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ANSIEDADE

1. INTRODUÇÃO
Ansiedade, estresse, medo, fobia, tensão - tecnicamente, essas palavras têm
significados diferentes, mas, muitas vezes, podem ser usadas como sinônimos para
descrever um dos problemas mais comuns deste século. A ansiedade já foi chamada
de “emoção oficial da nossa época”, base de todas as neuroses e “o fenômeno mais
penetrante de nossa época”. Ela e tão antiga quanto a existência do homem, mas as
complexidades e o ritmo da vida moderna nos alertaram para a sua presença e,
provavelmente, aumentaram a sua influência.
A ansiedade e uma sensação interna de apreensão, insegurança, preocupação,
inquietação e/ou temor que é acompanhado de elevada excitação física. Em períodos
de ansiedade, o corpo fica em estado de alerta, pronto para fugir ou lutar. O coração
bate mais depressa, a pressão sanguínea e a tensão muscular se elevam, ocorrem
trocas químicas e intercambio de sinais neurológicos, as vezes ocorre aumento da
transpiração, a pessoa pode se sentir fraca, nervosa e incapaz de relaxar.
A ansiedade pode surgir em resposta a algum perigo identificável (muitos
autores usam a palavra “medo”, neste caso, em vez de ansiedade), ou pode ser uma
reação a uma ameaça imaginaria ou desconhecida. Este último tipo de ansiedade tem
sido denominada “flutuante”; a pessoa ansiosa sente que algo terrível está para
acontecer, mas não sabe o que e, nem porque vai acontecer.

