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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO

Bruno Rodrigues Carvalho – RA: 2217102547


Bruno Sebastian Roque – RA: 3017101975
Caíque Batista Paixão – RA: 417106504
Felipe Reis da Silva – RA: 2217105546
Jair Gomes Pereira – RA: 2219100190

RÁDIO GALENA
GRUPO 19

São Paulo
2021
Bruno Rodrigues Carvalho – RA: 2217102547
Bruno Sebastian Roque – RA: 3017101975
Caíque Batista Paixão – RA: 417106504
Felipe Reis da Silva – RA: 2217105546
Jair Gomes Pereira – RA: 2219100190

Relatório apresentado como requisito parcial para


obtenção de aprovação no módulo 9 do Projeto
Integrador, no Curso de Engenharia Elétrica, na
UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO
(UNINOVE).

Profa. Kelly dos Prazeres


Prof. João Bosco Santos Souza

São Paulo
2021
RESUMO

Rádio Galena trata-se basicamente de um receptor e retificador de sinal de rádio AM


com componentes básicos e fonte de alimentação externa, somente as ondas eletromagnéticas
recebidas através da antena são necessárias para alimentação do sistema. Sendo um projeto
simples e de baixo custo.
Palavras-chave: rádio, rádio galena, galena, rádio, AM, sinal, retificador
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO
2. FUNDAMENTOS TEÓRICOS ........................................................................................... 5
2.1. MATÉRIA E CARGA ELÉTRICA ................................................................................. 5
2.1.1. SINAL ELÉTRICO ANALÓGICO ................................................................................. 6
2.1.2. SINAL ELÉTRICO DIGITAL ........................................................................................ 6
2.2. CAMPO ELÉTRICO E CAMPO MAGNÉTICO............................................................ 6
2.2.1. DIREÇÃO ....................................................................................................................... 7
2.2.2. SENTIDO ........................................................................................................................ 7
2.2.3. INTENSIDADE ............................................................................................................... 7
2.3. ONDAS SONORAS......................................................................................................... 7
2.4. ONDAS ELETROMAGNÉTICAS .................................................................................. 8
2.5. ONDAS DE RÁDIO ........................................................................................................ 8
2.6. TRANSMISSÕES DE RÁDIO ...................................................................................... 10
2.7. RECEPÇÃO DO SINAL ............................................................................................... 10
2.8. SINTONIZADOR DE FREQUÊNCIA FILTRO PASSA BAIXO ................................. 11
2.9. TEORIA DE FUNCIONAMENTO DO RÁDIO DE GALENA ..................................... 12
3. MATERIAIS E MÉTODOS .............................................................................................. 14
3.1. MATERIAIS ................................................................................................................. 14
3.1.1. DIODO .......................................................................................................................... 14
3.1.2. INDUTOR ..................................................................................................................... 15
3.1.3. CAPACITOR ................................................................................................................ 15
3.1.4. FONE DE ALTA IMPEDÂNCIA .................................................................................. 16
3.1.5. ANTENA ....................................................................................................................... 16
3.2. MÉTODOS ................................................................................................................... 17
3.2.1. PROTÓTIPO REAL ..................................................................................................... 17
3.2.2. PROTEUS ..................................................................................................................... 17
3.2.3. CIRCUITO PROJETADO ............................................................................................ 18
4. RESULTADOS ................................................................................................................. 20
4.1. FUNCIONAMENTO..................................................................................................... 20
4.2. SINAL DE SAÍDA DA DEMODULADORA ................................................................. 21
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................. 24
6. REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 25
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1. INTRODUÇÃO

O processo de envio de informações via onda de rádio está presente em nosso dia a dia
de uma maneira tão forte que é difícil imaginar a possibilidade de retirá-lo de nossas vidas.
Sendo assim, é interessante saber um pouco a respeito do seu funcionamento. Nosso objetivo é
apresentar o conceito de funcionamento para transmissão de informações via radiofrequência e
mostrar a interação entre os conteúdos em um processo de suma importância no cotidiano. Em
nosso projeto iremos trabalhar com o rádio galena para exemplificar melhor o entendimento de
como são captadas as ondas de rádio frequência.
5

