– Quando se aprova um documento legislativo, mas que este contém
num dos seus artigos no qual se inscreve uma estatuição autoritária que produz efeitos externos numa situação individual e concreta. No artigo 51.º/2 o legislador pretende esclarecer alguns pontos do conceito, encaixando 3 estruturas: a) Atos de exclusão de um procedimento – exclusão de alguns procedimentos executivos; b) Atos prévios – decidem ou terminam uma fase autónoma de um certo procedimento; c) Atos parciais – aqueles que decidem subprocedimentos de procedimentos complexos. Se temos um litigio entre órgãos da mesma pessoa coletiva, esse é inevitavelmente interno, o que torna este caso uma situação singular: o legislador teve que prever especificamente a situação. Em que situação é que isto ocorre? Vamos analisar as situações do artigo. 51º. 1. Furto de competências; 2. Um órgão compromete as condições de um exercício de uma competência de um outro órgão quando se abstém de praticar um ato cujo exercício depende o exercício da competência de um outro órgão – Ex.: a Câmara municipal só pode abrir concursos públicos de concessão de obras após o parecer da Assembleia municipal; 3. Os atos impugnáveis – um órgão pode impugnar um ato administrativo de outro órgão da mesma pessoa administrativa – litígio entre órgãos da mesma pessoa coletiva. Os atos endoprocedimentais podem ser impugnados, mas só até o processo estar concluído, aí só o ato final pode ser impugnado. Pode acontecer que caso não se tenha impugnado os atos endoprocedimentais não se possa também impugnar o ato final. O que se pretende na ação administrativa de impugnação de atos administrativos ao tribunal? Um ato administrativo para ser impugnado tem de ser ilegal, ficando assim de fora as inconveniências/inoportunidades. A ilegalidade pode ter duas consequências: 1. Gera a invalidade do ato administrativo. Quando o ato é inválido, pode padecer de: Nulidade – o que se pede é a declaração de nulidade do ato. Anulabilidade – o que se pede é a anulação do ato administrativo. Se um ato for ilegal é nulo ou anulável? – Regra geral: é anulável. Só é nulo nos casos expressamente determinados pelo legislador. 2. Gera a inexistência do ato administrativo – pede-se a declaração da inexistência do ato.