cristo são encontrados na
Casa do Pai. Quando escuto nas missas aquela frase: “O amor de Cris-
to nos uniu!” - percebo o sentido disso. Percebo aquelas pessoas, as-
sim como eu, foram até a igreja para estar em comunhão espiritual em
Deus, em Jesus Cristo e Nossa Senhora, com as intenções mais varia-
das. Isso é assim para mim. Vamos para a igreja para contar com a
ajuda espiritual Deles, com agradecimentos a Eles. Eles são os nossos
afins. Respondi ao padre que estava naquela igreja, como costumava ir
a tantas outras. Que estava porque gostava muito e era meu costume ir
a qualquer igreja, pois toda ela é Casa de Deus e ali eu posso encontrá-
Lo e nas diversas cidades. Realmente, viajo muito com meu esposo e
acabo por peregrinar e estar em várias Igrejas Católicas. Assim estive
em uma igreja, num outro Estado do Brasil, no qual o sacerdote me ne-
gou a hóstia diretamente na boca. Ele queria me dar na mão, mas sou
143
acostumada ao modo antigo e nunca fui proibida de receber a comu-
nhão diretamente na boca em outras igrejas. Fomos falar com o padre
no final da missa que, em resumo, me disse ser de outra localidade e
certamente onde eu costumava ir era assim que procediam; entretan-
to... “Na minha paróquia procede-se assim”. Com toda a certeza, esse
sacerdote me perdeu. Obviamente, Deus não. O sacerdote me perdera,
mas jamais meu Pai, meu Irmão Jesus Cristo e minha Mãe. E, na Graça
de Deus, minha localidade não é aquela! E não são todos os sacerdo-
tes a procederem assim. Verdadeiramente? Eu estava preparada para
acontecimentos assim. Possuía o Livro da Mãe amada e sabia sobre o
Tempo; não era propício para situações totalmente respeitadas por to-
dos os Sacerdotes. Eu não me deixava levar por situações que, eu sa-
bia, estavam para minar a minha fé. Eu tinha Deus, eu tinha Jesus Cris-
to e, comigo, eu tinha a minha amada Mãe. Não seria o Mal a me tirar
fora da Igreja Católica, sendo mais uma a perder a fé. Eu, em situações
assim, ainda mais me apegava a Deus Amoroso e Misericordioso, pois
eu tinha o Conhecimento da Obra.
Fui numa outra igreja em outro Estado do Brasil, muito visitada e
fazem turismo e mostram a igreja para visitantes de muitos lugares. Era
um domingo e me dirigi à sala ao lado; havia várias pessoas e sacerdo-
tes. Mostravam-se todos sorridentes, bem com a vida ou não, nunca se
sabe. Dirigi-me a um dos sacerdotes presentes e perguntei sobre o livro
de intenções da missa, pois desejava fazer as minhas. O padre, então,
me disse o valor, uma taxa, de cinquenta reais para colocar as inten-
ções no livro e forneceu explicações breves. Por ser domingo, parece
seria mais caro. Levei um susto! Nunca esperaria escutar algo assim.
Não levara dinheiro comigo, pois muito ingênua, por se tratar da Igreja
de São Francisco de Assis, imaginava procedimentos internos, do cora-
ção da igreja, fossem coerentes com a vida desse magnífico santo, cuja
história de vida é belíssima. Trabalhei em um vídeo da história de São
144
Francisco de Assis, no sentido de selecionar imagens para um site e
narrar brevemente o filme, com legendas curtas. É linda a história des-
se santo e de santa Clara, sua amiga, companheira. O despojamento
da riqueza, a simplicidade daquele homem serve de exemplo para
aqueles padres daquela igreja e de outras daquela localidade, sem dú-
vida e de tantas partes do mundo... Acredito que certos valores estejam
esquecidos. Acredito, assim como Nossa Senhora deixa dito em Suas
mensagens, de forma indireta, veremos mais adiante a igreja está sen-
do vendida por alguns sacerdotes que não souberam realizar bem seu
papel existencial como bons padres, como bons sacerdotes. Recebem
dinheiro de outras maneiras para sobreviver, mas não de forma digna,
mas escusa, traiçoeira. Não querem viver como sacerdotes simples,
humildes, com o vestuário pedido pelo próprio Papa e por Nossa Se-
nhora, em Seu Livro também fala sobre isso. Mas contestam e vão
saindo totalmente da pura vocação; a sacerdotal. Não é um julgamento;
é uma constatação. É levantar questões para serem conhecidas e re-
solvidas ao longo da caminhada existencial da Humanidade. Ou se po-
de confiar no fiel Sacerdote ou não. Ou se possui Igreja para oração,
refúgio de silêncio para encontrar Deus e falar com Ele ou se tem igreja
de turismo e pouca fé e oração.

“Meus filhos prediletos, deixai-vos, verdadeiramente, desprender


de tudo! Reparai. Não são os vossos defeitos, as vossas quedas, as
vossas consideráveis limitações que vos impedem de ser inteiramente
meus e disponíveis para os meus grandes desígnios. Oh, não! Pelo
contrário, são para vós, em certo sentido, um grande dom porque vos
ajudam a sentir-vos e a ficar pequenos. Fazem-vos experimentar a me-
dida da vossa pequenez. Os vossos apegos são o único obstáculo que
vos impede de serdes inteiramente meus. Meus filhos, quantos apegos
vos prendem ainda a vós mesmos, a pessoas mesmo boas e santas,
às vossas atividades, às vossas ideias, aos vossos sentimentos! Terei
de quebrar, um a um, estes laços para que sejais só meus”. Página 76.
145
“Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Senhora”.

Não consegui assistir à missa naquele lugar, porque as lágrimas


caiam no meu rosto. Tentei. Fiquei no banco, na frente, como gosto
sempre de ficar. Dizia para eu mesma aguentar, ficar... Tentar. Mas não
conseguia, porque via a disparidade... Queria colocar para Deus minhas
intenções e não tinha o dinheiro pedido. Enxergava os sacerdotes en-
trando, um a um, pelo caminho central. A missa estava iniciando... Mas
eu não conseguira ficar. Não me sentia bem, chorando, e atrás dos ócu-
los escuros sai da igreja. Pedi perdão para Deus! Disse a Ele que pro-
curaria outra igreja para ir, outro dia. Exatamente como acabei fazendo.
Foi excelente a ida nessa outra igrejinha católica, porque tudo ali fora
ao contrário do que passei anteriormente. Que coisa mais gratificante
ver pessoas de tamanha fé! Uma pessoa em especial, um senhor de
idade rezava com tal veemência, com tal força de louvor, de fé, fiquei
emocionada. Obrigada Pai amado, por mostrar-me sempre o outro lado
da face da moeda, mesmo o demônio queira me deixar prostrado na
tristeza infinita! Lembro uma amiga; ela me disse uma vez, numa situa-
ção outra: “Ainda bem que numa hora dessas existem os óculos escu-
ros!”. Sim, ainda bem! Coloquei os meus óculos escuros e sai da igreja.
Vi os vendilhões do Templo, da atualidade, aproveitam as igrejas para
fazer seus comércios vendendo e inventando de tudo um pouco. Con-
versei com um deles sobre o acontecido naquela igreja e me externa-
ram suas próprias opiniões, pouco agradáveis de ouvir; entretanto, iro-
nicamente, o dinheiro desses vendilhões é fruto do comércio da própria
igreja. Voltei para a minha pousadinha indignada e comentando com a
pessoa encarregada da recepção, sobre o acontecido. Para eles, na-
quela região, naquela localidade, isso já se tornara natural, mesmo en-
tendendo que não gostassem também. E isso me mata aos poucos,
essa indiferença de muitas pessoas, a resignação, o trato com o espiri-
tual divino de uma maneira que os valores vão se perdendo e parece
146
estar tudo bem, é isso aí mesmo. Sacerdotes cobrando para colocar
uma intenção numa missa, para uma pessoa que às vezes não tem di-
nheiro algum. Meu Deus! Uma intenção não teria nunca que ser cobra-
da! No ofertório, naquele momento sim, o dinheiro livre deveria ser la-
vado nas bênçãos de Deus e para ajudar o mundo a ficar com menos
bactérias. Para que ajude o mundo a se limpar nas águas divinas, com
as bênçãos de Deus e multiplicar o dinheiro para o Bem. Fui numa igre-
ja, num outro Estado do Brasil, nessas minhas andanças com meu es-
poso, enquanto ele dá as suas aulas, seus atendimentos clínicos. Fiz
amizade breve com uma jovem senhora na igreja; ela se criara dentro
da Igreja Católica desde pequena, mas estava pensando em sair e pas-
sar para o espiritismo, porque foi ficando cética. Segundo ela Chegara
presenciar padres não dar atendimento as pessoas e os procuravam
com tanta necessidade e eles inventavam desculpas. A mesma pessoa
chegara a me contar sobre padres namorando. Conversei com ela a
respeito do livro que estava fazendo; sobre a besta negra; sobre a ma-
çonaria eclesiástica, sobre o Livro de Nossa Senhora, sobre o Tempo
da apostasia e disse-lhe o que é o espiritismo aos Olhos de Deus. Dis-
se-lhe ser esse mesmo o seu desejo pessoas, ou seja, o demônio dese-
ja os fiéis da Igreja Católica procurarem outras seitas, outras ditas reli-
giões e muito mais foi por mim falado. Disse-lhe que não perdesse a fé.
Que estávamos no ano da Fé. Que não são todos os sacerdotes a pe-
car. Existem padres, sacerdotes, muito santos! Contara-me essa senho-
ra a forma cruel com que o esposo dela foi assassinado, um político
muito querido por todos na região. Na verdade, foi encontrado enforca-
do em sua própria casa, mas, segundo ela, como ele reivindicava por
justiça aos mais simples, dentro da própria política, e como não tinha o
perfil de homem que pudesse tirar a própria vida, todos estranharam
muito aquela tragédia.
Fui a outro Estado, a outra igreja, coloquei a mão no recipiente da
147
água benta para fazer o sinal da cruz. Achei ter enxergado água ali e
uma senhora viu e disse: “Não colocamos água, sabe, né, a gripe está
aí, então não colocamos”. Depois, perguntei ao sacerdote sobre o folhe-
tinho da missa do domingo. “Optamos por aqui não usar. Vamos deixar
livre para todos acompanhem a missa sem ficar lendo”. Continuou o
padre dizendo: “Mas tem a folhinha do canto!”. Coisinhas sutis; se não
tivermos um sucessor de São Pedro a rigor, estamos correndo o risco,
nós Católicos Apostólicos Romanos de extinção! Não ter água abenço-
ada devido à gripe? Acredito que nunca poderia ficar seco aquele poti-
nho; antes então conscientização das pessoas sobre a higiene. Quem
sabe um potinho de álcool ao lado para higienizar as mãos antes de
usar a água benta? Não sei... Mas há que se conseguirem meios para
não deixar doenças atrair doenças... E não deixar a doença dominar
aquilo que espiritualmente para Deus devemos continuar fazendo sim!
Situações das mais variadas dentro da Igreja Católica vão minando de
tal forma as pessoas fiéis; elas acabam por se retirar das Igrejas Católi-
cas e procuram outros lugares onde os templos estão cheios! Infeliz-
mente muitas ovelhas se perdem do Bom Pastor, pois em muitos des-
ses lugares o demônio os espera feliz por ver que na própria Igreja Ca-
tólica o Mal, ou seja, satanás está enxotando, esvaziando, fazendo de-
sacreditar!
O exemplo de São Francisco de Assis é bem atual pelo despoja-
mento, desprendimento do materialismo; ele percebia seu próprio pai
não tinha a sua simplicidade. Assis é o exemplo da integridade, da
simplicidade, do amor e da própria incoerência da Igreja naquela época.
Uma vez soube de uma pessoa; veio de longe com dificuldades de ho-
rários dos ônibus e queria muito acender uma vela para uma alma, na
igreja matriz da cidade menor. Não encontrou onde acender a sua vela.
Nenhuma informação naquela igreja; estava passando por reformas
drásticas realizadas pela supervisão do Patrimônio Cultural. Tiraram
148
praticamente todos os santos e por muito tempo ficaram os altares sem
flores e não se podiam levar flores. A informação tida sobre a não colo-
cação das flores nos altares, para evitar estragos, pois poderiam criar
fungos. Situações dessa natureza deixam muitos fiéis desencaminha-
dos. Um sacerdote deve ter a sensibilidade de cuidar do coração dos
seus paroquianos, daquelas pessoas que vem de longe e estão desin-
formadas. Não basta anunciar nas missas apenas. Uma bandeja colo-
cada em lugar propício para as pessoas poderem acender suas velas
às almas falecidas, do purgatório, as almas aflitas, enfim, as velas de-
vem ser colocadas mesmo estando à igreja a passar por reformas. Car-
tazes de avisos espalhados, pedindo desculpas pela atrapalhação, pois
a obra, a reforma, está sendo realizada; explicações sobre a razão de a
igreja estar nua, sem os inúmeros santos que sempre havia. Onde es-
tão os santos? Isso faz parte da sensibilidade e respeito ao outro; o ou-
tro não frequentando a igreja, vem de longe, do meio rural, e tantas ou-
tras situações que ocorrem na vida de um ser humano. A parte adminis-
trativa é importante, mas mais do que ela, estão todos os filhos de
Deus! Do contrário, acaba ficando uma igreja caiada. Primam pela es-
trutura, mas o interno, o coração da igreja acaba deixando de pulsar.
Portanto, diria que a busca pelo Equilíbrio é fundamental! Há sacerdo-
tes atualmente, como diz a Mãe, se preocupando com o social e não
rezam. Há os que ficam com seus laptops, atrás deles e escutando
quem está ali na sua frente, concomitantemente. Isso aconteceu comi-
go uma vez; fui procurar um padre para saber a opinião dele sobre o
Livro: “Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Senhora”. Tirei o Li-
vro da sacolinha; ele simplesmente olhou e disse: “Literatura assim, de-
ve-se ter cautela!”. Continuou falando de outro assunto, sobre um curso
que fazia e, sobre o Livro, eu não tinha nada mais para saber, porque
ele mostrava indiferença. Retirei-me triste, prostrada, mas tinha a minha
certeza. Eu acreditava no padre Stefano Gobbi, sua preocupação com a

149
Igreja Católica, sabendo dentro dela, existir as tramoias, as traições do
meio eclesial. Quanta certeza tinha em meu coração da realidade da
qual a Mãe ali dizia e diz! Enfim, não desejo condenar ninguém. Cada
um sabe de si. Não estou condenando, julgando ou algo assim. Não
tenho autoridade para isso. É Deus quem sabe dos corações de cada
pessoa e sabe como agir, sem dúvida! Falo de sentimentos... Falo do
vivenciado por mim... Do que eu passei... Cada pessoa saberá em sua
alma o que deve fazer, como deve fazer, o seu Tempo para fazer as
mudanças interiores, necessárias, para a salvação de suas almas. Por-
que essa mudança implica em vidas em torno de si; implica sofrimento,
desprendimento de coisas e de pessoas, e essa questão é delicada no
momento do envolvimento de pessoas. Não é fácil, mas não é impossí-
vel! Melhor ainda quando a mudança é conseguida no Equilíbrio! Diria
que, isso foi assim para mim, essa caminhada pelo novo, pela vida no-
va, isso me aproximou verdadeiramente da minha essência, com mu-
dança interior e desprendimento de coisas e pessoas. Deixei de lado as
coisas e as pessoas que me escravizavam ao meu antigo modo de ser.
Esse novo modo de ser também pode ser para você, se ao descortinar
trouxer a sensação e o sentimento da liberdade, a pessoa que sempre
quis ser e não teve coragem.
Não estou aqui pregando algo que faça você pensar que pode sair
e fazer o que bem deseja irresponsavelmente! Pelo contrário, a mudan-
ça interior é para o espiritual divino! Para a família celeste! Para uma
Igreja e igreja nova. A mesma Igreja de Pedro; entretanto, primando
lutando para a conservação dos ritos sagrados dos quais foi suprimidos
pelo adversário de Deus, o demônio e seus sequazes.

“Estes meus filhos serão chamados por Mim e formados para esta
grande tarefa: preparar este mundo para a grande purificação que o
espera, para que possa finalmente nascer um mundo novo, todo reno-
vado pela luz e pelo amor de meu Filho Jesus, que reinará sobre tudo.”
150
Como humanidade, você que não se sente bem, que se encontra
em pecado, se sente ansioso, sem paz, com discórdia na família, com
filhos e pais em total desarmonia, você que possui um fardo pesado por
alguma razão a levar, mas não possui paciência, vai procurando seu
equilíbrio. Seu equilíbrio interior em primeiro lugar e depois a paisagem
mudando no seu Tempo de Deus e não do Adversário de Deus. De
forma alguma, deixe essa lacuna para o animal entrar. Entregue a Deus
Amoroso e Misericordioso a sua vida e na Confissão e Eucaristia. Sinta
coragem! Vá! Procure Deus na Sua Casa. Não fique envergonhado em
mudar, pois saindo do Mal, das coisas ruins que afligem você, natural-
mente Deus terá condições de chegar até você; não que Ele não esteja
com você, mas Ele espera por você, e as mudanças, tenha paciência,
elas começarão a acontecer. Você entende que Deus dá o livre arbítrio.
Deus não impõe nada; não leva pessoa alguma ao cabresto. Já o ani-
mal faz isso, sim! Ele arrasta um ser humano para a perdição. Por isso,
o dizer “Não” ao animal faz toda a diferença para Deus agir em você.
A Bíblia é a Palavra de Deus Pai; é clara quando diz:
“Pedi e se vos dará. Buscai e achareis. Batei e vos será aberto.
Porque todo aquele que pede, recebe. Quem busca, acha. A quem ba-
te, abrir-se-á”. E continua Deus firmando Suas Palavras: “Quem dentre
vós dará uma pedra a seu filho, se este lhe pedir pão? E, se lhe pedir
um peixe, dar-lhe-á uma serpente? Se vós, pois, que maus, sabeis dar
coisas boas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai celeste dará boas
coisas aos que lhe pedirem”. Mateus 7,7-11 Que assim seja!
Houve um Tempo em que fiquei como guardiã da Igrejinha São
João Maria Batista Vianney. Abria a porta principal da igreja, pelo me-
nos uma vez na semana, antes do horário da missa. O padre querido
propôs essa tarefa e eu desejava fazer algo pela igreja; depois ele foi
para uma paróquia maior na outra cidade. Sentimos a sua falta. Gosta-
va de arrumar o altar com flores, tirar o pó, varrer, comprar vasos novos
151
e pedi para uma senhora fazer um lindo conjunto branco de tecido e
crochê para a mesa eucarística, sacrário, pedestal, onde se fazem as
leituras. Gostava de ver a igrejinha linda, arrumada com as toalhas em
dias cerimoniosos. Esse santo, cujo nome é o mesmo dado à igrejinha,
é o Padroeiro dos Sacerdotes: São João Maria Batista Vianney. Apro-
veitei o mês de maio, mês Mariano, mês em que Nossa Senhora de
Fátima apareceu às três crianças no dia 13 de Maio de 1917, para fazer
uma homenagem para a Mãe e encerrar o Movimento Sacerdotal Mari-
ano com aqueles poucos, mas fiéis participantes e perseveravam no
grupo. O dia escolhido e mês para fazer o meu encerramento do Movi-
mento Sacerdotal Mariano foi 08 de maio. Pelas seguintes razões das
quais lembrava na história: 08 de maio de 1972 foram quando padre
Stefano Gobbi, impelido por uma força, dirigiu-se à Capelinha das Apa-
rições em Fátima, Portugal. Ele sabia que a sua própria Igreja Católica
estava sendo atraiçoados por alguns Sacerdotes, ligados à maçonaria.
Nossa Senhora chama a besta negra, como sendo as lojas maçônicas;
a besta com dois chifres, semelhante um cordeiro é a maçonaria ecle-
siástica. Foi em 08 de maio de 1997 a data de encerramento por Nossa
Senhora do Movimento Sacerdotal Mariano nos cenáculos espirituais
realizados conjuntamente com padre Gobbi.

“Acolho com alegria a homenagem do Movimento Sacerdotal Ma-


riano, que me ofereces, neste dia que recorda o vigésimo quinto ani-
versário do seu nascimento. Encontras-te aqui, no mesmo lugar, diante
da Capelinha das Aparições, onde Eu revelei ao teu coração o grande
desígnio de amor e de misericórdia do meu Coração Imaculado”. Pági-
na 1109. Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Senhora.

São João Maria Vianney é Padroeiro dos Sacerdotes, nasceu a 08


de maio de 1786, por isso escolhi esse dia e mês, por ser ele tão cheio
de lembranças importantíssimas! Sempre faziam a festa do padroeiro
Vianney na igrejinha, no dia 04 de agosto, porque lembravam o faleci-
152
mento dele. A comemoração dos santos costuma ser realizada não pelo
dia em que nasceram, mas pela data de falecimento. São João Maria
Vianney amava Nossa Senhora desde pequenino. Ganhou uma ima-
gem da Mãe e a carregava no colo onde fosse. Não era um estudante
brilhante e teve suas dificuldades para chegar a ser padre. Conta-se na
sua história de vida ele era pouco dotado intelectualmente, mas atingiu
alto grau de santidade. E assim o sonho se concretizou como sacerdo-
te, depois que um bispo o ajudou muito, por três anos. Ele assumiu a
paróquia da pequena Ars-en-Dombes, com pouco mais de 250 morado-
res. Ficou conhecido como Cura d’Ars. Seu êxito foi tão grande que
atraiu multidões de todas as partes da França e de vários países euro-
peus. Peço a Deus Todo Poderoso para este sacerdote tão dedicado,
tão santificado, sirva de real exemplo para todos os padres, pois se
muitos padres ou membros da hierarquia fossem puros como Vianney,
com toda certeza seria bem mais difícil o Mal ter entrado na Humanida-
de e em muitos dos sacerdotes.

“Eu fiz surgir aqui, já há vinte e cinco anos, o meu Movimento Sa-
cerdotal Mariano: para que a mensagem de Fátima, frequentemente
contestada e por muitos rejeitada, tivesse nos vossos dias o seu pleno
cumprimento. Este seu cumprimento é necessário para a Igreja, tão fe-
rida e crucificada, para que, da sua dolorosa e sanguinolenta prova,
possa sair toda bela, sem manchas e sem rugas, à imitação da sua
Mãe Celeste. Este seu cumprimento é necessário para a humanidade,
para que possa retornar aos braços de seu Pai e conhecer os tempos
novos da sua plena comunhão de amor e de vida com o seu Deus e
Senhor. Agora este meu desígnio está para cumprir-se com o triunfo do
meu Coração Imaculado no mundo. Abençoo-te, meu pequeno filho,
junto ao Papa, aos Bispos, aos Sacerdotes, aos Fiéis do meu Movi-
mento espalhado por toda parte do mundo. Abençoo-te com amor e
com alegria. Abençoo-te com o reconhecimento de uma Mãe, que foi
por ti escutada, seguida, consolada e glorificada.”
153
“Estas minhas profecias cumpriram-se sobretudo neste meu Papa
Paulo II, que é a obra-prima formada no meu Coração Imaculado”. Em
8 de maio de 1997, Fátima, Portugal, no vigésimo quinto aniversário do
nascimento do Movimento Sacerdotal Mariano. Páginas. 1109 a 1111.

Minha homenagem para a Mãe nessa igrejinha finalizou com um


grande quadro da Rainha da Paz no alto da escada interna da Igreja
São João Vianney e uma coroa de flores naturais foi colocada a seus
pés. Fiz presente para a casa paroquial do quadro da Rainha da Paz
que permaneceu na parede na sala da entrada. Um lindo coração ver-
melho feito fofinho, como almofadinha, foi depositado para Nossa Se-
nhora. Rezamos o terço, falei algumas palavras, levei o violão e fiz uma
homenagem a Mãe. Tive a honra de ter a presença de meu amor, com-
panheiro, amigo especial nesse dia comigo. Fiquei muito feliz por tudo!
Feliz por toda a caminhada ao lado da doce Maria; da então Coroada
Rainha nos Céus e naquela simples igreja da qual leva o nome de um
sacerdote brilhante em todos os sentidos, para mim. Tempo depois, lera
sobre Bárbara Maix, a fundadora da Congregação do Imaculado Cora-
ção de Maria; na data de 08 de maio de 1843, ela e suas companheiras
deram início à fundação da Congregação do Coração Imaculado de Ma-
ria.
Verdadeiramente? É muito difícil permanecer um sacerdote nessa
igrejinha. Muito difícil! A igreja de São João Batista Maria Vianney. Você
já sabe eu costumo peregrinar por lugares, em outras igrejas católicas.
Faz tempo não frequento esta igreja e soube por uma amiga, irmã em
Cristo, que mais um padre não ficara ali, isto é, vários padres, por um
motivo ou outros não permanecem. Os problemas nesta igrejinha são
inúmeros, mas não é a igrejinha propriamente; são os padres que an-
dam ali, na sua maioria, nos últimos Tempos! Obviamente uma igreja é
constituída por Igrejas, isto é, as próprias pessoas devem contribuir pa-
ra o melhor. Houve, nesta igrejinha, dois sacerdotes com problemas de
154
alcoolismo; foram retirados para tratamento. Um bom padre do qual era
da paróquia São João Vianney foi levado a assumir outra paróquia na
cidade maior; para minha maior tristeza fiquei sabendo e o próprio pa-
dre querido deu entrevista na televisão sobre um acontecimento horrível
na igreja onde exerce o sacerdócio. Um homem entrou nessa igreja e
atirou num outro. Isso tudo aconteceu dentro da igreja e o acontecimen-
to foi durante a celebração da missa. O último padre da igrejinha largou
a paróquia sem explicações aos fiéis. Certamente deve ter seus moti-
vos, dos quais explicou ao seu arcebispo. Não estou julgando. Deus
julga! Passo meus olhos e, como disse na introdução deste, antes
mesmo dos meus olhos, a Mãe amada Nossa Senhora passou o Seu
Olhar, fez Sua Obra com a ajuda de quem soube dar o Sim a Ela, padre
Stefano Gobbi. As falhas humanas, os pecados, esses vícios são hu-
manos e também os sacerdotes podem tê-los. E... Sabemos a função
dos para-raios. Sacerdote no Tempo do Apocalipse deve ser forte nas
tentações, pois satanás está solto juntamente com a legião de compar-
sas. Justamente por isso, Nossa Senhora espera por estes filhos, ove-
lhas desgarradas e pela Humanidade purificada. Meu papel existencial
é deixar o alerta, a divulgação do que a TV não mostra, porque ela pos-
sui o cuidado de selecionar, na maior parte do tempo o arrastar das al-
mas ao fosso escuro sem retorno.

As relações entre muitas pessoas estão muito difíceis e isso se


reflete dentro de uma igreja como no caso do acontecido assassinato
na própria igreja onde meu bom sacerdote exerce a sua vocação. O
demônio age nas pessoas através dos sentimentos provocados pela ira,
por exemplo, um dos sete pecados capitais. Nem a Casa de Deus estão
respeitando, ou seja, os pecados da Humanidade tomaram tamanho
vulto não existindo limites. E... O limite é o próprio Deus esquecido pela
maior parte da Humanidade.
155
No Tempo de Deus, espera-se dos sacerdotes, filhos prediletos de
Nossa Senhora de Fátima, rerelando em Suas Mensagens a atuação
da maçonaria e adeptos da Teologia da Libertação, se convertam e,
fortes, voltem para Deus. Assim assumam fiéis como filhos prediletos
de Nossa Senhora, por ficarem no lugar de Jesus Cristo aqui na Terra.
Precisamos de bons sacerdotes, como precisamos urgentemente uma
Humanidade voltada à humanidade e em Deus Pai Amoroso e todo Po-
deroso. Precisamos de muita, muita oração, penitência, jejum, pureza,
para podermos construir paulatinamente a vida; ela se apresenta em
pecados e na qual o demônio entra tomando conta. O exemplo, o mo-
delo de um bom sacerdote, atrai os fiéis passando a contar com ele pa-
ra realmente o espiritual divino venha a ocorrer nesta face da Terra.
Creio mesmo que São João Maria Batista Vianney, no Céu, não está
nada, mas nada feliz com os acontecimentos na igreja, cujo nome leva
o seu. Se São João Maria Vianney passou a ser modelo, passou a ser o
Padroeiro dos Sacerdotes, mais uma razão de cada sacerdote ter como
exemplo de vida. A igrejinha São João Vianney da cidade menor é pi-
chada; pintam, consertam, mas não adianta, pois os malandros mora-
dores dos arredores não perdoam vê-la pintada. Dá dor em ver o des-
caso da pequenina igrejinha devido a algumas pessoas moradoras dos
arredores ou não. São ladrões que já entraram e dela levaram as pou-
cas coisinhas adquiridas com sacrifícios, mas tão necessárias. Nada ali
até o momento está dando certo. Até o sino da igreja foi roubado. Quem
fundou aquela igrejinha foi o arcebispo de Porto Alegre; o mesmo volta
e meia é chamado, com toda certeza, pelas reclamações de alguns fiéis
pelos problemas de alguns padres. Dias desses, fazendo uma consulta
na Internet, me deparei com algo e me deixou extremamente triste; le-
vou-me a me dirigir à salinha da minha casa onde fica a biblioteca e
onde tenho a imagem da Santa Face de Jesus Cristo, Jesus Misericor-
dioso e a Mãe Nossa Senhora das Graças da Medalha Milagrosa, como

156
também a de Nossa Senhora de Fátima. Verdadeiramente? Ali chorei.
Chorei, porque o vídeo assistido na Internet mostrava o arcebispo Dom
Dadeus Grings dando uma entrevista em Cruz Alta, na loja Harmonia
da maçonaria. O Livro de Nossa Senhora me acompanha desde a dé-
cada de 90. Imagina você eu sabendo então sobre a maçonaria — a
besta negra infiltrada na Igreja Católica — através das leituras do Livro
de Nossa Senhora; chegavam-me as mãos na década de 90, e 25 anos
levou Nossa Senhora para deixar Suas mensagens, e nelas profetizara
exatamente o que estava por assistir naquele vídeo. Bem, tudo passou
a ficar claro no sentido que, sim, é chegado o Tempo da Revelação! É
chegado o Tempo em que eles estão se mostrando partidários, solidá-
rios a essa sociedade secreta sim, e não “discreta” como tem quem o
diga! Meu Deus! Pensava eu: é tudo o que a Mãe abomina! Seus filhos
prediletos envolvidos na maçonaria! Passei aquele dia muito triste e
volta e meia chorando. Mais adiante comecei a pensar nos campos de
futebol com milhares de pessoas torcendo por seus times. Será que há
na sua grande maioria um torcedor daqueles vestindo a camiseta e vai
a um campo de futebol para torcer para dois times? E um jogador,
quando entra em outro time, não deve antes avisar a autoridade maior
para passar de um time a outro? Saber inclusive o valor que vai receber
para passar para o outro time? Bem, como fiel Católica Apostólica Ro-
mana, batizada na Igreja Católica, e se tivesse como votar contra a
ação do arcebispo, meu voto seria contra! Contra duplamente! Por mim
e por Nossa Senhora que abomina tal ação! Contra triplamente! Por
mim, por Nossa Senhora e por Pe. Stefano Gobbi! Dos meus escritos
copiados em folhas, no decorrer da minha existência, tenho o seguinte:

“Toda pessoa batizada pode gozar à vontade das Pessoas divinas.


Esta intimidade da alma batizada com o Pai, o Filho e o Espírito Santo,
é a essência da vida espiritual: seria mister clamá-lo por sobre os te-
lhados. O exercício da presença de Deus não é monopólio das almas
157
contemplativas. A graça do batismo põe em cada um de nós a Trinda-
de”.

Imagina você como estaria hoje sentindo Vianney sabendo do ar-


cebispo fundador da própria igrejinha dele — e nada ali está progredin-
do; usara seu nome, São João Maria Vianney, padroeiro dos sacerdo-
tes — é o mesmo visitante dando entrevistas em vídeo juntamente com
integrantes da maçonaria. Olha no mínimo o arcebispo não está aderin-
do às mensagens de Nossa Senhora, e se não está aderindo a Mãe
está fazendo algo que Nossa Senhora abomina! A jornalista, no vídeo,
diz que “a união da Igreja Católica é inédita com a maçonaria”. Loja
Harmonia da maçonaria de Cruz Alta. O arcebispo, diz no vídeo, entre
outras coisas:
“Com os irmãos quando as portas que se abrem, precisa levar
uma boa mensagem de alegria, de realização maior... Acho que isso é
o exemplo para dar. Reunir todas as crenças, religiões e trabalhar jun-
tos, para paz, acolhida...”
Este arcebispo está fazendo o que Nossa Senhora predisse como
um Mal, quando deu início, ao longo desses 25 anos no Seu Livro, as
Suas mensagens. Vamos aprofundar que Mal é este da maçonaria se
infiltrando na Igreja Católica mais adiante.
Se, em 1972, iniciavam as preocupações e tristezas do padre Ste-
fano Gobbi sobre a Igreja Católica e Nossa Senhora, em 1997 encerra-
va a Sua missão; de lá para cá, aos poucos, em 2013 ou 2012, os
acontecimentos começam a dar seus sinais de alerta. Na verdade, tudo
que a maçonaria colocar atualmente será com uma roupagem para aju-
dar, filantropicamente, de forma traiçoeira, como diz Nossa Senhora.
Sim. Vão começar com uma propaganda muito sutil, muito carismática
para agradar o povo. Entretanto, satanás, como diz Nossa Senhora, já
está aí. O demônio é ardiloso, astucioso: é o Pai da Mentira. Por isso

158
Nossa Senhora nos diz para que o Seu Coração, nos dias de hoje, seja
o nosso refúgio. Ela pede para nos consagrar com a oração do Seu Li-
vro. Pede para nos reunirmos em cenáculos familiares em oração. Pede
muita oração e reza do Santo Rosário. A desobediência deste arcebis-
po entrou na igreja. Não sei a verdadeira intenção, mas coloco aqui a
notícia que Nossa Senhora não aceita a maçonaria na Igreja Católica. E
mais, com toda certeza ele não perguntou em missa para todos os fiéis
se queriam que agisse dessa maneira, fazendo a fusão entre maçonaria
e Igreja Católica! Ou ainda não chegou a tanto... A maçonaria não é
aberta, transparente, e nunca foi! Age nas “sombras de forma traiçoei-
ra”, como diz Nossa Senhora. O jornalista falou em década, se referindo
a não aceitação da maçonaria na Igreja Católica. Ele, o jornalista está
enganado; não são décadas, mas séculos! Detalhe: sempre escondida
traiçoeiramente! Secretamente! Há séculos e séculos a maçonaria
sempre foi mal vista; acontece que agora é chegada a hora de tudo
acontecer! O joio está entre o trigo. Teremos que cuidar muito para se-
parar o joio do trigo. Há Papas no passado que disseram inclusive as
razões sérias da não possibilidade da maçonaria junto com a Igreja Ca-
tólica, por serem incompatíveis totalmente! É só pesquisar e você verá.
Uma pesquisa realizada para você eu coloco mais adiante. É chegado o
Tempo! Tudo começa a aflorar. A falta de pudor, de vergonha no rosto,
a sensualidade, o sexo, o poder, status, a ganância por dinheiro, o “ho-
mossexualismo” se mostra abertamente, o uso da camisinha que é dis-
tribuída até de graça, tudo, tudo está podendo, incluindo a matança de
bebês! E muito mais! Satanás tomou conta dessas situações. Certa-
mente quanto mais sexo feito fora do casamento, camisinhas distribuí-
das, muito mais possibilidades de gravidez e abortos. Se sexo não fos-
se gostoso, não precisariam distribuir camisinhas de graça. E muitos
jovenzinhos não se contêm e muitas camisinhas podem não chegar a
tempo, não são confiáveis. Há muito que a Igreja Católica deixou de

159
falar no próprio animal e assim, esquecido, mais facilmente adentrado!
Nesse meio tempo a Humanidade ficou sem o Conhecimento. O senhor
maçom, um deles, falou no vídeo:
“A maçonaria não é secreta; ela é discreta!” - A que ponto chegou-
se! Dizer que a maçonaria é discreta? Ao longo de muitos séculos nun-
ca uma mulher pôde entrar! Um membro nunca pôde sair dizendo o que
acontece na seita secreta! Colocam para o povo ler aquilo que desejam
que saibam! As “missas negras, satânicas”, jamais serão ditas obvia-
mente! Quem as consegue dizer é Nossa Senhora. Esse é o lado espiri-
tual maléfico do demônio; se utiliza de pessoas praticantes, servindo-se
de pessoas como instrumento para ter seu poder no mundo. Fazem o
culto, às ocultas, nas sombras, dá origem ao deus que tanto desejam.
Como sei da existência das missas negras, satânicas? Porque uma Mu-
lher entrou, e, com seu sol, está nos iluminando, mostrando o que a
maçonaria eclesiástica faz nas sombras, no ocultismo, o que anda
acontecendo e o que acontecerá na Humanidade. Essa Mulher é Nossa
Senhora de Fátima, a Rainha da Paz! Será abordado em citações e pá-
ginas do Livro de Nossa Senhora, através de Locução interior, para o
padre Stefano Gobbi exatamente isso colocado para você. É Nossa
Senhora quem fala e se Ela diz eu acredito. O senhor maçom, no vídeo,
diz:
“Que a maçonaria não é secreta, mas discreta”; abordam assuntos
como “família, economia, política, saneamento...” Só imagino o que de-
ve sair entre alguns homens racionais, materialistas marxistas, hedonis-
tas, desejando sempre a ajuda entre a “irmandade” com relação ao di-
nheiro, para ficarem bem fortes e ajudar a sociedade e os pobres. O
interior de uma alma para Jesus Cristo não é transformado através do
dinheiro, mas pela Divindade de Jesus Cristo. Atente para essa expres-
são: Divindade de Jesus Cristo! Atente agora para a ideia de um Cristo
que já estão passando do lado da besta negra, a maçonaria: “Revoluci-
160
onário!”. Não adianta querer fazer um Jesus Cristo revolucionário, usá-
lo como imagem de homem comum, de bonzinho, embora o Bom Jesus
Cristo sempre fosse; desejam uma Igreja falsa e um falso Cristo; come-
çar a dar o pão na boca do pobre, com o dinheiro que a maçonaria
acumula entre si, se ajudando nessa seita, que deseja construir um
mundo no reino do demônio, e formar um falso Cristo e uma falsa Igre-
ja, essa ideologia deve ser cuidada e devemos ficar atentos. O pobre
deve ser evangelizado, buscar o Cristo Ressuscitado na Eucaristia!
Com seu interior fortalecido na vida espiritual de Jesus Cristo, o pobre
será um homem livre nas suas ações realizando o desejado para si,
autônomo. O contrário o aliena, o deixa levar pelo fácil, esperando um
pai (no sentido do pai terreno, sentido horizontal) para lhe dar o alimen-
to fácil. O homem como homem se aniquila. Sua essência se perde. Se
tiver um Chefão a regular sua vida, aquele a quem ele proporciona to-
das as coisas será um ser escravizado. É esse o desejo da maçonaria
para a sociedade. Escravizar o cidadão. Formar uma teia e está pronta,
porque todos esses homens estão a postos agindo traiçoeiramente, nas
sombras, há muito tempo, esperando o Tempo! Falta o Chefão dar o
sinal. Quem será o Chefão? Então, Igreja Católica e maçonaria vão se
unir para ajudar os pobres? Para melhorar a sociedade e tanto mais?
Você concorda que a melhora da alma de um ser humano, das almas
das pessoas da sociedade como um todo irão melhorar através da dos
poderosos, daqueles que regem nossas vidas fazendo tudo, construin-
do tudo, porque já estão com o Monopólio nas mãos? Se todos ficarem
satisfeitos com esse estado de situação, como resultado apagará a Luz
na alma de cada pessoa, pela falta de Jesus Cristo Vivo. Ficará desfa-
lecido, esquecido na Sua Divindade na Eucaristia, caso não façamos
alguma coisa para lutar contra essa parte da Igreja Católica desejosa
por criar uma falsa Igreja e um falso Cristo! No meu último capítulo co-
locarei a Mensagem de Nossa Senhora sobre essa mentalidade vinda

161
da Teoria da Libertação. Perigosíssima. O mais incrível, Nossa Senhora
deixa numa de Suas mensagens sobre isso, se referindo ao nosso país,
Brasil, como Mãe muito preocupada! Nossa Senhora, no Seu Livro, fala
contra, prevendo pensamentos como esse dito pelo arcebispo de Porto
Alegre com relação a “reunir todas as crenças, as religiões”. Nossa Se-
nhora, nas Suas Mensagens, nos deixa sobre o Ecumenismo: não
aprova! Para assuntos como esses, retiro trechos e dou-lhe as páginas
do Livro de Nossa Senhora; fique ciente do que a Igreja Católica está
passando e do que vai passar.
Faço-lhes algumas perguntas a seguir. A Igreja Católica possui-
dora de Jesus Cristo na Eucaristia, Jesus Cristo está Vivo, nos dá a
Força, a Sua Total Divindade, o que precisa fazer lá, na maçonaria, o
arcebispo? Dinheiro? Por que o interesse tão grande em unir forças?
Acredito na ingenuidade do arcebispo. Ele é extremamente inteligente.
Mas... Acredito que seja ingenuidade de sacerdote antes de bispo.
Acredito na própria maçonaria enquanto loja maçônica esteja usando o
arcebispo, Dadeus Grings, atualmente arcebispo emérito para fachada
a sociedade. Entretanto, afirmo o lugar de um bom arcebispo é estar ao
lado dos seus afins da vocação, ou seja, ao invés de visitar lojas maçô-
nicas deveria visitar as igrejas cada vez mais dar atenção a elas, pois
estão se acabando gradativamente e galopantemente.
Evangelizar maçons, essa seria a melhor e maior proposta da
Igreja Católica para levar aos maçons a Palavra de Deus; para unir for-
ças. Ensinar estes homens participantes desta seita secreta, sim, e não
“discreta”(como diz o maçom no vídeo), fazer o Batismo, a Comunhão,
a Confessar ou reconciliação com Deus; receber a Eucaristia e ser fiel
no casamento; não ter segredos com suas esposas, mas contar a elas
tudo e não o que deseja contar dos acontecimentos no interior da seita
secreta... Enfim, o arcebispo teria muito para dizer e fazer chamando
estas pessoas para as claras! Conduzindo-os para dentro da Casa do
162
Pai. Ao invés do arcebispo dizer palavras como:
“Com os irmãos, quando as portas que se abrem, precisa levar
uma boa mensagem de alegria, de realização maior...” Por que não diz:
Senhores maçons, venham para a Igreja Católica, porque nós temos o
Cristo Vivo na Eucaristia e presente no Sacrário. Somente Jesus Cristo
pode tornar cada um de vós pessoas de bem, melhores, vivas realmen-
te; pessoas de paz não se preocupando em formar as confrarias mas-
culinas onde o dinheiro é o deus adorado procurado por todos para sa-
ciar de bens seus bolsos. Através da Eucaristia vocês, homens, encon-
trarão a força e o desenvolvimento dos seus dons, das suas aptidões
naturais sem se preocuparem no ganho fácil para aquisição da ajuda
financeira e tocar em frente o comércio, o negócio e outras atividades...
Vocês da confraria maçônica no culto ao deus vingativo cobrador, o
deus da barganha em nome de Jesus Cristo, pelo seu sangue derra-
mado por cada um de vocês, poderão sair dessa pior. Em Jesus Euca-
rístico você não precisará ter medo de morrer, pois é Ele quem pode
fazer o resgate de sua alma aprisionado nesse mar de lodo, de trevas.
Você é um escravo de quem está lhe oferecendo dinheiro. Amanhã ou
depois satanás vai lhe exigir a alma de sua filha (o), sua mulher e qual-
quer outro da sua família. Amanhã ou depois é só você não prosperar e
não dar o montante a ele devido você verá a sua casa ruir. Sai dessa
sua pior! Venha para o Deus da Verdade. Não entre nessa Barca do
demônio!
A divindade de Jesus Cristo transforma um ser humano! Mostrar aos
senhores maçons o Jesus Cristo sem riqueza material, mas rico em po-
der e glória celeste. Mostrar aos maçons a não necessidade de se ves-
tir de amarelo e vermelho e fazer seus círculos e seus rituais perigosos
clamando o demônio para esta face da Terra. Isso foi contado por um
dos meus jardineiros; disse-me ele na loja maçônica aqui da cidade on-
de resido, no centro dela, os maçons se reúnem com suas vestes pró-
163
prias e fazem barulhos, pulam. Ora, assistia essas cenas na umbanda.
E tudo o que sei sobre a maçonaria foi através das Mensagens das
quais acredito em cada palavra da Mãe amada a padre Stefano Gobbi
em Sua Obra. Tudo então passara a ser obvio fazendo a leitura bíblica.
O Espírito Maligno, satanás é um só, universal atua em qualquer lugar
com sua legião de anjos maus expulsos por Deus do Céu, na batalha
travada. São estes anjos rebeldes, iníquos a nos perturbar a nos atentar
aos mais diversos pecados. Quando estes anjos de satanás, do demô-
nio encontram pessoas para atuar em suas almas trazem o perigo para
esta face da Terra. Por isso você, pessoa sensível atenta, sente este
mundo tão pesado, tão penoso, tão falacioso. Só se diz viver bem quem
não possui consciência em Deus. Quem vive o hedonismo o superficia-
lismo do mundano apresentado por aí...
Não esqueçam a Mãe é Bondosa e Misericordiosa. Nos deixa sa-
bendo de tudo a grande esperança, “Por fim, Meu Coração Imaculado
triunfará!”

164
Capítulo II

Parte 7

“Obrigado Senhor
(LP: Louvemos o Senhor III)
Obrigado, Senhor, porque és meu amigo,
porque sempre comigo Tu estás a falar.
No perfume das flores, na harmonia das cores e
no mar que murmura o teu nome a rezar.
Escondido Tu estás no verde das florestas,
nas aves em festa e no Sol a brilhar.
Na sombra que abriga, na brisa amiga,
na fonte que corre ligeira a cantar.
Te agradeço ainda porque na alegria ou na dor
de cada dia eu posso te encontrar.
Quando a dor me consome, murmuro o Teu nome e
mesmo sofrendo, eu posso cantar.”

Novos Problemas
Com os meus dois filhos pequenos, vivendo com muitas tribula-
165
ções no casamento, desejei residir na cidade maior porque assim meus
filhos poderiam ter acesso à escolinha para socializá-los. Meus filhos
não tinham com quem brincar, pois vizinhança naquele tempo não ha-
via. Naquela época, na cidade menor, não havia escolinhas infantis;
começaram a surgir mais tarde.
Tempo de 1984. Minha profissão era de professora de Ensino
Fundamental, ou seja, conhecido também por Curso Primário; e conse-
gui escola na cidade maior para lecionar. Morei na cidade maior por um
ano e senti a impossibilidade de continuar vivendo como estava, pois a
casa era de uma família e morávamos juntos. E foi nesse tempo, entre
1984 e 1985, ainda morando na cidade maior, eu recebi um telefonema
de um dos meus familiares pedindo para ir ao Pronto Socorro, pois
acontecera um acidente de automóvel com uma de minhas irmãs e esta
havia morrido. Tinha vontade de ter asas naquele elevador para chegar
logo ao local. Estava sozinha. Não tive acompanhante. Quando cheguei
ao local vi minha irmã na maca deitada e as suas roupinhas eram trou-
xinhas com manchas de sangue no chão, num cantinho. Fiquei parada
vendo aquela cena até uma enfermeira me dizer que ela não estava
morta. Minutos depois, outros familiares chegaram até o local e fiquei
sabendo que a filhinha de oito anos estava ao lado da minha irmã, que
dirigia o carro, morrera no local do acidente na saída da cidade onde
morava; vinham com a intenção de estar no aniversário de duas pesso-
as da família; ocorreria no mesmo dia um dos aniversários e o outro,
após. Depois da saída de minha irmã do hospital, quem cuidou dela foi
a mãe; ao sair do coma, lhe foi revelada a notícia da morte da própria
filha. Que desolação ver aquela tragédia, sentir aquilo tudo, ver minha
mãe já com certa idade, depois de tantos sofrimentos passados, ainda
mais esse, e coube a ela cuidar da própria filha naquele estado e saber
do falecimento da neta. A turminha de aluninhos eu tinha nesse ano da
idade de minha sobrinha que morrera. Como era triste olhar para eles e
166
lembrar o acontecido! Como trabalhar naquele ano foi penoso!
Continuava as tribulações no casamento, uma falta de paz cons-
tante, e residindo com quem considerei não poder continuar residindo;
retornei para a cidade menor da qual havia saído, mas não voltei para
minha casa antiga. Acabei ficando numa casa alugada para beneficiar
algumas pessoas da família do pai dos meus filhos; ficaram morando na
minha antiga casa. Acabei por ficar residindo com quem sabia eu não
poderia ficar, isto é, saí de um lugar e continuei na situação anterior;
pior, numa casa maior e alugada. Não queria que fosse assim. Disse o
que desejei, mas minha voz não soou ouvida. Mas os ventos contribuí-
am para que assim fosse, com toda certeza não da vontade de Deus,
porque eu não procurava por Ele. Porque a névoa na qual me envolvi
não era constituída por energias divinas, mas completamente envolvida
por pessoas que cultuavam falsos deuses, deuses da ignorância, da
falta de Conhecimento e eu não tivera as defesas. Eu também era uma
ignorante nesse Tempo sobre o que se passava comigo. Percebia o ar
algo muito ruim, mas não tinha noção como real palpável aquilo tudo.
Senti vontade de parar de lecionar. Creio que foram dois anos pedidos
de Licença Interesse. Sentia a vida pesada; pedi Licença Interesse na
escola Estadual depois de tudo e da vida familiar como um todo. As tro-
cas de cidades, de casas, de pessoas, de escolas, as mudanças que
envolvem os filhos... Foram os anos entre mil 1986 e 1987. Ficara tão
abalada com tudo que acontecera com minha irmã e sua filhinha, minha
sobrinha, e somando-se a não paz no casamento, tive o bom senso de
pedir Licença Interesse no Estado. Uma LI como se costuma dizer.
Pensava em descansar com a LI que havia pedido; entretanto, um dia
alguém se deu ao trabalho de ligar para minha casa: um telefonema
anônimo para dizer que o pai dos meus filhos estava com uma mulher,
e dissera o nome e a cidade; que estariam jantando naquela noite.
Tremi toda quando escutei aquilo e acabei por não me sentir bem; fiquei
167
completamente abalada. Não me sentindo bem, fui procurar ainda coisa
pior, pois no outro dia fui até a casa de uma psicóloga, parente, na épo-
ca, e na conversa fiz-lhe uma pergunta sobre a minha mãe: o que ela
diria, como psicóloga, sobre a minha mãe; quando pequena, eu escuta-
va ela falar para as empregadas dos barulhos que ela ouvia às noites,
das gavetas e dos talheres batendo e às vezes enxergava um homen-
zinho de bicicleta de madeira empurrando com uma perna só, a sua
bicicleta, em volta da nossa casa; os barulhos de correntes se arrastan-
do em volta da casa. A psicóloga, na opinião dela, dissera que a mãe
era louca. Lembro-me de ter dado um salto da poltrona, em sobressalto,
ao ouvi-la dizer que a minha mãe era louca; tremi toda e levantei da
poltrona. Ficando muito preocupada comigo, pela reação tida, a psicó-
loga ofereceu-me um copo d’água. Aquela palavra chocou-me demais,
pois minha mãe fora uma mulher sempre muito responsável, boa, ho-
nesta, nunca havia adoecido e nem filhos ganhara em hospitais, os par-
tos eram procedidos por parteiras em casa. Mesmo com seu jeito seve-
ro de ser com os filhos, ainda assim minha mãe mostrava ser uma mu-
lher lutadora por eles, como uma galinha bondosa defendendo seus
pintinhos. Mesmo sendo severa, ela imaginava ser correto seu jeito
austero de ser, de vencer as situações. Ela fazia o que podia pelo nível
de vida da qual teve. Por minha mãe não ser casada com meu pai, a
esposa de meu pai, não podia ter filhos, chegava a oferecer dinheiro
para minha mãe para ficar com os primeiros filhos. O que ela respondia:
“não sou cadela parideira para dar filho meu!”. Ela poderia ter seus de-
feitos, quem não os tem? Mas chamar minha mãe de louca? Foi muito
pesado para mim. No momento em que essa pessoa disse a palavra
“louca”, eu já não estava bem; não estava bem por muitos motivos e
não somente aquele em particular. Fora um somatório de discórdias, de
problemas, sentindo grande falta de amor, inclusive aquele telefonema
anônimo. Quem o fez talvez não soubesse a gravidade do que estava

168
fazendo na minha alma. E se tivesse total intenção do Mal, conseguiu.
As duas gotas d’água faltavam para me desestruturar de vez. Nesse
Tempo, eu colocava quem se dizia psicóloga ou psiquiatra em alta con-
ta, num pedestal quase que idolatrando. Porque não tinha Deus, não
buscava Jesus e não tinha a Mãe. Não era uma ateia, não! Não é isso.
Não tinha é o Conhecimento! Era completamente ingênua. Fazia clínica
com uma psiquiatra durante onze anos, entre paradas e recomeços,
entre uma gravidez e outra. Houve um tempo quando a psiquiatra pas-
sou-me para continuar as clínicas com um psiquiatra. Isso ocorreu bem
quando contei à psiquiatra sobre um sonho que tivera com um terapeu-
ta de barba; com seu amor deixara o amor como cura. Mais adiante,
relato para você o sonho que tivera e marcara a minha vida para sem-
pre. Acredito numa coisa: o demônio espalha os muitos obstáculos na
vida de uma pessoa; suas armadilhas. Você procura a solução de seus
problemas, muitas vezes, numa inocente ignorância, em determinados
lugares nos quais julga encontrar a verdade. Parece que os obstáculos
são sanados, mas abrem-se mais buracos de outras formas e assim
sucessivamente sua alma vai se prendendo em busca da falsa ajuda. A
paz nesses lugares não é encontrada, nunca existe e não existirá! E foi
assim que minha mãe se deixou escravizar pelos demônios. Para qual-
quer problema acontecido em sua vida, ela procurava as consultas dos
espíritos na umbanda. Vivíamos uma cultura dos espíritos na umbanda.
Nesse contexto todo, com tantas coisas negativas me cercando: telefo-
nema anônimo, o casamento sem paz, falecimento da minha sobrinha,
minha irmã em coma, a pessoa deixando a palavra ofensiva para a
mãe, o espinho no meu coração durante uma vida quase inteira (mais
adiante falo sobre esse espinho no meu coração); meu espelho negati-
vo; vida quase inteira sem paz, sem felicidade, passei a ficar ansiosa,
como se algo se apoderasse de mim. Perdi a paz interior por completo.
Passei a dar alguns telefonemas e a dizer certas coisas que careciam

169
de contexto para poderem ser ditas para alguns poucos membros da
família. Não podia parar. Algo dentro de mim tinha desconectado! Repi-
to o meu não direito, não tenho nenhuma capacidade de julgar, somen-
te Deus; Ele lê os corações às almas; Ele pode fazê-lo. Eu, por ser pes-
soa, posso ter a compreensão, mas posso ter o direito de não aceitar!
Mas não aceitar não é julgar. É saber escolher, optar. Posso compre-
ender porque meu entendimento é espiritual; meu entendimento voa
nas asas do Amor, da Verdade. Meu Conhecimento me deu o saber
desvelar a pessoa e vê-la como além dela mesma em seu procedimen-
to espiritual maléfico ou divino. Não me resta tempo para julgamentos,
mas tempo para alertar e divulgar sobre a necessidade do perdão. As
culpas se empobrecem um ser, não resolvem as questões, mas uma
vez sentidas devem ser resolvidas com o perdão dito a quem o Mal fez
a alguém. Meu Entendimento diz que o Mal existe e este, enxergar o
Mal, vai além da pessoa que está a minha frente e praticou sem inten-
ção o Mal; entretanto, foi tentado a praticá-lo e, na consciência em
Deus deve perdão a quem ofendeu. Existe quem se apropria do Mal
sabendo da sua existência pela intenção cruel de praticá-lo. Sendo as-
sim, haverá o Julgamento e Misericórdia por sua alma. Há pessoas que
se dão a essa faceta! Há pessoas que se entregam como instrumentos
para o Mal. A resposta para mim está na ação maléfica: a eficácia do
Mal existente no mundo, atrás da pessoa que a pratica, que busca e se
deixa como instrumento ser disponível ao Mal. Muitas pessoas não
possuem esse saber, acham que isso não existe, ou seja, acham que o
Mal não está pelo mundo. Quando me vi existencialmente fora de mim,
um momento marcado muito foi ver os semblantes dos meus filhos
amados ao me olharem quando desejava eu dormir nos bancos da ca-
pela central do seminário. Peguei o carro às pressas, pois não queriam
que dirigisse, estava louca para todos os efeitos. Queria ficar naquele
lugar de paz e dormir lá quietinha. Estava com uma túnica roxa, cor da

170
Filosofia. Gostava muito daquela roupa; tinha ganhado da minha melhor
amiga naquele Tempo. Cheguei à portaria, no balcão da entrada princi-
pal do seminário e deixei as chaves do carro, pois sabia que tinham me
seguido. Que levassem as chaves e o carro, mas me deixassem em
paz, num cantinho de paz, pensei eu. Nunca vou esquecer os semblan-
tes dos meus filhos amados ao me verem fora de mim. O pavor estam-
pado no rostinho da minha filha e do meu filho. Minha filha sofria e eu
notara as olheiras no seu rostinho, da preocupação com a mãe dela,
comigo. Quanta tristeza e sofrimento eu sentia ao vê-la sofrer por mim.
Fiz um teste, naquele momento: quis ver a posição, o gesto, o compor-
tamento de um racional: sentei-me num local, ao ar livre, no seminário,
onde havia gramado e nele avistei umas florzinhas amarelinhas no meio
dele. A pessoa diante de mim em pé, muito preocupado comigo. Nesse
momento, peguei uma das flores amarelinhas da grama e entreguei-lhe;
fez exatamente o que imagina que iria fazer: amassou-a entre as mãos.
Amassara em suas mãos. Muito apavorado com tudo. Muito! Porque
esse tipo de mal existencial, para certas pessoas, você é vista como
louco mesmo! Como se uma pessoa fosse somente mente e que nada
mais nela funciona! Aquela pessoa pedira para eu ir embora dali. Eu
queria ficar, mas acabei obedecendo. Meus filhos viam tudo. As corti-
nas da minha casa eram fechadas, quando queria abri-las, pois o racio-
nal ficara muito preocupado se faria os mesmos escândalos que a outra
amada irmã louca fazia, pois para todos os efeitos, loucura na família,
existia. Queria caminhar, queria pegar sol. Não me deixava o racional.
Teimei em desejar caminhar. Não me sentia bem; queria caminhar e
pegar um sol; estava muito triste... Houve algumas trocas de braços e
numa dessas deixei-me cair perto de umas escadas na frente da casa.
Fui segurada pelo tornozelo e o racional puxava-me por uma das per-
nas no desejo de me fazer entrar para casa. A cena para mim fora ultra-
jante, degradante! Mas sabia não poder esperar nada melhor de quem

171
assim agia. Lembro até hoje de uma correntinha usada em torno do tor-
nozelo, de ouro com peixinho enfeitando, e nunca mais a encontrei. Fiz
uma brincadeirinha com Deus desta situação tempos depois, pensando
em todo acontecido: quem sabe no Céu recebo minha correntinha de
peixinho de volta? Você pegou de mim, Pai? Para me entregar lá no
Céu? Fica muito difícil para quem possui cérebros entenderem certas
questões da vida. Muito! Muito difícil dar uma flor a uma mulher, por
exemplo. Muito difícil ver uma mulher chorar... Assim se está a chorar é
porque está doente... Há homens que só suportam ver mulheres gosta-
rem de carros, vestirem muito bem e de grife famosa. Essa mulher é
normal! Usar perfumes caros. Se usar qualquer perfume e esse qual-
quer perfume não vem do bom gosto da pessoa que o usa, que o esco-
lheu, a agradou, mas perfume bom é considerado se for caro, pois ina-
cessível a muitas outras e porque se for caro é bom. O bom perfume
deverá estar atrelado ao alto custo. Aí sim, será um ótimo perfume para
sua mulher usar. E lá se vai se despersonalizando a coitada da mulher,
subjugada às vontades do homem, se anulando, deixando de ser ela
mesma, caso a alma dessa mulher não caminhe para a mesma direção
deste pensar. E a essência daquela mulher? Um dia talvez ela saiba
que viveu à sombra de uma pessoa, assim deixando de ser ela mesma,
de viver suas potencialidades, ou seja, viveu a vida do outro e se anu-
lou, seja ele marido, pai, irmão, tio e tantos mais. Isso é assim para cer-
tos homens com relação a certas mulheres que desejam praticamente
modificá-los! Alguns não suportam ver uma mulher chorar; pois se a
veem chorar deve estar doente. Então, o jeito é a mulher se maquiar,
disfarçar, se fazer formosa para viver a dureza da vida que lhe é impos-
ta, muitas vezes... O racional não entende certas situações. Para ele,
eu perdera o cérebro e tudo mais em mim se perdera também; não
existindo o cérebro, mais nada como pessoa, como alma existiria em
mim. Muito menos coração, sentimento para amar, considerando não

172
saber o que eu estava sentindo. E eu sofria. Sofria muito por toda aque-
la situação e cena degradante. Sabia o que se passava comigo, mas
sentia um cansaço mental. Desejava dormir e não podia evitar o mal
existencial... Estava tão cansada mentalmente... Muito cansada! Mas
obviamente nem eu sabia o que se passava comigo. Também os que
me cercavam não sabiam e deixava-os preocupados. Dava para com-
preender com o Tempo a posição do racional. Não foi fácil para ele
também. Na verdade, estou trazendo até você uma visão humana nova
e dando um testemunho legítimo da Vida, quanto ao problema existen-
cial pelo qual pode passar uma alma humana. Coloco-me aqui, em cer-
to aspecto, lado a lado com a visão da Filosofia Clínica; ela veio ao
mundo para humanizar. O modo como a medicina, muitos médicos da
área psiquiatra lidam com situações assim está matando o ser humano
em vida. Existindo a visão da psiquiatria sobre o ser humano na qual
em um caso desses procura enquadrar num estereótipo, dando rótulos
as pessoas, pronto! O serviço está completo! A família toda fica saben-
do que a pessoa saiu de si, grosso modo, falando: enlouqueceu! A psi-
quiatria possui uma concepção racional demais. Tudo se explica pela
existência de doenças. Está realmente na Idade das Pedras, da caver-
na! Ignorante no que se refere ao coração humano, a essência de uma
pessoa. Quanto mais tipos de homens buscam as explicações na era
do digital, da tecnologia ou uma mente voltada para a ciência, muito,
muito maior a distância da alma humana; com esta distância da alma
humana, o afastamento de Deus, da fonte, do Criador. Uma pessoa, um
ser humano não é visto na sua ampla concepção. Não é visto em seu
histórico de vida. Não é visto como único! Não é considerado em sua
dimensão sagrada, espiritual.
E assim, como já fazia clínica particular com a médica, fui imedia-
tamente medicada e medicada, dormi muitos dias em minha casa.
Quando acordei do sono estava me sentindo bem. Comecei a ser trata-
173
da num posto com remédio na veia. Depois, a medicação passou a ser
outra e passara a tomar em casa. Nas idas às consultas, fiquei sabendo
que ganhara um nome para o que tive: PMD. Psicótica Maníaca De-
pressiva e com o tempo mudara para bipolar. Sentia muito! Sentia por
mim, por eles. Não queria ver meus filhos passando aquilo tudo. Porque
aquilo tudo não era a vida idealizada dentro de mim, isto é, algo assim
jamais poderia imaginar passar. Sempre procurava ser uma pessoa cor-
reta, íntegra, bondosa, boa mãe, esforçada mãe para meus filhos; no
entanto, aquela desgraça estava acontecendo; aliás, fazia psicoterapia
justamente para dar aos meus filhos o meu melhor e para poder ter al-
guém para conversar os horrores da família em geral, assim como de
mim mesma, do casamento que tinha sempre seus problemas. Um mal
desses, um mal existencial dessa amplidão não é algo visível, como
uma ferida aberta que se pudesse ver ou uma forte dor que se pudesse
sentir em alguma parte do corpo e se queixar, falar para alguém da sua
dor sentida. Era algo vil! Silencioso, que se escondia e se manifestara
de maneira indigna. Algo queria minar, acabar com a minha alma, com
a minha vontade, com a minha faculdade intelectual. Teria algo pior do
que isso? Eu que precisaria dela num futuro bem próximo? Eu que pre-
cisaria dela justamente na Filosofia? Qual é a primeira palavra que é
dada a uma pessoa, nessa situação? Sim. Ela está louca! Podem até
não dizer na sua frente, mas a coisa fica nos ares. O mais angustiante
nisso tudo é saber que os outros te consideram louca, você não sabe
explicar o que tem, mas sabe que louca não é; essa palavra jamais de-
veria ser proferida! Não estava me sentindo bem, pois meus pensamen-
tos falhavam, mas não deixava de sentir, de ver o que acontecia comi-
go. E... Eu, como sofria! No mundo dos homens, quando acontece com
alguém isso, então está louca; de presente, se ganha os rótulos. Essa
palavra não condizia comigo, com o sentido por mim. E o que estava
sentindo era tão apavorante para mim, tão sofrido, por vontade de que-

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rer definir e ajeitar tudo dentro de mim e não poder fazer nada; ficar
quase não eu. Obviamente deveria ser horrível aos outros. Sem dúvida!
Ainda mais levando o pesado fardo da outra mana amada com seu so-
frimento de mais de quarenta anos. Que confusão era aquela em minha
mente, não era capaz nem de lavar minhas próprias roupas íntimas
atrás de um tanque? Lembro que estava atrás do tanque querendo la-
var minhas roupas e não conseguia. Meus pensamentos se confundi-
am. Meu Deus! O que era aquilo que acontecia? Era o mínimo e não
conseguia realizar mais... E quem estava participando comigo também
estava horrorizado por me ver assim... Quando poderiam imaginar uma
pessoa como eu ficaria naquele estado? Algo aconteceu e de um dia
para o outro... Minha pessoa, dignidade, ingenuidade na vida, o sofri-
mento do casamento, o ano anterior com minha irmã em coma e sobri-
nha morta, minha mãe com seus tantos sofrimentos na vida ainda ter
que cuidar da filha em coma, os problemas permanentes com a mana
amada, Deus, o que acontecia? Agora eu assim? O que estava aconte-
cendo? Meu Deus! Como é degradante! Como é triste, de um dia para o
outro, sentindo-me mal, mas ainda assim consciente de quase tudo ao
redor, não poder parar com uma agitação interior e essa agitação interi-
or me fazia ser considerada louca! O rótulo esmagador da alma. Consi-
derada louca como a louca já existente na família: o meu retrato negati-
vo! A minha irmã amada há muitos anos fazia internações, naquele
tempo, nos piores, ditos melhores hoje, hospitais psiquiátricos. Meu es-
pelho negativo tomou eletrochoques, perdeu os seus lindos dentes ao
longo dos anos, sempre fora internada e saia com centenas de piolhos,
ovos dos piolhos e feridas no couro cabeludo. Ficava sem visitas do
único filho por muitos anos, o filho todo amor para ela, foi cuidado pelas
outras esposas do pai. Os anos consecutivos das internações dessa
minha irmã esgotaram a família a ponto de também cansar de ir visitá-
la. Em certos períodos, alguns da família a visitavam; esses alguns

175
cansavam e davam lugar a outros. Foram mais de 40 anos de sofrimen-
to! Uma verdadeira tragédia eram os surtos psicóticos que ela tinha;
assim se refere à psiquiatria ao evento, mas não eu, passei a conside-
rar esses surtos psicóticos com outra denominação; com o Tempo da
vida dado por mim, através do Conhecimento, ponderando a Palavra de
Deus e o Livro de Nossa Senhora. Percebia que ali existia muito mais
do que a simples ciência terrena, médica psiquiátrica. Ela morreu e na-
da resolveram. Ela morreu e não viu a luz do dia nesses mais de 40
anos de seu sofrimento arrastando a família também. Estranhava “a
ação ignóbil, ou seja, a forma baixa repugnante sem precedentes; a
forma vil e que infringia mesmo as leis da moral” de como aquela irmã
linda, considerada a mulher mais bela da cidadezinha procedia muitas
vezes em seus surtos psicóticos, assim denominados pela psiquiatria.
Mas não por mim, na minha visão de filósofa religiosa. Foi ela a sofrer a
cruz do calvário e fui eu ao receber no Tempo, o mesmo rótulo da psi-
quiatria dando como verdade: se eu tivesse aceitado como verdade. Até
o Conhecimento chegar a mim, foram anos de intensos sofrimentos.
Estava muito assustada, ainda que não falasse. Estava sendo algo ter-
rível, porque pensava que o meu destino fosse o mesmo da minha irmã;
fizeram-me beber do próprio veneno. Minha irmã indiretamente me sal-
vou, pois esse indiretamente implica a corrida de procurar ajuda; procu-
rar a salvação com todas as minhas forças, para não ser como meu
espelho negativo. A corrida foi feita em direção a Deus... A médica com
quem fazia minhas consultas em terapia deu a sentença: não precisava
ficar internada, e sim bastava ser medicada em casa. Quando acordei,
minha única visita fora minha amada irmã, meu espelho negativo. Fi-
quei pensando nas outras irmãs, no motivo de não ter vindo a fulana ou
a sicrana no lugar desta, afinal elas são tão mais... Ao acordar, deparei-
me, ao lado da minha cama, com a visita; a última pessoa da qual gos-
taria que estivesse ali. Porque ela era o meu espelho negativo até en-

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tão, considerada por mim. Na verdade, ainda não sabia do meu enqua-
dramento, do meu rótulo, mas sabia do jeito que eu ficara fora de mim e
do que aquela mana fazia durante seus surtos psicóticos e que eram
alarmantes! Apavorantes! E eu achava ter o mesmo destino dela. Com
os mesmos agravantes. Com toda a certeza, o pavor assolou a todos!
Afinal, sentia uma tristeza sem fim por me ver nesse quadro imaginário
em mim mesma. Imagino o pavor de todos! Já havia uma louca na famí-
lia e esta, aprontava muito com seus surtos psicóticos e um sofrimento
sem fim... Agora mais uma louca na família? Logo que fiquei fora de
mim, ficava pensando se aquela médica iria me internar. Onde eu fica-
ria? Mas não falava; só pensava. Parecia uma morta-viva. Não tinha
energia. Parece que tinham sugado minha vida. Sabe a frase... Aquela
que diz: “bem vestida e morta de fome”? Exatamente! Bem vestida. Ti-
nha roupas lindas, me vestia bem. Maquiava-me e me perfumava. Tudo
muito bem. Fazia assim para poder viver a vida melhor. Diria que a ma-
quiagem na minha vida teve a função de couraça; de força. Teve a fun-
ção de poesia! Morta de fome de Amor! Como é triste não ser amada.
Não se sentir amada! Isso foi assim para mim desde criança. Minha
mãe teve o jeito dela de amar, certamente. Mas não era o meu de que-
rer ser amada. O pai dos meus filhos, com quem casei no civil, teve o
jeito dele de considerar seu amor por mim, mas não era o jeito que eu
desejava ser amada. Não era o jeito que eu considerava amor, o que
tinha para dar.
Continuando minhas idas à terapeuta, ela deu outro nome ao que
tinha. Bipolar! Achei esse nome mais respeitável! Mais bonitinho! Me-
nos ofensivo! Mas o efeito causado do outro, já havia deixado seu ras-
tro! Era o peso da cruz da minha irmã que já carregava antes de eu
cair, pois passara a minha adolescência inteira, minha vida adulta a
pensar nela, a chorar por ela, a visitá-la, a sentir a solidão dela naque-
les lugares piores que os lugares onde ficam animais. Afinal ela era
177
uma pessoa; um ser humano. O animalzinho, sempre seria animalzi-
nho; ao animalzinho lhe poderia ser permitido certos comportamentos.
Mas um ser humano? Quando eu via qualquer pessoa na rua qualquer
uma, desejava ser uma delas e não eu mesma! Poderia ser uma aleija-
da também, não importava! Para mim a deficiência física seria muito
melhor do que a dor da alma sentida.
Minha irmã era uma mulher belíssima. Mistura de Raquel Welch
com rosto de Brigite Bardot. Não havia quem não comentasse a beleza
dela. Mas enquanto olhavam sua beleza não viam sua alma. Não sabia
sua história de vida, seu contexto. Assim foi comigo. Os que me consi-
deravam bonita viam a beleza, o que transparece, mas minha alma nin-
guém via. Poderia dizer no Tempo, apareceu sim, minha pessoa certa,
minha pessoa especial; leu minha alma. Parecia saber mais de mim do
que eu mesma, nesse Tempo. A única! Meu par amigo e após, amigo-
amor. Impossível não amar aquele ser. Uma vez o vi tirar seu blusão de
lã do corpo e entregar para outra pessoa precisando, pois sentia frio.
Alguém se assemelhava a Jesus, na bondade, na generosidade, na
compreensão, no não julgar uma pessoa. Na ajuda prestada a mim.
Minha irmã era talentosa. Sabia pintar quadros a óleo. Formada em
acordeom, sabia tocar piano e violão. Fazia trabalhos artísticos lindos!
Mas tudo se perdeu no Tempo! Tudo! Teve uma decepção no casa-
mento e veio para a cidadezinha com o único filho no colo. Como se
formou e não exercia a profissão de professora, não estava realmente
preparada para ganhar o pão. A mãe não ajudava. A mãe não concor-
dava com a separação. O pai, pessoa que ela mais amava, falecera um
mês antes da data do casamento já marcada. Minha irmã espelho ne-
gativo estudou nos melhores colégios os quais o pai se dispunha a pa-
gar. E foi assim, ela a quem tanto admirava e amava o pai e a decep-
ção no casamento teve seu primeiro surto psicótico com pouco mais de
20 anos de idade. Fiquei muito abalada, porque nunca poderia esperar
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por uma coisa assim quando ela teve seu primeiro surto. Foi uma irmã
há quem eu muito admirava. A introdução ao violão eu aprendera com
ela. Houve um tempo em que fiz o preparatório em acordeom e ela
também dava alguns ensinamentos. O primeiro tempo de internação da
minha irmã foi o pior; os outros tempos também foram muito ruins. En-
tretanto, vai se conquistando uma aceitação tácita daquele quadro de
horror que nem mesmo os psiquiatras sabem como tratar, medicar, e o
leigo, totalmente despreparado, não sabe como lidar com a situação.
Podem chamar familiares, tentar conversar, entretanto, o Tempo, os
quarenta e poucos anos foram se passando na mesma situação, por-
que a pessoa dela, desde o começo, fora totalmente mal conduzida e
ficara estigmatizada perante a psiquiatria que, com seus rótulos, mata a
pessoa em vida. Não havia na cidadezinha enfermeiros que pudessem
auxiliá-la; muito menos ambulância. Ela era então levada pelos próprios
irmãos, os homens da família, da pior forma possível, conduzida até um
táxi chamado ou carro, quando se tinha um, ou se conseguisse com
alguém a ambulância a muito custo. Tudo muito sofrido... Tudo. Não
teria como narrar aqui os horrores pelos quais essa minha irmã amada
passou na vida e a família acompanhou; fez o que pode. Também lem-
bro o começo de tudo nessa caminhada de horror da minha irmã; a mãe
tentava dar suas explicações dizendo que o que ela tinha era espiritual,
isto é, na concepção dela, para ter melhoras, precisaria ir onde à pró-
pria mãe procurava ajuda: na umbanda. O que seria o espiritual maléfi-
co; entretanto, nunca soube se chegou a ir; com toda certeza a mãe
deve ter pedido ajuda ao umbandista com alguns trabalhos. Obviamen-
te, esta energia dos demônios estava feliz ao ver arrastar uma família.
A família tinha tudo para ser melhor e feliz; não acreditando ou sem
possuir a Verdade, não possuindo o Conhecimento da existência dos
demônios, também não procuraram ir atrás de Cristo Jesus, o Salvador
e Redentor. E... O demônio em pessoas vazias do espiritual divino, da

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proteção divina, o Mal atua eficazmente. Facilmente uma pessoa traba-
lhando para o Mal pode sim, realizar seus feitos para ver cair na sarjeta
quem ela não gosta; às vezes, por pouca coisa. Basta não “ir com a
cara dela”. Aqui na cidade onde resido existe de tudo. Existe maçonaria
fazendo seus rituais; existem muitas casas de umbanda, quimbanda
etc.; um lado feio e mal exercido por pessoas.
Realmente, era muito difícil o caso da mana amada e ficava cada
vez mais difícil, porque nada por ela a medicina da psiquiatria fez no
sentido de ajudá-la a viver melhor a vida. Nada como pessoa; cada vez
mais se degradava. Mas a lista de medicação e trocas de remédios
sempre eram feitas e suntuosas como também os eletrochoques do
Tempo! Quanto sofrimento! Quanto! Havia algo interessante: quando
jovem ela me aproximava dela, ficava nos olhando em frente ao espe-
lho. Alguns diziam que éramos parecidas e acredito que ela quisesse
tirar a teima. Acabava por fazer pouco caso, um ar de quem realmente
não visse semelhança. Esse seu gesto se repetiu mais algumas vezes.
Verdadeiramente? Não me achava parecida com ela. Admirava
muito minha irmã. Achava-a linda; entretanto, era uma beleza com al-
guma coisa no ar; eu não sabia explicar. Acredito que, pequena, devo
ter sentido a mãe não gostar do jeito de minha irmã ser. Esta situação
tenha de certa forma me influenciado. A mãe recriminava-a muito pelos
vestidos que mandava fazer nas costureiras, muito justos e decotados.
Ela era bem ousada para aquele Tempo. Era convidada a participar de
concursos de beleza e chegou a receber alguns títulos. O pai dava a ela
tudo o que queria. Ela fazia os enxovais para os colégios internos do
jeito dela; pedia às costureiras para fazerem os modelos idealizados por
ela. Minha irmã estudou em colégios internos para sair da pressão da
casa e assim mesmo, nos finais de semana, quando vinha dos colégios
havia certas discórdias entre ela e a mãe. Lembro-me do sentimento de
piedade que tinha dela, quando a mãe chamava a atenção e a manda-
180
va ir para o quarto. Ia atrás e ficava um pouco com ela no seu quarto.
Mas ela acabava por dizer para eu sair. Sentia algo muito ruim dentro
de mim; uma tristeza por ela. O pai fazia as vontades desta filha, de seu
grande agrado, e isso trazia certas complicações com a mãe. Um Tem-
po vivido. Um Tempo marcado. Um Tempo não de Deus, pois não havia
Deus buscado e quando Deus não está conosco o Mal entra.

181
182
Capítulo II

Parte 8

“Espírito Santo
(K7 Agnus Dei didática 89)
Espírito, Espírito, Espírito Santo de Deus.
Espírito, Espírito, Espírito Santo de Deus.
Vem controlar todo o meu ser,
vem dirigir o meu viver,
O meu pensar, o meu falar,
o meu sentir, o meu agir.”

Um Enigmático Somatório
Seria cômico se não fosse tão sério o sucedido num ano em que
deveria ter sido de paz para mim, depois de recentemente ter saído da
desgraça que me abateu. Narrei esses acontecimentos no livro autobi-
ográfico. Foram muitos. Nenhuma paz! Nenhuma! Nenhum descanso!
Nenhum! Não esqueço uma cena em que me sentei no chão do quarto
de um dos meus filhos e a pessoa da família na época, a psicóloga, me
observava de pé e com as mãos entre a cabeça, eu dizia assim: “o que
183
é que está acontecendo? Qual é a explicação para tantas coisas jun-
tas?”. Havia sido chamada na praia onde veraneava, porque a casa fora
arrombada e levaram muitas coisas. Muitas! E além daquela situação
as outras tantas aconteciam na casa de veraneio. A explicação plausí-
vel, segundo a psicóloga é de que, como havia muitas pessoas na casa
do veraneio, isso poderia sim, acontecer: aqueles tantos acontecimen-
tos catastróficos na casa alugada para um veraneio esperando ser feliz.
Não era assim que meu coração dizia. Se minha razão não podia ter
alcance, meu coração não sentia naqueles acontecimentos todos fos-
sem apenas pelo número de pessoas numa casa; até porque, não eram
tantas assim e ali onde estava sentada, no chão do quarto com o rosto
entre as mãos, desejando entender, na casa onde residia estava prati-
camente o vazio. Ali, fizeram o roubo; ali não havia pessoa alguma!
Nunca aceitei aquele argumento da psicóloga, porque somente a pes-
soa passando por situações assim pode avaliar o quanto é sofrido pas-
sá-las sem a total paz almejada. Todas essas ocorrências vinham
acompanhadas por gastos e estes, para mim, não eram relevantes,
mas sim a falta de paz, trazidas por essas situações. Talvez você co-
nheça um provérbio dos índios americanos; ele diz, “Antes de julgar
uma pessoa, passe três luas usando seus sapatos”.
A psicóloga não julgava, mas queria ter uma explicação qualquer
para dar; entretanto, era eu quem sofria demais com tudo o que acon-
tecia e sentia em meu coração; sentia que aquilo ia além, muito além
daquela simplista explicação. Era algo incabível!
Esse provérbio, dos índios americanos, foi retirado do livro de Su-
sana Tamaro: “Vá Aonde Seu Coração Mandar”. Ela continua dizendo:

“Exteriormente, muitas vidas podem parecer erradas, irracionais,


loucas. Enquanto nos ativermos ao exterior, será fácil interpretar mal as
pessoas e nosso relacionamento com elas. Apenas penetrando-as,
apenas caminhando três luas com seus sapatos, poderemos compre-
184
ender suas motivações, seus sentimentos, o que as leva a agir de um
jeito e não de outro. A compreensão nasce da humildade, não do orgu-
lho de saber”.

Certamente, andava em busca de mim mesma, em busca de per-


guntas variadas acerca da vida se apresentando a mim. E a compreen-
são, eu as tive sim, no alicerce das lágrimas infinitas... Uma observação
saltava aos olhos é a de quem mais ia à procura do dinheiro, mais re-
cebia sim; mas a que preço! Ou seja, se entrava por um lado, o dinheiro
saia no conserto por outros lados. E os incômodos, as preocupações e
falta de paz? Estas foram constantes para mim. Então, se ele julgara
ganhar dinheiro, sim, ganhara. Mas a que preço! Quando se é constitu-
ído da mesma matéria, as buscas são as mesmas; com toda certeza,
para alguns casais, tudo começa a sair bem. Entretanto, meu mundo
existencial era oposto ao mundo de quem eu tinha a meu lado. Fui des-
cobrindo na caminhada da vida. Lembro que passara a colocar a Bíblia
bem na entrada do meu quarto; entretanto, não tinha nenhuma noção,
ou seja, não lia a Palavra de Deus. Lembro que contava com ela para a
minha proteção, pois havia muitos membros da família envolvidos na
religião da umbanda e inclusive quem morava comigo. Algumas dessas
pessoas chegavam a ir a lugares bem pesados; com seus ritos. Chega-
vam a colocar em suas cabeças, nesses rituais, sangue de cabrito. Fi-
cavam deitados no assoalho por algum tempo ao fazerem esses ritos.
O deus dos pagãos! O deus da ignorância, da falta de Conhecimento.
Mas a vida continuava. E eu, como gado marcado. Como os grilhões e
estes, deixam as marcas, mas a minha era pior: uma marca invisível de
uma peste solta no ar; assim como da minha irmã. Observava a perda
de pessoas a minha volta. As situações não eram as mesmas. Sentia-
me sozinha. Queria dar sentido para a minha vida. Senti vontade de
continuar os estudos. No ano seguinte, passei no vestibular! Em 1988,
passei no vestibular para Filosofia; por isso meu valor à Filosofia. Por
185
isso a minha felicidade quando escutei a garota gritar pela janela do
carro; passara em Filosofia! Continuei meu trabalho em uma escola;
possuía o nome de uma mulher da qual a admirava muito: Cecília Mei-
reles. Creio ter permanecido nessa escola uns 4 anos. Não recordo.
Fazia a faculdade concomitantemente. Lembro como ficava mais atenta
ao que se passava à minha volta. Muito mais sensível com relação ao
sofrimento das outras pessoas. Nessa escola mesmo, Cecília Meireles,
lembro-me de ter visto o quadro com a foto de Cecília Meireles, coberta
de pó e em cima de papéis de uma estante. Cheguei a comentar com
alguém sobre a foto ali, o descaso e por que não limpavam, não colo-
cavam a imagem na entrada da escola. As pessoas ali viviam, davam
suas aulas, mas o valor? O valor a ser resgatado de tantas pessoas
lindas da história; Cecília Meireles e a sua foto naquele quadro abando-
nado, largado em cima de um armário, empoeirado. A vida, observava,
era conduzida por certas aparências, brincadeiras bobas por parte de
alunos adolescentes sem educação... Ah! Os valores... E assim que,
uma professora, nessa mesma escola, conduzia em fila indiana, vários
aluninhos para a merenda, quando subitamente um aluno tropeçou na
escada. A professora riu da criança e os demais alunos riram com ela.
Essa era a pedagogia passada por essa professora. Vinha, eu, atrás
com minha turminha e observei comovida aquilo. Não quis interferir.
Verdadeiramente? Já não sabia se eu era a certa ou se era errada
por sentir pena daquela criança. Será que o certo seria esse, o da pro-
fessora rir da criança que tropeçou e caiu na frente dos coleguinhas?
Não quis interferir. O que sei é que se acontecesse comigo, jamais
permitiria que um aluno meu risse de outro, fosse a situação qual fosse!
Fiquei chocada com aquela cena; considerava de última, uma professo-
ra agir assim. Talvez ela esteja arrependida atualmente? Não sei. Não
seria muito melhor parar e ver o que acontecera como se sentiu aquela
criança? Aproveitar para o ensinamento em torno de ser algo natural
186
cair e levantar? Que qualquer um ali poderia estar na mesma condição?
E uma queda, às vezes, simples queda pode trazer consequências pio-
res ainda? Enfim, podemos aproveitar situações assim, para ensinar
muito sobre a vida. Outro acontecimento nessa escola, Cecília Meireles,
que me marcara foi eu desejar mudar de uma mulher do passado para
uma nova mulher. Isso seria difícil. Buscava compreender o que se
passava comigo, internamente. A alma não sai por aí se evidenciando...
O Tempo dirá dela. E eu queria mudar e sentia estar mudando. Mais
humildade, mais sair de mim mesma para chegar ao mundo do outro;
enfim, estava muito sensível... Sofria muito existencialmente. Queria
ganhar mais dinheiro para viver com a minha independência financeira.
Então, propus-me a vender uns pasteizinhos feitos no forno, artesanais,
de outra pessoa. Terceirizar, assim ganharia, eu, alguma coisa nas
vendas e a outra pessoa também, embora me dissesse nada querer
lucrar. Uma colega sabendo disso, ouvindo vender pasteizinhos na sala
dos professores, deu uma gargalhada; essa gargalhada ficou bem mar-
cante em mim. Ela ficara admirada por me ver vendendo pastéis. Não
lembro o que fiz no momento daquela manifestação; se eu reagi. Mas
pensava nas minhas convicções, nas minhas buscas, nas minhas cer-
tezas, nas quais queria sair da velha pessoa para a nova. Para todos os
efeitos, na concepção dela, estava eu na decadência; enquanto para
mim, estava eu na ascensão, na superação das vaidades, no cresci-
mento muito mais interior do que o exterior das superficialidades — da-
quela pessoa e das minhas próprias. Nesse caminhar existencial sofri-
do, eu tinha completa noção, pois era parte da travessia da minha vida.
Se por um lado se evidenciavam certos tipos de pessoas, de outro ha-
via nessa escola duas grandes pessoas amigas. Pessoas de valor ini-
gualável. Uma poetisa não trabalhava na escola, mas sabia da sua pre-
sença às vezes por lá, poetisa conhecida na região. Outra pessoa ma-
ravilhosa, escritora e professora de Literatura, deixou-me um bálsamo

187
na aridez na qual vivia e escreveu uma cartinha significativa... Tão pro-
funda, comparando-me a um ostensório. Ela leu o meu livro autobiográ-
fico: “Um Tempo Lagarta Um Tempo Casulo Um Tempo Borboleta”.
Escreveu a carta datada em 13 de outubro de 2002. Coloco na íntegra,
meu leitor querido.

“Querida Adelaide
Que sofrimento que tu passaste querida amiga, nobre amiga, pro-
fessora, irmã na fé, ALMA ELEITA POR NOSSO SENHOR!
Apreciei teu livro com carinho, agradeço-te pelo presente maravi-
lhoso que me deste. Guardá-lo-ei com muito carinho, porque a coisa
que mais gosto é de conhecer a alma humana, mormente quando
grande alma.
O teu sofrimento com o trágico desaparecimento da tua sobrinha
de sete anos. A tua irmã em coma. Mas pior, o clímax do teu calvário
foi sem dúvida, a substância química que faltava ou que estava baixa
no teu sangue: o lítio. Que injustiça sofreste! Um tribunal de Psiquiatras
no IPE! Que crime fizeram contigo.
Vês Adelaide, estou compreendendo teu livro, porque embora eu
escreva histórias escabrosas, essas histórias brotam da minha baga-
gem cultural que não é só ficção, porque professora de Literatura, mas
de não ficção, assuntos gerais. A biblioteca que tenho no cérebro é um
acervo grande. O que mais gostei de ler foi Psicologia, o comportamen-
to humano, a alma humana. Aí estão as fontes da minha inspiração
quando escrevo.
Os Psiquiatras não explicam o problema, porque se explicassem
que tem solução para o problema do lítio baixo, eles ficariam sem paci-
entes. É importante que o paciente dependa toda a vida “deles”.
Sigmund Freud, ele te diria:
_Adelaide, com o teu livro, estás fazendo (“catarse”: efeito salutar
provocado pela conscientização de uma lembrança fortemente emocio-
nal ou traumatizante, até então reprimida.)
188
Faço votos que tua alma guiada pelo Espírito Santo, consiga andar
sem as muletas dos terapeutas depois de publicar tua história. Foi uma
libertação, eu acredito.
Tua beleza causa impacto: Tu és um (ostensório: custódia onde se
ostenta a hóstia consagrada). Se diz também que quando se comunga
se é um sacrário. Causa impacto ver o ostensório, o sacrário e tudo
que é sagrado ou consagrado. Parabéns alma eleita por Deus Nosso
Senhor.
Teu livro é pura beleza, NA FORMA E NO CONTEÚDO.
Um forte abraço, retribuindo o beijo no coração!”

Deixou-me extremamente emocionada. Como essas duas pesso-


as sentiam tão bem a mim? É algo e este algo vem de um evento mais
profundo, sem dúvida! Vem do coração, vem de quem possui Deus.
Surpresa, eu avistara esta professora algumas vezes nas missas na
igrejinha onde costumava frequentar.
Uma vez, nesta escola, Cecília Meireles, houve uma festa junina,
algo assim. Lembro do jogo de argolas participei e acabei ganhando um
livro. O livro se chamava o “Tempo Dado Às Borboletas”, cujos autores
são Henrique e Iara S. Figueiró. Eu lera aquele livrinho azulzinho com
seus misteriosos desenhos na capa. Cheio de simbolismos. Ficara intri-
gada com o que os autores queriam dizer sobre os desenhos da capa
do livro. Eu lera e relera tentando entender aquele sofrimento todo ali
narrado em algumas páginas dele. Pensara se seria real aquilo. Será
eles vivenciaram aquilo tudo ou fora ficção? De qualquer maneira,
aquele livrinho servia de companheiro para mim, como me mostrando
assim: “viu, você acha que sofre tanto, não é, mas veja outras pessoas
passam na vida e sofrem também”. Sim. Era outro jeito de sofrer. Um
jeito de guerra, um jeito de mortes concretas, de realidade sofrida na
carne e na alma. Considerava lendo aquele livro pessoas sofridas tam-
bém de maneira outra; de uma maneira semelhante àquelas pessoas
189
lutavam à sua maneira para respirar na vida, para poderem viver. Elas
lutavam, eu lutava e nessa leitura não me sentia sozinha na minha his-
tória existencial. O livro me pareceu misterioso. Não sabia se os autores
passaram realmente por aquelas experiências. Seria verdade? Era real
demais como tudo ali era narrado. Eu vivia minha vida sem aquelas ex-
periências, sem aquelas realidades. Era uma vida caseira, na família,
sem quase vivências do mundo. Considerava tudo aquilo intenso, vívi-
do. Eu estava em minha rotina intensa, mas eram outras situações. Es-
te livro se apresentara na minha vida quando estava na fase de Lagar-
ta, muito sofrida. Vivendo esse Tempo, nunca eu imaginara nos anos
seguintes escreveria um livro autobiográfico. Nunca! Assim, num jogo
de argolas naquela escola, Cecília Meireles, o livro veio cair em minhas
mãos: “Um Tempo Dado As Borboletas”. Veja, então, um dos escritos
de Henrique, “Tempo Instável”. Não está citado na íntegra.

“Muitos entre nós eram viciados e traficantes. Às vezes familiares,


amigos, outras vezes nós todos sem saber. Havia também a minha ga-
rota, não creio que ela fosse viciada. Não sei ao certo, minha cabeça
estava meio embaralhada. Sempre sonhei com um tempo diferente,
não pelos alucinógenos, mas pelo pavor que causa este tempo aos re-
manescentes da era perfeita. ... Ontem de manhã acordei com um belo
dia. O sol ressequia as pedras do pátio, enquanto pessoas quase
conscientes sorriam ao conversarem, outros espalhavam o medo em
suas mãos e lambiam tiras de papel. De repente o inesperado. Uma
batida das forças. Todos sumiram, como um formigueiro acossado. Foi
jogada em minhas mãos a semente do medo. Olhos por sobre o muro,
espreitavam minha aflição. Como se dissessem “Pega, que o filho é
teu”, mas não era. Senti vontade de parar e explicar que não era, mas
seria inútil, ninguém precisava de um inocente. Aqueles olhos não eram
delatores, mas assustavam. Meus pés esparramaram o cascalho, que
levantou aquela terra seca e corri em direção à patente (sanitário, onde
o vaso é ligado diretamente à fossa) procurando um abrigo, um buraco.

190
Não tardariam a chegar a vasculhar tudo, a sondar almas, pensamen-
tos, a inventarem suspeitos para se dignificarem. “Entrei e olhei para
baixo. As fezes pareciam borbulhar. Era preciso. Entrei pelo estreito bu-
raco, primeiro senti nojo, depois o medo foi maior. Segurei-me na ma-
deira do alicerce e deixei os pés mergulharem. Não era suficiente que
enterrasse somente os pés. Desci o corpo todo, o medo cobria o chei-
ro. Fechei os olhos, quando aquele caldo tocou meu pescoço. Não que-
ria ver os bichinhos tão perto de minha boca. Rezei.” Página 11.

Prosseguindo:

“Acho que tomei banho, pois estava limpo quando sai dos limites
da cidade com a turma. Era dia cedo ainda, queríamos ver as sobras
da experiência de um velho. Foi a primeira vez que sai realmente longe
da fortificação mística”. “Chegamos ao local. Uma casa de madeira,
pequena, longe alguns metros de onde deveria estar. Em seu lugar ha-
via um estranho barro e, em meio aquela lama, pedaços de carne, que
eu presumi, fossem da pessoa que ali estivera. O curioso é que, pelas
partes que ali estavam, não deveria faltar parte alguma, apenas os os-
sos. Estes simplesmente não estavam ali. Preferia não ter ido. Preferia
ignorar toda a beleza dos pastos verdes e vivos, não ter tido tanta curi-
osidade”. Páginas 13 e 14.
“Senti de repente meu peito ser pressionado com força. Peguei a
mão de Ica e corri. Algo possuía o ar, pesada e silenciosamente. Corri
com forças que nunca revelaram-se em mim, sem deixar de notar a
grama macia sob meus pés, só que agora não sentia vontade de deitar.
Senti-me como já havia me sentindo antes, procurando esconder-me
da força. Na verdade agora era um pouco diferente. Eu não queria fugir
dali, queria apenas não morrer. E para isto corria. Eu não olhava, mas
atrás vinha Ica, segurada pelo braço. Ela gritava incessantemente. De
repente parou. Notei que não a segurava, então olhei para traz: A ca-
bana ficara distante. Num longo trecho, até onde eu estava, havia sido
esparramado seu corpo, e suas carnes esparsas pelo caminho, como
que passadas num imenso moedor de carne. O pasto tingiu de verme-
191
lho. E bem perto de mim seu cabelo, em mechas ensanguentadas. Pa-
rei e joguei-me ao chão. Meu choro era de um menino no tempo de
uma palmada forte”. Páginas 15 e 16.
“O que parecia era que alguém pintando uma paisagem de so-
nhos, molhara o pincel na tinta errada e manchara o quadro de verme-
lho”. Página 16.
“O tempo passou depressa. E eu fiquei velho, a cobrar-me o tempo
que escoou sentado em alguma varanda. A pagar ao tempo o alto tribu-
to de ter tido vontade de viver”. Página 16.

Não sei se o livro conta uma realidade. É contado de uma maneira


realista, tão realista que ao ler cheguei a escrever ao pé deste livro o
seguinte: “a que ponto um ser humano chega desejando a vida; pelo
menos, até antes da pessoa naquele contexto, ter se tornado velho”! A
narrativa de Henrique, um dos autores do livro, “O Tempo Dado Às
Borboletas”, naquele episódio, vendo-se obrigado a entrar na patente,
ou seja, do vaso sanitário, foi tão real para mim, porque quando era pe-
quena ia à casa dos meus avós nas férias; pai da minha mãe (sua mu-
lher não era a mãe de minha mãe) e eles moravam em casa feita de
barro e fora da casa tinha esse tipo de patente. Lembro-me de olhar
estranhamente para aquilo e o estranhamente foi descrito pelo autor
com total realismo. Estava diante de um sofrimento outro na leitura da-
quele livro e parecia dizer para mim: veja, lute! Prossiga! Continue a
vida! Há muitas pessoas a sofrer também. Sofria a pessoa da história,
pois perdera a garota ao vê-la esfacelada ao verde... Sofrera o jovem
ao ver algo realizado fora da fortificação mística... Parecia ter que so-
frer com altivez para fazer minha parte num amanhã... Realmente,
aquela história me sensibilizou muito. Ela me dava uma realidade cruel,
mas era da vida. Uma realidade cruel e me dizia que há pessoas sofri-
das e também lutavam assim como eu estava lutando, lutando, lutando
para continuar a viver à custa de muito... Ele tinha que conseguir respi-
192
rar da maneira dele. Eu também estava lutando para respirar na vida...
Mas a vida, para mim, continuava e a solidão era companhia. Sentia o
abandono. Não tinha com quem, fora do consultório, conversar o que
sentia. Cada qual na família vivia seus problemas. Uma vez teve uma
apresentação para as mães nessa escola. E eu pensei em fazer uma
homenagem para minha mãe. Levá-la até a escola e com as demais
mães, no Dia das Mães, homenageá-la. Convidei minha mãe para ir.
Era um Tempo de caminhada difícil, no qual qualquer comportamento
de uma pessoa dita bipolar ou psicótica maníaca depressiva levava pa-
ra quem estivesse ao seu lado, a considerar certas ideias meio fora de
propósito. Ainda mais levando o estigma direto, e o indireto, da loucura
ou de louca, carregando a sombra constante da minha amada irmã; um
histórico pesadíssimo dentro da psiquiatria. Eu tinha que lutar para ser
eu mesma. Eu tinha que lutar para respirar na vida, para caminhar exis-
tencialmente e fisicamente acreditando em mim mesma, lutar para rea-
lizar situações construtivas, movida pelo amor de mãe que eu tinha mui-
to forte. Eu não podia sucumbir. Eu não podia ser ela. Eu não queria ser
aquilo que eu sabia a mana fazia. Eu não podia me tornar aquilo ali. Eu
me considerava linda por dentro. Sim. Linda. Eu me considerava não
merecedora daquilo que estavam me fazendo tornar. Meu Deus, como
eu lutava internamente, existencialmente, mas ninguém me via. Nin-
guém podia mensurar tamanho sofrimento. Eu ainda não tinha Deus,
enfim, minha família celeste neste contexto. Aqui, fora um Tempo de
extremo sofrimento. A luta para não me tornar igual a ela, minha mana
amada. Afinal, eu recebera o mesmo rótulo dela. Eu era uma PMD e
mais tarde uma bipolar. Nenhuma explicação médica existencial para o
quadro não ser igual ao da minha irmã amada. Nenhuma explicação!
Quando se está na ignorância, cheia de dor, não se tem mente e cora-
ção para questionar alguma coisa. Assim foi para mim. Minha mana
cheia de dons e belíssima e, no entanto, virada num nada dentro da-

193
queles mausoléus como uma morta viva sempre cheia de piolhos, feri-
das, sofrida, inútil para ela mesma e para a vida.
Então, foi muito constrangedor passar pela situação de eu ser le-
vada até minha própria mãe; diante dela. A pessoa lhe disse que eu
não estava bem para fazer a apresentação, a apresentação no Dia das
Mães, na escola Cecília Meireles. Eu queria tocar violão e cantar para
minha mãe e também em nome das demais mães. Tive que travar luta
para me impor na minha própria casa mostrando não ser anormal.
Quanta provação! Quanta! Coitada da minha mãezinha. Ela também
passara por mais essa provação, sem dúvida! Mas naquele momento
eu tinha somente a minha própria mãe para me ajudar a me dar crédito.
Eu disse à pessoa para me levar diante dela, pois ela diria que eu não
estava louca. Fomos até ela. Minha mãe vendo aquela colocação, da
pessoa me levando até ela, disse não ver nada de anormal comigo e,
de mais a mais, ela disse para essa pessoa que o pai costumava dizer
que ela era louca, mesmo sabendo que não era. Foi então que, mais
calma, a pessoa não contestou e fiz minha apresentação para minha
mãe e para as demais mães no dia dedicado às mães. Quanto sofri-
mento! Quanto! Situações assim eu passava... Continuava trabalhando
na escola cujo nome lembrava a pessoa querida de Cecília Meireles e
fazia a Faculdade de Filosofia pelas manhãs. O curso de Filosofia era
no Seminário Maior da América Latina, mas o nome era dado como:
Faculdade de Filosofia Nossa Senhora da Imaculada Conceição. Foi
nesse Tempo passado veio o surgimento do homem amigo, especial
ou o homem certo; mais tarde, o homem meu amor. Um dia, estava to-
mando cafezinho no barzinho e este ficava dentro da Faculdade, cuja
proprietária era uma garota muito simpática; gostava muito dela, pois
me lembrava duma sobrinha muito querida com seus cabelinhos em
cachos, levemente crespos e seu sorriso simpático e jeito fácil para
amigos. Como sempre, depois do cafezinho tomado no barzinho interno
194
da Faculdade, pedia uma goma de mascar pra tirar o gosto do café da
boca e sentir o frescor. Ao sair dali, escutei o som de violão no corredor
da Faculdade e num cantinho, logo na saída do barzinho, havia uns
rapazes estudantes para padres, seminaristas, tocando violão. Como
amo música, parei para escutá-los. Mas não sei o que aconteceu comi-
go eu coloquei descontraidamente o meu braço no braço de uma pes-
soa que estava perto de mim sem mesmo olhá-la. Na verdade, eu
achava que ele fosse um estudante para padre e disse: eu confio em ti!
Ele me olhou e aí eu o olhei e reparei nele. Achei-o alto, simpático, ti-
nha barba. Convidou-me para caminhar. Reparei não se parecer com
um seminarista. E não era. Juntos, fomos caminhando naquele corredor
imenso do seminário. Chamou-me a atenção o tom da sua voz. Uma
voz linda, suave, doce. Olhamo-nos e perguntou meu nome. Disse a ele
meu nome e ao dizer respondeu: “Que feio! Você não tem outro no-
me?”. Disse meu outro nome. Ele então disse: “Ah! Esse é bonito. Vou
te chamar assim”. Perguntou minha idade e eu disse. Eu perguntei a
idade dele e comecei a rir, porque o achava bem mais velho. Tinha bar-
ba. Então, puxou do bolso da calça a carteira de identidade e vi pela
data, realmente a idade estava correta. Separava-nos sete anos na ida-
de. Eu era mais velha do que ele.
Verdadeiramente?
Não parecia. Era bonita, embora totalmente sofrida! Bonita, porque
me fazia bonita. Nunca me considerei bonita. Ficava bonita. Tornava-
me bonita pelos jeitinhos que me arrumava. Mas naturalmente bonita,
nunca me considerei. Falei anteriormente sobre o papel da maquiagem;
tinha a função de força, de escudo. Sentia-me sempre mais protegida
usando maquiagem. Totalmente machucada interiormente. Diria quase
destruída se não fosse esse homem lindo na minha vida recebido na
Providência divina. Deus Todo Poderoso e Misericordioso colocara para
mim e naquele lugar, lugar considerado sagrado para mim. Passou a
195
ser meu grande amigo! Passou a ser com o Tempo o meu grande amor!
Começara, no decorrer da Faculdade de Filosofia, a ponderar o que
estava acontecendo comigo e as tragédias e pensava: “Não pode ser.
Não pode ser! Deve haver uma explicação para todas essas coisas!”.
Certas questões me vinham à alma. Meus pensamentos, meus questio-
namentos eram sobre as razões pelas quais eu sofria tanto, da minha
família passar por tantas situações horríveis, pois considerava que terí-
amos tudo para ter sido uma família querida, uma boa família. Por que
as discórdias sempre pairavam, casamentos desfeitos, o sofrimento
eterno e tão vil, penoso para todos da minha irmã amada, tudo tão difícil
concernente às burocracias ao atendimento dela? Tanto mais poderia
dizer... Perguntava-me: “Onde está o amor? Onde está a felicidade? E
a paz? Onde está a paz?”.
Algo que me chamava muitíssimo à atenção era o nosso sobre-
nome e seu efeito em certas pessoas e diria num número bem grande
de pessoas na cidade menor. Isso saltava aos olhos, ou seja, era ine-
gável! Gostavam muito de saber se eu era a filha do meio, uma das
mais velhas ou a caçula. E eram tecidos comentários logo a seguir di-
zendo sobre o conhecimento do meu pai etc.. Alguns tinham o prazer
de relatar algum pormenor do tempo das construções na cidade menor.
Logo citavam o sobrenome do pai dizendo: “ah! O velho Zavarize fez
muito pela cidade menor, pois foi quem construiu os primeiros prédios
na localidade... “Ele era o dono de quase tudo isso aqui.” “E a tua mãe,
como está”? “Faleceu”? “Gostava muito da tua mãe, muito”! “Mulher boa
e como trabalhava”! “E a tua irmã, aquela doente”? “E a fulana de tal,
mora ainda na cidade menor”? “Continua morando com o fulano”?
“Nunca mais a vi por aqui.” Olhava para as outras famílias e qualquer
uma seria mais feliz, viveria com mais paz do que a minha. Assim con-
siderava. Não suportava algumas perguntas que me pareciam bisbilho-
teiras.
196
Num contexto existencial conturbado, minha separação e minha
família passando seus problemas, passara frequentar o grupo da Reno-
vação Carismática Católica na igreja matriz da cidade menor. Tinha
meu amigo-amor e dessa maneira ia conduzindo a caminhada existen-
cial. A vida continuava e a cada despedida nossa a dor do desejo de
ficar, se possível, no bolso dele. E a realidade da minha vida se seguia;
eu deveria buscar forças sem esperar por ele ou por qualquer pessoa
outra. Vou contar-lhe senti obstáculos ao subir aqueles degraus da igre-
ja. Foi como se uma força quisesse impedir para eu não chegar ao gru-
po da RCC. Foi como tivesse sentido a presença de um enorme anjo
negro com suas asas pontudas escorado na igreja e da altura dela.
Senti algo me impedindo de chegar. Mas entrei de cabeça baixa e
transpondo meus obstáculos naquela igreja; com o tempo, sentindo vi-
toriosa e merecedora da minha família celeste! Ali presenciei a fé viva,
como disse a você, escutei falar do demônio e recebi as primeiras ora-
ções de defesa contra o Mal. Então, aquele constatar de acontecimen-
tos nefastos começou a sair da prática para passar à teoria, isto é, no
‘Conhecimento’ fui percebendo a existência do Mal, como realidade. O
Maligno é espiritual existe realmente. Não eram sentimentos meus e
vivenciados por mim somente, mas agora tinha a noção vivida com
meus irmãos em Cristo.

“Se viveis no pecado, voltais a estar sob a escravidão de satanás,


submetidos ao seu poder maléfico e assim torna-se vão o dom da Re-
denção que Jesus realizou para vós. Assim a paz desaparece dos vos-
sos corações, das vossas almas e da vossa vida”. Página 875. Aos Sa-
cerdotes, filhos prediletos de Nossa Senhora.

Graças a Deus encontrei uma porta aberta de uma igreja e lá,


aqueles irmãos em Cristo. Fui buscando as missas, fui buscando a
Confissão ou Reconciliação com Deus, fui buscando a Eucaristia. A fra-
se do filósofo Blaise Pascal, físico e matemático, resumia tudo o que
197
estava vivendo:

“O Coração tem razões que a própria razão desconhece”.


Sabia ao assumir as turmas de Ensino Religioso Escolar na escola
do Estado não teria tempo para muito mais. Precisaria de tempo para
as leituras; adquirir as informações sobre os conteúdos para passar a
essas 12 turmas. Mas sabia que como nunca em toda a minha vida es-
taria próxima a Deus com essa responsabilidade. Senti-me Chamada a
promover Deus, já que muito Dele estava recebendo. Deus estava me
provendo tudo para continuar a caminhada. Deixei a escola Cecília Mei-
reles e fui para a escola de origem, isto é, na qual já havia lecionado
muitos anos, antes de ter ido para a cidade maior. Fiquei em uma quin-
ta-série para dar aulas de História; um ano depois receberia as 12 tur-
mas de Ensino Religioso Escolar. Enquanto cuidava correr no Tempo,
detalhes se perderam sem interesse de olhar para trás; sem a vontade
por procurar os passos da corrida percorrida no mar dos sofrimentos.
Na verdade, a Luz me chamava. A Luz era Deus, Jesus Cristo e Nossa
Senhora. E, nas asas do Amor, o Tempo voava sem que eu o visse
passar!

198
Capítulo II

Parte 9

“Venho A Ti (LP: Filho Pródigo)


Venho a Ti e sei que não estou mais sozinho,
muitas vozes se elevam para o céu.
Venho a Ti com aqueles irmãos verdadeiros
que comigo dão a Ti seus corações.
E Tu, que és o Amor,
escuta cada prece de dor, de Amor.
E Tu, que és a paz, dá-nos a esperança
em cada momento, Senhor...
E abre o paraíso a nós, e abre o paraíso a nós.”

Novo Horizonte
Mas os caminhos estavam se abrindo. Se abrindo com a ajuda
Celeste e do amigo-amor-especial. Já pegava a Bíblia para me orientar.
Uma vez fazendo minhas leituras me deparei com o seguinte:

“Mas eu vos digo: todo aquele que se irar contra seu irmão será

199
castigado pelos juízes. Aquele que disser a seu irmão: Raca, será cas-
tigado pelo Grande Conselho. Aquele que lhe disser: Louco, será con-
denado ao fogo da geena. Se estás, portanto, para fazer a tua oferta
diante do altar e te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa con-
tra ti, deixa lá a tua oferta diante do altar e vai primeiro conciliar-te com
teu irmão; só então vem fazer a tua oferta”. Evangelho de Mateus, capí-
tulo 5, 22-24:

Essa leitura dava subsídios em Deus para saber claramente que


nunca se deveria ou se deve chamar alguém de louco! Porque louco
não existe para Deus. Mas o mais extraordinário de tudo é que o meu
amigo-amor via todas as pessoas do modo de Deus; entretanto, nunca
soube da parte dele, fosse como eu, levando a sério a Palavra de
Deus; nunca soube se fazia a leitura da Bíblia, pelo menos a Bíblia Ca-
tólica. Creio mesmo não ter lido o Novo Testamento sendo ele de ori-
gem judaica. Quando jovem, ele acompanhava o avô na sinagoga e era
convidado a cantar, a ler algumas coisas. Como filósofo, as tantas e
tantas leituras de diversos outros filósofos, eu acredito formou essa
pessoa magnífica sentindo a real noção humana de acabar com os
aprisionamentos das almas nesse conceito terrível de loucura, ao criar
a Filosofia Clínica. Eu o admirava cada vez mais, porque eu ponderava
entre o que Deus dizia de forma drástica sobre o emprego da palavra
louco e o que aquele homem lindo, tão humano, colocara no mundo
através dos seus estudos profundos na Filosofia Clínica. Tempos de-
pois, na Faculdade de Filosofia, meu amigo-especial contara que era
Filósofo Clínico e me falava de seu sonho em colocar o seu Instituto
com o sobrenome de seu avô a quem tanto amou, mas ainda eu não
tinha noção do que era a Filosofia Clínica. Ele estava na Faculdade pe-
la exigência de certificação para poder trabalhar com Filosofia, para co-
locar seu Instituto de Filosofia Clínica. Tinha vindo da Europa e realiza-
do estudos. Era um ótimo leitor desde criança. Para ele e ele é o Cria-

200
dor da Filosofia Clínica, não existe a existência de loucura, ou seja, pa-
lavra louca (o)! Não existe na Filosofia Clínica, o conceito de loucura.
Não existe patologia. Não existem os termos normal e anormal. Não
existe a palavra doença. Lindo não é? Uma visão inovadora e tudo que
o Pai amado desejaria para esse começo de milênio, sem dúvida! Res-
peito e humanismo!
É exatamente assim a minha visão de mundo! Por isso ficava extre-
mamente encantada com essa visão humana, pois lia na Bíblia e pon-
derava sobre esta visão humana legada para a Humanidade. Pessoas
não são gados marcados. Pessoas não são feitas para levar rótulos.
Pessoas para Deus foram feitas à Sua Imagem e Semelhança! Pessoas
devem ser respeitadas na sua essência! Uma pessoa pode ter um mal
existencial, mas daí dizê-la com doença ou louco (a), nunca! Mas não
pense, então, você, que a pessoa poderá fazer tudo que bem entende e
ficará tudo bem, que tudo é relativo. Não! Na Filosofia Clínica, há o sub-
jetivismo e não relativismo. É na história de vida da pessoa, contada por
ela, que um Filósofo Clínico, com seus estudos profundos, poderá en-
tender o que se passa com ela em sua dor que a levou até o consultó-
rio. Impressionou-me também sobre como um terapeuta Filósofo Clínico
atende seus partilhantes. Em qualquer lugar no qual solicitado pelo par-
tilhante necessitado. Esse é o termo empregado e não paciente. Então,
o atendimento se dá no ambiente de trabalho, num hospital, simples-
mente caminhando numa praça; enfim, onde for possível a cada um ou
no próprio consultório. As pessoas são vistas com humanidade. Segun-
do meu amigo-amor, cada um é um: único! Com seu jeitinho de ser no
mundo. Para minha surpresa, um dia, na Faculdade meu amigo-
especial-amor contou-me ser terapeuta; quando me contou isso meu
coração pulsou forte, disparou, porque havia tido um sonho com um
homem de barba e havia me curado com seu amor. Contei a ele o so-
nho tempos depois.
201
O Sonho

Foi no Tempo demasiadamente sofrido. No Tempo de solidão, de


pessoas afastadas quando mais precisava delas, talvez um ano antes
de conhecê-lo. O prédio era alto, muito alto e envidraçado. Eu estava
de mãos dadas com minha filha e meu filho crianças e nós flutuávamos
por fora deste prédio como se estivéssemos num elevador, mas flutu-
ando. Ao mesmo tempo, sentia uma forte sensação de peso de cansa-
ço ao subir, como se estivesse escalando uma enorme montanha. En-
trei numa sala por uma das janelas, mas meu sonho não mostrara co-
mo; só sei me encontrara dentro daquela peça e meus filhos já não es-
tavam comigo. Ao entrar nessa sala, havia duas cadeiras de couro,
como se fossem as que na realidade eu usava quando fazia as ses-
sões de terapia e estavam uma em frente à outra com certa distância.
Numa das cadeiras de couro, eu sentada; e, na outra, havia um homem
de barba. Foi então quando me acordei desse sonho e uma mensagem
para mim gravada em meu coração ficara: o homem de barba me cura-
ra com seu amor. Quando acordei desse sonho, nunca havia sentido
algo tão bom, uma sensação de esperança, de acalento inexplicável!
Lembro acordar-me me sentindo feliz. Algo bom ficara dentro de mim.
Saber-me curada pelo amor! Que sonho bom e lindo!

Quando fazia psicoterapia com minha terapeuta e falei a ela do


amigo-especial na Faculdade e contara-lhe o sonho tido ela dissera
que me passaria para seu colega. Achei estranha aquela resolução e
fiquei triste. Lembro ter chorado muito, pois estava acostumada com a
terapeuta neste tempo. Eu achei ao encontrar meu novo terapeuta se-
ria o homem de barba do sonho que tivera e me curaria com seu amor.
Ao chegar ao meu primeiro dia no consultório do novo terapeuta fiquei
frustrada, pois ele não tinha barba. Meu amigo-especial mais me escu-
tava do que falava, um dia, sentado no jardim interno do seminário, foi
me dizer que era terapeuta. Imediatamente, percebi além de terapeuta
era o homem com barba do meu literal sonho. Meu coração disparou!
202
Constatei que estava diante do homem amigo e amor. O mesmo ho-
mem que eu aprendera a amar; o terapeuta com barba. Fiquei olhando
para aquele prédio enorme do seminário, aquela torre comprida dentro
do jardim onde nós estávamos e fiquei pensando: “meu Deus! Seria
então, esse o prédio do sonho, também?”. Toda uma escalada existen-
cial para encontrar aquela pessoa especial valeu a pena. Sim, o Tempo
me mostrara a minha cura. Sem perceber, sem sentir e vivendo aquele
imenso amor esquecera naturalmente a existência dos terapeutas. Es-
tava liberta das amarras. Tinha um amor terreno assim como eu tinha
Deus em minha vida. O amor como essência de tudo e força transfor-
madora. Para quem nunca se sentiu amada por pessoa alguma, ele
estava preenchendo cada célula do meu corpo. Ele era o ar que respi-
rava. Ele era minha metade. Ele me complementava. Com ele, me sen-
tia em casa. Com ele, podia ser mais eu e muito mais do que eu. Por-
que ele me apoiava, ele acreditava em mim. Ele confiava em mim. Ele
me enriquecia. Ele me ensinava a viver melhor. Ele me dava paz. Ele
era e é a minha âncora! Enquanto no Tempo em que caminhávamos
pela Faculdade, ele falava comigo muito pouco sobre o que ele preten-
dia fazer. Falava quase nada sobre s mesmo, sobre a Filosofia Clínica,
e como andava sempre tão sofrida, não entendia bem. Mais tarde, fui
compreendendo sobre a Filosofia Clínica como terapia, algo novo, atra-
vés dos estudos continuados a partir da Filosofia acadêmica. Uma pes-
soa poderia ser um terapeuta, ou seja, atuar como terapeuta; deveria
fazer uma pós-graduação em Filosofia Clínica, mas com estudos adici-
onais, mais profundos, pré-estágios e estágios, ser um terapeuta filóso-
fo clínico. Ficava admirada quando me contava seus atendimentos a
pessoas, no outro Estado, na região, de bicicleta, onde tudo iniciou; on-
de suas observações, seus estudos, foram realizadas. Tudo muito dife-
rente para a formalidade da qual eu vivia em consultórios. Você pode
imaginar eu ficar longos onze anos em consultório, fechada em quatro

203
paredes numa total formalidade, chorando, me escondendo atrás de
óculos escuros? Pois essa foi a minha realidade, e ao escutar algo as-
sim, era tudo de bom e de lindo! Algo tão transparente, tão aberto as-
sim, tão vida, nunca havia tido conhecimento. Essa dimensão de pro-
fundidade em conhecimentos; se inspirou no passado e no contempo-
râneo, nos pensamentos de importantes filósofos: um estudo sistemáti-
co entre os pensadores — ao seu próprio modo de ver, de sentir, de
entender — e o que viria constituir-se na Estruturação de Pensamento
de uma pessoa e outros elementos importantíssimos que somente um
estudioso na Filosofia Clínica pode ter alcance. Com o Tempo, depois
do Instituto aberto de Filosofia Clínica, eu fui convidada a fazer uma
pós-graduação em Filosofia Clínica. A pós-graduação não me daria o
direito de ser uma filósofa clínica e atuar como terapeuta. Não era essa
a minha busca. Queria possuir conhecimentos sobre a Filosofia Clínica
para minha própria vida. Também isso me ajudaria no magistério, no
plano de carreira. E fiz a pós-graduação em Filosofia Clínica. Fiquei en-
cantada com o curso. Muito encantada! Meu próprio livro autobiográfico
ficara como término de fechamento dos meus estudos na pós-
graduação em Filosofia Clínica. Absorvi muito bem os ensinamentos e
ficava cada vez mais encantada também com quem o criou. “Que ho-
mem!” — pensava, eu! Que homem! Que cultura, que cabedal de con-
teúdos, quantas leituras realizadas, quantos pensamentos sistematiza-
dos para trazer a Filosofia Acadêmica para uma real prática de ajuda
em consultórios como terapeutas filósofos clínicos! E o principal: algo
totalmente humano. Levando em conta a pessoa. Pode existir sim, um
mal existencial, mas não tida como doença.
Veja uma frase do criador da Filosofia Clínica:

“Considerar que a doença não existe e que cada um


possui um modo único de ser, de funcionar, de estar
204
no mundo, ao mesmo tempo em que nos diferencia
infinitamente é também algo que pode nos
aproximar no amor, como irmãos em uma jornada
existencial”.
Você pode pensar então tudo pode acontecer? Tudo é natural, tu-
do é relativo, na Filosofia Clínica? Não. Não há relativismo na Filosofia
Clínica. Volto a repetir. Na Filosofia Clínica, há subjetivismo. Então, par-
tirá de seu próprio mundo interior, subjetivo, os dados importantes para
que um filósofo clínico, terapeuta, possa trabalhar com seu partilhante.
O remédio é indicado em último caso. Em primeiro lugar, verificar o
existencial, a razão da dor existencial da pessoa procurando um filóso-
fo clínico. Certamente há casos e casos. Há problemas de várias natu-
rezas como neurológicos e outras questões. Deve, um filósofo clínico,
investigar através da historicidade da pessoa para saber a causa da dor
existencial. O filósofo clínico não deve fazer agendamentos iniciais, não
deve possuir juízos prévios com relação ao seu partilhante. Também
fazer o mínimo de inferências. Saber escutar! A Filosofia Clínica possui
um grande diferencial de outras escolas de terapia ao ve quem está à
sua frente como pessoa e não como doente ou possuidora de doença.
Minha experiência foi de quem sentava em frente ao terapeuta e este
me escutava e muito pouco falava; é natural nessas escolas começa-
rem a procurara por doenças, a tentar enquadrá-lo em estereótipos, ou
seja, já pré-concebem um ser humano e aí, surgem às marcas os rótu-
los. Mas rótulos e marcas ficam bem para potinhos de arroz, de feijão
de farinha etc.. Ficam bem para marcas de carros, de roupas, de coi-
sas, de objetos, mas para seres humanos é inconcebível! Seres huma-
nos são seres em devir e precisam de espaço, de liberdade em Deus,
com Deus do Universo. Não podem ficar presos em “gaiolas”, ou seja,
em rótulos. A psiquiatria ortodoxa possui essa faceta; enquadramentos
205
das almas. Almas que nunca deveriam ser presas em rótulos. Quem
não possui nesta vida ou não possuirá aquele mal existencial perturba-
dor, instigante, incomodante? Medicar se preciso for acertadamente e
com toda cautela é positivo, mas pesar ainda mais um ser humano na
sua dor é algo atroz, cruel demais. Não vem de Deus essa situação cri-
ada por racionais extremistas da Ciência não considerando a humani-
dade, o coração num total desequilíbrio. Chegou a Hora de Deus. Che-
gou o Tempo de Deus.
Verdadeiramente? Em pleno século XXI, continuarmos a ver o
nosso outro da maneira arcaica, trancafiando-o em jaula. Enquanto o
empreendimento do homem, buscando a perfeição na tecnologia, na
era digital, tantas coisas fora dele mesmo, afastando-o de si mesmo...
Proclamo então, em nome de Deus Amoroso e Misericordioso, a rever-
ter essa situação deplorável na qual nos encontramos. Proclamo em
nome de Deus Amoroso e Misericordioso o surgimento de homens inte-
lectuais em Deus, na face da Terra, porque há muito que se estudar
dentro da alma de cada ser humano ao invés de usar a mente para
construir bombas, máquinas, computadores, tablets, televisores e ou-
tras máquinas. A era digital. A era da tecnologia. Ao invés de empregar
bilhões em aparelhos para ir ao Universo em busca do além, saindo de
si mesmo de uma forma tão intensa, quando tudo se explica no interior
de cada ser humano, que isso se reverta para um olhar mais humano
para seu outro. Quanto o homem deve ainda estudar, se aprofundar em
pesquisas para compreender a alma humana! O quão distanciado está,
fora dele mesmo, esse próprio homem... Um homem que corre e corre
em busca da grana, voltado para as aparências, preocupado em ter ca-
da vez mais o ter e não o ser! O sucesso, o status, o poder... Ah! O que
faz a vaidade... Você já leu o que diz a Palavra de Deus, em Eclesias-
tes, filho de Davi, rei de Jerusalém? Leia, por favor, os capítulos 1 e 2,
pois são tão importantes...
206
Como o homem está pobre! Pobre dele mesmo enquanto deseja
ser rico, mas rico de coisas e não dele mesmo, nele mesmo, em sua
essência, na descoberta de sua pérola interior; depois de descoberta, aí
sim, se sacia e lhe dá a paz merecida. Porque no seu interior reside o
seu ancoradouro: em sua própria alma na paz. Não precisa buscar coi-
sas, ir longe, consumir. Encontra-se em você a maior descoberta! Por-
que você é único; sendo você único, não será no outro o encontro do
que você deve em primeiro lugar procurar. Certamente existem situa-
ções outras e estas ficam bem claras onde no nosso outro nos comple-
tamos. Entretanto, ainda assim, saber das nossas buscas pessoais sem
a sombra do meu outro se faz necessário.
Por isso entendo a massificação como crime! É morte existencial! A
comparação empobrece o ser. Cada um deve descobrir em si suas po-
tencialidades. Quando fazia psicoterapia estranhava a frieza com que
era recebida no consultório. Chegava cheia de dor, aquela dor existen-
cial. Não tinha nenhuma ferida, ainda que muitas vezes desejasse tê-
las, pois só assim se importariam comigo. Sempre aparece alguém para
perguntar, dizer alguma coisa, dar uma atençãozinha; uma demonstra-
ção de preocupaçãozinha. Então, no consultório, friamente, era uma
mão estendida para cumprimento, enquanto desejaria ser abraçada.
Que maravilha! A nova postura humana de um filósofo clínico; claro,
para quem assim desejar o abraço, com toda certeza vai receber! Pois,
como já disse cada pessoa é única! Se para mim isso foi e é bom, isso
será assim para mim. Outra pessoa poderá não gostar, não dar impor-
tância, não fará diferença alguma receber o abraço. Os filósofos clínicos
respeitam! Devem respeitar cada pessoa com seu jeito de ser. A Filo-
sofia Clínica chegou para a Humanidade como Deus desejava, pensava
eu. Algo veio na contramão, num momento onde muitas pessoas estão
fora delas mesmas; colocam como algo primordial a busca pelo prazer,
pelos shoppings, à cata do dinheiro, a superficialidade... Incrível até a
207
própria Faculdade de Filosofia, sendo praticamente extinta nas univer-
sidades. Na época da qual cursava a Faculdade de Filosofia, havia
poucos alunos; muito poucos mesmos. Ficava extremamente conster-
nada e me vinha até uma sensação de angústia por um curso tão lindo,
tão profundo, e a procura por ele ser mínima. Eu sabia das muitas pes-
soas procurarem para sua formação por algo que lhes propiciassem
dinheiro acima de tudo. Isso é tão, mas tão triste... Porque, em minha
opinião, o mundo precisa de Filosofia. Chegava a pensar na época: “to-
das as pessoas deveriam passar por esse estudo! Todas deveriam ter
Filosofia!”. Não conhecia a Filosofia Clínica ainda, pois se conhecesse
jamais pensaria assim. Com a Filosofia Clínica ficara mais respeitosa
com relação às pessoas, uma vez que para cada pessoa assim será de
um jeito. Então, sabia isso era assim para mim, mas para outros não.
Sentia algo muito triste dentro de mim; muito triste ver que poucas pes-
soas procuravam pelo curso de Filosofia e eu era a minoria. Meu filho
fez a universidade na cidade maior, a Faculdade de Propaganda e Pu-
blicidade na PUC (Pontifícia Universidade Católica). Um dia, fui encon-
trar com ele no prédio onde ele fazia esse curso, ou seja, fui tomar um
ótimo café com ele na lancharia bem próxima ao prédio de Publicidade
e Propaganda. Depois de saborearmos nossos cafés e conversarmos
um pouco, pedi para me mostrar onde ficava o prédio da Filosofia. Fo-
mos até ele e senti uma tristeza quando o prédio mal cuidado, feio. Só
faltou-me chorar! Que dor! Que prédio! Estava feio, atirado em compa-
ração aos demais tão bem atendidos. O prédio do curso dele, do meu
filho, extremamente lindo, moderno, pintado. E ela, a Mãe das Ciên-
cias... Tão em desleixo! Comentei com meu filho. Mas que descaso! Se
eu pudesse... Ah! Se eu pudesse... Incrível, pois até os seminários que
possuem seus estudos para formação de padres, e a necessidade da
Filosofia e da Teologia, estavam praticamente terminando. Peço a Deus
Todo-Poderoso essa ordem macabra do sistema das coisas seja abati-

208
da pela necessidade real das pessoas em continuar dando vida ao
mundo. Que assim seja!
O Tempo! Ah, esse Tempo! Só não chegou a Tempo de ajudar a
minha irmã amada. Mas chegou ao meu Tempo de Deus! Ele olhou pa-
ra baixo e reparou nessa miserável e deve ter pensado no horror para
uma só família. Deus deve ter lido o coração bondoso da minha amada
mãe terrena sendo ludibriada pelo demônio e deu-me a chance de res-
gate! Deu-me essa chance aqui, de posse das minhas faculdades inte-
lectuais e morais; da minha índole, da minha vontade, tudo enfim. O
animal não conseguiu comer de mim, a minha própria alma. Colocar
para você minha teoria e tese de vida. A raiz do citado louco não está
na precisão das internações e dos remédios. A raiz do citado louco está
na falta de estruturação interior. A raiz do citado louco está na falta de
Deus. Na falta do Amor que Ele como Pai Amoroso e Misericordioso
pode dar a qualquer ser humano. A raiz do dito louco está na total lacu-
na, no total vazio de conteúdo sólido; este alimento sólido dá o alimento
espiritual divino; ajuda a situar a pessoa nesse mundo que é constituído
por Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo, mas o demônio tam-
bém adentrou e perturba a todos. Enquanto buscam as respostas bem
longe de si, tão distante, no mundo da lua, e diria melhor no mundo
moderno, da era digital, deixam de buscar sua estrela pessoal. Buscam
as inovações da tecnologia, modernismos, máquinas aprimoradas,
compreendendo matematicamente a ciência do cálculo, entretanto mui-
tas pessoas não sabem de si mesmas.
Sei que para mim, para os meus nada será em vão! Nada! Porque
acredito na vida eterna. Imagino uma morte de todos os meus muito
amados, mas uma morte agora, marcada com o sinal da cruz em nos-
sas testas. Porque eu Creio!
“Creio em Deus Pai, Todo Poderoso; Criador do céu e da terra; e
em Jesus Cristo, Seu Único Filho, Nosso Senhor; que foi concebido pe-
209
lo poder do Espírito Santo; nasceu da Virgem Maria; padeceu sob Pôn-
cio Pilatos; foi crucificado, morto e sepultado; ressuscitou ao terceiro
dia; subiu aos Céus e está sentado à direita de Deus Pai Todo Podero-
so donde há de vir e julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito San-
to, na Santa Igreja Católica; na remissão dos pecados; na ressurreição
da carne; na vida eterna, amém! Creio principalmente no Tempo da mi-
nha amada irmã, sofrida em mais de seus 40 anos de vida na tristeza,
na penúria; esse Tempo o demônio roubou-lhe aqui na Terra, Deus com
Seu poder infinito vai restituir a ela naquilo que foi tomado e perdido.
Ele é o Criador de tudo! E Deus é Misericordioso. Com Seu poder infini-
to dará um corpo glorificado na outra vida, a vida eterna. Um corpo no-
vo no lugar daquele que foi voltado para um mal existencial sem igual.
Porque ela teve quem a amasse. Ela teve quem rezasse por ela, quem
pensasse por ela nas missas, nos livros de intenções das missas, o seu
nome ali colocado. Ela teve quem sofresse por ela, quem pedisse ajuda
por ela. Nos últimos dias, o sim foi dado a Jesus Cristo. Como filósofa,
vou além; como filósofa, senti a mão de Deus na hora de sua morte
com a pessoa de fé ao seu lado, graças a Deus. Como filósofa, aprendi
com meu espelho negativo. Compreendi, no Tempo, não fora negativo,
porque no sofrimento, na observação e sensibilidade aprendi a não co-
meter os mesmos pecados; tornou-se assim um bem! Eu reverti o qua-
dro de horror. Espero para todos nós podermos viver juntos na eterni-
dade, numa vida muito, muito linda! Creio na vida outra, como algo ini-
gualável! Repare você, numa mais bela paisagem, lugar aqui nesta Ter-
ra dos viventes, você tenha visto e ficou extasiada. Pois bem, multipli-
que isso por três! Ou mais ainda... Acredito levado ao infinito. Se você,
aqui nesta Terra acha tudo tão lindo e aqui é o lugar em da ação do
demônio, possui sua ação maléfica, coloque sua imaginação em ação
na pureza divina, no infinito e você perceberá o quão, mas o quão be-
líssimo será o lugar que o espera! Vale a pena lutar na esperança, no

210
amor e na fé! Ou seja, se aqui você se extasia por coisas realizadas
pelas mãos humanas, das arquiteturas, as obras faraônicas, as belezas
que você pode conceber, imagine então Deus, com Seu poder. Mas
veja não adianta querer morrer tirando sua vida antes, pois não haverá
merecimento em ir para lá. Sim, digo isso, pois há pessoas se enfra-
quecendo tanto em viver nessa vida e buscam acabar com ela pen-
sando em se safar e ir para a outra melhor. Parecem as borboletas. São
tão frágeis interiormente... Por favor, busquem as poesias da vida. Bus-
quem as belezas da natureza. Busquem a qualidade de vida em Deus.
Nunca haverá outra vida melhor para quem tira a sua vida. Nunca! A
vida é um dom de Deus! É uma dádiva! A vida é uma só! Está na Bíblia!
Nunca um ser humano deve tirar sua vida, nunca! Isso deixa marcas
profundas em quem fica. E para quem for desse jeito, somente Deus
saberá como julgar; a pessoa nega o seu próprio dom de vida agracia-
do pelo próprio Deus Pai. A vida é um presente recebido de Deus para
vivermos com Ele; N’Ele nos refugiamos, lendo a Sua Palavra, nosso
fortalecimento, nossa orientação de vida, dando-nos conteúdos sólidos
para enfrentar essa mesma vida dignamente; e quando morremos her-
damos esse reino eterno, belíssimo, de Paz! Minha irmã não teve esse
conteúdo sólido em Deus; era muito frágil para a vida, sem conheci-
mentos significativos e havia muita ação dos espíritos malignos. Se
homens comuns se dizem inteligentes fazem suas obras maravilhosas,
o que dizer das Obras de Deus Pai no outro lado desta face da Terra e
espera as pessoas de boa vontade? Quer saber o que penso? Que a
grande inveja do demônio, o plagiador, é saber que Deus Criador do
Céu e da Terra prepara para cada pessoa, merecedores do Seu Reino,
um lugar no qual o animal desejaria destituir da face da Terra e implan-
tar somente um reino de perdição, de doenças, de mortes. Atenção,
pois é aqui onde tudo começa. Por isso o nosso empenho deve ser
grandioso para a busca da salvação de nossas almas. E alma não é

211
esse cuidado todo com o superficial, com a aparência, com a estética,
com a busca desenfreada pelo dinheiro, para ter bens materiais e suprir
suas comodidades, seus prazeres, status, poder, prestígio e tantas vai-
dades mais temos em nosso interior, como pessoas, como humanos.
Devemos ter o Conhecimento para buscar o equilíbrio interior. Aprender
a ter humildade se faz necessário; os soberbos, tantos degraus das es-
cadas subirão e acabarão por levar uma queda, nada sobrará. Infeliz-
mente por opção, por escolha, pelo livre arbítrio muitos estão optando
pelo deus dinheiro. Em nome do dinheiro e de tudo o que o dinheiro
pode trazer para esses homens, empregam o uso da razão mais do
que o coração e isso está empobrecendo a vida da Humanidade. O di-
nheiro está sugando a sua energia. Está acabando com o Sol! Em no-
me de Deus Amoroso e Misericordioso, proclamo: um basta à ganância!
A esse sentimento vil da concorrência, da comparação! Busquemos o
mergulho no nosso oceano interior e busquemos a nossa pérola. Dentro
de nós acharemos o tesouro e jamais fora de nós. O mundo será muito
mais rico quando cada um de nós fizer a sua parte. A sua parte é bus-
car dentro de si mesmo a sua própria resposta do que fazer para fora
de si mesmo; é perceber a importância por ser único; em qualquer pe-
daço de chão vivido, ali terá o que fazer e ser para si mesmo ou para
outro precisando do auxílio. Procurar a sua essência e não querer ser o
que o outro é, pois o contrário disso é a perfeita imperfeição de um ser!
Infelizmente, parece há pessoas teimando por serem cópias de outras.
Isso fica bem para alguns animaizinhos, mas para seres humanos?
Deus colocara realmente o homem certo, especial em minha vida.
Notava a presença de Deus comigo. Tanto Deus quanto meu amigo-
amor passava para mim estava marcando um Novo Tempo, não so-
mente para mim, mas para muitas pessoas estigmatizadas como loucas
poderem sair de suas gaiolas. Os rótulos marcam deixam feridas aber-
tas profundas invisíveis internas e espalham seu mau cheiro a muitos, a
212
ponto de poucos desejarem ficar ao lado de uma pessoa com tais mar-
cas; a psiquiatria teima em deixar na Humanidade. Depois de recebido
o rótulo, nunca mais na família ou na sociedade poderão erguer o rosto
e ser gente! Muito difícil! Não impossível! O meu Tempo foi o Tempo de
Deus no qual pude me desvencilhar da armadilha, das ciladas do de-
mônio; tentar avisar com esse humilde livro está “rasgando minhas ves-
tes e abrindo meu coração” neste ano da fé, para você acompanhante.
Dizer da importância de Deus, Jesus Cristo e Nossa Senhora; eles são
imprescindíveis para um viver salutar, para uma alma se proteger do
Mal. E assim, com toda a Verdade, o Conhecimento provindo de Deus,
somando-se àquele homem especial com sua Filosofia Clínica, em es-
petacular mensagem no Tempo de agrura no qual estava vivendo; já
ponderava em Deus e no adversário de Deus, como Nossa Senhora
estava falando em Seu Livro, muitos acontecimentos. Aquele lugar on-
de nos conhecemos passou a ser um lugar sagrado para mim. Ainda
hoje, passamos por aquele local, pois é caminho de casa. Na ponta da-
quela torre, há um relógio marcando o tempo e sempre permanece
marcando com exatidão as horas e minutos; o relógio, impecavelmente
iluminado. Acima do relógio, está uma linda imagem de Nossa Senhora
da Imaculada Conceição. Ela, sem dúvida, deve ficar em evidência,
iluminada; e suas 12 estrelas que circundam Sua cabeça, coroada com
luzes.

Rubbio, Vicenza, 8 de dezembro de 1989 — Festa da Imaculada


Conceição.

“Uma coroa de doze estrelas — Filhos prediletos, olhai hoje para a


candura imaculada da vossa Mãe Celeste. Sou a Imaculada Concei-
ção. Sou a única isenta de toda mancha de pecado, mesmo do original.
Sou toda bela, tota pulchra. Deixai-vos envolver pelo manto de beleza,
para que também vós sejais iluminados pela minha candura de céu, pe-
la minha luz imaculada. Sou toda bela, porque fui chamada a ser Mãe
213
do Filho de Deus e a formar o rebento virginal, do qual deve desabro-
char a Flor divina. Por isto o meu desígnio se insere no próprio mistério
da vossa salvação. No princípio sou anunciada como a inimiga de sa-
tanás, aquela que obterá sobre ele a completa vitória. Porei inimizade
entre ti e a Mulher, entre a tua descendência e a dela; Ela te esmagará
a cabeça, enquanto tentarás morder o seu calcanhar. No fim, sou vista
como a Mulher revestida de sol, que tem a missão de combater contra
o dragão vermelho e o seu poderoso exército, para vencê-lo, para
amarrá-lo e precipitá-lo no seu reino de morte, para que no mundo pos-
sa reinar somente Cristo. Eis-me então apresentada pela Sagrada Es-
critura no fulgor da minha materna realeza: e um outro sinal aparece no
céu: uma Mulher, vestida de sol, com uma lua a seus pés e sobre a ca-
beça uma coroa de doze estrelas. Em torno da minha cabeça há por-
tanto uma coroa de doze estrelas. A coroa é o sinal da realeza. Ela é
composta de doze estrelas, porque o símbolo vem da minha presença
régia e materna no próprio coração do povo de Deus. As doze estrelas
indicam as doze tribos de Israel, que formam o povo eleito, escolhido e
chamado pelo Senhor para preparar a vinda ao mundo do Filho de
Deus e do Redentor. Porque Eu sou chamada a tornar-me a Mãe do
Messias, o meu desígnio é o de ser o cumprimento das promessas, o
germe virginal, a honra e a glória de todo o povo de Israel. De fato a
Igreja me exalta com estas palavras: Tu, glória de Jerusalém; Tu, ale-
gria de Israel; Tu, honra do nosso povo. Por isto as tribos de Israel for-
mam doze pedras preciosas do diadema que circunda a minha cabeça,
para indicar a função da minha realeza materna. As doze estrelas signi-
ficam também os doze Apóstolos, que são o fundamento sobre o qual
Cristo fundou a sua Igreja. Encontrei-me frequentemente com eles, pa-
ra encorajá-los a seguirem e crerem em Jesus, durante os três anos da
sua missão pública. No seu lugar, junto com João, eu estava aos pés
da Cruz, no momento da crucifixão, da agonia e da morte do meu filho
Jesus. Com eles participei da alegria da sua ressurreição; junto a eles,
recolhidos em oração, assisti ao glorioso momento do Pentecostes. Du-
rante a minha existência terrena permaneci junto deles com a minha
214
oração e a minha presença materna, para ajudá-los, formá-los e sus-
tentá-los a beber o cálice que lhes fora preparado pelo Pai Celeste. As-
sim sou Mãe e Rainha de toda a Igreja. As doze estrelas significam
também uma nova realidade. O Apocalipse me vê de fato como um
grande sinal no céu: Mulher vestida de sol, que combate o dragão e o
seu poderoso exército do mal. Então as estrelas em torno da minha ca-
beça indicam aqueles que se consagram ao meu Coração Imaculado,
fazem parte do meu exército vitorioso, deixam-se guiar por mim para
combater esta batalha e para no final obter a nossa maior vitória. Desta
forma todos os meus prediletos e os filhos consagrados ao meu Cora-
ção Imaculado, chamados a serem hoje os Apóstolos dos últimos tem-
pos, são as estrelas mais luminosas da minha coroa real. As doze es-
trelas que formam a coroa luminosa da minha materna realeza, são
constituídas pelas 12 tribos de Israel, pelos Apóstolos e pelos Apósto-
los destes vossos últimos tempos. Então, na festa da minha Imaculada
Conceição, chamo a todos vós a fazer parte preciosa da minha coroa e
a tornar-vos as estrelas brilhantes, que difundem, em toda parte do
mundo, a luz, a graça, a santidade, a beleza e a glória da vossa Mãe
Celeste.” Páginas 714 a 717. Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nos-
sa Senhora. Copiado na íntegra.

Continuamos a levar a vida: eu e o meu amor, homem dos meus


sonhos, literalmente de mãos dadas, lado a lado; cada qual com sua
alma única, cumprindo antes de tudo o Chamado: a missão.

215
216
Capítulo II

Parte 10

“Olhar Somente a Ti
Olhar somente a ti, Senhor, olhar somente a ti,
Senhor, olhar somente a ti, Senhor, e não olhar atrás.
Seguir teu caminhar, Senhor, seguir sem vacilar, Senhor.
Prostrar-me em teu altar, Senhor, e não olhar atrás.
Seguir somente a Ti, Senhor... (3x)
Amar somente a Ti, Senhor...” (3x)

Duas Alunas
Os entraves, os obstáculos, para quem possui um coração para
amar e perdoar, para quem sentem em sua volta, os problemas exis-
tenciais e espirituais, maléficos, continuava; a aproximação de Deus em
mim me fortalecia para o que ainda viria. Continuava lecionando o En-
sino Religioso Escolar. Houve, em 1997, algo do qual me marcara pro-
fundamente, além das outras tantas situações da vida. Foi então cons-
tatado na Leitura da Vida (assim eu chamo o Tempo vivido através das
minhas observações, meus sofrimentos em Deus e no demônio). Jesus
217
Cristo morrera por mim. Senão Ele, eu morreria de desgosto; perderia
minha dignidade, minha própria pessoa; já não saberia quem eu era.
Depois de rezar tanto e não raro chorando com a Bíblia nas mãos, cla-
mava o salmo 7: Apelo à Justiça de Deus. Vale a pena você pegar a
sua Bíblia e ler o Salmo 7. Deus Amoroso e Misericordioso se mostrara
mais uma vez, quando duas das minhas alunas de uma das oitavas sé-
ries chegara até a biblioteca, lugar escolhido por mim para ficar; meu
refúgio de sofrimento, em meio aos meus amigos livros. Elas entraram
na biblioteca e aproximando-se de mim mostraram-me uma carta, um
abaixo-assinado, colhendo assinaturas dos vários alunos para eu voltar
a dar aulas de Ensino Religioso Escolar para eles. Era uma coleta de
assinaturas dos alunos; desejavam que voltasse a dar aulas de Ensino
Religioso e continha na carta o seguinte cabeçalho: “Queremos Justi-
ça!”. Coleta de assinaturas de todos os alunos das doze turmas. Estava
obtendo de Deus mais uma resposta: Ele estava comigo! Quando as
meninas chegaram até mim, estava sentada, minha mesinha à frente na
biblioteca e ao mostrarem-me as folhas do abaixo-assinado e traziam
como cabeçalho a frase: “Queremos Justiça!”, senti Deus ouvindo as
minhas preces. Fiquei muito emocionada. Muito! Pois toda a caminhada
era realizada só. Era eu e meu Deus. Ninguém conseguiria compreen-
der a dimensão do meu sofrimento por passar por aquilo. Senti Deus;
Ele estava comigo. Ouvira o meu pedido e por intermédio daquelas
adolescentes, por meio do Amor, houve, sim, uma correspondência de
Verdade e a Justiça pedida. A palavra Justiça lida naquelas folhas vinha
em consonância com o clamado no Salmo 7. Apelo para a Justiça de
Deus. As adolescentes não estavam sabendo do motivo porque fora
afastada das 12 turmas, mas aquela frase brotou da alma pura delas:
“Queremos Justiça!”. E o Amor venceu na Maldita Mentira que quisera
me perseguir, como fizera na vida de minha mãe terrena; e diria perse-
guição em minha família. O Amor vingou naquele lugar considerado tão

218
árido da Verdade e do Amor por parte de certas pessoas e seus julga-
mentos. Retornei para minhas aulas de Ensino Religioso Escolar. Na
próxima parte, explico o motivo gerado do meu afastamento das 12
turmas de Ensino Religioso Escolar. Enfrentando esse sofrimento todo,
estava alicerçada com Deus, Sua Palavra e tudo o mais através das
Graças obtidas de Deus Amoroso e Misericordioso. Já tinha o Conhe-
cimento; não era a pessoa do passado: uma peninha solta ao vento! Há
uma grande diferença, aliás, imensa, quando se está alicerçada com
Deus, com Jesus Cristo na Eucaristia. Ele realmente passou a ser a
minha força e salvação e eu passei a caminhar com Maria o Rumo ao
Novo Milênio.

“Confio-vos agora o meu materno desejo de que Jesus Eucarístico


encontre, nas vossas Igrejas, a sua corte Real, onde seja honrado e
adorado pelos fiéis, onde está também perenemente circundado por
inumeráveis falanges de Anjos, de Santos e de almas do purgatório.
Fazei com que o Santíssimo Sacramento seja ainda circundado de flo-
res e de luzes, como sinais indicativos do vosso amor e da vossa terna
piedade. Exponde-O frequentemente à veneração dos fiéis, multiplicai
as horas de adoração pública, para reparar a indiferença, os ultrajes, os
numerosos sacrilégios e a terrível profanação, à qual Ele é submetido
durante as missas negras, um culto diabólico e sacrílego, que sempre
mais se difunde e que tem, como vértice, atos inomináveis e obscenos
para com a Santíssima Eucaristia. Por isso, o mundo está submerso na
noite mais profunda, nas trevas do pecado e da impureza, do egoísmo
e do ódio, da avareza e da impiedade e parece que já nada mais é ca-
paz de contê-lo na queda para um abismo sem fim. Porém, a grande
hora da justiça e da misericórdia já chegou.” Dongo (Como) Itália, 31 de
março de 1988. Quinta- feira santa. “Aos Sacerdotes, filhos prediletos
de Nossa Senhora”. Página 631. (Não está copiado na íntegra).

Nossa Senhora mostra o quanto a Eucaristia é sublime, deve ser


respeitada e o quanto atualmente Jesus Cristo está sendo vilipendiado;
219
para combatê-lo do lado do Espírito Maligno, (“os ultrajes, os numero-
sos sacrilégios e a terrível profanação, à qual Ele é submetido durante
as missas negras, um culto diabólico e sacrílego, que sempre mais se
difunde e que tem, como vértice, atos inomináveis e obscenos para com
a Santíssima Eucaristia”); Ela pede então que o Santíssimo Sacramento
seja respeitado, amado ainda mais. Continuemos a usar flores naturais
e velas (as luzes); fazer a exposição do Santíssimo à veneração dos
fiéis, rezar mais, multiplicando as horas de adoração pública e dessa
maneira nos redimir das indiferenças, dos ultrajes, os numerosos sacri-
légios e a terrível profanação à qual Jesus Cristo é submetido... Enfim,
querido, eu iniciei a minha obra colocando alguns acontecimentos desta
ordem para que você tenha noção do Tempo em que eles estão surgin-
do. Nossa Senhora está nos alertando há muitos anos e começa-se a
perceber que os ultrajes são enormes. Por isso considero importante a
sua informação. Desejo que você cuide de sua alma. Desejo que você
tenha o Tempo da Misericórdia. Que você perceba seu interior, mudan-
ças que deseja realizar em Deus. Saiba que nunca, mas nunca é tarde
para a conversão.
Nossa Senhora, em Seu livro “Aos Sacerdotes, filhos prediletos de
Nossa Senhora”, nos pede:

“Ajudai a todos a se aproximarem de Jesus Eucarístico de maneira


digna: conscientizando os fiéis acerca do pecado, convidando-os a se
achegarem à Comunhão sacramental em estado de graça, educando-
os para a confissão frequente, que se torna necessária para quem se
encontra em pecado mortal, para receber a Eucaristia.” Página 245,
“Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Senhora”.

Disse a você do meu acompanhamento junto a Nossa Senhora de


Fátima Rumo ao Novo Milênio. No ano de 1995, lembro o quanto me
senti tocada e acolhida por Deus, por minha família celeste na minha
miséria humana. Aos poucos, vou narrando sobre esse Rumo ao Novo
220
Milênio. Até hoje, guardo alguns cadernos universitários do Tempo do
Ensino Religioso Escolar como também da Faculdade de Filosofia. E
assim foi que, no ano de 1996, encontrei colada, num dos meus cader-
nos universitários, uma folha e nela, no cabeçalho escrito o nome da
paróquia onde constava a programação litúrgica com o tema central, da
novena do Divino Espírito Santo, do ano de 1996. Essa folha no meu
caderno universitário, guardado até hoje, me proporciona as lembran-
ças e posso registrar para você aqui neste livro.

“Com a Luz e a Força do Divino Espírito Santo


Justiça e Paz se Abraçarão”.
Eu fazia tudo pensando em Deus e O sentia estava muito próximo
de mim. Essas observações eram feitas direta ou indiretamente na
vida. Observava as pessoas, sentia as pessoas sejam elas levadas pe-
las forças do Mal e sentia me atingir muito fortemente, no meu coração
nos meus sentimentos e lágrimas, também nessas horas de trabalho,
isto é, na caminhada para Deus — ficava atenta para saber o que Ele
queria de mim. Ao pegar a programação no ano de 1996, cujo tema era
“Com a Luz e a Força do Divino Espírito Santo Justiça Paz se Abraça-
rão”, peguei a folha recebida na escola e olhei qual seria a data da nos-
sa noite da novena do Divino Espírito Santo. Qual a data da apresen-
tação da nossa escola. Qual seria o tema específico. Corri os olhos e
encontrei o nome da nossa escola e a data e o tema específico: 23 de
maio às 20h, Justiça e Paz se abraçarão. Quando li aquele tema, jus-
tamente aquele eu desejava tanto fosse o meu, o nosso, fiquei muito
grata a Deus! Muito! Sentia a presença de Deus comigo; Ele falava co-
migo na Vida. Obtinha as respostas; as respostas desejadas na Vida.
Verdadeiramente?
Estava ardentemente lutando, procurando pela Verdade, pela Jus-

221
tiça, e em muitas situações pedia o Seu Olhar: o Olhar de Deus! Este
foi o tema da noite na qual ficaria encarregada na escola juntamente
com a comunidade; tanto a escola levaria seus símbolos quanto à co-
munidade, e se os tivesse poderia levar. Epístola de São Tiago 3,13-18
Evangelho: Mateus 6, 26-34. Essa foi à leitura que caiu para nós. Corri
os olhos, porque daria tudo para que fosse exatamente aquele o tema.
E assim foi. Entre tantos ali, entre tantos dados para as outras escolas,
o meu era: Justiça e Paz se abraçarão. Como fiquei feliz e fiz com que
tudo fosse bem apresentado, bem pedido, bem agradecido! Um ano
antes, em 1995, tempo ensimesmado; ainda carregando fortemente o
peso do rótulo. Tenho anexado no meu caderno universitário, de quan-
do dava minhas aulas de ERE, uma folhinha dizendo assim:
“Novena de: 26|05 a 03|06 20h” — Tema: “Divino Espírito Santo,
luz para os excluídos”. A folhinha é bem pequenina, não lembro se a
recortei ou ganhei assim mesmo, pequenina. Nesta folhinha, há uma
imagem de uma garota olhando com os braços levantados em direção à
pomba branca, Divino Espírito Santo e Dela, da pomba branca, saem
raios de luz em direção à garota. Não existiu ano no qual me senti mais
acolhida em meu sofrimento do que este: 1995! -— Eras Tu, Senhor? (a
campanha da fraternidade de 1995 tinha como lema esta expressão).
Preciso dizer a você o quanto eu me sentia a própria excluída? Eu che-
guei a pensar meu Deus, sou uma leprosa? Onde estão os meus? Nes-
se Tempo eu ficava a escrever nos cadernos universitários os meus
sofrimentos. Ficava no meu quarto. Fechava a porta e colocava para
fora tudo, tudo quanto estava sofrendo. E nessa época me senti a le-
prosa, a mal cheirosa. Até isso eu pensava, mesmo sabendo eu que
não! Obviamente tomava meu banho todos os dias, sempre gostei de
perfume, de me arrumar. Mas a miséria não passa por aí. Há miséria
pior do que isso. Há a miséria da alma, da falta de amigos confiáveis, a
falta de amor. O rótulo, o estigma da loucura pelos seus mais amados.
222
Um dia quis despachar todos os escritos contidos nos cadernos. Como
se fosse minha confissão. Lembrei-me que nada mais justo seria do
que entregar a um padre. Fui ao seminário e entreguei na portaria numa
sacola, os cadernos. Pedi e dei o nome de três padres dos quais pode-
riam ficar com o material. Também, sabendo de julho (mês do Sagrado
Coração de Jesus, mês do Perdão), passara rezar o terço todo aquele
mês. Precisava perdoar a mim mesma, pois cheguei a sentir tanto ódio,
de meio mundo, de certas pessoas, do desejo de amor e não encontrar
onde passava; por sentir tanto o problema de minha irmã amada e o
meu próprio. Enfim, tinha escolhas por fazer; seria uma pessoa amar-
ga, eterna revoltada ou aprenderia no sofrimento entregando a Deus a
Jesus Cristo e a Mãe amada as agruras da Vida. Choraria com Eles e
sobre eu mesma toda minha miséria existencial e pediria a Deus e a
Jesus Cristo, e à minha Mãezinha, ajuda Deles para sair daquela situa-
ção da qual me fazia tão infeliz, tão desgraçada. E assim fiz. E assim fui
me curando. E assim fui me limpando e fui cada vez mais me aproxi-
mando da minha família celeste. Este Tempo também pode ser consi-
derado como se do Casulo tivesse saindo, deixando minhas cascas por
aí e paulatinamente me curando existencialmente. Tinha que resolver
certas questões; somente Deus me ajudaria Jesus e minha Mãe. Mas
estava descobrindo e sentindo todos os benefícios da minha família ce-
leste. Se não tinha os meus comigo, pois também eles possuíam seus
problemas e males, assim como a minha outra irmã não tinha os próxi-
mos com ela, mas Eles estavam Se mostrando para mim. Tinha uma
porta aberta de igreja e lá meus irmãos em Cristo rezavam cada qual
carregando sua cruz. Buscando Força, buscando Luz, buscando na Eu-
caristia a Salvação e proteção espiritual para suas almas! Neste ano,
1995, o ano da Lagarta desejando com todas as minhas forças sair do
Casulo! E como Lagarta rastejante, queria sair daquela dor que, para
mim, fora pior que uma dor de parto, em busca do respiro, do ar, da

223
própria vida; uma vida digna! No caderno universitário guardado com
tanto carinho, do tempo das aulas do ERE, escrevia assim aos meus
aluninhos: A Campanha da Fraternidade de 1995 tem como lema: “Eras
Tu, Senhor?”. O Tema é: A Fraternidade e os excluídos.
Eras Tu, Senhor? Esta pergunta tirada do Evangelho de Mateus,
capítulo 25, versículos 31 a 46, nos leva a uma profunda reflexão e a
uma prática concreta se estivermos no caminho do seguimento de Je-
sus. A humanidade seria bem melhor se ao olharmos o outro víssemos
o rosto de Cristo, pois Cristo está em cada um de nós; quando menos
esperamos, Ele se faz presente. Um dia prestaremos conta do que dei-
xamos de fazer ao outro, ao nosso irmão; principalmente aos mais ne-
cessitados, aos excluídos; e o excluído pode ser qualquer um de nós.
Podemos nos sentir excluídos até na falta de um sorriso meigo ou de
um olhar amigo. Muitas e muitas vezes, isso vale muito mais, o calor
humano, o abraço forte dado de coração, do que uma esmola em di-
nheiro ou um prato de comida. Quando vemos no rosto do irmão o Cris-
to, isso é saber amar esse irmão, aceitar esse irmão, respeitar e ajudar
a ser mais.
Esse pequeno texto escrito para meus alunos dava testemunho
sobre mim. O testemunho de vida deixado sobre o remédio a conta-
gotas, os abraços autênticos e calorosos do meu amigo-especial-amor
era tudo o que mais precisava na minha vida! Encarreguei-me por fazer
tudo a contento para Deus. Nessa caminhada que Ele me oportunizara.
Lavei minha alma e fui curando-me existencialmente. Fui deixando meu
rastro de amor, de seriedade, de responsabilidade, de sofrimento, de
lágrimas, de esperança, de fé!

224
Capítulo II

Parte 11

“Salmo 22 –
Pelos Prados (Frei Fabretti, o.f.m.) (LP: Louvemos o Senhor V)
Pelos prados e campinas verdejantes eu vou.
É o Senhor que leva a descansar.
Junto às fontes de águas puras repousantes eu vou.
Minhas forças o Senhor vai animar.
Tu és, Senhor, o meu pastor, por isso nada em minha vida faltará.
Tu és, Senhor, o meu pastor, por isso nada em minha vida faltará.
Nos caminhos mais seguros junto d’Ele eu vou e
pra sempre o seu Nome eu honrarei.
Seu eu encontro mil abismos nos caminhos eu vou.
Segurança sempre tenho em suas mãos.
Ao banquete em sua casa muito alegre eu vou,
um lugar em sua mesa me preparou.
Ele unge minha fronte e me faz ser feliz e transborda
minha taça em seu Amor.
Com alegria e esperança caminhando eu vou.
225
Minha vida está sempre em suas mãos.
E na casa do Senhor eu irei habitar e este canto para sempre irei cantar.”

A Cobra
E foi assim percebi que estava participando com a Igreja e na po-
sição de professora de Ensino Religioso Escolar do Rumo ao Novo Mi-
lênio! Sim. Fui percebendo, conforme estavam surgindo assuntos religi-
osos os quais passara a abordar com meus alunos. Percebi que, para
cada ano, a Igreja Católica determinava um tema destinado para al-
guém. Assim, por exemplo, o ano de 1996 foi: Justiça e Paz se Abraça-
rão. O ano de 1997 foi o ano de Jesus Cristo. O ano de 1998 foi o ano
do Espírito Santo. O ano de 1999 foi o ano de Deus Pai! O ano de 2000
foi o ano de Maria: Mãe de Jesus, Nossa Senhora e nossa Mãe. E no
final de tudo percebi como nunca, Jesus Cristo estava comigo. Senti
que, se Cristo não tivesse morrido por mim, teria sido eu a não mais
existir como uma p-e-s-s-o-a! Nada sobraria de mim. Não saberia em
quem depositar a Verdade. E o que seria a Verdade? A que ou a quem
me segurar me apoiar nessa vida, já que me considerava num mar re-
volto em tempestade? Tentarei colocar de uma maneira, meu querido,
para que talvez possa sentir melhor o que vivi. Imagine você num gran-
de espaço vazio, um infinito, e você solto ali. Nesse espaço vazio e infi-
nito você sente energias estranhas a sua volta. Coisas estranhas acon-
tecendo. Sente situações a se formar a sua volta, sem saber de onde
vêm; quem é e o que são, pois não há forma, mas as coisas ruins se
manifestam. Nitidamente, no entanto, você se dá conta de que tem de
fazer alguma coisa. Precisa se amparar em alguma coisa; se apoiar
urgentemente, mas não entendia em quem ou em quê, pois não tinha a
quem pedir ajuda, no palpável, no concreto. Não sabia a quem pedir
ajuda. E você se sente exatamente solta no vazio, espaço infinito e sen-
tindo o estranho; sentindo forças estranhas desejando fazer-lhe mal.