2. DESENVOLVIMENTO

Foram identificados vários tipos de ansiedade: normal e neurótica, moderada e


intensa, aguda e crônica.
1. A ANSIEDADE NORMAL é algo que todos nos experimentamos de vez em
quando, geralmente quando existe algum perigo real ou circunstancial. Na
grande maioria das vezes, esse tipo de ansiedade e proporcional ao perigo
(quanto maior a ameaça, maior a ansiedade). E uma ansiedade que pode ser
reconhecida, controlada e reduzida, principalmente quando as circunstâncias
mudam.
2. A ANSIEDADE NEURÓTICA envolve sensações extremamente exageradas
de impotência e terror mesmo quando o perigo e mínimo ou inexistente.
Muitos terapeutas acreditam que essa ansiedade não pode ser enfrentada de
maneira objetiva e racional porque provem de conflitos internos inconscientes
3. A ANSIEDADE MODERADA pode ser desejável e até salutar. Muitas vezes
ela motiva, ajuda as pessoas a evitar situações perigosas e aumenta a
eficiência.
4. A ANSIEDADE INTENSA e mais estressante. Ela pode diminuir nosso limite
de atenção, dificultar a concentração, provocar esquecimento, baixar o nível
de desempenho, interferir com a capacidade de solucionar problemas,
bloquear a eficiência da comunicação, gerar pânico e, às vezes, provocar
desagradáveis sintomas físicos tais como paralisia, taquicardia ou intensas
dores de cabeça.
5. A ANSIEDADE AGUDA geralmente se instala rapidamente, pode ser
intensa, ou não, e tem curta duração. Ela e uma reação aguda e relativamente
breve de apreensão que acomete a todos nós, uma vez ou outra. Geralmente,
representa uma resposta a alguma ameaça e se manifesta, algumas vezes, como
um estado de excitação.
6. A ANSIEDADE CRÔNICA, por sua vez, e uma tensão emocional continua,
permanente e enraizada. Ela e vista em pessoas que parecem estar sempre
preocupadas. Frequentemente, ela acaba provocando doenças físicas porque o
corpo não pode funcionar bem quando fica permanentemente tenso e agitado.
Dois outros tipos de ansiedade atraíram a atenção dos terapeutas e da mídia nos
últimos anos: o Transtorno de Estresse Pós-traumático e a Síndrome do Pânico.
Um estresse intenso — como guerra, estupro, terrorismo, envolvimento em
acidente grave, sequestro, ou desastres naturais, como um furacão ou terremoto - pode
deixar uma marca de ansiedade permanente. Durante muitos anos após o trauma,
algumas pessoas tem pesadelos, medos irracionais, depressão, preocupação intensa e
perda do interesse em atividades antes consideradas agradáveis. Para essas pessoas, a
ansiedade se tornou um modo de vida, que se surge após a conscientização de uma
experiencia traumática anterior.
1. Os distúrbios de ESTRESSE POS-TRAUMATICO foram observados com
frequência em veteranos do Vietnã, mas são estados de ansiedade persistentes
que podem ocorrer com qualquer um de nós, após uma experiencia traumática.
2. SINDROME DO PANICO e um termo usado para descrever ataques de
pânicos repentinos, aterrorizantes e extremamente violentos que acometem
pessoas aparentemente normais, geralmente sem qualquer aviso e quando menos
se espera. Estima-se que 5 por cento da população, principalmente mulheres,
experimentam essas reações de pânico.
Durante muitos anos, pensou-se que esse tipo de ansiedade era um distúrbio
psicológico, mas, como veremos adiante, existem evidencias cada vez maiores de que
se trata de um distúrbio de origem biológica.
A BIBLIA E A ANSIEDADE
Na Bíblia, a palavra “ansiedade” e usada de duas maneiras, como uma preocupação
salutar e como um estado mental de aflição ou angústia.
1. Ansiedade como uma preocupação realista não é nem condenado, nem
proibido. Embora Paulo tenha escrito de que ele não estava ansioso (aflito)
diante da possibilidade de ser acoitado, de passar frio e fome, ou perigos, ele
afirmou que estava ansioso (isto e, preocupado) a respeito do bem estar das
igrejas. Esse interesse sincero pelos outros pressionava o apostolo, diariamente e
tornou Timóteo “sinceramente cuidadoso”, também.
2. Ansiedade como aflição ou angústia No Sermão do Monte, Jesus ensinou que
não devemos andar ansiosos (aflitos) acerca do futuro ou de nossas necessidades
básicas, como comida e roupa. Temos um Pai celestial, disse Jesus, que sabe
tudo o que necessitamos e nos dará a provisão. Nas epistolas do Novo
Testamento, Pedro e Paulo repetem essa conclusão. “Não andeis ansiosos de
coisa alguma”, lemos em Filipenses. Ao contrário, os cristãos devem levar seus
pedidos a Deus, em atitude de gratidão, esperando receber “a paz de Deus, que
excede todo o entendimento.” Podemos lançar toda a nossa ansiedade sobre o
Senhor, porque ele cuida de nós.
A ansiedade como aflição e angústia surge quando damos as costas para
Deus, pegamos nossos fardos e consideramos, pelo menos com nossas atitudes e
gestos, que temos que resolver nossos problemas sozinhos. Em vez de reconhecermos
a soberania e o poder de Deus, e de buscar o seu reino e a sua justiça em primeiro lugar,
muitos de nós — tanto conselheiros, quanto aconselhando - caímos presas do pecado de
confiar em nós mesmos e de nos preocuparmos com as pressões que a vida nos impõe.
De acordo com a Bíblia, não há nada errado em enfrentar honestamente os
problemas da vida e tentar resolvê-los. Ignorar o perigo e um erro tolo. Mas também e
errado e doentio ficar imobilizado pelo excesso de preocupação. Os problemas que nos
afligem devem ser apresentados a Deus em oração, pois ele pode nos libertar do medo
paralisante e da ansiedade, capacitando-nos a cuidar de forma realista das nossas
necessidades e bem estar, bem como do bem estar do próximo. Todo mundo sabe que
não e fácil “afastar o desgosto” ou “não andar ansiosos de coisa alguma.” Para as
pessoas, e difícil “lançar o fardo sobre o Senhor”, confiar que Deus irá prover todas as
suas necessidades, esperar o seu socorro e saber quando devem fazer alguma coisa para
enfrentar uma situação difícil.
Os ansiosos geralmente são pessoas impacientes que precisam de ajuda para
aprender a lidar com as pressões realisticamente e dentro do cronograma perfeito
estipulado por Deus. O conselheiro cristão pode ser um exemplo de uma pessoa
calma e que confia em Deus para prover suas necessidades. O conselheiro também
pode ajudar o aconselhando a ver as promessas de Deus, a reconhecer o seu poder e
influência na nossa vida diária, e a agir quando necessário. Para muitos aconselhando,
também é útil conhecer as causas e efeitos de sua ansiedade permanente.

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