2. FUNDAMENTOS TEÓRICOS

2.1. MATÉRIA E CARGA ELÉTRICA

Começando por um conceito bem simples, a saber, a matéria. Matéria é tudo que possui massa
e ocupa um lugar no espaço. A ciência dos materiais é o estudo relativo às propriedades da
matéria. Por sua vez, átomos são constituídos por partículas elementares, sendo os principais
elétrons, prótons e nêutrons. A carga elétrica de cada um destes componentes é negativa,
positiva e nula respectivamente. Carga elétrica é dada pela unidade C, cujo valor é e=
1,6.10−19C. A letra C simboliza Coulomb uma unidade dada no sistema internacional de
unidades, por definição sendo a carga elétrica transportada em um segundo por uma corrente
de um Ampére.
Um corpo pode ter carga elétrica positiva quando o seu número de prótons é maior que
o número de elétrons, negativa quando o número de elétrons é maior que o número de prótons
e neutra quando o número de prótons e elétrons é igual. Os prótons, elétrons e nêutrons
interagem-se de acordo com a Figura 1 a seguir:

Figura 1 - Interação entre Prótons, Elétrons e Nêutrons

Fonte: https://www.infoescola.com/fisica/carga-eletrica/
6

Sinais elétricos são funções de uma ou mais variáveis independentes, que contém informações
sobre fenômenos da natureza. Sinais elétricos são tensões elétricas ou diferença de potencial
(quantidade de “energia” capaz de movimentar uma carga elétrica) que variam ao longo do
tempo. Os sinais elétricos podem ser analógicos ou digitais. Por sua vez Bit, isto é, abreviação
de Binary digit (digito binário) em inglês, é a unidade de informação digital, esta informação é
uma combinação de códigos binários, logo combinação de números na base 2. Dados são
sequências de bits, que assim formam a informação. Pode-se citar 2 tipos de sinais, são eles:

2.1.1. Sinal Elétrico Analógico

Tensões elétricas variantes no tempo, que são geradas por dispositivos denominados
transdutores. Assim os sinais elétricos da voz, isto é, músicas e áudios em geral são gerados
através de um microfone que faz o papel de transdutor, para transformar a onda sonora em sinal
elétrico.

2.1.2. Sinal Elétrico Digital

São pulsos elétricos binários (bit), que são gerados por dispositivos eletrônicos em geral.

2.2. CAMPO ELÉTRICO E CAMPO MAGNÉTICO

Os Campos são interações nas quais não ocorrem contato físico. O campo gravitacional
é associado à presença de um corpo com massa, o campo elétrico está relacionado à presença
de cargas elétricas e o campo magnético se manifesta por causa da presença de polos
magnéticos ou de cargas elétricas em movimento. Esses campos não são visíveis diretamente a
olho nu. Eles podem ser percebidos por meio dos efeitos observados.
Campo elétrico é um campo vetorial, constituído por uma distribuição de vetores, um
para cada ponto de uma região em torno do objeto eletricamente carregado. E é definido a partir
de informações sobre seu módulo, sua direção e seu sentido. A direção (o sentido) do campo
elétrico é a (o) mesma (o) do vetor força elétrica que atua numa carga de prova positiva. O
módulo mede a intensidade do campo, que diminui conforme aumenta a distância até a carga
que o produz. A expressão do campo elétrico é dada por:
𝐹⃗
𝐸⃗ =
𝑞
7

No SI (Sistema Internacional), a unidade de campo elétrico é o Newton/Coulomb (N/C),


ou seja, é a força por unidade de carga.
Campo magnético é uma região ao redor de um ímã onde ele consegue atuar atraindo
ou repelindo outros corpos. Tem-se também que cargas elétricas em movimento produzem
campo magnético.
Assim, como o vetor campo elétrico 𝐸⃗ caracteriza a presença de um campo elétrico, a
grandeza que expressa o campo magnético é denominada vetor indução magnética 𝐵⃗. No SI, a
unidade de indução magnética é o tesla (T). Propriedades desse vetor são:

2.2.1. Direção

Tangente, em cada ponto do espaço, às linhas de campo magnético.

2.2.2. Sentido

O mesmo das linhas de campo.

2.2.3. Intensidade

Depende do ímã ou da intensidade da corrente elétrica, da distância do ponto


considerado ao fio e do meio que envolve o sistema.