226
Mas de repente você se dá conta do imenso vazio, nesse espaço infini-
to onde estava largada, alguém deixa para você, como uma tábua de
salvação. E você a ela se agarra com todas as suas forças. Somente
ela salvaria você. Somente nela você está confiando, acreditando nela
para salvar a sua vida daqueles perigos. Você sente como ameaça,
mas não compreende o que é e de onde provêm, mas sente nitidamen-
te o Mal. Foi assim, justamente assim me sentia na vida e me agarrei
com todas as dores, meus sofrimentos e lágrimas, em Deus. Eu percebi
que, no mundão, havia algo que foi deixado para nós, para nos socor-
rer: a Bíblia! Coloquei, no livro autobiográfico, um acontecimento muito
importante nesse Tempo para mim, e acredito, para nós. Foi assim que
me vi em três pessoas e falávamos com a Bíblia nas mãos. Essas duas
amigas vinham à minha casa ou íamos às casas umas das outras. Que
Tempo interessante! Algo inacreditável foi aquela nossa união. E sentí-
amos essas coisas estranhas por aqui na cidade menor. E uma vez fo-
mos de Bíblia nas mãos até um lugar chamado de “garganta do diabo”.
Ali, dizia uma das amigas em Cristo, faziam muitos rituais de umbanda.
Então, rezamos com a Bíblia. Tiramos uma passagem bíblica e sempre
Deus falava conosco. Tinha uma estrela grandinha e dourada que car-
regava comigo no peito e atirei-a nessa chamada garganta do diabo.
Queria que aquele objeto, a estrela dourada, iluminasse aquele lugar de
escuridão. Enfim, narro esse episódio para você, porque era impressio-
nante a presença de Deus que se fazia constatar de forma real em pes-
soas que surgiram em minha vida. Mais uma prova e encontro de pes-
soas na fé viva. A Bíblia passara a ser o meu Conhecimento, minha
Salvação e com o que se pode viver melhor esse mundo.
Mas qual o motivo do meu afastamento do Ensino Religioso Esco-
lar? Fiz uma observação, naquele dia, para uma de minhas alunas ado-
lescentes, da oitava série. Ela, ao chegar à sala de aula, depois que os
demais alunos já estavam em seus lugares, me chamou a atenção,
227
quando abriu a porta da sala, por um brilho em seu braço; trazia um
bracelete com motivo de cobra enroscada, de material que imitava aço
inox, algo assim, na cor prateada ou dourada, não recordo bem a cor.
Quando olhei aquilo, fiz um comentário dizendo a ela que, com tantos
motivos lindos como corações, anjos, golfinhos, qual a razão de usar
algo assim? Fiz o comentário desejando, sim, no meu coração, que ela
nunca carregasse em seu corpo aquele símbolo. A aluna sorriu para
mim, sentou-se no seu lugar. Continuei a aula. Esse fato foi aproveitado
com versão outra, por parte de algumas poucas mães que, fui informa-
da, eram de alunos que não assistiam à aula de Ensino Religioso Esco-
lar. Não sei quais mães são essas, pois nunca chegaram até mim para
conversar. Tinha que erguer a cabeça e caminhar para frente, não olhar
para trás, porque mais tarde entenderia a intenção maléfica da ação.
Escreveram uma carta dizendo que eu mandara a aluna do bracelete
pisotear a cobra todinha em pedacinhos, citando mais alguns comentá-
rios sobre mim, como logo mais veremos, e enviaram a carta para a
Delegacia de Ensino. O veneno foi solto através desta carta escrita por
aquelas mães; teve como resultado a minha convocação para ir até o
prédio da Perícia Médica Legal, onde passei por uma série de pergun-
tas feitas por um psiquiatra e uma psiquiatra, e testes psicológicos com
figuras geométricas, desenhos de bonequinhos na chuva. Olha quanto
sofrimento! Quanto! Passar por tudo aquilo, pois acredito que a inten-
ção daquelas mães seria que recebesse o diagnóstico de louca! De in-
capacitada para não dar minhas aulas de Ensino Religioso Escolar, ob-
viamente! Pensando mais tarde sobre o que passei, fui me dar conta de
que a palavra cobra, como representação da maldade, naquele bracele-
te da aluna, ficou, em realidade, constatada pela ação maléfica daque-
las pessoas. Incrivelmente, como a imagem daquela cobra no bracelete
da aluna ficou constatada na vida como sendo de fato a representação
do Mal. Tomara forma, o Mal, pela ação que aquelas poucas mães, ao

228
escrever uma carta sem eu ter conhecimento e enviar à Delegacia de
Ensino, com a intenção de minar meu trabalho com meus alunos ado-
lescentes. E a traição foi realizada. Sabia que tudo o que eu fazia era
puro amor, e ao me perceber diante daquela realidade dura, foi muito,
muito cruel. Meu mundo era outro; realmente muito outro. Falava de
Amor e elas estavam falando da Mentira e fazendo a Maldade. Por isso
o sofrimento foi muito grande! Mas, como lhe disse, o Amor venceu!
Tudo ficou esclarecido com as provas que precisei buscar e apresentar
naquele prédio sobre a minha inocência. O demônio é tão astucioso
que me fez passar por aquele prédio da Perícia Médica. Sentia a astú-
cia do animal. Já não pensava que estivesse lidando com pessoas, mas
com o Mal que envolvia tudo que me cercava e aonde esse Mal queria
me conduzir. Obviamente o Mal não se apresentava para mim caracte-
rizado, vestido de diabo, vermelho com guampas. É pior, pois se fosse
assim suas apresentações, todos saberiam que ele realmente existe e
poderíamos lutar frente a frente! Eu saberia há muito tempo e seria tudo
mais fácil. Mas o Mal é espiritual. Trabalha nas mentes e no coração de
quem não possui Deus e não suporta escutar Suas Verdades: a de
Deus! Então, maldade em certas pessoas como naquelas mães, agindo
pelas costas, à traição, enviando cartinha e falando mal de quem traba-
lhava com Amor e na Verdade, fica fácil para o animal manipular a men-
te, inspirar o que é ruim, conduzir à pessoa à prática do mal. Pessoas
pecadoras, nas quais o demônio encontra o fermento propício para atu-
ar, agem dessa maneira. Entre as provas que coletei para levar a meu
favor, uma delas consistiu em fazer duas únicas perguntas em onze das
doze turmas nas quais eu pude chegar a Tempo para fazer as pergun-
tas; a décima segunda turma ficou de fora porque não me foi permitido
entrar na sala de aula. Solicitei aos alunos para que respondessem por
escrito:
1º- O que achavam do Ensino Religioso Escolar?
229
2º - Se o Ensino Religioso Escolar estava acrescentando para su-
as vidas alguma coisa.
Olhe, eu li cada resposta dos meus adolescentes e em 99% os pa-
receres foram muito bons, o que me deixou muito satisfeita. Levei os
envelopes separados por turmas até o prédio de Perícia Médica Legal
(eles gostam muito de siglas_ PML), em envelopes amarelados, meio
alaranjados. Aquele prédio não me fazia bem. Sentia que estavam de-
sejando me levar para um lugar de abate. Tudo aquilo do qual eu esta-
va passando me fazia sofrer demais. Mas tinha Deus comigo. Sabia
agora rezar e clamar por Justiça lendo o Salmo 7. Havia uma grande
diferença na situação: sabia com quem estava lutando. Minha luta não
era com pessoas. Minha luta era com o demônio, ou seja, a nível espiri-
tual maléfico. Sabia o que Deus pensava sobre chamar alguém de lou-
co. Sabia o que dizia a Bíblia, a Palavra de Deus, em Efésios, falando
sobre “não é contra homens de carne e de sangue devemos lutar, mas
contra espíritos espalhados nos ares, são os principados e potesta-
des...” E minha caminhada era de oração, muita oração. Pedidos a
Deus... Justiça eu buscava muito. Muita Justiça! Justiça não pelo meu
sofrimento apenas. Mas para toda a minha família. Muito boas pessoas.
Muito! Mas tão ludibriadas pelo Mal, devido à completa ignorância. Le-
vados pela falta de Conhecimento da mãe que espiritualmente se en-
volveu na Mentira. E tinha completa noção que minha mãe era mulher
boníssima e, além de tudo, odiava a mentira, mas se deparava com si-
tuações que envolviam a mentira seguidamente em sua vida e faziam
com que sofresse muito. Acredito que Deus tenha visto toda essa situa-
ção e, Misericordioso, compadeceu-se de nós. Senti a inveja de certas
pessoas, senti a arrogância, senti o prazer de certas pessoas em ver o
sofrimento à queda de alguns membros da família. Sentia os olhares de
homens e suas cobiças... Sentia... Buscava Justiça por tudo. Pelas lá-
grimas encharcadas das três fraldas dos filhos_ a minha mãe contava
230
as empregadas e eu ouvia. Pelo sofrimento da minha mana amada no
seu mundo da psiquiatria, dos deboches e piadas a ela feitas; pela mor-
te da minha sobrinha no acidente e o coma da mana e mãe da criança
morta. Pelo peso do sobrenome carregado nas costas tão conhecido
dos habitantes do Tempo. Pela vaidade, pela beleza vista por fora pela
maioria das pessoas e comentadas e julgadas, mas a alma não enxer-
gada por todos. Desejava Justiça de Deus sabendo da luta. A batalha
era mais a nível espiritual. A batalha era com o diabo e sua legião de
anjos espalhados em pessoas pecadoras que só faziam julgamentos.
Cidade habitada mais por demônios do que por Deus Único da Santís-
sima Trindade. Tinha que lutar e orar muito. Estava acompanhada por
Nossa Senhora de Fátima no Conhecimento da Sua Obra. Firmava-me
na Eucaristia.
Levei como prova a meu favor o abaixo-assinado dos meus alu-
nos pedindo para que eu retornasse para as aulas. Ainda fazia terapia
com um psiquiatra levando minhas mazelas, e este deu um certificado
de que estava tudo bem comigo; e levei o papel como mais uma prova.
Nesse Tempo, tinha a amizade do meu amigo-especial. Encontrávamos
para jantar e contava a ele o que eu passava; contava, chorava e só a
sua presença na minha vida já bastava. Ele era muito tranquilo. Aliás,
transmitia segurança, paz, tranquilidade. Estava muito sofrida com mais
aquela provação. Mas como disse, tinha minha família celeste, tinha o
amigo que me escutava e que me apoiava. Levei mais uma prova a
meu favor, a cartinha assinada pela aluna do bracelete, desmentindo a
versão daquelas mães e contando a verdade do que tinha acontecido.
A própria aluna escreveu uma cartinha de punho, pois fui ao aparta-
mento dela conversar, explicar a ela o que estava acontecendo verda-
deiramente. Meus alunos adolescentes foram poupados do que eu es-
tava passando, mas para essa aluna contei a realidade, pois a usaram,
ou seja, modificaram a veracidade dos fatos. Na escola, chegaram a
231
falar comigo, sobre algumas mães não estarem contentes com minhas
aulas. Disse para a diretora e para a encarregada do Serviço de Orien-
tação Educacional que não estava entendendo o que havia feito que
desagradasse essas poucas mães. Que meu trabalho era de extremo
amor, sempre à procura de assuntos para elevar os meus alunos; para
dar dignidade a eles e disse que continuaria o meu trabalho, pois não
havia nada em minha consciência que pudesse estar desabonando tu-
do o que transmitia aos meus alunos. Contei a você cheguei a Tempo
nas onze turmas, das doze para fazer as duas perguntas sobre o que
achavam do Ensino Religioso Escolar e se estavam acrescentando algo
para suas vidas; assim disse, porque a diretora da escola que estava se
reelegendo naquele ano, estava esperando-me ao pé dos degraus das
escadas enquanto eu subia ao andar de cima para atendimento à turma
do dia. Disse-me, nestes termos:
– Fulana, você não pode colocar os pés nas salas de aulas.
Imagina você, como me senti ao escutar aquilo! Descendo a esca-
da e me aproximando dela para escutar melhor o que queria dizer. Con-
tinuou falando que havia recebido ordens da Delegacia de Ensino para
não entrar nas doze turmas para dar minhas aulas de Ensino Religioso;
aproximei-me ainda mais dela tentando entender o que estava aconte-
cendo; para mim estava tudo muito confuso. O impacto foi tão forte em
minha alma que não sabia o que dizer. Fiquei quieta escutando mais
ainda o que viria a seguir. Continuou dizendo que teria que escolher
entre três setores, em um dos quais deveria permanecer aguardando
por alguns meses. Não sabia o que deveria aguardar. Tudo tão inespe-
rado para mim. Na verdade, um verdadeiro baque! Tinha uma escolha a
fazer. Permanecer nos setores da secretaria, do SOE ou SSE, não re-
cordo bem, ou na biblioteca. Obviamente como Filósofa e tendo nos
meus livros lidos os grandes amigos, a biblioteca foi o lugar ideal para
mim. Então, no meu Tempo de reclusão do qual eu não podia por os
232
pés nas doze turmas, fiquei ali arrumando as caixas de camisas apro-
veitadas para guardar recortes, gravuras, tanto mais. Forrava-as, colo-
cando novas etiquetas nas percebidas velhinhas, pois naquela época
ainda a biblioteca não tinha computadores. Ajudava a colega da qual ali
ficava na entrega de livros e retiradas dos mesmos. Sentia algo horrível
caindo sobre mim; sentia que, ao meu redor, pessoa alguma da escola
veio conversar sobre o acontecido; então, fiquei sem saber se algumas
colegas de turno sabiam ou não da minha situação. Será que sabiam?
E se sabiam, por qual motivo não vinham se solidarizar comigo? Dizer
alguma coisa? Qualquer coisa? Sei que tínhamos nossas responsabili-
dades e que pouquíssimo tempo tinha para conversar. Somente depois
de algum tempo, conversando com uma amiga, fiquei sabendo que ela
já sabia de tudo.
Verdadeiramente?
Não tive vontade de falar com ninguém sobre o que estava pas-
sando. A dor era intensa demais e estava muito envolvida no sofrimento
como um todo. Não adiantaria nada ficar falando sobre a minha tama-
nha desgraça, a tamanha afronta, crueldade vivenciada. Recolhia-me à
única Pessoa que sabia que poderia me ajudar: Deus! Meu Deus Amo-
roso e Misericordioso. Chegava a casa e pegava a Bíblia e clamava a
Deus por Justiça! Descobri o Salmo 7, Apelo à Justiça de Deus, muito
forte, porque para pedi-lo considerei estar muito íntegra diante de meu
Deus. E assim me sentia. Sentia merecedora de possuir o direito de
pedir a Justiça de Deus; um Deus Amoroso e Misericordioso estava
concedendo uma chance para mim. Assim com a Mãe, se tivesse poder
junto a Ela, aqui nesta Terra, queria pisar, agora sim, de verdade, na
cabeça da cobra que significa a Mentira, o Perverso, a Maldade, a Cru-
eldade, a Traição que estavam fazendo contra mim e em nome de toda
Injustiça terrena; uma pessoa que trabalhava com todo o Amor e para
Deus. Foi Providência Divina eu ter pegado aquelas avaliações dos
233
meus alunos; ainda que não pudesse chegar a uma das turmas. Fui
impedida. “Não podia por os pés nas salas de aulas”. Fiz aquelas duas
perguntas básicas por escrito, aos meus alunos, movida por minha
consciência em desejar saber, afinal se realmente minhas aulas eram
ruins, não estava realmente sendo válida para a vida deles. Teria então
que reconhecer e deixar de dar as aulas sim! Mas queria saber deles,
dos alunos e não daquelas poucas mães, elas que por alguma razão
não suportavam a minha presença ou do que eu transmitia a eles; ou
ainda dos dois. Queria saber a opinião dos meus alunos e não daquelas
poucas mães que estavam até aquele momento, que eu saiba, opinan-
do por elas mesmas e não pelos demais alunos. Não foi a diretora da
escola e muito menos a pessoa encarregada do SOE que chegou para
mim, para me avisar com todas as letras, que eu poderia me defender.
Não foram estas pessoas, não. Uma querida colega e se mostrara ver-
dadeira amiga, trabalhava na escola no setor pessoal, chegou para
mim, um dia, e disse:
– Você sabe que pode recorrer? Que você pode recolher provas
de defesa?
Como agradeço à querida colega e amiga verdadeira nessa hora!
Com essa importantíssima informação recebida fez toda a diferença,
pois não sabia de nada, a não ser preparar e dar as minhas aulas; cui-
dar dos livros de chamada, manter em dia as tarefas burocráticas que
um professor precisa para seguir atento e em dia; além de tudo, ele-
mentos outros, que envolvem a profissão; e a vida, que para mim, se
mostrava sempre tão cheia de provações. Já havia passado pelo crivo
de tarefas que me mostrariam se estava ‘louca’ ou desestruturada, algo
desta natureza. Sabia o que fazer para a minha defesa. Aquela luzinha
que a colega e amiga me propiciou acender fez toda a diferença! Mas
até chegar ao prédio da perícia médica, não sabia da existência da tal
carta. Simplesmente, disseram comparecer ao prédio da Perícia Médica
234
e fui como uma ovelha vai para o matadouro. Essa sensação de chegar
num lugar como aquele e não saber a razão de estar ali é tudo de pior,
é tudo de cruel, é tudo de ruim. Tive uma amiga de infância e o pai dela
tinha matadouro. Eu via naquele Tempo os bois entrarem num lugar
estreito e de tábuas tramadas para levarem porretadas nas costas. E os
animaizinhos caiam e se ajoelhavam e voltavam a se levantar, e mais
porretadas no lombo e assim sucessivamente. Desviava o olhar. Nem
sei o fim desse horror. Essas imagens me vinham em momentos como
esse, pois outros momentos como este na vida já havia passado. Que
quando se está desejando ter paz, alguma outra coisa acontece. Era
assim. Era assim comigo e com a minha mãe, minha amada irmã e ou-
tros da família. E quanta Maldade uma pessoa, quando se torna cobra
venenosa, pode fazer com sua língua ferina e venenosa, e às vezes
várias pessoas! E quanto sofrimento eu passara. Mas o grande diferen-
cial é que estava acompanhada por Deus plenamente! Quando o psi-
quiatra me entrevistou, eu ainda não havia rezado o Pai Nosso antes de
entrar na sua sala. Foi breve a conversa e logo pediu que sentasse num
banco no corredor, seria chamada novamente. Enquanto esperava para
ser chamada novamente, sentada passava o olhar pelo corredor (esses
lugares sempre tão feios e sem cor), quieta, sozinha, ou seja, sem
companhia terrena; entretanto, me sentindo tão confiante e tão bem
acompanhada pelos da minha família celeste. Lembrei-me de rezar o
Pai Nosso imediatamente antes de ser chamada. Sempre faço a oração
do Pai Nosso sempre ao realizar algo importante. E quando saio de ca-
sa, não tenho tempo de rezar o terço pelas manhãs, rezo um Pai Nos-
so; e o terço é rezado assim que puder. Fui chamada na salinha da psi-
quiatra. A psiquiatra perguntou se eu sabia o porquê de estar ali, de ser
chamada. Disse a ela, não. Ela então perguntou se queria ouvir a leitu-
ra da carta para mim e nesse momento ficara sabendo da existência da
carta. Ao ler, fiquei boquiaberta, e a palavra melhor, para dizer, é indig-

235
nada. Fiquei, então, entendendo a razão de estar diante daquela pes-
soa de formação psiquiátrica. Contei à psiquiatra como tudo acontecera
na Verdade. Ela relatou que ali constava também que eu era muito par-
ticipativa na igreja. “Sim, eu sou”, disse a ela e contei o que fazia, por
exemplo: a igreja Matriz convida cada escola da comunidade a apre-
sentar-se para um dia da novena ao Divino Espírito Santo, juntamente
com os pais, alunos, funcionários, professores, pessoal dos setores e
direção, cuja incumbência fica pela noite da novena. Como professora
de ERE, e tendo doze turmas, todos os anos participam com os meus
alunos na noite da novena do Divino Espírito Santo, quando nossa es-
cola é convidada a participar. E, com certeza, fazia de tudo para a noite,
representada por minha escola, fosse de muita qualidade. Você, queri-
do, quer saber? Verdadeiramente? Tudo foi feito na caminhada para
Deus pedia, sim, a Ele, que vissem em mim uma pessoa “instrumento”
para Ele. Eu queria trazer para essa face da Terra demonstrações de
Deus. Nem que fosse um pouquinho. Mostrar autenticidade, seriedade,
credibilidade, a fé, o Amor, a Bondade, o sofrimento seguido de vitória!
Por que não? Seria o mínimo para o tanto que estava recebendo de
Deus. Voltando à conversa com a psiquiatra, explicava a ela que convi-
dava em cada turma alunos dos quais quisessem participar da noite em
que nossa escola se apresentaria na novena do Divino Espírito Santo.
Ensaiava números para apresentar na Ação de Graças, na noite da
nossa escola; preparava os cartazes com os desenhos das pombas
brancas com purpurina prateada, corações, as mensagens quando li-
das; enfim, sempre tinha lindas inspirações. Procurei ser objetiva ao
colocar para a médica o que fazia na igreja e ela pareceu entender. Saí
da sala dessa psiquiatra e fui passar pela etapa dos desenhos: bone-
quinhos, alguns na chuva, e figurinhas geométricas. A conversação en-
tre medicina ou psiquiatria e religião, ou seja, ciência e religião desde
os primórdios têm seus embates. Linguagem que se complica, diria eu,

236
pelo racional, pela busca das explicações via cérebro, estudos intensos
acabam por esquecer outras dimensões importantíssimas num ser hu-
mano. Esquecem-se da via sentimentos, via amor, via coração. Esque-
cem-se da dimensão espiritual divina fornecendo maior qualidade para
a alma, pois é daí que brotam os dons divinos para o emprego nesta
face da Terra no que beneficiaria imensamente todos os médicos e
curas de males. Muitos desses médicos estão distantes de Deus. Isso
gera um empobrecimento neles e riqueza do lado do demônio, conse-
guindo penetrar cada vez mais nos males trazendo a morte. Com vitó-
ria, retornei para as minhas turmas de Ensino Religioso Escolar; na
graça de Deus, eu pude continuar o meu trabalho. Em 1998, ano do
Espírito Santo, eu voltava a atuar dignamente na minha profissão. Par-
ticipei junto com os meus alunos, aqueles que se dispunha de coração
a participar da noite da novena ao Divino Espírito Santo, a seguir em
frente, com Maria, o Rumo ao Novo Milênio. Sabia exatamente o que
fazer e como apresentar e o que pedir a Deus nas belíssimas noites de
novenas ao Divino Espírito Santo. Você não pode imaginar a devoção e
o amor com que fiz minhas entregas, meus pedidos, desejando para a
Humanidade um mundo melhor de muita justiça e paz nos meus traba-
lhos na igreja Matriz. Eu compreendia o motivo de estar ali ocupando
meu lugar no espaço; tinha consciência, tinha o Conhecimento, sabia o
que fazem de ruim nessas casinhas de umbanda, quimbanda, e ainda,
em âmbito muito maior, acontecendo com a maçonaria eclesiástica infil-
trada na Igreja Católica – conforme conta o Livro de Nossa Senhora. Eu
mesma fui submetida na umbanda por minha mãe terrena vivendo com
sua alma presa mais de 20 anos nisso. Na própria escola pública havia
colegas mulheres de maçons. Você sabe. Estamos cercadas por tudo.
E... Eu seguia o meu Deus da Bíblia Sagrada Ave- Maria. Eu sou foca-
da sim num só Deus Pai Todo Poderoso. Não me deixo levar por cren-
dices, superstições, figas ou olho grego; arruda ou espada de São Jor-

237
ge atrás na entrada das portas; não me deixo levar por horóscopos e
tanto mais do lado do demônio para enfraquecer a verdadeira Fé. Virei
às costas a tudo que é abominado por Deus Pai. A Bíblia é o meu se-
guimento; o terço ou o Santo Rosário pedido por Nossa Senhora passa-
ra a ser a minha procura. Muitas orações feitas. Eu passara a aproveitar
cada oportunidade que Deus me dava. Queria ocupar o meu lugar no
espaço sabendo exatamente o que Deus desejava que fizesse, não
contra pessoas, mas contra o Mal em si, contra Satanás, lembrando as
mensagens de Nossa Senhora e desejando um mundo então mais
cheio de pessoas humanas, transparentes, autênticas no amor. Um
mundo mais humano e pessoas transparentes.
Que novenas lindas, do Divino Espírito Santo, a Igreja fazia nessa
época em minha cidadezinha! Belíssimas! A Igreja completamente
cheia e a entrada com fileiras de pessoas com as bandeiras do Divino
Espírito Santo. Nessa ocasião lembrava-me da minha mãe. Naquela
época era de praxe alguma pessoa levar até as casas a bandeira do
Divino Espírito Santo. Era perceptível no rosto da minha mãe, a alegria,
a satisfação em receber a bandeira linda com o desenho da pomba do
Espírito Santo com bordados de lantejoulas brilhantes. Você deve pen-
sar, mas se ela era umbandista... Sim, a mãe era assim. Ela não distin-
guia a umbanda como Mal, coitada! Para ela, era uma religião que tinha
para pedir ajuda! Ela amava a Igreja Católica, mas coisas negativas
fizeram com que procurasse outros caminhos e neles não percebia que
não encontraria salvação. Com que tamanha fé minha mãe caminhava
pela nossa casa grande empunhando a bandeira nas mãos e passava
com ela em cada quarto, em cada peça da casa. Quanta fé e seriedade
ela utilizava naquele rito Católico. Percebia seus lábios se movimenta-
rem e pequenos sons saindo deles. Ela rezava! E em nós, quem esti-
vesse perto dela, cobria nossa cabeça com a bandeira do Divino Espíri-
to Santo. Recordo de beijar o desenho em relevo da pomba. Minha
238
mãe, se pudesse, estaria naquela Igreja Católica, mas seu constrangi-
mento num contexto em que a vida a colocou à margem da sociedade,
o Mal existente através dos pecados de muitas pessoas, e inclusive dos
pecados não confessados da própria mãe, fizeram com que se retraísse
e caísse numa armadilha. Mas com muita satisfação, respeito e serie-
dade a mãe recebia a bandeira do Divino Espírito Santo em nossa ca-
sa. Realmente, até aquele momento, como professora de ERE, me sen-
tia digna, me sentia feliz, me sentia merecedora do lugar que ocupava.
Estava no lugar certo, representando exatamente o que tinha que re-
presentar e fazer ali, naquela Igreja, aproveitando a oportunidade que
Deus estava me proporcionando em nome do Amor, Verdade e da Jus-
tiça. Tinha muita sede por Justiça! Muita! Por tudo que vivi, que sofri,
que presenciei, clamei, desejei, chorei pedindo Justiça. E assim que,
quase picada pela cobra, por pouco, muito pouco, não fui picada, pude
continuar ao lado dos meus adolescentes.

239
240
Capítulo II

Parte 12

“Canção do Espírito
(LP: Anuncia-me)
Busca em Jesus a plenitude do Santo Espírito e do seu amor.
Deixa que Ele te envolva em seu calor.
Deixa Jesus cuidar das coisas que atormentam teu viver,
qual luz do alto Ele virá sobre o teu ser!
Cristo, meu Cristo, vem em mim morar.
Cristo, meu Cristo, vem em mim morar.
Ó, vem cantar com alegria, encher de paz teu coração.
Ergue o braço e louva a Deus em oração,
a Ele dá tuas tristezas, desilusões e tua cruz.
Então terás a vida em nome de Jesus.”

Um Show
Pude continuar o trabalho no ano de 1998, ano do Espírito Santo,
na graça de Deus Pai. As apresentações foram belíssimas; as apresen-
241
tações na noite da novena, quando as escolas eram convidadas. Lem-
bro-me uma pessoa comentou que alguém falara na igreja que a nove-
na estava virando show; algo assim, depois da apresentação que havia
realizado. Isso foi dito em tom irônico. Achava sempre muito interessan-
te que, quando outros faziam realmente seus shows, não aparecia
quem falasse, mas se era comigo, puxa! Alguma coisa batia forte! Mas
vamos ver se lembro do show apresentado para Deus, no ano do Espí-
rito Santo? Lembro-me duma batina branca usada por mim, comprida e
sobreposta a ela um manto vermelho, mais curto do que a batina bran-
ca. Peguei de empréstimo roupas pertencentes à igreja. Não gosto de
vermelho e pouquíssimas vezes eu usei vermelho em minha vida. O
vermelho é lindo, mas nas paisagens. Até nas flores, procuro escolher
para o meu jardim os tons mais claros: cor-de-rosa, branco, azul, o lilás
das lavandas e das sálvias; o lilás dos agapanthus e o branco; e assim
por diante. Não que não as possa ter na cor vermelha; ainda assim, dou
preferência para as flores nos tons claros. Talvez, você meu acompa-
nhante, gosta do vermelho. Que bom! Isso mantém o equilíbrio! Lem-
bro-me no magistério usava uma blusa vermelha e usava uma camisa
branca; esta, com a gola cuidadosamente colocada para fora da blusa
vermelha. Usava algumas poucas vezes. Naquela noite em especial, a
noite da novena ao Divino Espírito Santo, cabendo à nossa escola
apresentar a Ação de Graças ficavam ao meu encargo as apresenta-
ções. Eu me senti muito bem dentro das cores do Espírito Santo, ver-
melho e o branco. Quis homenagear o Espírito Santo. Fiquei bem e me
senti muito bem naquela roupa longa e larga. Sim, fiz um belo texto com
as explicações dos símbolos apresentados pelos alunos, na Ação de
Graças; não recordo bem o teor. Sei que apresentei perto do altar-mor,
o altar principal. Havia um espaço muito bom e, com microfone, eu ca-
minhava um pouco e falava algo escrito por mim. Com toda certeza
com muita inspiração, muito importante! As luzes, nesse momento, de-

242
veriam ter ficado menos intensas, gostávamos de empregar esse sis-
tema para deixar mais brando o ambiente, sublime e acolhedor. Com
toda certeza devo ter colocado música ao fundo. Gostava de usar as
músicas da cantora Enya.
Verdadeiramente? O que recordo de todas as noites das novenas
em cada ano participado: o Amor! O Amor para Deus sempre! O Cami-
nhar com Nossa Senhora, acreditando em satanás, acreditando obvia-
mente no Mal, e tinha que colocar para Deus todas essas questões.
Queria se fosse a Mãe, se tivesse todo Seu poder, pisar no Mal. Pisar
naquela cobra, naquela serpente do Mal; sabia que aquilo estava fa-
zendo o Mal da minha família, da minha mãe e da Humanidade de for-
ma abrangente, já que caminhava com Nossa Senhora lendo o Seu Li-
vro do Movimento Sacerdotal Mariano. Enquanto estava naquelas noi-
tes de novenas fazendo meu trabalho, pensava na cidadezinha com
suas inúmeras pessoas cultuando falsos deuses e na quantidade de
despachos feitos nas encruzilhadas e nas ruas de maneira geral; pen-
sava seriamente nas lojas maçônicas existentes por aqui e no que Nos-
sa Senhora em âmbito muito maior estava colocando em Seu Livro so-
bre a maçonaria. Entreguei para Deus! Pensava principalmente nos
meus; alguns deles faziam parte do submundo espiritual dos falsos
deuses. Era a luta, a batalha verdadeira espiritual. Era a sede de Justi-
ça Divina por um mundo melhor! Junto com a Mãe nas mensagens do
Seu Livro. Tempo, para mim, muito difícil! Muito! Foi nessa natureza a
caminhada para o Novo Milênio com Nossa Senhora de Fátima. Se mi-
nha Mãe tinha as Mensagens para dizer em Seu Livro sobre satanás e
a maçonaria eclesiástica infiltrada na Igreja Católica e a Humanidade
presa aos pecados, ao Maléfico, também eu tinha muito a colocar em
missas, os pedidos em nome de Deus e de Nossa Senhora, somando-
se aos meus. Considerava lindo tudo que fazíamos para Deus, Jesus
Cristo e Maria. Lindo! Sem meus alunos não seria nada. Sempre batia
243
nas portas das doze turmas para convidá-los para participarem dos en-
saios, dos números para a apresentação na nossa noite de novena,
dizia: “O importante é a qualidade! Qualidade para Deus! Aqueles que
realmente desejam participar com coração e boa vontade e que real-
mente possam participar dos ensaios que serão realizados fora do ho-
rário de aula levantem as mãos!”
E nessas horas pensava naquela frase:

“É preciso amassar muitas pétalas de rosas


para ter-se um punhado de perfume”.
Sentia sim, aridez. Alguns alunos participam e muitos não. Perce-
bia uma apatia com relação ao que é de Deus, uma descrença, princi-
palmente nos alunos mais velhos, de sétimas séries e oitavas séries. E
pensava ainda na historinha de um beija-flor; ele buscava água com
seu biquinho, para apagar um incêndio e enquanto ele fazia isso os ou-
tros pássaros ficavam a olhar e os fuxicos entre eles eram feitos.
Não foi fácil não! Mas tinha pleno Conhecimento, estava fazendo a
parte que me tocava e acreditava. Vontade de chorar não faltou e muito
chorei. Mas ia trabalhando com aqueles que me diziam interiormente:
poucos, mas de qualidade para Deus! E assim foi... E pensava mais:
maravilha se cada pessoa se entregasse em shows para Deus da ma-
neira com que fazia tudo. Não raro, penso, sobre os estádios de futebol,
cheinhos de torcedores. Como torcem bem, alegres, cheios de garra...
Mas o quanto não vejo o mesmo fazerem por Jesus Cristo! Levantarem
a bandeira em Seu Santo Nome. Lembro-me de um sacerdote na homi-
lia, não tenho certeza se foi na noite de apresentação da nossa escola,
em 1998, ano do Espírito Santo; o sacerdote falou de um jeitinho tão
lindo, tão profundo que me emocionei, porque se nós tivéssemos com-
binado, não teria dado tão certo! O que pensava eu e do que o sacerdo-
te dizia. Para desfecho da homilia, ele preparava uma pequena, mas
244
graciosa surpresa; segurava nas mãos um papel branco, enquanto fala-
va, ele fazia um picote naquele papel. Falava mais um pouco e nova-
mente mais um corte; ia falando e dando picotes naquele papel; até que
ao final da homilia ele abriu o papel picotado e surgiu um trabalho ren-
dado belíssimo com pessoas em círculo de mãos dadas. Que inspira-
ção o sacerdote teve! Que lindo!

245
246
Capítulo II

Parte 13

“Quão Grande És Tu
(LP: Vem Louvar IV)
Senhor meu Deus, quando eu maravilhado fico a pensar nas obras de tuas
mãos. No céu azul de estrelas pontilhado, o teu poder mostrando a criação.
Então minh’alma canta a ti, Senhor: Quão grande és tu! Quão grande és tu.
Então minh’alma canta a ti, Senhor: Quão grande és tu! Quão grande és tu.
Quando a vagar nas matas e florestas o passaredo alegre ouço a cantar.
Olhando os montes, vales e campinas, em tudo vejo o teu poder sem par.
Quando eu medito em seu amor tão grande, Seu Filho dando ao mundo pra
salvar. Na cruz vertendo o seu precioso sangue,
Minh’alma pode assim purificar.
Quando enfim, Jesus vier em glória e ao lar celeste então me transportar te
adorarei, prostrado e para sempre:
quão grande és tu, meu Deus, hei de cantar.”

Um “Bom Dia”
Continuava a caminhada Rumo ao Novo Milênio com Maria. O ano
247
de 1999: o Ano de Deus Pai. Costumava visitar alguns velhinhos na
Casa São José dos Irmãos Maristas, mas quem me convidava era meu
amigo Irmão Marista e foi quem prefaciou meu livro: “Um Tempo Lagar-
ta Um Tempo Casulo Um Tempo Borboleta” e a atual obra. Não sei lhe
dizer como Deus nos aproximou. Não lembro. Mas lembro da simpatia
dele ao receber os pequeninos na escola onde meus filhos fizeram o
ensino de primeiro e segundo graus; saíram de lá quando para o ensino
superior. Creio mesmo o seu jeitinho tenha feito com que me aproxi-
masse dele, no Tempo. Às vezes, quando entrava na escola por algu-
ma razão, via aquela pessoa simpática, amável, querida a dar bom dia,
a cada pequeno que entrava no portão do pátio da escola para a entra-
da das salas de aula. Plena manhã e aquele: Bom dia! Bom dia! Bom
dia! ... O bom dia era carregado de um olhar esperto, vivaz, brilhante,
mesmo usando óculos pesados com lentes de fundo de garrafa. O bom
dia era carregado de simpatia, de doçura ao olhar cada pequenino se
dirigir para as salas de aula. Era a Pessoa Bom dia! E assim, aquele a
quem tanto admirava na sua disponibilidade, mesmo velhinho, em pas-
sar algo de bom às pessoas, às crianças, estava sempre que podia por
lá, para deixar o seu: bom dia! E passei a fazer amizade com o querido
e bondoso Irmão Bom dia ou mesmo, a minha querida Pessoa Bom dia!
O bom velhinho era extremante lúcido. Uma memória ótima! Foi profes-
sor de matemática, chegou a viajar para missões na África, em Angola,
Moçambique e passou por muitas dificuldades inerentes ao trabalho
que fazia, mas sempre com aquela disponibilidade, jovialidade de alma
que lhe é tão peculiar. Possui um histórico notável, sem dúvida! Passa-
va a procurá-lo, para conversarmos. Queria que ele soubesse no que
eu acreditava tanto. Precisava de alguém religioso para conversar meus
assuntos espirituais; afinal, como era difícil encontrar alguém no meu
contexto! E alguém confiável. Falava sobre os assuntos espirituais do
Livro de Nossa Senhora e ele me relatava outros tantos casos de pes-

248
soas que estão “conversando” também com Nossa Senhora ou com
Jesus Cristo. Uma dessas pessoas é Raymundo Lopes. Retirei de um
livreto deixado pelo meu amigo Irmão Marista para fazer a leitura o se-
guinte sobre Raymundo Lopes:

“Um administrador de comércio exterior, vivia embriagado com mi-


nhas conquistas, sabia mais do que meus amigos, era um expoente na
universidade da vida, sabia conviver com livros, mas não sabia como
viver com vocês. Sempre fui tenso, irritadiço, impulsivo, intolerante, re-
siliência zero, não aceito ser contrariado, criticado, confrontado. Amava
expor as falhas dos outros; entretanto, escondia as minhas. Humildade
não fazia parte do dicionário da minha existência.”

E assim, Raymundo Lopes, a pedido de Nossa Senhora, deixou


sua atividade empresarial para dar início e se dedicar inteiramente à
Obra Missionária, constituída: Medalha Missionária; Pai-Nosso da Es-
perança; Terço da Divina Chama. Nossa Senhora pediu-lhe:

“sob o meu comando, procure formar um grupo e o coloque sob


minha proteção. Desejo também que esse grupo, com caráter missio-
nário com minhas mensagens, seja conhecido por Missionários do Co-
ração Imaculado”.

Você, meu leitor, deve se perguntar qual a razão de toda essa ex-
posição, essa caminhada das pessoas na fé, não é mesmo? Respondo
da seguinte maneira: estamos vivendo o Tempo da Misericórdia dado
por Nossa Senhora, a Mãe da Misericórdia. Há esse grande movimento
espiritual e será extremante forte em alguns anos, pela necessidade de
preparação da Humanidade na salvação de suas almas para o retorno
de Jesus Cristo. Já o Livro Azul, “Aos Sacerdotes, filhos prediletos de
Nossa Senhora” me acompanha fala claramente também da grande
tribulação e do tempo de purificação; revela com toda seriedade sobre a
questão da maçonaria infiltrada na Igreja Católica. Então, considero de
249
extrema importância preparar as pessoas para ensinar desde pequenos
a fazerem o sinal da cruz, pois estarão invocando a Santíssima Trinda-
de aqui para este Planeta Terra. Ensine-os a rezar, a cantar Mãezinha
do Céu, a rezar o Pai-Nosso e a Ave-Maria, o terço e tantas outras ora-
ções. Saber glorificar a Deus, com a oração do Glória ao Pai! Quantas
pessoas estão passando por essa vida sem rezar. Está na hora! Che-
gou a hora! Quantas crianças estão nascendo com as mãos colocadas
em cima de um Tablet ou celular etc., mas as mãos desconhecem uma
Bíblia.
Você sempre esperou uma forma de transformar o mundo? Pois é
chegada a hora e o modo de transformá-lo: através da oração, da luta
espiritual para que o Adversário sinta fraqueza e sinta de que lado você
está. Assim, ele deverá se retirar, pois não haverá como se propagar,
proliferar na santidade.
Veja o que Nossa Senhora pede a Raymundo Lopes:

“Nossa Senhora deixou-lhe a incumbência do Anúncio! Anunciar o


retorno de Jesus, com a maior amplitude possível, usando de todos os
meios de difusão ao alcance da Associação, amparado nos diálogos
constantes de suas publicações. Seu lema será: “Vinde, Senhor Jesus”!
“Sua cor: azul” “Catequese! Catequizar e formar catequistas, com base
no Catecismo Leigo desta Instituição, ligado ao Catecismo da Igreja
Católica, a fim de instruir na doutrina Católica e preparar para o retorno
de Jesus. Seu lema será: Sejam Catequistas! Sua cor: vermelha. Euca-
ristia! Composta de Ministros Eucarísticos, auxiliará nas celebrações
eucarísticas, cultos e distribuição da Eucaristia a Enfermos. Colocar-se-
á em firme defesa da Eucaristia, a fim de que seja preservada, “para o
bem da Igreja”, especialmente nos momentos mais críticos, em que es-
tará sendo combatida e desacreditada, pois deverá ser o alimento espi-
ritual que sustentará as pessoas nessa travessia (para os novos tem-
pos). Seu lema será: Eucaristia, presença de Jesus entre nós. Sua cor:
amarela”.
250
“O nome dessa tarefa dada por Nossa Senhora é Confraria Angéli-
ca que atuará a nível nacional, com um corpo de confrades e confrei-
ras, o mais amplo possível e preparado, para maior eficácia em sua
missão”.

Então, assim eu e meu amigo, Irmão Marista, conversamos. Assim


caminhamos na fé, envolvidos pelo amor de Maria, de Jesus e de Deus;
Eles encontraram um jeitinho de nos aproximar. Como continhas de um
grande rosário e ligados pelos cordéis da fé, vamos passando nossa
energia de amor; na finalidade que a Mãe deseja de nós, abriremos
caminhos; a pureza vai penetrando na impureza e a luz dessa energia
movida a amor vai iluminar as trevas das quais a Humanidade se faz
escrava.
Que assim seja!
Convido você, querido, a se unir a nós! O convite volta a ser feito:
a Mãe deseja o Seu exército invencível! O Seu Exército Branco! Seja-
mos esse Exército de Maria!
Meu amigo e eu passamos a ser grandes amigos e ele me chama
de mana! Obviamente somos irmãos e grandes irmãos em Cristo; nossa
é a mesma Mãe! Nosso é o mesmo Pai amado! Meu amigo e mano tem
acompanhado este livro. Escrevo um, dois ou mais capítulos ou partes
deles e ele me devolve uma apreciação do que lê sobre o conteúdo
deste livro. Parece que sou uma boa aluna, pois seus pareceres sobre
cada capítulo ou partes do livro são apreciações a contento, não tendo
ele avaliado nada que pudesse ser desapreciado! Impressionante o po-
der de síntese que possui. Com algumas poucas linhas ele diz tudo!
Consegue estabelecer um pensamento profundo do que quis dizer che-
gando ao âmago da questão. Usa poucas palavras, mas as poucas pa-
lavras caem como flecha! Comentei com ele sobre esse dom de sínte-
se, frente a leituras extensas. Respondeu-me que sempre fora assim. E
assim, com ele, não estou só na caminhada espiritual. Nessa amizade,
251
Deus me deixou Seu sinal de Providência Divina.
Dias desse, ele me disse: - “Mana”, tenho que dormir”.
E não seria vinte horas ainda creio.
– Tão cedo, assim, Irmão?
– Rezo o rosário sempre às três da madrugada!
O rosário não é terço! Reza-se o rosário com todos os mistérios
que são: Mistérios Gozosos ou da Alegria; Mistérios da Luz ou Lumino-
sos; Mistérios Dolorosos ou da Dor; Mistérios Gloriosos ou da Esperan-
ça. Cada um destes Mistérios possui 5 estações para se refletir e natu-
ralmente são diferentes. Nessas estações, reza-se o Pai- Nosso o Gló-
ria ao Pai e 10 Ave-Marias.
Fiquei pasma! Sentia a devoção, a religiosidade, a espiritualidade
dele era algo incomensurável. Num outro dia, retomei o assunto e per-
guntei-lhe:
– Mas Irmão, até que horas o senhor fica na capela rezando?
– Até a hora do café.
– Que horas é o café?
– Sete e meia.
E ainda perguntei-lhe algo que fiquei sabendo com o Tempo, so-
bre as 3 horas da madrugada: há religiões (não as considero religião)
que utilizam a madrugada das 3 horas para, da parte do demônio, fazer
contrapor às 15 horas, que é a Hora da Misericórdia em que Jesus Cris-
to expirou pela última vez. Horário forte para os Católicos Apostólicos
Romanos praticantes. Jesus Cristo apareceu para a irmã Faustina, de-
pois santa Faustina, nos legando o Terço da Misericórdia e novena;
como também o quadro com a imagem de Jesus Misericordioso onde
os fachos de luz em seu peito saem para determinar a água na cor
branca e o sangue na cor vermelha.

252
Meu amigo confirmou minha pergunta de modo discreto, dizendo:
“- Olha, daqui enquanto rezo, escuto no silêncio da noite, que é in-
terrompido, os batuques ‘deles’, às vezes. Gosto de ter um silêncio total
para rezar”.
E assim já o vi, meu Irmão amigo mergulha nele mesmo e fica
quietinho por muito e muito tempo, em genuflexão perante o Sacrário.
Que homem de valor! Que homem de tamanha fé! Com meu amigo
amado, Irmão Marista, conversamos muito a nível espiritual. Aquele que
Deus colocou em meu caminho como para dizer assim: “Viu como não
está só? Viu como há esse ser tão especial de tamanha fé e pode assi-
nar embaixo o que pensa e o que sente? Que dá apoio a você porque
ele é um fiel amigo preparado por Mim como também Eu a fiz encontrá-
lo?”.
Pois foi passeando com meu amigo pelos corredores da Casa São
José, onde os velhinhos Maristas residem que um dia vi um quadro be-
líssimo. Chamou-me a atenção pela vivacidade e riqueza de elementos
daquele quadro: vi uma cidade desenhada. Um local cheio de casinhas
e ruas; igrejas e pessoas; cavalos, carroças, árvores etc. Achei-o visto-
so, muito lindo. Chamou-me principalmente a atenção o símbolo acima
da cidade: um triângulo claro e um olho dentro; um céu azulzinho ao
fundo e à direita um arco-íris. Uma estradinha numa montanha que so-
be até encontrar outra cidade? Não sei bem o que era, mas estava em
proximidade a um círculo branco. Que quadro lindo e cheio de simbo-
lismos! Tão lindo achei aquele quadro que dias após voltei para tirar
fotografia dele e a tenho guardado. Mexendo nas minhas gavetas, me
deparei com um caderninho, muito especial, pois ganhei do amigo-
certo-amor e nele encontrei essa fotografia do que, fiquei sabendo mais
tarde, ser O Olho de Deus! Através do caderninho antigo e da fotogra-
fia, pude então relatar para você os simbolismos; nele havia deixado
escrito sobre o ano de 1999: O Ano de Deus! Neste caderninho havia
253
deixado as seguintes palavras como registro:

“Trabalhei muito para chegar ao ponto de estar com dignidade na-


quela igreja e fazer todos os pedidos para Deus. A última novena do
Divino Espírito Santo foi o cume. Ofertei os quatro elementos da Terra:
ar_ água_ terra _ fogo. E na Ação de Graças louvei e agradeci aos três
outros elementos transcendentais: Pai–Filho–Espírito Santo. Fizemos,
eu e os alunos, uma apresentação belíssima com dança e jogral. Com-
pletaram assim, os 7 elementos primordiais da Criação do Pai”.

No caderninho também deixei registrado:

“Coloquei, em missas anteriores, Deus no trono de Glória D’Ele.


Meu desejo de Louvá-Lo. Desenhamos o Olho de Deus: O Triângulo e
o Olho dentro”.

E terminei essa questão dizendo:

“para não ser confundido com o símbolo da besta negra: a maço-


naria eclesiástica”.

Fiquei muito feliz, porque o caderninho especial acabou por ser


memória para mim de algo extremamente importante, sério e maravi-
lhoso demais: o Ano de Deus, na minha caminhada Rumo ao Novo Mi-
lênio!

254
Capítulo II

Parte 14

“Mãe Do Novo Homem


(Eugênio Jorge) (LP: Faço novas todas as coisas)
Singela doce pura, Maria de José, Mãe terna e escolhida,
és mãe leal da fé. Seu nome é Maria de Deus.
Maria santa e fiel, ensina-nos a viver como escolhidos.
Olhos voltados para o céu e por Ele construir a nova vida.
Mãe da obediência, da graça e do amor.
Que os homens se encontrem no Filho desta flor.
Seu nome é Maria de Deus.”

Um Convite
No ano 2000, voltava a trabalhar com os pequeninos. Que sauda-
de! Que saudade em ficar ao lado de quem eu depositava esperança,
naqueles pequenos, como a salvação do mundo; do acreditar naqueles
rostinhos inocentes para um futuro melhor da Humanidade. E sabia
que, se falasse de Deus para os pequenos, como seria bem aceito!
Como eles são mais próximos da família celeste do que os maiores!
255
Conserva a inocência, a pureza.
Foi então que a diretora da escola chegou para falar comigo com
relação a continuar ou não lecionando o Ensino Religioso Escolar. Não
lembro se haveria alguma questão relacionada ao dinheiro, ao receber
mais, se voltasse a dar as aulas para os pequenos. Como também não
sei se ganhava menos ao dar aulas de ERE. Meu forte nunca foi o fator
financeiro.
Minha nomeação sempre fora para Currículo por Atividades, em-
bora com um curso superior em Filosofia e uma pós-graduação em Fi-
losofia Clínica. Peguei o Ensino Religioso Escolar pela situação de re-
torno àquela escola; ficara próxima a minha residência; foi assim que a
outra diretora na época me recebeu nesses termos: dar História para
uma quinta série e no ano seguinte pegar as aulas de ERE, o que acei-
tei de coração. Sentia como Chamado naquele Tempo em que vivi tan-
tas, tantas situações, e mais próxima de Deus, podia rezar pelos da mi-
nha família e minha mãe, principalmente. Aprendia na caminhada exis-
tencial...
Agora, a atual diretora, reeleita a mesma do ano de 1997, me per-
guntava se queria continuar ou não lecionado Ensino Religioso Escolar
ou desejaria voltar a lecionar para Currículo por Atividades. Dois anos
havia do acontecido tão sofrido para mim com relação àquele episódio
da carta-mentira. Lembro-me do sentimento de boa hora com que aque-
la possibilidade chegou para mim, quando a diretora veio falar comigo
sobre o querer voltar a dar aula aos pequenos. Não fiquei triste por dei-
xar as turmas dos adolescentes, porque sabia tudo havia sido realizado
com muito afinco e muito amor. Lembro-me da sensação de liberdade,
de alívio de poder olhar para trás e dizer assim, como encontramos na
Bíblia:

“Combati o bom combate, terminei minha carreira,


256
guardarei a fé.” (2Timóteo, 4:7)
Lembro-me, como se fosse hoje, destas palavras acima, pois es-
crevi em alguns cadernos de chamada e se não me engano num livro
Ata assinado por mim. Sei que escrevi em algum caderno. Nada ao
perscrutar meu coração e que me estivesse dizendo: - Não saia!
Pelo contrário: absolutamente tudo foi feito no Tempo de Deus.
Todo o Tempo foi aproveitado para Deus! E na Graça de Deus! Incrível
até essa conversa da diretora aconteceu ao final de 1999 e no ano
2000 já lecionava para os pequenos. Muitas vezes pensava quando
estava com os adolescentes: “A ‘sementinha’ está sendo jogada, mas
não sei como será o ‘terreno’ onde cairá”.
Verdadeiramente?
Se tivesse uma forma de Deus mostrar como tudo se passava
nessa corrida existencial, mostraria uma pessoa dando seus passos
apressados, quase correndo; na corrida, tentando escapar do Mal. Ter
o Tempo para poder fazer a sua missão para Deus. Em questão de um
dia, a batalha sobre o Tempo de Deus e o Tempo da serpente que
atrás me perseguia para não chegar a tempo viva para Deus! Talvez
quando falo em pressa ou corrida você pense que eu realmente trans-
parecesse a pressa ou a corrida. De forma alguma; tinha o discernimen-
to, a clareza. Ajeitava meu soma (corpo) muito bem, dava minhas aulas
programadas nos meus cadernos universitários, esquecia o tempo com
meus alunos adolescentes quando colocava os pés nas salas de aula.
Amei trabalhar com meus alunos adolescentes enquanto no Tempo
propício.
“A cada dia basta o seu cuidado” - pensava eu. Já não era a velha
mulher; era uma nova mulher nos meus Divinos.
Às vezes levava meu violão e cantava algumas músicas para os
alunos adolescentes ou levava um CD para eles avaliarem letras das
257
músicas como O Sal da Terra, de Beto Guedes, e comentava com eles;
Sol de Primavera, de Beto Guedes também, para alunos da oitava sé-
rie. A letra e música de Lulu Santos, “Tempos Modernos”! Era assim o
meu pensamento num novo mundo surgido do sacrifício de alguns, en-
quanto tantos dormiam sem saber o que estava acontecendo. Era as-
sim, quando parava para pensar em situações, que havia passado co-
mo aquela das coletas das perguntas nas onze turmas e não consegui
chegar à décima segunda turma. Foi assim que, na última hora, a cole-
ga e amiga me falou que poderia recorrer. Foi assim que, no Ano de
Jesus Cristo, senti a importância da Sua Morte por mim. Foi assim que
consegui no Tempo certo, de Deus, ainda realizar tudo na novena do
Espírito Santo, no ano de 1998 e ainda chegar mais pertinho e junto a
Deus, no Seu ano, 1999: o Ano de Deus! E justamente, a partir deste
ano, o convite veio para eu retornar aos pequenos. Isso é somente uma
parte da história, pois se você pensar nas situações outras da minha
Vida, Deus enviou-me tudo o que precisei para poder completar a obra
da paisagem final. Mas volto a repetir: foi muito, muito difícil! Não im-
possível, mas sofrido e difícil! “O cansaço do passo mantido...”
Pensara algumas boas vezes não querer ser eu mesma. Lembro-me
de que tive uma homenagem muito especial no pátio da escola; home-
nagem dos meus adolescentes, do Ensino Religioso Escolar, com direi-
to a despedidas e com palavras queridas, cartões e buquê de flores.
Senti falta da presença de pessoas dos setores e direção; como tam-
bém, de professores. Organizaram a homenagem na hora do lanche e
lembro-me de que naquele dia aconteceu alguma coisa que não permi-
tiu a saída do pessoal da sala do lanche. Não lembro se foi alguém falar
naquele dia com os professores, mas sei que aconteceu algo.
Verdadeiramente?
Aquilo que se sente muito e que se espera do outro, nem sempre
há retorno; por isso, o que se deve fazer sempre deve ser feito com
258
amor e autenticidade, sem esperar nada em troca e simplesmente fazer
e sem olhar para trás. Sei disso. Sempre soube como andava e onde
andava. Aprendi isso com a Vida no sofrimento.
Verdadeiramente?
Sentia que o Ensino Religioso Escolar não era valorizado. Não
sentia valoração, compreende? Sentia muita aridez. Muita! Não sei co-
mo o Ensino Religioso Escolar é ministrado pelo país. Não sei. Algumas
coisas chegavam até meus ouvidos e ficava sabendo o descaso que
faziam com os períodos em que eram para ser ministrado o Ensino Re-
ligioso Escolar e esses períodos eram usados muitas vezes por profes-
sores e suas aulas de outras matérias. Então, se tinham de pegar al-
guma disciplina emprestada o espaço, seria o do ERE, para essas au-
las de reforço no Português ou Matemática por exemplo.
Enquanto professora de ERE, procurei aproveitar cada minuto em
sala de aula. Acredito que nunca tenha faltado. Não me lembro de ter
tido uma única falta nos anos que lecionei o ERE. Era complicado leci-
onar Ensino Religioso Escolar, pois tinha as esperas entre um período e
outro, o que me fazia permanecer na escola, e eram doze turmas. Mas
quando se ama faz-se tudo sem perceber o tempo passar, pois o amor
me levou nas asas do Tempo. Para mim, Deus era a Pérola. Sabia fa-
zer muita falta na vida daqueles adolescentes, pois o que recebiam de
humanidade? E os levassem a refletir sobre a vida? Sabia eu que não
era vista além do rosto. Nunca suporiam quem estava além do meu ros-
to; qual alma caminhava todos os dias com responsabilidade, serieda-
de, amor, ministrando algo, que, segundo muitos, era menos importante
que a Matemática, o Português, a História ou outras disciplinas.
Deixo para você um escrito de Saint-Exupéry; ele fala justamente
sobre a importância de Deus e também eu considero extremamente
importante. O pequeno texto abaixo, alunos de algumas séries chega-
ram a receber de mim.
259
“O Mundo de Hoje: Desespero e Esperança.
Todo homem tem necessidade absoluta de abertura para Deus.
O sentido da Vida só é completo quando conduz a pessoa para
Deus.
Hoje estou profundamente triste, triste pela minha geração que
nada mais tem de conteúdo humano. Odeio, com todas as minhas for-
ças, a minha época. O homem morre de sede!
E só existe um problema, um só problema existe no mundo: devol-
ver ao homem um sentido espiritual, fazê-lo sentir inquietações espiri-
tuais...
Não se pode continuar viver só de futebol, de política, de greves,
de palavras cruzadas, você entende?
Não se pode viver sem poesia, sem calor, sem amor. Não há mais
que um só problema, um só: voltar a descobrir que existe uma vida do
espírito, a única que satisfará o homem...
É urgentíssimo falar aos homens. Necessitam tanto, tanto de
Deus...”

Pois é... Esse pequenino texto também me acompanhou durante a


caminhada! E a vida continuava... Em 2005, me aposentava com vinte e
seis anos no magistério em sala de aula. Nem percebi; quando me dei
conta o ano chegou, tão envolvida no dia-a-dia atribulado sem descan-
so existencial. Meus aluninhos prepararam uma festinha de despedida
e foi muito emocionante. A irmã querida e amada professora também
trabalhara na escola e estava aposentada foi me ofertar um lindo qua-
dro pintado por ela em tinta óleo. Sabendo do meu amor pelas borbole-
tas e seu significado para mim delas, ela fez um quadro dizendo que
era a minha cara, ou seja, minha alma. Pintou uma porta semiaberta
com uma chave caída ao chão. Dessa porta sai milhares de borboleti-
nhas coloridas em direção ao alto, onde fica um livro: a Bíblia. Sim, meu
querido: espero que você seja uma destes milhares de borboletinhas
260
rumo a Deus Verdadeiro Amoroso e Misericordioso. Meu sonho! Minha
irmã trabalhara como professora na mesma escola me entregou uma
cartinha com as explicações dos simbolismos, pois sabia do meu ideal
de vida, da minha causa. Muito especial essa mana. Muito especial!
O ano da minha aposentadoria chegou, mas confesso chegou a
tão boa hora... Melhor foi impossível. Fechei as páginas de um livro da
vida para abrir-me aos novos caminhos.

261
262
Capítulo II

Parte 15
“Quando Teu Pai Revelou
(M. Waldeci; L. Navarro) (LP: Vem Louvar IV) (DDEP 0047)
Quando teu Pai revelou o segredo a Maria que,
pela força do Espírito, conceberia,
A ti, Jesus, ela não hesitou logo em responder:
faça-se em mim, pobre serva, o que a Deus aprouver!
Hoje, imitando a Maria, que é imagem da Igreja,
nossa família outra vez te recebe e deseja,
Cheia de fé, de esperança e de amor, dizer a Deus.
Eis aqui os teus servos, Senhor!
Que a graça de Deus cresça em nós sem cessar!
E de Ti, nosso pai, venha o Espírito Santo de amor,
pra gerar e formar Cristo em nós.”
Por um decreto do Pai, ela foi escolhida
para gerar-Te, ó Senhor, que és origem da vida;
Cheia do Espírito Santo no corpo e no coração,
foi quem melhor cooperou com a tua missão.
263
Na comunhão recebemos o Espírito Santo.
E vem contigo, Jesus, o teu Pai sacrossanto;
Vamos agora ajudar-te no plano da salvação:
eis aqui os teus servos, Senhor!
No coração de Maria, no olhar doce, e terno,
Sempre tiveste na vida um apoio materno.
Desde Belém, Nazaré, só viveu pra te servir;
quando morrias na cruz, tua Mãe estava ali.
Mãe amorosa da Igreja, quer ser nosso auxílio.
Reproduzir no cristão as feições de seu Filho.
Como Ela fez em Caná, nos convida a te obedecer:
eis aqui os teus servos, Senhor!”

Uma Leitura
A morte da minha sobrinha não foi considerada, por mim, como
algo natural. Você verificará a razão deste meu pensamento crítico ten-
do como base a Palavra de Deus, as minhas observações a respeito da
vida e a própria Filosofia. Somente caminhando na estrada da vida com
Deus fui ter o Conhecimento da Verdade; até então, passava por tudo
ingenuamente. Na Leitura da Vida, passara a perceber no Tempo de
Deus, certas situações catastróficas não precisariam acontecer se as
pessoas envolvidas estivessem na proteção divina, isto é, se fossem
pessoas de oração, da Eucaristia, mantendo um cuidado em Deus
Amoroso e Misericordioso com suas almas; muitas situações ruins po-
deriam ser evitadas. Pessoas envolvidas com o demônio, no mundo
dos espíritos, ou seja, que frequentam casas de umbanda, espiritismo
ou similares. A Palavra de Deus, a Bíblia, deixa-nos dito que não são
espíritos que incorporam nessas pessoas, mas anjos decaídos que se
rebelaram contra Deus, no início da Criação, e como decaídos estão
264
aqui na Terra. Estes, sim, se fazem presença nesses lugares, nessas
casas onde são invocados e como legião de demônios trabalham para
satanás, o Pai da Mentira, ardilosos, escravizam as almas que ali os
procuram considerando espíritos. Importante se faz ler a Palavra da
Verdade, a Palavra de Deus, a Bíblia, para obter o Conhecimento e sa-
ber que são anjos maus que se rebelaram contra Deus no início da Cri-
ação; expulsos do Céu estão entre nós para nos perturbar e tirar a paz
em qualquer situação, onde tiver acesso para entrar. Satanás é o mes-
mo Lúcifer que comanda a legião de anjos do Mal. Verdades naturais
assim, simples assim, há homens que as distorcem por não acreditar
nelas como Verdade; podem acreditar também, mas escondem proposi-
talmente para dar lugar ao Mal. À pureza das situações acaba no des-
crédito, com o passar da vida, do Tempo. Preferem criar outras situa-
ções que os satisfaçam mais. Vemos pessoas que, na morte de um en-
te querido, preferem acreditar que se encaminhando ao espiritismo, por
exemplo, terão a chance de falar com seu querido (a). Muitas vezes,
trata-se de questões mal resolvidas enquanto vivos, de como gostariam
de ali vivificar os seus momentos e do desejo de mudar o rumo de algo
que ficou mal resolvido. Poderiam conseguir o seu melhor numa boa
Confissão e estariam se reconciliando com Deus e Jesus Cristo, através
de um bom sacerdote perdoando neles qualquer passado triste, pois
como Jesus Cristo é Misericordioso! Como Jesus Cristo nos ama! Nada
disso precisaria se, num viver correto, num viver responsável, num viver
do aqui e agora, no perdão, no reconhecimento humilde de um ser pe-
cador e, portanto, procurasse a confissão, a reconciliação com Deus,
procurasse as pessoas ainda nesta vida, enquanto pudesse: se descul-
par, amar, pedir perdão para que não sofra na hora da morte. Caminhar
a vida, enfim, na correção, no temor de Deus.
A Palavra de Deus nos ensina:

“Como está determinado que os homens morram uma só vez, e


265
logo em seguida vem o juízo, assim Cristo se ofereceu uma só vez pa-
ra tomar sobre si os pecados da multidão, e aparecerá uma segunda
vez, não porém em razão do pecado, mas para trazer a salvação àque-
les que o esperam.”

A Palavra da Verdade nos deixa bem claro: os homens morrem


uma só vez, ou seja, a vida é uma só! Por isso a eficácia da morte de
Cristo por nós.
Vamos ver o que Felipe Aquino, em seu site1, postou sobre essa
doutrina, do espiritismo, da autoria de Frei Boaventura Kloppenburg,
O.F.M. Bispo da Diocese de Novo Hamburgo (RS)

“Por que o Católico não pode ser Espírita? Cada religião possui
seus dogmas, seus artigos de fé. Se duas religiões possuíssem os
mesmos pensamentos e dogmas não seriam duas, mas apenas uma.
Por isso, uma pessoa não pode participar de duas religiões, pois não
cumprirá honestamente nem uma, nem outra.

O católico não pode ser espírita, porque:

1. O católico admite a possibilidade do Mistério e aceita Verdades sem-


pre que tem certeza que foram reveladas por Deus.
2. O espírita proclama que não há mistérios e tudo o que a mente hu-
mana não pode compreender é falso e deve ser rejeitado.
3. O católico instruído crê que Deus pode e faz milagres.
4. O espírita rejeita a possibilidade de milagres e ensina que Deus tam-
bém deve obedecer às leis da natureza.
5. O católico crê que a Bíblia foi inspirada por Deus e, portanto, não po-

1
http://blog.cancaonova.com/felipeaquino/2014/01/06/por-que-o-catolico-nao-pode-ser-
espirita/#more-15161

266
de conter erros em questão de fé e moral.
6. O espírita declara que a Bíblia está cheia de erros e contradições e
que esta nunca foi inspirada por Deus.
7. O católico crê que Jesus enviou o Espírito Santo aos apóstolos e
seus sucessores para que pudessem transmitir fielmente a sua dou-
trina.
8. O espírita declara que os apóstolos e seus sucessores não entende-
ram os ensinamentos de Cristo e que tudo quanto transmitiram está
errado ou foi falsificado.
9. O católico crê que o papa, sucessor de São Pedro, é infalível em
questões de fé e moral. O espírita declara que os papas só espalha-
ram o erro e a incredulidade.
10. O católico crê que Jesus instituiu a Igreja para continuar a sua obra.
O espírita declara que até a vinda de Allan Kardec, a obra de Cristo
estava inutilizada e perdida.
11. O católico crê que Jesus ensinou toda a Revelação e que não há
mais nada para ser revelado. O espírita proclama que o Espiritismo é
a terceira revelação, destinada a retificar e até mesmo substituir o
Evangelho de Cristo.
12. O católico crê no mistério da Santíssima Trindade.
13. O espírita nega esse augusto mistério.
14. O católico crê que Deus é o Criador de tudo, Ser pessoal, distinto
do mundo. O espírita afirma que os homens são partículas de Deus
(verdadeiro panteísmo).
15. O católico crê que Deus criou a alma humana no momento de sua
união com o corpo. O espírita afirma que nossa alma é resultado de
lenta e longa evolução, tendo passado pelo reino mineral, vegetal e
animal.

267
16. O católico [crê] que o homem é uma composição substancial entre
corpo e alma. O espírita afirma que é composto entre perispírito e al-
ma e que o corpo é apenas um invólucro temporário, um “alambique
para purificar o espírito”.
17. O católico obedece a Deus que, sob severas penas, proibiu a evo-
cação dos mortos. O espírita faz desta evocação uma nova religião.
18. O católico crê na existência de anjos e demônios.
19. O espírita afirma que não há anjos, mas espíritos evoluídos e que
eram homens; que não há demônios, mas apenas espíritos imperfei-
tos que alcançarão a perfeição.
20. O católico crê que Jesus Cristo é verdadeiramente o Filho Unigênito
de Deus, Segunda Pessoa da Santíssima Trindade.
21. O espírita nega esta verdade fundamental da fé cristã e afirma que
Cristo era apenas um grande médium e nada mais.
22. O católico crê também que Jesus é verdadeiro homem, com corpo
real e alma humana. Grande parte dos espíritas afirma que Cristo ti-
nha apenas um corpo aparente ou fluídico.
23. O católico crê que Maria é a Mãe de Deus, Imaculada e assunta ao
céu. O espírita nega e ridiculariza todos os privilégios de Maria.
24. O católico crê que Jesus veio para nos salvar, por sua Paixão e
Morte. O espírita afirma que Jesus não é nosso Redentor, mas ape-
nas veio para ensinar algumas verdades e de modo obscuro; e que
cada pessoa precisa remir-se a si mesma.
25. O católico crê que Deus pode perdoar o pecador arrependido. O
espírita afirma que Deus não pode perdoar os pecados sem que se
proceda rigorosa expiação e reparação feita pelo próprio pecador,
sempre em novas reencarnações.
26. O católico crê nos Sete Sacramentos e na graça própria de cada

268
Sacramento. O espírita não aceita nenhum Sacramento, nem mesmo
o poder da graça santificante.
27. O católico crê que o homem vive uma só vez sobre a Terra e que
desta única existência depende a vida eterna.
28. O espírita afirma que a gente nasce, vive, morre e renasce, e pro-
gride continuamente (reencarnação).
29. O católico crê que após esta vida exista o céu e o inferno.
30. O espírita nega, pois crê em novas reencarnações.

“Vocês vão para o céu em plena consciência: a consciência que


vocês têm agora. Para o momento da morte, vocês estão conscientes
da separação da alma deixando o corpo. É errado ensinar às pessoas
que se renasce muitas vezes e que se passa por diferentes corpos.
Nasce-se somente uma vez. O corpo, lançado a terra, decompõe-se
depois da morte... O homem recebe um corpo transfigurado.” Mediugó-
rie, página 84. Convertam-se Sem Demora!

Sobre o Purgatório:
“Existem muitas almas no Purgatório. Há ali também pessoas que
foram consagradas a Deus — também padres, alguns religiosos. Re-
zem pelas intenções deles, pelo menos o Pai-Nosso, a Ave-Maria e o
Glória ao Pai, 7 vezes cada um, e o Creio. Eu recomendo isso a vocês.
Existe um grande número de almas que permanecem no Purgatório por
longo tempo porque ninguém reza por elas.” Mediugórie, página 84.
Convertam-se Sem Demora!
“A maioria das pessoas vai para o Purgatório. Muitos vão para o
Inferno. Um pequeno número vai diretamente para o Céu.” Mediugórie,
página 88 e 89. Convertam-se Sem Demora!

Sobre o Inferno:
269
“Atualmente muitas pessoas vão para o Inferno. Deus permite que
seus filhos sofram no inferno porque eles cometeram pecados graves e
imperdoáveis. Aqueles que estão no inferno jamais terão oportunidade
de conhecer melhor lugar.” Mediugórie, página 85. Convertam-se Sem
Demora!
“As pessoas que vão para o Inferno não querem mais receber
qualquer ajuda de Deus. Elas não se arrependem nem param de se re-
voltar e de blasfemar. Elas se decidem a viver no Inferno e não pensam
em deixá-lo.” Mediugórie, página 88. Livro, Convertam-se Sem Demo-
ra!
Quem se entrega ao espiritismo acaba com um olhar espírita. Te-
nho observado algumas pessoas espíritas e me parecem que, ao cami-
nhar pela vida, deixam de ter um brilho no olhar. Existem muitos espíri-
tas, devido ao amor nutrido por por Jesus Cristo são extremamente ca-
ridosos, bondosos, fazem tudo com conformismo, pois acreditam no
sofrimento da pessoa e esta, deve sim, passar por aquele sofrimento;a
concepção de quem vive o mundo dos espíritos é da reencarnação.
Apegam-se a um Jesus Cristo sofrido, na cruz e a frase de Jesus Cristo
no qual ensina a amarmos uns aos outros. Então, pelo amor a Jesus
Cristo e a concepção de que espíritos existam realmente, os evoluídos
e os não evoluídos, assim, as pessoas, muitas delas, se deixam levar
pelo extremo amor de Cristo; por outro lado, a concepção de espíritos
prende inúmeras almas nesses lugares, pois segundo a Bíblia Católica,
as testemunhas de Jeová ou os Adventistas do Sétimo Dia ou ainda os
Evangélicos entendem espíritos como demônios. Segundo a Bíblia Sa-
grada dos cristãos com as inspirações de Deus aos profetas, Deus
abomina o espiritismo. Os espíritas seguem Allan Kardec.
O padre Paulo Ricardo, explica muito bem e possui inúmeros vídeos
tratando sobre esse assunto e você poderá acessar pela Internet. Um
desses vídeos possui o título “Demônio é um mito ou uma realidade?”.

270
Deus nos diz em Deuteronômio sobre o espiritismo:

“Adivinhação e profetismo

Quando tiveres entrado na terra que o Senhor, teu Deus, te dá,


não te porás a imitar as práticas abomináveis da gente daquela terra.
Não se ache no meio de ti quem faça passar pelo fogo seu filho ou sua
filha, nem quem se dê à adivinhação, à astrologia, aos agouros, ao feiti-
cismo, à magia, ao espiritismo, à adivinhação ou à invocação dos mor-
tos, porque o Senhor, teu Deus, abomina aqueles que se dão a essas
práticas, e é por causa destas abominações que o Senhor, teu Deus,
expulsa diante de ti essas nações. Serás inteiramente do Senhor, teu
Deus. As nações que vais despojar ouvem os agoureiros e os adivi-
nhos; a ti, porém, o Senhor, teu Deus, não o permite”. Capítulo 18, 9-
14.
No Tempo de Deus, fui encontrando as respostas na Vida sobre
as situações dos sofrimentos passados. Deixei dito para você, meu lei-
tor a cultura vivida dos espíritos e para lá minha mãe, na sua falta de
Conhecimento, procurava o lenitivo para a sua vida. Há quem diga que
uma casa de umbanda é diferente dum lugar como o espiritismo. O lu-
gar pode ser diferente, mas não o Mal que ali está contido. Por isso Lú-
cifer é o Pai da Mentira. Não existem espíritos evoluídos e outros não
evoluídos. São anjos, seres espirituais maléficos, legião de satanás.
Assim que, os mesmos espirituais maléficos atuantes nas casinhas de
umbanda são aqueles atuando no espiritismo. Por isso, Deus abomina
o espiritismo e a prática da invocação dos mortos, assim como você leu
sobre outras práticas também. Ou somos bons praticantes do catolicis-
mo ou não.
A palavra religião é de origem latina. Seus significados se comple-
tam entre si:
Re-legere (reler): considerar atentamente o que pertence ao divi-
271
no; ler de novo, reunir ou recolher.
Re- ligare (religar): ligar de novo o Homem à sua origem (no caso,
o divino); o Homem vai a Deus e Deus vem ao Homem.
Re- eligere (reeleger): tornar a escolher o divino, perdido pelo pe-
cado.
Religião é o relacionamento do homem com Deus.
Ou cremos na Bíblia católica ou cremos em algo escrito segundo
Allan Kardec. Satanás é astucioso e sabe ludibriar muito bem as pes-
soas e acabam se escravizando nas mais variadas situações. Você,
realmente, acaba por ficar muito agradecido pelas possíveis curas con-
seguidas procurando um lugar assim. Mas acabará tendo um preço a
pagar. Que preço! A sua própria alma. Uma alma que não conhece a
luz do dia. Uma alma que não conhece o Jesus Cristo da nossa Pás-
coa, ou seja, um Cristo que morreu sim na cruz, mas que não ficou na
cruz eternamente preso a ela. Jesus Cristo é a nossa Páscoa! Jesus
Cristo é antes de tudo, Ressurreição! Jesus Cristo veio com essa finali-
dade única aqui para a Terra, feito Homem como nós: morrer sim, por-
que Ele sabia que com a Sua morte, carregaria todos os nossos peca-
dos, as nossas faltas junto com a morte. Mas Ele venceu a morte e res-
suscitou! Aleluia, amado Jesus! Isso tudo por amor a mim, a você e
muitos não tomaram até os nossos dias consciência deste que só foi
Amor! E você, como espírita, num olhar baixo, rasteiro, vai procurando
daqui e dali um jeito para sanar esses problemas e mais e mais... Ou-
tras tantas situações nefastas vão surgir e você fica escrava deles.
Nesse mundo da cultura dos espíritos, eu me criei. E foi na cultura espi-
ritual maléfica que, com 7 anos de idade, a tal pessoa, o umbandista,
disse à minha mãe para fazer uma segurança de vida. Na verdade, até
hoje não sei o significado do ritual a que me submeteram. Mas, certa-
mente, eles sabiam. Nem sei ao certo se aquela apresentação foi mes-
mo uma segurança de vida. E assim, um dia, me colocaram em pé em
272
frente ao tal conga, como costumam chamar. Colocaram uma capa roxa
nas minhas costas e uma vela branca acesa em uma das mãos. Lem-
bro-me ficar muito tempo de pé, pois por último sentia vontade de urinar
e minhas pernas formigavam, mas não me dava conta de poder falar
até aquilo tudo terminar. Eles costumam fazer as tais seguranças de
vida; de 7 em 7 anos. Lembro também, de ter uma corrente levada no
pescoço e essa corrente veio desse lugar, da casa de umbanda na qual
minha mãe me levou e levava às vezes. Lembro que, distraída, eu a
tirava do pescoço para brincar, fazia desenhos com ela; ora unia as
pontas e fazia uma flor ora um formato de coração. A corrente era pre-
ta! Uma vez perguntei para mãe por que a cor da corrente era assim. A
mãe disse ter ficado preta com o tempo. Não me lembrava daquela cor-
rente na cor natural. Não sei o fim da corrente. Eu me lembro do nome
dado àquilo como sendo uma guia. Na casa do umbandista, se reunia
um bom grupo de pessoas, entre mulheres e alguns poucos homens.
Cantavam em círculo. Vestiam-se de guarda-pó branco. Em determina-
do momento, as pessoas conversavam algum assunto com aquele ho-
mem. Na verdade, ali naquela pessoa não havia a pessoa, mas alguma
coisa nele o possuía, com a permissão dele. Lembro-me de minha mãe
sentar num banquinho ao lado dele e também ele sentava em um ban-
quinho, para poder então ser atendida por aquele alguém dentro daque-
la pessoa. Isso dentro daquela pessoa dava os pareceres e procedia
com os pedidos, os quais minha mãe deveria atender para sanar as
suas dores existenciais levadas aquele homem, ou seja, aquilo que o
possuía.
Ele, às vezes, fumava um charuto e tinha na outra mão um copo com
bebida. Quando minha mãe possuía um assunto problemático muito
importante e queria o aconselhamento daquele umbandista, ela marca-
va um encontro particular. Ele se transfigurava ao incorporar uma “enti-
dade”. Às vezes, essa “entidade” se manifestava de outra forma, tantos
273
eram os diferentes nomes dados àquilo que se manifestava nele e
chamam de “incorporação”. No ritual desse umbandista eu lembro seu
aspecto muito estranho. Transfigurava-se; ficava muito feio. O rosto era
pesado e avermelhado. Havia rugas de expressão que se acentuavam
muito pelas expressões que fazia. Os lábios eram cerrados e falava de
modo esquisito. Ele batia forte com os calcanhares no chão de assoa-
lho de madeira; ao mesmo tempo uma das mãos ficava atrás das cos-
tas e ele rodopiava e se atirava para bater a testa no chão em frente ao
conga onde ficavam os chamados santos, e que de santos não possuí-
am nada. Lembro-me do sininho pequenino fazia um sonzinho forte e
estridente e o umbandista sacudia como se chamasse alguém quando
iniciava os ritos. Lembro-me de que ele, quando queria alguma coisa,
atirava ponteiras de ferro pesadas no assoalho de madeira. Algumas
fincavam na tábua e outras caiam. Não sei o que via, através dessa
ação. Parece um tipo de leitura, alguma coisa aqueles pesados ferros
com pontas, diziam a ele, pois ficava parado observando-os; alguns
chegavam a fincar na tábua. Recordo-me de nomes usados, como exu-
caveirinha, arranca-toco; sei que falavam ainda em xangô, ogum; tinha
preto-velho. Enfim, outros nomes, mas não lembro. Faço questão de
colocar essa parte da minha história de vida para você, pois foi nessa
cultura do mundo dos espíritos eu fui encaminhada.
Esses falsos espíritos — são anjos maus, são os decaídos expul-
sos por Deus — atuam eficazmente aqui na Terra, através das pessoas
se deixando receber por essas criaturas do mau e chamam “incorporar”.
E minha mãe, recorrendo aos espíritos na busca de salvação para seus
problemas existenciais! Olha impressionante como ela respeitava aque-
le homem; passara a se tornar o mentor dela! Tudo, todos os seus
acontecimentos desagradáveis vividos por ela, seja com meu pai, do-
enças dos filhos (e ela não tinha um, mas oito filhos) qualquer proble-
ma, qualquer coisa que a preocupassem inclusive sonhos, ela recorria
274
àquele homem, dono da casa de umbanda. Podia chover fazer frio, ca-
lor, ela não deixava de ir. Ela era gorda, mas encontrava forças para
subir uma lomba enorme; antes da subida da lomba, ainda pegava um
ônibus para chegar até lá. A mãe achava encontrar o seu lenitivo de
vida, a paz, a melhora para a sua vida naquele lugar do Pai da Mentira.
Às vezes, minha irmã, um pouco maior do que eu, também era convi-
dada a ir. Esse lugar frequentado pela mãe ficava na cidade maior. Por
último, o umbandista disse para minha mãe construir uma peça para
fazer as sessões de umbanda na nossa própria casa; então, ao invés
das sessões na casa dele, passaria a ser na nossa. E assim a mãe
construiu uma peça mais ao lado da nossa casa, no mesmo terreno.
Lembro-me que, segundo o umbandista, ela passaria então, a receber
as “entidades”. Entretanto, a mãe nunca recebeu “entidades”. Só rodo-
piava e batia palmas acima da cabeça e lembro-me mais: a mãe dizia
que ”se fosse para falar mentiras que nunca falasse”. Realmente, nunca
falou, ou seja, nunca foi médium para atender pessoas, dar consultas,
como por exemplo, como o umbandista chefe. Aquela peça pedida pelo
umbandista logo virou um nada, pois foram encerradas as tais sessões
espíritas. Minha mãe se desgostou com um caso ocorrido e acabou
com tudo.
Existem pessoas que não acreditam no Mal. Ele existe! Existe
traz toda a gama de discórdias de falta total de paz de ciúmes, de todas
as formas de pecados para esta face da Terra; entretanto, se a pessoa
estiver em Deus, fortemente alicerçada na Palavra de Deus, é uma
pessoa de fé, está com Jesus Cristo na Eucaristia, realmente nada
acontecerá, caso o Mal esteja endereçado a ela. Mas facilmente su-
cumbirá quando não estiver com a proteção divina. Se por ventura, al-
guém mau, com más intenções, procurar essas casas de umbanda ou
similares para fazer um “trabalho”, como é chamado, ou “grande traba-
lho” para colocar outra pessoa ou alguém em desgraça, graves dificul-
275
dades, gradativamente as situações vão acontecendo e quando se per-
cebe as desgraças vão surgindo gradativamente. Às vezes, uma pes-
soa se sente mal interiormente; surgem situações ao redor, e ela não se
dá conta, mas em torno dela também existe quem esteja colocando o
seu nome, por exemplo, embaixo do pé do “santo”, como já escutei di-
zerem em minha vida, e não só falam como de fato fazem. O espiritual
é o mesmo, tanto procurado numa casa de umbanda ou sendo realiza-
das missas negras satânicas, como Nossa Senhora nos revela em Sua
Obra, pois provém de um só ser existente maléfico e espiritual, que é o
Pai da Mentira: o demônio ou satanás ou... (as tantas denominações
deste Mal na Bíblia). Creio que você pode compreender a dimensão do
tratado neste livro: o assunto está em um patamar espiritual divino
(Deus) e espiritual maléfico (satanás e seus colaboradores). O assunto
é colocar para você, querido, vivemos num mundo onde tudo pode, aqui
nesta Terra, começar a se formar, a se materializar. Diria que depende
de nossas orações, de nossa credibilidade em Deus Verdadeiro, para
que haja sentimentos positivos, bons sentimentos construtivos, formati-
vos, educativos, de moral, de ética, valores sólidos para que as coisas
comecem a se edificar nesta vida. Existem mães que entregam seus
filhos para pessoas nesses lugares de seitas, pois não considero um-
banda uma religião. Você já sabe o que significa religião; portanto, reli-
gião nada tem a ver com isso. Essas mães, inclusive grávidas, fazem
“banhos de descarrego”, “tomam passes”, como costumam dizer, e fa-
zem suas “oferendas”. Tanto a mãe quanto a criança acabam por ficar
comprometido, escravizado, indo nesse lugar, para sempre ser atendi-
das pelos “mentores”; porquanto ainda dizem que de sete em sete anos
a criança deverá fazer uma segurança de vida. E foi assim que uma
mulher dos espíritos (casa de umbanda batuque) disse que minha so-
brinha teria que fazer o trabalho dos sete anos e não havia feito. Por
esquecimento de sua mãe, não levara realmente a sério que algo assim

276
pudesse realmente acontecer. Na verdade ela não tinha consciência do
grau do Mal e não tinha consciência que ali estava o demônio. Nunca
imaginaria algo assim. Foi outra inocente sendo levada ao cativeiro ao
matadouro da Vida, considerando que ali estava o seu lenitivo de vida.
E iniciam-se assim os pedidos, as cobranças, e quando não fazem o
que eles determinam, ficam em perigo, e perigo de vida; a pessoa es-
cravizada com medo de sair desses lugares. Com o Tempo, e foi atra-
vés do Conhecimento, passei a observar certas situações que aconte-
ciam na família e também comigo. Um número razoável de membros da
minha família não procurava por Deus Verdadeiro numa missa. Não
buscavam Jesus Cristo na Eucaristia, assim como eu mesma. Isso não
fazia parte do nosso mundo e alguns buscavam seus interesses em
lugares cujo deus era outro. Poderiam pensar até em um Deus bom,
mas, na prática, a busca e as oferendas eram realizadas em nome dos
deuses dos pagãos. Havia pessoas na família que chegaram a fazer
parte de certos rituais como banhar a cabeça com sangue de cabritos.
Eu mesma cheguei a ir num lugar assim, embora não tenha participado
do ritual. Aproveitavam, após as matanças, para uma confraternização
num bom jantar com as carnes dos animais abatidos. Infelizmente, não
era num banquete eucarístico que se reuniam. A mãe, por exemplo,
deixou a cultura de que na umbanda fosse o lugar em que poderia se
recorrer como fonte de auxílio na vida. Para ela, tudo era explicado co-
mo Verdade naquele lugar onde costumava ir frequentemente. Mas a
vida foi muito pesada para parte da família. E quanto mais naquilo, tan-
to mais problemas apareciam. A Palavra de Deus é clara e Ele abomina
isso tudo. Alguns da família não frequentavam literalmente lugares de
um submundo maléfico, também não buscavam a proteção contra o
Mal. Assim eu fazia num Tempo. Não pensava em Deus como também
não recorria à Igreja, as missas. Era um nada! Uma peninha solta ao
vento! Sem defesa, sem proteção, mas totalmente no meio da situação
277
maléfica. Então, alguns passaram a possuir esse sistema de coisas
como Verdade em suas vidas. Não procuravam uma igreja católica ou
outra, mas procuravam tipos de pessoas recebedoras dos espíritos pa-
ra orientar suas vidas. Isso foi vivido por alguns de maneira muito forte!
Obviamente não somente membros da família na cidade menor se da-
vam a essas práticas. Você não faz ideia, meu leitor, a quantidade de
despachos de trabalhos feitos pelas esquinas, encruzilhadas, que são
realizados por aqui. São papéis coloridos vermelhos, pretos, brancos,
galinhas, galos mortos, pipocas, garrafas de bebidas, batata-inglesa e
tantas outras coisas que o demônio pede que assim seja feito para uma
determinada questão solicitada por alguém. Disse uma vez uma senho-
ra, que é protetora de gatos, que é a coisa mais horrível como usam
gatos e o que fazem com os coitadinhos nessas seitas. Já vi, numa en-
cruzilhada, algumas patas de cabrito. Da cidade menor à cidade maior
e vice-versa, quando viajo, e geralmente todos os dias, é impressionan-
te o número de velinhas acesas à noite no meio do gramado. E eu? A
cada coisa dessas vistas por mim, faço a invocação da Santíssima
Trindade e peço por Justiça e Misericórdia! Rezo após um Pai Nosso!
Verdadeiramente?
Está muito difícil permanecer nesta cidade. Sei que também para
onde eu fosse, veria igual. Talvez não tanto, mas também pouco e ex-
tremamente eficazes. Isso não significa dizer que, a atuação não se
realiza nas grandes cidades. Os ritos podem ser outros, mas as lojas
maçônicas, seita secreta onde somente homens entram estão espalha-
das por todos os lugares do mundo. E... Não sou eu quem revela, mas
a Mulher revestida de sol, Nossa Senhora de Fátima nos diz sobre as
missas diabólicas, satânicas, as missas negras realizadas pela maço-
naria e pela maçonaria eclesiástica. Enfim, o Espírito Maligno atua efi-
cazmente em todo o mundo.
Padre Paulo Ricardo, num dos seus vídeos, fala que, na Europa, há
278
um grande número de seitas, de satanismo. Sou eu, você, cada um de
nós que responder com o sim, poderemos fazer o mundo melhor se
queremos um mundo digno para os nossos filhos e netos. Isso diz Nos-
sa Senhora, nas palavras Dela, naturalmente. Ela está pedindo, “reze,
reze filhinhos” e o Santo Rosário para a defesa do Mal, como eficácia.
Pede pela conversão urgente! Diz a Mãe Santíssima que se rezarmos
poderemos mudar o curso das situações maléficas, pois as nossas ora-
ções no Céu, para Eles é uma resposta muito eficaz. Obviamente, as-
sim me parece, se o animal assistir muitos corações unidos no amor,
pela preservação da Criação de Deus, preocupados com seus filhinhos,
seus netos, num amanhã, imagine se nosso Pai não irá tomar todas as
medidas cabíveis para tornar em vão o que satanás está fazendo e já
está fazendo... Deus é Santo! Deus é Forte! Deus é Imortal! Ele é o Cri-
ador do Céu e da Terra.
Ainda escrevo. Ainda esta obra não está acabada. Ainda esta obra
possui vida. Então, aqui eu faço constar o que houve em uma missa na
qual fomos; pela primeira vez, fui a uma missa na Igreja Santa Cecília,
na cidade maior, 02-03-2014. Numa das leituras do profeta Isaías,
49,14-15, assim era dito:
“Disse Sião: ‘O Senhor abandonou-me, o Senhor esqueceu-se de
mim!’. Acaso pode a mulher esquecer-se do filho pequeno, a ponto de
não ter pena do fruto do seu ventre? Se ela se esquecer, eu, porém,
não me esquecerei de ti.” PALAVRA DO SENHOR.
Sei que o Mal está por tudo nas suas diferentes roupagens! Pode
não estar à mostra como aparece por aqui na cidade menor. Mas está
escuso! Está dentro de uma grande associação! Está dentro de uma
seita (silenciosa). Mas enfim, estou cansada! Estou cansada de ler a
Vida. Meu olhar é sugado para esses lixos. E quando os vejo tenho de
fazer as minhas orações e pedidos, pois tenho o Entendimento do que
é aquilo.
279
280
281
Capítulo II

Parte 16

“Deixa A Luz do Céu Entrar (LP: Louvemos o Senhor II)Tu anseias, eu bem
sei, por salvação, tens desejo de banir a escuridão.
Abre, pois, de par em par teu coração e deixa a luz do céu entrar.
Deixa a luz do céu entrar, deixa a luz do céu entrar.
Abre bem as portas do teu coração e deixa a luz do céu entrar.
Cristo, a luz do céu, em ti quer habitar, para as trevas do pecado dissipar,
Teu caminho e coração iluminar e deixa a luz do céu entrar.
Que alegria andar ao brilho dessa luz.
Vida eterna e paz no coração produz.
Oh! Aceita agora o Salvador Jesus e deixa a luz do céu entrar.”

Um Quadro: Tristeza e Euforia


Ganhei uma tapeçaria belíssima, toda bordada a mão por um pa-
rente, na época do meu casamento no civil com o pai dos meus filhos.
A tapeçaria era enorme e a colocava na parede nas diversas casas das

282
quais morei; a primeira coisa feita por mim era colocar aquele quadro
na parede, pois o considerava lindo! Ele tinha uma enorme gaiola dou-
rada, com um pássaro no centro. O pássaro azul ficava no centro da
gaiola dourada. O quadro era todo bordado. Fora da gaiola, ficavam nas
quatro pontas, mais quatro pássaros azuis virados para o pássaro ao
centro. Suas asas eram levemente abertas e inclusive o pássaro preso
no centro. Havia flores bordadas também pelo quadro todo. Realmente
um trabalho lindo e recebi de uma pessoa muito querida, especial, e ela
o tinha bordado. Entretanto, o tempo passou e um dia eu estava senta-
da, no sofá, muito triste e sozinha, fiquei olhando aquele quadro e ele
se desvelara para mim com uma conotação outra. Senti uma tristeza
profunda pelo pássaro engaiolado. Como se aquele pássaro fosse eu.
“Credo!”, pensei comigo. Que ironia! Os outros pássaros livres olhando
para ele preso na gaiola. Mas que tristeza! Ou estavam ansiosos em
volta dele desejando que aquele coitado saísse? Foi então para mim
ficou insuportável continuar com aquele quadro na minha casa. Um dia,
resolvi fazer algo e sabia poderia trazer muito falatório na família, quan-
do soubessem o que fiz com o quadro. Mas não me preocupava com
isso, a vontade de agir era mais forte do que qualquer situação dessas.
E essas pessoas já não faziam parte do meu mundo. Com a separação,
todos eles partiram como digo: para o lado de lá.
Peguei o quadro lindo; o sentimento ao ver o pássaro preso na-
quele quadro passara a ser maior do que a sua beleza. Coloquei-o no
carro e fui procurar um lugar onde pudesse largar o pássaro. Queria
soltá-lo; deixá-lo livre. Fui com o carro, percorri alguns quilômetros es-
colhendo um lugar. Fui em direção leste, como se fosse para a praia. Vi
uma estradinha de chão batido e entrei. Parei o carro e desci. Havia
uma arvorezinha e para chegar até ela eu tinha passei por uma cerca
de arame farpado. Passei pela cerca carregando a tapeçaria e a Bíblia
e cheguei até a arvorezinha; abaixei-me ajoelhei-me e estendi o quadro,
283
a tapeçaria no chão embaixo da arvorezinha. Havia levado a Bíblia e
pedi a Deus a Sua Palavra. Não lembro, não anotei, mas sei que ao ler
fiquei feliz, fiquei em paz. Rezei. Lembro-me naquele momento, olhara
para o céu, pois passara sobrevoando, um helicóptero. Voltava a olhar
para a tapeçaria e pensei:
“Espero ninguém pegue este quadro, pois aquilo não desejado por
mim, não desejo para o meu outro. Que ninguém se deixe levar pela
beleza dele, porque a tristeza é maior, muito maior. Não merece pare-
de!”. Queria que o clima conspirasse para chover muito e o sol o desfi-
zesse ali mesmo. Queria soltar aquele pássaro porque eu me sentia
presa. Queria- me sentir livre. E assim nunca mais tive aquele quadro
comigo para olhar e me fazer sofrer. Queria eu fazer dele a minha ofe-
renda a Deus.
Pensava nos umbandistas quando das suas oferendas nas ruas,
nas encruzilhadas, seus papéis coloridos onde cada cor representa al-
guma “entidade”, e tanto mais fazem eles. Por que eu não poderia ofer-
tar a Deus algo que me oprimia? Para que Ele me ajudasse a ser mais
livre na caminhada da vida? Obviamente o meu amado Deus não me
pediria algo assim, mas eu quis fazer isso. Quis muito fazer para man-
dar embora todas as amarras, o passado. Foi algo importante, necessá-
rio para minha alma. E fazia parte da minha vivência naquele Tempo.
Senti-me mais leve, melhor. A vida se mostrara melhor, na labuta ao
lado do espiritual e com a Mãe. Essa foi a minha história. Tinha de vivê-
la, mesmo desejando algumas vezes não ser eu mesma. Noutra ocasi-
ão, estava disposta e fui com as crianças ao parque da Redenção na
cidade maior. Coloquei a bicicleta no carro e fomos. Lá chegando, me
lembro da felicidade, do entusiasmo, da sensação maravilhosa de liber-
dade sentida. Pegava a bicicleta e dava voltas em torno de um grande
chafariz que lá tinha. Recordo-me de estar desligado quando eu che-
guei, mas que, de repente, ele largou um jorro de água forte e as gotí-
284
culas saídas dele me tocavam. Sentia a umidade na minha pele. Como
estava feliz! Feliz pela sensação de liberdade, como se algo muito forte
que me escravizasse tivesse saído de mim. Naquele lugar, já estivera
outras vezes, quando os filhos eram pequenos brincavam no parquinho
com os carrinhos. Mas nunca tinha parado para observar as estátuas,
as imagens, o colégio, como naquele dia. Era como se tivesse vendo
tudo pela primeira vez. E com toda certeza, era mesmo, já que meu
olhar tristonho teimava em se colocar para baixo quando ali estive num
outro Tempo. Mas aquele Tempo estava mudando! Tudo estava acon-
tecendo para melhor! Cheguei a casa e aquele local, aquele nome ‘Re-
denção’, me fez querer saber o que significava. Tudo foi tão incrível, a
sensação toda de euforia, de alegria, era realmente alegria, fiquei curio-
sa para saber o significado da palavra ‘Redenção’, o nome daquele lu-
gar me levando a sentir tudo aquilo. Peguei meu dicionário velhinho e
nele dizia assim, sobre a palavra Redenção:

“Ato ou efeito de remir ou redimir; o resgate do gênero humano por


Jesus Cristo. Esmolas que se davam para remir os cativos. Por causa
do pecado original em que todos os homens são concebidos, ninguém
podia conseguir a salvação eterna por méritos próprios. O Filho de
Deus fez-se homem, padeceu e morreu por amor dos homens, ofere-
cendo a seu eterno Pai a sua vida, paixão e morte, como sacrifício para
remir os homens do pecado, e poderem entrar no céu. Deste modo foi
feita a redenção do gênero humano”.

Fiquei compreendendo a razão da minha libertação da alma, da


minha euforia, da minha alegria toda. Havia dito o meu não querer viver
mais, aquela velha pessoa. Fiz uma opção séria, muito séria em minha
vida. Nascia uma nova pessoa, uma nova mulher em busca de Jesus
Cristo, pois este ficara relegado num Tempo. Fiquei compreendendo o
que queria dizer Redenção! Aquele lugar, com aquele nome, me levara
à compreensão do fundamento da vinda de Jesus Cristo aqui para esta
285
Terra: “Ele veio nos trazer a redenção do gênero humano”! O “resgate
do gênero humano”!
É assim que Deus falava comigo. Na vida! Ele se apresentava na
vida e eu fazia a Leitura da Vida. Dos meus apanhados do Tempo, ano-
tação guardada tenho o seguinte (não sei a autoria):

“Os acontecimentos da vida nos falam. Como sinais de passos na


areia nos interrogam e nos querem dizer o INTERIOR, o INVISÍVEL
que escondem.”
“No fundo, seria tão simples se as coisas não tivessem um sentido
escondido, se elas não tivessem como um INTERIOR, se um aperto de
mão não fosse mais do que cinco dedos encontrando cinco dedos... se
um beijo não passasse de um contato de peles...
Não haveria mais interrogações.
Nenhuma pergunta surgiria.
Não haveria necessidade de procurar uma significação para tudo.
A gente constataria e... acabou-se!
NÃO HAVERIA NECESSIDADE DE PROCURAR COMPREEN-
DER.”
“Decifrar, compreender o sentido da vida iluminada pela verdadeira
luz, é uma questão de vida ou de morte.”
“Os acontecimentos mais banais da vida podem ser vistos de dife-
rentes maneiras: ou do EXTERIOR, ou mais do INTERIOR. Tudo de-
pende da perspectiva em que a gente se coloca.”
“O invisível que buscamos nas coisas, nas situações e nas pesso-
as, é o que as torna verdadeiras: é o que lhes dá sentido.”
“Na marcha em busca do invisível, fica-se sempre mais atraído por
ele e, sem a gente se dar conta, a vida vai-se tornando mais livre, mais
engajada, e com mais sentido porque mais verdadeira.”
“É a experiência de inúmeras pessoas ao longo da história. Expe-
riência formidável principalmente a partir do momento em que esse in-
286
visível se vê ir tomando jeito de uma Pessoa. E na presença desse Ser
Perfeito, é então o deslumbramento, a euforia plena...”
“Galileu Galilei quando viu o invisível que todos os outros não vi-
am, arrebatado pelo sentido mais interior do universo, ficou animado de
tanta coragem que até enfrentou o terrível tribunal da Inquisição. Man-
teve-se firme.”
“Tiradentes viu a dinâmica do processo que se ocultava no interior
do povo brasileiro. E vendo o invisível, ‘manteve-se firme’ dando a pró-
pria vida em testemunho da verdade. E diante da forca que o esperava
pode exclamar: “Se dez vidas eu tivesse, dez vidas eu daria!”

Então, diria a minha caminhada existencial passara a ser desvela-


da, ponderada e percebida em Deus. Deus passou a ser meu “Invisí-
vel”. Não somente Deus, mas Seu Filho e Sua Mãe numa orientação
permanente.

287
Capítulo II

Parte 17

Maria Exemplo De Mãe


(Grupo Agnus Dei)
Que honra é para mim.
Chamar de minha mãe.
A mãe do meu Deus, do meu salvador.
Ensina-me oh mãe a caminhar na luz,
seguindo os passos de Jesus.
Aquele que tudo criou, te escolheu, você não vacilou.
Trouxe ao mundo o autor da vida, de ti nasceu, Jesus.
Ensina-me a dizer o sim.
E aceitar os planos do Senhor.
Oh, mãe querida, és para mim exemplo de amor, amor, amor

Uma Recordação Indelével


Tinha meus oito ou nove anos, eu creio; lembro-me repetir a ter-
ceira série primária, como assim era chamada na época. Foi aqui, nes-
se Tempo, mais ou menos nessa idade, meu amor pela Mãe, por Nossa
288
Senhora, teve início. Estudava numa escola de freiras. Elas usavam
hábitos pretos ou cinzas. No peito, colocado no próprio hábito, carrega-
vam um coração, aparentemente de feltro, saliente, fofinho, incrustado
e circundado por flores bordadas e coloridas. Usavam véus de panos e
os cabelos não apareciam. Algumas freiras mais severas foram minhas
professoras; outras mais doces no tratamento, também. Gostava de
ficar olhando aqueles corações. Gostava do mês de maio, porque era
dedicada a Maria. Promoviam a reza do terço no pátio grande da escola
e em círculo; caminhando lentamente rezávamos todo o terço enquanto
um lindo altar ficava preparado para a imagem de Nossa Senhora. Usa-
vam tules azuis para cobrir o altar e ele era feito como pequenos de-
graus de escada, onde Nossa Senhora ficava mais acima, em desta-
que, no degrau superior. Muitas flores eram ali depositadas. Lembro-me
pedir rosas para minha mãe, para levar no mês de Maria para Nossa
Senhora, como também para as professoras, às vezes. Havia declama-
ções de poesias, alguns textos eram lidos em homenagem à Mãe. Co-
mo gostava dessa época, porque tinha muito a ver comigo, com meu
jeito de ser! Talvez sentisse a escola mais humana? Não sei. Havia,
talvez, ali, aquele sentimento nutrido pela Mãe; Ela se fazia no cotidia-
no, no prático; evidenciava o clima religioso como importante para as
freiras, como também para com meus sentimentos de menina, no meu
amor pela Mãe. Gostava muito e participava das apresentações. Gosta-
va de declamar poesias. Numa destas festas em homenagem às mães
eu apresentei uma poesia linda. Não sei de onde tirava coragem para
declamar, mas eu gostava muito! O salão estava lotado! Lembro-me do
meu nervosismo e tristeza, porque a mãe me disse não poder ir a mi-
nha apresentação. E queria tanto a sua presença... E aquela tristeza
mesclada pela emoção se transformou numa declamação da poesia
ainda mais sentida, ainda mais vivida e quase chorada, pois muita era a
emoção; o choro era controlado; estava a declamar a poesia para tan-

289
tas mães ali presente, mas não para quem queria tanto ali estivesse:
minha própria mãe. Também participava dos bailados; as Irmãs da
Congregação do Coração Imaculado de Maria preparavam para as fes-
tas juninas com os ensaios feitos. Havia umas sombrinhas de papel e
eram coloridas, para outros festejos; elas se abriam em forma de favos
e fechavam com praticidade, quando queríamos. Creio serem sombri-
nhas japonesas. Também as vestimentas compridas e coloridas, lindas,
japonesas! Lembro-me da minha participação de uma peça de teatri-
nho. Tinha uma panela grande, de faz de conta, e havia outros perso-
nagens; recordo-me da personagem representada por mim; eu fora a
farinha de trigo por ter a pele branquinha e cabelos louros. Lembro-me
de outra peça de teatrinho onde a minha participação foi representando
Nossa Senhora e ficava em cima de algo (umas classes ajeitadas ou
uma toalha cobrindo), para ficar em destaque na altura. Eu permane-
cia muda, quieta, estática e a minha amiguinha nessa época, costuma-
va participar também de muitas apresentações, declamava algumas
coisas para a Nossa Senhora, a personagem representada por mim na
peça teatral.
Como nunca me considerei aluna brilhante, encontrava aí, o leniti-
vo para minha alma, pois amava participar dessa cultura das poesias,
das danças, da aulinha de violão etc.. Havia as escapadelas, na hora
do lanche, rumo à salinha onde ficavam os violões; eu e essa amigui-
nha declamadora do teatro envolvendo a Nossa Senhora e de outras
apresentações das quais fazíamos juntas íamos até a salinha para to-
car um pouco de violão e chegamos juntas a iniciar uma composição.
Gostávamos de cantar e de tocar.
Nessa idade, procurava descer às pressas até a capela desta es-
cola, onde ficava a imagem da Nossa Senhora Imaculado Coração de
Maria. Fazia isso na hora do lanche.
Às vezes, tinha minhas duas melhores amiguinhas e ficávamos
290
brevemente na capela, chegávamos até a Mãe. Por último, passara a ir
sozinha, às vezes, sempre da possibilidade, para falar com a Mãe. Essa
imagem de Nossa Senhora é linda; os olhos de Maria azuis pareciam
com os da minha mãe, também azuizinhos. Parava-me abaixo Dela e
ficava olhando-A, e parecia me olhar também. Conversava com Ela so-
bre meus medos, minhas inseguranças frente à vida. Não sabia do meu
amanhã. Sentia-me triste, infeliz com a vida; presenciava em casa bri-
gas, discórdias, a mãe batia nos meus irmãos; às vezes, e infelizmente,
estas cenas eram presenciadas por mim. Era “chamada” a presenciar
tais cenas, como quando uma esponja suga a água, ou seja, era atraída
por esses momentos. Aquelas cenas acabavam por me chamar a aten-
ção e via a mãe muito zangada. Quando ela ficava zangada, apresen-
tava uma ira dominadora. Sentia minha mãe muito pensativa, quieta,
sempre cheia de preocupações, trabalhos diários da nossa casa gran-
de... Havia um vazio dentro de mim. Não percebia ter realmente alguém
por mim, não sentia a preocupasse de alguém comigo; alguém de-
monstrando amor; mostrando do jeito que eu queria, por meio de agra-
dos, de mimos, um carinho, um sentimento para me sentir apreciada,
querida, acolhida. A vida não era feita desses agrados na família. Exis-
tiam muitas cobranças sempre, exigências...
Pedia a Nossa Senhora para Ela ser a minha Mãezinha. E foi no
Tempo; Essa Mãe me mostrara a Sua intercessão. Meu primeiro em-
prego como professora foi nessa escola. Depois larguei por ter passado
no concurso do Estado. Quando estava no meu Tempo Lagarta —
Tempo Casulo, o Livro Azul apareceu para me mostrar por que estava
eu na pior. Ou seja, vivi momentos horríveis e tive no Livro de Nossa
Senhora a confirmação de que também eu estava no meio dos espíritos
e não são espíritos, mas demônios e tinha os meus pecados para se-
rem depurados. Ela deixa bem clara a necessidade premente da purifi-
cação, oração, da reza do Santo Rosário para nos defendermos do Mal.
291
Fala sem meandros, usando o nome real do animal: satanás. Passava
a fazer a ‘Leitura da Vida’, ou seja, pensava no Todo, na minha situação
se não tivesse estudado naquela escola de freiras; se não tivesse co-
nhecido aquela Mãe ali dentro para me acolher. Percebi na presença de
Nossa Senhora a minha Grande Mãe, a Grande Intercessora! Penso
muito se não fosse por elas, as freiras da Congregação do Imaculado
Coração de Maria, sua presença na cidadezinha graças a uma pessoa
muito especial, a fundadora da congregação, Bárbara Maix, não teria
conhecido aquela Mãe. Bárbara Maix saiu de seu país, a Áustria — es-
pecificamente da cidade de Viena — para vir ao Brasil com mais 21
companheiras devido à perseguição religiosa movida pela revolução de
1848.
A imagem de Nossa Senhora esta na capa deste livro é a mesma
Mãe amada da capela da escola Stella Maris, das Irmãs da Congrega-
ção do Imaculado Coração de Maria, escola onde estudei. É a Mãe do
meu Tempo de criança e de um Tempo tardio, dos mais felizes da mi-
nha vida, pois aconteceu meu matrimônio com o homem dos meus so-
nhos; tanto amei e amo. A capa é uma homenagem a Nossa Senhora
do Imaculado Coração de Maria. Nossa Senhora foi minha Estrela guia
na vida, me deu as direções por onde caminhar. Bárbara Maix, a ela
sou eternamente agradecida, pois se não fosse Bárbara ter fundado a
congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria, não teria co-
nhecido minha Mãe. A ostra e a pérola na capa deste livro foram colo-
cadas para lembrar cada sofrimento nesta vida com Deus e em Deus,
por Deus, vale a pena ser vivido na fé. Cada pessoa pode buscar no
mais profundo do seu oceano, do seu interior, e chegar à superfície
com sua pérola nas mãos.

“A missão da Vida Consagrada nasce no coração da Trindade: no


amor do Pai que nos torna filhas, no amor de Jesus que nos torna Ir-
mãs e no Espírito Santo que nos convoca à comunhão de vida com
292
Deus e à participação fraterna na comunidade humana”. (site das Irmãs
do Imaculado Coração de Maria).

E sobre a história da Bárbara Maix, sabia o essencial para um co-


ração sabendo amar. Mais tarde, no Tempo, passei a pesquisar sobre a
vida de Bárbara Maix. Sabia ter sido muito difícil para ela, vir de navio e
atravessar o oceano com pouquíssimas mulheres em sua companhia
sem saber da cultura, idioma do Brasil.
Uma das vinte e uma companheiras chegando ao Rio de Janeiro
escreveu:

“Chegamos ao Rio de Janeiro sem saber a língua, sem dinheiro,


com muita fome, mas cheias de confiança em Deus e Nossa Senhora”.

No dia 08 de maio de 1849, foi fundada a Congregação.


E quem disse ser a vida de alguém que se dedica à obra de Deus
fácil? Se nós temos o adversário de Deus aos pés querendo impedir
nosso caminhar?
E assim: “Bárbara Maix foi duramente marcada pelo sofrimento e
dificuldades de toda sorte: econômica, espiritual, vida comunitária e rea-
lização da missão”- retirado de site da Internet.
Bárbara Maix nos deixa a frase:

“Nossa Missão é grande e, por isso, temos necessidade de gran-


des virtudes, de um coração magnânimo, grande fé, esperança e amor,
todas as virtudes no mais alto grau”.

“Madre Bárbara estava sempre aberta a acolher os necessitados,


assim, devido ao problema da orfandade no Brasil, que ia se agravando
em consequência das epidemias e da Guerra do Paraguai, Madre Bár-
bara passou a prestar serviço em diversos Asilos do Império: em Nite-
rói, Pelotas e em Porto Alegre. As Irmãs cuidavam também dos empes-
tados e vítimas da guerra. Foram grandes e incontáveis os sofrimentos
293
da Fundadora. Nos Asilos mantidos por sociedades leigas, pertencen-
tes à maçonaria, Bárbara sofreu toda sorte de hostilidade. Lutas e con-
tradições, dificuldades de toda espécie foram, aos poucos, consolidan-
do e definindo posições das Irmãs com relação à Fundadora. Um grupo
de Irmãs do Asilo de Pelotas, influenciado e apoiado pela Diretoria, se-
parou-se da Congregação. Em Porto Alegre, algumas religiosas apre-
sentaram a Dom Sebastião Dias Laranjeiras, Bispo do Rio Grande do
Sul, acusações contra a Fundadora, ocasionando a visita canônica ao
Asilo Providência, onde residia Madre Bárbara. Críticas infundadas e
calúnias difamaram a fundadora e as irmãs que lhe eram fiéis. Bárbara
sofreu muito. Na sua simplicidade e humildade, aceitou mais essa pro-
vação e deixou a cidade de Porto Alegre. Nas suas cartas ofereceu a
todas o seu perdão. Aos 31 de dezembro de 1870, Bárbara partiu para
o Rio de Janeiro, onde assumiu a Escola Doméstica, destinada a aco-
lher moças órfãs, e aí permaneceu até um mês antes de sua morte.
Bárbara Maix faleceu na cidade do Rio de Janeiro, no bairro do Catum-
bi, onde morava com quatro religiosas numa casa emprestada. Era de
saúde frágil, sofria da asma e de problemas cardíacos. No dia 17 de
março de 1873, sentiu-se mal após a missa, e acompanhada por uma
religiosa, sentou-se em sua cadeira de braços onde muitas vezes pas-
sava as noites nos momentos de crise, e faleceu com um sorriso nos
lábios, um sorriso de paz. Tinha 54 anos, sua fé foi imbatível. Deixou o
perdão como herança, e a todos o perfume da sua santidade. A partir
de então suas acusadoras começaram a reconhecer suas virtudes e
penitenciar-se pelo mal cometido contra ela. Algum tempo após sua
morte foram encontradas entre suas correspondências, as cartas data-
das de 1872, e que Madre Jacinta havia escrito às autoridades eclesiás-
ticas e ao Imperador contando toda a verdade sobre o acontecido e re-
tratando-se, pedindo perdão à fundadora. Madre Bárbara guardara es-
tas cartas, que depois de lidas pelas autoridades lhe foram entregues,

294
para evitar a humilhação de suas seguidoras perante a Igreja e o go-
verno Imperial. Em 1957, seus restos mortais foram transladados para
Porto Alegre onde se encontram na Capela São Rafael, no centro da
capital”. (Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre).
Certamente quando se trata de Obra para Deus, há muitos empe-
cilhos do lado do demônio para não sair. Posso sentir o quanto ela so-
freu, perseguida pelo demônio. Você reparou, na leitura, a presença
maléfica da maçonaria; aquele Espírito do Mal existente secretamente
invocado para esta face da Terra provoca traições, infidelidades, dis-
córdias, a falta de paz se apodera dos pensamentos das atitudes das
pessoas. A maçonaria sempre existiu no meio do clero e fora dele com
as lojas maçônicas. A perseguição dos bons dentro da própria igreja
sempre foi muito acirrada. Imagina trabalhar com pessoas com ideais
contrários escusos a Lei de Deus diariamente. Diria de uma relação
assim, ser insuportável!
Mas Bárbara Maix foi uma religiosa de extrema fé! Muita coragem! E
nessa fé venceu seus obstáculos e no entendimento soube perdoar.
É de Bárbara Maix a frase que me acompanha ainda hoje e me dá
muita certeza: “Deus encontrará meios e caminhos. Deixemos que Ele
trabalhe tranquilamente”.
Passara a admirar muito Bárbara Maix. Como é importante existir
pessoas que nos legam exemplos de virtude, de bondade, de perdão,
de amor, de fé e esperança, pois podemos perceber nelas os mesmos
afins e assim não nos sentimos tão sozinhos. Como é triste, como a
caminhada se torna extremamente solitária nesta vida em que alguns
devem buscar forças onde quase não existe, dependendo do lugar em
que se está inserido. Não raro, se acaba por se sentir diferente, estra-
nho inclusive dos demais; num mundo onde desejam muito que nos
tornemos cópias, os iguais! Nessa cópia, nessa massificação, nunca
poderemos nos encontrar na nossa própria essência. O demônio gosta
295
de nos ver destruídos. E assim penso em Bárbara Maix no seu Tempo.
Meu Deus! Como fazer o Bem, ser uma pioneira em alguma coisa, uma
desbravadora em um evento, em algo importante, uma idealizadora,
uma fundadora, uma construtora para Deus, se existem pessoas não
suportando ver essas ações por inúmeras razões? Bárbara Maix, veio
da Áustria, essa querida, para fazer somente o Bem, trazer o Bem com
aquele seu coração generoso; e ainda assim, já naquele Tempo, pes-
soas da maçonaria perseguiam-na. Que mulher valente! Que mulher
digna em suas virtudes! Principalmente: mulher exemplo de fé!
Quando o Tempo estava passando com relação aos meus escri-
tos, pensava na frase de Bárbara Maix sobre: “Deus encontrará meios e
caminhos. Deixemos que Ele trabalhe tranquilamente”. Pensara na ra-
zão da não venda do apartamento até o momento presente, herança do
meu pai para eu poder levar este livro até você, nas asas do amor. Já
faz um ano escrevendo e por motivos desvinculados da minha vontade,
porque tenho outras tarefas e preocupações na minha vida, o aparta-
mento não foi vendido. Quero lhe dizer da necessidade de entregar nas
mãos de Deus nossas ações nossas vontades na paciência pedida a
Ele e se for da Vontade de Deus o livro ficará pronto, no Tempo de
Deus, mesmo quando o demônio coloca sua garra para interferir. Atra-
vés da fé, do acreditar, deposito minha confiança Naquele que sabe
mais do que eu. Deus está na frente sabendo a razão disso e daquilo
acontecer.
Quando pequena, quando olhava para aquele rostinho doce da
Mãe, algo naquela imagem era completamente destoante da harmonia
existente em toda aquela beleza. E, criança, me chamava muito à aten-
ção naquela imagem tão linda havia uma cobra, uma serpente, e Nossa
Senhora prendia a cabeça dela com Seu pezinho. Também achava Seu
poder imenso, pois Ela ficava acima do globo terrestre. E Ela me pas-
sava uma Mãe forte, corajosa, com seu poder frente ao ruim, ao perver-
296
so, prendendo a cabeça daquela cobra. Nossa Senhora me transmitia
segurança. Segurança de que, para mim, existia alguém no mundo me
cuidando. Se Ela tinha aquele poder, teria para me cuidar também. É
interessante que o Amor dessa Mãe esteve gravado em meu coração.
Não precisava de muitas histórias sobre Ela, pois aqueles simbolismos
dentro do meu coração, e a imagem na mente, ficaram gravados. Estive
muitas léguas distantes Dela; meus pensamentos estiveram por outros
caminhos, num Tempo, mas meu coração conservava o amor velado,
quase perdido que assimilei Dela no Tempo. Precisava somente de um
sopro para aquele Amor da Mãe pudesse se dirigir para meu lado no-
vamente. E fico pensando que, se com 7 anos, aquele homem me con-
sagrou para os demônios, com toda certeza a Mãe também se apresen-
tou para mim, logo em seguida naquela escola de irmãs, de freiras. E a
força desse Amor, essa bondade foi maior, muito maior, vencendo o
Mal que poderia me arrastar para as trevas. Ela me acompanhou com
Seus Olhos. Ela respeitou o meu Tempo para assim eu aprender, para
assim eu me tornar mais forte perante Deus. Sei que Ela desejaria não
me ver sofrer tanto, mas Ela também não tinha como chegar a mim, se
eu estava vivendo em pecado. Estava envolvida pela fumaça do demô-
nio; uma legião deles, pois a família, grande parte dela, se deixava en-
volver por eles na ignorância. Não somente essa família; muitas pesso-
as fazem o mesmo. Políticos, sacerdotes, pessoas de todas as classes
e profissões no mundo atual.
Meu pecado foi um viver enganoso longe de Deus Pai e seu filho Je-
sus Cristo; um casamento de fachada com quem não professava os
mesmos afins; casei-me somente no civil, sem as bênçãos de Deus.
Meu pecado foi meu total afastamento de Deus, de Jesus Cristo e de
minha Mãe, e tanto mais afastada e cuidando somente da casa, filhos,
profissão, problemas, tanto mais espaço aberto fora deixado ao campo
espiritual para o demônio agir. Meu pecado foi à caminhada na vaidade
297
na qual estava sendo conduzida. Essa caminhada me tornava fria pe-
rante os outros, enxergando somente meus problemas; o consultório
em terapia no qual fiquei longos anos contribuiu extremamente para
esse quadro piorar. Ali, fechada naquelas quatro paredes de consultório
nunca encontraria Deus do qual tanto precisava. Deus se fez surgir na
Vida; o Universo teve que ser apresentado para mim para eu Os enxer-
gar; a bolha invisível furou e o ar de Deus entrou para mim.
Lembro-me da aliança de noivado; fora apresentada para aqueles
do Espiritual Maléfico num hotel, na praia, e seguraram e deram suas
falsas bênçãos. Que tristeza, quando se é uma peninha solta vazia,
sendo soprada por qualquer direção! Fui me deixando arrastar pela vai-
dade, pelas roupas bonitas de grife, quase me tornando uma mulher
não eu, minha própria essência. E na caminhada pelo maléfico, como a
Mãe poderia penetrar essa bolha invisível do Mal? Não somente o ca-
samento, mas a mãe e membros da família envolvidos nos deuses dos
pagãos? Fui me distanciando muito de Nossa Senhora; Ela ficou para
traz no meu viver. Já não pensava Nela. O demônio, realmente cega!
Começa a colocar muitas preocupações, obstáculos na vida, sentimen-
tos de vaidade, o hedonismo, as preocupações com os filhos, com as
empregadas, com o trabalho e tanto mais que a vida rasteirinha nos
proporciona, e acabamos por não ver o essencial.

298
299
Capítulo II

Parte 18

“Quero Mergulhar Nas Profundezas


(Timbó) (CD Anuncia-me)
Quero mergulhar nas profundezas do Espírito de Deus
e descobrir suas riquezas em meu coração.
Quero mergulhar nas profundezas do Espírito de Deus
e descobrir suas riquezas em meu coração.
É tão lindo, tão simples.
Brisa leve tão suave doce Espírito Santo de Deus.
Tão suave brisa leve doce Espírito Santo de Deus.”

Um Tônico Insubstituível
Quem não sabe o que uma alma pode gerar dentro de si mesma?
Certamente sentimentos maravilhosos, bons, dignos... Mas como este
livro é um alerta sobre o Mal que está na Igreja Católica e na Humani-
dade e muitos não estão percebendo isso, pontuo com mais relevância:
o Mal! Quantos sentimentos de inveja, de ciúmes, de pobreza das com-
parações ( faz tantas e tantas pessoas massificadas), de cobiça, de ga-
300
nância, de poder, de vingança, de ódio, de vícios, de procura desenfre-
ada pelo dinheiro, e tanto mais?

“A tática do meu adversário é a do ódio e da divisão; aonde ele


chega, com sua ação enganadora e maligna, consegue levar a separa-
ção, incompreensão, antagonismo”. “Mesmo na Igreja ele trabalha
sempre mais para dilacerá-la na sua unidade interior”. “Então Eu vos
reúno de toda a parte para ajudar-vos a amar-vos, a estar unidos e a
crescer na perfeição do amor”. Página 389. “Aos Sacerdotes, filhos
prediletos de Nossa Senhora”.

A Igreja Católica foi quem sempre proporcionou o Sacramento da


Confissão ou Reconciliação em que podíamos declarar, e ainda pode-
mos, para o padre as nossas mazelas existenciais. E a Confissão ou
Reconciliação em Deus foi relegada por nossa onipotência em não en-
xergar os pecados como um mal; foi crescendo e crescendo e se multi-
plicando... O Sacramento da Confissão ou Reconciliação não é pensa-
do como um depurador, um purificador dos males. Devemos entender
as bênçãos do sacerdote lavando a nossa alma e, ao sair dali, compre-
ender que estamos contribuindo para a limpeza do mundo. Diz assim,
Nossa Senhora:

“Sede fiéis ao ministério dos Sacramentos, especialmente o da


Reconciliação, que tem o poder de restituir a Graça àqueles que a per-
deram, por causa dos pecados mortais cometidos. Hoje, na Igreja, está
desaparecendo esse tão precioso e necessário Sacramento. Pastores
da Igreja, Bispos designados por Cristo para guiar o seu rebanho, abri
os olhos a esse mal que se difunde por toda parte na Igreja como um
terrível câncer. Intervinde com coragem e zelo para que o Sacramento
da Reconciliação possa reflorescer em toda a sua plenitude e, assim,
as almas sejam ajudadas a viver na Graça e a Igreja seja curada das
chagas sanguinolentas dos pecados e dos sacrilégios, que a recobre
toda como uma leprosa”. Páginas 845, 846. “Aos Sacerdotes, filhos

301
prediletos de Nossa Senhora”.

San Marco (Udine), 11 de fevereiro de 1995. Aniversário da apari-


ção de Lourdes:

“Lavai-vos na fonte de água viva, que brota do Coração de Jesus,


transpassado pela lança do soldado romano”. Continua Ela: “Quem es-
tá sujo tem necessidade de ser lavado. É o pecado que obscurece a
beleza da vossa alma; é o pecado que tira a Graça santificante e vos
separa da comunhão de vida com o Senhor vosso Deus; é o pecado
que vos faz retornar sob a escravidão de satanás, que exerce assim
sobre vós o seu domínio maligno; é o pecado que vos conduz pela es-
cravidão eterna”. Páginas, 985 e 986. Aos Sacerdotes, filhos prediletos
de Nossa Senhora.

Continua a Mãe:

“Esta fonte, brotada do coração transpassado de Jesus, vos é da-


da pelo Sacramento da Reconciliação. Jesus instituiu como fruto preci-
oso da sua Redenção e para ir de encontro à vossa extrema fraqueza”.

Verdadeiramente? Já quase não ouço nas missas os padres fala-


rem sobre pecado com veemência, acreditando que realmente é o pe-
cado que faz com que o homem se degrade interiormente — e reflita
isso no exterior. Já não escuto falarem com veemência: Confessem-se!
Coloquem para Deus suas mazelas existenciais e deixe que eu, repre-
sentante de Jesus Cristo vos liberte e vos dê a Paz de Cristo! Você é
uma pessoa mentirosa? Você costuma roubar? Você costuma dizer pa-
lavrões para sua esposa e vice versa? Você desrespeita seus pais? O
que você sente que lhe corrói a alma? É a inveja? É o ciúme? É a so-
berba, o orgulho? A avareza? É a gula ou a preguiça? Você possui um
segredo que carrega por tantos anos e corrói a sua alma? Quantas ou-
tras vicissitudes? Procure um bom sacerdote realmente santo, vincula-
do realmente com Deus. Não um sacerdote maçom, pois esse não tem
302
o Deus Misericordioso. Aliás, ele nem crê na Providência Divina e não
vai crer nunca nestes escritos de uma alma real, sofrida, mas que foi
extremamente ajudada por Deus, provendo tudo de que necessitava. O
deus deles, dos maçons, é o Arquiteto e não é um Deus Misericordioso.
Olha, a situação está tão feia, mas tão feia, pois um sacerdote po-
de ser visto como se eles, sacerdotes, fossem todos iguais! Assim como
muitas pessoas também são tidas como sendo todas iguais, umas com
as outras. Se você pensar profundamente em cada ser humano que,
cada qual é único como pessoa por suas vivências, seu contexto de
vida, suas impressões pessoais sobre as coisas enfim, saberemos estar
diante do outro respeitando o seu modo de ser.
Não podemos considerar os sacerdotes iguais. Não são e não so-
mos feitos em série. Temos fazê-los melhores através da nossa consci-
ência dos acontecimentos graves sérios que ocorre e assim orarmos
muito pela busca da purificação; lutarmos pelo direito de possuir Sacer-
dotes, filhos prediletos de Nossa Senhora como Ela deseja; devem ser
realmente fiéis Sacerdotes dignos representantes, mediadores de Jesus
Cristo nesta face da Terra.
Temos que rezar para as famílias. Vocação Sacerdotal são aqueles
padres que fizeram seu juramento e o cumprem. Se estão em pecado,
ilicitamente vivendo uma vida dupla, confesse-se, opte, faça a reconcili-
ação com Deus e não volte a pecar. E... Sacerdotes traidores maçons
infiltrados na Igreja Católica, não tem como “servir a dois senhores”!
Separar o joio do trigo como nunca!
Repetindo: cada pessoa é única e Deus deu a cada um de nós
uma única alma. Portanto, o valor de cada pessoa foi a custo do sangue
derramado por Jesus Cristo na cruz. Custou muito caro a nossa vida!
Você entende o quanto devemos nos valorizar em nosso Deus amado
enviando Seu Filho Jesus Cristo para nos salvar? Sim, olha! Você já viu
o quanto de nós, nas próprias famílias, muitas vezes, é desvalorizado?
303
Na família, entre os nossos, suas vozes, muitas vezes, possuem muito
peso e o quanto é difícil no decorrer da vida a pessoa se acertar, se
ajeitar, sob o peso daquela cruz, recebida na própria família? Mas o
quanto Jesus Cristo fez por você... Ele fez mais do que qualquer pes-
soa na sua vida... Nele você pode confiar! Nele você pode se valorizar
como pessoa, se reerguer, porque Ele, Jesus Cristo, te ama! E morreu
por você. Seu sangue derramado na cruz foi para Nele você ter a Re-
missão dos seus pecados. Ele liberta! E sempre espera de braços aber-
tos por você, mesmo tendo se distanciado Dele. Vai ter com Ele, vá! Ele
é o teu amigo, teu companheiro de todas as horas. Ele te estende o
braço e te tira da escuridão na qual te encontras.
Tive um livro no curso de Filosofia cujo título era: “O Mundo Preci-
sa de Filosofia”. Pois se faz urgentemente necessária a Filosofia no
mundo, realmente! Então, dias desses, conversava com uma amiga,
tomando um bom café num lugar simpático; ela possui vinte e poucos
anos. Dei muitas risadas e não podia acreditar, ao mesmo tempo, no
que ela contava. Alguns rapazes chegam até ela, depois de um dia de
conversa e até menos, e dizem assim: “E você... quer ser minha mu-
lher?”. E outro diz assim, nem bem a conheceu: “Meu amor! Eu te
amo!”. Ela deseja um amor verdadeiro; está em busca de um amor mais
sólido, não compreende como um rapaz chega até ela para dizer-lhe
tais coisas do nada, pois nem a conhece verdadeiramente, a não ser o
soma, o corpo. Estamos vivendo um mundo da imagem. E a mulher
como nunca, muitas delas, colocada em vitrine. Vejo mulheres que se
mostram que rebolam; seus corpos sempre nus ou quase nus. Progra-
mas apresentam crianças tendo como base saber rebolar. Não vejo
programas, em sua maioria, preocupados com o intelecto, se voltar pa-
ra o pensamento. É uma pobreza interior pelos valores sólidos perma-
nentes. É a preocupação com o corpo, com o visual em academias. A
preocupação grande em saber como as nádegas estão os braços, as
304
pernas.
Sei de casos outros; um, eu deixo como exemplo, cuja mulher se-
parada ainda procura o antigo marido; ele já possui nova esposa e grá-
vida; a antiga mulher se oferece então, para que ela seja a outra dele.
Então dá de tudo neste mundo de Deus Verdadeiro, mas do demônio
tentador, testador sedutor. Dá seus saltos através dos pecados não re-
conhecidos e depurados por muitas pessoas. Grande parte das pesso-
as perdeu a inocência, a pureza no olhar. Sugiro dar as costas para as
imagens degradantes; para programas de televisão que nada acrescen-
tam e trazem o mal. Sugiro não assistir a filmes pesados, de violência,
pois nada vão acrescentar. Sugiro trabalhar mais com as crianças; elas
são ainda a parcela da Humanidade, pura. Sugiro olhar os rostos dos
pequenos para encontrar a pureza, a inocência. E se pais não cuidarem
da qualidade das imagens passadas pelos olhos chegando à alma das
crianças, diria tudo ficará muito triste! Muito! Muito triste! Uma vez esta-
va na residência de uma pessoa e levantei tarde da noite para ir ao ba-
nheiro. Ao passar perto da sala, a televisão estava ligada e fiquei horro-
rizada com a cena de sexo explícito passada na televisão. Impressio-
nante! Aquilo me marcou! A pessoa estava dormindo no sofá da sala e
nem viu a televisão ligada naquele canal. Mas fico imaginando quantos
pais estarão dormindo inocentemente sem saber da própria televisão
possuindo um canal com essa péssima qualidade de coisa, enquanto
alguns dos seus filhos estão ali assistindo aquilo. É forte o mal do sexo
pornográfico na mente, na alma de uma criancinha. Se ela for uma cri-
ança sensível, vai influenciá-la muito, ficaria difícil retirar da sua alma
depois de ter entrado. “Isso precisa ser ensinado?”, pergunto eu. Isso
não é muito mais lindo e agradável quando na sua intimidade cada qual
sabe o que é melhor fazer, ou seja, entre casal, no amor se encontra-
rem no seu jeito próprio, único? Os animais já não nascem sabendo
fazer sexo? Precisam ter quem os ensine, quem os mostre? Afirmo se
305
até um animal não precisa ter quem os ensine a fazer sexo, o que dizer
de seres humanos? É preciso assistir esse tipo de coisa? Por quê? O
que vai acrescentar à sua vida? Não há coisas melhores, mais saluta-
res e proveitosas e úteis para fazer?
Verdadeiramente? Não precisamos ser cópias! Até aqui, diria cada
qual deve saber de si mesmo no que tange à qualidade de vida. Como
nunca, cada qual deverá ter consciência da sua alma e sua luta por ela.
Na revista Época, de 02 de julho de 2012, li uma entrevista com
Jonathan Franzen. Ele é um romancista americano que, segundo o que
foi colocado na revista, pela entrevista concedida a Época:

“Critica a paixão dos jovens pelo celular, diz que a boa literatura
tem de ser legível e afirma que é preciso aprender a não fazer nada”.
Para ele, a tecnologia é sua principal inimiga. Ele continua a dizer: “os
jovens são contaminados pela imagem do mundo mostrada pelos co-
merciais, pelos canais de televisão. Mas essa imagem não combina
com o mundo real. O iPhone e similares substituíram o cigarro. Os ta-
bagistas trocaram a compulsão do cigarro pela do celular. A razão é
que as pessoas ficam nervosas quando não estão fazendo alguma coi-
sa. Aí entra o celular como o elixir para a obsessão de fazer algo. Pre-
cisamos aprender a não fazer nada”.

João Paulo II disse: “A razão principal da derrocada da juventude,


hoje, é a sociedade de consumo que está matando, no homem, a di-
mensão espiritual”.
Você lembra quando usei o termo Tempo de Deus? Justamente
um Tempo natural da vida. Um Tempo onde devemos deixar as máqui-
nas e sentir mais nosso coração, nos conhecendo melhor, sabendo es-
cutá-lo, entende?
Como disse Jonathan Franzen: “Precisamos aprender a não fazer
nada”. Deixar o Tempo de Deus fluir, fazer a escuta inclusive nas nos-

306
sas relações. Quem são as pessoas nos cercando em sintonia com o
Verdadeiro Deus Amoroso e Misericordioso? E ao escutar Deus perce-
ber o que Ele quer nos dizer.
Do Jornal Zero Hora, a coluna de Flávio Tavares, 02 de setembro
de 2012, retirei alguns trechos:

“Hoje a educação entra casa adentro, em cores, pela TV. Em vez


de ideias ou conceitos, traz sons estridentes, música sem melodia, gri-
taria por aberrações ou escândalos. Ensina a beber cerveja e refrige-
rante. Anárquica, mas direta, suplanta a escola convencional.
Em palestras em universidades, pergunto sempre quem é o minis-
tro da Educação. Chovem nomes e ninguém acerta! Todos riem quan-
do digo que os “ministros” são o Sílvio Santos, a Xuxa, o Bial, o Faus-
tão, a Gimenez, o Gugu e outros. E além de todos, o Ratinho, que, ao
ter voz, é mais grotesco que o brutal MMA de socos e pontapés.”

Continua Flávio Tavares:

“A extravagância manda. Educa-se para o espetáculo grosseiro do


gesto, fala ou ato. O absurdo da invencionice domina a internet e leva
os jovens a propagar a mentira. Que poder tem a palavra do professor
em aula, comparado ao ardor das futricas do Facebook e similares?”
“A resposta estará em levar o computador à escola fundamental
para “competir” com a internet? Só dotar o ensino de novas tecnologias
não difere muito de entregar um automóvel a uma criança de oito anos.
Ou considerá-la apta para casar-se ou se iniciar sexualmente só por ter
órgãos genitais perfeitos e no lugar onde devem estar. O computador é
um instrumento para quem sabe, não um fim em si. Primeiro, é preciso
saber. Einstein não teve computador. Nem Steve Jobs ou Bill Gates,
quando guris”.
“Ontem, hoje e amanhã _educar ou perecer! Busquemos as res-
postas”.

307
Tenho guardado até hoje no meu caderno, do Tempo das minhas
leituras em Filosofia, o seguinte, de Emmanuel Mounier, no seu livro “O
Personalismo”:

“Se cada homem não é senão o que a si próprio se faz, então não
há nem humanidade, nem história, nem comunidade.”

Essa foi a conclusão limite a que alguns existencialistas chega-


ram.
Repito: podemos continuar cópias, isto é, reproduzir o que outros
fazem? Ficar somente na frente das máquinas sem lembrar a existência
dentro de nós de um coração que sente e uma alma única e esta veio
de Deus Amoroso? Somos nós quem nos deixamos corromper ao longo
do Tempo por nossos pecados.
Deixo para você um pequenino texto do meu caderno universitário
do Tempo da faculdade, das minhas leituras próprias. Diz assim:

“Em seu caminho você só pode ser autêntico. A coisa mais difícil
no mundo é ser algo que não se é. Desviando-se de você mesmo, de-
verá chegar mais e mais perto do que você é. Descobrirá que é uma
forma fácil de ser. A coisa mais fácil de ser no mundo é ser você. O
mais difícil é ser o que os outros querem que você seja. Não deixe que
eles o coloquem na posição que desejam. Descubra “você”, quem é,
seja como é. Então, poderá viver simplesmente. Existo, sou, estou
aqui, estou começando, faço minha vida e ninguém mais a faz para
mim. Tenho que encarar minhas próprias falhas, erros e transgres-
sões”.

A busca pelo Equilíbrio em nosso Tempo se faz necessária e com


urgência. Não fazer do seu computador a única coisa da sua vida e se
esquecendo de Deus. Quando me refiro a computador, é um modo de
generalizar qualquer coisa ou situação escravizando sua alma.
Estou “rasgando as minhas vestes e abrindo meu coração” neste
308
ano da fé! Afirmo que, como nunca, dentro das nossas próprias casas,
quem estiver ao lado de Jesus Cristo, poderá se levantar contra. Levan-
tar-se-ão alguns, pois não aceitarão a Verdade! Haverá as discórdias,
ou seja, teremos como nunca de nos posicionar de qual lado estamos e
buscar a Paz, se a quisermos, e a autenticidade.
Há sacerdotes santos! Há sacerdotes na total entrega na verdadei-
ra vocação sacerdotal dedicada para a Igreja Católica. Há verdadeiros
padres! É de João Paulo II a frase. Ele diz:

“A vocação é um ministério que o homem acolhe e vive no mais ín-


timo do seu ser”.

Então, é no âmago do seu ser o homem encontra as respostas pa-


ra aquilo que ele deseja realmente seguir, realmente ser. Certamente
existem padres não merecedores para continuar como Sacerdotes. A
sua consciência em Deus lhe dirá. Mas para todos haverá o seu Tem-
po, entende? Para todos! Nada mais justo numa situação assim, se
converterem ou busquem exercer outra vocação, profissão. Há muito
para fazer aqui fora! Mas não nos compete julgar, como diz Nossa Se-
nhora: “Isso não é para vocês!” Quando deixo transparecer minhas
ideias não as faço como uma crítica com a intenção de destruir as pes-
soas, mas faço como alerta, como uma divulgadora da existência do
Mal; este Mal é o demônio quem ama os pecados impregnados como
fermento propício no interior das pessoas. Alerto para os acontecimen-
tos não falados por aí; pensados por muitos, mas não falados. Não se
consideram autoridades no assunto ou possuidores de coragem. A mim
compete a divulgação e o alerta para que, a partir daqui, a procura por
Deus possa realmente ser real, autêntica.

309
Tornar o mundo muito mais limpo espiritualmente, através do ar-
rependimento, da procura de crescimento interior. Você verá que a sua
volta, paulatinamente, tudo vai mudando para melhor, para o desenvol-
vimento, para a Vida. O que está acontecendo é justamente um cami-
nho de miséria humana se materializando nas coisas à sua volta. Há
um empobrecimento de Vida exterior, porque a Vida interior está uma
vergonha! V-E-R-G-O-N-H-A! Deixar os sentimentos bons, puros, fluí-
rem dentro de nós para então, materializar esse bom, esse puro, no
mundo exterior. Deus fornece o livre arbítrio. Minha mãe teve o livre
arbítrio, mas ela não pôde escolher algo melhor. Poderia ter escolhido
ser Evangélica ou Testemunha de Jeová, mas no seu contexto histórico
essas alternativas ela também não teve ao seu redor. O animal faz des-
sas, ou seja, o animal, “seca” limita a vida de uma pessoa para torná-la
dele e trabalhar para ele. Bendita as pessoas quando tiverem cercadas
por outras pessoas e nelas pode encontrar um sinal, algo de amor, de
bom; um gesto de caridade para tirá-la do seu mal existencial; para aju-
dá-la a ser mais e melhor para si mesma e para os demais do seu meio.
Por isso mesmo Jesus Cristo nos deixou “Amai-vos uns aos outros co-
mo Eu vos amei”.
Certa vez, ainda solteira, estava procurando alguma coisa de reli-
gião para dar aos meus aluninhos, quando a campainha da sala soou.
Ao atender, era um casal simpático de velhinhos, Testemunha de Jeo-
vá, se oferecendo para dar aulas de Bíblia gratuitamente. Aceitei. Foi
ali, pela primeira vez ficara sabendo sobre a minha mãe naquelas ses-
sões de umbanda: cultuando demônios. Eles me explicaram e mostra-
ram na Bíblia. Mas ficara esquecido no Tempo. Meses depois, eu casei
e as ocupações e situações variadas surgiram. O demônio apresenta
suas perseguições e acaba por cegar. Uma vez, criei coragem e toquei
naquele assunto, perguntando à minha mãe:
– Por que não larga esse lugar, mãe?
310
– “Quem nunca se meteu nisso que não se meta!”. Percebi na
resposta dela o medo de sair da umbanda no Tempo. Fazia tudo man-
dado pelo umbandista com o intuito de resolver as suas queixas; entre-
tanto, creio no andar da vida ela passara a perceber algumas coisas e
preferia não ter entrado naquilo. Senti que ela tinha medo! O Espírito
Maligno a escravizou! Precisamos muito neste mundo de ótimos Sacer-
dotes. Sacerdotes santos para ajudar a purificar a sociedade. Quando
penso na história de vida de minha mãe, por exemplo, e a doutrina da
Igreja Católica, ela teria que fazer renúncias, organizar de maneira ou-
tra sua vida. Fazer a renúncia de uma velha pessoa e buscar ser uma
nova mulher. Isso seria possível. Complicado e sofrido, mas possível se
tivesse Deus, Jesus Cristo como força escudo na sua vida. Entretanto,
devo respeito a sua alma única. Devo respeito às limitações humanas.
Devo respeito, pois não posso julgar. A ninguém compete julgar. “So-
mente vivendo três luas com os seus sapatos” poderíamos sentir as
suas mágoas, os seus sofrimentos, as razões das suas lágrimas... A
razão das suas escolhas... Talvez o Tempo de “três luas” seria muito
pouco.
O Mal vem muito forte, entra na vida de uma maneira rápida e forte.
Acredito também num Deus tão lindo, tão misericordioso mesmo nas
imperfeições humanas Ele atua e se faz presença quando assim O de-
sejamos. Então, vejo na minha própria pessoa um milagre de Deus.
Sim. Sinto-me milagre de Deus. Não serviria para você hoje, se não
tivesse vivido e sentido de forma tão contundente o Bem e o Mal no
meu contexto familiar.
Se não soubermos nos proteger, facilmente a casa desaba! O que
desejo finalmente dizer é não é a mãe culpada, ou outra pessoa qual-
quer de alguma coisa, mas a existência do demônio nesta face da Ter-
ra; então, procurar nos escudar contra esse Mal espiritual. Devemos
impreterivelmente desvelar o além das pessoas; onde a pessoa busca a
311
prática do Mal pelo Mal. Mesmo assim, ainda assim, a luta é pelo Mal e
não pela pessoa envolvida no Mal. Não significa aceitar tal coisa, mas
devemos, sim, compreender e nos afastar caso não esteja fazendo bem
a nós. É saber qual lugar a pessoa vai, ela frequenta espiritualmente. É
um lugar construtivo ou destrutivo de almas humanas? É cultuado o
Deus Verdadeiro, Amoroso e Misericordioso? Até que ponto a pessoa
frequentadora de um determinado lugar do Mal, onde habita o demô-
nio, está inocente pela ignorância, pela falta de Conhecimento? Ou fez
sua opção por aquilo mesmo, sabendo bem o que aquilo está lhe dan-
do? Sim, pois existem dubiedades em frequentar lugares assim; pare-
cem abrir os caminhos; mas o abrir aqueles caminhos não são os cami-
nhos de Deus Verdadeiro e Único. É essa luta espiritual antagônica o
motivo de tanta tristeza, dos horrores cometidos nesta face da Terra.
Tudo anda em contramão. Inclusive os encontros dos parceiros certos
para casamento na Verdade, no amor autêntico. Satanás deseja esses
desencontros porque conhece os pontos fracos.
Atenção: vai lhe custar muito caro o seu envolvimento em seitas!
O preço é a sua alma escravizada pelo resto da sua vida. Sempre have-
rá um pagamento a fazer e o pagamento pode ser com sua própria vida
ou de membros da sua família.
Sacerdotes são pessoas, são humanos, como você e como eu;
portanto, pecadores. Existem pessoas se dizendo fiéis e estão dentro
da igreja, mas procuram crendices das mais variadas; portanto, pecam
por serem humanos. Pessoas fazem parte do mundo, da Humanidade
não se sujeitando à Confissão ou Reconciliação com Deus. Os Sete
Sacramentos sempre estiveram na Igreja Católica esperando por nós,
como sinais do Amor de Deus por nós. Então, se pecamos, vamos nos
reconciliar com Deus; deixar o velho homem e buscar a reconciliação;
esta nos liberta do peso, da escravidão do pecado. Nossa Senhora nos
pede para ajudar os Sacerdotes, rezar por eles, pois são os aparadores
312
dos raios intensos de todos os lados jogados pelo próprio satanás, e
agora, os bons, mesmo sem querer, acabam ficando entre os que estão
desejosos da Igreja falsa e de um falso Cristo. Imagina, você, a situa-
ção desses padres queridos, bons fiéis a Nossa Senhora, como devem
estar? Como se sentem? O que fazemos nós? Vamos rezar muito. Re-
zar por eles e por nós. Executar a sugestão de Nossa Senhora de Fáti-
ma em Seu Livro. Por favor, procure adquirir o seu.
Nas Suas últimas páginas do Livro, Nossa Senhora diz assim:

“Assim, nesta noite, terminam as mensagens públicas, que durante


vinte e cinco anos vos dei: agora deveis meditá-las, vivê-las e pô-las
em prática”.

Entendi o pedido de Nossa Senhora para nós não fecharmos as


páginas do Seu Livro, para não esquecermos tudo. Ela passou vinte e
cinco anos formando Sua obra e, portanto, poderíamos dormir serenos?
Pelo contrário. Como nunca, teremos as mangas para arregaçar e partir
para a linha de frente! Nossa Senhora diz para nós “meditarmos, viver e
colocar em prática Suas Palavras”.
Tive uma amiga e ela simplesmente não tolerava padres. Não sei
a origem da antipatia. Pois eu fui me aproximando deles, de Cristo, me
tornando mais pobre e assim perdendo a amiga; distanciamos-nos. É
impressionante como há pessoas se deixando levar pela fantasia, isto
é, vão atrás de certos mistérios, vão atrás de utopias, de lugares ofere-
cendo ideias mirabolantes, muito mais do que a seriedade e simplicida-
de de vida de Jesus Cristo. Ele, o Autor da vida. Vou deixar um convite
para todas essas pessoas das fantasias, da procura pelos falsos misté-
rios. Você poderá encontrar esses mistérios verdadeiros na Igreja Cató-
lica Apostólica Romana. Cada célula de seu corpo, cada vasinho san-
guíneo de seu corpo, vibrará; seu coração, sua razão, todo seu ser co-
locará você com os pés no chão para a realidade, para o realmente
313
verdadeiro. Na verdade esse mistério vai levar você para o Mistério Mís-
tico da Divindade de Jesus Cristo; perceberá o valor dessa noite magní-
fica e dela tudo emana para os demais acontecimentos litúrgicos no
decorrer do ano.
Meu convite é: procure ir à noite de Sábado de Aleluia, o dia ante-
cessor a Páscoa. Procure uma ótima Igreja Católica e quando digo óti-
ma, é aquela ao lado do Deus Verdadeiro Amoroso e Misericordioso e
do próprio Jesus Cristo, na qual o rito cerimonial desta missa é realiza-
do por um sacerdote realmente bom, do exercício fiel à vocação sacer-
dotal. Você fará parte do dia mais importante do calendário litúrgico
cristão. Ali, você sentirá a beleza da Vida, da Força, do Amor da fé! E o
principal: você não verá fantasia, mas tenha a certeza de presenciar o
místico mais místico real da verdadeira história acontecida na Humani-
dade e registrada. E, por favor, procure não deixar de acompanhar o
Ano litúrgico fazendo um arrastão das pessoas no Caminho-Verdade-
Vida! Assim, tem deixado o testemunho da Igreja Católica esperando de
cada um de nós a real Feliz Páscoa! Não obriga pessoa alguma, mas
convida, dá o livre arbítrio! Sinto piedade dos padres maravilhosos exis-
tentes e devem estar envergonhados por tantas coisas das quais estão
passando. É como se falassem mal de todas as professoras ou de to-
dos os advogados, por exemplo! É como se dissessem: “todos os ho-
mens são iguais!”, “Todos os homens não prestam!” Ou... “Todos os
padres são iguais, não prestam!” Ou... “Todas as mulheres não pres-
tam!” Ou... “Todas as mulheres são iguais!” Esses são termos univer-
sais. Não temos como universalizar certas questões! Dentro desse uni-
verso há pessoas maravilhosas, bondosas, especiais! Então, podemos
dizer alguns homens, algumas mulheres, alguns sacerdotes... Há pes-
soas maravilhosas na Vida e em todos os segmentos. Se não pensasse
assim, não estaria na batalha espiritual junto a Mãe! Deixo meu coração
em amor, solidária a nossa Mãe Maria; Ela ama tanto você. Você é um
314
dos filhos prediletos Dela! Você é uma religiosa ou um religioso! Você é
fiel, faz parte da Igreja Católica atuante! Você não faz parte da Igreja
católica, tenha o Tempo de Deus.
Sei avaliar o valor de uma vocação. Seja vocação sacerdotal ou
matrimonial ou religiosa ou outra qualquer. Porque vocação, realmente
tem muito de “Chamado”! De doação! De entrega para em Deus a pes-
soa sente deve caminhar... Vocação é algo extremamente sério. Voca-
ção é tão sério, pois nada oferecido diferente para fazer, se não tiver
em consonância com seu eu, estará satisfazendo a pessoa. Vocação
chega até mesmo ser essência! Precisa ser encontrada para a pessoa
ter Paz! Vocação é o próprio você se souber dizer seu sim, após a es-
cuta do “Chamado”.
Nossa Senhora de Fátima nos diz sobre satanás:

“Conseguiu entrar na Igreja, novo Israel de Deus”. “Ele entrou com


a fumaça do erro e do pecado, da perda da fé e da apostasia, do com-
promisso com o mundo e da busca dos prazeres”. Página 893. “Aos
Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Senhora”.

Há demônios e suas legiões e estes se manifestam em pessoas


que os cultuam, em pessoas pagãs e se deixam levar pelos pecados
(fermento e alimento para o Mal atuar) e a Humanidade já não recorre
mais à Confissão ou Reconciliação com Deus, tornando tudo mais im-
puro e pecaminoso. Um Sacerdote deve realmente possuir a verdadeira
Vocação para o Sacerdócio.
Nos cabe não facilitar a ação do demônio em nossas vidas e de nos-
sas famílias procurando não frequentar lugares indevidos e cuidando
para não pecar. Se pecar, sabe onde buscar o lenitivo! Lá haverá o
Verdadeiro Deus Amoroso e Misericordioso pronto a perdoar seus pe-
cados e conduzi-lo novamente no caminho novo e você deixará o mun-
do mais puro. A Bíblia lida é seu maior escudo, Luz do Conhecimento e
315
a Eucaristia a força e proteção contra o Mal. Sua salvação está no cor-
po e sangue de Jesus Cristo. Nossa Senhora diz sobre o Santo Rosário
é a arma eficaz no combate do Mal. Que neste Tempo faça sua consa-
gração ao Imaculado Coração de Maria e seja ele o seu refúgio. Que se
apegue ao rosário, pois assim vencerá o inimigo. São palavras de Nos-
sa Senhora. Se com Deus é difícil a luta aqui nesta Terra, imagine sem
Deus, algumas pessoas cultuando demônios e sendo pecadoras ou pe-
cadores. Um dos erros fundamentais é o desconhecimento da Palavra
de Deus, a Bíblia; outro erro é a omissão da palavra “demônio” e na
própria Igreja Católica por muitos Sacerdotes; estes, deixaram de falar
no diabo. Não falado, não conhecido facilmente, adentrado em vários
lugares e pessoas em pecado.
Em Timóteo, encontramos:

“A Bíblia inteira nos foi dada por inspiração de Deus, e é útil para
nos ensinar o que é verdadeiro, e para nos fazer compreender o que
está errado em nossas vidas; ela nos endireita e nos ajuda a fazer o
que é correto. Ela é o meio que Deus utiliza para nos fazer bem prepa-
rados em todos os pontos, perfeitamente habilitados para fazer o bem a
todo mundo”. Capítulo 3, 16-17.

Nossa Senhora em Nápoles, 29 de setembro de 1986 :

“Combatei, filhos prediletos, meus apóstolos, nestes vossos últi-


mos tempos!” Página 535. “Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa
Senhora”.

Temos nas páginas do Seu Livro, 446 e 447 as mensagens de


Nossa Senhora sobre:
“Sede meus apóstolos. Cenáculo realizado em Fátima, Portugal,
20 de setembro de 1994”. Por favor, leia o que traz o Livro sobre isso.
Todos os santos se doaram pela igreja de Pedro. Os apóstolos e

316
tantas e tantas congregações trabalham fielmente para esse Deus
Amoroso e Misericordioso e não é o mesmo encontrado na umbanda ou
no espiritismo ou, numa abrangência maior, como na maçonaria ecle-
siástica onde ali faz cultos satânicos e missas negras.
Uma vez, uma amiga da RCC me disse assim: “O espiritismo é
como uma fumaça que passa por debaixo da porta infestando, contami-
nando aos pouquinhos, tudo”. E assim, fui percebendo melhor o que era
aquilo.
Repetindo a Palavra de Deus, em Hebreus:

“Como está determinado que os homens morram uma só vez, e


logo em seguida vem o juízo, assim Cristo se ofereceu uma só vez pa-
ra tomar sobre si os pecados da multidão, e aparecerá uma segunda
vez, não porém em razão do pecado, mas para trazer a salvação,
àqueles que o esperam”. Capítulo 9, 27.

Aqui, Deus esclarece a não existência de outras vidas, pois a vida


é uma só! Não há, portanto reencarnação!
Um dia, fui à casa da minha amada irmã que, mais de quarenta
anos, estava nas mãos da psiquiatria. Olhei para ela, segurei a sua mão
trêmula e disse a ela o quanto agradecia a vida dela na minha vida.
Chorei. Não sei o entendimento dela sobre o dito, mas disse. Sem pala-
vras! Conhece essa expressão quando se desejaria dizer o tanto que se
ama uma pessoa e não se pode fazer nada, mas nada por ela? Porque
ela ficara totalmente presa às garras da psiquiatria e assim, ficou con-
denada para sempre diante da sociedade, da família, de qualquer pes-
soa, como um traste. Um vale nada! Vista como louca! O rótulo foi com-
prado como verdade! Fica muito difícil fazer alguma coisa por alguém
assim. O rótulo, aquela bolha visível e invisível, prendeu-a para sempre.
Um dia resolvi levar um bloco grande com folhas para desenhos e levei
comigo alguns grafites para tentar animar minha irmã amada, para ten-
317
tar ver se ela ressurgia em ânimo fazendo algumas pinturas. Ela sem-
pre pintara quadros lindos! Tudo feito por ela era lindo e com capricho.
Querida da minha irmã. Querida! Peço perdão pela minha ignorância.
No afã de querer acertar, acentuei mais ainda a mostra da incapacidade
dela de não poder nem segurar os grafites. Senti-me muito mal. Uma
insensível. Ela não podia nem segurar a xícara do café, porque suas
mãos tremiam totalmente. Derramava café em seu queixo, em sua rou-
pa, em sua mesa e quem lhe cuidava entregava a ela um canudinho
para melhor poder beber aquele café. Mesmo assim, ainda pegou al-
guns grafites e fez charmosos esboços, elegantes esboços, nas folhas
do bloco de desenho. Ainda hoje, guardo comigo alguns deles e sua
charmosa assinatura. Interessante: nunca perdeu a elegância que se
mostrava em algumas coisas deixando transparecer. A sua assinatura é
uma delas. Que charme! Mesmo cheia de obstáculos, travada, sofrida,
toda embutida de remédios e isso sim, tira um ser humano de conseguir
ser ele mesmo, mas ela deixava aí sim, na sua assinatura, a sua marca,
a sua realeza! Como se dissesse: “olha, estou aqui! Não estou conse-
guindo ser eu mesma, poderia fazer muito melhor, mas eu sou a fulana!
Sei que sou! Mesmo teimosamente me queiram puxar para baixo, mas
estou aqui”.
A impressão última passada por ela a mim e marcada por ela a
mim foi a lembrança dos seus olhos em lágrimas, algumas vezes a me
olhar e a desejar respostas para aquilo que tinha. Parece sempre soube
não ser preciso ser tratada assim. Como retirar dela a “rocha” segmen-
tada? Como acabar com a ótica da psiquiatria e poder voltar no Tempo
dos primeiros “surtos psicóticos” dos seus quarenta anos de sofrimento
marcados pela dor existencial? Como explicar a ela a Vida, o aprendi-
zado na Vida do qual eu mesma passara as descobertas, aos conheci-
mentos em Deus? Como passar a mana amada sobre sua própria exis-
tência foi razão em Deus, empregada por mim para eu mesma escapar
318
daquele horror do qual ela vivia? Como explicar a mana amada que, ela
mesma fora a minha vitória? Como explicar a mana amada que, no es-
pelho negativo na própria Vida, tudo que fizeram com ela e o que não
foi feito por ela na vida era de tudo isso acabara eu, correndo existenci-
almente?
Minha mana amada diante de Deus, de Maria, de Jesus Cristo foi
considerada sim! Porque eu tive que existir nela, sofrer por ela, mas
não sendo ela, receber o mesmo rótulo da psiquiatria, mas lutei para
me conservar íntegra em Deus para Ele. Deus me considerou por ela,
por seu sofrimento indevido, injustiçado nos males aqui desta Terra.
Porque meu espelho negativo passou a ser o que tinha que fazer: virar
a mesa. Olhando-a, tinha que ser a antítese dela. Olhando-a no meu
terror, nos meus medos de chegar a ser ela, um dia, passara a valorizá-
la, porque graças a ela eu fugi, eu corri à procura de mim mesma!
Mas... As minhas respostas foram encontradas em Deus da Santíssima
Trindade.
E por isso cheguei até ela para dizer-lhe: “mana, agradeço por sua
vida na minha vida!”.
No final da corrida existencial, recebia os que pertenciam à minha
família celeste. E a Filosofia me mostrava; nas leituras nos meus Co-
nhecimentos: a Vida. A Renovação Carismática Católica me mostrara a
fé viva e as leituras da Bíblia. Meu amigo- amor caminhava a vida terre-
na comigo e me deixava a confirmação de tudo necessário, para mim,
nesta face da Terra através da Filosofia Clínica.

319
Capítulo II

Parte 19

“Perdão, Senhor
(K7: Agnus Dei /90)
Perdão, Senhor, tantos erros cometi. Perdão, Senhor, tantas vezes me
omiti.
Perdão, Senhor, pelos males que causei, pelas coisas que falei,
Pelo irmão que eu julguei. Perdão, Senhor, pelos males que causei,
Pelas coisas que falei, pelo irmão que eu julguei.
Piedade, Senhor, tem piedade, Senhor; meu pecado vem lavar com seu
amor.
Piedade, Senhor, tem piedade, Senhor; e liberta minha alma para o amor.
Perdão, Senhor, porque sou tão pecador.
Perdão, Senhor, sou pequeno e sem valor.
Mas mesmo assim, tu me amas.
Quero então, te entregar meu coração, suplicar o teu perdão.
Mas mesmo assim, tu me amas.
Quero então, te entregar meu coração, suplicar o teu perdão.”

320
Mulheres e Situações
Minha mãe terrena nascera em 22 de abril, dia e mês do desco-
brimento do Brasil, 22 de abril de 1923, falecera em 5 de setembro, de
2002, com 79 anos. Minha mãezinha amada me fez correr no Tempo!
Muito do passado por mim na vida foi pelo imenso amor sentido por ela.
Desde pequenina, quando a observava carregando aquelas latas pesa-
das de lavagens para alimentar os porcos e o suor do seu rosto des-
maiava no lencinho que costumava colocar preso ao pescoço. Obser-
vava a seriedade com que levava a vida e as tribulações sempre existi-
am na vida daquela mulher. Sempre a senti muito em mim. Sempre
acompanhei as expressões dela, as mágoas sentidas as suas iras por
um motivo ou outro. Às vezes, eu a via sorrir e até gargalhar de alguma
piadinha particular; ela e a tia residente conosco, naquela época, se
diziam uma para a outra, inocentes e, mesmo assim deixava-a corada.
Lembro quando ela me chamava assim: minha “fiinha”; costumava dizer
para mim nos momentos de carinho. Quando já maiorzinha, costumava
pegar colo da mãe. Sentava sobre suas pernas e ficava assim um tem-
po com ela, enquanto ela tirava um descanso e assistia um pouco de
televisão. Raros momentos juntos a minha mãe. Raros momentos, por-
que dificilmente parava para algum entretenimento. Raros momentos,
mas tão importantes para mim.
Algum tempo antes da mãe falecer, ela morava na residência de
uma de minhas irmãs, onde passou seus anos finais. Levava meu terço
para rezar junto a ela. Ela acompanhava comigo as orações. Um dia,
perguntei-lhe se gostaria de receber um sacerdote para conversar com
ele a sós, receber a comunhão. Ela aceitou e foi então que por três ve-
zes os sacerdotes estiveram com ela. Recebeu os Sacramentos da
Confissão, a Eucaristia e a Unção dos Enfermos. Enfim, quando ela
faleceu, eu ficara em paz. Sabia fora entregue ao Pai, ao Filho e ao Es-
pírito Santo: a Santíssima Trindade. Minha mãe, nos seus últimos anos
321
de vida, começara a usar cadeiras de rodas, pois havia quebrado a ba-
cia, teve derrame e tudo se complicava. Sempre foi mulher muito forte,
muito trabalhadora. Tínhamos em casa um lindo e enorme jardim com
rosas de todas as cores. Recordo quando pegava ônibus para buscar
num lugar mudas belíssimas de rosas, e trazia no ônibus as mudas. Ela
sem dúvida tinha um jardim belíssimo! Tínhamos um ótimo pomar. A
casa era enorme e um quarto para cada dois filhos. Ela trabalhava mui-
to com os afazeres de seus oito filhos e nunca soube pedir nada a nin-
guém. Por exemplo, me alcança um copo d’água, por favor? Isso não
passava por sua mente. Ela fazia aos outros. Então, ela costumava di-
zer que a doença a ensinou a ter que esperar para obter o que queria.
Tinha que ter paciência. Costumava dizer que precisara ficar numa ca-
deira de rodas para ter paz. Que situação, não é? A dor foi o caminho...
Por isso penso e desejo que muitas almas descubram o caminho do
amor para sua salvação!
Ficava feliz por saber que a mãe era tão bem amparada por uma
de minhas irmãs e pelo companheiro da minha irmã e este gostava mui-
to da mãe. Ele chamava minha mãe de “meu carinho”! Nunca escutei
do meu pai algo assim para a mãe. Ela devia gostar muito de assim ser
chamada. Que reconfortante era saber no final de sua vida teve um
ótimo atendimento aos cuidados dessa família. E eu, deixei de correr na
Vida! Para mim, não houve pérola conquistada maior do que esta: po-
der chegar até ali por mim e por ela, minha mãe tão amada. Cheguei,
eu, a Tempo de encontrar o meu Deus Amoroso e Misericordioso, fazer
meu encontro espiritual divino e poder passar para minha mãe um pou-
co da Verdade, da fé, da oração e dos sacramentos que são os sinais
de Deus aqui nesta Terra. Chegar a Tempo dela, morrer, sim, mas sa-
bendo do recebimento da Eucaristia e com o sinal da Santíssima Trin-
dade. Como se dissesse assim para Deus: - Deus, meu amado e Mise-
ricordioso deixo aos Seus cuidados! Nada mérito meu. Mas fui imbuída
322
pelo Espírito Santo na Graça dada por Deus Pai!
E a Vida continuava... Minha amada irmã falecera na data de 3 de
novembro de 2012. Estou distante cinco meses do falecimento dela,
escrevendo para você, que me acompanha. Um vazio imenso ficou em
mim, pois a vida da minha irmã amada era como um espinho cravado
no meu coração frente à impotência da psiquiatria. O total descaso falta
de importância dada às almas, como mereceriam ser tratadas por mui-
tos psiquiatras, mas não todos, graças a Deus. Eu também me senti
impotente por não ter feito mais por ela, por olhar para os anos que
passaram... Eu vivia já, um Novo Tempo! O Tempo de Deus! Com toda
certeza, ela nunca receberia o olhar, a ótica de uma pessoa como uma
doente mental. Seria ajudada de outra maneira. Seria mais amada nos
atendimentos, com olhar humano. Seria orientada de outra forma como
eu consegui sair a Tempo de Deus do meu horror. Deus me ajudou na
Sua Providência.
Meu Deus! Como desejo fazer jus por ela! Como desejo dizer para
você, meu querido, minha querida: tenha o problema existencial, sua
dor de alma, não aceite como verdade os rótulos, os nomes de doenças
que quiserem dar a você. Porque isso é o grande encarregado de fe-
char o potinho com uma eterna rolha que aprisionará você para sempre
como morta-viva! Vem acompanhado com o estigma de louco porque
frequenta um psiquiatra ou porque toma remédios. Aí, além de você
mesmo aprisionado, será desvalorizado como pessoa ao seu redor.
Não esqueça, por favor: lute meu querido, por sua alma. Deus lhe deu
uma alma e ela não é igual de pessoa outra! Você é única! Não existe
outra pessoa igual a você no mundo! Então, mais uma razão para você
não ser cópia de ninguém, não poder ser marcada como gado. Enten-
de? Procure quem o escute com amor, conte sua história existencial de
dentro para fora, porque sua história existencial nunca será igual ao da
outra pessoa. Você como partilhante para seu terapeuta, por exemplo,
323
um filósofo clínico juntos encontre ajuda para sua dor existencial. Mas
lembre-se: não coloque seu terapeuta no pedestal. Somente Deus é o
maior e melhor; somente Jesus Cristo salva uma alma. Podemos ter os
filósofos clínicos como amigos da sabedoria. Mas o alimento espiritual
você sabe qual é: Jesus Cristo é o Salvador. Essa dimensão espiritual é
fundamental para que sua vida flua melhor, porque sua alma está sen-
do salva e protegida do Mal. Como é oportuno um amigo na vida da
pessoa! Às vezes, amigos não desejam escutar suas queixas, suas
mazelas existenciais ou mesmo porque não são as pessoas indicadas
para lhe escutar. Muitas vezes, é preferível não tê-los, a falar para al-
guém algo que ainda vai lhe custar caro. O amigo da sabedoria clínico,
quando se trata de uma dor existencial, poderá ajudar. Estudou; está
preparado, assim deve ser. Lidar com uma alma humana é algo sagra-
do; assim é para mim. Conforme a situação da pessoa precisará de um
grande amigo mesmo! Um amigo íntegro, bondoso, autêntico no modo
de ser, coerente no que diz e na ação. Tudo de bom e de lindo que
Deus poderia enviar para você. Você sabe no mundo de hoje esse ser
está escasso, não é? Como sou uma mulher de visão antiga, posso di-
zer Deus me abençoou por ter encontrado esse amigo. Então, na Bíblia,
eu lia assim:

“Um amigo fiel é uma poderosa proteção: quem o achou descobriu


um tesouro. Nada é comparável a um amigo fiel; o ouro e a prata não
merecem serem postos em paralelo com a sinceridade da sua fé. Um
amigo fiel é um remédio de vida e imortalidade; quem teme ao Senhor
achará esse amigo. Quem teme o Senhor terá também uma excelente
amizade, pois o seu amigo lhe será semelhante”. Eclo 6,14ss.

Tive a graça de receber meu amigo no Tempo de Deus. Depois,


meu amigo passou a ser meu amor.
Verdadeiramente? Senti na alma esse amigo sobre o qual a Pala-
vra de Deus acabou de falar a você. Mas não foi desse Tempo, minha
324
irmã. Minha irmã amada, a talentosa, a belíssima mulher considerada
por todos que a conheceram na cidadezinha, foi do Tempo dos eletro-
choques. Dos hospitais horríveis com portas que pareciam portas de
cofre. Feias, riscadas, sujas e cinzas. Era assim no Tempo primeiro em
que muito ia visitá-la para levar-lhe algumas coisas. A imagem de mi-
nha irmã amada embutida de remédios, ao ponto de seus lábios ficarem
ressecados e o pedaço de maçã pendurado em sua boca ainda não me
sai da memória. Não me sai da memória as saídas dela dos hospitais
cheia de piolhos na cabeça e feridas. Não me sai da memória o jeito
como certas enfermeiras tratavam as pessoas de lá, como se não tives-
sem alma. Como se por baixo daquela casca não tivesse um ser pen-
sante. Sim, pensante e massacrada. Era aquela ali a ser mesmo des-
considerada, como qualquer coisa, pois que louca era. Pois que doente
mental era. Não poder se dar o direito de possuir uma roupa decente lá
dentro, porque roubavam. Desapareciam. Seria a palavra da louca se
queixando, isto é, o ser humano perde total valia. Total!
Já me deparei com médicas prepotentes! Nota-se que perderam
total horizonte de olhar humano individual sobre aquelas pessoas. O
olhar é de neutralidade, massificado, como se quase todos os casos
fossem os mesmos, mas separados pelos rótulos colocados nos poti-
nhos: você pertence à classe dos neuróticos ou psicóticos, etc.. Sempre
com o ‘ótico’, com a visão de que deve ter uma doença! Seria bem inte-
ressante, se pudéssemos fazer um dia de brincadeira e com uma vari-
nha de condão transformar e colocar muitos desses tipos de psiquiatras
e maus atendentes no lugar do sofrimento das pessoas com suas dores
existenciais. Isso traria uma espetacular humanização! Sim! Não todos,
pois há psiquiatras que já pensaram mudar e estão procurando os mei-
os. Não desejo generalizar. Que maravilhava que há esses outros psi-
quiatras.
Para o túmulo, minha irmã levou uma vida praticamente inteira no
325
seu Calvário de sofrimento da alma. Para o túmulo, minha irmã levou o
seu pezinho quebrado por quase um ano. Ia completar um ano que es-
tava com seu pezinho quebrado, pouco antes de falecer e foi assim
com ele para o caixão. Foi quebrado enquanto estava no hospital psi-
quiátrico, mas mandaram-na para casa e, entre idas e vindas em vários
lugares no jogo de empurra do Serviço Único de Saúde, nada fizeram
por ela. Nada! Até hoje, a cuidadora espera o telefonema para a data
da cirurgia. O pé poderia dar uma gangrena, algo assim e ter que ser
amputado. Nem sabem que minha irmã amada falecera. A cuidadora
passou por muitas situações tristes na presença desses psiquiatras que
não parecem pessoas. Animais possuem mais coração do que muitos
deles. Alguns psiquiatras se envolvem de uma empáfia tão grande, de
tal poder, mostrando total falta de humanidade.
Foi providenciada, às pressas, a cadeira de rodas e tudo, naquele
Tempo, a fim de que tivesse em seu apartamento o mínimo para aten-
der as necessidades com o pezinho quebrado. Morreu em seu aparta-
mento. Sua causa de morte foi ataque fulminante do coração. Dias an-
tes de seu falecimento, a cuidadora evangélica, de muita fé em Jesus
Cristo, conversou com ela e perguntou-lhe se aceitava Jesus Cristo em
sua vida, já que ela dizia gostar muito da cuidadora.
“Então, se você quer estar um dia no Céu comigo, você aceita Je-
sus Cristo, como teu Salvador?” - e minha irmã, ao dizer que sim, conta
a cuidadora algo forte aconteceu naquele momento: uma caiu para um
lado e a outra também sentiu o impacto e reclinou o corpo. Estavam
sentadas na beirada da cama. Um fenômeno, naquele momento, acon-
teceu, e a cuidadora conta como algo impactante e não sabe explicar,
mas sabe dizer o estranho fenômeno acontecido como se algo ali pas-
sasse a dar um forte empurrão. Ela aceitara Jesus Cristo em sua vida.
Jesus Misericordioso estava com ela naquele momento. Imagino o espi-
ritual maléfico... Imagino a luta entre o Mal e o Divino naquele momento
326
pela alma dela. O que tiver que acontecer, somente Deus sabe. Confio
em Deus e sei que para Ele tudo é possível. Tudo! O que parece para
nós impossível para Deus tudo é possível.
Dou graças a Deus por ter colocado essa pessoa de grande fé ao
lado da minha irmã amada. Mais uma vez, a Providência Divina agiu.
Mais uma graça alcançada. O Espírito Santo, com a Sua força vinda do
alto em nosso auxílio, fez a pessoa de fé, a pessoa de oração surgir na
vida da mana amada. Como agradeço a Santíssima Trindade, bem visí-
vel por mim, pela ação restauradora após a procura por Eles, aos pedi-
dos colocados no livro de intenções, pois eu, verdadeiramente me sen-
tia impotente frente ao sofrimento existencial da mana amada; entendia,
entretanto, se por minhas forças nada podia fazer, Deus tinha o alcan-
ce. Passara então, confiá-la para Deus. Eu confiava em Deus. Ele me
conhecia e sabia da minha coragem para muitas coisas, mas não para
tudo; Ele, Deus, via carregar o meu próprio fardo e este, muito pesado.
Esperava de Deus, em Deus e tudo por Deus.

327
Capítulo II

Parte 20

“Porque Ele Vive


(LP: Louvemos o Senhor I) (LP: Canção Nova- vol. I)
Deus enviou seu Filho amado para morrer em meu lugar.
Na cruz pagou, por meus pecados,
mas o sepulcro vazio está, porque Ele vive.
Porque Ele vive, eu posso crer no amanhã.
Porque Ele vive, temor não há.
Mas eu bem sei, que o meu futuro,
está nas mãos do meu Jesus, que vivo está.
Um dia eu vou cruzar os rios e verei então, um céu de luz.
E verei que lá, em plena glória, vitorioso, vive e reina o meu Jesus.”

