Escola Estadual de Educação Profissional em Saúde no Hospital de
Clínicas de Porto Alegre
Curso Técnico em Radiologia
Enfermagem
Profª: Rita Beatriz Timmers
Aluna: Amanda Carvalho Rosa Cadury
Sugestões para contribuir na melhoria das questões abordadas no texto:
‘A importância da biossegurança aplicada aos profissionais da radiologia’
Biossegurança aplicada aos profissionais da radiologia
O artigo desenvolvido por Mauro Trevisan, Clenio Rosa, Carla
Cristina Basso de Lima e Janaína Alves de Souza, traz como título “A importância da biossegurança aplicada aos profissionais da radiologia” foi publicado na Revista Eletrônica Gestão & Saúde no ano de 2013, aborda e analisa a questão da importância da biossegurança no ambiente de trabalho dos profissionais em radiologia e os riscos inerentes a não utilização dos meios de segurança necessários e previstos em lei.
O texto aborda sobre o conceito e a importância da aplicação da
biossegurança, o uso da Portaria 453/98 do Ministério da Saúde que regulamenta as diretrizes básicas da proteção radiológica, trata sobre os Equipamentos de Proteção Individual (EPI´s) e Coletivos (EPC´s), a capacitação e imunização dos trabalhadores, além de trazer uma pesquisa de campo que demonstra o conhecimento de alguns profissionais da área radiológica sobre biossegurança e suas aplicações em seu cotidiano.
A biossegurança é uma forma de reduzir, minimizar ou até mesmo
eliminar os riscos inerentes à saúde diante das atividades exercidas pelo profissional da área radiológica. De acordo com os autores, existe o conhecimento da biossegurança entre os profissionais da área da saúde no ambiente de trabalho, porém não existe o entendimento da relevância e importância do tema por boa parte dos profissionais. Uma das principais medidas de biossegurança para prevenir os riscos ocupacionais que a radiologia traz é o uso dos EPI´s. O empregador deve disponibilizar os EPI´s e EPC´s aos profissionais para que estes utilizem em seu ambiente de trabalho, sabendo também que é dever do profissional usá-los adequadamente. Ocorre que muitos profissionais, mesmo sabendo dos riscos, não os utilizam, muitas vezes por esquecimento, displicência ou urgência nos procedimentos.
Visto isso, trago algumas sugestões para que as medidas de
biossegurança sejam aplicadas aos profissionais da radiologia.
Em tempos onde a tecnologia se destaca e é fundamental para um
bom funcionamento em diversas áreas profissionais, acredito que o investimento do empregador (hospitais, clinicas) em um aplicativo que seria utilizado pelos profissionais para fazer o registro de todos os passos durante a realização do exame radiográfico seria de grande valia. O profissional utilizaria esta plataforma desde o inicio do atendimento até a finalização do mesmo. Iniciaria com a confirmação dos dados do paciente, evitando erros na identificação do paciente, como nome e sobrenome, por exemplo. Uma foto da documentação (RG – Registro Geral) para a confirmação dos dados seria imprescindível.
No decorrer da realização do exame, o profissional adicionaria fotos
neste aplicativo, como forma de relatório do procedimento. Algumas informações (fotos) seriam obrigatórias, tais como foto do documento do paciente, foto do paciente e do profissional com os EPI´s obrigatórios durante a realização do exame e também foto do profissional utilizando o dosímetro, equipamento de extrema importância para averiguar os limites de doses individuais que o corpo recebe de radiação devido a exposição ocupacional. Vale ressaltar que o artigo traz a informação que após uma pesquisa realizada com alguns profissionais, somente a metade dos entrevistados fazem o uso do dosímetro. Outras informações no entanto, seriam adicionadas de acordo com a necessidade vista pelo profissional. Diante disto, o aplicativo conteria todas as informações e provas necessárias para a comprovação de que o procedimento ocorreu da forma mais segura possível recomendada pela lei, tanto para o profissional, colegas, pacientes e ambiente de trabalho.
A utilização correta do aplicativo pelos profissionais poderia ser
fiscalizada e cobrada semanalmente por um supervisor de equipe, que teria a relação da quantidade de exames realizados individualmente por cada profissional e seus respectivos relatórios.
Para cada relatório não realizado, advertências e possíveis punições
poderiam ser aplicadas. Já para os profissionais que utilizassem de forma correta, fazendo todos os procedimentos solicitados e obrigatórios, uma bonificação poderia ser oferecida como forma de reconhecimento, fazendo com que os demais profissionais seguissem o exemplo. Um bom exemplo do que é cuidar de si e do próximo.
Essa cobrança da utilização correta e eficaz acabaria tornando-se
hábito entre os profissionais, conscientizando todos os integrantes da equipe da utilização dos equipamentos corretos para minimizar os riscos inerentes a saúde de todos os envolvidos.
As chances de erro seriam minimizadas, os riscos inerentes à saúde
diminuiriam, pois tal conduta tornaria-se hábito.
Outras formas para uma melhora no entendimento da relevância da
biossegurança aplicada no cotidiano da área radiológica são treinamentos regulares, cursos profissionalizantes, palestras demonstrando os riscos que os profissionais correm ao não aplicar as medidas de biossegurança em seu dia a dia. O incentivo do empregador em oferecer treinamentos dos profissionais é essencial para que os profissionais tenham condições de desenvolver cuidados necessários e hábitos para que não contraiam doenças ocupacionais, não contaminem os pacientes, colegas e o próprio ambiente de trabalho.
Outro assunto que os autores abordam é a questão da higienização
das mãos e dos equipamentos utilizados para realização dos exames. Tais medidas nem sempre são realizadas pelos profissionais. Diante do agravamento da saúde pública, com o surgimento do Covid-19 que vem devastando a população, devemos manter os hábitos de higienização e ter consciência que estas medidas são primordiais para reduzir o risco de infecções e surgimento de doenças. Sendo assim, sugestões como cartazes contendo informações, bem como maior acessibilidade de locais e instrumentos para realizar as práticas de higiene seriam formas de fazer com que os profissionais e até mesmo os pacientes habituem-se a higienizar-se sempre, tornando o ambiente mais seguro e saudável a todos.
Portanto, o artigo nos traz uma reflexão do quanto a prática habitual
das medidas de proteção radiológicas são essenciais para um ambiente mais seguro. A cultura da normalização do desvio está ativamente circulando em todos os ambientes. Atualmente, muitos profissionais estão habituados ao perigo e acabam minimizando os riscos que a radiação causa aos nossos organismos. Muitos parecem acreditar somente naquilo que enxergam, porém a radiação é invisível aos nossos olhos, mas continua ali invadindo nossos corpos e nos trazendo prejuízos em longo prazo.