2.3. ONDAS SONORAS

Ondas são um tipo de perturbação ou distúrbio transmitido através do vácuo ou de um meio


material (sólido, líquido ou gasoso) que carregam alguma forma de energia. Existe uma
variedade muito grande de ondas, por exemplo, ondas do mar, ondas numa corda, numa mola,
ondas sonoras, ondas eletromagnéticas. Essas ondas podem diferir em muitos aspectos, mas
todas têm uma mesma característica: transportam energia de um ponto a outro. Cada tipo de
onda pode ser caracterizada pela oscilação de uma ou mais variáveis físicas que se propagam
através do espaço. Um tipo especial de ondas são as eletromagnéticas, nelas, as variáveis físicas
que oscilam são os vetores campo elétrico e campo magnético. Nas ondas sonoras a variável
física que sofre oscilação é a pressão (ou densidade do meio). As ondas podem ser do tipo
mecânicas (se propagam apenas em um meio material) e não mecânicas (não necessitam de um
meio material para se propagar). As ondas sonoras, ondas numa corda, ondas na água são
8

exemplos de ondas mecânicas que se propagam em meios deformáveis ou elásticos. Durante a


propagação de ondas mecânicas, as partículas que constituem o meio vibram somente ao redor
de suas posições de equilíbrio sem, no entanto, se deslocar como um todo juntamente com a
onda. Ondas eletromagnéticas, como ondas de rádio ou a luz visível, são ondas do tipo não-
mecânica pois podem se propagar até mesmo no vácuo. Em geral chamamos o comprimento da
onda pela letra grega lambda (λ). O comprimento de onda é a distância entre dois máximos
(crista) ou dois mínimos (vale) da onda, ou ainda, a distância mínima em que a forma da onda
se repete. Analisando a relação entre a direção da perturbação e a da propagação, as ondas ainda
podem ser divididas em transversais (perturbação é perpendicular a direção de propagação da
onda) e longitudinais (direção da perturbação é a mesma da propagação da onda). As ondas
sonoras são do tipo longitudinais e as eletromagnéticas são do tipo transversais. Dependendo
da duração da perturbação provocada no meio, pode-se produzir um pulso ou onda única, ou
trem (ou pacote) de ondas e uma sucessão contínua de ondas.

2.4. ONDAS ELETROMAGNÉTICAS

As ondas eletromagnéticas são constituídas pela associação de um campo elétrico e um campo


magnético, ambas variáveis. Estes campos são perpendiculares entre si e perpendiculares
também à direção de propagação da onda. Por este motivo estas ondas são capazes de se
propagarem no vácuo com a mesma velocidade da luz de, aproximadamente, 3𝑥10 𝑘𝑚/𝑠, além
de se propagarem em meios materiais com uma velocidade inferior à da luz.

2.5. ONDAS DE RÁDIO

AM modulada em amplitude (modulação em amplitude) é uma técnica de transição final na


qual uma onda eletromagnética inicial transporta a frequência, responsável pela transmissão,
conforme Figura 2 a seguir:
9

Figura 2 - Sinais da Moduladora AM

Fonte: www.newtoncbraga.com.br/index.php/telecomunicacoes/12361-modulacao-tel217

Por meio dessa técnica, um sinal pode ser transmitido por longas distâncias, por isso
esse tipo de modulação é amplamente utilizado por rádios comerciais e banda civil, embora o
procedimento possa ser realizado com qualquer tipo de sinal.
A forma matemática que resulta deste procedimento é um sinal variável no tempo E (t),
cuja fórmula é:
𝐸( ) = 𝐸 (1 + 𝑚. 𝑐𝑜𝑠2𝜋𝑓 . 𝑡)𝑐𝑜𝑠. 2𝜋𝑓 . 𝑡
Onde a amplitude 𝐸 é a amplitude da portadora e m é o índice de modulação, dada por:
𝐸
𝑚=
𝐸
Logo,
𝐸 = 𝑚. 𝐸
A amplitude da mensagem é pequena em comparação com a amplitude da portadora,
portanto 𝑚 < 1. Caso contrário, o envelope do sinal AM não teria o formato preciso da
mensagem a ser transmitida. A equação para m pode ser expressa como uma porcentagem de
modulação:
𝐸
𝑚% = . 100
𝐸
Sabemos que os sinais senoidais e cossenoidais são caracterizados por terem certa
frequência e comprimento de onda. Quando um sinal é modulado, sua distribuição de
frequência (espectro) é traduzida, o que ocorre em uma determinada região em torno da
10

frequência do sinal da portadora 𝑓 (que não é alterado durante o processo de modulação),


chamado de largura de banda.
Por serem ondas eletromagnéticas, sua velocidade no vácuo é a da luz, que está
relacionada ao comprimento da onda e também à frequência, dada por:
𝑐 = 𝜆. 𝑓
Desta forma a informação que é transmitida de uma estação de rádio viaja muito rápido
para os receptores.