Impotência | Covardia
Há muitos anos não via minha irmã amada. Enviava roupas, envi-
ava chinelos, roupas para vestir, enviava roupas de cama, cobertores, o
que podia. Mas não a procurava mais. Muita revolta, muita dor, muita
impotência sobre o caso realmente era muito sério. Sério, pelo Tempo
328
percorrido por ela nos hospitais e tão rotulada! Visitá-la para quê? Para
deixá-la emocionalmente mais abalada com a presença? Não havia in-
teresse da parte dela em mandar notícias ou estabelecer contato comi-
go. Não me chamava, não telefonava. Mas a causa última de não con-
seguir ir até ela é o não querer sofrer com ela. Não aguentava mais!
Acomodei-me para não sofrer com ela. Acovardei-me. Era fraca perante
o seu sofrimento. Entregava para Deus. Colocava o seu nome no livro
de intenções nas missas. Era o que podia fazer. Ela nunca saiu dos
meus pensamentos, da minha alma! E foi assim, depois de alguns
anos, repentinamente recebo a notícia do falecimento de minha irmã
amada. E vendo-a ali, naquele caixão, chorei muito, muito! Não um cho-
ro de desespero, mas a dor de sentir por quem se foi sem nada puder
fazer por ela, tivesse eu, feito. Levei uma foto de São José e do outro
lado da foto, Nossa Senhora para deixar no seu corpo; ela se foi com
Eles. Um dos meus terços eu coloquei também sobre suas mãos. Re-
zamos juntos: eu, seu filho e a outra pessoa acompanhante dele, uma
tia; os primeiros a estarem com ela naquele momento. Seu filho, queri-
do, inconsolável! Ele não faz ideia o quanto essa mãe o amou. Não faz
ideia, pois não foi criado por ela. Não pode devido ao mal existencial. O
que poderiam sequer imaginar as pessoas que viveram uma vida inteira
do outro lado o tudo e o todo do qual vivera a mana amada? O que se-
quer viveram os do lado de lá do passado pela família no sofrimento do
dia-a-dia? Nas internações complicadas, nos “surtos” sofridos e humi-
lhados? Na falta de dinheiro para mantê-la no dia-a-dia quando o di-
nheiro não era depositado em Banco ou quando ficava retido no Ban-
co?
Impossível! Impossível! Fiquei me questionando por que eu estava tão
triste, chorava de quando em quando por ela. Afinal ela não havia des-
cansado? Tudo estava terminado. Na confiança em Deus, eu sei que
sim. Dei-me conta de que não foram quarenta dias de sofrimento de
329
minha irmã, mas foram quarenta anos e seria natural estar me sentindo
assim; afinal, de repente, ela deixara de existir entre nós. Ela já não po-
voaria meus pensamentos. Mas percebi na vivência passada por ela, e
eu sentira em mim, foi como um espinho cravado em meu coração nes-
ses quarenta anos! O espinho cravado tinha ido, foi embora; mas o ori-
fício da dor e da ausência ficara. E assim, pedi ajuda a Jesus Misericor-
dioso. Dei-me conta da minha impotência, do desejo de querer ter feito
por ela o que não pude fazer por me considerar frágil perante ela. Fiz o
que pude dentro das minhas condições, sempre procurei ajudar. Mas
mesmo nas minhas condições de sempre, a de procurar ajudar, ficou a
lacuna do que fui: covarde em não ajudar! O espinho parecia estar ali,
mas na verdade foi a dor da falta de quem se foi; quem se foi estivera
comigo, no meu coração, nos meus pensamentos por aqueles intermi-
náveis anos e seria natural então a saída do espinho deixasse a lacuna,
um orifício aberto no meu coração.
A primeira a falecer dos oito irmãos...
Teria que dar tempo. Teria que esperar, mas mesmo assim a saí-
da de quem se foi me deixou um pesar. Um pesar de não ter feito mais
por ela. Tentei ajudar no que pude como pude, mas sei fui covarde, fui
fraca. Conformei-me — pois sabia estava cuidada por outra pessoa e
não me chamava — mesmo lembrando-a nas missas. Desejava me
sentir menos culpada. Precisava rezar!
Entendia a própria psiquiatria muito falha no tratamento da mana.
Eles mesmos nunca acertaram durante os quarenta anos, creio eu.
Nunca fiz na ponta do lápis o cálculo para saber quantos anos a minha
irmã viveu o seu sofrimento nesta face da Terra. Mais ou menos a ideia
da vinda dela para cidade menor com o filho pequeno ainda de colo. Ela
era muito jovem e belíssima. Penso e constato a relevância no dever
dos psiquiatras mudar a “Ótica” se é que, realmente desejam ajudar o
ser humano.
330
Verdadeiramente?
Que bom se muitos desses médicos se aproximassem da Filosofia
Clínica, o que tem acontecido recentemente. Aprender com ela. Saber
receber com humanidade a pessoa chegando até eles com sua dor
existencial e sem rotular ou dizer é um doente mental. Entender cada
pessoa possui um jeito único de ser em cada situação e ter problemas
(como tristezas, angústias, ansiedades) não faz de uma pessoa um ser
doente ou louco, e sim alguém que necessita de auxílio.
A pessoa fica muito fragilizada com qualquer mal existencial surgi-
do repentinamente seja ele qual for. Muitas pessoas precisam de amor,
de respeito nesses momentos. Precisam de quem lhes expliquem tam-
bém o que está acontecendo com amor, com atenção.
Se eu pudesse, se fosse um psiquiatra ou uma psiquiatra, mudaria
meu modo de visão de mundo. Deixaria de ser um ateu, como muitos
são. Deixaria de ser ciência apenas. Veria o mundo com amor, com
Deus! Seria pessoa, seria humana. Buscaria conhecer Nossa Senhora
e Jesus Cristo. Teria, então, no meu olhar, a esperança! A esperança
de possibilidades no meu outro, isto é, no chamado pelos psiquiatras de
doentes. A Filosofia Clínica chama de partilhante e o que os psiquiatras
chamam de doenças, a Filosofia chama de mal existencial.
Se eu fosse um psiquiatra ou uma psiquiatra eu teria no meu hospi-
tal uma Capela. Sim! Uma Capela. Esta Capela teria as imagens da Mãe
e de Jesus Cristo representado das duas maneiras; a primeira, Jesus na
cruz, crucificado para mostrar o sofrimento Dele e para cada um dos
sofredores encontre em Jesus o companheiro de sofrimento, porque
nessas horas, não raro, somente Jesus Cristo é o verdadeiro amigo. O
padecente não considere o sofrimento somente seu; para que não se
sinta só em sua dor, mas possui um grande amigo e este amigo pade-
ceu o Grande Sofrimento. Para quem tem dores intensas saiba este
Grande Sofrimento de Jesus Cristo foi justamente para dar Vida a quem
331
tem dor. Que o sofrido saiba foi resgatado pelo Grande Sofrimento de
Jesus Cristo, Sua Paixão Morte, ao preço do sangue de Jesus. Por isso,
dar valor à sua vida, isto é, à vida deste que sofre e diante de Jesus
despeja suas queixas, suas lágrimas, seus sofrimentos. Este é o Tempo
dado a essa criatura de amadurecimento no sofrer. Ele está nesta vida e
tem o direito de sofrer. O sofrimento não deve ser considerado uma ver-
gonha, mas motivo e Tempo de aprendizado em Deus. A coisa mais
natural nesta Terra é o sofrimento. Bendito o sofrimento se for para a
salvação das almas! O contrário é até de pensar e ver o que está acon-
tecendo, quem vive no eterno hedonismo. Porque, aqui, nesta Terra,
queiramos ou não, o Mal entrou! O próprio sofrido se vê no sofrimento
de Jesus Cristo. No mundo hedonista, da farra, dos fanfarrões, dos car-
navais e futebol e brincadeiras e mulheres bonitas e plásticas, quem so-
fre se sente só. Muitos sofridos não têm com quem partilhar suas dores
existenciais em meio a tanta alegria. Quem sofre, geralmente não possui
o amigo por perto. Mas aquele Amigo sim: Jesus Cristo é o Grande Ami-
go.
A segunda maneira pela qual esta Capela teria as imagens da
Mãe e de Jesus Cristo, trata da Verdade segundo a qual Jesus Cristo
não sofreu por sofrer... Jesus Cristo sofreu justamente para nos deixar
um legado ímpar! Outro, não existe. Por isso, N’Ele, está o Homem Sal-
vador! O Homem nos deixou a Redenção! E é aqui que entra o lado
espiritual divino de Jesus Cristo legado a nós, como força, como ali-
mento na Eucaristia! A hóstia é Ele, é Jesus Cristo presente! Quando o
sacerdote na mesa eucarística nos proporciona o Cálice com vinho, ali
está o Sangue de Jesus Cristo; e o Pão, a hóstia, ali está o Corpo de
Jesus Cristo. Lembre-se de que estamos tratando de algo espiritual di-
vino. Jesus Cristo morreu, mas Ressuscitou! É um dogma de Fé! Está
relatado na Bíblia em Atos dos Apóstolos o que Jesus pediu na Última
Ceia. Jesus Cristo não nos trouxe essa conotação de que a pessoa
332
precisa viver eternamente sofrendo. Pelo contrário! Jesus Cristo nos
trouxe tudo de bom e de lindo para as nossas vidas, pois N’Ele é que
encontramos a Vida em detrimento da Morte. Jesus Cristo veio até nós,
veio até o sofrido para nos legar a Esperança, nos dar a Vida, por isso
morreu por cada um dos sofridos. Seu sangue derramado por cada um
dos sofridos é o que faz dar Vida a eles. Por isso, os sofridos devem
saber que eles foram resgatados por um preço muito alto! Já que Jesus
Cristo morreu por eles. A valoração da pessoa em Jesus Cristo, em
Deus Amoroso e Misericordioso deve ser apresentada! O padecido, en-
tão, terá a visão do Jesus Ressuscitado! Uma imagem na Capela de
Jesus Ressuscitado, eu teria. Faria toda a diferença e Jesus Cristo com
os braços abertos. Este Jesus Cristo mostra ao sofrido Jesus sofreu, foi
o Grande Sofredor, mas Ressuscitou! Ele, Jesus Cristo, não ficou es-
tigmatizado no sofrimento, pois perpassou todo esse sofrer justamente
para N’Ele, com Ele nos resgatar, nos deixar a redenção, o perdão dos
nossos pecados, um Caminho de Verdade e Vida! Que não precisa de
forma alguma se fixar no sofrimento. Mas pode no seu Tempo sofrido,
ser resgatado ao seu céu interior de paz através deste Homem dando
Sua Vida por amor: Jesus Cristo. Por amor a todos os sofridos que
N’Ele crerem. Na mesa Eucarística, o sofrido buscará a sua redenção
interior. Sua mudança de vida, do pecador e sofredor ao novo homem
como um ressuscitado interior! Então, aqui mesmo nesta Terra esse
sofrido poderá viver com qualidade de vida. Poderá entrar para a Luz
que é o Cristo. Deverá desejar mudar, deverá fazer sua reconciliação
com Deus, sua confissão. Esse Jesus Ressuscitado é aquele se mos-
trando outro, ou seja, passou do sofrimento para mostrar a felicidade; o
legado da Redenção e dos pecados confessados pelo sofredor a busca
da Eucaristia como alimento espiritual, nessa caminhada na pessoa de
Jesus. O sofredor ou sofrido torna-se uma nova pessoa.
Há quem faça viagens enormes para evangelizar, para fazer suas
333
missões, mas não é preciso sair do lugar, muitas vezes, para se proce-
der à verdadeira evangelização. Perdão! Não é bem assim. Isso foi as-
sim para mim. Minhas viagens foram meus livros que me instruíram me
inspiraram. Sei para cada pessoa há um Tempo, caminhos a percorrer.
Muitas pessoas precisam das viagens longas para se sentir sensibiliza-
das a alcançar a fé e a paz.
Colocaria ainda na Capela uma terceira imagem: São José, o es-
poso de Maria. Mostra-se como o supremo exemplo, modelo de esposo
e pai. Ele sem dúvida estaria presente em minha Capela. Aquele ho-
mem, José de Maria, uma digna mulher almeja ter a seu lado. Homem
fiel. Homem que sabe amparar uma mulher. É amigo, é companheiro.
Não somos feitos para ser sozinhos. Precisamos do companheiro, da
companheira; do amigo, da amiga. Aquele que ajuda atravessar o de-
serto nesta vida. Cada pessoa sabe qual deserto atravessa. Enfim, o
mundo deveria ser forrado de Josés. Não somente de Josés, mas de
Marias.
Nossa Senhora Mãe, Imaculado Coração de Maria, estaria com
toda certeza na minha Capela; outra imagem para acolher como Gran-
de Mãe e Bondosa Mãe, com Seu Coração de ouro, o ouro invisível do
Amor possui por cada ser humano desta face da Terra. Nunca deixaria
de colocar a imagem de Nossa Senhora, Aquela que Abre a Porta, a
Grande Intercessora da Humanidade, Aquela que Ama o Povo, nunca
deixaria de colocar numa entrada de igreja. Nunca!
Basicamente, na Capela, teriam Eles para dar parâmetro de vida e
vida espiritual divina.
Com toda a certeza, precisamos das pessoas aqui da Terra como
do Céu. Então, teria filósofos clínicos na Humanidade legada pela Filo-
sofia Clínica, para atender as pessoas em suas dores existenciais. Te-
ria psiquiatras de bondade, com entendimento, parceria com essa nova
visão humana de olhar o meu outro. Com toda certeza teria o bom sa-
334
cerdote para acompanhar os partilhantes na Confissão e na Eucaristia
para defesa espiritual contra o Mal.
A união e força entre pessoas espirituais divinas e pessoas da
Terra, preparadas para atender a alma dessas pessoas com suas dores
existenciais, ajuda de forma maravilhosa a todas que aceitarem o que
lhes seria dado. Com Eles, o envolvimento de Amor do Pai, Filho e Es-
pírito Santo (como fermento bom) faria gradativamente sair das amarras
invisíveis do Mal; somando-se ao trabalho da equipe de doutores e mé-
dicos da Terra. Exterminaria, abolia os hospitais psiquiátricos nos mol-
des que aí se apresentam e principalmente os espíritas (com a concep-
ção de reencarnação). Para o católico, a Ressurreição é o fundamento.
Já coloquei a minha visão de um hospital de ajuda. Sempre será em
nível de Deus. Sempre! Como na Bíblia Católica Apostólica Romana,
espiritismo é abominado por Deus, não aceitaria um hospital espírita.
As pessoas, em geral, entram para um hospital psiquiátrico dificil-
mente possuirão uma nova chance na vida, nos moldes atuais. Muito
difícil um ser humano ser olhado com respeito novamente, com sua
dignidade de alma que lhe fora roubada. E isso ocorre dentro da sua
própria casa e dentro da sociedade como um todo. Só o peso da cruz
por carregarem por si próprios as suas dores existenciais é muito inten-
so. Somando-se aos rótulos, estes aniquilam de vez com esse ser hu-
mano. Muitos acabaram por se tornar zumbis. São mortos-vivos. São
entupidos de remédios. E entendendo a vida na ótica da reencarnação
vão esperar a outra vida, então, para que na outra vida obtenham a me-
lhora. Vão esperar para sempre... Que tristeza um viver sem a esperan-
ça... Sem a fé na Eucaristia, enfim, no que já vimos até aqui. A Reden-
ção! Uma reabilitação possível ainda nesta face da Terra.
Verdadeiramente?
É incabível, é inadmissível permanecermos tantos centenários
com um modo improdutivo sendo perpetuado neste tipo de tratamento
335
que a parte da psiquiatria tradicional efetua para seres humanos. Quem
é que sai ganhando com isso? Tem alguém atrás de tudo isso desejan-
do perpetuar uma coisa abominável destas? Por isso, fico pasma na
existência desses moldes. Ainda há quem se rejubile dizendo estarmos
na era de gente inteligente. Não concordo! Considero o contrário! Nun-
ca vi tantos homens no mundo da caverna! Nunca! Homens desuma-
nos! Homens sem coração ou de coração de pedra! Homens preocupa-
dos em ganhar dinheiro! Homens preocupados em construir estádios de
futebol! Homens do status! Homens do poder! Homens construtores de
máquinas! Onde está o homem que use seu cérebro e se preocupe re-
almente com o povo? Onde está o homem que use seu cérebro e invis-
ta em hospitais para os pobres? Onde está o homem que utilize seu
cérebro para pensar com Equilíbrio em todas as situações necessárias
da vida de uma cidade, de um Estado, de um País? Onde está o ho-
mem que use seu cérebro?
Não está! Não está, porque o cérebro deste homem está preocu-
pado em ganhar dinheiro. O cérebro é empregado onde haja lucro ou
interesses escusos. Não está, porque onde deveria estar o coração co-
locaram o cérebro do homem racional. Procuram-se homens com Cora-
ção!
Ou...
Como a busca é pelo Equilíbrio, procuram-se homens com Cora-
ção e Razão!
Ou...
Como dizia o filósofo matemático e físico Blaise Pascal, “que o co-
ração tenha razões que a própria razão desconhece!”.
Jesus tenha misericórdia de todos nós!
Lembrei-me de meu livrinho da Divina Misericórdia na minha gave-
ta; eu avistara há dias. Passei a rezar o terço da Divina Misericórdia e
336
fiz a Novena à Divina Misericórdia. Senti que aquele mal que estava
comigo, aquela culpa sentida, saiu de mim sobre minha impotência
também, com relação à minha amada irmã. Tenho pedido a Jesus Cris-
to a misericórdia de minha alma com relação aos médicos que estão no
mundo tratando essas almas como a da minha irmã amada, com esse
modo altivo, soberbo, autoritário, com essa arrogância, empáfia; sei não
serem todos, mas ainda uma maioria. Senti a importância, aprendi nes-
se período eu deveria continuar a vida rezando em levar almas para a
Misericórdia Divina, ao Jesus Misericordioso e assim se apresentou a
santa Faustina, pedindo que rezássemos pelas diversas almas que pre-
cisam de Misericórdia. Certamente a minha também, nesse sentimento
amargo, ainda não bem resolvido com relação a esse modo dos médi-
cos verem os que sofrem suas dores existenciais, verem como no tem-
po das cavernas. A oração me deixou perplexa com a bondade de meu
Jesus, com o exemplo de humildade de se mostrar Ele mesmo para nós
com tanto, mas tanto Amor, compreendendo nossa insignificância e nos
dando a misericórdia. Quanta bondade nesse coração de Jesus! Quan-
ta bondade! Quanto amor!
No site da Associação do Apostolado do Sagrado Coração de Je-
sus, no qual a vice-presidente é a senhora Elza Maria Franco Soares,
encontrei a seguinte explicação e considero importante termos o co-
nhecimento:

“Por que denominamos o Coração de Jesus como Sagrado e o de


Maria como Imaculado? Os dois são fontes inesgotáveis de amor e se
importam tanto com você a ponto de um morrer por você (Jesus) e do
outro passar a eternidade intercedendo a seu favor”.

Também dizia o seguinte, no mesmo site:

“Nenhum outro coração é sagrado, somente o de Nosso Senhor


Jesus Cristo. E Ele quer que você entregue a Ele todas as suas afli-
337
ções, todos os seus desesperos, todos os seus problemas”.

Quando Jesus apareceu na França, em 1920, para Josefa Me-


nendez, Ele disse:

“Eu sou um abismo de bondade e misericórdia. O meu Coração é


teu refúgio”.
“Quanto mais fraquezas encontrares em ti,
Tanto mais Amor encontrarás em mim”.
“A tua miséria e mesmo os teus pecados,
Dão lugar à minha misericórdia”.

Fui compreendida na minha pequenez na minha covardia, na mi-


nha impotência frente aquele quadro de dor da minha irmã amada; afi-
nal, realmente sou humana. Também me coloquei no lugar desses psi-
quiatras. Compreendi! Não aceito, mas os compreendo! Estudaram,
foram formados assim. Alguns estão dentro disso e sabem que deveri-
am sair ou procurar novas óticas que não se fixassem nessa ótica dos
rótulos dos psic-óticos; neur-óticos que estão levando os pobres dos
humanos, filhos de Deus! Que percebessem, de uma vez por todas,
não dá mais! Não dá mais para viver pesando as almas sofridas, dos
sofredores, do sofrido rotulando-os e embutindo remédios. Porque não
há aí saída. Cada vez mais destroem essas almas. Não sou de toda
contra a medicação. Ela, em alguns casos, é necessária, mas saber
medicar. Ver as interações medicamentosas. Não mudar constante-
mente de remédios à periodicidade como se toma banho todos os dias.
E ver a historicidade das pessoas antes de qualquer coisa.
Buscar o Equilíbrio é fundamental! Através da interseção entre a
Filosofia Clínica e a Psiquiatria seria Tempo de benefícios mútuos às
pessoas. Somar os esforços em prol da melhoria de vida de nossas
pessoas, essa é Vontade de Deus! Não sei o que seria de mim se ti-

338
vesse a continuação do passado a acompanhar o drama da minha ma-
na. Continuaria o desejo de querer gritar ao mundo de forma pior ainda.
Vou rezar a cada dia que me restar nesta vida, nesta face da Terra, por
muitos psiquiatras, pois são dignos da misericórdia de Jesus Cristo! Ali-
ás, houve um Tempo, um psiquiatra me dissera para levar minha irmã
do hospital espírita, pois ela estava desenganada.
Naquele ano recebi dois telefonemas para comunicar, do Hospital
Espírita, a tentativa de suicídio da mana. Desejava cortar os pulsos e
havia tentado se enforcar em outra ocasião. Esse horror me levou a ir
até lá. Nesse Tempo, eu também estava obtendo ajuda do meu amigo-
certo e pensava levar a ela algum conforto. Recordo-me levar um ursi-
nho de pelúcia. Foi quando, neste dia, levada a uma sala, o psiquiatra
me disse que nada teria a fazer por ela. Que estava desenganada. As-
sinei um documento como responsável. Tirei minha irmã de lá. Ela saiu
com o olho roxo, piolhos e feridas. Trouxe para minha casa e fui dar
uma volta com ela pelo lago; fica também perto de minha casa. Mostrei-
lhe as florzinhas e pedi que sentisse o perfume. Mostrei algumas borbo-
letinhas. Eu queria imitar o meu amigo-certo; ele fazia assim comigo na
Faculdade e me sentia melhor; então tentava passar para ela o mesmo.
Ela conversava comigo querendo saber sobre política, naquela época
falou sobre o PT, Partido dos Trabalhadores. Ficara impressionada que,
para uma pessoa que disseram estar desenganada, como ela tinha no-
ção de certas coisas.
Mas eu não sabia ajudar melhor... Resumindo: ela viveu até o final
do ano de 2012, e fiquei sabendo que o mesmo psiquiatra que me dis-
sera estar a mana desenganada, já havia falecido muitos anos antes
dela. O que é a Vida, não é? Sabe o que fiz quando soube disso? Colo-
quei o nome desse psiquiatra no livro de intenções numa missa. Que
Deus o tenha! Misericórdia!
No estudo de Sigmund Freud, dimensões humanas importantíssi-
339
mas foram deixadas de lado e entre elas a religiosa. Assim considero.
Aqui, Pai querido, vivemos um céu azul e um céu preto, porque aqui, a
Terra, também pertence a quem teima em dar de comer ao animal. Mas
a Verdade, a Justiça, a Fé, a Esperança e o Amor fazem com que su-
bamos a escadaria da cor doce do azul do Céu, rumo ao Senhor!

340
341
Capítulo II

Parte 21

“Como São Belos


(Is 52,7) (LP: Anuncia-me)

Como são belos os pés do mensageiro que anuncia a paz.


Como são belos os pés do mensageiro que anuncia o Senhor.
Ele vive, Ele reina, Ele é Deus e Senhor.
Ele vive, Ele Reina, Ele é Deus e Senhor.
O meu Senhor chegou com toda a glória, vivo Ele está, Ele está.
Bem junto a nós, seu corpo santo a nos tocar. E vivo eu sei, Ele está.

Uma Mensagem
“No Antigo Testamento enviei ao meu povo os profetas. Hoje man-
do à humanidade a minha misericórdia. Não quero punir a humanidade
que sofre com o pecado, mas desejo guiá-la e trazê-la ao Meu coração
misericordioso. Cristo chamou a Santa Faustina a um grande apostola-
do da misericórdia, em meados da Segunda Guerra Mundial. Santa

342
Faustina tinha consciência da importância da mensagem que havia re-
cebido de Cristo, porém, não podia saber quando a mesma seria difun-
dida no mundo”.
“Em nossos tempos, o mundo carece da misericórdia de Deus. A
mensagem é um forte chamado à confiança viva: “Jesus, eu confio em
Vós”. É difícil encontrar oração mais expressiva do que esta, transmiti-
da por santa Faustina”. (João Paulo II, Audiência em 1994)

Não sei se você conhece a história da Irmã Faustina, que se tor-


nou santa, e a relação dela com a Divina Misericórdia, mas brevemente
coloco para você.

“Aconteceu em mil novecentos e trinta (1930) e a Irmã Faustina viu


Nosso Senhor vestido de branco. Uma mão erguia para bênção, e a
outra tocava-lhe a túnica, sobre o peito. Da túnica entreaberta sobre o
peito saíam dois grandes raios, um vermelho e o outro pálido. Em si-
lêncio, eu contemplava o Senhor, a minha alma estava cheia de temor,
mas também de grande alegria. Logo depois, disse-me Jesus: “Pinta
uma imagem de acordo com o desenho que estás vendo, com a legen-
da: Jesus, eu confio em Vós. Desejo que essa imagem seja venerada
primeiramente na capela das irmãs e depois no mundo inteiro. Prometo
que a alma que venerar esta imagem não perecerá. Prometo também,
já aqui na Terra, a vitória sobre o inimigo, especialmente na hora da
morte. Eu próprio a defenderei com Minha glória”. (D. 47_48).

“Durante a oração ouvi estas palavras interiormente:

Esses dois raios significam o Sangue e a Água: o raio pálido signi-


fica a Água, que justifica as almas; o raio vermelho significa o Sangue,
que é a vida das almas. Ambos os raios saíram das entranhas de Mi-
nha Misericórdia quando, na cruz, o Meu Coração agonizante foi aberto
pela lança. Esses raios defendem as almas da ira de Meu Pai. Feliz
quem viver à Sua sombra, porque não será atingido pelo braço da justi-
ça de Deus. Desejo que o primeiro domingo, depois da Páscoa, seja a
343
festa da Misericórdia”. (D. 299).

E assim você pode também adquirir o livrinho Devocionário da Di-


vina Misericórdia para continuar a leitura.
Jesus Cristo pede para rezarmos, levar até Seu Coração, do qual
saem os raios de sangue e água às almas necessitadas da Sua Miseri-
córdia.
Na década de 90 quando participava da Renovação Carismática
Católica, uma das coordenadoras do nosso grupo veio de Cuiabá, Mato
Grosso. Ela tinha na entrada da sala de sua casa, numa das paredes,
uma imagem enorme de Jesus Misericordioso. Foi através dessa irmã
em Cristo eu ficara conhecendo Jesus Misericordioso. Com o tempo,
comprei uma imagem menor e foi colocada moldura. Tive por longo
tempo comigo e precisei muito, mas muito daquela frase que constan-
temente lia:

“Jesus, eu confio em Vós”!

Precisei da Misericórdia de Jesus Cristo. Resolvi fazer presente, o


quadro de Jesus Misericordioso, para o diretor da minha escola mais
tarde. Um quadro maior com a imagem de Jesus Misericordioso foi co-
locado no saguão da entrada da escola. Também, na época, fiz várias
folhas impressas sobre o resumo da história da Santa Faustina e colo-
quei-as na mesa da sala dos professores para quem se interessasse.
Jesus diz que por meio da novena — e do terço da misericórdia a ser
rezado às três horas da tarde, Hora da Misericórdia, quando Jesus Cris-
to expirou pela última vez — concede às almas toda espécie de graças.
Lendo o que Jesus fala sobre a misericórdia das almas, você sentirá o
marco, vamos dizer assim, Coroamento do Amor de Jesus por cada um
de nós, de nossas almas. Assim penso. Creio que foi no ano de 2012
coloquei a alma do umbandista, com quem minha mãe costumava se

344
aconselhar, em sete missas consecutivas, na Igreja Santo Antônio. Ou-
tras sete missas consecutivas para a alma de minha mãe na mesma
igreja. Acredito que ali havia feito a minha melhor misericórdia, se é que
existe melhor! Porque uma vez misericórdia, será sempre misericórdia!
Quis deixar uma ligação entre alguém aqui na Terra que abominou a
prática daquele homem, para uma entrega dele ao Deus Pai, para se
fazer Justiça Divina. Fiz no Tempo da vontade sincera de minha alma;
antes, não conseguiria, pois não estava pronta. O estar pronta implica
as muitas lapidações interiores conquistadas. Uma real compreensão.
Não aceitação: obviamente! Mas compreensão, amadurecimento na
caminhada e a entrega nos braços do Pai, da história vivenciada. Acre-
dito que por essa razão, a misericórdia para com alguém sempre será
misericórdia. Misericórdia é plena compreensão. É apiedar-se! É possu-
ir amor e bondade no coração. É ser pleno de sinceridade interior. Ne-
nhum mas... Mas tudo sim, caminho aberto em Deus. Mas por sermos
humanos e nem sempre conseguirmos total sentimento de pureza, exis-
te Jesus. Ele pode interceder. Ele mesmo pede para que façamos a
entrega das almas que desejarmos; Ele deixa dito para Santa Faustina
para assim procedermos. E rezando para Ele, pedindo a Misericórdia a
Jesus Cristo para essas almas, Ele completa o quadro: a paisagem do
amor para as mais variadas almas necessitadas de Sua ajuda. Como
meu livro ainda é um devir no Tempo e, no Tempo de Deus chega hoje
a notícia no jornal recebido em casa, notícia da qual consta o atual Pa-
pa fazendo um pronunciamento sobre os homossexuais:
“Devemos sempre considerar a pessoa­” - afirmou. A respeito da
atuação que a Igreja mantém a esse respeito, Francisco pediu uma
mudança de atitude:
­­“Não podemos insistir somente em questões relacionadas a
aborto, casamento gay e uso de métodos contraceptivos. Isso não é
possível.”
345
E completou:

“Quando falamos sobre essas coisas, temos de falar delas em um


contexto. O ensinamento da Igreja nessa questão é claro e eu sou um
filho da Igreja, mas não é necessário falar todo o tempo desses assun-
tos.”

Vejo essa questão dos homossexuais com todo respeito. Vejo,


como em qualquer outra situação, que existe, sim, o pecado.

“Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus.” Romanos,


3,23.

Também em Romanos temos:

“Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de


Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor.”

Assim que, se minha misericórdia veio num Tempo, para mim, mi-
nha mãe e minha amada irmã também, como não desejar que todas as
pessoas tenham a misericórdia de Deus? Pois não estamos lutando
contra pessoas; já lhe foi dito que o Mal é a nível espiritual. A pessoa é
amada por Deus; ela, entretanto, deve buscar sua salvação.
Na verdade, não sabia nada sobre esta pessoa sobre a qual vou
lhe falar; a não ser que era mãe de uma amiga da época do colégio de
minha filha. Eu costumava vê-la dirigindo e era uma pessoa muito tra-
balhadora em sua empresa. Um dia antes de minha filha embarcar para
a Inglaterra, contou-me que essa pessoa, mãe da sua amiga, estava
totalmente paralítica, sem poder falar, ainda que lúcida, uma condição
que se estendia por cerca de longos onze ou doze anos! Doença dege-
nerativa, segundo os médicos. Fiquei tão tocada por isso que, alguns
dias após, telefonei para uma das filhas pedindo permissão, em nome
do amor, para poder vê-la. Passei a visitá-la, conversar com ela sobre
Deus, Jesus Misericordioso e Nossa Senhora. Conhecendo um pouco
346
do seu histórico fiquei sabendo que ela não costumava ler a Bíblia ou
rezar; enfim, pensar em Deus, e passaram a fazer isso depois da doen-
ça. No dia 15-09-2013, coloquei em missa o nome dessa pessoa. Pas-
sara a colocar o nome da amiga cuja voz eu nunca ouvira nos livros de
intenções das missas nas quais ia aos domingos ou em dias de sema-
na. Ouvi uma das filhas dizer que sentia saudade da voz da mãe. En-
tregava a Deus a vida dessa querida. A liturgia do dia 15 de setembro
falava sobre misericórdia. Falava no Tempo de Moisés, que o povo ha-
via se corrompido e que havia saído da terra do Egito. Que haviam feito
um bezerro de metal fundido e haviam se inclinado em adoração diante
dele; ofereciam sacrifícios. Seria muito oportuno ler em Ex 32, 7-11. 13-
14. Falava do Evangelho de Lucas 15,1-32. Contava sobre a ovelha
perdida. Que “no céu haverá mais alegria por um só pecador que se
converte, do que por noventa e nove justos que não precisam de con-
versão”. Muito emocionante foi o sacerdote contar sobre a Parábola do
filho pródigo. Um dos filhos sai de casa e vive com sua parte na heran-
ça. Depois de sair da casa do pai, vive com prostitutas, vive na farra de
um jeito tal e acaba por gastar tudo o que tinha. Chega à penúria! Che-
ga ao fundo do poço, quando para sobreviver come a comida dos por-
cos e ali pensa na vida que estava levando; retorna à casa do pai que o
aceita muito feliz. Porque para o pai, aquele filho estava perdido, estava
morto. Quando chega, o pai feliz pede para banhar-se, lhe dão roupas e
sandálias, anéis e preparam uma grande festa. O irmão não aceitou
aquela situação por viver todos os dias ao lado do pai trabalhando jun-
to.

“Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. Mas era
preciso festejar e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e
tornou a viver; estava perdido, e foi encontrado.”

Uma pessoa deve possuir seu Tempo na vida para sua reconcilia-

347
ção. Não somos nós que devemos julgar. Aquela pessoa amada, mãe
da amiga da minha filha, pelo histórico contado pela filha mais velha,
estava vivendo num meio maléfico, com pessoas fazendo trabalhos
espirituais maléficos para ela. Por tudo isso, eu rezava para Jesus Mi-
sericordioso. Nós rezávamos. Curto Tempo. Significativo e enriquece-
dor Tempo. Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

“Agir com misericórdia é triunfo do amor que constrói, reintegra,


ajuda a viver na dignidade de filhos e filhas de Deus”.

“Deus conhece e rejeita todo o mal; mas, compassivo, aceita a in-


tercessão do justo.”

Essa pessoa que eu passara a amar, ela estava totalmente parali-


sada sem poder inclusive falar. Recebia alimentação totalmente liquidi-
ficada e por sondas. Foi feito uma traqueostomia devido à respiração
precária. Estava lúcida; seus olhos tinham que indicar, em duas únicas
plaquinhas contendo as palavras ‘sim’ e ‘não’’, quando perguntas eram
feitas para ela. Faleceu no dia 16-12-2013, dia de minha xará santa
Adelaide. Tivemos somente alguns encontros nesse período curtíssimo,
em que a minha primeira ida foi no dia 07-09-2013. Nesses três meses,
aprendi com ela e acredito que ela tenha pelo menos sentido o amor
puro, genuíno que eu levava para ela. Fora mais uma, no seu mal exis-
tencial, teve poucos ao seu lado. Acredito na minha Mãe amada, assis-
tindo o meu amor por ela, tenha dado este presente a ela; ela ser rece-
bida no céu por santa Adelaide. Pelo menos, o mesmo nome do meu
ela encontraria no céu. Meu coração diz que sim. Essa pessoa sofreu
muito. Muito mesmo. Ainda que muito bem atendida pelas duas filhas.
Foram onze ou doze longos anos de dedicação, de incansável amor.
Acredito, sim, no pecado, e que Deus pode compreender, mas
aceitar não. Ele dá Tempo da Misericórdia. Depende de nós a busca

348
pela dignidade, pela conversão. Olhar com misericórdia para a pessoa
necessitada é ajudá-la e não condená-la, pois é o Mal que devemos
enxergar ou seu comportamento maléfico ou o meio maléfico no qual
ela está inserida. Creio que foi isso que o Papa atual Francisco quis
dizer sobre os homossexuais.
São Paulo, 1 Tm 1,12-17, nessa passagem bíblica, diz que “antes
blasfemava, perseguia e insultava. Mas encontrei misericórdia, porque
agia com a ignorância de quem não tem fé”.
Agradeço a Sua Vida na minha vida! Agradeço a Jesus Cristo.
Meu Irmão, meu amigo, meu companheiro! Único em Amor Pleno! Úni-
co em Bondade sem igual! Único Refúgio seguro em todas as horas!
Único em sofrer por todas as almas e trazer esse sofrer como um filme
dos Seus pensamentos e do Seu sofrimento em resgate destas mes-
mas almas.
Explico: naquele Tempo em que Jesus Cristo fora açoitado, cuspi-
do, ridicularizado, fincaram os pregos em suas mãos e pés, deram-lhe
vinagre ao invés de água, zombando Dele, a lança foi cravada em Seu
peito e tanto mais padecimentos, Ele não estava com seu cérebro con-
gelado. Os pensamentos de Jesus Cristo se fixavam naquelas pessoas,
como um filme seus pensamentos fluíam naquela época, e se seguiriam
a toda a Humanidade para o Plano de Amor de Deus Pai.
Então, Cristo ainda hoje diz assim, por exemplo:

“Hoje, traze-me as almas piedosas e fiéis e mergulha-as no ocea-


no da Minha misericórdia, essas almas confortaram-Me na Via-Sacra,
foram aquela gota de consolações em meio ao mar de amarguras.” (D.
1214).

Esse trechinho faz parte da mensagem de Jesus Cristo à santa


Faustina e fala para tantos outros tipos de almas, e faz parte da novena
da Divina Misericórdia. Almas viram Cristo sofrer naquele Tempo do
349
Calvário zombaram Dele, e tanto mais, e hoje em dia continuam fazen-
do de diversas maneiras; Ele deseja o retorno dessas almas a Sua vida
como fonte de Misericórdia. Jesus Cristo deixa para a Irmã Faustina,
depois santa Faustina, muitas mensagens; porém, deixo essa para vo-
cê retirada do diário de santa Faustina:

“Diz às almas que não impeçam a entrada da Minha misericórdia


nos seus corações, pois Ela deseja tanto agir neles. A Minha misericór-
dia trabalha em todos os corações que lhe abrem as suas portas. E
tanto o pecador como o justo necessitam da Minha misericórdia. A con-
versão e a perseverança são uma graça da Minha misericórdia” (D.
1577).

350
351
Capítulo II

Parte 22

“Vem Espírito Santo


(DR) (LP: Agnus Dei/94)
Vem, vem, vem, Espírito Santo.
Transforma minha vida, quero renascer.
Quero abandonar-me em seu amor.
Encharcar-me em seus rios, Senhor.
Derrubar as barreiras em meu coração.”

Uma Compreensão
“Sem o temor a Deus e boa consciência, verdadeira liberdade e
alegria pura não há”. Imitação de Cristo_ Página 46. Livro de Malba
Tahan. Sob o Olhar de Deus.

Mas a escolha pela Filosofia fez toda a diferença! Filósofa era o


que eu deveria ser. O significado de Filosofia vem do grego, possui nele
duas palavras: philo e sophia. “Philo” vem de “philia”, que significa ami-

352
zade, amor fraterno, respeito entre os iguais. “Sophia” quer dizer sabe-
doria, amor e respeito pelo saber. O filósofo, portanto é aquele que ama
a sabedoria, tem amizade pelo saber. Cheguei a contar para você não
saber o significado de Filosofia. Pois é... Quando entrei para a Faculda-
de não sabia. Depois, nas primeiras aulas, quando da Introdução a Fi-
losofia, fiquei conhecendo e amando! Com o Tempo fui compreender
porque Deus havia me encaminhado para essa Faculdade. Ninguém
me poderia tirar isso: filósofa com todo orgulho! Mesmo sabendo não
valorizada no meu contexto. Mas me senti extremamente considerada
por aquele homem: meu amor! Precisava mostrar a este homem que
tanto me considerava, um pouquinho de como eu era, o quanto eu es-
tava respeitando Deus e o demônio; o quanto considerava Deus no de-
sejo de ser uma nova mulher, uma nova vida e temia a Deus! Tinha que
me fazer conhecer para ele, expressar realmente o que sentia e o sen-
tido dado em minha vida. Um dia, marcamos de nos encontrar no Jar-
dim Botânico. Havia dito a ele levar algo e talvez fosse achar estranho.
Ele me ajudou a estender um pano no chão. Abri a bolsa e tirei a Bíblia
Ave-Maria que é a usada por mim. Capa de couro marrom e fecho. Foi
então, feito por ele uma piadinha dizendo:
– Pensei que fosse tirar uma arma!
Levei a Bíblia para mostrar a ele a história de Tobias e Sara. Con-
tei de forma reduzida a história: o Anjo Rafael se passava por um ho-
mem comum e acompanhava Tobias numa viagem, respondeu a Tobi-
as, sobre quem o demônio tem poder:

“Ouve-me, e eu te mostrarei sobre quem o demônio tem poder:


são os que se casam, banindo Deus de seu coração e de seu pensa-
mento, e se entregam à sua paixão como o cavalo e o burro, que não
tem entendimento: sobre estes o demônio tem poder”. Tobias, 6,16-17.

E o Anjo continuou: “Tu, porém, quando te casares e entrares na

353
câmara nupcial, viverás com ela em castidade durante três dias, e não
vos ocupareis de outra coisa senão de orar juntos”. Tobias, 6,18.
Acontece que os sete noivos de Sara morreram pela ação maléfi-
ca do demônio Asmodeu. Tobias estava com medo de ser o próximo.
Na verdade, queria mostrar ao meu amor, com essa história, o meu de-
sejo de ser compreendida e o respeito esperado dele por mim. Meu so-
nho era o de ser feliz reconstituir a minha vida em Deus ser uma nova
mulher, uma nova pessoa, vivendo no Temor de Deus. Queria ser feliz
nesta Vida! Não queria que nada de Mal acontecesse ao meu amor.
Queria a compreensão da parte dele sobre o meu jeito de ver e de ser
na vida. Afinal havia me casado no civil e me separado e com tempo e
no Tempo legalizado o divórcio. Soube quando fazia a Renovação Ca-
rismática Católica que era solteira para Deus e poderia refazer minha
vida. E eu? Queria em Deus, ser uma nova mulher. Na história de Sara,
houve outro fato marcante para mim, muito; muito mesmo!

“Tendo Sara repreendido a jovem criada por alguma falta, esta


respondeu-lhe: “Não vejamos jamais filho nem filha nascidos de ti sobre
a terra! Foste tu que assassinaste os teus maridos. Queres porventura
matar-me, como mataste todos os sete”? Tobias, 3,9-10.

Coitada de Sara! Que criada mais “dura”! Já não bastava o sofri-


mento da coitada, ainda mais ter que escutar algo assim?

“Ouvindo isso, Sara subiu ao seu quarto e aí ficou três dias com-
pletos, sem comer nem beber. E, orando com fervor, ela suplicava a
Deus, chorando, que a livrasse dessa humilhação. Ao terceiro dia, aca-
bou sua oração, bendizendo ao Senhor desta forma” ... A história conti-
nua. Tobias, 3,10-12.

E assim, no meu caso, naquele dia, aquele homem íntegro, sério


também no sentido de um viver a vida em Deus, compreendeu-me sim.
Continuei a contar ao meu amor, desta vez, um acontecimento com
354
uma das empregadas da minha mãe. Quando meu pai construiu um
prédio, na cidade onde moro, até hoje, cidade menor, tinha mais ou
menos uns 3 anos de idade nessa época; os apartamentos estavam
ainda em construção e estes, após falecimento da mãe, ficariam para
os filhos, mas a mãe, enquanto viva, para possuir uma renda, se bene-
ficiaria dos aluguéis. Foi assim que, a mãe havia mandado uma empre-
gada limpar um dos apartamentos. Ela não chegava, estava demorando
muito, então a mãe pediu para uma das filhas, uma de minhas irmãs,
para que fosse ver o motivo da demora da empregada. Minha irmã veio
contando para a mãe sobre a empregada namorando um dos funcioná-
rios do pai; ele estava trabalhando no prédio em construção. A empre-
gada foi chamada à atenção pela mãe e ela ficou tão furiosa dizendo
que iria entregar a mãe e a família toda para o diabo. Esse caso me
veio à memória assim da história lida, a de Tobias, do Antigo Testamen-
to. Achei por bem ser precavida; fui muito cautelosa na caminhada para
ter o direito de ser feliz nessa vida. Não queria pecar. Sabia para o re-
cebimento da Eucaristia, deveria estar com minha consciência tranquila;
e receber a Eucaristia, do jeito do qual me encontrava era prioridade
para minha salvação. Nas leituras das quais eu fazia, na Bíblia, mulher
inteligente para Deus é a que Teme a Deus. Queria ser inteligente para
meu Deus Amoroso e Misericordioso, pois Ele já estava se manifestan-
do em minha vida. Só pelo fato de ter aquele homem especial me dava
forças, no meu imenso amor por ele, de esperar por dias melhores.
Uma vez, estava de namoro com meu amor, quando cheguei a
casa, passava da meia-noite. Contei a você que, na minha vida, recebi
dois telefonemas fortes anônimos? Um dos telefonemas anônimos já foi
mencionado e foi terrível para mim. Terrível! O outro foi assim ao che-
gar a casa, nessa noite, já tarde. A pessoa, essa, se prestou a pegar o
telefone para dizer “Você é um diabo!”.
Essa pessoa parecia saber estar feliz com meu amor e saber inclusive
355
o horário da minha chegada, tarde naquela noite.
Eu tive a presteza de, no mesmo momento, dizer:
“Sou anjo! E você e sua língua ferina arderão no fogo do inferno!”.
Vou lhe dizer que, se estivesse com minha consciência em Deus,
fazendo algo errado com meu amor, só Deus sabe, o quanto tive que
mortificar certos sentimentos, justamente por pensar na existência do
demônio, ele me rastreava, aquela seria a hora do Mal realmente pene-
trar em mim. Ficava pensando: como pode existir uma pessoa capaz de
um mal destes. Como? Dar-se ao trabalho de telefonar para mim e di-
zer algo assim. Mas tinha perfeita noção de que já fazia muito nas mor-
tificações com relação à pureza dos meus sentimentos, o imenso amor
que sentia por aquele homem. Um sentimento tão lindo, tão profundo; o
presente pessoal recebido na Vida; possuir a minha metade e não po-
der ser toda para ele como gostaria. Também o sonho de poder ter um
filhinho, um pedacinho dele para mim, não me foi permitido. Porque o
Tempo passara... Porque a luta, a batalha espiritual e vingada no mate-
rial teria que vir em primeiro lugar. Deus compreendia o que eu deixava
de viver. Mortificar muito do meu amor, da minha capacidade de amar
mais, de me expressar devido ao Mal sentia seguir-me. Caminhava,
portanto no Temor de Deus. Sem dúvida na caminhada, aquele homem
especial me compreendia me respeitava, me dava Tempo. Nada foi fácil
para ele também.
Verdadeiramente?
Se fosse outro homem qualquer não teria a capacidade dele. Mas
este teve formação suficiente para saber e entender meu jeito de ser e
respeitava o quanto para mim Deus vinha acima de tudo e o que era
melhor: ele possui Deus acima de tudo também. Como um homem do
judaísmo, ele possui Deus de maneira muito respeitosa. Afirmo maneira
temerosa! Meus estudos em Filosofia me acrescentavam muito para ser

356
determinada, precavida em questões sentidas em minha alma. Por
exemplo: o pensamento de Platão. Não falo com relação ao estudo das
reminiscências. Fazia a separação do pensamento do filósofo Platão,
do que a Igreja Católica e do que eu, também não acreditava em reen-
carnação. Para a Igreja Católica e também para mim a Ressurreição é
o centro de tudo e a Redenção conseguida por Nosso Senhor Jesus
Cristo. Nunca acreditei em reencarnação; outras tantas religiões cristãs
e o judaísmo não acreditam em reencarnação. Platão viveu bem antes
do nascimento de Jesus Cristo, não o conheceu. E eu vivo no Tempo
deste homem lindo enviado por Deus Pai, Jesus Cristo, enviado como
Salvador e Redentor! Mas outros pensamentos de Platão com relação à
alma, por exemplo, sobre o corpo, me diziam muito. Do meu dicionário
antigo, retirei assim sobre alma, neste Tempo:

“Essência imaterial e imortal da vida humana; conjunto das facul-


dades intelectuais e morais do homem; consciência; espírito humano;
habitante; entusiasmo; índole; coragem”.

Olha, quando passei a pesquisar e saber o significado da alma,


pensei comigo no animal, como me perseguia espiritualmente para co-
mer minha alma! Acabar comigo, total! Com meu intelecto, minhas leitu-
ras, minha sabedoria... Tornando-me um traste! Quis reduzir-me ao ridí-
culo, resumindo-me numa coisinha só: louca! Mas como nós podemos
ser mais, muito mais em Deus, não é mesmo? Para Ele, realmente na-
da é impossível! Mas... Tudo é possível! Então, desejo colocar para vo-
cê minhas anotações, meus apontamentos sobre Platão; eles me auxi-
liaram muito na caminhada existencial, pelo meu jeito de ser, por minha
alma que se apresentava assim e precisava dessa proximidade com
outros pensadores; isso me fazia muito bem, pois me reconhecia ali.

“O soma (corpo) é uma imagem que acompanha cada um de nós.


Porém, em Platão, essa relação nem sempre é harmônica, pois o soma

357
representa um obstáculo para a psyche (alma), que não consegue co-
nhecer as coisas em si, enquanto estiver ligada a ele. A psyche, por ser
imortal, tende a libertar-se do que é terreno e perecedouro, para estar
em companhia do que lhe é semelhante. Mas ao mesmo tempo, o so-
ma é o abrigo da psyche, pois é através dele que ela pode purificar-se
e retornar à sua origem: por isso, terá que conviver com ele, durante
sua permanência no mundo sensível.

O soma, diz Platão, “é a raiz de todo o mal, porque, por mais altos
que sejam os direitos da psyche sobre o soma, ela não pode resignar-
se a viver com ele. São incalculáveis os danos que sofre pelos atrativos
da matéria corporal. O soma é fonte de discórdias, inimizades, amores
insensatos, paixões, ignorâncias, loucuras, e, além disso, é um obstá-
culo para o verdadeiro conhecimento. Portanto, o soma é um obstáculo
para o conhecimento da verdade. Se a psyche deseja conhecer as coi-
sas na sua pureza, é necessário que se separe do soma e examine por
si mesma os objetos que deseja conhecer. Os sentidos enganam sobre
a verdadeira realidade. Eles enganam e confundem, dando a entender
que a única realidade existente é a do mundo sensível. O soma encon-
tra-se em oposição a psyche. Ele não está a serviço da psyche, mas,
ao contrário, é visto como uma tumba, um cárcere, onde esta deverá
cumprir o seu castigo. Por isso, a psyche deve procurar fugir do soma.
O filósofo deseja a morte, porque a verdadeira filosofia consiste na
“preparação para a morte”. Assim, a morte do soma significa, para a
psyche, a abertura para a verdadeira vida. Então, a psyche busca fugir
do mundo terreno, tornar-se virtuosa e assemelhar-se ao divino. Esse
“fugir” do soma, significa, fugir do mal do soma mediante a virtude e o
conhecimento”.
Do pensamento de Platão, sentia verdadeiramente o contraste en-
tre o que eu carregava e carrego dentro de mim e ninguém podia ver;
os meus pensamentos, minha vontade, minha índole, enfim, tudo o que
358
realmente sou eu, faz parte de mim e aquilo que o outro vê em mim, o
exterior de mim. O que os outros viam em mim? Não raro recebia um
comentário sobre que me achavam bonita, a cor dos olhos, o cabelo, o
perfume do qual usava; enfim, sentia meu soma chamar a atenção de
certas pessoas. Sentia também por parte de algumas pessoas o olhar
de inveja, comentários, e isso me incomodava de certa forma, pois
aquilo do qual viam não entrava em equilíbrio com aquilo que eu era
interiormente. Mas como saberiam como era interiormente se não tinha
como anunciar: “Olha, por favor, me queiram bem, não sou essa que
você imagina não! Puxa, não mereço ser tratada assim, porque só que-
ro o bem! Você não me vê! Você só vê a aparência, não sabe o quanto
choro, como minha alma padece em sofrimento e ainda esse olhar so-
bre mim, esses comentários sobre meu soma. Dão tanto valor ao soma
e a minha alma não enxergam? Não me ajudam? Não fazem nada por
mim? O soma: esse intruso que interfere sobre a alma.” – eu pensava.
Assim era para mim. Muitas vezes, percebia certas mulheres dengosas,
manhosas, muito delicadas e não me via assim para os outros. Era
sensível ao extremo, sei que poderia ter sido aquela ali, em algum mo-
mento, mas para mim, na minha história de vida, não me permitia ser a
dengosa, a manhosa, a delicada. Tinha que ser a destemida, a corajo-
sa. A sensibilidade, a fragilidade interior em determinadas ocasiões da-
va lugar a dureza, mesmo! Não parecia eu às vezes. Acontece isso en-
tre o soma e a psyche. Essas disparidades. Essas dualidades. Quantas
vezes são ouvidas casos de homens deixando suas esposas, uma vida
de fidelidade; com certeza seus somas desgastados pelos trabalhos
diários e inclusive lavando as roupas sujas de seus próprios maridos, e
de repente eles destroem tudo, tudo porque se deixaram levianamente
arrastar pelos somas de outras mulheres, e sem ao menos saberem a
psyche ( mundo interior). E a recíproca é verdadeira! O mesmo aconte-
ce com muitas mulheres com relação aos seus maridos. No mundo do

359
descartável, isso está cheio!
Muitas das músicas de hoje trazem letras baixas, parecem fazer
com que o cérebro do compositor que as criaram esteja do avesso. Es-
tá no lugar errado. Que pobreza, muitos desses cantores! Que tristeza!
Que pobreza de letras!
Procura-se na Humanidade os homens intelectualizados! Homens
passando a andar a contramão do que está colocado na mídia, por fa-
vor! Procura-se por mulheres lindas, recatadas, que se mostrem pela
psyche e não pelo soma; algumas rebolando, mostrando o bumbum,
achando que ali está o intelecto! Se for assim, elas se assemelham aos
animais. Procura-se por homens que valorizem a psyche nas mulheres
mais do que o soma nos seus bumbuns.
Verdadeiramente? Assim não tem jeito de se salvarem! Troquem o
olhar, por favor! Troquem o olhar para a alma de uma mulher digna!
Olhem para suas mulheres de tantos anos ao lado e as valorizem! E as
mulheres, aos companheiros!
Você leu para Platão a relação soma e psyche não era harmônica.
E assim sentia acontecer comigo também. Havia algo incomodativo en-
tre o “chamar a atenção pelos atrativos da matéria” e o que estava den-
tro de mim. Inclusive a paixão que sentia por meu amor. Era algo inten-
so demais. Muito forte e tinha que mortificar essa paixão.
Repetindo:

“O filósofo deseja a morte, porque a verdadeira filosofia consiste


na “preparação para a morte”.

“Assim, a morte do soma significa, para a psyche, a abertura para


a verdadeira vida. Então, a psyche busca fugir do mundo terreno, tor-
nar-se virtuosa e assemelhar-se ao divino. Esse “fugir” do soma, signifi-
ca, fugir do mal do soma mediante a virtude e o conhecimento” – estava

360
nos apontamentos.
Isso do qual Platão colocava, causava-me identificação com seu
pensamento. Precisava mudar matar em mim mesma, muitas coisas
que sentia em exagero, tanto com relação ao soma quanto com a
psyche para merecer a Deus. Tinha que buscar meu equilíbrio interior
com relação ao soma e à minha própria alma que caminhava vazia.
Com meus 12 anos de idade eu começara a colocar máscaras nos cí-
lios: o rímel. Tinha os cílios clarinhos e algumas das minhas irmãs mais
velhas usavam o rímel; comecei a fazer o mesmo. Meus olhos verdes
passaram a se acentuar com aquele detalhe pretinho nos cílios. Aquele
simples detalhe na sala de aula rendeu comentários em elogios. Gosta-
ram muito e fui desejando sempre ficar bonita, após os elogios recebi-
dos. Acabei por usar a minha vida inteira, quase. Fiquei tão apegada
àquele hábito, quando mocinha; fui procurar um padre para falar sobre
isso. Sabia que era psicólogo. Aquele hábito estava trazendo a mim um
conflito. Entretanto, o padre não deu a mínima importância ao que disse
a ele. Fez disso algo como sendo de pouquíssima relevância. Isso ficou
esquecido por mim e optei por continuar com minhas maquiagens. A
maquiagem me deixava bem perante o meu outro. Sentia-me segura.
Não resolvia outras questões, por exemplo, a falta de amor. Não me
sentia amada por pessoa alguma. Sempre nesta vida me senti muito só!
Muito só! Assim, a vida foi prosseguindo e eu continuando a caminhada
superficialmente até chegar ao fundo; mas dos males, o menor. Acos-
tumei-me com a minha máscara, com a minha maquiagem de lápis pre-
to nos olhos, delineador e gosto muito. É uma maneira de me escudar,
não me mostrar tão clarinha como realmente sou por dentro. Faz parte
da complementação falha do meu soma. Algo que para eu viver melhor
aqui neste mundo de Deus, mas o demônio interfere; busquei para me
dar coragem. Fico pensando em Sansão de Dalila que encontrava for-
ças nos seus cabelos.
361
É interessante a vida, não é mesmo? Mas como estou no ano da
Fé, estou “rasgando minhas vestes e abrindo meu coração”, para você
que “me lê”. Para que você possa entender o quanto uma pessoa é
pessoa ou não! O quanto uma pessoa vai além, mas muito além do que
você possa imaginar pensar dela ao simplesmente olhá-la. No meu ca-
so, queria muito que as pessoas pudessem sentir e ver o que trazia
dentro de mim. Meu lado bom. O outro, o da insegurança, do não me
sentir amada, do me sentir tão só, esse queria esconder com meu es-
cudo: a maquiagem. E lá caminhava o corpo primeiro... E aquele corpo,
(soma) observado. Estava na caminhada buscando o que Platão disse:

“Então, a psyche busca fugir do mundo terreno, tornar-se virtuosa


e assemelhar-se ao divino. Esse “fugir” do soma, significa, fugir do mal
do soma mediante a virtude e o conhecimento”.

Ao longo do Tempo, quis buscar mais do que um mundo vazio. O


apego às roupas, ao perfume, a vaidade me deixava mal, pois percebi
essa não era a minha essência. Tinha que buscar o Equilíbrio. Tinha
que buscar minhas leituras, o meu Deus. Na verdade, tive que descobrir
a existência do Mal, de satanás como Nossa Senhora o chama, e fazer
minhas defesas internas para não me sentir tão indefesa na vida. Aque-
las inseguranças todas de criança, aquele vazio interior, me fazia cami-
nhar por uma via falsa de mão única, sem o verdadeiro conhecimento
tanto do Bem quanto do Mal. E foi assim me vi nessa vida, considerada
menos. Considerada de pouca valia. Com Deus, me considero forte!
Muito forte! Com Deus, sinto-me tão forte que estou aqui por você, leitor
(a), e sou capaz de morrer por esse Deus, por esse Jesus Cristo, pela
Mãe amada, para legar um testemunho atual de vida, de fé e de amor.
Neste ano da fé, deixar registrado as Verdades de Nossa Senhora
para você poder se preparar e preparar os seus muito amados para
uma alma imbuída da família celeste, esperando o Segundo Advento.

362
Talvez tivesse que ser o desequilíbrio, passar por muitas transfor-
mações para chegar até você, no desejo do Equilíbrio. Na busca do
meu Equilíbrio, como que dentro de um vagão de trem, olhando pela
janela a paisagem me passava rapidamente para puder chegar até vo-
cê. As paisagens vividas e confusas corriam através dos meus olhos,
na busca de mim, era a própria vida interiorizada que se formava e mui-
to trabalhosa e elaborada para deixar o produto dela para você, nesse
Tempo.
Voltando ao telefonema anônimo: não mais importava ouvir as
mesquinhezes daquelas pessoas que se davam ao trabalho de telefo-
nar para minha casa, pois já não era a peninha solta ao vento! Estava
muito bem escudada e agora pedia por Justiça de Deus! Neste Tempo,
nem pensava em misericórdia alguma! Não pensava mesmo! Queria
fazer jus a tudo, mas tudo sentido na minha família tão carregada pelos
demônios. Enfim, a caminhada não foi fácil! Nada fácil, mas não impos-
sível.

363
Capítulo II

Parte 23

“Nosso Deus É Soberano


(K7: Agnus Dei/90)
Nosso Deus é soberano, Ele reina antes da fundação do mundo.
Nosso Deus é soberano, Ele reina antes da fundação do mundo.
A terra era sem forma e vazia e o Espírito do nosso Deus
Se movia sobre a face das águas. Foi Ele quem criou o céu dos céus.
Fez separação das águas na terra seca. Foi Ele quem criou os liminares.
E criou a natureza e formou o homem.
Glória a Deus pelas suas maravilhas, pela sua grandeza, Aleluia!
Glória a Deus pelas suas maravilhas, pela sua grandeza, Aleluia!”

Dualidade e Presenças Divinas


Quando chegava à Faculdade, naquele imenso prédio e via o car-
ro dele na frente, meu coração disparava e dizia baixinho pra mim
mesma:
“Meu amor está aí!”.

364
Ele não sabia o quanto eu o amava. Eu não dizia, pois tinha ver-
gonha de ser eu a falar primeiro: uma mulher? Mesmo assim, não me
continha e cartões lindos, tímidos, mas de um amor profundo, autêntico
e inocente, fazia chegar até ele. Após os encontros e caminhadas pelos
jardins na companhia do homem amado naquele seminário, depois de
um Tempo, começamos a sair fora dali e jantar num restaurante, na
cidade menor, porque saindo do jantar ele viajaria para a casa dos pais
noutro Estado: seu refúgio; seu descanso.
Cada abraço dado na despedida daquelas noites causava lágri-
mas e mais lágrimas. Daria tudo para ficar dentro do bolso dele, para
me levar consigo. Mas os anos se passavam; tinha eu meus compro-
missos, minha escola, meus alunos. Ele tinha a missão em divulgar a
Filosofia Clínica para a Humanidade. Meu amor criara a Filosofia Clíni-
ca. Foram viagens a trabalho, muitas viagens e ainda elas se seguem
pelo Brasil afora formando futuros filósofos clínicos. Sabia da importân-
cia da Filosofia Clínica para as pessoas através do bem extraordinário
recebido pela pessoa por mim amada. Sabia não ser a única a sofrer
pelo estigma da loucura. Precisavam dele assim como eu precisara.
Muitas almas precisavam e precisam se libertar. A Humanidade preci-
sava daquela nova ótica, nova visão filosófica com relação ao seu ou-
tro. E meu amor fazia um belo trabalho! Você deve saber, não é mes-
mo, por pouco um homem pode colocar uma mulher num hospício ou
vice-versa. Na Faculdade, fiquei sabendo de um caso cujo marido ten-
tara colocar a esposa num sanatório com a intenção escusa de ficar
com o dinheiro dela. Ela estudava na Faculdade. É impressionante a
autoridade de um psiquiatra com relação a um ser humano. E eles sa-
bem disso, em sua maioria. Não raro poder-se-ia resolver muitas ques-
tões da Estrutura de Pensamento de alguém, com suas dores existen-
ciais, de maneira extremamente branda, com muito mais condescen-
dência. Dos meus escritos, do Tempo, tomei nota do seguinte em um
365
dos cadernos universitários, retirado de textos da Faculdade:

“O próprio Freud com sua teoria da inveja do pênis, individuando


na mulher “um estado de impotência e de dependência infantil”, acabou
por reforçar velhos preconceitos antifeministas além de secundar o ma-
chismo imperante em nossa cultura. Na base deste monismo sexual
haja uma pressuposição antropológica pobre e uma esquematização
simplista da estrutura do ser humano. Não é de se admirar se tal redu-
cionismo já apareça no próprio nível da linguagem: identifica-se ser
humano com homem simplesmente como se o varão realizasse em si
toda a humanidade e a mulher lhe fosse uma derivação decadente ou
um momento de sua grandeza já previamente constituída. O reducio-
nismo do sexo ao mero genitalismo é um dos vícios mais perniciosos
de nossa cultura unidimensional que, facilmente, converte a mulher em
objeto de desfrute para a cama e a mesa do varão”.

Na Filosofia Clínica, os filósofos clínicos trabalham com uma gama


de tópicos dos quais fazem parte da Estrutura de Pensamento da pes-
soa. O problema pode ser Axiológico, pode ser Epistemológico, O Que
Acha de Si Mesmo, Como o Mundo Parece, podem ser Emoções, Raci-
ocínio e tantos e tantos tópicos...
Reconhecia o valor do meu amor e o valor dele para os outros.
Mas meu Tempo de amar e ter meu companheiro havia chegado. Lá
estava minha Doce Mãe vendo a sua filha casar com o homem-certo
que Ela escolhera para mim, sabendo de mim. Nossa Senhora sabia:
só poderia Caminhar o meu deserto, essa travessia da própria vida com
meu “José”. E teria, sim, que ser um homem do Antigo Testamento, de
origem judaica com a cultura judaica, com a fibra, a força, a fé em Deus
dos Exércitos, embora em seu coração haja muito de Deus Amoroso e
Misericordioso e uma admiração profunda por Jesus Cristo. Porque um
homem assim, com a solidez do Deus judaico, com a cultura de raiz, de
um povo sofrido, conduzido por Moisés pelo deserto, pode serenamente
366
passar obstáculos com sua esposa e sabe aproveitar as alegrias da
vida com sabedoria. Na verdade, são as “ervas amargas”. Este é o ho-
mem que me ajuda a caminhar meu deserto. E diria que para ele, com
certeza, acabaram por se apresentar obstáculos, as provações. Mas
passa-os com muita tenacidade, muita firmeza e pode ter suas triste-
zas; ele as carrega no coração, suas mágoas, que é natural, frente à
posição que ocupa com todos os encargos que possui na sua área de
atuação humanística, pioneirismo dentro da Filosofia Clínica, como cri-
ador dela. É como se tivesse que esculpir numa “pedreira”. Já que há
médicos extremamente engessados presos aos conhecimentos passa-
dos. Meu amor-amigo sempre me emprestou seu olhar. Acostumada a
enxergar tantos horrores que fizeram meu coração triste, ele me mos-
trara o outro lado da moeda. Ele fora e é a poesia real na minha vida.
Ele sabe do que gosto e ele não faz esquecer-se de apreciar o que me
encanta. Um homem admirável respeita uma mulher, abre a porta do
carro educadamente para eu entrar. Gosto dessas atenções. Evita que
eu pegue pesos, se preocupando em segurar quaisquer sacolas, paco-
tes que tenha nas mãos. Que é compreensivo, muito sábio, inteligente,
educado, sereno, paciencioso... Como é difícil encontrar homens assim,
no mundo de hoje! E isso para mim é a perfeita poesia na prática da
vida. Pois Nossa Senhora me fez presente esse homem lindo! E Ela
estava presente vendo-me casar nas bênçãos do Pai. Foi assim que
propus casamento ao meu amor. Sim, eu propus, pois ele tinha seus
planos com relação à Filosofia Clínica, mas eu não podia ficar numa
relação sem as bênçãos de Deus. Precisava de uma confirmação. Sei
que ele tinha muito a fazer e ainda conciliar a vida dedicada a mim; se-
ria bem diferenciado, pois implica em compreender e aceitar o meu
passado: filhos e, depois, uma netinha.
Verdadeiramente?
Se a resposta fosse negativa, venderia o pouco que tinha (pois
367
que ainda tinha alguma coisa) e iria morar num convento. Seria todo o
meu desejo neste mundo, caso não o pudesse ter comigo. Mas ele
aceitou casar-se. Deus quis assim, a minha Mãe, e tive “meu José” para
ajudar-me a Caminhar na Vida.
Estávamos um pouco receosos de que se falasse com o padre ca-
tólico, houvesse algum impedimento, pois meu amor é de origem judai-
ca. O Deus dos judeus é o mesmo: o Deus judaico-cristão! A cerimônia
foi simples; não houve o Sacramento da Eucaristia em consideração à
família e obviamente ao noivo por serem israelitas. Quando fomos falar
com o padre na Igreja Matriz, nos recepcionou muito bem e logo nos
deixou tranquilos com relação à possibilidade de casarmos. Queríamos
casar numa capelinha pequenina. Poderia ser numa capelinha numa
aldeia de pescadores... O padre nos informou que as freiras da escola
estavam alugando a capela para casamentos. Perguntou se não gosta-
ríamos de ir ver a capela, pois ela era pequena como nós queríamos.
Quando o padre disse o nome da escola das freiras, fiquei extremante
feliz, pois aquela era a capela onde ficava minha Mãe amada de crian-
ça. A Imagem do Coração Imaculado de Maria, minha Mãezinha.
Olhei para o meu amor e percebi no seu olhar luminoso o entendi-
mento do quanto significativo era para mim. No mesmo instante ele
confirmara a nossa ida a capela. Eu conhecia a capela; ele não. Não
sabia da reforma pela qual a capela havia passado; então, foi uma sur-
presa muito agradável. E assim, ao chegarmos para ver a capelinha,
fiquei deslumbrada! A capela estava belíssima! Toda azulzinha com os
detalhes em dourado. Todas as cadeirinhas também azuis.
Eu estivera alguns anos antes naquela capela. Levei rosas para a
diretora da escola. Ela colocou-as junto à Mãe. Fui convidada como an-
tiga estudante — e também fora professora — para participar de um
evento. E a Mãe amada ali. Não recordo se a capela naquele ano esta-
va arrumada, linda assim...
368
A Mãe, no mesmo lugar de outrora: à direita de quem entra na ca-
pelinha. À esquerda, Seu Filho. Parecia um sonho! Olhei para a ima-
gem do Coração Imaculado de Maria e nos meus pensamentos eu di-
zia: “Mãe amada, você me deu um presente e tanto, hem? Você sabia
do homem do qual eu precisava. Muito agradecida, minha Mãezinha
amada! Muito! Como poderia continuar a caminhada, Mãe, se também
eu, não tivesse meu ‘José’?”.
E aquela capelinha parecia um pedacinho do Céu aqui na Terra.
Não podia ter sido melhor e mais lindo. Vestida de branco com meu
amor, entramos na capela, na noite inesquecível para mim. Meu amor
escolheu as músicas — e o instrumento musical, um sax tenor — para
que um músico as interpretasse em nossa entrada na capela da minha
escola amada, da minha infância. Tudo simples como nós considera-
mos que deve ser um casamento. Algo sagrado: algo para ser por
Deus, pelo Céu e as pessoas próximas.
Levava um buquê de rosas brancas e ao final depositei-o num
cesto forrado com pano azul e deixara para minha Mãe, aos seus pés.
Minha guirlanda de flores naturais, envolvendo minha cabeça, foi ofer-
tada para uma pessoa querida, quando fomos comemorar num restau-
rante com um ótimo jantar, naquela noite. Nossos convidados foram
poucos, mas quem lá esteve sentiu a presença do amor, de Deus em
nossas vidas. Minha diretora de outrora, a Irmã que era a madre da es-
cola quando era pequena, esteve presente. Como fiquei feliz com sua
presença! Não é algo lindo demais? Não é um privilégio minha antiga
madre, também professora, presente neste dia tão especial da minha
vida? Afinal, ela, a pessoa daquela Irmã, a diretora do Tempo de outro-
ra e presente naquele meu dia, aproximava em lembranças a criança
que naquele local, naquela capela, entrava para conversar com a Mãe-
zinha. A presença da Irmã de outrora me aproximava ainda mais o
Tempo.
369
E minha Mãe estava ali, no mesmo lugar. Realmente foi uma noite
inesquecível! Uma noite feliz, uma noite doce, delicada, serena, onde
pessoas de coração estavam participando conosco daquele momento
muito merecido! Merecido e único! Merecido e real! Agora, vestida de
noiva, na Casa da Mãe estava sendo abençoada por Deus. No Tempo
em Deus, agradecia a fundadora da Congregação das Irmãs do Imacu-
lado Coração de Maria, Bárbara Maix, pela Mãe que passei a conhecer.
Assim tenho acreditado, tenho procurado escutar; procurado sentir o
Tempo de Deus na observância dos acontecimentos, na obediência e
sensibilidade, no sentir o Chamado.
Nossa Senhora do Imaculado Coração de Maria da capela da escola
Stella Maris é a mesma do meu Tempo de criança. É a mesma ima-
gem colocada na capa da minha obra. A fundadora da Congregação
das Irmãs do Imaculado Coração de Maria é Bárbara Maix. Graças a
Bárbara Maix, minha amada escola Stella Maris existia na cidade me-
nor. Ali eu pude conhecer a minha Mãe, a Grande Intercessora. Quanto
é horrível um lar sem o Verdadeiro Deus! Como é horrível uma criança
não se sentir amada, se sentir solta, vazia, sem conteúdos que a ali-
mentem existencialmente. Como é horrível uma mãe e um pai não en-
sinarem a Palavra de Deus; não contarem as histórias de amor de Je-
sus Cristo por nós. Como é horrível a procura por outros caminhos onde
os demônios nos esperam com suas ciladas, mentiras; sabem ludibriar
as almas, na caminhada existencial de cada um. E o quanto é reconfor-
tante uma alma de criança alimentada pelo Amor da Boa Mãe...
A estrela do mar da capa do meu livro é em homenagem ao nome
da minha escola de infância, Stella Maris, ou seja, Estrela Maria. Na
Graça de Deus conheci foi neste local o conhecimento o encontro com
a minha Mãe amada, Maria, a Estrela Maior. Você sabe que Maria é
uma só! Entretanto, Ela se apresenta a nós de acordo com as diferen-
tes situações vividas por cada pessoa. Bárbara Maix idealizou Nossa
370
Senhora numa representação outra. Muito importante! A imagem para
mim é completa. Apresenta uma explicação apocalíptica. O quadro foi
idealizado por Bárbara, em Viena. Vale a pena consultar a Internet e ler
sobre essa imagem de Nossa Senhora.
Foi dessa maneira aprendera a amar essa Mãezinha: a do Imaculado
Coração de Maria. Chamo-o Colégio Azul, carinhosamente, porque atu-
almente, ele está todo pintado de azul: um pedacinho do Céu aqui na
Terra assim como a Capela que ali está.
Devo o que sou a essa Boa Mãe.
Logo à entrada, esta escola possui uma gruta enorme de Nossa
Senhora de Lourdes.
Uma vez, li algo me chamando a atenção e copiei.
Dizia assim:

“Quando amamos um homem, quando o amamos com a totalidade


da alma e do corpo, a coisa mais natural é desejar um filho. Não se tra-
ta de um desejo inteligente, de um desejo baseado nos princípios da
racionalidade”.

Meu sonho seria ter um menino com o meu amor. Com olhos cla-
ros como os dele e os cabelos com cachinhos. Mas não foi possível.
Em 2007, recebo um presente lindo. Nasce minha netinha; ela mora
fora do país, eu intercedia por ela ainda no ventre da mãe. Como é difí-
cil para uma avó ficar longe de sua filha e bebê netinha! Vê-se a impo-
tência frente a certas situações da vida. O amor por Nossa Senhora me
envolveu de tal modo e passara pedir a Ela que amparasse a mãe e o
bebê. Graças a Deus tenho o conforto da Boa Mãe. Sabia que Ela cui-
daria bem da criança e da filha. Fisicamente não podia estar com elas,
mas espiritualmente estava ligada com a Mãe para levar proteção. Que
Deus e Nossa Senhora sempre as protejam. Quando chegou o nasci-
mento da pequena fomos acompanhar; como também, outros momen-
371
tos significativos, além do nascimento, seu aniversário de um aninho,
sempre levando muito amor para a pequena até completar 5 aninhos...
Mais umas três idas para a Europa. Meu amor, meu esposo, me dá es-
sa felicidade ímpar de poder ver minha neta. Felicidade que jamais so-
nharia poder ter. No meu amor posso complementar-me; ele me auxilia.
Tenho passado ao lado deles, da minha neta e do meu amor, todo o
desejado uma vida inteira. Tudo é agradecido, em nome de meu Deus
amado e da minha amada Mãe Nossa Senhora do Imaculado Coração
de Maria.

372
373
Capítulo II

Parte 24

“Renova-me
(DR) (Grupo Mensagem 2000)
Renova-me, Senhor Jesus, já não quero ser igual.
Renova-me, Senhor Jesus, põe em mim seu coração.
Porque tudo que há dentro de mim,
Precisa ser mudado, Senhor.
Porque tudo o que há dentro do meu coração.
Precisa mais de ti.”

Um Filme e Uma Realidade


Deus se mostrara de modo evidente com seus sinais para mim, na
Leitura da Vida, em momentos de muito sofrimento. Assim da minha
separação, fiz inscrição para um emprego numa escola do município.
Ficava numa vila e lecionava em duas escolas, a do Estado e a do mu-
nicípio. Peguei o emprego para aumentar o meu salário. A escola do

374
município tinha o nome de um homem lindo, digno, do qual admirava
muito, Alberto Santos Dumont; Dumont acabou morrendo de desgosto
ao ver seu invento, avião, estava sendo usado para a guerra. Neste
Tempo, tudo realmente eu sentia conspirar para melhor. Estava mais
atenta aos acontecimentos em Deus. Não lembro o ano no qual traba-
lhei nessa escola, concomitantemente com a escola do Estado, mas foi
na década de 90, quando vivia muitas tribulações, entretanto, já se ma-
nifestando a salvação. Estava para ir à escola do município trabalhar,
mas algo dentro de mim não estava bem. Existencialmente. Havia algo
e não sabia explicar. Algo ruim e triste. Não era dor de barriga, não ti-
nha febre, não tinha ferida nenhuma. Aliás, tinha vezes que desejava
ter alguma coisa desse gênero, para pelo menos poder ter motivos re-
ais para me queixar ou alguém olhar para mim e sentir compaixão. Mas
meus males eram de outra natureza e nesse dia estava muito triste,
teria vontade de não dar a aula e não tinha dinheiro para colocar com-
bustível no carro. E pensava comigo: estou me sentindo tão mal, tão
mal e ainda assim, tenho que ir de ônibus... Ah não... Pelo menos poder
ir de carro, então... Dar-me o direito de ir de carro, então. Não costuma-
va ter esse tipo de pensamento. Mas andava tão revoltada com os
acontecimentos negativos à minha volta que não aguentava mais. Pen-
sei, então, em pedir dinheiro para uma amiga na época. Pedi dez reais
para ela emprestados para pagar no final do mês. Assim, fui à escola
dar aulas para meus aluninhos de terceira série.
Depois de fazer o sinal da cruz com eles e rezar, no término da
oração, uma aluninha, sentada ao fundo da sala, caminha e me entrega
uma maquininha filmadora de plástico, bem pequenininha, branquinha,
daquelas, penso, vir junto com balas, com doces. Recebi daquela mão-
zinha abençoada, pequenina da minha aluninha, a quem serei eterna-
mente grata pela maquininha branquinha de plástico, filmadora. Come-
cei a olhar e tinha uma pequenina manivelinha do lado e colocando o
375
olho no orifício da pequena filmadora, e girando a manivela lateral, vi
admirada passar realmente um filminho com desenhos daqueles bone-
quinhos da Idade da Pedra: Flintstones. Estava escorada na minha me-
sa, e as crianças pararam para me ver olhar o que estava acontecendo.
Então, resolvi contar a todos eles as imagens das quais eu avistava na
maquininha. Faço confusão com Barney e Fred e não recordo quem era
quem na historinha. Mas recordo bem dum rabinho que aparecia atrás
de uma vegetação arbustiva, acho que era o Dino, o bichinho. Nesse
momento, aparece um dos dois personagens, não sei se Barney ou
Fred, com um daqueles porretes que eles costumam carregar; ele ia
bater no rabo do animalzinho. Não chega a bater no bichinho, porque
surge o outro personagem mostrando um grande e lindo abacaxi numa
das mãos. Como se quisesse dizer para seu amigo não bater com o
porrete no animalzinho aparecendo somente a sua cauda, para fazê-lo
de caça, pois ele tinha um saboroso abacaxi nas mãos para comerem.
A história termina aparecendo a imagem de um pedaço de carne ver-
melha, tipo um bife, e um xis em cima da figura. Desejando dizer: não
coma carne vermelha, mas coma o abacaxi ou outros vegetais ao invés
de carne. Assim eu narrava as crianças, meus aluninhos, as cenas da
filmadora pequenina de plástico.Quando terminei de ver aquele filminho
e apareceu aquele pedaço de carne com um xis vermelho, dizendo
simbolicamente que era proibido comer carne vermelha, pois era um
bife vermelho, senti algo em mim. Aquele mal estar, aquela sensação
triste não sabendo explicar dentro de mim, sumiu por completo! Senti
nitidamente um sinal ali para mim. Como se dissesse para eu não co-
mer carne vermelha. E me senti melhor imediatamente quando terminei
de ver essa imagem. Tudo antes pesado e entristecido acabara por
completo ao perceber como sinal e ordem para não comer carne ver-
melha. Mas o incrível ainda estava por vir: antes de ir para minha casa,
passei no apartamento de uma de minhas irmãs, pois nossa mãe mora-

376
va com ela; tinha feito cirurgia e tivera um derrame e senti vontade de
vê-la. Nesse dia minha mãe estava bem alegrinha, sorridente e disse
para mim: “Minha ‘fiinha’ ”, modo carinhoso com que me chamava às
vezes, “não quer vir comer uma carneada com a gente? O fulano vai
matar carneiro, vai ter muita carne!”. Olhei para minha mãe, lembrei-me
do que aconteceu comigo recentemente e o que deveria fazer com re-
lação à carne vermelha e disse a ela imediatamente: “Não, não mãe,
muito obrigada. Não estou mais comendo carne”. Fiquei tão surpresa
com aquilo do qual eu escutara da mãe, mas ao mesmo tempo o para-
lelo entre a mãe e a relação espiritual na qual estivera uma grande par-
te da sua vida, na umbanda, me fizeram ver aquilo, aquele convite, co-
mo uma tentação: um lado Mal. E... Tinha entendido o que Deus queria
me avisar. Era Deus na vida falando. A Providência Divina.
Nesse mesmo instante, eu senti um perfume forte, intenso, um
perfume doce no ar e perguntei para a minha irmã que perfume era
aquele. Veio ela lá da cozinha para a sala exibindo nas mãos um gran-
de e lindíssimo e perfumado abacaxi. Quando ela veio com aquele aba-
caxi nas mãos parecia que estava acontecendo um sonho! Aquilo pare-
cia um sonho! Parecia que não estava acontecendo, mas estava! Aquilo
estava acontecendo não parecia real. Fiquei pasma! Fiquei agradecida
por Deus por tudo, tudo, tudo!
Verdadeiramente?
Naquele momento sentia um sorriso dentro de mim. Já explico:
Sabe quando você deseja se alegrar, mas não pode? Deve conter o
riso? Ninguém compreenderia? E você então deve ficar quieta, mas
com aquela satisfação boa dentro de você? Mas aquilo tudo foi prova
tão grande, mas tão grande de que Deus me ajudava muito, muito
mesmo e teria uma razão: a razão na qual eu acredito com todas as
letras, é de que, a perseguição maléfica da minha pessoa, da minha
família, foi muito grande. Muito! Perseguição espiritual do Mal! E que
377
esta começava a ter consonância no que a Mãe amada me dizia no Seu
Livro Azul com o título “Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Se-
nhora”, isto é, ficara claramente delineado para mim que o Mal realmen-
te existe na vida e não era uma simples impressão.
Minha irmã exibia em suas mãos o lindo e aromático abacaxi e
explicava que a tia veio de outra cidade e iria ensiná-la a fazer o bolo
especial de abacaxi, e, por isso, ele estava ali. Estes três elementos
surgidos, tanto a maquininha da aluninha quanto da minha irmã o aba-
caxi e a mãe me oferecendo carne vermelha, mais uma vez a Leitura da
Vida me dizia estar acompanhada: só poderia ser Providência Divina.
Por último já me sentia muito importante para Deus! Sim, sentia nitida-
mente a Sua ajuda. Ficava atenta com Ele. Observava a vida, a cami-
nhada das pessoas neste lugar, da Humanidade como um Todo, pois
lia o Livro de Nossa Senhora de Fátima que passara a se apresentar
para mim.
Verdadeiramente?
Não ouvia falarem em nome de Deus e no de Jesus Cristo no
meio em que vivia. Inclusive nas escolas... Que tristeza... Um livro que
lera, tempos depois, se apresentara em minha vida, falava no sangue
dos animais como que o mal estivesse ali em potencial. Como estava
cercada de pessoas ligadas a umbanda, inclusive na própria escola do
município havia uma funcionária eu entendi o que Deus queria me
mostrar com aquelas situações evidenciadas no decorrer da minha so-
frida caminhada existencial. Então, a partir desse Tempo passei a não
comer carne vermelha. Tive como obediência não comer carne verme-
lha e minha opção é esta até os dias atuais. Com o Tempo, percebi
aquele aviso chegou até mim porque ainda não estava preparada, pois
não fazia as frequências nas missas e Eucaristia. Seria necessário me
sentir forte espiritualmente para voltar a comer carne vermelha, se qui-
sesse. Neste mesmo ano, tive um sonho com uma pessoa da família.
378
Eu a vi dentro de um caixão sem vida. Ela também não podia comer
carne vermelha. Fui no amanhecer do dia falar a ela do sonho para não
comer carne vermelha. Naquele momento a vi atravessando a galeria
da cidade menor, pois estava se dirigindo ao trabalho. Agradeci ao se-
nhor, pois me dera carona; meu carro não funcionou quando quis sair
de casa; contei a ela do sonho que tivera. Pareceu entender; entretanto,
dias após, fui à casa de uma amiga; estávamos nos afastando... A ami-
zade já não era a mesma. Quem abriu a porta da casa dessa amiga
quando cheguei era exatamente a pessoa da família para a qual eu ha-
via contado do sonho (eu havia avisado sobre a proibição de comer
carne) e trazia em suas mãos um prato com bifes à milanesa, me mos-
trando feliz. Seria, sim, o almoço delas. Olhei para o prato, em suas
mãos, e obviamente entendi a não compreensão a não credibilidade
dela sobre o pedido feito. Senti a ironia do demônio se fazendo eficácia
ali.
Logo a seguir, semanas após, tive um sobressalto ao receber a no-
tícia de que um bebê nascido relacionado a essa pessoa da família ha-
via morrido. Não foi ela, mas foi outra pessoa levada à morte. O animal
procura para cobrança alguém e assim arrasta pessoas no sofrimento
quando não amparadas, escudadas no Verdadeiro Deus. Foi assim
também o meu entendo da morte não no Tempo de Deus da minha so-
brinha de 8 aninhos. Não era para ser, mas Deus perdoa o não Conhe-
cimento. Deus Todo-Poderoso deixa a Sua Misericórdia para quem O
procura. Para Deus, nada é impossível! Tudo é Possível!
Desejo deixar para você uma das histórias do livro: “Maria, Passa
na Frente!”, Livro de Denis e Suzel Bourgerie, uma história real conside-
rada encantadora por mim; demonstra amor, persistência na fé e a vitó-
ria conseguida. Esta história, “Uma Passageira Especial no Voo de Tua
Vida”, é uma entre tantas deste livro, emocionante.
“Alguns dias antes que eu partisse para a França, Espanha e Por-
379
tugal (1999), como habitualmente faço com meus peregrinos, recebi
uma noite, um fax de uma senhora da França dizendo que estava nos
oferecendo uma imagem de Nossa Senhora. Pedia-me que eu respon-
desse rapidamente se aceitava ou não porque ela ia viajar para Lour-
des. Até àquela hora não entendera e nem tivera explicação de como
ela descobrira o endereço da Associação Maria Porta do Céu e nem o
porquê dessa doação. Percebi apenas, naquele momento, que algo do
céu estava por acontecer, porque dentro de alguns dias eu também es-
taria em Lourdes dirigindo uma peregrinação e para o cristão não há
coincidência! Não vacilei. Aceitei o presente (e que presente!) e ousei
pedir-lhe que me enviasse a imagem para Lourdes no hotel onde ficaria
hospedado. Os dias se passaram e chegamos nessa extraordinária ci-
dade da Mãe de Deus, Lourdes. Mergulhados no clima de cura, emoção
e alegria que esse lugar sempre nos proporciona, vivemos momentos
extraordinários, sem perceber o tempo passar. Um dia, porém, na vés-
pera de partir, a dona do hotel chamou-me para dizer que uma caixa
muito grande me esperava na garagem. Corri para ver e realmente fi-
quei abismado com o tamanho do presente. Temia que ele não entras-
se no bagageiro do ônibus, tiramos todas as malas e “ele” ocupou intei-
ramente a parte transversal do bagageiro. Fui avisado de que a caixa
tinha sido feita por profissionais especializados e por isso precisávamos
de ferramentas especiais para abri-la. Deixamos Lourdes, realmente
“quem” estava dentro daquela caixa. O presente viajou dias e dias co-
nosco até que, em Toledo, na Espanha, depois de almoçar rapidamen-
te, eu e o motorista corremos para abrir a famosa caixa. Começamos a
tirar os parafusos... e o tempo foi passando... De repente, começaram a
chegar os peregrinos e nos cercaram. Depois de muita luta, consegui-
mos levantar a tampa de madeira e descobrimos que havia uma outra
tampa, de isopor. Por trás disso tudo havia, finalmente a imagem intei-
ramente embrulhada com plástico. Colocamos a estátua em pé, num

380
clima de grande expectativa, e fomos tirando o plástico que embrulhava
a cabeça até que... apareceu diante de nós a mais bela face que haví-
amos visto numa imagem, a face de NOSSA SENHORA DA PAZ, que
aparece em Medjugorje. Com seus olhos azuis, Ela nos olhava quase
sorrindo... e então fomos tomados de profunda emoção... e começamos
a chorar. Não queríamos fazer mais nada senão permanecer diante de-
la, exultando de alegria, chorando pela emoção de nos sentirmos tão
amados! Era Ela, a Mãe de Deus, que vinha até nós com sua habitual
doçura procurando um jeito de entrar em nossas vidas... Estávamos
diante da Mãe de Deus que, há 16 anos aparecendo em Medjugorje,
revela-se como Rainha da Paz e nos diz: ‘Vim aqui como a Rainha da
Paz e quero enriquecer-vos da minha paz maternal. Queridos filhos,
amo-vos e quero levar todos a esta paz que só Deus pode dar e que
enriquece cada coração. Convido-os a vos tornardes portadores e tes-
temunhas da minha paz neste mundo sem paz’. E no meio de tão gran-
de emoção, uma pergunta surgiu de repente: “Como te levar para o
Brasil? E a angústia quis tomar conta de mim quando lembrei-me que
Ela mesma nos diz em Medjugorje: ‘Afastai definitivamente toda a an-
gústia. Quem se abandona a Deus, não tem lugar em seu coração para
a angústia. As dificuldades manter-se-ão, mas elas servirão para o
crescimento espiritual e renderão glória a Deus’. E durante toda a pere-
grinação, Ela não cessou de interceder por nós e nos dar inúmeras ale-
grias. Mas... quase todos os dias eu ligava à minha esposa para que ela
providenciasse uma autorização especial da Companhia Aérea Portu-
guesa para Maria entrar no Brasil! Tínhamos só dois probleminhas: Ela
era frágil demais para viajar no bagageiro do avião e grande demais
para ficar comigo na poltrona. E o tempo foi passando...e o dia da parti-
da para a nossa volta ao Brasil foi chegando... Finalmente achei a solu-
ção. Ela viajaria comigo, na minha poltrona. Pensei... “Ela é tão bela
que as pessoas ao vê-la se emocionarão e abrirão todas as portas...

381
Então disse: ‘Maria, passa na frente! Todos aqui estão rezando para
que você entre no Brasil! Não nos decepcione! Passa na frente e abre
os caminhos!’. Finalmente chegamos no aeroporto. No balcão da com-
panhia não faltaram funcionários que se emocionaram com tão bela
face. Mas... eles perguntavam: ‘Para onde vai essa imagem?’. “Comigo,
para o Brasil”, respondi. E então eu ouvi o que temia. “Impossível, se-
nhor! Ela é grande demais para viajar na cabine com os passageiros.’
Estava iniciada a batalha. Lembrei-me naquele momento de um de
seus conselhos maternais mais belos: ‘Quando os outros criarem difi-
culdades não vos defendais, em vez disso, rezai’. E apertando a ima-
gem contra mim, disse a Ela: ‘É o teu momento, passa na frente, vem
em meu socorro!’. Então, de repente, veio-me a ideia de dizer que na
classe executiva tinha suficientemente espaço atrás da última poltrona
para deixa-la em pé, sem atrapalhar ninguém! A funcionária chamou o
seu superior, e depois de longas negociações, mudaram-me de poltro-
na para poder acomodar ‘Maria’ atrás de mim. Mas havia uma condi-
ção: o chefe da tripulação teria que dar a autorização final. Feliz, voltei
para junto dos peregrinos que se alegraram muito com a primeira vitó-
ria. Mas... essa alegria foi logo estremecida porque eu fui barrado em
seguida pela polícia. O responsável pela polícia na alfândega exigia que
Ela passasse pelo RX para detectar se Ela escondia drogas ou armas e
isto era impossível porque Ela não cabia no aparelho. Naquele momen-
to eu só ouvia meus peregrinos dizerem à polícia: ‘O senhor acha que
Nossa Senhora vai esconder alguma arma?’. E todo o aeroporto acom-
panhava as peripécias de Maria. E Ela me dizia como em Medjugorje:
‘Não tendes necessidade de ter medo porque vós sabeis que Jesus
nunca vos abandonará e sabeis que Ele voz conduz à salvação’. Então
eu disse ao chefe de polícia que a imagem era oca e que podia se ver
isto por uma pequena fresta. Ele exigiu que a deitássemos para investi-
gar. Tiramos então nossos casacos e sobre eles colocamos Maria no

382
chão. Finalmente, ele se convenceu que Ela não era contrabandista e
liberou-a. Chegamos finalmente ao portão de embarque! Ali outra bata-
lha começou porque duas aeromoças não queriam deixar-nos tomar o
ônibus que nos levaria até o avião. Depois de uma longa conversa, ten-
do duas peregrinas ao meu lado que intercediam sem cessar, cheguei
até o ônibus e finalmente até o avião! Entrei carregando Nossa Senho-
ra. E então o chefe da tripulação caiu em cima de mim sem piedade,
como um abutre, dizendo bem alto que aquela imagem não viajaria na
cabine porque era contra as normas de segurança. Suando de deses-
pero, lá estava eu atrás DELA e dizia: ‘Maria, passa na frente!’. Tu dis-
seste: ‘Continuai a esforçar-vos, sede perseverantes e tenazes. Rezai
sem cessar’. O chefe da tripulação parecia um obstáculo intransponível.
Mas por causa do seu tom de voz tão alto, pois ele gritava, todas as
portuguesas que viajavam no avião acabaram por ouvir e de repente
começaram a recitar o terço em voz alta intercedendo para que Maria
ficasse. Ah, mulheres portuguesas, mulheres de fibra, de garra, de fé!
Admiráveis, sensíveis, percebendo que se tratava de uma guerra, tira-
ram sem preconceito de suas bolsas a ferramenta da vitória: o terço!
Uma grande parte do avião se pôs então a rezar o terço, e eu... de pé,
diante do chefe da tripulação segurando a Mãe de Deus. Propus-lhe dar
à Maria a minha poltrona. Propus-lhe, como ex-piloto de linha, viajar na
cadeira da tripulação, deixando meu lugar a Ela. E eu parecia ouvi-La
dizendo, como em Medjugorje: ‘Não percas o teu tempo. Reza e ama.
Tu nem podes imaginar o quanto Deus é forte’. De repente chegou uma
aeromoça e tentou colocar Maria dentro do armário. Ela não entrou, é
claro! Uma outra disse: “Coloque a santa no banheiro!”. Fui correndo
tentar esta sugestão, mas a mão de Nossa Senhora bloqueava a fe-
chadura da porta. Coloquei meu casaco sobre a cabeça de Maria, em-
purrei a porta e ela se fechou. O chefe da tripulação então me disse:
‘Logo que o avião levantar voo, eu quero o banheiro livre!’. Eu concor-

383
dei e fui sentar no meu lugar. Nesse momento o avião inteiro bateu
palmas! Eram as santas portuguesas que não haviam parado de rezar.
O avião decolou e eu não parei de dar graças ao Senhor. Apesar dos
obstáculos dos homens, Ela estava no meio de nós. Uma vez que o
avião estava estabilizado, tirei Maria do banheiro e Ela viajou deitada
sobre mim! E durante a viagem, para meu espanto e encanto, as portu-
guesas que estavam na classe econômica, começaram a fazer fila para
visitar Maria, que estava na classe executiva, e pedir uma bênção. Você
podem imaginar esta cena? Chegando finalmente ao Brasil, no aeropor-
to, a Virgem Mãe foi aplaudida por todos e acariciada pelas crianças.
Apesar de tantos obstáculos, um a um Ela derrubou por terra, para es-
tar no meio de nós. O que pode impedir uma Mãe de encontrar seus
filhos? A sua chegada ao Brasil foi emocionante demais e a beleza
dessa imagem é de uma grandeza fora do comum. Por essa razão,
uma das primeiras coisas que fiz ao chegar em Campinas foi enviar um
fax àquela senhora para saber a história de tão bela imagem e que fa-
zia chorar tanta gente. E a história chegou: Uma riquíssima mulher, na
França, queria adotar uma criança. Depois de procurar na África e na
Ásia, conseguiu realizar seu sonho encontrando uma criança brasileira.
Para exprimir sua gratidão à Nossa Senhora, ela procurou um famoso
escultor italiano, o mesmo que esculpiu a conhecida estátua de Nossa
Senhora da Paz ou Nossa Senhora de Tihalina, pedindo a ele que fi-
zesse esta imagem no mesmo molde da estátua de Medjugorje. A pri-
meira imagem foi solicitada ao escultor pelo Padre Jozo a quem Maria
aparecia diariamente (ele já faleceu; o Padre Jozo forneceu todos os
detalhes de como Maria lhe apareceu). Assim, há hoje no mundo ape-
nas duas Nossa Senhora da Paz: uma em Tihalina, com o Padre Jozo e
outra, pela graça de Deus, conosco, no Santuário de Maria Porta do
Céu em Campinas. A senhora pediu-me para que essa imagem fique
para sempre no Brasil. Sim, Ela ficará porque Ela mesma escolheu ficar

384
nesta terra, para abrir um caminho de Paz no meio do seu povo que é o
povo de Seu Filho. Quero testemunhar a você que, desde a chegada da
Rainha da Paz, temos recebido bênçãos extraordinárias: maior gosto
pela oração, mais paz nas famílias que oram a Ela e, em particular, mi-
nha esposa e eu obtivemos a cura extraordinária de minha sogra que
adquiriu uma infecção extremamente grave, foi operada quatro vezes
em um mês, e estava completamente desenganada pelos médicos.
Lançamo-nos aos pés de Maria rogando um milagre e o milagre acon-
teceu! Desejo dizer a você que hoje passa por um momento difícil, por
um voo turbulento em sua vida: NÃO DESANIME! Tudo é possível para
o nosso Deus! Não olhe os obstáculos que estão à sua frente. Olhe pa-
ra Jesus, olhe para Maria e abandone-os, um a um em Suas Mãos po-
derosas. ‘Quem se abandona a Deus não tem lugar em seu coração
para a angústia’. Apegue-se a estas promessas extraordinárias de vitó-
ria que Ela lhe dá hoje! E a paz entrará no seu coração! E a Alegria virá!
Você não pode experimentar a verdadeira Paz enquanto não aprender
a confiar na Rainha da Paz! Lance fora as suas preocupações porque
elas o afastam de Deus e de sua Mãe Maria. A Rainha da Paz quer uti-
lizar os meios por nós jamais imaginados para entrar em nossas vidas
porque Ela quer nos fazer conhecer a verdadeira Paz. Por essa razão,
renove a sua esperança, e diga à Mãe que tanto o ama: ‘Maria, passa
na frente! Tu és a Rainha da Paz, dá-me, pois, esta Paz!’ ”.
Veja meu leitor querido, são pessoas unidas pelos cordéis da fé,
do amor da esperança, como continhas de um grande rosário; estão
dando o ‘Sim’ para o Plano de Amor de Deus e de Nossa Senhora, a
Rainha da Paz.
Seja bem-vinda, amada Mãe, nesta Nação tão necessitada de Sua
presença!

385
Capítulo II

Parte 25

“Podes Reinar
(DR) (LP Agnus Dei/93)
Senhor, eu sei que este é teu lugar,
todos querem te adorar, toma tu a direção.
Sim oh vem, oh Santo Espírito os espaços preencher,
reverência à tua voz vamos fazer.
Podes reinar, Senhor Jesus, oh sim, o Teu poder teu povo sentirá.
Que bom, Senhor, saber que estás presente aqui. Reina, Senhor, neste
lugar.
Visita cada irmão, oh meu Senhor, dá-lhe paz interior e razões pra te
louvar.
Desfaz todas tristezas, incertezas, desamor,
glorifica o teu nome, oh meu Senhor.”

São Jorge (o santo) — Jorge (o não santo)


“Buscai primeiro o Reino de Deus e a Sua Justiça e tudo o mais
vos será acrescentado”.
386
Vou contar-lhe uma história, retirada do livro de Malba Tahan, so-
bre o ‘Dragão de São Jorge’.
Preste atenção nela, por favor:

“Havia uma velha igreja, de Santo Afonso, em Madri, um grandioso


quadro em que São Jorge, com suas armas de combate, matava um
enorme dragão. Observa-se, porém, uma particularidade espantosa: o
dragão tinha o mesmo rosto de São Jorge! O observador percebia, cla-
ramente, que o quadro, afinal, representava o glorioso santo vencendo-
se a si mesmo. A inspiração do artista quis retratar o coração de um
homem transformado pelo poder de Jesus Cristo, vencendo o velho co-
ração que vivera no erro, na ignomínia, escravizado pelo pecado. O
dragão ali figurava como símbolo e representava o velho coração de
Jorge antes da conversão ao cristianismo__ Coração cheio de vícios,
de egoísmos, de ignorância e de vaidade; a figura de São Jorge, ao la-
do do dragão, em atitude vitoriosa, mostra-nos o coração regenerado,
que, através do poder de Jesus, pode vencer e matar o dragão do pe-
cado. Convém ponderar que outro erro em que ainda incorremos é o de
pensarmos que todo tempo empregado em combater a tentação, é
tempo perdido. As horas passam, e parece-nos que nenhum progresso
faz; de tal forma, nos vemos bloqueados por tentações. Mas sucede,
muitas vezes, que, justamente, nestas horas, temos, de fato, servido a
Deus muito melhor do que nos momentos de relativa calma, em que
combatemos as batalhas do SENHOR. E horas tais valem para nós
muitas vezes, por dias inteiros”.

Na sala da casa grande, onde nasci, havia uma linda lareira. Lem-
bro-me de ficar, às vezes, observando a imagem oval de São Jorge. Ela
ficava pendurada acima desta lareira na casa da mãe. Era uma imagem
protegida por vidro e tinha inúmeros orifícios que se iluminavam em cor
vermelha, contornando todo o formato oval da imagem de São Jorge;
como também, do dragão. À noite, era lindo ficar observando aquela
imagem. Com o Tempo lembro aquelas luzes deixaram de funcionar,
387
mas a imagem de São Jorge continuava naquele lugar em destaque
acima da lareira, onde ficava um sofá muito grande, na sala; sentava-
me e ficava olhando aquela imagem poderosa, de um cavaleiro com
uma lança lutando com um animal feio. Sentimento indefinido. Associa-
va àquela imagem de São Jorge, igual encontrada, aonde minha mãe
constantemente ia, na umbanda. Perto do lugar da residência do um-
bandista também havia uma igreja Católica com o mesmo nome, São
Jorge. Para mim, era como se fosse o santo principal da minha mãe.
Não a via ter outro santo com ela. Sabia das preferências do meu pai
por Santo Antônio e pelo Padre Reus. Recordo das idas do pai até São
Leopoldo, pois ali ficava o túmulo do padre Reus. Na penteadeira da
minha mãe, havia a imagem de Santo Antônio e um busto, tamanho
médio, de Padre Reus. Lembro-me do meu pai não gostar das saídas
da mãe a umbanda; ela procurava ir quando ele não estava em casa
para evitar discussões.
Atualmente vejo muitos carros com as imagens de São Jorge na
parte traseira. Quando vejo aqueles carros passando por mim, me per-
gunto: será que o dono do veículo é da umbanda ou é católico? Essa
epidemia de colocarem a imagem de São Jorge nos carros está relaci-
onada à novela Salve Jorge, passada na televisão? Quem duvida da
força de uma novela no pensamento do povo? O que faz um santo, que
é Católico, pertencente ao catolicismo, nesses lugares, por exemplo, na
umbanda, da qual posso falar, pois fez parte da minha vida? Percebo o
dualismo, o trabalho astucioso do demônio para confundir muitas pes-
soas. Na umbanda, por exemplo, empregando o São Jorge fica com a
impressão de se tratar de algo bom, realmente ligado inclusive à Igreja
Católica. Realmente não é assim. É uma armadilha! Na umbanda,
quimbanda ou outros lugares similares, estes não encontrarão o São
Jorge. Encontram um Jorge vivendo no passado pior, de São Jorge.
Encontram a face pior do Jorge antes de ser santo. Você encontra nes-
388
tes lugares a imagem do santo que é católico e não deveria nunca estar
num lugar assim, como na umbanda e similares. Ali, se utilizam da dua-
lidade para enganar as pessoas; muitas delas são inocentes e acham
existir a presença de Deus, de anjos divinos e de santos Católicos. Não
há! Ali, São Jorge santo não existe! Se, por ventura empregam o santo
Católico, na umbanda ou quimbanda ou similares é para uma farsa,
uma representação da dualidade entre a Verdade do Catolicismo, ou
seja, da Igreja Católica Apostólica Romana, e a Mentira dessas seitas,
porque lugar de santo Católico é na Igreja Católica Apostólica Romana,
a fiel Igreja (não esta Igreja manchada precisando da purificação devido
a maçonaria infiltrada). Há quem recorra a esses lugares, do submun-
do, com intenções bem focais e nunca o nosso Deus do catolicismo
atenderia. Jamais! Por quê? Porque Deus não é esse justiceiro pontual.
Deus Amoroso e Misericordioso dá o livre arbítrio e Ele atende não a
vontade da pessoa propriamente dita, pois nem sempre a vontade da
pessoa está em consonância com os Planos de Amor de um Todo, vol-
tado para a Humanidade, voltado às pessoas de uma família. Pois se
Deus ficar atendendo a vontades particulares, isto é, de cada pessoa,
haveria muito egoísmo! Devemos confiar em nosso Pai Amoroso e Mi-
sericordioso; antes mesmo da nossa vontade deve existir a nossa hu-
mildade e colocar acima dos nossos egoísmos a vontade de Deus, para
o Bem de todos; Ele sabe na linha do horizonte, lá, bem distante de nós
o melhor. Então, quando se pede com fé, sabemos: “Seja feita a Vossa
Vontade, Pai amado, assim na Terra como no Céu!”
Somente Deus quem sabe qual peça do grande quebra-cabeça
pode convenientemente sair ou outra pode entrar, no Tempo de Deus,
para a grande paisagem final se completar. Você pode me compreen-
der? Assim que, quando estamos caminhando no Tempo de Deus na-
da, nada precisa nos causar espanto. Confie! Você pode acreditar. Ao
amar uma pessoa e chegar a considerá-la tão importante ao ponto de
389
quase o ar lhe faltar; em Deus, se você estiver no Tempo de Deus, con-
fiando acreditando tendo fé, se essa pessoa amada se for antes de vo-
cê, poderá saber que, na linha do horizonte, Deus, no Seu Plano de
Amor sabia a razão de ter sido assim. Mas isso é assim para quem con-
fia quem está em Deus e com Deus, no Tempo de Deus. O demônio tira
a vida de pessoas das quais amamos e de uma maneira muitas vezes,
violenta. Em forma de acidentes, acidentes em massa e muito mais.
Onde tiver os inúmeros pecados mais oportunidade o animal possui
para fazer valer a sua vontade. “Que os nossos pecados não sejam a
causa da nossa queda”.
Em muitas pessoas recorrendo à umbanda, por exemplo, as suas
vontades envolvem caprichos pessoais, com interesses escusos, egoís-
tas e não contribuem para o Bem. Aliás, é o que está a ocorrer com o
paganismo na Humanidade. Recorrendo ao demônio, a Humanidade
está do jeito que está. Há pessoas procurando o submundo para os
seus pedidos considerando ali, encontrar São Jorge, para fazer Justiça
por alguma coisa. Pretensamente, pede o que é bom para ela: uma fal-
sa Justiça, pois se baseiam em seus próprios princípios, em suas con-
veniências pessoais, interesses próprios. Poderá ser bom para ela, mas
será bom para seu próximo? Por exemplo, essa pessoa pode chegar
para o chamado “pai de santo” e dizer assim:
“Sinto-me injustiçado, pois o colega fulano está num setor de tra-
balho e quero a sua saída, pois aquele posto é para ser meu e não de-
le”. Aquela pessoa, se julgando melhor faz seu pedido ao falso santo
(demônios). Assim, o pedido é realizado pelo umbandista, mas quem
está ali não é o umbandista; ele se serve como instrumento do Mal. Ele
invoca os espíritos malignos, ou seja, os anjos que se rebelaram contra
Deus. Ele “incorpora” as “entidades”; são os anjos decaídos os quais se
rebelaram contra o nosso Verdadeiro Deus, da Santíssima Trindade.
Em Efésios encontramos:
390
“Não é contra homens de carne e sangue que temos de lutar, mas
contra os principados e potestades, contra os príncipes deste mundo
tenebroso, contra as forças espirituais do mal (espalhadas) nos ares.”
Efésios 6,12.

Quando coloco aqui, minhas observações, sofrimentos de uma vi-


da conquistada na graça de Deus Pai Misericordioso e como filósofa,
não estou deixando aqui, na minha obra, pessoas, ou seja, a luta não é
contra as pessoas, e sim exatamente como diz em Efésios. Vale repetir:

“Não é contra homens de carne e sangue que temos de lutar, mas


contra os principados e potestades, contra os príncipes deste mundo
tenebroso, contra as forças espirituais do mal (espalhadas) nos ares”.

Num livrinho, “O que são os Anjos”, recebido da Associação dos


Devotos de Fátima, página 12, diz o seguinte:

“Todos os anjos foram criados bons. Para merecerem a eterna fe-


licidade, eles foram submetidos a uma prova. Eles puderam, então, es-
colher entre obedecer ou não à vontade de Deus. Aqueles que aceita-
ram, viram a Deus e conheceram os planos a seu respeito. Já, aqueles
que recusaram, se perverteram por vontade própria. Estes são o que
conhecemos como ‘Anjos decaídos’ ou demônios”.

Uma pessoa não estando protegida por Deus, não possuindo Je-
sus Cristo, não escudada na Armadura de Deus, a Bíblia, facilmente é
alvo fácil ao demônio. A sua queda acontece sim. Se, dizem para você
o Mal não existe, não existirá para quem está em Deus, possui a verda-
deira fé, procura pela Eucaristia para a sua salvação e proteção.
Imagine você quantas vontades próprias são levadas até o dito
guru, para fazer os trabalhos para agradar aquela pessoa pedinte. É
impressionante o afastamento de inúmeras pessoas de Deus Único e
Verdadeiro em prol da procura pelo demônio e sua legião. Assim fica-
mos cada vez mais com famílias desunidas, desencontradas, casais
391
não se acertam, casais poderiam ser lindos, ser par perfeito, quase per-
feito em suas almas gêmeas, e ao entanto o demônio está se regozi-
jando pelo carnaval feito a nível espiritual maléfico. A homossexualida-
de passou a surgir muito mais. Pela liberdade em demasia; pela ação
demoníaca nesses lugares empregando a “pomba-gira” uma espécie de
pior “entidade”; ou seja, demônio. A imoralidade entra de forma atroz. A
busca dos prazeres se torna algo banal. O Olhar de Deus, a obediência
das Leis de Deus não é mais nem ensinado nas escolas e pela família.
Já não sabem rezar a Salve Rainha ou a oração do Credo. Pobre Hu-
manidade desvalida.
A Humanidade está vivendo muito o culto do corpo, do estético da
plástica e isso atrai e fomentam os olhares, a inveja, o ciúme, a compe-
tição de quem deseja ser mais bonito que o seu outro. Os meios de
comunicação ajudam muito nessa tarefa de culto à beleza com seus
programas. O animal está satisfeitíssimo com tudo isso acontecendo,
porque deixam de procurar os conteúdos sólidos, os conteúdos alimen-
tadores da alma humana e não do corpo. O corpo como Templo do Es-
pírito Santo deve ser alimentado espiritualmente de boas leituras, lindas
imagens passando pelos seus olhos até chegar a sua alma. Dar as cos-
tas para pessoas não desejosas por caminhar a vida com você nessa
mudança interior desejada, muitas vezes se faz necessária, caso a
pessoa convidada não aceita. Uma alma se salvará! E com a possibili-
dade de você ser exemplo para esta alma da outra pessoa. Em nome
da pequenez de muitas pessoas com seus pecados, como: inveja, ira,
ódio, ciúme, a avareza, a soberba, o desejo pelo status, poder e a bus-
ca desenfreada pelo dinheiro etc. essas pessoas não reconhecendo
seus pecados e depurá-los, confessá-los para um bom sacerdote, vai
disseminando pelo mundo, os sentimentos perversos, mesquinhos,
ocasionando o Mal na vida de tantas pessoas. Quis trazer bem aproxi-
mado do cotidiano, ou seja, mostrar, na vida, onde se encontram esses
392
espíritos malignos; em âmbito maior, de modo sutil, mais sofisticado, o
demônio age igualmente através das missas negras satânicas revela-
das por Nossa Senhora de Fátima, como realizadas pela maçonaria
eclesiástica.
Essa situação espiritual do Mal foi a minha experiência de vida, ob-
servada, constatada é realidade. Pessoas estão nesta face da Terra
descontentes; não sabem explicar tamanhas catástrofes, tamanha falta
de moral de muitos homens como também de mulheres e a razão da
decadência da Humanidade; a pobreza generalizada, tanto espiritual
quanto material. O que poderia ser construído, constituído numa família,
para a família e seus filhos, agora está sendo dividido, enfraquecido,
espalhado, subtraído. O homem e a mulher ficam materialmente deses-
truturados, enfraquecidos para atender a demanda. O que dizer a nível
espiritual? Como ficam as almas dos filhos? Este estado de situação
arrasta malefícios a todos. A busca é desenfreada pelas novas experi-
ências, pela traição, um dos fatores mais enriquecedores para o demô-
nio. A traição vem acompanhada da mentira. O demônio é o Pai da
Mentira. Observa-se a naturalidade como ocorrem as traições; homem
ou mulher mentir e trair. Não para Deus, pois Ele vê e lê os corações
humanos. Existem pessoas não primando pela dignidade, pela honra,
por um ideal humano. Vivem no mundo rasteiro da vida, das bebidas,
das conversas frívolas, das piadas e estas, nada constroem. Existem
aqueles não gostando do que ouvem; não gosta das piadinhas baixas,
das músicas com suas letras baixas, das bebidas rolando abundante-
mente, das alegrias falsas e não preenche a lacuna existencial, o vazio
existencial; nem mesmos eles sabem a razão. Nada satisfaz e querem
mais e mais a superficialidade; querem mais e mais dinheiro para ter,
para poderem gastar amanhã e depois com suas namoradas, seus he-
donismos. E cada vez pior fica a paisagem nos cercando. Não possuem
coragem para dizer não! Não possuem coragem para mudar. Não pos-
393
suem coragem, porque muitos podem perder os amigos e sentem me-
do. É uma questão de escolha; é uma questão de opção. Poderá perder
esses supostos amigos, mas receberá outros em outras bases. Optará
pelo Deus da dignidade, pelo Deus fiel, pelo Deus da Vida e do Amor.
Ganhará o melhor e mais fiel amigo: Jesus Cristo. Aproximar-se-á de
pessoas outras. Será nova pessoa.
Existem pessoas considerando não falar sobre o animal. Ora, se
não falarmos — aliás, foi um dos maiores erros da Igreja Católica, eu
diria — como o demônio será conhecido? Não estamos vivendo uma
fantasia ou historinha ou telenovelas. Na televisão, ou similares, seus
filhos assistem os monstros, os bichos mais asquerosos, horrendos,
criação humana e não sabe a vida aqui fora, a realidade na qual vive-
mos. A Bíblia não lhes é apresentada, para grande parte das crianças,
na Sua História da Humanidade. Não são preparados nos reais perigos
da vida. A televisão não os prepara aos moldes de Deus. Muito pior é
uma criança ficar na frente de uma televisão acompanhando os filmes
de personagens ruins, violentos criados por mentes não divinas. Procu-
rar assistir, em cinemas, filmes para alimentar a alma do pequeno, para
sair sereno e não com a alma carregada de sentimentos confusos e
feios. Há quem inventem as ideias mais criativas em torno de figuras
asquerosas e malévolas, e as crianças assistem considerando que so-
mente ali na telinha acontece o Mal. E o verdadeiro Mal está se pas-
sando na vida e a criança se enfraquecendo sem saber se defender
num futuro.
Algumas crianças ficam com suas mentes poluídas através dos per-
sonagens feios, maus, agressivos e acabam sentindo medo em dormir
à noite, por exemplo; e criam péssimos modelos, exemplos para si. Não
sabem, com seus medos, como se defender daquilo que veem. Como é
importante apresentar esses nossos “heróis” reais espirituais; os santos
e as santas são a Verdade esquecida por muitos sendo ludibriados ve-
394
lados pelo animal.
Você prefere esconder a realidade de seu filho educando-o num mundo
da fantasia, enquanto a alma dessa criança se perde e não alcança vi-
ver no reino de Deus ou prefere educá-lo na Palavra de Deus, na Ver-
dade? Veja o que Deus nos diz em Sua Palavra:

“Toda a Escritura é inspirada por Deus, e útil para ensinar, para


repreender, para corrigir e para formar na justiça. Por ela, o homem de
Deus se torna perfeito, capacitado para toda boa obra”. II Timóteo, ca-
pítulo 3.

Há quem ainda critique quando alguém fala em demônio ou sata-


nás; Espírito Maligno ou diabo é feio, é horrível! Se você assistir aos
vídeos do padre Paulo Ricardo, por exemplo, ele diz, mais ou menos
assim: “e, por acaso o homem moderno não tomando Conhecimento da
existência do demônio está em melhores condições ou é um homem
escravizado por uma série de situações, aprisionado, escravizado em
proporções ainda maiores?”
Aproveito a colocação do padre Paulo Ricardo para afirmar que, “o
homem moderno não tomando Conhecimento da existência do demônio
estará em piores condições; e é um homem escravizado por uma série
de situações, aprisionado, escravizado em proporções ainda maiores”,
porque sem o Conhecimento do animal o homem não pode tomar as
defesas.
No posfácio deste livro deixo meu sonho, meu desejo em forma de
poesia, intitulado: Quisera eu, dar-te...
Sim. Como desejaria lhe falar somente o que ali deixei registrado e
muito mais. Mas infelizmente a vida se apresenta através de imagens
reais, situações reais e para elas devemos nos preparar. Para a salva-
ção das almas até o segundo advento de Jesus Cristo, com seu retorno
a Terra.
395
Também se passou, muitas vezes, a não falar sobre o inferno, o
purgatório e o céu.

“Os cristãos, sobretudo os pastores de almas, devem tomar sem-


pre maior consciência das obras do maligno no mundo e de cada um
de nós. A presente geração prefere não falar. Nas igrejas católicas se
alude raramente a Satanás e às suas obras. O silêncio é um grande
serviço que se lhe presta e equivale a deixar entrada franca à sua ação
devastadora... Hoje é mais urgente do que nunca vencer o inferno li-
vremente desencadeado na terra, neste final dos Tempos... Em Medju-
gorje, Nossa Senhora não podia furtar-se de lembrar esta verdade à
nossa geração de surdos, distraída e atormentada pelo: ‘para que ve-
jam o prêmio reservado aos que vivem segundo a vontade de Deus in-
trépido dos meios de comunicação. À semelhança do que fez em Fáti-
ma, mostrando o inferno aos pastorinhos, em Medjogorje Ela deu a co-
nhecer também o paraíso e o purgatório. Motivo, e a punição aos que
não lhe obedecem’. (Mensagem de Medjugorje _ Laurentin), página
111, do livro de Olivo Cesca, “Medjugorje Urgente”.

Vicka relata:

“Quando a Senhora apareceu em nossa frente e falou que iria nos


levar ao céu, ficamos com medo. Jakov se pôs a chorar. Não queria ir,
porque sua mãe só tem ele. Mas a Senhora não disse nada. Pegou-nos
pela mão: deu para mim a direita e para ele a esquerda. E começamos
a subir, através do forro. Tudo tinha sumido. Chegamos diante de uma
porta de madeira, guardada por um homem de barba. Ele não a abriu,
mas, através dela, víamos uma luz desconhecida, um espaço a perder
de vista como o mar. Para qualquer direção em que a gente se virava,
não via os limites. Era o paraíso. Trata-se de algo maravilhoso, indes-
critível — prossegue ela, tocada por tanta beleza e felicidade. Tudo es-
tava cheio de uma luz estupenda... de gente... de flores... de uma ale-
gria indizível. Viam-se os eleitos cantando e comunicando entre si nu-
ma linguagem que não entendemos”
396
Outro trecho:

“A excursão dantesca se prolonga pelo purgatório, que Vicka des-


creve como: ‘um espaço escuro, tétrico, entre o paraíso e o inferno.
Cheio de algo parecido com cinzas... Apresenta-se também de um jeito
espantoso’ ”.

Mais encartes dos relatos:

“Segundo o relato de Marija, no purgatório ‘não enxergamos as


pessoas, mas escutamos suas vozes, suas orações, seus lamentos,
seus pedidos de que rezássemos por elas’ ”.
“Nossa Senhora explicou que devemos orar pelas almas do purga-
tório em geral mesmo sem as conhecermos, porque elas se tornarão
nossas amigas através da oração. Mas, de repente, Nossa Senhora
desapareceu e diante de nós se abriu o inferno. É espantoso, parece
um mar de fogo. Dentro havia muita gente. Todos feíssimos, tisnados
de preto. Não se parecem mais com seres humanos. Parecem mons-
tros medonhos. Também vi uma mulher loira, mas bem feia, com cabe-
lo comprido e chifres. Ela padece no meio daquele fogo, e os diabos ao
redor dela torturando-a. É o momento mais traumático. A visão do in-
ferno só é concedida a três deles: Vicka, Marija e Jakov. ‘Vi uma chama
grande, grande’ — conta este último’ — ‘e os homens e animais, uma
combinação’ ”.

Mais detalhada é a descrição de Marija:


“Vimos um grande fogo no centro, e pudemos observar uma jovem
de longos cabelos, muito bonita, que passava por cima das chamas e
de lá saía mais parecida com uma besta, um bicho. E Nossa Senhora
nos explicou que Deus nos deu a liberdade e que cada um responde
com liberdade. Assim, aquelas almas que vimos no inferno escolheram
livremente o pecado e foram então para lá... As almas que estão no in-
ferno são as daquelas que viveram no pecado e se decidiram pelo pe-

397
cado. Portanto, não é Deus quem diz: ‘Você é pecador e vai para o in-
ferno!’ Somos nós que, com a nossa vida, decidimos o nosso destino
final e eterno. Por fim, a Virgem os tranquilizou com estas palavras:
‘Não fiquem assustados. Mostrei-lhes o inferno, para que conheçam a
condição dos que ali se encontram’ ”. Páginas, 115, 116 e 117, do livro
“Medjugorje Urgente”.
Imagina quantos pedidos pode um ser humano fazer nesses luga-
res não divinos, batendo a cabeça, reverenciando os falsos deuses;
deuses dos pagãos e está muito difundido, proliferado neste nosso
mundo e muito disseminado no Brasil com as seitas diversas, crendi-
ces... Enquanto as pessoas procuram por lugares assim, a umbanda e
similares, pelo espiritismo e maçonarias, o enfraquecimento da verda-
deira fé, a apostasia já se tornou o ápice.

“Rezai para que chegue ao mundo o grande milagre da Divina Mi-


sericórdia. Reparai pela infidelidade de tantos filhos da Igreja. A falta de
fé espalha-se entre os seus próprios Pastores e o rebanho é golpeado
pelo vento impetuoso da apostasia. Os erros são difundidos, ensinados
e seguidos; as seitas se multiplicam em toda parte. Quem restará ainda
firme na fé a Jesus e a sua Igreja”? Página 1088. “Aos Sacerdotes, fi-
lhos prediletos de Nossa Senhora”.
“As potências diabólicas dominam a terra e levam a toda parte os
frutos maléficos do seu tenebroso domínio. Assim, esta humanidade
voltou a ser pagã, depois de quase dois mil anos da sua Redenção e
do primeiro anúncio do Evangelho da salvação”. Página, 847,
Sant’Omero (Teramo), 15 de setembro de 1992. Festa de Nossa Se-
nhora das Dores. “Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Senho-
ra”.

Pedidos feitos nessas seitas para que os negócios encontrem êxi-


to, na busca pelo dinheiro e pelo prazer, pelo dinheiro e tudo por ele
proporcionado, são inúmeros. Infelizmente são inúmeras as pessoas
398
não escudadas, protegidas por Deus Único e Verdadeiro; pessoas em
pecado no qual o demônio entra com facilidade, pois encontra ali fun-
damento, toma certas licenças de entrar.
O nosso santo católico São Jorge, ou seja, o Jorge antes de ser
santo, é muito considerado na umbanda. “Faca de dois gumes” sendo
usada traiçoeiramente. Não somente São Jorge é plagiado, pois a um-
banda e seus similares sempre correm carreiros para alcançar as mes-
mas datas significativas dos santos reais da Igreja Católica e assim, nas
mesmas datas católicas a umbanda e similares se utilizam dos seus
“santos” falsos. Assim, enquanto um Sacerdote celebra São João, no
24 de junho, muitos clientes vão aos umbandistas nesta data fazer re-
forços de vida, de negócios etc.. Nossa Senhora dos Navegantes é con-
traposta por Iemanjá. Então, ficam a dualidade de forças antagônicas
agindo no mundo nas mesmas datas religiosas significativas emprega-
das pela Igreja Católica Santa. Enquanto sacerdotes celebram as suas
missas numa igreja com seus fiéis, do outro lado, há pessoas, ou seja,
(devemos desvelar), procurando pelo demônio e sua legião de anjos
iníquos, decaídos. Essas pessoas são tentadas a fazer assim e na mai-
or parcela entram por desconhecimento da Verdade, da Palavra de
Deus, a Bíblia. Caminham desorientadas na Vida. Essa atuação anta-
gônica das forças acontece nas mesmas datas religiosas do catolicis-
mo. Quando é o dia de Nossa Senhora dos Navegantes muitas pesso-
as aproveitam esse dia, para se dirigir ao Litoral para se aconselhar
com os “pais de santos” ou “mães de santos”, vão a excursões em
quantidades em direção ao mar. O pior são os conselhos deixados para
essas pessoas; acreditam que o Bem vai ser proporcionado às suas
vidas; pior, nesses “aconselhamentos” dizem coisas na qual a pessoa
acredita, toma para si como verdade e ela se retira dali se sentindo mal,
achando que vai morrer se não fizer o trabalho x, pois o “pai ou mãe de
santo” lhe dissera que isso pode acontecer. Ela ficará vivendo esse hor-
399
ror acreditado até resolver participar dos “trabalhos” que “eles” pedem
para fazer.
E... Pobre gente desconhecendo o poder de Jesus Cristo na Eu-
caristia. Desconhecem o poder do sangue de Jesus Cristo derramado
por elas no sacrifício de todas as missas na Eucaristia. Logo Jesus
Cristo que morreu por Amor a ela, a você, a mim, por nós a Humanida-
de.
Ainda estão no Tempo das cavernas, onde devem matar animais;
não satisfeito o animal pede por pessoas. Fazem sacrifícios para con-
seguir o que desejam. Veja então, como a Humanidade anda... Como
alguma coisa poderá melhorar se continuarmos nesse ritmo?
Com toda a certeza o diabo existe e sua legião atuando eficaz-
mente e encontrados nesses lugares dos quais, Deus abomina e nos
orienta na Bíblia Sagrada e não lida por grande parte da Humanidade.
Com toda certeza também, o diabo faz o Mal para pessoas quando es-
tas estão em estado de pecado e não se protegem no Sangue e Corpo
de Cristo na Eucaristia existente e respeitada nas boas Igrejas Católi-
cas Apostólicas Romanas. Num dos e-mails recebidos da Associação
dos Devotos de Fátima falava num Sacerdote rezando a missa em latim
do jeito tradicional virado para o altar mor, centro da nave mãe, onde
fica o sacrário com o Corpo de Cristo (Hóstia Consagrada). O Sacerdo-
te não podia se virar, pois enquanto celebrava a missa não era permiti-
do fazê-lo, mas ouvia murmúrios, barulhos entre os fiéis. Entre as pes-
soas presentes uma delas possessa pelo demônio não suportou o Sa-
cerdote fazer a cerimônia e passara a dar uns gritos e por fim, saiu cor-
rendo.
Existem sim, inúmeros ritos do lado oposto a Deus. Assim como to-
das as pessoas possuem o direito de recorrer aos ritos da Igreja Católi-
ca Apostólica Romana para se salvar. A maior salvação está na missa,
pois a missa se constitui no sacrifício do Cordeiro Imolado por nós. Je-
400
sus Cristo derramou seu sangue passou todo o seu sofrimento por nós
e venceu o demônio. O demônio não suporta tanto Jesus Cristo quanto
Nossa Senhora. Temos o Santo Rosário arma eficaz contra o demônio
falado por Nossa Senhora. Temos a água benta pelo bom sacerdote; o
bom sacerdote faz o exorcismo da água num pote e coloca sal a água e
reza a oração própria para aquela situação; podemos aspergir em todas
as peças da casa. Podemos fazer a entronização com a presença de
um padre de Nossa Senhora nas casas. Podemos colocar a Cruz de
São Bento poderosíssima com a sua oração. Ler a vida desse santo e
tantos outros faz a pessoa sair desse mundo fútil e desorientado. Nos
santos entendemos muita das lutas pelas quais passaram em suas vi-
das e em prol da Vida. Nas reais histórias dos santos aprendemos o
quanto da Mentira existe por aí através da umbanda com seus “santos”
inexistentes. Não existem “santos” reais; são fictícios produto dos de-
mônios passando a enganar por muitos séculos as pessoas nas suas
ignorâncias, na falta do Conhecimento bíblico; é a Bíblia que verdadei-
ramente nos orienta a vivermos melhor, mais humanos, justos, transpa-
rentes, puros, em santidade...
Em I Coríntios, 10, 14 encontramos o seguinte:

“Portanto, caríssimos meus, fugi da idolatria”.


“Que quero afirmar com isto? Que a carne sacrificada aos ídolos
ou o próprio ídolo são alguma coisa? Não! As coisas que os pagãos
sacrificam, sacrificam-nas a demônios e não a Deus. E eu não quero
que tenhais comunhão com os demônios. Não podeis beber ao mesmo
tempo o cálice do Senhor e o cálice dos demônios. Não podeis partici-
par ao mesmo tempo da mesa do Senhor e o cálice dos demônios. Ou
queremos provocar a ira do Senhor? Acaso somos mais fortes do que
ele?”. I Coríntios, versículos 19 a 22.

Existem pessoas que se sentem envergonhadas, devido aos seus


pecados e não se dirigem até uma Igreja Católica para procurar por um
401
sacerdote. Veja você, a resposta de Jesus Cristo para esse sentimen-
to:

“E aconteceu que, estando sentado à mesa em casa deste, tam-


bém estavam sentados à mesa com Jesus e seus discípulos muitos
publicanos e pecadores; porque eram muitos, e o tinham seguido. E os
escribas e fariseus, vendo-o comer com os publicanos e pecadores,
disseram aos seus discípulos: Por que come e bebe ele com os publi-
canos e pecadores? E Jesus, tendo ouvido isto, disse-lhes: Os sãos
não necessitam de médico, mas, sim, os que estão doentes; eu não
vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores ao arrependimento.”
(Marcos 2:15-17)
Jesus, porém, ouvindo isso, respondeu: Não necessitam de médi-
co os sãos, mas sim os enfermos. Ide, pois, e aprendei o que significa:
Misericórdia quero, e não sacrifícios. Porque eu

Não se envergonhe de quem está ao seu lado na igreja. Você não


está lá por eles, embora você neles se encontre como irmão em Cristo.
Antes de tudo, você vai para encontrar o Seu Pai, na Casa D’Ele. Você
vai para encontrar o Irmão Jesus Cristo. Você vai para ver a Sua Mãe
quem tanto está a lutar por sua alma, por você!
Com o Sangue de Jesus Cristo derramado por nós e Seu Corpo
nos foi dado na hóstia, na comunhão, temos nossa Salvação, pois na
missa Jesus Cristo se faz sacrifício de morte por você e de ressurrei-
ção. Na missa ocorre a própria Vida; é a Fonte de Água Viva para você
beber se curar se alimentar. Cristo ali está para salvar você, para prote-
ger a sua alma do demônio.
Inspirada foi à princesa Isabel assinando a Lei Áurea e abolindo a
escravidão no Brasil em 13 de maio. A Aparição de Nossa Senhora de
Fátima, em 1917, também foi em 13 de maio. Tanto a princesa Isabel
prezava pela liberdade, quanto Nossa Senhora de Fátima; Maria San-
tíssima preza pelas almas libertas. Liberdade maior, entretanto, é a inte-
402
rior; aquela não subordinada ao demônio da barganha. No Tempo dos
escravos existia muita discórdia entre patrões e empregados; entre a
“sinhá” e os escravos; os escravos e as “sinhás”. Os sentimentos sem-
pre existiram: a inveja, o ódio, o ciúme, o desejo do poder, as disputas
dos seus senhores e senhoras; as traições dos duques e duquesas; reis
e rainhas... O Mal e o Bem sempre existiram em todos os Tempos. En-
tão, considerarmos atualmente a necessidade de matar animais como:
galinha, cabrito, galo, gato, jogar pipocas e bebidas nas encruzilhadas,
entregar almas de pessoas no “pé do santo” considerando em pleno
século XXI é algo natural é incabível! Pelo próprio Mal em si mesmo, é
incabível, pois nessa falta de Conhecimento da Verdade a Humanidade
está marchando e somando a isso tudo a questão da maçonaria infiltra-
da na Igreja Católica. Então, não estamos mais precisando da carta de
alforria pela libertação dos escravos negros em nosso Tempo. Não es-
tamos mais precisando da Princesa Isabel, a Redentora. Precisamos
neste Tempo da libertação interior das muitas pessoas nesta Humani-
dade. Precisamos das almas livres da ignorância do desvelar o véu es-
curo nas mentes das pessoas e libertá-las das garras de satanás.
Porque Nossa Senhora de Fátima deseja libertar a Humanidade de
seus pecados.

“Ora, este é o julgamento: a luz veio ao mundo, mas os homens


amaram mais as trevas do que a luz, pois as suas obras eram más.
Porquanto todo aquele que faz o mal odeia a luz e não vem para a luz,
para que suas obras não sejam reprovadas. Mas aquele que pratica a
verdade vem para a luz. Torna-se assim claro que as suas obras são
feitas em Deus.” Jo, 3,19-21.

E... Que São Jorge estabeleça a sua Ordem nesta face da Terra.

Que a atuação da Milícia de São Miguel Arcanjo se estabeleça


com eficácia nesta face da Terra. Amém.
403
Capítulo II

Parte 26

“Louvado Seja O Meu Senhor


COMEP 0347* (LP: Vem Louvar IV)
Louvado seja o meu Senhor. Louvado seja o meu Senhor.
Louvado seja o meu Senhor. Louvado seja o meu Senhor.
Por todas suas criaturas. Pelo sol e pela lua,
Pelas estrelas no firmamento. Pela água e pelo fogo.
Por aqueles que agora são felizes. Por aqueles que agora choram.
Por aqueles que agora nascem. Por aqueles que agora morrem.
O que dá sentido à vida, é amar-Te e louvar-Te.
Para que a nossa vida. Seja sempre uma canção.”

Três Testemunhos Altifalantes


Há uma grande diferença entre você estar em Deus, ter Deus, ter
Seu Conhecimento e não tê-Lo. Posso dizer com todas as letras estan-
do aqui a escrever para você, Deus assim O quis. Foi na Sua Graça. Na
introdução deste livro disse da necessidade da venda do apartamento

404
de herança do meu pai para poder realizá-lo. Meu sobrinho, a quem
deixei como meu procurador, dando poderes para fazer a venda do
apartamento de herança do meu pai, telefonou dizendo sobre os inte-
ressados na compra do apartamento e tinham confirmado. Havia se
passado um bom tempo até alguém se mostrar interessado no meu
apartamento. Sabia disso e demorou, para eu obter a resposta de fato!
Havia me retirado para a peça da biblioteca, onde fica meu pequeno
altarzinho para conversar com Nossa Senhora, com Deus, com Jesus
Misericordioso, uma imagem na parede, como também da Santa Face
de Jesus Cristo. Conversei, rezei e pedi um sinal, algo para me dizer da
importância do livro. Que se realmente fosse da vontade de Deus, en-
tão o apartamento seria vendido. Já se passara mais de um ano e por
isso, desejava um sinal, algo que me dissesse da real necessidade do
livro. Alguém tinha mostrado interesse, mas nada da confirmação! Es-
tava na cidade maior com meu esposo onde ele faz os atendimentos
em terapia, na cidade maior. Meu celular tocou. Era o sobrinho, encar-
regado da venda. Ele me comunicava pelo celular a venda do meu
apartamento para aquela semana. Fiquei feliz e imediatamente pensei
no dia, na data deste acontecimento. Era 13-05-2013. Treze de maio!
Dia e mês em que Nossa Senhora de Fátima fazia tudo acontecer da
Sua parte. E eu pedira a Eles, minha família celeste, um sinal. E a ven-
da do meu apartamento de herança do meu pai foi consumada dia 15-
05-2013. Para mim, na Leitura da Vida acostumada a perceber Deus, a
entregar a Deus as minhas situações aquela data fora um sinal. Como
se dissesse assim: “Vá adiante!; Confie”! Além de ser uma data históri-
ca, o 13 de maio, Abolição da Escravatura, a minha atenção principal
estava na data histórica religiosa. Aparição de Nossa Senhora de Fáti-
ma às três crianças, em Portugal, dia 13-05-1917. Esta é a data que me
interessava: histórico-religiosa.
Eu estava para viajar com meu esposo para a Inglaterra e passa-
405
ríamos antes por São Paulo. No dia 18-05-2013, nossos passaportes
foram carimbados. Estávamos na Inglaterra.
É Nossa Senhora de Fátima norteando este meu livro; o assunto é
espiritual. Foi essa a Mãe e é essa a Mãe a nossa companheira, nossa
Mãe amorosa e preocupante com a Humanidade e junto a Ela me sinto
Chamada a participar dos acontecimentos a nível espiritual juntamente
com o meu testemunho de vida. Domingo, 12 de maio, Dia das Mães,
eu fora à missa numa igreja cujo nome é Nossa Senhora de Fátima. A
igreja fica localizada a uns 15 quilômetros, talvez menos, da minha ca-
sa. Essa igreja fica poucos quilômetros além da igreja São João Maria
Batista Vianney. Queria a proteção da Boa Mãe na nossa viagem para
a Inglaterra. Queria agradecer pela oportunidade, pela vida nos propor-
cionar a ida até lá; a vida é composta por Eles. A vida somos nós aqui
na Terra, mas Eles a nos acompanhar no Tempo de Deus.
Verdadeiramente?
Senti a resposta da Mãe para as minhas necessidades, Dela para
comigo, para com meu trabalho que é muito pessoal; trabalho solo, em
consonância com Suas Verdades. Tivemos todos os dias do ano para a
notícia da venda do apartamento ocorresse; no entanto, chegou nesta
data: 13 de maio. Como poderia passar despercebida essa data? Co-
mo? A 13 de maio de 1917, Nossa Senhora de Fátima aparecia para
Lúcia, Francisco e Jacinta. Para mim, esse foi o meu sinal, a minha sig-
nificação, a de que o livro tinha que sair, sim, pois não acredito em sor-
te; em minha vida, na caminhada em Deus chamo de Providência Divi-
na. Esta é uma obra visando aproveitar uma história de vida real muito
embasada no espiritual em consonância com o livro espiritual de Nossa
Senhora. O intuito em ajudar, testemunhar uma realidade muito pouco
falada, com uma história que não é mais minha, mas da Vida. Meu de-
sejo é contribuir na fé. Contribuir no amor. Testemunhar Deus e sua
ação real nas nossas vidas quando nos deixamos agir por Ele. Repito
406
que, com Nossa Senhora revelando as barbáries sobre a maçonaria
eclesiástica, me senti forte para, juntamente com Ela, somar as devidas
forças do constado na vida sobre o Mal: as forças espirituais maléficas.
O livro é para Nossa Senhora e para Deus Pai. Não acredito em coinci-
dência, para quem se dedica ao que é do Alto, para quem se dedica ao
que é de Deus: chamo de Providência Divina. Sinto que minha família
celeste sabe o quanto Os amo e o quanto estou dando minha vida pela
causa para a Igreja Católica: a Igreja fundada por Pedro!
Uma vez, me deparei com algo e tomei nota no meu caderno; um
pensamento e não é meu, mas achei feito sob medida para mim. Dizia
assim, sobre o Segredo da Felicidade:

“Ter um ideal a realizar; ter alguém para amar; abraçar uma causa
pela qual vale a pena viver, lutar e morrer!”.

Eles sabem o quanto levo esta vida a sério justamente pela obser-
vação da aridez, a falta de Amor numa família, por exemplo; pela falta
do viver no grande Amor de Deus, de Maria e de Jesus Cristo, força e
salvador, redentor para cada alma. A falta desse Amor serve para o Mal
entrar e trazer a infelicidade de maneira fácil e intensa às pessoas, pois
não possuem defesas no Bem, no Divino. Senti a resposta da Mãe para
eu vender, sim, o apartamento. Senti chegado o Tempo! Vai demorar
até mandar a uma editora e escolher uma de confiança, faça a impres-
são e possa rever tudo e dar meu ok, até a capa, etc. Deus proverá tu-
do. Sempre me lembro das palavras de Bárbara Maix dizendo:

“Deus encontrará meios e caminhos;


deixemos que Ele trabalhe tranquilamente.”
Então, o Tempo, será o Tempo de Deus, como assim tem sido até
aqui. A espera requer paciência: “cada dia basta o seu dia, o seu cuida-
do”.
407
Por duas vezes em viagens para a Inglaterra, meu laptop me
acompanhou passando a trabalhar muito neste livro. Procuro aqui, na
Inglaterra, escrever; entretanto, nem sempre é possível; aliás, pratica-
mente não encontro condições favoráveis. O Amor me fez voar até
aqui. Tenho uma netinha e completou 5 aninhos; nasceu na Inglaterra.
Mora com seus pais. Já residiu no Brasil, já morou também em Portu-
gal, país de seu pai, da família dele. Minha netinha deixou um rastro de
grande saudade tanto em mim quanto em meu esposo, avô do coração.
Não falo inglês a não ser umas e outras palavras. Fiz alguns básicos
num tempo cursando o Cultural; tive o inglês precário de ginásio no qual
eram dados poucos períodos de aula. Penso no quanto seria difícil via-
jar sozinha a um país onde não saberia me comunicar bem para poder
ter minha independência no dia-a-dia e ficar com minha neta e poder
dar a ela os bálsamos de amor bem merecidos e também eu mereço.
Nós merecemos. Então, olho para o passado e faço minha Leitura da
Vida e observo o quanto tenho que, mais uma vez, agradecer à pessoa
certa, meu amor, esposo; o que falta em mim, nele, eu posso encontrar
apoio. Como tenho a agradecer a Deus e à Mãe pelo companheiro “Jo-
sé”, pois de mãos dadas, caminha a vida comigo. Em viagens assim
para um lugar distante, costumam surgir, muitas vezes, situações não
esperadas; conhecer o idioma é fundamental. É sempre felicidade e
emoção quando, ao chegarmos ao aeroporto da Inglaterra, a pequena
vem correndo, com seus bracinhos magrelos, e se joga aos braços da
avó e do avô. Não contenho minha emoção, e as lágrimas teimam em
brotar e a se espalhar pelo meu rosto. A pequena me observa e diz: “A
vovó está chorando”, e olha para seus pais, próximos a ela. Tento me
explicar esclarecendo sobre as lágrimas de felicidade, da emoção em
atravessar o oceano para poder tê-la junto a mim. Então, abraço-a e
aperto-a junto a mim, enchendo-a de beijos pelo rostinho todo. Os dias
são contados nos dedinhos com o auxílio da mãe na espera para es-

408
tarmos juntas. Não somente ela; nós também contamos os dias para
poder pegá-la nos braços, dar colinho, passear de mãos dadas, contar
histórias, fazer passeios de carro, ouvir as músicas preparadas pelo
avô, gravadas, selecionadas: músicas infantis, músicas nossas, das
quais gostamos tanto, e ela, algumas, acompanha comigo. Músicas ou-
vidas nas viagens de carro, as brincadeiras as mais variadas, realiza-
das pelo avô do coração. São os bálsamos de amor, remédio a conta-
gotas, pois em lugar algum encontramos a não ser em quem sabe
amar. Sei bem a inexistência do amor. Sei o mal da ausência desse
sentimento. Sei bem o que foi ser o que sou estar na posição em que
estou. Foi uma montanha alta escalada, uma montanha existencial.
Ano passado, final de dezembro de 2012 e início do ano novo, no-
vamente fizemos uma viagem para passarmos o Natal e Ano Novo com
eles: nossa neta, filha e genro. Foi o Natal mais lindo em toda a minha
vida, porque foi como sonhei.
E o amor? Não é a força impulsionadora? Essa força ao lado do
meu amor, homem-certo e quem percebera meu coração; se dispõe
com seu amor também a nossa ida até eles, mesmo com tantos com-
promissos.
O amor é a essência de tudo e força transformadora. Esse é o
meu pensamento. Então, Deus nos ajudou; foi como Deus quis e fiquei
muito, muito agradecida. Considero a Inglaterra um país belíssimo!
Mais ainda: romântico! Nessa estação primaveril e princípio de verão, é
um sonho para quem ama as plantas, as folhagens, as árvores, e o que
dizer das flores?! As rosas são enormes! São graúdas e lindíssimas,
pois apreciam o clima. Para quem curte o friozinho e solzinho, é a co-
munhão perfeita; para nós, meu esposo e eu, vivemos muito bem nesse
clima da Inglaterra. Entretanto, o idioma dificultaria muito para mim, se
residisse na Inglaterra. Não impossível, pois aprendi com a vida; não
posso negar um caminho a percorrer na vontade de Deus. O idioma, o
409
inglês, esse é um dado mostrando a mim o quanto não faço parte da
Inglaterra. Outra dificuldade é o dirigir, pois o lado da direção dos veícu-
los é o contrário dos nossos; o câmbio é feito com a mão esquerda e
não com a direita. A posição da direção do carro é contrária a nossa:
oposta!
Minha filha fala fluentemente o inglês britânico e até a neta com
seus cinco aninhos já me ensina o inglês que, a princípio, tornara-a
uma “alienígena” nos primeiros meses sofridos na escolinha, na qual
ainda não interagia com as outras criancinhas inglesas, a não ser por
gestos. Em 5 meses, estava conversando perfeitamente com os cole-
guinhas. Criança corajosa, valente! Enfrentar tantas mudanças de uma
cultura tão diferente da nossa e morar em 3 países diferentes: Brasil,
Portugal e Inglaterra. Aos poucos, foi vencendo suas dificuldades de
pequenininha, como o apartar-se dos avós a quem tanto ela amava e
ama e nós a ela. Fazíamos o nosso possível, o melhor, pois sentíamos
o sofrimento da separação e sentíamos as provas enfrentadas pela pe-
quenina numa cultura diferente, idioma, escolinha nova, coleguinhas
novos, pais enfrentando a busca por empregos. Não sei. Talvez, esses
sentimentos sejam mais meus do que dela. Muitas vezes, a saudade
sentida era muito forte e pensava em como tão pequenina, se virava em
terra estrangeira. Coisas de avó. Pensava: será os pais falam com ela,
dispõem de tempo para a pequena em diálogo sincero, explicando so-
bre a vida? Pensava: os pais são jovens... Assim como tantos pais,
geralmente no afã de suas conquistas pessoais esquecem-se do ele-
mentar: a conversa, a atenção ao pequeno, a importância do amor.
Chorava... Sim, chorava ao pensar por mim; por ela ou por mim?
Seriam somente meus os sentimentos? E para se comunicar, dizia à
professora dela, fazia gestos, no princípio. Ora, isso me faz pensar so-
bre a vida. As maneiras das quais muitas vezes nos encontraram criati-
vos forçosamente para as nossas defesas... Na minha concepção, sen-
410
tia um serzinho indefeso, tão pequeno, passando por uma realidade tão
outra! Sempre fora assim, meio nômade, enquanto nascera na Inglater-
ra. Inglaterra–Brasil; Brasil–Portugal e Portugal–Inglaterra. Por isso, a
saudade! Por isso, o Amor! Por isso, a Preocupação! Por isso, então, a
ocupação para fazer alguma coisa e ficar no Amor ao lado da nossa
pequena.
Estivemos na Inglaterra também em outras estações. Experimen-
tamos o Inverno, o Outono, Primavera e Verão. No Inverno, tudo muda.
Não se vê uma única folha nos ramos das árvores: tudo seco! O frio é
intenso, mas diferentemente do Brasil, aqui há calefação em todas as
casas, casas comerciais e pubs. Então, um bom calçado nos pés, um
bom casaco, gorro, luvas e manta, o frio é enfrentado na rua. Aqui na
Inglaterra, a violência não é acentuada como no Brasil. Consegue-se
sair às ruas bem, à noite. Há quem saia de casa e não precisa fechar a
porta da casa. Há inúmeras casas sem muros e os jardins ficam à mos-
tra. Mas a vigilância é muito boa também. Há quem pense que a Ingla-
terra só possua prédios, lojas movimentadas, muitos carros, ônibus e
tudo muito sofisticado. Sim, possui isso tudo, mas não somente isso; os
campos daqui são magníficos. Muitas árvores frondosas com suas nu-
anças variadíssimas e incrivelmente belas. Esta é a Estação do ano em
que vivo aqui: a passagem da primavera e verão. Quase dois meses
morando em meio a elas: as árvores frondosas. Amamos o verde, os
campos extensos avistados por todos os lugares onde passeamos. Os
parques e as pracinhas são bastante frequentados pelos pais e pelas
crianças. No verão anoitece as 9,30, mas no inverno às 4,30 escurece
totalmente. As Estações se diferenciam muito! Bela lição de vida. O
Tempo das chuvas, dos dias frios e céu acinzentado, no inverno, as
árvores ficam completamente desfolhadas e os jardins das casas sem
flores; tudo renasce e origina uma vida plena realmente abundante na
primavera e no verão. As plantas se reservam quietinhas, no inverno,
411
parecendo não ter vida. Mas, pelo contrário, quietinhas, elas se fortale-
cem no silêncio desértico existencial e em toda plenitude da força re-
servada mostram em exuberância a vida na estação primaveril. Essa
observação se faz no sul do Brasil também; entretanto, é tão marcante
isso aqui na Inglaterra, onde a exuberância das imensas árvores copa-
das centenárias contrasta dessa visão para uma oposta, no Inverno,
quando a noite chega ao meio da tarde; a paisagem mostra-se bucólica
sem o colorido verdejante que outrora enchia nossos olhos.
Estava comentando do Natal; passamos com a neta e seus pais, o
Natal mais feliz. Quando penso ter saído de tão longe, atravessar o
oceano viajando de avião, uma noite inteira, enfrentar os movimentos e
atrapalhações de aeroportos para poder ficar junto da minha amada,
me emociona e valorizo cada instante. São momentos raros, únicos.
Poder ver meu esposo, minha filha, neta e genro em direção à igreja na
noite de Natal e poder rezar em união é muito importante para mim.
Momentos assim foram feitos de conquistas, de sacrifícios, de abnega-
ções e doações nos quais o Amor foi o impulso. Fomos juntos, na noite
de Natal, a uma igreja católica; rara, pois há poucas igrejas católicas na
Inglaterra. Fomos à igreja de Nossa Senhora do Rosário, mais próxima
ao local onde minha filha reside e meu genro. Encontrar igrejas católi-
cas na Inglaterra, um país cuja religião é anglicana (chamam também
de Igreja da Inglaterra — Church of England), me emociona muito. Ir a
uma igreja no Brasil é simples, fácil; mas não tenho esta mesma auto-
nomia na Inglaterra, por causa do idioma, por ser um país com uma cul-
tura muito diferente da cultura brasileira. A minha dependência as ou-
tras pessoas fica maior.
A Igreja de Nossa Senhora do Rosário (Lady of the Rosary Catho-
lic Church), na qual passei o Natal, estava quase às escuras; o que a
mantinha iluminada eram as chamas das velas. Todas as pessoas se-
guravam-nas nas mãos. As letras dos cantos eram colocadas em mais
412
de uma tela espalhadas na igreja; assim, os fiéis podiam acompanhar
as belíssimas músicas natalinas cantadas pelos ingleses católicos. As
melodias eram cantadas pelos ingleses de maneira suave, muito suave
e compassada. Parecia um grande coro ensaiado previamente. Achei
um encanto o vivido por mim. Realmente estava noutro país, onde se
possui experiências diversas, onde a cultura é outra, mas o Amor Uni-
versal une igualmente a todos em momentos como esse. Ali, não preci-
sava saber o idioma, pois cada passo da liturgia da missa instintivamen-
te vivia como se fosse ao meu país. Acompanhava o sacerdote em meu
coração como se tivesse vivenciando no meu país.
Deus sabia de mim. Ele sabia que eu estava com Ele, com Jesus Cris-
to, com minha Mãe amada, mesmo não entendendo o sacerdote em
seu idioma. Ali, sentia a presença da minha família celeste; na Eucaris-
tia Cristo estava comigo. Ali, estava em casa. Ali, me sentia envolvida
pelo Amor Universal: o de Cristo Nosso Senhor. Mesmo estando em
qualquer lugar do mundo, como é magnífica a existência desse Amor
Universal! É ali o sentimento como verdadeiro o que se costuma dizer
numa missa:

“O amor de Cristo nos uniu!”


Retornando à noite de Natal na Inglaterra, à meia-noite, depois de
passar pelo corredor principal da igreja, o sacerdote largou serenamen-
te Jesus Menino na manjedoura, junto aos pais José e Maria, mais os
animaizinhos fazendo parte do presépio grande e belíssimo; o presépio
foi realizado em uma das laterais da igreja, à espera do Salvador. A
igreja se iluminou com a luz elétrica e as velas se apagaram nesse
momento:

“Jesus Cristo nasceu! É Natal!”

413
Aquele coral composto por todos os fiéis ingleses, na igreja de
Nossa Senhora do Rosário, cantou a tradicional canção natalina Noite
Feliz. As vozes saiam docemente, suavemente, pareciam querer emba-
lar com aquela canção melodiosa o bebê que nascia e trazia ao mundo
a Luz, a Salvação, a Redenção. Foi simples, foi sublime! Foi uma noite
lindíssima e emocionante!
Depois da missa, fomos para casa e tivemos uma ótima ceia nata-
lina com uma mesa ao estilo europeu, colocada por meu genro. Muito
fizeram por mim enquanto estive na Inglaterra para ficar com minha ne-
ta. Muito! Não passei um domingo sequer sem ir às missas. Meu espo-
so foi comigo a todas as missas aos domingos e muitas durante a se-
mana, depois de largar a pequena na escola. Às vezes, optávamos por
conhecer as aldeiazinhas inglesas nos arredores. São pequenas cida-
dezinhas lindas! Muito lindas! Na visão de quem é turista então, tudo se
torna um encanto!
Não sei dirigir, não sei o idioma e no GPS procurávamos as igrejas
mais próximas: a de Nossa Senhora do Rosário (Lady of the Rosary
Catholic Church) e a de São Miguel Arcanjo (St. Michael Catholic
Church). Esta última, a de São Miguel, foi a mais frequentada por nós.
Sentia uma grande emoção ao entrar ali. Logo à entrada da igreja de
São Miguel Arcanjo uma imagem enorme de bronze, do Arcanjo São
Miguel. Uma lança enorme apontava para a cabeça do Demônio; a lan-
ça apontava bem para o centro da cabeça do Animal. O Mal representa-
tivo; parecia até uma cabeça de cachorro grande e mau. Olhava admi-
rada para o Arcanjo e fazia meus pedidos. Sempre pedindo proteção
contra o Mal para os meus a quem tanto amo. Pedindo proteção para
meu esposo, pois São Miguel Arcanjo é o Padroeiro dos Judeus e meu
esposo é de origem judaica.

“Com frequência emprega a sua arma preferida: a sugestão diabó-

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lica e a tentação impura. Arma-vos ciladas terríveis e, muitas vezes,
procura empurrar-vos para o meio do perigo; até mesmo fisicamente
ele atenta contra a vossa vida e incolumidade. São Miguel Arcanjo, Pa-
droeiro da Igreja Universal intervém com seu grande poder e passa a
combater para libertar-vos do maligno e de suas perigosas ciladas. Por
causa disto, convido-vos a invocar a sua proteção com a recitação diá-
ria da oração de exorcismo, composta pelo Papa Leão XIII, oração bre-
ve, mas muito eficaz.” Página 403. “Aos Sacerdotes, filhos prediletos de
Nossa Senhora”.

Enquanto caminhava para receber a Eucaristia, na missa assistida


na igreja de St. Michael Catholic Church ficava observando os muitos
santos dali e pensando em suas histórias de vida; contava os santos
feitos em madeira, dispostos em fileiras, tamanho de uma pessoa, um
ao lado do outro; os santos da fileira do lado direito em frente aos san-
tos da fileira do lado esquerdo. Em pilastras largas, elevados do chão,
dispostos nelas. Então, eram sete santos de cada lado e todos feitos
em madeira. Lindos! Ao todo são 14 santos. Peguei papel e caneta e fui
tomando nota dos nomes dos santos amados que tanto fizeram pela
Igreja Católica.
Então, na fileira da direita ao entrar na igreja ficam:
1. St. John the Baptist
2. St. Theres of Lisieu
3. St. Thomas More
4. St. Patrick
5. St. George
6. St. Mary Magdalena
7. St. Paul

Na fileira da esquerda:

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1. St. Michael (participava das missas sempre bem pertinho dele)
2. St. Peter
3. St. Andrew
4. St. Agnes
5. St. David
6. St. John Fisher
7. St. Margaret Clitheroe

Gostaria de colocar aqui um pouco dos meus sentimentos com re-


lação a participar das missas na igreja chamada St. Michael Catholic
Church. Você sabe o quanto São Miguel Arcanjo, na oração simples e
forte, fez-me o bem no conhecimento e defesa contra o Mal quando no
Tempo da Renovação Carismática Católica.
Não foi algo programado estar ali na igreja de São Miguel, uma
das poucas igrejas católicas na Inglaterra, próxima à residência da filha,
da neta do genro. Na Leitura da Vida a qual faço, percebia a importân-
cia desta igreja, próxima a mim, pelos Tempos nos quais estamos vi-
vendo e pelo poder de São Miguel Arcanjo frente ao Mal. Ele faz parte
da milícia celeste. Eles são muito importantes para nós: o Arcanjo Ga-
briel, como da importância de São Rafael e São Miguel. Você já sabe o
que está espalhado nos ares; sobre o que estamos lidando. Então, en-
quanto caminhava lentamente para a Eucaristia, olhava todos os santos
ali presentes em estatura natural de uma pessoa e imaginava as suas
histórias de vida profunda, seus mistérios de alma. O quanto passaram
em suas vidas quanto a devoção, doação, tentando mudar seu interior
sempre para melhor, em direção à Luz, na procura do divino para
acrescentar à Igreja Católica, pois com ela vem os fiéis. Sentia-me hon-
rada por estar ali no meio deles. Eles pareciam soldados estáticos me
observando passar. Pensava em pedir à proteção de cada um deles

416
sobre mim, sobre a Igreja. Gostava de contar o Sete do Bem para cada
lado dos santos naquela igreja, pois era uma dobradinha dos 7 do Bem!
14 santos.
As minhas observações sobre o Mal começaram a surgir por meio
daquelas exigências daqueles demônios que “incorporavam” naquele
homem, mentor da umbanda a qual minha mãe frequentava. Com 7
anos de idade o umbandista disse para a minha mãe para colocar so-
bre as minhas costas uma capa roxa; e com a capa roxa, de pé e segu-
rando uma vela nas mãos ficara prestando “aquele serviço” em frente
ao conga dos falsos deuses.
Um dia ao me dirigir, de ônibus, para a escola municipal lecionar,
lera num lugar de comércio: Fruteira do Senhor Sete. Comecei a obser-
var outros setes na vida e criei a minha Teoria e Tese a respeito aos 7
do Bem e dos 7 do Mal.
Com que tamanha alegria, emoção, caminhava entre os santos da
St. Michael Catholic Church vendo as dobradinhas dos Setes! O 7 do
Bem, para Deus Amoroso e Misericordioso. Tenho guardado comigo
uns escritos copiados; peço perdão por não saber o autor ou autora.
Nele diz assim:

“Os santos sabiam que o decisivo não é tanto a vitória. É, sim, a


luta contra os defeitos. A luta depende de nós. A vitória depende de
Deus. Sabiam que, faltando à permissão de Deus, a vitória não virá. A
qualquer momento Deus pode possibilitar a vitória. Se não possibilita
logo, é que não faz tanta questão da vitória. Faz questão é da luta, que
nos enche progressivamente de amor, que realmente nos promove em
autêntica santidade. Os santos sabiam que uma vitória prematura mui-
tas vezes pode comprometer o desenvolvimento interior. Sabiam que o
importante para Deus não é até onde se chega, nem de onde se parte.
É caminhar sempre. É não deixar de caminhar nunca. É prosseguir, le-
vantando e caindo, caindo e levantando. Se na luta os defeitos nos der-

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rubarem muitas vezes, a senha é: levantar pacientemente. Convictos
de que o mais importante é ela mesma, a luta. Nas horas de queda, de
fracasso, horas que se torna de depressão, de desânimo, de penúria
espiritual, de humilhação, lembremo-nos de que os santos caíram e se
levantaram milhares de vezes, levantaram-se com sublime confiança
inesgotável. Não duvidemos desta verdade: o que Deus acompanha
com carinho é nosso esforço leal. Porque isto é constatado melhor na
luta do que na vitória. Cada um de nós não tem apenas defeitos. Cada
um de nós tem um defeito dominante. Um defeito que é mais tropeçan-
te, mais manhoso ou mais espalhafatoso, mais insistente, mais persis-
tente, mais impertinente.”

E o autor termina dizendo assim:

“A grande missão dos santos é pedagógica”.


Às vezes, me perguntava por que o animal não me levou quando
tinha 14 anos? Se, por acaso, fora realizado algum “reforço de vida”,
como “eles” pedem e pedem que se “pague” de sete em sete anos?
Então... Os meus 14 anos...
Verdadeiramente? Penso não ter sido eu, a levada, mas meu pai
foi no meu lugar. Com 14 anos para 15 anos meu pai falecera. Para
mim, foi mais uma situação horrível presenciada na vida. Meu pai teve
seu mal súbito na nossa casa grande. A mãe foi ter comigo; pediu para
chamar um médico urgente no hospital. No quarto do casal, meu pai
começara a vomitar sangue e evacuar sangue em grande quantidade.
Coágulos de sangue eram expelidos e evacuados. Um cheiro insupor-
tável tomou conta de todas as peças da casa. Aquele cheiro me fazia
sentir ânsia de vômito. Queria não sentir. Queria poder ficar ao lado do
meu pai, mas não podia. Aquele ato involuntário era maior.
Minha mãe pediu para mim: “Corre, minha ‘fiinha’, vá até o hospi-
tal, chame alguém, um médico!”. Saí correndo, correndo o quanto podia
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e muito ansiosa com tudo que vira. Entrei no hospital com pavor e can-
sada; pedindo um médico para ir a casa, mas não tinha e ninguém pa-
recia dar importância. Na verdade não sabia aonde ir, com quem falar.
Eu era tão sem vivência, sem determinação prática sobre situações sé-
rias e ao surgir algo foi dessa maneira e repentinamente. Estava real-
mente apavorada. Retornei para casa e com receio como seria recebi-
da, pois não tinha conseguido médico algum. Não sei como, mas minha
mãe já estava providenciando atendimento para o pai. Não me lembro
de mais nada depois disso. Não sei como minha mãe conseguiu ajuda.
Não lembro. Não sei a forma como o pai foi conduzido aos médicos.
Tempos depois, fui ver meu pai na casa da própria esposa dele; não
era casado com a minha mãe. Nunca tinha ido a essa casa; como tam-
bém, não conhecia a esposa do pai. Vi meu pai na cama, com aqueles
soros e fios nos braços e nariz; inerte numa cama. Pouco depois veio à
notícia do seu falecimento. Não recordo se fui ao velório e menos ainda
no seu enterro. A forma, para mim grotesca da morte do meu pai, na
Leitura da Vida foi o modo vil, ardiloso, do animal em se conduzir nas
nossas vidas por meio dos pecados e atingir as demais pessoas. Morre-
ra semanas antes da data já marcada para o casamento da pessoa de
quem muito o amou: a mana amada. Era a sua filha predileta.
Verdadeiramente?
Acredito que o meu pai, em Deus, poderia ter uma morte melhor.
Isso é assim significado por mim, pois minha mãe procurava muito a
umbanda achando que lá estava a solução para seus problemas. Se ela
possuía o umbandista, aquele que se dispunha como instrumento para
o Mal para expor suas queixas, o quanto minha mãe deveria então
atender ao que o Mal, naquele homem, determinava que ela fizesse.
Por isso, ao passar pelos santos na St. Michael Catholic Church
verdadeiramente... Sentia uma paz gratificante me fazendo pensar:
“Que maravilha!” Valorizava cada momento naquela igreja, com São
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Miguel Arcanjo e todos os 14 santos. Vale a pena a luta, porque são
tantas as pessoas amadas nesta face da Terra precisando do nosso
amor, da nossa ajuda. E eu estava lá. Eu desejava também contribuir
para a Igreja do apóstolo Pedro, o primeiro Papa da Igreja Católica.
Quando penso em pessoas amadas, sabe quem vem à memória?
Que tipo de pessoa toca tanto meu coração? Um velhinho, muito an-
cião, trabalhador rural sem dinheiro para por seus dentes, desdentado
ele está. O velhinho trabalhador rural vivendo no sol a sol e deve es-
tranhar tanto este mundo atual. O velhinho trabalhador rural vivendo
sob o cáustico sol e sua pele envelhecida, sulcos sem igual. O velhinho
trabalhador rural vivendo em seu meio e suas mãos calejadas, ásperas
da terra tocada, traz a ele e a nós a alimentação final.
Desejo fazer um pedido a São Miguel Arcanjo e aos santos das fi-
leiras daquela igreja: combatam com seus fiéis da Igreja Católica Apos-
tólica Romana; com todos os desejosos da participação do exército in-
vencível de Nossa Senhora e Seu Exército Branco. Sem o desejo da
violência, trabalhar na Paz e com a Luz do Espírito Santo, forneçam
claridade suficiente para fazer a besta negra, a maçonaria eclesiástica,
cegar. Transpassar a lança de São Miguel Arcanjo, a cabeça diabólica
de satanás, onde arde nas suas entranhas a ideologia universal do Mal.
Em nome da Santíssima Trindade: que é Pai, que é Filho, que é Espíri-
to Santo, Amém!
Nossa Senhora nos diz sobre os santos, o seguinte:
“No esplendor dos Santos – Celebrais hoje a festa de todos os san-
tos.”
“Quantos vossos irmãos e irmãs, que fizeram parte aqui embaixo
do meu exército, no Paraíso formam a coroa de glória em torno do Co-
ração Imaculado da vossa Mãe e Rainha. Sou a Rainha de todos os
santos. No esplendor dos Santos, forma-se uma só e única família dos

420
filhos de Deus, por Ele amados, remidos e salvos, gozam de uma felici-
dade perfeita e eterna, entoam o canto novo do seu glorioso triunfo. No
esplendor dos Santos, vivei também vós estes dias de dolorosa purifi-
cação e de grande tribulação. Eles estão juntos de vós, ajudam-vos,
protegem-vos com a sua poderosa intercessão e conduzem-vos à com-
pleta atuação do meu materno desígnio. No esplendor dos Santos, sois
consolados no vosso sofrimento e sois confortados nos momentos cru-
entos da luta, contra as poderosas forças do mal, que hoje parecem
dominar. Assim sois chamados a viver as horas dolorosas do vosso
martírio. No esplendor dos Santos, deveis viver os momentos presentes
e carregar o peso da grande prova que já desceu sobre o mundo, para
purificar a humanidade e prepará-la para o seu encontro com o Senhor,
que retorna a vós na glória. No esplendor dos Santos, deve agora abrir
o coração à esperança, toda a Igreja sofredora e peregrina, porque mui-
ta luz do céu, para iluminar e confortar o seu doloroso caminho em dire-
ção ao Calvário da sua imolação. No esplendor dos Santos, continua
esta tua tão cansativa e extraordinária viagem, meu pequeno menino,
chamado a levar a luz de Cristo, a tantas almas obscurecidas pelo pe-
cado, e a levar o amor e o conforto da Mãe, para muitos corações doen-
tes e feridos. Assim sobre cada passo que dás a tua Mãe Celeste fará
florescer a esperança, a confiança e a alegria.” Páginas, 966 e 967.
“Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Senhora”. S. Francis-
Maine, USA), 1º de novembro de 1994 – Festa de todos os santos. Que
assim seja, Amém!
Entre a escrita deste livro e as paradas necessárias da vida, para
atender outras situações, elas foram inevitáveis; inclusive, viajar o mun-
do por pouco que seja. Muito vivi meu dia-a-dia, enquanto escrevia o
livro. Desde atender meu esposo, lidas da casa, atender meus bichi-
nhos de estimação, meu jardim, até as minhas viagens para outros Es-
tados do Brasil acompanhando meu esposo, a trabalho, em diversos
421
lugares. Quando não o acompanho nas viagens, sozinha permaneço e
escrevo. O livro é escrito na paciência, no amor, na dedicação, no
Tempo. Muitas vezes, desejei acelerar os escritos, mas é impossível
atropelar a vida. O livro não é escrito no meu tempo, mas no Tempo de
Deus.

422
423
Capítulo III

Parte 1

“Quem É Esta Que Avança Como a Aurora


(Domingos S. Oliveira) (LP: Rio de Água Viva)
Quem é esta que avança como a aurora,
temível como exército em ordem de batalha,
brilhante como o sol e como a lua,
mostrando o caminho aos filhos seus.
Ah, ah, ah, minha alma glorifica ao Senhor,
meu espírito exulta em Deus, meu Salvador.”

Batalha Por Um Mundo Justo


“Claro, nesta terra lutamos, também, em favor da construção de
uma sociedade mais justa. Porém, não devemos esquecer que o peca-
do social é consequência do pecado individual; e o pecado individual é
consequência do pecado original. Em consequência do pecado original
será impossível construir o paraíso nesta terra. O verdadeiro Paraíso
nós o encontraremos depois desta vida”. Página,624. “Aos Sacerdotes,
filhos prediletos de Nossa Senhora”.

424
Ah! Como o mundo seria outro se realmente colocássemos a Pa-
lavra de Deus em prática e vivêssemos os Seus sinais de amor na Ter-
ra oferecidos para todos!

“Disse-vos também que é este o tempo da purificação e que são


estes os anos do meu triunfo. Não procureis, porém, o momento, pers-
crutando o futuro e contando os anos, meses e horas. Desta forma tor-
nar-vos-íeis presa da ansiedade e da preocupação e perderíeis de ver-
dade o tempo tão precioso”. Página 131. “Aos Sacerdotes, filhos predi-
letos de Nossa Senhora”.

Não está aqui a questão fundamental, o tempo cronológico em


que Nossa Senhora de Fátima nos deixa as mensagens. A questão é o
nosso ‘sim’ na caminhada existencial e a conversão urgente de cada
um de nós, sem deixá-la para amanhã. A importância está no Tempo
em que tudo acontecerá. Afinal, depende de mim, de você, de nós, fa-
zermos com que este mundo, esta Humanidade se torne realmente
humana. Essa resposta — o Sim, o Sim de cada um, que faz parte do
apelo, dos avisos, das mensagens de Nossa Senhora para a Humani-
dade — é o que a Nossa Mãe amada, Nossa Senhora de Fátima, tem
esperado: mudanças interiores; conversão. O Tempo da Misericórdia
está aí. Chegou!

“Recordai que, mesmo quando vos anuncio os castigos, estes po-


dem ser mudados de um momento para o outro, pelo poder da oração
e de vossa penitência reparadora. Portanto não digais: ‘Quanto nos
predisseste não se verificou!’. Pelo contrário, agradecei comigo ao Pai
Celeste que, ainda desta vez, cedeu o espaço da Justiça para dar lugar
e fazer florescer o de sua grande misericórdia; tudo isto porque res-
pondestes com a oração e a consagração, com o vosso sofrimento e o
sofrimento muito intenso de muitos dos meus pobres filhos”. Página
419. “Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Senhora”.

