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Viola

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A viola (também chamada "alto" ou "viola de arco") é um instrumento musical da


mesma família do violino (de arco e quatro cordas) e visualmente se assemelha a este
(inclusive na maneira de se tocar), entretanto possui um som mais encorpado, doce,
menos estridente e mais grave, sua altura é intermediária entre o violino e o violoncelo.
Além destes três instrumentos, a família dos instrumentos de cordas friccionadas por
arco possui o contrabaixo.

Assim como outros instrumentos de cordas, as violas também podem ser amplificadas
eletronicamente. Muitos a utilizam na música popular, jazz, rock, sua utilização mais
comum é na música clássica, principalmente em naipes de cordas de orquestras, ou em
formações camerísticas como o quarteto de cordas.

Exemplo de improviso em uma viola

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Índice
[esconder]

• 1 Timbre da viola
• 2 Origem da viola
• 3 Execução
• 4 Técnicas de arco
• 5 Seleção de obras para viola

• 6 Ligações externas

[editar] Timbre da viola


Afinada nos tons Lá3, Ré3, Sol2, Dó2, a viola possui um notável poder expressivo de
acento mais suave, recolhido e melancólico.

Grandes compositores, clássicos, românticos e modernos, apreciando as qualidades


extremamente emotivas deste instrumento escreveram obras muito importantes como
concertos, sonatas e suites.

Exemplo do som de uma viola

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[editar] Origem da viola
A viola foi criada entre os séculos XIV e XV. A primeira Publicação relativa foi:
Régola Rubertina em 1543 por Ganassi del Fontego.

A viola como a conhecemos hoje possivelmente surgiu da Viola D'amore (Imagem ao


final do artigo)

Comparação entre o Violino (esquerda) e a Viola (direita)

Tem tamanho pouco maior que o violino e também arco com tamanho e peso diferente
do violino. Porém, para se tocar o instrumento adota-se técnica praticamente idêntica.

Viola D'amore

A viola é um dos instrumentos que utilizam a clave de Dó (na terceira linha) e em


regiões muito agudas utiliza a clave de sol.

Extensão: de 128 Hz à 1.280 Hz.

Representação das notas das cordas soltas:


A palavra viola foi utilizada por muito tempo (antes do Século XVI) para identificar
genericamente qualquer instrumento de arco.

As diferenças entre os timbres da viola e do violino são claramente audíveis na Sinfonia


Concertante (K.364) de Mozart.

Na música de câmara a viola sempre teve papel fundamental e faz parte da formação
tradicional do quarteto de cordas.

[editar] Execução
A execução mais comum é a fricção do arco nas cordas. Antes de tocar o instrumento, o
violista passa sobre a crina do arco uma resina chamada breu, que tem o efeito de
produzir o atrito entre os fios da crina e as cordas, gerando o som. O som produzido
pelas cordas é transmitido ao corpo oco da viola, denominado caixa de ressonância, pela
alma, um cilindro de madeira que fica dentro do corpo da viola, mais ou menos
embaixo do lado direito do cavalete. A alma liga, mecânica e acusticamente, o tampo
superior ao inferior da viola, fazendo com que o som vibre por todo o seu corpo.

Pronação

A pronação é o movimento de pressionar o dedo indicador no arco (rotacionar o


antebraço para o lado esquerdo gerando pressão no dedo indicador), aliviando a pressão
exercida pelo dedo mínimo (dedinho). Este movimento acarretará em uma maior
intensidade do som.

Supinação

Já a supinação é o movimento de pressionar o dedo mínimo no arco (rotacionar o


antebraço para o lado direito) aliviando a pressão do dedo indicador, fazendo com que o
som seja menos intenso. NOTA: Não é necessário fazer pressão com o dedo Mínimo
(dedinho), pois o próprio peso do talão já é suficiente para com a intensidade do som...

[editar] Técnicas de arco


• Pizzicato (beliscado): Os violistas nem sempre usam o arco quando tocam. O
pizzicato consiste em tocar as cordas com os dedos, dando pequenos puxões ou
beliscadas. Raramente o pizzicato se estende pela melodia inteira, e quando se lê
na partitura a palavra arco os executantes interrompem o pizzicato e voltam a
usar o arco.
• Col legno (com a madeira): O arco é segurado de lado, de forma que a madeira
do arco roce nas cordas, produzindo um curioso efeito rangente. Aparece no
começo de Marte, o Mensageiro da Guerra, da suíte de Holst Os Planetas.

• Vibrato (vibrado): Uma das importantes técnicas de instrumentos de cordas.


Existem 3 tipos de vibrato: o de dedo, o de punho e o de braço. Consiste em
fazer o som vibrar, formando uma flutuação mínima na afinação da nota, para
cima e para baixo. O vibrato de dedo é para passagens mais rápidas. O de punho
é o mais comum, e o de braço é para expressar com certa força, paixão, drama
no trecho. É usado sobretudo em notas longas.

• Corda dupla: Significa tocar, ao mesmo tempo, em duas, três cordas ou até
mesmo quatro cordas, e consequentemente duas, três ou quatro notas (sob a
forma de acordes), de uma só vez. É possível tocar três ou quatro cordas
simultaneamente, sob a forma de acordes, porém pode-se sustentar apenas duas
adjacentes.

• Harmônicos ou Flautato: Notas suaves produzidas pelo toque muito leve com a
polpa dos dedos em pontos estratégicos sobre a corda. Assemelham-se às notas
da flauta e são usadas com mais freqüência na música moderna.

• Glissando (deslizando): O instrumentista escorrega o dedo sobre a corda,


tocando todas as notas dentro do intervalo tocado, o que permite que todos os
sons interpostos sejam ouvidos. Os glissandos aparecem quase exclusivamente
nas músicas do século XX.

• Sul ponticello (sobre o cavalete): Indica que o instrumentista deve passar o arco
próximo ao cavalete, o que origina um som de timbre brilhante e estridente.

• Sul tasto (sobre o espelho): Indica que o instrumentista deve tanger o arco
próximo ao espelho, o que origina um timbre velado e mais melado.

[editar] Seleção de obras para viola


• Sonatas para viola e piano (Johannes Brahms)
• Duo para viola e violoncelo (Beethoven)
• Sinfonia concertante, para violino, viola e orquesta (Mozart)
• Sonatas para viola e piano (Rebecca Clarke)
• Concerto para viola (Bela Bártok)
• Haroldo na Itália (Harold en Italie/ Harold in Italy) (Hector Berlioz)
• Sexto Concerto de Brandemburgo (J. S. Bach)
• Concerto para viola em Dó menor (Johann Christhian Bach)
• Peça de concerto para viola e piano (George Enescu)
• Elegia, op. 44 (Glazunov)
• Sonata para viola e piano em ré menor (Glinka)
• Der Schwanendreher, para viola e orquestra (Paul Hindemith)
• Trauermusik (Hindemith)
• Três sonatas para viola solo e três com piano (Hindemith)
• Trio para viola, clarineta e piano (Mozart)
• Três suites para viola solo, op. 131 (Max Reger)
• Sonata para piano e viola, op. 147 (Shostakovich)
• Sonata Arpeggione (Schubert) (originalmente para arpeggione)
• Märchenbilder, para viola e piano, op. 113 (Robert Schumann)
• Concerto para viola (Stamitz)
• Don Quixote (Richard Strauss.(importante solo de viola)
• Concerto em sol maior (Telemann)
• Concerto para viola (Walton)
• ``Capricho para viola sola (Henri Vieuxtemps)
• ``Concerto para viola (Sofia Gubaidulina)

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