2.6. TRANSMISSÕES DE RÁDIO

A estação de rádio deve transformar palavras e músicas, todas elas sinais sonoros, em um sinal
elétrico de mesma frequência, por exemplo, por meio de microfones. Este sinal elétrico é
chamado de sinal de frequência auditiva FA, porque está na faixa de 20 a 20.000 Hz, que é o
espectro audível (as frequências que os humanos ouvem). Este sinal deve ser amplificado
eletronicamente. Nos primórdios do rádio, ele era feito com tubos de vácuo, que mais tarde
foram substituídos por transistores, que eram muito mais eficientes. Em seguida, o sinal
amplificado é combinado com o sinal de frequência radial FR através de circuitos modulantes
AM, de modo que resulte uma frequência específica para cada estação de rádio. Esta é a
frequência portadora 𝑓 mencionada acima.
As frequências portadoras das estações de rádio AM estão entre 530 Hz e 1600 Hz, mas
as estações que usam frequência modulada ou FM têm portadoras de frequência mais altas: 88-
108 MHz. O próximo passo é amplificar novamente o sinal combinado e enviá-lo para a antena
para que possa ser emitido como uma onda de rádio. Desta forma, pode estender-se pelo espaço
até chegar aos receptores.

2.7. RECEPÇÃO DO SINAL

Um receptor de rádio possui uma antena para captar as ondas eletromagnéticas da estação. Uma
antena consiste em um material condutor que, por sua vez, possui elétrons livres. O campo
eletromagnético exerce força sobre esses elétrons, que vibram imediatamente na mesma
frequência das ondas, produzindo uma corrente elétrica.
Outra opção é a antena receptora conter uma bobina de fio e o campo eletromagnético
das ondas de rádio para induzir uma corrente elétrica nela. Em ambos os casos, esse fluxo
11

contém informações que vêm de todas as estações de rádio capturadas. O que se segue agora é
que o receptor de rádio consegue distinguir cada estação de rádio, ou seja, sintonizar aquela que
preferir.

2.8. SINTONIZADOR DE FREQUÊNCIA FILTRO PASSA BAIXO

A escolha entre os diferentes sinais é feita por meio de um circuito LC ressonante ou um


oscilador LC. Este é um circuito muito simples que contém um indutor variável L e um
capacitor C colocados em série. Para sintonizar a estação de rádio, os valores de L e C são
ajustados de forma que a frequência de ressonância do circuito corresponda à frequência do
sinal a ser sintonizado, que não é outra senão a frequência da portadora da estação de rádio 𝑓 .
Uma vez sintonizada a estação, o circuito entra em ação demodulador daquele mencionado no
início. É responsável por decifrar, por assim dizer, a mensagem emitida pela estação de rádio,
o que se consegue separando o sinal portador do sinal de mensagem, utilizando um diodo e um
circuito RC denominado filtro passa baixo.
Outra opção é a antena receptora conter uma bobina de fio e o campo eletromagnético
das ondas de rádio para induzir uma corrente elétrica nela. Em ambos os casos, esse fluxo
contém informações que vêm de todas as estações de rádio capturadas. O que se segue agora é
que o receptor de rádio consegue distinguir cada estação de rádio, ou seja, sintonizar aquela que
preferir.