425
Nossa Senhora, quando apareceu aos jovens de Mediugórie, dei-
xou os seguintes avisos:

“O principal objetivo de Satanás é a destruição. Nossa Senhora


oferece-nos cinco armas contra ele:
ROSÁRIO - reza diária, com o coração (com amor e alegria);
MISSA - diária, ou pelo menos aos domingos, com Comunhão.
BÍBLIA - leitura diária de pequenos trechos, vivenciando-os duran-
te o dia. Nas 5ª feiras, ler Mt. 6,24-34.
JEJUM - praticá-lo às 4ª e 6ª feiras, a pão e água, com mais ora-
ção e amor.
CONFISSÃO - fazê-la mensalmente e, também, logo após ter co-
metido um pecado grave (mortal).”
“O Plano de Nossa Senhora para a salvação da humanidade na
terra é derrotar Satanás pelo uso dessas cinco armas. Precisamos en-
tender que o plano de Mediugórie é um plano para todo o planeta, que
esta é uma guerra do amor contra a destruição, e que o objetivo de
Nossa Senhora nessa batalha é o Reino do Amor.” Páginas 49 e 50.
“Mediugórie — Convertam-se Sem Demora!”.
“A missa é a maior oração a Deus. Vocês jamais serão capazes de
entender sua grandeza. É por isso que vocês precisam ser perfeitos e
humildes durante a Missa e preparar-se para ela com diligência. Convi-
do-os a viver a Santa Missa. Muitos de vocês experimentaram a sua
beleza, mas existem aqueles que não vêm (à Missa) voluntariamente.
Eu escolhi vocês, queridos filhos, e Jesus, na Santa Missa, dá a vocês,
as Suas graças. Por isso, vivam conscientemente a Santa Missa e a
sua vinda (para dela participar) seja plena de alegria. Venham com
amor e acolham, em vocês, a Santa Missa.” 3.4.86; páginas 73 e 74.
“Mediugórie — Convertam-se Sem Demora!”.
“Fazei da Santa Missa o centro de toda a vossa piedade, o cume
da vossa jornada sacerdotal, o coração de vossa ação apostólica. Ce-
lebrai-a com amor, com escrupulosa observância das leis litúrgicas; vi-
426
vei-a, participando pessoalmente no Sacrifício que Jesus renova por
meio de vós. Circundai de luzes e de flores o Tabernáculo, onde está
guardado Jesus Eucarístico. Ide frequentemente diante do Tabernáculo
para os vossos encontros pessoais de amor com Jesus que vos espe-
ra; que Ele se torne para vós o tesouro único e precioso que atrai, co-
mo ímã, o vosso coração sacerdotal. Exponde ainda Jesus Eucarístico
sobre o altar para as solenes e públicas horas de adoração e de repa-
ração, porque o surgimento da nova era levará a um geral refloresci-
mento do culto eucarístico em toda a Igreja. De fato o advento do Reino
glorioso de Cristo coincidirá com o maior esplendor do seu reino euca-
rístico entre vós. Jesus Eucarístico soltará toda a sua potência de
amor, que transformará as almas, a Igreja e toda a humanidade. Assim
a Eucaristia torna-se sinal de Jesus que ainda hoje ama-vos até o fim,
porque vos conduz até o fim destes vossos tempos, para introduzir-vos
na nova era de santidade e de graça, para a qual sois todos encami-
nhados, e que começará no momento em que Jesus tiver instaurado o
seu reino entre vós.” Páginas 733 e 734. “Aos Sacerdotes, filhos predi-
letos de Nossa Senhora”.
“Hoje, desejo envolvê-los com o Meu manto e conduzi-los, a todos,
pelo caminho da conversão. Queridos filhos, peço-lhes, deem ao Se-
nhor todo o seu passado, todo o mal que se encontra acumulado em
seus corações. Desejo que todos vocês sejam felizes, mas, com o pe-
cado, nenhum poderá sê-lo. Por isso, queridos filhos, rezem; na ora-
ção, conhecerão a nova estrada da alegria. A alegria manifestar-se-á
em seus corações e, assim, poderão ser felizes testemunhas daquilo
que Eu e Meu Filho desejamos de cada um de vocês.” 25.2.87; página
71. “Mediugórie — Convertam-se Sem Demora!”.

Você leu quais são as armas usadas para podermos nos defender
das armadilhas do inimigo. O Mal não é percebido por mim somente
como testemunha. Este Mal está no mundo. Quando coloco minhas
questões, neste meu livro, foram questões vencidas aqui onde resido,
particularmente. Sim, questões sofridas antes das conquistas e enquan-
427
to eu viver, sei da existência de outras tantas. Mas qual é a grande dife-
rença para quem soube muito bem o que é ser uma pessoa antes de
Cristo e uma pessoa depois de Cristo? A grande diferença é estar com
Deus, ser de Deus Amoroso e Misericordioso. Deus me mostrou a Vida
como realmente é e acredito me tornar produto para você.

“Hoje Eu os convido a abandonarem-se totalmente a Deus. Tudo


aquilo que vocês fizeram, tudo aquilo que vocês possuírem, deem a
Deus, a fim de que Ele possa reinar em suas vidas como Rei de tudo.
Não tenham medo, porque Eu estou com vocês, inclusive quando vo-
cês pensam que não existe solução para os problemas e que Satanás
é quem reina. Eu lhes trago a paz. Eu sou a Mãe de vocês e a Rainha
da paz. Eu os abençoo com a bênção da alegria, a fim de que Deus se-
ja tudo para vocês. Somente assim o Senhor poderá guiá-los, através
de Mim, na profundidade espiritual.” 25.7.88; página 76. “Mediugórie —
Convertam-se Sem Demora!”.

Aqui, eu deixo para você a mensagem de Nossa Senhora que lhe


falei anteriormente, querido, particularmente chamou a minha atenção.
Por favor, leia com toda a atenção. Páginas 621 a 626, do livro “Aos
Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Senhora”.
Itaici, Brasil, 25 de fevereiro de 1988. Exercícios espirituais sob
forma de Cenáculo, com Sacerdotes e fiéis do MSM de todo Brasil.

“Minha mensagem materna e preocupante


Como o meu Coração tão dolorido é consolado por vós, nestes di-
as, meus prediletos e filhos a mim consagrados, vindos de todos os re-
cantos desta vasta Nação! Eu estou sempre no meio de vós, presente
como estava com os Apóstolos e discípulos no Cenáculo de Jerusalém.
Eu Me uno à vossa oração. Eu participo dos momentos da vossa fra-
ternidade. Neste dia, Eu quero dirigir, deste Cenáculo, a minha Mensa-
gem materna a todo o Brasil, esta terra tão insidiada pelo meu adversá-
rio, mas muito amada e protegida por vossa Mãe do Céu. Em primeiro
428
lugar, o meu Coração é afligido por grande dor em razão da situação
em que se encontra aqui a minha Igreja. Ela está internamente dividida,
é ameaçada de perder a verdadeira Fé, muitos erros se espalham no
seu interior. Esta situação é causada pelos Pastores que não estão
unidos ao Papa. Sua única preocupação é voltar-se exclusivamente
aos problemas sociais, esquecendo-se de que Jesus morreu na Cruz e
ressuscitou para obter-Vos o grande dom da Redenção e para salvar
as almas. Desta forma, difundem-se sempre mais o ensino da Teologia
da Libertação, que é uma verdadeira traição a Cristo e ao seu Evange-
lho. Bispos e Sacerdotes da Santa Igreja de Deus, voltai à plena unida-
de com o Papa. Voltai a ensinar as verdades reveladas por Jesus, com
coragem e fidelidade. Pregai o Evangelho na sua integridade e tomai
conta do rebanho que vos foi confiado. O cisma e a apostasia ameaça
hoje a Igreja que vive nesta vossa Nação. Depois, o meu Coração está
repleto de dor pelo grande perigo que corre a vossa Pátria, em razão
da difusão da violência, do ódio, do mal e da imoralidade. Em nome de
um falso modo de entender a liberdade, são permitidas e justificadas,
também, as mais graves desordens morais. A impureza é exaltada e di-
fundida através dos meios de comunicação social e, assim, um véu te-
nebroso desceu e obscureceu as almas de numerosos filhos meus. Se
não houver um retorno geral a Deus, pelo caminho da conversão e da
penitência, um grande castigo poderá golpear logo esta vossa Nação.
Enfim, quero dizer-vos que, hoje, meu Coração Imaculado é consolado
por vossa resposta de consagração e de oração. Levai o maior número
possível de meus filhos à Consagração ao meu Coração Imaculado,
por mim querida e pedida. Vós que participastes deste Cenáculo, tor-
nai-vos apóstolos da Consagração ao meu Coração Imaculado em todo
o Brasil. Multiplicai os Cenáculos de oração. Difundi sobretudo os Ce-
náculos Familiares, como uma grande rede de salvação. Então, vós
vos tornais os raios de luz que descem do meu Coração, para iluminar
o Brasil inteiro, nestes dias de densa treva. Vós vos tornais sinais do
meu triunfo materno. Vós sois os instrumentos da minha vitória. E por
meio de vós, que Me respondestes, a Mãe do Céu trará à vossa Igreja
429
e à vossa Pátria o dom da salvação e da Paz.”
Explicação da Mensagem: Irmãos Sacerdotes, aqui vos falo com o
coração e não como perito dos problemas. Falo-vos como Nossa Se-
nhora me faz sentir. Devo explicar a frase que pronunciei em três Ce-
náculos: em Brasília, em Fortaleza e, aqui, em Itaici:
Judas recorreu às trinta moedas para trair Jesus. Alguns teólogos
recorrem à Teologia da Libertação, para trair Jesus. Em seguida, quero
ler esta frase da Mensagem:
“Dessa forma se difunde sempre mais o ensino da Teologia da Li-
bertação, que é uma verdadeira traição a Cristo e ao Evangelho, Como
deve ser entendida, a minha frase e a da Mensagem? Segundo o Ma-
gistério, há uma correta maneira de entender a Teologia da Libertação:
é a indicada nos documentos do Magistério da Igreja, de Puebla, nos
documentos da Santa Sé, especialmente no último documento da Sa-
grada Congregação para a Doutrina da Fé, que se intitula exatamente:
“Libertatis conscientia”. Esta Teologia da Libertação está em sintonia
com o ensino católico, que tem larga abertura em relação aos pobres e
o compromisso de construir uma sociedade mais justa, que é uma pre-
ocupação constante da Igreja, expressa recentemente na última Encí-
clica do Papa: “Sollicitudo rei socialis”. Esta Teologia, porém, parte des-
tes princípios bem claros: Cristo, Filho de Deus, Redentor, realiza a
Redenção para libertar todos os homens do pecado. Eis a verdadeira
libertação realizada por Cristo. Com a Redenção, liberta-nos do peca-
do, para que a vida de Deus esteja em nós e todos possamos alcançar
o Paraíso. Claro, nesta terra lutamos, também, em favor da construção
de uma sociedade mais justa. Porém, não devemos esquecer que o
pecado social é consequência do pecado individual; e o pecado indivi-
dual é consequência do pecado original. Em consequência do pecado
original será impossível construir o paraíso nesta terra. O verdadeiro
Paraíso nós o encontraremos depois desta vida. Por outro lado, consta-
to que Jesus disse: “Ai de vós, ricos! É mais fácil um camelo passar pe-
lo buraco de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus”. Po-

430
rém, este Jesus que proferiu esta frase é o mesmo que teve como um
grande amigo um rico, Lázaro; é o mesmo que respondeu a Judas:
“Pobres sempre o terei convosco”, quando Madalena derramava un-
guento sobre os pés de Jesus e Judas reclamava dizendo: “Por que es-
te desperdício?... Podia-se dar este dinheiro aos pobres”! Madalena
agiu corretamente. E o mesmo Jesus que, ao findar o jejum quaresmal
disse: “Não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da
boca de Deus”. Não somente os corpos, mas também as almas têm
fome. A Teologia errada é a dos que pretendem fazer de Jesus uma
espécie de revolucionário, e nesta linha, chegam inclusive a negar-lhe
a Divindade. Seu único interesse é o da libertação da pobreza, para
construir um mundo mais justo somente nesta terra, e, por este motivo,
todos os interesses permanecem no plano horizontal. Aqui atraiçoam a
Cristo, porque em certo ponto negam o mistério da Redenção. Se Je-
sus buscasse essa libertação não teria morrido na Cruz. Esta é a teolo-
gia que Nossa Senhora condena; mas antes que Nossa Senhora a
condenasse, o autêntico Magistério da Igreja a condenou. Alguns me
dizem: “Mas, Padre Stefano, o senhor não conhece os problemas da
América Latina!”. Claro, e como poderia conhecê-los no espaço de um
mês? Vós os conheceis. Porém, são os mesmos problemas que encon-
trei na Ásia, nas Filipinas, ricaços e grande número de pobres. Portan-
to, é natural que a Igreja se empenhe em criar uma sociedade mais
cristã e mais justa. Digo mais, durante esta minha viagem mantive en-
contros com fiéis e Religiosos em muitos lugares. Depois de lhes falar
sobre Jesus, da necessidade de viver em estado de graça, do dever de
participar da Eucaristia, de lutar contra o pecado, de rezar o Terço, di-
ziam-me chorando: “Muito obrigado, Padre, por nos falar destes assun-
tos, porque os nossos Padres só nos falam, sempre, de temas sociais,
dos pobres, da libertação da escravidão, e nunca falam dessas verda-
des”. Não só de pão vive o homem! Irmãos, reparti com estas almas
famintas o pão da Palavra de Deus.
Concluo. O problema da América Latina... O mundo é um só! En-
contrei este problema bem mais acentuado em certos países da África
431
que visitei, em certos países da Ásia, em toda a Índia. Vi as favelas das
vossas grandes cidades. Vi as favelas do Rio. Porém, não vi aqui o que
vi em Bombaim e em Calcutá: 500.000 pessoas vivem, adoecem e
morrem nas calçadas das ruas! Aí vivem! No entanto, quando estive
em Calcutá para realizar o Cenáculo, que foi feito na casa das Irmãs de
Madre Teresa, pensei: Madre Teresa não inventou a Teologia da Liber-
tação; mas falando concretamente: quem é que realizou mais em favor
destes pobres? Estes teólogos da Teologia da Libertação ou Madre Te-
resa de Calcutá? Respondeis vós mesmos”!
Padre Stefano Gobbi.

O que está enferma a Igreja Católica Apostólica Romana é parte


dela. Essa parte enferma, manchada, com mácula deve procurar a
Conversão! É Tempo da Misericórdia. É a luta por uma nova Humani-
dade. É a Páscoa cedida por Deus por intercessão de Nossa Senhora
de Fátima, a Rainha da Paz. Sim, uma chance, uma oportunidade dada
a Igreja através dos seus filhos mártires, cristãos espalhados por aí.
Uma Nova Vida para a Igreja através da luta dos “leigos, aleijados, os
coxos” como fala a Mãe querida. Mas... Arregaçar as mangas e traba-
lhar será necessário para eliminar o demônio da Igreja.
Ecumenismo? Qual é a motivação de um determinado arcebispo e de
muitos arcebispos e de muitos sacerdotes desejarem ficar ao lado da
maçonaria atualmente? É o dinheiro, o Maldito? É o capital a preço da
dor, do sofrimento dos fiéis que amam Jesus Cristo a um ponto de dar
suas vidas a Ele? Ao meu sangue? Preciso nascer e passar pelo que
passei para chegar a esse ponto? Ser uma testemunha para dizer que
estou dando meu sim pelo Bem da Igreja Católica? Dou minha vida pelo
meu Cristo Senhor que fez tudo por mim para eu estar inteira? Para
dizer o quanto a Divindade de Jesus Cristo na Eucaristia me fortalece e
me livra do Mal que me ronda? Deixar o testemunho de vida de uma
pessoa que sentiu o demônio e o que passei para poder chegar a essas

432
Verdades até você? Ter sentido na minha alma o poder da redenção,
do existir um Homem, neste mundo, em quem pudesse confiar, para
obter o perdão, a liberdade, uma vida nova, digna, com a força que so-
mente Jesus Cristo dá através da Eucaristia? Quem mata a Jesus Cris-
to a mim mata também. Um ser humano nesta face da Terra numa situ-
ação de necessidade de perdão, de um milagre em sua vida, necessi-
dade de libertação de tudo aquilo que o escraviza, poderia recorrer a
Buda, a Ghandi, a Maomé e a tantos outros homens especiais? Quem é
o Homem possuidor do poder com Seu sangue derramado por nós na
Cruz e sofrimento intenso até essa mesma Cruz, de ser força, proteção,
salvação contra os demônios? Homens podem ser especiais, mas são
comuns, eles dão a Salvação, a libertação da alma? A Redenção?
Nunca! Somente um Homem faz isso por nós: Jesus Cristo enviado por
Deus. Então, imaginem essa fusão de credos, na qual as pessoas ficam
confusas. Isso enfraquece toda a verdadeira fé! O ecumenismo é uma
farsa, pois há pessoas de todas as espécies acreditando nas mais di-
versas figuras nesta face da Terra, e fazendo isso, tentará matar Cristo
enfraquecendo a devoção, o amor, o credo da Igreja Católica. O próprio
Budismo, por exemplo, não possui Deus. Quem se dá a essa prática do
Budismo possui uma visão horizontal na qual a própria pessoa deve
buscar forças para resolver as suas questões. Isto, em minha opinião,
centraliza o poder num só ser, a própria pessoa, como sendo ela mes-
ma a onisciente, onipresente, e desta maneira não se coloca como um
filho de Deus; sendo assim, não existe a visão transcendental ou a pró-
pria Providência Divina atuando numa pessoa.
“Cada ser é discípulo de si mesmo e responsável por sua própria
salvação”2. Neste mesmo site há um depoimento de Arnaldo Bassoli, no

2
http://www.humaniversidade.com.br/boletins/budismo_discipulo_de_si_mesmo.htm

433
qual ele afirma que “refiz o caminho da minha espiritualidade, me tor-
nando budista”. Continua no site: “a culpa era uma carga familiar, com
formação católica, muito forte na vida de Arnaldo”.
“Com a meditação budista é possível mudar o estado de consci-
ência e tornar quem você é” - diz Arnaldo.
Coloquei o exemplo acima para mostrar as preferências, os cami-
nhos espirituais dos quais uma pessoa pode seguir; são muitos. Para
uns, o catolicismo não serve; para muitos é o verdadeiro caminho da
salvação de uma alma. O catolicismo pode não servir, porque também
para muitos é conveniente um olhar horizontal, ou seja, um olhar para o
mundo, para as petições mundanas. Onde tiver realmente que ocorrer
mudanças, uma conversão ela poderá ser sofrida, dolorida, abnegação
de algo, muitos não aceitam; prefere viver algo condizente com as suas
conveniências próprias e continuar com as mesmas atitudes. Um viver
para si mesmo sem prestar conta a Deus da Santíssima Trindade. É
considerado pecado pela Igreja Católica Apostólica Romana e onde a
Confissão ou a Reconciliação com Deus deverá ser realizada e procu-
rar não pecar. Então, realmente o catolicismo acaba por não servir a
todas as pessoas; essas pessoas acabam por recorrer a algo e eles
mesmos denominam “uma religião considerada moderna, pois se ade-
quoa às tendências deste fim de milênio e se baseia no autoconheci-
mento, ou seja, cada um é responsável por sua própria salvação”.
http://www.humaniversidade.com.br/boletins/budismo_discipulo_de_si_
mesmo.htm
Percebe-se então, que Jesus Cristo é inexistente como o grande
mediador entre o Homem e Deus, o Filho de Deus feito Homem no Bu-
dismo. É inexistente como Pessoa vindo ao mundo para nos dar a Sal-
vação e a Redenção. Não desejo entrar na profundidade da questão,
pois como Católica Apostólica Romana e divulgadora das Mensagens
de Nossa Senhora de Fátima fica claro quando Ela diz que, seguir os
434
Dez Mandamentos da Lei de Deus e como único mediador Jesus Cris-
to, na salvação das almas para nós Católicos, cristãos, é fundamental.
Cada qual deverá fazer suas opções de vida de acordo com a sua
consciência. A trama ardilosa, como diz Nossa Senhora, da maçonaria
eclesiástica, com o intuito de formar uma falsa Igreja e um falso Cristo
por meio do ecumenismo, considero uma hipocrisia, vai conduzir ao
ápice da Igreja autoridades poderosas a implantar esta nova ideologia;
a enfraquecer a verdadeira fé e o verdadeiro Deus Uno e Trino; o Deus
da Santíssima Trindade. Fiquem atentos, então, ao futuro. É a mentali-
dade do tudo pode e no tudo pode, o domínio de um só. A perfeita e
completa farsa.

“A paz não virá ao mundo pelos encontros daqueles que vós cha-
mais de os grandes desta terra nem dos seus recíprocos pactos. A paz
pode chegar a vós somente pelo retorno da humanidade ao seu Deus,
por meio da conversão, à qual neste meu dia ainda vos chamo, e, por
meio da oração, do jejum e da penitência”. Página 607. “Aos Sacerdo-
tes, filhos prediletos de Nossa Senhora”.

Poderemos ser um esforço a cada dia para nos assemelharmos


ao Pai. Uma justiça social não vem somente de caridade material. An-
tes de tudo, o fundamental está em apresentar e distribuir Jesus Cristo
em Sua Divindade aos esfomeados de Amor; aos esfomeados de Luz
interior, aos esfomeados de força interior, aos esfomeados de libertação
de tudo que lhe aprisiona e não deixa que sejam mais, melhores. Aqui
reside toda a essência da Vida: a Eucaristia. Obviamente, podemos
ajudar alguém lhe dando dinheiro. Mas um dinheiro livre, um dinheiro
que não é proporcionado por irmandade, por uma associação onde
apenas homens podem fazer parte. Um dinheiro de todos, de ajuda de
todos, de pessoas livres e não vinculadas numa seita fechada. Possu-
em-se essa preocupação pelas arrumações públicas de uma cidade,
Estado, país, é visando mais por seus próprios montantes financeiros,
435
que serão sempre mais fechados num grupo grande e beneficiando es-
se grupo grande, mais do que o coração colocado num pobre necessi-
tado realmente. A fábrica do capital se perpetuaria eternamente. Essa
não seria e não é a Justiça Divina, a Justiça de Deus. Essa é a visão de
quem destrói Cristo. Somente Ele é o poder de reerguimento de um ser
humano. Nessa visão e desejo pelo horizontal estaríamos criando pas-
sarinhos em gaiolas. Eternamente alimentados e cativos pelo dono.
Que Deus tenha piedade, misericórdia de todos nós, e nos livre desta
armadilha do demônio. Mostrar então, ao pobre, a qualquer pessoa, a
necessidade em buscar Jesus Cristo na Eucaristia. Mostrar a ele a im-
portância da salvação em Jesus Cristo. O Amar a Deus sobre todas as
coisas, ou seja, procurar o espiritual divino, isso nunca pode ser esque-
cido em detrimento do pão com fermento dado na boca do pobre; mos-
trar ao povo a procura por Cristo na Divindade, não o Cristo social revo-
lucionário; Ele vai dar a essa pessoa toda força e salvação necessárias.
A sustentação na liberdade, na escolha pessoal, no Espírito Santo co-
mo força vinda do alto no auxílio de cada pessoa, na vocação, nos de-
sígnios de Deus e não nos desígnios das garras de alguém e de seus
sequazes. O importante é a alma livre das amarras do paternalismo, um
paternalismo da perda da criatividade,dando tudo pronto, mas ao fazer
isso pagará um alto preço: a escravidão e a despersonalização. Jesus
Cristo é quem tira uma pessoa da prisão invisível do seu pecado e a faz
caminhar. Não há dinheiro nesta vida, à altura da salvação, da liberta-
ção recebida de Jesus Cristo quando nos redime dos nossos pecados,
porque é Jesus Cristo espiritualmente à frente do demônio. Através do
Seu perdão, como Autoridade Máxima, nos liberta das nossas amarras.
Essa é a verdadeira força para saírem das trevas onde se encontram
muitas pessoas. A besta negra, isto é, as lojas maçônicas, juntamente
com a maçonaria eclesiástica a besta com dois chifres semelhantes ao
cordeiro, trabalha para criar o ecumenismo. Para criar uma falsa Igreja

436
e um falso Cristo. Não sou eu quem está a dizer, falo em nome de Nos-
sa Senhora, a Mãe Celeste. Estamos vivendo momentos muito difíceis;
tão difíceis e na Palavra de Deus, encontramos assim:

Lc. 18,8 “Digo-vos que em breve lhes fará justiça. Mas, quando vi-
er o Filho do homem, acaso achará fé sobre a terra?”.

Na verdade, esse é o final da parábola do Juiz Iníquo. Então, tam-


bém no versículo 7, desta parábola, Jesus diz:

“Por acaso não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que estão
clamando por ele dia e noite? Porventura tardará em socorrê-los?”.

A mim, Deus socorreu. Eu clamei: “apelo a Justiça de Deus, salmo


7” e fui atendida. Agora, me encontro aqui. Estou com você para pedir
junto à Mãe Santíssima a Justiça Divina como Equilíbrio entre o Mal
nesta face da Terra e o Bem. Justiça divina pelas pessoas inocentes ou
sofrendo pelo pecador consciente do Mal feito; Justiça Divina pelo ino-
cente da sua ignorância, na sua falta de luz, de Conhecimento do qual o
próprio satanás o desviou da Verdade. A batalha espiritual se torna real
na medida em que as pessoas do Bem e, afastadas do Bem pelo Mal,
pelo véu escuro cobrindo suas almas obtiverem a Consciência e dever
em Deus. Devem buscar a sua salvação Misericordiosa concedida por
Deus a Nossa Senhora de Fátima a Rainha da Paz; Misericórdia esta,
onde a Boa Mãe da Igreja entrega seus filhos ao Sagrado Coração de
Jesus esperando por todos da Humanidade pela Conversão.
O véu escuro (rastro deixado por satanás nessas décadas), em
seus olhos está fazendo não conseguir contemplar a Verdade. É esse o
Tempo da Misericórdia. A Justiça Divina e a Misericórdia acontecerão
como Equilíbrio. Um governo do monopólio, um governo único regido
tanto pelas autoridades políticas quanto pelas autoridades de um clero
espiritualizado pelo Mal comandando a vida dos cidadãos vai torná-los

437
escravos para sempre se não acordados a Tempo. Um governo se
somando ao clero do Mal terá em suas garras a forma de saciar de
bens aquela fração do inteiro da maçonaria eclesiástica e lojas maçôni-
cas desejosas, ou seja, disputando o poder espiritual no topo do Vati-
cano. Alimentados fortemente do dinheiro, cujo vínculo, a maçonaria,
seita secreta da confraria dos homens possuem entre eles, tornam-se
fortes suficientemente para mandar e desmandar. Passam então a im-
por as suas normas, suas leis como desejam e nós os cidadãos nos
tornaremos bonecos, marionetes joguetes nas mãos de satanás. Esse é
o plano da maçonaria eclesiástica, os racionais apóstatas, sem a Lei de
Deus Pai, mas a Lei de satanás. Conjuntamente a eles os demais ma-
çons envolvidos na teia do ardil da ajuda mútua através do dinheiro.
O Plano é criar uma falsa Igreja um falso Cristo através da Igreja Única
Universal. Criar o Ecumenismo sórdido e colocar a Igreja Católica Apos-
tólica Romana nessa Barca furada. O Plano é acabar com Cristo na
Eucaristia retirando-O do Centro das igrejas do Sacrário para colocá-Lo
a escanteio e aos poucos o poder ficará nas garras satânicas dos raci-
onais apóstatas. A gota caída no copo ao ponto de fazer a água embor-
car para mim, foi observar que, na minha capital Porto Alegre, eu mes-
ma vi, ninguém me contou, igrejas praticamente nuas em seu altar cen-
tral, ou seja, Cristo vivo ali sendo respeitado como Rei dos reis não se
vê. Está realmente a escanteio. Em seu lugar colocam a Cruz de Jesus
Cristo, mas Ele vivo sendo reverenciado com a lamparina acesa e no
centro das igrejas isso já não mais está existindo. O poder maçônico
está dentro da Igreja católica e sorrateiramente suprimindo Cristo. Aos
poucos deseja fazer esquecida a Divindade de Jesus Cristo, o Sagrado
para apresentar somente um Cristo social, preocupado com o social e
falsamente preocupado com o povo. Iniciam-se assim os pedidos para
manter essa e aquela instituição e isso em plena Igreja. Acontece que,
não é desse pão com fermento a precisão da Humanidade, de cada ser
438
humano. A precisão, a necessidade está no alimento que dá a força a
salvação na Eucaristia, o Pão da Vida. Sabendo dessa força satanás
arma o Plano diabólico para subtrair a Eucaristia da vida das pessoas e
em seu lugar apresenta um Cristo social. Então, quanto mais pobre um
povo for, quanto mais incapaz um povo for, quanto mais mulheres “fa-
bricarem filhos”, forem vulgares, imorais, melhor será a Humanidade de
amanhã. Mais desgraças acontecerão mais matanças, mais sangue,
mais “camisinhas” vendidas por conta do sexo livre sem limites na Lei
de Deus, os Mandamentos. É assim que o animal vem conduzindo a
Humanidade e falta dar o bote final. Satanás prepara seu plano para
ficar no topo, ou seja, na Cabeça da Igreja. Então, a moral já não existi-
rá como valor, pois a imoralidade, publicamente, não será considerada
como pecado; a confissão não existirá, pois o pecado não existindo,
qual seria o valor do sacramento da confissão ou reconciliação com o
verdadeiro Deus? E assim por diante... Comendo pelas mãos deles,
dos governantes, numa preocupação falsa com os pobres e o fazer a
caridade num plano horizontal somente, muitas pessoas voltam a viver
como o povo do Egito no Antigo Testamento. Precisou vir um homem
especial, Moisés, para libertar o povo judeu da escravidão do Egito e o
guiar para a Terra Prometida. Mas não estamos no Antigo Testamento.
Vivemos o Novo Testamento. Temos Nossa Senhora, a Estrela que nos
guia. Temos Jesus Cristo como o Messias e Salvador. Jesus Cristo é a
nossa liberdade. A Divindade está em Jesus Cristo Eucarístico. O Seu
Corpo recebido na hóstia consagrada, Seu Corpo e Seu Sangue. A Eu-
caristia: o Pão da Vida! Na Eucaristia: a Força! Na Eucaristia: a Luz! Na
Eucaristia: a Salvação! Na Eucaristia: a Libertação! Este é o verdadeiro
espiritual divino: o Pão da Eucaristia. Com o Tempo, tudo se enfraque-
cerá aqui na Terra caso aceitemos essa hipocrisia do ecumenismo do
jeito que nos encontramos. O basta deverá ser dado. O espiritual do
Mal que deseja a mistura de credos, para que assim não houvesse ja-

439
mais a ligação da Verdade entre o Céu e a Terra. A apostasia imperan-
do e satanás vencendo. A apostasia imperando e a Morte surgindo!
Mais doenças misteriosas incuráveis! Mais assassinatos, violências,
pessoas sem moral, sem ética, sem escrúpulos, do jeito que o animal
deseja, pois que o reino dele se constituiria aqui na Terra. Você poderá
pensar que já está do jeito que o animal deseja. Concordo. Ele está es-
perando o Tempo para dar o bote da serpente final e largar de vez o
seu veneno na Humanidade. Afirmo, ainda, não ficará pior, porque exis-
te quem esteja num determinado viver em pecado e obterão o abrir dos
olhos. Viverão o Tempo da Misericórdia, pois Deus está proporcionando
e a Virgem Mãe Santíssima, para reconhecerem os seus pecados e
para terem a oportunidade de conversão. Não chegarão a tempo de cair
totalmente no abismo, nas trevas. Por isso, estamos aqui. Por isso, lu-
tamos. Por isso, estou aqui e sei existirem pessoas conscientes das
barbáries, das ciladas, das armadilhas de satanás para a Humanidade.
Não desejo esse mundo como avó e mãe para filhos e netos
meus! E você, meu querido? Porque sabemos se a Humanidade deve
possuir alguma coisa, essa coisa, esse elemento, é a educação em
Deus. O maná é dado por Deus por aqueles que O procuram. Obvia-
mente um governo baseado em Deus Verdadeiro da Santíssima Trin-
dade, governo que estivesse primando pelo Equilíbrio, buscaria propor-
cionar tanto a formação em Deus Verdadeiro quanto em uma sociedade
mais justa, fraterna, no ensino da educação N’Ele e em Jesus Cristo
Divindade; também proporcionando salários mais justos, facilidade nas
conquistas de moradias e emprego, mas no Equilíbrio entre o espiritual
divino e o material.
Ainda no término da página 377, do livro de Cesca, “Medjugorje
Urgente”, ele diz:

“Esta é a grande luz que Medjugorje nos mostra no fim do túnel: a

440
ruína pode ser evitada se os homens voltarem a Deus. O futuro da hu-
manidade depende também de mim, de você, de cada um de nós”.

441
Capítulo III

Parte 2

“Consagração À Nossa Senhora


(Fátima Marchesini Gabrielli) (K7 Adoremos /93)
Ó minha Senhora e também minha mãe, eu me ofereço,
inteiramente todo a vós.
E em prova de minha devoção, eu hoje vos dou meu coração.
Consagro vós meus olhos, meus ouvidos, minha boca.
Tudo o que sou, desejo que a vós pertença.
Incomparável mãe, guardai-me, defendei-me,
como coisa (filha) e propriedade vossa. Amém.
Como coisa (filha) e propriedade vossa. Amém.”

Forças Espirituais
“O meu tempo, meus filhos prediletos, não se mede pelos dias. O
meu tempo mede-se apenas pelo pulsar do meu Coração de Mãe. Ca-
da pulsação do meu Coração assinala um novo dia de salvação e de
misericórdia para vós, meus pobres filhos. Por isso convido-vos a viver
só na confiança. O vosso tempo deve ser medido pela confiança no
442
amor misericordioso do Pai e na ação da vossa Mãe do céu”. Página
130. “Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Senhora”.
“Embora Mirjana diga que chora quando pensa nos segredos, os in-
térpretes de Medjugorje veem uma luz no fundo do túnel: a ameaça exis-
te, mas o castigo pode ser evitado. Não se trata de coisas inevitáveis.
Pense-se no caso de Sodoma e Gomorra, em que Deus se mostrava
disposto a poupá-las, se encontrasse nelas ao menos dez justos (Gn 18,
16-32). Pense-se na pregação de Jonas, que conseguiu evitar a ira de
Deus sobre Nínive (Jn 3-4). Por isso, em Medjugorje, Nossa Senhora re-
pete que “a oração e o jejum podem impedir a própria guerra”. (21-07-
82).
Que “o castigo virá, se o mundo não se converter. Convidem as
pessoas a se converterem: o futuro do mundo depende da sua conver-
são”. Página 377. Livro de Olivo Cesca.

Eu não pensara em colocar aqui, neste meu livro, as revelações


de Nossa Senhora sobre a marca da besta. Gostaria que você, meu
leitor, adquirisse o livro “Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Se-
nhora”. A mim, bastaria dar os sinais, os alertas, da existência das lojas
maçônicas e a maçonaria eclesiástica, ou seja, do Mal, do Espírito Ma-
ligno ou satanás, (como Nossa Senhora o chama) infiltrado na Igreja
Católica. Eu pararia aqui. Consideraria o meu recado bem dado. O que
me levou a escrever sobre a marca da besta e outros assuntos que se
encadeiam nele, passando aqui a abordar, foram assistir ao programa
de televisão “Na Mira da Verdade”. Um programa, no canal Novo Tem-
po, dos Adventistas do Sétimo Dia. Sempre que podemos, tanto eu,
quanto meu esposo, assistimos ao programa “Na Mira da Verdade”.
Peço para você assistir aos vídeos, aos programas desse jornalista e
pastor, excelente, sem dúvida, pois para muitas perguntas ele nos deixa
a Palavra de Deus como fonte de resposta imbatível. Admiro também o
pastor Luís Gonçalves; extraordinário homem de fé, de vivacidade, de
amor a Jesus Cristo de maneira incomensurável. O programa de televi-
443
são “Na Mira da Verdade” é ao vivo. Além do professor Leandro, Tito
completa a dupla. Considero importantíssimo passar tipos de informa-
ções e pautando na Palavra de Deus, devido a tantas confusões, cre-
dos diferentes, seitas, crendices, espalhadas pelo mundo e estão ma-
tando as almas. Respondem as inúmeras perguntas, dúvidas das pes-
soas, mostrando os capítulos e versículos na Bíblia. Sempre que po-
demos, assistimos ao programa do professor Leandro Quadros; algu-
mas vezes ele fala na pessoa de Ellen G. White. Ela se torna para os
Adventistas do Sétimo Dia pessoa muito considerada; possui por ela,
Ellen White, o maior respeito por suas colocações proféticas, seus es-
critos sérios.
Nossa Senhora de Fátima, para os Católicos, é a Mulher revestida
de sol citada na Bíblia em Apocalipse. Nossa Senhora, a Mãe de Jesus
Cristo, preocupada com a Humanidade há muito nos vem avisar sobre
a existência de satanás e de seu poder maléfico levando inúmeras al-
mas à perdição. Os avisos são dados e ignorados por muitos e princi-
palmente pela própria Igreja Católica. Vejamos o que diz abaixo:
Consta nos escritos de Olivo Cesca, no seu livro “Medjugorje Ur-
gente”, páginas 374 e 375 que “inexplicavelmente nenhum Papa se
animou a revelar o terceiro segredo de Fátima”.
Continua ele:

“Afinal, de que segredo se trata? Quem conhece a história das


aparições de Fátima sabe que a Virgem confiou aos videntes, Lúcia,
Jacinta e Francisco uma série de segredos, que poderíamos agrupar
em três. O primeiro foi à visão do inferno. O segundo, a predição da
segunda guerra mundial (1939-1945), a expansão dos erros da Rússia
pelo mundo e, em consequência, os sofrimentos reservados ao Papa.
Finalmente, a consagração da Rússia e a sua conversão final. Um ter-
ceiro segredo, porém, devia ser mantido em sigilo por algum tempo. Foi
redigido por Lúcia, em final de 1943 ou inícios de 1944, por solicitação
444
do então bispo de Leiria, Dom José Alves Correia da Silva e enviado a
Roma. O primeiro a lê-lo foi Pio XII. Em seguida, seus sucessores João
XXIII e Paulo VI. Nenhum deles, porém, achou conveniente torná-lo
público. Por quê? Em 1980, por ocasião de uma visita à Alemanha, Jo-
ão Paulo II foi inquirido por um repórter. “O terceiro segredo de Fátima
não devia ser publicado em 1960? Por que não foi?”. Resposta do Pa-
pa: “Dada à gravidade do conteúdo..., meus antecessores escolheram
diplomaticamente protelar a publicação. Por outro lado, a todos os cris-
tãos pode ser suficiente saber isto: se existe uma mensagem em que
está escrito que os oceanos inundarão inteiras partes da terra, que de
um momento a outro milhões de pessoas perecerão, não é na verdade
o caso de se gritar tanto pela divulgação de uma tal mensagem secre-
ta”. Noutra oportunidade, ao ser interrogado acerca do mesmo assunto,
tomou o terço na mão e disse: “Eis o remédio contra o mal. Rezem, re-
zem, e não perguntem mais nada. Confiem o resto a Nossa Senhora”.

Continua os escritos de Olivo Cesca, no seu livro “Medjugorje Ur-


gente”, páginas 375 e 376.

“Uma coisa que chama a atenção, entretanto, é que o dito terceiro


segredo de Fátima apareceu publicado num jornal do próprio Vaticano,
“L’Osservatore dela Domenica” (15-10-78), sob o título “Profecia e rea-
lidade” e com a assinatura do padre Corrado Balducci. Surpreendente-
mente, nem o cardeal Ratzinger, que o leu, nem o papa João Paulo II,
o contestaram. Tem-se até a impressão que o próprio Vaticano teria fa-
cilitado este “vazamento”, a fim de que ele pudesse chegar ao público
por vias não oficiais. Antes (1963) ele já tinha aparecido no jornal ale-
mão “Neues Europa”, e em 1982, no jornal parisiense “Le Monde”, e di-
versos outros jornais. A parte essencial desse terceiro segredo era o
seguinte:

“Um grande castigo cairá sobre o gênero humano, na segunda me-


tade do século vinte, pois ele pecou e calcou aos pés o dom que lhe
havia feito. Veja, em nenhuma parte do mundo existe mais ordem, e
445
Satanás até nos mais elevados postos, determinando o desenrolar dos
acontecimentos. Ele, com efeito, conseguirá introduzir-se até nos mais
elevados escalões da Igreja; conseguirá seduzir os espíritos dos gran-
des cientistas que inventam as armas, com as quais será possível des-
truir, em poucos minutos, boa parte da humanidade. Terá em seu poder
os poderosos que governam os povos e os instigará a fabricarem
enorme quantidade daquelas armas. E se a humanidade não se opu-
ser, serei obrigada a deixar livre o braço do meu Filho. E Deus então
vai castigar os homens com maior severidade do que por ocasião do di-
lúvio. Virá o tempo dos tempos e o fim de todos os fins, se a humani-
dade não se converter; e se tudo continuar como agora ou pior, os
grandes e os poderosos perecerão junto com os pequenos e os fracos.
Também para a Igreja virá o tempo das suas grandes provas... Tudo o
que está podre cairá, e o que cair nunca mais se levantará. A Igreja se-
rá ofuscada, e o mundo sacudido pelo terror... Uma grande guerra se
desencadeará na segunda metade do século XX. Fogo e fumaça cairão
do céu, as águas dos oceanos se transformarão em vapor, e a espuma
se levantará, arrasando e afundando tudo. Milhões de homens perece-
rão de hora em hora, e aqueles que permanecerem vivos invejarão os
mortos. Para todos os lados a que se volver o olhar, se verão miséria e
ruínas em todos os países. Haverá morte por toda parte, por causa dos
erros cometidos pelos insensatos e pelos partidários de Satanás, o qual
agora, mas só agora, reinará no mundo. Por fim, os que sobreviverem
a estes acontecimentos proclamarão novamente a Deus e a sua glória,
e o servirão como outrora, quando o mundo não se encontrava tão per-
vertido”.

E Nossa Senhora continua a nos orientar como nossa Grande Es-


trela Guia. Assim, no Brasil, Ela surge para Raymundo Lopes, ex-
empresário, que deixa a sua profissão, o seu trabalho para se dedicar
às solicitações de Nossa Senhora. Meu amigo Irmão Marista costuma
fazer algumas reuniões com pessoas ligadas a Raymundo Lopes. Num
dos meus últimos encontros com meu amigo Marista, ele me informou
446
que Raymundo Lopes teria que escrever um número significativo de
cartas a pedido da Mãe Santíssima, cartas em latim para enviar ao Pa-
pa. O teor das cartas era livre, ou seja, para o empresário escrever o
que seu coração lhe inspirasse, mas não deixasse de enviar as cartas;
o envio teve início em 2008 e terminará em 2015. Enfim, eu sinto em
meu coração, em meu amor, a existência de pessoas unidas pelo amor
e pela fé e estão trabalhando dando a vida, dando o testemunho de vi-
da pela Mãe amada, pelo amor a Jesus Cristo o Seu Filho e nosso Sal-
vador e Redentor. O amor, a fé, a esperança nos move. O ideal por um
mundo mais justo, mais humano, pensando na vida desejada uma vida
de qualidade para os nossos filhos e netos nos fazem ser esse grande
rosário, como continhas unidas pelos cordéis da fé. Por termos o Co-
nhecimento e acreditarmos na Mãe Santíssima, estes bons sentimentos
nos fazem lutar contra satanás, contra esse Mal da desgraça arrastan-
do um grande número de almas para as trevas.
Quanto ao programa na Mira da Verdade de Leandro Quadros e
Tito, chegaram até eles as perguntas de um dos participantes, sobre se
os maçons fazem pacto com o diabo. A outra pergunta foi sobre o que
era o sinal da besta. A primeira questão, o pastor Leandro respondeu
não poder dizer se os maçons fazem ou não pacto com o diabo, mas
poderia dizer é que qualquer pessoa, se quiser, pode fazer pacto com o
diabo, sem necessariamente, então, ser um maçom. Sobre o sinal da
besta, Leandro Quadros explicou que as pessoas não guardando os
sábados e usando as mãos (usadas para o trabalho), nos sábados, se-
rá os que receberão o sinal da besta, ou seja, todas as pessoas que
guardam os sábados estão bem, estão isentos da marca da besta.O
professor então considera óbvio para os que continuarem a guardar os
domingos, estes receberão o sinal da besta. Significa dizer que nós, os
fiéis católicos estamos todos marcados pela besta.
Não desejo aqui, de maneira alguma, desconsiderar o que o pro-
447
fessor Leandro Quadros explica, pois tenho o maior respeito por seu
trabalho; entretanto, não sou Adventista. Sou uma Católica praticante e
tenho o domingo como o Dia do Senhor e vou às missas aos domingos.
Quando não posso por um motivo significativo que me impede, eu vou
durante a semana.
Verdadeiramente?
Acredito que eu não deixaria de ir para o céu ou para o purgatório
por guardar os domingos ou se optasse pelo sábado para guardá-lo, eu
me salvaria segundo as explicações bíblicas realizadas pelo professor.
Nossa Senhora não faria isso comigo e muito menos Jesus Cristo o
Seu Filho. Eles sabem que são muito amados por mim. Eles sabem que
estou dando a minha vida, se preciso for pela causa. No Tempo, eu ve-
nho dando o meu sim a Deus. Deus e Nossa Senhora não colocariam a
questão dos finais dos tempos desta maneira explicada por Quadros
porque geraria confronto com os Católicos fiéis e os Adventistas do Sé-
timo Dia. A luta não é por religiões e nem pessoas. A luta é pelo Espíri-
to Maligno. A luta é a nível espiritual no qual teremos que ser mais san-
tificados perante o animal que se apresenta; de tal forma que devere-
mos inibi-lo. Com toda a certeza Deus e Nossa Senhora não desejam
confrontos entre religiões cristãs, pois Ela, como Mãe amorosa, deseja
o Tempo dado à conversão a cada vivente na face da Terra. Para Ela
não existe distinção de religiões, mas para Deus todos são considera-
dos. Inclusive os próprios sacerdotes, bispos traidores infiltrados na
maçonaria, no interior da Igreja Católica, Nossa Senhora possui grande
amor por eles. Ela deseja a Misericórdia. Ela deseja a conversão dos
que traem o Seu próprio filho Jesus Cristo. Se Ela é a Mãe e pensa as-
sim, quem somos nós para contestá-La? Eu me lembro de uma época
na qual passara a ler o Livro “Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nos-
sa Senhora”, eu sentia ódio por esses sacerdotes traidores. Um ódio
muito forte pelos sacerdotes traidores de Cristo amado. Meu Deus!
448
Como ficara apavorada com tudo. Não admitia, em hipótese alguma,
um sacerdote pudesse pecar e ser tudo aquilo que eu lia com relação a
eles no Livro. Eu sentia esse sentimento feio: ódio. Se eu pudesse, ex-
terminaria com todos eles. Mas aprendi com a Mãe amada na caminha-
da da vida, no Tempo, nas leituras constantes da Sua Obra eu aprendi,
observei, senti que Seu Coração é muito lindo. Muito lindo! Seu Cora-
ção é muito doce, singelo. Aprendi com Ela a desconsiderar aquele
sentimento feio, destruidor e nada edificador. Eu mesma já senti o po-
der da misericórdia. Não há nada melhor na vida do que a paz encon-
trada depois que se é uma pecadora ou pecador. Até mesmo com al-
guém a quem se ama e se peca, faz algo que a ofende e você acha
que essa pessoa vai vir com tudo em cima de você, pois você considera
que vai lhe tratar na mesma moeda, na lei de Talião, “olho por olho;
dente por dente”, no entanto, ela diz assim: “você está perdoado”; a
pessoa lhe diz está tudo bem, tudo em paz. Ufa! Que leveza que dá na
alma! O Perdão gera paz. Ser tocado pelo amor. Creio que é esta a
mensagem que a Boa e digna Mãe está nos deixando.
Quando se foge da essência da pessoa, quando ela caminha por
outros lados que não eram para ser seguido, e, ao contrário, retorna
para os braços do Pai, a vida fica outra; tornamo-nos novos. O filho
pródigo retorna para a Casa do Pai. Quanta alegria. Acredito que é isso
que a Mãe amada deseja. Ela deseja ver seus filhos prediletos retorna-
rem para a Casa do Pai. E quantos filhos estão sem ver o Pai? Quantos
se afastaram em nome das seduções do mundo? Isso pode acontecer
com qualquer pessoa em qualquer segmento.
Existem situações nas quais a vida se encarregará em Deus, de
fazer o seu julgamento; todos são olhados por Deus Pai e Ele sabe
quem são esses filhos D’Ele; no momento real, no momento do Tempo
de Deus, tudo vai se encaminhar. Quando Nossa Senhora nos diz so-
bre o Seu Coração Imaculado triunfará, para mim, é uma certeza. Eu
449
confio na minha Mãe amada. Sinto no meu coração apenas o dever,
sim, fazer a minha parte. E a minha parte é deixar esta também filha da
Obra de Maria; fruto do meu trabalho; tão cheio de amor, de esperança,
de dedicação, de fé, do “cansaço no passo mantido...”
Que a Igreja Católica Apostólica Romana está a perigo, ou seja, a
Humanidade também, sem dúvida alguma, está e não são todos os Sa-
cerdotes ou todos os Bispos a traírem a Igreja de Pedro. Não são. É
uma parte dela que tem parceria com lojas maçônicas; uma parte dessa
Humanidade que aí se encontra. A batalha é espiritual. Por isso, a luta
de Nossa Senhora, a Rainha da Paz, nos deixando essas mensagens
de cunho extremamente importantes. Porque a vontade de Nossa Se-
nhora é de lançar a salvação para todas as almas enquanto ainda há
Tempo. Um Tempo de espera ao retorno de Seu filho, pois que se Ele
retornasse para a Terra encontraria pessoas de fé nela? Os sacerdotes
estão sendo chamados à conversão à Humanidade. A Mãe entende
também que a luta é antes de tudo a luta contra satanás. O diabo se
desencadeou de tal forma nas almas das pessoas que a busca pelo
divino, a busca pelo sublime, pelo puro, pela santidade é o fundamental
como busca das pessoas para a destruição do animal.
Fui, no domingo (23-02-2014), à missa no Santuário de Schoens-
tatt, da Mãe Três Vezes Admirável. Ali, eles não costumam usar o folhe-
to de missa onde ficam as duas leituras e depois o Evangelho lido pelo
sacerdote e explicado por ele. Passei em outra igreja somente para pe-
gar o folheto, pois eu queria trazer para casa e colocar para você, leitor
querido. Achei muito importante, muito sublime, mesmo que vivamos
tempos de homens da caverna ou Idade da Pedra. Mas nunca é tarde
para aprender.
O Evangelho segundo São Mateus, diz assim:

“Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: “Vós ouvistes o

450
que foi dito: ‘Olho por olho e dente por dente!” E, porém, vos digo: Não
enfrenteis quem é malvado! Pelo contrário, se alguém te dá um tapa na
face direita, oferece –lhe também a esquerda! Se alguém quiser abrir
um processo para tomar a tua túnica, dá-lhe também o manto! Se al-
guém te forçar a andar um quilômetro, caminha dois com ele! Dá a
quem te pedir e não vires as costas a quem te pede emprestado. Vós
ouvistes o que foi dito: ‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo!’
Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que
vos perseguem! Assim, vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos
céus, porque ele faz nascer o sol sobre maus e bons, e faz cair a chuva
sobre os justos e injustos. Porque, se amais somente aqueles que vos
amam, que recompensa tereis? Os cobradores de impostos não fazem
a mesma coisa? E se saudais somente os vossos irmãos, o que fazeis
de extraordinário? Os pagãos não fazem a mesma coisa? Portanto, se-
de perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito!”

Os pastores Adventistas deverão como nunca empregar a Palavra


de Deus na prática, com relação a toda eloquência que ensinam às
pessoas nos programas de televisão. Deverão saber também perdoar
esses sacerdotes, que, antes de sacerdotes, são pessoas pecadoras.
Os Adventistas do Sétimo Dia são pessoas de muita oratória, de muita
eloquência nas suas explicações bíblicas. Chegou o Tempo de praticar
a Palavra de Deus com os seus irmãos em Cristo. Assim unirão perfei-
tamente a teoria com a prática no Altar da Vida. O Tempo que Nossa
Senhora está nos legando é o da Misericórdia para a conversão de mui-
tas almas perdidas que se deixaram contaminar pelo Mal. Lembro-me
que o sacerdote na missa assistida, entre muitas coisas explicadas, ele
disse o quanto é difícil sermos perfeitos como o Pai é perfeito. Que na-
turalmente leva Tempo, pois não é de um dia para o outro que conse-
guimos algo assim. Realmente. Como é difícil perdoar a quem nos te-
nha ofendido. Amar alguém mesmo não sendo amado ou mesmo
quando passamos a odiá-lo. Eu acredito que como nunca antes na His-
451
tória da Humanidade os bons pastores, sem exceção, deverão praticar
o que está na Bíblia. É difícil, mas não impossível a compreensão dos
ótimos pastores, por exemplo, Adventistas do Sétimo Dia que conhe-
cem a Palavra do Pai muito bem, ter não somente a teoria, mas colocar
em prática o sentimento profundo de Amor do Pai e da Mãe Celeste
que não desejam colocar uns contra os outros, jogar uma religião contra
a outra, onde o próprio Cristo é o tesouro espiritual da Salvação dos
homens, nas religiões cristãs, mas antes de tudo, tanto a Mãe quanto o
Pai, Deus Amoroso, estão dando para a Humanidade Tempo da Miseri-
córdia. Precisaremos da compreensão na Palavra de Deus, não somen-
te da parte dos bons sacerdotes consagrados a Nossa Senhora, ao Seu
Imaculado Coração, como da parte de todos os pastores de nosso Se-
nhor Jesus Cristo, para agirmos na misericórdia aos traidores infiltrados
na Igreja Católica.
Lembro-me o Tempo que levei para colocar a alma do umbandis-
ta, o mentor da minha mãe, no livro de intenções da missa. Penso em
outras pessoas também na minha vida, o quanto me senti magoada
pelo que me fizeram; entretanto, na oração, na compreensão, num
afastamento como que um retiro feito, eu voltei para dentro de mim
mesma com outro fôlego. Na verdade, mudara e perdoara. Cada pes-
soa saberá o Tempo necessário para o perdão, para o entendimento da
misericórdia. Desejo dizer, meu leitor querido é, por piores que sejam
os que traem Jesus Cristo, o anticristo, tenho a certeza que Nossa Se-
nhora de Fátima conquistará, como Ela mesma diz, o Seu triunfo. Ela é
categórica ao dizer assim:

“Por fim, meu Coração Imaculado triunfará!”


Na página 1044, do livro “Aos Sacerdotes, filhos prediletos de
Nossa Senhora”, nos deixa o seguinte:
“As potências do inferno não prevalecerão”, 1044.
452
Na página 403, “O dragão será acorrentado”.
Na página 756, Ela nos fala: “A minha maior vitória”.
“A vossa Mãe vencerá”, 268.
Na página 1119, Ela diz: “Resplandece a Rainha à tua direita”.

Coloquei para você, querido leitor, alguns títulos apenas, para for-
ner esperança para nós católicos. Não se chega à vitória sem antes
passarmos por certas situações. Para vencer o Mal, precisaremos nos
vencer. Precisaremos vencer, assim como Jorge que venceu suas vai-
dades, seus pecados variados; como variadas são as pessoas. Cada
pessoa possui sua consciência perante Deus, nada poderá esconder.
Mais do que nunca em todo o tempo da História da Humanidade
precisamos de engajamento, de união em todos aqueles que se diz de
Nosso Senhor Jesus Cristo. Afinal, é a Mãe, Nossa Senhora a Rainha
da Paz, que deseja a purificação da Igreja Católica na qual os Papas se
fazem sucessores de Pedro, o primeiro apóstolo que representou a
Igreja para conduzir o seu povo. Nós, os fiéis cristãos, podemos aceitar
o convite de Nossa Senhora da melhor maneira que pudermos respon-
der. A questão da consciência de cada pessoa vem em primeiro lugar
pensando que perante Deus Pai estará nu; D’Ele, nada passará des-
percebido. Ele lê os nossos corações e as nossas mentes e nos fará
julgamento.

“Vocês vão para o céu em plena consciência: a consciência que


vocês têm agora. Para o momento da morte, vocês estão conscientes
da separação da alma deixando o corpo. É errado ensinar às pessoas
que se renasce muitas vezes e que se passa por diferentes corpos.
Nasce-se somente uma vez. O corpo, lançado a terra, decompõe-se
depois da morte... O homem recebe um corpo transfigurado.” Mediugó-
rie, página 84. “Convertam-se Sem Demora!”

453
A questão da conversão. Nossa Senhora em nenhum momento
nos deixa que devemos sair do Catolicismo para sermos um Adventista
ou vice-versa e procurar outras religiões além desta. Temos que pros-
seguir em Cristo e unidos. A conversão deverá acontecer através de
nosso interior com mudanças de comportamento primando por uma
consciência pura, por mais orações e a oração de Consagração ao
Imaculado Coração de Maria. A reza do Santo Rosário muito pedido por
Nossa Senhora. A confissão em dia e a Eucaristia. O cuidado em expor
o Santíssimo em adoração. Não somos nós, os fiéis Católicos de Todo,
que erramos, embora com a nossa parcela grande de rejeição e aban-
dono a doutrina da Igreja. A Humanidade contribuiu através da desobe-
diência gradativa pelo desejo de não se confessar e não procurar Cristo
Eucarístico. A observância da Bíblia, da Palavra de Deus como condu-
ção das vidas individuais, alicerçada em Deus foi negligenciada. Enfra-
queceu-se tanto a Igreja quanto muitos fiéis que rejeitaram o seu ensi-
namento e optaram pela própria liberdade de ações não condizentes
com os princípios morais, éticos, valores etc., propostos pela Igreja Ca-
tólica. Muitos na sua onipotência, sem pensar em Deus, encaminharam
as suas próprias vidas procurando por tantas seitas, credos falsos,
crendices, sem uma constituição sólida da Bíblia — que é a Palavra de
Deus. Por sua vez, os próprios Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa
Senhora, muitos deles, foram negligenciando Deus Pai e Seu Filho,
passando uma explicação natural, racional da Palavra de Deus. O Mal
se fortaleceu como um Todo e está no interior da Igreja Católica, com a
besta negra, a maçonaria eclesiástica. É uma conjuntura. Nossa Senho-
ra nos deixou para não nos afligir, pois isso já estava predito no Apoca-
lipse.
Na Bíblia, que é um dado epistemológico, o professor Quadros,
não encontraria essa explicação de Nossa Senhora de Fátima, como
também, jamais encontraria a resposta do telespectador que lhe per-
454
guntou se os maçons fazem pacto com o diabo. Essa questão não seria
encontrada na Bíblia, de maneira racional, teórica.
Questões como essas somente a Vida poderá responder. Mais
precisamente Nossa Senhora, a Rainha da Paz. Somente Ela como
uma Estrela Guia poderia chegar até nós para iluminar o que acontece
nas sombras com a maçonaria eclesiástica e lojas maçônicas. Assim,
encontrar o nome da maçonaria como tal, na Bíblia, nunca iriam encon-
trar, mas encontram na Bíblia que existe satanás; encontram na Bíblia
que existem sentimentos como o ódio, o amor, males em geral; a Bíblia
nos deixa exemplos de pessoas num Ontem, num Hoje e num Amanhã
que sempre trarão com eles tais sentimentos. Esses males, sentimentos
de soberba, o desejo pelo poder, a vaidade, o ódio, ciúmes, inveja, não
são estáticos. Eles se fazem movimento na Vida; sentimentos em mo-
vimento nas almas das pessoas de Ontem, de Hoje e de Sempre. Não
encontraremos na Bíblia escrito o nome da religião Adventistas do Sé-
timo Dia ou Testemunhas de Jeová ou os Católicos e nem a umbanda
ou quimbanda etc. Mas sabemos da existência de todas elas e muito
mais. A Vida é constituída pelo povo de Deus que ora faz ações que
agradam a Deus e ora caminha em direção contrária aos preceitos de
Deus. É o que está a acontecer nessa ação contrária da maçonaria e
suas lojas maçônicas com a infiltração de sacerdotes e até bispos ma-
çons na Igreja Católica.
A Boa Mãe, por exemplo, no cenáculo espiritual realizado em Mi-
lão, 31 de dezembro de 1995, última noite do ano, vem deixar o “Gran-
de sinal da divina misericórdia”. Algumas passagens que Nossa Senho-
ra de Fátima nos deixa:

“Vede quantos transcorrem estas horas na dissipação e nos diver-


timentos e esperam o novo ano numa atmosfera pagã, com frequência
numa ostentada transgressão da santa lei do Senhor. Vós, transcorrei
estas horas Comigo, na oração e no silêncio, na meditação da minha
455
palavra e numa grande confiança no vosso Pai Celeste. É a Providên-
cia que prepara para vós cada novo dia e cada novo ano, ritmando as-
sim no suceder-se do tempo, o quanto o Pai dispõe para vós novos di-
as de paz e não de aflição, de perdão e não de condenação, para que
possa resplandecer no mundo o milagre da sua divina misericórdia.
Leiamos juntos, nesta noite, os sinais que o Pai nos dá do seu Amor
Misericordioso. Eu sou o grande sinal da divina misericórdia. Por isso,
Eu me manifesto, de maneira tão forte e extraordinária, através das mi-
nhas numerosas lacrimações e das mensagens que dou ao coração
deste meu pequeno filho, que Eu mesma conduzo por todas as estra-
das do mundo, à procura dos pecadores, dos doentes, dos caídos, dos
perdidos, dos desesperados, daqueles que sucumbem às seduções do
pecado e do mal. Por isto convido a todos a consagrarem-se ao meu
Coração Imaculado, e estendo este meu pedido até os extremos con-
fins da terra, através do meu Movimento Sacerdotal Mariano”.

Continua adiante:
“Afastai-vos do pecado e do mal, da violência e do ódio, do culto
que sempre mais é dado a satanás e aos ídolos do prazer e do dinhei-
ro, da soberba e do orgulho, do divertimento e da impureza. E caminhai
pelas estradas renovadas do amor e da bondade, da comunhão e da
oração, da pureza e da santidade. Assim vos tornais vós mesmos sinais
da divina misericórdia para a humanidade arrastada pela tempestade
de indizíveis dores no tempo em que a grande tribulação está chegando
ao seu vértice. Por isto vos chamo cada dia a seguir-Me. Eu sou a Mãe
do belo amor e da santa esperança. Eu sou a Rainha da paz e a aurora
que anuncia tempo novo que vos espera e que sempre mais se aproxi-
ma. Multiplicai em toda parte os Cenáculos de oração que vos pedi.
Sobretudo difundi os Cenáculos familiares, que peço como meio para
salvar a família cristã dos grandes perigos que a ameaçam. Eu sou a
Mãe da vida. Eu sou a Rainha da família. Sacerdotes, meus filhos predi-
letos, respondei ao meu Coração Imaculado, porque sou a vossa Mãe
456
compreensiva e misericordiosa. Minha tarefa é lavar-vos de cada man-
cha, de consolar-vos de toda dor, de dar confiança ao vosso grande
desânimo e forte esperança na vossa solidão. Eu vos ajudo a estar no
mundo, porque desejo que sejais somente, sempre e todos do meu filho
Jesus. Sobretudo para vós, meus filhos sacerdotes, Eu sou hoje o
grande sinal da divina misericórdia. Enquanto este ano chega ao fim, a
todos vos abençoo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.” Pá-
ginas 1030 a 1032. Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Senho-
ra. Não está na íntegra.

“Vocês todos são meus filhos. Certamente, todas as religiões não


são iguais, mas todos os homens o são perante Deus, como diz São
Paulo. Não basta pertencer a Igreja Católica para ser salvo, mas é ne-
cessário respeitar os mandamentos de Deus e seguir a sua consciên-
cia. Aqueles não Católicos não são menos criaturas feitas à Imagem de
Deus e destinadas ao reencontro, algum dia, na Casa do Pai. A salva-
ção está ao alcance de todos, sem exceção. Apenas aqueles que rejei-
tam a Deus, deliberadamente, são condenados. A quem foi dado muito
(aos Católicos), muito se pedirá. É somente Deus, em sua infinita justi-
ça, Quem determina o grau de responsabilidade e pronuncia o julga-
mento.” Página 95. Livro Mediugórie, Convertam-se Sem Demora!

A maçonaria não é uma religião. Ela é uma associação secreta,


uma seita e formada por homens. Podemos não encontrar o nome ma-
çonaria na Bíblia dizendo se faz pacto ou não com o diabo, ali, escrito
na Bíblia. Sabemos, entretanto que esse Mal se criou se formou de
forma perigosíssima, muito grave dentro da Igreja Católica e fora dela
através das lojas maçônicas. Nossa Senhora de Fátima é categórica
quando diz assim:
“Então, a maçonaria eclesiástica procura destruir o fundamento da
unidade da Igreja, com o ataque traiçoeiro e insidioso ao Papa”. Página
694. “Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Senhora”.
457
Satanás existe. Existe o germe do Mal. O mesmo germe que traiu
Jesus Cristo e que o fez ir para a Cruz. Assim, atualmente Jesus Cristo
não é traído por algumas moedas, mas a Sua Igreja está sendo traída
pelo mesmo germe em muitos Judas Iscariotes. Continua a questão
gananciosa do vender-se por dinheiro, pelo poder e status; pela segu-
rança que o dinheiro parece dar; pelo comodismo, luxo, enfim, o dinhei-
ro que tudo parece poder comprar. Poderemos conquistar a paz bus-
cando e colocando a Luz sobre as sombras, as trevas transpassadas
pelo clarão e a possibilidade de muitos se converterem. Uns buscam
por Deus outros optam por satanás. Uns primam pelo sublime, pela po-
esia, por anjos enquanto outros buscam o materialismo, o dinheiro,
pensam no dinheiro vinte e quatro horas para saciar seus interesses
próprios, considerando que ele lhe dará tudo do que necessitam na vi-
da. O dinheiro passa a se constituir a busca para a felicidade, a garantia
na vida. Ele garante tudo, pensam muitos. Entretanto, a vida é muito
mais do que esse olhar para baixo “catando pedrinhas”. A vida “catando
pedrinhas” escraviza um ser. Seu olhar passa a ter um alto fardo e um
alto preço a pagar por isso. A vida transcende, vai além. A vida é dom
divino e a garantia maior, muito maior, é a alma para Deus. De nada
valerá a vaidade das vaidades. De nada valerá a busca desenfreada
pelo ouro pondo em risco a alma. De nada valerá a entrega da pessoa
para esse deus dinheiro. Quem se entrega a ele seca a alma. Acaba
por coisificar o seu outro, vendo-o não como uma pessoa, mas alguém
que deve produzir e que vale pelo que produz. Torna-se frio, vai per-
dendo valores; vai perdendo a dignidade vai perdendo a moral vai per-
dendo os princípios e se afasta radicalmente de Deus, pois tem como
princípio de tudo o Ter e não o Ser. Se possuírem dinheiro, são felizes
e se não possuem não são nada, pensam alguns. Misericórdia! Acredito
que, como batizada na Igreja Católica Apostólica Romana e fiel a ela, a
Vida vai além da Bíblia como escrita, apresentada a nós, como via epis-

458
temológica. Desejo dizer com isso que muitas pessoas não possuem a
graça de ter contato com a Bíblia. Existem pessoas que não sabem ler.
Outras pessoas sabem ler, possuem a Bíblia e não entende o que ali
contém. Existem inúmeras situações que fizeram com que a vida da-
quela pessoa fosse de um jeito ou de outro e afastada da Palavra de
Deus, o que é uma lástima. Deus, com seu poder, faz as interferências
de acordo com a necessidade e coração de uma determinada pessoa,
agindo nela com a Sua graça misericordiosa. Isso não está na Bíblia,
mas está no movimento do Espírito Celeste. Assim pode acontecer o
inverso do lado do animal, ou seja, pessoas que se deixam absorver
pelo movimento da vida do Espiritual maléfico. É o caso dos interesses
dos participantes da maçonaria. Os pastores Adventistas, por exemplo,
creio que não possuem o Conhecimento das mensagens de Nossa Se-
nhora, das Suas aparições, talvez. Ou não acreditam em Nossa Senho-
ra, no Seu poder? Ou interpretam a Mulher revestida de sol de outra
maneira? Não sei. O que eu sinto é que certas situações não podemos
compreender racionalmente. Nas primeiras páginas da Obra de Nossa
Senhora, Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Senhora, encontra
o seguinte:
“A Igreja é Luz do mundo. “Lumem gentium”. Muitas vezes, porém,
os males do mundo em que vive, se tornam doenças que atingem a
parte humana da Igreja. Isto vem sendo provado há quase dois mil anos
de sua história. Hoje, a Igreja vive em um mundo que construiu uma
nova civilização secular. O espírito do mundo ou o secularismo, pene-
trando no seu interior, foi a causa do grande sofrimento e da crise que
ela vive. É a famosa “fumaça de satanás”, da qual falou o Papa Paulo
VI, de venerável memória. O secularismo, a nível intelectual, torna-se
“naturalismo”. Por causa do racionalismo, há hoje uma tendência para
interpretar de modo humano todo o mistério de Deus e o depósito da
verdade revelada: assim, frequentemente se negam os dogmas funda-
459
mentais da fé e, de maneira oculta e ambígua, difundem-se os erros
mais graves, que muitas vezes são ensinados mesmo nas escolas cató-
licas e pouco ou nada se salva da Sagrada Escritura e até do Evange-
lho de Jesus. “Compusestes um Evangelho vosso, com palavras vos-
sas” (25 de setembro de 76). Do naturalismo vem, hoje, o hábito de va-
lorizar a ação pessoal, a eficiência e a programação no setor apostólico,
esquecendo-se o valor primordial da Graça Divina e que a vida interior
de união com Cristo, isto é, de oração, deve ser a alma de todo aposto-
lado. Isto dá origem a uma gradual perda de consciência do pecado
como um mal e a desvalorização do Sacramento da Reconciliação, que
já se difundiu por toda a Igreja. Contra esses erros, que, de maneira
enganosa e perigosa, ameaçam a integridade da fé, claramente pro-
nunciou-se o Cardeal Joseph Ratzinger, Prefeito da Sagrada Congre-
gação para Doutrina da Fé, com a famosa entrevista publicada no seu
livro: “ A Fé em crise”? Também o magistério do Papa pronuncia-se,
com frequência, enérgica e insistentemente. Então, espontaneamente
perguntamos: Por que a Igreja ainda não saiu desta profunda crise de
fé? A persistência da crise na Igreja depende somente da sua desunião
interna. Por essa causa, hoje, nem todos escutam e seguem o que diz o
Papa no seu magistério. Nossa Senhora obteve para a Igreja um gran-
de Papa, consagrado ao seu Imaculado Coração, o qual Ela mesma
conduz a todas as partes do mundo para difundir a Luz de Cristo e de
seu Evangelho de Salvação para todos confirmar na fé: Pastores e re-
banhos a eles confiados. Mas, em torno do Papa, muitas vezes, faz-se
um grande vazio; seu ensino não é acolhido por toda a Igreja e frequen-
temente, sua palavra cai no deserto. No entanto, a renovação da Igreja
realiza-se somente através da sua unidade interna. O caminho a per-
correr é, portanto, o da perfeita união de todos os Bispos, Sacerdotes e
fiéis com o Papa”.(O Papa do qual Nossa Senhora se refere é João
Paulo II). Páginas XXV e XXVI. Não está na íntegra.

460
Disse há pouco a existência de situações não explicadas de forma
racional. Por mais que queiramos encontrar na Bíblia certas explicações
ao nível de entendimento, pela inteligência, pela razão, ali não iríamos
encontrar. Mas sabemos que na Bíblia existe, sim, o sentimento do
Amor. Se tomarmos somente duas pessoas importantes, por exemplo,
Jesus Cristo e Sua mãe Maria. Não somente o Amor, mas a Obediên-
cia, o Temor de Deus, o dizer o Sim para Deus, essas duas pessoas
assim agiram para Deus. Eu posso não ser um personagem bíblico,
mas por amor a minha Mãe, por amor ao meu Jesus amado e ao meu
amor a Deus, sentindo todos os benefícios que recebi D’Eles na minha
vida, estou corajosamente me expondo. Por amor aos meus filhos, neta
e futuros netos (coloco aqui todas as crianças, todos os jovens, todos
os velhinhos indignados com a vida atual), a uma sociedade de quali-
dade de vida superior espiritual e material eu estou aqui dando a minha
vida, meu testemunho. Uma vez, eu senti a dor da solidão e da falta do
amor. Uma vez eu estava lutando com todas as minhas forças contra o
animal para que eu pudesse respirar nesta vida. Senti o sofrimento
vendo a minha amada irmã enterrada viva nesta vida sem eu ter auto-
nomia sobre a situação. Desejo um mundo melhor para os considera-
dos “loucos”. Que se faça a justiça divina e a Sua misericórdia para
aqueles que não creem na Palavra de Deus. Desejo um mundo de al-
mas livres das garras do animal. Sei que existem muitas pessoas ino-
centes presas ao demônio como a minha mãe terrena o foi por longos
anos. Isso atrasa; isso é algo nefasto para toda uma família e socieda-
de. Quem pode explicar sentimento assim? Na Bíblia, não constará a
minha pessoa, mas o amor sim. O amor está contido em pessoas. As-
sim como o ódio, a destruição também está contida em pessoas. Por
isso, o cuidado para não fazer desse Tempo um Tempo de competi-
ções; ficar jogando bola em qual time vai ficar um fiel que é cristão. Não
é relevante o time, mas os jogadores, ou seja, cada fiel deve antes de

461
tudo cuidar de sua consciência.
Encontrei a graça de Deus. Tudo foi surgindo para mim através da
Providência Divina. A Bíblia foi extremamente importante para mim, no
Tempo e esse instrumento de salvação esteve obscurecido totalmente
de mim. Surgiu-me como alicerce no Tempo e importantíssimo para que
eu pudesse encontrar a verdade, o fundamento, parâmetro da verdade
na Palavra de Deus. Quantas outras situações apareceram em minha
vida, muito importantes, para o meu crescimento espiritual, surgiram na
via amor, via coração. Deus me tocou primeiramente, proporcionando
aquela escola de Irmãs, de freiras, onde tive contato com a imagem de
Nossa Senhora do Imaculado Coração de Maria na sua doçura de Mãe,
mas se mostrando ali com poder sobre o Mal. Aprendi, na doutrina Ca-
tólica, que guardamos o domingo porque é a Ressurreição de Jesus
Cristo, a nossa Páscoa, sempre comemorada neste dia da semana.
Para nós, Católicos, o domingo de Páscoa é o dia mais importante do
calendário litúrgico. Para nós, o domingo sempre foi guardado e é o Dia
do Senhor. Vamos às missas aos domingos. Jesus Cristo é o centro de
tudo! Jesus Ressuscitou! Venceu a morte e por amor a nós, pela remis-
são dos nossos pecados. Então, não vivemos o Antigo Testamento,
mas nos baseamos principalmente no Novo Testamento. Guardamos,
então, o domingo devido a Ressurreição de Jesus Cristo. Jesus Cristo
sendo o Centro do Novo Testamento, iniciando a Era Cristã a partir do
Seu nascimento, a Igreja Católica Apostólica Romana coloca também a
Ressurreição de Cristo, como a data litúrgica mais importante, para nós
Católicos. O domingo, como o Dia do Senhor e a nossa Páscoa, data
móvel, no calendário litúrgico sempre é comemorado no domingo, o da
Páscoa; a Passagem para a Vida Nova legada por Cristo através da
Sua Ressurreição.
No judaísmo, por exemplo, guardam até os dias atuais o sábado, pois
eles vivem o Antigo Testamento. O povo judeu não possui o Novo Tes-
462
tamento. O calendário do povo judeu não é contado como o nosso, por
exemplo. Os Adventistas do Sétimo Dia guardam, assim como o povo
judeu, os sábados. Será que o nosso Deus, o nosso Deus Amoroso e
Misericordioso, Jesus Cristo estaria deixando de nos ter, os fiéis católi-
cos, em seus corações sabendo que os amamos tanto? Sabendo que
há milênios tantas e tantas boas instituições muito fizeram em termos
de caridade, de boas construções na religiosidade e entrega de tantas
pessoas em prol da Humanidade? Todos os santos e as santas, Madre
Tereza de Calcutá, Bárbara Maix, as freiras da Congregação do Imacu-
lado Coração de Maria, inúmeras pessoas lindas por dentro alma e co-
ração; essas pessoas na luta por um mundo melhor, mais justo não tem
valia? Sabemos que satanás, os demônios podem estar em qualquer
lugar e em qualquer pessoa na qual a consciência não esteja realmente
em Deus. Naturalmente dentro destas instituições sempre haverá boas
e más pessoas. Isso faz parte da vida. Também dentro dos Adventistas
do Sétimo Dia assim ocorre com toda a certeza. O importante é obser-
var os Dez mandamentos da Lei de Deus; observar as suas consciên-
cias em Deus. O importante é ter como único mediador para a salvação
das almas, Jesus Cristo.
“Nossa Senhora enfatiza que Jesus Cristo é o único mediador da
salvação.” “Mediugórie — Convertam-se Sem Demora!”, página 59.
Enfim, não sou teólogo e nem uma estudiosa da Bíblia e minha
caminhada é solo. Eu aprendi com a Vida e a Vida ensina. Como filóso-
fa e uma filósofa religiosa, entretanto, e devido ao Tempo que urge me
sinto impelida a compartilhar meus pensamentos, pois as minhas ob-
servações, lendo o que Nossa Senhora de Fátima nos deixa com as
Suas revelações, encontram ali sintonia. Preciso de você na união forte
do amor, fé e esperança para vencer o Tempo do Apocalipse. Nossa
Senhora, como nunca, sabia muito bem o que tinha que ser feito. Fala
de um tempo de purificação e da grande tribulação. Graças a Deus, a
463
minha Mãe amada surgiu em minha vida! A presença materna de Nos-
sa Senhora do Imaculado Coração de Maria. Eu não tenho palavras
para definir o Amor sentido por Ela e o quanto Ela representou e repre-
senta em minha vida. O que sinto em mim com relação à Maria Mãe de
Jesus é tão forte; não existiria nada no mundo que fizesse apagar essa
força de amor pela Mãe. Nela eu acredito e nela confio. Nela eu coloco
a minha esperança. Nossa Senhora se faz sinal da presença de Deus
na Terra. Ela, mesma, nos diz assim, na página 683, “Aos Sacerdotes,
filhos prediletos de Nossa Senhora”:

“O Senhor me revestiu da sua luz e o Espírito Santo me revestiu


da sua potência, assim Eu apareço como um grande sinal no céu, Mu-
lher vestida de sol, porque tenho a missão de subtrair a humanidade do
domínio do enorme dragão vermelho e reconduzi-la toda à perfeição
glorificação da Santíssima Trindade.”

Nossa Senhora nos prepara para a vinda de Jesus Cristo. O Tem-


po é para unir forças e não separar os fiéis cristãos na desconfiança se
o sábado foi feito para o domingo ou se o domingo foi feito para o sá-
bado. Gostaria muito, muito mesmo, que a resposta fosse o que o pro-
fessor Quadros explica sobre o sinal da besta. Mas é muito, mas muito
mais complexo; além disso, importantíssimo e sério. Antes de passar a
você meu leitor, as mensagens de Nossa Senhora sobre a marca da
besta e outras questões que norteiam o assunto, vou contar-lhe algo
que passei a observar no Tempo da minha caminhada em Deus e no
Seu adversário. Você lembra quando eu fui apresentada com 7 anos de
idade aos deuses dos pagãos; você lembra quando perdi a minha so-
brinha com 8 anos, porque a umbandista dissera que não fora realizada
a segurança de vida com 7 anos de idade e que de 7 em 7 anos esse
ritual deve ser feito. Você deve lembrar que observei em um boteco de
beira de estrada escrito: fruteira do senhor sete. Não contei, entretanto,
o que vem agora. Para você, o que vou aqui contar soará como algo
464
incabível. Mas eu afirmo que para mim, na pior das dores, foi assim que
passei a chegar perto do entendimento do senhor sete. Ele poderá ser
um algarismo como outro qualquer para você, mas para mim, ele pas-
sara a ser um sinal, uma indicação do Mal e do Bem. Um Tempo a me
indicar a perseguição maléfica e a me indicar também o sentimento de
proteção em Deus por outro lado e que, em Deus, eu poderia encontrar
inclusive a minha justiça perante a perseguição do Mal, do espiritual
maléfico. Isso foi assim para mim.
Não contaria, mas devido ao encaminhamento das situações na
vida passo a dar mais esse testemunho. Eu observara que aquele “7”,
aquele sete causador da morte da minha sobrinha, aquele sete que eles
contam como Tempo para você fazer as seguranças de vida e mesmo
as trocas de vidas, nessas casas de umbanda, quimbanda etc., enfim,
passara a levar muito a sério as minhas observações no sofrimento da
Vida. Passara a sentir aquele sete como um controlador maléfico; como
Alguém que estava no mundo invisível, no mundo espiritual, naquelas
casinhas de umbanda ou batuque, como costumam dizer vulgarmente,
mas que não era para se brincar, não. Passara a respeitar mesmo! A
ter aquilo como um Mal e então correr atrás duma verdadeira seguran-
ça: Deus Verdadeiro, Jesus Cristo na Eucaristia. Você sabe algumas
coisas da minha historicidade, pois deixei narrada. Sabe do que passei,
do quanto eu sofri; visto que à minha volta existiam muitas pessoas da-
das à prática dessas seitas. Continuando então. Eu, na minha ingenui-
dade sofrida, desejosa de respostas para tanto sofrimento, enquanto eu
fazia as minhas aulas de Ensino Religioso Escolar, ou seja, preparava
as aulas, o conteúdo para dar aos adolescentes, eu começava a apren-
der à medida que preparava as minhas aulas para os meus alunos. Eu
reparava, por exemplo, do lado de Deus havia os 7 dons do Espírito
Santo (Sabedoria, Temor de Deus, Piedade, Entendimento, Fortaleza,
Conselho, Ciência); os 7 Sacramentos que são os sinais de Deus no
465
mundo para nós (Batismo, Crisma ou Confirmação; Reconciliação ou
Penitência ou Confissão; Eucaristia, Unção dos Enfermos, Ordem, Ma-
trimônio). Aprendi que são 7 os elementos essenciais da Criação: ar,
terra, água, fogo, o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Aprendi a observar
muito mais da parte de Deus Pai, como os 7 dias da semana criado pa-
ra nós, no nosso calendário e Tempo da Criação de Deus e outros 7
empregados na Bíblia para indicar ainda muito mais. Não sou uma es-
tudiosa da Bíblia. Tudo que sei foi através da Vida, da Providência Divi-
na que me abriu os olhos para a existência sim, do Mal, do espiritual
maléfico atuando nos ares e a existência de Deus como nossa total se-
gurança frente a esse triste e real existir do demônio. Passara a obser-
var, então, que da parte do demônio ele agia com relação a uma perse-
guição espiritual maléfica ao que Deus tenta aqui na Terra construir. O
animal se contrapõe a Deus Amoroso e Misericordioso aqui na Terra.
Na minha caminhada, algumas coisas se apresentavam de maneira a
me chamar a atenção. Aquele 7 misterioso que, volta e meia se apre-
sentava para mim de maneira extremamente forte, da parte da umban-
da e passara a se delinear nos setes que envolviam a parte de Deus
também. Sempre com a noção, entretanto, que os setes de Deus de-
terminavam maior poder, obviamente. Deus é Criador. Deus é Vida.
Deus é construção, reerguimento e a Sua Palavra, a Bíblia, me dava a
segurança e confirmação possível sobre a defesa sobre o animal; pas-
sara a odiar com todas as minhas forças pelos malefícios (os demô-
nios) realizados tanto para a minha alma, minha vida, minha caminhada
sempre sofrida, nas tantas situações que “eles” armam, para fazer su-
cumbir a mim e demais amados. Minha própria família teria tudo para
ser uma família unida, linda, mais feliz se não fosse a existência do Mal
e a busca errônea no que tange ao espiritual maléfico.
Obviamente que o animal apresentava o pior para mim: a morte, o
sofrimento, a infelicidade, a escravidão da alma e eu tinha que lutar
466
sair do Mal que me rodeava. O calvário do sofrimento da minha amada
irmã por seus 40 anos; a alma escrava da minha mãe mais de 20 anos
fazendo as suas ofertas no lugar errado; as tribulações, as discórdias
na vida de outras pessoas na família e que para mim, não deram tré-
guas, pois eu pensava neles, eu amava cada um deles como os amo
ainda hoje e isso não me dava a paz almejada. Para mim, não existe
sentimento mais precioso do que a paz interior. Quem viveu na tribula-
ção, nos constantes embates, na luta acirrada pela salvação própria
sabe avaliar o que eu digo. Sensível, sofrida, solitária passara nessa
sensibilidade a rastrear certas coisas...
Passara a contar as letras da palavra Mentira, eu odiava muito;
não pouco, mas muito, com todas as forças do meu intelecto e do meu
coração. Assim, 7 letras possui a palavra Mentira. Satanás=7. Lúci-
fer=7. Passara a contar as letras da palavra demônio= 7. Umbanda= 7.
Batuque= 7. Maldade= 7. Maligno=7. Os pecados capitais são 7 (Luxú-
ria, Avareza, Inveja,Gula,Preguiça, Ira, Vaidade). O ano de 1997, cujo
final possui o 7; Jesus Cristo morreu por mim, pois que eu morreria se
não O tivesse para a minha salvação naquela carta da Mentira. Mas
que, por outro lado, encontrar na Palavra de Deus o Apelo à Justiça de
Deus, o Salmo 7. Mais um sete, do Bem!
Assim, Verdade=7, que se contrapõe a Mentira; Bondade=7, que
se contrapõe a Maldade... Como se naquelas observações feitas me
dissesse assim: “viu? Você vê como nesse mundo existe uma perse-
guição entre tudo o que é de Deus Amoroso e Misericordioso? Uma
imitação? Um plagiador? Alguém que deseja o ódio ao invés do amor?
Deseja a morte ao invés da Vida?”.
Assim, eu caminhava a minha vida percebendo muitas coisas,
mas sem ter com quem falar. Como falar algo assim para qualquer pes-
soa? Nunca pensara na maldade. Nunca pensara poder existir, por
exemplo, um Criador aqui na Terra, do Mal, por exemplo. Alguém vindo
467
aqui a Terra colocar antagonismos, colocar inclusive palavras imitado-
ras, de plágios ao que Deus Criou primeiro do Bem para todos nós.
Passara a pensar assim: quem será que botou o nome de Cão (tão feio)
para denominar a palavra cachorrinho ou bichinho? Quem será que co-
loca, muitas vezes, nomes tão horríveis em certos seres queridos? En-
fim, aprendi da pior maneira possível na minha vida, na inocência, mas
sei necessárias. As situações da vida iam se revelando ou se desvelan-
do. Sempre fui uma pessoa muito em mim. Não chamaria egoísta não.
Chamaria de sofrida. Sempre sofrida e pensando como ser feliz. Sem-
pre sofrida e me sentindo desajeitada frente a outras pessoas, pois as
observava rirem, serem felizes. Procurava então, me apegar a coisas
em mim mesmo para ir levando a vida. Nessa caminhada existencial
espiritual passara algumas vezes a conversar com meu amigo sacerdo-
te e bispo que está num outro Estado do Brasil. Ele me ouvia com aten-
ção, respeito e entendimento. Sabia que ele possuía o amor a Mãe. Ele
entendia que o Mal existe realmente e me acompanhava nas minhas
lágrimas, no sofrimento, nas minhas descobertas. Falava sobre o que
sentia sobre a minha família e o que eu considerava ali, sobre o Mal.
Enfim, quando eu me encontrava com meus irmãos em Nossa Senhora,
nos cenáculos do padre Stefano Gobbi na cidade maior, eu me sentia
bem, feliz e não tão sozinha na caminhada da vida, porque acreditava
existir pessoas nos mesmos afins, que acreditavam no que eu acredi-
tava ao ler o Livro. Pelo menos eu sentia a presença de pessoas unidas
e os encontros me fortaleciam.
Tudo conspirava para acreditar realmente no animal e sua perse-
guição. Eu criei a minha teoria e tese de Vida sobre o animal. Poderá
custar a minha própria vida. Se for da Vontade de Deus, assim será. Se
Deus precisar de mim, assim será. Enfim, começara a observar esse
paralelo, essa corrida desenfreada enfrentada nas perseguições espiri-
tuais maléficas e a corrida na busca de Deus, das respostas para a mi-
468
nha salvação. Observara naquele senhor 7 e passara a se evidenciar
por aqui. Um senhor controlador, um senhor da desgraça, da morte, da
barganha. Um dia, não sei como, eu me deixei atrair para o código de
barras, pois peguei um produto de higiene pessoal nas mãos e avistei
um algarismo 7, como um testa-de-ferro. O 7, como algarismo, vem se-
parado na frente de outros algarismos. Fui até o armário da cozinha e
olhei todos os outros produtos e verifiquei o algarismo 7 continuava co-
mo o testa de ferro e logo a seguir a ele, outros algarismos. Enfim,
guardei isso para mim. O que adiantaria falar? Precisa-se de um con-
texto para que tenham sentido certas situações de vida. Ali, naquela
situação singular, poderia ser vista como “louca”, por exemplo. Deus,
entretanto, já se fizera apresentar na Sua Palavra sobre quem conside-
ra o seu irmão “louco” e eu sabia que louca não era. Teria meu jeito
único de ser no mundo, pois minha alma é única. Poderia estar cisman-
do, como costumam dizer algumas pessoas. Enfim, o Tempo passou e
eu esqueci essa questão. Mas, obviamente, eu não esqueci o demônio.
Este eu continuei respeitando, sabia, pois aprendi amargamente e sei
da sua existência. Procurei com todo o meu intelecto e coração a ajuda
de Deus Amoroso e Misericordioso para eu poder sair da penúria exis-
tencial na qual me encontrava. Quanto ao código de barras com o testa
de ferro 7, voltei ao armário ao escrever sobre isso para você, meu lei-
tor, e continua tudo igual. Inúmeros produtos alimentícios, de higiene
pessoal e de higiene de casa entregues à testa de ferro. Ao senhor 7.
Diria que é a maioria dos produtos que eu tenho possui o 7 como testa
de ferro. Sei que há outras numerações como algarismo principal. Sei
também que você achará bem natural que seja preciso existir um códi-
go de barras nos produtos. Sei que muitos acharão bobagem e até fa-
rão piada do que aqui eu coloco. Entretanto eu digo: primeiramente,
isso foi assim para mim. Isso que aqui narro, aconteceu comigo num
Tempo de extremo sofrimento. Sofrimento de perseguição espiritual e

469
maléfica. Em segundo lugar, você, pelo menos, há de convir comigo
que o código de barras é um instrumento criado no Tempo e que é sim
controlador. Creio que passara a ser criado na década de 80. Você po-
derá fazer as suas pesquisas sobre esse assunto. Tenho a certeza de
que se continuarem a dialética ficarão bem surpresos na caminhada e
não será mais minha. Será da Humanidade. Passei os olhos por cima
consultando o ano da existência desse controle. Isso não é relevante
para mim. Desejo deixar para você, querido leitor em que circunstância
o senhor sete se fez surgir para mim, como Mal espiritual. Disso, eu
posso falar, pois senti e foi e é real. O controle também é real. Posso
falar o que acredito quanto ao que a Nossa Senhora nos deixa sobre a
maçonaria eclesiástica, as missas negras e satânicas, o culto ao demô-
nio e pessoas envolvidas nessa seita fazem sim, o mundo material hor-
rível e controlador. As emanações e pedidos são realizados às escon-
didas, nas sombras como já se referiu a Mãe Santíssima e a partir dali
os malefícios se sucedem no plano material.
“As tramas escondidas e obscuras, que a maçonaria urde contra
vós, para fazer-vos cair na sua rede, são reveladas e destruídas pelos
santos, os quais fazem descer do Paraíso uma forte Luz, que vos en-
volve, para perfumar de fé, de esperança, de amor, de pureza e de san-
tidade, toda a vossa existência”. Página 713. “Aos Sacerdotes, filhos
prediletos de Nossa Senhora”.
“A todas as insídias que o dragão, a besta negra, a besta seme-
lhante a um cordeiro e os espíritos malignos a cada dia vos preparam,
os anjos do Senhor têm a missão dada por Mim de responderem, com
força e com potência. Quanto é grande, hoje, o seu poder celeste, por-
que são enviados por Mim para rebater a tática do meu adversário, que
é a de afastar tantos meus pobres filhos da adoração devida ao nosso
Deus, com a difusão cada vez maior do culto satânico e das missas ne-
gras. A esta perversa e blasfema ação dos demônios, os anjos respon-
470
dem com o seu perene, profundo e incessante ato de adoração e de
glorificação ao Senhor”. Página 713. “Aos Sacerdotes, filhos prediletos
de Nossa Senhora”.
O interessante é desvelar. O interessante é ir além do óbvio e sa-
ber quem desejou criar esse instrumento codificador e controlador que
a princípio vem com a máscara, a maquiagem de tudo ficar ainda mais
prático ao comércio, ao fabricante, a quem fica acima de quem fabrica.
Quem possui o gerenciamento de tudo? Quem pediu que criasse tal
instrumento megacontrolador do que se come se veste se usa como
higiene pessoal e de casa etc.. Dias desses, eu estava deitada e me
veio à mente algo da minha adolescência. Recordei que foi no ginásio
que vira pela primeira vez um código de barras. Não havia algarismos,
mas era algo estranho e meu amigo levara uma folha e me mostrava
como olhar para aquilo na folha. Tinha que colocar a folha perto dos
olhos na horizontal para enxergar o que ali continha. E saia algo cheio
de riscos pretos da mesma forma do código de barras. Era algo diferen-
te. Não recordo se dava para ler alguma coisa naquele código. Meu
amigo era muito inteligente, sabia desenhar muito bem e às vezes apa-
recia com alguma coisa diferente feita por ele. Seu pai era maçom, fica-
ra sabendo mais tarde. Naquela época, ainda se comprava os manti-
mentos em armazéns, tomando nota nas cadernetas para pagar no final
do mês. O comprador tinha total crédito. Daquele Tempo para cá, muita
coisa mudou com toda certeza. Tínhamos dois tipos de sabão, por
exemplo. Com a demanda dos fabricantes, os inúmeros produtos pas-
saram a se abarrotar nas prateleiras. De repente, passamos a ter um
número infinito, por exemplo, de produtos que usamos para lavar a lou-
ça. Não sei o que escolher quando vou ao supermercado. O pior: as
minhas mãos estão impossibilitadas de ser usadas sem a proteção de
luvas. Minhas mãos devem ser cuidadas e para tudo uso luvas. Eu não
tinha as minhas mãos assim; elas secam, coçam, criam bolhinhas. Pre-
471
ciso usar cremes constantemente. Enfim, é uma enxurrada de produtos
criados por qualquer cidadão (eureka! _exclamação de Arquimedes de
Siracusa). Colocam no mercado. Para colocar o produto no mercado, o
que é feito? Se paga um valor para quem? Quanto? E daí? Quem arre-
cada o dinheiro disso tudo? Para quem vai? Deve estar milionário! Deve
estar milionário, pois a quantidade de produtos somente de limpeza é
de causar espanto! Isso não facilita, só complica! Não há limite. Tem,
sim, alguém lucrando com tudo isso. Existe, sim, um controlador. Este
controlador, no topo, para quem tudo emana. No Brasil, o senhor sete
nos produtos impera. É impressionante! Bem, são observações que eu
faço que eu senti a nível espiritual maléfico com relação ao senhor sete.
Que a dialética se encaminhe no decorrer do movimento da Vida.
Quando eu falo em dialética, ou que eu preciso de você para uma dialé-
tica, não desejo dizer com isso que você precisa me falar algum dia so-
bre questões aqui abordadas. Não é isso. Sou uma voz que soa para o
mundo, que já fez a sua caminhada sofrida e não tenho a mínima pre-
tensão de retorno, de respostas para mim. Nem desejaria isso. O meu
desejo é deixar como filósofa religiosa as minhas observações, as mi-
nhas mazelas existenciais, para que você pondere, para que você tire
suas próprias conclusões, para que você fique atenta na vida e não
mais uma ingênua. Volto a dizer que sofri demais. Sofri muito mesmo e
o meu interesse maior não está neste mundo. Você já escutou esta fra-
se que diz assim “estou no mundo, mas não pertenço a ele?”. Assim, eu
sempre me senti. Se eu volver meu olhar num Tempo passado e procu-
rar algum momento na minha vida em que tenha vivido bem, curtido
muitas coisas desta vida terrena, não encontro. Meus melhores momen-
tos foram quando conheci meu amor, minha pessoa certa. Quando saí-
amos a passear e o vidro aberto da janela do carro, o ventinho tocando
meu rosto e os cabelos soltos bailando pelo vento. Escutávamos as
nossas músicas belíssimas e as que eu podia acompanhar cantando,

472
assim fazia. Parávamos o carro para ver os vaga-lumes em quantidade
à noite. Que momentos inesquecíveis! Dispor da companhia do meu
amor sempre foi e ainda é algo maravilhoso. É assim que eu gosto de
viver o mundo. Ao lado da pessoa amada. Sinto a raridade das alegrias
da vida. Meu sonho seria viver quietinha, no anonimato e ao lado do
meu amor. Numa casa do nosso jeito, da qual nos conforta e a minha
Mãe amada pudesse me receber na hora da minha partida. Existiria
ainda dádiva maior? Da realidade aqui vivida a família Celeste me pro-
porcionou na Providência Divina a percepção da Sua existência para
pode vencer, me considerar uma vitoriosa. Partir em Paz, mesmo dei-
xando questões tão polêmicas, mas necessárias para a continuação da
História. Depois da crise necessária a bonança se estabelece. Desejo a
Paz para quem fica, pois essa paz também eu não tive num Tempo.
Nossa Senhora de Fátima coloca questões amplas pelas quais eu
tenho o maior respeito, apesar de verdadeiramente eu não possuir o
alcance, a inteligência para saber o que Ela deseja dizer. Por isso, faço
o pedido: preciso de você, preciso da dialética, pois é a Humanidade
padecendo do controle do animal de forma além das minhas observa-
ções. Vamos ver, logo mais, o que Nossa Senhora de Fátima nos reve-
la como a marca da besta e esta se difere do que Leandro Quadros,
Adventista do Sétimo Dia, nos coloca; para ele, todos aqueles que se-
guirem guardando o domingo e não o sábado é que terão a marca da
besta. Não estou fazendo estudos sobre isso; apenas desejo deixar re-
gistrado para você, querido leitor, o que Nossa Senhora de Fátima reve-
la ao padre Stefano Gobbi sobre o número da besta, a marca sobre a
fronte e sobre a mão a nível mundial. Como você considera que um an-
ticristo poderá se fazer devir? Esse vir-a-ser é um conceito filosófico.
Assim que, numa pesquisa realizada3, encontro o seguinte sobre o filó-

3
http://www.filosofia.com.br/historia_show.php?id=11
473
sofo Heráclito e as explicações a seguir:
“Além do mundo o homem deve examinar a si próprio. Na pesqui-
sa o filósofo pode encontrar diversas respostas diretas e claras a res-
peito do mundo. Mas ao pesquisar a si próprio o homem vai encontrar
uma profundidade infinita de conhecimentos a serem descobertos.
Quanto mais nos aprofundamos em nós mesmos mais percebemos que
somos mais profundos. Essa descoberta de nós mesmos jamais termi-
na. A razão última do que sou vai sempre estar fora do meu alcance,
quanto mais conhecimento tenho de mim mesmo mais percebo que te-
nho outros conhecimentos a conhecer sobre mim mesmo. Esse proces-
so cada vez mais profundo e cada vez mais íntimo de conhecer a mim
mesmo não tem fim.”
Assim sendo, posso dizer que tanto eu mesma fui me descobrin-
do, fui me fazendo Ser, fui um devir constituída por Deus, em Sua Pro-
vidência, para que eu pudesse chegar até você, meu querido leitor.
Nem mesma eu, entretanto, tenho as respostas sobre o alcance das
colocações desta obra. Preciso da dialética. Preciso de alguém que si-
ga a caminhada de onde eu vou parar. Assim que, nesse devir do ho-
mem, poderá nascer também o anticristo. Do outro lado, do Maligno, de
satanás, alguém neste exato momento também pode estar se consti-
tuindo ou já constituído ser o anticristo. O Conhecimento foi surgindo
para mim na Vida. Assim pode também acontecer do lado oposto. Fi-
quei calada sobre esta questão por longos anos, porque eu não tinha
um contexto; minha dialética sobre isso está em consonância com Nos-
sa Senhora de Fátima nas revelações a padre Stefano Gobbi. Eu nunca
poderia imaginar um dia estar aqui neste papel existencial, trazendo
essas Verdades somadas às minhas verdades, verdades de nossa Mãe
amada. Foi acontecendo e fui conhecendo gradativamente as situa-

474
ções. Nunca imaginaria eu ouviria num programa de televisão, por
exemplo, as explicações dadas por Leandro Quadros e que eu tivesse
que refutar, no sentido de apresentar para você, meu querido leitor, o
que Nossa Senhora de Fátima nos deixa como Suas revelações sobre
aquelas questões: se um maçom faz pacto com o diabo e a outra sobre
quem serão os marcados pela besta; segundo Quadros, os Adventistas
do Sétimo Dia estão bem, pois eles guardam o sábado ou o povo israe-
lita, pois também guardam, mas não possuem Cristo como Messias.
Entretanto os Católicos Apostólicos Romanos estão marcados pela bes-
ta, segundo Quadros. Enfim todos os que guardam o sábado não são
os marcados pela besta, segundo Leandro Quadros.
As profecias são de Nossa Senhora de Fátima, a Mulher vestida
de sol veio até nós para deixar as Suas revelações. Assim que, no capí-
tulo 12, 1- 4, diz:
“Apareceu em seguida um grande sinal no céu: uma Mulher reves-
tida de sol, a lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de doze
estrelas. Estava grávida e gritava de dores, sentindo as angústias de
dar à luz. Depois apareceu outro sinal do céu: um grande Dragão ver-
melho, com sete cabeças e dez chifres, e nas cabeças sete coroas.
Varria com sua calda uma terça parte das estrelas do céu, e as atirou à
terra. Esse Dragão deteve-se diante da Mulher que estava para dar à
luz, a fim de que, quando ela desse à luz, lhe devorasse o filho”. Esse
capítulo continua na Bíblia até o versículo 18.
Nossa Senhora de Fátima, a Mulher revestida de sol explica para
a Humanidade, em sua Obra, Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nos-
sa Senhora as questões sobre a marca da besta. É bem mais complexo
do que o exposto por Leandro Quadros, Adventista do Sétimo Dia. Ve-
jamos:

475
1º- Quem é o dragão vermelho; página 683. Santuário de Tindari (Sicí-
lia), 14 de maio de 1989. Festa de Pentecostes. “Aos Sacerdotes, fi-
lhos prediletos de Nossa Senhora”.
2º- A besta semelhante a uma pantera; páginas 684 a 689. Milão, Itália,
3 de junho de 1989, Primeiro sábado e festa do Coração Imaculado
de Maria.
3º- A besta semelhante ao cordeiro; páginas 689 a 695. Dongo, Como, 13 de
junho de 1989, Aniversário da segunda aparição em Fátima. Copio na íntegra
para você.
4º- O número da besta: o 666. Páginas, 695 a 700. Do cenáculo espiri-
tual realizado em Milão, Itália, 17 de junho de 1989, (Sábado). Colo-
co na íntegra.
5º- A marca sobre a fronte e sobre a mão. Páginas, 704 a 707. Dongo,
Como, 8 de setembro de 1989, Natividade da bem-aventurada Vir-
gem Maria. Coloco na íntegra.
Nossa Senhora revela sobre esses assuntos os termos apocalípti-
cos para que possamos compreender o Tempo em que vivemos.
Quem é o dragão vermelho

“O enorme dragão vermelho é o comunismo ateu que difundiu em


toda a parte o erro da negação e da obstinada recusa a Deus. O enor-
me dragão vermelho é o ateísmo marxista, que se apresenta com a po-
tência de seus meios de comunicação, para conduzir a humanidade a
desobedecer aos dez mandamentos de Deus, e com sete cabeças,
tendo sobre cada uma delas um diadema, sinal de poder e realeza. As
cabeças coroadas indicam as nações nas quais o comunismo ateu se
estabeleceu e domina com a força do seu poder ideológico, político e
militar. A enormidade do dragão manifesta claramente a vastidão das
terras ocupadas pelo domínio incontrastado do ateísmo comunista. A
sua cor é vermelha, porque usa a guerra e o sangue como instrumento

476
das suas numerosas conquistas. O enorme dragão vermelho, conse-
guiu uma nova civilização sem Deus, materialista, egoísta, hedonista,
árida e fria, que traz em si os germes da corrupção e da morte”.
Quem é a besta semelhante a uma pantera
“Nesta terrível luta sai do mar, para ajudar o dragão, uma besta
semelhante a uma pantera. Se o dragão vermelho é o ateísmo marxis-
ta, a besta negra é a maçonaria. O dragão se manifesta no vigor da sua
potência; a besta negra ao contrário, age na sombra, se esconde, se
oculta, de modo a entrar em toda parte. Ela tem as patas de urso e a
boca de um leão, porque opera em todo lugar com astúcia e com os
meios de comunicação social, isto é, da propaganda. As sete cabeças
indicam as várias lojas maçônicas, que agem em toda a parte de ma-
neira traiçoeira e perigosa. Esta besta negra tem dez chifres e sobre os
chifres dez diademas, que são sinais de domínio e de realeza. A maço-
naria domina e governa todo o mundo por meio dos dez chifres. O chi-
fre, no mundo bíblico, foi sempre um instrumento de amplificação, um
modo de fazer a própria voz ser ouvida mais alto, um forte meio de co-
municação. Por isso, Deus comunicou a sua Vontade ao seu povo por
meio de dez chifres que tornaram a sua lei conhecida: os dez manda-
mentos. Quem os acolhe e os observa caminha na vida sobre a estrada
da Vontade divina, da alegria e da paz. Quem faz a vontade do Pai,
acolhe a palavra do Filho e participa da redenção consumada por Ele.
Jesus dá às almas a própria vida divina, através da graça, que Ele nos
mereceu com o seu sacrifício consumado no calvário. A graça da re-
denção é comunicada por meio dos sete sacramentos. Com a graça,
inserem-se na alma germes de vida sobrenatural que são as virtudes.
Entre essas, as mais importantes são as três virtudes teologais e as
quatro cardinais: fé, esperança, caridade, prudência, fortaleza, justiça e
temperança. Ao sol divino dos sete dons do Espírito Santo, estas virtu-
des germinam, crescem, se desenvolvem cada vez mais e assim con-
duzem as almas pelo caminho luminoso do amor e da santidade. A ta-
refa da besta negra, isto é, da maçonaria, é a de combater de maneira
traiçoeira, mas tenaz, para impedir as almas de percorrer esta estrada,
477
indicada pelo Pai e pelo Filho e iluminada pelos dons do Espírito. De fa-
to, se o dragão vermelho age para levar toda a humanidade a despre-
zar a Deus, à negação a Deus e portanto difunde o erro do ateísmo, o
intuito da maçonaria não é o de negar a Deus, mas de blasfemá-lo. A
besta abre a boca para proferir blasfêmias contra Deus, para blasfemar
o seu nome e a sua morada, contra todos os que habitam no céu. A
blasfêmia maior de todas é a de negar o culto devido só a Deus para
dá-lo às criaturas e ao próprio satanás. Eis porque, nestes tempos, por
trás da perversa ação da maçonaria, difundem-se, por toda a parte, as
missas negras e o culto satânico. Além disso, a maçonaria age, com
todos os meios, para impedir que as almas se salvem e assim quer tor-
nar vã a obra da redenção consumada por Cristo (aqui Nossa Senhora
continua a colocar as contraposições que a besta semelhante a uma
pantera, (a maçonaria) age a cada mandamento da Lei de Deus.

Quem é a besta semelhante a um cordeiro_

“Filhos prediletos, recordais hoje a minha segunda aparição, ocor-

rida na pobre Cova da Iria em Fátima, em 13 de junho de 1917. Já desde

então Eu vos predisse o que estais vivendo nestes tempos. Anunciei-vos

a grande luta entre Mim, Mulher vestida de sol, e o enorme dragão ver-

melho, que levou a humanidade a viver sem Deus. Eu vos predisse tam-

bém o trabalho enganoso e tenebroso, executado pela maçonaria, para

afastar-vos da observância da lei de Deus e tornar-vos assim vítimas dos

pecados e dos vícios. Sobretudo, como Mãe, vos quis advertir do grande

perigo que ameaça hoje a igreja, devido aos muitos e diabólicos ataques

que se desferem contra Ela para destruí-la. Para conseguir este fim, à

besta negra que sobe do mar, vem da terra em auxílio, uma besta com 2

478
chifres semelhantes aos de um cordeiro. O cordeiro, na Sagrada Escritu-
ra, sempre foi o símbolo do sacrifício. Na noite do êxodo, foi sacrificado

o cordeiro e, com o seu sangue, foram aspergidos os umbrais das casas

dos hebreus para subtrai-los ao castigo, que ao contrário, golpeou todos

os egípcios. A Páscoa hebraica recorda este fato todos os anos, com a

imolação de um cordeiro, que é sacrificado e consumido. Sobre o Calvá-

rio Jesus Cristo se imola para a redenção da humanidade, se faz Ele

próprio nossa Páscoa e se torna o verdadeiro Cordeiro de Deus que tira

os pecados do mundo. A besta traz sobre a cabeça dois chifres semelhan-

tes aos de um cordeiro. Ao símbolo do sacrifício está intimamente unido


o sacerdócio: os dois chifres. Um chapéu com dois chifres era usado pelo

Sumo Sacerdote no Velho Testamento. A mitra — com dois chifres —

usam os bispos na Igreja, para indicar a plenitude de seu Sacerdócio. A

besta negra, semelhante a uma pantera, indica a maçonaria: a besta com

dois chifres, semelhante a um cordeiro, indica a maçonaria infiltrada no

interior da Igreja, isto é, a maçonaria eclesiástica, que se difundiu, sobre-

tudo, entre os membros da hierarquia. Esta infiltração maçônica, no in-

terior da igreja, já vos foi predita por mim em Fátima, quando vos anun-

ciei que satanás se introduziria até o vértice da Igreja. Se o objetivo da

maçonaria é de conduzir as almas à perdição, levando-as ao culto de fal-

sas divindades, o objetivo da maçonaria eclesiástica é, por outro lado, de

destruir Cristo e a sua Igreja, construindo um novo ídolo, isto é, um falso

479
Cristo e uma falsa Igreja. Jesus Cristo é o Filho de Deus vivo, é o Verbo

encarnado, é verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, porque une na sua

pessoa divina a natureza humana e a natureza divina. Jesus, no Evange-

lho, deu de si próprio a sua definição mais completa, dizendo ser a Ver-

dade, o Caminho e a Vida.

Jesus é a Verdade, porque nos revela o Pai, nos diz a Sua Palavra de-
finitiva, leva toda a divina Revelação ao seu perfeito cumprimento. Jesus

é a Vida, porque nos dá a própria vida divina, com a graça por Ele mere-
cida com a Redenção, e institui os sacramentos como meios eficazes que

comunicam a graça. Jesus é o Caminho, que conduz ao Pai, por meio do

Evangelho, que nos deu, como caminho a percorrer, para chegar à sal-

vação. Jesus é a verdade, porque é Ele — Palavra viva — fonte e sinete de

toda a divina revelação. Então, a maçonaria eclesiástica age para obscu-

recer a Sua Palavra divina, por meio de interpretações naturais e racio-

nais e, na tentativa de torná-la mais compreensiva e acolhida, a esvazia

de todo seu conteúdo sobrenatural. Assim se difundem os erros, em to-

das as partes da própria Igreja Católica. Por causa da difusão destes er-

ros, hoje muitos se afastam da verdadeira fé, realizando-se a profecia

que Eu vos fiz em Fátima: — Virão tempos em que muitos perderão a

verdadeira fé. — A perda da fé é a apostasia. A maçonaria eclesiástica

age, de modo enganoso e diabólico, para conduzir todos à apostasia. Je-

sus é vida porque dá a Graça. O objetivo da maçonaria eclesiástica é o de

480
justificar o pecado, de apresentá-lo não mais como um mal, mas como

um valor e um bem. Assim se aconselha a cometê-lo, como um modo de

satisfazer as exigências da própria natureza, destruindo a raiz da qual

pode nascer o arrependimento e se diz que não é mais necessário con-

fessá-lo. Fruto pernicioso deste maldito câncer, que se difundiu em toda

a igreja, é o desaparecimento da confissão individual em toda a parte. As

almas são levadas a viver no pecado, recusando o dom da Vida, que Je-

sus nos ofertou. Jesus é Caminho, que conduz ao Pai, por meio do Evan-

gelho. A maçonaria eclesiástica favorece as explicações, que dão dele in-

terpretações racionalistas e naturais, por meio da aplicação dos vários

gêneros literários, e assim, o Evangelho é dilacerado em todas suas par-

tes. Chega-se, finalmente, a negar a realidade histórica dos milagres e da

ressurreição e se põe em dúvida a própria divindade de Jesus e a sua

missão salvífica. _ Depois de ter destruído o Cristo histórico, a besta

com dois chifres semelhantes a um cordeiro procura destruir o Cristo


místico que é a igreja. A Igreja instituída por Cristo é uma só: é a Igreja

santa, católica, apostólica, uma, fundada sobre Pedro. Como Jesus,

também a Igreja fundada por Ele, que forma o seu corpo místico, é ver-

dade, vida e caminho. A Igreja é verdade, porque só a Ela Jesus confiou à

guarda, na sua integridade, todo o depósito da fé. Confiou-o à Igreja hie-

rárquica, isto é, ao Papa e aos Bispos unidos a Ele. A maçonaria eclesiás-

tica procura destruir esta realidade com o falso ecumenismo, que leva à

481
aceitação de todas as Igrejas Cristãs, afirmando que cada uma delas

possui uma parte da verdade. Ela cultiva o projeto de fundar uma Igreja

Ecumênica Universal, formada pela fusão de todos os credos cristãos,

entre os quais a Igreja Católica. A Igreja é a vida porque dá a Graça e só a

Ela possui os meios eficazes da graça, que são os sete sacramentos. É vi-

da, especialmente porque só a Ela foi dado o poder de gerar a Eucaristia,

por meio do Sacerdócio ministerial e hierárquico. Na Eucaristia, Jesus

Cristo está realmente presente com o seu Corpo glorioso e a sua divin-

dade. Então a maçonaria eclesiástica, de tantas e enganosas maneiras,

procura atacar a piedade eclesial para com o Sacramento da Eucaristia.

Desta valoriza só o aspecto da Ceia, tende a minimizar o seu valor de sa-

crifício, procura negar a presença real e pessoal de Jesus nas Hóstias

consagradas. Por isso, foram gradualmente suprimidos todos os sinais

externos, que são indicativos da fé na presença real de Jesus na Eucaris-

tia, como as genuflexões, as horas de adoração pública, o santo costume

de circundar o tabernáculo com luzes e flores. A Igreja é o caminho por-

que conduz ao Pai, por meio do Filho, no Espírito Santo, sobre a estrada

da perfeita unidade. Como o Pai e o Filho são um, assim deveis ser uma

só coisa entre vós. Jesus quis que a sua Igreja fosse sinal e instrumento

da unidade de todo o gênero humano. A Igreja consegue ser unida, por-

que foi fundada sobre a pedra angular da sua unidade: Pedro e o Papa

que sucede ao carisma de Pedro. Então, a maçonaria eclesiástica procu-

482
ra destruir o fundamento da unidade da Igreja, com o ataque traiçoeiro

e insidioso ao Papa. Ela urde as tramas da dissenção e da contestação ao

Papa; sustenta e premia aqueles que o vilipendiam e lhe desobedecem;

propaga as críticas e as oposições de Bispos e teólogos. Desta maneira é

demolido o próprio fundamento da sua unidade e assim a Igreja é cada

vez mais dilacerada e dividida. Filhos prediletos, Eu vos convidei a vos

consagrardes ao meu Coração Imaculado e a entrardes neste meu ma-

terno refúgio, sobretudo para serdes preservados e defendidos contra

esta terrível insídia. Por isso, no ato de consagração do meu Movimento,

Eu vos solicitei a renunciardes a qualquer aspiração de fazer carreira.

Assim podeis subtrair-vos à mais forte e perigosa insídia, usada pela

maçonaria, para associar à sua seita secreta tantos dos meus filhos pre-

diletos. Eu vos levo a um grande amor a Jesus verdade, fazendo-vos co-

rajosas testemunhas de fé; a Jesus vida, levando-vos a uma grande san-

tidade; a Jesus caminho, pedindo-vos para serdes na vida somente

evangelho vivido e anunciado à terra. Depois, vos conduzo ao maior

amor à Igreja. Faço-vos amar a Igreja-Verdade, fazendo-vos fortes anun-

ciadores de todas as verdades da fé católica, enquanto vos opondes, com

força e coragem, a todos os erros. Torno-vos ministros da Igreja-vida,

ajudando-vos a ser sacerdotes fiéis e santos. Ficai sempre disponíveis às

necessidades das almas, prestando-vos com generosa abnegação, ao mi-

nistério da Reconciliação e sede chamas ardentes de amor e de zelo para

483
com Jesus presente na Eucaristia. Nas vossas Igrejas voltem-se a fazer

com frequência as horas de adoração pública e reparação ao Santíssimo

Sacramento do altar. Transformo-vos em testemunhas da Igreja-caminho,

e vos torno instrumentos preciosos da sua unidade. Para isto vos dei

como segundo compromisso do meu Movimento, uma particular unida-

de ao Papa. Por meio do vosso amor e da vossa fidelidade, o desígnio di-

vino da perfeita unidade da Igreja voltará a resplandecer em todo o seu

esplendor. Assim à tenebrosa força que hoje exerce a maçonaria ecle-

siástica, para destruir Cristo e a sua Igreja voltará a resplandecer em to-

do o seu esplendor do meu exército sacerdotal e fiel, para que Cristo seja

por todos amado, escutado e seguido, e a sua Igreja seja cada vez mais

amada, defendida e santificada. Nisto sobretudo, resplandece a vitória

da Mulher vestida de sol, e o meu Coração Imaculado obtém o seu mais

luminoso triunfo.”

Não sei a repercussão em você ao acabar de ler as revela Nossa


Senhora de Fátima nos revela em Seu Livro. Compreendo não deva ter
sido nada agradável. Sinto muito! Particularmente, ainda prefiro saber a
Verdade a ficar alienada. Pior por pior, o que estamos a viver não está
nada, mas nada agradável.
O número da besta: 666

“Filhos prediletos, compreendei agora o plano da vossa Mãe Celes-

te, a Mulher vestida de sol, que combate, com o seu exército, na grande

luta contra todas as forças do mal, para obter a sua vitória, na perfeita

484
glorificação da Santíssima Trindade. Combatei comigo, filhos pequeni-

nos, contra o dragão, que procura levar toda a humanidade contra Deus.

Combatei comigo, filhos pequeninos, contra a besta negra, a maçonaria,

que quer conduzir as almas à perdição. Combatei comigo, pequenos fi-

lhos, contra a besta semelhante a um cordeiro, a maçonaria infiltrada no

interior da vida eclesiástica para destruir Cristo e a sua Igreja. Para al-

cançar este objetivo quer construir um novo ídolo, isto é, um falso Cristo

e uma falsa Igreja. A maçonaria eclesiástica recebe ordens e poder das

várias lojas maçônicas e trabalha para conduzir secretamente todos a fa-

zer parte destas seitas secretas. Assim, impele os ambiciosos com a

perspectiva de uma carreira fácil; enche de bens os sedentos por dinhei-

ro; ajuda os seus membros a se projetarem e a ocuparem os postos mais

importantes, enquanto marginaliza, de maneira traiçoeira, mas decidi-

da, todos os que se recusam a participar de seu desígnio. De fato, a besta

semelhante a um cordeiro exerce todo o poder da primeira besta, em sua

presença, e constringe a terra e os seus habitantes a adorar a primeira

besta. A maçonaria eclesiástica chega até mesmo a construir uma está-

tua em honra da besta e constringe todos a adorar esta estátua. Mas, se-

gundo o primeiro mandamento da santa lei do Senhor, só a Deus se de-

ve adorar e só a Ele deve ser dada qualquer forma de culto. Então se

substitui DEUS por um ídolo, poderoso, forte, dominador, um ídolo tão

poderoso, que pode mandar matar todos os que não adoram a estátua

485
da besta. Um ídolo tão forte e dominador, que faz com que todos, pe-

quenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos recebam uma marca

sobre a mão direita e sobre a fronte, e que ninguém possa comprar ou

vender sem que tenha tal marca, ou seja, o nome da besta ou o número

de seu nome. Este grande ídolo, construído para ser adorado e servido

por todos, como já vos revelei na mensagem precedente, é um falso Cris-

to e uma falsa Igreja. Mas, qual é o seu nome? No capítulo 13 do apoca-

lipse está escrito: Aqui está a sabedoria. Quem tem inteligência calcule o

número da besta: ele representa um nome de homem. E tal número é

666 (seiscentos e sessenta e seis). Com a inteligência, iluminada pela luz

da divina Sabedoria, consegue-se decifrar no número 666 o nome de um

homem e este nome, indicado por tal número, é o do anticristo. Lúcifer,

a antiga serpente, o diabo ou satanás, o dragão vermelho, torna-se, nes-

tes últimos tempos, o anticristo. Já o apóstolo João, afirmava que quem

nega que Jesus Cristo é Deus, este é o anticristo. A estátua ou o ídolo,

construído em honra da besta, para ser adorado por todos os homens é

o anticristo. Calculai agora o seu número 666, para compreender como

ele indica o nome de um homem. O número 333 indica a divindade. Lú-

cifer rebela-se contra Deus por soberba, porque quer colocar-se acima

de Deus. O 333 é o número que indica o mistério de Deus, aquele que

quer se colocar acima de Deus leva o sinal de 666, portanto este número

indica o nome de lúcifer, satanás, isto é, daquele que se coloca contra

486
Cristo, do anticristo. O 333 indicado uma vez, isto é, por 1, exprime o

mistério da unidade de Deus. O 333, indicado duas vezes, isto é, por 2,

indica as duas naturezas, a divina e a humana, unidas na Pessoa divina

de Jesus Cristo. O 333 indicado três vezes, isto é, por 3, indica o mistério

das três pessoas divinas, isto é, exprime o mistério da Santíssima Trin-

dade. Portanto, o número 333, expresso uma, duas e três vezes, exprime

os mistérios principais da fé católica, que são: 1º: a unidade e a Trindade

de Deus; 2º: a encarnação, a paixão, a morte e a ressurreição de nosso

Senhor Jesus Cristo. Se o número 333 indica a Divindade, aquele que se

quer colocar acima do próprio Deus é indicado pelo número 666. O nú-

mero 666, indicado uma vez, isto é, por 1, exprime o ano 666. Seiscentos

e sessenta e seis. Neste período histórico, o anticristo se manifesta atra-


vés do fenômeno do Islã, que nega diretamente o mistério da divina Trin-

dade e a divindade de nosso Senhor Jesus Cristo. O islamismo, com a sua


força militar, se desencadeia por toda a parte destruindo todas as anti-

gas comunidades cristãs, invade a Europa e só por uma minha materna

e extraordinária intercessão, solicitada fortemente pelo Santo Padre,

não consegue destruir completamente a cristandade. O 666 indicado

duas vezes, isto é por 2, exprime o ano de 1332, mil trezentos e trinta e

dois. Neste período histórico, o anticristo se manifesta com um ataque

radical à fé na Palavra de Deus. Através dos filósofos, que começam a dar


um valor exclusivo à ciência e depois à razão, tende-se gradualmente a

487
construir como único critério de verdade somente a inteligência huma-

na. Nascem os grandes erros filosóficos, que continuam nos séculos até

os vossos dias. A importância exagerada dada à razão, como critério ex-

clusivo de verdade, leva necessariamente à destruição da fé na Palavra

de Deus. De fato, com a reforma protestante, se rejeita a Tradição como

fonte da divina Revelação, e se aceita somente a Sagrada Escritura. Mas,

também esta deve ser interpretada por meio da razão, e se rejeita obsti-

nadamente o Magistério autêntico da Igreja hierárquica, à qual Cristo

confiou a guarda do depósito da fé. Cada um é livre para ler e para com-

preender a Sagrada Escritura, segundo a sua interpretação pessoal. Des-

ta maneira é destruída a fé na Palavra de Deus. Obra do anticristo, neste

período histórico, é a divisão da Igreja, a consequente formação de no-

vas e numerosas confissões cristãs, que são gradualmente impelidas a

uma perda cada vez mais extensa da verdadeira fé na Palavra de Deus. O

número 666 indicado três vezes, isto é, por 3, exprime o ano de 1998, mil
novecentos e noventa e oito. Neste período histórico, a maçonaria, aju-
dada pela maçonaria eclesiástica, conseguirá o seu grande intento: cons-

truir um ídolo para colocar no lugar de Cristo e da sua Igreja. Um falso

Cristo e uma falsa Igreja. Portanto, a estátua construída em honra da

primeira besta, para ser adorada por todos os habitantes da terra e que

assinalará com sua marca todos aqueles que queiram comprar ou ven-

der, é a do anticristo. Chegastes assim ao vértice da purificação, da

grande tribulação e da apostasia. A apostasia será então generalizada

488
porque quase todos seguirão o falso Cristo e a falsa Igreja. Então, será

aberta a porta para o aparecimento do homem ou da própria pessoa do

anticristo! Eis, filhos prediletos, porque vos quis iluminar sobre as pági-

nas do Apocalipse, que se referem aos tempos em que viveis. Para pre-

parar-vos comigo para a parte mais dolorosa e decisiva da grande luta

que se está combatendo entre vossa Mãe Celeste e todas as forças do mal

que se desencadearam. Coragem! Sede fortes, minhas pequeninas crian-

ças. A vós cabe a responsabilidade, nestes anos difíceis, de conservar-

vos fiéis a Cristo e à sua Igreja, suportando hostilidades, lutas e perse-

guições. Mas, sois parte preciosa do pequeno rebanho, que tem a res-

ponsabilidade de combater e no fim vencer a força poderosa do anticris-

to. A todos vos formo, vos defendo e vos abençoo.”

Verdadeiramente?
Eu não tenho a sabedoria, a compreensão do “número 666, a marca
da besta ou nome de alguém”. Nem tudo é revelado para uma pessoa.
A Vida é ampla demais. O mundo é mundo. Somos constituídos de bi-
lhões de pessoas. A vida é assim em Deus. A humildade deve prevale-
cer e a necessidade do meu outro deve ficar bem nítida em nossas vi-
das, pois não nos fazemos sozinhos. Por isso estou fazendo a minha
parte e por isso também preciso da dialética. Preciso de você. Haverá
quem continue a caminhada. Nossa Senhora deixou a postos cada
pessoa preparada por Ela. Assim será. Meu passo dado foi esse. Bus-
car a Verdade, buscar o Bem, buscar a Paz para o nosso mundo que
jaz numa agonia moral, numa agonia ética, numa agonia de falta de
vergonha no rosto, falta de consciência total em Deus, em Jesus Cristo;

489
se Os tivessem em seus corações e em suas mentes os governantes
estariam sem a corrupção, sem a imoralidade, sem seus pecados des-
truidores da Vida. Não modelos e exemplos baseados em ídolos fúteis
e vazios.
Quem está atrás dos bastidores comandando o teatro, o espetácu-
lo para você? Você sabe? Você os conhece? Os que estão no topo,
estão gerenciando os valores em termos de dinheiro para gerar dinhei-
ro, mais IBOPE, mais status, mais poder? Quem são eles? Será que
fazem parte da besta negra? Não podemos saber, pois é uma seita se-
creta e somente homens fazem parte dela. Talvez as mulheres deles,
mas até certo ponto. Dali para lá, elas não possuem o conhecimento do
que se passa realmente ali dentro. Fazem o papel social. Assim é em
outros segmentos da política, do comércio. Estou me fazendo compre-
ender, meu leitor? E em termos de mundo? Quem governa nosso mun-
do? Quem é a pessoa x (“chapéu com dois chifres, que era usado pelo
Sumo Sacerdote no Velho Testamento. A mitra — com dois chifres —
usam os bispos na Igreja, para indicar a plenitude de seu Sacerdócio. A
maçonaria infiltrada no interior da Igreja, isto é, a maçonaria eclesiástica
que se difundiu, sobretudo, entre os membros da hierarquia”). Que sig-
nifica 666? Onde estão escondidos nas sombras o 666 e seus sequa-
zes?
A marca sobre a fronte e sobre a mão

“Hoje é a festa do nascimento da vossa Mãe Celeste, meus predile-

tos filhos consagrados ao meu Coração Imaculado. Vivei-a na alegria e

na paz, no silêncio e na oração, na confiança e no filial abandono. Vós

sois as pequeninas crianças da vossa Mãe menina. Vós sois parte da mi-

nha progênie e ponto de força do meu desígnio vitorioso. Vós formais

490
uma coroa preciosa de pureza, de amor e de humildade em torno do

berço no qual Eu fui colocada. Deixai-vos nutrir e formar por mim; dei-

xai-vos conduzir por mim com docilidade; deixai-vos marcar por mim

com o meu materno sinete. Estes são os tempos nos quais os partidários

daquele que se opõe a Cristo são assinalados com a marca sobre a fronte

e sobre a mão. A marca sobre a fronte e sobre a mão é a expressão de to-

tal dependência daquele que é significado por este sinal. O sinal indica

aquele que é o inimigo de Cristo, isto é, o anticristo, e a sua marca que

vem impressa, significa o completo pertencer da pessoa assinalada ao

exército daquele que se opõe a Cristo e luta contra o seu divino e real

domínio. A marca é impressa sobre a fronte e sobre a mão. A fronte indi-

ca a inteligência, porque a mente é a sede da razão humana. A mão ex-

prime a atividade humana, porque é com as suas mãos que o homem

opera e trabalha. Portanto, é a pessoa que está assinalada com a marca

do anticristo na sua inteligência e na sua vontade. Quem se deixa assina-

lar com a marca sobre a fronte é levado a acolher a doutrina da negação

de Deus, da recusa da sua lei, do ateísmo que, nestes tempos, é cada vez

mais difundido e propagandado. É assim impelido a seguir as ideologias

hoje em moda e a fazer-se propagador de todos os erros. Quem se deixa

assinalar com a marca sobre a mão é obrigado a agir de maneira autô-

noma e independente de Deus, ordenando a própria atividade à procura

de um bem só material e terreno. Assim subtrai a sua ação ao desígnio

491
do Pai, que quer iluminá-la e sustentá-la com a sua divina providência;

ao amor do Filho que torna a fadiga humana um meio precioso para a

sua própria redenção e santificação; ao poder do Espírito Santo que age

em toda a parte para renovar interiormente cada criatura. Aquele que é

assinalado com a marca sobre a mão trabalha age só para a satisfação dos
próprios sentidos, para procurar o bem estar e o prazer, para dar plena

satisfação a todas as suas paixões, especialmente a da impureza, e torna-

se vítima do hedonismo. Quem é assinalado com a marca sobre a mão faz

do próprio Eu o centro de todo o seu agir, olha os outros como objeto

para usar e para desfrutar para o proveito próprio e torna-se vítima do

egoísmo desenfreado e da falta de amor. Se o meu adversário assinala,


com a sua marca, todos os seus seguidores, chegou o tempo no qual

também Eu, vossa Celeste Comandante, assinalo com o meu sinete ma-

terno, todos aqueles que são consagrados ao meu Coração Imaculado e

fazem parte do meu exército. Imprimo sobre vossa fronte o meu sinete

com o sinal Santíssimo da Cruz de meu Filho Jesus. Assim abro a inteli-

gência humana a acolher a Sua divina Palavra, a amá-la, a vivê-la, vos

levo a entregar-vos completamente a Jesus que vo-la revelou, e vos tor-

nou hoje corajosas testemunhas de fé. Aos assinalados sobre a fronte

com a marca blasfema, Eu contraponho os meus filhos assinalados com

a Cruz de Jesus Cristo. Depois ordeno toda vossa atividade à perfeita

glorificação da Santíssima Trindade. Para isso imprimo sobre vossa mão

492
o meu sinete que é o sinal do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Com o

sinal do Filho, toda vossa ação é inserida profundamente no mistério da

sua divina redenção. Com o sinal do Espírito Santo, todo o vosso agir se

abre à sua poderosa força de santificação, que sopra em toda a parte

como um fogo potente, para renovar todo o mundo desde os fundamen-

tos. Meus filhos prediletos, deixai-vos todos ser assinalados sobre a

fronte e sobre a mão com o meu materno sinete, neste dia em que, reco-

lhidos com amor ao redor de meu berço, celebrais a festa do nascimento

terreno da vossa Mãe Celeste.”

Fui à missa domingo no Santuário de Schoenstatt e não possuindo


o folheto da missa do domingo, pois não costumam usá-lo no Santuário,
fui pegar o folheto na Igreja de Nossa Senhora de Fátima. O sacerdote
esperava os fiéis na frente da igreja e eu explicara somente passar ali
para pegar o folheto. o Gostara muito da liturgia do dia (Tempo Comum
— 7º Domingo (23-02-2014), pois havia ouvido pelo sacerdote no San-
tuário de Schoenstatt. Amavelmente, a senhora cedeu-me um dos fo-
lhetos com as leituras. Deixo aqui para você, meu leitor querido, o que
tenho como Verdade sobre Deus, quando nos diz, por exemplo, na lei-
tura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios, 1 Cor 3,16-23.

“Irmãos: Acaso não sabeis que sois santuário de Deus e que o Es-
pírito de Deus mora em vós? Se alguém destruir o santuário de Deus,
Deus o destruirá, pois o santuário de Deus é santo, e vós sois esse
santuário. Ninguém se iluda: Se algum de vós pensa que é sábio nas
coisas deste mundo, reconheça sua insensatez, para se tornar sábio de
verdade; pois a sabedoria deste mundo, é insensatez diante de Deus.
Com efeito, está escrito: “Aquele que apanha os sábios em sua própria
astúcia”, e ainda: “O Senhor conhece os pensamentos dos sábios; sa-
493
be que são vãos”. Portanto, que ninguém ponha a sua glória em ho-
mem algum. Com efeito, tudo vos pertence: Paulo, Apolo, Cefas, o
mundo, a vida, a morte, o presente, o futuro; tudo é vosso, mas vós
sois de Cristo, e Cristo é de Deus.” PALAVRA DO SENHOR.

Coloco aqui essa leitura para você, meu leitor querido, porque a
Palavra de Deus é viva. Ela fala diretamente para nós quando presta-
mos atenção ao Pai amado. Quando fazemos Dela, de Sua Palavra, o
nosso caminhar existencial. Não será fácil a conquista do Verdadeiro
Conhecimento, para homens racionais, pois colocam a “sua glória em
homens”; a Palavra de Deus nos diz: “pois a sabedoria deste mundo é
insensatez diante de Deus”. Não é difícil também e nem impossível. Em
Deus, nada é impossível. Que continuemos a como cordéis unidos pela
fé, pelo amor, pela esperança para o afastamento do Mal desta face da
Terra. Cristãos unidos, entendendo nossas imperfeições na caminhada
tentando ajeitar aqui e acolá o que há muito têm sido imperfeito, mas na
imperfeição Deus conduz a História da Humanidade.
Nossa Senhora nos diz que “Por fim, o meu Coração Imaculado
triunfará”.

494
495
Capítulo III

Parte 3

“A Barca
(Cesáreo Gabarin) COMEP 0580*
Tu, te abeiraste da praia, não buscaste nem sábios nem ricos.
Somente queres que eu te siga.
Senhor, tu me olhaste nos olhos, a sorrir, pronunciaste meu nome,
Lá na praia, eu larguei o meu barco, junto a Ti buscarei outro mar.
Tu sabes bem que em meu barco, eu não tenho nem outro nem espadas,
Somente redes e o meu trabalho.
Tu, minhas mãos solicitas, meu cansaço que a outros descanse,
amor que almeja seguir amando.
Tu, pescador de outros lagos, ânsia eterna de almas que esperam,
bondoso amigo que assim me chamas.”

Do Espiritual à Realidade
As revelações de Nossa Senhora, que antes estavam nos escritos
do Seu Livro, passaram a se tornar uma triste realidade para mim, por-

496
que os reflexos das Suas revelações se faziam realidade na Terra.
O arcebispo de Porto Alegre, Dom Dadeus Grings, exercia o cargo
até o final do ano de 2013, deu entrevista na loja maçônica Harmonia,
em Cruz Alta. Fiquei pasma e muito preocupada com o que assistia. Ali
estava a apresentadora do programa do Jornal do Almoço introduzindo
o assunto assim:

“Uma das principais autoridades da Igreja Católica no Brasil viaja o


Estado para abordar questões polêmicas e atuais e uma união inédita
com a maçonaria.”

Logo a seguir a voz de outro apresentador do programa, ouve-se


no vídeo dizendo:

“Uma cerimônia ontem à noite, na loja Harmonia da maçonaria, em


Cruz Alta, marcou a visita do arcebispo Dom Dadeus Grings. Ele abor-
dou questões relacionadas à fé e disse que a Igreja precisa ir buscar
novos fiéis e que o diálogo é a única forma de unir as diferentes cren-
ças.”

O então arcebispo, naquela ocasião, Dadeu Grings, na entrevista


concedida ao Jornal do Almoço da RBS, no vídeo, entre outras pala-
vras, disse:

“A Igreja precisa ir em busca de novos fiéis e reunir todas essas


religiões. Acho que isso é o exemplo a dar. Reunir todas essas cren-
ças, religiões e trabalhar juntos aquilo que temos em comum que é a
paz, a acolhida.”

O vídeo mostra homens de terno e gravata, vestidos a rigor para a


cerimônia. Alguns homens se colocam em fileiras, de pé e com espadas
nas mãos, estas se entrelaçam fazendo uma espécie de túnel por onde
passam por baixo delas; o grão mestre do Rio Grande do Sul e os de-
mais convidados especiais e entre eles Dom Dadeus Grings. O Grão
497
mestre do Rio Grande do Sul dava a sua entrevista no vídeo realizado
pela RBS, na maçonaria da loja Harmonia, entre outras palavras, di-
zendo assim: “a maçonaria não é secreta, mas “discreta””; quando se
reuniam era para discutir sobre “família, política, economia, educação,
saneamento”, estes eram os temas abordados. Veja a visão horizontal,
a visão voltada para o social; ver se a rua precisa disso ou daquilo, uti-
lizando-se de situações que competem à política e não a Igreja; são
essas as preocupações da maçonaria apresentadas. Entretanto, a Igre-
ja Católica não deve se mesclar com a maçonaria para não se tornar
uma delas. Com o objetivo de “ajudar de forma filantrópica falsa” com o
objetivo de “unir forças”. Ajeitar a cidade, o Estado, o país, o mundo
nesta união globalizada, implantando o ecumenismo, é essa a mentali-
dade da construção do ecumenismo. Esse é o discurso em “unir as for-
ças”, na preocupação com o social. Eu chamo a isso de hipocrisia. Por
quê? Porque a Divindade de Jesus Cristo, nesta visão, é obscurecida,
vai ficando afastada da Essência salvífica da pessoa necessitada da
força divina espiritual só encontrada na Eucaristia. Cristo Eucarístico
sendo trocado por um Cristo social. Ao longo do Tempo, a própria Eu-
caristia não seria mais vista como o coração da missa. E... A confraria
maçônica composta somente por homens tomando conta de todas as
nossas Igrejas Católica Apostólica Romana.
Veja o que diz Dilson Kutscher numa nota do dia 25 de novembro
de 2012, postado no site www.rainhamaria.com.br. Você poderá tam-
bém assistir ao vídeo nesse site.

“Mais uma vez o Arcebispo de Porto Alegre numa Cerimônia em


Loja Maçônica. MAIS UMA VEZ EU DIGO... E DIREI QUANTAS VE-
ZES AINDA FOR PRECISO: POIS, UM DIA, QUANDO FICARDES
JUNTO DO JUSTO JUÍZ, NÃO PODERÃO NEGAR SUA REBELDIA.
Não se pode ser católico e maçom, nem maçom católico. Jesus na ma-
çonaria é considerado um simples mestre e fundador de religião como
498
Buda, Maomé, Krisna e outros. A Maçonaria é hoje aquilo que ela sem-
pre foi. Uma seita secreta que ignorou ou nega muitas das verdades
contidas nas Sagradas Escrituras e definidas pela Igreja Católica como
necessárias para a Salvação. Dizendo isto pergunto, porque o Arcebis-
po de Porto Alegre, Dom Dadeus, insiste em participar de cerimônias
na Maçonaria? Pois é, seu Dom Dadeus Grings, Judas traiu Jesus por
poucas moedas, e o senhor? Qual sua moeda de troca? Agradar aos
homens, aos poderosos? E seu rebanho como fica? A Santa Igreja
condena a Maçonaria, mas o senhor, com seu exemplo a absolve.
Quer este Arcebispo incentivar e dizer indiretamente, através desse
seu gesto, que um católico pode participar da maçonaria e de suas so-
lenidades?”

Dilson Kutscher termina pedindo para acessar a reportagem exibi-


da no Jornal do Almoço, da RBS, Porto Alegre. Não sei como funcio-
nam esses vídeos, se possuem prazo de validade. Espero que você
consiga acessar em Tempo.
Constatamos a presença de uma autoridade Católica, pertencente ao
clero, simpatizante e frequentando a maçonaria. Estou prestes a termi-
nar os meus escritos, completando a minha obra neste ano de 2014.
Este ano também a Igreja Católica coloca como o Ano da Caridade; eu
ainda prefiro a palavra Amor. Iniciei, em 2012, este meu livro. Perpassei
o ano de 2012 e assisti o falecimento da minha irmã amada. Trabalhei
todo o ano de 2013 e ainda senti o primeiro ano do falecimento da mi-
nha amada irmã. Conheci o Livro de Nossa Senhora, acredito que fora
em 1994 ou 95, não recordo bem. Então, são dezenove anos, se contar
de 1995 ou 20 anos, se contar de 1994, o Livro me acompanha e pos-
suo o Conhecimento das revelações de Nossa Senhora de Fátima. So-
mente no ano de 2013, eu assisti ao vídeo do então arcebispo na épo-
ca, Dom Dadeus Grings, dando a entrevista numa loja maçônica. Eu
estava escrevendo o livro e numa das minhas consultas na Internet,
apareceu essa notícia. Fiquei perplexa, e você sabe a razão. Felizmen-
499
te, entre coisas que me deixam sensível, que me entristecem, tenho em
contrapartida uma pessoa magnífica; sem ele não poderia descansar
um pouco, arejar a minha mente e serenar o meu coração. Ir além das
lidas domésticas que eu gosto de realizar, mas que são rotinas; ou es-
crever o meu livro, mas me toma tanto tempo e Tempo. Tenho o meu
dia-a-dia regado de alegrias pequenas e se tornam eternas. Já contei
para você do meu jardim, das flores e seus perfumes; dos pássaros e
seus banhos me fazem rir e ficar apreciando aquelas criaturinhas, seres
de Deus; das fontes, dos bancos no meu jardim. Mas o meu amor me
proporciona (quando às vezes viajamos para o exterior), o Tempo voar
para mim. Assim, tem sido. Ao seu lado não vejo o tempo e o Tempo
passar. Ao seu lado parece que o Tempo voa. “O amor é a asa veloz
que Deus deu à alma para que ela voe até o céu.” Eu sei o que é o
amor. OTempo — naquele Tempo em que passara a desejar reprodu-
zir certas cenas e tentar pintá-las em quadros — minha professora de
pintura escrevesse com a sua letra a frase belíssima num quadro, des-
tes parecendo o legítimo quadro de Michelangelo Buonarroti, “A Cria-
ção de Adão”, que a minha filha me fez presente e eu levei na loja para
emoldurarem. A frase “O amor é a asa veloz que Deus deu à alma para
que ela voe até o céu”, fora assim escrita no quadro, pois eu ficara sa-
bendo no Tempo também era de autoria de Michelangelo. Eu o tenho
na parede de minha sala, a frase colocada embaixo do trabalho de Bu-
onarroti. Estamos em 2014. E o Tempo realmente passou... A existên-
cia do Livro de Nossa Senhora, Aos Sacerdotes, filhos prediletos de
Nossa Senhora possui até este ano (a contar de 1972), quarenta e dois
anos de existência. E aqui, visivelmente ouvimos os primeiros acordes
à luz do dia de uma péssima música. O que Nossa Senhora de Fátima
sabia acontecer dentro dos bastidores da maçonaria e maçonaria ecle-
siástica estava ali, pelo menos para mim, sentindo a dor da traição evi-
dente tão abominada pela Mãe Celeste, naquele vídeo sobre a entrevis-

500
ta e que fora apresentada pela RBS. Tomei um susto e me indignei
quando eu assisti ao vídeo, Dom Dadeus Grings, visitando a loja ma-
çônica Harmonia em Cruz Alta. Obviamente, não me refiro somente ao
arcebispo Dadeus Grings, atualmente está aposentado, e numa das
entrevistas disse que ficaria como “uma espécie de vovô”. Dadeus
Grings deixou seu rastro de simpatizante e atuante do clero junto aos
maçons, na maçonaria. O nome de Dadeus Grings é citado aqui, mas
existem muitos outros membros do clero simpatizantes e atuantes in-
ternamente dentro da Igreja Católica; não fosse assim, Nossa Senhora
não estaria tão preocupada com a besta negra, a maçonaria infiltrada
na Igreja Católica e deixando uma Obra realizada por 25 anos por Pe.
Gobbi, com cenáculos espirituais em inúmeras viagens pelos cinco
continentes do mundo, o Seu Livro “Aos Sacerdotes, Seus filhos predi-
letos” e aos fiéis. O arcebispo está aposentado, mas aposentado impli-
ca ter mais tempo para outras atividades que lhe são simpáticas, evi-
dentemente.
“A DESOBEDIÊNCIA DESTE ARCEBISPO VEM DE LONGA DA-
TA.” Você, por favor, poderá acessar o site www.rainhamaria.com.br e
poderá ler um artigo de dez anos atrás, (com o título colocado acima
em letras garrafais), quando o arcebispo Dadeus Grings já atuava a fa-
vor da maçonaria. Como Católicos Apostólicos Romanos não podemos
mais negar a traição a Jesus Cristo na Igreja. Entretanto, todos também
tenham o conhecimento da não aceitação de Nossa Senhora de Fátima
da maçonaria na Igreja Católica e que todos os Católicos Apostólicos
Romanos tenham também o direito de saber desse “modernismo”.
Do dicionário retirei o seguinte: “Modernismo é uma visão particu-
lar das possibilidades e direção da vida social, com origens no Ilumi-
nismo e baseada em fé no pensamento racional. Da perspectiva mo-
dernista, a verdade, a beleza e a moralidade existem como realidades
objetivas e podem ser descobertas, conhecidas e compreendidas atra-
501
vés de meios racionais e científicos.”
Todo ser humano possui o livre arbítrio e através dele faz a sua
opção. Acredito no Tempo de Deus. Acredito no seu tempo de vida para
tudo se estabilizar de acordo com a Vontade de Deus e se for esse o
seu desejo. O objetivo deste livro é mostrar onde está o Mal instalado e
o que podemos fazer como humanidade para criar as condições favorá-
veis de Jesus Cristo retornar a esta face da Terra, na Sua segunda vin-
da, e encontrar aqui pessoas de fé. Pessoas seguidoras da Palavra de
Deus e dão o seu testemunho de vida e a sua própria vida em nome de
Deus e da Mãe da Igreja, Nossa Senhora, Maria Santíssima.
Repito: a luta é pelo Mal em si e não por pessoas que estejam se
servindo de instrumento para o Mal. Existem muitas pessoas queridas,
boas, assim como minha mãe terrena, sendo ludibriada pelo astucioso
animal dentro da umbanda. Existem outras tantas sendo ludibriadas
também em outras seitas que se denominam religiões. Existem boas
pessoas no espiritismo, boas pessoas dentro da maçonaria; existem
boas pessoas se deixando levar pela numerologia, pela astrologia, as
adivinhações, como guia de suas vidas; na sua inocência, na falta de
Conhecimento, que é a Palavra de Deus Verdadeiro, entram em lugares
daquela natureza. Para estas pessoas, eu rezo. Por estas pessoas, eu
entrego a Deus, a Jesus Cristo e a Nossa Senhora na Sua Misericórdia
esperando que tenham o dom do Espírito Santo quanto ao discernimen-
to, ao Entendimento, para a Verdade. Que assim seja!
Em Dongo, 1º de novembro de 1986, Festa de todos os santos,
Nossa Senhora deixa dito em retiro espiritual:

“A tentativa de reunir todas as religiões, inclusive as que adoram


deuses falsos e mentirosos, na perspectiva de formar uma união religi-
osa mundial em defesa dos valores humanos, é vã, é perigosa e não
conforme ao desejo do meu Coração Imaculado. Aliás, essa tentativa
pode, ao contrário, provocar maior confusão ainda, levar ao indiferen-
502
tismo religioso e dificultar mais ainda a conquista da verdadeira paz.
Por isso, hoje vos digo: anunciai o Cristo a todos; sedes fiéis somente a
Cristo e ao seu Evangelho e vos tornareis verdadeiros construtores de
Paz.” Página 541. “Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Senho-
ra”.

E continua:
“Esta é a tarefa confiada à Igreja. É isto que hoje devem fazer os
seus Ministros, os consagrados, todos os fiéis: com a coragem dos már-
tires e com a fortaleza dos confessores da fé, devem anunciar ao mun-
do inteiro a Boa-Nova que somente Jesus Cristo é o vosso Salvador e o
vosso Redentor. Somente Jesus Cristo vos pode conduzir à paz. É mis-
ter anunciá-lo a todos, sem medo e sem compromissos, cumprindo seu
divino mandato: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o meu Evangelho a
todas as criaturas: quem crer e for batizado será salvo”. A tentativa de
reunir todas as religiões, inclusive as que adoram deuses falsos e men-
tirosos, na perspectiva de formar uma união religiosa mundial em defe-
sa dos valores humanos, é vã, é perigosa e não conforme ao desejo do
meu Coração Imaculado. Aliás, essa tentativa pode, ao contrário, pro-
vocar maior confusão ainda, levar ao indiferentismo religioso e dificultar
ainda mais a conquista da verdadeira paz. Por isso, hoje vos digo:
anunciai o Cristo a todos; sede fiéis somente a Cristo e ao seu Evange-
lho e vos tornareis verdadeiros construtores de Paz.” Santo Homero,
Teramo, 27 de outubro de 1986 — Dia mundial de oração pela paz.
Permaneça atento a essa caminhada da Igreja Católica Apostólica
Romana juntamente com a nossa Mãe amada, a Mãe da Igreja e Rai-
nha da Paz. A maçonaria é uma associação secreta e mulheres nela
não podem entrar. Sempre se soube que era uma seita secreta, mas
quem assistir ao vídeo sobre a visita de Dom Dadeus Grings na maço-
naria Harmonia, de Cruz Alta, ouve claramente na entrevista o grão
mestre do Rio Grande do Sul dizer que a maçonaria não é secreta, mas
503
sim, “discreta”.
Por que atualmente a maçonaria emprega o termo, “discreta”?
Porque o Tempo é propício. Sempre existiu na Igreja Católica Apostóli-
ca Romana a não permissão, o não envolvimento do clero na maçona-
ria; ainda hoje não é permitido, e Dom Dadeus Grings é um dos bispos,
(agora uma espécie de avô), se coloca como dissidente ao próprio Pa-
pa e a Nossa Senhora de Fátima.
Saiba que não ouvi na entrevista de Dadeus Grings, o arcebispo
de Porto Alegre, falar uma vez sequer em Jesus Cristo. Dadeus Grings
estava preocupado em reunir mais fiéis, para “entrar por aquela porta”.
Que porta? A porta larga onde todos passam com muita facilidade ou a
porta estreita? O que diz a Bíblia com relação a isso?

“É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que


entrar um rico no reino de Deus”. Mateus, 19,24.

Dois senhores numa mesma vida são inconciliáveis. “Ninguém po-


de servir a dois senhores: ou odiará a um e amará a outro, ou se ape-
gará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinhei-
ro.” São Mateus, 6,24.
Veja o que diz a Igreja Católica Apostólica Romana quando é pes-
quisado Maçonaria x Igreja Católica — Rainha Maria:
DECLARAÇÃO SOBRE A MAÇONARIA Sagrada Congregação
para a Doutrina da Fé

504
Declaração de 26 de novembro de 1983 do cardeal Joseph Ratzinger,
prefeito da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé (v. L’Osservatore
Romano de 26.11.83):
“Foi perguntado se mudou o parecer da Igreja a respeito da Maço-

naria, pelo fato de que no novo Código de Direito Canônico ela não vem

expressamente mencionada como no Código anterior.

Esta Sagrada Congregação quer responder que tal circunstância é devida

a um critério redacional seguido também quanto às outras associações

igualmente não mencionadas, uma vez que estão compreendidas em ca-

tegorias mais amplas.

Permanece portanto imutável o parecer negativo da Igreja a respei-

to das associações maçônicas, pois os seus princípios foram sempre con-

siderados inconciliáveis com a doutrina da Igreja e por isso permanece

proibida a inscrição nelas. Os fiéis que pertencem às associações maçô-

nicas estão em estado de pecado grave e não podem aproximar-se da

Sagrada Comunhão.

Não corresponde às autoridades eclesiásticas locais pronunciarem-

505
se sobre a natureza das associações maçônicas com um juízo que impli-

que derrogação de quanto acima estabelecido e isto segundo a mente da

Declaração desta Sagrada Congregação, de 17 de fevereiro de 1981 (cf.

AAS 73, 1981, p.240-241).

O Sumo Pontífice João Paulo II, durante a audiência concedida ao subs-

crito Cardeal Prefeito, aprovou a presente Declaração, e ordenou a sua

publicação.

Joseph Card. Ratzinger (Cardeal Prefeito)

É importante notar que a Declaração da Santa Sé afirma que “estão

em estado de pecado grave, e não podem aproximar-se da Sagrada Co-

munhão”. Isto é muito sério para os católicos. E é a palavra oficial da

Igreja sobre a questão!

O número 386 da Revista “Pergunte e Responderemos”, de autoria

de D. Estevão Bittencourt, nas páginas 323 a 327, traz um elucidativo

artigo sobre o assunto.

Neste artigo D. Estevão, de reconhecida seriedade e competência, teólo-

go renomado; afirma:

“A Maçonaria professa a concepção de Deus dita ‘deísta’, ou seja,


a que a razão natural pode atingir; - admite ‘a religião na qual todos os
homens estão de acordo, deixando a cada qual as suas opiniões parti-
culares’. Esta noção de Deus e de Religião é vaga e não condiz com o
pensamento cristão, que reconhece Jesus Cristo e as grandes verda-
des por Ele reveladas.
“Além disto, tanto a Maçonaria Regular como a Irregular têm seu

506
processo de iniciação secreta. Propõem o aperfeiçoamento ético do
homem através da revelação de doutrinas reservadas a poucos e rece-
bidas dos ‘grandes iniciados’ do passado - entre os quais alguns ma-
çons colocam o próprio Jesus Cristo. Celebram também ritos de índole
“secreta ou esotérica”, que vão sendo manifestados e aplicados aos
membros novatos à medida que progridem nos graus de iniciação. Ora,
um tal processo de formação contrasta com o que o Cristianismo pro-
fessa: este não conhece verdades nem ritos reservados a poucos; na-
da tem de oculto ou esotérico”.

Outra razão muito séria que D. Estevão levanta, para mostrar ao


católico que não se faça maçom, é esta:

“Ademais, quem se filia a uma sociedade secreta, não pode prever


o que lhe acontecerá, o que se lhe pedirá ou imporá; não sabe se lhe
será fácil guardar sua liberdade de opções pessoais. Embora tencione
manter fidelidade a seus princípios íntimos, pode-se ver em encruzilha-
das constrangedoras.
“Por outro lado, é preciso lembrar aos católicos que a fé e a doutri-

na da Igreja é insuperável e completa: herdada dos profetas e dos Após-

tolos; revelada por Deus; confirmada pela Tradição dos Santos Padres,

Doutores e Santos; confessada pelo sangue dos mártires e guardada pelo

Sagrado Magistério. Não é preciso buscar ‘coisas novas’ para alimentar o

espírito, uma vez que o próprio Senhor nos oferece a sua Palavra e o seu

próprio Corpo na Eucaristia.

“O Santo Padre nos outorgou o Catecismo da Igreja Católica, de ri-

queza inefável, capaz de nos preparar para cumprir aquilo que São Pe-

dro nos pede:

507
‘Estai sempre prontos a responder para a vossa defesa a todo aquele

que vos perguntar a razão da vossa esperança’ (1Pe 3,15).

“Além do mais, é preciso lembrar que a principal virtude do católico

é a obediência à Santa Igreja, chamada pelo Papa João XXIII, de Mater

et Magistra (Mãe e Mestra).

“Quem desejar compreender melhor as razões pelas quais a Igre-


ja, como Mãe cautelosa, proíbe os seus filhos de se associarem às lo-
jas maçônicas, poderá ler o livro do Bispo de Novo Hamburgo, D. Boa-
ventura Kloppenburg, Igreja & Maçonaria, Ed. Vozes, 2a. Edição, 1995,
ou ainda o livro do Bispo D. João Evangelista Martins Terra, sobre o
mesmo assunto.
“Infelizmente, em desobediência à Igreja, alguns no passado, até
mesmo do clero, se associaram à Maçonaria, no intuito, às vezes, de
serem úteis à sociedade, mas isto nunca foi permitido pela Igreja.” (Do
livro “Entrai pela porta Estreita” do Prof. Felipe Aquino)

Você poderá ler também neste site, www.rainhamaria.com.br, so-


bre a iniciação de jovens (sexo masculino) de idade entre 13 anos a 21
anos que participam da ordem jovem da maçonaria DeMolay e, conco-
mitantemente, também participam de grupos e movimentos católicos
nos vários segmentos da Igreja Católica.
Alguns jovens são ‘iniciados’, geralmente convidados, pelos mem-
bros que fazem parte da maçonaria; geralmente filhos, netos dos ma-
çons adultos integrantes. E, no entanto, ficou evidente, conforme a cita-
ção, que isso não é permitido na Igreja Católica.
Dom Dadeus Grings foi meu professor no curso de Filosofia. Era
simples na aula, ainda olhava para nós. Muito compenetrado, muito sé-
rio, um pouco característica de quem vive pensando acerca do sentido
da vida. Professor de Lógica. Matéria que eu não suportava, mas tinha
508
que estudar. Tinha o livro de Lógica Formal escrito por ele também.
Lembro que uma vez, dei uma coladinha ao pegar o livro de Lógica. Eu
tinha as minhas razões de desejar não ficar presa no Tempo, por causa
daquela disciplina. Eu colei na prova do meu professor e peço descul-
pas. Na verdade, eu deveria ficar corada e devo ter ficado. Lembro que
meu professor ficava corado. Eu, no afã de desejar sair daquela disci-
plina, apelei para o pecado; perdão.
Achava, querido, aquele jeitinho do meu professor; identificava-me
com ele, no ficar corada também por alguma coisa que envolvesse mi-
nhas emoções. Minha maquiagem não permite mostrar tão evidente
minhas emoções. Quando pequena, diziam para mim ao me verem co-
rar: “olha como ela está vermelha!”. Aquilo para mim era pior ainda, pois
mais quente meu rosto ficava. Precisei usar na caminhada da vida cer-
tos artifícios para não me expor tanto, pois muito clarinha, facilmente o
corado se apresentava. Mas ao longo da vida, entendi que certas coi-
sas são tão ínfimas frente às “maquiagens” que certas pessoas utilizam
e que estas, sim, são usadas e empregadas para encobrir coisas tão
piores; de um ardil interior e pernicioso. O Tempo possui a capacidade,
para determinadas pessoas, de promover mudanças. Meu antigo pro-
fessor mudara. Já não ficava corado como no velho Tempo. Na verdade
eu tenho carinho por ele. Não posso acreditar de todo que não esteja
ele, sendo usado pela própria maçonaria em seu ardil de se utilizar de
um dos cleros para aparecer inclusive na mídia e dar a falsa impressão
que a Igreja Católica em suas bases aceita esse estado de situação.
Quando isso ocorrer, então sim, saibam que o animal está realmente lá
no Vaticano, no “topo”, no lugar da “Cabeça de Cristo”. Deus livre a
Humanidade desse jugo hediondo. Deus afaste da Humanidade este
cálice de horror! Nossa Senhora de Fátima, Rainha da Paz, nos dá a
Paz de que tanto precisamos.

509
Não tenho esse papel existencial para julgamentos. E tenho plena cer-
teza que, não é um homem somente, como no Tempo, de Judas Iscari-
otes traiu Jesus Cristo por moedas; hoje, no Tempo do Apocalipse, são
muitos homens no interior do clero, do sacerdócio a traírem Jesus Cris-
to. Fora e dentro da Igreja e a não mais por moedas. A questão é bem
mais ampla e complexa; a questão é pelo Pleno Poder de ficar espiritu-
almente no comando. No comando tanto da “Cabeça de Cristo” como
no poder material econômico, as finanças em monopólio. O poderio
dominador.
Peço a Deus a Sua Misericórdia a todos. Peço que se aproximem de
Jesus Misericordioso no devido Tempo pessoal que a todos é concedi-
do. Não sou ingênua: existirão os compostos pelo germe do mal.
No primeiro capítulo, coloquei o vir-a-ser de uma pessoa no Tempo.
Há pessoas que não conseguem viver na sua autenticidade, não vivem
a sua essência, se é que um dia encontraram a sua essência. Vão se
contaminando pela sociedade enferma, como já dizia o filósofo Erich
Fromm. Muitos podem ser grandes intelectuais, homens muito inteligen-
tes; podem escrever, falar muito, mas acabam por serem cópias repro-
duções de outros tantos homens e não sabem falar por si mesmos. Não
sabem quem são não acrescentam nada à vida — ou criam um algo
destrutivo, inclusive para a Humanidade. Assim foi Hitler, por exemplo.
O que um só homem e seus adeptos conseguiram fazer com o povo
israelita, o povo judeu, com os negros, os ciganos e com outros povos.
Um perfeito possesso do demônio! Louco, não! Possesso! O Mal entra-
ra nele. Este deixou evidente por quem se deixou conduzir como ins-
trumento. Quanto ao meu antigo professor, o arcebispo, não me compe-
te julgar. Não compete a qualquer pessoa esse papel existencial. Com-
pete somente a Deus, que lê nossos corações; Senhor do Tempo, Deus
sabe até o último suspiro de um ser, o momento do arrependimento ou
não pelas opções errôneas, pelos pecados cometidos. Nada como o
510
Tempo dado a cada um... E acreditando no Tempo dado a cada um
aqui estou. Esperando poder contribuir para almas encaminhadas na
Verdade, na Vida que encontramos em Jesus Cristo e no Tempo do
qual Nossa Senhora nos concede. Não gostaria de saber do meu pro-
fessor querido num Tempo remando contra, opondo-se principalmente
à Grande Mulher vestida de sol, Nossa Senhora de Fátima, a Mãe Me-
dianeira perante Deus Pai. Não desejaria saber que Dadeus Grings
permaneceu do lado oposto ao do padre Gobbi. Não esteja Dom Da-
deus ou outros do clero trazendo para os fiéis da Igreja Católica uma
novidade nociva para ela. Como diz Dilson Kutscher:

“E seu rebanho como fica? A Santa Igreja condena a Maçonaria,


mas o senhor, com seu exemplo a absolve.”

Penso, com pesar, nestes jovens iniciando essas práticas, se in-


troduzindo na maçonaria e pior: estão se introduzindo também na Igreja
Católica, algo inconciliável e não permitido.
Repito o que nos deixa D. Estevão Bittencourt, “um teólogo de re-
conhecida seriedade e competência” (como disse Prof. Felipe Aquino):

“Celebram também ritos de índole ‘secreta ou esotérica’, que vão


sendo manifestados e aplicados aos membros novatos à medida que
progridem nos graus de iniciação. Ora um tal processo de formação
contrasta com o que o Cristianismo professa: este não conhece verda-
des nem ritos reservados a poucos; nada tem de oculto ou esotérico.”

Sim, exatamente aqui mora o cerne da questão. Nossa Igreja Ca-


tólica Apostólica Romana, a Igreja sem mancha, sem a maçonaria ecle-
siástica, a Igreja obediente ao Papa da Verdade, nada possui de “ritos
reservados a poucos; nada tem de oculto ou esotérico”. Mas aqueles
sacerdotes ou bispos que teimam em serem os dissidentes da Igreja
Católica, a maçonaria eclesiástica, a besta negra infiltrada na Igreja,
estes, desejam formar o Ecumenismo e criar assim uma falsa Igreja e
511
um falso Cristo, conforme Nossa Senhora nos vem avisando há anos.
As amarras, nesta seita, às escondidas por longo milênio, afloraram
nesta era. Amarras espirituais maléficas que ligam esses integrantes;
maçons dão-lhes coragem de “testa de ferro” e ganham adeptos no ma-
terialismo, no deus dinheiro, no poder e fundamentalmente para galgar
postos políticos no mundo das finanças. Você sabe o que faz um grupo
assim fechado, não é mesmo? Temos o espiritual maléfico materiali-
zando-se nesta face da Terra. Aqui é que reside o cerne da questão: os
integrantes maçons se dão internamente à prática do ocultismo, ou se-
ja, num conhecimento secreto de ocultismo, mexem com forças pode-
rosas colocando-as opostamente ao nosso Deus, o Deus do Antigo e
do Novo Testamento. O Deus da justiça e da misericórdia.
Nossa Senhora em Seu Livro nos diz:

“A maçonaria eclesiástica recebe ordens e poder das várias lojas


maçônicas e trabalha para conduzir secretamente todos a fazer parte
destas seitas secretas.” Página 696. “Aos Sacerdotes, filhos prediletos
de Nossa Senhora”.

Eu me deixo como instrumento para minha Mãe amada, Nossa


Senhora e sou uma Serva de Maria e afirmo que ‘Eu Creio’ em Suas
mensagens e em Suas aparições.
Nossa Senhora, a Rainha da Paz, a Mulher vestida de sol penetra
as sombras, para nos dizer. Repito:

“A maçonaria eclesiástica chega até mesmo a construir uma está-


tua em honra da besta e constringe todos a adorar esta estátua.” Pági-
na 696. Livro “Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Senhora”.
“Esta infiltração maçônica, no interior da igreja, já vos foi predita
por mim em Fátima, quando vos anunciei que satanás se introduziria
até o vértice da Igreja.” Página 691. “Aos Sacerdotes, filhos prediletos
de Nossa Senhora”.
512
“Se o objetivo da maçonaria é de conduzir as almas à perdição, le-
vando-as ao culto de falsas divindades, o objetivo da maçonaria ecle-
siástica é, por outro lado, de destruir Cristo e a sua Igreja, construindo
um novo ídolo, isto é, um falso Cristo e uma falsa Igreja.” Página 691,
Livro “Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Senhora”.

Satanás (é assim que Nossa Senhora o chama) é um Espírito. Vo-


cê não o vê, mas ele existe. O ar, você não vê; ele é invisível; no entan-
to, você percebe a manifestação do ar por meio do vento, o movimento
do ar. Você percebe no balanço dos cabelos, numa roupa que está no
varal em dia de vento, você percebe o movimento desta roupa. Você
percebe ao tapar as narinas e a boca e você não consegue viver sem o
ar. Assim é o Espírito Maligno. Ele existe como força invisível, com sua
legião de anjos maus. Quando alguém se deixa como um vir-a-ser ma-
léfico e se deixando como instrumento para satanás tudo pode aconte-
cer. Não esqueça o que um único homem, como Hitler, conseguiu fazer
na face da Terra.
Nosso Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal, Deus é Amoroso e
Misericordioso está invisível e em todo lugar; é o Deus da Vida e desde
a Criação possui o seu adversário desejando as trevas, a escuridão e
não a Vida.
Deixar-se levar é algo que compete aos desígnios de Deus. Mas
como me aproximo de Deus? Sem dúvida cada pessoa possui sua alma
e, como tal, cada qual encontra o seu jeito próprio; entretanto, nessa
questão espiritual existem meios. São os sinais de Deus dos quais po-
demos nos aproximar. Lendo a Sua Palavra. Pois como você vai saber
dos Seus ensinamentos se não for ao encontro D’Ele? Conversando
com Ele por meio das orações. Nas missas, você ouve a liturgia e você
poderá ler nos folhetos também, nos finais de semana. Estando próxi-
mos da Mãe da Igreja, pois Ela, como a escolhida de Deus, a que teve
completa fé e obediência, soube aceitar o Plano de Amor de Deus para
513
nós. Maria, a Mãe de Jesus é exemplo de mulher para qualquer mulher.
É exemplo de mãe para qualquer mãe. É exemplo de esposa para
qualquer esposa. Uma simples palavra, ‘Sim’, mas fez toda a diferença
em nossas vidas. Ela foi à mãezinha de Jesus. Ela viu o Seu desenvol-
vimento e ficara ao lado do Seu Filho até o lenho da Cruz, a Sua derra-
deira escora de morte e tudo por amor a nós. Escora? Antes fosse es-
cora...
O Plano de Amor foi esse. Morrer e Ressuscitar dos mortos para
que N’Ele, em Jesus Cristo, tenhamos Vida e vida em abundância. So-
mente Deus sabe o melhor para cada um de nós. Então, desejo que a
obediência prevaleça nos corações humanos. Que a humildade ao re-
cato, aos apelos de Nossa Senhora sejam colocados em prática o
quanto antes para a conversão de cada um. Que a Palavra de Deus, a
Bíblia, pouco lida, seja ainda mais procurado e sua leitura realizada.
Que o homem deixe de querer ser deus na sua vaidade e soberba; no
desejo pelo status, por posições sociais, pela busca pelo dinheiro que
pode fazer perder a sua alma. Que este homem se torne o Novo ho-
mem; o homem aos moldes de Nossa Senhora: mais coração do que
razão. O homem humilde o homem de coração o homem simples o ho-
mem que prime pelo SER e não pelo TER.

“Se as pessoas não se converterem logo, coisas ruins sobrevive-


rão a elas.” Setembro de 1981. Página 79, livro “Convertam-se Sem
Demora!”.
“Sem oração não existe paz. Por isso, recomendo a vocês, queri-
dos filhos, rezarem pela paz, diante da Cruz.” (6.9.84)
“Rezem, rezem, rezem! Na oração, vocês experimentarão uma
imensa alegria e encontrarão a solução para todas as situações difí-
ceis...” (28.3.85) Página 71. “Convertam-se Sem Demora!”.
“Quando Eu digo ‘rezem, rezem, rezem’, não desejo dizer apenas
que aumentem o número de horas de orações, mas também que refor-
514
cem o desejo de rezar e de estar em contato com Deus. Coloquem-se
permanentemente em estado de espírito submerso na oração.” Junho
de 1984, página 92. “Mediugórie, Convertam-se Sem Demora!”.
“Quando vocês rezam, devem sentir mais (a oração). Oração é
uma conversa com Deus. Rezar significa escutar a Deus. A oração é
útil para vocês porque, depois dela, tudo fica claro. A oração conduz à
alegria. A oração ensina-os como chorar. A oração ensina-os como se
abrir. Oração não é uma brincadeira. Oração é um diálogo com Deus.”
Dia 20 de outubro, página 93. “Mediugórie, Convertam-se Sem Demo-
ra!”.

