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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA- CAMPUS TIJUCA

ALUNA: ANA CAROLINA FERNANDES TEIXEIRA DA SILVA ALVES


CURSO DE DIREITO
PROCESSO DE EXECUÇÃO

ATIVIDADE AVALIATIVA PARA A1 2021-1

A ATIVIDADE AVALIATIVA é individual.

A atividade é composta por questões discursivas.

A atividade avaliativa contará com duas questões, sendo a cada uma delas atribuída
nota de até 2,5 (dois e meio) pontos, totalizando até 5,0 (cinco) pontos.

A atividade deverá ser postada no CANVAS até 08/05/2021 (sábado)

Não deixe para fazer a postagem no último dia do prazo. Equívocos acontecem e você
poderá não ter oportunidade para realizar alguma retificação do material enviado.

Não é necessário copiar os enunciados das questões quando da realização da


atividade, apresente apenas as respostas.

Todas as respostas deverão ser devidamente fundamentadas e com a indicação do


respectivo dispositivo legal ou precedente judicial, quando for o caso, a mera indicação do
dispositivo legal aplicável não pontua a questão.

A justificativa deverá ser feita em, no máximo, 15 (quinze) linhas. As linhas excedentes
não serão consideradas na correção.

CASO 01: MÉVIO deve a TÍCIO a quantia de R$ 25.000,00. A dívida venceu em


03/10/2019. Em 15/09/2020, MÉVIO ajuizou ação de execução da dívida, sendo as custas
fixadas em R$ 350,00. Ao buscar bens para penhora, o oficial de justiça localizou, em
22/11/2020, apenas uma bicicleta de propriedade de MÉVIO, avaliada em R$ 250,00. O
oficial efetuou a penhora.
Em 15/01/2021, faleceu um tio de MÉVIO e este passou a condição de herdeiro,
sendo que o valor do seu quinhão hereditário será de aproximadamente R$ 70.000,00.
TÍCIO requereu que fosse penhorada parcela dos bens que advirão da herança. Antes
que fosse determinada a penhora, MÈVIO apresentou petição afirmando que os bens
passaram a integrar o seu patrimônio após o vencimento da dívida e o ajuizamento da
execução, pelo que não poderiam ser executados.
Considerando o acima exposto, responda:
a) Foi válida a penhora efetuada?
b) MÈVIO tem razão sobre a impenhorabilidade dos bens advindos da herança?

Resposta: (15 linhas, no máximo):

Resposta:

A) A penhora em relaçao a Bicicleta a qual equivalia o total de R$: 250,00 é valida.

B) De acordo com a lei n° 11.382/2006, Mévio nao tem razão sobre a impenhorabilidade dos
bens advindos da herança. Se há uma obrigação, seja ela de qual natureza for, ela se torna
exigível e deve ser cumprida. Sendo assim, caso haja um inadimplemento de alguma obrigação,
o Estado deve oferecer meios que garantam o cumprimento da mesma, assegurando, assim, o
direito das partes, protegendo-as e evitando que a obrigação não seja cumprida.

Quando há uma obrigação, por exemplo, de pagar certa quantia em dinheiro, que é
descumprida, a parte lesada pode se valer das vias judiciais para cobrar o cumprimento da
mesma. No exemplo citado, caso o devedor não tenha pago a determinada quantia em
dinheiro, o credor pode utilizar do processo de execução, cobrando a quantia devida pelas vias
judiciais. Sendo assim, toda vez que há uma obrigação pecuniária onde o devedor não entrega a
quantia devida para o credor, o credor pode pedir, através do processo de execução, que o
Estado invada o patrimônio do devedor (considerando aqui que o deio sirva para pagar a
quantia devida pelo credor. Portando Mevio nao tem razão.vedor é solvente e que, portanto,
possui bens no patrimônio do mesmo) e penhore bens suficientes para garantir, de forma direta
ou indireta, que esse patrimônio.

CASO 02: JANJÃO não pagou o imposto de renda do ano de 2018. O débito de R$
12.000,00 foi inscrito em Dívida Ativa em 10/09/2019, sendo ajuizada uma ação de execução
fiscal em 19/11/2019.

JANJÃO foi citado em 10/12/2019, não tendo pago o débito.

A UNIÃO, a exequente, requereu a penhora de um imóvel de JANJÃO, uma vez que


não foram encontrados outros bens que pudessem ser utilizados para pagamento do débito.

Penhorado o imóvel, TÍCIO alegou que adquiriu o imóvel em 10/10/2019, portanto,


antes mesmo do ajuizamento da demanda e, por esta razão, não poderia o bem ser objeto de
penhora, uma vez que não mais pertencia a JANJÃO.

A UNIÃO alegou que haveria fraude à execução e que o negócio jurídico de compra e
venda deveria ser anulado.

Ante o acima exposto, responda:

a) A fraude à execução restou caracterizada?


b) A alienação do imóvel deve ser considerada nula?

Resposta: (15 linhas, no máximo)

Resposta:

A) Não constitui fraude a execuçao.


A fraude à execução ocorre quando o devedor aliena seus bens durante o trâmite de um
processo judicial que pode levá-lo à insolvência, ou seja, em casos em que o inadimplente
vende e se desfaz de suas propriedades com a finalidade de burlar uma ação cujo valor cobrado
pode deixá-lo sem recursos financeiros e patrimoniais, e, consequentemente, lesar o credor,
uma vez que não possuirá mais bens que possam quitar o crédito.

B) A alienação não é nula. De acordo com o Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as
cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que:

[...]

IV - estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que


coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam
incompatíveis com a boa-fé ou a equidade;

Em complemento:

§ 1º - Presume-se exagerada, entre outros casos, a vantagem que:

I - ofende os princípios fundamentais do sistema jurídico a que


pertence;

II - restringe direitos ou obrigações fundamentais inerentes à


natureza do contrato, de tal modo a ameaçar seu objeto ou
equilíbrio contratual;

III - se mostra excessivamente onerosa para o consumidor,


considerando-se a natureza e conteúdo do contrato, o interesse
das partes e outras circunstâncias peculiares ao caso.

Verifica-se que a previsão contratual de alienação fiduciária do imóvel familiar, importa em


restrição a direito que ofende toda a sistemática do Código de Proteção e Defesa do
Consumidor.

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