Figura 3 - Circuito LC

Fonte: Próprio autor


12

2.9. TEORIA DE FUNCIONAMENTO DO RÁDIO DE GALENA

Todo o funcionamento do rádio se dá graças a basicamente 5 componentes, que são: uma bobina
ou indutor, um capacitor variável, um elemento retificador, um fone de cristal de alta
impedância e uma antena. A Figura 4 abaixo mostra como cada um fica conectado no circuito:

Figura 4 - Circuito Demodulador Rádio Galena projetado no Proteus

Fonte: Próprio autor

A partir do circuito acima, podemos analisar alguns aspectos referentes ao


comportamento do circuito: A antena é o elemento que recebe o sinal das ondas de rádio e, de
certa forma, também fornece energia ao circuito. Mais detalhes do seu funcionamento serão
abordados mais à frente.
O indutor e o capacitor têm um papel fundamental no rádio, que é o de sintonizar as
ondas AM que chegam até a antena, isto é, intensificar a potência de uma determinada
frequência de onda que é recebida na antena. Essa intensificação da potência se dá graças a
frequência de ressonância do indutor e capacitor.
A frequência de ressonância é uma determinada frequência de operação do circuito cujos
valores de impedância do capacitor e do indutor são iguais. Nesta condição, a potência útil é
máxima. A fórmula para encontrar a frequência de ressonância é dada por:
1
𝑓 =
2𝜋(√𝐿𝐶)
13

Onde 𝑓 é a frequência de ressonância, L é a indutância da bobina e C é a capacitância


do capacitor. Portanto, ao variar o capacitor, também se varia a frequência a qual o sinal será
mais forte, isto é, variamos qual sinal terá a máxima potência e, assim, qual irá se sobrepor aos
outros.
O retificador tem o papel de deixar passar apenas a parte positiva do sinal da onda de
rádio e só deixa passar sinais com amplitude que estejam acima de um certo valor de tensão.
Ele pode ser um diodo de germânio ou algum material com as mesmas propriedades de
retificação do diodo. No caso do rádio galena, o retificador utilizado é a própria galena, que
desempenha as funções descritas anteriormente. Na sequência do circuito, tem o fone de cristal
de alta impedância. Este fone, basicamente transforma o sinal elétrico em sinal audível, assim
como qualquer outro fone. Entretanto, outros tipos de fone não funcionam neste circuito, pois
o fone de cristal de alta impedância é feito de um sal chamado sal de 'La Rochelle',
diferentemente dos fones atuais.
Essa e outras características específicas fazem com que ele seja mais sensível e,
consequentemente, mais adequado para o rádio galena. Atualmente, os fones de ouvido
apresentam baixas faixas de impedância, por isso não possuem boa sensibilidade, visto que o
receptor não produz corrente suficiente para gerar sons com ele. Um transformador de áudio
com sua impedância mais elevada pode resolver este problema. Já os fones de alta impedância
têm diafragmas de ferro análogos aos alto falantes, e cada fone possuí um eletroímã. Com isso,
o fenômeno eletromagnético torna-se possível e as colunas de ar são alteradas formando as
ondas sonoras.
Eles possuem uma resistência interna na casa de mega omhs e o circuito sintonizado
aumenta a seletividade do receptor, por isso eles convertem energia do sinal elétrico para ondas
sonoras. Por fim, além dos componentes listados, é importante aterrar o circuito no terminal
oposto ao terminal que se encontra ligada a antena. Teoricamente, o aterramento pode ser uma
torneira metálica, o neutro da rede elétrica ou, o mais recomendado, um aterramento
propriamente projetado.
14

3. MATERIAIS E MÉTODOS

3.1. MATERIAIS

Vale ressaltar que os materiais aqui dispostos são os que seriam usados em um projeto de rádio
galena físico real, porém que foram utilizados, em escalas diferentes, na simulação pelo
software Proteus, portanto também foram essenciais para a experiência.

3.1.1. Diodo

São dispositivos semicondutores normalmente fabricados com Silício (Si) ou Germânio (Ge)
que conduzem corrente elétrica somente em um sentido, com uma resistência de valor elevado
no outro sentido (SILVA JR., 2009). Assim sendo um componente semicondutor é dopado com
outras substâncias misturadas, uma em cada ponta, formando assim 2 regiões, as regiões N e P,
sendo catodo e anodo respectivamente. Basicamente na região N sobram elétrons e na região P
faltam elétrons e, ao ser injetada corrente neste circuito pode-se obter uma região de depleção
ou uma barreira de potencial, dependendo da região onde se aplica a corrente.

Figura 5 - Representação de Ânodo e Cátodo

Fonte: https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Diode_pinout_pt.svg
15

3.1.2. Indutor

Segundo Gomes (2019, p.36) nada mais é do que um material condutor em formato de espiras
que é percorrido por uma corrente gerando um fluxo, resultando em um valor de indutância
representado pela unidade de medida Henry (H).