Nossa Senhora vem até nós como uma Grande Estrela Guia. Dei-
xa Suas mensagens, faz Suas aparições como Mãe amorosa e preocu-
pada. Jesus Cristo é o nosso Grande Farol. Se você procurar ajuda em
Jesus na Eucaristia, gradativamente sua vida será de muito mais Força,
Luz, Vida, Salvação e seus pedidos em Jesus Cristo vão se delineando
na sua caminhada existencial.
Estamos sendo levados por um mar em tempestade e estamos
desviando o nosso olhar do Grande Farol. Desviando-nos do Grande
Farol, que é Jesus Cristo, “Eu sou o Caminho, a Verdade, a Vida”, nos
perderemos. O Farol indica o Caminho. Você possui o conhecimento da
existência de pessoas desejosas da escuridão desse Grande Farol em
detrimento de conquistas pessoais, nas quais tudo possa ser consegui-
do de maneira própria aqui na Terra, no poder do dinheiro. Existem
pessoas desejosas por inventar, criar um novo deus. O poder maléfico
está desejoso de que esse Farol se apague: a grande Luz que é Jesus
Cristo no Universo e Filho de Deus Pai. Fazer a preparação da Huma-
nidade para o segundo advento de Jesus Cristo é de relevância para
nossa amada Mãe. Preparar a Humanidade para o tempo da tribulação
e da purificação é o fundamento para Nossa Senhora. Nossa Senhora
sabe da existência da conspiração para trair Seu Filho Jesus Cristo

515
através da besta negra, a maçonaria eclesiástica. Nossa Senhora sabe
do desejo de construir uma falsa Igreja e um falso Cristo.
Como Mãe amorosa, quando foi feito o questionamento de um
Padre Católico sobre a cura de uma criança Ortodoxa, Nossa Senhora
assim falou:

“Diga a esse Padre, diga a todos, que vocês estão divididos na ter-
ra. Aos Mulçumanos e aos Ortodoxos, pela mesma razão como os Ca-
tólicos, são iguais, diante de Meu Filho e de Mim. Vocês todos são
meus filhos. Certamente, todas as religiões não são iguais, mas todos
os homens o são perante Deus, como diz São Paulo. Não basta per-
tencer à Igreja Católica para ser salvo, mas é necessário respeitar os
mandamentos de Deus e seguir a sua consciência. Aqueles não Católi-
cos não são menos criaturas feitas à imagem de Deus e destinadas ao
reencontro, algum dia, na Casa do Pai. A salvação está ao alcance de
todos, sem exceção. Apenas aqueles que rejeitam a Deus, deliberada-
mente, são condenados. A quem foi dado pouco, pouco se pedirá. A
quem foi dado muito (aos Católicos), muito se pedirá. É somente Deus,
em Sua infinita justiça, Quem determina o grau de responsabilidade e
pronuncia o julgamento.” Página 95, do livro “Mediugórie, Convertei-vos
Sem Demora!”.
“Nossa Senhora afirma que Deus não exclui ninguém e pede-nos
para respeitar todas as pessoas na sua fé. Diz Ela que Deus dirige to-
das as confissões religiosas como um rei a seus súditos através de
seus ministros. Nossa Senhora enfatiza que Jesus Cristo é o único me-
diador da salvação.”

Uma vez, respondendo a um dos videntes, Ela disse:

“Veja que todas as aparições acontecem na Igreja Católica. Isso


deve dizer muito a você.” Página 59, livro “Mediugórie, Convertam-se
Sem Demora!”.

Para mim, a presença da Mãe amada diz muito. Sua presença


516
como Mulher revestida de sol, sua presença materna desejando nos
orientar, nos encaminhar para o melhor neste mundo, diz muito para
mim. Aliás, desde pequena, Ela muito foi uma Mãe no qual eu me dei-
xei ser como filha para ela, pedindo a Sua ajuda. Uma ajuda para os
meus medos, as minhas inseguranças, desejando tê-la como Mãe para
me proteger. Reconheço também que fui uma boa filha para a minha
mãe terrena; nunca a decepcionei; fui boa esposa e mãe dos meus fi-
lhos a quem tanto amei e amo.
Você leu acima o que a Mãe amada diz:
“A quem foi dado pouco, pouco se pedirá. A quem foi dado muito
(aos Católicos), muito se pedirá”.
Recebi muito na minha caminhada existencial na Igreja Católica e
desejo retribuir para as pessoas que precisam de ajuda e, como eu no
Tempo esteja precisando dessa ajuda. Eu sei para cada pessoa será de
um jeito; entretanto, falo a nível espiritual universal. Recebi meus ir-
mãos em Cristo, recebi os sacramentos da Reconciliação com Deus ou
Confissão; recebi Jesus Eucarístico; recebi a própria consciência que
me fez discernir entre o joio e o trigo; recebi um esposo (chegou a
Tempo de Deus) é meu amigo, meu companheiro e de mãos dadas
vamos seguindo a vida. Fui mãe e avó; professora, filósofa; fiz poesias
e escritos. Fui Batizada na Igreja Católica, fui Crismada. Soube o que é
a maternidade. Duas importantes pessoas em minha vida receberam a
graça da salvação: minha mãezinha terrena a quem tanto amo e minha
amada irmã falecida no final de 2012.
Peço perdão a meu Deus amado por não O ter conhecido anteri-
ormente. Peço perdão a toda a minha família celeste; por meus peca-
dos, não conseguia estar mais próxima Deles. Estava obscurecida pelo
Mal, mas recebi muito de Deus me resgatando da escuridão. Ninguém
responde por mim neste livro, nos meus escritos e pensamentos, a não
ser eu mesma que a tudo vivi, senti nesta vida quando lhe disse da mi-
517
nha caminhada solo. Não tão solo assim, pois eu fui guiada pelo amor
da minha Mãe Maria Santíssima, guiada por minha família celeste nesta
face da Terra. Enquanto peregrinava numa igreja e noutra, pedi as bên-
çãos para mim para poder realizar este livro em Deus. Meu amigo Irmão
marista leu os capítulos e partes destes para uma supervisão espiritual
esteve comigo sempre que foi possível.
Falando sobre o Espírito Santo, tenho a dizer o seguinte:
Quando passara a rezar o Rosário Abrangente, que o meu amigo
Irmão Marista criara um dos Mistérios, os Mistérios da Esperança, ou
também conhecido como Mistérios Gloriosos, medita a Vinda do Espíri-
to Santo sobre os apóstolos e sobre Nossa Senhora no Cenáculo; aqui,
eu, nós reconhecemos e agradecemos a presença e a ação do Espírito
Santo em todas as realidades da Obra Divina e Acontecimentos da Vi-
da. Então, continuamos rezando sobre a presença e ação do Espírito
Santo na Obra da Criação; agradecemos a presença e ação do Espírito
Santo na História da Salvação do ANTIGO TESTAMENTO; agradece-
mos a presença e ação do Espírito Santo na História da Salvação do
NOVO TESTAMENTO; agradecemos a presença e ação do Espírito
Santo em todas as RELIGIÕES; agradecemos a presença e ação do
Espírito Santo em todas as Pessoas, ENCONTROS, ASSOCIAÇÕES e
REALIZAÇÕES.
Sim. Tenho a certeza de que não estive sozinha na minha cami-
nhada existencial. Tenho muito, muito, a agradecer a ação do Divino
Espírito Santo na minha caminhada existencial.
Maçonaria não é uma religião. Maçonaria é uma associação se-
creta, uma seita. Assim como minha Mãe, Nossa Senhora a Rainha da
Paz eu sou contra a traição que estão fazendo ao Nosso Senhor Jesus
Cristo dentro da Igreja Católica Apostólica Romana, pela maçonaria
eclesiástica e as lojas maçônicas. Assim, sou contra o ecumenismo da
hipocrisia. Não aceito o Mal atuante na maçonaria como um todo.
518
Nossa Senhora nos diz que: “todas as religiões não são iguais,
mas todos os homens o são perante Deus, mas que para ser salvo é
necessário respeitar os mandamentos de Deus e seguir a sua consci-
ência; segue também dizendo que a salvação está ao alcance de todos,
sem exceção. Mas que, aqueles que rejeitarem a Deus, deliberadamen-
te, são condenados.” Página 95, do livro “Convertam-se Sem Demora!”
Resolvi copiar, para você, revelações de Nossa Senhora de Fáti-
ma sobre as blasfêmias proferidas pela besta negra contra a santa Lei
de Deus, os dez mandamentos da Igreja. Como disse minha amada
Mãe, “necessário se faz respeitar os mandamentos de Deus e seguir a
sua consciência.”
Livro “Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Senhora”, Milão,
Itália, 3 de junho de 1989, Primeiro sábado e festa do Coração Imacu-
lado de Maria.
“A besta abre a boca para proferir blasfêmias contra Deus, para
blasfemar o seu nome e a sua morada, contra todos os que habitam no
céu. A blasfêmia maior de todas é a de negar o culto devido só a Deus
para dá-lo às criaturas e ao próprio satanás. Eis porque, nestes tempos,
por trás da perversa ação da maçonaria, difundem-se, por toda a parte,
as missas negras e o culto satânico. Além disso, a maçonaria age, com
todos os meios, para impedir que as almas se salvem e assim quer tor-
nar vã a obra da redenção consumada por Cristo. Se o Senhor comuni-
cou a sua lei com os dez mandamentos, a maçonaria difunde por toda
parte, com a potência dos seus dez chifres, uma lei que é completa-
mente oposta à de Deus. Ao mandamento do Senhor: _ “Não terás ou-
tro Deus além de Mim” _ ela constrói outros falsos ídolos, diante dos
quais hoje muitos se prostram em adoração. Ao mandamento: — Não
nominar o nome de Deus em vão”_ ela(são travessões usados) se
opõe blasfemando Deus e o seu Cristo, de tantos modos enganosos e
diabólicos, até a reduzir o seu nome a uma marca comercial indecorosa
519
e a fazer filmes sacrílegos sobre sua vida e sobre sua divina pessoa. Ao
mandamento: _ “lembra-te de santificar as festas” _ela transforma o
domingo em “weekend”, no dia do esporte, das corridas, dos diverti-
mentos. Ao mandamento: _ “Honrar pai e mãe”_ ela contrapõe um mo-
delo novo de família fundado sobre a convivência, até mesmo entre
homossexuais. Ao mandamento: _ “Não cometer atos impuros” _ ela
justifica, exalta e faz propaganda de todas as formas de impureza, até a
justificação dos atos contra a natureza. Ao mandamento: _ “Não ma-
tar”_ ela conseguiu legitimar, em toda a parte, o aborto, a fazer acolher
a eutanásia, fazer quase desaparecer o respeito devido ao valor da vida
humana. Ao mandamento: _ “Não roubar” _ela trabalha para que cada
vez mais se difundam os furtos, a violência, os sequestros e os roubos.
Ao mandamento: _ “Não levantar falso testemunho” _ela age para que
se propague cada vez mais a lei do engano, da mentira, da falsidade.
Ao mandamento:_ “Não desejar as coisas e a mulher do próximo”_ age
para corromper profundamente a consciência, enganando a mente e o
coração do homem. Desta maneira as almas são incitadas no caminho
perverso e mau da desobediência à lei do Senhor, são submersas no
pecado e assim são impedidas de receber o dom da graça e da vida de
Deus. Às sete virtudes teologais e cardeais, que são o fruto do viver na
graça de Deus, a maçonaria opõe a difusão dos sete vícios capitais,
que são o fruto do viver habitualmente em estado de pecado. À fé ela
opõe a soberba; à esperança a luxúria; à caridade a avareza; à prudên-
cia a ira; à fortaleza a preguiça; à justiça a inveja; à temperança a gula.
Aquele que se torna vítima dos sete vícios capitais é gradualmente
conduzido a tirar de Deus o culto que somente a Ele é devido, para dá-
lo a falsas divindades, que são a própria personificação de todos esses
vícios. E nisto consiste a maior e mais horrível blasfêmia. Eis porque
sobre cada cabeça da besta está escrito um título blasfemo. Cada loja
maçônica tem a tarefa de fazer adorar uma divindade diferente. A pri-

520
meira cabeça leva o título blasfemo da soberba, que se opõe à virtude
da fé, e conduz a prestar o culto ao deus da razão humana e do orgu-
lho, da técnica e do progresso. A segunda cabeça leva o título blasfemo
da luxúria, que se opõe à virtude da esperança, e conduz a prestar o
culto ao deus da sensualidade e da impureza. A terceira cabeça leva o
título blasfemo da avareza, que se opõe à virtude da caridade, difundin-
do em toda parte o culto ao deus dinheiro. A quarta cabeça leva o título
blasfemo da ira, que se opõe à virtude da prudência, e conduz a prestar
o culto ao deus da discórdia e da divisão. A quinta cabeça leva o título
blasfemo da preguiça, que se opõe à virtude da fortaleza, difundindo o
culto ao ídolo do medo, da opinião pública e da exploração. A sexta ca-
beça leva o título blasfemo da inveja, que se opõe à virtude da justiça, e
leva a prestar o culto ao ídolo da violência e da guerra. A sétima cabeça
leva o título blasfemo da gula, que se opõe à virtude da temperança, e
conduz a prestar o culto ao ídolo tão exaltado do hedonismo, do materi-
alismo e do prazer. A tarefa das lojas maçônicas é a de operar hoje,
com grande astúcia, para levar por toda a parte da humanidade a des-
prezar a santa lei de Deus, a operar em aberta oposição aos dez man-
damentos, a subtrair o culto devido ao único Deus, para dá-lo a falsos
ídolos, que são exaltados e adorados por um número cada vez maior
de homens: a razão; a carne; o dinheiro; a discórdia; o domínio; a vio-
lência; o prazer. Assim as almas são precipitadas na tenebrosa escravi-
dão do mal, do vício e do pecado, e, no momento da morte e do juízo
de Deus, no pântano do fogo eterno que é o inferno. Agora compreen-
deis como, nestes tempos, contra o terrível e insidioso ataque da besta
negra, isto é, da maçonaria, o meu Coração Imaculado se torna o vosso
refúgio e a estrada segura que vos leva a Deus. No meu Coração Ima-
culado se torna o vosso refúgio e a estrada segura que vos leva a
Deus. No meu Coração Imaculado se delineia a tática usada pela vossa
Mãe Celeste para contra-atacar e vencer a enganosa trama usada pela

521
besta negra. Por isso, formo todos os meus filhos a observar os dez
mandamentos de Deus; a viver à letra o Evangelho; a usar com fre-
quência os sacramentos, especialmente os da penitência e comunhão
eucarística, como ajuda necessária para conservar-se na graça de
Deus; a exercitar de maneira forte as virtudes, caminhar sempre na es-
trada do bem, do amor, da pureza e da santidade. Assim sirvo-me de
vós, meus pequeninos filhos que a mim vos consagrastes, para des-
mascarar todas essas insídias enganosas que a besta negra vos prepa-
ra e tornar enfim vão o grande ataque que a maçonaria desfechou hoje
contra Cristo e a sua Igreja. E por fim, sobretudo na sua maior derrota,
aparecerá, em todo o seu esplendor, o triunfo do meu Coração Imacu-
lado no mundo.” Páginas 686 a 689, do Livro Aos Sacerdotes, filhos
prediletos de Nossa Senhora
Repetindo o que diz Nossa Senhora:

“A quem foi dado muito (aos Católicos), muito se pedirá.” Página


95. “Mediugórie, Convertam-se Sem Demora!”.

O que desejaremos como melhor, como qualidade de alma? É im-


pressionante a força do cinema para incutir em milhares e milhares de
pessoas por meio de certos filmes o desejo do extermínio ou desvalori-
zação de princípios cristãos. Alguns diretores e roteiristas se empe-
nham na destruição desses princípios, valores humanos e mostram ce-
nas que são vulgares, usam palavrões, comportamentos entre famílias,
deixando os piores exemplos para a humanidade. Não se importam em
formação humana, mas em agradar ao público que aceita sem mais
críticas e considera natural, pois se deixa conduzir em comportamentos
que não são considerados e aprimorados. Assim, fazer piadinhas des-
ses princípios, valores e doutrina, não é acatado com respeito e arras-
tam pessoas para a porta aberta sem mais seleção de almas (não a
porta estreita referida na Bíblia).

522
“Os locais de divertimento — particularmente os cinemas e as dis-
cotecas — tornaram-se lugares de profanação pública da própria digni-
dade humana e cristã. É o tempo no qual o Senhor nosso deus é conti-
nuamente e publicamente ofendido com os pecados da carne. Já a Sa-
grada Escritura vos advertiu que quem peca por meio da carne, na pró-
pria carne encontra a sua justa punição.” Página 710. “Aos Sacerdotes,
filhos prediletos de Nossa Senhora”.

Acredito isso explique o que aconteceu na cidade de Santa Maria,


por exemplo. É apenas um exemplo. Qualquer templo desses será um
lugar propício para a atuação do demônio. Tudo pode acontecer. O de-
mônio possui autoridade através dos pecados e pecados a Humanidade
está cheia, pois muitos jovens já nem sabem dizer quais são os Dez
mandamentos da Lei de Deus; não sabem orações como Salve Rainha
e a oração do Credo. A família já não prima mais por orientar ensinar
limites aos filhos. A família nem mais existe como família constituída
dificultando tudo e situações criadas como obra de satanás e sua legião
espalhada nos ares.

“Jamais como hoje a imoralidade, a impureza, e a obscenidade fo-


ram continuamente propagadas através da imprensa e de todos os
meios de comunicação social. Sobretudo a televisão tornou-se o per-
verso instrumento de um cotidiano bombardeamento de imagens obs-
cenas, dirigidas a corromper a pureza da mente e do coração de to-
dos.” Página 710. “Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Senho-
ra”.

Queremos uma Igreja autêntica e preocupada em nos dar o espiri-


tual da VERDADE da VIDA. As questões discutidas como família, sa-
neamento, educação, política etc., temas que o maçom mencionou na
entrevista na RBS, não são assuntos que competem a Igreja. O maçom
faz uma fusão entre temas dessa natureza, como melhorias do sanea-
mento, da educação etc.; eles conseguem fazer as melhorias. Mas a
523
que preço? “Não podemos adorar a dois senhores.”
A Igreja Católica Apostólica Romana não foi formada para adorar
o dinheiro. Ela deve ser uma Igreja Pura, sem Mancha. A Igreja Católica
Apostólica Romana deve possuir um só Senhor: Deus Pai Amoroso e
Misericordioso. A Igreja Católica Apostólica Romana deve zelar por al-
mas; as almas dos seus fiéis. Queremos bons pastores e “pastores que
cuidem de suas ovelhas”. Uma pessoa, uma alma, não se faz melhor
dando-lhe casa, ruas calçadas, cuidando do saneamento etc. Uma pes-
soa que não cuida de sua alma no espiritual divino de Deus Uno pode
ganhar uma casa, bens materiais e ao habitar a casa que ganha nada
nesta pessoa mudará. Continuará a mesma pessoa, mas com casa no-
va. Não são os bens materiais que fazem uma pessoa na caminhada de
sua existência. Jesus Cristo veio ao mundo não foi para arrumar a vida
material de pessoas. Você pode morar numa casa muito simples e viver
em paz quando possui a paz de Cristo. Obviamente com Jesus Cristo
tudo “vos será dado por acréscimo” e ainda mais, Ele diz: “Eu vim para
dar vida e vida em abundância”. Jesus Cristo nunca vai desejar a derro-
ta de pessoa alguma. Nunca! Ele nos ama. Ele ama você. Ele ama a
cada um de nós e nos aceita como somos. No quadro de Jesus Cristo
Misericordioso (Ele pediu para a Irmã Faustina colocar naquela ima-
gem), além dos raios de cor vermelho e branco, simbolizando o sangue
e a água saídos de seu coração, quando o soldado lhe desfechou a
lança lhe pediu que colocasse a frase abaixo:

“JESUS, EU CONFIO EM VÓS”.

Eu sinto que a vida de muitas pessoas está difícil. Difícil em acre-


ditar, confiar em outras pessoas. Muitas vezes nós desejamos nos am-
parar num animalzinho. Desejamos ter um cachorrinho, um gatinho,
colocando neles o nosso verdadeiro e puro amor, porque não encon-

524
tramos a Verdade por aí... Ao olharmos o rosto de um bebê, de uma
criança, nos animamos. Ao olhar a gracinha de um animalzinho, nós
nos deixamos levar por aquele serzinho de Deus. Mas, querido, saiba
que em Jesus você pode confiar. “Jesus, Eu confio em Vós!” E Jesus
Cristo começa a animar, a dar entusiasmo. Você vai mudando interior-
mente e quando você percebe outras pessoas vão mudando ao redor.
Acredite! Confie em Jesus Cristo.
Nossa Senhora deixa em Suas mensagens ao padre Stefano
Gobbi:

“Como Noé, em nome do Senhor, convidava a entrar na arca


aqueles que deviam ser salvos do dilúvio, assim agora tu, meu mais
pequenino menino, em nome da tua Mãe Celeste, deves convidar a en-
trar no refúgio do meu Coração Imaculado aqueles que devem ser pro-
tegidos, defendidos e salvos da grande prova que já chegou para a
Igreja e para toda a humanidade.” Página 882. Cenáculo em Rubbio
(Vicenza), 08 de abril de 1993.

525
Capítulo III

Parte 4

“Mãe do Céu Morena


(Pe. Zezinho)
Mãe do céu morena, Senhora da América Latina, de olhar e caridade tão
divina, de cor igual a cor de tantas raças. Virgem tão serena, Senhora
destes povos tão sofridos, Patrona dos pequenos e oprimidos, derrama
sobre nós as tuas graças.
Derrama sobre os jovens tua luz, aos pobres vem mostrar o teu Jesus,
Ao mundo inteiro traz o teu amor de Mãe.
Ensina quem tem tudo a partilhar, ensina a quem tem pouco a não cansar.
E faz o nosso povo caminhar em paz.
Derrama a esperança sobre nós, ensina o povo a não calar a voz,
Desperta o coração de quem não acordou.
Ensina que a justiça é condição, de construir um mundo mais irmão
E faz o nosso povo conhecer Jesus.”

Nossa Senhora no Brasil

526
Impressionante como os sinais estão dados por essa amada Mãe
Santíssima para uma organização tendo a plena certeza, convergirá no
Tempo, no Tempo de Deus para que o Mal não vingue na Terra, até os
contados para o Reino de Deus se façam salvos.
Com toda certeza eu prezo pelos meus queridos a quem tanto
amo. Prezo pelas pessoas nas quais acredito, confio. A conversão à
santidade no seu devido Tempo pessoal acontecerá.
Meu Irmão Marista querido há meses havia deixado comigo alguns
livros e um folheto; notei haver uma medalha. Estava dentro de um sa-
quinho plástico. Achei interessante, pois ele me deu, mas não disse ser
para mim. Também não me permitiu dar para alguma pessoa. Não me
atrevi a abrir o saquinho. Lembro-me quando recebi fiquei olhando nos
seus olhos e esperando me dizer alguma coisa: “É para você e fique
com a medalha”. Mas fiquei quieta, respeitei e não sabia o que fazer
com aquilo recebido. Permaneceu em minha casa por meses e fechadi-
nho. Dias atrás, mês de novembro, fazia muito tempo não conversáva-
mos. Eu precisava conversar. Meu objetivo era convidá-lo para vir até
minha casa; geralmente eu ia até ele, onde residem os Irmãos Maristas
idosos, na Casa São José. Ele teria que vir ao centro da cidade menor
para um atendimento aquele dia, então eu busquei-o de carro no local
onde ele estava e o trouxe para minha casa. Conversei muito com ele,
por sua vez estava preocupado comigo, pois nunca mais eu aparecera
ou telefonara. Disse-me que me ligara, mas ligara para o número antigo
do meu telefone residencial. Expliquei a ele nesse Tempo de ausência
muitos acontecimentos sucederam e não tive vontade de ir ao seu en-
contro em meio a tantas situações surgidas. Queria dispor de tempo,
com tranquilidade para podermos conversar. Tomamos um bom café
juntos em minha casa e pude conversar sobre a vida. De repente, ele
disse assim:
— Aquela medalhinha que eu lhe dei, você ainda tem?
527
— Tenho sim, está guardadinha para lhe entregar e os livros tam-
bém — fui buscar a medalhinha com o folheto e um livro em especial;
foi então, que ele me disse.
— É sua, pode colocá-la — eu me emocionei, porque sinceramen-
te eu queria muito receber a medalhinha dele. Não entendi o motivo de
não ter feito isso antes. Talvez entenda. Talvez fosse o Tempo! Depois
de levá-lo até sua morada, a instituição Marista, cheguei à casa e pe-
guei o folheto para ler. Nunca havia aberto e muito menos lido, porque
estava fechadinho em plástico, juntamente com a medalhinha. A primei-
ra coisa que fiz foi colocar a medalha na minha correntinha, juntamente
com a medalha de Nossa Senhora das Graças. Fiquei feliz por recebê-
la do meu Irmão Marista querido. Essa medalha não é a de Nossa Se-
nhora das Graças das Medalhas Milagrosas. É a Medalha Missionária
(Os Servos de Maria Terão Segurança Por Fim O Meu Imaculado Cora-
ção Triunfará!). Lembrei-me do Tempo quando havia usado uma pare-
cida e foi providencial em minha vida. Como foi! Foi tão importante, pois
me sentir Chamada num Tempo muito crucial. A medalha ficou escura
de tanto usá-la e quis dar para um sacerdote. Fui até o Lar dos Meno-
res atrás do sacerdote e, numa folha de ofício branca, prendi a minha
medalha com fita durex e escrevi uma pequena cartinha para o sacer-
dote; não o conhecia muito bem, mas admirava seu jeito franco de ser.
Não sei se a recebeu. Nessa medalha, eu depositei minha fé, desejava
proteção, na batalha espiritual maléfica, pois sentia ter em minha vida.
Os símbolos ali contidos eram muito fortes. Agora, meu Irmão marista
querido, entrega-me novamente outra medalha muito parecida. Passara
a ler o texto do folheto. Muito lindo o folheto. É de Raymundo Lopes, o
empresário deixara de ser empresário a pedido de Nossa Senhora do
Rosário, para poder realizar a Obra Missionária. Nossa Senhora apare-
ceu-lhe, nos primeiros encontros, no período de 28 de janeiro a 30 de
junho de 1992. Continuaram as mensagens semanais entre 9 de feve-
528
reiro de 1993 a 04 de fevereiro de 1997; Nossa Senhora retornou no
ano 2000. Nossa Senhora apresentou-se a Raymundo como a Nossa
Senhora do Rosário e falou a Raymundo sobre os “Três Selos” que lhe
seriam abertos posteriormente e que comporiam toda Sua Obra neste
século. São eles: Medalha Missionária, Pai- Nosso da Esperança e Ter-
ço da Divina Chama. Nossa Senhora ainda lhe passou três documen-
tos, de conteúdo profético, chamados Final de Milênio I, II e III, nos
quais exorta a Humanidade a uma conversão urgente e alerta sobre a
vinda de Jesus. Numa das aparições a Raymundo, o Anjo apareceu a
ele e disse que Jesus e Maria desejam “que se concretize uma institui-
ção de leigos, com fundamentos, para num futuro próximo ter nela sa-
cerdotes e vidas consagradas fiéis à doutrina de Cristo”, e que os cha-
masse de “Missionários da Divina Eucaristia”. Novamente o Anjo vem a
Raymundo para falar-lhe da “restauração da Igreja, hoje totalmente di-
vidida e dominada pela apostasia, que se fará “pela Justiça Divina”, que
se aproxima a passos largos”. Disse que as ofensas a Deus continua-
ram, “não deram nenhum caso à mensagem de 1917” (em Fátima), e
que “a Santa Senhora, conforme foi por dois milênios à medianeira das
graças, será agora a medianeira, com toda a milícia celeste, da Justiça
de Deus”. Na Capela de sua residência, Raymundo Lopes teve outro
encontro com Nossa Senhora que lhe pediu para elaborar “um pequeno
e despretensioso catecismo”, e que fosse usado “em todo o Brasil, liga-
do sempre ao Catecismo da Igreja Católica”. Disse, ainda: “Desejo que
minha Obra seja composta de catequistas formados sob meu coman-
do”. “Esta será a meta de vocês e o carisma que fará brotar na Igreja
vocações sacerdotais e consagradas”.
“Sejam catequistas!” - Raymundo diz que esse pedido de Nossa
Senhora já foi atendido. “Já temos o Catecismo Leigo, com os ensina-
mentos da Mãe de Deus, à disposição de todos. E já demos início, ain-
da que informalmente, aos Missionários da Divina Eucaristia”.
529
Continuando a leitura do folheto com as informações importantes
dos Últimos Tempos dados para a Humanidade, da Divina Misericórdia,
li atentamente e muito interessada o que dizia sobre a vitória de quem
carregar a Medalha Missionária. No verso do folheto, dizia assim:

“O Símbolo Que Os Levará À Vitória.


“A Virgem Maria intercede em nosso favor e nos traz uma vigorosa
arma contra a ação do Anticristo, que por todos os meios tenta tirar-nos
do convívio com o Criador. Mas, que arma poderosa é essa e como is-
so chegou até nós? No dia 13 de outubro de 1992, numa surpreenden-
te aparição na Basílica de Lourdes, em Belo Horizonte, durante a cele-
bração de Missa em homenagem a Nossa Senhora de Fátima, três An-
jos entregaram à humanidade uma importante simbologia mariana, que
recebeu da própria Mãe de Deus o nome de: MEDALHA MISSIONÁ-
RIA. Eis o que disseram os Anjos, uníssonos, em voz alta e clara: Nós
somos os mensageiros da paz! Jesus quer purificar a Igreja e intensifi-
car na América Latina, especialmente em seu país, a devoção ao Ima-
culado Coração de Maria. Preste atenção no que vê!
“Em seguida vi um terceiro Anjo, que disse:
“Não ofendam mais a Jesus, para que a Igreja neste continente se-
ja marcada com o sinal da paz, sem conflitos nem apostasias. Rezem e
se refugiem na Sagrada Escritura, para que tudo isto se cumpra sem
sofrimento. Os corações de Jesus e Maria permitiram que conheces-
sem regras eficazes e necessárias a uma Igreja forte e sem manchas.
Trabalhem para que isto não se perca. Eu sou o Anjo da Paz!
“Depois ficou apenas o Anjo da Paz, que disse:
“O que verá será o Símbolo que os levará à Vitória. Quem o tiver
consigo, com fé e confiança, será como a porta marcada com o sangue
do cordeiro.
“Vi, ainda, o desenrolar de toda uma cena, diante do altar-mor da
Basílica, que mais tarde foi retratada na Medalha Missionária. Nesta
cena, duas frases luminosas surgiram:
530
“OS SERVOS DE MARIA TERÃO SEGURANÇA POR FIM O MEU
IMACULADO CORAÇÃO TRIUNFARÁ!
“E o Anjo falou:
“Este é o Símbolo com o qual este continente terá segurança! Aos
marcados com este sinal, as tentações do mal não terão sucesso! Faça
com que todos o conheçam!”
“No dia 02 de abril de 1993, no Colégio Monte Calvário, em Belo
Horizonte, Nossa Senhora me disse, dentre outras coisas: Minha prote-
ção está assegurada a quem, com toda confiança, rezar o Terço, jejuar,
confessar, assistir à Missa e comungar nas primeiras sextas-feiras de
cada mês, trazendo consigo o Símbolo com o qual você foi agraciado
(a Medalha Missionária). Vocês serão marcados com o sangue do cor-
deiro, para que não caiam em tentação. Eu assistirei a cada um que,
com todo o coração, a divulgar. A serpente negra ficará acuada diante
deste Símbolo!”

Agora peço, por favor, que você acompanhe esse diálogo entre
Raymundo Lopes e Nossa Senhora. Raymundo Lopes, com suas preo-
cupações naturais diante da paisagem que estamos vendo e vivendo
sobre a Igreja Católica Apostólica Romana e a Humanidade. Raymundo
Lopes faz três perguntas sobre a Medalha Missionária, perguntas obje-
tivas a Nossa Senhora, sobre certas situações que enfrenta. Nossa Se-
nhora assim responde:

“1ª) 07 de outubro de 1994


“— Senhora, se tal Medalha é seu presente e sua proteção, por-
que deixou que eu a desenhasse de modo que sofresse críticas?
“— Tudo isto que os Anjos lhe passaram foi ratificado por Mim, e
deve ser entendido desta forma:
“A grande serpente não pode ser ignorada, razão pela qual lhe
inspirei para que a colocasse em evidência. O mal não está morto, mas
dominado pela minha graça e pelo poder de Deus, e o Espírito Santo o
531
ilumina sobre tudo o que viu.
“O lírio da pureza nasce deste meu domínio, emoldurado pelas do-
ze estrelas que representam os Apóstolos da Igreja de Cristo, renovada
pelo Espírito Santo. Vocês precisam entender que a maior arma do ma-
ligno é fazer a humanidade ignorar sua força e sua presença. Se Eu a
inspirasse pequena e insignificante, estaria acentuando este entendi-
mento. Nesta época, caracterizada por um massacrante progresso tec-
nológico, o princípio da camuflagem do que é mal se vê marcado como
se fosse bem. Esta Medalha é o Meu alerta. Usando-a, estarão atentos
ao perigo da grande serpente negra.
“ 2ª) 22 de novembro de 1994
— Senhora, sacerdotes e teólogos insistem em que sua medalha
tem erros de doutrina. Que fazer?
“Ela respondeu, pausadamente:
— O que você viu na Basílica?
— Vi uma enorme serpente e fiquei com muito medo.
— Que mais? – perguntou-me Ela.
— A Senhora sabe: seu “M”; o lírio; as estrelas; seu Coração e o
que estava escrito.
— A serpente estava morta?
— Não, Senhora, estava bem viva e raivosa.
— De que mais você se lembra?
— Lembro-me de que seu “M” brilhava muito, e do lírio saíam uma
luz intensa e as estrelas. Foi tudo muito bonito.
— Você sentiu que a serpente podia sobrepujar e dominar tudo o
que viu?
— Não! Senti que a Senhora sabia o que estava fazendo e ganha-
ria a batalha.
— Mas você não me viu naquele dia. Como deduziu que o que es-
tava vendo era uma simbologia minha?

532
— Por causa do “M”, do lírio, das estrelas e porque os Anjos disse-
ram. — respondi.
— Você gostaria de mostrar às pessoas uma serpente aniquilada e
morta?
— Gostaria, mas não seria verdade. – respondi.
— Pois aí está toda a causa de seu questionamento: o mal não es-
tá morto, e você quer representá-lo inerte e sem vida, para agradar às
pessoas.
— É, mas eles disseram também que o seu lírio, por estar cortado,
está morto. - repliquei.
— Você percebeu nele algum indício de falta de vida?
— Francamente, não. Senti que ele estava muito vivo e irradiava
luz.
— Eu represento o lírio cortado da terra e levado a Deus. A flor
que não for cortada ficará fixa à raiz e morrerá onde estiver. O próprio
Jesus, Sublime Flor da Pureza, quis também ser levantado da terra pa-
ra nos dar a vida eterna. — Ela explicou.
— Bem, e seu Coração? Eles querem que eu o desenhe com uma
coroa de rosas ou uma espada traspassando-o, alegando que isto é
uma linguagem da Igreja. Como faço? A Senhora permite que eu o re-
presente desta forma?
— O que você viu? – indagou Nossa Senhora.
— Eu vi seu Coração como uma fornalha ardente, irradiando uma
força enorme e pulsando; ele brilhava como um cristal.
— Ele tinha, por acaso, rosas ou espada? Você teve dificuldade
em reconhecê-lo como uma força voltada para o bem?
— Não, Senhora!
— Querem transformar meu Coração numa linguagem inócua e
sem sentido! Eu lhe mostrei o meu Coração!
— Mas eu acho que mesmo a Senhora me mostrou uma lingua-

533
gem figurada, porque o seu Coração verdadeiro não é possível de ser
mostrado.
— Você vacilou em reconhecer essa linguagem figurada como
uma linguagem do meu Coração?
— Não, absolutamente!
— Por quê?
— Por causa da frase embaixo e por nossos contatos anteriores, já
percebi que a Senhora expressa uma fortaleza enorme vinda de Deus.
— Por quê?
— Porque tudo o que me passa é voltado para Deus, e eu não
consigo pensar de outra forma.
— Você, com estas palavras, respondeu todas as questões doutri-
nais levantadas pelos teólogos, a respeito do que lhe foi passado por
mim! – afirmou Nossa Senhora.
— Não entendi! – repliquei.
— Não se deve esconder a verdade, seja ela qual for. A verdade
não pode nunca ser explicada através de uma mentira, mesmo piedo-
sa. As pessoas têm direito à verdade, por isso a procuram.
“ 3 ª) 11 de fevereiro 1995
— Nossa Senhora, posso lhe fazer uma pergunta sobre a Medalha
Missionária?
— Qual pergunta?
— Se por acaso a Igreja contestá-la oficialmente e proibi-la, estarei
agindo contra ela (a Igreja) se a continuar divulgando (a Medalha). Se
eu obedecer aos padres, estarei em falta com a Senhora e, se obede-
cer à Senhora, estarei em falta com a Igreja. Estou preocupado e não
sei como agir.
“Ela então mudou de semblante, adquirindo um ar atento, e com o
olhar bem fixo em mim, chegando a me embaralhar a vista, disse:
— Vou lhe contar uma história: Existia um vale, onde corria um rio.

534
Esse rio fertilizava todo o vale com uma água límpida e saudável. O
vale dependia do rio para sobreviver. Um dia, chegou a esse vale um
homem, começou a plantar, e muitas pessoas, maravilhadas de como
tudo crescia bem, começaram a se aproximar desse homem. E em
pouco tempo todos dependiam do vale, do rio e do homem. Tempos
depois, preocupados em como o homem fazia maravilhas com a água
que provinha do rio, o prenderam e o mataram, e tomaram conta do
vale. Resolveram que somente eles poderiam tomar conhecimento do
rio, e então represaram suas águas. O vale começou a secar e todos,
confusos, procuravam suas águas e lamentavam porque aquele ho-
mem, que lhes mostrou o vale, não existia mais. Mas o rio represado,
todos sabem, se romperá um dia, porque é impossível conter um rio.
Eu lhe pergunto: é possível conter um rio?
— Acho que não, pelo menos por meios humanos, não.
— Então, dê curso ao rio. – Ela replicou”.

Tenho em mãos um pequeno jornalzinho cujo site é


www.espacomissionário.com.br, do ano de 2011. O título é “O Retorno
de Jesus — O grande acontecimento que se avizinha”. O conteúdo é
sobre Raymundo Lopes e a sua ida para Roma quando foi chamado
pelo Papa Bento XVI. Vou deixar na íntegra, meu querido leitor. Você
perceberá a seriedade deste livro. O quanto acredito nas aparições de
Nossa Senhora a Raymundo Lopes e o quanto estamos cada qual fa-
zendo a parte tocada a cada Sinto-me Chamada a colocar para você
esse assunto, pois que é da vontade de Raymundo Lopes, quando ele
nos escreve no jornalzinho:
“Tire cópias deste jornal e repasse-as a quantos puder. Ajude a
anunciar o retorno de Jesus!!!”
“O Encontro de Raymundo Lopes com o Papa Bento XVI
Roma — Castel Gandolfo — Terça-feira, 17 de agosto de 2010.”

“Cheguei a Roma no dia 15 de agosto, pela manhã. Esperava-me


535
no aeroporto uma pessoa que me levaria ao local onde me hospedaria.
O encontro com o Papa estava marcado para as 17 horas do dia 17, no
Castel Gandolfo. Nesse dia, fiquei no hotel, em recolhimento. Chegan-
do a hora, Dom Giovanni apanhou-me e fomos para o local. No percur-
so, pus-me a orar a Deus para que me amparasse. Rezava a oração a
Nossa Senhora do Trajeto. Determinado momento, Dom Giovanni per-
guntou-me:
Dom Giovanni — Por que está vestido desta maneira?
Raymundo — Como?
Dom Giovanni — De calça e camisa claras. O Santo Padre tem critérios
que devemos obedecer, e um deles é que seja recebido com rou-
pa escura e, se possível, terno ocidental, a não ser em ocasiões
especiais, cujo protocolo estabeleça outros trajes.
Raymundo — Eu estou levando um terno escuro, camisa e gravata!
Dom Giovanni — Então, chegando lá, lhe arranjarei um local para que
se troque, está bem?
Raymundo — Ok! Farei isso!
Chegamos, e depois de várias verificações, guaritas, senhas etc., indi-
caram-me uma sala para que eu trocasse de roupa. Em seguida,
fui conduzido por Dom Giovanni a uma sala muito bonita, com uma
estátua em mármore de um anjo que me pareceu ser São Miguel.
E Dom Giovanni me disse:
Dom Giovanni — Espere ser chamado. Daqui por diante, não poderei
estar perto, mas não se preocupe, o Santo Padre lhe receberá fa-
lando português. Ele sabe que tem dificuldade com o italiano.
Esperei uns quinze minutos, quando surgiu na sala uma pessoa com
batina preta e me disse, em italiano:
Sacerdote — Sr. Raymundo. Estou certo?
Raymundo — Sim, sou Raymundo.
Sacerdote — Me acompanhe, por favor.
Ele me levou por um pequeno corredor cheio de estátuas, colocou-me
536
numa sala com um lustre enorme, e disse-me em italiano:
Sacerdote — Espere um pouco, que o Santo Padre irá atendê-lo. Espe-
rei uns dez minutos, quando uma porta se abriu e entrou um ho-
mem de batina branca, que reconheci ser o Papa. Ele caminhou
em minha direção e foi logo dizendo, em português:
Santo Padre — Fez boa viagem? — colocando a mão em meu ombro.
Raymundo — Sim senhor, fiz.
Eu estava totalmente sem jeito, com voz embargada, num mal-estar
danado, não sabia se ficava em pé ou sentado. Ele então me dis-
se:
Santo Padre — Sente-se, vamos conversar.
Vi que trazia nas mãos um envelope. Ele sentou-se a meu lado, numa
espécie de sofá, e começou dizendo:
Santo Padre — Fui informado de que você tem um outro nome: Daniel.
Isso é verdade?
Raymundo — Acredite ou não, são meus amigos, que as pessoas fa-
lam tratar-se de anjos, e Nossa Senhora que me chamam de Da-
niel, mas meu nome de batismo é Raymundo.
Santo Padre — Você não gosta que o chamem de Daniel?
Raymundo — Não me importo, apenas não gosto quando me confun-
dem, eu respeito o nome que me deram.
Santo Padre — Temos vários exemplos, na Bíblia, de nomes que foram
trocados.
Raymundo — É, mas eu não estou na Bíblia.
O Papa começou a rir e me disse:
Santo Padre — Me falaram que era impulsivo, vejo que é verdade.
Lembra-se da última vez que nos vimos?
Raymundo — Lembro-me.
Santo Padre — Como chegou lá?
Raymundo — Prefiro não entrar nesse assunto!
537
Santo Padre — Você colocou várias pessoas em conflito. Você sabe
disso?
Raymundo — Não, senhor!
Santo Padre — Você tem formação acadêmica reconhecida pelas auto-
ridades?
Raymundo — Não, senhor, não possuo formação nenhuma.
Santo Padre — Como assim? Não estudou, não frequentou escolas?
Raymundo — Frequentei escola de padres, mas não possuo diplomas.
Santo Padre — Li o que escreveu, achei interessante a abordagem. De
onde tirou aquilo?
Raymundo — Apenas me limitei a escutar Nossa Senhora e escrevi.
Santo Padre — Mas estava em latim. Ela lhe falou em latim?
Raymundo — Não, traduziram a mando dela, para que o senhor enten-
da.
Santo Padre — Seu bispo compartilha desse assunto?
Raymundo — Não!
Santo Padre — Você tem conhecidos no Vaticano?
Raymundo — Somente Dom Giovanni.
Santo Padre — Sim, mas foi conhecido do finado Dom Lucas. Se não
me foge a memória, eu estava no apartamento dele, quando o foi
visitar, não é verdade?
Raymundo — Sim, lembro-me do senhor lá.
Santo Padre — Dom Lucas não lhe ofereceu nada a meu respeito, de-
pois?
Raymundo — Não senhor, nunca mais vi Dom Lucas, ele faleceu de-
pois.
Santo Padre — Ele tinha uma secretária brasileira. Ela é sua conheci-
da?
Raymundo — Não, nem sei quem é.

538
Santo Padre — Você deseja me falar alguma coisa?
Raymundo — Prefiro escutá-lo, porque o que tenho a lhe dizer pode
parecer loucura, e não desejo ser tratado dessa forma, foi o senhor
que me chamou.
Santo Padre — Você achou isso estranho?
Raymundo — Achei, porque não tenho notícia de um Papa querer falar
com um leigo desconhecido, de um local perdido no Brasil.
Santo Padre — Não tenho motivo para tratá-lo como louco. Se eu ti-
vesse esse receio, você não estaria aqui. — disse olhando-me
muito atentamente. — Você imagina o que tenho nas mãos?
Raymundo — Não senhor!
Santo Padre — Nossa Senhora não lhe falou nada a respeito?
Raymundo — Não senhor, não falou nada!
Santo Padre — Então, devo presumir que vou lhe oferecer uma surpre-
sa.
Raymundo — Que surpresa?
Ele tirou do envelope alguns papéis e me disse:
Santo Padre — Leia isto!!
Em seguida, levantou-se e disse-me:
Santo Padre — Estarei de volta dentro de 10 minutos.

Eu fiquei na sala sozinho com aqueles papéis nas mãos, e nem


sei como pude lê-los. Pedi a Nossa Senhora que me ajudasse a enten-
der, quando ouvi uma voz dizer: “Leia, mas é necessário que leia com
atenção. Procure visualizar e guarde tudo em seu intelecto. A Virgem
Maria está a seu lado, para que se lembre de tudo depois e escreva.”
Então li. Enquanto lia os manuscritos, escutava uma voz repetindo o
texto que estava lendo.”
“A Terceira parte do segredo revelado a 13 de Julho de 1917 na
Cova de Iria — Fátima
539
Escrevo, em acto de obediência a vós Deus Meu, que mo mandais
por meio de Sua Ex.cia Rev.ma o Senhor Bispo de Leiria e da Vossa e
Minha Santíssima Mãe.
Depois das duas partes que já expus, Nossa Senhora disse: ‘Farei
brotar, em terras brasileiras, um homem assistido por mim, cujo nome
lhe chamaremos Daniel, para anunciar aquilo que venho insistindo há
vários séculos: o retorno de meu Filho, no tempo de vocês, não através
dos meios comuns, mas através de meios naturais que afetarão em
muito o pensamento das pessoas. Vocês conviverão com Ele através
do pensamento comum. Este é meu último aviso, porque esse aconte-
cimento está prestes a acontecer. Esse anúncio deverá ser feito pela
Igreja, na pessoa do Santo Padre que estiver no Vaticano a partir de
1960. Se o Santo Padre não proceder da forma que anuncio, esse
acontecimento se dará com as dores já anunciadas, e a cristandade
sofrerá muito. Meu Daniel estará com o Santo Padre escolhido por mim
no ano de 2004, portanto uma imagem minha venerada em terras brasi-
leiras. Ele reconhecerá meu sinal. Farei, obedecendo ao Senhor Deus,
que esse homem esteja em terras Vaticanas no período de 2010, a
convite do Santo Padre que estiver no poder, e esse Papa mostre a ele
meus propósitos. Somente o Santo Padre poderá julgar se mantém ou
não meu pedido que reflete a vontade de Deus, para que esse anúncio
seja feito até 2012; caso contrário, virão as dores anunciadas. Depois
vimos ao lado esquerdo de Nossa Senhora, um pouco mais alto, um
Anjo vermelho com uma espada de fogo em a mão esquerda; ao cinti-
lar, despendia chamas que parecia iam incendiar o mundo; mas apaga-
vam-se com o contacto do brilho que da mão direita expedia Nossa Se-
nhora ao seu encontro: O Anjo, apontando com a mão direita para a
terra, em voz forte, disse: Penitência, Penitência, Penitência! E vimos
numa luz imensa que é Deus — algo semelhante a como se visse as
pessoas num espelho quando lhe passam por diante — um Bispo vesti-
540
do de Branco, ‘tivemos o pressentimento de que era o Santo Padre’,
vários outros Bispos, Sacerdotes, religiosos e religiosas subir uma es-
cabrosa montanha, no cimo da qual estava uma grande cruz de troncos
toscos como se fora de sobreiro com a casca; O Santo Padre, antes de
chegar aí, atravessou uma grande cidade meio em ruínas, e meio trê-
mulo, com andar vacilante, acabrunhado de dor e pena, ia orando pelas
almas dos cadáveres que encontrava pelo caminho; chegado ao cimo
do monte, prostrado de joelhos aos pés da grande cruz, foi morto por
um grupo de soldados que lhe dispararam vários tiros e setas, e assim
mesmo foram morrendo uns atrás outros os Bispos, Sacerdotes, religio-
sos e religiosas e várias classes e posições. Sob os dois braços da
Cruz, estavam dois Anjos, cada um com um regador de cristal em sua
Mão, nas cores amarela e azul, neles recolhiam o sangue dos Mártires
e com ele regavam as almas dos que se aproximavam de Deus.
Tuy- 3-1-1944”
Continuemos a reprodução do diálogo entre o Papa Bento XVI e
Raymundo Lopes:

“A parte que me deram não tinha assinatura, mas observei que


poderiam haver outras que não estavam ali. Em seguida, vi a porta se
abrir e veio até mim o Papa, dizendo:
Santo Padre — Leu?
Raymundo — Sim. Li.
Santo Padre — Sabe de quem era?
Raymundo — Pressinto.
Santo Padre — Pressente o quê?
Raymundo — Era de irmã Lúcia?
Santo Padre — Sim, dela mesmo. Você é o personagem a que ela se
refere?
Raymundo — Senhor Papa, seria muita pretensão minha achar que
541
Lúcia estaria se referindo a mim! Aqui fala Daniel, e eu não me
chamo Daniel! — exclamei, desta vez mais calmo.
Santo Padre — Não achei desta forma, porque estou propenso a acre-
ditar que esse Daniel é você.
Raymundo — O homem de branco era João Paulo, então!?
Santo Padre — Não, não era João Paulo. Tenho certeza disso, e ele
também tinha. Isso ainda não aconteceu, mas acho que está pres-
tes a acontecer.
Raymundo — O Senhor irá fazer esse anúncio, conforme Lúcia escre-
veu?
Santo Padre — Não sei...não posso...não devo. — ele falou baixinho e
inclinado para frente.
Raymundo — Por quê?
Santo Padre — Porque esse anúncio acarreta uma correspondência de
valores e costumes cristãos, que poderá levar o mundo a uma si-
tuação de vigilância sob um aspecto que pode ainda durar anos.
Muitas pessoas poderão interpretar erroneamente esse anúncio, e
a Igreja será afetada.
Raymundo — Afetada como? Com o retorno de Jesus?
Santo Padre — O retorno de Jesus se dará com o consentimento ou
não da Igreja, mas o comportamento humano, diante deste anún-
cio, poderá ser interpretado pelo contingente católico, e outras
Igrejas coirmãs, e manipulado pelo diabo, para que a fé se trans-
forme no dragão do mal. Não desejo ser a pessoa dessa respon-
sabilidade.
Raymundo — Por que me mostra isso, então?
Santo Padre — Porque quando você esteve com o meu antecessor, ele
me confidenciou esse encontro e me incumbiu de o levar ao seu
conhecimento.
Raymundo — O Senhor falou com o meu Bispo?
Santo Padre — Isso não é assunto de Bispo, é assunto de Papa. —
542
respondeu-me sorrindo.
Raymundo — Não foi isso que leu em Fátima!!
Santo Padre — Não, não foi. Alteramos a mensagem, na esperança de
que o Daniel se pronunciasse de alguma forma; e isto aconteceu
quando você esteve na Praça de São Pedro, com meu antecessor.
Raymundo — E aí?
Santo Padre — E aí, ficamos esperando o milagre, foi quando me viu e
me entregou a cruz no corredor de meus aposentos, acompanha-
do dos seus escritos.
Raymundo — Dom Giovanni sabe disso?
Santo Padre — Pouco, mas participa disso de alguma forma.
Raymundo — O Senhor deseja saber mais alguma coisa sobre mim?
Santo Padre — Não acho necessário, o que sei é o suficiente. A Igreja
não pode e nem deve se envolver oficialmente com revelações
que não sejam aquelas descritas no Evangelho. Em seguida, pe-
diu-me de volta os papéis, dizendo:
Santo Padre — Ficarão guardados para meu substituto.
Raymundo — Mas Nossa Senhora espera do senhor esta revelação!
Santo Padre — Espera? Ela não pode esperar, de um ser humano fra-
co, uma decisão tão forte dessas. Eu não posso e não farei um
pronunciamento desse. — ele disse de pé e gesticulando muito.
Raymundo — Se o senhor for o último, a responsabilidade será sua!
Santo Padre — O que lhe prova que serei o último?
Raymundo — Nada.
Santo Padre — Então faça sua parte, que a Igreja fará o resto. Você
não irá para o Inferno por causa disso.
Raymundo — Eu não, mas o Senhor pode ir!
Santo Padre — Não existe Inferno para aqueles que são assistidos pe-
lo Espírito Santo. A misericórdia de Deus é presente em nossas
fraquezas.
543
Raymundo — Perdoe-me, Santidade, mas isso não é fraqueza.
Santo Padre — O que é, então?
Raymundo — Covardia!
Santo Padre — Daniel, eu fiz o possível, e acho que é papel da Igreja
não criar expectativas fora do nosso controle. Isto não é de Deus.
Raymundo — Eu não me chamo Daniel! — exclamei com veemência.
SP Bento XVI — Eu não me chamo Bento! — ele replicou. Eu comecei
a rir e, e pareceu, ele também.
Raymundo — Eu vou continuar lhe chamando atenção, em nome de
Maria Santíssima. — completei.
Santo Padre — É um direito que lhe cabe; mas alerto-o que você pode-
rá ser difamado, colocado como doente mental, desacreditado,
porque este nosso encontro será considerado como se nunca hou-
vesse. Apenas quis que você soubesse disso e nos confirmasse
se é realmente o personagem que Lúcia descreveu.
Raymundo — O Senhor acha que sou eu?
Santo Padre — Agora, as evidências se confirmam!
Raymundo — Santidade, Nossa Senhora não está brincando; por três
vezes, que sei, vocês esconderam a mensagem.
Santo Padre — Eu não escondi nada, e foi sábia a decisão de meus
antecessores. Não desejo estar discutindo nossas decisões com
um leigo que nem credenciais acadêmicas tem.
Raymundo — Foi o senhor que me chamou!
Santo Padre — Foi, isso sim, foi, e agora acho que nossa conversa
chegou ao fim, porque tirei de mim algumas dúvidas e sei que a
Mãe de Jesus esteve realmente em Lourdes e Fátima. Cabe agora
a nós as decisões a serem tomadas. Farei constar nos arquivos
nosso encontro; e quando o julgamento de Deus recair sobre nos-
sos ombros, estaremos lembrando de você e pedindo perdão a
Deus por nossa negligência. Faça boa viagem de volta, e, se ne-
cessitar de alguma ajuda financeira, pode ser solicitada que será
544
providenciada.
Raymundo — Não preciso de nada.
Santo Padre — Isso é bom, um caráter forte, Deus leva isso em conta.
Raymundo — Mas leva também sua fraqueza. — repliquei.
Santo Padre — Antes me falou que era covardia.
Raymundo — Perdoe-me, Santidade, posso tornar isso público?
Santo Padre — Isso o quê?
Raymundo — Nosso encontro!
Santo Padre — Nossa Senhora me pede para alertá-los sobre a vinda
de Jesus, me manda um iletrado para discutir um assunto tão po-
lêmico e sério, e você me questiona se deve ser colocado a públi-
co? Você acha que o mundo irá acreditar em você?
Raymundo — Não sei!
Santo Padre — Eu também não sei. Faça bom proveito. Veremos então
de que lado está Deus, da Igreja ou da Humanidade.
E dando muita ênfase às palavras, ele falou:
Santo Padre — As portas do Inferno não prevalecerão.
Raymundo — Sim, Santidade, mas Nossa Senhora disse também: “Por
fim o meu Coração triunfará!”.
Santo Padre — Que triunfe! É nosso desejo!
Raymundo — Estou com alguns presentes para o senhor, não me dei-
xaram entrar com eles, posso deixar com a sua direção?
Santo Padre — Deixe-me mandar buscá-los.
Dizendo isto, retirou-se por alguns instantes, voltou com os presentes
na mão e disse-me:
Santo Padre — São bonitos e fico sensibilizado, mas vamos fazer um
negócio: tenho tantos presentes, que ficam perdidos, posso ofere-
cê-los à sua capela, que me falaram é muito bonita?
Raymundo — Se o senhor desejar, pode!!

545
Santo Padre — Essa medalha eu conheço do meu antecessor!!
Raymundo — É nossa Medalha Missionária.
Santo Padre — Então fale a todos que é um presente do Papa!!
Dizendo isto, guardou no bolso da batina apenas uma carta, que
acompanhava um dos presentes, enviada pela missionária Maria
de Fátima Araújo, de Guarapuava (PR).
Santo Padre — Se houver no futuro um retorno à sua terra, à sua cida-
de, recomendarei para que eu retribua a visita, está entendendo?
Raymundo — Estou!
Depois retirou-se, e fiquei sozinho por alguns instantes, até que veio a
mim o mesmo padre que me colocara naquela sala, dizendo-me:
Padre — Sr. Raymundo, vou levá-lo a Dom Giovanni. Ele irá acompa-
nhá-lo até a cidade do Vaticano. Encontrei com Dom Giovanni; ele,
muito calado, levou-me até o carro e disse:
Dom Giovanni — Por favor, Raymundo: prudência, prudência. Se você
acredita que Maria lhe fala, aja como a Igreja, deixando o Espírito
Santo agir, não colocando nunca as nossas preferências na frente.
O Santo Padre lhe deixou algumas lembranças que estão comigo.
Estou lhe entregando para que as leve ao Brasil.

Eram cartões, terços, um estojo com o emblema do Papa, uma


medalha e um cartão do Papa, com meu nome, dizendo entre parênte-
ses: ‘Daniel — 17 de agosto de 2010’.
Eu comecei a passar mal. Eles então pararam o carro numa loja
de conveniência de um posto de gasolina, compraram água mineral. Eu
sentei num banquinho à beira da estrada e sentia vontade de chorar.
Dom Giovanni me disse: ‘procure pensar nisso com coerência, você fez
tudo que Nossa Senhora lhe pediu, agora espere, você não poderá im-
pedir os caminhos do Senhor, nem Nossa Senhora.’
Chegando ao hotel, ele despediu-se falando que estava deixando
com a direção do hotel autorização para levar-me de volta ao aeroporto,
546
no dia previsto, se necessário, e me dar assistência, qualquer que fosse
válida.”
O Jornalzinho Espaço Missionário impresso em 2011 (rua Alago-
as, 1460 — sala 905 — Savassi — BH— MG — Brasil) continua com as
seguintes informações:
“Aqui está parte da visão que tive em Fátima (Portugal), em
25/07/2000, e que Nossa Senhora me pediu que guardasse segredo até
certo acontecimento.
Raymundo Lopes teve o entendimento dessa visão no dia 25 de
fevereiro de 2001, quando lhe ocorreram duas paradas cardíacas, sen-
do internado no Hospital Biocor, em Belo Horizonte. Depois no dia 20
de março, assistindo a transmissão do discurso do Presidente dos USA
Barack Obama, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, viu no fundo as
bandeiras dos USA e do Brasil.
Vi dois panos azuis, um mais claro que o outro, cheios de estrelas.
Escutei um estrondo enorme e pude perceber que o barulho vinha do
lado do pano azul mais escuro.
Depois veio um pano vermelho, e uma onda enorme o levou. A
seguir vi uma cidade toda destruída, tendo entre os escombros um pa-
no amarelo. E Nossa Senhora me disse:
N.Sra. — O que vê está compreendido entre os anos 2001 a 2012.
Dois não poderão ser alterados, mas o terceiro poderá, dependen-
do de como agir o do pano amarelo. Se o do pano amarelo não
ceder aos avisos do Céu, sua destruição está decretada, e terá
depois três períodos para se conscientizarem. Após isso, caso não
se conscientizem, será o fim.
Raymundo — O que quer dizer isso, Senhora?
N.Sra. — Como não lhe peço segredo, mas prudência, que fique so-
mente na sua mente, até que os dois acontecimentos se produzam
e o líder do país do pano azul-escuro vier ao país do pano azul-
547
claro. Isso acontecerá acerca (perto) do acontecimento do pano
vermelho.
Raymundo — O que acontecerá com o pano amarelo?
N.Sra. — Está contido naquilo que relatei na visão da Praça de Fátima,
em 2000.
Raymundo — Posso revelar esta visão?
N.Sra. — Pode, é prudente e deve!
Raymundo — Não é a mesma que a Senhora revelou aqui?
N.Sra. — Sim, é a mesma!
Depois um anjo tirou de um jarro um papel, no qual estava escrito:

2001 onze do nono mês


Outro anjo veio e tirou de um outro jarro um outro papel, em que
se via escrito:
2011 dez do terceiro mês
E outro anjo tirou do terceiro jarro o terceiro papel, onde estava
escrito:
Some-as e terá a terceira etapa.
N.Sra. — Desejo que aguarde com muita prudência estas datas e não
as revele a ninguém antes da visita do azul-escuro ao azul-claro.
Raymundo — Por quê, Senhora?
N.Sra. — Porque o Céu não deseja transformá-lo em ponto central de
profecias devido às minhas visitas à terra. Os avisos serão dados,
e o grande pastor deverá lê-los nos sinais destes tempos.
Raymundo — Por que então me revela?
N.Sra. — Porque, sabendo, lhe incentivará a tomar consciência dos fa-
tos e coragem para empreender uma tomada de consciência em
prol da vinda de Jesus na mente e na história de vocês.
Raymundo — Vou escrever, posso?

548
N.Sra. — Pode. Tomarei conta para que tudo esteja como vê. Desejo
que tome a providência de dar ciência aos dois Serafins da terceira
visão, mas da primeira e segunda não fale nada.
Raymundo — O que eu digo às pessoas?
N.Sra. — Diga somente que retornei aqui e lhe relatei a terceira visão;
mas da primeira e segunda lhe peço que somente depois da visita
do pano azul-escuro ao pano azul-claro as revele; isso se for de
sua vontade, não me importo.
Raymundo — O que acontecerá?
N.Sra. — Agora não me é possível lhe adiantar os fatos, mas os verá
no caminhar da história de vocês. Não o quero como ponto central
desses acontecimentos; por isso guarde silêncio, mas acredite que
estou aqui e sei o desenrolar da história.
Sua vida terá mudanças bruscas com o pano amarelo, mas não
tema poderes que os julgue maiores do que você. O poder maior
vem do Céu, que domina a história.
Dizendo estas coisas, desapareceu.
Estou escrevendo num caderno que vai ficar no cofre de minha
casa, conforme pedido de Nossa Senhora, e somente será revelado
quando chegar tempo e se eu achar necessário.
Bandeiras do Brasil (azul-claro) e dos EUA (azul-escuro): parte de-
las onde se vê estrelas.
Bandeira do Japão, tendo no centro um disco vermelho.
Bandeira do Vaticano (amarela e branca).
11/09/01 — Ataque às torres gêmeas de Nova York (símbolo do
poder econômico americano desabou).
10/03/11 — Terremoto e tsunami no Japão (país que se destaca
pelo avanço tecnológico — carros e aviões arrastados como brinquedos
e a usina nuclear danificada).

549
21/12/12 — Destruição do Vaticano/Roma (Igreja: o dever do
anúncio do retorno de Jesus).
O terremoto no Japão aconteceu às 14 horas do dia 10 de março
de 2011 (eram 2 horas no Brasil e 5 em Portugal, do mesmo dia).
Por ocasião de minha estada em Roma com Raymundo, em junho
de 2004, quando Dom Damasceno recebeu o pálio e Raymundo entre-
gou ao Papa João Paulo II uma imagem de Nossa Senhora Aparecida,
aconteceu que ele teve um sonho que me relatou. Sonhou que estáva-
mos num hotel quando ouviu um estrondo enorme e exclamou: ‘Fran-
cisco, você ouviu? Parece ter sido um terremoto’. Eu repliquei: ‘Não,
deve ter sido uma explosão’. Ele foi à janela do hotel e dela viu muitas
pessoas aflitas e desorientadas, uma destruição em uma casa enorme
cheia de janelas (Vaticano?).
Três anos: 2013, 2014, 2015 (final do envio das cartas ao Vatica-
no: dezembro de 2015).”
Continua a matéria seguinte do jornalzinho O Retorno de Jesus —
O grande acontecimento que se avizinha, cujo site é
www.espacomissionario.com.br, 2011.
O jornalzinho mostra uma fotografia grande de Raymundo Lopes
beijando a mão de João Paulo II e ao lado tanto do Papa quanto de
Raymundo, a imagem da padroeira do Brasil, Nossa Senhora Apareci-
da:

“A posteridade fará jus a tudo isto


Roma — Praça do Vaticano — Quarta-feira, 30 de junho de 2004
Chegamos a Roma eu, Francisco Lembi e Irmã Gertrudes. Pedi
aos dois que me acompanhassem, porque pela primeira vez uma via-
gem me deixava tenso. Eu e Francisco nos alojamos na casa dos pa-
dres taetinos. Ir. Gertrudes ficou na Casa Mãe da sua congregação.
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Ademar e Virgínia, que também nos acompanharam, já haviam chega-
do. Integramos a comitiva do Arcebispo de Aparecida (SP), Dom Da-
masceno. No dia da audiência (30) fomos para a praça do Vaticano. Eu
ainda não sabia ao certo se poderia ou não entregar a imagem de Nos-
sa Senhora Aparecida ao Papa, pois tudo fazia crer que seria a Virgínia,
prima do Arcebispo. Pouco antes, porém, ela me passou o cartão cre-
dencial que recebera de Dom Damasceno, informando-o já na entrada.
Ele estranhou o fato, mas não obstaculizou. E assim eu é que faria a
entrega da imagem. Comecei a sentir mal-estar, mas fiz o possível para
disfarçar, dado à importância do momento. Chegando minha hora de
estar com o Papa, tendo uma pessoa apenas à frente, vi que Sua San-
tidade levantou os olhos e o fixou primeiramente na imagem que eu le-
vava e depois em mim. Num relance, pareceu-me ouvir dele, numa voz
confusa e baixa:

Santo Padre — Daniel!


Assustei-me, e por pouco não tropecei no degrau da escada que levava
à Sua Santidade. Chegando, escutei-o dizer:
Santo Padre — É o sinal, é o sinal? Você é do Brasil e esta é Nossa
Senhora Aparecida!
Raymundo — Sim, Santidade, sou do Brasil e esta é Nossa Senhora
Aparecida!
Santo Padre — É para mim?
Raymundo — Sim, Santidade, é para o Senhor!
Santo Padre — É o sinal?
Raymundo — Espero que sim, Santidade.
Santo Padre — Muito obrigado, não tenha medo!
Neste momento estendeu-me a mão e eu, sem jeito, beijei-a.
Santo Padre — Não tenha medo! Vá com Deus, não nos veremos

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mais!
Raymundo — Por que diz isto, Santidade?
Santo Padre — Porque Deus assim determinou. Você conhece a im-
portância de tudo isto?
Raymundo — Não, Santidade.
Aqui, ele deu um discreto sorriso e disse-me:
Santo Padre —Não acreditarão, não me importo.
Raymundo — Eu também não, Santidade.
Fiz menção de levantar, apoiando-me na cadeira do Papa, quando o
ouvi dizer:
Santo Padre —A posteridade fará jus a tudo isto. Que Deus o abençoe!
E não tenha medo, Maria é a Mãe da Igreja.
Raymundo — Sim, Santidade, Maria é a Mãe da Igreja.
Saí e procurei me recompor, para continuar o dia. Notei, depois,
que este inusitado diálogo não foi percebido por ninguém, nem mesmo
por Dom Damasceno, que estava ao meu lado. Fui instrumento de Nos-
sa Senhora para dar um importante sinal ao Papa; mas acho também
que este encontro ajudará muito a Obra Missionária.”

“Código Fox — Padrão Fox 2


Vila del Rey — Terça-feira, 21 de dezembro de 1999
Era uma bela manhã. Eu estava em minha residência preparando
o Terço que rezaria na Basílica de Lourdes, como sempre faço às ter-
ças-feiras. Lembrava-me da imagem de Jesus crucificado, que tinha
vertido óleo em setembro deste ano, e isto me incomodava. Quis entrar
na Capela e contemplar a imagem do Cristo, e perguntava: Por que o
Senhor fez isso comigo? De repente comecei a ficar tonto, não conse-
guia parar-me de pé, então sentei-me no chão. Foi quando se aproxi-
mou de mim um homem alto, vestido de preto, que começou a me pedir

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para lhe contar o que sabia a respeito do retorno de Jesus à terra. Eu
olhava para ele surpreso, pois não sabia nada, e mesmo que soubesse,
algo me dizia para não falar. Fiquei calado, e ele começou a me sacudir
pedindo-me que falasse. Nesse momento, um garoto de aproximada-
mente 9 anos apareceu e espantou o homem. Em seguida, amparou-
me e levou-me para dentro de casa. A sala estava toda azul. Nela havia
cerca de 10 pessoas, que não reconheci, todas vestidas de branco.
Elas disseram-me em uníssono:
“Faça vênia (saudações respeitosas) à Bela Senhora, a Mãe do
grande mestre Jesus.”
Uma luz mais forte começou então a se formar no meio da sala, e
dentro dela estava Maria Santíssima, também vestida de branco. Ela
me disse:
N.Sra. — Meu caro Daniel, desejo lhe transmitir algo muito importante,
que tornará sua vida muito difícil, mas é necessário que saiba,
porque daqui por diante tudo que lhe passei, e muitas coisas que o
Céu lhe passará, nortearão seus passos, para que tenha força e
coragem para anunciar a maior boa-nova da história da cristanda-
de, extensiva a todos os povos da terra.
Raymundo — Senhora, não está falando com a pessoa errada? Eu não
me chamo Daniel.
N.Sra. — No Céu, seu nome é Daniel, e para o que vou lhe revelar, es-
se nome é protegido, é um meio eficaz fornecido pelo poder Divi-
no, para que essa informação não caia nos caminhos do materia-
lismo que ronda a terra.
Raymundo — O que a Senhora tem a me revelar de tão importante?
N.Sra — Desde tenra idade, Eu o tenho protegido, porque você é o
meio que os espíritos da luz escolheram para vencer o espírito das
trevas. Tudo é criação do Todo-Poderoso, tudo é bom, mas esco-
lhas equivocadas fizeram com que, protegidas pela lei maior que

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rege vocês, que souberam batizar como livre-arbítrio, agissem
contra os desígnios do Criador. Uma enorme cisão foi criada e Lú-
cifer, com a permissão de Deus, comanda as trevas, destruindo o
caminho da luz; e vocês estão sob o reino do nada; e Deus, na fi-
gura de Jesus, deseja conquistar de novo o caminho por Ele cria-
do.
Comentário:
Vejamos três pequenos trechos do diálogo ‘Roma, um desafio’
(pág. 211 do livro ‘Raymundo Lopes_ Uma incógnita dos Finais dos
Tempos’) _ Nossa Senhora a Raymundo: “Deus está permitindo uma
querela (conflito, contenda) entre Mim e Lúcifer. Não tenho escolha,
senão aceitar o desafio.” “Se (você) falhar, eu falharei, e meu Filho es-
tará entre vocês sem nenhum amparo da Igreja Católica. Será o caos,
porque o mundo não poderá compreender a graça recebida.” Raymun-
do: “...farei de tudo para que isso não aconteça; mas se acontecer, pe-
ço perdão por mim e por todos aqueles que me acompanham.”
Raymundo — Não estou entendendo, Senhora!!
N.Sra. — Entenderá com tempo — respondeu-me sorrindo. Sou ple-
namente humana e perfeita, porque, com a permissão do Criador,
que se fez homem através de mim, me fez sem o pecado original,
isto é, Eu tenho a plena conquista no meu cérebro, para que Ele
também viesse a nosso mundo com essas particularidades. Jesus,
meu Filho amado e meu Deus, percorreu o mundo, conhecendo-
nos na natureza humana, usando de toda a capacidade cerebral
que possuía, e com isso pôde suprir-nos da esperança de tê-lo de
volta no final destes tempos, fazendo com que O conheçamos co-
mo nosso Deus criador de todas as coisas.
Comentário:
Voltando ao diálogo ‘Roma, um desafio’, olhem o que foi dito nes-
se trecho: “Você (Raymundo) estará diante do racionalismo (Bento
XVI), e isso meus contatos anteriores viram ruir por terra meu pedido do
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anúncio da chegada de meu Filho de retorno à terra, reclamando o elo
perdido no Paraíso.”
Raymundo — A Senhora então sabe como isso se fará?
N.Sra. — Sei como, mas não conheço nem o dia e nem a hora, conhe-
ço apenas a proximidade desse acontecimento.
Raymundo — Estamos perto?
N.Sra. — Estamos! Faça uma relação de 1 a 9.
Fiz num papel à parte, que estava na mesinha do centro da sala, usan-
do de uma caneta que trazia em meu bolso.
Depois, Ela continuou:
N.Sra. — Embaixo de cada número escreva uma letra do alfabeto que
vocês usam; quando chegar o número nove, volte a escrever até
completar a relação de letras, entendeu?
Raymundo — Entendi.
E fiz o que Ela me mandou!
N. Sra. —Lembra-se quando lhe ensinei que o número de Jesus é (6) e
que Lúcifer, mascarando-o, fez criar na cabeça de vocês o 666,
que na verdade representa Deus, Jesus e o Espírito Santo? O An-
ticristo é ele, que em sua soberba deseja ser Deus!
Raymundo — Lembro-me, e quando falei disso às pessoas quase fui
apedrejado.
N. Sra. — O que você achou na sequência dos números e letras que
pedi que escrevesse?
Raymundo — No número 6, formou-se a palavra FOX.
N.Sra. — Muito bem, esse é o código de retorno. O que se formou na
coluna 9?
Raymundo — Tenho a letra I e R.
N.Sra. — A letra I entenda-se como Jesus, e a letra R é seu nome na
terra. Você é o escolhido para mostrar ao mundo que dentro de um
padrão FOX 2 será realizado o grande milagre do retorno de Je-
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sus, não como humano; mas com a plena capacidade do cérebro
de vocês funcionando, todos vocês o verão como Deus.
Raymundo — O que é isso, Senhora?
N.Sra. — É um código que a ciência de vocês usa para explicar o po-
der dado por Deus, para que raciocinemos e usemos do uso da fa-
la para evoluirmos. Eu farei com que você ache esse código e en-
tenda o que estou lhe transmitindo.
Raymundo — Que loucura!!
N.Sra. — No padrão de vocês é loucura, mas nos padrões Divinos não
é, porque esse padrão pertence a poderes que a razão de vocês
desconhece, porque, devido à escolha equivocada da luz esco-
lhendo viver nas trevas, Deus limitou o cérebro de vocês a uma
pequena parte, ficando a outra como resposta a Seu retorno, que
nada mais é do que o raciocínio pleno. Vocês verão a Deus, e te-
rão conhecimento do grande erro imposto por Lúcifer. O grande
banquete está servido, e nenhum daqueles que foram convidados
participará do convívio do Criador.
Raymundo — Posso falar isso às pessoas?
N.Sra. — Não. Guardará segredo disso, e somente quando estiver de
retorno da ‘cidade das águas’, terá minha permissão.
Raymundo — Posso escrever?
N.Sra. — Isso pode, mas que não seja no computador. Escreva ma-
nuscrito.
Raymundo — Por quê, Senhora?
N.Sra. — Porque Lúcifer lerá, e se você falar às pessoas, ele terá
acesso, e Deus deseja que isso seja conhecido somente depois do
seu retorno da cidade das águas.
Dizendo isto, as pessoas presentes começaram a cantar algo dife-
rente, mas muito bonito, e todos eles fizeram uma barreira em torno de
Nossa Senhora e Ela sumiu.”

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Hoje, 31 de março de 2014.
Fiz a minha despedida tanto na introdução quanto no final e no,
entanto, estou aqui. Peço perdão, mas o livro ainda possui vida. É
Tempo de Quaresma. Tenho que respeitar os acontecimentos, pois a
Vida fala. A leitura abaixo foi de domingo, dia 30/03/2014.

2ª LEITURA: Ef 5,8-14
“Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios.
Irmãos: Outrora éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor. Vivei
como filhos da luz. E o fruto da luz chama-se: bondade, justiça, verda-
de. Discerni o que agrada ao Senhor. Não vos associeis às obras das
trevas, que não levam a nada; antes, desmascarai-as. O que essa gen-
te faz em segredo, tem vergonha até de dizê-lo. Mas tudo que é con-
denável torna-se manifesto pela luz; e tudo o que é manifesto é luz. É
por isso que se diz: ‘Desperta, tu que dormes, levanta-te dentre os mor-
tos e sobre ti Cristo resplandecerá’. PALAVRA DO SENHOR.

Não tive condições de ir no domingo anterior à missa e não fui du-


rante a semana, pois estamos realizando algumas reformas na casa e
isso exige a minha presença. Não gosto de deixar de ir à missa; pelo
menos uma vez na semana eu sinto que devo ir à Casa do Pai. Tanto
no domingo anterior quanto neste, houve um sério problema e quase
acabamos por não ir à missa, mas meu amor é um “soldado” valente e
tranquilo. Ajuda-me muito a vencer esses acontecimentos que de quan-
do em quando teimam em se fazer surgir. Conseguimos driblar os obs-
táculos e fomos à missa desse domingo. A leitura que me pediram para
fazer dizia muito para mim. Falara sobre quem fora das trevas, mas que
após, estava na luz em Deus, em Jesus.
Não me lembrei em nenhum momento no dia e mês; eram do fa-
lecimento de minha sobrinha, a que morrera no acidente com oito ani-
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nhos. Estava muito preocupada em colocar vários nomes de pessoas,
no livro de intenções na missa. Essas pessoas eram os funcionários e
seus familiares que há umas três semanas estão trabalhando na minha
casa em reparos dos mais diversos. Como o próprio domingo fora muito
tumultuado, ou seja, o final de semana, não ficara ciente da data do fa-
lecimento da minha sobrinha. Somente pela manhã, 31/03/2014, eu
contara o sonho para meu esposo que eu tivera naquela noite e me re-
cordara que o dia anterior fora a do falecimento dela. Eu sonhei ter di-
ante de mim dois cálices de cristais, eram transparentes e dentro deles
eu sabia existir coisas do Mal. Não dava para ver o que eram aquelas
coisas maléficas contidas ali, mas eu vasculhava tentando retirar de um
e de outro cálice transparente aquelas coisas; firmemente eu colocava
as mãos dentro de uma das taças e retirava dela o que sabia não pres-
tar e na outra eu fazia igual; depois, procurava colocar dentro coisas
boas. Eu parecia estar no sonho bem determinada, sabendo co mo fa-
zer, desejosa para organizar aquilo. Não me sentia à vontade, mas sa-
bia ter que fazê-lo. Eram coisas, mas não eram nítidas. Eram coisas,
mas ao mesmo tempo se tratavam de sentimentos e eu desejava tirar;
sentimentos que não prestavam, de dentro dos cálices de cristais trans-
parentes. Desejava colocar sentimentos bons no lugar dos que não
prestavam. Eu fiquei a pensar porque tivera aquele sonho. Senti o meu
sonho veio ao encontro do lido anteriormente e me deixara impressio-
nada, sobre o segredo da vidente Irmã Lúcia quando escrevera ao Pa-
pa Bento XVI; este entregou para Raymundo Lopes. A parte em que
dizia:
“sob os dois braços da Cruz, estavam dois Anjos, cada um com
um regador de cristal em sua Mão, nas cores amarela e azul, neles re-
colhiam o sangue dos Mártires e com ele regavam as almas dos que se
aproximavam de Deus.”
De alguma maneira eu ficara impressionada e tivera esse sonho e
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contei a meu esposo pelo amanhecer. Ao mesmo tempo, a leitura feita
no domingo também me impressionou muito. A parte dizendo assim:
“Vivei como filhos da luz. E o fruto da luz chama-se: bondade, jus-
tiça, verdade. Discerni o que agrada ao Senhor. Não vos associeis às
obras das trevas, que não levam a nada; antes, desmascarai-as.”
O meu sonho mesclou aquela parte dos Anjos coletando o sangue
dos mártires no recipiente de cristal com os sentimentos de bondade,
de justiça, de verdade como o resultado de quem vive na luz. Esse so-
nho me deixou o real sentimento o qual vivo com relação a minha vida.
O meu desejo por Justiça Divina na minha caminhada existencial; o
meu desejo por Misericórdia junto a Mãe. Foi então, a data lembrada da
morte da minha sobrinha, Angélica. Eu lembrara o dia e mês, 30/03. A
minha sobrinha fazia anos de falecimento. Não coloquei o nome da pe-
quena no livro de intenções da missa de domingo, pois fui com uma
relação de outros nomes de funcionários e familiares dos funcionários
que estavam trabalhando em minha casa. Aquele sonho se aproximara
da sede por Justiça de Deus que assolava a mim e pela procura da
Verdade na escuridão das trevas nas quais eu me encontrava outrora,
num Tempo grande da minha vida. O desejo sôfrego pela Verdade, por
querer saber as razões pelas quais aconteciam as incompreensões, as
contendas, as discórdias, a constante falta de paz na família, as triste-
zas, tantos problemas... Senti a Verdade naquela leitura feita na missa
de domingo, pois me transportou ao passado e justamente a leitura eu
fizera no dia e mês de falecimento da filhinha da minha irmã tão sofrida
pela morte estúpida. Transportou-me ao Tempo do espiritual maléfico
tão cultuado, procurado por parte de alguns membros da família. Mais
uma vez, eu senti Deus comigo ao fazer aquela leitura na missa do do-
mingo na Igreja Assunção. Sim, agora sei sou filha da luz. Agora sei
onde e como eu estava e sei como e onde eu estou. Meu amigo e com-
panheiro é um homem lindo. Ele tem me acompanhado. Ele é o amigo
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do qual a Bíblia fala; uma dádiva e parte de mim. Deus o colocou na
minha vida e presente de minha amada Mãe. É um homem forte, sólido
interiormente. Ele entende que problemas, na vida, todos possuem e
que eles fazem parte dela. Eu não duvido e entendo assim também.
Entretanto, para a minha pessoa, para a minha alma as provações, as
observações, o coração que sempre tive a espreita de tudo, do acom-
panhamento de tantas tristezas e amarguras — do qual você já sabe
querido leitor — me deixam muito prostrada. Porque essas situações
foram uma constante desde a infância. Quando digo prostrada não é ao
ponto de tombada, de acamada, algo assim, pois sei com quem luto.
Sei as armas as quais devo usar. Mas o animal não para por aí, pois ele
se manifesta em outras pessoas que não possuem Deus, que não pos-
suem a paz, e dessa maneira existe incompatibilidade ao Tempo de
Deus. Naturalmente, os males são menores para quem faz a sua me-
lhor parte na caminhada existencial e material conscientemente em
Deus Amoroso e Misericordioso. Mas os desencontros, os acidentes, os
percalços e obstáculos, os entraves são inúmeros devido a tantos anta-
gonismos de mentes e corações de tantas pessoas. Coitados daqueles
que não estão conscientes da existência do animal. Coitados! São con-
duzidos a mercê dos ventos ruins, maléficos. Por mais que queiramos
estar intactos, queiramos ou não somos tocados por essas pessoas
sem Deus, sem paz no coração e a mercê do animal. Enquanto nós e
as almas que nos rodeiam não procurarem fazer a sua parte para a pu-
rificação nesta Terra, será impossível a conquista da paz. Na graça de
Deus, eu tenho o meu “José” ao meu lado, sempre possui um jeito, uma
ideia nova para resolver da maneira certa e querida as situações horrí-
veis teimando em surgir. Ele não gosta de me ver triste. Faz tudo para
me deixar bem. E na graça de Deus vou vivendo a vida ao lado do bom
homem, do bom esposo, do querido amigo e companheiro. Acredito por
ele ser de cultura judaica, de ser acostumado a ir com o seu avô (pai do

560
seu pai), à sinagoga, a ler a torá, ele me compreende muito e me res-
peita. Possui o Deus judaico-cristão. Respeita o meu modo de ser, meu
jeito de ser no mundo, a minha alma como sendo única, pois como filó-
sofo clínico há uma compreensão muito grande da minha pessoa. En-
fim, reconheço a minha fragilidade e reconheço a minha solidão nesta
vida; entretanto, ao lado do meu amor ele me faz ser mais e melhor, na
graça de Deus Amoroso e Misericordioso. Muito pior antes, sem Deus.
Triste, horrível! Muito pior! A dor foi intensa! Com Deus tudo é mais
compreensível e se tem a armadura.

“Outrora éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor. Vivei como fi-
lhos da luz. E o fruto da luz chama-se: bondade, justiça, verdade. Dis-
cerni o que agrada ao Senhor. Não vos associeis às obras das trevas,
que não levam a nada; antes, desmascarai-as. O que essa gente faz
em segredo, tem vergonha até de dizê-lo”.

Verdadeiramente? É tudo o que eu mais queria. Queria ser cerca-


da de pessoas da luz. Não aguento mais ver pessoas sem Deus, falan-
do vinte e quatro horas de trabalho e dinheiro. Elas já não levantam o
cérebro e o olhar para Deus. Que tristeza e que mundo feio se torna. Eu
preciso sim, disso que a Igreja Católica nos proporciona aqui na Terra.
Ao entrar numa Igreja Católica vemos pedacinhos do céu naquele am-
biente. Vemos os anjos segurando as hastes e as lâmpadas e suas lu-
zes; vemos os santos; se esforçam para fazer com que esse mundo se
torne mais digno, puro, leve, mais sublime. Olhamos aqueles persona-
gens e, se temos interesse, desejamos saber a história de vida de cada
um. Quanta doação! Quanta riqueza! Quanto ensinamento. Sentimos o
silêncio, em ambiente favorável para se ficar em paz e pensar, refletir
sobre a vida. Há tranquilidade no ambiente; tantos e tantos lares não
possuem a paz e ali é encontrada e que, até isso já estão, os das tre-
vas, destruindo: os templos de Deus. Basta! Não dá mais para calar a
voz. Não dá mais. O sonho me mostrara a minha vontade, a minha per-
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severança na fé, no amor, na esperança depositada em minha amada
Mãe Maria, Nossa Senhora de Fátima. Enquanto Ela, a Boa Mãe faz de
tudo para avisar a Humanidade da necessidade de conversão e tanto
mais por Ela pedido, me coloco como sua filha, uma filha que A ama
muito e que A entende, A compreende, no Seu sofrimento pelo meu
Irmão Jesus Cristo. Se Ele tivesse que retornar hoje, encontraria fé nes-
ta terra? Como encontraria a Humanidade? Observa-se pela própria
Sua Mãe, Maria, como está chorando por essa mesma Humanidade.
Quando transcrevia o que dizia Raymundo Lopes, no seguinte tre-
cho:
“Deus está permitindo uma querela (conflito, contenda) entre Mim
e Lúcifer. Não tenho escolha, senão aceitar o desafio.” “Se (você) fa-
lhar, eu falharei, e meu Filho estará entre vocês sem nenhum amparo
da Igreja Católica. Será o caos, porque o mundo não poderá compre-
ender a graça recebida.”
Raymundo: “...farei de tudo para que isso não aconteça; mas se
acontecer, peço perdão por mim e por todos aqueles que me acompa-
nham.”
Enquanto eu copiava o trecho acima, eu me lembrei sobre o livro
Mediugórie, Convertam-se Sem Demora! Página 52 consta:
“Miriana relata uma aparição que teve em 1982, a qual acredita-
mos nos traz alguma luz a certos aspectos da história da Igreja. Ela fa-
lou de uma aparição em que Satanás surgiu para ela, pedindo-lhe para
renunciar a Nossa Senhora e segui-lo. Dessa forma, seria feliz no amor
e na vida. Seguindo a Virgem, pelo contrário, sofreria, disse ele. Miriana
repeliu-o e, imediatamente, a Virgem deu-lhe a seguinte mensagem:
‘Desculpe-Me por isso, mas você deve saber da existência de Sa-
tanás. Um dia, ele apresentou-se diante do trono de Deus e pediu per-
missão para submeter a Igreja a um período de provações. Deus con-

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cedeu-lhe permissão para provar a Igreja por um século. Este século
está sob o poder do Demônio, mas quando os segredos confiados a
vocês realizarem-se, o poder dele será destruído. Mesmo agora, ele
está começando a perder seu poder e tornou-se agressivo. Está destru-
indo casamentos, criando divisão entre os sacerdotes e é responsável
por obsessões e assassinatos. Vocês devem se proteger contra essas
coisas através do jejum e da oração, especialmente da oração comuni-
tária. Tenham consigo objetos bentos. Coloquem-nos em suas casas e
renovem o uso da água benta.”
Você, assim como eu, poderá indagar qual a razão teria Deus para
permitir a satanás esse tempo de “querela” com Nossa Senhora? Por
que Deus teria proporcionado um século para o Demônio atuar? Arrisco
a minha opinião. Acredito que Deus, conhecendo Seus filhos, deseja
assistir o comportamento da Sua Criação. E o comportamento da Hu-
manidade ficou bem à mostra para qualquer pessoa evidenciar nesses
últimos tempos que se anuncia a preparação desta mesma Humanida-
de para o retorno de Jesus Cristo. Fica à mostra que a Humanidade,
agindo sem Fé, sem capacidade de Amar, sem capacidade da Espe-
rança, sucumbe facilmente. Deus deseja mostrar que o homem na sua
racionalidade, no seu mundinho materialista perde o alcance do cora-
ção, do amor; o homem perde a dimensão humana. De nada adianta.
Não adiantam altos cargos, altos poderes e postos, altos governos se
estes homens não possuírem humanidade. Assim, surge Nossa Senho-
ra, ora se apresenta como Nossa Senhora do Rosário ora se apresenta
como Nossa Senhora de Fátima, a Mulher do Apocalipse. A Mulher re-
vestida de sol. Ela surge e diz para Raymundo Lopes: “Se (você) falhar,
eu falharei, e meu Filho estará entre vocês sem nenhum amparo da
Igreja Católica. Será o caos, porque o mundo não poderá compreender
a graça recebida.” Raymundo: “...farei de tudo para que isso não acon-
teça; mas se acontecer, peço perdão por mim e por todos aqueles que
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me acompanham.”
Também eu, leitor querido, assim como Raymundo Lopes, estou
fazendo todo o meu empenho para esse sonho não morrer. Jesus Cris-
to, se depender do elo do amor, do elo invisível, mas do amor (a essên-
cia de tudo e força transformadora), terá todo o amparo dos fiéis que O
amam. Saberemos, sim, a graça preciosa que temos em possuir a Vir-
gem Mãe de Jesus Cristo entre nós, quanto à graça extraordinária do
poder salvífico de nosso amado Irmão Jesus. Por Ele, toda a Honra e
Glória dos séculos. Que nossas respostas de amor, à Mãe Santíssima,
o sim que é dado por cada um dos que A amam tanto, como também a
Seu Filho e nosso Irmão, seja o elo forte, poderoso. Esse elo não impe-
dirá que Maria, a Virgem Imaculada Mãe de Deus e da Igreja, dê por
consumado o Seu Plano de Amor nessa Missão Única de reunir os fi-
lhos de Deus dispersos pelos caminhos das trevas que jaz a Humani-
dade e levá-los ao caminho da Luz.
Algumas mensagens de Nossa Senhora de Fátima do Livro Aos
sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Senhora.

“Os Sacerdotes fiéis são em geral vítimas de perseguição, são os


mais relegados e, por vezes, são propositadamente marginalizados.
Destarte a treva se difunde, e satanás procura envolver com sua fuma-
ça. A apostasia aumenta dia a dia. Quão grande não é a vossa dor, fi-
lhos prediletos, Sacerdotes consagrados ao meu Coração Imaculado! E
esta vossa dor aumentará quanto mais se difundir a grande apostasia”.
Página 163.

Continua:

“Dizei “sim” ao Pai e à vossa Mãe celeste que suavemente vos


prepara, a fim de viverdes sem temor”.

Imagino a dor dos tantos Sacerdotes especiais que amam Nossa


Mãe Santíssima. Posso compreender a dor em que vivem, pois como
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eu amo essa Mãe querida! Como é sofrido, doloroso saber que a Igreja
Católica Apostólica Romana passa por situações tão sofridas. Enquanto
existem pessoas, Sacerdotes, bispos, cardeais amando realmente, são
Sacerdotes de vocação, chegam a dar suas vidas pela causa, existem
tantos filhos prediletos de Nossa Senhora agindo de forma oposta. Isso
dói demais. Isso pede por Justiça. Muito pedi a Deus por Justiça, mas
muito entendo a necessidade da Misericórdia.

“Somente um grande milagre da misericórdia divina poderá salvar


esta humanidade desgarrada e moribunda, que, já chegou a tocar o
fundo da sua extrema miséria.” Página 510. “Aos Sacerdotes, filhos
prediletos de Nossa Senhora”.

“E é pela grande resposta de oração e de penitência tida por parte


de tantos meus filhos que Eu pude obter da Justiça Divina afastar, ain-
da, um grande castigo que deveria golpear toda a humanidade”. Página
646. “Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Senhora”.

Esse é o Tempo em que Nossa amada Mãe pede aos seus filhos
prediletos e para a Humanidade que retornem à vida pura. Ela assim
nos deixa, em Sua mensagem:

“Alguns Sacerdotes, em nome do progresso, se tornaram sim-


plesmente ministros do mundo e vivem de conformidade com ele.
Substituíram a oração por uma atividade desordenada; substituíram a
mortificação pela procura incessante de conforto e de prazeres; em vez
de aspirarem à santidade, se entregam progressivamente ao pecado,
particularmente ao pecado impuro, que vem sendo justificado e cometi-
do com mais frequência. Tornaram-se cadáveres ambulantes, sepul-
cros caiados, trazendo ainda o nome de Sacerdotes, mas que meu Fi-
lho não mais os reconhece como tais. Acresce, por vezes, que são
eles, os mais benquistos, os que conseguem progredir e até conquistar
cargos de responsabilidade.” Página 163. “Aos Sacerdotes, filhos predi-

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letos de Nossa Senhora”.
“Indisciplina é a falta de docilidade à vontade de Deus pela trans-
gressão dos deveres do próprio estado que impõem a obrigação de re-
zar e de dar exemplo de vida santa e apostólica. Quantos Sacerdotes
não se deixam absorver por desordenada atividade e já não rezam!
Posterga habitualmente a Liturgia das Horas, a meditação, a reza do
santo Rosário. Sua oração se restringe a uma apressada celebração da
santa Missa. Destarte estes meus filhos tornam-se interiormente vazios
e não dispõem de forças para resistir às muitas ciladas que lhes armam
no meio-ambiente em que vivem. Dai resulta que o espírito do mundo
os contamina, porque, aceitando seu estilo de vida, conformam-se aos
seus valores, participam de suas manifestações mundanas, são condi-
cionados pelos meios de propaganda e, por fim, se revestem de sua
mesma mentalidade. Acabam sendo ministros do mundo; de conformi-
dade com seu espírito, que justificam e propagam, com o escândalo
dos fiéis.” Página 231. “Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Se-
nhora”.

Sobre o Hábito Eclesiástico:

“Hoje cada qual é levado a agir conforme o próprio gosto e arbítrio,


e com que facilidade escandalosa é violada as normas da Igreja, não
obstante as repetidas advertências do Santo Padre, como seja o dever
de os Sacerdotes trajarem o hábito eclesiástico”. Página 231. “Aos Sa-
cerdotes, filhos prediletos de Nossa Senhora”.

Sou a favor! Sou a favor de poder olhar para um Sacerdote na rua


e poder reconhecê-lo como um Sacerdote e não como outro qualquer,
ou seja, um a mais na multidão. Só assim, estaríamos trazendo a esse
mundo pedacinhos de pureza do céu. Saber que entre tantas pessoas
que se diferenciam lá estaria um da Vocação, o Sacerdote! Existe como
nunca a necessidade de se fazer reconhecer, principalmente para quem
possui essa vocação, que é um assumido sim. Com rosto limpo! Quão

566
importante é a pessoa do sacerdote! É a pessoa que está no lugar de
Jesus Cristo. O poder que possui um santo padre é incomensurável.
Ele é o homem fazendo renúncias. Ele é o homem deixando a sua famí-
lia para se entregar completamente a Deus e a Seu Filho Jesus Cristo.
Ele é o homem sentindo realmente o chamado para constituir e a cons-
truir o Reino de Deus aqui na Terra e sabe, como santo padre e sacer-
dote, fazer acontecer o vínculo entre o céu e a Terra. Ele não constitui
família, mas solteiro atua para Deus e Jesus Cristo, torna este mundo
mais santificado. Ele entende que é impossível manter um vínculo, uma
mulher em sua vida, pois a castidade, o celibato é necessário para po-
der se dedicar de corpo e alma a tudo que se refere ao divino, trazendo
esse divino para os seus fiéis tão necessitados. Ele é o homem preci-
sando do tempo para atender inúmeras pessoas, desde os atendimen-
tos espirituais divinos de um nascimento até a morte de um ente, e com
esse olhar único ao celeste e, mediador entre o céu e a Terra, não so-
bra tempo para constituir outro sacramento, o matrimônio. Impossível
conciliar família, matrimônio, com o atendimento família e Humanidade.
Precisamos dos fiéis, dos bons sacerdotes, santos sacerdotes para os
fiéis poderem se confessar, para poder encontrar nele a força desejada
para a libertação do Mal. Enquanto o animal prima por ver extinta a figu-
ra do sacerdote, mais do que nunca na História da Humanidade, a bus-
ca pelo santo padre, pelo santo sacerdote se fará necessário. Que as-
sim seja, amém.
Ele, o sacerdote deve, sim, ser um homem santo para levar consi-
go a paz tão almejada, tão necessitada aos lares das famílias em de-
sespero. A desesperança nada mais é do que a falta de Deus e de Je-
sus Cristo. O sacerdote é aquele que deve ser puro e na sua pureza ter
poder com a força de Jesus Cristo e Nossa Senhora de afastar demô-
nios de uma pessoa possessa.
Que os nossos Sacerdotes dispersos de coração contrito voltem à
567
morada, a Casa do Pai. Que esse Tempo de filho predileto, que se co-
locou à margem da Verdade do Imaculado Coração de Maria, faça re-
conhecido, como o Tempo de Inverno em que as plantas dormem, mas
que retornam com todo vigor e esplendor. Que assim seja!
Há tantas seduções, pessoas levadas pelo Mal, pelos pecados do
mundo e teimando por desencaminhar quem deseja tanto ser para
Deus; infelizmente, há Pastores desejando ser mais um entre tantos
para não ser percebido como de fato deveriam ser: um sacerdote na
essência da palavra; um religioso com sua vida consagrada. O Sim é
somente para Deus, para Jesus Cristo e Nossa Senhora. A roupa deixa
claro de qual lado estão às pessoas consagradas; o que tiver que acon-
tecer além da aparência é saber empregar a palavrinha fundamental:
não. Dizer não em um mundo envolvido em parte pelo demônio que
entrou justamente por nossos descaminhos, nossos pecados.
Houve um Tempo em que eu lia muito e tomava nota do que
achava importante. Algumas vezes eu me esquecia de tomar nota de
onde retirava algum assunto, o que é algo errado, mas no afã de copiar
e de outras atividades acabava por cometer esse erro. Por isso peço
desculpas, pois não recordo como, chegaram a minhas mãos algumas
anotações sobre a vida de Santa Teresinha; anotei as páginas, mas o
nome do livro não consta nas minhas anotações. Então, tenho o seguin-
te nas minhas anotações, dito por Santa Teresinha, numa conversa
com uma madre:
“Encontrei-me durante um mês com grande número de ‘sacerdo-
tes santos’, e verifiquei que, embora possuíssem a sublime dignidade
sacerdotal que se avantajava sobre os espíritos evangélicos, nem por
isso deixavam de ser homens fracos e frágeis. Assim, se os ‘sacerdotes
santos’ aos quais JESUS no Evangelho chama de ‘sal da terra’ dão si-
nais de necessitarem de orações para serem fiéis e poderem perseve-
rar no caminho do direito, da justiça e do amor fraterno, que há de se
568
pensar dos que são tíbios? No Evangelho o SENHOR pergunta: ‘Se o
sal perder a sua força, com que tempero se há de salgar?’ (Mt.5,13).
Santa Teresinha continua:

“Como é bela a vocação, minha querida Madre! Temos a missão


de preservar da corrupção o ‘sal da terra’, oferecendo orações e sacri-
fícios pelos Sacerdotes, Apóstolos do SENHOR, e tornando-nos deste
modo, guardiãs deles, a fim de que eles continuem com suas palavras
e exemplo evangelizando a alma de nossos irmãos.” (pág. 126|127).

Santa Teresinha, faleceu com 24 anos de idade, nascida a 02 de


janeiro de 1873, caçula de uma família de 9 filhos, percebia a necessi-
dade da oração aos sacerdotes. Em 9 de abril de 1888, entrou no Car-
melo de Lisieux. Por isso mesmo, é carinhosamente chamada de Tere-
sinha de Lisieux. Faleceu no dia 30 de setembro de 1897. Foi canoni-
zada pelo Papa Pio XI em 17 de Maio de 1925 e proclamada Padroeira
das Missões em 14 de Dezembro de 1927. Por ocasião da celebração
do Centenário de sua morte, em 19 de Outubro de 1997, o Papa João
Paulo II a declarou “Doutora da Igreja”. A Igreja celebra anualmente sua
Festa no dia 1º de Outubro.
O que mancha a Igreja Católica Apostólica Romana, dito por Nos-
sa Senhora de Fátima? “A importância exagerada dada à razão, como
critério exclusivo de verdade, leva necessariamente à destruição da fé
na Palavra de Deus”.
Prossegue:
“A Obra do anticristo, neste período histórico, é a divisão da Igreja,
a consequente formação de novas e numerosas confissões cristãs, que
são gradualmente impelidas a uma perda cada vez mais extensa da
verdadeira fé na Palavra de Deus”. Páginas 698, 699. “Aos Sacerdotes,
filhos prediletos de Nossa Senhora”.
O que mancha a Igreja Católica Apostólica Romana? “Se o dragão
569
vermelho é o ateísmo marxista, a besta negra é a maçonaria”. Página
684. “Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Senhora”.
Acredito ficar difícil alguém dentro da Igreja falar sobre a maçona-
ria eclesiástica; por isso, Nossa Senhora preparou o seu exército ao
longo dos vinte e cinco anos em cenáculos espirituais junto ao padre
Stefano Gobbi.
“Formem, em torno dos sacerdotes, o meu exército fiel, o meu
grande Exército Branco. Por meio deles, voltará a minha Luz para o
meio da grande treva e o meu candor imaculado para o meio de tanta
podridão e morte. Estes meus filhos serão chamados por Mim e forma-
dos para esta grande tarefa: preparar este mundo para a grande purifi-
cação que o espera, para que possa finalmente nascer um mundo no-
vo, todo renovado pela luz e pelo amor de meu Filho Jesus, que reinará
sobre tudo”. Página 29. “Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa
Senhora”.
Se não limparmos bem essa mancha dentro da Igreja Católica
sempre irão surgir bodes expiatórios; por exemplo, um padre pedófilo,
apresenta como foco o padre que possui um carrão, padres com des-
vios de sexualidade e assim por diante, mas o Mal em si, poderá não
ser revelado. O Mal não será cortado pela raiz. Serei mais clara: se o
Papa morrer amanhã pode acontecer de seu substituto aproveitar o dis-
curso bom, do Papa anterior, para então completar o quadro de horror,
caso as mensagens de Nossa Senhora não se façam ouvir. Esse qua-
dro de horror sobre o qual me refiro é exatamente o revelado por Nos-
sa Senhora sobre o Brasil, a América Latina, no discurso da Teologia
da Libertação, o Modernismo vigente, mas com seus resquícios do
Concílio Vaticano II sobre o Ecumenismo e tanto mais já colocados nes-
ta obra.
Repetindo:

570
“A Teologia errada é a dos que pretendem fazer de Jesus uma es-
pécie de revolucionário, e nesta linha, chegam inclusive a negar-lhe a
Divindade. Seu único interesse é o da libertação da pobreza, para
construir um mundo mais justo somente nesta terra, e, por este motivo,
todos os interesses permanecem no plano horizontal. Aqui atraiçoam a
Cristo, porque em certo ponto negam o mistério da Redenção.”

Isso eu peço a você, querido. Fique atento. Você escutará falar de


Jesus Cristo na Eucaristia? Na sua divindade na Eucaristia? Ou passa-
rá a escutar que é nosso dever, o dever da sociedade ajudar os pobres,
repartir o pão, mas um pão material, com fermento, entende? Esse pão
falado, o pão da ajuda do fermento, da caridade em plano horizontal
não propicia a vida, não concede a defesa contra o demônio, não
transmite a força interior, você me entende, querido? Poderá ajudar a
dar a casa, a comida na panela, mas pergunto: a pessoa que receberá
a casa, a pessoa que ganhará a comida, que pessoa estará por trás
desse ganho? É uma pessoa de mudanças interiores que possui fé no
verdadeiro Deus? Alguns nessa Teologia da Libertação num plano ho-
rizontal passam uma visão de Jesus na qual devemos ajudar os pobres
dando-lhes tudo o que necessitam: “casa, comida, roupa lavada”, me-
lhorar a sociedade preocupando com o saneamento, com a educação,
etc. O ecumenismo! Mas não explicam que o Pão da Vida está na Eu-
caristia, na mudança interior crescente de suas vidas, advinda da Divin-
dade de Jesus Cristo! Retorna a mentalidade e reforça uma mentalida-
de que a arrumação da vida do povo, do pobre é através do dar, do ter.
Não temos como adorar a dois senhores. Não esqueça: não somente o
dinheiro, mas os vícios capitais que são lançados no mundo por quem
deseja destruir as almas, destruir o planeta, como diz Nossa Senhora.

“Jamais existirá uma vida de completa justiça aqui nesta Terra,


pois o verdadeiro paraíso nós o encontraremos depois desta vida.”

571
O que eles desejam realmente é estabelecer um sistema político
dentro do qual passarão a tomar conta de tudo. Nessa paisagem de
tristeza, fica o desejo de tomar conta das almas. Estabelecendo o mo-
nopólio, um sistema em que a Igreja Católica se insere, o próprio Vati-
cano, o povo terá que pertencer a eles. Tanto é assim, que nos Estados
Unidos o chip na pele já é realidade; comprar e vender passará por is-
so. No chip, todas as identificações de uma pessoa. Há pouco saiu a
notícia de um jornalista na qual ele declara que nos Estados Unidos o
governo possui o acesso às informações da vida privada de cada indi-
víduo. Não somente os Estados Unidos, mas outros países nas mãos
deles. Cuidado com a farsa. Não se forma um ser humano, uma pes-
soa, sem o Verdadeiro Deus e o Verdadeiro Cristo! Você leu acima com
relação ao pecado:
Temos, portanto, que buscar cada qual sua salvação. A responsa-
bilidade por nossa alma; levada a sério, mudaria todo esse quadro de
desgraças. Se cada mendigo, se cada pessoa necessitada de ajuda
procurasse por Jesus Cristo na Eucaristia, alicerce na Palavra de Deus,
a vida na Terra seria outra. Não estou pregando que não devemos aju-
dar o nosso próximo. Sabemos que sim. Quem ama Jesus Cristo, quem
ama a Deus gosta de ajudar, de contribuir com o que puder para ajudar
alguém. Estou com Nossa Senhora em Sua preocupação. Eu me somo
a Ela, pois realmente é um perigo que políticos e maçons ou outras
pessoas engajadas se voltem para a ideologia explicada até aqui por
padre Stefano Gobbi e a Mãe Santíssima sobre a Teologia da Liberta-
ção. Uma sociedade dirigida por um governo que possua a Bíblia, ou
seja, Deus como orientador e no Temor de Deus dirigir uma Nação, a
realidade se constituiria de outra maneira.
Cada um de nós herdou dos nossos primeiros pais, Adão e Eva, o
pecado original gerado pela desobediência a Deus. Isto já diz que nesta
vida não temos o paraíso. Sempre haverá filhos gerados com o pecado
572
original e demais pecados. O importante é que cada ser humano, cada
criança que nasça, aprenda a conhecer Deus e Sua Palavra, trabalhan-
do a partir de então em uma formação humana para o merecimento do
Reino do Pai que nos espera. Quando a demanda por pecados, por
imoralidades, pelos mais variados tipos de situações que geram o Mal,
numa situação social na qual a maioria dos indivíduos não possui cons-
ciência de Deus, essa sociedade fica deplorável! Ao pensarmos em pe-
cado, automaticamente nele vem acompanhada a necessidade de se
procurar pela Confissão ou Reconciliação com Deus.
Nossa Senhora em Medjugorje deixa dito o seguinte:

“A confissão mensal é um remédio para a Igreja. Se os fiéis se


confessarem mensalmente, bem depressa regiões inteiras serão cura-
das.” (dezembro - 83). Página 263. “Medjugorge Urgente”.

Em Medjugorje, Nossa Senhora continua:

“Vocês estão prontos para cometer o pecado e assim se colocar


nas mãos de Satanás, sem refletir. Convido-os a se decidirem consci-
entemente por Deus e contra Satanás. Sou sua Mãe e desejo, conduzi-
los, a uma santidade completa. Desejo que sejam felizes aqui na terra
e venham a estar comigo no céu. Este é o motivo da minha vinda aqui.”
(25-05-87)

Conclamo a todos a lutar com o exército de Maria. O exército in-


vencível; o Exército Branco. Todos! Temos que nos alertar para esse
novo sistema, ou seja, novo poderio e governo. Conclamo a todos para
essa batalha que é antes de tudo a nível espiritual e por isso, pelo espi-
ritual divino, conseguiremos vencer! Entretanto, nunca pela violência.
Como diz Nossa Senhora de Medjugorje:

“O ódio gera discórdia. Não enxerga mais nada nem ninguém.


Convido-os a serem portadores da concórdia e da paz, principalmente

573
lá onde vivem. Ajam com amor. O amor seja sempre o seu único modo
de agir. Com o amor vocês convertem em bem tudo o que Satanás ten-
ta destruir e fazer seu.” (31-07-86) Páginas 259 e 260. Livro de Olivo
Cesca.
“O MSM quer, antes de tudo, participar plenamente de todos os
sofrimentos da Igreja, bebendo com ela o cálice de muitas amarguras.
Por isso, jamais é chamado a criticar, julgar e muito menos a condenar.
Portanto, não participa, antes rejeita, abertamente, o método, seguido
hoje por muitos, de criticar publicamente a Santa Madre Igreja, mesmo
através da imprensa e de maneira acerba e maldosa. Não se deve ja-
mais derramar vinagre em chagas abertas e sangrentas. A única ajuda
que o Movimento quer dar hoje, à Igreja, é a do amor, de um amor filial
e misericordioso. Levar-vos-ei a amar muito a Igreja. Hoje, a Igreja
atravessa momentos de grande sofrimento, porque é, cada vez, menos
amada pelos seus filhos. Quantos a pretendem renovar e purificar com
a crítica e com ataques violentos à sua instituição! Nada se renova ou
purifica sem amor”. 09 de novembro de 1975.
“O compromisso específico do Movimento Sacerdotal Mariano é o
de levar os fiéis a serem, hoje, testemunhas de amor à Igreja.” Páginas:
XXXVIII- XXIX do Livro de Nossa Senhora.

Como Católicos Apostólicos Romanos, podemos, sim, mostrar que


estamos cientes da existência da maçonaria infiltrada na Igreja Católica
e de forma pacífica resolver esse tipo de ação maléfica contra Cristo e
os fiéis católicos ou os cristãos. Não somente a maçonaria como um
todo, mas evidenciamos que o Tempo está propício para o Mal atuar. O
Mal ronda em toda a humanidade. Não considero que haja culpados.
Não é Tempo de procurar por culpados- pessoas. O Mal deve ser reco-
nhecido e os pecados cometidos pelas pessoas devem ser purificados.
Uma vez que a santidade envolver cada um de nós o Mal não terá co-
mo habitar. Jamais a confrontação de forma maléfica! Nunca! Não po-
demos combater o Mal com o Mal. Quem deseja pertencer ao reino do
574
Pai, Deus Todo Poderoso, não paga o Mal com o Mal. Existem meios
eficientes, os quais Nossa Senhora nos ensina. Ela seguidamente em
Seu Livro nos diz que a arma poderosa contra satanás é o Santo Rosá-
rio.

“A oração possui força poderosa, capaz de suscitar reações em


cadeia para o bem, até mais fortes do que as reações atômicas. Minha
Oração predileta é o Santo Rosário. Por isso, nas minhas numerosas
aparições sempre convido a recitá-lo, uno-Me aos que rezam e o peço
a todos com ânsia e preocupação materna. Por que o Santo Rosário é
tão eficaz? Porque é uma oração simples e humilde, que vos forma es-
piritualmente na pequenez, na mansidão e na simplicidade do coração.
(...) Enquanto essa oração é desprezada pelos grandes e soberbos, ela
é recitada com muito amor e alegria pelos meus filhos pequenos, isto é,
os pobres, as crianças, os humildes, os sofredores e muitíssimos fiéis
que acolheram o meu convite. A soberba de satanás será vencida mais
uma vez pela humildade dos pequenos. Deste modo, o dragão verme-
lho será definitivamente humilhado e derrotado, quando Eu acorrentá-
lo, servindo-Me, não de uma grande corrente, mas de um frágil cordel:
o Santo Rosário. É uma oração que fazeis comigo. Quando Me convi-
dais para rezar convosco, atendo ao vosso pedido e uno a minha voz a
vossa, associando-Me à vossa oração. Por isso, ela se torna muito efi-
caz, pois a Mãe Celeste é a onipotência suplicante. Obtenho sempre
tudo o que peço, porque Jesus jamais dirá um não a quanto Lhe pede
sua Mãe. O Rosário é uma oração que unifica as vozes da Igreja e da
humanidade, porque é feita em nome de todos e nunca a título pessoal.
A Mãe Celeste vos pede, hoje, usar o Santo Rosário como a mais efi-
caz dentre as armas para combater na grande batalha, às ordens da
Senhora vestida de sol. Atendei ao meu convite: multiplicai os vossos
Cenáculos de oração e de fraternidade; consagrai-vos ao meu Coração
Imaculado; recitai frequentemente o Santo Rosário! Então, o poderoso
dragão vermelho será completamente acorrentado por esta corrente, fi-
cando sempre mais reduzida a sua possibilidade de ação, até que, por
575
fim, se torne impotente e inofensivo. E a todos será manifesto o triunfo
milagroso do meu Coração Imaculado.” Páginas 403 e 404, em Fort
Lauderdale, Flórida, E.U.A., 7 de outubro de 1983, em Sua mensagem,
Nossa Senhora.

Um povo, as pessoas unidas de uma nação, possui muita força.


Muita! Essa força, porém, não precisa ser de um modo destrutivo, mas
pacífico. Por isso convido a todos se for oportuno, quando você verificar
as profecias de Nossa Amada Mãe estiver se evidenciando, reúna fiéis,
saia às ruas e se arme da mais poderosa que temos: o Santo Rosário!
No Amor e no Silêncio, à Luz das Velas acesas à noite. Fica a minha
orientação em qualquer protesto se você desejar realizar. Silenciosa-
mente e educadamente, mostrar a todo o mundo que nós sabemos sim
da traição e da trama ardilosa da maçonaria eclesiástica infiltrada na
Igreja Católica para criar uma falsa Igreja e um falso Cristo. Com o
Ecumenismo formado para criar algo permissivo, nós temos o direito a
dizer não a isso; não queremos o Ecumenismo.
Em uma mentalidade confusa como mencionei, sobre o Tempo ser
propício, imagine então: em um culto Ecumênico todos começam a se
cumprimentar e apertar as mãos na hipocrisia, pois não se saberá ja-
mais quem é quem ali ao seu lado, ou seja, uns amam Nossa Senhora
sabe o seu valor e outros não dão a mínima importância a Ela; uns
amam Jesus Cristo outros são a Buda; uns são do espiritismo e outros
umbandistas e similares. Afinal todos parecerão iguais perante Deus e
na Verdade até o demônio ali é cultuado. Querem realmente fazer per-
der no Tempo qualquer discernimento do que é Bem e do que é do Mal.
Tudo se dilui no Tempo, toda a Verdade se perde no Tempo... Obra de
demolição maçônica, os pedreiros em todas as partes do mundo levan-
do a destruição da Humanidade gradativamente. Querem que acredi-
temos que o valor do Mistério Eucarístico, a Divindade de Cristo não
existe. Querem que não acreditemos na divindade de Jesus Cristo.
576
Querem muito o desejo pelo universal, considerando que o caminho é
esse. Tudo globalizado, inclusive a religião!
Conclamo todos a sair às ruas com seus rosários, terços, seus
crucifixos, imagens de Jesus Cristo e de Maria, Nossa Senhora; velas
acesas, flores; conclamo a deixarem como Católicos Apostólicos Ro-
manos, um enorme Altar Vivo no Mundo, realizado por pessoas em
nome de Deus Pai, o desejo do retorno da Igreja Pura Santa do nosso
primeiro Papa, São Pedro. Caso algum dia haja vontade de protesto, ou
seja, como Católicos, mostrar que não aceitamos a besta negra na Igre-
ja da Mãe de Deus! Que assim seja! Em nome da Santíssima Trindade!

“Agora, procura-se reparar todos esses erros caminhando pela es-


trada da reconciliação e do ecumenismo. Mas a recomposição de todas
as confissões cristãs na Igreja Católica acontecerá com o triunfo do
meu Coração Imaculado.” Página 1045. “Aos sacerdotes, filhos predile-
tos de Nossa Senhora”.

577
Capítulo III

Parte 5

“Vitória
(David Julien) COMEP* 0542
Vitória, Tu reinarás! Ó cruz! Tu nos salvarás.
Brilhando sobre o mundo, que vive sem tua luz.
Tu és um sol fecundo de amor e de paz, ó cruz!
Aumenta a confiança do pobre e do pecador.
Confirma nossa esperança, na marcha para o Senhor.
À sombra dos teus braços, a Igreja viverá.
Por ti no eterno abraço, o Pai nos acolherá.”

Representações do Mundo
Como um Papa conseguirá anunciar para a população, para Hu-
manidade a existência de racionais apóstatas? Como um Papa chegará
à Humanidade para explicar: “Olhe, a besta semelhante a um cordeiro e
a besta semelhante a uma pantera estão infiltradas na Igreja Católica. É
a maçonaria eclesiástica e as lojas maçônicas estão atuando fortemen-

578
te espiritualmente e de forma maléfica. São homens poderosos capazes
de tudo em suas vaidades, em suas forças e soberbas, suas posições
sociais, seus status num governo em cargos ocupados, altíssimos car-
gos, e lideram o mundo com seus corações empedernidos, frios, calcu-
listas”. Como um Papa colocaria para a Humanidade essa triste reali-
dade? Como explicar o espiritual maligno às pessoas e dentro da pró-
pria Casa que deveria ser santa e exemplo? Meu Deus! Como é difícil
uma revelação destas... Não julgo, pois acredito no que Santo Agosti-
nho, no meu coração tocou: “Esta igreja foi construída para vós, mas
vós é que sois a Igreja.” Cada qual deverá fazer a sua parte atendendo
a consciência, o dom da vida, chama divina que deverá ser acrescida
com mais oxigênio, se por ventura está ainda tênue. Para qualquer Pa-
pa fica muito difícil falar algo assim. As razões são inúmeras e não de-
sejo cogitá-las. A verdade é uma só: cada qual é responsável por sua
alma, sua consciência. Nós, os fiéis Católicos, devemos fazer a nossa
parte; a nossa parte é dar o melhor de nós, em Deus. Eu tenho a minha
a fazer. Eu não posso me calar frente a essa paisagem de horror que
assola parte da nossa Igreja Católica. Eu não posso deixar de testemu-
nhar me juntando a Nossa Senhora e dizer então, nessa obra e regis-
trar que sim, satanás existe e não é puerilidades, uma fantasia, um me-
ro filme de monstros. Tantos ficam na frente da telinha assistindo e
considerando somente ali, no olho mecânico, existem tais monstros.
Aliás, um objeto alienante da verdadeira vida em muitos programas
apresentados. Somos nós a lutar pela causa, pois até o momento Papa
algum falou ou fala sobre esse tipo de bomba invisível, que ainda, por
enquanto, é invisível. Se nada fizermos para lutar, aí sim, contribuire-
mos para criar cobras pequenas, médias e grandes e ainda uma maior
que irá ser cérebro; somente cérebro e coração de pedra. Olha, é muito
fácil se criar uma cobra, a antiga serpente. Muito fácil no mundo dos
modernismos. O clima para as cobras é propício. Nossa Senhora usa o

579
termo “mundo tão pervertido”.
Na verdade o que devemos ter em mente é que, Nossa Senhora
nos faz um convite à confiança. Nossa Senhora insiste demais para que
rezemos. Que reservemos tempo para a oração e leitura da Bíblia todos
os dias. Insiste em dizer que para combater de maneira eficaz o demô-
nio a oração do Santo Rosário é fundamental. Pede que façamos os
cenáculos em família, com a oração de Consagração a Nossa Senhora,
etc. A verdade é que há pessoas como nós, poucas; das citadas, so-
mente meu amigo Irmão Marista o conheço pessoalmente. Raymundo
Lopes, através dos seus livros. Tenho acompanhado no site dos Devo-
tos de Fátima, observo que a equipe trabalha muito bem com tudo o
que se refere a Nossa Senhora. Meus irmãos do Movimento Sacerdotal
Mariano e sou unida a eles pelo laço do amor e nos mesmos afins. So-
mos ligados pelo Amor, pelo coração, pelo acreditar nas palavras, nas
mensagens de Nossa Senhora e estamos dando o nosso sim, o nosso
sim à Mãe amada. Sei que aparecerão muitos outros unidos no Amor e
sentem em seus corações que o Mal nos ronda e nada até o momento
puderam fazer. Mas não sei dessas pessoas, não sei o que pensam e
onde estão. Quando leio algo escrito por Raymundo Lopes, por exem-
plo, acredito e sinto que há um movimento, a fé em torno de Maria, há
um Amor a nos unir; há o crédito que o Mal está aí, ele realmente existe
e que Ela, a Mãe Celeste, avisa, alerta e deseja a nossa cooperação
para combater satanás e seus sequazes. Existe também o medo, o re-
ceio da parte de muitos em falar sobre esse assunto. Creio que estão
anestesiados. Não sei, peço perdão. Não desejo julgar pessoa alguma.
Acredito que fui muito bem formada para falar sobre esse assunto para
você. Acredito que fui muito bem preparada de tal forma que o meu
ódio canalizou-se para o Mal. De tal forma que tenho vontade de des-
truir junto com a minha Mãe amada, nossa Mãe Celeste, essa serpente
do Mal. Não são pessoas a destruir, mas o Mal que impera e de forma
580
contundente, de forma maior e está levando a própria destruição da
Humanidade. Eu não tenho esse poder. O meu ódio sim, mas às pes-
soas, o meu amor junto a Mãe Celeste, Nossa Senhora de Fátima, no
desejo da Paz e da Misericórdia. Não podemos a Verdade esconder.
Não podemos quando temos o Conhecimento não deixar de transmitir.
Eu estaria omitindo a Verdade e estaria pecando.
Temos que prosseguir. Temos que continuar. Ou queremos que o
mundo se torne dilacerado por conta de racionais apóstatas, cujo cora-
ção foi endurecido como pedra, pela ganância, pelo poder, pelo status
que dá passagem livre num ir e vir no mundo? Pela vaidade, pela so-
berba perdendo o respeito e principalmente por mulheres, pois que a
própria MULHER, NOSSA SENHORA não é considerada, respeitada.
Tentam em vão, apagar a imagem de Nossa Senhora da Igreja. Sim,
que o IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA TRIUNFE SOBRE ESTA
TERRA! Nossa Senhora nos deixa essa afirmação e estamos lutando
com Ela, por Ela, para a salvação de muitos na Humanidade. Desejo
um mundo de sonho. Um mundo muito melhor do que esse de malda-
de, de violências, de gente que somente sabe falar sobre o dinheiro, na
sua maior parte. Quase tudo gira em torno do dinheiro e não de Deus.
O Tempo em que a criança brincava de roda, de sapata ou amarelinha,
de três Marias, gata cega, as cantigas de rodas e tantas brincadeiras
puras lhes foi roubado. Quantas crianças são postas na frente da televi-
são para que as mães tenham tempo, para si mesmas? Quantas mães
ou pais não proporcionam aos filhos brincadeiras, situações outras,
criativas, livros, lápis, papéis tantos outros materiais, jogos didáticos, a
leitura de histórias infantis de cunho moral, deixando um recado final
dignificante para elevar a alma da criança para que esta não permane-
ça em frente ao olho mecânico, a televisão? Quantas mães estão ensi-
nando os seus filhos a rezarem? Sabem fazer o sinal da cruz? É im-
pressionante como a casa cria vida quando aquela telinha é apagada...
581
Você considera que eu esteja exagerando? Acredito no Equilíbrio; é
fundamental. Se pegarmos a Bíblia e lermos o Evangelho de São Ma-
teus ou Sabedoria, Eclesiastes, Eclesiástico, ainda mais o tempo é
ocupado de uma maneira preciosa, valiosa demais.

Cenáculo em Fulda, Alemanha, 8 de setembro de 1985:


“Então, deveis dar testemunho de união por meio uma forte ade-
são ao Papa e aos Bispos a ele unidos. Não sigais os Bispos que se
opõem ao Papa. Sede corajosos defensores do Sumo Pontífice, e de-
nunciai abertamente os que são contra o seu Magistério e ensinam o
contrário do que ele diz. Olhai para a vossa Mãe, que nasce “terrível
como um exército em ordem de batalha”. O que vos tira a força e vos
detém apavorados diante do ataque impetuoso do meu adversário? É a
tolerância para com o pecado, que vos afasta da comunhão vital com o
meu Filho Jesus. É a omissão frequente da oração, ela que vos comu-
nica a sua própria força. Então, deveis hoje dar corajosos testemunhos
no combate contra o pecado. Que por meio de vós torne a resplandecer
na Igreja o grande dom que Jesus vos concedeu com o Sacramento da
Reconciliação. Voltai a confessar-vos com frequência e rezai mais. Re-
zai comigo; rezai o santo Rosário. Tudo o que meu Papa, disse neste
lugar corresponde à verdade. Estais próximo do maior castigo! Então
vos digo: entregai-vos a mim e sabei que a arma que se deve usar nes-
ses terríveis momentos é o santo Rosário. Deste modo cerrais fileiras
no meu exército, que nestes tempos estou conduzindo à sua maior vitó-
ria”. Página 489, do Livro “Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa
Senhora”.

“Hoje, a todos conclamo a um público e corajoso testemunho”.


Olhai para a vossa Mãe Celeste, que nasce “como o raiar da aurora,
bela como a lua”. O que é que obscurece hoje a vida dos homens?

582
“São as trevas produzidas pela rebelião contra Deus, é a obstinada e
tão vasta negação de Deus. Deveis espalhar por toda a parte o pode-
roso grito: “Deus existe! Quem como Deus?” Somente com a volta a
Deus se abre para a humanidade a única possibilidade de salvação.
Então, deveis difundir com coragem o meu convite materno à conver-
são, da penitência, da caridade e do jejum. Resta ainda pouco de tem-
po favorável concedido à humanidade para a sua conversão”. Olhai pa-
ra a vossa Mãe do Céu, que nasce “resplandecente como o sol”. “O
que é que ofusca a beleza e o esplendor da Igreja”? “É a fumaça dos
erros que satanás conseguiu fazer penetrar na Igreja; tais erros se di-
fundem sempre mais e levam muitíssimas almas à perda da fé. A cau-
sa desta tão vasta difusão de erros, e desta grande apostasia são os
Pastores infiéis. Eles silenciam, quando pelo contrário devem falar com
coragem, condenando o erro e defendendo a Verdade. Não intervém,
quando devem desmascarar os lobos vorazes, que se introduzem no
rebanho de Cristo, camuflados com vestes de cordeiro. São cães mu-
dos que deixam os lobos dilacerarem o seu rebanho. Vós, porém, de-
veis falar com energia e coragem para condenar o erro e espalhar tão
somente a Verdade. Chegou a hora do vosso testemunho público e co-
rajoso.” Página 488. “Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Se-
nhora”.

É Ela, a Mãe da Misericórdia está protelando algo que poderia já


ter acontecido conforme o Olhar de Deus Pai sobre a Humanidade e de
como a taça da Justiça divina está transbordante. Ainda estamos no
Tempo da Misericórdia.
Jesus Cristo nos deixa em Mateus, capítulo 10,34-36:
Jesus Cristo diz não ter vindo para trazer a paz à Terra. Veio para
trazer “não a paz, mas a espada”. Diz Jesus Cristo, ter vindo para “tra-
zer a divisão entre o filho e o pai, entre a filha e a mãe, entre a nora e a
sogra, e os inimigos serão as pessoas de sua própria casa”.
Com toda certeza, todos nós partiremos deste lugar um dia; entretan-
583
to, a elevação da nossa alma em Jesus Cristo para a nossa salvação é
relevante. Muitas vezes a nossa opção por Jesus Cristo dentro da famí-
lia causa transtornos, para quem não admite a sua entrada.
Se o próprio Jesus Cristo nos diz: “Eu Sou o Caminho, a Verdade e a
Vida; ninguém chega ao Pai, senão por Mim?” Que possam ser sufici-
entemente sérios, no respeito e na educação para levar a vida no dis-
cernimento e numa caminhada interior de Paz. A Paz de Cristo!
Nossa Senhora nos deixa o seguinte, sobre:

“O meu plano
Ninguém poderá entravar este meu plano desde há tempo prepa-
rado para salvação da minha Igreja. Os pontos estratégicos deste meu
plano sois vós, Sacerdotes, filhos da minha materna predileção. Só por
meio de vós se pode realizar o meu plano. A vós, porém, não pertence
conhecê-lo em seus detalhes. Basta que seja conhecido só por Mim,
porque Eu sou a vossa Comandante. Todos vós deveis obedecer do-
cilmente às minhas ordens e deixar-vos guiar por Mim. Não me pergun-
teis para onde vos levo. Eu porei cada um de vós no seu lugar exato.
Cada um procure apenas desempenhar bem o seu papel. Doutra coisa
não se ocupe, nem se preocupe. Para Mim, a missão de dispor tudo
segundo o desígnio que o meu Coração Imaculado desde há tempo
preparou na Luz as Sabedoria de Deus. Alguns de vós serão chama-
dos para a linha da ação. A eles será dada luz e força para vencer os
ataques daqueles que tentarem destruir toda a Verdade contida no
Evangelho de meu Filho Jesus. Na vossa boca estará a espada de dois
gumes para desmascarar o erro e para defender a Verdade. Numa das
mãos segurareis o Terço e na outra a Cruz de meu Filho, para o qual
atraireis cada vez maior número de almas na medida em que for mais
intensa a batalha. Sereis revestidos com o fogo da puríssima Luz do
Espírito Santo para queimar toda a treva do erro e por meio de vós há-
de triunfar finalmente a Verdade. Outros hão-de ser chamados para a
linha do sustentáculo. Deverão rezar muito e sofrer muito. A não pou-

584
cos destes pedirei um sofrimento tão grande que culminará na oferta da
própria vida. Mas não lhes há-de faltar o conforto da minha habitual e
extraordinária presença. O meu Coração Imaculado há-de ser o Altar
onde serão imolados para a salvação do mundo. Meus filhos Sacerdo-
tes, agora chamo-vos a todos e de todas as partes do mundo. A cada
um foi apontado o seu lugar. A cada um foi apontado o seu lugar nesta
batalha que já começou. Tenho pressa. Deixai-vos reunir por Mim; to-
dos respondei sim. Assim poderei colocar cada um em seu devido lu-
gar, aquele que a Mãe já preparou para vós. Somente então terei com-
pletado o meu plano e a falange dos meus Sacerdotes estará pronta.”
Páginas 167 e 168. “Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Senho-
ra”. 29 de abril de 1977, Festa de Santa Catarina de Siena.

Não se fixe no tempo cronológico, por favor, o tempo marcado pe-


lo homem. Não pense: “ó, mas isso foi dito por Nossa Senhora em
1977!”. Nós estamos tratando do Tempo! Este Tempo para Deus não é
contado pelo relógio do homem, mas contado pelas pulsações dos nos-
sos corações como resposta a Nossa Senhora se desejamos optar, es-
colher pela conversão. Que cada Sacerdote esteja a postos dando o
sim para Maria Santíssima e juntos, Sacerdotes e fiéis consagrados,
saberemos como agir, o que fazer unindo os nossos corações ao Cora-
ção Imaculado de Nossa Senhora como A nossa Estrela Guia.

585
Capítulo III

Parte 6

“Deixa A Luz Do Céu Entrar


(LP: Louvemos o Senhor II)
Tu anseias, eu bem sei, por salvação, tens desejo de banir a escuridão.
Abre, pois, de par em par teu coração e deixa a luz do céu entrar.
Deixa a luz do céu entrar, deixa a luz do céu entrar,
Abre bem as portas do teu coração e deixa a luz do céu entrar.
Cristo, a luz do céu, em ti quer habitar, para as trevas do pecado dissipar,
Teu caminho e coração iluminar e deixa a luz do céu entrar.
Que alegria andar ao brilho dessa luz.
Vida eterna e paz no coração produz.
Oh! Aceita agora o Salvador Jesus e deixa a luz do céu entrar.”

Minha Representação de Mundo


Em Filosofia Clínica, estuda-se sobre o filósofo Arthur Schope-
nhauer. Este filósofo fala sobre o Mundo Como Representação. Minha
representação de mundo através da minha história de vida me fez ser

586
do jeito que sou sentir a vida se apresentar dessa maneira. Como filó-
sofa religiosa, entendo a vida como uma grande responsabilidade em
Deus, em Seu Filho Jesus Cristo vindo ao mundo para nos salvar. Sal-
var nossa alma sempre em estado de pecado, pois herdamos o pecado
original. Fico pensando sobre o pecado original herdado com a vida e
como pensadora religiosa arrisco uma questão para futuro, para uma
civilização mais avançada em seu interior na busca espiritual pelo divi-
no, por Deus da Santíssima Trindade.
Acredito no bem precioso para a nossa sociedade do que chama-
mos saúde. Chamo de qualidade de vida, de vida existencialmente boa.
Esta qualidade de vida ou uma vida existencialmente boa, a nível espiri-
tual, seria primeiramente conquistada com a nossa oração a esse pri-
meiro pecado herdado: o original. É dele, na minha concepção, o gera-
dor dos males, como que um reservatório espiritual cobrado pelo de-
mônio, e deveríamos pensar como de início esvaziá-lo desse mal her-
dado (o pecado original), através de nossas orações. Acredito que mui-
tas das assim chamadas doenças seriam depuradas ao longo da cami-
nhada existencial. Amenizariam muitos males, em longo prazo, em nos-
sas vidas, se manifestando de maneira orgânica. Dessa herança (o pe-
cado original) pessoa alguma ficará isenta das suas consequências
aqui na Terra. Acredito, entretanto, que valerá o esforço, o empenho
das pessoas na busca pela oração desde cedo nas suas vidas, por es-
se pedido em particular, nossas falhas perante Deus ao passado dos
nossos primeiros pais. A desobediência nos custou muito caro e paga-
mos um preço muito alto ainda hoje, pois ainda hoje a desobediência a
Deus continua. Acredito na qualidade das pessoas que se dedicarem às
orações pensando no seu pecado original herdado, nascido com ele.
Com toda a certeza nos aliviaria de males espirituais futuros e inclusive
os orgânicos. Como nos tornaríamos mais fortes na caminhada existen-
cial! Para isso, precisaríamos de uma boa mãe e um bom pai na orien-
587
tação dos filhos nessa caminhada existencial. Como filósofa religiosa eu
entendo a vida como uma grande responsabilidade em recorrer a Nos-
sa Senhora, pois vem mediar, ser a Medianeira entre o Céu e a Terra,
como Ser espiritual divino, extremamente necessária tendo como causa
à ameaça, o perigo dos sentimentos maléficos bem compactados nou-
tro ser espiritual, o maligno. Este se materializa no meio de nós com o
seu poder da soberba novamente. É a antiga serpente. Novamente
chega para se colocar na posição de Deus Pai Criador do Céu e da Ter-
ra.
As comparações empobrecem muito um ser humano na sua po-
tencialidade deixa de procurar nele ao se espelhar no outro. Eu farei
aqui comparativos devido à necessidade da vida. E essa também é a
minha representação de mundo. Suponhamos que na atualidade fosse
eu possuir sentimentos por Jesus Cristo da maneira que Santa Teresi-
nha o sentiu. Como essa pequena, desde criança disse amar Jesus
Cristo! Ela via graça nas pequenas coisas e amava muito Jesus Cristo.
E assim Santa Teresinha fora formada em graça, em espírito divino.
Graças a Deus ela tinha ambiente, tinha naquela época uma instituição
que a acolhesse. Na atualidade, neste mundo do qual vivemos onde
uma pessoa se sente existencialmente mal, pelos motivos dos mais va-
riados, muitas vezes recorrem a muitos lugares não sendo de Deus;
podem recorrer também, ao terapeuta. Muitos terapeutas são psiquia-
tras e um psiquiatra, seja ele qual for, é detentor de um poder muito
grande sobre uma pessoa quando chega até ele cheia de dor existen-
cial. O poder é muito grande! Assim, existem muitos psiquiatras ateus.
Além de serem psiquiatras, pessoas voltadas ao estudo da medicina,
ao uso da razão, a dimensão espiritual é relegada. Não bastando o uso
do estudo totalmente voltado para a ciência, esses psiquiatras, não ele-
vam as suas mentes a Deus e muito menos compreendem a razão da
existência de Jesus Cristo nesta face da Terra. Possuem um viver no
588
mundo da ciência; um viver horizontal adquirido na faculdade através
de seus estudos. Superdimensionam a racionalidade. Uma doença na
visão psiquiátrica leva o “peso da cruz” do rótulo para a pessoa que
chega com suas dores, seus sofrimentos. Então, não bastasse à dor, o
sofrimento que faz com que muitos “pacientes” cheguem até seus psi-
quiatras, alguns “pacientes” são levados à internação e juntamente car-
regam consigo o rótulo, o nome da doença. Sem palavras, ao sofrimen-
to dos familiares que sob o olhar, sob a ótica da sentença psiquiátrica, a
pessoa depois de passar por um deles, da psiquiatria, carrega consigo
o estigma da loucura.
Imagina você, como Santa Teresinha seria vista pela ótica de um
psiquiatra ateu, por exemplo? Com toda certeza teria um diagnóstico de
uma doença qualquer e perderíamos a santa que a Igreja Católica pos-
sui e quantas pessoas deixariam de serem beneficiadas nas graças
dessa santa que possui um incomensurável número de devotos. Santa
Teresinha seria enquadrada num rótulo qualquer, ou seja, dariam um
nome de alguma doença para ela, com seu jeito “estranho” para os dias
atuais. Na verdade, uma criança querida, doce como Santa Teresinha,
falando de Jesus Cristo em casa, falando da Mãe amada, de Deus, co-
mo seria vista por pais materialistas, pais médicos psiquiatras, pais
ateus, pais católicos não praticantes se deixando levar pela sociedade
enferma, etc.? Inclusive por pais se dizendo católicos praticantes, mas
tíbios? Talvez fossem achar “estranho” possuir uma filha ou filho dese-
jando entrar para um convento ou apresentasse em casa essa vocação
religiosa em nossos dias. Sim, porque qualquer ‘ai’, destoante, um ‘ai’
existencial singular, único e... (não existem seres humanos iguais), é
motivo, muitas vezes, de mandar o filho ou a filha ao psiquiatra.
Em umas anotações copiadas no Tempo sobre Santa Teresinha,
diz assim:
“Sim, Dileto de minha alma, eis como transcorrerá em VOSSA
589
presença esta efêmera vida. Não tenho outro meio de VOS provar o
meu amor senão ofertando-Lhe flores, isto é, não perdendo a ocasião
de fazer o bem, ou qualquer sacrifício em VOSSA honra, um olhar de
compaixão, de amizade ou de ternura, uma palavra útil, um conselho ou
um consolo, sempre aproveitando as ações mais simples e insignifican-
tes, fazendo-as por VOSSO Amor. Quero sofrer por amor e gozar as
obras por amor, porque estas, meu JESUS, são as flores que hei de
VOS oferecer. Quantas me aparecerem, quantas desfolharei diante de
VÓS... E depois cantarei sempre, ainda que para colher as minhas ro-
sas, tenha que me meter por entre espinhos. E tanto mais melodioso
será o meu cantar, quanto maior e mais pungentes forem esses espi-
nhos. E de que VOS servirão, meu JESUS, as minhas flores e os meus
cantos? Esta chuva perfumada, essas pétalas frágeis e sem valor, es-
ses cânticos suaves de amor, saídos de um peito pequenino e frágil,
estou certa que mesmo assim VOS hão de deliciar. Sim, estes “nadas”
hão de alegrar-Vos, hão de fazer sorrir a Igreja triunfante que está no
Céu, que se apressará em tomar parte nos folguedos de sua criancinha,
recolhendo essas rosas desfolhadas e passando-as pelas VOSSAS
Divinas MÃOS para lhe dar valor infinito, e depois aspergi-las sobre a
Igreja padecente, que no Purgatório lava os seus pecados, para lhe
apagar as chamas ardentes da purificação, e também sobre a Igreja
militante, constituída pela humanidade de todas as gerações que bus-
cam o caminho do CRIADOR, para lhes anunciar o triunfo e proporcio-
nar o bem que suas vidas necessitam.” Págs. 263/264. Peço desculpas,
pois tenho os folhetos com as anotações feitas sobre essa passagem
de Santa Teresinha, mas não tenho anotado onde foi retirada. Uma frei-
ra amiga, Irmã Teresinha da Congregação de Jesus Crucificado, me
emprestara um livro chamado História de uma Alma. Talvez tenha tirado
dali. Peço desculpas mais uma vez, mas nunca pensara no Tempo es-
taria precisando desses detalhes importantes que se fazem nesse mo-

590
mento.
Deixo como exemplo um modo de ser de uma pessoa no mundo.
Um modo único, pois cada alma é única neste mundo. Esses rótulos,
essas tipologias do mundo da psiquiatria são véus escuros colocados
no ser humano já tão sofrido e ainda passa a receber os rótulos como
se fosse gado marcado ou potinhos com etiquetas. Que muitas almas
passem a conhecer o Deus da Misericórdia, esse Pai Eterno e nesses
Últimos Tempos da Misericórdia Divina, através da Mãe da Igreja, Maria
Virgem Santíssima, desejando preparar a Humanidade para a vinda de
Nosso Senhor Jesus Cristo, o segundo Advento. Busque um coração
puro. Busque acreditar e confiar em seu coração e nesse Deus Amoro-
so e Misericordioso e em Maria Santíssima; deixe a Luz de Jesus Cristo
entrar em seu coração, pois essa Luz é força, é aquecimento, é salva-
ção, o Mal se afasta. Jesus Cristo é reerguimento, estruturação de uma
pessoa que se considera no vazio existencial. Não se considere ridículo
perante outros quando ingressar na fé e não tenha medo de chamarem-
no louco, pois esta palavra será proibida na Terra; não é da parte de
Deus considerar uma pessoa assim. Segundo a Palavra de Deus, le-
mos:

“Mas eu vos digo: todo aquele que se irar contra seu irmão será
castigado pelos juízes. Aquele que disser Raca, será castigado pelo
Grande Conselho. Aquele que lhe disser: Louco, será condenado ao
fogo da geena”. Mateus, 5,22-23.

Seja você e somente você. Escute o seu coração em Deus, em


Jesus, em Maria Santíssima. Temos um Tempo em Deus com assuntos
pertinentes a Deus em âmbito espiritual a resolver e um tempo cronoló-
gico humano. Não olhe para o passado, caso desejar entrar para o
Tempo de Deus, buscando a nova pessoa: o novo homem a nova mu-
lher. Peça perdão pelos pecados cometidos numa boa confissão; se

591
reconcilie com Deus buscando o Sacerdote confiável. Olhe para sua
história pessoal de vida, sim. História de ontem, de hoje para projetar o
amanhã. Não é o meu caminho ou de outra pessoa que deverá seguir.
Oriente-se pela Palavra de Deus para ter certeza na caminhada. Seu
alicerce é Deus, pois Ele fala para você como fala para cada um de
nós. E a História do povo de Deus está como alicerce no Antigo e Novo
Testamento. Está na Bíblia.
Penso em Sigmund Freud no seu Tempo, acredito que seus estu-
dos tenham sido válidos, ou seja, procurou fazer o melhor na sua área.
Sem dúvida também estabeleceu critérios para suas observações mé-
dicas enxergando no ser humano as doenças e as catalogou, determi-
nando-as, nomeando-as de acordo com suas manifestações problemá-
ticas. Como médico e psicanalista, passara a criar tipologias e as carac-
terísticas apresentadas pelos chamados doentes nos seus estudos,
como também no de outros médicos; foram determinantes para que as
pessoas passassem a ser medicadas pesadamente nas décadas se-
guintes, mas e o tratamento das causas do que faz um paciente chegar
ao ponto de tal manifestação existencial? Muito mais do que medica-
ção, o Mal se estabelece no uso de tipologias, ou seja, um ser humano
chegar ao peso da cruz, de receber rótulos. Fazer estudos psicossomá-
ticos humanos sem uma investigação sobre a pessoa, isto é, sobre a
sua história de vida, e a história de vida deve ser colhida de cada pes-
soa, contada por ela própria, visto que cada ser humano é único na Ter-
ra, é fundamental. Não podemos aceitar os considerados “doentes
mentais” sejam tratados da maneira como foram observados até aqui.
Isso data de 1882, 1885 quando Sigmund Freud, médico, iniciava seus
estudos com relação ao desejo de achar um tratamento para pacientes
com sintomas neuróticos ou histéricos. Procurou de alguma maneira
ajudar pacientes em crise, em sofrimento e nos deixando sua visão so-
bre essas pessoas e seus problemas, mas no Mundo dele como Repre-
592
sentação. Sinto muito que Freud não tenha tido uma visão humana na
perspectiva de Deus, de Jesus Cristo e de Nossa Senhora. Sigmund
Freud foi uma pessoa que se fixou em encontrar doenças e dar nomes
a elas como homem da ciência, mas se esquecera de Deus, ou ele
mesmo estivera afastado desse Deus; o Deus, que é essencial ser vivi-
do num ser humano antes de qualquer homem pensar em ser um médi-
co para viver a sua humanidade, antes mesmo de pensar viver a profis-
são ou vocação. Há os que poderão dizer que, estou também me fixan-
do nos demônios, em satanás etc., enquanto Freud se fixava nas doen-
ças. Infelizmente eu não queria deixar essa visão essa ótica para você,
mas a Obra de Nossa Senhora de Fátima caiu em minhas mãos no
momento certo para a salvação da minha alma, para compreender a
minha existência em meio ao espiritual cultuado na família, na socieda-
de, na Humanidade. Se valer para mim, valerá para outros necessita-
dos. Daria tudo para não estar no lugar ocupado por mim. Entretanto,
tudo se dispôs de tal forma na minha vida numa luta entre obstáculos,
discórdias, falta total de paz e por outro lado a Mão de Deus surgia para
me mostrar caminhos outros a seguir e Nele e nos divinos a “minha tá-
bua de salvação” no mar revolto da tempestade. Sim, passara realmen-
te a constatar a existência do Mal e do Bem. Por isso, peço desculpas,
peço perdão, pois a minha vontade maior e ver um mundo novo. Um
mundo onde as pessoas sejam mais humanas e principalmente os de-
tentores de poder.
Em cada ser humano há uma luz divina e que esta, quando não equili-
brada, faz surgir no ser humano e ao longo do tempo, e sem o convívio
em Deus, um desequilíbrio qualquer, manifestado ao longo do Tempo.
Assim, quando um homem possui o Temor de Deus, por exemplo, con-
segue resolver muito em si mesmo na área do desejo sexual; Sigmund
Freud considerava o desejo sexual como a energia motivacional primá-
ria da vida humana. Que visão pobre de um ser humano! Que visão
593
mais pobre! Digo que muito se peca num consultório de um psicotera-
peuta acreditando que, por exemplo, o problema de uma mulher é a
falta de homem. Enquanto um terapeuta fica com essa visão, empobre-
ce toda a dimensão de uma mulher ou de qualquer pessoa que chega
até ele, cheia de dor existencial. Não podemos nunca esquecer que há
Deus e que há o seu adversário e em nossos pecados está o demônio
desejoso em agir e fazer seus carnavais. Por exemplo: quando fazia
terapia, estava abordando um assunto não lembro exatamente qual era,
mas eu me lembro de ficar extremamente envergonhada, quando o
terapeuta disse-me assim: “Mas na sua cidade é impossível que não
tenha algum homem que você possa gostar”. Algo assim, ele me disse.
No entanto, não estava procurando por homens, não estava atrás de
homens, ou seja, meu problema não era dessa natureza. Isso se evi-
denciou no decorrer da vida. Com toda verdade possível, precisava de
Deus. Somente eu sei o que senti e meu Deus Verdadeiro e minha Mãe
Maria Santíssima para estar testemunhando para você. Mas os tera-
peutas no Tempo fizeram parte da minha caminhada existencial, jamais
saberiam do que precisaria para me salvar, pois ali, naquelas quatro
paredes de consultório, jamais encontraria quem precisava encontrar:
Deus. É difícil encontrar um psiquiatra que acredita em Deus. Geral-
mente são ateus. Com toda certeza, existem terapeutas que não são
ateus. Se, porventura, um homem surgira em minha vida, sem nunca
pedir ou imaginar sequer que isso viesse a acontecer, foi porque Deus
assim quis pela Providência Divina. Porque ficara onze anos da minha
vida fazendo terapia num claustro existencial de dor ao ponto de um dia
perguntar para a terapeuta, porque não existia um termômetro que pu-
desse mensurar a minha dor? Por essa razão, a importância do estudo
da historicidade de vida de uma pessoa, para saber dela, de dentro pa-
ra fora e sem vê-la como uma doente, sem rotulá-la, mas ajudá-la na
sua dor existencial. Porque o estudo da Filosofia Clínica, por exemplo,

594
está na Humanidade para proporcionar esse respeito humano às pes-
soas. Acredito que a Filosofia Clínica chegou para a Humanidade no
Tempo de Deus.
Os videntes de Medjugorje, por exemplo, passaram por uma
imensa gama de exames, realizados por médicos de renome, católicos
e ateus; grupos de médicos italianos, portugueses e franceses e de ou-
tros países. Isso aconteceu para comprovar a sanidade mental dos vi-
dentes. Incrível ler o que narrou Olivo Cesca, sobre isso, em seu livro,
“Medjugorje, Urgente”. Coitados! Diria que foram virados do avesso.
Tudo acontece naturalmente quando os videntes recebem Nossa Se-
nhora (aparições) e Ela deixa Suas mensagens a eles e isso intriga os
médicos que perceberam que, quando juntos, os jovens com sincronia
olhavam na mesma direção e sentido para Nossa Senhora; Ela apare-
cia somente a eles e ficavam em êxtase.

“Testes como o de eletroencefalograma realizado em Ivan, Ivanka


e Marija, que explora o que acontece em oito regiões significativas do
cérebro mostrou que antes, durante e depois do êxtase, foram realiza-
dos e provaram não se encontrar na mesma condição de um motorista
que adormece. Não se encontravam em estado de sono, nem de so-
nho, nem de epilepsia. Permaneciam em ritmo alfa, que é o estado de
vigília tranquila, de atenção receptiva, de alguém que observa e escuta,
não de alguém que discute (ritmo beta). O ritmo que caracteriza o sono
não aparece no diagrama dos videntes.” Capítulo IX O Veredicto da Ci-
ência, páginas 221, 225.

Foram uma gama de exames desde oftalmológico até o uso do al-


gômetro (instrumento eletrônico que mede a resistência das pessoas a
um estímulo térmico, noutras palavras, à queimadura). Também a ativi-
dade eletrodérmica. Enfim, muitos outros testes como o batimento car-
díaco e tantos outros, foram realizados e todos os médicos foram unâ-
nimes afirmando que os jovens eram saudáveis, normais, segundo eles.
595
Um dia, um dos médicos perguntou a Nossa Senhora:
– O que Nossa Senhora espera dos médicos? - Nossa Senhora
diz:
Dos médicos espero, de modo particular, que ofereçam a Jesus
Cristo as próprias capacidades. E que estejam não só a serviço da cu-
ra, mas também anunciem Jesus vivo.

E outros médicos ainda:

– Que devemos fazer para diagnosticar e curar as enfermidades


que hoje não estamos em condições de diagnosticar nem de curar?
– Devem consagrar-se ao Coração de Jesus e ao meu Coração
Imaculado, para serem guiados por eles. E rezar, a fim de serem ilumi-
nados por Deus.” Página 208, do livro “Medjugorje Urgente”.

Eu deixo a você, filósofa religiosa, Meu Mundo Como Representa-


ção e Meu Mundo Como Representação toma como princípio determi-
nante, relevante, faz acontecer na Palavra de Deus, em Jesus Cristo,
todo o centro da Luz, Força, Salvação, Redenção; Jesus Cristo no espi-
ritual encontrado na Eucaristia vencerá o Mal. Deixo a você registrado
que, em Jesus Cristo, um ser humano é um Ser livre dos rótulos, no
caminho do Amor.

Livre dos rótulos, mas não da responsabilidade


maior de se fazer ser na procura e na constituição
em Deus e salvação em Jesus Cristo. Livre dos
rótulos, mas não do direito e dever de todos em
abolir a palavra louca, dos lábios de cada um como
manda a Bíblia, a Palavra de Deus:

“Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem


596
motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de
juízo; e qualquer que disser a seu irmão: Raca, será
réu do sinédrio; e qualquer que lhe disser: Louco,
será réu do fogo do inferno”. Mateus, 5: 22-23.
Livre dos rótulos, mas não mais livre de Deus, Amoroso
e Misericordioso. Livre dos rótulos, mas não mais livre da
imensa responsabilidade em fugir do Mal, levando a vida de
maneira séria e que, se assim não for, o Mal, este sim, o
aprisionará.
Sinto muito, mas é esta a visão de Mundo Como Representação
como filósofa e religiosa deixo para você. Digo “sinto muito”, não por
mim mesma, pois agradeço a Deus de todo meu coração, todo meu ser,
pelo Conhecimento. Digo sinto muito por muitas pessoas que, talvez
quisessem chamar o seu outro de louco (a) para fugir então da grande
responsabilidade da sua vida em Deus, devendo agora em diante ter.
Como correto também, será chamar uma pessoa de possessa e não
mais louca, em todos os casos que se mostrarem constituídos, pela his-
tória de vida da pessoa, de que a mesma possui um mal, espiritual ma-
léfico, estando ela afastada de Deus e de Jesus Cristo, o salvador das
nossas almas.
Sim, sei que estou tirando um agendamento que há muitos anos vem
sendo empregado à loucura = louco (a) para pessoas que foram criadas
por Deus a Sua Imagem e Semelhança no desejo de abolir os rótulos,
as tipologias empregadas pela psiquiatria. O caminho a conquistar não
será de hoje para amanhã; será ao longo do Tempo em Deus. Cora-
ções serão suscitados para agirem com humanidade. Uma coisa é cer-
ta. As pessoas não se verão umas as outras com desconfiança como
“loucas”. O respeito pelo ser de cada um no mundo e a abolição dessa
597
palavra nefasta, perniciosa, “louca” deverá ser retirada do vocabulário;
em seu lugar deverá ficar o olhar complacente e misericordioso de cada
pessoa sobre o outro entendendo que, a cada um o tempo pessoa- cro-
nológico humano e o Tempo- maior- Deus para sua constituição de al-
ma no devir, deverá ser-lhe dado.
Justamente este é o ponto: reside aqui o respeito e o amor para com
nosso próximo. Não podemos mais continuar a vida fechando os olhos
para a Palavra de Deus. Proclamo a todos em nome de Deus: “Proce-
dendo à limpeza de todos os pecados e sugerindo, ao final, à esperan-
ça na raça humana”. Essa frase ilustrava a resenha do filme Magnólia,
retirada do Informativo XX, entregue pelo professor Lúcio Packter aos
filósofos clínicos, numa quinta-feira, da Semana de Estudos 2013, dizia
assim:
“Talvez isto explique a discutida cena final, pela qual até hoje
Magnólia é lembrado, em que Paul Thomas Anderson, a partir de uma
passagem bíblica contida no livro de Êxodo, impõe a todos os persona-
gens, um psicodélico castigo dos deuses, procedendo à limpeza de to-
dos os pecados e sugerindo, ao final, à esperança na raça humana.”
A civilização não está no Tempo do Êxodo, do Velho Testamento.
Veja, não precisamos dos “deuses e seus castigos”, graças a Deus!
Pelo contrário; longe de nós essa concepção de deuses gregos, etc.
Por quê? Porque estamos no Novo Testamento. Temos Jesus Cristo
como nosso Salvador. Se, por ventura eu deixar de existir devido ao
possesso eu me expus por amor a minha Mãe; eu assim consenti por
minha essência. Porque entendo a Humanidade como Nossa Senhora
de Fátima vem se pronunciando mesmo antes de 1917. Entendo a ne-
cessidade de filhos da Luz como instrumentos para Deus e Maria Vir-
gem Santíssima, Mãe exemplo de Amor. Um já morreu por nós num
Tempo. Não precisaria outro morrer. Acontece que o Tempo é outro e
temos o Amor, a Fé e a Esperança. Acontece também que, o amor faz
598
dar a vida pelo irmão que, uma vez se dispôs a dar a vida. Por amor a
Jesus Cristo meu irmão, nosso irmão, filho da Virgem Maria, minha
Mãezinha nossa Mãe Celeste me deixo ser ação na vida.
Jesus Cristo está no meio de nós e Ele novamente, através da Santa
Faustina e da Mãe da Misericórdia e Medianeira, Jesus Cristo Miseri-
cordioso, vem até nossos dias e nos deixa seus pedidos, as orações
para o Homem se aproximar do Seu Sagrado Coração e se penitenci-
ar. Quem sabe então, os hipócritas ou os inocentes que estão no Mal,
sem mesmo saberem realmente que o Mal acontece procurem pela Mi-
sericórdia, que é conseguida através de Jesus Cristo, desejando a sal-
vação dessas almas, para libertá-las de seus pecados...
A civilização recebe Jesus Cristo a partir de Seu nascimento e
quando Jesus Cristo chega com as Boas-Novas diz que não veio para
abolir a Antiga Lei, a Lei dos Profetas, do Antigo Testamento. Jesus
Cristo então diz:

“Não julgueis que vim abolir a lei ou os profetas. Não vim para a
abolir, mas sim para levá-los à perfeição.”

Cada caso é um caso; cada pessoa é única! Nem todo mal exis-
tencial é a nível espiritual maléfico. A vida vai evidenciar. Sou contra a
medicação descontrolada como andam fazendo em muitos lugares. Sou
contra a medicação dada sem saber a história de vida de cada ser hu-
mano. Sou contra o desrespeito ao outro, pois deve ser visto como pes-
soa única; com sua alma, cuja vida é dom de Deus. Sou contra as me-
dicações embutidas variadas e sem nem ao menos ver as interações
medicamentosas. Há médicos que não perguntam sequer quais as ou-
tras medicações que seu paciente já possui, ou seja, que está tomando.
Quem puder atender com amor, seu partilhante, por exemplo, (assim
chamam na Filosofia Clínica), que o faça e não como mais um, como
gado marcado e massificado como por mais de cem anos tem sido a
599
prática de muitos psiquiatras oriundos de Sigmund Freud e outros. De-
sejo deixar aqui registrado que a dimensão humana extrapola a visão
simplista de enxergar o homem em suas dores existenciais de forma
médica. Precisamos de bons médicos de almas e não precisamos dos
rótulos. Esse é o caminho do Amor para um mundo melhor, em cons-
trução. Precisamos de bons médicos de almas que não queiram se es-
conder atrás do escudo da empáfia, da postura fria e racional de mui-
tos; muitos se consideram donos da mente e inclusive da vida de um
ser humano. Assim, muitos psiquiatras, enxergam o outro da pior ma-
neira. Muitos se colocam frente ao outro com soberba, num pedestal,
tornando quem está diante dele, cheio de dor existencial, um ser menor.
A cuidadora da minha falecida irmã me relatou isso. Imagina a dor de
uma pessoa carregando a cruz de sofrimentos existenciais e ainda as-
sim ser tratada com essa empáfia, arrogância de quem se oculta em um
título de doutor e que jamais deveria ali estar. Eu jamais poderia cha-
má-la de louca, pois tenho o Conhecimento. O grande mestre e médico
de alma, Jesus Cristo, nos ensinou a humanidade. Há muitos psicólo-
gos, psiquiatras, filósofos clínicos que precisam de Jesus Cristo, preci-
sam aprender com Ele a humanidade, a humildade, o olhar de esperan-
ça, a redenção. Se antes, não determinavam a cura para tal desgraça
humana, em casos bem complicados, são nesses casos que o Amor
falta, para muitas destas pessoas. São nesses casos Deus, Jesus Cris-
to e Nossa Mãe, devem entrar na vida deles. Essa é a dimensão espiri-
tual relegada à escória. Essa é a dimensão espiritual divina abandona-
da totalmente por muitos médicos psiquiatras e que impede a cura de
muitas almas. Há quem se esconda atrás de seus escudos, ou seja,
seus diplomas, para esconder neles mesmos as suas “loucuras”; entre-
tanto, jamais vou poder chamá-los de loucos ou vai a Humanidade as-
sim chamá-los; seremos bem mais complacentes. Já não será permitida
essa palavra maldita, maléfica, mas antes de tudo, deverão prestar con-

600
tas a Quem de direito e dever: Deus. Nenhum outro homem poderá sa-
ber mais de você do que o grande e extraordinário Homem: Jesus Cris-
to. Que possam existir bons sacerdotes para dar o perdão, a misericór-
dia para a alma, e para que o mal existencial que faz a alma sofrer pos-
sa encontrar sua Redenção. Haverá e há com toda certeza, males e
males existenciais, pois cada caso é um caso, repito. E haverá e há os
males existenciais oriundos do espiritual maléfico.
Deus Criador dos Céus e da Terra é o Senhor dos Tempos. Sem-
pre conheceu os seus filhos e sabia como agir, o que fazer para consti-
tuir a Sua Criação. Considero o Deus dos povos do Antigo Testamento
um Deus muito severo. O Deus dos Exércitos, muito cobrador, muito
severo, mas isso se justifica pelo modo de desenvolvimento das pesso-
as daquela época, ou seja, de homens rudes necessitando de um Pai
mais rigoroso do que o Deus surgido a partir de Seu Filho Unigênito,
Jesus Cristo, enviado pelo mesmo Deus; Pai que se fez Verbo no meio
de nós, a partir do Novo Testamento. Com toda certeza, o mesmo Deus
Pai, mas em uma civilização diferente na qual os homens eram mais
rudes. Homens que tinham que se preparar para a constituição das
formações de terras, dos continentes, dos reis e rainhas que enviavam
soldados para as marchas e conquistas de terras e mares. Esses reis e
rainhas seguiam a Sua Lei. Hoje, vemos que a Terra é formada pela
ação, pela “bússola” que foi Deus para esses reis e rainhas que se dei-
xaram conduzir por Ele. Naturalmente, muitos se desviaram da Vontade
de Deus dos Exércitos; se tivessem sido filhos melhores, o mundo com
toda certeza seria outro, bem melhor. O Deus dos Exércitos é o mesmo
que envia Seu Filho amado, Jesus Cristo para a Terra, por intermédio
da Virgem Maria; por isso mesmo, Mãe de Deus e da Igreja, a Mãe de
Jesus Cristo. Jesus Cristo não veio abolir a antiga lei: a lei dos profetas,
Antigo Testamento. Antes de tudo, veio aperfeiçoá-la. Isso está na Bí-
blia, no Novo Testamento. É a Lei do Amor e a Lei do Amor vem imbuí-
601
da do Perdão, da Misericórdia. Deus em nada muda. É o mesmo: um
Deus judaico-cristão, mas que tão amado Pai, sabia que para a conti-
nuidade da civilização da história da humanidade, devia enviar Seu Fi-
lho, Jesus Cristo, no mesmo Espírito do Pai: no Amor, na Bondade por
Sua Obra, a Obra da Criação. Deus então vai conduzindo a civilização
ao longo do Tempo, conhecendo os seus filhos. Conhece as necessi-
dades dos seus filhos: Sua Criação.
Assim, Deus vai formando os homens, preparando-os ao longo da
caminhada. Essa caminhada dos homens na História da Civilização vai
se formando de maneira, em um momento, a agradar a Deus; e, em
outro momento, a desagradar a Deus. O destino destes homens, na
Humanidade, a condução das ovelhas pelo Bom Pastor, no Novo Tes-
tamento, a continuidade desta jornada que perpassa a civilização, a
História da Humanidade, tem como objetivo, a condução dos filhos ao
ápice: a Morada Eterna em nosso Verdadeiro Paraíso, que é o Reino do
Pai. Estamos vivendo momentos que se prenunciam preocupantes com
relação ao dogma da Igreja Católica Apostólica Romana. Estamos dian-
te de um futuro cujos governantes, do mundo materialista, racionalista,
visando um olhar horizontal, procurarão uma unificação, uma globaliza-
ção construindo assim uma falsa Igreja e um falso Cristo. Acredito que
brevemente estaremos diante desta paisagem: formar uma Igreja falsa,
formando um falso Cristo. O ecumenismo predito por Nossa Senhora de
Fátima numa civilização a galopar à procura de falsos deuses, cheias
de crendices, de seitas das mais variadas. Vivemos como nunca o pa-
ganismo, ele se torna o maior perigo.
A palavra ecumenismo em si é linda se fosse bem vivida. Se real-
mente nesse ecumenismo se praticasse o que realmente a sua palavra
na etimologia nos diz: “A palavra “ecumenismo” quer dizer “o mundo
inteiro” do grego “óikos”, que quer dizer “casa”, na qual nós vivemos, e
“óikomene” é “o mundo todo”, ou seja, nós gostaríamos de colocar nu-
602
ma única casa aqueles que amam e seguem a Jesus Cristo. Mas, para
isso, é necessário que nós não continuemos nesta triste tradição em
que os cristãos se enfrentam continuamente e em tentativas de destruir
uns aos outros em verdadeiras “guerras” de religião“ (Padre Paulo Ri-
cardo na entrevista para a
http://www.cancaonova.com/portal/canais/entrevista/entrevistas.php?id=
973.
Padre Paulo Ricardo fala sobre o diálogo inter-religioso, explican-
do que “o diálogo inter-religioso está voltado para as religiões que não
são cristãs, ou seja, para aquelas pessoas que vivem no paganismo e
que ainda não conhecem a Jesus Cristo. Por isso, há uma distinção
muito clara, específica, e por uma razão séria é que nós cristãos pode-
mos orar juntos, eu posso de alguma forma orar com uma pessoa de
uma comunidade evangélica ou com um irmão de uma Igreja Ortodoxa,
mas eu não posso fazer uma oração com uma pessoa que não é cristã
pelo simples fato de que nós não estamos nos dirigindo para o mesmo
Deus. Por isso é impossível fazer ecumenismo com os pagãos; com
estes o que nós podemos fazer é o diálogo inter-religioso. Dessa forma,
o diálogo inter-religioso se dá no campo da racionalidade, enquanto o
ecumenismo se dá no campo da revelação e da teologia, porque nós
cremos no mesmo Deus, que se revela em Jesus Cristo; nós cremos na
mesma Escritura Sagrada, nós cremos na Santíssima Trindade, por
isso existe muita coisa em comum [entre os cristãos]”.
“Se você é cristão hoje saiba: você é conservador. Você está que-
rendo conservar uma tradição e uma fé de 2000 mil anos, enquanto
que o mundo moderno faz de tudo para destruir essa fé. A Igreja Angli-
cana tornou-se uma Igreja revolucionária e é por isso que muitos bis-
pos, sacerdotes e leigos anglicanos querem voltar para casa, voltar pa-
ra a Igreja Católica. A Igreja Católica está abrindo os seus braços para
esses anglicanos, mas para que voltem à plena comunhão com ela
[Igreja Católica] exige-se dos anglicanos que eles professem a fé que
603
está contida no Catecismo da Igreja Católica. Achei isso interessante
porque eu me pergunto se alguns padres e líderes da Igreja Católica de
hoje estariam em plena comunhão com a Igreja Católica, ou seja, se
todos os nossos padres e todos os nossos leigos podem assinar um ju-
ramento dizendo: “Eu creio em tudo o que está contido no Catecismo
da Igreja Católica”. Eu tenho lá as minhas dúvidas!”

“O ecumenismo no Brasil tem uma certa dificuldade em dois senti-


dos. O primeiro sentido é que as igrejas evangélicas no Brasil têm sua
origem calvinista e o calvinismo deixou marcas muito profundas de an-
ticatolicismo em todas as igrejas que nós temos aqui no Brasil. A maior
parte das igrejas com as quais nós temos conseguido ter um diálogo
ecumênico são aquelas que, embora tenham um passado calvinista, já
conseguiram diminuir um pouco este “ranço” anticatólico, sobretudo, as
igrejas de confissão luterana que, de uma forma geral, estão mais aber-
tas ao diálogo com os católicos. A segunda realidade é que (esta é a
minha opinião) nós não deveríamos começar o ecumenismo rezando
juntos nem tendo atividades em conjunto, o que nós precisamos na
verdade é ter um amor mútuo, é começar nos amando e nos querendo
bem, porque se não houver um amor de base de nada vai adiantar
grandes projetos e grandes atividades. Talvez, neste sentido, a Cam-
panha da Fraternidade seja um passo positivo, pois a iniciativa é tam-
bém uma ação, e quando um católico e um evangélico se unem para
fazer o bem fraterno para a pessoa necessitada, talvez aí nós encon-
tremos um caminho para que juntos amemos Cristo presente no pobre
e no necessitado e quem sabe nos amemos mais uns aos outros.”

O Amor é importante a Justiça também. Que Justiça e Paz se


abracem nessa caminhada árdua para a esperança de uma nova vida
em Jesus Cristo. Que a Eucaristia seja respeitada como direito a cada
cidadão batizado sendo Igreja na igreja.

“Filhos prediletos, nos tempos atuais a treva tem escurecido tam-


bém o Tabernáculo: tanto vazio existe ao redor dele, tanta indiferença,

604
tanta negligência! A cada dia aumentam as dúvidas, as negações e os
sacrilégios. O Coração Eucarístico de Jesus é novamente ferido pelos
seus, na sua Casa, no mesmo lugar onde estabeleceu a sua divina mo-
rada entre vós. Voltai a ser os adoradores perfeitos, os fervorosos mi-
nistros de Jesus Eucarístico que, por meio de vós, ainda se faz presen-
te, ainda se imola e se dá às almas. Conduzi todos a Jesus na Eucaris-
tia: para a adoração, para a Comunhão e para um amor mais forte.
Ajudai a todos a se aproximarem de Jesus Eucarístico de maneira dig-
na: conscientizando os fiéis acerca do pecado, convidando-os a se
achegarem à Comunhão sacramental em estado de graça, educando-
os para a confissão frequente, que se torna necessária para quem se
encontra em pecado mortal, para receber a Eucaristia. Filhos predile-
tos, erguei barreiras ao inundar dos sacrilégios _jamais se fizeram tan-
tas comunhões de modo tão indigno como nestes tempos! A Igreja está
ferida intimamente pelo propagar-se das Comunhões sacrílegas! É
chegado o tempo em que a vossa Mãe Celeste fala: “Basta!” Eu mes-
ma preencherei o vazio em torno ao meu Filho Jesus presente na Eu-
caristia. Levantarei uma barreira de amor junto à sua divina presença.
Eu mesma, através de vós, filhos prediletos, que Eu quero colocar co-
mo guardas de amor ao redor de todos os Tabernáculos da terra”. Pá-
ginas 244 e 245. “Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Senhora”.

Dos meus escritos copiados, cujo autor eu desconheço, do cader-


no universitário, retiro o seguinte:

“A liberdade é o poder, baseado na razão e na vontade, de agir ou


não agir, de fazer isto ou aquilo, portanto de praticar atos deliberados.
Pelo livre arbítrio cada qual dispõe sobre si mesmo. A liberdade é no
homem uma força de crescimento e amadurecimento na verdade e na
bondade. A liberdade alcança sua perfeição quando está ordenada pa-
ra Deus, nossa bem aventurança. Enquanto não se tiver fixado definiti-
vamente em seu bem último que é Deus, a liberdade comporta a possi-
bilidade de escolher entre o bem e o mal, portanto de crescer em per-
feição ou de definhar e pecar. Ela caracteriza os atos propriamente
605
humanos. Torna-se fonte de louvor ou repreensão, de mérito ou demé-
rito. Quanto mais praticar o bem, mais a pessoa se torna livre. Não há
verdadeira liberdade a não ser a serviço do bem e da justiça. A escolha
da desobediência e do mal é um abuso de liberdade e conduz à “es-
cravidão do pecado.”

A história abaixo é mais uma história real, de Denis Bourgerie, do


livro “Maria, Passa na Frente!”. Deixo esta história como bom exemplo
para que você não se sinta acuado com os Golias da vida; aqueles que
poderão desejar se colocar acima de você com sua empáfia e arrogân-
cia. Caminhe na Verdade e tudo vai dar certo no devido Tempo. O título
da história contada por Denis é:

Ouse Na Confiança e Não Se Deixe Abater Pelos Golias De Sua


Vida!
“Em 1996 foi inaugurada em frente ao Santuário Maria Porta do
Céu, uma das maiores boates do Brasil, para acolher cerca de 3000
pessoas. Você parece não ter ouvido bem? Sim, uma grande boate,
não uma boatezinha qualquer, bem em frente à Igreja e à futura clínica
para doentes terminais que compõem a Associação Maria Porta do
Céu. Esse fato, que a princípio parecia aterrorizante, desanimador, mo-
tivo para se abandonar todo um plano de trabalho missionário que a
Mãe de Deus e Seu Filho de antemão prepararam, depois de nos tirar
algumas noites de sono, (porque ainda somos pequenos no risco da fé)
muito nos fortaleceu e nos ensinou. Iniciamos a construção da Igreja
muito antes deles, é claro. Penso quando ganhamos (e que luta!) o ter-
reno da Prefeitura, e pouco a pouco, em 4 anos, esta empreiteira ex-
traordinária chamada Providência Divina foi levantando esta obra do
nada, diante dos nossos olhos, por meio de uma força conjunta de to-
dos nós que, querendo investir no Reino de Deus, fomos movidos pelo
Espírito Santo a fazê-lo nesta obra de Maria e Seu Filho. Então, um dia
a Destra de Deus ergue a primeira Igreja Maria Porta do Céu do Brasil.
E os milagres começam a acontecer! Pois foi ali, aos pés da Igreja Ma-

606
ria Porta do Céu, que escolheram, havendo o Brasil inteiro para se ins-
talar, construir uma boate. Como um cogumelo gigantesco, de repente,
ela saiu da terra e cresceu em alguns meses com toda a velocidade
que pode oferecer o dinheiro. Agora veem-se duas grandes obras que
parecem se olhar... Dois mundos tão diferentes, ali, um diante do ou-
tro... Um exalta o prazer, a alegria passageira, a ilusão, o luxo, a luxúria
e o poder do dinheiro. Ornamentado com várias divindades douradas
ao seu redor e como símbolo uma imensa estátua do deus sol, de 20
metros de altura em fibra de vidro, segurando na mão uma grande to-
cha iluminada. Um imenso minarete domina sobre toda a construção,
uma espécie de torre de mesquita de 3 ou 4 andares (como se fosse
para anunciar aos mulçumanos a hora das “orações”). E, finalizando,
vê-se um teto gigantesco todo dourado para ser visto de longe... Duran-
te meses e meses, olhando dia após dia, aquele mundo de ilusões a se
erguer diante de meus olhos, eu me senti revivendo o combate entre
Davi e Golias. Éramos o pobre e o pequeno Davi, assustado e aparen-
temente tão frágil diante de um Golias desafiador, grande e poderoso.
E o desafio estava lançado! O que fazer? Recuar, para longe, como
que fugindo de medo? Quando Davi, simples pastor de ovelhas viu que
todo o exército de Israel recuava tremendo de medo diante de Golias
que avançava insultando o exército de Deus vivo, levado à presença do
rei Saul, disse: “Ninguém desanime por causa desse filisteu!” (1 Sam.
17,32). E Davi, sem capacete de bronze, sem espada, sem couraça
nem armadura, enfrentou Golias no poder do Espírito de Deus em no-
me do Senhor dos Exércitos. Enfrentou-o para que “toda a terra saiba
que há um único Deus e que não é com a espada nem com a lança
que o Senhor triunfa, pois, a batalha é do Senhor!” (1Sam.17,46-47). E
assim se fez. Ao lado da porta de entrada da Igreja, decidimos colocar
um campanário com 3 grandes sinos (que ainda estou procurando) que
cantarão e louvarão o Senhor dos Exércitos. E a brilhar com o brilho da
vitória, estará uma grande cruz iluminada anunciando aos homens que
Jesus, a verdadeira alegria e a Luz do mundo, os espera para um en-
contro único de amor, de perdão e de reconciliação, porque ... “onde
607
abunda o pecado, superabunda à graça!” A cada hora nossos sinos di-
rão à mulher que sofre, aos que são tentados, aos que carregam amar-
guras, que há uma esperança, uma solução diferente da que o mundo
oferece, segura, que não decepciona, o Rei dos Reis, Deus Forte, Je-
sus! Que ninguém desanime! Aprendemos com o Senhor que temos
que ser ousados na confiança Nele, diante dos desafios, e que recebe-
remos muito, se ousarmos muito. Quantos Golias já surgiram diante de
você em sua vida? Golias que querem fazê-lo desanimar, ofuscar suas
metas, enfraquecer boas resoluções, seus objetivos cristãos. Não se
entregue, não se deixe abater. Muitas vezes ficamos aterrorizados, pa-
ralisados diante deles quando podemos derrotá-los pela fé, ousando
confiar no Senhor e passando a usar as armas do Espírito de Deus.
Certamente você realizou muitas coisas boas em sua vida... mas muito
mais você poderia ter feito se não fossem os Golias... Virtudes que vo-
cê poderia ter adquirido, exemplos edificadores que poderiam ter mos-
trado palavras de fé e consolo que você deveria ter dito; um vício se-
creto combatido... Seus dias tem um imenso valor, e você está no
campo da batalha, sim, como Davi, mas o Senhor está com você e o
olha e o guarda e combaterá por você. Não se deixes abater. O Senhor
espera muito de você e conta com seus esforços. Onde Deus o seme-
ou é preciso florescer. Com a graça do Altíssimo você pode fazer ma-
ravilhas, criar obras, salvar almas. Entregue nas mãos do Senhor os
Golias da sua vida e mesmo que tudo pareça estar derrotado ouse con-
fiar mais, para que Ele possa operar o milagre que você espera em sua
vida! O Senhor se alegra com uma alma que batalha sem parar, porque
a vitória é segura com Ele, Jesus conta com os que não abandonam
suas resoluções diante das dificuldades, que não se desanimem em
frente dos obstáculos, que oferecem as pequenas coisas a Seu Deus, e
à sua Mãe, que põem um pouco de heroísmo na banalidade da vida, e
que perseveram a todo o preço até chegar ao objetivo fixado. Marche
sem desânimo com os olhos fixos no Deus da vitória! Incendeie o mun-
do com o fogo do Espírito Santo! Não seja um ser rabugento se quei-
xando de tudo e de todos... com amargura no coração... que somente
608
vê o lado mau das coisas. Ouse na confiança, porque com Ele, apesar
dos obstáculos monstruosos que tentarão obstruir o seu horizonte de
vida, você pode vencer, porque a Destra do Senhor está sobre você.
Ouse na confiança e entregue a Jesus os Golias de sua vida, ouse na
confiança quando tudo parece derrotado, ouse na confiança, não desa-
nime, vá! Senhor, faça que eu não esqueça que: Tu não tens outras
mãos senão mãos para fazer o bem, Tu não tens outros olhos senão
meus olhos para olhar com ternura, Tu não tens outra boca senão a
minha boca para dizer palavras de consolo, Tu não tens outro coração
senão meu coração para amar com ternura, Tu não tens outros ouvidos
senão os meus para escutar os outros, Tu não tens outro apóstolo se-
não a mim para dar o Reino de Deus aos homens hoje! Hoje, passados
sete anos, a multidão que superlotava a boate já não existe mais. A
festa mudou de endereço. Milhares de pessoas, centenas de carros
superlotam hoje as mesmas ruas, mas vêm por outra razão e entram
em casa. São os peregrinos do céu, os filhos de Deus que procuram,
que buscam a Casa da Mãe para se atirar em seus braços e encontrar
nela o Amor, o Consolo e Aquele que sacia, que preenche os vazios da
alma com a verdadeira alegria, sem pagar, e que salva com a graça.
Verdadeiramente Davi venceu Golias! Por esta razão, se hoje você se
sente pequenino porque existem Golias a sua volta querendo massa-
crá-lo, devorá-lo, não fique assustado. Não se desespere, não recue,
não fuja de medo. Não desanime! Invoque o poder de Deus, suplique a
força do Espírito Santo, ore, jejue, confesse, comungue, encha-se de
Deus e ponha a sua batalha nas mãos do Senhor seu Deus. Suplique a
São Miguel Arcanjo, Guerreiro de Deus, para permanecer ao seu lado
e... Não se esqueça de pedir: “Maria, passa na frente!”

609
Capítulo III

Parte 7

“Te Amarei
(DR) (LP Louvemos o Senhor – vol.7)
Me chamaste para caminhar na vida contigo,
decidi para sempre seguir-te, não voltar atrás.
Me puseste uma brasa no peito e uma flecha na alma,
é difícil agora viver sem lembrar-me de Ti.
Te amarei, Senhor, te amarei, Senhor,
eu só encontro a paz e a alegria bem perto de Ti.
Te amarei, Senhor, te amarei Senhor,
eu só encontro a paz e a alegria bem perto de Ti.
Eu pensei muitas vezes calar e não dar nem resposta,
eu pensei na fuga esconder-me, ir longe de Ti.
Ó Jesus, não me deixes jamais caminhar solitário,
pois conheces a minha fraqueza e o meu coração.
Vem ensina-me a viver a vida na Tua presença,
no amor dos irmãos, na alegria, na paz, na união.”

610
Professores Marcantes
Meu professor especial no curso da Faculdade de Filosofia: Dr.
Dom Edmundo Luís Kunz. Tive apenas um semestre de aulas com ele.
No semestre seguinte, chegou à notícia de que morrera de câncer. Meu
professor querido escreveu um livreto, tão simples quanto tão simples
ele parecia ser. Esse livreto foi muito importante para mim. Foram sub-
sídios para introduzir ao filosofar. O nome do livreto é: “O Homem de
Outrora e o Homem de Hoje”. Está amarelecido, velhinho; algumas fo-
lhas se destacaram no Tempo. Letrinhas tão diminutas... Do Tempo da
máquina de datilografia! Acredito como nunca a necessidade da Filoso-
fia no mundo. Precisamos tirar muitas pessoas do pensamento imedia-
tista, superficial, norteando muitas vidas. A vida é muito profunda, muito
séria. Cada pessoa possui seu mundo interior povoado de pensamen-
tos próprios e muitas se deixam levar pelos meios de comunicação.
Muitas vezes, esses meios de comunicação não mostram a realidade
ou, se mostram, é a pior parte dela, o que eles desejam evidenciar da
humanidade. O mundo da telenovela é um mundo compactado, arru-
mado, arranjado, programado e, nessa organização, inúmeras pessoas
se encantam, se fixam na frente daquela telinha.

“A televisão os destruiu como cristãos: por causa da televisão, não


rezam mais. Ela se tornou o ídolo que manda. É ela que diz quando
devem falar ou calar; lhes dita os horários do dia”. Página, 267. Livro de
Olivo Cesca, “Medjugorje Urgente!”.

Agradeço a Deus, ao Espírito Santo, me encaminhando para o


curso da Filosofia. Aprendi a pensar realmente. Aprendi a desvelar o
óbvio. Aprendi com toda a certeza com a vida, pois para mim a vida foi
uma mescla entre a vivência e os estudos, os conhecimentos adquiri-
dos na vida. Na Faculdade de Filosofia, conheci um grande homem.
Como pode existir na vida pessoas fazendo parte tão pouco de nós e
611
ao entanto constituem tamanha diferença? Assim aconteceu com meu
professor Dom Edmundo Kunz. Acredito que foi no primeiro semestre a
ter aulas com o professor Dom Edmundo. Era um padre simples, fiquei
admirando-o muito; passara a ter por ele um sentimento terno. Passara
também a pensar na gratidão por aquela pessoa, por conseguir me tor-
nar uma aluna atenta, muito significou para mim e me marcou. Uma vez
ele pediu para que olhássemos para fora da janela da nossa sala de
aula, uma frondosa árvore, uma mangueira-árvore. Ela era bela demais,
aquela árvore. Tomava conta com seus braços espalhados, cobertos
por folhas dando muita sombra, acolhendo os pássaros, com toda cer-
teza. O professor querido pediu-nos para que pensássemos qual a es-
sência daquela árvore. Quando entrei para o curso de Filosofia passara
a me deparar com termos assim, como esse: “essência”. Naturalmente,
para mim, tudo era novo. Bem, acreditava que a essência seria o que a
árvore poderia ser, poderia dar, além do que aparecia; algo mais pro-
fundo do seu existir, algo bem profundo, além daquilo se mostrando a
nós. Alguma coisa que, naquele exercício de pensar sobre ela, revelaria
algo interno dela. Iria além do que via e isso sim, a ‘essência’, seria ela,
mais do que qualquer outra coisa. Seria realmente a finalidade dela,
existir para nós. Pensando sobre a mangueira-árvore, considerei esse
seu interior não aparecendo, mas seria seu principal existir: seus frutos,
a manga. Eu, como andava muito mal, achando-me num vazio de con-
teúdos, uma peninha solta no vento, mas em busca, querendo sair do
estado ruim, querendo adquirir conhecimentos, imediatamente passei a
refletir sobre mim. Passei a pensar qual seria então a minha essência.
Foi ali que passara a me considerar importante. Minha ‘essência’ era o
ser mãe. Sim, eu era mãe! Meus filhos saíram de mim; eram os meus
“frutos”. E aprofundando ainda mais minhas reflexões, percebi nesse
ser mãe, o amor! Sabia amar. Havia uma correspondência muito forte
nesse meu produto; e o produto eram os meus filhos, os meus “frutos”,

612
a maternidade. O sentimento lindo, muito lindo e importantíssimo de ter
sido mãe. O sentimento forte de ter dado à luz os filhos. O sentimento
de amor, a emoção sentida ao nascimento dos filhos foi algo indescrití-
vel. Aquele professor querido, se ele soubesse o quanto em mim fui
tocado por simplesmente me fazer pensar em tão pouco; o pouco es-
sencial, para mim: o pouco tudo. Fui tocada por descobrir a minha es-
sência. Eu tinha algo forte em mim embora antes não valorizado. Aliás,
o amor seria valorizado por alguém? Qual seria a utilidade desse amor?
Não importa. A caminhada existencial tinha que ser percorrida, e, nessa
trajetória, aquele amor descoberto, valorizado, era tudo o que eu tinha,
passara a conduzir a minha vida de forma internalizada, aquecida e
iluminada.
O amor estava tímido, estava acanhado, estava sofrido, guardado,
contido, envergonhado; por pouco não estava morto. Por pouco este
amor fora acordado, aflorado, destemido; agora, um amor internalizado
e valorizado em mim. Sentia que fora desvalorizado por muitos ou vul-
garizado.
Numa noite de apresentação na Faculdade de Filosofia, tive a co-
ragem de inscrever-me para cantar e tocar ao violão a música do Ro-
berto Carlos: Como é Grande o Meu Amor por Você. Sim. Foi o amor
que fluía para quem despertara para o amor. Um agradecimento ao
universo pela abertura a qual estava interiormente obtendo, onde tudo
passara a dar certo. Eram as águas do rio que fluíam, pois agora nada
tinha de comportas para estancar. As águas podiam correr ao seu des-
tino. Também o meu grande amor, depois passaria a ser o meu esposo.
Minha pessoa certa estava presente, de pé, no fundo do auditório e me
via cantar. Estava acompanhado de uma amiga. Talvez, ele percebesse
que eu o amava. Meu amor não se restringia ao amor carne. Estava
vivendo uma mescla entre um amor terreno e o amor: estava me levi-
tando, me dando leveza para que pudesse suportar tanto sofrimento,
613
um sentimento intenso de agradecimento ao universo sentia conspirar a
meu favor. Meu amor se abria ao Universo, pois, nesse Tempo, cami-
nhava em direção a Deus. Deus estava dando o Conhecimento preciso.
E cantei e toquei violão naquela noite de apresentação. Estava deixan-
do a timidez e precisava me expressar na vida. O amor era forte demais
e passava por cima da timidez. Expressar, através daquela canção, o
meu agradecimento ao Universo, a Deus, pelo sentimento autêntico de
um verdadeiro amor terreno, pois estava surgindo em minha vida. O
universo abria as portas para mim. “Nem mesmo o céu, nem as estre-
las, nem mesmo o mar e o infinito, nada é maior que o meu amor nem
mais bonito”. Exatamente assim que me sentia. Amando e amando a
vida. O amor se evidenciando de todas as maneiras e um amor agrade-
cido; muito agradecido. Agradecido principalmente ao Criador do Uni-
verso.
Meu professor querido Dom Edmundo, em seu livreto “O Homem
de Outrora e o Homem de Hoje”, expõe alguns de seus inteligentes es-
tudos. Fala no capítulo I sobre Transição do Homem Empírico e Mítico
ao Homem “Philosophos”; no capítulo II, Transição do Homem Exterior
e Pagão Para o Homem Interior Divino; capítulo III, Transição do Ho-
mem Interior e Divino para o Homem Natural e Humano; no capítulo IV,
O Homem de Hoje. Do livreto de meu professor querido, Dom Edmun-
do, desejo colocar alguns trechos para meus irmãos filósofos. Se não
meus irmãos em Cristo, posso chamá-los irmãos na Filosofia. Mesmo
possuindo conhecimento sobre o assunto, acredito ser importante avi-
var o pensamento, gotinhas apenas, sobre os escritos do meu querido
professor Dom Edmundo. Vejamos então um trecho:

“Pela conquista e transformação da natureza em seu benefício, o


homem pensara que raiara a era do progresso indefinido e que encon-
trara o caminho do paraíso perdido. Mas o TER muitas coisas não re-
solveu o problema da sociedade e do indivíduo. O egoísmo — fonte da
614
ânsia de “ter” — separou sempre mais as nações e as classes sociais e
isolou sempre mais as pessoas. As guerras mundiais e nacionais proli-
feraram, os ódios acentuaram-se, as injustiças avolumaram-se, a cor-
rupção dominou. O progresso fracassou. O homem de hoje é marcado
profundamente pela falta de esperança. O homem do povo sacode os
ombros e diz: “não adianta”. Muitos jovens cruzam os braços e retiram-
se do cenário da luta. E o famoso e sisudo pensador alemão Martin
Heidegger deixa estampada em mensagem publicada somente após a
sua morte, esta grave sentença: “Só um deus pode salvar o homem.”
Página 27.

Texto do livreto do meu professor, Dom Edmundo. Coloco na ínte-


gra para você:

“A salvação do homem pela redescoberta do homem


Não se trata de destruir a técnica, mas de redescobrir o homem in-
tegral. Diante das dificuldades do homem técnico de existir humana-
mente como pessoa, não desejamos assumir a atitude pessimista de
Oswald Spengler ao indicar a saída de Nietzsche como a única que
ainda nos resta: “amor fati”, isto é, não só aceitar estoicamente o desti-
no fatal, a exemplo do soldado de Pompéia que sucumbiu petrificado
sob as lavas do Vesúvio, mas até amá-lo heroicamente. Nem partilha-
mos do desespero de Klages ao lamentar que, hoje em dia, apenas os
homens e os animais superiores ainda vivem verdadeiramente e que
não tardará a hora em que os próprios homens virão a contemplar tudo
como autômatos mortos, sem chance alguma de retroceder. Reputa-
mos a técnica uma conquista necessária, benéfica e irreversível. A
transformação do mundo trouxe perspectivas de uma vida melhor para
todos. Na antiga ciência predominava o conceito ontocrático: tudo era
explicado a partir do ente, da essência necessária e imutável que tinha
o seu fundamento na atemporalidade. A ordem econômica, social e po-
lítica e a própria ordem da natureza participavam da ordem eterna.
Deus pois era um “ente supremo” cuja existência imutável assegurava

615
a imutabilidade das naturezas. O homem não passava de um contem-
plador do que já estava feito. O novo senhorio do homem sobre os en-
tes naturais dessacralizou a natureza: ela não é eterna na sua imagem.
Não domina o homem, mas é o homem quem a domina. Ora, tudo isso
desencadeou um processo de libertação e abriu o caminho à subjetivi-
dade autêntica do homem. ‘O professor A. van Leuwen insiste, no seu
livro recentemente publicado — Chistianity in World History — que este
fato é parte de um processo histórico irresistível em que os padrões de
vida ontocráticos tradicionais estão sendo esmagados. Todas as or-
dens da sociedade perderam o seu caráter sacro e estão agora abertas
para o futuro, podendo ser reformuladas de acordo com a vontade do
homem’. (Cit. Ap. R. Schaull em “As transformações profundas à luz da
Teologia Evangélica”, pg.10-Vozes). No entanto, a técnica esconde em
seu bojo uma ameaça terrível: a tecnicização. O homem aliena-se de si
mesmo nos bens exteriores da produção. E então a escravidão à onto-
cracia é apenas permutada pela escravidão à máquina. Cumpre, pois
salvar o novo escravo. Ainda retroam aos nossos ouvidos os clamores
dos autores mais marcantes das dificuldades do homem técnico em
existir autenticamente. Todos eles se propõem uma única meta: salvar
o homem. Por isso das tão diversificadas e opostas doutrinas do hu-
manismo contemporâneo sempre emerge este elemento comum: a li-
berdade como ponto de partida de seu pensamento. E sempre a liber-
dade é definida como ausência de escravidão. Assim ela não é só uma
teoria a expor, mas sobretudo uma tarefa a executar: a libertação do
homem. A necessidade de descobrir-se como homem conduz o técnico
ao mais profundo de si mesmo e com isso o coloca em condições de
viver as autênticas dimensões de sua humanidade. Ao libertar os seus
dinamismos da tirania dos bens de produção, da escravidão da máqui-
na e do despotismo do aparelho político, que o dominam a partir do ex-
terior, e voltar ao seu interior, o homem técnico superará a unilaterali-
dade de sua existência de fazedor e reencontrará a pluridimensionali-
dade de sua pessoa. Ressuscitará então nele o sujeito consciente, livre
e responsável da realização humana integral, corporal e espiritual, indi-
616
vidual e social; e se procurar a plenitude de sua realização e responder
ao mais decisivo de seus dinamismos humanos, o religioso, o homem
da era tecnológica fará a opção consciente e livre por Deus e essa op-
ção o libertará da frustação radical, pois terá encontrado o SENTIDO
TOTAL da sua vida e o BEM ILIMITADO capaz de preencher todos os
vazios de suas aspirações.” Página 30.

Por considerar tão importante a Filosofia no mundo atual estou


dando um espaço neste livro a ela. Porque desejo levar você, meu lei-
tor, a refletir sobre os pensamentos de filósofos que fazem parte das
nossas vidas. São pensadores, são professores, padres, teólogos e
sentiram o mundo, e fizeram suas observações em décadas recentes.
Estamos vendo os reflexos de seus estudos nos nossos tempos. Pro-
fessor Dom Edmundo, página 21, assim diz:

“O homem racionalista da certeza matemática


O rigor da experimentação, matematizando a observação e a veri-
ficação dos fatos, deu à razão as bases firmes da certeza no seu co-
nhecimento sobre a natureza. O homem moderno é, portanto, um aspi-
rante entusiasta à certeza. Também, os filósofos enveredaram pelo
mesmo caminho. Descartes iniciou um modo de pensar que coloca na
razão natural a fonte e o poder de chegar à certeza nas questões das
realidades abrangentes e fundamentais da filosofia, usando critérios
metódicos matemáticos. Com isso iniciou-se uma verdadeira revolução
— classificada até de coperniceana — no pensar filosófico, dando à ra-
zão subjetiva a primazia e o papel preponderante na conquista da ver-
dade. À subjetividade é desde então a grande novidade no processo de
conhecimento. A razão não se comportará mais como polo passivo,
que reage face aos objetos exteriores acolhendo a impressão de seus
caracteres, mas terá uma função eminentemente ativa na aquisição da
certeza. Supera-se assim, a fisionomia quase essencialmente objetivis-
ta da verdade. Apesar de sua valiosa descoberta, o racionalista incor-
reu contudo num erro pernicioso: isolou o sujeito do mundo exterior.
617
Kant não logrou eliminar esse isolamento com o seu apriorismo. À exal-
tação do sujeito racional chegou ao auge no idealismo absoluto de He-
gel, para quem todo o racional é real e todo o real é racional. O ilumi-
nismo é outro fenômeno marcante do prestígio da razão natural e o de-
ísmo — religião totalmente natural — é uma de suas excrescências.
Não é de estranhar, pois, que uma prostituta tenha sido entronizada na
catedral de Notre Dame de Paris, em lugar da Mãe de Deus, como a
“deusa razão”. Talvez não fosse fora de propósito concluir essa refle-
xão, afirmando sinteticamente que, para o homem moderno, o princípio
da unidade fundamental de toda a realidade — a do homem e a do
mundo — não está em Deus, mas na razão natural.”

Sim. Afirmo estamos no Tempo dos racionais apóstatas. Para


mim não há o talvez. Não está fora de propósito concluir a reflexão do
meu professor quando diz que “o princípio da unidade fundamental de
toda a realidade — a do homem e a do mundo — não está em Deus,
mas na razão natural.”
Vamos relembrar o que Nossa Estrela Guia, Nossa Senhora de
Fátima, nos diz na página 692, “Aos Sacerdotes, filhos prediletos de
Nossa Senhora”.

“A maçonaria eclesiástica favorece as explicações, que dão dele


(Evangelho) interpretações racionalistas e naturais, por meio da aplica-
ção dos vários gêneros literários, e assim, o Evangelho é dilacerado em
todas as suas partes. Chega-se, finalmente, a negar a realidade históri-
ca dos milagres e da ressurreição e se põe em dúvida a própria divin-
dade de Jesus e a sua missão salvífica.”

Página 691, do Livro “Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa


Senhora”:

“Então, a maçonaria eclesiástica age para obscurecer a Sua Pala-


vra divina, por meio de interpretações naturais e racionais e, na tentati-
va de torná-la mais compreensiva e acolhida a esvazia de todo seu
618
conteúdo sobrenatural”.

Ainda mais diz Nossa Senhora, página 682:

“O enorme dragão vermelho é o comunismo ateu que difundiu em


toda parte o erro da negação e da obstinada recusa a Deus. O enorme
dragão vermelho é o ateísmo marxista, que se apresenta com dez chi-
fres, isto é, com a potência de seus meios de comunicação, para con-
duzir a humanidade a desobedecer aos dez mandamentos de Deus, e
com sete cabeças, tendo sobre cada uma delas um diadema, sinal de
poder e realeza. As cabeças coroadas indicam as nações nas quais o
comunismo ateu se estabeleceu e dominam com a força do seu poder
ideológico, político e militar.”

Repetindo. Página 21, livreto “O Homem de Outrora e o Homem


de Hoje”, de Dom Edmundo Luís Kunz.

“Não é de estranhar, pois, que uma prostituta tenha sido entroni-


zada na catedral de Notre Dame de Paris, em lugar da Mãe de Deus,
como a “deusa razão”.

Com um olhar horizontal visando aos bens materiais, ao social —


unificando, globalizando — homens racionais desejam implantar a des-
truição da Igreja Católica Apostólica Romana, formando um falso Cristo
e uma falsa Igreja com o ecumenismo.
Nossa Senhora continua página 693, do Livro Aos Sacerdotes, fi-
lhos prediletos de Nossa Senhora:

“A maçonaria eclesiástica procura destruir esta realidade com o


falso ecumenismo, que leva à aceitação de todas as Igrejas Cristãs,
afirmando que cada uma delas possui uma parte da verdade. Ela culti-
va o projeto de fundar uma Igreja Ecumênica Universal, formada pela
fusão de todos os credos cristãos, entre os quais a Igreja Católica.”

Continua Nossa Senhora, página 694:


619
“Então, a maçonaria eclesiástica procura destruir o fundamento da
unidade da Igreja, com o ataque traiçoeiro e insidioso ao Papa. Ela ur-
de as tramas da dissenção e da contestação ao Papa, sustenta e pre-
mia aqueles que o vilipendiam e lhe desobedecem; propaga as críticas
e as oposições de Bispos e teólogos. Desta maneira é demolido o pró-
prio fundamento da sua unidade e assim a Igreja é cada vez mais dila-
cerada e dividida.”

Passamos ao Tempo das máquinas, ao Tempo da era digital da


plena tecnologia. Estamos no homem moderno e contemporâneo. Mui-
tos destes homens da tecnologia detêm o poder e desejam o status;
possui a ganância, cujo interesse na vida é o acúmulo de dinheiro. Mui-
tos destes homens vivem em busca do dinheiro e dos seus prazeres.
Muitos destes homens pertencem ao “aparelho ideológico da comuni-
cação”, etc. Para estes, a besta negra, a maçonaria eclesiástica no topo
do mundo, possui como “o princípio da unidade fundamental de toda a
realidade — a do homem e a do mundo — não está em Deus, mas na
razão natural.”. Dessa maneira, eu afirmo o que o meu professor Dom
Edmundo Luís Kunz dissera. Acredito, o Tempo é chegado. Estamos
diante de uma realidade onde o olhar para o horizontal de muitos ho-
mens no “topo”, numa visão racionalista, produtiva, utilitarista, do aqui e
agora, numa liberdade que gera a morte, nos ronda. Se não lutarmos,
cada qual a seu modo, numa força espiritual divina na qual cada pessoa
possa se estruturar em bases sólidas, alicerce sólido, a Casa é arruina-
da, ou seja, o mundo sucumbe.
Lya Luft, escritora a qual admiro nos deixa seu pensamento sobre
“A MENTIROSA LIBERDADE”, título de sua crônica:
“Liberdade não vem de correr atrás de ‘deveres’ impostos de fora,
mas de construir a nossa existência.” – pensamento de abertura da
crônica. E segue:

620
“Comecei a escrever um novo livro, sobre os mitos e mentiras que
nossa cultura expõe em prateleiras enfeitadas, para que a gente enfie
esse material na cabeça e, pior, na alma – como se fosse algodão-doce
colorido. Com ele chegam os medos que tudo isso nos inspira: medo
de não estar bem enquadrados, medo de não ser valorizados pela tur-
ma, medo de não ser suficientemente ricos, magros, musculosos, de
não participar da melhor balada, do clube mais chique, de não ter feito
a viagem certa nem possuir a tecnologia de ponta no celular. Medo de
não ser livres.
Na verdade, estamos presos numa rede de falsas liberdades.
Nunca se falou tanto em liberdade, e poucas vezes fomos tão pressio-
nados por exigências absurdas, que constituem o que chamo a sín-
drome do “ter de”. Fala-se em liberdade de escolha, mas somos con-
duzidos pela propaganda como gado para o matadouro, e as opções
são tantas que não conseguimos escolher com calma. Medicados co-
mo somos (a pressão, a gordura, a fadiga, a insônia, o sono, a depres-
são e a euforia, a solidão e o medo tratados a remédio), cedo recorre-
mos a expedientes, porque nossa libido, quimicamente cerceada, falha,
e a alegria, de tanta tensão, nos escapa.
Preenchem-se fendas e falhas, manchas se removem, suspen-
dem-se prazeres como sendo risco e extravagância, e nos ligamos no
espelho: alguém por aí é mais eficiente, moderno, valorizado e belo
que eu? Alguém mora num condomínio melhor que o meu? Em fileira
ao longo das paredes temos de parecer todos iguais nessa dança de
enganos. Sobretudo, sempre jovens. Nunca se pôde viver tanto tempo
e com tão boa qualidade, mas no atual endeusamento da juventude,
como se só jovens merecessem amor, vitórias e sucesso, carregamos
mais um ônus pesadíssimo e cruel: temos de enganar o tempo, temos
de aparentar 15 anos se temos 30, 40 anos se temos 60, e 50 se temos
80 anos de idade. A deusa juventude traz vantagens, mas eu não a
quereria para sempre: talvez nela sejamos mais bonitos, quem sabe
mais cheios de planos e possibilidades, mas sabemos discernir as coi-
sas que divisamos, podemos optar com a mínima segurança, conse-
621
guimos olhar, analisar e curtir – ou nos falta o que vem depois: maturi-
dade?
Parece que do começo ao fim passamos a vida sendo cobrados: O
que você vai ser? O que vai estudar? Como? Fracassou em mais um
vestibular? Já transou? Nunca transou? Treze anos e ainda não ficou?
E ainda não bebeu? Nem experimentou uma maconhazinha sequer? E
um Viagra para melhorar ainda mais? Ainda aguenta os chatos dos
pais? Saiba que eles o controlam sob o pretexto de que o amam. Sai
dessa! Já precisa trabalhar? Que chatice! E depois: Quarenta anos ga-
nhando tão pouco e trabalhando tanto? E não tem aquele carro? Nunca
esteve naquele resort?
Talvez a gente possa escapar dessas cobranças sendo mais natu-
ral, cumprindo deveres reais, curtindo a vida sem se atordoar. Nadar
contra toda essa louca correnteza. Ter opiniões próprias, amadurecer,
ajuda. Combater a ânsia por coisas que nem queremos, ignorar ofertas
no fundo desinteressantes, como roupas ridículas e viagens sem graça,
isso ajuda. Descobrir o que queremos e podemos é um bom aprendi-
zado, mas leva algum tempo: não é preciso escalar o Himalaia social
nem ser uma linda mulher nem um homem poderoso. É possível estar
contente e ter projetos bem depois dos 40 anos, sem um iate, físico
perfeito e grande fortuna. Sem cumprir tantas obrigações fúteis e inú-
teis, como nos ordenam os mitos e mentiras de uma sociedade insegu-
ra, desorientada, em crise. Liberdade não vem de correr atrás de “de-
veres” impostos de fora, mas de construir a nossa existência, para a
qual, com todo esse esforço e desgaste, sobra tão pouco tempo. Não
temos de correr angustiados atrás de modelos que nada têm a ver co-
nosco, máscaras, ilusões e melancolia para aguentar a vida, sem liber-
dade para descobrir o que a gente gostaria mesmo de ter feito.”

Outro professor no curso da Faculdade de Filosofia, Pedrinho


Guareschi, cutucou-me de certa maneira interiormente. Tínhamos um
livro de sua autoria que se chamava “Sociologia Crítica”. Deste livro reti-
ro o seguinte trecho, da página 147:
622
“Que coisa triste é ver pessoas ingênuas, que acreditam em tudo o
que se diz, sem ao menos desconfiar. São embrulhadas, enroladas, e
servem de massa de manobra para interesses de outros. Vivem de
cantadas, de mentiras”.

Continua Guareschi:

“As pessoas ingênuas acham que tudo o que se diz é verdade.


Não imaginam que há pessoas que podem mentir. Não se previnem e
não têm sempre presente que, assim como uma pessoa pode dizer a
verdade, pode também dizer a mentira. E quanta gente ingênua, sendo
cantada toda a noite diante das notícias da TV, escutando balelas e
mentiras de ministros, políticos, presidentes etc. Vivemos no país “can-
tadas”.

Lembro-me do Tempo em que fui muito ingênua. Sei muito bem o


que o meu professor quis dizer. Entretanto, essa ingenuidade não deve
ser confundida com a palavra empregada por alguns, como burra. Ja-
mais! Uma pessoa é ingênua, muitas vezes, por viver um mundo muito
seu, muito especial. Um mundo construído sem mentiras, num pensa-
mento puro. Num pensar sem malícias, sem maldades e sendo assim,
ela não consegue perceber o seu outro como tal. Ela não teve essas
aprendizagens. Não teve as aprendizagens sobre o bom das pessoas e
nem sobre o mal. A pessoa vê o mundo, as outras pessoas pelo seu
modo de ser interno, por sua alma própria. Ela não possuiu uma forma-
ção na qual alguém chegue até ela e lhe diga que fulano é assim ou
não assim. Não foi orientada sobre a maldade existente no mundo,
embora ela mesma poderá estar “atolada” nela. Incrível, não é mesmo?
Mas... Acontece! Há pessoas más, há pessoas traiçoeiras, fazem in-
clusive de tudo para ver você “no fundo do poço”. Como diz uma pes-
soa muito especial: “há de tudo neste mundo”. Eu fui assim à caminha-
da da vida. Eu não via maldade nas pessoas. Se visse em alguém al-
gum mal, eu considerava ser eu a errada e tinha sempre fazer e ser
623
melhorar. Com toda certeza algum mal eu vim a fazer com o Tempo,
mas como católica eu confessava meus pecados e confesso procuran-
do melhorar. Sei que num Tempo (a.C) exagerava minha autoridade
como professora, fui enérgica com meus alunos. Exigia um comporta-
mento como se os alunos tivessem que ser do meu jeito. Minha mãe
também era por extremo exigente. Tive eu também, professoras freiras
extremamente enérgicas. Existem alunos e alunos. Não vejo isso como
um mal, pois a autoridade imposta para certos alunos se faz importante;
mostrar limites é importante. Deus nos mostra grandes limites. Sempre
fui muito exigente comigo mesma. Sempre me preocupava em fazer os
planos de aula e sempre os fazia. Conhecia muito bem os conteúdos a
serem administrados em cada dia de aula. Cada dia saia de minha casa
para dar as aulas teria que ser bem aproveitado, pois o tempo sempre
fora por mim, muito respeitado. Pensava nos pais, na confiança que
possuem num professor ao deixar um filho numa escola. Pensava em
aproveitar cada momento para ensinar o que podia. Nesse pensamento
não me sobrava muito tempo para as brincadeiras. Foi tudo muito com-
plicado, a minha infância, adolescência, vida adulta em uma grande
parte dela. Foram vinte e seis anos de magistério e nesse percurso da
vida o quanto eu vivi e o quanto aprendi! Errando e acertando, eu pro-
curei fazer o meu melhor. Peço, entretanto, perdão se no decorrer da
jornada do magistério não fui melhor para os meus alunos ou se, al-
guns, os magoei em algum momento. Sou humana, sou falha na jorna-
da do dia-a-dia, do ano-a-ano nos vinte e seis anos de profissão, na
vida, cometi erros. Muitas vezes, desejando acertar, cometemos erros.
Mas o mundo seria outro se as pessoas reconhecessem seus pecados,
suas falhas; se tivessem consciência deles e procurassem se reconcili-
ar com Deus. Realmente, uma pessoa pode se tornar uma nova pessoa
após buscar Jesus Cristo em sua vida. Eu mesma posso dizer fui uma
antes de Cristo (a. C.) e uma nova pessoa depois de Cristo (d. C.).

624
Há pessoas boníssimas, há pessoas maravilhosas neste mundo,
vale o empenho esta batalha. Existem crianças que vão nascer. As pu-
ras crianças que nascem. Há crianças que nascem, precisam respirar
na sua pureza o ar puro. Quando falo em ar puro não me refiro somente
ao ar oxigênio, gás indispensável para podermos viver. Há outro ar puro
que são o das relações de almas puras, almas dignas, almas despoluí-
das; junto a elas possamos viver como crianças puras, como as borbo-
letas desejosas por suas existências, desejam poder encontrar os jar-
dins com as suas flores para poderem chegar até elas! Uma energia
boa entre pessoas de bem. Pessoas com seu espiritual divino em dia,
em condições de ser mais para si mesmas e para os seus amados.
Dessa maneira poderemos construir um mundo melhor. Dessa maneira
poderemos transformar o mundo. Você que lerá este, pensará, comen-
tará: “é assunto que não me diz respeito”. “É assunto que não gosto;
não tenho nada a fazer; aliás, é perigoso demais me envolver com is-
so”. Por sermos únicos, trazemos dentro de nós o nosso entendimento
e eu respeito. Entretanto, digo a você: tem tudo a ver comigo, com meu
coração, com meus sentimentos e com o pensado por mim conside-
rando existir nesta vida em consonância com Nossa Senhora, minha
Mãe, nossa Mãe Celeste. Como é um assunto de âmbito universal, es-
piritual e se materializa aqui na face da Terra, preciso da dialética,
mesmo sabendo num futuro não estar aqui para saber a resposta. Co-
mo já disse anteriormente, tenho feito a minha parte.
Um pequeno trecho da introdução do livro de Dom Edmundo diz
assim:

“O homem é um sujeito de realizações. Vocação para crescimento


desenvolve-se no espaço e no tempo. Nunca está definitivamente pron-
to: no presente sempre é passado e futuro. Ser em trânsito, que passa
e se constrói, é temporal e histórico.”

625
Isso tem a ver comigo. Fui me descobrindo e descobrindo o Tem-
po para, no Tempo, ir me constituindo. Como ainda não sabemos a
resposta da Humanidade aos pedidos de Nossa Senhora, continuamos
no Tempo sem saber quem é. Falta-nos a dialética universal. Estou à
procura dessas respostas e acredito partir desta Terra sem tê-las. O
Tempo, para mim, perpassa porque minha maior aspiração não está
aqui, mas está Naquele que me faz caminhar com Ele, Nele para Ele:
Deus.
Na parte introdutória do livreto de Dom Edmundo Kunz, continua
dizendo assim:

“Pensar é buscar a unidade

Nesse seu desejo de saber, o espírito procura o âmago das coi-


sas, pois quer a posse do objeto, a posse da alma do ser, daquilo que
nele há de mais profundo. Por isso há uma aspiração natural no sujeito
cognoscente de buscar a unidade do que na realidade está disperso. É
que o âmago das coisas, o ser, na realidade concreta, acha-se multi-
plicado e disperso. O pensar, espontaneamente, procura reduzir essa
multiplicidade e dispersão à unidade através dos conceitos universais.
Assim eu penso o cavalo branco, preto e baio com um e o mesmo con-
ceito de cavalo. Há muitos cavalos, mas uma só ideia de cavalo. Os
animais não percebem o âmago das coisas, não se apossam do ser;
detêm-se nos indivíduos, no múltiplo. O centro de gravidade do espírito,
a alma das coisas, o fundamento dos seres, o recolhimento do múltiplo
na unidade, os gregos chamavam-no de “logos”. Desocultar o “logos”, o
sentido, o ser, significava conquistar a verdade. O afã de buscar a uni-
dade fundamental e primitiva levou o espírito a duas perguntas decisi-
vas: donde vem tudo e qual o elemento comum que constitui tudo? É a
pergunta pela “arché”, princípio imperante de onde tudo nasce e que
também tudo constitui. Por isso em todas as épocas sempre o homem
perseguiu a explicação para o mundo e para o seu próprio ser. Enquan-
to a razão não conseguia explicar e provar os princípios unificadores do
626
universo e da vida humana, ela os afirmava em ideias religiosas e nar-
rações míticas.”

Continua ele:

“Crise e transição do homem


Na temporalidade e historicidade do homem podemos distinguir
claramente diversas fases de transição, em que o sujeito humano pas-
sa de uma imagem de homem para outra. Essa passagem de um tipo
de homem para outro tem a sua fonte e mola mestra na crise. O surgi-
mento de um novo humanismo deve-se ao fato de que a crise de ima-
gem vigente leva o sujeito humano a voltar-se sobre si mesmo e per-
guntar-se a exemplo de Santo Agostinho: “Quid sum ego? Que sou
eu?”. As reflexões antropológicas provocadas por esta pergunta, vão
desembocar na criação de um outro tipo de homem, em um humanis-
mo novo.”
Como tenho a agradecer a este professor querido, sábio, entre ou-
tras qualidades. Também eu estava em “A Procura de mim mesma”.
Quem sou eu? Quando terminava minha monografia o título dado foi: O
Homem à Procura de Si Mesmo.
Terminara a minha monografia do curso da Faculdade de Filoso-
fia colocando uma sigla da qual achara interessante empregada por
Paulo Coelho num dos seus livros: RAM. Para Paulo Coelho, não re-
cordo a significação havia dado, mas para mim, ficara assim: Razão_
Amor_ Misericórdia.
Você ouviu alguma vez a expressão a seguir? “De tanta alegria,
beliscar-se para sentir que algo é real.” Eu não acreditava nisso. Você
já escutou alguém dizer isso? Pois me deparei fazendo exatamente as-
sim, ao término da minha monografia no final do curso de Filosofia. Be-
liscava-me, tocava meus braços com as pontas dos dedos, de felicida-
de, para sentir-me, para perceber se eu era eu, se era real que aquilo
estivesse acontecendo. Lembro como se fosse hoje, sentada na minha
627
cama com folhas espalhadas para todos os lados e eu fiz exatamente
isso! Beliscava-me de felicidade para sentir a mim mesma. Era tão sim-
ples, minha monografia, mas tão eu... E... Estava feliz por terminar mi-
nha monografia e tão eu... A vida continuava. Ali, naquela monografia,
agradecia a psiquiatria e o psiquiatra que num Tempo me acompanha-
ram na caminhada existencial sofrida, pois foi um mal necessário: o
meu casulo! O que tive para viver para sentir na alma, o drama, sem
jamais passar pelo que o meu “espelho negativo” passou, mas vendo-
me nela, no medo, naquele horror todo presenciado da amada irmã,
nos seus “surtos” ; ao mesmo tempo, desejando ajudá-la e não conse-
guindo; ao mesmo tempo desejando me afastar, pois aquela pessoa,
naquele comportamento, me trazia muito sofrimento. E nunca, nunca
um dos psiquiatras chegou até mim para me deixar em paz com relação
a não precisar me preocupar, dizendo coisas como “cada pessoa é úni-
ca”, você não é ela, tinha uma alma própria e podia lutar para ser me-
lhor; não precisava ser modelo para mim já que, o rótulo dado para mim
fora igual. Enfim, cada qual sente na sua medida, carrega a sua cruz o
que deve sentir carregar e vivenciar. A proposta é real para um mundo
novo. Existe uma história. Existe a história da vida da Caminhada da
Humanidade, da Caminhada da Civilização. Existem na História da
Humanidade os erros e os acertos das pessoas aos olhos de Deus de
um modo universal. Existem na vida das pessoas as que dizem o seu
sim para Deus ou o seu não. Existem pessoas incrédulas, sem fé. Exis-
tem pessoas racionais num olhar horizontal, egoísta, individualista sem
Deus, sem humanidade, não pensam em seus semelhantes e muito
menos pensam no planeta Terra, se vão destruí-lo com as suas ganân-
cias. Existem pessoas de uma grandiosidade de alma sem preceden-
tes. Existem pessoas que sentem o sofrer alheio e desejam o melhor
para essas pessoas que sofrem tanto num sofrimento extremo, quase
beiram o céu em busca de lenitivo. Existem pessoas que cavam um

628
precipício em busca dos seus ideais egoístas contrários aos da vida.
Ao conhecer a Filosofia Clínica eu fiz um álbum lindo com os meus
escritos, como se fosse outra monografia para agradecer na vida, o tra-
balho da pessoa-certa: o meu amor, este com quem depois me casei. A
ele, o meu eterno agradecimento. Quando dei por mim, não sentia ne-
nhuma vontade em participar daquele mundo de Casulo. Nunca mais
um terapeuta em consultório! Nunca mais! Preparei um lindo e especial
álbum como agradecimento pelo conteúdo sólido para que este homem,
meu amor. Ele legara para a Humanidade seus trabalhos de pesquisas,
dos dias e noites viradas nos estudos exaustivos daquele homem espe-
cial que caminhara parte da minha vida ao seu lado. Trabalho exausti-
vo, sem dúvida, mas cheio de esperança, de certeza no seu sonho,
mas sonho de um ideal real, de quem criou a Filosofia Clínica. Está
guardado o trabalho de agradecimento à pessoa-certa; ao homem-
especial; ao homem de barba do meu sonho literal; ao homem-amor; ao
homem a exemplo de José de Maria que me aceitou enxergando a mi-
nha alma e me conduziu na estrada da vida. Existira, então, na face da
Terra um homem íntegro; principalmente sabendo respeitar a alma de
uma pessoa-lagarta que estivera num casulo e que virara borboleta
com sua ajuda e ajuda da Providência Divina.
Quando fiz Filosofia, li sobre Diógenes de Sinope e considerei o
máximo existir um homem como ele; acredito deve ter passado por ci-
ma de muitos sentimentos, de muitos pensamentos para chegar a tal
ponto da sua determinação; sua escolha foi viver a pobreza. Então,
Diógenes, esse filósofo grego, dormia num barril e saia às ruas em ple-
na luz do dia com uma lanterna na mão à procura de um único homem
honesto. Uma vez, chegou até Diógenes, Alexandre, o Grande, e foi ter
com ele para saber se poderia ajudá-lo em alguma coisa. Como Ale-
xandre estava numa posição em que fazia sombra a Diógenes, este lhe
disse: “Não me tires o que não me podes dar!” Era o sol. Alguns zomba-
629
ram dele, mas Alexandre ficara impressionado e disse: “Se eu não fos-
se Alexandre, queria ser Diógenes”. Na verdade não fui esse tipo de
mendigo como Diógenes, mas me senti uma lagarta, pois mendiga
amor. O Amor precisando do amor. Como admirei a história de Dióge-
nes! Seu despojamento, sua procura interna pelo ser, pela alma de vir-
tude de um ser humano. Como admirei quando surgiu no meu viver um
homem também despojado no seu modo de vestir, com suas camisetas
frouxas, sua sapatilha. Quando caminhávamos em silêncio pelos corre-
dores imensos do seminário, eu ouvia o soar das passadas lentas e
bem marcadas do caminhar do homem amigo amor. Um jeans desbo-
tado, surrado, usava um boné virado e gostava de conversar com al-
guns colegas embaixo do solzinho que sempre o agradou. Que homem
lindo, pensava... Como o amei e o amo! Como me ajudou na vida! Co-
mo agradeço a sua vida na minha e a Deus e à minha Mãe, sou agra-
decida.
Hoje, eu diria a qualquer pessoa: Não me tires o meu Deus! Não
me tires o meu Jesus Cristo! Não me tires a minha Mãe! Esses são os
mais belos sóis da minha vida, fizeram ser o que sou! Sem Eles nada
sou! Sem Eles nem mesmo o meu grande homem terreno surgiria em
minha vida. Isso é gratidão!
O fundamento é saber encontrar o Equilíbrio! Não estamos no
Tempo de Diógenes de Sinope ou de São Francisco de Assis. O que
me fez ponderar a questão do Equilíbrio foi observando e no Tempo
refletindo sobre meus pais. Meu pai era um homem preocupado com as
construções, com o trabalho, construía prédios. Não era um homem de
dar flores para minha mãe. Nunca o vi com uma flor nas mãos, mas
com rifle, sim: rifle usado para caçar perdizes. Gostava de presentear
minha mãe com colar ou anel e desejaria que ela os colocasse. Mas
nunca vi minha mãe com um deles. A mãe conhecida, ao contrário,
usava chinelos de couro, muito simples e não gostava dos chinelos de
630
plástico ou de borracha. Como também, ela não suportava tomar café
em caneca de plástico; deveria ser de louça. Enfim, era muito, mas mui-
to simples, mas tinha seus gostos pessoais, suas exigências. Ela saia
para o centro da cidade menor com a mesma roupa usada em casa e
seu chinelinho. Havia momentos em que meu pai queria poupar em ca-
sa. Uma vez, minha mãe contara que ele até água no leite colocava
para que o leite rendesse. Ele deve ter feito isso devido às situações
financeiras com toda certeza, nos sinuosos altos e baixos dos seus
rendimentos como construtor solo. Tudo construído por ele foi com seu
próprio suor. Não tinha sócios, “confraria” em seus empreendimentos.
Na rua, para muitos na cidade menor, era conhecido como “homem ri-
co”. Era um homem autoritário; tinha carros da época, uma boa casa e
casa na praia, mas dentro de casa ele era avarento em certas ocasiões
e em outras, acontecia o oposto de esnobismo, de chegar aos restau-
rantes com a família numerosa e nesses momentos não se importar
com a conta.
No começo da minha separação foi difícil, pois pensava que ne-
cessariamente eu teria uma vida de mudança radical. Mas não precisa-
ra ser assim. Não precisava ser 8 ou 80, poderia encontrar um caminho
outro. Esse caminho foi à busca do equilíbrio na medida em que a jor-
nada existencial se procedia. Pensava nos filhos e sentia o sofrimento
não tinha que atingi-los tanto. Tinha que ir a busca do equilíbrio. A rela-
ção dos meus pais me servira de exemplo. Um equilíbrio financeiro e na
relação com o pai dos meus filhos. Poderia ter sido pior do que foi, mas
sempre compreendi a relação do pai para com os filhos é diferente da
relação mulher e o pai dos filhos. Um casal numa separação deve pro-
curar não envolver os filhos nas suas mazelas existenciais. Então, ob-
servava e pensava na dicotomia, a dualidade, a disparidade naquele
viver do qual eu estava vivendo e dos meus pais, no meu próprio viver
após a separação e ponderava as situações. No início da separação
631
senti certas dificuldades financeiras, mas após tudo foi se ajeitando com
a cooperação do pai dos meus filhos. Respeitei a minha essência.
Mundos opostos: um mundo tão ligado ao tão simples e um mundo li-
gado à aparência, a arrogância do meu pai e outros, em certas situa-
ções. Marcou muito o nosso sobrenome atrelado ao que meu pai mos-
trava fazer a todos que o conheciam e cidade pequena tudo se compli-
ca ainda mais quanto aos comentários e julgamentos. Passei a questio-
nar acerca do Sentido da Vida. Passei a compreender o estudo do Ser
e o Ter na Filosofia.
O conhecimento no Tempo de Deus de um homem simples, um
homem despojado da gravata e paletó, um homem mesmo possuindo
tanta intelectualidade, viagens para o exterior em estudos, vir a conhe-
cer o filósofo amor, se fazendo transparecer o meu amor no Tempo,
depois meu esposo, foi muito importante. Entre as duras vivências reais
os contrastes da vida e em mim mesma, depois de ter o profundo es-
tresse e sair da lagarta perdida para encontrar-me como pessoa filóso-
fa, com nome próprio, num Tempo, veio essa palavra, como que grava-
da em mim mesma: Equilíbrio. A Busca pelo Equilíbrio. Não matar o
que se possui, mas aprimorar, reformular o que não está bem, pelo ex-
cesso ou pela falta. Estamos num Tempo no qual podemos nos vestir
com moderação, comer com moderação e tanto mais podemos na vida
terrena, mas principalmente primar pela ALMA! Pelo Divino, pois bus-
cando nos engrandece; buscando o Divino nos constrói para a Vida!
Porque buscando por Deus, Sua Ciência entrará nessa face da Terra,
nos homens, rumo a construção de Paz, de Harmonia, de Vida.
Nas páginas 96 e 97 do Livro de Nossa Senhora, “Aos Sacerdo-
tes, filhos prediletos de Nossa Senhora”, em 18 de outubro de 1975, na
festa de São Lucas Evangelista deixa aos Sacerdotes:
“Quantos hão-de duvidar do meu Filho e de Mim e acreditar que
este será o fim para a minha Igreja! NÃO É O FIM” — diz a Mãe em le-
632
tras garrafais. E continua:
“Sacerdotes consagrados ao meu Coração Imaculado, meus filhos
prediletos, que estou a reunir na minha falange para esta grande bata-
lha, a primeira arma que deveis usar é a confiança em Mim, é o vosso
mais completo abandono. Vencei a tentação do medo, do desânimo, da
tristeza. A desconfiança paralisa as vossas atividades e ajuda muito ao
meu adversário. Estais tranquilos, vivei na alegria. Não é este o fim pa-
ra a minha Igreja; prepara-se o início da sua completa e maravilhosa
renovação”!
Prossegue:
“Ainda que ficásseis feridos, ainda que por vezes caísseis, ainda
que duvidásseis, ainda que, em certos momentos tivésseis atraiçoado,
não desanimeis, porque Eu vos amo. Quanto mais o meu adversário
investir contra vós, tanto maior será o meu amor para convosco”.
Você observa o quanto Nossa Senhora ama os seus filhos predile-
tos, os Sacerdotes, o quanto Ela são alvo direto do Mal. Que existem os
que estão se entregando a este Mal; entretanto, deixa um caminho de
esperança no qual há meios de evitar o Mal através dos seus pedidos
de conversão, de oração, de entrega ao Seu Imaculado Coração.
Como nossa Mãe demonstra ser amorosa e grandiosa Mulher!
Nossa Senhora, por nos amar tanto, através desse Seu Livro com Suas
mensagens por Locução interior ao padre Stefano Gobbi, deseja nos
preparar para o tempo da tribulação e purificação para o surgimento de
uma Humanidade mais santificada à espera de Cristo Nosso Senhor.
Ela conhece os pecados de Seus filhos prediletos e da Humanidade.
Na página 1069, em Praga (República Tcheca), 02 de setembro
de 1996, Nossa Senhora fala sobre “o mal do vosso século”.

“O ateísmo prático difundido pelas falsas ideologias, pelas seitas,


pelos erros que sempre mais se difundem também no interior da Igreja.
633
O ateísmo prático levou a humanidade a construir uma civilização sem
Deus, caracterizada por uma desesperada procura dos bens materiais,
dos prazeres, dos divertimentos, do culto dado ao dinheiro e ao seu
grande poder. O ateísmo prático destruiu em muitos a sede de Deus,
impiamente levou a subtrair dele o culto devido a ele, para dá-lo às
criaturas, até mesmo a satanás, e a viver como se Deus não existisse.
O ateísmo prático difundiu por toda parte a chaga do egoísmo desen-
freado, da violência, do ódio, da impureza.”

A Mãe, a Rainha da Paz, deixa-nos condições possíveis e favorá-


veis para a libertação das nossas almas da escravidão do pecado.
Na página 1060, em Madrid (Espanha), 22 de maio de 1996, Ela
fala sobre, “O tempo do Cenáculo”.

“É o tempo do Cenáculo para a Igreja, convidada por Mim a entrar


no Cenáculo do meu Coração Imaculado”. Neste novo e espiritual Ce-
náculo devem agora entrar todos os Bispos, para que possam obter,
pela oração incessante feita Comigo e por meio de Mim, uma particular
efusão do Espírito Santo, que abra as mentes e os corações para rece-
ber o dom da divina Sabedoria e cheguem assim à compreensão de
toda a Verdade e a dar o seu pleno testemunho ao meu filho Jesus.
Neste novo Cenáculo espiritual devem entrar os Sacerdotes, para que
sejam confirmados pelo Espírito Santo na sua vocação, e pela oração,
feita Comigo e por meio de Mim, obtenham força, segurança e coragem
para anunciar o Evangelho de Jesus em toda sua integridade e de vivê-
lo à letra com a simplicidade dos pequenos, que nutrem-se com alegria
de toda palavra que sai da boca de Deus. Neste novo Cenáculo espiri-
tual devem entrar todos os fiéis, para que sejam ajudados a viver o seu
Batismo e recebam luz e conforto do Espírito Santo no seu caminho co-
tidiano para a santidade. Só assim podem tornar-se hoje corajosas tes-
temunhas de Jesus ressuscitado e vivente no meio de vós. É o tempo
do Cenáculo para esta pobre humanidade, tão possuída pelos espíritos
do mal, impelida pela estrada do prazer e do orgulho, do pecado e da

634
impureza, do egoísmo e da infidelidade. A humanidade deve entrar
agora no Cenáculo do meu Coração Imaculado; aqui, como Mãe, ensi-
ná-la-ei a rezar e a arrepender-se, conduzi-la-ei à penitência e à con-
versão, à mudança de coração e de vida. Dentro deste novo e espiritual
Cenáculo prepará-la-ei para receber o dom do segundo Pentecostes,
que renovará a face da Terra. Por isso peço hoje que a Igreja e a hu-
manidade entrem no Cenáculo que a vossa Mãe Celeste preparou para
vós. O período da purificação e da grande tribulação que estais vivendo
deve ser para vós o tempo do Cenáculo”.

Urbano Zilles, professor da Faculdade de Filosofia, um dia distribu-


iu alguns dos seus livros em sala de aula e, entre eles, O Ensino de Va-
lores, no qual participa com outros professores, escrevendo o capítulo
2, página 29, assim diz em alguns trechos copiados para você:

“O mistério da pessoa humana:


O mundo da racionalidade e objetividade científicas, para muitos
jovens, parece absurdo. Contesta de mil maneiras, essa máquina raci-
onalista que ameaça nos massacrar. Vivem buscando as flores, o
amor, a sujeira como expressão de revolta; a imaginação, a droga, co-
mo evasão. Não raro manifestam, outrossim, um protesto contra a ir-
responsabilidade dos intelectuais, justamente por não se preocuparem
bastante com problemas fundamentais da vida, com a “filosofia” da vi-
da. O método científico não tem outro objetivo senão aquilo que pode
ser medido, contado, controlado. Com esse método, podem abordar-se
aspectos importantes na vida do homem, mas jamais se encontrará o
próprio homem, nem a Deus. Neste plano, jamais se colocam os pro-
blemas existenciais do sentido ou absurdo da vida. Quanto mais se de-
senvolvem as ciências humanas, tanto mais se distanciam do mistério
do homem, pois esse transcende a ordem objetiva e racional. Neste
sentido, é mil vezes mais importante a tentativa de Teilhard de Chardin
que o trabalho de um estruturalista, como Michel de Foucault. Pode cri-
ticar-se Teilhard de Chardin como filósofo, teólogo e cientista. Mas,

635
como cientista, não capitulou diante da pergunta fundamental sobre o
destino humano, que transcende toda ciência. Há, na profundidade da
experiência humana, na experiência do amor e da amizade, uma di-
mensão que escapa à ciência e constitui o problema básico, o da rela-
ção e convivência de pessoas no amor. Abre-se aqui o mistério da pes-
soa humana do qual a ciência não conseguirá apoderar-se jamais. A
ciência apodera-se de objetos ou ideias, não de pessoas. E essas não
devem ser degradadas a objetos. Há uma transcendência de toda pes-
soa humana a ser reconhecida (aceita), não propriamente conhecida.
Nisso está à dignidade humana. Nesse mistério do ser funda-se o
amor, a honra, o compromisso, a fidelidade e a confiança.”

Meu professor, no livro, continua na página 31, dizendo:

“Em resumo, há valores fundamentais na educação que escapam


à pura racionalidade e objetividade científicas. Esses valores situam-se
no plano ontológico da pessoa humana, no plano da percepção con-
comitante à aprendizagem. Constituem o horizonte a priori de toda a
educação e de toda a ciência. Ao jovem interessa não apenas o que a
pessoa lhe transmite, mas o que e como ela é. O desenvolvimento ci-
entífico privou a atual geração jovem muito do relacionamento afetivo
familiar, pois a família quase só se encontra à noite e em fins de sema-
na.”

Por último, o professor Urbano Zilles conclui dizendo, na página 35:

“Para concluir, cremos que a ciência e a técnica prosseguirão a


trajetória de seu sucesso incontestável. Mas, se quisermos reduzir o
homem a um “robot”, precisaremos buscar os fundamentos de seu ser.
Este não se desdobra apenas em atividade intelectual (homo sapiens)
e prática (homo faber). O homem é também coração e imaginação
(homo festivus). A finitude da simples apreensão racional e analítica de
uma posição do ser não exaure sua complexa e densa realidade. Atrás
de todos os valores ônticos da ciência e da técnica não se deverá es-
quecer a transcendência ontológica da pessoa humana, que se abre
636
para o mistério de Deus. Os valores contingentes emergem do valor
absoluto. Por isso, S. Agostinho pode dizer: “Meu coração está inquieto
até repousar em Deus”. Nesta perspectiva, todos os valores ônticos
são símbolos da presença laica de Deus na consciência e no dinamis-
mo da vida humana. Desarraigada de seu ser na transcendência divina
a vida humana carece de sentido, isto é, torna-se desumana.”

Retorno para os escritos de meu professor Dom Edmundo, pági-


nas 12 e 13, do folheto amarelecido pelo tempo e ainda do Tempo da
máquina de datilografia (sou tão agradecida pelos seus escritos).

“O homem interior e divino. Como em todas as épocas da crise,


também agora o homem torna-se a meta do pensamento. “Quid sum
ego?” — “que sou eu?” — pergunta-se Agostinho. Martin Bubber ob-
serva muito bem que é a primeira vez na história que se pergunta pelo
homem na primeira pessoa. Na Grécia antiga sempre perguntava-se
por ele na terceira pessoa. “Que coisas queres saber?”, indaga Agosti-
nho à razão. “Deus e a alma”, responde ela. “Nada mais?” “Nada mais”.
A pergunta grega é cosmológica, a cristã é humanística. O itinerário do
novo homem é marcado por três marcos: “foris – intus – desuper”, “de
fora -para dentro -para cima”. O homem vem de fora, do mundo exteri-
or; mas o mundo exterior somente alcança significação no interior, por-
que é lá que as coisas se transformam em verdade: quando conheci-
das, as coisas do mundo exterior não são mais coisas, são verdades
mudas em si mesmas, as coisas somente falam, dizem, significam no
interior humano. Mas, ao penetrar no homem, pela reflexão, Agostinho
aí encontra a Deus: é conduzido para cima. “Deus interior intimo meo”,
“Deus é o mais interior do meu íntimo”. “Fizeste-nos para Ti e inquieto
está o nosso coração até que descanse em Ti” (Confissões, L.VII,
cap.10). O novo homem tem, pois sua segurança no seu interior e o
seu interior planta-se em Deus: “volta para dentro de ti e no teu interior
habita Deus Verdade”. Sim. É tudo que peço: volta para dentro de ti e
no teu interior, por favor, deixe que Deus Verdade em ti habite!”

637
Urbano Zilles foi meu professor na Faculdade de Filosofia. Além
de ter participado com seus escritos no livro cujo título é “O Ensino de
Valores”, ele escreveu um livro chamado “Anjos e Demônios?”. Este
livro quando o recebi na sala de aula, distribuídos alguns exemplares
pelo professor Urbano Zilles, fiquei surpresa por ler aquele título. Fiquei
surpresa, pois a palavra demônio me chamou a atenção dentro do que
estava vivenciando, constatando o Mal. Na verdade, sentia a presença
do Mal. Nada via, ou seja, não via diabo, nenhuma forma concreta do
animal, mas sentia seus efeitos em pessoas, no que acontecia a elas e
a mim mesma. Como já coloquei para você: nenhuma paz, nenhuma.
Ficara admirada, naquele Tempo em que cursava a Faculdade de Filo-
sofia, como um religioso, um católico, um padre ousasse escrever algo
com aquele título e conteúdo: “Anjos e Demônios?”.
Estava em busca de respostas para puder esclarecer o que havia
de errado em tantas tribulações surgidas e já estava entendendo o que
acontecia. Já estava obtendo as respostas, pois a Providência Divina
fazia com que assim fosse chegando os materiais dos quais necessita-
va para sair do meu sofrimento. Aquela leitura dava-me a instrução, a
teoria e prática na vida, de forma bastante válida, reconhecida, pois era
um professor de universidade a falar de maneira realista sobre o assun-
to demônios, no caso era do meu interesse. Ficara, então, evidente que
não era fruto da minha imaginação. Mais realidade se fez vir a mim,
quando do meu ingresso na Renovação Carismática Católica. Anjos e
Demônios? Título do livro de Urbano Zilles, meu professor na Faculda-
de de Filosofia, estava fundamentado biblicamente. Quando ainda sol-
teira, em poucas aulas com os bons velhinhos Testemunhas de Jeová,
as poucas aulas tidas, não sei o que aconteceu comigo: ficou bloquea-
do aquele pouco estudo, mas significativo, na ocasião, por longos e
longos anos. Talvez porque logo em seguida casei, fiquei grávida e sur-
giram as adaptações da vida nova; os problemas iniciaram-se, tristezas,
638
lágrimas, preocupações... Do jeito que o animal gosta!
Pouco sabia do meu professor Urbano Zilles. Aliás, nada! Somen-
te a superfície e os pré- juízos que algumas pessoas fazem, inclusive
eu, ousava pensar do meu professor. Pensamentos quando ainda era
superficial em algumas vivências. Eu o achava bonito e vaidoso para
um religioso. Era uma das raras alunas na sala de aula cursando Filo-
sofia. O que ele mesmo poderia pensar de mim, ao ver-me cursando
Filosofia naquele Tempo? Então, nem sei se meu professor lembrar-se-
ia de mim e a imagem, seus possíveis julgamentos, ao ver-me entrar na
sala de aula, se é que fazia tais julgamentos. Alunos são muitos e pro-
fessor é um só. Ficam mais fáceis os julgamentos, as impressões que
temos como alunos. O mistério da alma de uma pessoa, o que vai além
da ‘casca’, daquilo que nós vemos, o soma, é infinito... O homem inteli-
gente se mostra em seus escritos, em suas obras. O homem de sensibi-
lidade em escrever sobre Valores, assunto considerado de extrema re-
levância e tão atual em nossos dias na importância e carência. Agrade-
ço a vida dos meus queridos professores ao Tempo no qual tão neces-
sitada de conhecimentos eu estava. Do mesmo livro, O Ensino de Valo-
res eu deixo para você, querido, alguns trechos, pensamentos de Zilah
Mattos Totta, uma das participantes nos escritos do livro citado. Antes
apresento para você, se não a conhece algumas passagens sobre sua
vida. Fui professora e Zilah também o foi; sei o quanto esse assunto,
Valores, é importante e deveria com urgência ser resgatado na socie-
dade atual brasileira por aqueles que estão “no topo” do comando, do
que deveria ser uma política de boa qualidade de vida.
Nessa pequena pesquisa na Internet, retiro o seguinte sobre Zilah
Mattos Totta:

“Zilah foi presidente do CEPERS, órgão de classe do qual foi fun-


dadora entre os anos de 1981 a 1984. Na qualidade de presidente des-
se organismo da classe do Magistério, professora Zilah comandou duas
639
greves, as maiores que o professorado já fez e, antes tinha sido do
comando de greve das duas primeiras realizadas pelo Magistério, no
estado. Comentando sobre a greve a professora diz: “A greve não é o
único recurso, é o último para o professor se fazer ouvir”. Zilah Mattos
nasceu em Porto Alegre em 30 de outubro de 1917 e falecera em 21 de
dezembro de 1997.”

Sobre o ano de nascimento de Zilah (1917), veio-me a memória,


imediatamente o mesmo ano das aparições de Nossa Senhora e foram
muitas; aparecia aos pastorzinhos. Sobre o mês do seu nascimento,
outubro, é o mês das Missões e do Rosário. Um mês muito lindo e es-
pecial. E quanto ao ano que ela falecera, em 1997, transportou-me ao
ano no qual vivera tantas situações marcantes enquanto professora de
Ensino Religioso Escolar.
Quando falo nas aparições de Nossa Senhora em 1917, não pare-
ce algo muito distante? Mas quando digo que Zilah Mattos Totta nasceu
em 1917, não parece que se aproxima muito mais de nós? São 96 anos
dos acontecimentos sucedidos. Zilah foi uma grande professora. Amava
ser professora.
Na pesquisa realizada na Internet, assim encontrara:

“Em 1945, na época da fundação, o Centro das Professoras Pri-


márias do RS (CPERS) tinha como reivindicações básicas o aumento
dos salários e o direito de ingresso das normalistas na Faculdade de Fi-
losofia.”

Enquanto eu fui professora em exercício, eu pouco escutava falar


nela. Tinha vagamente o seu nome em minha mente. Fazendo a pes-
quisa na Internet sobre a sua pessoa, passei a admirá-la. Podemos en-
tender a mulher dedicada ao magistério, preocupada com a educação;
a professora querida dava, a princípio, suas aulas em cidade de origem
alemã e fazia o intercâmbio na aprendizagem entre o alemão escutado

640
e falado pelos pais e os alunos numa interação natural. Zilah, minis-
trando língua portuguesa, a língua pátria. Zilah passou pela experiência
de andar a cavalo para chegar até a escola de destino, num certo tem-
po de sua vida. Participou de congressos em vários países. Foi profes-
sora de Filosofia nas escolas de Ensino Médio e em algumas universi-
dades. Sem dúvida, seu currículo é de uma grandeza por se mostrar
numa caminhada entre pessoas que fizeram parte de sua vida também
de muita grandeza. Zilah teve uma mãezinha e esta, fora professora e
pianista. Somente na terceira série primária, saiu de casa para continu-
ar seus estudos, pois a mãe a alfabetizara em casa. A mãe de Zilah era
professora de música, ensinara a filha a tocar piano. Mais tarde, Zilah
se formou em música no Instituto de Belas Artes da Universidade Fede-
ral do Rio Grande do Sul. “A quatro mãos tocavam o piano e sentiam
juntas, mãe e filha, a emoção de dar vida às músicas que em seus co-
rações traziam alegria e contagiavam a todos da família”. “Nas noites
de saraus, elas participavam juntamente com um amigo que tocava vio-
lino; enquanto a prima — que se diplomara em canto — cantava, Zilah
acompanhava ao piano”. Quantas lembranças extraordinárias da infân-
cia, Zilah, com toda certeza, teve da sua família querida. É sobre essa
pessoa magnífica que escreveu “O professor e o Ensino de Valores”
deixo alguns dos seus pensamentos. Retiro alguns trechos, da página
47:

“Em se tratando de ensino de valores, o assunto assume um cará-


ter realmente de desafio a todos aqueles que se sentem comprometi-
dos com a hora presente. E não foi sem um certo temor que aceitamos
a incumbência, face à complexidade do tema e às ressonâncias sobre
o processo de Educação e, consequentemente, sobre o Professor. Mas
o apelo foi mais forte do que o temor e aqui nos encontramos para re-
fletir, ou melhor, para propor uma reflexão sobre o tema.”

E na página 48, Zilah, continua:


641
“Não encontraria guarida um ensino de valores pela simples razão
de que valores, em nosso entender, não constituem algo que se possa
tão somente transmitir por via cognitiva, e em termos de memorização.”

Na página 48, continua Zilah:

“Só acreditamos em ensino, nesta inserção plena num processo


de Educação que se coloca, antes de mais nada, como a grande opor-
tunidade para essa explicitação de potencialidades que atinge a nós
mesmos, Educadores, tanto quanto ao assim chamado educando, este
ser único e individual, com o qual nos encontramos, e não apenas nos
defrontamos, no processo educacional.”

Continua Zilah:

“Sabemos que a formação integral assume em nossos dias, uma


conotação que é, por si mesma um compromisso que leva a um posici-
onamento, cabendo aqui citar a afirmativa de um educador quando diz:
Nosso posicionamento face à Vida, ao Mundo, à Educação, ao Desen-
volvimento, vai depender, antes de tudo, do conceito de HOMEM, de
PESSOA que nós defendemos. Lembrando o momento importante e
decisivo que estamos vivendo no processo educacional, no processo
de Mundo- mundo em crise, como diz Pierre Furter, pedagogo e escri-
tor suíço de nossos dias. É ele quem afirma:
‘A crise de nosso mundo será um momento particularmente dolo-
roso de uma passagem de um mundo para o outro. É exatamente esta
interpretação da crise que Ortega y Gasset desenvolveu. O filósofo es-
panhol insiste primeiro, que a crise não é um fato recente, mas que
sempre marcou a evolução histórica, porque não existe progresso line-
ar dentro da História: A HISTÓRIA É DESCONTÍNUA.’
“Existem momentos em que, para se libertar de um passado supe-
rado e afirmar-se criativamente para um futuro possível, é necessário
passar por um instável, mas profundamente positivo: a crise. A crise
será, pois, um momento histórico em que não muda algo no mundo,

642
mas em que o mundo inteiro muda.” (Ortega y Gasset)

Continua a professora Zilah escrevendo, página 49:

“Acrescenta ainda Furter: ‘As crises não são sobressaltos através


dos quais, infelizmente, precisamos passar, mas são voluntariamente
desejadas e provocadas para que nos permitam avançar e continuar a
criar. Na crise, concedemos, existe um momento de indecisão, de
“suspense” perigoso. No entanto, esta indecisão não significa uma per-
da de equilíbrio ou uma desintegração da estabilidade até hoje vivida. É
uma indecisão que surge do fato de estarmos chegando ao auge de
nossas possibilidades e estarmos antecedendo a uma decisão radical.
A crise é um momento, um risco assumido, porque permite uma nova
decisão. Radica talvez aqui nosso otimismo, nossa esperança na Edu-
cação, como um processo que se desenvolve num sentido de coparti-
cipação, onde a formação de uma consciência crítica do educador leva-
o a assumir uma atitude esperançosa e não apenas trágica, o que
oportunizará ao educando, também, a busca desta atitude crítica, pos-
sível na medida em que se clarificam valores.’ ”

Ela prossegue:

“A Educação hoje, e gostaríamos de insistir nisso, está acenando,


talvez como nunca, para esse diálogo vivo que entre o homem e o
tempo se estabelece em que se projeta, de forma sensível e indiscutí-
vel, a historicidade do homem. Estamos, nesta fase da história, vivendo
um processo totalizante, universal e irreversível, em que a humanidade
está dando um salto qualitativo. Modificações essenciais e não apenas
acidentais estão ocorrendo. Nestas mudanças, convém ressaltar, mis-
ter se faz, se não quisermos perder nossa autonomia de seres livres e
responsáveis, mais do que nunca, ter clareza de fins que nos levarão,
quiçá, a reconstituir nossas vivências existenciais, para que nosso
comportamento não seja o de simples joguete de mudanças.”

Página 50, Zilah diz:


643
“Entendemos que é exatamente nesta posição de Marcel, (Gabriel
Marcel, existencialista cristão), neste ser situado, neste ser datado, que
nós podemos entender a EDUCAÇÃO como um FAZER-SE NO TEM-
PO, numa feliz expressão de Pierre Furter; Educação como algo que se
constrói em si mesmo, e por si mesmo. Essa é a razão que nos leva a
afirmar que “ninguém educa ninguém”, cabendo a nós educadores, no
entanto, a posição de alguém que cria condições para que o outro se
eduque; isto o fazemos na medida em que nos sentimos comprometi-
dos com os valores que elegemos.”

Zilah Mattos Totta deixa para nós o seguinte, numa pesquisa reali-
zada na Internet, referindo-se à crise atual:

“Eu só tenho 74 anos. Nos meus 74 anos não me lembro de ter vi-
vido crise igual. Crise em todos os sentidos. Crise moral, crise política,
crise econômica, então nem se fala! Crise do saber. Corrupção. A cor-
rupção, hoje, é um fato inegável, lamentavelmente. E, isso se reflete no
professor e na criança. Eu fico pensando, qual é o futuro de nossas cri-
anças? Que mundo nós estamos preparando? E isso eu digo aos pro-
fessores quando eu converso com eles, quando faço palestras. Nós
temos que pensar que estamos preparando um mundo difícil. A criança
vai encontrar um mundo completamente desencantado e cabe a nós
trabalharmos para sua transformação. Não é por nada que somos pro-
fessores.”

Peço a Deus Pai, Deus Nosso Senhor e pela intercessão da Mãe


de Deus, Bem Aventurada Virgem Maria que saibamos como pessoas,
como professores, como filósofos do nosso Tempo, o Verdadeiro Valor
a ser eleito para a Humanidade.
Continua Zilah Mattos Totta nos seus escritos:

“Por outro lado, não entendemos que se possa falar em EDUCA-


ÇÃO a não ser uma educação que liberte. Nesta educação libertadora,
evidentemente, quando se fala em LIBERDADE, fala-se em VERDADE,
644
ou seja, liberdade com responsabilidade”. Cabe lembrar aqui a expres-
são evangélica: A verdade vos libertará”.

Página 53, do livro O Ensino de Valores, ela continua:

“Não é fácil, entendemos nós, levar o aluno a entender que a sua


verdade, a nossa verdade só tem sentido na medida em que, buscando
essa verdade nossa, testemunhamos nossa crença na existência de
uma VERDADE universal que seria se assim podemos dizer, como um
parâmetro para esta busca que, juntos, encetamos no processo de
EDUCAÇÃO. Esta é, para nós, a grande questão e que, em nosso mo-
do de ver, justifica e dá sentido a toda trajetória de uma vida a serviço
da EDUCAÇÃO.”

Acrescenta ainda, Zilah, página 54, livro O Ensino de Valores:

“É esta experiência interior que nos dá a consciência do nosso en-


raizamento. É esta experiência interior que nos capacita a permitir que
nossos alunos percebam em que acreditamos, vislumbrem nossas limi-
tações e acreditem, por sua vez, que com eles nós queremos revitalizar
os valores que elegemos, levando-nos, também, à sua grande opção,
que é a explicitação de seu próprio dimensionamento. É, enfim, esta
experiência interior que nos permitirá sermos fiéis às nossas opções e,
ao mesmo tempo, clarificar a integração que nos enraíza e nos explicita
ao mesmo tempo.”

Zilah Mattos Totta, ao final de sua pronunciação, nos deixa um


pensamento, de Emmanuel Mounier, do livro “O Personalismo”, que
corrobora o que eu afirmava. Coloquei esse mesmo pensamento de
Emmanuel Mounier em minha monografia quando no final do curso de
Filosofia:

“Pela experiência interior a pessoa surge-nos como uma presença,


voltada para o outro, para o mundo, para as pessoas, sem limites, mis-
turadas com elas, numa perspectiva de universalidade. As pessoas não
645
a limitam: fazem-na ser e crescer”. Essa dialética das relações pesso-
ais aumenta o ser de cada um de nós.”

Na pesquisa realizada na Internet, encontro que Zilah Totta decla-


ra:

“A docência é fundamental. Todo o professor deve iniciar sua vida


profissional na sala de aula. Esta é a grande experiência. Momento em
que (o professor) se põe a serviço de algo em que acreditou e, por isso,
se fez professor. O contato com o aluno é uma das experiências mais
gratificantes que se pode ter na vida. Para administrar uma escola (o
professor) tem que, antes, ter vivenciado a sala de aula”.

Foi em 1997, ano muito significativo para mim, Zilah morrera aos
80 anos de idade. Jaz no Cemitério da Santa Casa de Misericórdia. “Eu
Acreditei”, seu lema, está gravado na lápide de seu túmulo.
Ainda numa pesquisa realizada na Internet, encontrei o seguinte
sobre Zilah, sobre a fundação João XXIII, do educandário, cabe conhe-
cer a narrativa da prof.ª Zilah”:

“Eu estava no meu gabinete (da Secretaria de Educação e Cultura


do Estado do Rio Grande do Sul) e recebi um processo para assinar,
com o qual eu não estava de acordo. O que ali se propunha feria prin-
cípios fundamentais da educação. Eu bati na mesa, irritada, e falei: é
por estas e outras que não vou morrer sem criar uma escola. Aí eu
acho que houve uma grande influência de minha mãe. Eu fui alfabeti-
zada em casa, até a 3ª série, quando entrei no Colégio Sévigné; minha
mãe tinha uma escolinha em casa, onde ela ensinava meus primos,
meus irmãos, mas nós tínhamos um regime de escola. Acho que isto fi-
cou muito gravado em mim. Quando eu disse aquilo me reportei ao
meu tempo de infância. Aí o professor Lamachia, que era meu asses-
sor e estava comigo na sala, ao ouvir isto disse que esta também era a
intenção dele. Então, no dia em que deixamos a Secretaria, saímos à
procura de uma casa. Tivemos sorte que um irmão do prof. Lamachia
646
cedeu uma casa de sua propriedade onde nós começamos a nossa es-
cola com 115 alunos. Hoje, são mais de 2.000 alunos. Um dos objeti-
vos era fundar uma escola com a participação dos pais, professores,
alunos e funcionários, de tal forma que quando se matriculava o aluno
nós “matriculávamos” também os pais. Os pais assumiram de tal forma
que criaram uma escola infantil em uma casa próxima. Depois, com-
pramos um terreno e construímos a escola onde hoje ela se encontra.”

Segundo a narrativa da prof.ª Leda, uma das fundadoras do João


XXIII, “professora Zilah adotou como elementos basilares da educação
para nortear o trabalho na escola, a saber: liberdade, solidariedade, tra-
balho, responsabilidade”.
Por que dou importância em colocar o exemplo dessa mulher que
se doou tanto para a educação? Porque fui professora e sei a importân-
cia do papel existencial de ser professora. Zilah Totta não foi mãe, pelo
pouco pesquisado sobre sua vida. Foi solteira; entretanto, não conside-
ro competência esse papel existencial em sala de aula, ser mãe, a pes-
soa de uma professora. A professora em sala de aula cabe-lhe educar
sim, mas educar não o básico, o fundamental, a que competiria uma
mãe educar em sua casa, em seu lar, uma criança. Mais do que educar,
a professora deve passar os conteúdos, ensinar esses conteúdos que
lhes são propostos e são supervisionados pela direção em um prazo
hábil. Seja ele esticado ou não, seja esse tempo prolongado por mais
anos ou menos anos, mas é da alçada de um professor primar por de-
senvolver os conteúdos propostos, os conhecimentos das séries. Aos
pais deve a incumbência do ensino do que é básico para se possuir
respeito a começar, dentro da própria casa. Deve os pais ensinar as
palavras de boas maneiras para seus filhos. Os bons modos, boa edu-
cação, as gentilezas, o dizer muito obrigado, sua licença, desculpe, por
favor, pois não, etc. Sim, o professor deverá ressaltar reforçar atitudes
boas, essas boas maneiras civilizadas, de um bom comportamento de-
647
vendo vir de casa, primeiramente, dos ensinamentos que deveriam ser
dados pelos pais. Qual a razão dessas simples palavras existirem? Elas
fazem toda a diferença num bem viver no qual se prima pelo respeito e
num viver em sociedade. Num viver em sociedade isso, essas simples
situações geram respeito, geram harmonia no ambiente de trabalho.
Palavras queridas assim, mostrando educação, evitam enormes atrapa-
lhações e constrangimentos aos professores desejosos do ensino dos
conteúdos e ao respeito aos bons e educados alunos em sala de aula
desejando aprender os conteúdos e não conseguem quando alguns
colegas de sala de aula não praticam tais ensinamentos básicos. Não
conseguem aprender, estes bons alunos, porque perde tempo o profes-
sor por conta desses problemas, o tempo disponível para ministrar os
conteúdos determinados e determinantes. Passa o professor então um
tempo enorme explicando o elementar que são as atitudes, os compor-
tamentos que deveriam vir de casa, formados pelos pais, as boas ma-
neiras com as quais os pais devem educar os filhos em casa. Sem “as
palavras mágicas” de boas maneiras, de uma boa educação devendo
incluir intrinsecamente sentimentos bons, sentimentos de consideração,
de respeito uns pelos outros, por melhores que sejam as intenções de
um bom professor, muito pouco ou quase nada ele aproveitará de seu
tempo em sala de aula. O ano passa e a aprendizagem se torna grada-
tivamente pobre. A sala de aula pode se tornar mais um depósito de
crianças com o intuito de alguns pais virarem as costas e irem trabalhar,
do que um ambiente querido, agradável para o professor poder traba-
lhar. Isso vem acontecendo há décadas. Vamos ver um exemplo sim-
ples básico. Exemplo: o aluno Joaquim, na sala de aula, recebe um ta-
pa da colega Flávia. O colega Joaquim, por sua vez, revida fazendo o
mesmo e isso gera uma confusão na sala de aula. O pior ainda está
para acontecer. A aluna Flávia conta para a sua mãe que recebera o
tapa do colega Joaquim. A mãe, segundo suas convicções, ou o pai,

648
dizem assim: “quando isso acontecer com você, não seja bobo e dê
outro tapa no colega, viu?” Esse tipo de ensinamento de alguns pais,
gera violência. É violência trazendo mais violência. Não existe nessa
colocação dos pais aos filhos o oposto à violência, o aprendizado de
paz. Não existe um ensinamento de grandiosidade de uma pessoa em
mostrar que eles são diferentes, que se o Joaquim recebeu um tapa da
colega Flávia, não precisa agir da mesma maneira. O aluno Joaquim
pode se mostrar, pelo contrário, mais educado se não fizer o que a Flá-
via fez e isso não o estará desmerecendo; pelo contrário, vai enaltecê-
lo. Poderá falar com a professora com discrição sobre o acontecido e a
professora, como autoridade, saberá o que fazer inclusive chamar os
pais da aluna Flávia — que é a geradora da estupidez e confusão. Sei
de casos de mães em plena escola de periferia que se agridem por
causa dos filhos que se implicam uns com os outros. Acabam as mães
das crianças também a se agredirem. É uma questão de educação e de
evangelização. Digo evangelização, pois que mães assim tivessem co-
mo modelo o amor de Jesus Cristo nos ensinando a dar a outra face
quando alguém bate no rosto a compreensão seria outra; não precisa-
mos agir do mesmo modo de quem nos magoa, nos fere, mas podemos
viabilizar outros caminhos, outros jeitos para procurarmos viver em paz,
uma qualidade de vida melhor.
Essas crianças de outrora já cresceram; essas crianças que já não
foram bem educadas hoje são maiores e são, muitas delas, os adultos
que estão se relacionando com seus alunos. Veja então, o que encon-
trei num site referindo aos próprios professores como devem ter educa-
ção entre si. Diz assim:

“ • Saudar as pessoas ao chegar e quando se retirar. • Tratar com


respeito todas as pessoas, independentemente da idade. • Não tocar
em objetos alheios dispostos sobre a mesa sem a devida autorização
do dono. • Não entrar em conversas alheias, a não ser que seja convi-
649
dado a opinar. • Aguardar sempre o momento de falar e escutar aten-
tamente o que é dito por outras pessoas. • Procurar se relacionar de
forma harmoniosa entre os funcionários e professores. • Ter pontuali-
dade nos horários pré-estabelecidos. • Evitar conversas ofensivas em
relação aos colegas.• Não é recomendável atitudes como pentear ca-
belo, pintar unhas, usar celular. • Devolver objetos emprestados (cane-
ta, lápis, borracha, livros etc.). • Evitar adquirir empréstimos, especial-
mente de pequenos valores por serem propícios ao esquecimento. •
Não atrapalhar a aula de um colega para conversar assuntos desne-
cessários. • Não colocar-se em um nível superior aos colegas, não se
nomear sábio ou detentor de grande conhecimento, isso evita a antipa-
tia.”

Enfim, se chegamos a este ponto com os adultos professores, pe-


dindo-lhes para terem essas considerações, o que podemos esperar
dos pequenos?
Andei lendo sobre algumas colocações de grandes pedagogos,
grandes mestres expondo seus pensamentos para a melhoria do ensino
aos professores. Impressionante as exigências aos professores. A rea-
lidade hoje em dia é o ingresso de professores muito jovens e ficam
diante de alunos com as mais diferentes necessidades e dificuldades
deste Tempo e não são poucos! Fiquei me lembrando das palavras de
Zilah Totta:
“O contato com o aluno é uma das experiências mais gratificantes
que se pode ter na vida. Para administrar uma escola (o professor) tem
que, antes, ter vivenciado a sala de aula”.
Enquanto pedagogos de renome ficam em suas salas gerando idei-
as para um ensino de qualidade para instruir os professores com o ob-
jetivo de exercer com qualidade sua vocação deixam de sentir a reali-
dade do professor x aluno e aluno x professor no mundo de hoje. O
professor é um tipo amoroso em sua maior parte. Um ser de vocação.

650
Muitos com salário de fome não possui nem salário digno para ir num
dentista e imagina a situação da dentição ao longo do tempo cronológi-
co humano. Se arruma dinheiro para os dentes não arruma para o alu-
guel ou para se apresentar com o mínimo de dignidade aos seus alunos
e pais dos alunos e seus colegas de escola com relação ao vestuário. E
assim com a alimentação... Isso está ocorrendo com as crianças e
pais... Enquanto uma parcela da sociedade, dos políticos recebem seus
salários vultosos... O professor da vocação não sabe e não tem capaci-
dade nem de vender um ovo na esquina, pois é pessoa de vocação,
mas a vocação está sendo relegada a escória. Assim que, comercian-
tes, vendedores estão cheios por aí...

Não é a toa que no meu Tempo de magistério vivenciei as greves.


Mas o nosso governo está interessado em criar condições para remu-
nerar o professor a fim de propiciar oportunidade para que possam fa-
zer bons cursos e apresentar dignamente para seus alunos, colegas,
diretores? Saúde, Educação é prioridade para todos!
Existe um desequilíbrio muito grande de valores. Zilah Totta falou
sobre “a greve como uma forma última de reivindicação de salários para
os professores”, mas infelizmente é o jeito do grito de tantos e tantos
professores desejosos por possuir o mínimo necessário para a sobrevi-
vência e nem isso conseguem.
Cada ida ao supermercado é uma surpresa. O aumento é em qua-
se tudo e o salário é o mesmo. Onde está o coração dessa gente no
“topo” da política? Tudo é cobrado. Tudo! Para tudo se paga impostos,
inclusive para um imposto que se chama ISSQN (Imposto Sobre Servi-
ços De Qualquer Natureza), um imposto de competência das prefeitu-

651
ras. Não sabemos o que fazem com todo dinheiro arrecado. Será que
dá para saber? A educação negligenciada ao extremo pelo governo.
Como uma professora muitas vezes poderá sustentar uma casa e filhos
com essa profissão? Um professor que está diretamente com a criança,
filhos de outras pessoas, todos os dias para transmitir conhecimentos,
educação que não raro, andam em falta. As professoras possuem a
responsabilidade com seus trabalhos com relação ao seu supervisor, o
diretor, o trabalho de secretaria, as notas entregar pontualmente. As
professoras possuem as reuniões com os pais, as apresentações para
realizar na escola nos dias festivos; os planos de aula e correções das
provas para realizarem em casa. Devem fechar as notas do bimestre e
conceitos a dar para cada criança, sem falar em certos problemas sur-
gidos com alunos ou pais de alunos, e ao entanto, o total desse soma-
tório, ao nível de salário do professorado é muito injusto neste país.
Muito! E grandes pedagogos sonhando em seus gabinetes em formula-
ções mirabolantes para preparar professores qualitativamente, sem
que, no entanto, muitas vezes o professor no seu dia-a-dia tenha condi-
ções existenciais para realizar os tais cursos. Afirmo que, antes de
quaisquer cursos mirabolantes, deveriam pensar no ensino de valores,
de ética, de moral, de EDUCAÇÃO. Uma formação humana para pais e
alunos numa escola, antes de qualquer invenção de cursos.
A situação é crítica realmente. Não fosse crítica eu não estaria on-
de estou. Produto de uma vida falida não fosse Deus me estruturar na
Sua providência divina.
Quantos professores precisam ter duas, três escolas, para arreca-
darem o mínimo necessário para suas sobrevivências. Humanamente,
não acredito que possa existir qualidade de ensino com professores
necessitando trabalhar em várias escolas. Sobrevivem com os encar-
gos pesados e precisa dar sustento à família com grande dificuldade, a
maioria. E são eles, os professores, a estarem tão perto da educação
652
depois dos pais, os pais que na sua maioria também já não se encon-
tram perto dessa educação para passar aos filhos. Estes pais estão em
condições igualitárias ou piores em relação aos professores em se tra-
tando de Estado.
Quantas e quantas vezes eu estive por terminar este livro, mas
senti que ainda não era o Tempo de Deus. Hoje, 10 de janeiro de 2014,
pego o jornal e leio aleatoriamente (mais uma vez eu digo que a provi-
dência divina me auxilia), na primeira capa está escrito:
“Investigada fraude em obras públicas de R$ 12 milhões (Empre-
sários, funcionários públicos e diretores de duas secretarias estaduais
são alvo de apuração sobre esquema especializado em superfaturar
contratos, como de reformas em escolas).” Não li a reportagem. Não
leio porque para mim falta nessas pessoas o que para você, neste livro,
venho abordando. Falta o Conhecimento de Deus e falta colocar em
prática as Palavras de Deus. Falta o reconhecimento que o pecado
existe. Falta Deus. Falta o amor de Nossa Senhora nos corações endu-
recidos de homens. Falta vergonha na cara. Falta o que Nossa Senhora
vem pedindo, “a Conversão!”.
Zilah Totta, no seu Tempo de secretaria, não aguentou e disse:
“Eu bati na mesa, irritada, e falei: é por estas e outras que não vou
morrer sem criar uma escola”. Espero que sua escola esteja dentro do
seu sonho ainda hoje. Não sei. Nada conheço sobre a escola fundada
por Zilah Totta. Somente uma coisa eu estou convicta, e essa é a minha
luta juntamente com Nossa Senhora.
Enquanto não existir o Temor de Deus nas pessoas, isto é, o res-
peito, saber da existência, ter o Seu Conhecimento (e não é um conto
de carochinha), para que pessoas de modo geral sintam que estão
sendo observadas, acompanhadas Sob Seu Olhar, não haverá um
mundo melhor. Nossa Senhora, quando se diz dependente de nós, de

653
nossa conversão, Ela sabe o que diz. Quando uma grande escritora
como Lya Luft escreve o que segue, ela compreende que nós precisa-
mos nos descobrir. Precisamos encontrar a nossa essência:
“Ter opiniões próprias, amadurecer, ajuda. Combater a ânsia por
coisas que nem queremos, ignorar ofertas no fundo desinteressantes,
como roupas ridículas e viagens sem graça, isso ajuda. Descobrir o que
queremos e podemos é um bom aprendizado, mas leva algum tempo:
não é preciso escalar o Himalaia social nem ser uma linda mulher nem
um homem poderoso. É possível estar contente e ter projetos bem de-
pois dos 40 anos, sem um iate, físico perfeito e grande fortuna. Sem
cumprir tantas obrigações fúteis e inúteis, como nos ordenam os mitos
e mentiras de uma sociedade insegura, desorientada, em crise. Liber-
dade não vem de correr atrás de “deveres” impostos de fora, mas de
construir a nossa existência, para a qual, com todo esse esforço e des-
gaste, sobra tão pouco tempo. Não temos de correr angustiados atrás
de modelos que nada têm a ver conosco, máscaras, ilusões e melanco-
lia para aguentar a vida, sem liberdade para descobrir o que a gente
gostaria mesmo de ter feito”.
Eu não sou você e você não sou eu; portanto, tenho que ser eu
mesma e realizar aquilo que me faz bem sem necessariamente matar o
meu outro. Se alguém tiver esse ímpeto infeliz, maldito de tirar a vida de
seu outro, vá se reconciliar com Deus. Vá se confessar com um sacer-
dote num tratamento espiritual divino retirando dentro de si o que lhe
corrói e que desgraçará o seu outro. Precisamos muito de nosso Deus
amoroso e misericordioso. Muito!
Ainda nos deparamos com filhos desorientados que gritam com os
pais, passam por cima da autoridade dos pais, pois muitos aprendem
com a mãe e pai ‘televisão’. Existe uma ideologia despejada em massa,
muitos acatando como verdade. Temos pais que não respeitam os fi-
lhos. Poderão ter certeza que, se Deus não for valorizado no seu pri-
654
meiro mandamento, se o Temor de Deus não for buscado, acatado,
ainda mais prisões serão construídas; mais assassinatos você eviden-
ciará; jovens farão sexo publicamente feito animais, pois para eles será
natural, uma vez que os pais não colocam limites e Deus não existe
para muitos; como também não há nada para causar-lhes vergonha e o
controle sobre si mesmos não existirá. Serão estes os jovens do nosso
futuro. É isso que desejamos? É isso que você desejará para seus ne-
tos?

“O anjo respondeu-lhe: Ouve-me, e eu te mostrarei sobre quem o


demônio tem poder: são os que se casam, banindo Deus de seu cora-
ção e de seu pensamento, e se entregam à sua paixão como o cavalo
e o burro, que não tem entendimento: sobre estes o demônio tem po-
der.” Livro de Tobias, 6-16.

Podemos presenciar muito do que acontece com certas crianças


nas escolas como sendo consequência da falta de educação em casa,
na família praticamente está extinta, fazendo a mãe e o pai ‘televisão’ o
que competiria aos pais fazerem; o que acontece com essas crianças é
a falta de amor, de quem olhe nos olhos dos pequenos e os faça enten-
der que são amados. O que anda acontecendo muito em nosso tempo,
do jeito precioso que o animal gosta, é ver mães assistindo telenovelas,
olham para seus celulares constantemente mais do que para o rosto do
próprio filho. Enfim, afirmo que o trabalho dos pais é importante, mas
que a qualidade desses pais aos seus filhos é muito mais importante.
Nada adianta uma mãe permanecer em casa vinte e quatro horas por
dia se fica envolvida com a própria casa, inúmeros afazeres de quintal,
de roupas etc. e não dar atenção ao filho que está ao seu lado, muitas
vezes mendigando por amor. Deve buscar por Equilíbrio. Há mães que,
se soubessem do seu poder de autodestruição do filho, pela palavra,
nunca chamariam seu filho de ‘diabinho’ ou até ‘diabo’ ou ainda, ‘seu
capeta’. Nunca! Da mesma maneira, o poder de enaltecer o seu filho,
655
fortalecer o seu filho, dizendo: “filho, eu te amo”. Estou me referindo a
mães e pais, igualmente. Ainda temos hoje em dia filhos de outros pais.
Muitas vezes há grandes conflitos nessas uniões não abençoadas por
Deus e mulheres que possuem filhos de mais de um parceiro. Estamos
vivendo momentos muito difíceis e estou certa de que nada vai para
frente sem Deus. Nada! Deus deve ser apresentado para as crianças
nos lares e nas escolas. Não somente Deus, mas ter Nossa Senhora
como modelo de Mãe e Mulher, Esposa; Seu Filho Jesus Cristo como
seu irmão porque vieram de um mesmo Pai Criador de todas as coisas.
Enquanto tivermos no “topo”, pessoas no governo, desejando tirar Je-
sus Cristo das escolas públicas e não mais desejam que falemos em
Jesus Cristo e em Deus nas escolas públicas, então, é preferível não
levar esse filho para essas escolas. Preferível é formar escolas novas
na própria comunidade. E ali, todos juntos, unidos em comunidade com
professores dispostos e remunerados pelas comunidades, alfabetizar
as crianças, até um Tempo em que possam ter um governo digno, à
altura de pessoas dignas. É importante que se formem pessoas como
Zilah Totta em uma Humanidade precisando muito de Deus. Zilah teve
uma mãe professora em casa educava os filhos, ensinava os filhos. Foi
somente na terceira série primária Zilah passou a frequentar a escola.
Há muitas velhinhas e muitos velhinhos queridos na nossa sociedade
desejando ser convidados para ensinar e educar. Haveria uma troca
importante de valorização do idoso e respeito a eles por sua sabedoria.
Você sabe como no Brasil o idoso é rejeitado tido com demérito.
Segundo a vontade de Zilah Totta, “a ideia de reivindicar aumento
dos salários e o direito de ingresso das normalistas na Faculdade de
Filosofia, em 1945, pelo Centro das Professoras Primárias do Rio
Grande do Sul” seria um sonho para a atualidade. Surgiriam mais facul-
dades de Filosofia para preparar humanamente e intelectualmente as
professoras e professores num Tempo de tamanho descaso com o cur-
656
so de Filosofia, a Ciência suprema. Aquela que ensina a pensar.
Bem do jeito que satanás gosta, o homem está sendo observado
pelos próprios “olhos mecânicos” que em tudo se vê espalhados atual-
mente. Digo que, tanto mais falta de Temor a Deus, mais teremos a
falta de educação, falta de ética, de valores, de princípios cristãos, etc.
tanto mais olhos mecânicos nos policiarão nas lojas comerciais; as câ-
maras nas ruas e filmadoras para inibir as pessoas inocentes e não ino-
centes; as grades e cercas elétricas construídas nas casas; não bas-
tando isso, os arames circulares com farpas colocados acima dos mu-
ros; os alarmes nos carros por causa dos ladrões e as seguradoras se
beneficiando com tudo isso. No controle do governo temos o começo:
os Estados Unidos determinando obrigatoriamente o uso do chip na
pele das pessoas. Começando pela saúde, a necessidade de se identi-
ficar para possuir o acesso ao médico ou remédio. E Nossa Senhora já
nos preparava muitos anos antes sobre isso.

“Coragem! Sede fortes, minhas pequeninas crianças. A vós cabe a


responsabilidade, nestes anos difíceis, de conservar-vos fiéis a Cristo e
à sua Igreja, suportando hostilidades, lutas e perseguições. Mas, sois
parte preciosa do pequeno rebanho, que tem a responsabilidade de
combater e no fim vencer a força poderosa do anticristo. A todos vos
formo, vos defendo e vos abençoo.” Página 700. “Aos Sacerdotes, fi-
lhos prediletos de Nossa Senhora”.

Estamos caminhando junto a Nossa Senhora. Desejaremos nos


preparar, preparar nossos filhos e netos, o futuro daqueles de Boa von-
tade, como diz Jesus Cristo nas Bem Aventuranças. Leia esta passa-
gem bíblica sobre o Sermão da Montanha, por favor. É forte, instrutiva,
esperançosa, linda!
Hoje, dia 24 de janeiro de 2014, fui à missa na igreja do Divino
Espírito Santo. Não fui domingo e não quis deixar de ir durante a sema-

657
na, por isso, fui na sexta-feira. Que lindo quando soube na missa, en-
quanto o sacerdote falava era dia de São Francisco de Sales e ele é o
padroeiro dos jornalistas e dos escritores! Imediatamente me lembrei de
Lya Luft. Não a conheço, mas a admiro. Como havia colocado aqui al-
guns de seus escritos, por me identificar com seus pensamentos, lem-
brei-me dela. Lembrei-me o quanto é importante uma pessoa estar
acompanhada de certos seres humanos na vida como uma companhia
pelo menos através dos pensamentos. Lya Luft de certa maneira faz
parte da minha vida, assim como Zilah Totta e outras pessoas tão ama-
das, como companheiras no pensar similar. Tenho na família pessoas
jornalistas. Lembrei-me dessas pessoas.
No final da missa, ficara sabendo também, e isso me fez muito fe-
liz e emocionada, sobre este ano a festa de encerramento da novena
do Divino Espírito Santo será dia 8 de junho. Como fiquei feliz! Cairá no
dia do meu aniversário! Que presente de Deus! Afinal, tudo o que faço
penso Nele e para Eles, os meus divinos.
Ainda sobre Zilah Totta, ( política) numa consulta a Internet — Es-
crito por Beatriz T. Daudt Fischer.

“Enquanto Zilah Totta se revela não possuir filiação partidária: em


janeiro de 1963, pela primeira vez em nosso Estado, uma mulher e pro-
fessora, assume a Secretaria de Educação e Cultura. “Uma professora
de seu tempo: mulher, católica, defensora de um cristianismo que se
renovava, sensível aos problemas sociais em geral e particularmente
aos de sua classe. Por outro lado, manifestações de base repressiva,
provenientes das forças políticas de direita – que desde a Guerra Fria
marcam sutil, porém poderosa presença na América Latina – tomam
lugar de destaque na sociedade brasileira, das mais diversas formas,
inclusive associada ao discurso da emancipação da mulher. Gilda Ma-
rinho, colunista social do jornal Última Hora, em meio a descrições de
bailes e coquetéis da alta sociedade, inicia uma série de comentários

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envolvendo o que denomina de ‘politização feminina’: ‘Hoje a mulher
que se conserva alheia à realidade pode ser linda, mas é positivamente
chata, se me permitirem a gíria’ (UH, 6 nov. 63, p. 19). O texto segue,
divulgando que o Movimento Nacionalista Feminino patrocina um curso
de Introdução aos Problemas Brasileiros, ministrado pelo ISEB (Institu-
to Superior de Estudos Brasileiros). A matéria encerra com uma lista-
gem dos temas, entre os quais se destacam problemas do capital es-
trangeiro e a luta contra a espoliação do nosso país; reforma agrária;
reformas de base e custo de vida; o papel da mulher na Revolução Na-
cional Brasileira; o cristão e a Revolução Nacional Brasileira (UH, 6
nov.63, p. 19). Pesquisas posteriores vieram a identificar o Movimento
Nacional Feminino como um dos dispositivos utilizados pelas forças
promotoras do golpe de 1964. Segundo Moniz Bandeira (1973), ‘orga-
nizações de extrema direita, que se apresentavam (quase todas) com o
rótulo de democráticas, [eram] uma espécie de trade mark made in
USA’ (p. 428)8. Isso se comprova efetivamente quando, na primeira
semana após a tomada do governo pelos militares, a mesma colunista
registra com alegria os preparativos que se fazem para a efetivação do
‘comício do dia 7 de abril’ (UH, 26 mar. 64, p. 7). Nos jornais de outubro
de 1963, percebe-se claramente que forças divergentes se digladiam
no país. Um artigo intitulado ‘Analfabetismo e Latifúndio’, assinado por
Manoel Sarmento Barata, pode ser configurado como um texto radical
para a época. Nele, inicialmente o autor faz referência a uma fala profe-
rida pelo ainda ministro Paulo de Tarso, o qual defende a ideia de se
iniciar pela reformulação social, em lugar do refrão ‘primeiro educar o
povo, depois fazer as demais reformas’. A argumentação de Barata re-
força as ideias do ministro: [...] educar o povo não é distribuir cartilhas
de alfabetização ao camponês esmagado pelo latifúndio, não é ensinar-
lhes a desenhar o nome, ou mandar professores mato adentro, a dizer-
lhes coisas elevadas e patrióticas, que logo serão desmentidas pelas
evidências do meio e dos sagrados direitos do patrão. [...] Felizmente
hoje o governo começa a desmascarar os doutrinadores da falsa edu-
cação [...] (UH, 9 out. 63, p. 6). A imprensa, manifesta-se justamente o
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discurso oposto ao anterior: Num longo artigo intitulado ‘Além da enxa-
da e do alfabeto’, Egydio Hervé defende, entre outras coisas, que ‘ne-
nhuma reforma é mais urgente que a do ensino’, mas que ela deverá
ocorrer paralela a uma campanha ‘de moral e espiritualidade’, porque é
preciso reforma ‘sem atropelo’. O artigo encerra criticando o Sr. Paulo
de Tarso, ‘que deu 15 milhões aos meninos da União Nacional de Es-
tudantes e seus Zangões Vermelhos’ (Especial para o Correio do Povo,
CP, 10 out. 63, p. 6). Sob o ângulo de representação, neste momento
as professoras primárias têm na liderança de sua entidade a professora
Lucy Monteiro, que assina textos como este: ‘Professor [...]. Tu és res-
ponsável por um mundo em que a bondade e a alegria se tornem eter-
namente presentes. É bela a tua vocação’ (CP, 15 out. 63, p. 20) 9.
Mas um discurso distinto também emerge, assumido pelas professoras
contratadas: ‘Colega: Você está em dia com seus vencimentos? Não
está?! Quando irá receber? Não sabe?! Até quando há de continuar
assim? Não acha que poderíamos tomar uma atitude?’ O texto segue
convite para uma assembleia, com a seguinte conclamação final: ‘Lem-
bre-se: Estamos dispostos a ir à greve se tal medida for necessária’
(CP,4 out. 63, p. 10)10. Greves se desencadeiam pelo país afora. O
governo do Estado, entretanto, para reverter a rebeldia dos professores
gaúchos, ameaça demitir 11.800 professores contratados. Mas ‘o repú-
dio dos professores ao decreto [de demissão] foi unânime e, em certo
momento [da assembleia], foi necessária a enérgica intervenção da
Mesa para impedir que os professores – e principalmente as professo-
ras – mais exaltadas improvisassem uma marcha de protesto ao Palá-
cio Piratini’ (UH, 7 jan. 64, p. 5, não grifado no original)11. Certamente,
tais reações revelam o estopim da crise. As professoras, aquelas cân-
didas mocinhas e senhoras, sempre exaltadas em verso e prosa, agora
decidem tomar posição.
Como bem informava ainda em novembro um telegrama enviado
ao jornal por um grupo de estudantes de Uruguaiana, o cenário era de-
sesperador: ‘Alguns professores vendem seus bens para conseguir
sustento’ (CP, 25 nov. 63, p. 3).
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Ao longo desses acontecimentos, também se processa ‘a crise Zi-
lah Totta’. Em janeiro, o jornal Última Hora estampa na capa a manche-
te: ‘Dispensa de contratados pode provocar a renúncia de Zilah [...]’
(UH, 3 jan. 64, p. 1). Foi em janeiro de 1964 a gota d’água, o estopim,
porque ele [o governador Meneguetti] exigia que ela assinasse uma
portaria que viria em prejuízo de um grupo muito grande de professores
contratados. Eles [os que estavam no governo] exigiam, sei lá, todas as
decisões partidárias e politiqueiras, e ela se negou. Ela disse que, co-
mo professora, não tomaria uma decisão contrária [à classe] [...] (Zar-
dim in Andreola, 1995, p. 26). Assim, Zilah, que havia introduzido a prá-
tica participativa na administração, Zilah que defendera o direito dos
contratados, Zilah, que havia reforçado a integração escola comunida-
de, Zilah que, como dizia o jornal, ordenara ‘blitz contra analfabetismo’
(‘Em colaboração com o Plano Nacional de Alfabetização [...] baseado
no Método Paulo Freire’, UH, 18 dez. 63, p. 7), esta senhora – que re-
presentava pela primeira vez a presença da mulher e da professora no
comando da Secretaria de Educação – seria demitida. Quando o ca-
lendário lembra que março de 1964 chegou, as professoras – como
muitos brasileiros – estão cheias de esperança, convictas de alcançar
seus direitos, denunciando, com muita coragem, sua situação de atraso
nos pagamentos e respectivo reajuste salarial 12. ‘De nada adiantam
as palavras do Governo. O magistério sofre e quer atos. Greve geral
das professoras primárias foi deliberada [...] em assembleia geral da
classe’. (UH, 5mar. 64, p. 1-3).”

Enquanto Zilah Totta, em 1964, “teria que tomar suas decisões


contrárias aos que estavam no governo, que exigiam dela que assinas-
se uma portaria que viria em prejuízo de um grupo muito grande de pro-
fessores contratados”, professora ativa, participativa, neste ano, 1964,
eu contava com 9 anos de idade. Neste Tempo, lembro-me da minha
mãe apreensiva, pois o pai queria que fôssemos para a nossa casa na
praia imediatamente. Segundo ele, ficaríamos protegidos de possíveis
ataques de aviões e lembro que eles falavam muito de uma revolução.
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Era a revolução de 1964. Recordo-me da minha mãe com seu jeito gra-
ve e preocupada com o que estava acontecendo. Lembro-me do meu
pai, em outras ocasiões, chegava a casa com alguns objetos engraça-
dinhos como um cinzeiro pequeno e dourado e um símbolo no meio de
uma vassourinha. Também vassourinhas pequeninas ele trazia para
nós. Eu relacionava esses objetos com alguma preferência do meu pai
a alguém importante do país, mas não entendia nada. Aqueles objetos
pertenciam à campanha do então presidente eleito em 1961, Jânio
Quadros. Entre seus inúmeros desejos como presidente do Brasil, ele
queria o fim da corrupção (varre, varre vassourinha!). Essas lembranças
foram dos meus 6 anos de idade. Havia uma canção sobre a vassouri-
nha muito cantada por alguns. Eu me recordo de um Hino muito canta-
do por todos durante esse Tempo. Jânio Quadros permanecera no po-
der 7 meses e renunciou. João Goulart permanecera como presidente
até 1964. O Golpe Militar (líderes civis e militares) derrubou o presiden-
te João Goulart. O desfecho dessa conspiração aconteceu em 31 de
março para 1º de abril e dá início à ditadura militar com duração até
1985.
Veja a carta renúncia de Jânio Quadros:

“Fui vencido pela reação e, assim, deixo o Governo. Nestes sete


meses, cumpri meu dever. Tenho-o cumprido, dia e noite, trabalhando
infatigavelmente, sem prevenções nem rancores. Mas, baldaram-se os
meus esforços para conduzir esta Nação pelo caminho de sua verda-
deira libertação política e econômica, o único que possibilitaria o pro-
gresso efetivo e a justiça social, a que tem direito o seu generoso povo.
Desejei um Brasil para os brasileiros, afrontando, nesse sonho, a
corrupção, a mentira e a covardia que subordinam os interesses gerais
aos apetites e às ambições de grupos ou indivíduos, inclusive, do exte-
rior. Forças terríveis levantam-se contra mim, e me intrigam ou infa-
mam, até com a desculpa da colaboração. Se permanecesse, não

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manteria a confiança e a tranquilidade, ora quebradas, e indispensáveis
ao exercício da minha autoridade. Creio mesmo, que não manteria a
própria paz pública. Encerro, assim, com o pensamento voltado para a
nossa gente, para os estudantes e para os operários, para a grande
família do País, esta página de minha vida e da vida nacional. A mim,
não falta a coragem da renúncia.
Saio com um agradecimento, e um apelo. O agradecimento é aos
companheiros que, comigo, lutaram e me sustentaram, dentro e fora do
Governo e, de forma especial, às Forças Armadas, cuja conduta exem-
plar, em todos os instantes, proclamo nesta oportunidade.
O apelo é no sentido da ordem, do congraçamento, do respeito e
da estima de cada um dos meus patrícios para todos; de todos para
cada um.
Somente, assim, seremos dignos deste País, e do Mundo.
Somente, assim, seremos dignos da nossa herança e da nossa
predestinação cristã.
Retorno, agora, a meu trabalho de advogado e professor.
Trabalhemos todos. Há muitas formas de servir nossa pátria.
Brasília, 25-8-61.
J. Quadros”

Nunca gostei de política. Ao realizar o livro fui procurando na In-


ternet em que época eu estive inserida, qual foi o meu contexto político
de vida, algumas recordações, como por exemplo, o pai chegar a casa,
com os cinzeiros com um símbolo de uma vassourinha. Um hino muito
cantado nesse Tempo. Fui pesquisar mais sobre o assunto.
Essas “forças terríveis que se levantaram” sobre Jânio Quadros. E
você acredita que essas “forças terríveis” terminaram subitamente após
a renúncia de Jânio Quadros? Mesmo que nitidamente não o vejamos,
não o percebamos, ainda assim se escondem nas sombras, agem trai-
çoeiramente das formas mais variadas. A forma? Através das ideologi-
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as montadas por aí... Podemos não ver armas e canhões, mas por de-
trás de certas “figuras” os fantasmas ainda existem. Ideologias!
Através dessas duas importantes pessoas fazendo parte da nossa
história, da história do nosso país, eu quis ilustrar um ponto: o quanto
existe a perseguição a muitos que se encontram nos seus propósitos de
vida. Há interesses escusos, ilícitos, com interesses partidários e con-
trários ao Bem. Trouxe para você o exemplo de Jânio Quadros e Zilah
Totta. Existem pessoas maravilhosas desejando realmente trabalhar
para o Bem. Mas que forças terríveis são essas e “misteriosas” corren-
do atrás do Bem e volta e meia desejam puxar o tapete e fazer cair
quem procura lutar pelo correto, pelo progresso sem precisar pisar no
seu outro? Sem precisar tirar proveito? Precisamos constatar a existên-
cia do espiritual maléfico e nos ronda; banir através da força consegui-
da em Deus Pai, o Criador de Todas as coisas. Tomar consciência se
lutarmos crendo, se lutarmos com fé chegamos a Deus, se for da Sua
vontade o nosso pedido, chegamos a vitória.
Tornar-nos soldados de Deus em Deus e por Deus Amoroso e Mi-
sericordioso para as nossas conquistas e combater o Mal. Segurar o
escudo, a couraça, a armadura de Deus nas mãos a quem buscar o
governo, a liderança mostrando com a sua conduta Deus ao seu lado.
O Verdadeiro, o Uno e Trino Deus; isso fará a grande diferença; a total
diferença, pois estará à frente com Deus banindo as “forças terríveis
que se levantarem”.
Por isso, pergunto: quem fará parte da Barca de Pedro? Quem
desejará percorrer o rio sem mais comportas contra quem até agora fez
tudo para impedir que o rio fluísse? Quem desejará fazer parte da Bar-
ca de Pedro, do amor que flui de Nossa Senhora de Fátima desejando
que haja a conversão?
Meu professor Pedrinho Guareschi, citado para você, do curso de
Filosofia, foi um professor eloquente na sua vivacidade, na sua maneira
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tenaz, na sua disponibilidade, no “vestir a camiseta” quando das suas
aulas proferidas. Nós tínhamos o seu livro sobre “Sociologia Crítica,
Alternativas de mudança” como estudo. Perdão, meu professor querido,
o quanto não gostava, não do senhor, mas do conteúdo proferido. Ha-
via algo de incomodativo ali. Não sabia definir o que era. Agora sei. Es-
tava muito distante da sua sabedoria. Estava muito distante do seu
mundo, do seu conhecimento. É porque estava em busca de mim
mesma. Perdão, meu querido professor. Posso compreender, hoje, a
sua ânsia em passar para nós todo aquele cabedal de conhecimentos
ao nível de um Todo. Um Todo se referindo à pessoa e sua relação
com o social, com a política do nosso país, do mundo. Mas eu era uma
das “ingênuas”, como o senhor se referira no seu livro. Podia compre-
ender do seu discurso um elemento, ‘a palavra aquela’, me chamava à
atenção; já explico. Suas aulas eram tão vivazes, tão cheias de entusi-
asmo parecia um orador a cada dia de sua presença nos períodos das
suas aulas. Sua estatura baixa o levava, para mim, a compensação em
superar com voz, com a altura de sua voz, com energia, vivacidade pa-
ra então, melhor transmitir aqueles conteúdos e no Tempo não me inte-
ressavam. A partícula do conteúdo me chamava atenção, ‘a palavra
aquela’ era “dominação”. Estava vivendo meus sofrimentos, tentando
me encontrar, cicatrizando minhas feridas, nesse Tempo, meu profes-
sor querido. Enquanto o senhor falava para fora, tentando cuidar do
mundo, nesse Tempo, passei eu, pelo menos, a compreender o pro-
cesso de ‘dominação’. Mas uma dominação vivida em porção menor: no
meu mundinho de quatro paredes de uma casa. Sentia na carne a do-
minação; a partícula realmente menor, professor querido. Estava ten-
tando me reerguer do meu mausoléu interior. Consegui. Estou aqui e
hoje, meu agradecimento e reconhecimento depois de tantos anos. Ah!
O Tempo... O Tempo perpassa e juntos, mesmo não fisicamente, mas
meu coração e mente, minha alma, se liga aos seus pensamentos que

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estão no livro, Sociologia Crítica. Dele retiro trechos importantes sobre
O Aparelho Ideológico da Comunicação. Mais do que o Tempo: o Amor.
Em âmbito maior, somado a Nossa Senhora, posso valorizar as pala-
vras do meu professor, como de total importância e valia ao nosso
mundo. No capítulo XIX, do livro de Guareschi, página 136, deixo para
você:

“Talvez esteja aqui o segredo de existir uma sociedade com tantas


contradições e injustiças, e não acontecer uma transformação rápida e
profunda como era de se esperar. A comunicação parece ser o instru-
mento mais importante de resistência à mudança e de manutenção
dessa situação de dominação e exploração. Por ser esse assunto tão
importante, iremos dividi-lo em cinco capítulos”. E assim, Pedrinho A.
Guareschi, professor de Sociologia Crítica, na Faculdade, discorre so-
bre o abordado nesse capítulo. Esse capítulo vai tratar da comunicação
em geral, descrevendo a situação presente da comunicação no Brasil.
O capítulo XX vai tratar do problema da cultura e da comunicação, isto
é, como os meios de comunicação, principalmente os filmes e novelas,
penetram na cultura dum povo para melhor dominá-lo. O capítulo XXI
analisará a problemática das notícias. O capítulo XXII discutirá a pro-
blemática da propaganda e publicidade. Finalmente, o capítulo XXIII
discutirá alternativas possíveis no campo da comunicação, ou como a
comunicação poderá colocar-se a serviço da libertação e da justiça.”
Retirei os seguintes trechos do livro do professor Pedrinho Gua-
reschi:

“A comunicação faz a realidade. Assim, uma coisa passa a existir


no momento em que é comunicada, é notícia. Se não é comunicada,
divulgada, para a maioria das pessoas “deixa de existir”. Veja essa
conversa entre dois rapazes. Um dizia:

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– Parece que a guerra no Iraque terminou...
– Por quê?, pergunta o outro.
– Porque os jornalistas não dizem mais nada, não há mais nada na
TV.
Já imaginaram as consequências disso? Se os que possuem os
meios de comunicação (e no Brasil são pouquíssimos, nem 1%) resol-
vem não dizer nada sobre um assunto, essa realidade deixa de existir
para a maioria das pessoas. A força do meio de comunicação está,
muitas vezes, mais no silenciar do que no comunicar.”
Um dos exemplos deixados em seu livro, páginas 137 e 138, diz:
“Um outro belo exemplo de “construção da realidade” foi a campa-
nha feita pelo governo brasileiro, no início da década de 70, para cria-
ção do que se chamou de “milagre brasileiro”. Quem conta isso é o
pesquisador Armand Mattelart. Esse golpe do governo brasileiro foi de-
nominado “o maior exercício de marketing internacional do Brasil”. Re-
uniram-se num consórcio as quatro maiores agências publicitárias do
país (todas elas penetradas de capital norte-americano, claro) e plane-
jaram, com o governo, a campanha da criação do “milagre brasileiro”.
Os anúncios, redigidos em cinco línguas, foram enviados à agência
Kenyon e Eckardt, de Nova York que fez a revisão final dos textos e
planejou sua inserção nos grandes diários e revistas dos países do blo-
co capitalista. Nos Estados Unidos, nos jornais e revistas, Fortune.
Newsweek, Wallstreet, Time, Vision. Na Alemanha: Die Welt, FrankFurt
Handelsblatt. Mais nos jornais do Japão, Inglaterra, Argentina, Colôm-
bia, França, México, Venezuela etc. Para isso o governo brasileiro gas-
tou ao redor de meio milhão de dólares, encheu o balão do milagre
brasileiro, que viria se esvaziar poucos anos depois. Veja você o que
faz a comunicação! Veja essa notícia sobre uma viagem de Reagan à
Europa. Dizia o noticiário: O Presidente dos EE.UU. viajará à Europa
por oito dias. Visitará alguns países e tentará mostrar a esses países
que é um homem sensato. Visitará o Papa etc. Veja você: os homens
que cuidam da figura do Presidente precisam, quando eles dão uma
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mancada, melhorar sua figura. Mas é só figura... E isso se faz pela co-
municação, que cria uma nova realidade, não se importando se a coisa
real fica no mesmo. Conclusão: A comunicação constrói a realidade.”

Guareschi continua dizendo quanto a esse aspecto que, ao cons-


truir a realidade, a comunicação “não o faz de maneira neutra”. Explica:
“Vai sempre embalada em valores, com cheiro de “bom-mau”. Às vezes
a dimensão valorativa está presente no próprio fato de se dar, ou não
se dar, uma notícia.” Página 138.

“Ela também monta a agenda de discussão, isto é, ela traz os as-


suntos sobre os quais as pessoas vão falar e discutir.”
“Se algo não é colocado na mídia, não é discutido pelas pessoas.
Isso significa que se pode deixar de fora da discussão nacional um te-
ma que possa incomodar a determinados grupos, ou governos. E de
outro lado, se quisermos que algo exista, e exista com a valorização
que queremos, é fácil: é só apresentá-lo, fazê-lo notícia. Ele passa a
existir e as pessoas passam a falar dele.” Página 139.
“Por isso, os que têm os meios de produção e de comunicação,
para permanecer com vantagem, espalham a ideia de quem estuda,
vale mais.”
“Os que têm a comunicação chegam até a definir os outros. É isso
mesmo. Os que usam a palavra dão uma definição dos outros como
sendo esses outros menos importantes, mais ignorantes, menos ho-
nestos, até mesmo piores que os demais. É só começar a prestar aten-
ção. Compare o que os meninos e as meninas duma vila de favela
pensam deles mesmos. Você vai ver que as pessoas das vilas se jul-
gam inferiores, até sem direitos, mas que os ricos do centro valem
mais. Quem faz essa diferença é o jornal, a TV, o rádio, onde a pessoa
de vila só aparece nos noticiários policiais. No fundo, isso tudo é feito
para manter toda a população pobre e trabalhadora dominada, pois
quando alguém está dominado na alma, isto é quando alguém já se
considera inferior, nunca vai questionar os de cima. Quando alguém es-
668
tá convencido de que vale menos, ou não presta, nunca vai procurar
crescer, procurar seus direitos. É isso que querem os que se aprovei-
tam dos debaixo. A comunicação no Brasil está nas mãos de pouquís-
simas pessoas, pouco mais que nove famílias. Os meios de comunica-
ção eram concessão do governo, e ele só os deu para pessoas confiá-
veis. A influência estrangeira também é grande. Apesar de existirem
leis que proíbem a um estrangeiro ter um meio de comunicação, ainda
assim a comunicação sofre sua influência.” Página 140.

O livro de Pedrinho Guareschi é do ano 2000, quadragésima nona


edição. Alguns dados citados em termos estatísticos devem ter muda-
do. Tenho uma observação a fazer na colocação do meu professor que-
rido, quando diz:

“...pois quando alguém está dominado na alma, isto é quando al-


guém já se considera inferior, nunca vai questionar os de cima. Quando
alguém está convencido de que vale menos, ou não presta, nunca vai
procurar crescer, procurar seus direitos”.

Tenho a dizer que isso não é assim para todos. Nunca será. Por-
que já compreendemos e aceitamos como Verdade que cada ser hu-
mano é único. Deus deu a cada um de nós uma alma e esta alma é
única. Sempre haverá uma força maior e essa é a Força do Direito, a
Força da Verdade, a Força da Justiça, a Força do Amor, a Força da Mi-
sericórdia vinda de Deus. Esse Deus; o Deus da Santíssima Trindade
que é Pai, que é Filho e que é Espírito Santo. Sempre haverá uma For-
ça que fará o desejo a vontade pela vida; a vontade ardente de poder
respirar e nesse encontro com Deus Amoroso e Misericordioso poder
sair da dominação, termo muito empregado por meu ex-professor. Eu
usaria o termo: escravidão. A palavra “nunca” para Deus, em Deus, por
Deus não existe! Para Deus nada é impossível! Meu professor mesmo
termina proferindo as sábias palavras no final do seu livro, uma citação
de um pensador, página 166.
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“Tudo é possível a quem quer. Essa a nossa consciência, a nossa
convicção. O futuro nos pertence. O impossível não existe para nós.
Sejamos realistas: exijamos o impossível.”

Não poderia deixar de colocar um dos escritos do meu querido


professor da Faculdade de Filosofia, Edvino A. Rabuske. Ele nos deixou
por escrito algo muito importante para mim. Algo tão simples parecendo
óbvio; no entanto, como esse simples ajudou-me existencialmente em
certas questões. Espero para você também ajude. Rabuske, meu pro-
fessor, disse assim, falando sobre a amizade.

“A Amizade
A amizade é um dos componentes mais importantes da vida, é
uma necessidade básica duma vida verdadeiramente humana. Já os
antigos diziam: “Quem encontrou um amigo, achou um tesouro.” Ora, a
amizade é constituída essencialmente pela comunicação. Crescer na
amizade é crescer na capacidade de participar duma comunicação fá-
cil, alegre, sincera e profunda. Na aprendizagem da comunicação im-
porta distinguir entre compreender e aceitar. Compreender alguém é
saber ouvir, dar-lhe um espaço, pôr-se hipoteticamente no seu lugar,
tentar “ver com os seus olhos”, colocar o dito expressamente no con-
texto da vida dele. Coisa diferente é aceitar. Posso e devo compreen-
der um amigo; isto não implica aceitar todas as suas ideias, avaliações
e atitudes. Doutro lado, esta distinção não pode ser absolutizada. A
compreensão implica a aceitação da pessoa do outro. Ora, as suas
ideias, os seus julgamentos e sentimentos brotam do seu íntimo, de al-
gum modo fazem parte de sua pessoa.”

Muitas vezes, em nossas vidas, possuímos alguém do qual ama-


mos muito. Um sentimento maior do que o da amizade, por exemplo, o
amor. Muitas vezes também, este alguém se sente infeliz, amargo,
queixa-se da vida e não busca para ele o seu melhor e não aceita o que
se propõe como uma ideia nova, como luz que, como amigo ou quem
670
ama, deseja para essa pessoa. Essa colocação nova, essa nova ideia
para essa pessoa se queixando da vida, por ser ela única, com sua al-
ma própria, poderá não ser bem vinda, não desejando sair da sua situ-
ação pior. Afinal, ela não vê, não sente o mundo como você. A alma é
outra. Por isso mesmo, devemos respeitar algo importantíssimo: o
Tempo de Deus e o tempo pessoal cronológico humano.
Quem vê a pessoa amada infeliz acaba por deixar-se levar pela emo-
ção, pelo coração desejando fazer tudo por essa pessoa e nada faz por
sua alma, sua vida própria! Muitas vezes essa será a escolha dessa
pessoa pelo livre arbítrio que ela possui como cada um de nós. Existem
pessoas que acabam se anulando, acabam por sofrer tanto, tanto com
essa pessoa, por vê-la na sua dor existencial, pois não lhe ouve e aca-
bam por se deixar arrastar pelo mal existencial dessa pessoa. Então,
não teremos uma no mal existencial, mas duas sucumbindo em sofri-
mentos. O amor deve ser exigente e ter forças suficientes para dizer,
“se você deseja continuar nessa situação que seja assim para você”.
“Posso compreender você, mas aceitar esse estado de situação, não.”
Muitas vezes, fazendo a nossa parte, o nosso melhor, seria não perpe-
tuar tal situação de horror, é que o nosso outro poderá procurar a si
mesmo na existência de qualidade. Como amigos ou como quem ama,
podemos deixar algumas considerações que acreditamos poderem aju-
dar a pessoa existencialmente mal, mas às vezes não aceita, não dese-
ja sair daquela situação triste. Acreditando na pessoa como única, ela
possui o seu direito de viver como deseja. Sobretudo se você está se
deixando arrastar com essa pessoa ao abismo profundo sem retorno.
Por exemplo, sua religião, cuja doutrina é diferente da que ela professa.
Então, não deixando de amá-la, não deixando de pensar nela, você se
sente impelido a ser transparente na relação, por sua consciência que
assim determina e que, na franqueza, na sinceridade você e o seu outro
possam se conhecer de fato, saber quem é quem verdadeiramente. Es-
671
sa será a verdadeira amizade, o verdadeiro querer bem do seu outro.

“Posso e devo compreender um amigo;


isto não implica aceitar todas as suas ideias,
avaliações e atitudes.”
Assim pude conduzir melhor a minha vida. Por ser católica, não
conseguindo suportar a dor do meu outro, ou seja, ficar ao seu lado fisi-
camente eu fiz e faço o meu melhor rezando, colocando o nome das
pessoas amadas no livro de intenções das missas, pedindo a Deus Pai
a Sua bênção a cada uma e a proteção de Nossa Senhora com o Seu
manto materno; a Paz de Cristo! Existem, realmente, situações nas
quais o demônio faz questão de afastar, separar uma pessoa da outra.
Sentimos muitas vezes a impossibilidade de nos aproximar de uma
pessoa que amamos muito por questões espirituais extremamente sé-
rias. A própria pessoa outra, coloca barreiras; notamos o relacionamen-
to, a comunicação se faz muito precária e impossível de chegar até ela.
São as forças espirituais opostas. Então, nossas orações, são os nos-
sos maiores e melhores mediadores. Devemos rezar sempre por nos-
sos queridos, mas num caso mais grave a oração contínua é fundamen-
tal e a ação do Espírito Santo.
Podemos dispor da pessoa terrena, alguém especial para ser a
mediadora, a cuidadora dessa pessoa não desejando a presença dos
familiares. Existem pessoas realmente sensíveis sem condições de cui-
dar fisicamente de alguém enferma; entretanto, isso não é assim para
todos. Essa parte então poderá ser delegada a outra pessoa querida.
Pensando sobre a dialética acredito nesse diálogo nessa conver-
sação entre meus professores universitários. Com eles eu mantive a
dialética. Precisei dos seus Conhecimentos, das leituras diversas, da
vida, do Universo, Deus...

672
Então, tenho muito a agradecer a Edvino Rabuske. Tenho muito a
agradecer a Faculdade de Filosofia Nossa Senhora da Imaculada Con-
ceição, aos demais professores.

673
Capítulo III

Parte 8

“Uma Estrela Irá Brilhar


(Agnus Dei)
Deixa desse cansaço,
Esqueça tudo que te faz triste,
O amor existe e está tão perto,
Estende a mão ao teu irmão,
Dê um sorriso para a Vida.

Jesus te chama e ilumina o teu caminho,


Perdoa tudo, te fortalece,
Pede somente, que você se abra o coração.
Levante as mãos, vamos cantar,
Vamos louvar a Deus de todo o coração.
Dentro de ti, para sempre, uma estrela irá brilhar.
Porque Jesus te ama, meu irmão,
Porque eu também, te amo meu irmão.”

674
Vários Escritos e Considerações
Dia 24 de janeiro de 2014, resolvi assistir à missa na Igreja do Di-
vino Espírito Santo. Uma senhora de 82 anos começou a conversar
comigo. Ela me dizia que há mais ou menos 50 anos ajudava a vender
calendários de Santo Antônio e a mãe dela já fazia isso. Adquiri um ca-
lendário. Eu teria missas rezadas para as minhas intenções (estas, eu
coloquei num papel à parte e entreguei a ela para providenciar) durante
todo o ano. A idosa abria a sua bolsa e me passou vários santinhos
que, agradecida, recebi. Somente em casa fui ver e ler o que diziam as
orações. Uma delas, a que devemos rezar diante do Santíssimo Sa-
cramento, por 9 dias, diante de Jesus Eucarístico, deixo para você.
Como achei importante e forte! Poderosa! Partilho com você esta ora-
ção preciosa, pois possui o poder de libertação. Como aprecio essas
velhinhas... Como se pode aprender com elas... Agradeço ao Espírito
Santo, a força auxiliadora do alto, por me encaminhar pessoas genero-
sas, amáveis, simples em minha vida. Obrigado Senhor Jesus!

Oração diante do SANTÍSSIMO SACRAMENTO

“Jesus Ressuscitado, eu creio que você está vivo


diante dos meus olhos na Hóstia consagrada. Creio
também, Jesus, no seu poder contra toda espécie
de mal, porque você venceu, pela Sua Morte e
Ressurreição, o pecado e a morte. Seu
Preciosíssimo Sangue derramado na cruz está
presente na Hóstia santa. Eu creio Jesus, e clamo
que seu Sangue seja agora derramado sobre mim e
sobre todos os meus familiares. Eu peço, Senhor

675
Jesus, que pelo poder libertador e salvífico deste
Sangue, possamos nos livrar de toda opressão
diabólica que possa estar prejudicando a nossa
família. Peço também que atenda, em especial, este
pedido que agora faço na Sua presença: (apresente
aqui o seu pedido...) Eu, desde já, agradeço,
confiante que você me atenderá. Eu agradeço de
coração ao Espírito Santo que me ilumina e me
conduz nos momentos de sofrimento e de
escuridão. Muito obrigado, Jesus, meu Salvador e
libertador.”
Mais tarde, eu me senti chamada a fazer essa oração diante do
Santíssimo Sacramento, como passarei a narrar para você mais adiante
nos meus escritos.
Os santos são venerados, pois temos por eles uma grande consi-
deração por suas virtudes. Não adoramos os santos. Adoramos somen-
te Jesus Cristo Eucarístico. Somente Jesus Cristo nos salva. Um santo
poderá nos ajudar na caminhada sofrida, nos deixando lenitivos para as
nossas mazelas existenciais; eles são exemplos de fé; eles olham por
nós e nós podemos olhar por eles através de nossas orações, pois
acreditamos que eles fazem parte da Igreja Triunfante. Umas citações
retiradas do site http://servosdarainha.wordpress.com/2009/11/01/a-
igreja-triunfante-militante-e-padecente/ Igreja Militante e Padecente:

“A Igreja Triunfante (do Céu) designa aqueles membros já faleci-


dos que se encontram salvos, no céu (os Santos), e que têm a alegria
indescritível de estar na presença de Deus, vendo-O como Ele é. Além
destes, inclui-se também os anjos, que são mensageiros de Deus, e
que também intercedem por nós.”
676
“A Igreja se diz peregrina porque só se consumará na glória celes-
te, quando do retorno glorioso de Cristo. Até lá, “a Igreja avança em
sua peregrinação por meio das perseguições do mundo e das consola-
ções de Deus” (Santo Agostinho).

Você poderá saber mais sobre Igreja Militante e Padecente aces-


sando o mesmo site.
Na vida, além de Deus, o diabo se encontra. A Igreja Católica se
utiliza as mais variadas maneiras para se aproximar do povo. Utiliza-se
da música, da água abençoada, das imagens celestiais, as missas, os
rosários e terços e assim faz como uma maneira de levar a mensagem
ao seu povo. A Bíblia é a Palavra de Deus para ser observada, acatada;
entretanto, nem sempre uma pessoa se sente tocada diretamente pela
Bíblia; para ela, apresenta-se uma oração forte, uma música etc., como
meio de chegar até a Palavra de Deus.
Estava almoçando no hotel, no encontro nacional de Filósofos Clínicos,
com meu esposo, quando um dos estudantes de Filosofia Clínica che-
gou até nós e entregou-lhe um jornal:
“Candeia — A Palavra a Serviço da Verdade e do Bem.” As apre-
sentações foram breves, pois não conhecia o aluno de Filosofia Clínica
do meu esposo. Ele nos entregou um jornalzinho e uns folhetos gram-
peados. A minha maior atenção no que ele trouxe foi o folheto. Nele, na
capa, havia o desenho de uma balança.
Pedrinho Guareschi, página 147, do seu livro Sociologia Crítica,
explica o seguinte:

“Crítica vem de julgar. Quando alguém é julgado, é necessário que


se vejam os dois lados. Por isso, num julgamento há o advogado da
defesa e o da acusação. Ter atitude crítica é ver sempre os dois lados:
o da polícia e o do bandido. Por isso a justiça é representada com uma
balança na mão. É impossível uma balança com um lado só; não seria

677
balança. É verdade que ela, às vezes, é bem cega, mas ao menos tem
como ponto de partida indispensável à necessidade de se verem os
dois lados.”

Aquela imagem de balança que se apresentava no folheto do alu-


no do meu esposo, que largara em nossa mesa, enquanto almoçáva-
mos, chamou-me a atenção por trazer os dois pratos da balança e uma
pombinha em cada prato; uma pombinha da paz, carregando no biqui-
nho um raminho verde. O nome do jornal também entregue pelo Filóso-
fo Clínico era: “Fraternidade do Magníficat — Dimensão Social XIII”.
Continuamos o almoço e, após, levei comigo o material ao quarto
do hotel. Observei o nome, Magnificat. Magnificat é um cântico que infe-
lizmente muito pouco escuto nas missas. “Retrata a passagem bíblica
em que a Virgem Maria exprimiu sua gratidão a Deus quando da visita a
Isabel, sua prima, e que se repete na Igreja Católica como expressão
de júbilo” – consta no folheto.
Deixo para você a letra do Magnificat que consultei. Vale a pena
porque faz uma exaltação deslumbrante de gratidão.

“A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em


Deus, meu Salvador. Porque pôs os olhos na humildade da sua serva:
de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O
Todo-Poderoso fez em mim maravilhas: Santo é o seu nome. O seu
amor se estende de geração em geração sobre aqueles que O temem.
Manifestou o poder do seu braço e dispersou os soberbos. Derrubou os
poderosos de seus tronos E exaltou os humildes. Aos famintos encheu
de bens E aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel, seu
servo, Lembrado de sua misericórdia, como tinha prometido a nossos
pais, a Abraão e à sua descendência para sempre (Lc 1, 46-55). Papa
João Paulo II Carta Encíclica “Redemptoris Mater”.

A imagem das pombas em cada prato da balança não me saía da

678
alma no folheto que ganhamos além do jornal. Do jornal, cujo site é
www.fraternidadedomagnificat.com.br, me chamou a atenção, as frases
de paz, citadas ali. Aquelas frases combinavam perfeitamente com as
imagens das pombas brancas nos pratos da balança. Eu desejo deixar
registrado nesta obra, o que disse anteriormente. Podemos, sim, ter o
conhecimento do que acontece no interior da Igreja Católica e devemos
ficar alertas e lutar pela Igreja Católica Apostólica Romana; entretanto,
sem violência.
Meu professor dissera:
“Quando alguém é julgado, é necessário que se vejam os dois la-
dos. Por isso, num julgamento há o advogado da defesa e o da acusa-
ção. Ter atitude crítica é ver sempre os dois lados: o da polícia e o do
bandido”.
Estamos vendo o lado do “bandido”, o de satanás e seus sequa-
zes, e o lado da “polícia”, ou seja, a Justiça quase perfeita de Deus,
porque a perfeita Justiça será quando do julgamento após a morte. Ain-
da aqui se faz a luta, a espera pela conversão de cada alma e pela Mi-
sericórdia Divina. A oportunidade ao “bandido” está sendo dada.
Vamos ver então alguns pensadores deixando suas mensagens
de paz, retiradas do jornal Magnificat. Como esses pensadores, eu de-
sejo a Justiça e a Misericórdia buscadas no Amor e na Paz. Esperando
com amadurecimento, com seriedade, com a luta contra o demônio,
através da oração e nosso posicionamento e Conhecimento, tudo se
concretize na Terra de acordo com a Vontade de Deus e da Mãe Mise-
ricordiosa.

“A violência destrói o que ela pretende defender: a dignida-


de da vida, a liberdade do ser humano” - João Paulo II.

679
“Uma das coisas importantes da não violência é que
não busca destruir a pessoa, mas transformá-la” -
Martin King
“A violência não é força, mas fraqueza, nem nunca
poderá ser criadora de coisa alguma, apenas
destruidora” - Benedetto Croce

“A violência é sempre terrível, mesmo quando a causa


é ‘justa’” - Friedrich Schiller
“A violência é o último refúgio do incompetente”-
Isaac Asimov
“Onde acaba o amor têm início o poder, a violência e o
terror” - Carl Gustav Jung
“Violência não é um sinal de força, a violência é um
sinal de desespero e fraqueza” - Dalai Lama
“A única obscenidade que conheço é a violência” - Jim
Morrison
O folheto finaliza com um pensamento de Jean Paul
Sartre escrito em negrito com letras maiúsculas:
“A violência, seja qual for à maneira como ela se
manifesta, é sempre uma derrota.”
Você leu pensamentos breves, mas nesses resumos
pequenos de pensamentos, deixam partículas, deixam

680
a essência da alma de cada pensador.
E Jesus Cristo nos deixa:
“Amai-vos uns aos outros assim como Eu vos amei”.
“Jesus Cristo amou até entregar sua vida por nós sobre
a Cruz. Também a ação da Igreja e dos cristãos na
sociedade deve possuir esta mesma inspiração” - Papa
Bento XVI.

“Porque “toda bela” — tota pulchra — sou para vós sinal de espe-

rança, nos dias em que viveis, em que o meu adversário conseguiu tor-

nar as coisas, com a mancha do pecado e da impureza.” Página 661. Aos

Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Senhora.

“Sêde vós os instrumentos da renovação interior de toda a Igreja


purificada, iluminada e santificada. Por isso vos convido a ser hoje
apóstolos corajosos de fé e de unidade, de santidade e de amor. O
meu Coração Imaculado triunfará sobre todos os meus pobres filhos,
que carregam a Cruz dos indizíveis sofrimentos destes últimos tempos
de purificação e da grande tribulação. Quantos são os afastados! Como
são numerosas as vítimas do meu adversário, que hoje colocou no
mundo o vértice do seu diabólico poder. Tomai pela mão as crianças
levadas a precoces experiências do mal; sustentai os jovens engana-
dos e seduzidos pelos falsos valores que lhes são propostos e sucum-
bem sob o peso dos pecados, da impureza e da droga; ajudai famílias
cristãs a viver como pequenas comunidades de graça e de oração, de
comunhão e as subtraí do grave perigo da divisão e do divórcio, do re-
curso aos meios que impedem a vida, e dos abortos que aumentam em
todas as partes do mundo. Ide procurar as ovelhas perdidas por todas
as estradas do mundo.” Página 933. Aos Sacerdotes, filhos prediletos

681
de Nossa Senhora.

Repetindo:

“Quando alguém é julgado, é necessário que se vejam os dois la-


dos. Por isso, num julgamento há o advogado da defesa e o da acusa-
ção. Ter atitude crítica é ver sempre os dois lados: o da polícia e o do
bandido”
Por isso eu acredito que a necessidade de clarear onde está escu-
ro é relevante no Tempo atual. A oportunidade está sendo dada com a
Misericórdia de Deus e da Mãe da Igreja para podermos realmente,
numa dialética, constatar que:
“Vox Populi, Vox Dei”, ou seja, a Voz do Povo é a Voz de Deus.

Ao ler o jornal Magnificat recebido no mês de julho, havia algumas


colocações me chamando a atenção, pois passei a refletir sobre algu-
mas concepções sobre a Humanidade. Então, ao ler o que disse o jor-
nalista Chico Pinheiro, não pude deixar de pensar sobre o que ele dis-
sera:

“O sangue do Cordeiro foi derramado nas ruas de São Paulo. E


também de outros Estados.”

Para mim, não foi o sangue do Cordeiro derramado nas ruas de


São Paulo e também em outros Estados, pois Jesus Cristo biblicamente
morreu uma única vez por nós, pelos nossos pecados e quando retor-
nar, na sua segunda vinda, será para a nossa salvação e não em razão
dos nossos pecados. Diria, então, o sangue de muitos cabritos, quiçá
de pessoas ofertadas aos demônios foram derramados nas ruas de São
Paulo e de outros Estados. Permita-me dizer que há muitos por aí em-
pregando a barganha para benefícios próprios, em seitas das mais nu-
merosas.
Continuei a leitura do jornal e encontrei o seguinte:
682
“Condenadas às ruas, esses seres humanos se misturam com su-
catas, insetos e lixo, degradados em sua dignidade. Muitos, como al-
gumas das vítimas de São Paulo, não são apenas sem- teto. Chegam
ao extremo de ser sem-nome. Porque não merecem a sorte da loteria
biológica: nenhum de nós escolheu a família e a classe social em que
nasceu. Se não estávamos no lugar daquelas vítimas foi por mero aca-
so. O justo seria todos nascerem com direito à plena cidadania, sem o
risco de terem as suas vidas abreviadas pela miséria e pela violência.
Mas para isso é preciso um Estado que renuncie à violência silenciosa
e faça desta opção uma prioridade, ainda que desagrade aos donos do
dinheiro e do poder.”

Como filósofa religiosa, reconheço existir no interior do nosso


governo a corrupção, políticos corruptos, os envolvidos na maçonaria
(violência silenciosa), culminando dentro da Igreja Católica Apostólica
Romana com a maçonaria eclesiástica. Estamos vivendo tempos bem
difíceis num sistema dominador. Um sistema dominador invisível. Você
já conhece meus pensamentos com relação ao espiritual maléfico; en-
tretanto, mais do que desejar culpar uns e outros pelo desconforto, da
miséria humana, das mendicâncias, está a maior das misérias: a falta
de Deus nas pessoas. Repito: a falta de Deus nas pessoas e acrescen-
to o que já sabem, Deus enviou Seu Filho Jesus Cristo para nos dar a
Redenção; libertar-nos da nossa escravidão, de tudo o que significa que
esteja nos amarrando de forma invisível, de maneira existencial. Jesus
Cristo, portanto, é a nossa força. Jesus Cristo nos liberta de nossos pe-
cados. Jesus Cristo nos defende do Mal. Se existe um ser humano se
envolvendo pelo demônio em seitas, em lugares onde prende a sua al-
ma, Jesus Cristo procurado na Eucaristia o libertará. Basta você se ar-
repender de todo seu coração, se reconciliar com Deus através de um
bom sacerdote, que é representante de Jesus Cristo nesta Terra, e vo-
cê se constituirá num novo ser humano. Não esqueça os bons sacerdo-
tes se encontram por aí. Você poderá procurar por ele. Jesus Cristo
683
liberta! A miséria não acontece somente para aquele que você enxerga
nas ruas, sem possuir o que comer ou o que vestir. Você pode ter o di-
nheiro, o pão com fermento todos os dias na sua mesa, pode estar ves-
tido de luxo, seus perfumes e, assim mesmo, se sentir o pior dos mise-
ráveis. Estou aqui e dou testemunho de vida. Ao contrário, tudo isso
ainda gera mais tristeza, quando você possui belas roupas, armário
cheio de alimentos, perfumes etc., mas se sentindo a miserável por
dentro. Você chega ao ponto de invejar qualquer pessoa justamente
aquela ali, sem lindas roupas, morando em qualquer lugar, mas parece
estar bem. Você poderá pensar: “como sentir inveja?”. Inveja é um dos
sete pecados capitais. Eu tenho esse conhecimento. Mas não esqueça
que estamos falando aqui de uma pessoa miserável existencialmente.
Aquela pessoa que não tinha Deus, não tinha Jesus Cristo e que ela se
esqueceu da existência da sua Mãe de criança: a Mãe espiritual Nossa
Senhora. Esta era a pessoa de um a.C. . Depois que passei a buscar o
amor da família celeste, depois que passei a me abastecer do amor de-
les eu mudei. Continuo a pessoa simples interiormente, mas muito forte
e numa compreensão de que sou como sou e de que cada qual é o que
é até deixar de ser, se quiser. Deus me amou e me ama. Eu me sinto
importante para Ele. Esse forte do qual me referi acima, não implica em
perder a dor, a sensibilidade ao chorar e tanto mais. Minha força é de
outra natureza. Minha força vem de Deus e Ele é quem sabe a melhor
medida de todas as coisas. É Nele a minha força. É Dele a minha força
e com Ele busco a força.
Um ser humano miserável é aquele que é miserável espiritualmen-
te. Isso é assim para mim. Quem não possui Deus em seu interior é o
mais pobre dos viventes. Um mendigo também pode ser mendigo por
opção. Pode escolher não desejar mais pagar impostos, por exemplo.
Sonhou em colocar um estabelecimento comercial e não conseguiu
manter, pois os encargos foram tantos, preferiu largar tudo e preferiu
684
caminhar o mundo. Quem pode dizer ao olharmos um determinado
mendigo (mendigo aos olhos de quem o vê por fora), ele é menos feliz
e menos satisfeito na vida do que você? Não sabemos. O ‘parece não
estar bem’, não diz o que vai numa pessoa. Temos de uma vez por to-
das sair desse mundo de aparências. Basta! Muitas vezes, os pobres
de almas, sem Deus, sem Jesus Cristo, sem Maria Santíssima, podem
invejar e desejar ser aquele que nem nome tem, pois que sem nome, o
que poderiam perder? Pois que sem um nome, um sobrenome, o que
teriam a zelar? Melhor é ser aquele, do que ser o que aparentemente
sofre mais em seus luxos. Melhor é ser aquele ninguém sabe dele; nin-
guém o conhece para falar dele, nem vergonha ele sentirá.
Com toda certeza, nem tanto ao céu, nem tanto a Terra, isto é,
tanto é triste para um caso, quanto para outro. O que desejo dizer é que
considero o maior dos enganos, considerarmos a construção do mundo,
um mundo melhor, uma sociedade melhor, com menos miséria, dando
o pão na boca do mendigo. Poderemos ajudar com o pão na boca,
aquele comprado na padaria, mas antes e muito antes disso, se qui-
sermos minimizar as misérias, temos que começar a sanar as misérias
interiores. Quem possui Deus e Jesus Cristo não terá lugar, por exem-
plo, para a inveja. A inveja morre. A inveja morre com Jesus Cristo e
não somente esse pecado, mas todos os outros, qualquer pecado mor-
rerá com Jesus Cristo (pois Sua morte na cruz levou os nossos peca-
dos) e começa a reerguer o novo homem (com a Ressurreição de Cris-
to, tivemos a libertação). Ao se possuir o conhecimento da vida de Je-
sus Cristo, se aprende sobre a humildade; e ao conhecer a humildade,
por exemplo, a arrogância, a prepotência, a soberba, a necessidade
pela busca do dinheiro somente, tudo se extingue gradativamente.
De um site da Internet retirei o seguinte:

“O sinal mais certo de condenação é o orgulho.”


685
“Não presumas de alta sabedoria, mas confessa a
tua ignorância” (Rom. XI, 20)
Dizia São Gregório Magno:
“O sinal mais certo da condenação de uma alma é o orgulho”.

“Há muitos homens – disse São Bernardo – que


querem saber só para saber, e é curiosidade; há
outros que querem saber para serem conhecidos
por sábios, e é vaidade; outros que querem saber
para vender o que sabem, e é interesse; outros que
querem saber para edificar o próximo, e é caridade;
e, finalmente, há outros que querem saber para
edificar-se a si mesmo, e é prudência.”

Não deixa a ciência de ter suas vantagens, pois que


vem de Deus; mas esconde ela um grande laço e uma
grande tentação: “A ciência envaidece”, diz São Paulo,
“alimenta a soberba, inspira uma secreta preferência de
si próprio e, ao mesmo tempo, louca porque a mais vasta
ciência não é mais que um outro gênero de ignorância e
a verdadeira perfeição consiste unicamente nas
disposições do coração”.
O Conhecimento nos liberta. Jesus Cristo nos liberta das amarras
invisíveis que nos escravizam de diversas maneiras. Por isso, Ele é o
Salvador. Infelizmente, existem homens que endureceram seus cora-
ções para a Palavra de Deus e optam por caminhos outros, via razão,

686
raciocínio, desejando entender tudo pela razão natural. O que adianta
termos um governo que nos dê casa, comida e roupa lavada se quem
recebe todos esses benefícios será interiormente a mesma pessoa
desprovida de educação? Por exemplo, nem valoriza a casa recebida e
não raro gradativamente vai destruindo-a por receber e não lutar por si
mesma nas conquistas que deveriam ser suas? E o mundo se torna
cada vez pior num pensar materialista, horizontal. O principal é educar
as pessoas, dar educação; educar os miseráveis, os poderosos, os ma-
çons, a maçonaria eclesiástica, todos os políticos corruptos, engajados
nessa sociedade que é secreta. Educar mostrando-lhes que Deus exis-
te realmente. Que Deus de um jeito ou de outro faz o Seu braço pesar.
O mundo então se modificará com a educação! Com valores! Com mu-
dança interior! Melhor ainda, nas palavras ditas por Nossa Senhora:
“conversão”.
Não adianta um pensamento armado de piedade enxergando o
pobre como pobre na sua miséria exterior. Sua miséria maior advém da
falta de ‘Conhecimento’, poderia obter da família celeste. Porque aquele
que você vê no meio do lixo, nos insetos, na sarjeta, atirado, se ele qui-
ser, e aí entra o livre arbítrio, pessoa alguma poderá pegar esse ser a
cabresto e conduzi-lo numa igreja. Ele irá se quiser. Mas se ele resolve
ir numa igreja ou encontrar uma pessoa que dê amor, encontrar ali o
Amor, crescerá na centelha divina que o espera sempre, para que cada
vez mais a centelha divina seja ativada! Necessariamente não precisará
o mendigo conhecer uma igreja; se ele conhecer uma boa pessoa que o
ame, que se preocupe com ele, que o ensina a amar a Deus, sobre to-
das as coisas, e assim, tocado pelo amor, procurar pela família celeste
num agradecimento eterno pela Providência Divina e proteção necessá-
ria para o seu viver nesta Terra. A escolha será da pessoa.
Da mesma maneira, se você se preocupar tanto com o mendigo,
que “não escolheu a família em que nasceu”, poderá olhar para esse
687
lado somente, reivindicando por melhores pais, por melhores políticos,
por melhor governo, que devem dar... E que devem dar... Devem dar...
Mas dar o quê? Proporcionar os pais certos, as terras, as casas, a famí-
lia certa e tanto mais? Que pessoa é essa que entrará para morar nes-
sa casa, nessa “família certa” ou que pessoa é essa que receberá as
terras e tanto mais? No interior dessa pessoa, estarão ocorrendo mu-
danças num caminho da Luz, para ela conseguir ser mais pessoa e me-
lhor? Sim, escolherá ou não! É nessa preocupação que você, meu leitor
me acompanhando até aqui, considera que devamos depositar nosso
“tesouro”? Não vimos anteriormente à preocupação como Mãe, Nossa
Senhora falando justamente para o Brasil, sobre a Teologia da Liberta-
ção? Uma Teologia voltada para uma apresentação de um Cristo revo-
lucionário, mas a grande preocupação de Nossa Senhora é justamente
a Divindade de Jesus Cristo, a Eucaristia: Pão da Vida, e está subtraí-
do das Igrejas Católicas? Vão esquecendo, vai se diluindo no Tempo o
verdadeiro ensino da Religião Católica ou cristã em detrimento de um
Ecumenismo, em que desejam criar um falso Cristo e uma falsa Igreja.
Portanto, eu digo: falta o Conhecimento, falta a Verdadeira Fé!
Chega de hipocrisias. Será que poderemos reivindicar atualmente um
melhor salário, reivindicar do governo que olhe para os mendigos, que
olhe para os sem-teto, sem casas, sem escolas, os desprovidos do
“berço esplêndido”, os sem emprego, sem... Sem... Sem... Se para
aqueles que apelamos, os do “topo” estão ainda mais pobres espiritu-
almente do que aquele que se diz reivindicando? Estando pobres, estes
governantes, espiritualmente, qual é o maná que será dado para os que
se acham necessitado?
Temos que procurar homens de valores sólidos para ficar no “to-
po”, em número reduzido, e de qualidade. Homens de ideais, homens
competentes, que pelo ideal, pelo amor sinta a necessidade do povo e
os ajude. Que realmente promovam a Pátria, que realmente se preocu-
688
pem com a nossa Nação, isto é, com a boa educação do povo, para
que esse povo, com o Conhecimento de Deus e de Jesus Cristo, por
ele mesmo se desenvolva, se erga, se construa. Naturalmente, propor-
cionar instrumentos para que possam crescer como pessoas e esses
instrumentos devem vir imbuídos de Equilíbrio, pois não adianta dar
casa se a pessoa que nela entrar vai continuar a mesma, na falta de
educação e de respeito com ela e com a vida de seu outro, sem Deus.
Um governo fornecendo de graça as famosas “camisinhas”, por exem-
plo, está fomentando a prática sexual. Educar não é facilitar a vida de
um filho para práticas desta natureza. Educar é amar e não há Amor
maior do que Deus quando nos legou a Sua Palavra, através da Bíblia,
para as pessoas neste mundo. Educar é formar gente. Educar é lançar
condições de se fazer Pessoa; pessoa humana, e não o fomento da
prática sexual daquela maneira e o dinheiro atrás como interesse sórdi-
do. O dinheiro por si somente não propicia a educação, como não con-
duz ao humanismo! O dinheiro por si somente, ao contrário, destrói na
maioria das vezes. Educar é ler para o filho a Palavra de Deus, ensi-
nando-o a ser mais gente, pessoa desde pequenino. E você percebe
que a boa educação é aquela na qual há liberdade com responsabilida-
de. A liberdade não está no vazio. A liberdade é acompanhada por
Deus, pois foi Ele quem criou todas as coisas. Você também poderá na
sua liberdade estar acompanhado por demônios. É a escolha que você
poderá fazer dependendo da sua própria postura na vida. Porque neste
mundo existe Deus e o adversário de Deus. Saber nos proteger com
Deus contra o Mal. Cada um de nós será responsável por si mesmo e
por aqueles a quem temos piedade. Aqueles que vemos nas ruas joga-
dos, sem teto, sem casa e até sem nome. Porque quantas mulheres
estão tão fáceis cedendo à tentação da carne, fazendo sexo sem se-
quer pensar que Deus existe? Para elas, Temor de Deus, não existe!
Quantos filhos do pecado estão sendo gerados de comportamentos as-

689
sim? Comportamentos iguais aos dos animais? Quantos filhos então
jogados na rua, ou a matança de bebês realizada? Quantos jovens que
preferem as ruas porque não suportam os pais que não os desejaram,
pois não são frutos do amor? Resolveremos essa desgraça humana
quando o homem pensar que precisa sim, de Deus. Quando as pesso-
as interiorizarem Deus, na Sua Palavra, deixa-nos orientações profun-
das sobre como conduzir as nossas vidas. A educação deve ser inter-
nalizada. Deve ser proporcionada por Quem dá a vida a tudo: Deus! O
contrário deseja a Morte. Como acabar com esse grande Mal existente
na Igreja Católica Apostólica Romana, a maçonaria eclesiástica? Você
leu as frases sobre a não violência. Acredito nelas. Nossa Senhora é
tão Boa Mãe, mesmo sabendo da traição deles, de muitos de seus fi-
lhos prediletos, pois é a traição do próprio Seu Filho, Ela não deseja
violência. Ela é puro Amor! Ela deseja a conversão desses filhos peca-
dores. Ela pede para rezarmos muito pelos seus filhos, para que se reti-
rem do caminho no qual sucumbiram às tentações que são muitas. Ela
pede para os bons filhos obedientes a Ela para rezarmos por eles. Ela
pede para não julgarmos, pois não nos compete o julgamento. Como
então acabar com o Mal dentro da Igreja Católica? Acredito ao trazer a
Luz para clarear esses que estão no escuro, estão atuando nas som-
bras. Esta Luz vem de Nossa Senhora, como Mulher revestida de sol,
desde 1917, antes ainda desta data deixando Suas aparições em Fá-
tima, Portugal, Suas Mensagens. Então, Nossa Senhora num dos pra-
tos da balança por seu filho Jesus Cristo; no outro prato da balança,
nós aqui na Terra devemos fazer a nossa parte com a Paz habitada em
cada coração dos fiéis Católicos. Com a oração forte. Com a reza do
Terço, do Santo Rosário pedido por Nossa Senhora. Colocar num dos
pratos da balança cada um dos fiéis Católicos, cristãos, as orações e a
paz interior. Com a força do Seu amor poderemos transformar esse
mundo. Com seu testemunho de vida. Com você fazendo o seu melhor,

690
sua parte no lugar onde estiver. Que a Ação do Espírito Santo Ele
mesmo, a Força que vem do Alto em nosso auxílio, presente totalmente
nesse prato, isto é, o Divino Espírito Santo poderá agir nas sombras
com Sua Luz, ou seja, possui o poder de agir, o poder de ação sobre
nós e o mundo.
Não esqueça o que está contido no Livro de Nossa Senhora, pági-
na 490:

“Esta é uma grande batalha em que se combate a nível espiritual”.


E Ela continua dizendo, página 491:
“Combatei com arma do Santo Rosário e caminhai na via do santo
amor de Jesus, do desprezo do mundo e de vós mesmos, na via da
humildade, da simplicidade e da pureza. Então estareis prontos para
suportar as grandes provas que em breve começarão para a Igreja e
para a humanidade”.

Deixo para você, das páginas 894 a 897 as mensagens de Nossa


Senhora, no Seu Livro. Escolhi este trecho para você perceber a Força
do Amor. Para você perceber a Ação do Espírito Santo como Força que
vem do Alto em nosso auxílio. O espiritual é algo invisível, mas muito
real muito presente. Não esqueça que o ar que respiramos é invisível e,
no entanto, possui oxigênio, gás imprescindível para respirarmos. Ele
em movimento, na sua força, não se faz presente? O vento que embala
nossos cabelos; o vento que faz a pandorga planar sob o céu azul; o
vento que seca nossas roupas no varal; o vento que faz a embarcação
à vela deslizar... Ah! Esse vento que tão presente se faz...
Notredame de Laus (Gap-França), 30 de maio de 1993. Solenida-
de de Pentecostes.

“No pranto conforto


Neste venerado Santuário terminas hoje a viagem que fizeste por
toda a França. Em quinze dias fizeste vinte Cenáculos nos quais parti-
691
ciparam bispos, sacerdotes e um número tão grande de fiéis do meu
Movimento. Em toda parte vos recolhestes em oração Contigo, diante
de Jesus Eucarístico solenemente exposto sobre o altar e renovastes a
vossa consagração ao meu Coração Imaculado. Em toda a parte con-
templaste as maravilhas de amor, de graça e de misericórdia da tua
Mãe Celeste. Terminas esta tua extraordinária viagem hoje na soleni-
dade de Pentecostes. Este é um sinal que te dou, para fazer-te com-
preender que, no jardim do meu Coração Imaculado, já está pronta pa-
ra o seu nascimento a nova Igreja e a nova humanidade, purificada,
santificada e completamente renovada pelo Espírito Santo. Este tempo
conclusivo da purificação e da grande tribulação é o tempo do Espírito
Santo. Por isto renovo hoje o meu convite a multiplicar os Cenáculos de
oração, pedidos por Mim com tanta insistência materna. Que se difun-
dam estes Cenáculos entre os Sacerdotes, meus filhos prediletos.
Abandonai a Mim as vossas preocupações e as numerosas ocupações;
não cedeis as fáceis seduções do mundo; voltai ao espírito de simplici-
dade, de humildade, de pequenez; recolhei-vos em oração no Cenácu-
lo do meu Coração Imaculado e então, podereis ver, com os olhos, o
prodígio do segundo Pentecostes. Que se reúnam nos Cenáculos as
crianças, porque a sua oração inocente, unida à minha, tem hoje uma
grande força de intercessão e de reparação. Quantos males vos são
ainda poupados, por causa da oração destas minhas pequenas crian-
ças. Nos Cenáculos quero recolhidos os jovens, para que experimen-
tem a minha presença de Mãe que os ama, os protege dos grandes pe-
rigos a que são expostos e os conduz, com doce firmeza, pela estrada
do bem, do amor, da pureza e da santidade. Dom precioso para as fa-
mílias são os Cenáculos que lhes peço: para que neles provem a ale-
gria da minha presença, o conforto da minha assistência, a ajuda ofe-
recida contra os graves males que ameaçam a sua própria existência.
Nestes Cenáculos o Espírito Santo descerá para conduzir-vos ao se-
gundo Pentecostes. Sobretudo nestes últimos tempos é necessário que
a Igreja e toda a humanidade se transformem num perene Cenáculo de
oração feita comigo e por meio de mim. Então o Espírito Santo descerá
692
como conforto no pranto de vossos dias, nos quais a grande prova já
chegou. No pranto de uma humanidade sem Deus, descerá o conforto
do Espírito Santo, que conduzirá todo o mundo à perfeita glorificação
do Pai Celeste, operando um novo matrimônio de amor entre a huma-
nidade renovada e o seu Senhor que a criou, reuniu e salvou. No pran-
to de uma Igreja dividida, obscurecida e ferida se sentirá o conforto do
Espírito Santo, que a recobrirá de fortaleza e de sabedoria, de graça e
de santidade, de amor e de luz, para que Ela possa dar o seu pleno
testemunho a Jesus, vivo nela até o fim do mundo. No pranto das al-
mas, tornadas escravas de satanás, imersas nas sombras do pecado e
da morte, pousará o conforto do Espírito Santo que dará a luz da pre-
sença de Deus, a vida da graça divina, o fogo do amor, para que nela a
Santíssima e divina Trindade possa estabelecer a sua habitual morada.
No pranto da grande prova descerá o conforto da presença divina do
Espírito do Senhor, que vos conduzirá a viver os acontecimentos que
vos esperam com confiança, com coragem, com esperança, com sere-
nidade e com amor. Então no fogo sentireis o seu refrigério; no frio o
seu calor; nas trevas a sua luz; no pranto o seu conforto; no medo a
sua coragem; na fraqueza a sua força; no grande sofrimento o seu divi-
no alívio. Por isso hoje vos convido a unir a vossa oração à minha, para
que possa descer sobre vós o Espírito do Senhor com todos os seus
dons. Vinde ó Espírito Santo. Vinde transformar a face da Terra. Vinde
logo. Vinde nestes últimos tempos. Vinde agora que a grande prova
chegou. Vinde e trazei o vosso segundo Pentecostes, a fim que os
nossos olhos possam contemplar o vosso maior prodígio dos novos
céus e da nova terra.”