Figura 6 - Indutor de núcleo de ar

Fonte: https://www.hardwarecentral.net/single-post/2018/09/05/cap-19-os-componentes-o-
indutor

3.1.3. Capacitor

Mehl (2019, p.1) afirma que “Todo capacitor se compõe de duas partes condutoras (chamadas
armaduras) separadas por um material isolante (ou material dielétrico) ”. Podendo ser utilizado,
junto de um indutor, atuando assim, os dois, como um certo tipo de filtro, que será o caso aqui
neste projeto.

Figura 7 - Capacitores

Fonte: http://blog.perautomacao.com.br/o-que-e-um-capacitor-e-qual-sua-funcao/
16

3.1.4. Fone de Alta Impedância

São considerados fones de ouvido de alta impedância os modelos com mais de 50 Ohms. No
entanto, é bem mais comum encontrar, nesta categoria, produtos entre 150 e 600 Ohms.

Figura 8 - Fones de Alta impedância

Fonte: https://www.researchgate.net/figure/Figura-20-Fones-de-alta-
impedancia_fig3_337289492

3.1.5. Antena

O processo de emissão de ondas eletromagnéticas é realizado por estruturas denominadas


antenas. Emitem com alta eficiência e podem ser usadas tanto para emitir quanto para receber
sinais eletromagnéticos.

Figura 9 – Ilustração de protótipo de antena AM

Fonte: https://www.criarfazer.net/como-fazer-uma-antena-de-radio-am-caseira/
17

3.2. MÉTODOS

3.2.1. Protótipo Real

O protótipo real de uma rádio Galena pode utilizar basicamente os seguintes materiais: Uma
antena com fio de cobre AWG 28, uma bobina com fio de cobre esmaltado AWG 28, um tubo
de PVC marrom de 25mm de diâmetro, um fio de cobre AWG 28 para conexão na bobina, dois
capacitores, um diodo shottky e um fone de alta impedância, conforme figura a seguir:

Figura 10 - Rádio Galena caseiro

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=Ax5u_jCwCro

Devido a situação atual de Pandemia mundial por conta do contágio do Coronavírus, o


protótipo real deste Projeto Integrador foi substituído por um projeto simulado em um software,
o qual possibilitou algumas visualizações que chegaram próximas do projeto real, porém não
fidedignas, com por exemplo, o uso de uma antena. No lugar da antena foi utilizada uma
conexão direta com o gerador de sinal AM.

3.2.2. Proteus

É um programa, um software, utilizado para criação de projetos que envolvem componentes


eletrônicos, possibilitando a efetuação de circuitos, visualização de gráficos, bem como, da
utilização de osciloscópio para verificação de ondas de frequência, entre outros.
18

3.2.3. Circuito Projetado

A princípio foi tentado utilizar apenas uma reprodução de áudio no “input” do circuito para
averiguação do sinal conforme a alteração da frequência e da tensão aplicada, porém, foi
constatado que, assim sendo, os resultados careciam de embasamentos, portanto, em uma
segunda ocasião foi projetado um circuito gerador com amplificador de sinal, simulando um
gerador de sinal AM. Desta forma, foram projetadas 2 baterias, duas fontes alternadas de sinais,
cinco resistores, um diodo, um amplificador operacional, um indutor, um capacitor e um
osciloscópio. Também foi projetado um gráfico com ponto de referência na saída do circuito
para análise do sinal alternado, conforme figuras a seguir:

Figura 11 - Circuito Modulador Amplificador AM com valores genéricos

Fonte: Próprio autor


19

Figura 12 - Circuito Demodulador Amplificador AM com Osciloscópio e valores genéricos

Fonte: Próprio autor

Figura 13 - Circuito projetado com Modulador e Demodulador

Fonte: Próprio autor


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4. RESULTADOS

4.1. FUNCIONAMENTO

Foram simulados 2 sinais como fonte simétrica, 1 sinal de portadora e 1 sinal de informação
somados, retificados por um diodo e estes interligados a um amplificador operacional em modo
não-inversor. Após a saída do diodo obtemos um semi-ciclo positivo. Obtemos um ganho
operacional aplicado pelo amplificador e na ponta do circuito temos um circuito LC em
ressonância com a frequência da portadora para poder assim gerar o sinal AM na saída do
Modulador. Foram adotados os seguintes valores para projeto Frequência de informação:
12,69KH ; tensão de informação: 269V ; Indutância no L1 circuito LC: 250𝜇𝐻 ; Capacitância
no C1 circuito LC: 125𝑝𝐹 ; frequência da portadora: 900kHz ; tensão na portadora: 427V. O
sinal da saída resultou conforme figura a seguir:

Figura 14 - Sinal gerado pelo Modulador com Amplificador Operacional. Valores de projeto
aplicados

Fonte: Próprio autor

Após a geração de sinal pela Moduladora o circuito segue interligado até a


Demoduladora, que no caso está simulando uma rádio Galena, para captação do sinal.
21

4.2. SINAL DE SAÍDA DA DEMODULADORA

Os resultados obtidos no sinal de saída da demoduladora ou no fone de alta impedândia foram


em cima de valores para escalas compatíveis com a leitura do sistema de simulação Proteus e
seus componentes, sendo assim, ao alterarmos os valores do indutor, que está sendo nossa
bobina nesse caso, podemos verificar leves alterações no sinal, o que na prática seria a
sintonização do sinal de uma rádio AM, bem como quando alteramos o valor do capacitor que
está atuando como filtro na saída, conforme imagens a seguir:

Figura 15 - Sinal de saída da Demoduladora com 0,01𝑚𝐻 e 50𝜇𝐹

Fonte: Próprio autor


22

Figura 16 - Sinal de saída da Demoduladora com 0,01𝑚𝐻 e 100𝜇𝐹

Fonte: Próprio autor

Figura 17 - Sinal de saída da Demoduladora com 0,01𝑚𝐻 e 10𝜇𝐹

Fonte: Próprio autor


23

Figura 18 - Sinal de saída da Demoduladora com 1𝑀𝐻 e 10𝜇𝐹

Fonte: Próprio autor


24

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com base nos resultados obtidos através de simulação efetuada em software Proteus e,
dadas as devidas proporções, ficou constatado que o Projeto Integrador Rádio Galena é de
bastante utilidade e funciona na prática. Constatou-se também que o projeto é de muita
simplicidade e funcionalidade para o que se propõe que é a demodulação do sinal AM, podendo
captar qualquer rádio com este tipo de sinal nas proximidades do projeto instalado.
25

6. REFERÊNCIAS

1. https://www.researchgate.net/publication/337289492_Desenvolvimento_de_um_radio
_galena - acessado em 28/05 às 10h13min
2. http://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/22426/3/Sequ%c3%aanciaDid%c3%a1ti
caRadio.pdf - acessado em 18/05 às 21h28min
3. https://periodicos.ufop.br:8082/pp/index.php/rmat/article/view/2186/3044 - acessado
em 24/05 às 19h30min
4. https://app.uff.br/riuff/bitstream/1/6380/2/Disserta%C3%A7%C3%A3o%20Carolina
%20Pinheiro%20da%20Silveira.pdf - acessado em 20/05 às 14h23min
5. https://www1.univap.br/spilling/BIOF/BIOF_04_Ondas,%20som%20e%20bioacustic
a.pdf - acessado em 20/05 às 11h30min
6. Badinhan, Luiz Fernando da Costa; Carvalho, Álvaro Gomes de; Eletrônica
Telecomunicações, 5ª Edição; Governo de São Paulo - lido em 12/05 às 13h30min
7. https://gl.warbletoncouncil.org/amplitud-modulada-3309 - acessado em 01/05 às
22h30min
8. SILVA JR., P.A. Diodos. Publicação (Curso Técnico de Telecomunicações) – Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina. São José, 2009. - Lido
em 12/05 às 20h30min
9. GOMES, L.F.E. Projeto e Desenvolvimento de Indutores de Núcleo EI. Trabalho de
Conclusão de Curso, Curso de Engenharia Elétrica – Universidade Federal de Santa
Catarina. Florianópolis, 2019. - Lido em 23/05 às 16h30min
10. MEHL, E.L.M. - Internal publication of Federal University of Paraná, 2000 -
eletrica.ufpr.br - lido em 22/05 às 12h30min

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