Que assim seja.

Oração Ao Divino Espírito Santo


Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acen-
dei neles, o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será
criado e renovareis a face da terra. Oremos: Ó Deus que instruístes os
corações de vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreci-
693
emos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos
sempre da sua consolação. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.
Vinde, Espírito Santo, Vinde Por Meio Da Poderosa Intercessão
Do Imaculado Coração De Maria, Vossa Amadíssima Esposa”. (Repetir
três vezes; esta jaculatória faz parte da oração de Consagração ao
Imaculado Coração de Maria).

694
695
Capítulo III

Parte 9

“Quero Louvar-Te
(LP: Louvemos o Senhor III))
Quero louvar-te, sempre mais e mais, quero louvar-te, sempre mais e mais.
Buscar o teu querer, Tua graça conhecer, quero louvar-te.
As aves do céu cantam para ti, as feras do campo refletem teu poder.
Quero cantar, quero levantar as minhas mãos a Ti.
Quero amar-te... Quero servir-te... Quero buscar-te...”

À Procura e Surpresas
Termino de escrever a mensagem final da parte 6 no dia 26 de ju-
lho de 2013. Havia aberto meus e-mails. Surpresa esquecida! No site
Arautos do Evangelho, a notícia chega que é Dia dos Avós. Havia es-
quecido a data. E no site trazia a querida notícia e explicação sobre os
avós de Jesus Cristo e pais de Nossa Senhora: São Joaquim e Santa
Ana. Foram esposos judeus exemplares. No texto recebido desse site,
entre outras informações importantes sobre esses avós tão amados
retiro o seguinte:
696
“Sem dúvida, Ana e Joaquim pertenciam ao grupo daqueles judeus
piedosos que esperavam a consolação de Israel, e precisamente a eles
foi dada uma tarefa especial na história da salvação: foram escolhidos
por Deus, para gerar a Imaculada que, por sua vez, é chamada a gerar
o Filho de Deus. Conhecemos os nomes dos pais da Bem-Aventurada
Virgem através de um texto não canônico, o Protoevangelho de Tiago.
Eles são citados na página que precede o anúncio do Anjo a Maria. Es-
ta sua filha não podia deixar de irradiar aquela graça totalmente espe-
cial da sua pureza, a plenitude da graça que a preparava para o desíg-
nio da maternidade divina. Podemos imaginar quanto receberam dela
estes pais, ao mesmo tempo em que cumpriam o seu dever de educa-
dores. Mãe e filha estavam unidas não apenas por laços familiares,
mas também pela comum expectativa do cumprimento das promessas,
pela recitação multiforme dos Salmos e pela evocação de uma vida en-
tregue a Deus.”

Que as famílias possam ter, antes de tudo, o laço espiritual divino


para juntos, mãe, pai, filhos, avós, avôs, netos, parentes, nessa união
do espiritual divino, mais do que carnal, isto é, mais do que o laço, atra-
vés do sangue, estejam em todos estabelecidos os laços de união do
espiritual divino; desta maneira, possa entrar a união no Amor de Deus
e na Bem Aventurada Virgem Maria e Seu Filho Jesus Cristo. Que o
Espírito de Deus Pai nos envolva e nos renove.
No dia 29 de julho de 2013, acordei com meu coração acelerado.
Aqui, faço uma parada na escrita para depois retomar. Uma parada na
escrita para me lembrar do meu passado; de um Tempo em que fazia
os trabalhos para os momentos de Ação de Graças nas apresentações
das novenas do Divino Espírito Santo, quando professora de Ensino
Religioso Escolar. Essas apresentações, os trabalhos realizados, eram
oriundos desse coração se manifestando acelerado, quando das mi-
nhas inspirações. Muitas vezes, era sobressaltada durante a noite pelas
ideias e pegava folhas de ofício brancas e tomava nota; outras vezes,
697
não precisava, pois ficavam registradas em mim. Apresentações para
os Dias das Mães ou dos Pais na escola, assim aconteciam também.
Houve uma época na qual nós, professoras com os alunos, preparáva-
mos números para apresentar na semana da Pátria, como poesias, mú-
sicas, jogral etc. A escola se preocupava em apresentar e em formar
este espírito patriótico. O que vou contar para você, remonta do Tempo
das minhas turmas do Ensino Religioso Escolar. Uma apresentação
realizada, talvez tenha sido em novembro, no Dia de Ação de Graças
ou pela passagem do aniversário da escola; não recordo muito bem,
para qual finalidade fora feita a apresentação. A inspiração consistia em
reunir um grupinho de sete professores para representar as cores do
arco-íris. Teve como ponto de partida uma leitura feita na Bíblia, onde
Deus fala sobre o “Arco que poria nas nuvens e seria o sinal da aliança
entre Ele e a Terra: o Arco da Aliança”. Muitas crianças da escola e,
não somente as crianças, mas muitos adolescentes, adultos e inclusive
eu, gostávamos da música e da letra na qual a Xuxa cantava. A letra
falava sobre as cores do Arco-íris; veio a mim a ideia de realizar algo
para Deus inspirando-me tanto na passagem bíblica quanto no empre-
go da letra e música da cantora para apresentar no dia especial.

“Vou pintar um arco-íris de energia...”


Esta foi à música escolhida por mim. A letra dessa canção da Xu-
xa não possui as sete cores do arco-íris; fala em seis cores: azul, laran-
ja, verde, amarelo, violeta e vermelho. E foi assim, na falta da sétima
cor, tive a inspiração de colocar-me entre elas, mas de maneira invisí-
vel. Vou explicar a razão do invisível. A sétima cor por mim escolhida foi
o preto, por ser a cor da qual costumava usar para me vestir, após um
Tempo da minha caminhada existencial. Como eu criei o trabalho, eu
tinha que orientar o grupo de professores e não poderia ficar para re-
presentar. Pedi para um dos professores para que ficasse me represen-
698
tando e sua função seria segurar um mastro, do qual sairiam às seis
cores; pedi que ele, o professor, usar uma camiseta preta. Não recordo
se ele usou a camiseta preta ou se ele optou por colocar uma camiseta
branca, pois ao final deixei-o livre com o que tivesse para usar. De
qualquer maneira, tanto o preto, ( logo explico), quanto o branco estari-
am perfeitamente me representando. A cor branca significaria “a luz do
sol é uma onda de luz branca formada por várias cores. Quando essa
luz incide sobre uma gota de água os raios luminosos penetram nela e
são refratados, sofrendo a dispersão. É assim que surge o feixe de luz
colorido, dentro das gotas d’água, refletido depois de passar pela refra-
ção que provoca a separação das cores do arco-íris; isso acontece com
todas as gotas ao receberem a luz do sol”.
De qualquer maneira, o professor segurando o mastro estaria me
representando de maneira invisível. É do mastro, onde ficaram presas
as seis fitas, que o meu querido professor e amigo ficara segurando e
me representando. E assim foi realizado o trabalho com a representa-
ção de sete professores e suas respectivas cores. Distribuí o roteiro do
que faríamos. Cada professor escolheu uma cor para representar e
compor o arco-íris juntamente com a camiseta da mesma cor. Tudo de
improviso. Não me lembro de termos feito um ensaio antes. Foi algo
simples e muito simbólico. Os professores dançavam em zigue-zague,
formando um trançado no mastro, com suas fitas coloridas passando
uns pelos outros, isto é, enquanto uns passavam por baixo, outros pas-
savam por cima com os braços levantados segurando as fitas coloridas.
Então, a dança era acompanhada ao som da letra e música cantada
pela Xuxa. Todas as seis cores estavam presentes. A cor branca não é
citada na letra da música da Xuxa, até porque ela não faz parte das se-
te cores do arco-íris. Segundo a pesquisa na Internet “O branco nunca
é considerado cor; ele simboliza a luz; o branco é a síntese aditiva das
luzes coloridas; resultado da mistura de os matizes do espectro solar”.
699
A sétima cor que havia entre as seis, intencionalmente foi a minha.
Sempre gostei muito da cor preta. Além de, esteticamente ajudar na
silhueta, pois considerava me deixar magra e possuindo tez clara, sen-
tia-me bem. Enquanto muitos olham para o preto de maneira pejorativa,
significando baixo astral, depressão, morte, luto e tanto mais, sempre
tive o preto como uma cor não aborrecida, pois extremamente prática,
qualquer pingo de qualquer coisa caindo sobre ela não aparece; facil-
mente lavável, numa emergência, fica igual a antes. Como não gosto de
ficar me preocupando com roupas coloridas onde mancham facilmente,
costumo usar o preto pela praticidade. Algo ainda muito mais importan-
te do que o citado e muito forte em mim, sobre o uso da cor preta com
relação às roupas as quais sempre usava, é a questão de me sentir
protegida. Sempre me senti como que escudada dos olhares que sentia
vir até mim, usando a cor preta. Qualquer coisa sentida de mal, sentia-
me protegida como se eu fosse uma fita preta daquelas usadas para
isolar fios de eletricidade. E vou dizer-lhe que já senti em olhares muitos
ruins, principalmente eu os sentia num Tempo em que mais precisava
de Deus, de Jesus Cristo e Nossa Senhora. Nesse Tempo era bem vai-
dosa, vestia-me bem, usava um perfume em especial e chamava a
atenção, seguido de elogios. Maquiava-me como de costume e sei que
chamava a atenção. Era jovem e elogios não faltavam com relação à
beleza. Não gostava de ser olhada e elogiada, pois não me achava bo-
nita naturalmente; fazia-me bonita. Precisava daquelas artimanhas para
viver. Precisava caminhar em cima de poesias. Essas artimanhas cons-
tituíam as poesias para eu viver. Nunca gostei de usar roupas decota-
das ou justas; o uso da maquiagem, não esquecer o perfume, isso fazia
parte de mim, do meu dia-a-dia. Vivi uma grande parte da vida sem me
escudar, sem proteção alguma divina. Mesmo me sentindo num Tempo
a miserável e que, quem me visse por fora não enxergava a minha al-
ma, ou raros viam a minha alma, ainda assim, aquelas artimanhas me

700
davam as alegrias para continuar a vida. Mas eu tinha consciência que
ao ser assim, ao agir assim, eu acabava por atrair situações no meu
contexto de vida, atraindo olhares que não me faziam bem. Alguns
bons, sinceros; outros pesados, maus. Entretanto, minha consciência
dizia tudo. Nunca usei minhas artimanhas para sensualidade ou para
atrair pessoas do sexo oposto. Nesse Tempo, a cor preta não fazia par-
te da minha vida como passara a fazer depois. Ao possuir o Conheci-
mento da existência do Mal, passara a me vestir instintivamente de pre-
to. Esta cor para mim passara a ser minha preferida, como se dentro
dela pudesse ser toda eu. Como se dentro da cor preta eu pudesse dei-
xar minha alma agir, minha alma ser; o que olhassem por fora, de bom
ou de mal nas opiniões alheias, nada mais me importava. A cor preta
me deixava sentir segura. A cor preta me deixava agir, me sentindo em
discrição. Vivera e vivo parte grande de minha vida vestindo o preto
nesta face da Terra. Minha cor predileta é o azul. Amo o azul, mas não
me sinto à vontade dentro dele. Não me sinto segura. A cor azul é be-
líssima! Mas me sinto leve demais dentro dela, ou seja, transparente,
melhor dizendo. Preciso do preto para segurar-me ao chão.
Penso que num outro momento poderei um dia usá-lo. Quem sa-
be... A cor foi subtraída da letra e música da Xuxa foi uma das tonalida-
des de azul que o arco-íris possui. Ele possui o azul e o anil ou índigo,
ou ainda cerúleo, outra tonalidade de azul. Consultando bem recente-
mente sobre as cores, encontrei o site www.fontedeluz.com, sobre as
cores da Aura.
Verdadeiramente?
Quando bem mais jovem uma amiga e eu fizemos uma consulta
sobre isso. Lembro nitidamente que ela havia ficado muito aborrecida
com o resultado de sua aura. Lembro que eu ficara satisfeita com o que
havia lido. Isso num Tempo em que não tinha Jesus Cristo como meu
Senhor e meu Deus amado. Na Verdade, quando não temos Deus Ver-
701
dadeiro corremos e buscamos incansavelmente, muitas vezes, tantas
bobagens, tantos lugares indevidos, porque queremos respostas para
certas questões e ficamos sem um alicerce seguro em que nos apoiar-
mos confiarmos e acreditarmos. Como não sei da veracidade sobre es-
se conhecimento, da aura de uma pessoa, também não desejo desme-
recer algo que seja comprovado cientificamente, por exemplo. O que
realmente sei é somos únicos e por sermos únicos não podemos ser
generalizados e encontrar respostas que padronizem, ou seja, respos-
tas prontas num pedaço de papel dizendo o que somos e reger as nos-
sas vidas. Estaríamos incorrendo em um grave erro humano. São coi-
sas dessa natureza que nos afastam de quem nós deveríamos ficar ca-
da vez mais pertinho, de Deus Verdadeiro Uno e Trino e de quem deve-
ríamos possuir o Conhecimento vindo de Sua Palavra, a Bíblia.
Veja o que se diz em Hebreus, 4,11-13:

“Assim, apressemo-nos a entrar neste descanso para não cairmos


por nossa vez na mesma incredulidade. Porque a palavra de Deus é vi-
va, eficaz, mais penetrante do que uma espada de dois gumes e atinge
até a divisão da alma e do corpo, das juntas e medulas, e discerne os
pensamentos e intenções do coração. Nenhuma criatura lhe é invisível.
Tudo é nu descoberto aos olhos daquele a quem havemos de prestar
contas”.

O importante seria se todo homem da ciência caminhasse ao lado


de Deus e Jesus Cristo, pois se assim o fizesse, veria as maravilhas de
curas que iriam conceber para essa Terra. Mas voltando à cor preta,
pela primeira vez eu estava lendo algo falando sobre esta cor e dizia
exatamente dos meus sentimentos, com relação a uma parte da sua
explicação. Então, no site www.fontedeluz.com.br assim dizia sobre a cor
preta: “esta cor pode ser considerada com um coeficiente elevado de
dificuldade na sua interpretação. Pode indicar tragédias, morte e doen-
ça. No entanto, também pode ser uma cor de proteção, purificação, au-
702
tolimpeza e todas as formas de defesa em relação a males vindos do
exterior, tal como invejas, pragas e mau-olhado. Pode indicar ainda
formas de desequilíbrios. Finalmente, em função da própria pessoa po-
derá indicar sentimentos de ódio, vingança e ação maléfica. Esta cor
necessita de uma leitura muito cuidadosa”. Assim que, para mim, a ex-
plicação “pode ser uma cor de proteção, purificação, autolimpeza e to-
das as formas de defesa em relação a males vindos do exterior, tais
como invejas, pragas e mau-olhado” veio dizer exatamente o que eu
sentia na minha caminhada existencial. Acredito, sim, em sentimentos
nefastos, destruidores como a inveja, o ódio, as pragas e mau-olhado,
quando direcionados a uma pessoa. Acredito no malefício de uma lín-
gua quando fala mal de uma pessoa. Destila veneno e mina muitas
pessoas que se deixam levar facilmente por essa língua maldita que se
coloca como instrumento para o Mal. São pessoas portadoras de peca-
dos e não depurados, ou seja, não reconhecidos e confessados. Existe
outro tipo atuante nas seitas que servem de instrumentos para os de-
mônios atuarem. Já vimos muito sobre isso. Ali, fazem seus trabalhos,
pedidos para inclusive acabar com a pessoa que porventura não supor-
tem, causam-lhe desconforto, ciúme e inveja. Existe de tudo nesse
meio. Acredito que existam pessoas que largam esses males para ou-
tras que estejam vazias de conteúdo divino, ou seja, não possuem a
Palavra de Deus como escudo e não fazem orações, não procuram Je-
sus Cristo na Eucaristia, são pessoas vulneráveis, susceptíveis a rece-
ber o mal facilmente. Uma pessoa pode se servir e lançar seus conteú-
dos maléficos para outra pessoa inocente, pura, que não possui malda-
des. Assim, por exemplo, entendo a situação da minha irmã amada.
Não somente a situação dela, mas eu pude me entender nela. Eu pude
me espelhar nos acontecimentos de vida negativa que ela passou. Foi
observando no Tempo e eu pude correr. Foi observando no Tempo que
eu pude buscar o meu melhor. O meu melhor foi Deus, foi a minha fa-

703
mília celeste. A beleza nem sempre é bem-vinda. Principalmente no
mundo atual. Como a beleza vem fazendo almas se perderem! A preo-
cupação com o corpo sarado, corpo escultural e uma alma pobre, vazia,
onde o Pai, o Filho e o Espírito Santo não estão neste corpo habitado.
O corpo é o Templo do Espírito Santo. Minha amada irmã era belíssima
e vivia rodeada de pessoas que a viam por fora. Os comentários eram
sempre os mesmos em elogios à sua beleza. Não somente belíssima,
mas cheia de dons. Isso atraía, infelizmente, para ela, não ciente da
existência tanto de Deus, de Jesus Cristo e da Mãe amada, uma série
de situações conflituosas, de vazio existencial; um vaso oco sem flores
e neste entram as energias negativas advindas dos pecados lançados
pelos olhares e sentimentos de pessoas que a cercavam, como tam-
bém alimentados por seus próprios pecados. Quando a pessoa é sen-
sível, muito mais pesam sobre ela essas energias maléficas. Se não
está preparada, escudada solidamente, o mal toma conta. Minha irmã
amada, como também eu, antes de eu estar em Cristo, antes de conhe-
cê-Lo, me sentia assim frente aos males que surgiam e eu não sabia
identificá-los e muito menos conhecia a defesa. Então, sem possuirmos
a armadura de Deus, não rezávamos, não íamos numa missa, não tí-
nhamos por hábito procurar Jesus Cristo como Força, Luz, Proteção (a
Eucaristia), ficou e fiquei muito a mercê das forças malignas. Essas for-
ças sempre existiram aqui, na cidade menor, e por parte de membros
da família que, por falta de Conhecimento, procuravam lugares onde
Deus Verdadeiro não se encontrava. Naturalmente, a beleza em geral
vem acompanhada pela vaidade. Conheço mulheres lindas sem, no
entanto, serem vaidosas. Elas não se deixam levar pela beleza somen-
te. Conheço outras nas quais a beleza, a vaidade, as conduz de manei-
ra acentuada, se acham autossuficientes, usam a beleza como atrativo
para uma série de situações, de conquistas etc. Enfim, acredito na
consciência perante Deus e esta vai dizer tudo de cada um de nós; o

704
Equilíbrio entre essas situações são de extrema necessidade, princi-
palmente no mundo voltado ao superficialismo, para roupas de grife,
para um corpo perfeito, para os templos das academias e shoppings
etc.
Ainda sobre o meu uso da cor preta e a explicação dada pelo site:
“Pode indicar ainda formas de desequilíbrios”. Quanto a isso, me faz
pensar. Alguns me viam talvez como uma pessoa falando em Deus, em
Jesus Cristo ou de Nossa Senhora, eu fosse então uma desequilibrada.
É natural quando estamos em meio ao paganismo. E eu sabia onde
estava pisando... Eu estava provida da Obra da Mãe amada.
A intenção sempre fora a de me fazer presença em Deus. Então, o
que pareceu desequilíbrio, na visão deles, foi o contrário. Na falta de
Deus que eu sentia nesta cidade menor, eu desejava o Equilíbrio. Por
isso, o me fazer “desequilíbrio” na visão de alguns na busca pelo Equi-
líbrio. Afinal, eu tinha o Conhecimento do Livro da Mãe Celeste, sabia
onde caminhava, mas estava calada quanto a isso naquele Tempo. Não
tinha como falar. Eu queria trazer Deus onde eu sentia praticamente
não existir Deus. Existem aqueles que dizem existir Deus nele e com
ele, mas se você acaba por fazer um sinal da cruz, por exemplo, num
restaurante e reza para obter a bênção de Deus naquele alimento,
pronto! Parece que, assim, Deus não pode ser testemunhado, existido.
Deus deve se fazer prática na vida das pessoas. Da teoria para a práti-
ca. É Tempo! Deus pode estar em qualquer lugar num coração puro se
O desejar invocar. Aliás, feliz daqueles que caminharem no dia-a-dia e
conseguirem louvá-Lo, lembrá-Lo em todas as horas da sua vida.
Naturalmente sabia existir pessoas as quais empregavam o uso
do preto com outros fins. Já vi homens vestidos de preto, com tatua-
gens feias pelos braços, usando piercings, correntes atravessadas pelo
corpo e saindo em grupo e de moto. Homens com seus rostos pesados,
jeito de poucos amigos e desejando bronca aonde chegam. A diversi-
705
dade do emprego da cor preta realmente é misteriosa. Há, segundo o
site, a informação de que a cor preta para uns “indica morte, tragédias,
doenças ou desequilíbrios ou ódio, vingança e ação maléfica”. Entretan-
to não era assim para mim. Nunca foi. Sempre desejei passe livre na
caminhada existencial, com o mínimo de interferência possível de cer-
tas pessoas que pudessem boicotar minhas inspirações para Deus e
minha Mãe, ou seja, queria passe livre na discrição no uso do preto pa-
ra poder trabalhar para Deus. Então, encontrei pela primeira vez uma
explicação falando muito bem sobre os meus sentimentos. Mesmo de-
sejando discrição e passe livre para a vida, ainda assim as provações
me acompanharam. O passe livre para a vida foi o desejo de trazer um
pedacinho do Céu aqui para a Terra limpando, purificando um lugar on-
de existiam pessoas que se davam a fazer trabalhos para o Mal. O em-
prego de sete pessoas, na apresentação, foi devido a observações sé-
rias quanto ao espiritual divino e o espiritual maléfico narrado para vo-
cê. Fiz uns escritos sobre isso como teoria e tese de vida. Escrevi sobre
isso e deixei os escritos nos cadernos universitários deixando-os na
portaria do seminário para que entregassem aos cuidados de alguns
sacerdotes para os quais enderecei a obra. Não sei deles, pois caminho
não voltando atrás.
Tinha pleno Conhecimento da caminhada feita em nome de Deus.
Enquanto no desejo em falar sobre o Amor de Deus, havia pessoas não
suportavam o que eu fazia; já tinha passado por uma situação desagra-
dável, ali mesmo naquela escola. Mas eu caminhava e caminhava...
Prosseguia e sem olhar para trás. Passei a ser um pouco do que os
padres ou os sacerdotes são no uso da batina preta e significando mor-
rer para o mundo, isto é, para os prazeres do mundo. A vocação de um
bom sacerdote é a espiritual divina, um viver para a família celeste e
seus fiéis e morrendo dessa forma para o mundo, o mundano.
Outra canção da Xuxa fora usada na apresentação do dia especi-
706
al: ‘Lua de Cristal’. Escolhida por mim, por ter tudo a ver com o que sen-
tia com o que tanto desejava junto com minha amada Mãe, Nossa Se-
nhora de Fátima, para a Humanidade: um sonho, um ideal. Você pode
ler as letras tanto do Arco-íris quanto da Lua de Cristal, são realmente
lindas e trazia a graciosidade das letras para o palco da vida, naquela
representação e apresentação. Não recordo, mas devo ter preparado
algo muito bonito a ser lido ao fazer essa apresentação, como abertura,
porque sempre aproveitava para deixar alguma mensagem para Deus,
em Deus, e fazia através de Deus para aqueles que estavam presentes.
Obviamente nem tudo foi explícito. Nunca entenderiam. Se começasse
a falar o que realmente estava em meu coração, me chamariam de
“louca”. Se o pouco que criara já dava o que comentar, imagina se fos-
se me expor como realmente gostaria. Fico imaginando quantas cria-
ções lindas, belezas puras, são amortecidas, dominadas por pessoas
más. Agora é impressionante como atualmente se alargou o número de
certas pessoas que não possuem o menor pudor. Exemplo: ouvem-se
os sons dos carros bem altos e letras de músicas abusivas e imorais.
Existem jovens pelas esquinas fazendo carícias obscenas sem a menor
vergonha. Existem cartazes espalhados com mulheres que se deixam
usar seus corpos praticamente nus, sem o menor pudor. E o que é pior:
isso passa como exemplo para outras adolescentes e fantasiam, acham
que isso é o natural da vida e desejam muitas delas, ser uma profissio-
nal da beleza. Desejam serem cópias. Como se mulher fosse mais mu-
lher pela nudez, pelo belo corpo. Acham uma vida fácil e dá muito di-
nheiro.
Acredito que possamos ser mais mulheres mostrando nossas al-
mas. Mostrando a beleza interior, as virtudes... Podemos ser mais mu-
lheres usando saias compridas, por exemplo. Quão feminina fica uma
mulher com saia ao invés de calças. O quanto uma mulher fica mais
feminina ao usar roupas frouxas onde o corpo agradece por estar tão
707
bem solto dentro dos panos.
Não é chegada a hora, meu querido, de fazer ter vez e voz as do-
ces canções? Não está na hora, meu querido, de não ter vergonha e
medo de ser chamado de louco em nome do Amor puro e sublime?
Agora você está liberto do peso dos grilhões invisíveis do rótulo da lou-
cura; e você já percebe, entende que é um ser criado à Imagem e se-
melhança de Deus e sabe que Deus não deseja que existam almas
presas em gaiolas, enclausuradas, achando-se estranhas ou esquisitas.
Naturalmente, se você estiver se sentindo existencialmente mal, procu-
re se reconciliar com Deus. Você poderá também precisar de um ombro
amigo? Se precisar e não encontrar alguém que o escute aqui na Terra,
se precisar de uma pessoa para caminhar ao seu lado pode recorrer ao
filósofo clínico, o amigo da sabedoria, pois ele é um Filósofo antes de
tudo ou a um terapeuta humano. Entretanto, não esqueça jamais do
seu melhor amigo: Jesus Cristo na Eucaristia. Ele dá o alívio das dores
da alma, ele salva uma alma do fosso escuro, das perseguições maléfi-
cas numerosas nesse mundo. Tudo dependerá da historicidade de cada
pessoa, pois cada pessoa é única, não esqueça jamais disso.
Voltando ao que não foi explícito na apresentação realizada na
escola, mas que estava em minha mente e meu coração: pedi a Deus
perdão por poucos caminharem com Ele. Desejei que Deus olhasse e
tivesse misericórdia para os muitos que caminhavam na aridez de
amor. Que Deus olhasse o esforço dos poucos, pois que ainda estavam
vivos Nele, acreditando Nele, vivendo-O de fato, ou seja, sendo coeren-
tes, trazendo para a vida a prática da Bíblia, da Sua Palavra.
Verdadeiramente?
Nem os poucos, com real fé, eu sentia encontrar ali em meu meio.
Eram raríssimas as pessoas de fé e não tínhamos tempo apropriado,
devido aos compromissos, de conversar sobre assuntos de âmbito espi-
ritual. Havia uma única amiga na minha escola — eu a conhecia de ou-
708
tros tempos — não costumava frequentar as igrejas, as missas, mas
encontrava nela uma irmã no espiritual, na compreensão do amor fra-
terno. Nós nos conhecíamos do tempo de jovens e no colégio ginasial,
como assim era chamado. Um dia, eu a presenteei um quadro pintado
com a ajuda de minha professora de pintura. Queria muito expressar o
que ia ao meu coração, projetando em tela. Foi assim pedi ajuda para
minha professora para a realização desse quadro como também de
mais outros quatro quadros. Juntamente com a professora, fizemos um
quadro retratando uma Fazenda e nela, casinha, verdes, lago e pati-
nhos. Outro quadro pequeno retratava uma folha de outono, de plátano.
Este quadro foi cem por cento pintado por mim. Levei uma folha de ver-
dade, natural, e passei a olhá-la e a pintá-la. Minha professora não
chegou a ajudar-me neste, pois tão simples ele era. Eu queria muito ter
um quadro que tivesse uma cesta caída cheinha de rosas saindo de
dentro e fizemos este quadro, mas com a ajuda da minha professora de
pintura. Não importava a minha professora trabalhar mais no quadro do
que eu mesma, pois só dessa maneira, ao seu lado, dizendo como que-
ria as rosas eu pude ver retratada, a cesta caída e as rosas esparrama-
das... Um punhado de rosas coloridas lindas. Com que classe a pro-
fessora pintava as pétalas das rosas... Que lindas! Inesquecíveis para
mim. Como tenho a agradecer por ter me ajudado nesse desejo, nessas
atenções e lisonjas todas.
Eu me lembro de ter pedido a minha irmã amada, num Tempo, pa-
ra fazer esse quadro para mim, pois ela sabia pintar a óleo muito bem e
fazia alguns trabalhos com espátulas. Não teve condições para fazê-lo
como você bem sabe.
Outro quadro pintado com tintas a óleo foi A Borboleta Azul. Fiquei
tão deslumbrada com uma borboleta vista numa cidade linda e românti-
ca onde estive com minha filha, no dia do seu aniversário e desejei mui-
to vê-la reproduzida num quadro. Enquanto andávamos num teleférico,
709
no meio das matas, do verde, a borboleta azul passou à nossa frente ao
ponto de podermos avistá-la. Tinha uma cor azulada fosforescente. Ti-
nha uma cor azul-noite que brilhava com o sol da tardinha incidindo em
suas asas. Minha professora querida me escutava e fazia todo o empe-
nho de tentar me ajudar a pintar a cena na qual gostaria de poder viver
eternamente; ficar olhando para a borboleta do azul luminoso. Final-
mente, o importante para mim foi ver reproduzido o que ia à minha al-
ma, trabalhando com a professora e outras companheiras, alunas de
turminha. Sentia trabalhar meus sentimentos e isso transmitia para mim
mais poesias e eu precisava para levar a minha vida. Embora não sen-
do exatamente o real visto, eu não me importava, pois pude ocupar-me
no Tempo e aproveitei para presentear certas pessoas com os quadros.
O quadro da amiga da escola, por exemplo, possuía certos elementos
importantes dos quais sentia na minha caminhada existencial. Um dia,
telefonei para a amiga depois de muito tempo sem vê-la ou falar com
ela por telefone, mas telefonei-lhe para saber se ainda ela possuía o
quadro que um dia fora presenteada. Como não me lembrava de todos
os elementos, ela foi me dizendo todos na conversa por telefone. Ela,
então, reavivou minha memória. Disse-me que eu fizera um terço e
havia três rosas. Pintei um coração, uma lágrima e um oceano. Não
lembrava mais do olho. Ela me disse ter feito um olho e, uma lágrima.
Eu me lembrava da lágrima, mas do olho não. Disse que tem a carta
consigo escrita na ocasião. Não lembrava mais da carta. Eu lembrava o
terço e possuía contas das quais cada dezena era de uma cor, pois re-
presentavam os cinco continentes. Lembrava que eu tinha um terço lin-
dinho assim e diferente do tradicional. Lembrava que tinha um folheto e
acompanhava a leitura, as orações dedicadas aos cinco continentes.
Lembro que usei por um longo Tempo a reza deste terço. Não recordo
se eu dei o terço dos continentes para ela. Sei que foi mais ou menos
isso. Era exatamente o que gostaria de expressar. Eu era uma Maria,

710
na caminhada da Vida, desejando representar as lágrimas de tantas
outras Marias neste Vale de Lágrimas e a Salve Rainha nos transmitia.
Eu sofria muito, eu chorava muito e caminhava com a Mãe, acreditava
na minha amada Mãe. Como falar do Livro de Nossa Senhora, “Aos
Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Senhora”, para colegas da esco-
la a não ser recorrer ao meu bom sacerdote do seminário quem me
acolhia, escutava minhas mazelas existenciais, assim como minha Mãe
falava tanto para a Humanidade. Talvez você deseje saber o que ele, o
sacerdote amigo, me dizia. Não dizia nada. Recebia-me com carinho,
amável. Escutava-me e me compreendia, pois nossa linguagem era a
mesma. Ambos acreditávamos em Nossa Senhora, nossa Mãe. Tam-
bém se dizia devoto fervoroso de Nossa Senhora e de São José. Não
tinha um olhar de quem me achasse uma “louca”, mas o de que acredi-
tava em mim. Sabia e sentia que ele acreditava no Mal e nos defenso-
res do Bem. Outro sacerdote chegou para mim e disse que “uma litera-
tura como aquela teria que se ter cautela”. Eu não podia me deixar in-
fluenciar pela incredulidade daquele padre. Não podia ou senão eu se-
ria uma farsa. Teria que jogar minha própria história de vida numa lata
de lixo e o que sobraria da minha vida? Nada! E eu saí daquela sala,
àquela vez, pensando assim: “não posso me tornar incrédula. Não pos-
so”. Pensava para mim mesma: “cada um é um; eu sou assim; cada
alma é única. Não sou ele e eu acredito em cada palavra da Mãe”.
Sim, eu acreditava em tudo que Nossa Senhora falava nas Suas
mensagens, pois também eu vivi o Mal e não pense você que estou
livre dele. Não é por menos que rezava o terço, depois passei a rezar o
Santo Rosário, procuro me escudar e rezar por aqueles a quem amo
tanto. A situação é essa na Terra. Somente não percebe quem está
desligado do espiritual e quem não possui coração para sentir. No de-
correr da caminhada no espiritual, eu encontrei meu bom sacerdote,
aquele que eu procurava no seminário, fazendo parte, ou seja, um dos
711
integrantes do Movimento Sacerdotal Mariano. Nunca esquecerei as
lágrimas no seu rosto falando da necessidade de bons padres, bons
sacerdotes. Ele havia se emocionado nesta ocasião, neste dia em que
o padre italiano Stefano Gobbi veio ao Brasil realizar o Movimento Sa-
cerdotal Mariano. Esses poucos, essas poucas pessoas estavam vivas
em Deus, acreditando em Deus, vivos em Deus, eram os meus irmãos
em Cristo do Movimento Sacerdotal Mariano ou os irmãos da Renova-
ção Carismática Católica. Com eles, juntos reunidos, eu encontrava a fé
viva; encontrava pessoas afins, reunidas, lutando de verdade na fé, pa-
ra enfrentar as vicissitudes da vida. Sentia que não estava sozinha. Que
não acreditava sozinha. Então, nessa caminhada concreta, caminhada
na vida, colocava a Palavra de Deus em ação. Era a minha oferenda de
amor no Palco da Vida, enquanto tinha nitidamente presente o Mal que
me perseguia e teimosamente sendo cultuado das diversas formas na
cidade menor, onde nasci e lugar onde vivo até o dia que Deus quiser.
O demônio teimava em secar a fonte do amor.
Queria agradecer por tudo recebido de Deus. Agradecer a posi-
ção a qual ocupava naquela escola. Conscientemente, eu sentia pes-
soas, na sua maioria, fazendo suas caminhadas espirituais. As suas
caminhadas não eram as mesmas minhas caminhadas espirituais. Po-
de-se então perceber o quanto cada ser humano é único realmente.
Não passava por suas mentes estar dando minha vida na caminhada
em Deus, para Deus, por Deus. É como se olhasse cada pessoa me
rodeando fazendo parte da minha vida e soubesse o que passava por
suas mentes e como me viam realizando meu trabalho sério, para Deus
ou de acordo com o que vai ao interior de cada uma.
Gostaria de relatar para você outro episódio, mas não me recordo
de tudo, pois não sei o ano e também para qual fim houve esse encon-
tro. Não tenho certeza se foi alguma convocação para eu representar o
Ensino Religioso Escolar. Foi realizada numa cidade próxima, outra ci-
712
dade menor. Fizeram algumas atividades conosco, com os participantes
deste encontro. Alguns palestrantes fizeram os seus pronunciamentos.
Numa das atividades realizadas, era um trabalho de representação
dramática; empregaram o psicodrama. Foram realizados diversos círcu-
los com as pessoas lado a lado. As pessoas se achegavam uma às ou-
tras de maneira aleatória para formar esses círculos. Então, pediram
para cada pessoa entrasse no círculo e dissesse algo, poderia gritar
fazer qualquer coisa. Eu optei por gritar, “Socorro! Socorro ajude-me!”.
Senti-me mais leve, minha voz indo para Deus.
Verdadeiramente?
Como gostei de ter participado de algo assim! Como se Deus esti-
vesse me ajudando. Sentia como se alguém ali estivesse sabendo do
que estava passando na vida e com toda certeza Deus estava comigo.
A expressividade para mim é algo importante. De certa maneira, me
senti muito melhor participando daquela dramatização. Era eu, na vida,
dizendo socorro! Assim eu me sentia. Uma perseguida espiritual. Nesse
Tempo ainda não fazia minhas proteções. Ainda estava numa pior. Não
pense você, meu querido, que eu nesse Tempo era exatamente o que
sou hoje. Não, naquele Tempo me sentia completamente só, lutando no
balão invisível, tendo que me segurar em alguma coisa e ainda não sa-
bia em quê. Estava iniciando a caminhada em Deus, em Jesus Cristo,
verdadeiramente. Um Tempo de horror para mim. Um Tempo de olha-
res, de aprisionamento invisível do rótulo de “louca”, tentando me reer-
guer, me estruturar e ainda mais tarde, tendo que passar sim, concre-
tamente, por tudo que passei naquela escola. Foram as minhas prova-
ções. Foram as minhas tentações e superações aqui nesta face da Ter-
ra. Tinha que sair delas. Tinha que respirar e sobreviver à tempestade
espiritual e existencial vividas, sendo concretizadas mais tarde pela
demonstração da traição, da cobra, mesmo sendo uma cobra pequena,
mas o estrago na minha vida seria o tamanho da minha não existência
713
para você nessa obra. A maldita (7 letras), sempre me acompanhando
na vida e por pouco não me picou o calcanhar como desejou fazer no
da minha amada Mãe Nossa Senhora de Fátima, criando em âmbito
muito maior do que a mim, obviamente, um Mal sem precedentes para
a Humanidade. A serpente antiga, satanás deseja criar uma falsa Igreja
e um falso Cristo. Você já possui o Conhecimento de quem são os par-
ticipantes dessa grande serpente antiga. Quem são os integrantes, que
se deixam instrumentalizar para o Mal aqui na Terra. Não preciso mais
dizer-lhe o que penso e sinto sobre isso, meu querido.
Falei a você sobre a passagem bíblica sobre um Arco. É a passa-
gem do livro de Gênese, 9,8-17, em que Deus faz uma Aliança com os
homens e foi esse o grande pensamento e objetivo, na apresentação da
escola, com os professores. Que Deus olhasse a miserável que fui num
Tempo e que visse quanta vida Ele me deu e o quanto estava agrade-
cida, reconhecida no amor. Que Deus desse, então, para tantas e tan-
tas pessoas que não O viam, não O sentiam, não O conhecia, a mesma
oportunidade tida por mim ao conhecê-Lo, senti-Lo, amá-Lo. Pessoas
afastadas D’Ele, na mesma situação que um dia eu estivera, e pudes-
sem então ter a vida e não a morte. Veja o que Deus nos deixa em Gê-
nese, a Aliança:

“Disse também Deus a Noé e a seus filhos:


“Vou fazer uma aliança convosco e com vossa posteridade, assim
como com todos os seres vivos que estão convosco: as aves, os ani-
mais domésticos, todos os animais selvagens que estão convosco,
desde todos aqueles que saíram da arca até todo o animal da terra.
Faço esta aliança convosco: “nenhuma criatura será mais destruída pe-
las águas do dilúvio, e não haverá mais dilúvio para devastar a terra”.
Deus disse: “Eis o sinal da aliança que eu faço convosco e com todos
os seres vivos que vos cercam, por todas as gerações futuras: Ponho o
meu arco nas nuvens, para que ele seja, o sinal da aliança entre mim e

714
a terra. Quando eu tiver coberto o céu de nuvens por cima da terra, o
meu arco aparecerá nas nuvens, e me lembrarei da aliança que fiz
convosco e com todo o ser vivo de toda espécie, e as águas não cau-
sarão mais dilúvio que extermine toda a criatura. Quando eu vir o arco
nas nuvens, eu me lembrarei da aliança eterna estabelecida entre Deus
e todos os seres vivos de toda espécie que estão sobre a terra”. Diri-
gindo-se a Noé, Deus acrescentou: “Este é o sinal da aliança que faço
entre mim e todas as criaturas que estão na terra.”

Trazer para você, querido leitor, esta passagem bíblica de Gêne-


se, é simplesmente uma ilustração em torno do arco-íris, a inspiração
na apresentação na escola. Pensava muito em Nossa Senhora na ca-
minhada e também naquela apresentação considerava Maria, a Mãe
preocupada com a Humanidade fazendo as Suas aparições em diver-
sas partes do mundo. Para mim, Nossa Senhora seria como esse Arco
da Aliança, falado por Deus, em Gênese, mas um arco de um sinal no
céu para nos avisar de uma forma mais atual ao “novo homem”, isto é,
uma nova conduta, um novo modo de proceder, de viver, enfim, a con-
versão dos pecadores. Ela, a Mãe, aparece no Céu, como um sinal de
salvação para a Humanidade. Então, também eu queria juntamente
com Ela, trazer para a Terra algumas gotas da divindade. Sim. Propu-
nha-me para Deus ser parte dessa aliança, se Deus da Misericórdia
precisasse de mim, do meu sim, aqui na Terra para auxiliar a estabele-
cer o Amor da minha amada Mãe Celeste, Nossa Senhora, com a Hu-
manidade; afinal, estaria eu, respondendo ao apelo da própria Mãe,
através do Movimento Sacerdotal Mariano como uma soldadinha do
exército de Nossa Senhora; uma serva de Maria, carregando a Medalha
Missionária conforme Nossa Senhora do Rosário prepara Raymundo
Lopes na Obra Missionária. No Brasil devendo formar ministros para a
proteção da Eucaristia. Você já sabe a razão.

715
716
Capítulo III

Parte 10

“Tomado Pela Mão


(K7:: Agnus Dei didática 88)
Tomado pela mão com Jesus eu vou,
sigo-o como ovelha que encontrou o Pastor.
Tomado pela mão com Jesus eu vou aonde ele for.
Tomado pela mão com Jesus eu vou,
sigo-o como ovelha que encontrou o Pastor.
Tomado pela mão com Jesus eu vou aonde ele for.
Se Jesus me diz: amigo, deixa tudo e vem comigo,
onde tudo é mais formoso e mais feliz.
Se Jesus me diz amigo, deixa tudo e vem comigo,
eu minha mão porei na sua e irei com ele.
Eu te levarei amigo a um lugar comigo
onde o sol e as estrelas brilham mais.
Eu te levarei amigo a um lugar comigo
onde tudo é mais formoso e mais feliz.”

717
Que Brilhe a Luz de Jesus Cristo
Como já mencionei, Raymundo Lopes recebeu de Nossa Senhora
os trabalhos a realizar para uma nova evangelização, ou seja, para pre-
parar ainda melhor a evangelização. Nesses trabalhos, surge a meda-
lha missionária a qual Nossa Senhora pede a Raymundo Lopes para
cunhar, e quem a usa é serva de Nossa Senhora. Eu a uso e sou serva
de minha amada Mãe. : Dia desses, olhando um e-mail recebido do
site contato@brasilpelavida.org dizia assim: “A cristianofobia continua sua
investida internacional, não só matando cristãos, destruindo igrejas,
mas também e principalmente destruindo nas mentes os princípios cris-
tãos, seus símbolos e seus valores. A mais recente das agressões a
nossa fé, em nosso País, está acontecendo nestes dias em Porto Ale-
gre, no teatro São Pedro, onde estava programado para ontem (19),
hoje (20) e sábado (21), em Porto Alegre (RS), a peça teatral blasfema
do italiano Romeo Castellucci, intitulada “Sobre o Conceito da Face no
Filho de Deus”. “Qual é o enredo da peça? Diante de uma enorme foto-
grafia da Sagrada face de Nosso Senhor Jesus Cristo, estampada em
uma tela, um idoso nu é vítima de vários ataques de disenteria que exi-
gem de seu filho o trabalho de limpá-lo regularmente. O diretor Romeo
Castellucci não poupa nada ao público, nem mesmo o cheiro (...) O pai
pede perdão ao filho que continua seu trabalho. Mas a situação vai fi-
cando cada vez mais difícil. O velho, então, grita e se revolta. O filho
beija a imagem de Cristo. Ambos se retiram do palco. Em seguida, a
imagem de Cristo é coberta com um véu negro. Excrementos fecais são
lançados na tela e no palco. O painel do rosto de Cristo vai se escure-
cendo até ser rasgado e, por fim, aparecem os dizeres: “Você (não) é
meu pastor”. Na versão apresentada no festival de Avignon, na França,
crianças aparecem em cena jogando granadas no retrato de Cristo...”
Logo a seguir, no site recebido, dizia para assistir o vídeo. Não tive
coragem. A afronta é tão enorme para mim, o ultraje é tão grande, tão
718
imenso, que chego a ficar considerando não ser verdade. Fico extre-
mamente chocada!
Na Representação de Mundo, como filósofa religiosa, sou clara
em dizer a você não poder chamar uma pessoa elaborando algo assim
de louca, mas sim, possessa. Há dentro dessa pessoa um mundo inte-
rior muito, muito feio, tão feio que seu desejo é a destruição dos princí-
pios lindos, bons, dignificantes que trazem para a Terra a vida. Esse
viver de alguém que traz ao mundo algo assim feio é um viver de morte.
Que tenhamos a noção de que o Mal é uma realidade e que se faz ne-
cessário tomar as defesas cabíveis. Participar delas, estar com elas,
viver nesse mundo de feiura sem proteção, sem escudo é terrível. De-
vemos fazer nossas escolhas. Podemos estar convivendo com certas
pessoas, cada uma deverá manter sua alma íntegra, intacta para Deus,
se deseja sua salvação. Há pessoas que, por não acreditarem em
Deus, consideram viver sem limites. Não acredita na existência de
Deus, Deus conhecedor de suas ovelhas, Jesus Cristo, Pastor das suas
ovelhas queridas. Jesus é o Bom Pastor, sim. Pessoas como essas,
sem Deus, não desejam a ajuda de um bom sacerdote para a reconcili-
ação com Deus, pois Ele não existe para elas. Não desejam limpar a si
mesmas, limpar a Humanidade; não se limpando, acabam por sujar
quem está em volta, a começar por si mesmas. Pessoas dessa nature-
za estão trazendo para cá o mal, a semente do mal, desejando a parti-
cipação de crianças inocentes e puras, como você leu no exemplo do
teatro, encaminhando-as nas barbáries mundanas, nos descréditos de
tudo. Não desejam a obediência, não desejam limites, não desejam
possuir um Deus pela consciência da retidão. O que eu chamaria? En-
quanto muitas pessoas desejam serem as ovelhas do Bom Pastor, há
os que desejam passar por cima de tudo, de todos, os cabritos, com
seus feitos destruidores e muitas vezes, não a nível concreto imediato
que se possa enxergar, mas atingindo o interior de seu outro de manei-
719
ra “intelectual”. Será somente eu sinto o que se passa de forma indig-
nada, as barbáries que se evidenciam a todo o momento no mundo e,
nesse caso, dado como exemplo, como uma aberração desmedida inte-
lectual? Por isso preciso da sua dialética, pois um viver assim, dessa
maneira, está sendo sofrível em demasia para mim. Em um viver assim,
assistindo a tantas desgraças eu não suporto ficar; minha luta é por um
mundo melhor, este é o meu sonho, imagina você como me sinto no
mundo como ele está? Ao mesmo tempo, preciso respirar a poesia das
mais simples e variadas maneiras. Preciso me retirar para rezar num
canto querido da casa simples e já envelhecido. Nela, tenho o que pre-
ciso e não preciso de luxo. Nela tenho aquele mínimo necessário acre-
ditando que todas as Marias da Terra deveriam possuir.
A vida está tão desproporcional... A vida está tão injustiçada... E
eu sou uma Maria. Maria vivendo no meio de outras Marias; soube en-
contrar muito bem a posição ocupada mesmo em meio à aridez do de-
serto do Amor. Uma Maria que encontrou a Mãe Maria, Mãe amada,
Celeste, minha grande Estrela Guia.
Na Europa, existe uma aridez muito grande com relação às igrejas
Católicas. Igrejas fechadas e usadas para inúmeras outras finalidades.
Igrejas sendo profanadas. Igrejas ou seminários vendidos gradativa-
mente. Instituições religiosas de freiras ou freis vendidos, não conse-
guem administrar o patrimônio, as administrações sendo passadas a
leigos. Partes dos ambientes de instituições religiosas são colocadas à
disposição de aluguéis de quartos, muitas capelas são transformadas
em salas de convenções; no lugar onde ficava o sacrário colocam telas
e os equipamentos próprios da comunicação. Perdem-se assim os es-
paços sagrados, os espaços para o estritamente contemplativo, para
um número grande de pessoas não estão dando o verdadeiro valor pa-
ra essa necessidade fundamental às almas terrenas. Um verdadeiro
caos religioso. Atualmente estão minando os princípios básicos como o
720
direito pela vida. O aborto, por exemplo. É um assassinato a sangue frio
de um serzinho no ventre materno não possuindo o direito de defesa.
Muitas mulheres estão optando pelo prazer sexual, muitas vezes fazen-
do sexo desmedidamente e sem amor, sexo pelo sexo, prazer. Optam
por um viver assim. O próprio governo fomenta e entrega gratuitamente
as “camisinhas” e jovenzinhos já se entregam à prática sexual nessa
opção, sem ao menos desejarem pensar que a garota poderá engravi-
dar. Se não desejarem o bebê vão assassinar aquele pequeno. O go-
verno, ao invés das famosas “camisinhas”, deve investir em vídeos gra-
tuitos e distribuídos nos quais mostre as imagens de um bebê sendo
morto a sangue frio por esses médicos que se deixam levar por essa
chacina! Assim, esperamos que muitas jovens pensem duas vezes an-
tes de manter um relacionamento. Não seria essa educação, formação
que os do “topo” deveriam fazer para conscientizar esses adolescentes
da maldade que praticam? E os pais que se encontram perdidos no
modo de educar seus próprios filhos, encontrariam respaldo na socie-
dade, já que alguns meios de comunicação passaram uma mentalidade
muito superficial de viver. Mas ao contrário, o governo diz assim:
“olhem, façam sexo, pois a ‘camisinha’ é de graça”. Agindo de forma
perniciosa, surge embutido o interesse de alguns em lucrar com tudo
isso. Quem sai ganhando com a fabricação de “camisinhas”? Quem são
os vilões da maldade, os que não estão preocupados com nada a não
ser ganhar a propina? Onde está à preocupação do governo em formar
bons cidadãos e cidadãs de amanhã? Pessoas íntegras, pessoas dig-
nas? Não me refiro a possuir dinheiro, pois desde quando dinheiro torna
uma pessoa digna, honesta? Você é do tempo que considera que pos-
suir educação requer dinheiro? De forma alguma. Na Bíblia há uma
passagem que diz que mulher inteligente é aquela que teme a Deus.
Esta passagem bíblica está em Provérbios, capítulo 31,30. Diz assim:
“A graça é falaz e a beleza é vã; a mulher inteligente é a que se
721
deve louvar”.
O sentido de inteligente em hebraico, na Bíblia, traz: quem teme
ao Senhor. É muito lindo, é prudente uma mulher temente ao Senhor
Deus. Sei da dificuldade em muitos momentos, pois muito do desejo de
uma mulher não é realizado e encontrado no tempo em que ela quer. A
importância de perseverar em Deus, em tê-Lo como primazia, Nele sa-
ber esperar, saber ter paciência e confiar em dias melhores, não há ri-
queza que pague tão grande conforto e amparo, pois Ele recompensará
quem espera Nele. A caminhada existencial Nele se pode obter confi-
ança e paz interior. Isso é ter fé.
Em Eclesiástico, cap. 1,11- 40 fala muito sobre o Temor a Deus.
Cap. 2,7-23, continua orientando muito sobre o Temor de Deus, o qual
acho imprescindível para a Humanidade. Em Provérbios também há
versículos que trazem a importância de uma pessoa temente a Deus. O
governo, a televisão, os meios de comunicação deveriam falar de um
viver conjugal com qualidade, com amor, e não fomentar o sexo. Mos-
trar vídeos que fizessem a crítica às indústrias farmacêuticas. Existem
remédios realizados por aí em demasia. Médicos lucrando com toda
essa aberração do assassinato a sangue frio de bebês. Imagine o que
gira em torno de tantos que se beneficiam com as mortes, a morte que
gera morte.
Veja o que Deus fala em Gênese, 9,1-7, sobre a Humanidade no-
va:

“Deus abençoou Noé e seus filhos: “Sede fecundos, disse-lhes ele,


multiplicai-vos e enchei a terra. Vós sereis objeto de temor e de espan-
to para todo animal da terra, toda ave do céu, tudo o que se arrasta so-
bre o solo e todos os peixes do mar: eles vos serão entregues nas
mãos. Tudo o que se move e vive vos servirá de alimento; eu vos dou
tudo isto, como vos dei a erva verde. Somente não comereis carne com
a sua alma, com seu sangue. Eu pedirei conta de vosso sangue, por
722
causa de vossas almas, a todo animal; e ao homem (que matar) o seu
irmão, pedirei conta da alma do homem. Todo aquele que derramar o
sangue humano terá o seu próprio sangue derramado pelo homem,
porque Deus fez o homem à sua imagem. Sede, pois, fecundos e mul-
tiplicai-vos, e espalhai-vos, sobre a terra abundantemente”.

Precisamos limpar, precisamos reconhecer os erros e trabalhar


em cima deles para uma purificação. Existem pessoas tão presas a es-
ses emaranhados da vida que há a necessidade de outros seres huma-
nos imparciais, isentos de qualquer vínculo para dar o “grito da liberta-
ção” a quem precisa, pois como diz Nossa Senhora a Raymundo Lo-
pes, não dá para “conter o curso de um rio”. Por mais que alguns ho-
mens teimem em boicotar o processo vital, sempre haverá o nosso
Deus amado, o Deus da Vida, para enviar à Terra pessoas de amor, da
verdade, e mostrar a eles com prodigiosos sinais a presença de Deus e
Ele vem acima de todas as coisas. A força do amor e da vida são sen-
timentos imbatíveis, pois é o próprio ar que precisamos para viver. As-
sim eu tenho como verdade.
Estamos em pleno século XXI, século de homens que se dizem
tão informados e inteligentes, com tantas máquinas modernas, da era
digital, construindo robôs, clonando animais, tentando fazer o mesmo
com pessoas; encontramos milhares deles cultuando seitas, matando
animais para entregar aos demônios e inclusive utilizando isso para fa-
zerem maus pais, seus próprios filhos, para fazer magia negra colocan-
do agulhas nos corpos das crianças. Você acessando o Google verá o
que fazem em magias negras com as crianças e animais. O que Deus
pensa dessa parte da Humanidade? São pessoas que sem Deus Ver-
dadeiro atendem à vontade do diabo, de satanás. Assim, o que os de-
mônios pedem para essas pessoas atormentadas pelo Mal, possessas,
pois que afastadas de Deus, elas obedecem e realizam, sim, o Mal pe-
dido por promessas, barganhas em conseguir algum intento. Impressio-
723
nante então o atraso do mundo interior das pessoas, não são poucas.
Poucas são as pessoas que possuem acesso à tecnologia, e milhares
desses outros estão à margem da tecnologia, vamos dizer assim, são
os vassalos, os plebeus trabalhando para os graúdos que engendraram
e fizeram tudo acontecer quanto ao maquinário tecnológico. Não sou
contra a tecnologia, não. Acredito que vem em boa hora. Se, por um
lado, fez mascarar uma era que parece ser tão evoluída, mas não é, por
outro, podemos encontrar nestes mesmos meios as condições favorá-
veis de informações.
Aqui na cidade menor, por exemplo, é impressionante o número
de farmácias e funerárias. Você talvez vá rir, mas não é cômico, não.
Uma coisa se entrelaça na outra, não é mesmo? Doenças, remédios,
doenças não curadas, mortes e funerárias. Pacote completo. Muitos
comerciantes procuram fazer a pesquisa antes e ver o que pode dar
mais dinheiro. Farmácias, remédios, dão dinheiro. O povo não passa
bem. O povo compra muito remédio. Remédios para tudo e para doen-
ças que nem existem, “eles” inventam. O Mal tem como entrar com
mais facilidade se uma pessoa não estiver escudada em Deus, na famí-
lia celeste. Entra numa Humanidade que peca; numa Humanidade que
não mais reza. Numa Humanidade que não levanta o olhar em direção
a Deus.
Uma maldade muito grande é saber que muitos médicos prescre-
vem drogas medicamentosas por qualquer motivo para muitas pessoas
para que se sintam melhores. Mas melhor, como? Melhor a pessoa
embutida de remédios, deixando-a caminhar como um autômato? Um
robô? Que até as lidas mais fundamentais de uma casa que é o varrer,
o lavar e passar ela realizará com maior dificuldade. Pessoas fortemen-
te medicadas, muitas encontram ainda a dificuldade de articulação da
fala, pois enrolam a língua sem conseguir ser o que antes era fluente
para elas. Quanto uma só pessoa mal resolvida pode trazer de tristezas
724
para os seus familiares... Imagine algo tão trivial que são as lidas da
casa e ao entanto uma pessoa não consegue realizar por conta de fár-
macos. Muitas vezes, para tudo num lar, por causa disso. Quando, não
raro, numa família, existem as incompreensões pela pessoa doente
(mal existencial), não conseguindo fazer o trabalho de casa, e isso gera
sérios conflitos! Enfim, um médico deve estar muito bem preparado,
humanamente preparado, antes de medicar uma pessoa. Saber da inte-
ração medicamentosa do seu paciente é fundamental. Conversar com
ele, ver os remédios que já toma para depois medicá-lo, pois pode ser
frequente levar à morte se assim não proceder. Que atraso humano,
nos valores, na consideração, no respeito e amor ao seu próximo! E
ainda falam em ir à lua enquanto existe tanto o que fazer por aqui, a
começar por nós mesmos.
Mais do que nunca, a mulher deverá pensar, deverá usar sua ra-
zão em Deus, no temor de Deus, antes de praticar algo que mais tarde
vai se arrepender; estou falando sobre o ser mãe. Uma tristeza é ver
avós que já tiveram seus filhos e que estão a criar os netos; netos ge-
rados do sentimento da paixão e não do amor. A avó cuida dos netos e
não raro acaba por ceder a sua própria casa, tornando o quintal dela a
morada para o filho ou a filha que gerou um bebê sem pensar muito
bem no que estava fazendo, principalmente sem colocar o Temor de
Deus! Por isso, frequentemente dessa desobediência, surgem pais que
prematuramente separam-se e a avó, ou outra pessoa, cuida do filho.
Se a criança possuir amor nesta família, se ela for amada, aceita, bem-
vinda, que maravilha! Mas e se o nascimento for o motivo de discórdias,
de discussões, gerando a falta de paz? Surge a problemática da educa-
ção, da escola, da saúde... Quem leva a criança pequena para a escola
e o que surge, além disso...
A criança pode nascer com um problema qualquer; mais atenção
dos pais terá que possuir. Surgem então, os mais diversos penhores,
725
suores e trabalhos; choros e aflições. Não é mais vergonha fazer sexo,
mas parece-me que fazer amor, sim, passou a ser vergonha. Passou a
ser vergonha esperar o Tempo propício para poder então proporcionar
educação, saúde, moradia para os filhos, respeitando a avó e o avô,
que cansados e velhos precisariam ser aqueles que dão gotas de amor,
brincadeiras queridas, e não assumir a responsabilidade do casal irres-
ponsável muitas vezes. E tudo está empobrecendo... Empobrece o bem
viver, empobrecem as famílias, empobrece a moral, empobrece o amor,
empobrece a felicidade, empobrece a bondade, empobrece a caridade
e tanto mais. É preciso um governo no qual seus governantes tenham a
Bíblia na cabeceira e na mão. É preciso uma humanidade de ‘Conheci-
mento’. Precisamos do Temor de Deus nas mentes e corações das
pessoas. O Olho de Deus existe está vendo tudo o que está aconte-
cendo na Terra e está dando as Suas Últimas Misericórdias. Os animais
irracionais elevam seu olhar a Deus? O animal irracional faz orações?
O animal irracional não mata, não faz chacina de bebês a sangue frio.
O bicho homem faz. O ser humano, um bom número, está agindo muito
pior do que os próprios animais irracionais. Fica mais fácil não pensar e
não se comprometer. O mundo dos vícios, do álcool, das drogas vai
dando vazão ao animal demônio para entrar nas mentes e tomar conta
do ser. Já não se sabe quem está na nossa frente. Uma criatura domi-
nada pelo vício perde a sua identidade gradativamente e sua essência
afastada de Deus cada vez mais. Não existe para certas pessoas a
busca pelo Olhar de Deus sobre elas. Não existe. A vida não tem outro
sentido mais profundo. Não há o Temor de Deus. Não há um domínio
de seus sentimentos primários e agem por instinto como os animais.
Como animais, estão se deixando levar pela fúria da paixão sem domí-
nio próprio. É muito, mas muito triste constatar isso. Muitas dessas pes-
soas que se encontram nesse vazio existencial, ou seja, da falta de
Deus, são pessoas muito boas. Pessoas tão boas que não encontrando

726
suas poesias aqui na Terra — inclusive envergonhadas de se mostra-
rem sensíveis, frente à dureza que lhes aguardam no mundo “contami-
nado” — apegam-se a formas prejudiciais desse mundo. Muitas vezes
também, já tentaram procurar algo melhor, mas foi quando ali mesmo,
naquela busca o demônio lhes boicotou. Rogo ao Deus Pai Santo, Deus
Pai Forte, Deus Pai Imortal que ampare todas essas pessoas. Que a
força do Alto, a força do Espírito Santo envolva como grande “pescador”
o maior número de almas possível para Jesus Cristo Misericordioso pa-
ra que sintam a Paz de Jesus Cristo em suas vidas. É muito bom estar
com Ele e sentir a Sua paz. Que o espiritual maléfico seja dominado
nesta luta árdua, que algumas almas na Terra sintam ter que lutar a
batalha, participar desta batalha espiritual para que o mundo se torne
um mundo de vida e não o da morte.
Vamos voltar ao dia que eu acordara com o meu coração acelera-
do; fazia algum tempo que isso não acontecia. Foi no dia 29 de julho de
2013. Acordara me lembrando de Bárbara Maix, a pessoa dela, deixan-
do seu perdão. Com esse mesmo sentimento de perdão, também eu
senti deveria deixar para as pessoas que me ofenderam, esperar tam-
bém eu fosse perdoada pelas pessoas que eu ofendi. Acordei desejan-
do saber sobre uma frase de Dom Edmundo Kunz, meu professor, do
curso da Faculdade de Filosofia, e não parava de pensar de onde retirei
a sua citação que tomara nota na contracapa do livrinho azul, “Tempo
dado as Borboletas”. Tenho uma vaga lembrança que fosse do Tempo
da Faculdade de Filosofia. Lembro de uma vez eu ficara em frente de
um quadro que fizeram em memória a morte do querido professor e co-
piara uma frase do quadro da parede interna do seminário, num dos
corredores, perto de uma escadaria. Então, senti vontade de ir ao semi-
nário e saber se foi de lá a cópia daquela frase do meu professor. Falei
esses sentimentos ao meu esposo. A FAFIMC era a Faculdade de Filo-
sofia Nossa Senhora da Imaculada Conceição, onde cursei Filosofia e
727
esta faculdade ficava no Seminário Maior da América Latina. A frase de
Dom Edmundo Kunz, a escrita em citação, copiada não sabia de onde e
anotada atrás no livrinho azul, “O Tempo dado as Borboletas”, dizia as-
sim: “Creio mesmo, que não sou eu que me salvo, mas Jesus Cristo”.
Que frase forte, não é verdade? Que frase, meu querido! Que frase!
Tinha que saber de onde havia copiado essa frase. Tinha que saber.
Por isso, pedi ao meu amor para que, antes de irmos para o trabalho,
passássemos no seminário para me certificar se aquela frase fora reti-
rada do quadro. Meu homem-certo-amor foi, sim, comigo. Íamos à cida-
de maior para trabalhar, tinha coisas para fazer e ele também. Sempre
passamos pelo seminário e não raro as lembranças de como conheci
meu grande amor vinham à minha mente e ao meu coração. Chegáva-
mos a recordar certas situações; cada um de nós tinha um cunho per-
ceptivo diferente naquela época. Eu parecia a Lua que precisava do Sol
para ter seu efeito, pois meu amor realmente me transmitia vida, aque-
cimento, força para lutar, para continuar a vida. Assim que o sentia num
Tempo. Ele era o meu Sol e eu chegava a dar-lhe uns cartões lindos
feitos por uma pessoa querida; ela os fazia na época para vender no
seminário. Feitos com papel manteiga, eu creio; eram transparentes e
furadinhos e com desenhos feitos pela garota. Uma graça aquele traba-
lho. Corria ao encontro do meu amor, feliz e entregava-lhe os cartões
quieta; largava em suas mãos. Ali constava sempre algo relacionado ao
meu sol, aquele que me aquecia; enfim, o quanto ele representava em
minha vida, o quanto ele estava me ajudando, eu tentava demonstrar
através daqueles cartões. Tudo era puro amor. Não pensava em nada a
não ser no meu sofrimento e no quanto ele me ajudava.
Hoje, casados, havíamos pensado em retornar um dia naquele lu-
gar para recordar os velhos tempos. Queríamos voltar a caminhar pelas
estradinhas de chão batido, dirigindo-nos para a parte mais alta, a fim
de podermos observar a beleza da paisagem. Queríamos ver o jardim
728
interno e a capela central e a Nossa Senhora toda branca que ficava na
parede interna da capela, ao lado direito de quem entrava. Ela era tra-
balhada em blocos de azulejos brancos e muito alta. Queríamos ver o
Sagrado Coração de Jesus, a mesma imagem na qual meu amor colo-
cava a sua mão, nos pés ou no próprio Coração de Jesus para dizer:
“Este, sim, foi um grande homem!”. Enfim, comentávamos que um dia
voltaríamos ao seminário para uma visita. Sabíamos que a PUC (Ponti-
fícia Universidade Católica), havia comprado o seminário, o maior da
América Latina. Eu via as reformas, as pinturas tão diferentes, cores
mais vibrantes, fortes, sendo usadas na parte externa do grande prédio,
sempre que passávamos em frente dele para irmos à cidade maior. Às
vezes, meu amor e eu ficávamos comentando que o relógio era mais
iluminado do que a Nossa Senhora. Na verdade, gostaríamos de ver
Nossa Senhora com uma luz bem vibrante, bem forte; muito mais do
que o relógio era iluminado. Nosso trajeto para a cidade maior é por ali.
Quando pedi para meu amor passar comigo no seminário, dia 31 de
julho de 2013, ele dissera: “Por que tem que ser hoje? Não pode ser
outro dia?”. Respondi que estava com vontade ir naquele dia. Se pode-
ria ir naquele dia, porque não ir? Sempre, eu fui assim. Se eu puder fa-
zer algo hoje, nunca deixo para amanhã. Eu estava me sentindo Cha-
mada a ir naquele dia. Chegamos ao portão principal do que fora uma
vez, num Tempo, o Seminário Maior da América Latina e onde cursara
Filosofia. Desci do carro e falei com um senhor alto; ele disse que esta-
vam arrumando o portão principal de entrada, não dava para passar por
ali e tínhamos que fazer a volta para entrar pela lateral do prédio. Em
frente, possui um posto de combustível e na loja de conveniência, meu
amor comprou café para nós e um pãozinho de queijo para mim. Então,
fomos pela entrada lateral que os padres usavam para poderem alcan-
çar as novas instalações ao fundo, depois que foi vendido o seminário
para a PUC, (Pontifícia Universidade Católica). A entrada que tínhamos

729
era a mesma que os padres empregavam para ir a suas casas, mas
eles seguiam em frente; nós dobramos numa entrada provisória para
chegar ao grande prédio do seminário, ou seja, da PUC. Avistamos
uma plaquinha pequena escrita TECNOPUC. Fomos barrados por um
guarda que pediu para que nos identificássemos. Expliquei a ele que fui
aluna de Filosofia e precisava de umas informações, falei no meu pro-
fessor que falecera e da placa. Enfim, ele nos deixou prosseguir e con-
tinuamos percorrendo o curto caminho de carro até avistarmos uma
porta lateral e vimos uma placa que dizia Recepção. Meu esposo conti-
nuou no carro terminando o seu café. Eu já havia feito meu lanche e
apressadamente desci do carro e me dirigi à recepção. Avistei um
enorme balcão e uma jovem senhora atrás dele e um senhor alto que
parecia um guarda, quase ao lado da senhora.
Verdadeiramente?
Já estava sentindo algo estranho no ar, pelo jeito tão diferente do
que era antigamente, ao entrarmos e sermos barrados com perguntas,
vendo alguns seguranças com seus radinhos nas mãos. A emoção em
retornar àquele lugar, para mim, foi tão intensa que eu não tinha a no-
ção do que viria a sentir logo em seguida. A primeira mudança interna
que verificara era o próprio balcão onde a recepcionista estava. Ele es-
tava em frente ao barzinho dos lanches que fazíamos; que fazíamos eu
e meu amigo-amor-esposo. Agora, eu avistava um balcão na frente do
barzinho, barzinho que pertencia a uma garota simpática, com seus ca-
belos cacheados e seu rostinho que me reportavam ao semblante de
uma sobrinha que morava tão longe. Fiz os cumprimentos às duas pes-
soas que estavam ali atrás do balcão e fui dizendo que eu gostaria de
ver uma placa em homenagem a Dom Edmundo que havia sido meu
professor. A recepcionista não estava entendendo e não me respondeu,
mas aquele que parecia ser um guarda, o homem que estava ao lado
da recepcionista me olhando perguntou: “Qual é o seu nome?”. Res-
730
pondi o nome completo. “Mas você é de onde?”. Respondi de onde eu
era. Eu disse que era da cidade menor. Nesse meio tempo, na minha
visão restrita dos acontecimentos, estava achando muito estranho aqui-
lo tudo. Não pensara em me deparar com aquele jeito outro, com aque-
la formalidade toda em um lugar que, para mim, foi tão cheio de vida,
tão meu, tão particular. Eu me sentia parte da casa, parte de tudo aqui-
lo. Expliquei novamente o que desejava e já estava ficando chateada
com tantas indagações, pois para mim tudo estava soando muito estra-
nho num lugar que até então, fora tão íntimo, tão sagrado! Eu não esta-
va compreendendo o que estava acontecendo ali até então. Cheguei a
dizer para esse guarda: “O que é que há, hein? Está com medo de al-
guma coisa? Só estou querendo ir até lá (apontei para o corredor) para
ver a placa do meu professor, pois estudei aqui, Filosofia! Quero ir, na
Capela Central”. Para mim, tudo era tão natural, tão óbvio, que não en-
tendia a razão de tanto mistério, tantas formalidades. Foi então que o
guarda disse em tom seco e duro: “Não tem nenhuma Capela Central
aqui”. Quando o homem disse que não havia Capela Central ali, não
estava acreditando, e com voz alterada fui dizendo: “Como assim? O
que fizeram? O que fizeram com a Nossa Senhora grande, branca que
tinha ali?”. Foi nesse momento que avistei atrás de mim o meu esposo;
havia terminado de tomar seu café e foi se aproximando de mim com
seu jeito simpático e sorridente; cumprimentaram as duas pessoas ali
paradas atrás do balcão. Disse ao senhor que estava me fazendo tan-
tas perguntas que aquele que chegara era o meu esposo e o homem-
guarda deixou-nos seguir em frente. Eu não estava acreditando no que
acabara de ouvir dito por aquele homem, que “não mais existia a Cape-
la Central”. Como assim, não tem mais Capela Central aqui? Como as-
sim? Fui caminhando apressadamente pelo imenso corredor sem espe-
rar meu esposo que me seguia. As lágrimas caiam teimosamente pelo
meu rosto. Queria chegar rápido para ver a Mãe amada. Eu só queria

731
vê-La. Mas ao passar pelo saguão de entrada onde ficavam umas ca-
deiras e uma Nossa Senhora do Imaculado Coração de Maria, percebi
que Esta já não existia mais. Agora, eu observava rapidamente uma
grande mudança. Um ambiente muito moderno; chamou-me a atenção
uma escultura de madeira bem lisa e lustrosa; representava um casal
que aproximavam os lábios sutilmente. Perto daquela sala deveria estar
o quadro com a frase do meu professor Dom Edmundo Luís Kunz. Isso
tudo aconteceu tão rapidamente! Meus olhos correram rápidos por todo
o local e, sem parar, eu seguia apressadamente os passos pelo corre-
dor imenso em direção a Capela Central, pois queria rezar, ver, ficar
com Ela, recordar o Tempo, com a Nossa Senhora trabalhada na pare-
de em blocos de azulejos brancos. De repente, surge uma senhora veio
em minha direção, com aqueles radinhos nas mãos; creio que era outra
segurança. Perguntou para mim em que ela poderia me ajudar. Disse a
ela que queria ver a Nossa Senhora da Capela Central. Ela respondeu:
— Ali não é mais capela, mas uma sala de convenções. A senhora
não pode entrar.
— Mas por que, não? — perguntei.
— Estamos arrumando a sala, pois à tarde vai ter uma convenção.
— Mas o que fizeram com a Nossa Senhora branca que estava
lá?
Ela não me respondeu e naquela circunstância qualquer coisa dita
seria indesejada por mim. Virei às costas sempre com as lágrimas que
me sentiam. Minhas lágrimas, minhas companheiras. Não podia parar.
Aos poucos, fui entendendo o que se passava ali e compreendendo a
mim mesma. Os meus pensamentos nunca foram de uma mudança
interna daquele lugar. Pensara que as arrumações fossem somente de
fachada. As melhorias de aberturas, das massas corridas, das pinturas.
Aquilo que eu olhava por fora, as pinturas, a reforma do portão, as pa-

732
redes sendo tratadas com massa corrida; pintura de cor marcante, vi-
brante, por fora. Tudo, mas tudo, não se restringia simplesmente ao
exterior! Aquele imenso prédio que ora, num passado, fora o Maior Se-
minário da América Latina, agora pertencia em grau, gênero e número à
TECNOPUC (Pontifícia Universidade Católica). As modificações já ti-
nham sido implantadas por dentro. Eu pensava que iriam continuar com
a mesma estrutura interna. Pensava que encontraria tudo igual ao que
era antes. Caminhara apressadamente. Uma parede no meu peito pa-
recia que tinha se formado, como se congelado. Estava meio petrifica-
da. Incrédula! E chorava. As lágrimas estavam teimosas. Não podia pa-
rar com o pranto. Agora queria sair daquele lugar correndo se eu pu-
desse. Meus passos se aceleraram e meu esposo me acompanhando
quieto e atrás de mim. Ele sabia da minha alma. Sabia e deixava-me
viver os meus momentos, pois respeitava o que passava. Ele me co-
nhecia. Sabia que nada do que poderia vir a dizer faria sentido para
mim, naquele momento, do que estava vivenciando. Eu estava como
que vivendo algo irreal. Entramos no carro e pedi ao meu amor: “Deixa-
me em casa? Não tenho condições de ir à cidade maior. Não estou
bem. Não tenho condições para ir com você”.
Ele me compreendia. Talvez jamais entendesse a dimensão do
que estava passando. Não poderia. Somente eu, Deus e Maria minha
Mãe amada poderiam saber o que meu coração sentia. Afinal sou única
e somente eu vivi cada momento inteiramente meu ali dentro daquele
lugar, que não era mais o meu lugar sagrado. Sozinha, fiquei em casa
sem parar de chorar e assim foi melhor. Como num dia com suas nu-
vens escuras, que ficam carregadas prontas para cair em chuva, assim
sou eu, quando preciso chorar. Preciso chorar para me desabafar. Pre-
ciso chorar para lavar minha alma. Assim fui constituída. Sou assim.
Que tristeza aquele dia para mim! O dia 31 de julho de 2013; último dia
do mês de julho, mês do Perdão; mês do Sagrado Coração de Jesus.
733
Quanto eu vivi naquele lugar, que para mim fora sagrado. Quanto! Pra-
ticamente eu renasci em vida. Praticamente uma alma morta renascida.
Da escuridão, a luz veio até mim. Quanta história eu fiz ter naquele lu-
gar. Ali, eu criei vida. Ali, eu me fiz filósofa. Ali, realmente, eu fui al-
guém. Foi ali, naquele lugar sagrado, que minha Mãe, naquela Capela
Central, me via chorar. Inúmeras idas até Ela para pedir força para con-
tinuar a vida. Foi ali que sofri com Jesus naquela cruz, naquela salinha.
Foi ali que conhecera o Amor mais lindo que alguém poderia sonhar ter
tido numa vida. Foi ali que passei a adquirir meus conhecimentos, Deus
e Jesus Cristo. Eu agora acordara para uma realidade outra, da era da
tecnologia. Todo aquele lugar que eu considerava sagrado era passa-
do. Mataram algo dentro de mim. Sentia-me em luto. Não somente o
seminário fora vendido, mas com o seminário foi tudo o que ele conti-
nha! Da Capela Central a uma sala de convenções? Que contraste!
Como a compra foi realizada pela Pontifícia Universidade Católica
(PUC) que são de Irmãos Maristas, eu supunha que iriam continuar al-
guma situação que fosse favorecer os seus irmãos sacerdotes. Cursos
humanos, formadores, faculdades outras, que beneficiassem a popula-
ção da cidade menor. Mas agora eu estava entendendo, mesmo que
timidamente aquela plaquinha anunciando a TECNOPUC. O que sabia
é que a palavra implicava em técnica, em tecnologia. Somente isso, até
aqui. Algumas semanas após a minha ida até lá, colocavam no prédio,
com grandes letras, evidenciando, na fachada do prédio, o nome TEC-
NOPUC. Nunca tive o conhecimento sobre a TECNOPUC. Nunca lera
nada e nada sabia da sua serventia. Associava simplesmente o nome à
tecnologia e fui tomar algumas informações pela Internet. Se você
acessar o site e tantos outros, http://m.g1.globo.com/rs/rio-grande-do-
sul/meu-negocio-meu-emprego/noticia/2013/09/parque-tecnologio-da-pucrs-
faz-10-anos-e-abre-nova-sede-em-viamao.html, terá o conhecimento do
parque tecnológico da PUCRS explicando os investimentos realizados.

734
É impressionante a grandiosidade, o que abarca a TECNOPUC. O par-
que conta com empresas como Dell, Hewlett-Packard (HP), Microsoft,
Stefanini IT Solutions, Thought Works, Ubisoft, Travel Explorer, entre
outras. Também conta com centros de pesquisas nas áreas de Física e
Ciências Médicas: http://pt.wikipedia.org/wiki/Tecnopuc.
Você terá a oportunidade de fazer as suas próprias pesquisas na
Internet sobre o assunto. Acredito que, para muitos, exista da minha
parte um exagero em me preocupar com esse assunto. Acredito, ainda,
que muitos pensarão que sou retrógada, porque um empreendimento
assim significa progresso, investimento para melhorias, para mais qua-
lidade que cada uma destas empresas traz para a população e inclusive
mais empregos. Podem alguns ainda pensar que tenho uma visão in-
gênua, não é mesmo? _sobre a vida ou uma visão romântica da vida.
Ainda poderão pensar que desejo que o passado permaneça imutável.
Acredito que em parte sim. Acredito, entretanto, na minha amada Mãe;
não me deixou viver tudo que vivi até aqui, por nada. Não acredito ter
vivido essa dor existencial — viver esse contraste entre um seminário
que abrigava sacerdotes, os padres, como também, seminaristas estu-
dantes de Filosofia e Teologia e ainda, tínhamos o curso de Pedagogia
e ver esse Seminário Maior da América Latina ser vendido e transfor-
mado na TECNOPUC — fosse por acaso. Ver a Capela Central, onde a
Nossa Senhora esculpida na parede, toda de blocos de azulejos bran-
cos, Seu lugar transformado numa sala de convenções, para mim, não
é algo do lado espiritual divino. Não foi possível eu ser poupada dessa
dor existencial. Fui constituída para ver tanto esse Mal quanto o que
Deus deseja me dizer com a Leitura da Vida no Tempo de Deus. Para
mim, é a providência divina. Se, por um lado, o animal me faz enxergar
algumas coisas; de outro, Deus e minha Mãe desejam que eu tenha
conhecimento para ter vez e voz para você que me lê. Para que pos-
samos nos alertar para o futuro da Humanidade. Onde está o Equilíbrio
735
entre o espiritual divino e o materialismo, o superficialismo, a busca pe-
lo dinheiro, o status, o poder e tanto o mais que aflige a Humanidade e
extermina aos poucos com a humanidade? Existem instituições religio-
sas que estão cedendo quartos para aluguéis. Que fazem dos seus ora-
tórios, suas capelinhas, lugares onde antes ficava o sacrário, Jesus
Cristo, transformados em sala onde a televisão com tela de plasma
ocupa o lugar de Jesus Cristo. Não pode mais a Humanidade viver sem
Deus. Não dá mais, porque essa própria Humanidade está se degra-
dando em todos os sentidos.
Não entrei na Capela Central, pois fui impedida. A senhora me
disse que “estavam limpando a sala de convenções, pois teriam reunião
à tarde”. Imagino as aparelhagens, as telas e telões que devem ter co-
locado naquele espaço. Transformam os oratórios, as capelas em salas
de convenções. Transformam em hotéis o que antes eram instituições
religiosas fortes e que já não conseguem sobreviver. Não conseguem
sobreviver porque a procura por Deus, pela família divina está se dizi-
mando gradativamente. Trocar o sagrado por sala de convenções, tro-
car espaços que antes eram dados somente para a oração e principal-
mente, colocar telas, televisões no lugar do sacrário! Mostram indícios
reais de como caminha essa Humanidade através da mentalidade de
uma visão do modernismo, da tecnologia, do poder mecânico subtrain-
do o humanismo, o espiritual divino. As propagandas, a publicidade, as
telenovelas ocupam espaços enormes das vidas das pessoas que, em
sua maioria, não se ocupam com a leitura da Bíblia, com a oração de
um terço que fosse. No começo, a pessoa poderia aprender ao menos
a rezar um terço; então poderia passar ao Santo Rosário. Já estariam
dando uma resposta positiva para Nossa Senhora. Que os filhos fos-
sem chamados pelos pais a se reunirem e juntos rezarem o Pai Nosso,
a Ave-Maria e o Glória ao Pai. Tomariam conhecimento aos poucos da
existência de Deus, enquanto muitos não elevam suas mentes, suas
736
almas para a família celeste, mas suas mentes se ocupam em saber
dos personagens das telenovelas que não fornecem vida essencial e
muito menos propiciam a vida eterna.
Muito da mentalidade empresarial, muitos de seus integrantes,
ironiza, satiriza e debocha da Filosofia. Fundamentalmente, porque
quem possui a Filosofia com amor, com coração, não visa realmente,
como fruto, o dinheiro. Quem possui a Filosofia, possui a sabedoria.
Quem possui a Filosofia, pode se construir e ainda construir outros que
precisarão de ajuda. Tesouro raro, poucos saberão dar o verdadeiro
valor. Quem possui a sabedoria, possui a inocência, a pureza, a com-
preensão para com todos os que se consideram no patamar mais alto.
Na sabedoria, nunca ironizaremos, nunca satirizaremos, nunca debo-
charemos, mas pediremos por misericórdia, Pai, mais uma vez. Miseri-
córdia, Pai, eles não sabem o que fazem. Na sabedoria, primamos por
sentimentos que Jesus Cristo deseja de nós. Jesus deseja que nos
amemos uns aos outros como Ele nos amou. Jesus Cristo deseja que
saibamos perdoar. escravas dos seus pecados, pois não estão vivendo
a liberdade que Jesus Cristo nos dá. Jesus Cristo nos tira das amarras.
Por que não andarmos na contramão dessa mentalidade da técni-
ca? Por que os que se consideram poderosos, os que conseguem in-
vestir na compra de um seminário, por exemplo, não coloca todo esse
potencial para beneficiar outras instituições religiosas? Por que a pro-
paganda e a publicidade não estão atuando em benefício do humanis-
mo, da credibilidade das pessoas? Investir em pessoas é investir na
própria qualidade da Humanidade. Por que a propaganda e publicidade
não investem em propaganda e publicidade na religiosidade em ampla
margem? Por quê? Por que estão matando Jesus Cristo nos sacrários?
Por quê? Se colocarmos os pratos da balança da Justiça de Deus, pois
os filhos de Deus abarcam a Humanidade, para quais dos pratos da
balança da Justiça Divina esta mesma Humanidade está pesando
737
mais? Qual prato da balança da Justiça Divina está pendendo mais pa-
ra baixo? Está pendendo para o plano terreno, mundano ou o prato da
balança da Justiça de Deus, da Justiça divina está pendendo para o
sagrado, aos religiosos, aos consagrados, as Igrejas? Conheço institui-
ções religiosas de freiras que se mantém com muitas dificuldades. São
escolas e hospitais. Hospitais são vendidos para leigos. O que antes
era bem cuidado pelas freiras e alguns funcionários leigos que as aju-
davam, hoje são quase totalmente administrados por leigos. Como an-
da a vida das Igrejas Católicas Apostólicas Romanas? Como estão se
mantendo os bons sacerdotes da vocação destas Igrejas? Há um gran-
de desequilíbrio entre o religioso, o espiritual de Deus verdadeiro e úni-
co, em detrimento da compra de imensos prédios fabricadores de di-
nheiro. Acredito que está ocorrendo um grande desequilíbrio e que o
mundo deverá se encontrar. Estamos no Tempo dado por Deus da Mi-
sericórdia a pedido da Mãe amada, nossa grande intercessora. Meu
desejo é fazer um alerta! Meu desejo é lutar com a Mãe Santíssima e
Ela pede que rezemos e rezemos o Santo Rosário. Ela pede pela con-
versão de todos que se afastaram de Deus e de Seu Filho. Não desejo
de maneira alguma julgar, mas divulgar, alertar para esse desequilíbrio
da falta do espiritual divino.
Páginas 894 a 897, “Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa
Senhora”, em Notredame de Laus (Gap-França), 30 de maio de 1993,
Solenidade de Pentecostes, Nossa Senhora deixa a mensagem abaixo,
ao padre Stefano Gobbi. Ela diz:

“Neste venerado Santuário terminas hoje a viagem que fizeste por


toda a França. Em quinze dias fizeste vinte Cenáculos nos quais parti-
ciparam bispos, sacerdotes e um número tão grande de fiéis do meu
Movimento. Em toda parte vos recolhestes em oração Contigo, diante
de Jesus Eucarístico solenemente exposto sobre o altar e renovastes a
vossa consagração ao meu Coração Imaculado. Em toda parte con-
738
templaste as maravilhas de amor, de graça e de misericórdia da tua
Mãe Celeste. Terminas esta tua extraordinária viagem hoje na soleni-
dade de Pentecostes. Este é um sinal que te dou, para fazer-te com-
preender que, no jardim do meu Coração Imaculado, já está pronta pa-
ra o seu nascimento a nova Igreja e a nova humanidade, purificada,
santificada e completamente renovada pelo Espírito Santo. Este tempo
conclusivo da purificação e da grande tribulação é o tempo do Espírito
Santo. Por isto renovo hoje o meu convite a multiplicar os Cenáculos de
oração, pedidos por Mim com tanta insistência materna. Que se difun-
dam estes Cenáculos entre os Sacerdotes, meus filhos prediletos.
Abandonai a Mim as vossas preocupações e as numerosas ocupações;
não cedei às fáceis seduções do mundo; voltai ao espírito de simplici-
dade, de humildade, de pequenez; recolhei-vos em oração no Cenácu-
lo do meu Coração Imaculado e então podereis ver, com os vossos
olhos, o prodígio do segundo Pentecostes. Que reúnam nos Cenáculos
as crianças, porque a sua oração inocente, unida à minha, tem hoje
uma grande força de intercessão e de reparação. Quantos males vos
são ainda poupados, por causa da oração destas minhas pequenas
crianças. Nos Cenáculos quero recolhidos os jovens, para que experi-
mentem a minha presença de Mãe que os ama, os protege dos gran-
des perigos a que são expostos e os conduz, com doce firmeza, pela
estrada do bem, do amor, da pureza e da santidade. Dom precioso pa-
ra as famílias são os Cenáculos que lhes peço: para que neles provem
a alegria da minha presença, o conforto da minha assistência, a ajuda
oferecida contra os graves males que ameaçam a sua própria existên-
cia. Nestes Cenáculos o Espírito Santo descerá para conduzir-vos aos
segundo Pentecostes. Sobretudo nestes últimos tempos é necessário
que a Igreja e toda a Humanidade se transformem num perene Cená-
culo de oração feita comigo e por meio de mim. Então o Espírito Santo
descerá como conforto no pranto dos vossos dias, nos quais a grande
prova já chegou. No pranto de uma humanidade sem Deus, descerá o
conforto do Espírito Santo, que conduzirá todo o mundo à perfeita glori-
ficação do Pai Celeste, operando um novo matrimônio de amor entre a
739
humanidade renovada e o seu Senhor que a criou, reuniu e salvou. No
pranto de uma Igreja dividida, obscurecida e ferida se sentirá o conforto
do Espírito Santo, que a recobrirá de fortaleza e sabedoria, de graça e
de santidade, de amor e de luz, para que Ela possa dar o seu pleno
testemunho a Jesus, vivo nela até o fim do mundo. No pranto das al-
mas, tornadas escravas de satanás, imersas nas sombras do pecado e
da morte, pousará o conforto do Espírito Santo que dará a luz da pre-
sença de Deus, a vida de graça divina, o fogo do amor, para que nela a
Santíssima Trindade possa estabelecer a sua habitual morada. No
pranto da grande prova descerá o conforto da presença divina, do Espí-
rito do Senhor, que vos conduzirá a viver os acontecimentos que vos
esperam com confiança, com coragem, com esperança, com serenida-
de e com amor. Então no fogo sentireis o seu refrigério; no frio o seu
calor; nas trevas a sua luz; no pranto o seu conforto; no medo a sua co-
ragem; na fraqueza a sua força; no grande sofrimento o seu divino alí-
vio. Por isso hoje vos convido a unir a vossa oração à minha, para que
possa descer sobre vós o Espírito do Senhor com todos os seus dons.
Vinde ó Espírito Santo.
Vinde transformar a face da terra.
Vinde logo. Vinde nestes últimos tempos.
Vinde agora que a grande prova chegou.
Vinde e trazei-nos o vosso segundo Pentecostes, a fim que os
nossos olhos possam contemplar o vosso maior prodígio dos novos
céus e da nova terra.”

Chamou-me a atenção nas fotografias dos sites consultados sobre


informações a respeito da TECNOPUC, a imagem, a estátua de Nossa
Senhora da Imaculada Conceição, em cima da torre do antigo seminá-
rio, não aparecia. Mostram o atual prédio reformado, com sua cor viva,
mas a imagem da Boa Mãe ali não fotografou. Essa consulta foi reali-
zada dia 05 de fevereiro de 2014. Em todas as fotos atuais tiradas do
atual prédio da TECNOPUC, avistadas nos sites de divulgação, não
740
aparece a imagem de Nossa Senhora da Imaculada Conceição acima
da torre do relógio. Ela, a Boa Mãe não aparece nas fotos.
Quando eu cheguei a minha casa naquele 31 de Julho de 2013,
aos prantos, depois de ter visto os modernismos realizados no antigo
seminário, eu me jogara na cama prostrada; de repente, porém, eu
pensei em conversar com os meus queridos espirituais divinos na sala
da biblioteca. Precisava Deles. A Santa Face de Jesus Cristo; Jesus
Misericordioso; Nossa Senhora de Fátima; Nossa Senhora das Graças
da Medalha Milagrosa, a qual mais tarde fez presente para uma pessoa
especial, como também do quadro de Jesus Misericordioso. Conversei
com Eles. Sabia que minha família celeste me compreendia. Depois de
me sentir melhor eu fui para a sala e senti vontade de conversar com
alguém terreno, uma pessoa que pudesse me ouvir e me compreender.
Tentei telefonar para duas pessoas especiais: uma de minhas irmãs e
meu amigo Irmão Marista. Ambos não atenderam ao telefone. Pensei
numa terceira pessoa, um padre conhecido. Ele atendeu e conversa-
mos muito. Expliquei o que aconteceu comigo naquele, 31 de julho de
2013. O padre me disse que o arcebispo de Porto Alegre tratou dos ne-
gócios com a Pontifícia Universidade Católica (PUC). Que ao fazer essa
venda do Seminário Maior da América Latina para a Pontifícia Universi-
dade Católica, a comunidade de sacerdotes, a comunidade do padre,
dos Redentoristas, não foi comunicada; quando esse negócio foi reali-
zado acharam que o arcebispo iria reformar colocar mais cursos que
atendessem melhor ainda a comunidade local, as cidadezinhas das re-
dondezas que se beneficiariam com os estudos, pois não existem fa-
culdades na cidade menor. As faculdades que existiam foram do tempo
em que eu cursara Filosofia. Havia o curso de Filosofia e Pedagogia.
Anos após, as mensalidades passaram a ser estratosféricas (termo
empregado pelo padre) e obviamente a procura diminuiu muito por cur-
sos. Segundo o padre, o que outrora ainda tínhamos deixou de ter. O
741
padre me contara que também estudou sete anos com cursos maravi-
lhosos e professores excelentes. Dom Edmundo Luís Kunz também
fora seu professor. Perguntei para o padre se ele sabia alguma coisa
sobre o que fizeram com a Nossa Senhora. O padre pensara que eu
estava me referindo a Nossa Senhora de cima da torre, me dizendo que
desejam tirar Ela da torre. Fiquei atônita com mais essa notícia. Conti-
nuei desejando saber sobre a Nossa Senhora da Capela Central. Con-
tou-me que nada sabia sobre a Nossa Senhora feita em blocos de azu-
lejos brancos. Disse-me que algumas coisas ficaram para ser conser-
vadas, como por exemplo, uns vitrais que retratam a história de vida de
um seminarista. O padre contou-me que eles desejam retirar a Nossa
Senhora da Imaculada Conceição da torre do relógio alegando que a
estrutura não está boa. Terminei a conversa com o padre agradecendo
a atenção dele por me ouvir. Disse-lhe: “Vou dizer-lhe uma coisa, pa-
dre; hoje é dia 31 de julho, mês do Perdão. Mês do Sagrado Coração
de Jesus. Hoje eu estou de luto!”. Antes de desligar o telefone, pergun-
tei-lhe sobre a visita do arcebispo de Porto Alegre à loja maçônica, por-
que não sabia a repercussão dos fiéis da igreja do padre, como também
a opinião do padre sobre isso. Ele, então, me disse que, sinceramente,
ele acredita que “Dom Dadeus, ultimamente, passou mais tempo visi-
tando lojas maçônicas do que visitando as paróquias”. Falou-me, tam-
bém, que há muitos paroquianos descontentes, pois ficaram sabendo
que o arcebispo andava visitando lojas maçônicas. Depois de ouvi-lo eu
disse: “Peço a Misericórdia de Deus, padre, a todos nós!“
E nos despedimos.

742
743
Capítulo III

Parte 11

“Jesus Está Aqui


(Exposição do Santíssimo)
Jesus está aqui. Ele está aqui.
Tão certo como o ar que eu respiro, Aleluia!
Tão certo como a manhã que se levanta.
Tão certo como eu te falo e podes me ouvir....
Deus está aqui... O Espírito Santo está aqui... A Trindade está aqui...”

A Busca Pelo Equilíbrio Espiritual e Material


Pelo observado, eles, os do “topo”, as autoridades, os investidores
estão deixando por último àquela reforma, aquela pintura, aquela parte
do prédio, a parte do prédio da torre onde fica a imagem de Nossa Se-
nhora da Imaculada Conceição. Você poderá acessar o site
http://www.baguete.com.br/noticias/30/08/2013/tecnopuc-pode-mudar-
viamao. Poderá então se deparar com os grandes empreendimentos,
com os negócios que fizeram e estão fazendo. Você poderá dizer que
algo assim é ótimo, algo assim é empreendedor, é o progresso. Para
744
mim não é o progresso. Nunca será progresso, enquanto priorizarem o
materialismo em detrimento do espiritual divino. Diria existirem mentali-
dades empresariaiss, grandes empreendedores primando por incorpo-
rar empresas de outros países, sempre mais; desejando que esses es-
paços amplos como o antigo Seminário Maior da América Latina, antes
ocupados por sacerdotes, por padres, para a formação de seminaristas
e futuros padres; antes Faculdade de Filosofia Nossa Senhora Imacula-
da Conceição, antes Faculdade de Pedagogia foi comprado por uma
grande empresa religiosa e ocuparam o lugar do Sagrado. Não para
fazer daquele lugar outro lugar Sagrado, mas para no lugar dele, mon-
tar a TECNOPUC. Isso não é progresso; isso são a falência e a falência
espiritual divina. Isso são as escolhas, as opções de pessoas no “topo”.
Faz morrer o espiritual divino na vida e em grande escala. Isso é a fa-
lência da própria Humanidade. Falei a você, meu leitor, não serem as
pessoas o grande problema, mas o que está se desvelando atrás delas.
São os seus pecados, são os seus pensamentos, suas ações, as suas
obras. Onde seus corações estão depositando os seus tesouros. Esta-
mos vivendo um grande desequilíbrio, porque o deus dinheiro, os peca-
dos como a luxúria, a soberba, a inveja, o materialismo, o superficialis-
mo, a sensualidade, a sexualidade, sem nenhuma purificação destes e
tantos outros pecados, entraram nos pensamentos e ações. O demônio
está muito satisfeito da falta dessa purificação pela confissão, pelo re-
tratamento, ou seja, a reconciliação com Deus, não está sendo procu-
rada por muitos; está esvaziando a terra do verdadeiro e puro amor.
Está trazendo os descréditos e as desconfianças das pessoas. O que
desejo assinar embaixo com a minha obra é que o EQUILÍBRIO como
nunca, se faz necessário na vida de cada ser humano. O materialismo,
a procura desenfreada pelo modernismo, nunca deverá vir à frente do
espiritual divino. Deus, com Seu Filho Unigênito; a Boa Mãe Maria San-
tíssima deve, nesses tempos, ser o Equilíbrio buscado; o equilíbrio na

745
vida de cada um, na sociedade, nas nações.
Li numa reportagem, na Internet, de Beth Koike, de 01-08-2012,
dizia assim:

“Grupo Marista profissionaliza comando para gerir R$ 1,2 bi. No


Brasil há mais de um século, os irmãos maristas fazem votos de pobre-
za, castidade e obediência. Mas há um outro lado pouco conhecido dos
membros dessa ordem religiosa. Eles são também executivos engrava-
tados que administram um enorme complexo de escolas, faculdades,
hospitais e veículos de comunicação que juntos têm um faturamento de
R$2,3 bilhões por ano. Recentemente foi iniciada uma fase de profissi-
onalização, com adoção de práticas de governança e irmãos formados
pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC).”

O EQUILÍBRIO para recuperar a perda realizada materialmente


seria fazer essas autoridades do “topo” da TECNOPUC investir o mes-
mo montante em dinheiro para empregar na formação humana dos Sa-
cerdotes futuros. Construir um novo prédio ou devolver o velho Seminá-
rio Maior da América Latina aos Sacerdotes que lá habitavam. Porque a
maçonaria eclesiástica, por exemplo, deseja exterminar aos poucos,
com toda a certeza não somente com Cristo na Eucaristia, mas termi-
nar com os verdadeiros Sacerdotes filhos prediletos de Nossa Senhora.
Os que aderirem à ideologia maçônica permanecem na sua “ficção ci-
entífica”; quem não aceitar Sacerdotes filhos prediletos de Nossa Se-
nhora serão colocados para escanteio. A extinção também da Verdadei-
ra Vocação Sacerdotal.
Você, querido leitor, conhece a história de Nossa Senhora de
L‘Hermitage? Eu não conhecia e fiquei muito feliz por descobrir algo tão
singular com relação a Nossa Senhora L‘Hermitage e Marcelino Cham-
pagnat.
Veja que linda e importante história real.

746
“Marcelino e outros fundaram uma casa com um número grande
de pessoas e deram o nome a essa casa de Nossa Senhora de
L‘Hermitage’. A imagem de Maria, originalmente conhecida como “Co-
ração de Prata”, remonta ao tempo do Fundador (Marcelino Champag-
nat), e dos primeiros Irmãos. “É uma grande escultura talhada em ma-
deira e em tamanho natural. É dourada, tendo policromados apenas os
rostos e as mãos de Maria e do menino Jesus. Um detalhe interessante
é o grande coração de prata pendurado no pescoço da Virgem. Podia-
se abrir este coração para depositar nele pedidos, orações, nomes, in-
tenções… De fato, seguindo uma tradição muito comum nas Congrega-
ções religiosas e nos santuários de então, os Irmãos depositavam no
coração de Maria suas promessas. O Pe. Marcelino Champagnat tinha
o hábito de introduzir naquele coração a lista de envio dos Irmãos antes
de comunicar-lhes seus lugares e postos de missão. Dada a sua impor-
tância histórica, sobretudo pelo especial lugar que ocupou na devoção
do Fundador e dos primeiros Irmãos, a Virgem do “Coração de Prata”,
desde 1989, passou a ocupar o altar central da capela da “casa mãe”,
substituindo aquela até então chamada de Nossa Senhora de
L´Hermitage, de quem herdou o lugar e o título.”
Se o Pe. Marcelino Champagnat, no seu Tempo, tinha o hábito de
colocar no Coração de Prata de Nossa Senhora de L‘Hermitage uma
lista de envio dos Irmãos Maristas antes de comunicar-lhes seus luga-
res e postos de missão, eu, neste Tempo atual, intencionalmente coloco
e peço para minha Mãe amada que o Grupo Marista se ocupe das
obras espirituais divinas com construções de muitos seminários, muitas
igrejas, capelas, para manter o religioso, o sagrado. Que construam
muitos sacrários, onde muitas pessoas possam se colocar diante do
Santíssimo e fazerem as suas orações de proteção, de agradecimentos
e tanto o mais. O povo, a população, mais do que técnicas e negócios
estratosféricos precisa dessa caridade, desse amor. A Humanidade
747
precisa de Deus. A Humanidade precisa buscar o Equilíbrio espiritual
divino.
Coloco dentro do Seu Coração de Prata, ó Mãe querida, os nomes
desses membros que constituem o Grupo Marista e que realizem obras
estratosféricas para Deus, para Jesus Cristo e principalmente para vo-
cê, Mãe amada, que é a Estrela dos Irmãos Maristas. Peço também
intencionalmente, Mãe amada, e coloco dentro do Seu Coração todos
os membros da maçonaria eclesiástica: a besta negra semelhante a
uma pantera e a besta com dois chifres semelhantes a um cordeiro.
Para que todos os homens racionais apóstatas sintam o Seu Coração
de Mãe e assim encontrem o Equilíbrio necessário entre o Amor e a
Razão. Entre o Coração e a Razão e compreendam que “O coração
tem razões que a própria razão desconhece”. Proteja Mãe amada, o
meu querido Irmão Marista das Escolas, aquele que se diz servo de
Maria. Acolha esses pedidos intencionais no Seu Coração de Prata,
amada Mãe, Nossa Senhora de L‘Hermitage’. Que o coração de prata
de Nossa Senhora de L’Hermitage acolha intencionalmente os meus
pedidos. Quero estar com você, Mãe amada. Acolha o meu Coração
junto ao Seu e o de todos por mim muito amados. Acolha todos aqueles
de Boa vontade que estão junto a você ou que estarão. O meu desejo
que o Seu Coração Imaculado triunfa, ó Mãe amada, é incomensurável.
Que o materialismo, o superficialismo, a ganância, o poder, a so-
berba, a vaidade não prevaleçam acima do divino. Que prevaleça a
vontade de Maria Virgem Santíssima, aquela que fora tão amada de
Marcelino Champagnat quanto também o foi de João Batista Maria Vi-
anney, o padroeiro dos sacerdotes, colega de Marcelino. Somente as-
sim “satisfarão o CORAÇÃO de PRATA de NOSSA SENHORA”. Marce-
lino Champagnat foi o fundador do Instituto dos Pequenos Irmãos de
Maria, ou seja, Irmãos Maristas das Escolas. Marcelino Champagnat
amava Maria, a Mãe de Jesus. Marcelino deixou as seguintes frases:
748
“Tudo a Jesus por Maria, tudo a Maria para Jesus.”
Outra frase que é o alicerce de Champagnat é:

“Tornar Jesus Cristo conhecido e amado.”


Que assim seja. Amém.
Marcelino tinha como principal foco a evangelização em Cristo e o
amor em Maria Mãe de Jesus. Que o Coração Imaculado de Maria
triunfe, conforme dito por Nossa Senhora de Fátima. Que possamos
primar pelo EQUILÍBRIO. Que assim seja. Amém.
FAFIMC, era assim que se chamava a Faculdade de Filosofia
Nossa Senhora da Imaculada Conceição, e a sua imagem fica acima da
torre do relógio do que foi num Tempo o Seminário Maior da América
Latina. A padroeira da cidade menor também é Nossa Senhora da Ima-
culada Conceição. Agora estão querendo tirá-la da torre e já tiraram o
título de Imaculada da Igreja Matriz da cidade menor. A igreja era cha-
mada, conhecida pelo povo de Igreja Nossa Senhora da Imaculada
Conceição. Com o passar do tempo, perceberam que a igreja não deve-
ria receber a denominação de Imaculada, porque a data de fundação da
igreja foi em 1741 e o dogma da Imaculada Conceição foi solenemente
definido pelo Papa Pio IX em sua bula Ineffabilis Deus em 8 de Dezem-
bro de 1854; portanto, 113 anos após a fundação da igreja. Mediante
isso, retiraram a palavra Imaculada do nome da Igreja Matriz da cidade
menor.
Priorizaram as normas, os papéis, os documentos em detrimento da fé
do povo, das pessoas da época. Com toda a certeza, quem construiu
aquela igreja da cidade menor, do Tempo da sua fundação, primavam
pelo nome completo de Nossa Senhora. No caso, a palavra Imaculada
nunca sairia do seu nome. Imaculada é um título somente Dela. É úni-
co, para quem acredita na ação do Espírito Santo em Nossa Mãe San-
749
tíssima. Essa ação é a Sua virgindade e por isso, sem pecado algum,
sem mácula alguma Ela leva o nome de Imaculada! Nossa Senhora da
Imaculada Conceição; a sem mancha do pecado original!
Ora, pergunto:
Por que não perpetuar o nome ‘Imaculada’? Por que as autoridades do
“topo” do clero se apegam a papéis para determinar uma coisa dessas?
Qual a importância para estes do “topo” suprimir tudo o que é sublime,
sagrado, que indica pureza desta face da Terra? Quem fundou a igreja
matriz da cidade menor, com toda certeza sabia que construiria o tem-
plo para a Imaculada e não somente para a Conceição. Naquele Tempo
não tinham o costume de suprimir ritos e traições não existia em grande
escala. Creio que cento e treze anos se passaram e quem colocou
‘Imaculada’ era um abençoado por Deus.
Onde está o problema em acrescentar ‘Imaculada’ ao invés de suprimir
palavra tão magnânima tão poderosa? A Igreja matriz da minha cidade,
a cidade menor, em seu interior tinha uma faixa belíssima escrita em
latim dizendo assim:
“TOTA PULCRA ÉS, MARIA, ET MACULA ORIGINALIS NON EST IN-
TE!”
Com toda certeza essa frase da qual quando entrava naquela igreja e
brincava lendo em latim já dizia o pensamento de quem a escreveu pro-
fetizando o seu verdadeiro nome?
“TODA PURA ÉS, MARIA, E O PECADO ORIGINAL NÃO ESTÁ EM
TI!”.
Você sabia meu leitor querido, que essa frase não mais se encontra no
local? A igreja está em reformas pelo Patrimônio histórico faz muitos
anos. Talvez esteja no projeto a colocação da frase belíssima do meu
tempo de criança.
Qual é o problema em deixar a palavra indicadora da Vitória? Sim,
750
porque a Virgindade de Maria tornou-A pura e com total respeito sobre
os demônios que tremem somente ao Vê-la. Rogo para que num futuro
próximo o nome da nossa igreja venha a se chamar Nossa Senhora da
Imaculada Conceição. Rogo para que num futuro próximo a nossa igre-
ja da cidade menor finalmente seja levada a sério e não faça desprovi-
da da sua beleza por mais anos. Isso desmerece muito aos fiéis que lá,
não podem mais largar as suas flores aos seus santos preferidos e nem
acender suas velas aos entes falecidos. Situações dessa natureza es-
tão minando com a fé do povo. Rogo a Deus Pai que a frase poderosa
do título máximo representativo de Nossa Senhora volte ao seu lugar de
origem. A Imaculada Conceição.
Enquanto nós herdamos o pecado original, Nossa Senhora veio a Ter-
ra toda pura e no lugar de Eva recebemos Nossa Senhora. O valor des-
ta nova mulher para nós, no lugar da mulher Eva pecadora, é incomen-
surável. Crer na Sua Imaculada Conceição é reconhecer o poder que
essa Mãe possui para nós. Poder sobre Satanás.
Ela, a Igreja, que deveria ser exemplo, modelo, está “doente”. Pre-
cisamos muito lutar pelo Equilíbrio. Lutar compete a cada um. A batalha
é de todos se quisermos mudar esse sistema, esse estado de situação.
Até hoje, nunca tomei conhecimento de que um Papa fosse adep-
to da maçonaria. Bento XVI não aceita. João Paulo II muito menos acei-
tava. Não estavam tão próximos do povo, mas estavam segurando o
cedro, mantendo com poder a porta da Igreja para que, o “Inferno não
prevalecesse sobre ela”. Mantendo uma tradição da Igreja Católica
Apostólica Romana como de costume, como sempre foi assim. Mas
estamos realmente num Tempo em que entraram na Humanidade e na
própria Igreja Católica os pecados do mundo. Mais do que nunca preci-
saremos do Equilíbrio espiritual divino. Espero que o Papa Francisco
saiba exercer o seu papado vivenciando as palavras de Nossa Senho-
ra. Levando a Humanidade a perseverar na fé católica, na procura de
751
Jesus na Eucaristia. Pedir ao povo que aprenda a rezar, dando início ao
terço; e após, ao Santo Rosário. O papa deve caminhar com Maria San-
tíssima. E a nós, cada um de nós caberá fazer a sua parte, o seu me-
lhor para a própria purificação da alma e, assim, conquistarmos um
mundo de Equilíbrio de purificação. Veja que não é da vontade de Nos-
sa Senhora que o ecumenismo se realize, como também a maçonaria
não é em hipótese alguma aceita por Nossa Senhora na Igreja Católica
Apostólica Romana. Então, estejamos alerta. Estejamos alerta aos dis-
cursos, às obras e ações futuras de quem está no topo do espiritual.
Lutar significa rezar mais, procurar o espiritual divino. Lutar significa a
procura interior pela pureza. Lutar significa a reza do Santo Rosário.
Lutar significa a conversão. Lutar significa fazer a Oração de Consagra-
ção ao Imaculado Coração de Maria, pois a Mãe nos diz o Seu Coração
para nós será o refúgio que teremos. Lutar significa ter a esperança no
que a Mãe Santíssima nos deixa:

“Por fim, Meu Coração Imaculado Triunfará”.


Lutar significa que o tempo de purificação acontecerá. Lutar signi-
fica que mais almas encontrarão a salvação. Lutar significa que na se-
gunda vinda de Jesus Cristo estaremos preparados para Ele. Que as-
sim seja!
Uma vez eu perguntei ao terapeuta por que não existia um termô-
metro para medir o meu sofrimento. Era um sofrimento existencial e
ninguém podia mensurar como a minha alma andava. Naquelas quatro
paredes de consultório não poderiam mensurar, pois lá dentro jamais
eu iria encontrar Deus, minha família celeste, muito menos a salvação
da minha alma.
Deixo nas mãos de cada um a responsabilidade da vida. Estou
cansada... Cansada de tudo... Cansada de ser amor, de pensar amor e

752
o amor parecer passado. As lágrimas são um modo de lavar minha al-
ma, graças a Deus! Pois se não as tivesse em minha vida o que seria
de mim...
Saber que vão tirar a Imagem de Nossa Senhora da Imaculada
Conceição da torre é como se parte de mim deixasse de existir. E é as-
sim que penso dessa Humanidade se porventura isso acontecer. Para
mim, esse será o grande termômetro que marcará concretamente como
caminha a Humanidade, as escolhas das pessoas que estão no “topo”.
Existem pessoas que não estão fazendo valer sua vez e sua voz
ao pensarem na contramão de certas posições que ferem valores, prin-
cípios, ética, moral. Algumas pessoas acrescentariam muito ao Bem.
Precisamos de pessoas de ideais elevados. Precisamos de homens
dignos, de homens de Deus, com Deus, para Deus. Precisamos de
pessoas que lutem no amor, na fé, na confiança, na esperança para
que tenhamos, para que construamos um mundo muito melhor para
nossos filhos e netos. Precisamos esperar pela vinda do Salvador como
pessoas dignas e de fé.
Mostrará no termômetro existencial a dor, se por ventura, os raci-
onais apóstatas retirarem a imagem de Nossa Senhora da Imaculada
Conceição de cima da torre onde fica o relógio, de onde foi num Tempo,
meu lugar Sagrado. Onde foi num Tempo a Faculdade de Filosofia
dando lugar a TECNOPUC. Isso mostrará a Humanidade (caso ocorra
esse sacrilégio), a urgência da busca do Equilíbrio antes do retorno de
Jesus Cristo para a salvação daqueles assinalados pela fé. Afinal, uma
Instituição Marista deve ser exemplo, modelo aos leigos. É papel de
empresário o de serem empresários; entretanto, considero fundamental
que instituições religiosas se coloquem no papel existencial que lhes
compete e instituições religiosas deveriam se apoiar, somar e não su-
prir. Uma instituição religiosa deveria ajudar a outra para não tornar ex-
tinta a Vocação Sacerdotal legítima.
753
Na Leitura da Vida da qual costumo fazer vejo um sinal hediondo
nessa ação da venda do Seminário da América Latina. Ao ver os Sa-
cerdotes morando em suas casas na lateral ou atrás do prédio da
TECNOPUC para mim, é como se colocasse a escanteio todos os Sa-
cerdotes que ali residia. Quando vejo Jesus Cristo retirado do Centro
das igrejas, do seu lugar de destaque sempre ocupado pelo Rei dos
reis no altar mor, central das igrejas é mostrando a mim, a mesma situ-
ação dos Sacerdotes relegados. Cristo sendo relegado a escória e os
Sacerdotes fiéis a Nossa Senhora sendo colocada a escória, também.
Seria importantíssimo você entrar no mundo, no espírito deste gran-
de homem, Marcelino Champagnat, fazendo você sua própria pesquisa.
São eles, são os bons fundadores de ótimas instituições legando para a
Humanidade os frutos dos seus trabalhos; no entanto, vai se perdendo,
não raro, a essência do trabalho dos seus fundadores, porque lidamos
com pessoas. Uma instituição é um nome, mas composta de inúmeras
pessoas que deveriam primar por suas almas puras, pela simplicidade
ao invés das vaidades atuais, das vaidades modernas. Isso escraviza
um ser pensando mais em si mesmo do que no seu outro, visa mais as
situações megalomaníacas e muitas vezes danosas, desastrosas, do
que a simplicidade da caridade do dia-a-dia com a humildade onde de-
veria vir em primeiro lugar.
Existem pessoas íntegras, de real Vocação, santos religiosos, mas
existem outras pessoas que se tornam ervas daninhas no meio deles,
causando vergonha e dor para os bons da Vocação e santos. Isso ocor-
re em qualquer setor, naturalmente. Devemos, entretanto, compreender
que para muitos, muito lhes é dado e será cobrado também desta ma-
neira. Cada pessoa possui a sua consciência e no seu devido Tempo
essa pessoa vai aparecer nua diante de Deus. Dele, de nosso Deus,
nenhum vivente poderá sair sem ser julgado. Para quem não sabe, os
religiosos Irmãos Maristas devem seguir os votos de castidade, pobreza
754
e obediência.
“Esgotado pelo trabalho, morre aos 51 anos de idade, 6 de junho
de 1840, Marcelino Champagnat, deixando aos irmãos a mensagem:

“Que haja entre vocês um só coração e um só


espírito! Que se possa dizer dos irmãozinhos de
Maria como dos primeiros cristãos: ‘vejam como
eles se amam!”.
Algumas frases tiradas da Internet de Marcelino Champagnat:

“O SIM de Maria é para todos os cristãos lição e


exemplo, para fazerem da obediência à vontade do
Pai o caminho e o meio da própria santificação.”

“A vida religiosa é essencialmente vida de oração.”

“Falai muito de Nosso Senhor aos alunos. Não


deixeis de falar Dele em nenhum de vossos
catecismos. Lembrai-vos de que a ciência da
religião consiste em conhecer a Deus e o Filho que
Ele nos mandou.”

“A vida inteira dos alunos será o eco de vosso


apostolado.”

755
“Será possível olhar para uma estátua de Maria sem
se recordar do mistério da Encarnação?”
“O Papa é para o mundo moral o que é o sol para o
mundo físico.”
Acredito que primar pela formação de seminaristas, de Irmãos Ma-
ristas jovens que entram em uma escola, numa instituição, é cuidar pa-
ra formar pessoas boas, humanas, acostumá-las em oração, em buscar
exatamente o oposto do mundo. Se o mundo apresenta o desequilíbrio
pelo ter e não pelo ser, deve então o espiritual divino ser deixado à
mostra como nunca. Se o mundo prima pela sensualidade e sexualida-
de, os religiosos deve buscar trazer para a Terra a santidade e a casti-
dade, dando eles o principal exemplo disso. Podemos buscar no ho-
mem o seu interior e a contemplação; buscar os votos da pobreza e não
da ganância.
A força de Deus é imperiosa, porque é Verdade. A força de Deus é
imperiosa, porque é Vida. A força de Deus é imperiosa, porque o Amor
gera a Vida. A força de Deus é tão imperiosa quanto na natureza você
observa a ação do vento em tempestade e faz uma paisagem mudar na
sua frente. Como negar a força de quem é o Criador de tudo? Como
ainda há os incrédulos nesta vida! De cabeça baixa, vão contando as
pedrinhas, as moedas, as cédulas; vão acumulando bens sem nada
plantar de verdade na Terra, a não ser a construção em concreto ou
acumulando bens. Subitamente esse mesmo Deus da Vida e do Amor
faz com que esse concreto venha abaixo. Você ainda possui dúvidas
sobre a Natureza? Que possamos ficar, por exemplo, três dias e três
noites sem ver a luz do sol? Que poderá ocorrer uma mudança drástica
na Natureza? As plantinhas sem a luz solar, como fariam a fotossínte-
se? Um pequenino exemplo apenas. Imagine o que acontece nos sen-
timentos das pessoas ao ficarem três dias e três noites nas trevas? De-
756
sencadeariam situações horríveis. Nem desejo pensar sobre isso... Pois
a Humanidade do jeito que anda, tão vazia de conteúdo, tão sem prepa-
ro interior, seria levada ao caos, ao desespero, calamidade, e ao raiar
de um novo dia sobraria uma paisagem outra, que jamais os sobrevi-
ventes esperariam ver e totalmente petrificados. Mas o sinal a estes
seria deixado para ver a força de Deus sobre todas as coisas. Diria que
— assim como no Tempo do Dilúvio, quando homens já não respeita-
vam Deus e havia as barbáries daquela época — de lá para cá o Mal se
formou e tudo está semelhante e necessitando de uma renovação, de
uma purificação. Não se consegue essa purificação sem uma transfor-
mação, como diz Nossa Senhora, tempo da tribulação. Acredito neste
Tempo. O desinteresse, a falta de fé verdadeira, a apostasia, o ser hu-
mano como que anestesiado, mostra atualmente uma Humanidade
descrente.
Eduardo Prado de Mendonça, no seu livro O Mundo Precisa de Fi-
losofia, deixa-nos algo interessante quando tece seus pensamentos
sobre o útil e o inútil. Um pensamento interessante, pois na visão de
muitos empresários, por exemplo, a vida, o mundo só possui sentido na
esfera do utilitarismo, do prático, do objetivo, do materialismo. O plano
visual da vida de muitos empresários, em minha opinião, é muito restrito
e pobre. Fixa-se num olhar mundano e não vislumbra que a vida é mui-
to mais e rica. Esse olhar restrito, de muitos empresários, traz proble-
mas para o próprio planeta. Num olhar do útil, muitos não se importam
com seu outro, pois o interesse no lucro, no ganho, é o valor que colo-
cam. Ali empregam as suas mentes.

“Reduzir a vida humana ao critério do útil, apenas, é deformá-la


essencialmente. Precisamos ter a noção justa de como distribuir na vi-
da humana o plano do útil e o plano do inútil. Precisamos encarar o
problema da esfera do não-prático na vida humana.” Página 124. O
Mundo Precisa de Filosofia, Prado de Mendonça.
757
“A vida moral se passa numa esfera fora do âmbito do útil. O bem
moral não é o útil, mas é a perfeição, que é uma forma de realização
harmoniosa do ser humano, na medida em que suas ações se efetuam
de acordo com os fins que lhe são proporcionados. O bem moral coloca
o homem no plano efetivo da liberdade, porque a sua vida se decide na
medida em que o homem se cria a si mesmo, responsável dos seus
atos, senhor do que faz de seu próprio ser. O útil está na ordem da
produção, à perfeição está na ordem do ser. Assim, a ordem moral,
como ordem de perfeição, não se identifica com o útil, e está dirigida ao
ser, ao modo de ser do homem, para que nele não se estabeleça uma
destruição interior, e para que ele permaneça com a integridade do seu
ser.” Página 127. O Mundo Precisa de Filosofia, Prado de Mendonça.
“No terreno das ciências, a Filosofia continua a experiência artísti-
ca. A Filosofia procura alcançar um tipo de saber desinteressado, o que
significa um tipo de saber que não está comprometido com nenhuma
aplicação prática imediata. É verdade que o homem tem o direito de
conhecer para atender à solução das dificuldades de ordem prática que
surgem em sua vida; mas, não é só isto, pois ele se engrandece na
medida em que se dispõe à investigação das explicações mais profun-
das, movido pelo desejo de encontrar uma resposta, que satisfaça a
sua disposição inata de perguntar. Apenas esta satisfação de compre-
ender, apenas esta alegria interior, que parece fazer com que se esta-
beleça no indivíduo a conciliação dele com ele mesmo, pois na medida
em que ele conhece a natureza das coisas e o sentido da existência
uma nova harmonia parece brotar no interior de seu próprio ser. Nesse
sentido, ele se reconcilia consigo mesmo, ele se sente poder apoiar-se
em si mesmo, ele passa a dialogar com o mundo, porque, então, não é
apenas um instrumento ou uma engrenagem da máquina da natureza,
mas é um ser, um ser ciente e consciente, um ser no mundo, um ser
diante do mundo, um ser capaz de testemunhar e contemplar a exis-
tência do mundo. Se ele procura levar a ordem de suas investigações
até as últimas barreiras do que é possível conhecer não é pensando
em qualquer vantagem, ou finalidade externa: procura apenas respon-
758
der ao questionário que se impõe por sua curiosidade intelectual, e por
seu sentimento moral, que o move no sentido de alcançar uma estabili-
dade intelectual e emocional capazes de dar-lhe a firmeza de ânimo e a
precisão da conduta.” Páginas 126-127. O Mundo Precisa de Filosofia.
Prado de Mendonça.

Assim, enquanto eu estudava, lia os autores dos meus livros,


eu entendia o quanto eu mesma precisava “beber” Filosofia. A Fi-
losofia era tudo o que eu precisava para me constituir ‘Pessoa’. E
por fim, entendi que Prado de Mendonça falava para mim. O útil e
o inútil na visão de muitos; a perfeição, a busca interior para ser
melhor em mim mesma. Deus como meu fim último; os meus ce-
lestes, como os meus fins últimos. Era a Filosofia, o meu saber
desinteressado, sim. Completamente desinteressado, pelo me-
nos até eu perceber que, no Tempo, aquela procura desinteres-
sada tinha uma razão profunda de ser. Fui encontrando as res-
postas para as minhas indagações, o que me deixou satisfeita,
confortada com paz interior em Deus, em Jesus Cristo e minha
Mãe. No Tempo fui perceber que, por mais que sejamos únicos,
ainda assim, o Mundo Precisa de Filosofia. Percebi que a Filoso-
fia me constituía para além de mim; ou seja, o mundo realmente
precisa de Filosofia.

E Dom Edmundo, em seu livro, colocava assim:

“O domínio do homem-senhor se exerce pela razão: coloca no


mundo os conceitos racionais e abstratos; substitui o meio ou ambiente
natural pelo meio ou ambiente racionalizado, construindo um mundo
mecanizado, automatizado, o mundo-máquina, o mundo-aparelho. O
próprio homem é transformado em máquina, transformação que se
chama cérebro eletrônico ou “robot”, dentro do qual são depositadas
todas as capacidades da razão; não é mais o homem que cria, que
destina, mas é o cérebro eletrônico que comanda.” Página 24. “O Ho-
759
mem de Outrora E O Homem de Hoje”.

Fui ao Banco tratar do recadastramento e quis pagar no caixa uma


contribuição para um site religioso do qual faço parte e do qual costumo
receber os boletos bancários. Tinha uma fila imensa. Existem muitas
vilas, existem pessoas muito simples; muitas destas pessoas não sa-
bem como mexer na máquina do caixa de entrada no Banco. Uma des-
sas senhoras estava muito aflita, muito! Ela tinha alguns papeizinhos
nas mãos e pedia para eu ler, pois ela não conseguia e queria saber a
senha. Também eu estava com muita dificuldade para ler; mesmo
usando óculos, assim mesmo, encontrava dificuldade para ler o que
aqueles números esmaecidos indicavam. Ela não conseguia enxergar.
Ela pedia aflita a minha ajuda. Descobriu outro pedacinho de papel e
nele tinha a senha de números, mas a de letras ainda tinha que desco-
brir. Tentei “decifrar” aquelas letrinhas quase apagadas depois que en-
contrara toda atrapalhada o papelzinho. Disse a ela o que eu achava
que fosse ao seu ouvido. Ela então me pediu, por favor, que escrevesse
de caneta para saber dizer ao atendente e foi me mostrando o balcão e
a caneta para eu anotar. Disse a ela não saber se realmente as letras
eram aquelas. Ela dissera que sim, eram aquelas mesmas. Estava aflita
para pegar o dinheiro, contando não ter mais nada em casa para co-
mer. A filha não pode ir e ela se achava sozinha e com dificuldade.
Acabei colocando o dinheiro da contribuição que faria nas mãos dela,
pois só assim, caso desse algum problema nas letras da senha ela teria
para comer alguma coisinha. Meu Deus! Olhei para aquele rostinho
apavorado, na sua simplicidade e sofrimento, na era da tecnologia, na
era da TECNOPUC! Na era da TECNOPUC. Esse Tempo chegara, mas
com ele tanta desigualdade! Quanta miséria humana! Quanta! Quanta
miséria existencial e espiritual! Quanta falta de conhecimento em Deus
e na família celeste! Entendo que não podemos voltar atrás e que a
tecnologia ajuda o homem e facilita a vida. Mas o Equilíbrio é funda-
760
mental! Devemos ter espaço para o sagrado divino, do Deus da Verda-
de, com seus seminários e formadores e com ótimos padres, pois preci-
samos deles, daqueles que a nossa Mãe amada chama de Seus filhos
prediletos e luta por eles, luta pelos que são realmente da Vocação Sa-
cerdotal no Chamado de Deus.
Era o Domingo da Assunção de Nossa Senhora aos Céus. Dia 18 de
agosto de 2013 e no folheto da missa dizia:

“Maria ocupa um lugar excepcional na história da salvação. Aurora


e esplendor da Igreja triunfante, ela é consolo e esperança para nós,
povo a caminho. Maria permaneceu sempre unida ao seu Filho divino e
solidária com Ele. Seguem o exemplo de Maria os consagrados e con-
sagradas nos diferentes serviços e carismas. Nos passos de Jesus to-
da Igreja também vai, na riqueza dos ministérios. ...Maria é a arca da
aliança, a mulher vestida de sol, imagem da Igreja. Deus escolhe o lado
de quem, aos olhos do mundo, é insignificante.”

Continua no folheto da missa:

“Como Maria, a Igreja deve ser simples, pobre, oferente e consa-


grada a Deus, sinal vivo da presença de Deus”. Nela é coroada a fé e a
disponibilidade. Apresentemos nossos dons, com o desejo de caminhar
como família de Deus, ao encontro do Senhor na glória.”

No Jornal Zero Hora do dia 02 de outubro, Mês das Missões e do


Rosário, de 2013, surgem novidades:

“O chamado “G-8” foi formado em abril. Desde então, os cardeais


coletaram centenas de propostas de todo o mundo e prepararam um in-
forme de mais de 500 páginas para entregar a Francisco. A missão do
grupo será a de estudar um projeto de revisão da Constituição Apostó-
lica Pastor Bonus, promulgada por João Paulo II em 1988, e aconselhar
o papa em outros temas de governo e da Igreja.”

761
Como diz o jornal:

“O propósito da reunião, ou seja, o pretexto da reunião é revisar a


atual constituição apostólica, promulgada por João Paulo II em 1988,
que define os papéis das diversas secretarias, congregações, Conse-
lhos Pontifícios, Comissões Pontifícias, tribunais, e outros escritórios da
Santa Sé”.

“É o início de uma Igreja concebida como uma organização não


somente vertical, mas também horizontal — explicou Francisco ao jor-
nal La Republica. Na mesma ocasião, ele lamentou uma “visão muito
vaticano-centrada que ignora o mundo ao seu redor”. E continua o jor-
nal dizendo por conta própria...

“A Cúria, já no período de João Paulo II e mais recentemente com


Bento XVI, à revelia deles, virou um templo de denúncias de pedofilia
acobertadas, desvios de dinheiro, corrupção e chantagem envolvendo
prelados que sequestravam o poder decisório do Vaticano mediante ex-
torsão”.

E continua o jornal:

“No entanto, os oito cardeais encarregados de fazê-lo reuniram


demandas da igreja em todo o mundo, o que aumenta a expectativa de
uma reforma mais ampla”.

Estou preocupada com os modernismos e confesso que estou na


expectativa de que reforma ampla será essa a qual o papa Fran-
cisco se propõe realizar. Deixo esses meus escritos na espera da
dialética universal, talvez eu nunca venha saber das respostas.
Papa Francisco fará melhor que João Paulo II e Bento XVI? Bento
XVI ainda lutou não permitindo a entrada de maçons na Igreja Ca-
tólica. Espero que num aperfeiçoamento de uma “reforma ampla”
não venha cair o nosso Papa atual em favorecer certas situações

762
que vão mais ao encontro dos modernismos do povo e menos de
acordo com os princípios profundos, corretos, íntegros, de um Je-
sus Cristo de Ontem, Hoje e Sempre. Porque não existem princí-
pios da doutrina Católica Apostólica Romana para ser modifica-
dos, para agradar o povo. O que precisaria ser limpo e não modifi-
cado, precisaria ser falado é da besta negra infiltrada na Igreja Ca-
tólica e isso não vejo em jornal, em televisão alguma. Não vejo
Papas falarem sobre a besta negra, ou a maçonaria eclesiástica.
Por quê? Não deve ser nada cômodo, não é mesmo?
Buscar o tão e inteligente teórico falado por muitos bispos, carde-
ais, papas, sacerdotes, como nunca antes na História da Humani-
dade deverá se tornar prática. Teoria é importante quando pratica-
da e observada na prática os resultados.
“Como Maria, a Igreja deve ser simples, pobre, oferente e consa-
grada a Deus, sinal vivo da presença de Deus”. Nela é coroada a
fé e a disponibilidade”.

Nossa Senhora nos pede:

“Abri as portas a Cristo. Abri as portas da vossa mente para aco-


lher com humildade e docilidade a sua divina Palavra. Na treva profun-
da que envolve as mentes de uma humanidade submersa nos erros, só
a sua Palavra vos traz a luz da Verdade. Fazei resplandecer no mundo
o anúncio do seu Evangelho. Realizai a tarefa que vos foi confiada de
uma nova evangelização. Levai ainda hoje a sua Palavra aos pobres,
aos pecadores, aos doentes, aos prisioneiros, para que possam cami-
nhar todos na luz da Verdade.” Página 1128, “Aos Sacerdotes, filhos
prediletos de Nossa Senhora”.

“Abri as portas da vossa alma, para acolhê-lo de maneira digna, no mo-


mento em que se comunica a vós sob a forma da Eucaristia. É Jesus na sua

763
pessoa divina, com seu corpo glorioso e a sua divindade, que vós recebeis,
quando vos aproximais da santa Comunhão. Deveis preparar nas vossas al-
mas, uma morada que seja digna Dele. Por isso vos convido a fugir do peca-
do, e não deixar-vos possuir pelo pecado, para viver sempre na graça e no
amor de Deus. Se acaso vos ocorrer de cair em pecado mortal, é necessária a
Confissão sacramental, antes de receber a Comunhão Eucarística. Hoje meu
Coração sangra em ver como se difundem sempre mais as comunhões sacrí-
legas, por causa de muitos que se aproximam para receber Jesus na Eucaris-
tia, em estado de pecado mortal, sem confessar-se. Estejam portanto as vos-
sas almas repletas de graça e de santidade, para assim receber de maneira
digna Jesus quando se dá a vós no sacramento do seu amor.” Página 1129.
Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Senhora.

Retirei do site www.montfort.org.com — Montfort Associação Cultu-


ral — cujo título é “A maçonaria e modernistas em guerra contra Bento
XVI”:

“Os pronunciamentos do Papa Bento XVI em sua recente viagem à


África provocaram extrema irritação nos inimigos de Deus e da Santa
Igreja. (Conferir abaixo os documentos do Grande Oriente e do site Go-
lias contra Bento XVI). Deus seja louvado por isso. Triste – apocalíptico
e catastrófico-- é ver um Papa elogiado pela Maçonaria. Com efeito,
ainda no avião, em viagem para a África o Papa Bento XVI corajosa-
mente desafiou a Modernidade e atacou o preservativo, defendendo a
continência sexual e o matrimônio monogâmico como únicos meios de
combate sério à Aids. Depois, Bento XVI atacou o aborto chamado te-
rapêutico, o que foi visto como um apoio implícito ao Arcebispo de
Olinda e Recife, Dom José Cardoso Sobrinho, por ter declarado que,
segundo o Código de Direito Canônico, os médicos e a mãe de uma
menina em que foi executado um duplo aborto, haviam incorrido na ex-
comunhão latae sententiae. Na África ainda, Bento XVI exortou os mis-
sionários católicos a pregarem Cristo, condenando o curandeirismo e a

764
feitiçaria. O que doeu profundamente nos defensores do ecumenismo
do Vaticano II. Finalmente, o Papa afirmou que os sacerdotes deveriam
marcar sua presença na sociedade pelo uso da batina. Evidentemente,
tudo isso demonstrou como o Papa Bento XVI quer fazer os cegos ve-
rem, os surdos ouvirem e os missionários mudos falarem. E falarem re-
vestidos do hábito talar. (hábito talar dos clérigos seculares de rito ro-
mano é a batina. Ela que possui uma gola conhecida como colarinho
romano ou clerical) Tudo isso, vai frontalmente contra a mentalidade e
as teses do Vaticano II. Vai contra a Igreja Nova nascida dos textos do
Vaticano II. Diante disso, o Grande Oriente de França, que já tem ata-
cado explicitamente Bento XVI, veio de novo a público, ele que é secre-
to, declarar guerra a Bento XVI e aos católicos fiéis, em nome da... tole-
rância. Em nome da tolerância, a Maçonaria não tolera o catolicismo e
o Papa. E é ela quem organiza mundialmente a campanha de imprensa
contra Bento XVI, preparando uma futura revolta e cisma modernistas.
O Grande Oriente – a Maçonaria – condena Bento XVI por ter atacado
o preservativo, assim como pelo levantamento da excomunhão dos
quatro Bispos da FSSPX. E, perguntará algum ingênuo leitor, o tem
que ver a Maçonaria com o levantamento da excomunhão dos Bispos
de Dom Lefebvre? Tem que ver com tudo, e profundamente, porque le-
vantar a excomunhão dos Bispos de Dom Lefebvre significa que é lícito
criticar o Vaticano II, Concílio que a Maçonaria aplaudiu, pois fez o que
ela queria: o ecumenismo e a liberdade de religião e de consciência,
além da democratização da Igreja através da colegialidade.
Por sua vez, os Modernistas uivaram de ódio no site Golias, criti-
cando o integrismo já sem freio de Bento XVI. Segundo eles “Nada
mais detém Bento XVI”, que brande diariamente o “cetro do Apocalip-
se”. Os modernistas de Golias — expressão da heresia do “espírito do
Concílio” —, qualificam as palavras do Papa de “criminosas” e “mons-
truosas”. E como é agradável constatar que, depois de quarenta anos
do Vaticano II a Maçonaria volta a atacar com fúria—e fúria inaudita—
um Papa. Bem aventurado Papa Bento XVI, odiado pelos inimigos de
Deus e da Santa Igreja! “ São Paulo, na festa da Anunciação de Nossa
765
Senhora, 25 de Março de 2009.

Orlando Fedeli

Leia a seguir o que Jesus Cristo deixa para a Santa Faustina.


Considero importante nos tempos nos quais estamos vivendo:

“Escreve isto: Antes de vir como justo Juiz, venho como Rei da Mi-
sericórdia. Antes de vir o dia da justiça, nos céus será dado aos ho-
mens este sinal: Apagar-se-á toda a luz do céu e haverá uma grande
escuridão sobre a Terra. Então aparecerá o sinal-da-Cruz no céu, e dos
orifícios onde foram pregadas as mãos e os pés do Salvador sairão
grandes luzes, que, por algum tempo, iluminarão a Terra. Isso aconte-
cerá pouco antes do último dia” (D.83).

Dia 3 de novembro de 2013, resolvi assistir uma missa no Santuá-


rio da Mãe Rainha e Vencedora, Três Vezes Admirável de Schoenstatt.
Tinha três importantes razões para ir. Era domingo, dia do Senhor,
sempre procuro ir à missa; quando não posso, vou a outra num dia da
semana. Outra razão é que completara um ano de falecimento da mana
amada; e a terceira razão, em Ação de Graças pelo aniversário de 60
anos de uma de minhas irmãs. Quando o sacerdote terminou a celebra-
ção no domingo, dia 3 de novembro, ao final da qual nos consagramos
para Mãe Rainha Três Vezes Admirável de Schoestatt, a emoção to-
mou conta de mim, e as lágrimas teimosas caíam no meu rosto. Afastei-
me para uma das janelas laterais da capela maior, onde fora realizada a
missa, para me recompor e respirar o ar fresquinho da rua. Fiquei ex-
tremamente feliz, pois naquele domingo, dia 3 de novembro de 2013,
comemorava-se o Dia de Todos os Santos. Três Comemorações! Dia
de Todos os Santos; falecimento da irmã amada; Ação de Graças pelo
aniversário de vida da irmã querida e também amada, comemorando
seus 60 anos de idade. Esses acontecimentos realizados com a Mãe
Três Vezes Admirável. Meu coração estava em festa, satisfeito e emo-
766
cionado.
Dia 21 de novembro, fui ver meu irmão em Cristo, o Irmão Marista;
precisava conversar com ele alguns assuntos pessoais e espirituais.
Levei meu rosário para meu irmão em Cristo, Irmão Marista. Ele o pe-
gou entre as mãos e abriu um sorriso enorme, riu mexendo nas conti-
nhas e sentindo o rosário entre as mãos; dizia: “nunca peguei um rosá-
rio em minhas mãos”. Éramos os dois a rir, pois para mim era óbvio que
ele já tivesse segurado um rosário em suas mãos. Ele reza o rosário
todos os dias, mas no próprio terço, repetindo os vários Mistérios ali
mesmo no terço, até completar todos os Mistérios. Aprendemos com a
vida, sem dúvida; pensava que tivesse um rosário. Fiquei tão feliz por
vê-lo sorrir e segurando o rosário, sentindo as continhas de açaí quei-
mado e balançando-as entre as mãos. Pela primeira vez, eu fiz chegar-
lhe as mãos um rosário, pensei.
Nunca é tarde para aprender. Nunca é tarde. Completarei 59 anos
de idade e a reza do Santo Rosário foi mais uma lição na vida. Provi-
dência Divina eu ter levado o rosário para ele. Nesse meio tempo eu fui
à missa na Igreja Nossa Senhora de Fátima e pedi ao sacerdote para
abençoar meu rosário; ele ficou encantado também.
Dia 23 de novembro, meu amigo Irmão Marista, me telefonara pa-
ra dizer que o seu trabalho, o Rosário Abrangente, estava pronto para
eu pegar. Ele me passou esse tesouro e não deixo de rezar. Na verda-
de, eu não sabia por quais dos mistérios eu deveria iniciar o rosário. O
meu amigo Irmão me disse que é pelos Mistérios da Alegria ou Misté-
rios Gozosos, como também são conhecidos. Assim, iniciamos com o
Anjo Gabriel anunciando para a Virgem Maria que Ela seria mãe. De-
pois, passa-se a meditar Maria visitando a sua prima Isabel. Logo a se-
guir, medita-se o nascimento de Jesus. Passa-se a meditar a seguir a
apresentação de Jesus no Templo, por José e Maria para apresentá-Lo
a Deus Pai Criador. No quinto item dos Mistérios da Alegria ou Gozo-
767
sos, meditamos a situação de José e Maria preocupados por não en-
contrarem Jesus. No terceiro dia, pela manhã, O encontraram no Tem-
plo entre os doutores da Lei, repletos de admiração pelas respostas
diretas e com autoridade, que Ele lhes dava. Essas meditações se re-
portam a estes Mistérios da Alegria ou Gozosos, pois temos os outros
para reflexão. O rosário, ou o próprio terço, quando realizado na sema-
na, é importante porque a pessoa medita sobre a história de Jesus Cris-
to. Desde o Seu nascimento até a Sua morte. É uma contemplação feita
da vida de Jesus Cristo como se fossem cenas de um filme a nós, men-
talmente, e nos deixa próximos dos personagens reais tão importantes
na vida de cada ser humano desejando se salvar. Eu precisava muito
iniciar o Santo Rosário para me defender do Mal. Andava sentindo ne-
cessidade devido a alguns acontecimentos surgidos em minha vida.
Precisava de defesas. Ficara deslumbrada com o Conhecimento do
meu irmão em Cristo. Eu poderia agora rezar o Santo Rosário tradicio-
nal. Mas passara a rezar aquele Rosário Abrangente, porque me sentia
chamada a fazê-lo. O Rosário Abrangente não foge ao rosário tradicio-
nal. Cada duas Ave-Marias, entretanto, são meditadas e direcionadas
para as necessidades da Humanidade. Então, 23 de novembro de
2013, eu passara a rezar pela primeira vez o Rosário Abrangente. Ma-
terial de valor assim não poderia deixar de partilhar com você, meu que-
rido. Um tesouro transmitido para você que possa se sentir ‘Chamado’ a
meditar, a rezar, nos Tempos nos quais estamos vivendo. Coloco no
posfácio esse tesouro precioso daquele que diz: “sou escravo de Nossa
Senhora”; assim diz o Irmão Marista, irmão em Cristo, inspirado em São
Luís Maria Grignion de Montfort, um sacerdote francês e um santo Ca-
tólico. Montfort tinha grande devoção a Nossa Senhora. Possui um livro
chamado “Os Segredos do Rosário”.
Domingo, dia 24 de novembro de 2013, termina oficialmente o ano
da fé. Estou aqui e escrevo para você. Com grande alegria eu deixo
768
nesse dia 24 de novembro de 2013 a notícia de que estamos no dia de
Jesus Cristo, Rei do Universo!
“Oração do Dia: Deus eterno e todo-poderoso, que dispusestes
restaurar todas as coisas no vosso amado Filho, rei do universo, fazei
que todas as criaturas, libertas da escravidão e servindo à vossa majes-
tade, vos glorifiquem eternamente. Por nosso Senhor Jesus Cristo, na
unidade do Espírito Santo. Amém!” – retirado do folheto de missa.
Dia 9 de fevereiro de 2014, fui à missa no oratório dos Irmãos Ma-
ristas. Fomos pela manhã. Completava o sétimo dia de nossas idas até
ali, na frente do sacrário, com a oração recebida da velhinha de 82
anos; ela havia me presenteado na Igreja do Divino Espírito Santo. Nu-
ma conversa informal com a vizinha residente em frente à minha casa,
disse-lhe que faria nove dias de oração em frente ao sacrário e ela de-
sejou me acompanhar nesses nove dias de oração. Assim, eu a convi-
dei para irmos à missa no domingo; ao término da missa, ficaríamos
para fazermos as orações. Havíamos avisado ao Irmão Marista amigo
que, no nono dia faríamos o nosso coroamento, o término das nossas
orações no colégio Stella Maris, Congregação das Irmãs do Imaculado
Coração de Maria. Ele ficou muito feliz com a nossa ideia. Ele aprovei-
tou e nos deu mais orações de terços, mas esses terços eram realiza-
dos através de jaculatórias, e estas eram simples, profundas e repetiti-
vas. Assim, vimo-nos rezando muitas orações em frente ao sacrário: a
oração diante do Santíssimo, àquela que a velhinha me fez presente; o
terço da Divina Chama o Terço da Divina Eucaristia. Num dos dias da
novena nós lemos o Te Deum (A vós, ó Deus).
Passara uma semana de muita angústia, extremamente estressa-
da com o meu companheirinho e amiguinho de 15 anos de idade, um
cachorrinho branco, da raça Poodle. Ele andava doente nos últimos
dois anos, mas com os remédios para o coração, para os rins, ele se
mantinha. Na última semana correspondendo às minhas saídas todas
769
as tardes, para orar, num calor de quase 40 graus, a doença do meu
cachorrinho passou a piorar ainda mais. Muito! No domingo, depois da
vinda da missa, à tarde, meu cachorrinho faleceu. Foi muito triste. Mui-
to. As lágrimas, minhas companheiras, mais uma vez surgiam abundan-
temente a rolar em meu rosto. Como amava esse meu bichinho! Quinze
anos não são quinze dias. Quinze anos de amor, de somente doação,
dando-me alegrias. Ele é uma das poesias de vida para viver. Descan-
sou. Cumpriu sua missão de cachorrinho estimado, amado por mim. Foi
enterrado num coração feito no solo, onde num Tempo tinha minhas
flores, cujo perfume é de minha preferência, as frésias; seus bulbos
permaneciam ali. As frésias depois de murchas, em seu lugar, eu plan-
tara mais dois tipos de flores: as perpétuas e recentemente as pervin-
cas. O meu querido ajudante retirou as flores do canteiro em formato de
coração e separou-as cavando ali, onde passou a ser o túmulo do meu
cachorrinho. Larguei ali, meu amiguinho e companheirinho dos quinze
anos; meu cachorrinho envolto em um cobertorzinho azulzinho; perten-
cia a ele. Ficara ao lado dele. Vira a agonia dele, mas estava ao seu
lado. Fazia carinho o tempo todo nele. Morreu velhinho e doentinho.
Morreu e descansou. O veterinário nada poderia fazer por ele. Eu cho-
ro, eu sinto e sinto muito sim. Penso algo e não sei se para você fará
sentido. Não é impossível para Deus — Quando se ama muito um bi-
chinho, se ama muito aquele serzinho, criação de Deus, entendo que,
Deus, sabendo do nosso amor, lendo o nosso coração pode nos dar de
presente quando chegarmos no céu um dia. Por que não? Para mim,
há uma correspondência forte do amor ao renascimento. Considero o
amor à essência de tudo e força transformadora. Afinal, Deus acompa-
nha cada nervo, músculo, cada sangue, cada respiro lendo nossos co-
rações nossas almas entendendo nossos desejos, nossos sonhos. Para
isso, precisamos estar no Seu Tempo.
Cobrimos e replantamos as flores. Assim, foram enterrados outros
770
amiguinhos cãezinhos dos quais eu tive em minha vida.
Tinha ido pela manhã à missa e ela me fortalece. A oração e a es-
cuta das homilias me ajudam a levar a vida, a dar-me força. Assim,
Deus me ajuda a superar e a compreender esses acontecimentos que
fazem parte desta vida. Nascemos e morreremos um dia, e isso é assim
para todos. Por isso a preparação da alma é tão importante. É muito
importante crer. Crer em Deus Pai. Crer em Jesus Cristo. Crer no sofri-
mento como um aprendizado; sobretudo, crer na Ressurreição. Sentir o
poder de transcendência do sofrimento em vida, em paz; melhor quali-
dade de vida em Cristo Jesus. Crer no Reino de Deus que prepara a
morada para todos..
Numa das missas do domingo, uma leitura em especial me cha-
mou a atenção. Você deve conhecer essa parábola. Falava sobre o sal
da terra.

“Vós sois o sal da terra. Ora, se o sal se tornar


insosso, com que salgaremos? Ele não servirá para
mais nada, senão para ser jogado fora e ser pisado
pelos homens”.
O sacerdote falou brilhantemente sobre a função do sal. Que o sal
não somente dá o gosto para as comidas, tornando-as muito mais sa-
borosas. Falou na falta do sal, ou seja, como a falta dele deixa a comida
insossa, sem sabor. Falou também sobre a função do sal na conserva-
ção dos alimentos; como também, sal demais acaba por estragar o ali-
mento. O Evangelho continuava a falar:

“Vós sois a luz do mundo. Não pode ficar escondida


uma cidade construída sobre um monte. Ninguém
acende uma lâmpada e a coloca debaixo de uma
771
vasilha, mas sim, num candeeiro, onde brilha para
todos, que estão na casa. Assim também brilhe a
vossa luz diante dos homens, para que vejam as
vossas boas obras e louvem o vosso Pai que está
nos céus”.
Que assim seja.
Que muitos possam ser luzeiros uns para os outros e que Deus
tenha misericórdia de quem deveria fazer a “sua parte de sal” para “dar
gosto aos alimentos” e não está fazendo. Que tenham o Tempo de
Deus. Misericórdia, Pai, eles não sabem o que fazem.
Segunda-feira.
Nosso acompanhante espiritual, divino Irmão Marista, nos acompa-
nhou nas orações, no nosso oitavo dia, ainda no oratório do Instituto
Marista, na Casa São José. Ele tirou cópia de uma oração muito impor-
tante em que rezamos em três: eu, ele, minha vizinha moradora em
frente da minha casa.
Levei o violão neste dia para cantar uma música pequenina, mas tão
linda e profunda diante de Jesus Cristo, no sacrário. Quando canto, eu
me emociono.
A letra da música diz assim:

“Jesus está aqui, Ele está aqui.


Tão certo como o ar que eu respiro, aleluia!
Tão certo como a manhã que se levanta.
Tão certo como eu te falo e posso te ouvir.”
Dia 11 de fevereiro de 2014. Uma terça-feira muito quente. Térmi-
no das nossas orações diante do sacrário, na capela do Colégio Stella
772
Maris, das Irmãs do Imaculado Coração de Maria.
Nós nos dirigimos até Ele. Tinha um tapete vermelho e nos sen-
tamos diante de Jesus Cristo. Fazia muito calor e nos olhamos, pois
não estávamos conseguindo nos concentrar. Minha companheira de
oração e vizinha observou um ar condicionado lateral. Perguntei a ela
se pediria para alguém ligar. Ela foi atendida e o ambiente ficou melhor.
Iniciamos nossas orações diante de Jesus Cristo. Repentinamente,
pensei na minha Mãezinha de tantos anos. Apressei-me até a Sua fren-
te e ajoelhei-me. Minha companheira, vendo-me fazer isso, veio até
mim. Expliquei-lhe não poder ficar sem estar diante de Nossa Senhora.
Pedi a ela para ficar perto da imagem do Sagrado Coração de Jesus.
Ela havia contado do Tempo em que lecionara naquela escola ficava
visitava o Sagrado Coração de Jesus. Assim permanecemos diante De-
les rezando um pouco. Depois trocamos os lugares. Rezando mais um
pouco diante Deles. Logo após, nos dirigimos novamente para Jesus
Crucificado para os términos das orações. Pedido para a minha compa-
nheira de oração ler para nós sobre a mensagem da Bíblia, pois estava
aberta aos pés de Jesus Cristo na Cruz. Depois, ao final aproximei-me
da Bíblia para eu acompanhar com ela a leitura. A Bíblia estava aberta
nos Salmos 96 e 97. Vi admirada os Salmos 96 e 97 os dois últimos
algarismos dos respectivos anos (1996 _ 1997), dos quais foram tão
relevantes em minha caminhada existencial. Comentei brevemente com
a companheira minha vizinha e atualmente amiga, o significado para
mim, daqueles Salmos.
Eu fiz a minha oferta a Jesus Cristo do encerramento dos nove dias de
oração indo aquela capela, pois muito representa para mim. Termina-
vam, assim, os nove dias de orações. Interiormente, eu me sentia em
festa. Observei estarmos a sós na capela para deitar de bruços no tape-
te vermelho em frente a Jesus Cristo com os braços abertos e rosto co-
lado ao chão. Senti vontade em fazer isso. Foi um ímpeto, uma vontade
773
forte. Foi como se eu quisesse ser toda de Jesus Cristo e de Deus num
oferecimento de toda a caminhada de vida até ali.
Quando olhei para o lado, minha companheira de oração estava
fazendo o mesmo. Depois nos levantamos e nos abraçamos. Choramos
emocionadas. Recordei minha mãe, na sua falta de Conhecimento, me
levara aos deuses dos pagãos e falei isso a Jesus Cristo na cruz e pedi
perdão por tantos estarem tão distantes Dele. Foi um encerramento de
novena muito especial e lindo.
Verdadeiramente? Como eu queria ser o sal da terra... Como eu
queria ser a luz que deve ser exposta, “não envergonhada”. Digo assim
“não envergonhada”, ao lembrar a oração, Te Deum, nos versos que
dizem:
“Que desça sobre nós, Senhor, a vossa graça, Porque em vós pu-
semos a nossa confiança. Fazei que eu, para sempre, Não seja enver-
gonhado: Em vós, Senhor, confio, sois vós minha esperança!” Deixei
para você, meu querido leitor, no posfácio desta minha obra, a oração
Te Deum, completa.
Queria ser luz do do meu jeito, do meu modo, com o meu teste-
munho de vida no ano passado da fé e neste ano da caridade, para
mim, do amor. Que eu possa cooperar com o Plano de Amor de Deus!
Que a luz possa dissipar as trevas! Que a força de Jesus Eucarístico
seja alimento espiritual divino para todos! Que Jesus Cristo possa ca-
minhar neste mundo! Que nada e ninguém seja obstáculo para que Ele
se mostre como a Fonte de Luz permanente a todos! Afinal, eu comun-
go e digo: Creio! Afinal eu amo Deus, amo Jesus Cristo, amo muito a
minha Mãe Celeste. Afinal, eu acredito em Deus, acreditando N’Ele,
tudo é possível se assim for da Sua Vontade antes da minha.
Acredito estar fazendo a minha parte e o meu melhor; Deus faz
acontecer tudo o mais.

774
De acordo com o 11º PPC, 2013 foi o Ano da Fé; 2014, Ano da
Caridade; 2015, Ano da Esperança.
No ano de 2013, passei o Natal com meu esposo. Somente nós. O
Ano Novo, 2014, igualmente. Nessa noite, fiz questão de colocar um
vestido todo azul. Essa cor sempre me lembra minha amada Mãe Ce-
leste. Eu queria estar muito próxima a Ela.
Terminei de rezar o rosário e olhei para o relógio. Faltavam alguns
poucos minutos para terminar o dia primeiro de janeiro e levantei apres-
sadamente e disse para meu amor: “Ah, não! Não vamos nos despedir
do ano anterior e iniciar um novo ano sem um brinde”. Ele estava na
poltrona, ainda trabalhando, levantou e foi buscar a garrafa de Cham-
panhe na geladeira, enquanto eu pegava as taças na cristaleira. Fomos
à frente da nossa casa e a garrafa foi aberta na discrição e as taças a
espera. Quando faltavam três minutos para a meia noite que daria en-
trada ao dia 2 de janeiro de 2014, estávamos fazendo o “tim- tim”. “Afi-
nal, antes tarde do que nunca!” Ainda estávamos no dia 1º de janeiro!
Ainda considerava ‘Entrada do Novo Ano’!
Ao mesmo tempo levantávamos as taças em direção ao céu, nós
fazíamos os nossos agradecimentos a Deus, por tudo o que foi passa-
do; tanto o ruim (vencido!) quanto pelo que nos aconteceu de bom. Os
desejos de bem-aventuranças para o Ano Novo e sempre na Vontade
de Deus, Senhor do Tempo, pois é somente Ele, bem na frente, lá na
linha do horizonte, sabe a razão de tudo acontecer antes de nós mes-
mos para a Sua Criação não perecer. A moda “abraço das taças”, ou
seja, nossos abraços entrelaçados, com as taças em nossas mãos, nós
tomávamos os nossos primeiros goles de champanhe; na simplicidade,
na amizade, no amor, na nossa paz e cumplicidade; duas pessoas ca-
minhando a Vida, de mãos dadas, na compreensão e no respeito que a
cada um compete em sua missão. Um beijo carinhoso selava a nossa
noite.
775
Selo também este livro com o meu amor, neste ano que se inicia e
que a Igreja Católica Apostólica Romana denomina de Ano da Carida-
de; para mim, este é o Ano do Amor. A Igreja Católica Apostólica Ro-
mana tem o ano de 2015 como o Ano da Esperança, então eu desejo a
todos que procurem que busquem como refúgio e busquem como espe-
rança o Imaculado Coração de Maria; na Estrela Guia, na Stella Maris;
na Estrela Maria!
Deixo para você a Mensagem da Mãe da Esperança. Essa men-
sagem foi realizada em 1º de janeiro de 1983, Festa da divina materni-
dade de Maria, nas páginas 370 e 371, “Aos Sacerdotes, filhos predile-
tos de Nossa Senhora”.

“No começo deste ano, a Igreja olha para Mim com confiança e Me
venera no mistério da minha Maternidade divina e universal. Em meio a
inumeráveis sofrimentos da hora presente, a numerosas inquietações,
a ameaças que pairam sobre o vosso futuro, erguei o olhar para vossa
Mãe do Céu, como à fonte da misericórdia divina e grande sinal de es-
perança para vós. Eu sou a Mãe da Esperança. Esta é a virtude teolo-
gal que deve ser particularmente vivida durante as horas sangrentas da
purificação. De quantas maneiras o meu adversário procura lançar-vos
no desânimo, para, desta forma, tornar-vos inofensivos e enfraquecer a
vigorosa força da minha falange vitoriosa! Não temais, pois satanás já
foi vencido por Jesus, e toda aparente vitória sua prepara para ele uma
real e nova grande derrota. Se o ódio ainda ensanguenta as vossas es-
tradas; se o pecado cobre o gelo a alma e o coração de muitos; se a
humanidade não retorna ao caminho do amor; se a rebelião contra
Deus aumenta dia a dia, seja ainda maior a vossa confiança na miseri-
córdia do Pai do Céu, e olhai para Mim como sinal da vossa esperança.
Sou a Mãe do amor e da Graça, do perdão e da misericórdia; por isso,
no começo deste ano, assinalado por notáveis acontecimentos no de-
sígnio da Providência, Eu percorro as estradas desertas do mundo para
espalhar no coração dos meus filhos sementes de arrependimento, de

776
bondade e de esperança. Atualmente todos os meus filhos provam
grande necessidade de luz e de conforto, grande necessidade de con-
solação e de encorajamento maternal! Olho, com dolorosa piedade, à
inumerável multidão de meus filhos pecadores: os jovens, seduzidos e
atraiçoados pela sociedade em que vivem; os adultos, escravizados pe-
lo egoísmo desenfreado e pelo ódio; os filhos da Igreja que a indiferen-
ça e a falta de fé tornaram preguiçosos. A todos hoje repito: Eu sou a
Mãe da vossa esperança! Não vos desalente o gelo espesso que cobre
o mundo, porque Eu lanço em toda parte, sem cessar, sementes de vi-
da e de ressurreição. Eu sou a alva que precede o Sol; sou a aurora
que dá começo ao novo Dia. Sou a Mãe da santa alegria. Vivei na ale-
gria de vos sentirdes amados por Deus, que é vosso Pai, de serdes
carregados como filhos pelo Espírito Santo, amparados por Jesus, co-
mo muitos irmãozinhos seus. Na alegria de viverdes no coração da
Santíssima Trindade e de estardes a salvo no jardim do meu Coração
Imaculado, começai este novo ano para vivê-lo integralmente em minha
companhia.”
“E por fim o Meu Imaculado Coração Triunfará.”

777
Palavras Finais

A seguir, mais uma parte essencial para quem esteve atento às


Revelações de Nossa Senhora de Fátima ao padre Stefano Gobbi, no
Papado de João Paulo II e vê acontecer às astúcias e manipulações
gradativas na Igreja Católica Apostólica Romana atuante nos bastido-
res. A maneira traiçoeira e ardilosa de Satanás (a maçonaria eclesiásti-
ca e as lojas maçônicas) dentro da nossa amada Igreja.
Querido leitor, como eu sofria lendo sobre as barbáries dos ata-
ques da maçonaria (maçonaria eclesiástica e lojas maçônicas) sobre a
Igreja Católica e como sofria ao olhar para o Papa João Paulo II carre-
gando o peso daquela Cruz; o peso da Cruz para o Papa João Paulo II
foi o de carregar a sua própria Cruz e a Cruz da Humanidade. O peso
daquela Cruz foi o de velar, zelar pela salvação em Cristo, por Cristo e
com Cristo por toda a Humanidade; pelas almas de toda a Humanidade,
inclusive dos seus inimigos. Passara a consagrar a Humanidade ao
Imaculado Coração de Maria. NOSSA SENHORA pede por misericórdia
e JESUS CRISTO continua a pedir para entregar ao Seu Sagrado Co-
ração todas as almas em pecado que precisam da Sua Misericórdia.
Então, clarear com a Verdade onde existem as trevas, a mentira insta-

778
lada e advinda de satanás, não significa acabar com as pessoas, pois
temos que lutar não contra as pessoas, mas contra o Mal que está atrás
delas. Entre as pessoas existem muitas que estão sem Conhecimento;
precisam de orientação, de encaminhamento. Precisam tirar o véu ne-
gro das suas mentes. Eu mesma estive nesse caminho um dia, ludibri-
ada pelo espiritual maléfico; assim como ludibriadas estava minha
amada mãe terrena, minha irmã amada e tantos outros que observo ao
redor. O que eu não desejo para mim, aos outros eu não desejo tam-
bém.
Tenho um sonho maior: o Manto de Nossa Senhora do Imaculado
Coração de Maria, que ele encubra todo o Céu e que nele, no manto
acolhedor e amoroso da Mãe Celeste, muitas almas que estão nas tre-
vas, sem brilho, formem milhares e milhares de estrelas brilhantes.
Que os brilhos das estrelas sejam tão intensa que a noite se torne
clara; tão ou mais clara do que as noites de lua cheia. Que essa Luz,
um conjunto de almas brilhantes, se torne um eterno clarão para ilumi-
nar o caminho de tantas e tantas almas que nascerão. Que assim seja,
amém.
O Papa João Paulo II carregava o próprio peso e foi o Papa da
grande predileção da Mãe Santíssima, preparado por Ela para enfrentar
os desafios do seu Papado. Grande homem. Grande Papa. Santo Pa-
pa. Imagino as pressões que deve ter sentido... Somente a força da
Virgem Maria para tê-lo levado em Seus braços. Com toda a certeza a
Sua Doçura de Mãe no coração de João Paulo II o ajudava a levitar
deixando o peso da Cruz carregada muito mais leve, pois como diz Mi-
chelangelo, “o amor é a asa veloz que Deus deu a alma para que ela
voe até o céu”. Quem sente um grande amor sabe o poder que este
grande amor possui.
Dia 29 de maio de 2014, uma quinta-feira, foi à data do meu en-
contro com Dom Dadeus Grings, arcebispo emérito de Porto Alegre. Eu
779
lembro que no trajeto eu rezara o terço da semana os Mistérios da Luz
ou Luminosos, sobre a vida pública de Jesus. Eu me senti chamada a
conversar com Dom Dadeus Grings, antes que o meu livro ficasse pron-
to. Precisava ter a certeza do parecer que havia deixado no meu livro
sobre ele, ou seja, sobre as suas idas às lojas maçônicas. Eu havia to-
mado conhecimento disso por meio dos vídeos que eu tinha assistido.
Conversei com duas importantes pessoas da minha vida sobre o meu
interesse em conversar com Dom Dadeus. Ambas consideraram corre-
tíssimo que assim fosse feito. Da conversação que mantivemos, e fui
atendida minutos antes da hora marcada, 9h30min, até eu perguntar as
horas ao taxista que me conduzia de volta ao meu destino, ele respon-
dera que faltavam dez minutos para as 11 horas da manhã.
Deixo aqui relatado o mais fidedigno possível para você, leitor
querido, como foi à conversação. Abordo as questões que me fizeram ir
ao encontro com o arcebispo emérito na cidade maior. Creio, confio
que, em nome de Deus amoroso e misericordioso Ele dará todas as
respostas possíveis, no TEMPO DE DEUS, sobre o destino da nossa
Igreja Católica Apostólica Romana. Não esqueça a frase de Nossa Se-
nhora de Fátima; esta frase é a nossa esperança: “Por fim, o Meu Ima-
culado Coração Triunfará!”.
Dom Dadeus Grings abriu o portão da residência e me recebeu
muito bem, fazendo-me entrar e sentar na saleta onde havia alguns so-
fás. Iniciei a nossa conversação me apresentando e perguntando-lhe
qual era o tempo que eu teria disponível para ele me ouvir. Ele fez um
gesto com as mãos, como se quisesse dizer-me para eu ficar a vontade
para falar e ele estaria disponível para me ouvir. Eu me senti muito bem
com aquela sua atitude. Pude então ficar a vontade e fazer um breve
resumo do meu histórico de vida; porque para se colocar uma vida den-
tro de um espaço de tempo, por mais liberdade que você tenha, serão
sempre fragmentos deixados. Precisava me fazer conhecer em pouco
780
tempo; dizer os motivos que me levaram até lá. Dom Dadeus ficara
atento as minhas colocações. Num dado momento eu coloquei o assun-
to que me levara até lá; o assunto sobre o vídeo que eu havia assistido
onde ele, Dom Dadeus, ainda arcebispo de Porto Alegre, estava dando
uma entrevista e participando de uma cerimônia na loja maçônica Har-
monia, em Cruz Alta. Falei-lhe da péssima impressão que aquela visão
fez a mim. Contei-lhe que eu me retirara para a minha salinha da biblio-
teca onde eu tinha o quadro da Santa Face de Cristo e Nossa Senhora
e havia chorado muito. Disse para ele que procurasse se colocar em
meu lugar; desde a década de 90 eu possuía o Livro de Nossa Senhora
(livro de cabeceira), com as Suas mensagens ao padre Stefano Gobbi e
estas falavam sobre a maçonaria infiltrada na Igreja Católica. Eu o es-
tava vendo ali, naquele vídeo, em 2012 ou 2013, ou seja, duas décadas
depois, fazendo exatamente o que a Mãe abomina (eu empreguei esse
termo, abomina). Que aquilo foi horrível para mim. O Livro de Nossa
Senhora eu havia tirado da bolsa e deixado no assento de um dos sofás
ao meu lado. Eu mostrei a ele, apontando para a Obra de Nossa Se-
nhora e perguntei-lhe se conhecia o Livro. O senhor chegou a ler? -
perguntei. Disse-me que sim, que tinha lido o Livro. Continuei dizendo a
ele que eu gostaria que ele falasse; que ele me dissesse quais os moti-
vos que o levara a frequentar lugares como as lojas maçônicas. Ele
prontamente me disse que o motivo era o diálogo. Que a Igreja, nestes
tempos, precisa estar aberta ao diálogo. Perguntei a ele se era somente
por essa razão. Ele disse que sim.
– O senhor então atende somente aos convites e as palestras?
– Sim - respondeu-me Dom Dadeus.
Continuou dizendo que às vezes eles (os maçons) pedem para ele
falar sobre assuntos deles, mas que ele não se importa em falar sobre
isso; fala sobre assuntos como família, por exemplo.
– Sabe? - disse eu. Eles podem querer usar a imagem do senhor,
781
da Igreja Católica. O senhor já pensou nisso?
Ele não deu resposta a isso e eu continuei perguntando-lhe,
olhando fixamente em seus olhos, se era somente isso que ele fazia
nesses lugares, ou seja, dar palestras ou se participava de alguma ati-
vidade deles (da maçonaria); eu queria dizer das atividades internas
deles. Olhou-me também fixamente e disse que ia para levar o Evange-
lho para os maçons; levava Cristo a eles. Que inclusive, eles o levavam
para a reunião branca, algo assim; ou sala de reunião branca, eu não
recordo bem. Eu brinquei dizendo então: “parece que tem a reunião
preta, pois que se existe branca...”. Nem sei se me ouviu, pois continu-
ou a falar. Disse-me que assim como vai fazer palestras para os ma-
çons, atende aos pedidos de outras denominações religiosas, como a
Luterana, por exemplo. Que a Igreja está aberta ao diálogo. Perguntei-
lhe se eles são maçons, porque não são católicos? Assim como esco-
lheram ser maçons, porque não escolher ser católicos? Somente católi-
cos?
– A Igreja deve ir até eles, receber todas as pessoas. A Igreja está
aberta a todas as pessoas. Jesus fazia isso. Saía para evangelizar –
afirmou.
– Sim, disse eu. Eu concordo com isso. Com toda a certeza, mas
o senhor sabe que dentro da maçonaria fazem missas negras, satâni-
cas? Nossa Senhora fala isso no Seu Livro.
Ele imediatamente disse:
– Como a senhora pode ter certeza disso?
– Eu tenho! O mesmo Pai da Mentira que atua numa umbanda,
por exemplo, é o mesmo espiritual maléfico que está lá, na maçonaria
interna, atuando eficazmente. Nossa Senhora de Fátima, em Seu Livro
fala sobre isso e eu acredito. (Nossa Senhora fala sobre a maçonaria
eclesiástica e as lojas maçônicas. Não cheguei aqui a citar a passagem

782
de Efésios, 6,10-13, por exemplo, que fala sobre as ciladas do demônio,
sobre os príncipes deste mundo tenebroso, sobre os principados e po-
testades, as forças espirituais do mal espalhadas nos ares.)
– Como a senhora pode acreditar numa coisa dessas? - O senhor
não acredita no Livro?
– Não - respondeu-me. Isso tudo é uma bobagem. Isso sim é o
próprio anticristo.
– Isto não é o anticristo. O meu coração sente como verdade tudo
o que Ela fala neste Livro. O senhor não acredita nas mensagens de
Nossa Senhora de Fátima? As Locuções interiores são um fenômeno
aceito pela Igreja Católica.
Dom Dadeus Grings, então, citou a encíclica que dizia tal coisa,
como algo não aceito; colocou-me que o Livro era do passado. Peguei
o Livro nas mãos e mostrei-lhe as fotos dos inúmeros sacerdotes que
estavam ali e o Papa João Paulo II que aceitou o Movimento Sacerdotal
Mariano. (O Livro traz a foto de João Paulo II com o padre Gobbi.)
– Isso aí? - Apontando para o Livro. Não sei como à senhora
acredita numa coisa destas.
– Mas são pessoas, são sacerdotes, cardeais, o Papa João Paulo
II que aceitou o Movimento Sacerdotal Mariano...
Dom Dadeus continuava a não aceitar o Livro das mensagens de
Nossa Senhora de Fátima a padre Gobbi. Aproveitei para citar o nome
do ex- empresário Raymundo Lopes e as mensagens que também ele
recebe de Nossa Senhora preocupadíssima com a Humanidade e com
a própria Igreja Católica. Também Dom Dadeus desacredita veemen-
temente nisso tudo. Citou a foto que Raymundo Lopes havia aparecido
juntamente com o Papa e disse que também aquilo não era verdade.
Ele citara o nome de Vassula Ryden como também alguém a quem não
se deve dar crédito. Dadeus Grings explica as situações outras que
783
acontecem dentro da Igreja Católica, numa visão paranormal ou da pa-
rapsicologia. Quando começou a argumentar empregando a parapsico-
logia para explicar as situações que ocorrem com algumas pessoas, eu
disse a ele que eu acredito na existência de satanás, como Nossa Se-
nhora de Fátima se refere no Seu Livro. Disse a ele que eu acredito que
existem, sim, demônios e que pouco eu ouvia nas missas os padres
falarem sobre o demônio. Quando eu disse isso ele, imediatamente,
mostrando-se contrariado, gesticulando com as mãos, disse:
– E não devem mesmo! (Que os padres não deviam falar sobre o
demônio nas igrejas.)
– Como? - disse eu. Como as pessoas ficarão sabendo da exis-
tência do Mal? Que o animal existe?
Continuou Dom Dadeus explicando que os sacerdotes devem falar
sobre Cristo, mostrar Cristo.
Eu lhe disse que sim, que Cristo deve ser falado, sem dúvida, pois
é Ele Quem salva, é Nele que uma pessoa pode buscar a sua salvação.
Ele é a nossa Luz e Força. Lembro-me que eu levantei o meu braço
direito e com a mão direita e dedos abertos eu imitava um grande sol,
posicionando a minha mão como um farol de Luz. Continuei dizendo
que os sacerdotes deviam sim falar sobre os demônios e seus sequa-
zes. Como uma pessoa poderá saber que existe o animal se não falar
nele e que é em Jesus Cristo essa pessoa deverá buscar tudo o que é
preciso para a sua salvação? Era por essa razão e outras que a Igreja
Católica estava tão falida, que está do jeito que está. As pessoas vão
procurar outros lugares que as ajudem a encontrar uma eficácia maior
para os seus males existenciais.
Ao ouvir isto, Dom Dadeus me apresentou uma percentagem al-
tíssima de pessoas, segundo uma pesquisa realizada, do aumento do
número de pessoas católicas. Eu então disse que não acreditava nes-

784
ses números e perguntei que pesquisa era aquela, pois eu havia lido no
site da Associação dos Devotos de Fátima o contrário: o número de fi-
éis praticantes católicos possui um índice baixíssimo. Continuei dizendo
que existem inúmeras pessoas que se dizem católicas, mas vão ao es-
piritismo, a umbanda, depositam a sua fé em figas, em bobagens e não
possuem a fé no verdadeiro Deus e a apostasia se forma. Aqui, Dom
Dadeus fez comentários sobre o espiritismo como um verdadeiro mal.
– O senhor já assistiu o canal de televisão Novo Tempo? Já ouviu
o professor Leandro Quadros, o que os Adventistas do Sétimo Dia di-
zem sobre a marca da besta? O senhor sabe que as explicações dadas
por eles são de que quem guarda os domingos são os marcados pela
besta? Eles sugerem dizer que os Católicos são os marcados pela bes-
ta! Perguntaram também, para o mesmo professor deste mesmo pro-
grama se os maçons fazem pacto com o diabo. Leandro Quadros res-
pondeu não poder dizer que um maçom faz pacto com o diabo, pois
isso não estava na Bíblia, mas o que ele poderia dizer que, qualquer
pessoa, pode fazer pacto com o diabo. Ao me ouvir dizer isso, Dom
Dadeus assentiu com a cabeça.
Terminando de dizer isso, eu peguei nas mãos o Livro das men-
sagens de Nossa Senhora de Fátima e, mostrando a Dom Dadeus
Grings, disse assim:
– Ela pode responder a essas questões. (Referia-me a Nossa Se-
nhora.) O Livro de Nossa Senhora de Fátima diz que a maçonaria está
inclusive infiltrada na Igreja Católica.
Ao terminar de dizer essas palavras, Dom Dadeus, muito contrari-
ado novamente, disse:
– Ela não! O padre Gobbi. Aí, não tem nada de Nossa Senhora -
apontando para o Livro Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Se-
nhora.

785
– Dom Dadeus, o senhor acredita que um padre, um sacerdote,
sabendo da existência da maçonaria dentro da sua própria Igreja Cató-
lica Apostólica Romana existem sacerdotes inclusive fazendo missas
satânicas, um padre levando 25 anos viajando para fazer Cenáculos
espirituais por 5 continentes, seria por nada?
– Não sei como à senhora acredita numa coisa dessas. Esse livro
é todo repetitivo. - e novamente olhando para o Livro Aos Sacerdotes,
filhos prediletos de Nossa Senhora e fazendo completo descaso. Isso é
passado. A senhora está vivendo o passado; devia deixar isso. Isso tor-
na a senhora pesada.
– O meu passado é muito valioso para mim para eu esquecer. Se
hoje eu estou aqui, foi porque eu me senti chamada a vir. Eu, por mim,
não viria. Eu sabia que seria muito difícil para mim. Se eu estou aqui
hoje, é por causa dessa Igreja Católica que aí está. Por mim eu seria
somente paz e amor.
Percebendo que a nossa conversação chegara ao fim, que as
perguntas mais elementares eu fizera e obtivera as respostas percebi-
das em meu coração, eu fui me levantando e dizendo:
– Dom Dadeus, a Mãe fala no Seu Livro que Ela não deseja uma
Igreja com manchas, mas deseja uma Igreja Imaculada. Tanto Ela,
quanto eu não desejamos uma Igreja com manchas.
Havia uns pacotes com papel pardo próximo onde estava a sua
poltrona. Respondeu-me então, me olhando ao mesmo tempo em que
se inclinava ainda sentado para pegar um livro:
– Mas a senhora não ouviu o Papa Francisco dizer que prefere ter
uma Igreja suja (ele queria se expressar, queria encontrar a palavra pa-
ra se expressar, e saiu à palavra “sanguinolenta”). Creio que Dom Da-
deus quis dizer sobre ‘prefere’ uma Igreja Católica, se referindo ao nú-
mero grande de pessoas que a frequenta.

786
Senti repulsa ao ouvir aquela palavra ‘sanguinolenta’ e imediata-
mente eu disse:
– Pois se desejam uma Igreja suja, sanguinolenta, vão ter, pois eu
estou dando a minha vida por Ela. ( Ou seja, dar um sangue inocente
pela Igreja Divina para limpar o que está sujo, manchado). Foi isso que
eu quis dizer a ele.
Ainda sentado, olhou-me sério e pensativo. Entregou-me o seu re-
cente livro que tirara dos papéis a envolverem os livros. Eu o devolvi
dizendo:
– O senhor não vai fazer uma dedicatória para mim? - Ele pegou o
livro novamente e escreveu assim:
“À D. Adelaide
Com as bênçãos de Deus”.
Datou enganado. Colocou dia 28 de maio de 2014; no entanto, eu
fui a esse encontro dia 29 de maio de 2014.
Despedimo-nos. Agradeci-lhe o tempo que me concedeu. Dei-lhe
um abraço e beijo em retribuição. Na saída ele comentou sobre o in-
cêndio que aconteceu numa capela, de Santo Antônio, creio eu, em
frente a sua residência, num dia de verão, muito calor e que, segundo
ele, a causa foram às velas (a cera) das velas, que os fiéis acendem no
local. Peguei o táxi mais adiante para o meu destino.
O meu livro em PDF retornara da editora para eu revisar a corre-
ção, dia 02 de junho de 2014. Nesse ínterim eu passei o livro de Dom
Dadeus Grings, arcebispo emérito de Porto Alegre, para o meu amigo
Irmão Marista; eu o tenho como o meu orientador espiritual. Cheguei a
ler as primeiras folhas, mas pensei no meu amigo, irmão em Cristo, pa-
ra fazer uma leitura imparcial e fazer um parecer sobre a leitura. Meu
amigo me chamou por telefone. Ele lera o livro e fizera o seu parecer.
Considerou-o muito bem escrito e se referiu ao livro de Dom Dadeus, A
787
BOA NOVA da SALVAÇÃO como um “filho intelectual” de Dom Dadeus.
Resolvi então acrescentar a conversação com Dom Dadeus
Grings ainda nesta minha obra.
Logo após eu ter ido ao encontro com Dom Dadeus, na data de 04
de junho de 2014, eu fora chamada por telefone, pelo meu Irmão Maris-
ta amigo, para ir a Casa São José, pois ele tinha um livro que segundo
ele, eu ficaria deveras impressionada. Essa obra veio de Santa Catari-
na, Camboriú, de irmãos em Cristo, como são por mim chamados (que
assim como eu, estão atentos aos acontecimentos da Igreja Católica).
Um bom número de pessoas está engajado na posição atual dessa
Igreja Católica que se apresenta manchado, Igreja que assim que traz
insatisfação a muitos.
Ao ler o livro que o meu amigo Irmão Marista entregou-me, cujo tí-
tulo é Carta aos Ceifadores da Palavra Viva de DEUS, Volume, V, re-
almente eu fiquei estarrecida, boquiaberta. As evidências do que estão
acontecendo no Vaticano e a caminhada da vontade de suprimir com o
Nosso Senhor Jesus Cristo, você verá que não é de agora. Você verá
como a astúcia de intelectuais possessos, da seita ou associação se-
creta a maçonaria eclesiástica e as lojas maçônicas espalhadas pelo
mundo, anunciada pela Boa Mãe há tantos anos atrás, materializa-se.
Já se iniciaram as artimanhas do animal e se espalham por tudo. Então,
o “passado” se faz presente. O “passado” foi toda uma caminhada espi-
ritual, uma batalha espiritual travada e que, está aí para todos acredita-
rem ou não. A obra pequena, mas profunda em conteúdo (Carta aos
Ceifadores da Palavra Viva de DEUS), estava mostrando para mim que
o meu “passado” junto a Mãe, a Nossa Senhora de Fátima estava na
porta; estamos vendo quem é quem e se constitui Tempo presente,
como nunca. O modernismo, a caminhada para tentarem extirpar Cristo
Eucarístico, por exemplo, como veremos adiante através dos escritos
da obra, Carta aos Ceifadores da Palavra Viva de DEUS, já está aí;
788
chegou às igrejas que frequentamos. Então, podemos verificar o que
antes foi um trabalho espiritual agora se torna uma realidade. Uma rea-
lidade cruel, traiçoeira, sorrateira, como eu passarei a mostrar a você,
leitor querido, com alguns trechos da obra pequena em tamanho, mas
profunda em conteúdo, Carta aos Ceifadores da Palavra Viva de DEUS,
vol.V.
Desejo convidar você, querido leitor, a continuar a caminhar comi-
go na História dentro do Vaticano, fora do Vaticano. Fora do Vaticano
também existe a perseguição da maçonaria eclesiástica, juntamente
com homens maçons trabalhando externamente, com posição de altos
cargos, perseguição aos bons Papas e aos bons sacerdotes que sem-
pre lutaram contra o Mal. Num processo antagônico, as forças contrá-
rias, no entanto, desejam tomar posse da Igreja Divina para criar o falso
Cristo e a falsa Igreja. Existe a parte suja, a parte com mácula dentro da
Igreja Divina e esta deve ser banida - ou que os traidores se convertam.
Vou começar com uma visão de Anne Catherine Emmerich sobre
a infiltração maçônica na Igreja. Essa visão de Anne, uma freira Agosti-
niana alemã, dará a você, querido leitor, meios para que possa chegar
e checar as barbáries desses homens que se deixam levar pelos peca-
dos mais variados e hediondos da Terra. Então, encontramos nas pági-
nas 76 a 77, no livro Carta aos Ceifadores da Palavra Viva de DEUS,
vol.V, o seguinte:
“Anne Catherine Emmerich (1774_1824),uma freira Agostiniana
alemã estigmatizada (possuía os estigmas de Cristo) e, vidente, que
viveu unicamente de água e da Santa Comunhão durante muitos anos,
recebeu inúmeras visões das crises futuras na Igreja e as infiltrações
dos franco-maçons em seu seio. Em suas visões, ela descreve homens
de aventais, destruindo a Igreja com acolher de pedreiro. Os maçons
usam avental e o seu símbolo é a colher maçônica. Os seguintes tre-
chos se encontram na página 565 da Vida de Anne Catherine Emme-
789
rich, Vol. I, Rev. K.E. Schmörger, Tan Books, 1976:
“Vi a Igreja de S. Pedro. Uma multidão de homens estava tentando
derrubá-la, enquanto outros a reconstruíam constantemente. Linhas
conectavam estes homens com os outros e outros através do mundo
inteiro. Impressionei-me com a perfeita sintonia deles.”
“Os demolidores, na sua maioria apóstatas e membros de diferen-
tes seitas, quebravam todas as peças e trabalhavam segundo regras e
instruções. Eles vestiam aventais brancos amarrados com fitas azuis.
Neles haviam bolsos e tinham colheres de pedreiro presos à cintura. A
vestimenta dos outros era variada.”
“Havia, entre os demolidores, homens distintos vestindo uniformes
e crucifixos. Eles não punham a mão na massa, mas marcavam sobre
as paredes com a colher, indicando onde e como devem ser derruba-
das. Para o meu horror, vi entre eles, sacerdotes Católicos. Quando os
trabalhadores não sabiam como continuar, eles procuravam alguém
certo do seu partido. Este tinha um livro grande que parecia conter todo
o plano do edifício e a maneira de destruí-lo. Marcava exatamente as
partes a serem atacadas com a colher, e logo elas vinham abaixo. Tra-
balhavam silenciosamente e com confiança, porém, astutamente, furti-
vamente e cuidadosamente. Vi o Papa rezando, cercado por falsos
amigos que frequentemente faziam o oposto daquilo que ele ordena-
va...”
Enquanto eu enviava o meu livro para a editora, no tempo da Pás-
coa, eu fui visitar uma irmã. Fazia muitos meses que não nos víamos.
Fomos ao mar molhar os nossos pés e quando retornávamos para a
casa desta irmã, uma jovem senhora chamou o seu nome. Uma velha
amiga e escritora, foi levar o seu mais recente livro para a minha irmã.
Escreve sobre lendas da região; faz pesquisas sobre esses assuntos.
Esta jovem senhora quis saber sobre o conteúdo do meu livro e falei a
ela sobre Nossa Senhora e as Suas mensagens e sobre a maçonaria
790
etc..
Veja querido leitor, que providencial o que ela nos contou a seguir.
Disse-nos que na época ela fazia parte de um setor cultural da ci-
dade menor. Um grupo de homens da maçonaria, vestidos a rigor, rea-
lizou um ritual e convidou essa jovem senhora para fazer parte, sendo a
única mulher presente ao ritual. Ela disse não saber o que a fez vestir-
se toda de vermelho. Eles então caminharam em direção ao cemitério
da cidade menor. Caminhavam quietos e sérios. No cemitério os ma-
çons munidos de tijolos, cimento e pedreiro abriram um local onde de-
positaram vários papéis.
Fiquei pensando nesse acontecimento chegando até mim e pare-
ce o acaso, algo assim; poderia alguém chamar também de coincidên-
cia, mas não para mim. Na caminhada espiritual que me coube, na Lei-
tura da Vida durante a minha existência, aquela conversa foi providen-
cial, ou seja, da Providência Divina. Mas somente agora fui me dar con-
ta disso. Eu tinha dado o meu livro por concluído e me senti Chamada a
conversar com o arcebispo emérito de Porto Alegre e num Tempo em
que ainda posso acrescentar esses assuntos no meu livro. Esse caso
da antiga amiga de minha irmã serve para relatar algo real e contunden-
te, é um mal necessário. Infelizmente tem sido assim a minha caminha-
da. Se do lado do animal ele surge com algum malefício e se faz tão
evidente para mim, por outro lado Deus está comigo e me faz ver a Sua
presença; assim, faço a Leitura da Vida. Com toda a certeza Deus que-
ria que eu me encontrasse e ouvisse dessa senhora essa narração rea-
lista, concreta sobre membros da maçonaria aqui da cidade menor. As-
sim, quando recebi a obra Carta aos Ceifadores da Palavra Viva de
DEUS, realmente eu fiquei boquiaberta. Fiquei pasma, porque se evi-
denciavam tudo o que eu havia escrito para você, amado leitor, até en-
tão.
Facilmente dá para percebermos que os “despachos”, em nível do
791
espiritual maléfico, estão espalhados tanto numa umbanda, por exem-
plo, quanto na maçonaria e inclusive nos esoterismos como Rosa Cruz,
envolvendo também mulheres, passa uma roupagem de algo natural,
inocente. Ali não se caminha o caminho da pureza, do puro, da santida-
de. Ali não é “Eu Sou o Caminho, a Verdade, a Vida”. São “entidades”
espalhadas com suas normas peculiares, suas regras de ocultismo.
Rosa Cruz não é religião. Rosa Cruz é uma seita. “Se dizem herdeiros
de tradições antigas”.

“Poucas sociedades precisaram tanto do segredo para sobreviver


como a Rosacruz. Na Idade Média, enquanto a Inquisição jogava na
fogueira quem ousasse questionar os dogmas católicos, os integrantes
da confraria se reuniam a fim de penetrar nos mistérios religiosos mais
profundos. Para isso, recorriam a fontes diversas: gnosticismo (que
buscava o conhecimento à margem do que dizia a Igreja) cabala (misti-
cismo judaico), esoterismo islâmico, filosofia, mitologia egípcia, astrolo-
gia e alquimia”. Tradicionalmente, os rosa-cruzes se dizem herdeiros de
tradições antigas que remontam à alquimia medieval, ao gnosticismo, ao
ocultismo, ao hermetismo no antigo Egito, à cabala e ao neoplatonismo.
Fonte de consulta: http://pt.wikipedia.org/wiki/Rosa-cruz
Toda minha obra juntamente com a Obra de Nossa Senhora de
Fátima é para testemunhar o “arrastão” de almas ao fosso do abismo
sem retorno do qual o Pai da Mentira, Satanás, Lúcifer e seus anjos
compondo a sua legião, deseja neste Tempo do Apocalipse. Lúcifer faz
inspirar nos homens o contrário, o oposto, o antagônico as pessoas que
se deixam envolver como instrumento ao misticismo ocultista. Lúcifer e
sua legião de anjos maus não atuam na Luz, no claro, como por exem-
plo, as missas brancas realizadas pela Igreja Católica Apostólica Ro-
mana. Ainda que vivamos sob o crivo desta mesma influência demonía-
ca desejando penetrar na Igreja Católica, ainda assim, encontramos
792
nela todos os santos e santas de Deus.
Quando o apóstolo Paulo, fala para os cristãos de Éfeso e aos que
creem em Jesus Cristo, dizendo assim para nós, atualmente: “Revesti-
vos da armadura de Deus, para que possais resistir às ciladas do de-
mônio, pois não é contra homens de carne e sangue que temos de lu-
tar, mas contra os principados e potestades, contra os príncipes deste
mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal (espalhadas) nos
ares”. (Efésios, 6, 11-12), realmente estamos vivendo essas forças de
Satanás e sua legião num amontoado de energias maléficas oriundas
de todas essas associações ou seitas secretas ocultistas preferindo
aderir esse lado em oposição o não gostar, não aceitar a Igreja de Cris-
to, dos cristãos. Acontece que, erros todos cometem e até a Igreja Ca-
tólica Apostólica Romana, a Igreja fundada por nosso primeiro apóstolo
Pedro, nosso primeiro Papa, comete seus pecados. A Igreja reconhece
ser santa e pecadora. Não foi por nada que o Papa João Paulo II pediu
perdão pelo tempo da Inquisição. Esse homem santo intermediou a
Humanidade para Deus e Consagrou o Mundo a Nossa Senhora de
Fátima.
Vemos então, a importância de termos no “topo”, na “Cabeça de
Cristo” a pessoa pura, de fé autêntica em Nosso Senhor Jesus Cristo e
nunca pessoas envolvidas em esoterismo, nas seitas secretas onde
nada é realizado às claras, pois é o ocultismo agindo em nome do de-
mônio e seus adeptos. Muitos se deixam levar pela falta real do Conhe-
cimento. O caso, por exemplo, da amiga da minha irmã, a escritora.
Não a conheço, não sei nada sobre a sua vida, mas uma coisa eu pos-
so afirmar. Ela sem desejar, certamente, fez a composição desejada
pelos maçons naquele ritual. Ela, sem desejar, com toda a certeza, mas
impelida por uma força (a maléfica), se deixou levar e participou como
número de mais uma pessoa desejada por eles, pelos maçons da ma-
çonaria aqui da cidade menor, para que pudessem realizar de maneira
793
completa, o ritual. Inclusive a cor da roupa usada por ele: cor vermelha.
É assim que “eles” agem se servindo de instrumento para o Espírito
Maligno.
Seremos todos fantoches nas mãos do Diabo, Satanás, Lúcifer e
seus comparsas se não aprendermos o discernimento entre o que vem
de Deus e o que vem de Lúcifer. Por meio dos pedidos das pessoas, os
demônios fazem ocorrer acontecimentos aqui na Terra. As pessoas fa-
zem o que “eles” pedem através dos despachos das oferendas e o Mal
vai se tornando real, realidade, concreto. Primeiro se constitui a nível
espiritual e após o Mal se evidencia concretamente. Para quem não
possui o escudo, a força de Jesus Cristo, acaba realmente tomando
para si os males espirituais maléficos. Infelizmente inúmeras pessoas
se deixam servir como instrumentos para os demônios e estes, satisfei-
tos, acabam por encontrar vínculos através das oferendas, às entregas
de nomes de pessoas, papéis, documentos. Assim, quanta destruição
de pessoas dignas é realizada em nome do demônio. Quanta prática no
ocultismo é realizada para ascensão de cargos, de postos elevados e
inúmeras outras artimanhas propiciadas pelo astucioso animal da bar-
ganha que, enquanto “ajeita” a vida de um, em contrapartida destrói a
vida de outro. É assim que o animal da barganha atua. Ele existe mes-
mo. É um Espírito Maligno e acompanhado de sua legião de anjos
maus. Não é filme de ficção científica. Aqui na cidade menor, além dos
“despachos”, trabalhos nas esquinas e encruzilhadas, eu observei que
na entrada da cidade menor também existe um monumento da seita
Rosa Cruz. Isto significa que passamos por pessoas muitas vezes nos
conhecem e que, sorrateiramente fazem parte desta seita onde o esote-
rismo se impregna e NÃO É DE DEUS DA SANTÍSSIMA TRINDADE.
Outras cidades onde costumo observar os símbolos maçônicos mos-
tram muito bem às autoridades políticas reinantes nesse meio da MAL-
DIÇÃO e com autoridade suficiente para dar homenagens próprias,
794
com monumentos erigidos. Como se dissessem: “Aqui reina em quem
eu acredito”.
Deus dos Exércitos, do Antigo Testamento, envia para nós o Seu
Filho Jesus Cristo, para aperfeiçoar a condução dessa Humanidade. O
Seu Filho vem com a mesma natureza de Deus como uma pessoa hu-
mana, como um de nós e sofre aqui na Terra pelos nossos pecados,
por Amor a Humanidade, por cada um de nós. No entanto, o que vemos
nessa mesma Humanidade? Ela se faz melhor, mais aprimorada, mais
humana que os homens no passado? Não estamos vivendo como nun-
ca um afastamento total de Deus ou quase total através do culto ao di-
abo das mais variadas maneiras? A Fé num Único Deus sendo paulati-
namente apagada por pessoas se deixando levar pelas mais variadas
crenças, mas a Bíblia não mais lida. Nela encontramos a História da
Humanidade e nela encontramos todas as orientações do nosso Deus
Único Verdadeiro, mas que se fez carne habitando no Homem Santo
Jesus Cristo no mesmo Espírito do Pai. Por isso nosso Deus se chama
Trino: Pai Filho e Espírito Santo.
Talvez eu seja mesmo “passado”. Talvez eu NÃO seja deste mundo
e para este mundo. Não sei mesmo quem eu sou, pois sou exatamente
QUEM CRÊ nas palavras desta minha obra e vivenciadas. Sou aquela
QUEM AMA Maria mãe de Jesus Cristo e A possui como Rainha assun-
ta nos Céus. Sou aquela QUEM ACREDITOU E ACREDITA na Obra de
Nossa Senhora de Fátima; QUEM SENTIU a eficácia das VERDADES
da OBRA de NOSSA SENHORA DE FÁTIMA.
Admiro as mulheres fortes do Antigo Testamento: Ester, Judite, Sara
e Maria mãe de Jesus Cristo etc.. Admiro os panos soltos envolvendo
os seus corpos, muito mais do que eu vejo mulheres nuas, exibindo os
seus corpos e não as suas almas. Admiro as mulheres do passado e
suas virtudes. Como as admiro! Acredito que não sou mesmo deste
Tempo. Sou passado. Por isso talvez eu teime na Busca pelo Equilíbrio.
795
Estava escrevendo no dia 14 de junho de 2014, quando ouço na
televisão o pastor Luís Gonçalves falar sobre o Evangelho de João. Diz
que Deus libertou João na Ilha de Patmos, da prisão. O pastor continua
dizendo aos telespectadores:
– “Eu não sei qual é o mal, a maldição, que o aflige, neste exato
momento. Pode ser qualquer coisa que o esteja escravizando” - conti-
nuou o pastor. “Que Deus o liberte da sua prisão existencial, que assim
seja. Amém”.
Ao ouvir o pastor Luís Gonçalves na televisão ( Adventistas do
Sétimo Dia), imediatamente pensei no nosso mundo. Que esse DEUS
da Misericórdia liberte as ALMAS das GARRAS DO MAL, ou seja, des-
sa Maldição que o animal deseja novamente para esta Terra. Somente
Nossa Senhora de Fátima, a Rainha da Paz, pode adentrar, pode ilumi-
nar e revelar as barbáries feitas em nome de Lúcifer ou às vezes, ino-
centemente, alguns membros se deixam envolver.
Deus da Trindade anda pouco pensado, em nome do corre-corre
da vida, do materialismo, da vaidade e tanto mais, inclusive, o ganho do
pão nosso de cada dia, esquecem-se de algo fundamental: “Não só de
pão o homem viverá, mas de toda Palavra que procede da boca de
Deus”.
Veja querido leitor o que traz o livro Carta aos Ceifadores da Pala-
vra Viva de Deus, vol. V:
“Vaticano: a casa varrida pelos ventos _ No livro Windswept Hou-
se [4] (A Casa Varrida pelos Ventos) escrito pelo padre e ex-jesuíta Ma-
lachi Martin, [5] o autor que conviveu com expoentes da hierarquia do
clero romano, parece explicar o motivo que teria levado o Papa Paulo
VI a afirmar a enigmática frase: “Por alguma fresta o fumo de Satanás
entrou no Templo de Deus”. [6] Este sacerdote teve em mãos o Tercei-
ro Segredo de Fátima e chegou a afirmar que este seu “pior pesadelo,

796
multiplicado exponencialmente”. Em 1960 o sacerdote Martin esperava
do lado de fora dos aposentos papais quando o Cardeal Bea participou
na discussão com João XXIII sobre a decisão de revelar o “Terceiro
Segredo” de Fátima. Angustiado, ouviu as palavras que Bea atribuía ao
Papa. O Sumo Pontífice acabara de recusar fazer o que Nossa Senhora
havia pedido, dizendo: “Isto [a mensagem] não se concretizará em nos-
so tempo!” (A Tribute _ “God’s Messenger” at rest: father Malachi Mar-
tin, by Fr. Charles Fiore). E com isso, João XXIII preferiu inaugurar o
Concílio Vaticano II a obedecer o pedido da Santíssima Virgem em Fá-
tima de consagrar a Rússia ao Seu Imaculado Coração, como solução
apresentada pelo Céu em resposta à súplica de Bento XV, feita em
1917, para a obtenção da paz no mundo. (Cf. _Quando o Santo Padre
suplicou a Santíssima Virgem respondeu). Embora romanceado e não
citando nomes (somente pseudônimos e funções exercidas na Igreja) o
livro de Martin denuncia a pesada infiltração das seitas luciferinas na
alta hierarquia do clero e sua nefasta influência por ocasião do Concílio
Vaticano II”. Páginas 69 e 70.
“Um ritual secreto de entronização do arcanjo Lúcifer no Vaticano
_ O autor revela que, antes desse concílio, foi realizada uma missa ne-
gra em segredo numa capela devidamente preparada para este fim. O
objetivo macabro era entronizar o arcanjo Lúcifer no Vaticano, de forma
a trazer confusão e mudanças profundas no reduto do “Inominável”
(nome que os satanistas , segundo o autor, tratam Nosso Senhor Jesus
Cristo). Toda a confusão proveniente da implantação dos decretos do
Concílio Vaticano II, de acordo com Malachi Martin, só teria sido possí-
vel por causa desta preparação “espiritual”, uma vez que a batalha prin-
cipal em andamento se dá no plano espiritual. Das dimensões do mun-
do espiritual, a conspiração contra a Igreja é liderada pelo próprio ar-
canjo Lúcifer. Sua doutrina: a Gnose. Sua meta: tomar o lugar de Deus
na adoração prestada pelos homens. Malachi Martin conta que, para
797
realizar a abominação no lugar sagrado, os satanistas se infiltraram no
clero, chegando a atingir postos na alta hierarquia. Seu objetivo seria a
demolição da única e verdadeira Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo.
[7] (Cf. _A instrução Permanente Illuminati sobre a Fé, a Igreja e o Pa-
pado). Embora essas afirmações sobre missa negra e entronização de
Lúcifer no Vaticano sejam indigestas para os fiéis católicos, devemos
ter em mente o testemunho da audácia maçônica luciferina em plena
praça do Vaticano, testemunhada por S. Maximiliano Kolpe, uma das
razões pelas quais fundou a Milícia da Imaculada com o objetivo de
combater esses ataques.” Páginas 70 e 71.
“S. Maximiliano Kolpe, os ataques da Maçonaria e a Milícia da
Imaculada _ Em 1917, a Maçonaria celebrou em Roma seu segundo
centenário. Por todas as partes, apareceram bandeiras e cartazes que
representavam o Arcanjo Lúcifer; e, na mesma praça S. Pedro, podia-
se escutar o seguinte slogan: “Satanás reinará no Vaticano, e o Papa
tomará parte em seu corpo de guarda!”. O irmão Maximiliano Kolpe,
franciscano conventual polaco, era então estudante de teologia na Gre-
goriana de Roma. Ante essas demonstrações de audácia do inimigo,
pergunta-se: “Por que os católicos tem de ser tão pusilânimes na defe-
sa de sua fé, enquanto os inimigos são tão audazes em atacá-la? Não
possuímos nós armas mais eficazes que eles, o Céu e a Imaculada?” E
meditando nas Sagradas Escrituras e nos Santos Padres, inspirando-se
nos escritos dos santos marianos, especialmente São Luís Maria de
Montfort; considerando o dogma da Imaculada e as aparições de Nossa
Senhora de Lourdes, e a extensão prática de todas estas verdades,
chega a esta conclusão: “A Virgem Imaculada, vitoriosa contra todas as
heresias, não cederá ante seu inimigo que levanta a cabeça; se encon-
trar servidores fiéis, dóceis às suas ordens, logrará novas vitórias, muito
maiores do que poderíamos imaginar...”[8] E funda assim, em 16 de
outubro de 1917, três dias apenas após o milagre de Fátima, a Milícia
798
da Imaculada. O emblema desta nova milícia será a Medalha Milagrosa.
Sua exigência, a consagração total à Imaculada Mãe de Deus, para vi-
ver praticamente esta consagração. Seu fim, arrancar as massas das
garras de Satanás e pedir à Imaculada a conversão dos inimigos da
Igreja, especialmente os maçons. [9]. Páginas, 71 e 72.
Trecho da página 73: “No entanto, o maior dano causado por to-
das essas conspirações está no fato de que a ortodoxia católica foi mi-
nada e a heresia tomou conta da Igreja. Segundo o padre Martin, uma
parte importante da estratégia para se quebrar a ortodoxia do clero e
dos fiéis é instalar “agentes de mudança” dentro das CNBs ao redor do
mundo. Este mesmo estratagema foi utilizado por Stalin, Hitler e Musso-
lini com sucesso. É o mesmo sistema utilizado pela Maçonaria e demais
sociedades secretas através dos tempos”.
Continua a obra Carta aos Ceifadores da Palavra Viva de DEUS,
vol. V:
“Táticas de infiltração: Usar técnicas de base psicológica desen-
volvida especificamente para desarmar as atitudes de resistência. _
Segundo Malachi Martin, o Cardeal Pensabene, ou seja, o Cardeal Pio
Laghi, chama isto de engenharia social. Ele diz que problema não é
mudar o modo de pensar de 4 mil bispos, mas mudar o modo de pensar
de milhares de católicos de acordo com os pontos de vista dos “enge-
nheiros sociais”. Ou seja, fazer com que os católicos aceitassem as he-
resias naturalmente. Os agentes de mudança podem ser uma institui-
ção, uma organização, um único indivíduo, proveniente do setor público
ou privado. Seu propósito é trocar valores e comportamentos “antigos”
por “novos”, usando técnicas de base psicológica desenvolvidas especi-
ficamente para desarmar as atitudes de resistência. Assim, teologias
heréticas_ como a Teologia da Libertação, de cunho completamente
marxista que desfoca a essência da figura de Cristo no processo da
redenção humana e que causa danos doutrinais e uma profunda cisão
799
no Catolicismo _, políticas suspeitas com a filosofia comunista soviética,
através do Cardeal Casaroli (cujo nome consta na lista divulgada de
clérigos ligados a sociedades secretas) que foi secretário de Estado do
Vaticano de 1979 a 1989. O inacreditável apoio por parte do Cardeal
Sodano à colisão alemã que dá assessoramento e facilita abortos. [10]
As evidências de uma rede de pedofilia sediada em Nova York envol-
vendo sacerdotes católicos no mundo inteiro, e por aí vai...”
Ainda nas páginas 68 a 69, do livro Cartas aos Ceifadores da Pa-
lavra Viva de DEUS, nos deixa:

“Um Papado de 33 dias, misteriosos assassinatos e criminosas


conexões-
Assassinatos misteriosos e não investigados como o do Papa João
Paulo I, cujo papado durou apenas 33dias (lembrando que o número 33
é uma assinatura simbólica de ações praticadas pela Maçonaria); o as-
sassinato de Roberto Calvi em 18 de junho de 1982, na época diretor
do Banco Ambrosiano que levava dinheiro da máfia e cujo principal
acionista era o Vaticano; as ligações do cardeal Paul Marcinkus, presi-
dente do banco do Vaticano com a controvertida loja maçônica P2
(Propaganda Due, liderada pelo famigerado grão-mestre Licio Gelli);
denúncias de ligações de membros pertencentes a ordens religiosas do
Vaticano com a CIA, a KGB, Gestapo e a máfia turca. Juntamente a to-
dos esses fatores, uma visão revolucionária ficou no comportamento
clerical: a Teologia da Libertação de índole marxista, por exemplo,
através do padre jesuíta Fernando Cardeal virava de cabeça para baixo
a orientação católica na América do Sul e se imiscuía com armas e
guerrilhas pela luta de classes e desobediência declarada a Roma, re-
petindo os clichês revolucionários insuflado pelas sociedades secretas
nos últimos 550 anos. Experimentamos, abusos e profanações litúrgi-
cas fizeram da Santa Missa, já oficialmente protestantizada por Bugni-
ni, um banalizado espetáculo antropoteísta, isto é, um culto ao homem
e não mais a Deus. Um relaxamento e uma secularização sem igual

800
inundou os seminários, conventos, ordens religiosas, resultando em
assustadora queda de vocações, disseminação de heresias e desfigu-
ração da devoção católica. Tudo isso acabou gerando um turbilhão de
descrédito e desgaste para a Igreja. No caso das conexões e infiltra-
ções maçônicas e comunistas no seio da Igreja, que são operações
dissimuladas e complexas, ocorriam por meio de membros de alta hie-
rarquia pertencentes às correntes modernistas e progressistas. A tudo
isso soma-se rumores de políticas e negociações duvidosas, escânda-
los sexuais, além da inequívoca ambiguidade na teologia e na conduta
cristã de muitos cardeais, bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas.”

Páginas 74 e 75, Cartas aos Ceifadores da Palavra Viva de DEUS,


vol. V.

”Quando em 1869 abria-se me Roma o Iº Concílio do Vaticano. No


mesmo dia, Ricciardi, deputado da Saboia, inaugurava em Nápole o
“Anticoncílio Maçônico”, ao qual aderiram maçons de toda Europa.
Destacam-se Victor Hugo, Edgard Quinet, Michelet e notadamente
Giuseppe Garibaldi, o homem da destruição do poder temporal dos Pa-
pas. Pio IX tencionava firmar a Fé do povo católico contra o Raciona-
lismo e o Naturalismo (de cunho notadamente antiteísta), implantados
pela Revolução Francesa. A Maçonaria pretendia obviar a obra de Pio
IX. Ricciardi sintetizou a tarefa do Concílio Maçônico nesta frase: “à ce-
gueira e à mentira representadas pela Igreja Católica, particularmente o
papado, fazia-se uma declaração de guerra perpétua em nome do sa-
grado princípio da liberdade de consciência”. “Dia 16 de dezembro de
1869 o concílio maçônico publicava suas resoluções: autonomia do es-
tado face à religião, abolição da religião de estado, neutralidade religio-
sa do ensino, independência da moral diante da religião”.

Página 75, Carta aos Ceifadores da Palavra Viva de DEUS:

“A crise da Fé, instaurada menos de um século depois_ A revista


italiana católica “Chiesa viva” em seu número de novembro de 1984 dá

801
o seguinte balanço, ao relacionar o anticoncílio maçônico de 1869 e o
2º Concílio do Vaticano, realizado menos de um século depois: “A
quem considera, entre os documentos do Vaticano II, o parágrafo 75 da
constituição ‘Gaudium et spes’ e de modo particular, a declaração ‘Dig-
nitatis humanae’ sobre a liberdade religiosa, não pode não perceber
que este concílio acolhe todos os mais importantes princípios do ‘Anti-
concílio’ de 1869, do qual, em consequência, queira-se ou não, vem a
constituir-se a continuação ideal, na oposição ao Vaticano I e ao Síla-
bo.”

E assim, compreende-se que o Concílio Vaticano II tornou-se o


centro da Crise da Igreja. [11]
Página 50, Carta aos Ceifadores da Palavra Viva de Deus, vol. V :

“Profecia do Arcebispo Fulton J. Sheen. (Atualmente está em cur-


so a sua canonização) O livro traz a foto de Sua Santidade Papa XII e o
Arcebispo Fulton J. Sheen.”
“Ele (Satanás) criará uma contra-igreja que será o macaco da Igre-
ja, porque ele, o Diabo, é o macaco de Deus. Ela terá todas as notas e
as características da Igreja, mas no sentido inverso e esvaziada de seu
divino conteúdo. Será um corpo místico do anticristo que vai em todas
as aparências assemelhando-se ao corpo místico de Cristo. Em segui-
da, será verificado um paradoxo _as muitas acusações com que os
homens no século passado, rejeitaram na Igreja, serão as razões pelas
quais passarão a aceitar a contra- igreja.(...) Fonte: Arcebispo Fulton J.
Sheen, Communism and the Conscience of the West, (Bobbs-Merrill,
1948), . pp.24_25.]”

Veja o que diz, continuando, a obra pequenina em tamanho, mas


com um conteúdo extraordinário. Carta aos Ceifadores da Palavra Viva
de DEUS, vol. V, páginas 88 a 91:

“(...) Quando incansavelmente procuramos ecoar os alertas que


vem do Céus, de que os sinais que antecedem o “Dia do Senhor” já es-
802
tão aí, e há muito tempo se cumprindo, os incrédulos, céticos, oficialis-
tas e desavisados contestam. Por exemplo, a questão da gravíssima
apostasia, inaugurada pela ação da maçonaria eclesiástica durante o
Concílio Ecumênico Vaticano II, que minou de forma irremediável a
unidade e a tradição apostólica da Igreja, a cada dia alastra-se e apro-
funda-se mais, gerando diversas consequências nocivas, dentre elas
principalmente a que acreditamos mais grave, a dessacralização da
Casa de DEUS. Só não vê quem não quer, ou quem hipocritamente
quer distorcer e esconder a realidade; vamos aos fatos: Aproximada-
mente 1000 anos antes do nascimento do Messias, Nosso Senhor JE-
SUS CRISTO, o Rei Davi, segundo nos conta o 2º livro de Samuel,
sentiu em seu coração a necessidade de homenagear e honrar a Arca
da Aliança. Para isso construiu um tabernáculo e, dada a importância
do que seria abrigado e reverenciado, colocou-a no CENTRO. O que
deve ter levado o Rei Davi a essa atitude? É simples, ele tinha plena
consciência de que a Arca com o seu conteúdo valiosos necessitava de
um local destacado, o mais visível aos olhos de todos: o CENTRO. E
hoje o que presenciamos dentro de muitas de nossas igrejas e capelas,
espalhando-se lenta e gradualmente: uma ação satânica para retirar o
Rei dos reis, Nosso Senhor JESUS CRISTO, do seu lugar de direito e
de fato, o CENTRO de sua Casa, a Igreja. Em toda a história da huma-
nidade, até nossos dias, será que alguém leu em algum documento da
antiguidade, ou viu em desenhos e esboços do passado, o trono de um
rei ou rainha que não ocupa-se o salão principal do palácio, e fosse
ainda colocado fora da posição CENTRAL? Podem pesquisar à vonta-
de duvido que encontrem... Isso em se tratando de “reis”...simples mor-
tais... Agora ao Salvador da humanidade, ao DEUS Altíssimo, querem
negar a posição maior, de relevância, de destaque, a CENTRAL! Você
sabem, hierarquicamente, quem está por detrás disso: satanás, a des-
cendência de Caifás, a maçonaria internacional e a maçonaria eclesiás-
tica com seus membros; cardeais, arcebispos, bispos, padres e religio-
sos que se tornaram os Judas Iscariotes deste tempo. Portanto, esti-
mados irmãos, creiam a maçonaria eclesiástica é poderosa, e está to-
803
talmente infiltrada em nossa Igreja, por todo o mundo. Fiquemos pois
vigilantes, porque suas armas preferidas para a dessacralização da
Igreja (no intuito de favorecer e acelerar o ecumenismo para sepultar o
autêntico catolicismo) são a desfaçatez, a hipocrisia e a ação gradual
para não dar na vista... Eles chegam a inventar as mais absurdas des-
culpas para justificarem a retirada dos Sacrários dos centros dos salões
principais das Igrejas (como se fosse existir alguma coisa na face da
terra que explicasse tal absurdo), tais como:
– “Existe muita circulação de pessoas, inclusive turistas visitando e
tirando fotos...”
– “As pessoas quando vem rezar, não conseguem, pois falta silên-
cio...”
– “É preciso um local só para o Santíssimo ...Por exemplo, uma
sala ou capelinha LATERAL!!!” Meus irmãos, não acreditem, isso são
desculpas hipócritas, arranjadas por aqueles que capitularam a maço-
naria eclesiástica, querendo se justificar pelos ataques e a perseguição
a Sagrada EUCARISTIA... Esses que assim agem não acreditam, na
Presença Real de Nosso Senhor JESUS CRISTO velado nas Sagradas
Espécies do Pão e do Vinho... Estamos acompanhando e denunciando
essa orquestração satânica em diversas dioceses do país. É preciso
nos opormos a essa gravíssima ação contra nossa fé e a Igreja. Preci-
samos urgentemente nos unir em nossas dioceses e paróquias, mesmo
que sejamos poucos, para frear esse plano da maçonaria eclesiástica
que conta com a adesão de muitos cardeais, arcebispos, bispos, pa-
dres e religiosos. Se estão tentando ou já conseguiram realizar esse
atentado contra JESUS Eucarístico, em sua paróquia, reaja, denuncie,
pois não podemos temer e calar para os homens que já não amam,
não respeitam, nem zelam mais pelo Sagrado em nossa Igreja. Na ver-
dade se tornaram apóstatas, pois perderam a autêntica fé! O Dono do
mundo, da Sua Igreja e da nossa salvação tem de ficar, sim, no lugar
CENTRAL, principal, da Sua Casa e de nossas vidas. Nota final: Que-
rem disfarçadamente colocá-LO fora do CENTRO, e até da nave prin-

804
cipal das igrejas e capelas, para implicitamente passar uma ideia de
segundo plano, procurando lateralizá-LO, passá-LO desapercebido,
escondê-LO... Depois, quando ninguém mais se der conta da Sua au-
sência, irão suprimi-lO... (...)”

Num domingo eu fora à missa na Igreja da Assunção, da cidade maior.


A ministra da Eucaristia, idosa, me parecia pálida, cansada, meio debili-
tada; poucas pessoas na Igreja. Ela chegara perto de mim no início da
missa, para fazer o seguinte comentário:
“– O padre inventou de colocar o Cibório lá para trás da Igreja e eu
tenho que caminhar de lá para cá e fico mais cansada.”
– Por que ele fez isso? - perguntei, mas pensando nela, na sua
queixa como uma pessoa velhinha.
A resposta da senhora ministra da Eucaristia foi um ‘dar de om-
bros’ (gesto com os ombros), como me dizendo não saber.
Não me dei conta do que estava acontecendo. Lendo o livro Carta
aos Ceifadores da Palavra Viva de Deus constatei a cruel e traiçoeira
realidade. Estão minando aos poucos o SAGRADO das nossas Igrejas
Católicas. Isso para mim foi à gota d’água de uma entrega para a Mãe
Santíssima de total amor e crédito nas Suas palavras, do Seu Livro
Azul, as Suas preocupação, Sua luta espiritual e orações pela Humani-
dade. A obra chegara até mim, dos meus irmãos em Cristo, confirmava
então as mensagens da Mãe amada; o que estava ainda escondido
agora se manifestava às claras. O animal está dando as ordens e estão
sendo cumpridas.
Página 81, Carta aos Ceifadores da Palavra Viva de Deus, vol. V:

“VENDAVAL DE PROFANAÇÕES _ Se a Missa é essencialmente


um Banquete, e se neste os comensais podem comer e beber, e habi-
tualmente o fazem, sem de fato se preocuparem com as migalhas de
pão caídas, ou com os restos da bebida que permanecem no fundo do
805
cálice, não espanta o fato de muitos padres não se preocuparem com
os “fragmentos” da hóstia consagrada caídos no chão, que se disper-
sam e são depois lançados ao lixo. Não é outra razão pela qual quase
por toda parte foi abolida a “patena” usada sempre para impedir que is-
so ocorresse e, consequentemente, o Santíssimo fosse profanado. E
explica-se também a naturalidade com a qual sacerdotes e fiéis (inclu-
sive as freiras!) dão e recebem, respectivamente, a EUCARISTIA NA
MÃO, tornando assim muitíssimo fácil que caiam e se espalhem os
“fragmentos”, como previra e temera o próprio Paulo VI. Alguns há que
depois de tocarem a hóstia, chegam a esfregar a mão na roupa. Teme-
rão, talvez, que CRISTO tenha sujado suas vestes?!... Responderão:_
Certamente, não é esta a razão, e explicam; JESUS não mais está na-
queles fragmentos. É o auge da inconsciência e da traição, pois: _o
Magistério definiu solenemente que a presença eucarística existe em
toda a hóstia consagrada e em qualquer uma de suas partes, sejam
grandes ou pequenas; _admita a transubstanciação, a presença euca-
rística refere-se a SUBSTÂNCIA do Corpo de CRISTO, não as DI-
MENSÕES do pão consagrado..._Devendo-se tal presença propria-
mente à SUBSTÂNCIA do Corpo de CRISTO (e não as dimensões da
hóstia) um só FRAGMENTO, AINDA QUE APENAS VISÍVEL< CON-
TÉM CRISTO INTEIRO, bastando assim para alimentar espiritualmente
os fiéis...; _Enfim, suposta uma presença eucarística condicionada as
dimensões do pão, seria impossível definir COM EXATIDÃO O TAMA-
NHO NECESSARIAMENTE EXIGIDO PARA AFIRMAR TAL PRESEN-
ÇA, e qualquer determinação nesse sentido seria inadmissivelmente
arbitrária. Concluindo: em quais fragmentos está ou não CRISTO? Se
não está nos fragmentos (quer sejam grandes ou pequenos), também
não está na hóstia, que é formada dos fragmentos. Pelo Contrário, es-
tes, destacando-se da hóstia, conservam as propriedades naturais do
pão consagrado, constituindo deste modo “indícios inequívoco da subs-
tância” do Corpo de CRISTO. Se isso não fosse verdade, o Mistério
eucarístico constituiria a mais colossal das imposturas...”

806
Página 83, Carta aos Ceifadores da Palavra Viva de DEUS. Conti-
nua o autor dizendo:

“PROIBIDO AJOELHAR-SE? “...para que ao Nome de JESUS SE


DOBRE TODO JOELHO no Céu, na terra e nos infernos.” (Fl. 2,10) Se-
rá que você, estimado(a), está ciente de que em nosso país, a grande
maioria dos arcebispos, bispos e sacerdotes proíbem, chegando até
mesmo ao absurdo de negar a comunhão, quando o fiel ajoelha-se pa-
ra receber JESUS Eucarístico? Imagine-se agora chegando na Igreja, e
ao ultrapassar a porta, repentinamente Nosso Senhor JESUS CRISTO
torna-se visível a sua frente, em toda Sua Glória e Majestade! Qual ati-
tude você tomaria? Penso que a mesma que eu faria, ou seja, se joga-
ria aos pés de Nosso Salvador e Redentor...Ou estou enganado? Ago-
ra reflita comigo: O que poderá levar um eclesiástico a impedir que um
comungante ajoelhe-se perante seu DEUS? Temos pouquíssimas hipó-
teses, e como não poderia ser diferente, todas elas gravíssimas, para
essa circunstância... Pois então vejamos: Em virtude de a Sagrada Eu-
caristia ser JESUS Vivo, Corpo, Sangue, Alma e Divindade, portanto
apenas não O enxergamos, como na hipótese levantada anteriormente
ao ingressar na Igreja, porém ELE está ali, completamente, integral-
mente...Como então negar para a Sua Augusta presença todo nosso
amor, respeito e gratidão por Seu amor e Misericórdia de vir até nós,
pobres e miseráveis pecadores, fazendo-se Alimento para socorrer-nos
em nossas fragilidades e pequenez de simples criaturas? Ajoelhar-nos
é o mínimo! Na realidade devíamos sim, prostrar-nos todos em Adora-
ção a Sua Divina Presença! E quando os eclesiásticos, aqueles que
têm o dever maior de zelar para que haja respeito, devoção e piedade
perante JESUS Eucarístico, agem de maneira inversa, impedindo que
se dê o máximo de reconhecimento em atos de fé, o que nos resta
concluir, além da certeza de que DEUS está sendo ofendido pelo des-
prezo e a impiedade de seus prediletos, e os fiéis escandalizados: É
simples, esses, ao assim se posicionarem, demonstram claramente
que NÃO ACREDITAM MAIS NA PRESENÇA REAL DE NOSSO SE-

807
NHOR NA HÓSTIA CONSAGRADA; se é que um dia acreditaram... E
mais, todos eles com essa atitude passam a ser ALTAMENTE SUS-
PEITO DE PERTENCEREM A MAÇONARIA ECLESIÁSTICA, pois es-
sa seita originada na descendência de Caifás (hebreus que não acei-
tam que JESUS é o Messias) é inimiga e perseguidora do autêntico Ca-
tolicismo e da verdadeira Igreja Católica, e usam esses (cardeais, ar-
cebispos, bispos,e padres desobedientes) , para destruí-La por dentro;
são eles os habitantes dos intestinos do “cavalo de tróia”, ou “mas-
terplan”, que é como se denomina essa estratégia satânica. Você sabe
como se chama o católico, eclesiástico ou leigo, que passa a contestar
e desmentir com palavras ou atitudes versículos da Bíblia Sagrada, e a
desobedecer a Doutrina, os Dogmas, os doutores da Igreja, os santos e
o Papa? HEREGE! Sim, é isso que eles são! HEREGES!!! E como tal
deveriam ser excomungados, pois essa é a penalidade para os heréti-
cos!”

Na página 51, Carta aos Ceifadores da Palavra Viva de DEUS, vol


V, deixa-nos o seguinte: “Catedral de Córdoba: O casal de lésbicas ba-
tizando sua filha, que foi concebida por fertilização assistida”. “Com a
devida autorização do Arcebispo de Córdoba, Carlos Nuñez. Com a
devida autorização do Papa Francisco. Este batismo vai contra a Sa-
grada Escritura e desafia ao DEUS Altíssimo.”
Página 48, Carta aos Ceifadores da Palavra Viva de DEUS:

“Arcebispo de Boston se apresenta diante de ministra protestante


para receber renovação do Batismo”. (18-01-2014) Um dos cardeais
que compõem o grupo indicado pelo Papa para auxiliá-lo na reforma da
Cúria se presta a tal afronta à fé católica. Nas mãos de tão grandes
“defensores” da ortodoxia, só nos resta esperar uma intervenção divi-
na!”

Páginas 38, 39,40, Carta aos Ceifadores da Palavra Viva de


DEUS:

808
“A vaidade nada franciscana de Francisco transparece em todo o
seu cuidado por não parecer incômodo e amigo do crucificado, do rejei-
tado pelo mundo. Não! Francisco não quer a cruz, quer a glória! Por is-
so, desfila entre as personalidades mais homenageadas. Nunca se viu
um papa tão amado por ateus, abortistas... (Papa Francisco com o pre-
sidente do Uruguai, José Mujica, que se declara ateu convicto, também
abortista e favorável ao casamento gay, tendo liberado o aborto, a uni-
ão gay e a maconha no seu País. José Mujica declarou: “Este papa é
um homem sábio”)... amado por gaysistas...” (No livro está a foto do
papa Francisco com o presidente do Uruguai).

“(Revista gay escolhe Papa Francisco ‘personalidade do ano’ nos


EUA. A revista argumentou que concedeu a honraria ao Papa porque,
ainda que ele se mantenha contrário ao casamento gay, seu pontifica-
do demonstrou uma profunda mudança na retórica (anti-gay) em rela-
ção a seus predecessores. Quando retornava ao Vaticano, após a visi-
ta ao Brasil, o papa declarou: “quem sou eu para julgar um homosse-
xual”,) ... amado por comunistas e simpatizantes da Teologia da Liber-
tação... (Foi uma audiência pessoal, na Casa Santa Marta. Sem holofo-
tes, entre dois velhos conhecidos. Francisco e Gustavo Gutiérrez (foto)
se abraçaram ontem, em Roma, simbolizando essa Igreja na primeira
pessoa do plural que o Papa argentino promove, essa Igreja na qual
todos nós cabemos, acima das diferenças. A Teologia da Libertação
voltou a entrar nos aposentos vaticanos) e até, pasmem!, amado por
roqueiros satanistas. Francisco é uma unanimidade, como raramente
se deu.”

Página 93 eu retiro um trecho que diz:

“(...) Veja como a Igreja era a 30 anos e por que modernizou tanto.
Veja em qual situação está a igreja nos dias de hoje. A resposta é sim-
ples e clara, estamos, ENQUANTO IGREJA CATÓLICA, NA QUINTA-
FEIRA SANTA, NA ESCURIDÃO DA NOITE, NO HORTO. O Corpo de
Cristo sofre, E DORMEM OS QUE DEVERIAM VELAR. Os Bispos e
809
Padres dormem! Claro, há raríssimas exceções, há Sacerdotes que
não concordam com esta falta de respeito, mas preferem obedecer a
seus superiores! Piores são os que se julgam despertos a serviço da-
quele poder que há séculos, desde o Concílio Vaticano II, conspiram
contra a Igreja e estão demolindo. MELHOR SERIA SE ESTIVESSEM
DORMINDO. Os piores inimigos estão dentro da Igreja. E Cristo sofre,
ELE SENDO REJEITADO, AS PARTÍCULAS DA SANTA HÓSTIA CA-
EM NO CHÃO E SÃO PISOTEADAS, OS SACRÁRIOS ESTÃO SEN-
DO RETIRADOS DO CENTRO DAS IGREJAS E COLOCADOS NA
LATERAL, OS PIORES INIMIGOS ENTRARAM NA IGREJA : O MO-
DERNISMO E O LIBERALISMO, DESDE O CONCÍLIO VATICANO II
que tanto planejou e trabalhou a vil maçonaria, tornou-se realidade. Um
falso e maldito ecumenismo corrói a Igreja”.

Continuam os escritos do mesmo livro, Carta aos Ceifadores da


Palavra Viva de DEUS, páginas 93 a 96:
“Nós não estamos exagerando, vejamos a palavra de certos
membros da hierarquia a respeito da situação da Igreja hoje:
1º) Papa Paulo VI, em 30/06/68: “Na Igreja também está REI-
NANDO uma situação de incerteza. Tem-se a sensação de que, de al-
guma abertura, tenha entrado a FUMAÇA DE SATANÁS no templo de
DEUS”.
2º) Paulo VI, (07/12/72 _ Oss. Rom. ): “A Igreja está passando
uma hora INQUIETA de AUTOCRÍTICA que melhor se diria de AUTO-
DESTRUIÇÃO. É igual a um TRANSTORNO agudo e complexo, que
ninguém teria esperado depois do concílio. A IGREJA PARECE SE
SUICIDAR, matar a si mesma”.
3º) Paulo VI, (30/08/73_ Oss. Rom.): “ A divisão e a DESAGRE-
GAÇÃO infelizmente entrou em não poucos setores da Igreja”. A re-
composição da unidade espiritual e real no interno da Igreja é, HOJE,
um dos mais graves e urgentes problemas da Igreja”. “Veja, caro leitor,
810
que Paulo VI reconhece que o perigo é a desagregação da Fé!”
4º) Paulo VI, (23/11/73 _Oss. Rom.): “A abertura ao mundo foi
uma VERDADEIRA INVASÃO DO PENSAMENTO MUNDANO DEN-
TRO DA IGREJA. Talvez nós fomos por DEMAIS FRACOS E IMPRU-
DENTES”.
“Que triste verdade! Quanto mal à Igreja tem feito essa maldita ci-
lada dos inimigos: a abertura ao mundo!”
5º) Paulo VI, (18/07/75_Oss.Rom.): “Esperava-se que depois do
Concílio haveria um período resplandecente de sol para a história da
Igreja. PELO CONTRÁRIO, veio um sopro de nuvens, de TEMPESTA-
DE E DE TREVAS!” O Concílio foi dominado por modernistas e liberais,
daí: “Contradições... desagregações...desobediência...anarquia...!”

“Comentando: Paulo VI pode perceber que o erro, o joio, foi seme-


ado dentro do Concílio Vaticano II e “previu” que o pensamento não ca-
tólico, haveria de predominar. Esta é a situação da Igreja: anarquia li-
túrgica, heresias ensinadas nos seminários, nas universidades pontifí-
cias e que resultou na perda de mais de sessenta milhões de fiéis só
na América Latina. Felizmente há um pequeno rebanho, que persegui-
do, caluniado, procura salvar a Fé, pagando um alto preço, continuam
FIÉIS A NOSSO SENHOR, AO SANTO EVANGELHO E A TRADIÇÃO.
Os perseguidos, caluniados e até ex-comungados de hoje serão reco-
nhecidos santos amanhã... A história se repete: lembremo-nos de San-
to Atanásio, grande defensor da Fé”.

6º) João Paulo II, (07/02/81 _Oss.Rom.): “É NECESSÁRIO ADMI-


TIR, com realismo e sensibilidade dolorosa e profunda, que, hoje, uma
GRANDE MAIORIA DOS CRISTÃOS sente-se DESNORTEADA, confu-
sa, perplexa e DESILUDIDA. As mãos cheias estão sendo espalhadas
ideias contrárias às verdades reveladas e ensinadas desde sempre.
ESTÃO SENDO ESPALHADAS HERESIAS VERDADEIRAS contra o
Credo, a Moral, provocando confusão e revoltas. VAI-SE SOLAPANDO
811
A LITURGIA, afundando no relativismo, intelectual e moral; na permis-
sividade; caindo na tentação do ateísmo; permissividade; caindo na ten-
tação do ateísmo; agnosticismo, do iluminismo, de uma moral indeter-
minada, de um cristianismo sociológico, SEM DOGMAS DEFINIDOS e
sem moral OBJETIVA”.
7º) João Paulo II, (Quinta-feira Santa de 1980): “Queria PEDIR
PERDÃO em meu nome e no de todos vós, no Episcopado, por qual-
quer motivo, por fraqueza humana... que possa ter PROVOCADO ES-
CÂNDALO e mal estar, acerca da interpretação da doutrina e da VE-
NERAÇÃO DE VIDA A ESTE GRANDE SACRAMENTO, A SANTÍSSI-
MA EUCARISTIA”. E pensar que se permite hoje, muitos bispos, que
não só a comunhão seja dada na mão, como a âmbula e o cálice com
as espécies consagradas fiquem sobre o altar (altar, digo eu; para eles
não é altar, é mesa!!!) e os “fiéis” se sirvam como quiserem. Isto e ou-
tras aberrações de missas celebradas como: “sobre uma toalha no
chão, e o sacerdote com os fiéis sentados ao redor celebram (Sic)!!!”
“Tudo é válido, menos ter mesa de comunhão, onde os fiéis de joelhos
recebem o Santíssimo Sacramento sobre a língua. E pensar que muitos
desses bispos se dizem conservadores: só se forem conservadores de
seus cargos e de suas funções. Tudo, menos conservadores da Fé e da
TRADIÇÃO.”
“Seus sacerdotes violam a minha lei, profanam o meu santuário,
tratam indiferentemente o sagrado e o profano e não ensinam a distin-
guir o que é puro do que é impuro”. (Ez 22, 26). Citação bíblica retirada
da obra Carta aos Ceifadores da Palavra Viva de DEUS, vol. V.
Do panfleto escrito por Eugenio Schoma e Dilson Kutscher retiro
alguns trechos:

“Padre Michele que apoia a ordenação de mulheres, o casamento


gay, o fim do celibato, faz homilia em missa concelebrada pelo Pontífi-

812
ce. (Que festa para Satanás ver aquele que se diz servo de Cristo
apoiar tais coisas e ainda fazer homilia numa missa concelebrada por
uma papa em pleno Vaticano). Dom Michele concelebrou com o Papa
argentino e pregou, como mostra a imagem acima, a homilia na Casa
Santa Marta. Pelo visto, o Papa Francisco, ao permitir que este padre
apóstata modernista, concelebre junto com ele e ainda faça a homilia,
deve concordar no seu coração, com as mesmas posições apóstatas
modernistas deste padre. Francisco concelebrando com este padre e
permitindo que o mesmo faça a homilia, passa de forma sutil e indireta,
uma mensagem de apoio a ordenação de mulheres, ao casamento gay
e ao fim do celibato; (as vezes os atos demonstram mais do que pala-
vras escritas em documentos, declarações e etc) Posições que vão
contra a verdadeira igreja e contra o Deus Altíssimo. (contrárias a Sa-
grada Escritura)”.
“Não te deitarás com um homem, como se fosse mulher: isso é
uma abominação”. (Lv 18,22) Citação bíblica retirada da obra Carta aos
Ceifadores da Palavra Viva de DEUS, vol. V.
“Dize-lhes isto: Por minha vida_ oráculo do Senhor Javé, não me
comprazo com a morte do pecador, mas antes com a sua conversão,
de modo que tenha a vida. Convertei-vos! Afastai-vos do mau caminho
que seguis; por que haveis de perecer, ó casa de Israel?” (Ezequiel
33,11). Citação bíblica retirada da obra Carta aos Ceifadores da Pala-
vra Viva de DEUS, vol. V .

O panfleto recebido do meu amigo Irmão Marista e orientador es-


piritual, traz duas fotos de Dom Michele e do Papa Francisco assistindo
a sua celebração da missa; acompanhado a uma das fotos, o panfleto
mostra os seguintes escritos:
“Ao final da Missa, numa audiência breve e informal, o Papa
Francisco realiza mais um daqueles “gestos de humildade” que se tor-
naram um bordão gestual deste pontificado - O Papa beija a mão de
Dom Michele De Paolis”.
813
Diz na Sagrada Escritura:

“Ai dos filhos rebeldes, diz o Senhor, eles seguem um plano que
não vem de Mim. Concluem alianças sem o meu consentimento, acu-
mulando, assim, falta sobre falta”. (Isaías, 30,1). Citação bíblica retirada
da obra Carta aos Ceifadores da Palavra Viva de DEUS, vol. V, página
51.
O panfleto que tenho em mãos da autoria de Eugenio Schoma e
Dilson Kutscher nos deixa:

“A aparição foi considerada autêntica, como foram Lourdes, La Sa-


lette, Fátima... Parte da mensagem recebida pela monja Agnes Katsuko
Sasagawa: NOSSA SENHORA DISSE: “O Diabo se infiltrará até mes-
mo na Igreja de tal modo que haverá cardeais contra cardeais, e bispos
contra bispos. Serão desprezados os padres que me veneram e terão
opositores em todos os lugares. Haverá vandalismo nas Igrejas e alta-
res. A Igreja estará cercada de asseclas do demônio que conduzirá
muitos padres a lhe consagrar a alma e abandonar o serviço do Se-
nhor”.
“11 de junho de 1988. Mosteiro de Le Bouveret (Vallese –Suíça_
Festa do Coração Imaculado de Maria). Aos Sacerdotes, filhos predile-
tos de Nossa Senhora: “A grande apostasia. (...) Está realizando-se tu-
do quanto foi predito pela Divina Escritura, na 2ª carta de São Paulo
aos Tessalonicenses. Satanás, o meu Adversário com engano e por
meio de sua traiçoeira sedução, conseguiu difundir em toda parte os er-
ros, sob forma de novas e mais atualizadas interpretações da verdade,
e a conduzir muitos a conscientemente escolher e a viver no pecado,
na enganosa convicção de que isso não é mais um mal, ao contrário é
um valor e um bem. Chegaram os tempos da confusão geral e da maior
perturbação dos espíritos. A confusão entrou na alma e na vida de tan-
tos meus filhos. Esta grande apostasia difunde-se sempre mais tam-
bém no interior da Igreja Católica. Os erros são ensinados e difundidos,
enquanto que, com quanta facilidade, são negadas as verdades fun-

814
damentais da fé, que o Magistério autêntico da Igreja sempre ensinou e
energicamente defendeu contra qualquer desvio herético.” (...)

Gostaria que o meu leitor me acompanhasse no seguinte trecho:

“É relevante assinalarmos aqui que em 8 de dezembro de 1869


abria-se em Roma o 1º Concílio do Vaticano. No mesmo dia, Ricciardi,
deputado da Saboia, inaugurava em Nápoles o “Anticoncílio Maçônico”,
ao qual aderiram maçons de toda a Europa”. Você deve estar lembrado
que a festa da Imaculada Conceição é comemorada em 8 de Dezem-
bro. A Imaculada Conceição foi solenemente definida como dogma pelo
Papa Pio IX em sua bula Ineffabilis Deus[2] em 8 de Dezembro de
1854. A Igreja Católica considera que o dogma é apoiado pela Bíblia
(por exemplo, Maria sendo cumprimentado pelo Anjo Gabriel como
“cheia de graça”), também escritos pelos escritos dos Padres da Igreja,
como Irineu de Lyon e Ambrósio de Milão[3] [4]. Uma vez que Jesus
tornou-se encarnado no ventre da Virgem Maria, era necessário que ela
estivesse completamente livre de pecado para poder gerar seu Filho
[5]” - http://pt.wikipedia.org/wiki/Imaculada_Concei%C3%A7%C3%A3o
A própria Virgem Maria, na sua aparição em Lourdes, em 1858,
confirmou a definição dogmática e a fé do povo dizendo para Santa
Bernadette e para todos nós: “Eu Sou a Imaculada Conceição”. Fique
atento, querido leitor, como a perseguição espiritual do Mal, de Lúcifer
semeando o pecado, as discórdias em pessoas se deixando absorver
pelo Mal, mostra para nós, claramente, no decorrer da História da Hu-
manidade, concretamente a sua eficácia. Percebe o leitor que, enquan-
to o Papa Pio IX em sua bula Ineffabilis Deus[2] em 8 de Dezembro de
1854 instituía o dogma da Imaculada, logo em seguida a maçonaria
também instituía a sua contrapartida. Sempre com a intenção de plágio,
de perseguir Deus! Perseguir a Criação de Deus! O animal sabia que
essa palavra empregada para Nossa Senhora, Imaculada, faria toda a
815
diferença, pois é o ACREDITAR no poder de Maria Santíssima Virgem
que conceberia SEU FILHO, por obra do Espírito Santo, sem o pecado
original. Ela é a Cheia de Graça. É acreditar em Maria Santíssima com
o poder sobre ele, o animal. O animal não gosta de quem é puro, de
quem é inocente. Já ouvi alguém dizer, ou eu li, que o demônio treme
na presença de Nossa Senhora Imaculada. No ano de 1854, o Papa Pio
IX reconhecia o dogma da Imaculada. Em 1869 teríamos o 1º Concílio
do Vaticano e no mesmo dia, Ricciardi, deputado da Saboia, inaugurava
em Nápoles o “Anticoncílio Maçônico”, ao qual aderiram maçons de to-
da a Europa”.
Convido você que, possui tanta sede de Justiça quanto eu, conti-
nuar a Leitura da Vida. Você perceberá o quanto a facção de satanás
se faz atuar nesta face da Terra para contrapor a tudo o que é de Deus
Pai, nosso Deus da Vida. O animal realmente é ardiloso a nível espiri-
tual com os seus trabalhos internos, suas missas negras satânicas para
perseguir o BEM.

“Conceição é o mesmo que concepção; quer dizer aqui o ato de


ser concebido ou gerado no seio de uma mulher. Imaculada significa:
sem mancha. (...) É certo que Jesus não nasceu da relação de Maria
com um homem, mas por obra do Espírito Santo. É o que afirmamos no
Credo dizendo: Nasceu de Maria virgem. (...) Ela nasceu, como as ou-
tras pessoas, da relação conjugal de um homem e uma mulher, que a
Igreja chama de São Joaquim e Santa Ana. Mas a conceição imacula-
da de Maria não tem nada a ver com seus pais. É um dom de Deus a
Maria. Significa que desde o início de sua existência ela esteve livre do
pecado original”. http://academico.arautos.org/2011/12/o-que-significa-
imaculada-conceicao/ .

Relembrando Nossa Senhora de Fátima na mensagem que ainda


deixo para você, leitor querido, do Livro Aos Sacerdotes, filhos predile-
tos de Nossa Senhora:
816
(...) “Existe uma sutil e diabólica tática, tramada secretamente pela
maçonaria, que é usada hoje nas confrontações ao Santo Padre para
colocar em ridículo a sua Pessoa e a sua obra e para tornar em vão o
seu Magistério.” (...) “Nestes tempos, na Igreja Católica permanecerá
um pequeno resto, que será fiel a Cristo, ao Evangelho e a toda sua
Verdade. O pequeno resto formará um pequeno rebanho, todo ele
guardado no fundo do meu Coração Imaculado. Este pequeno rebanho
será formado pelos Bispos, Sacerdotes, Religiosos e Fiéis que se con-
servarão fortemente unidos ao Papa, todos recolhidos no Cenáculo do
meu Coração Imaculado, em ato de oração incessante, de imolação
perene, de oferta total para preparar o caminho doloroso à 2ª gloriosa
vinda de meu filho Jesus. (...)”

A Igreja Católica Apostólica Romana dos Papas virtuosos, que lu-


taram pela Igreja sem mácula, sem mancha, com uma doutrina visando
seriedade para conduzir a Humanidade, seus bons cardeais, bons bis-
pos e sacerdotes, é a Igreja que deve ser aceita hoje, não deve ser vis-
ta como a condenada ou como errada. Esta Igreja atual, desejando “o
Novo”, “da Novidade”, deseja minar com a Igreja dos que sempre traba-
lharam em prol do Bem e para a dignidade, a vida, o Verdadeiro Cristo
Divindade encontrado na Eucaristia.
O arcebispo emérito de Porto Alegre, não querendo que os sacer-
dotes falem no demônio dentro das Igrejas, deseja dizer ao mundo, às
pessoas que compõem esse mundo, que nele não existem pecados;
não precisa se confessar, já que pecados não existem. Dom Dadeus diz
em seu livro, que:
“Não somos e não queremos mais ser reduzidos a Igreja do
“não”. Página 12.

Dom Dadeus GIring é um homem muito inteligente, intelectu-


al; um homem teórico. Li o seu mais recente livro e nele deixou
claro ser adepto ao “Novo” e este “Novo”, só terá o seu efeito
817
quando se “concretizar”.

Acredito que eu, terei que me fazer “Velha” para este “Velha”
ter o seu efeito quando se “concretizar”.

Assim, teremos um Equilíbrio entre o pretensioso “Novo” e o


pretensioso “Velho”. A Justiça então se efetuará e um Novo Raiar
surgirá. É a Aurora anunciada por Nossa Senhora de Fátima.

Onde em quem a Ação do Espírito Santo está se proceden-


do? A Vida Fala. A Vida Ensina!

Por exemplo, algo bem pessoal, da minha vida, da minha


caminhada existencial sobre a reza do terço feita por mim: Um
dos Mistérios, os Gloriosos, no terceiro mistério meditado, sobre
A DESCIDA DO ESPÍRITO SANTO SOBRE OS APÓSTOLOS,
diz assim:

“Contemplamos a vinda do Espírito Santo sobre os apóstolos


reunidos com a Virgem Maria em Jerusalém. A vinda do Prometi-
do, o Espírito Santo Paráclito: o advogado-defensor. O Paráclito,
o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará
todas as coisas e vos fará recordar tudo o que vos disse. Medita-
ção: O Espírito Santo que recebemos no Batismo é nosso condu-
tor, defende-nos diante do Pai, pois temos um acusador dia e noi-
te que nos acusa diante de Deus... satanás; mas o Espírito Santo
que habita em nós, ora em nós com gemidos inefáveis, pois não
sabemos o que pedir a Deus”.

Ora, quem de nós não está desejando a Justiça Divina pelos


descalabros acontecidos? Eu desejo veementemente! Meus ir-
mãos em Cristo também. Por isso, cada continha do Santo Rosá-
rio se torna um apelo ao Céu (gemidos inefáveis) a Virgem Maria
818
para interceder a Deus por nós.

Onde pode habitar então, o Espírito Santo? Reflita!

Dom Dadeus Grings não se faz mente inteligente sozinho e intelectu-


alizado. Junto com ele, com essa sua ideologia tem outros bispos, car-
deais, sacerdotes não filiados a Nossa Senhora de Fátima e ao Movi-
mento Sacerdotal Mariano, mas filiados à maçonaria; a eclesiástica e
as lojas maçônicas.

Esta Igreja Católica Manchada que está dentro, dividindo a Igreja


Divina, é a mesma que agora, deseja sair de dentro dela, da Igreja Divi-
na, para se promover como Nova, com as suas novidades, saindo das
sombras e jogando-se nos braços da Humanidade pecadora. A maço-
naria eclesiástica e lojas maçônicas corromperam esta mesma Humani-
dade com a semente do Mal espiritual espalhando por tudo. É uma Igre-
ja feia, manchada, não é Imaculada. Esta Igreja manchada deve ser
purificada. É uma Igreja voltada para a população. Agrada a população,
se mistura com a população, se torna social e não mais Divina Sagrada.
Iguala-se aos pecadores. É uma Igreja da falácia. Precisamos, no en-
tanto, de uma Igreja Santa, Imaculada; Igreja referência, confiável, séria
e que, por favor, nela não se criem mais o germe do pecado. Precisa-
mos da Igreja Santa para nossos filhos, filhos dos nossos filhos... Preci-
samos do modelo, do exemplo que gera vida ...
Em seu livro, página 12, Dom Dadeus me passara à ideia de que a
Igreja Católica precisasse ser renovada, ser aberta para o novo, porque
existira uma Igreja do “Não”.
Se existiu uma Igreja Católica do “Não” foi por essa mesma que,
hoje, deseja a “Novidade” com o golpe da serpente antiga num Tempo
propício de grande confusão. Na confusão a maioria das pessoas não
Conhece a Palavra de Deus; o Deus Único e Verdadeiro Deus. Vivemos

819
uma “salada de frutas” considerando ao se dirigir para o mar e procurar
pela falsa deusa Iemanjá, por exemplo, fazendo oferendas à falsa deu-
sa (confusão provocada pelo Pai da Mentira), consiste o mesmo procu-
rando por Maria Santíssima na Igreja Católica. Faz muitas e muitas dé-
cadas que verdades simples assim os sacerdotes se calam não falam
nas Igrejas Católicas com veemência. E esse mesmo arcebispo emérito
me diz que os sacerdotes não devem falar em demônios nas Igrejas. A
mentalidade que está aí nos deixa o infeliz saldo negativo da apostasia;
pessoas que se dizem católicas, mas não sabem rezar a oração do
Credo, nem a Salve Rainha e muito menos os mistérios de um terço é
consequência disso. Pessoas que se voltaram para a eficácia de outras
religiões ou seitas.
Essa parte do clero hoje, lutando por essa ideologia do “Novo” é a
mesma que nos surrupiou por décadas e décadas os ritos Sagrados,
Divinos, Sobrenaturais da “Velha” Igreja da tradição dos bons Papas.
Lavando, limpando essa mancha escura da maçonaria eclesiástica e
seus vínculos com os poderosos fazendo parte também dessa seita
secreta e trabalhando para satanás teremos de volta a Igreja Divina.
Jesus Cristo é o mesmo de Ontem de Hoje e Sempre. Sua mãe, a Mãe
da Igreja, e nosso Deus, o mesmo Ontem, Hoje e Sempre. Os nossos
Divinos não precisam mudar; quem necessita mudar são as pessoas
que trabalham nos antagonismos; trabalhando com forças contrárias ao
Divino. Esta é a Igreja que nos roubou a Verdade. A Igreja manchada,
suja é a Igreja dos “Nãos”. Os “Nãos” da Igreja manchada por ideologi-
as como a do arcebispo Dom Dadeus Grings, talvez ingênuo? Talvez
sendo usado para a mídia das lojas maçônicas? Talvez tão intelectuali-
zado e teórico e nada prático não conhecendo as agruras humanas na
sua realidade? Os sofrimentos das famílias as suas buscas em lugares
onde a Mentira habita e trazendo a total falta de paz a elas?
O Tempo vai falar a Verdade! O Tempo mostrará onde os ventos
820
estão soprando pela Ação do Espírito Santo.
Amo a minha Igreja Católica Apostólica Romana aquela nos mol-
des de São Maria Batista Vianney, o Padroeiro dos Sacerdotes. Dos
moldes do Papa João Paulo II. A Igreja Católica Apostólica Romana
fundada pelo Apóstolo Pedro. A Igreja sem a Maçonaria eclesiástica
infiltrada e aliada as lojas maçônicas.
O clero Divino tentou fazer a sua parte, o seu melhor, mas o poderio
da traição foi grande. O poderio do pecado, do Mal nas pessoas se
alastrou como fogo na palha. Acredito que o “novo” necessário dessa
Igreja Católica é retirar a mancha, a mácula que denegriu que dividiu a
Igreja Católica. A “Novidade” é limpá-la, é retirar todo o grande pecado
que a assola como nunca antes se viu na História da Humanidade. A
“Novidade” é uma só. A Coragem de assumir que a Maçonaria Ecle-
siástica, juntamente com homens maçons, poderosos, e lojas maçôni-
cas trabalham para constituir uma globalização. Na Página, do livro
Carta aos Ceifadores da Palavra Viva de DEUS, vol. V, páginas 59 e
60, retiro apenas um trecho:

“Assim, a Elite da Nova Ordem Mundial, vai concretizando seu


plano maligno de dominação Global. Uma medida aqui outra acolá e
essas disfarçadas Novidades para o povo, tudo com o pretexto de visar
melhorias para a humanidade. Implantam chip para ajudar os médicos
com seus pacientes na área da saúde, depois para beneficiar quem
tem medo de sequestros, recentemente controlar ex-detentos de ativi-
dades suspeitas. Também recentemente monitorar estudantes nas es-
colas, mas a verdadeira finalidade do tal chip, monitorar seus cidadãos.
Agora, até para ter livre acesso em Casas noturnas, discotecas e
shows o tal implante vai se tornando obrigatório. A maioria da humani-
dade vai cair na armadilha que essa ELITE GLOBALISTA preparou há
anos, pouco a pouco vão levando o GADO ( que somos nós, cidadãos
comuns) para a marcação definitiva. Não seremos mais um cidadão

821
com nome e sobrenome, mas sim, um número a mais no COMPUTA-
DOR DELES. Levando-se em conta que a maioria da humanidade tem
uma queda pelas novidades que o mundo oferece, a missão DELES de
CONTROLAR TUDO será facilitada. Enfim, Gado marcado, Gado obe-
diente e feliz O tão sonhado mundo perfeito. Será? Perfeito para
quem”?

A Humanidade necessita urgente onde se apoiar, ou seja, necessi-


ta da Igreja Católica Apostólica Divina; a Igreja da Palavra da Verdade
do Seu Deus posicionada.
“Um Cânone ou cânon é um termo que deriva da palavra grega
kanon, que designa uma vara utilizada como instrumento de medida, e
que normalmente se caracteriza como um conjunto de regras, ou (fre-
quentemente, como um conjunto de modelos) sobre um determinado
assunto”.
Pergunto:
Que vara é essa que estão utilizando como instrumento de medida para
a Humanidade?
Que conjunto de regras são essas, que modelos desejaremos pa-
ra os nossos filhos, nossos netos e para os demais? De qual Deus fala-
se atualmente para a Humanidade?
“Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso o
caminho que conduzem à perdição e numerosos são os que por aí en-
tram. Estreita, porém, é a porta e apertado o caminho da vida e raros
são os que o encontram”. (São Mateus, 7,13-14). Página 22, Carta aos
Ceifadores da Palavra Viva de DEUS, vol. V).
Veja o que diz, leitor querido, a obra Carta aos Ceifadores da Pa-
lavra Viva de DEUS, vol. V, páginas 44 e 45:
“Vaticano irá comemorar os 500 anos da Reforma em 2017:
Em 2013, Nikolaus Schneider, presidente da Igreja Evangélica da
822
Alemanha, visitou o Papa e anunciou que “ecumenismo vai avançar”. A
Reforma, que foi combatida por Papas e por Santos durante 500 anos,
foi tratada com muita displicência nos últimos séculos. Renasceu no
Concílio Vaticano II, e hoje já a vemos se tornar emancipada na Igreja
de Francisco. Em relação ao Ecumenismo, ou melhor dizendo, à Uni-
dade Cristã, e ao legítimo diálogo religioso entre cristãos, é essa a cari-
dade que todo católico deve objetivar: trazer à Verdadeira e Única Igre-
ja aos cristãos para que tenham acesso aos Sacramentos e à Verdade.

“Conheço as tuas obras: não és nem frio nem quente. Oxalá fos-
ses frio ou quente! Mas, como és morno, nem frio nem quente, vou vo-
mitar-te”. (Apo. 3,15-16).

A explicação é simples, mas o problema é que as pessoas não


querer aceitar a realidade: o Vaticano está tomado pelos inimigos da
Igreja Católica. (A Fumaça de Satanás na Igreja). “Roma perderá a Fé e
se tornará a sede do Anticristo”, são as palavras que Nossa Senhora
proferiu em La Salette, uma aparição reconhecida pela Igreja”.
Como fica fácil para as pessoas que se dizem Católicas, as do
nosso Tempo, simpatizarem e cair nessa armadilha astuciosa das cila-
das do demônio, com um belo discurso para agradar o povo. Na graça
de DEUS obtive o meu renascimento; de um alguém para uma pessoa,
após conhecer Jesus Cristo e encontrar uma porta de igreja aberta com
meus irmãos em Cristo. Encontrei meus irmãos num grupo de oração
da Renovação Carismática Católica e fui acolhida. Com toda a certeza,
não teria o Conhecimento, a Sabedoria, o Discernimento e desejando
alertar você e divulgar a Obra de Nossa Senhora de Fátima. Com toda
a certeza eu compraria como verdade essa inovação de uma ideologia
primando para o Evangelho Horizontal, Evangelho Social desejoso pelo
Ecumenismo com raízes marxista da Teoria da Libertação. Não adianta
chegar com uma teoria que vai nos sair muito caro ao longo do Tempo.

823
Muito! Dar casa, comida e “roupa lavada” para o pobre de nada adianta;
quando ele lá dentro estiver, ele continuará carregando a mesma alma,
o mesmo jeito de ser. O pobre que não possui Cristo Jesus na Eucaris-
tia nunca será um novo homem. Ele levará para dentro da casa nova os
mesmos defeitos, problemas que já possuía antes. Continuará sendo o
pecador o velho homem.
Mostrar, falar em Jesus Cristo, que é a única Pessoa que salva,
que vai propiciar forças para a Vida do pobre, essa é a melhor maneira
de ser e crescer. Obviamente que acompanhada de uma boa política.
Quando aqui me refiro à boa política, a autoridade, entende-se aqui,
aqueles homens de coração de ideias nobres se pautando se orientan-
do se conduzindo pela Palavra de Deus. Fazendo acontecer a Justiça
Divina, correta perante todos a sua volta, os cidadãos do mundo. Que
as coisas realmente passem a funcionar nesta nação de tantas e tantas
injustiças sociais. Não resolveremos, entretanto, a vida dos pobres jo-
gando-lhes dinheiro de todas as formas. Esse caminho generoso de
lhes o pão com fermento na boca e não lhes ensinar EDUCAÇÃO, o
dinheiro não chegará às mãos do pobre, porque o espertinho malandro,
através das teias armadas dos descalabros da mentira e do roubo dará
um jeitinho de desviar esse dinheiro do seu real destino. O Cristo Jesus
deve ou deveria ser sentido. O Cristo Jesus deve ou deveria ser vivido,
mas conhecendo-O. Buscando o pensamento da doutrina Católica
Apostólica Romana Divina e não desta, que numa falsa bondade cari-
dade (com um paternalismo vicioso), ensina o pobre a continuar pobre
na sua estagnação existencial sem atear a chama em seu interior, a
Divina. Enfim, essa teoria marxista, essa Teoria que visa o desempenho
horizontal para a morte ensina a todas as pessoas a ser pobres do Di-
vino, do Sagrado. Pobre NÃO é aquele desprovido dos bens materiais
somente; o pobre ainda mais pobre é aquele desprovido do espiritual
divino, ou seja, do próprio Cristo Jesus Eucarístico. Por isso a astúcia
824
da Teoria da Libertação, do marxismo. Para fazer o povo um ser sujeito
ao “patrão”. Um ser dependente, um ser da mendicância. Comendo pe-
las mãos “deles”. Como um pássaro cativo. O governo tudo pode, é
bonzinho, se preocupa com o saneamento, com as calçadas, as ruas
etc.. Juntamente com essa mentalidade “inovadora” vão tirando a Di-
vindade de Jesus Cristo, suprimindo-O do Centro das Igrejas até supri-
mi-Lo de uma vez por todas, quando não mais considerarem que Ele é
que é o Rei. Cristo não é um Rei mundano. É um Rei Santo, um Rei
Salvador, um Rei que nos legou seu sangue e corpo numa ceia de Pão
e Vinho Consagrados. Naquele momento, no coração da missa, o Sa-
cerdote preparado, ou seja, autoridade no rito a que chamarei “Rito
Branco”, para colocar em contrapartida as missas negras satânicas dia-
bólicas, faz a Consagração da Hóstia Corpo de Cristo (pão branco sem
fermento), e do Vinho (Sangue de Cristo). Esse “Rito Branco”, ou seja,
esse ritual de consagração pelo sacerdote através do Chamado para
Deus para o Espírito Santo com a Oração do Sacerdote, nesse momen-
to, renova ali, todo o sacrifício passado por Jesus Cristo até o madeiro
da Cruz. Não somente o Sacrifício, mas a Renovação, a Sua Vitória, a
Sua Ressurreição.
É nesse altar do Sacrifício e Vida que, todo cristão deveria se vol-
tar. É nesse altar preparado e tão bem respeitado, tão adorado é Se-
nhor Jesus Cristo, que, o próprio Satanás e seus adeptos desejam ex-
terminar. Veja Satanás não se preparou para atacar outras religiões.
Não! Satanás quer a Igreja Católica Apostólica Romana porque ali sim,
no lugar da (Cabeça de Cristo), poderá imperar, comandar e então,
subjugar a todos, nós os “debaixo” nós os cidadãos simples (membros
do Corpo Místico da Igreja), para “comer nas garras deles” para sem-
pre. Já vivemos essa maldita realidade materialmente, mas deixarmos
comandar espiritualmente por Satanás é demais!
O livro Carta aos Ceifadores da Palavra Viva de Deus, vol. V, traz
825
a realidade do uso dos microchips implantados em humanos como
obrigatório. Da página 55 a 60, o livro discorre com muitas informações.
Seria muito oportuno que você, querido leitor, adquirisse o seu.
“E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres livres e
servos, lhes seja posto um sinal na sua mão direita, ou nas suas testas,
para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o
sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome.” (Apocalipse 13,
16-17).
Na página 66 traz as evidências da infiltração maçônica no seio da
Igreja Católica.
“A notícia dessa lista de prelados ligados à Maçonaria causou
grande confusão, alarme e decepção nos meios religiosos católicos.
Mais desolador ainda era o fato de que alguns desses prelados divul-
gados na lista ocupavam posições de destaque e influência no Vatica-
no. Essa revelação deflagrou um período de extrema indignação porque
transgredia totalmente a Lei Canônica 2335, que proíbe expressamente
um católico ingressar em qualquer sociedade secreta, sob pena de ex-
comunhão. A Lei Canônica 2336 ainda prescreve medidas disciplinares
a serem impostas contra qualquer clérigo que venha a aderir a uma so-
ciedade secreta. O mais desolador era o fato de que a maioria desses
altos integrantes do Vaticano, que supostamente pertenciam a Maçona-
ria, ocupava cargos estratégicos na Cúria Romana, tais como: o secre-
tário particular do Papa Paulo VI, o diretor geral da Rádio Vaticano, o
arcebispo de Florença, o prelado de Milão, o editor-assistente do jornal
do Vaticano, sete bispos italianos, o abade da Ordem de São Bento e
inúmeros prelados que influíam diretamente na elaboração e dissemi-
nação do ensino religiosos da Igreja”. [1]
“Atual posição da Igreja com relação a Maçonaria
No entanto, doutrinalmente, a Igreja ainda mantem sua postura

826
definida com relação a Maçonaria:
DECLARAÇÃO SOBRE A MAÇONARIA, Sagrada Congregação
para a Doutrina da Fé, em 26/11/1983, diz o seguinte:
Declaração de 26 de novembro de 1983 do cardeal Joseph
Ratzinger, prefeito da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé (v.
L’Osservatore Romano de 26.11.83):
Foi perguntado se mudou o parecer da Igreja a respeito da Maço-
naria, pelo fato de que no novo Código de Direito Canônico ela não vem
expressamente mencionada como no Código de Direito Canônico ante-
rior. Esta Sagrada Congregação quer responder que tal circunstância é
devida a um critério redacional seguido também quanto às outras asso-
ciações igualmente não mencionadas, uma vez que estão compreendi-
das em categorias mais amplas. Permanece portanto imutável o pare-
cer negativo da Igreja a respeito das associações maçônicas, pois os
seus princípios foram sempre considerados inconciliáveis com a doutri-
na da Igreja e por isso permanece proibida a inscrição nelas. Os fiéis
que pertencem às associações maçônicas estão em estado de pecado
grave e não podem aproximar-se da Sagrada Comunhão. Não corres-
ponde às autoridades eclesiásticas locais pronunciarem-se sobre a na-
tureza das associações maçônicas com um juízo que implique derroga-
ção de quanto acima estabelecido e isto segunda a mente da Declara-
ção desta Sagrada Congregação, de 17 de fevereiro de 1981 (cf. AAS
73, 1981, p. 240-241). O Sumo Pontífice João Paulo II, durante a audi-
ência concedida ao subscrito Cardeal Prefeito, aprovou a presente De-
claração, e ordenou a sua publicação.
Joseph Card. Ratzinger (Cardeal Prefeito)”. Páginas 77 e 78 da
obra Carta aos Ceifadores da Palavra Viva de DEUS, Vol. V.
Continua os escritos da obra Carta aos Ceifadores da Palavra Viva
de DEUS, vol. V, páginas 78 a 79.

827
“Contudo, como previra a Instrução da Alta Vendita, a utopia revo-
lucionária humanista e naturalista maçônica inacreditavelmente já é
pensamento comum na cabeça da maioria do clero e dos fiéis católicos.
A revolução instaurou-se dentro da Igreja de Cristo. A Maçonaria triun-
fou no Concílio Vaticano II com seus princípios basilares dissolventes
introduzidos e adaptados da seguinte forma:
pelo ecumenismo ou liberdade religiosa, que iguala a Igreja de
Cristo a todas as seitas e neutralizando sua missão profética de propa-
gar a Verdade que é Cristo;
pela demolição da liturgia através de acentuada protestantização e
consequente dessacralização;
pelo conceito de colegialidade dos Bispos, que relativiza e mina o
poder do Papa e esfacela a hierarquia;
pela secularização e gradativo igualitarismo entre o sacerdócio de
ordem e o sacerdócio batismal leigo.
Finalmente, pelo silêncio pastoral e cumplicidade com a criminosa
ideologia marxista comunista”.
A obra, Carta aos Ceifadores da Palavra Viva de DEUS, vol. V traz
as referências bibliográficas sobre o citado acima. Páginas 79, 80 e 81.
Caberá a cada um de nós, de agora em diante, reverter esse qua-
dro, essa paisagem de horror das trevas deixadas e marchar para o
combate com as armas que Nossa Senhora de Fátima nos orientou.
Usar a nossa Consciência Iluminada (Pela Palavra de Deus, a Bíblia), e
não mais uma consciência ingênua considerando que o MAL não existe
ou que ele não possui a sua eficácia. O combate a esse Espírito Malig-
no é nos apegarmos à oração e principalmente a oração da preferência
de Nossa Senhora, o Santo Rosário, pois é a arma contra o demônio.
Podemos começar com o terço hoje, amanhã, e depois já estaremos
rezando o Santo Rosário. Se você tiver em suas mãos o terço ou o Ro-
828
sário você não temerá os males; pelo contrário, essa oração vai ocupar
a sua mente e o seu coração com o nome da Ave- Maria, do Pai Nosso,
você dirá o CREIO, oração que o coloca imerso no que realmente acre-
dita. Você dirá a Salve Rainha a Quem lhe ama tanto e lhe protege e
que deseja tanto o seu bem. Tudo isso porque ama você e esteve sem-
pre ao seu lado. A Mãe pede que você faça a sua Consagração a Ela.
Não se esqueça disso. Todos os da família. A Mãe pede que você faça
pequenos Cenáculos em família. Com essa iniciativa fortalecerão muito
os membros de uma família que reza; membros que estavam tão dis-
tantes uns dos outros. Desligue o Olho Mecânico. Unam-se para rezar
juntinhos. A vida terá outro valor e sabor. Procurem por sacerdotes vo-
cacionados da Igreja Católica Divina. Fiquem atentos às falsidades e as
novidades. Lute pelo direito de Jesus Eucarístico ficar no Centro da
Igreja. Ele é o Rei dos reis. Não aceite que um sacerdote retire o Cibó-
rio do Tabernáculo para deixá-lo de lado da Igreja ou atrás. Isso para
mim está insuportável. Prefiro morrer a ver algo assim. Cristo para mim
é o meu SOL. Satanás deseja destituir Jesus Cristo do trono de verda-
deiro REI dos reis.
Que cada continha do Santo Rosário rezada por você seja um tijo-
linho erigido daqueles que o animal nos roubou do nosso SAGRADO.
Agora, competirá às nossas Consciências Iluminadas pela Verdade lu-
tar contra o MAL que, infelizmente, depois de tantos pedidos feitos pela
MÃE amada, não foram ainda ouvidos por muitos.
“No documento S. C. S. D. W. INAESTIMABILE DONUM, de 1980,
aprovado pelo Papa João Paulo II”, lemos:
“Para que o coração possa se curvar diante de DEUS, em reve-
rência profunda, a GENUFLEXÃO deve ser cuidadosa.”
“A pessoa pode esperar de pé por símbolos e promessas, mas a
realidade que é DEUS presente na EUCARISTIA, a pessoa DEVE RE-
CEBER COM CARINHO E DE JOELHOS!” (Papa São Pio X).
829
“A genuflexão humilha somente quem não crê e, sobretudo quem
não ama, porque exatamente o amor se alegra de não poder igualar,
nem compreender toda a grandeza e os merecimentos da pessoa ama-
da.” (Enrico Zoffoli)
Eu sou uma Católica Apostólica Romana remanescente da Reno-
vação Carismática Católica. Precariamente cheguei até esta Igreja, mas
cheguei e como! Não peguei o Tempo de fazer genuflexão para receber
o Corpo de Cristo. Sinto muito! Eu gostaria de ter aprendido tudo isso.
Não é nada mal e feio ou humilhante. Pelo contrário, todos esses res-
peitos, galanteios para com o nosso Mestre Jesus e nosso Salvador e
Redentor seria o mínimo para fazer-se com quem deu a SUA VIDA por
nós e por AMOR. Seria muito oportuno ver certos irmãos que se dizem
de Maria, religiosos que parecem empresários, vestem-se como um
deles, aprenderem a ter Humildade. A Humildade diante de CRISTO se
fez abolir, extinguir. Essa é a Igreja do NÃO. Tudo o que foi BOM do
BEM, para o BEM, deveria retornar. Não peguei o Tempo da patena
dourada. Somente a canção aquela que diz: “na patena dourada ofer-
tamos, hóstia santa...” - eu escutei a palavra “patena” somente na músi-
ca. Algumas igrejas ainda usam a patena; outras não.

A Igreja dos ‘NÃOS’ foi nos dada ao longo do Tempo do Adversá-


rio de Deus. A Igreja dos ‘NÃOS’ foi dada ao longo do Tempo para que,
agora nesse Tempo de completa apostasia, pudesse entrar o Moder-
nismo que tanto desejam implantar e já está tudo acontecendo, supri-
mindo como o animal quis e seus sequazes. Espiritualmente desejam
matar Jesus Cristo como valor indubitável nas nossas vidas. O animal e
seus acompanhantes sabem do Seu Valor, por isso O perseguem. A
Novidade é pelo desejo de construir uma Igreja de fachada, uma Igreja
visando o social e pervertendo ainda mais a maioria dos jovens. Estes,
830
movidos pelos seus superficialismos da moda vigente e somando ao
Não falar que demônios existem realmente; os demônios amam os pe-
cados que os jovens estão cometendo, como se fosse tudo natural e
tudo pode, e ainda, somando ao Não confessar, pois que se pecado
Não possuem para que então se reconciliar com DEUS? Esta é a Igreja
com máculas, manchada é a infiltrada na Igreja, com a maçonaria
eclesiástica e as lojas maçônicas e outras seitas de esoterismo que se
assemelham à maçonaria. Homens racionais maçons poderosos em
seus montantes em dinheiro; eles agem nas sombras, de forma traiçoei-
ra. Desejam matar Cristo em cada esquina que podem.
Se for da Vontade de Deus, dou o meu sangue pela Igreja Católica
Divina. A Igreja suja manchada com máculas precisará ser lavada com
sangue Inocente de uma pessoa; um sangue de um sacrifício, pois me
sinto merecedora de pedir, de intermediar (em meu nome e naqueles
que eu observei a perseguição do animal, e no de tantas pessoas injus-
tiçadas), a Justiça Divina. Muito eu recebi; muito eu tenho para dar.
Contra o MAL resplandece DEUS! Sempre resplandecerá! Nunca duvi-
dem disso. Mas... Temos que lutar... Não dá para parar... Temos que
arregaçar as mangas e cada qual fazer o seu melhor...
É um absurdo para mim, a gota d’água, TIRAREM JESUS CRIS-
TO do CENTRO da IGREJA. NÃO me tirem o meu SOL! NÃO me tirem
a minha IMACULADA MÃE da VIDA de SEU FILHO. O Sofrimento da
Mãe amada ao ver o seu filho passando novamente pelo sofrimento do
Getsêmani atual! Não dá mais para calar!
Dom Dadeus Grings disse em seu livro:
“Não ficamos lastimando os males, uma vez que fomos enviados
para anunciar que o mundo está salvo por Jesus Cristo”. Página 12.
Sim, naturalmente que o mundo está salvo por Jesus Cristo. O
que Dom Dadeus Grings deveria pregar a todas as pessoas é que, se o

831
mundo está salvo por Jesus Cristo, foi porque Ele morreu por Amor pela
Humanidade. Será que Dom Dadeus Grings na sua teoria esqueceu-se
de evangelizar? Esqueceu-se de explicar na prática de sentir na prática
e bradar aos quatro cantos, qual afinal foi o sentido da morte de Cristo?
Ora, se Jesus Cristo veio ao mundo morrer pela Humanidade é porque
cada um de nós estava em pecado. É por mim, por você, por cada um
de nós que Cristo deu a Sua vida! É N’Ele que recorremos para lavar os
nossos pecados. No Antigo testamento Deus dos Exércitos já não dava
conta de tantos sacrifícios feitos com animais pelas pessoas para se
purificarem realizados nos Templos. Deus Amoroso e Misericordioso
envia seu filho amado Jesus Cristo ao mundo para como Cordeiro Imo-
lado em cada missa, se fazer sacrifício para as nossas almas. A minha
foi remida no sangue de Cristo e a sua? Confissão e Eucaristia andam
juntas. Perdão _Reconciliação e Vida recebida em Cristo na Eucaristia.
Veio Jesus como Homem Santo aqui para a Terra como exemplo para
a nós; cada um de nós e para a nossa própria santidade, para N’Ele e
somente N’Ele, nos remir dos nossos pecados e nos dar a salvação de
alma. Esta Humanidade é composta por pessoas pelas quais esse
Amoroso Cristo Jesus deu a Sua Vida. Ou seja, cada um de nós precisa
ser salvo nesse Jesus Cristo amado. Cada pessoa deve ou deveria en-
contrar o JESUS EUCARÍSTICO para a sua SALVAÇÃO de ALMA.
NÃO adianta mostrar o Cristo Jesus longe da pessoa, falando bonitinho
de Jesus Cristo e que Ele salvou o mundo. Sim, Jesus Cristo SALVOU
O MUNDO. MAS... A OBRA DE NADA VALERÁ SE... JESUS CONTI-
NUAR MORRENDO PARA ELE MESMO.
JESUS DEU A SUA VIDA POR MIM, POR VOCÊ, POR NÓS...

SE... Continuarmos nesse falta de humildade, se continuar no egoísmo,


se continuarmos no individualismo, se... Se... Se... Se... Ou seja, RE-
CONHECER OS NOSSOS PECADOS! E RECORRER AO JESUS DA
832
MISERICÓRDIA. LAVAR NOSSOS PECADOS NELE.
“Não é o pecado que mais fere meu Coração...
O que O despedaça é as almas não quererem
Refugiar-se em Mim depois de o terem cometido”
(Revelação do Sagrado Coração de Jesus a Soror Josefa Menendez)

Que tristeza quando um ser humano passa a se distanciar do simples,


do elementar...

Cada um de nós possui uma história de vida própria e, nesta história de


vida, seu histórico de vida; esta pessoa deve ter o seu Tempo pessoal
em Cristo para buscar e encontrar a sua salvação. Cristo caminha co-
nosco; CRISTO NÃO É UM SER AMORFO DISTANTE. Precisamos
D’Ele como o ar que respiramos. Muitos NÃO sabem disso e justamente
essa é a Boa Nova da Salvação; deveria ser espalhada aos quatro can-
tos do mundo.
Essa Igreja do “Não” foi roubando gradativamente este Cristo. O
Cristo que deve ser buscado na Hóstia Consagrada nas mãos puras de
um Sacerdote vocacionado. A pureza da Igreja Católica Divina. O ani-
mal foi minando ao longo do Tempo e atualmente está dando o cheque
mate! O cheque mate para mim foi o de retirar o REI dos reis do Centro
das igrejas. O Cibório colocado atrás da Igreja ou na lateral. Um absur-
do! Inaceitável! SACRILÉGIO! DESRESPEITO!
Essa é a Igreja Católica que nos apresentam. Uma Igreja do “Novo”,
do Social. É óbvio que esta Igreja está dando Ibope, mas NÃO é uma
Igreja de Cristo Verdadeiro. Quero saber dos fiéis verdadeiros. Aqueles
que sabem rezar a Salve Rainha, a oração do Credo, o terço e o rosá-
rio; aqueles que dão valor a Jesus Eucarístico e que sabem fazer o

833
exame de Consciência para verificar se possuem pecados. A Igreja da
serpente antiga aproveita a “onda dos jovens”, a onda da vaidade, da
falta de oração, a onda do sexo desvairado antes do Sacramento do
Matrimônio, a onda da falta de respeito com os pais e vice-versa, a on-
da da droga, do álcool, dos mais diversos problemas existenciais, etc.
Nesse mar de tempestade com uma onda gigantesca, embutida o “No-
vo”, o Modernismo. NÃO passa aos jovens o Conteúdo Sólido em Deus
e em Seu Filho. A Igreja da Tradição é aquela que NÃO se desvia. É
aquela que possui O Farol Eterno que é Jesus Cristo Divindade na Eu-
caristia. É Cristo Eucarístico que salva a pessoa em aflição. É necessá-
rio, entretanto, não voltar a pecar para que o demônio não se regozije e
não se fortaleça nos pecados de cada pessoa. É preciso se depurar, se
purificar através do Sacramento da Confissão ou Reconciliação com
Deus. Sem dúvida que para uma pessoa em pecado e que, dependen-
do do pecado, significa realmente dizer ‘Não’, é um passo muitas vezes
de abnegação, mas uma abnegação que vale a pena, porque se torna
uma nova pessoa renascida em Cristo Jesus. Pode deixar o seu passa-
do para viver uma nova vida. Isso é maravilhoso quando realmente a
pessoa deseja mudar, mas faltava uma chance, um conhecimento da
Palavra de Deus.
Essa citação abaixo eu retirei do tempo da Faculdade de Filosofia,
quando na leitura de alguns livros. Eu costumava escrever em folhas de
ofício. Peço perdão, pois na ocasião, eu não tomei nota do autor do li-
vro.

“Os santos sabiam que o decisivo não é tanto a vitória. E, sim, a


luta contra os defeitos. A luta depende de nós. A vitória depende de
Deus. Sabiam que o importante para Deus não é até onde se chega,
nem de onde se parte. É caminhar sempre. É não deixar de caminhar
nunca. Não duvidemos desta verdade: o que Deus acompanha com ca-
rinho é o nosso esforço leal. Porque isto é constatado melhor na luta do
834
que na vitória”.

Isto é, a caminhada não é fácil, mas não é impossível. Na cami-


nhada, Deus e Jesus Cristo estão conosco. Eles sentem, eles sabem
dos nossos corações e sabem o esforço que fazemos para acertar, pa-
ra sermos melhores. Na caminhada a pessoa tropeça sim, a pessoa cai,
mas a pessoa vai se esforçando cada vez mais para fazer melhor e es-
tando com Eles, os nossos divinos, conseguimos vencer os males exis-
tenciais; conseguimos sair do fosso escuro que escraviza as nossas
almas. Então, todo pecador deve ser acolhido por DEUS e SEU FILHO
com muito amor, mas o RESPEITO a JESUS EUCARÍSTICO deve ser
observado. Não podemos ser cabritos! Desejamos serem as ovelhas do
rebanho de Cristo Jesus.
Assim, não é a questão de discriminação, não é a pessoa que está
sendo marginalizada ou discriminada ou julgada, mas sim a existência
do demônio e seus anjos iníquos que tenta, que seduz, que trai, através
dos nossos pecados, dos sentimentos criados, fabricados em nossas
almas e que nos levam as práticas mais abomináveis possíveis. Temos
que desvelar esses comportamentos desviados de certas pessoas. Na
maior parte dos homossexuais ou lésbicas fizeram a opção por essa
relação. Muitos destes inocentemente num primeiro momento; mas
após, cederam às práticas. Como consideram que não existe um Olho
de Deus, como consideram que não existem limites para certos compor-
tamentos até por questão de educação se jogam a qualquer relação e
criam hábito. Sexo é algo muito forte e saboroso, sem dúvida. Por isso
mesmo a necessidade de domá-lo e em seu lugar substituir por outros
meios mais puros, sublimes para desviar do pensamento das paixões
arrasadoras e estas sim, ateiam o fogo trazendo grandes estragos para
todos, pois não é de Deus. Procurar o Equilíbrio sexual é fundamental
para um viver de qualidade pessoal e aos que rodeiam.

835
Desvelar a existência dos anjos maus Lúcifer seus sequazes fo-
mentando sentimentos inadequados, sentimentos maléficos como
aqueles que arrastam um ser humano aos vícios, as drogas a qualquer
pecado que o escraviza é fundamental. Pois além de não trazer uma
vida de qualidade a si mesmo arrasta a família arrasta a Humanidade
ao viver pobre. É assim que a Humanidade se encontra. Ou vamos re-
conhecer nossas falhas, nossas omissões, reconhecer que pecamos
sim, ou... Deus vai tornar esse mundo o próprio Satanás.
Quem está segurando a Mão de Deus é Nossa Senhora de Fáti-
ma. Nós, os fiéis católicos brasileiros estamos dando os nossos SINS =
SIM!
Entreguei à Santíssima Trindade três dias da novena do Divino
Espírito Santo, na própria Igreja do Divino Espírito Santo, na cidade
maior. Então, fui ao dia de abertura, 30 de maio de 2014; fui dia 03 de
junho de 2014 e fui dia 08 de junho, dia do meu nascimento caiu neste
ano no calendário litúrgico, a festa de Pentecostes.
Como eu estava feliz! Muito! Tudo me deixa emocionada na minha
caminhada com Deus. Nunca segurei a bandeira do Divino Espírito
Santo. No Tempo das novenas na cidade menor, onde eu participava
com os alunos, não dava para eu fazer isso. Mas agora sim. Eu lembrei
muito da minha mãe que recebia com tanto amor e fé a bandeira do
Divino Espírito Santo na nossa casa e a levava em todas as peças da
casa; ela rezava, fazia barulhinho com os lábios que se mexiam. Pas-
sava a bandeira nas nossas cabeças e pedia para beijarmos a pomba,
símbolo do Divino Espírito Santo. Fiquei sabendo que no dia da festa de
Pentecostes os devotos sairiam da Igreja de São Sebastião. Mais outra
emoção! O santo do meu pai. Meu pai colocara o nome do santo em um
prédio na cidade maior e na cidade menor deixara um espaço vazado,
mas faleceu sem colocar nesse lugar a imagem do santo. Foi assenta-
da a imagem pelo padre querido e que atualmente é arcebispo em outro
836
Estado, muitos anos após a morte do meu pai. Como eu estava emoci-
onada... Para mim, tudo é presente dos meus Celestes Divinos. É des-
se jeitinho que Eles se fazem ser percebidos por mim. Faço a Leitura da
Vida. Um rastreamento entre Razão em Deus e meu Coração de amor
para com Eles para com a Mãe amada.
Meu querido, você pode se dizer um católico, mas um católico que
nunca mais foi a uma missa? E se foi a uma missa apenas para cumprir
um papel social? À missa se vai para buscar o alimento espiritual que é
a hóstia, no Sacramento da Eucaristia; buscar a proteção espiritual con-
tra o demônio, perceber o quanto este CRISTO lhe é necessário, para
você vencer os percalços existenciais. Poucos entendem isso. Poucos
fazem essa relação; não são explicadas. Esconderam de nós. A perse-
guição espiritual é real e surge por meio de pessoas que não se impor-
tam com você, que você se dê mal. Isso pode acontecer por inveja, por
ciúmes, por desejar tirar o seu esposo ou esposa, para tomar o lugar na
empresa, por você possuir um discurso que não seja do agrado de
quem escuta e por aí vai... Assim, Jesus Cristo é tão forte, sublime, o
verdadeiro SOL, a verdadeira FORÇA, a verdadeira PROTEÇÃO na
SUA DIVINDADE da SANTÍSSIMA TRINDADE; o animal sabe disso, e,
você, querido, sabe o que o animal está, nesse exato momento, fazen-
do nas Igrejas Católicas? Está mandando tirar os Cibórios dos Sacrá-
rios, do Centro das Igrejas Católicas, lugar onde sempre esteve. Âmbu-
la ou cibório é o recipiente usado na liturgia para guardar hóstias euca-
rísticas. O cibório é colocado dentro do Sacrário ou Tabernáculo que é
um pequeno cofre colocado sobre o altar para guardar o ostensório,
onde está a Eucaristia. O Sacrário com o cibório sempre ficaram no
Centro das Igrejas Católicas. Pasme meu querido leitor, a ordem é reti-
rar Jesus Cristo, o REI dos reis, do CENTRO.
NÃO precisamos literalmente colocar a mão na massa. A nossa
“massa” é o Santo Rosário que tanto a MÃE sempre nos pediu para
837
rezar. Se você, de coração, acreditar em oração feita que destrua essa
seita do MAL, FAÇA! Saiba você que o trabalho É ESPIRITUAL e NÃO
carnal, ou seja, não violência. Esclarecimento sim! Discernimento e a
procura da Conversão. Compreender sim, mas aceitar não. Deixar de ir
onde não deve; dizer não, aos sacerdotes dos quais vocês observarem
estarem traindo Jesus Cristo; exigir que esses sacerdotes façam os ri-
tos sagrados corretos para agradar cada vez mais a Deus, a Jesus
Cristo e Nossa Senhora de Fátima a Rainha da Paz. Essas são as situ-
ações fundamentais. E outras que os meus irmãos em Cristo farão com
toda a certeza e os próprios Sacerdotes fiéis a Nossa Senhora de Fáti-
ma, Consagrados e os demais que vão se converter.

Lembre-se o que nos diz em Efésios:


“Revesti-vos da armadura de Deus, para que possais resistir às ci-
ladas do demônio. Pois não é contra homens de carne e sangue que
temos de lutar, mas contra os principados e potestades, contra os prín-
cipes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal (espa-
lhadas) nos ares”. Não somente o Santo Rosário; a Armadura de
DEUS, a BÍBLIA.
Quando criança, a Igreja Matriz na qual eu fui batizada, da cidade
menor, Igreja Matriz Nossa Senhora Imaculada Conceição, era linda por
dentro. Tinha uma faixa azul bem no centro, quase que no teto da Igreja
e na faixa, escrita em latim, dizia assim:
“TOTA PULCRA ÉS, MARIA, ET MACULA ORIGINALIS NON EST
INTE!” Quando eu fazia as minhas idas por alguma ocasião também
necessária, na Igreja principal (a pessoa antes de Cristo), olhava e
olhava e lia em latim aquela frase tentando adivinhar o que queria dizer.
O meu sentimento, sempre eu ficara brincando de ler em latim aquela
frase, era de maior respeito e havia um toque de castidade. “TODA

838
PURA ÉS, MARIA, E O PECADO ORIGINAL NÃO ESTÁ EM TI!”. Ex-
tinguiram também a frase da Igreja. Saiu à palavra Imaculada e obvia-
mente retiraram a frase em latim. Não é algo incrível? Por que o inte-
resse tão grande em ir minando paulatinamente o SAGRADO? O DIVI-
NO? Você, meu leitor, não vê aí, as Mãos negras da BESTA? Eu vejo.
Pode chegar para mim e dizer: “Ah, mas o padre, a pessoa que colocou
o nome da Imaculada, não devia ter colocado, porque essa palavra foi
instituída depois que a Igreja foi construída”. Tudo desculpa! Desculpa
para ir minando o SAGRADO, o DIVINO, porque existe no topo quem
acredita na importância suprema desta palavra IMACULADA e deseja
suprimir também tudo o que se refere à nossa amada Mãe Imaculada
Nossa Senhora. Desejam aqui para esta face da Terra a CONSTRU-
ÇÃO de um MUNDO HORIZONTAL e nesse MUNDO HORIZONTAL o
Sagrado o Divino “eles” querem destituir do poder; para dá-lo a um só
governo, a um só poderio e a seus obreiros pedreiros que trabalham
para ele. Agora estou esperando que os sequazes do animal tirem da
torre do ex- seminário (lugar onde tanto aprendi e que tantas graças
Deus me fez vir, mas “passado”, pois que transformado na TECNO-
PUC), a imagem da Nossa Senhora Imaculada Conceição. Quem são
os que desejam retirar a Imagem de Nossa Senhora da Imaculada
Conceição da torre do ex Seminário Maior da América Latina, da cidade
menor, onde atualmente, “reside” a TECNOPUC?
Este será o GRANDE TERMÔMETRO que eu farei questão de
deixar para você, meu leitor amado, como a GRANDE TEMPERATURA
marcada pelos animais, caso retirem a IMACULADA do SEU TRONO
DE GLÓRIA.
Faço questão de frisar o que segue. O professor Leandro Quadros
prova na Bíblia, na Palavra de Deus, que é inadmissível um maçom ser
um cristão; ele comprova a incompatibilidade de um maçom ser um cris-
tão. Padre Paulo Ricardo explica sobre o mesmo assunto. Acessando o
839
Google você chegará a eles. Faça a sua pesquisa, por favor. Temos
que aprender a separar o joio do trigo. Pelas pessoas, eu desejo a mi-
sericórdia. Não tenho pessoa alguma relacionada à maçonaria. Não
conheço a maçonaria. Nunca entrei numa loja maçônica. Não conheço
homem algum que se relacione com a maçonaria particularmente. Co-
mo a cidade onde eu resido é pequena uma pessoa ou outra deixa es-
capar que fulano é da maçonaria e sicrano, beltrano... Mas são espe-
culações.
Minha Estrela Guia é Nossa Senhora de Fátima. Minha Mãe do
Imaculado Coração de Maria me fez chegar até aqui com você, amado
leitor. Estou longe fisicamente, não conheço também quem são as pes-
soas que escrevem os livros sobre a Igreja Católica dos nossos desejos
atuais frente aos horrores, as aberrações que estamos cientes. Não os
conheço. O que está me ligando a eles é puramente, genuinamente o
meu coração e o meu amor por Cristo Nosso Senhor, pela Igreja Católi-
ca; tanto Dela eu recebi e tenho para dar, para contribuir. Sou da Igreja
Católica Divina, da parte Boa, do Bem desta Igreja. Minha causa é a
mesma de Padre Gobbi e de Nossa Senhora de Fátima. O Amor é a
alma que faz o elo entre nós. Estamos engajados, estamos unidos nos
afins. Temos as nossas intercessões pelo Amor.
O Papa João Paulo II é o Papa formado pelo Coração Imaculado
de Nossa Senhora. Ela o amava muito. Foi no seu papado que o Livro
de Nossa Senhora ao padre Stefano Gobbi se fez surgir.
Verdadeiramente? Quando saiu Bento XVI fiquei me perguntando
o que o levou a sair. Pressão interna? Logo após aquele estardalhaço
todo em cima do novo Papa.
Dizia Jesus Cristo à Santa Faustina para que ela fizesse a imagem
D’Ele, de Jesus Misericordioso com os raios de sangue (vermelhos) e
água (brancos) que saíssem do Seu coração com a frase embaixo di-
zendo: “Jesus, eu confio em Vós”. E deixando orações para que nós
840
passemos a entregar as almas para Ele, Jesus Cristo, para que nós
confiemos as nossas almas como também as almas de quem deseja-
mos entregar a Seu Poder. Ao Poder de Jesus Cristo. Eu desejo entre-
gar muitas almas a Misericórdia de Jesus e a minha própria alma.
Um dia, eu peguei o Diário A Misericórdia Divina na minha alma,
escrito por Santa M. Faustina Kowalska, que o meu amigo Irmão Maris-
ta me emprestou para eu ler. Confesso que iniciei, mas não consegui ir
até o fim. Muito sofrimento eu percebia que santa Faustina passou. Mui-
to! Ler aquela obra, para mim, seria muito penoso. Muito! Então, resolvi
abrir aleatoriamente o Diário de Santa Faustina, para ver o que ela me
diria para eu colocar no meu livro. Caiu o seguinte, assim que eu pus os
olhos, página 270, 961:
“+ Hoje, de manhã, quando terminei meus exercícios espirituais,
logo me pus a fazer crochê. Eu sentia no íntimo do meu coração _ sen-
tia que Jesus estava descansando nele. Essa profunda, essa doce con-
vicção da presença de Deus me levou a dizer ao Senhor: “Ó Santíssima
Trindade, que residis em meu coração, peço-Vos, dai a graça da con-
versão a tantas almas quantos pontos eu fizer neste crochê.” Então ouvi
na alma estas palavras:_ Minha filha, são grandes demais os teus pedi-
dos. _ “Jesus, afinal para Vós, é mais fácil dar muito do que pouco.” _
Sim, para Mim é mais fácil dar muito do que pouco, mas cada conver-
são de uma alma pecadora exige sacrifício. _ “Portanto, Jesus, eu Vos
ofereço este meu (304) trabalho sincero. Este sacrifício não me parece
pequeno por um tão grande número de almas, pois Vós, Jesus, por trin-
ta anos salvastes as almas com um trabalho assim e, como a santa
obediência me proíbe penitências e grandes mortificações, aceitai estas
insignificâncias com o selo da obediência como coisas grandes.” Então
ouvi esta voz na alma: _ Minha filha querida, satisfaço teu pedido.

Que o meu SOL esteja sempre ao meu lado; não me abandone


841
nunca! Que a minha amada Mãe esteja comigo. Estou tão cansada de
tudo isso. São décadas conhecendo a Palavra da Mãe no Seu Livro e
agora, mais essa! Recebi o material, essas literaturas que estão sendo
novas, que estão se evidenciando mais e mais na minha caminhada...
É pior do que eu pensava. Não vou deixar você, querido, alienado
dessas questões. Teremos que lutar. Teremos que levantar a bandeira
do Divino Espírito Santo e ir às ruas em nome da VERDADE! Em nome
do AMOR!
Quando do início do meu livro eu pedi por dialética, desejo deixar
evidenciado o que vai à minha alma. Não peço por uma dialética para
mim, para que eu tenha uma opinião pessoal do que você sente e en-
tendeu sobre o que aqui discorro. Eu tive a minha caminhada e sigo em
frente e não me sinto chamada a olhar para trás. A dialética será de
cada um evidenciando na Vida se o que a alma deixou faz sentido para
você, meu amado leitor, que foi a razão última desta obra ser erigida.
Pai amado eu agradeço, pelo Tempo de Deus, o Seu Tempo em
minha Vida. Agradeço tudo o que eu sofri neste lugar. Agradeço a vida
de minha santa mãe térrea que no seu puro coração foi ludibriada pelo
diabo. Você sabe Pai, que ela agiu por inocência. Você sabe Pai, que
ela foi uma mãe extremosa no desejo do Bem e do amparo dos seus 8
filhos. Você sabe Pai, que ela muitas vezes, sem a presença do meu
pai, teve que ser pai e mãe. Você sabe Pai, que não adianta ter uma
linda casa, carro importado na porta, roupas e comida se não existir a
PAZ e o AMOR. Você sabe Pai amado, as lágrimas derramadas por
todos os meus amados. Você sabe Pai, e peço para contá-las e delas
fazer a maior das orações para Você, meu Pai querido. Transforme ca-
da gota em frescor, em bálsamo de bênçãos para tantos e tantos injus-
tiçados, assim como nós fomos. Pai da Bondade, Pai da Misericórdia,
meu Pai querido, perdoa os meus pecados e me conduza à vida eterna,
no Seu Tempo, Pai amado. Amém.
842
Acompanhando a Igreja Católica Apostólica Romana, na missa de
domingo, na Igreja São Sebastião, Festa de Pentecostes, dia 08 de ju-
nho de 2014, ouvia a voz doce e pausada de quem conduzia a reza do
terço. Chamou-me a atenção à leitura do enunciado para que, em se-
guida, rezássemos a última dezena do terço e nos conduzíssemos à
procissão das bandeiras do Divino Espírito Santo até a Igreja do Divino
Espírito Santo, onde aconteceu a missa celebrada por Dom Dadeus
Grings.
Este enunciado, meu querido leitor, eu deixo para você. Feliz de
quem escreveu esta mensagem tão propícia! Eu me somo a ela, agra-
decendo e colocando no encerramento deste livro. Leiamos com aten-
ção:

“Quinto mistério: Jesus oferece a paz a todo mundo.


Tomai a peito o bem do país para onde vos exilei e rogai por ele
ao Senhor, porque só tereis a lucrar com a sua prosperidade. (Jr. 29,7)
Na terra, Jesus, há muito está semeada e está germinando a peri-
gosa semente de guerras e dos mais diferentes conflitos. Eu bem sei
que a minha paz, como a de todos os homens, depende da paz entre
os povos e as nações do mundo. Por esta razão, eu te peço pelo Teu
divino poder, que arranques a nefasta semente da anarquia e do peca-
do, que são o motivo básico de toda desordem. Que todo o mundo seja
aberto à Tua paz. Todos os homens, sobrecarregados em sua vida,
têm necessidade de Ti. Ajuda-os, portanto, a encontrarem a e viverem
a paz. Muitos povos perderam a sua identidade. Muitos temem os mais
poderosos e ricos. Muitos pobres e perseguidos se afligem e se revol-
tam, porque são esmagados pela prepotência dos poderosos magna-
tas. A paz normalmente não existe e a que temos é pouca. Por isso,
envia sobre nós o Teu Espírito Santo, para que, às nossas desordens
humanas, Ele imponha aquela primitiva ordem divina. Faze com que os
povos curem suas feridas espirituais adquiridas, a fim de que haja uma
possibilidade de mútua reconciliação. Envia, a todos os povos, os arau-
843
tos e mensageiros da paz, para que cada um saiba como é profunda a
verdade, quando disseste, através da boca de um grande profeta:
Quão formosos são, sobre os montes, os pés do mensageiro, que
anuncia a paz, que traz a boa nova, que apregoa a vitória, que diz a Si-
on: “O teu Deus é Rei”. (Is 52,7).

“Por isso, envia sobre nós o Teu Espírito Santo, para que, às nos-
sas desordens humanas, Ele imponha aquela primitiva ordem divina”.
Amém!

Oração a Santíssima Trindade


Ó Deus de Amor, Uno e Trino, eu vos louvo por vossa presença
em mim, em cada pessoa e em tudo o que vive e respira ao meu redor.
Adoro-vos, ó Pai, porque no vosso amor imenso criastes o mundo e
neste amor sustentais. Adoro-vos, ó Filho, Jesus Redentor, que, abra-
çando a cruz pela humanidade, nos ensinastes que não há maior amor
do que dar a vida pelos irmãos. Adoro-vos, ó Espírito Santo, Amor do
Pai e do Filho, que nunca deixais de agir para que não se desfaça em
nós a imagem e semelhança de Deus. Fazei que, adorando-vos assim,
eu nunca me separe de vós, e que possais encontrar em meu coração
uma digna habitação. Amém! (Recebi esta oração no 5º dia da Novena,
meu terceiro dia dedicado para ir, dos 9 dias de novena, em
03/06/2014).

Oração ao DIVINO ESPÍRITO SANTO


Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acen-
dei neles, o fogo do vosso Amor.
Enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da
terra.
Oremos: Deus que instruístes os corações de vossos fiéis com a
844
luz do Espírito Santo fazei que apreciemos retamente todas as coisas
segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua consolação. Por
Cristo, Senhor nosso. Amém.
Tudo por Amor a Maria, Mãe Santíssima, em honra de Seu Filho
Jesus Cristo, meu Salvador e Redentor. Amém.

Em 19 de junho de 2014, dia de Corpus Christi tive a felicidade e a


honra de ver Jesus Cristo, o meu Sol; assim chamado pelo valor su-
premo que dou a Ele na Eucaristia; pela força de vida, salvação e re-
denção encontrado N’Ele. O REI dos reis na Igreja do Divino Espírito
Santo, na cidade maior, ainda se encontra no CENTRO, no Seu lugar
de destaque. Passei algumas horas em adoração. Cantamos, rezamos
e chorei emocionada.
A canção abaixo é uma das tantas canções da Renovação Carismática
Católica me ensinando mais e mais sobre o Amor Autêntico e as mara-
vilhas de cura interior espiritual nos Divinos.
Deixo para você, meu querido acompanhante nesta caminhada exis-
tencial destes escritos:

Venho a Ti (Filho Pródigo) Renovação Carismática Católica.

Venho a Ti e sei que não estou mais sozinho (a)


Muitas vozes se elevam para o céu.
Venho a ti
Com aqueles irmãos verdadeiros
Que comigo dão a Ti seus corações.
E Tu, que és o amor,
Escuta cada prece de dor, de amor.
845
E Tu, que és a paz,
Dá-nos a esperança em cada momento, Senhor...
E abre o paraíso a nós,
E abre o paraíso a nós.

O poema abaixo é de Lya Luft, escritora, tradutora e professora


universitária; eu a admiro muito, mesmo sem conhecê-la pessoalmente.

“Não sou a areia onde se desenha um par de asas ou grades dian-


te de uma janela. Não sou apenas a pedra que rola
nas marés do mundo, em cada praia renascendo outra. Sou a orelha
encostada na concha da vida,sou construção e desmoronamento, ser-
vo e senhor, e sou mistério.

(Lya Luft)

A seguir, algumas inspirações:

Eu não sou nada; entretanto, tenho que ser o pouco


tudo, principalmente para Deus que O escuto.
O Filósofo se faz existência na Vida e com a vida.
O Filósofo nasceu para pensar e o Tempo a sua
necessidade em criar.
Deus é o Criador de todas as coisas e nós, os seus
colaboradores ou não.
Não deixe para fazer amanhã, na liberdade e
responsabilidade, o que o seu coração lhe diz para
846
fazer hoje.
É preferível sofrer em busca da salvação a perder a
sua alma em busca da diversão.
Foi no Tempo e no Amor; na Paciência e dedicação
eu pude ser para você.

Sob a inspiração da canção Goodbye My Lover (James Blunt) eu


deixo para você, meu amado leitor:

Deus Todo Poderoso, Criador do Céu e da Terra,


No Tempo, tudo me foi roubado pelo demônio nesta Face da Ter-
ra,
Tudo possa se transformar, para honra e glória do nome do Senhor,
em infinitas Luzes;
Almas antes nas sombras,
Agora transformadas vivas,
Em Jesus Cristo, para Jesus, com Jesus.
Desejo ver reunidos e unidos os meus irmãos em Cristo,
Por merecimento, se farão presentes;
Encontraremos todos um dia lá no Céu,
Num Tempo em que somente Deus sabe qual é.

De quem sabe amar e em nome da Santíssima Trindade,


termino esta obra assinando,
Adelaide Maria Zavarize.
847
848
Posfácio

Quisera Eu Deixar-te o Melhor de Mim


(Inspiração especial para você)

Quisera eu deixar-te o melhor


Não ter sido o vazio, a peninha solta ao vento
Mas já nascida Templo, conteúdo sólido
Num mundo de amor pronto a te oferecer.

Quisera eu ter um reino


Ser sábia princesa
Somente a paz e a bondade
A leitura em pauta que pudesse fazer.

Quisera eu que meu reino


Fosse de castelos de areia
Construídos num Tempo
Apenas para brincar.

849
Quisera eu deixar-te o melhor de mim
Falar de anjos divinos
Enchendo tua alma de encantos
Para nunca mais te ver chorar.

Quisera eu falar de borboletas


De paisagens suaves
Mostrar somente belezas
De um mundo que me fez sonhar.

Quisera eu falar de areia e de praia


Das doces e educadas crianças
Cujas mãos em concha
Constroem castelos de fadas.

Quisera eu falar das flores somente


Dos jardins e dos pássaros
Das pessoas que passeiam contentes
De mãos dadas nas madrugadas.

Quisera eu falar de paz


Numa pureza constante
E a cada esquina
Fosse assim encontrada.

Quisera eu falar de amor


Amor noticiado a cada instante
Como gotas de orvalho
Espalhadas na Humanidade.

850
Quisera eu falar de bolhas de sabão
E com a transparência em cores
Refletisse a vida digna
Em Deus Pai Nosso Senhor.

Quisera eu poder falar do campo


Das árvores frondosas
Dos animais respeitados
E dos homens amados.

Quisera eu falar dos templos erigidos


Pra nosso Deus Verdadeiro
Que para tantos fosse O Encontrado
E o mundo transformado.

Quisera eu falar do Sol


Do clima ameno e as tardes de outono
Do pôr do sol apresentado
E que a todos pudesse ser louvado.

Quisera eu falar de respeito


Dos sons e sirenes, volumes dos carros,
Escutados por aqueles somente
E que não fosse imposto ao cidadão decente.

Quisera eu falar do cheiro do café da manhã


Do canto do sabiá, da torrada e manteiga,
E o perfume dos jasmins e dama-da-noite
Que adentram a varanda nas noites frescas.

851
Quisera eu ser um anjo somente
Que em teus sonhos surgisse
Para te ser somente dons e tons delicados
E acordar levemente com sorriso em teus lábios.

Quisera eu encher-te de abraços


Os mesmos braços
Quentes e verdadeiros
Que no Tempo me fizeram amar.

Quisera eu trazer-te o deleite


De ser pérola valiosa
No mar da tua alma
Transformada do amor.

Quisera eu te mostrar meu coração


Valente na razão
Em Deus é solidão
Templo de edificação.

Quisera eu te mostrar meu coração


Sentindo gratidão e perdão
Na lágrima da vida lavada
Para molhar e vicejar esta nação.

Não sou a Mãe


Mas me chamo também Maria
Das seis irmãs
Três são chamadas Marias.

852
Paisagem em Retalhos
Fui mistério e não cópia
Fui vontade e imaginação.
Fui desejo de ser borboleta e estrela
E a rosinha manhosa, na redoma de vidro
Do Pequeno Príncipe do meu coração.
Fui mistério e não cópia
Fui vontade e imaginação.
Fui à filha e não a Mãe
De um sonho em construção.

Fui mistério e não cópia


Fui vontade e imaginação.
Do pequeno ramo verde entre as cinzas
Vingar em meio aquela escuridão.

Fui mistério e não cópia


Fui vontade e imaginação.
A destemida gaivota
Para voar na imensidão.

Fui mistério e não cópia


Fui levada pela inspiração
Fui centrada como filósofa
Fazendo dela todo o meu chão.

Fui mistério e não cópia


Fui vontade e imaginação
Na Escuridão enxerguei a Luz
No Tempo, em Deus, me constituí.

Fui mistério e não cópia

853
Fui vontade e inspiração.
Entregar um coração valente
Ao sopro de Deus a condução.
Quisera eu... Quisera eu... Quisera eu...
Poder um dia na vida ensinar-te a amar.
Mas foi assim que Aprendi na vida
Que se deve o Tempo respeitar.
E... A Vida Ensina...

Dias de novembro e dezembro de 2013.

854
Oração pertencente ao Livro
“Aos Sacerdotes, filhos prediletos de
Nossa Senhora”

Ato de Consagração ao Imaculado Coração de Maria – Para os Re-


ligiosos e fiéis que aderiram ao Movimento Sacerdotal Mariano
Virgem de Fátima, Mãe de misericórdia, Rainha do Céu e da Ter-
ra, Refúgio dos pecadores, nós, aderindo ao Movimento Mariano, con-
sagramo-nos de modo especialíssimo ao vosso Coração Imaculado.
Com este ato de consagração pretendemos viver convosco e por
meio de Vós, todos os compromissos assumidos na nossa consagração
batismal. Comprometemo-nos, igualmente, a realizar em nós a conver-
são interior tão pedida no Evangelho, a qual nos liberte de todo apego a
nós mesmos e dos compromissos fáceis com o mundo, para estarmos,
como Vós, sempre e unicamente dispostos a fazer a vontade do Pai.
E enquanto pretendemos confiar-vos a vós Mãe dulcíssima e mi-
sericordiosa, a nossa vida, e vocação cristã para que tudo disponhais
para os vossos desígnios de salvação nesta hora decisiva que pesa
sobre o mundo, comprometemo-nos a vivê-la segundo os vossos dese-
jos em particular em um renovado espírito de oração e de penitência,
na participação fervorosa na celebração da Eucaristia, no apostolado,
na reza diária do santo Terço, e num modo austero de vida, conforme
ao Evangelho, que a todos dê bom exemplo de observância da Lei de
Deus e do exercício das virtudes cristãs, especialmente da pureza.
Prometemo-vos, ainda, manter-nos unidos ao Santo Padre, à Hie-
rarquia e aos nossos Sacerdotes, de modo a opormos uma barreira à
onda de contestação do Magistério, que ameaça a Igreja até aos fun-
855
damentos.
Debaixo do vosso amparo, queremos tornar-nos apóstolos desta
hoje tão necessária união de oração e de amor ao Santo Padre, para
quem suplicamos a vossa especial proteção.
Prometemo-Vos, por último, levar quanto nos for possível, as pes-
soas com as quais entramos em contato a renovar a sua devoção para
convosco.
Conscientes de que o ateísmo fez naufragar na fé, grande número
de fiéis, de que a dessacralização entrou no templo santo de Deus, e de
que o mal e o pecado inundam cada vez mais o mundo, ousamos le-
vantar confiantes os nossos olhares para Vós, Mãe de Jesus e Mãe
nossa misericordiosa e poderosa, e ainda hoje, invocar e esperar, de
Vós, a salvação para todos os vossos filhos, ó clemente, ó piedosa, ó
doce sempre Virgem Maria. Páginas 1140 e 1141. “Aos Sacerdotes,
filhos prediletos de Nossa Senhora”. (O Papa do Tempo do MSM era
João Paulo II).

Um Rosário Abrangente

856
Ir. Firmino José Schneider
Sinal da cruz.
COMO TRILHA DE SALVAÇÃO, orientada segundo os MISTÉ-
RIOS da CAMINHADA de JESUS.
– Unidos com todas as criaturas e por todas elas, rezemos:
– Creio em Deus Pai...
– Pai Nosso

– Pai, obrigado pelo AMOR que nos tem; nós também O amamos.
1 Ave-Maria
FILHO obrigado pelo AMOR que nos tem; nós também O ama-
mos.
1 Ave-Maria
ESPÍRITO SANTO obrigado pelo AMOR que nos tem; nós tam-
bém O amamos.
1 Ave- Maria
1 Glória ao Pai...
As Jaculatórias são:
– Ó meu Bom Jesus, perdoai-nos livrai-nos do fogo do inferno; le-
vai as almas todas para o Céu e socorrei principalmente as que mais
precisarem.
– Ó Mãe de Deus, derramai sobre a humanidade inteira as graças
eficazes da Vossa Chama de Amor, agora e na hora de nossa morte.
Amém.

857
Mistérios Gozosos ou da Alegria

1º. ANUNCIAÇÃO DO ANJO GABRIEL E A


ENCARNAÇÃO DO VERBO
A humanidade em união com todas as criaturas agradecem ao
CRIADOR ter assumido no Seu Filho a NOSSA NATUREZA HUMANA
Pai Nosso...
– Ao PAI a nossa gratidão pela Sua presença e ação neste misté-
rio, rezemos.
2 A.M. (Ave Maria)
– Ao FILHO a nossa gratidão pela Sua presença e ação neste mis-
tério, rezemos.
2 A.M.
– Ao ESPÍRITO SANTO a nossa gratidão pela Sua presença e
ação neste mistério, rezemos.
2 A.M.
– a SÃO GABRIEL e ANJOS a nossa gratidão pelas suas presen-
ças e ações neste mistério, rezemos.
1 A.M.
– à MARIA-MÃE a nossa gratidão pelo Seu SIM a este mistério,
rezemos.
1 A.M.
– a JOSÉ-PAI a nossa gratidão pelo Seu SIM a este mistério, re-
zemos.
1 A.M.

858
– a JESUS-VERBO DIVINO a nossa gratidão pela SUA ENCAR-
NAÇÃO, rezemos.
1 A.M.
GLÓRIA ao PAI ao FILHO ao ESPÍRITO SANTO como era no
princípio agora e sempre e por todos os séculos, amém.
– As jaculatórias Ó meu Bom Jesus... A jaculatória Ó Mãe de
Deus...

2º A VISITAÇÃO À PRIMA ISABEL


Unidos a todas as famílias, com elas e por elas, rezemos...
– Pai Nosso...
– com e pelas mulheres grávidas, rezemos.
2 A.M.
– com e pelas domésticas, domésticos, rezemos.
2 A.M.
– com JESUS nosso IRMÃO e EMANUEL, rezemos.
2 A.M.
– com MARIA-MÃE, que trouxe JESUS à Terra, rezemos.
2 A.M.
– para que nós e a humanidade aceitemos e acolhamos JESUS-
SALVADOR, rezemos.
2 A.M.
GLÓRIA ao PAI ao FILHO ao ESPÍRITO SANTO como era no
princípio agora e sempre e por todos os séculos, amém.
– A jaculatória Ó meu Bom Jesus... A jaculatória Ó Mãe de Deus...

3º O NASCIMENTO de JESUS NUMA GRUTA _ EM BELÉM

859
Louvemos a TRINDADE com o LOUVOR das CRIATURAS pre-
sentes ao ACONTECIMENTO...
Pai Nosso...
– Em comunhão com o LOUVOR de JESUS NENÊ e de todos os
nenês, louvamos a TRINDADE, rezemos.
2 A.M.
– Em comunhão com MARIA-MÃE, com as nossas mães e com
todas as mães, louvamos a TRINDADE, rezemos.
2 A.M.
– Em comunhão com JOSÉ-PAI, nossos e todos os papais, lou-
vamos a TRINDADE, rezemos.
2 A.M.
– Em comunhão com os PASTORES e REIS MAGOS, com o po-
vo, intelectuais e sábios, louvamos a TRINDADE, rezemos.
2 A.M.
– Em comunhão com os ANJOS e o nosso ANJO DA GUARDA,
louvamos a TRINDADE, rezemos.
2 A.M.
GLÓRIA ao PAI ao FILHO ao ESPÍRITO SANTO como era no
princípio agora e sempre e por todos os séculos, amém.
– A jaculatória Ó meu Bom Jesus... A jaculatória Ó Mãe de Deus...

4º A APRESENTAÇÃO de JESUS no TEMPLO


Unidos com todas as famílias no seu dever de primeiras educado-
ras dos filhos, rezemos.
Pai Nosso...
– Para que as famílias realizem e celebrem a consagração dos fi-
lhos a DEUS, rezemos.
860
2 A.M.
– Para que as famílias sejam Igrejas Domésticas pelos seus mo-
mentos de oração diária, rezemos.
2 A.M.
– Para que as famílias vivam com fidelidade os seus compromis-
sos religiosos, rezemos.
2 A.M.
– Para que as famílias testemunhem a fidelidade conjugal, reze-
mos.
2 A.M.
– Para que nas famílias reine a CONCÓRDIA e o AMOR, reze-
mos.
2 A.M.
GLÓRIA ao PAI ao FILHO ao ESPÍRITO SANTO como era no
princípio agora e sempre e por todos os séculos, amém.
– A jaculatória Ó meu Bom Jesus... A jaculatória Ó Mãe de Deus...

5º JESUS no TEMPLO aos 12 ANOS


Rezemos unidos para que eu, tu, nós, as famílias, a sociedade
saibamos encontrar e reservar tempo para “estar na CASA DO PAI”,
rezemos.
Pai Nosso...
– Para que a JUVENTUDE se encontre com JESUS-JOVEM na
JORNADA MUNDIAL da JUVENTUDE e no seu dia-a-dia, rezemos.
2 A.M.
– Para que os catequizandos, catequizandas se encontrem com
JESUS, rezemos.
2 A.M.
861
– Para que os CATEQUISTAS, as CATEQUISTAS se encontrem
com JESUS e transmitam pelo testemunho da vida e da palavra o JE-
SUS do EVANGELHO, rezemos.
2 A.M.
– Para que JESUS seja uma presença real nas FAMÍLIAS, reze-
mos.
2 A.M.
– Para que o dia-a-dia da SAGRADA FAMÍLIA santifique o dia-a-
dia das famílias, rezemos.
2 A.M.
GLÓRIA ao PAI ao FILHO ao ESPÍRITO SANTO como era no
princípio agora e sempre e por todos os séculos, amém.
– A jaculatória Ó meu Bom Jesus... A jaculatória Ó Mãe de Deus...

Os Mistérios da Luz ou Mistérios Luminosos

1º O BATISMO de JESUS
À Trindade Santíssima oferecemos a vida oculta e pública de Je-
sus e Maria e de todas as pessoas, rezemos.
Pai Nosso...
– A Humanidade une e oferece a sua vida ativa à de Jesus e Ma-
ria, rezemos.
2 A.M.
– A Humanidade une e oferece a sua vida de oração à de Jesus e
862
Maria, rezemos.
2 A.M.
– A Humanidade une e oferece a sua vida apostólica à de Jesus e
Maria, rezemos.
2 A.M.
– A Humanidade une e oferece a sua luta pelo BEM à de Jesus e
Maria, rezemos.
2 A.M.
A Humanidade une e oferece a sua luta ao MAL à de Jesus e Ma-
ria, rezemos.
2 A.M.
GLÓRIA ao PAI ao FILHO ao ESPÍRITO SANTO como era no
princípio agora e sempre e por todos os séculos, amém.
– A jaculatória Ó meu Bom Jesus... A jaculatória Ó Mãe de Deus...

2º A AUTO- REVELAÇÃO de JESUS nas BODAS de CANÃ.


A Humanidade agradece a presença e a ação de JESUS e MA-
RIA, em todas as situações e acontecimentos da sua atual existência.
Pai Nosso...
– A Humanidade pede e agradece a presença e ação de JESUS e
MARIA nas FAMÍLIAS, rezemos.
2 A.M.
– A Humanidade pede e agradece a presença e ação de JESUS e
MARIA nas FAMÍLIAS RELIGIOSAS E ASSOCIAÇÕES RELIGIOSAS,
rezemos.
2 A.M.
– A Humanidade pede e agradece a presença e ação de JESUS e
MARIA na IGREJA CATÓLICA, rezemos.
863
2 A.M.
– A Humanidade pede e agradece a presença e ação de JESUS e
MARIA nas IGREJAS CRISTÃS, rezemos.
2 A.M.
– A Humanidade pede e agradece a presença e ação de JESUS e
MARIA nas demais RELIGIÕES, rezemos.
2 A.M.
GLÓRIA ao PAI ao FILHO ao ESPÍRITO SANTO como era no
princípio agora e sempre e por todos os séculos, amém.
– A jaculatória Ó meu Bom Jesus... A jaculatória Ó Mãe de Deus...

3º JESUS ANUNCIA O REINO E PEDE A CONVERSÃO


Lembramos e nos unimos a todos os MENSAGEIROS escolhidos
por DEUS — desde o alvorecer da existência da Humanidade até a sua
consumação — para colaborar com ELE na OBRA da SALVAÇÃO.
Pai Nosso...
– Rezamos com e pelos evangelizadores de ONTEM e sua ação
evangelizadora.
2 A.M.
– Rezamos com e pelos evangelizadores de HOJE e sua ação
evangelizadora.
2 A.M.
– Rezamos com e pelos evangelizadores de AMANHÃ e sua ação
evangelizadora.
2 A.M.
– Rezamos pela Evangelização nas Famílias e pelas famílias.
2 A.M.

864
– Rezamos com e pelos ESCOLHIDOS para nos transmitirem as
MENSAGENS ATUAIS do ALÉM.
2 A.M.
GLÓRIA ao PAI ao FILHO ao ESPÍRITO SANTO como era no
princípio agora e sempre e por todos os séculos, amém.
– A jaculatória Ó meu Bom Jesus... A jaculatória Ó Mãe de Deus...

4º A TRANSFIGURAÇÃO no MONTE TABOR


Lembramos, agradecemos e rezamos pelas VOCAÇÕES e
OBRAS CONTEMPLATIVAS.
Pai Nosso...
– Lembramos, agradecemos e rezamos com as VOCAÇÕES
CONTEMPLATIVAS de ONTEM e suas OBRAS.
2 A.M.
– Lembramos, agradecemos e rezamos com as VOCAÇÕES
CONTEMPLATIVAS de HOJE e suas OBRAS.
2 A.M.
– Lembramos, agradecemos e rezamos com as VOCAÇÕES
CONTEMPLATIVAS de AMANHÃ e suas OBRAS.
2 A.M.
– Pedimos perdão pelo materialismo, racionalismo e maçonaria
eclesiástica, rezemos.
2 A.M.
– Pedimos pela restauração da ESPIRITUALIDADE nas IGREJAS,
na VIDA RELIGIOSA, na VIDA LAICA, rezemos.
2 A.M.
GLÓRIA ao PAI ao FILHO ao ESPÍRITO SANTO como era no
princípio agora e sempre e por todos os séculos, amém.
865
– Rezar a jaculatória Ó meu Bom Jesus... Rezar a jaculatória Ó
Mãe de Deus...

5º INSTITUIÇÃO da EUCARISTIA e dos SACRAMENTOS


O nosso TE DEUM e MAGNIFICAT pela IGREJA CATÓLICA-
SACRAMENTOS-MEIOS de SALVAÇÃO.
Pai Nosso...
– Gratos pela INSTITUIÇÃO da EUCARISTIA.
1 A.M.
– Gratos pela CONTÍNUA CELEBRAÇÃO da EUCARISTIA.
1 A.M.
– Gratos pela ONIPRESENÇA EUCARÍSTICA.
1 A.M.
– Gratos pelo BATISMO, batizandos e batizados.
1 A.M.
– Gratos pela CONFIRMAÇÃO, confirmandos e confirmados.
1 A.M.
– Gratos pela RECONCILIAÇÃO, confessores e penitentes.
1 A.M.
– Gratos pela EUCARISTIA, ministros (as) da EUCARISTIA.
1 A.M.
– Gratos pela UNÇÃO dos ENFERMOS, por todas as unções.
1 A.M.
– Gratos pelos SACRAMENTOS do MATRIMÔNIO, os namoros,
os noivados e os matrimônios.
1 A.M.
– Gratos pelo SACRAMENTO da ORDEM, ordenandos, ordena-
866
dos e demais vocações.
1 A.M.
GLÓRIA ao PAI ao FILHO ao ESPÍRITO SANTO como era no
princípio agora e sempre e por todos os séculos, amém.
– Rezar a jaculatória Ó meu Bom Jesus... Rezar a jaculatória Ó
Mãe de Deus...

Mistérios da Dor ou Mistérios Dolorosos

1º JESUS em ORAÇÃO e em AGONIA


A humanidade reza e sofre com JESUS e MARIA.
Pai Nosso...
– A Humanidade- CRIANÇA reza e sofre com JESUS e MARIA.
2 A.M.
– A Humanidade-ADULTA reza e sofre com JESUS e MARIA.
2 A.M.
– A Humanidade-IDOSA reza e sofre com JESUS e MARIA.
2 A.M.
– A Humanidade-TERMINAL reza e sofre com JESUS e MARIA.
2 A.M.
– A Humanidade-DOENTE, AGONIZANTE, ABANDONADA, reza
e sofre com JESUS e MARIA.
A.M.
GLÓRIA ao PAI ao FILHO ao ESPÍRITO SANTO como era no
867
princípio agora e sempre e por todos os séculos, amém.
– Rezar a jaculatória Ó meu Bom Jesus... Rezar a jaculatória Ó
Mãe de Deus...

2º A FLAGELAÇÃO DE JESUS
Com e pela HUMANIDADE MALTRATADA e TORTURADA, re-
zemos.
Pai Nosso...
– Com JESUS e MARIA e as pessoas perseguidas, rezemos.
2 A.M.
– Com JESUS e MARIA e as pessoas incompreendidas, rezemos.
2 A.M.
– Com JESUS e MARIA e as pessoas que sofrem traições, reze-
mos.
2 A.M.
– Com JESUS e MARIA e as pessoas injustiçadas e presas, re-
zemos.
2 A.M.
– Com JESUS e MARIA e as pessoas mártires, rezemos.
2 A.M.
GLÓRIA ao PAI ao FILHO ao ESPÍRITO SANTO como era no
princípio agora e sempre e por todos os séculos, amém.
– Rezar a jaculatória Ó meu Bom Jesus... Rezar a jaculatória Ó
Mãe de Deus...

3º A COROAÇÃO DE ESPINHOS DE JESUS


Com todas as AUTORIDADES de ONTEM, de HOJE, de AMA-
NHÃ, rezemos.
868
Pai Nosso...
– Com e pelas AUTORIDADES CIVIS de ontem, de hoje, de ama-
nhã, rezemos.
2 A.M.
– Com e pelas AUTORIDADES nas FAMÍLIAS RELIGIOSAS de
ONTEM, de HOJE, de AMANHÃ, rezemos.
2 A.M.
– Com e pelas AUTORIDADES na IGREJA CATÓLICA de sem-
pre, rezemos.
2 A.M.
– Com e pelas AUTORIDADES nas IGREJAS CRISTÃS de sem-
pre, rezemos.
2 A.M.
– Com e pelas AUTORIDADES nas DEMAIS RELIGIÕES de sem-
pre, rezemos.
2 A.M.
GLÓRIA ao PAI ao FILHO ao ESPÍRITO SANTO como era no
princípio agora e sempre e por todos os séculos, amém.
– A jaculatória Ó meu Bom Jesus... A jaculatória Ó Mãe de Deus...

4º JESUS CARREGA A CRUZ E A LEVA ATÉ O CALVÁRIO


A Humanidade unida a JESUS e MARIA carrega a sua cruz com
AMOR e DETERMINAÇÃO.
Pai Nosso...
– A HUMANIDADE CRIANÇA carrega a sua cruz unida a JESUS e
MARIA.
2 A.M.

869
– A HUMANIDADE ADULTA carrega a sua cruz unida a JESUS e
MARIA.
2 A.M.
A HUMANIDADE IDOSA carrega a sua cruz unida a JESUS e
MARIA.
2 A.M.
– A HUMANIDADE TERMINAL carrega a sua cruz unida a JESUS
e MARIA.
2 A.M.
– A HUMANIDADE DOENTE, AGONIZANTE e ABANDONADA
carrega a sua cruz unida a JESUS e MARIA.
2 A.M.
GLÓRIA ao PAI ao FILHO ao ESPÍRITO SANTO como era no
princípio agora e sempre e por todos os séculos, amém.
– A jaculatória Ó meu Bom Jesus... A jaculatória Ó Mãe de Deus...

5º JESUS É CRUCIFICADO E MORRE NO ALTO DA CRUZ


A Humanidade oferece e une a JESUS e MARIA, a sua fase ter-
minal.
Pai Nosso.
– A Humanidade de ontem oferece e une a JESUS e MARIA a sua
fase terminal.
2 A.M.
– A Humanidade de hoje oferece e une a JESUS e MARIA a sua
fase terminal.
2 A.M.
– A Humanidade de amanhã oferece e une a JESUS e MARIA a
sua fase terminal.
870
2 A.M.
Os nossos familiares e pessoas com quem convivemos oferecem
e unem a JESUS e MARIA a sua fase terminal.
2 A.M.
– Cada um de nós mesmos oferecemos e unimos a JESUS e MA-
RIA a nossa fase terminal.
2 A.M.
GLÓRIA ao PAI ao FILHO ao ESPÍRITO SANTO como era no
princípio agora e sempre e por todos os séculos, amém.
– A jaculatória Ó meu Bom Jesus... A jaculatória Ó Mãe de Deus...

Os Mistérios da Esperança ou
Mistérios Gloriosos

1º A RESSURREIÇÃO DE JESUS
Unidos às testemunhas da RESSURREIÇÃO, felicitamos e agra-
decemos a JESUS pela Sua Ressurreição.
Pai Nosso...
– Unidos com Maria Mãe de Jesus felicitamos e agradecemos a
Jesus pela Sua Ressurreição.
2 A.M.
– Unidos com os Anjos, felicitamos e agradecemos a Jesus pela
Sua Ressurreição.

871
2 A.M.
– Unidos às Santas Mulheres, felicitamos e agradecemos a Jesus
pela Sua Ressurreição.
2 A.M.
– Unidos aos Apóstolos e Discípulos, felicitamos e agradecemos a
Jesus pela Sua Ressurreição.
2 A.M.
– Unidos às demais testemunhas, felicitamos e agradecemos a
Jesus pela Sua Ressurreição.
2 A.M.
GLÓRIA ao PAI ao FILHO ao ESPÍRITO SANTO como era no
princípio agora e sempre e por todos os séculos, amém.
– A jaculatória Ó meu Bom Jesus... A jaculatória Ó Mãe de Deus...

2º ASCENSÃO DE JESUS AO CÉU


Unidos a todos os moradores do Céu, agradecemos a felicidade e
a eternidade do Céu.
Pai Nosso...
– Unidos à Maria Mãe de Jesus, agradecemos a felicidade e a
eternidade do Céu.

2 A.M.
– Unidos aos Anjos, agradecemos a felicidade e a eternidade do Céu.
2 A.M.
– Unidos a todos os Santos e Santas, agradecemos a felicidade e
a eternidade do Céu.
2 A.M.

872
– Unidos a todos os nossos familiares e pessoas com quem convi-
vemos, agradecemos a felicidade e a eternidade do Céu.
2 A.M.
– Unidos com todas as criaturas, agradecemos a salvação e a feli-
cidade eternas.
2 A.M.
GLÓRIA ao PAI ao FILHO ao ESPÍRITO SANTO como era no
princípio agora e sempre e por todos os séculos, amém.
– A jaculatória Ó meu Bom Jesus... A jaculatória Ó Mãe de Deus...

3º A VINDA DO ESPÍRITO SANTO


Reconhecemos e agradecemos a presença e a ação do Espírito
Santo em todas as realidades da Obra Divina e Acontecimentos da Vi-
da.
Pai Nosso...
– Agradecemos a presença e ação do Espírito Santo na Obra da
Criação.
2 A.M.
– Agradecemos a presença e ação do Espírito Santo na História
da Salvação do ANTIGO TESTAMENTO.
2 A.M.
– Agradecemos a presença e ação do Espírito Santo em toda a
História da Salvação do NOVO TESTAMENTO.
2 A.M.
– Agradecemos a presença e ação do Espírito Santo em todas as
RELIGIÕES.
2 A.M.
– Agradecemos a presença e ação do Espírito Santo em todas as
873
Pessoas, ENCONTROS, ASSOCIAÇÕES e REALIZAÇÕES.

2 A.M.
GLÓRIA ao PAI ao FILHO ao ESPÍRITO SANTO como era no
princípio agora e sempre e por todos os séculos, amém.
– A jaculatória Ó meu Bom Jesus... A jaculatória Ó Mãe de Deus...

4º A ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA


Com Maria, nossa MÃE, agradecemos o DOM da VIDA PERE-
GRINA e o DOM da GLORIOSA VIDA ETERNA.
Pai Nosso...
– Maria e nós louvamos e agradecemos a Deus pelas nossas res-
pectivas VIDAS PEREGRINAS.
2 A.M.
– Maria e nós louvamos e agradecemos a Deus pelas nossas res-
pectivas VOCAÇÕES.
2 A.M.
– Maria e nós louvamos e agradecemos a Deus pelas nossas res-
pectivas VIDAS ETERNAS.
2 A.M.
– As Igrejas todas, agradecem e pedem a presença e proteção de
MARIA como Mãe.
2 A.M.
– As famílias e associações religiosas pedem e agradecem a pre-
sença e proteção de MARIA.
2 A.M.
GLÓRIA ao PAI ao FILHO ao ESPÍRITO SANTO como era no

874
princípio agora e sempre e por todos os séculos, amém.
– A jaculatória Ó meu Bom Jesus... A jaculatória Ó Mãe de Deus...

5º A COROAÇÃO DE MARIA, RAINHA DO CÉU E DA TERRA


SANTÍSSIMA TRINDADE, desde já acreditamos e agradecemos a
nossa participação na Vossa INFINITA VIDA, FELICIDADE e GLÓRIA .
Pai Nosso...
– Em união com MARIA agradecemos e a felicitamos pela Sua
GLÓRIA e FELICIDADE eternas.
2 A.M.
– Em união com os Anjos agradecemos e os felicitamos pela Sua
GLÓRIA e FELICIDADE eternas.
2 A.M.
– Em união com os SANTOS e SANTAS agradecemos e os felici-
tamos pela Sua GLÓRIA e FELICIDADE eternas.
2 A.M.
– Em união com os nossos FAMILIARES e Pessoas com quem
convivemos, agradecemos e felicitamos pela Sua GLÓRIA e FELICI-
DADE eternas.
2 A.M.
– Nós mesmos esperamos e desde já agradecemos a GLÓRIA e
FELICIDADE que a Santíssima Trindade nos destina por toda a eterni-
dade.
2 A.M.
GLÓRIA ao PAI ao FILHO ao ESPÍRITO SANTO como era no
princípio agora e sempre e por todos os séculos, amém.
– A jaculatória Ó meu Bom Jesus... A jaculatória Ó Mãe de Deus...
Oração: SALVE RAINHA. Sinal da Cruz.
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A Estrela de Bárbara

Ernesto Olivero

O país que só eu conheço é o país da paz. Quero agora contar-te


como se vive nele.
No meu país, moram papai, mamãe, crianças, pessoas idosas, es-
trangeiros com a cor da pele diferente da nossa, doentes que não po-
dem caminhar. Em geral, meu país é como qualquer outro do mundo.
Não quero dizer-te que o meu país seja mais belo que o teu, mas
a vida sim, a vida aqui é diferente.
Entre nós não há muros em torno das casas, e as lojas de ferra-
gem não vendem fechaduras para as portas; não temos medo de la-
drões, porque eles aqui não existem: se a alguém faltar alguma coisa,
nós temos o maior prazer em fazer-lhe dela um presente.
À noite, não recebemos muitas visitas, pois também aqui gosta-
mos de dormir; se acontece, porém, que alguém necessita de nós,
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mesmo sendo noite, sabemos oferecer-nos prazerosamente.
Todos gostamos da escola, porque ela nos ensina a viver juntos, a
nos conhecer e a colaborar uns com os outros. Por vezes, não temos
muita vontade de estudar, mas superamos esta pouca vontade traba-
lhando juntos, com calma e alegria. Ajudando-nos, aprendemos melhor.
Jamais acontece aqui que alguém cabule aula e, se algum aluno
ficou doente, fica muito triste de não poder ir à escola.
Por vezes, nossos avôs e avós vêm à escola a fim de ensinar-nos
coisas que só eles sabem fazer. No meu país, os velhinhos são pesso-
as muito importantes e, mesmo que não trabalhem mais, encontram
muitas coisas para fazer. Ninguém aqui está sozinho, a não ser aqueles
velhinhos que desejam ficar em silêncio para refletir, trabalhar ou estu-
dar.
Aqui não existem asilos para velhos. Alguns dos nossos pais go-
vernam o país. O pai de um amigo meu também foi chefe por algum
tempo. Nesse período, não fazia mais o seu próprio trabalho, para as-
sim poder ter todo o tempo disponível para prestar serviço ao país.
Todos os trabalhos da cidade, das estradas aos jardins, são feitos
por todos e também pelas crianças; assim, podemos aprender.
Também aqui surgem problemas. Nesses momentos difíceis, nos
reunimos para dialogar e ficamos assim até encontrar uma solução.
Quando alguém, por qualquer razão, não soube cumprir o prometido,
procuramos juntos a maneira de reparar os danos e ajudá-lo a reconhe-
cer o seu erro. Entre nós não existem cadeias.
Gostarias de viver num país assim?
...Então te agradará escutar as estórias que vou contar-te. Todas
falam de paz, que, disse antes, é um segredo precioso de meu país. Ao
terminar este livro, esse tesouro será também teu... ; e estou certo de
que também tu desejarás transformar o lugar onde vives no... país da
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paz.
O AUTOR

A ESTRELA DE BÁRBARA

Gustavo era um homem bom e inteligente.


No país da paz, todos o conheciam pelo seu jeito especial de in-
ventar fábulas; e sabia contá-las tão bem que grandes e pequenos fica-
vam encantados quando escutavam.
Uma tarde, Gustavo estava deitado na grama, de rosto para cima,
olhando o céu. Olhou as estrelas e via como cada uma brilhava de ma-
neira própria e todas de forma diferente. Depois, para divertir-se, come-
çou a contá-las... até que por fim, entre tantas estrelas brilhantes, en-
controu uma apagada.
“Que estranho — pensou Gustavo —, uma estrela apagada!” E
assim, Gustavo pensou dirigir-se a seu Mário, um especialista em estre-
las, para perguntar-lhe como era possível que houvesse no céu uma
estrela que não brilhava mais. Mário fez com que Gustavo olhasse atra-
vés do seu potente telescópio e lhe revelou sua sensacional descober-
ta.
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“Olha, no céu existem inúmeras estrelas que não brilham, mas não
se podem ver a olho nu. Cada um de nós tem uma estrela no céu;
quando uma pessoa é feliz, os seus olhos se refletem na sua estrela e a
fazem brilhar; quando, pelo contrário, uma pessoa não tem mais paz no
coração a estrela se apaga...
Todas aquelas estrelas apagadas que tu vês são as estrelas de
outras tantas pessoas que perderam a paz do coração. Um dia, conhe-
cerás quem é a pessoa de coração triste que fez apagar também a sua
estrela. Presta atenção, que um dia tu a encontrarás. Se conseguires
fazê-la sorrir naquele mesmo dia, a estrela também voltará a brilhar!”
Gustavo agradeceu a seu Mário e voltou para casa com as pala-
vras dele plantadas na cabeça como sementes. No dia seguinte, resol-
veu partir para uma longa viagem à procura de algum coração que ti-
vesse perdido a paz.
Caminha... caminha até chegar, por fim, a um país que dava medo
a muita gente, porque se acreditava que lá só havia homens maus e
violentos. Talvez lá pudesse encontrar o sorriso perdido da estrela.
Caía uma chuva copiosa e Gustavo se protegeu embaixo de uma
árvore. Estava sozinho e, para vencer o medo, começou a falar com as
gotas da chuva. Contou-lhes uma fábula inventada por ele na hora. Lo-
go que a terminou, soou no interior dos ramos da árvore um aplauso e
uma voz muito delicada: “Que linda! que linda! conta-me outra!...”
Em seguida, apareceram entre as folhas dois olhos como amên-
doas, tristes, e o rosto de uma menina, molhada como um pintinho.
“Quem és?”, perguntou Gustavo.
“Sou Bárbara. Conta-me mais uma fábula; faz tempo não escuto
coisas bonitas!”
Bárbara escutava e sorria.
Logo que Gustavo acabou de contar suas fábulas, Bárbara lhe
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narrou a sua história: de pequena, foi abandonada por seus pais e pas-
sou de um colégio a outro durante anos e anos. Agora vivia sozinha,
sem um lar. A sua casa era a estrada e a droga era a companheira de
sua solidão.
Assim, a sua vida se tornara muito feia e ela cada vez mais triste e
sem paz.
“Jamais ninguém me sentava sobre suas pernas para me contar
uma fábula”, disse finalmente Bárbara, agora com um sorriso fulguran-
te.
Entretanto, tinha declinado a tarde, mas ela e Gustavo não se
aperceberam. O temporal passou e quando levantou os olhos para o
céu, que parecia de álamo, Gustavo viu uma estrela que nunca tinha
visto brilhando com luz nova. Era ela. Era a estrela de Bárbara, ilumina-
da, pela primeira vez, por seu primeiro sorriso.

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Hino Te Deum (A Vós, Ó Deus)

A vós, ó Deus, louvamos


a vós, Senhor, cantamos.
A vós, Eterno Pai,
adora toda a terra.

A vós cantam os anjos,


Os céus e seus poderes:
Sois Santo, Santo, Santo,
Senhor, Deus do universo!

Proclamam céus e terra


A vossa imensa glória.
A vós celebra o coro
glorioso dos Apóstolos,
Vos louva dos Profetas
a nobre multidão
e o luminoso exército
dos vossos santos Mártires.

A vós por toda a terra


Proclama a Santa Igreja,

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ó Pai onipotente,
De imensa majestade,
e adora juntamente
o vosso Filho único,
Deus vivo e verdadeiro,
ó Cristo, Rei da glória,
do Pai eterno Filho,
nascestes duma Virgem,
a fim de nos salvar.

Sofrendo vós a morte,


da morte triunfastes,
abrindo aos que têm fé
dos céus o reino eterno.
Sentastes à direita
de Deus, do Pai na glória.
Nós cremos que de novo
Vireis como juiz.

Portanto, vos pedimos:


salvai os vossos servos,
que vós, Senhor, remistes
com sangue precioso.
Fazei-nos ser contados,
Senhor, vos suplicamos,
em meio a vossos santos.
na vossa eterna glória.

Salvai o vosso povo.


Senhor, abençoai-o.

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Regei-nos e guardai-nos
até a vida eterna.

Senhor, em cada dia,


fiéis, vos bendizemos,
louvamos vosso nome
agora e pelos séculos.
Dignai-vos, neste dia,
Guardar-nos do pecado.
Senhor tende piedade
de nós, que a vós clamamos.

Que desça sobre nós,


Senhor, a vossa graça,
Porque em vós pusemos
a nossa confiança.
Fazei que eu, para sempre,
Não seja envergonhado:
Em vós, Senhor, confio,
sois vós minha esperança!

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A VIDA ENSINA EM BUSCA DO EQUILÍBRIO
TESTEMUNHOU A PRESENTE LEITURA

A “MÃE” ENSINA
MEUS FILHOS, SEJAM FORTES E DECIDIDOS,
CONTINUEM A SER NO MUNDO
OS DIVULGADORES DE MINHAS MENSAGENS,
COM MUITA FORÇA E DEDICAÇÃO.
(Do livro: UMA VOZ FALA AOS MEUS OUVIDOS)

A “MÃE” “PREPARA” E “CONVIDA”


A VINDA DE JESUS.
JESUS ESTÁ DE RETORNO À IGREJA,
E AGORA SERÃO VOCÊS — LEIGOS —
QUE IRÃO RECEPCIONÁ-LO.
JESUS PREPAROU A FESTA,
O BANQUETE ESTÁ PRONTO
PARA SER SERVIDO.
CONVIDOU A IGREJA.
ELES NÃO COMPARECERAM À FESTA.
AGORA, ELE CONVIDA
OS ALEIJADOS, OS COXOS
A VOCÊS — ‘LEIGOS’.

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COMPAREÇAM À FESTA
QUE ELE LHES PROPORCIONARÁ. (Livro: O TERCEIRO SE-
GREDO)

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