Fichamento “Campinas: O Despontar da Modernidade”, do professor Ricardo
Badaró Disciplina: Urbanismo A Docentes: Mônica Moreno e Cláudia Ribeiro Clara Arantes de Moraes Barros RA21000411
O livro “Campinas: O Despontar da Modernidade” traz a tese do Profº Ricardo Badaró,
detalha a formação da cidade de Campinas, interior de São Paulo, desde o começo de sua urbanização. A primeira iniciativa para um plano de reforma foi pensada na década de 1930, mas se consolida somente a partir do século XX. Badaró discute sobre a crise econômica cafeeira, e consequentemente a necessidade da perspectiva de expansão e intensificação da urbanização na cidade, o que em 1934 levou à contratação do engenheiro e urbanista Prestes Maia, lançando bases e traçando o caminho de Campinas para a “era do automóvel”. Seu plano tinha caráter higienista e funcionalista, apoiava-se em conceitos como a valorização da estética urbana e do “urbanismo de autoria, e assim, os edifícios e parques públicos são tomados como monumentos civis. O plano visava também o melhoramento da qualidade de vida da população que ali vivia, visto que, a média de crescimento esperado por Prestes Maia era que o número de residentes quadruplicasse até o fim do plano. Suas iniciativas estavam vinculadas à expansão das ruas e avenidas, melhoramento das residências e lotes, construção da estrada de ferro, edifícios públicos e parques. A parte não material do plano visava orientar e criar condições para que a gestão municipal pudesse ampliar seu raio de ações. O plano gerou múltiplas consequências na economia nacional, como na economia cafeeira, do açúcar e agro industrial, mas é possível verificar com clareza, dois momentos de correspondência entre a atividade industrial da cidade e a implantação do plano: de 1934 a 1955, onde a atividade industrial foi restrita por falta de meios de produção, e de 1956 a 1962, onde ocorreu a expansão industrial devido aos investimentos estrangeiros, destinados à instalação dos bens de produção. É importante complementar que, os recursos de: habitação, recreação, trabalho e circulação, diretrizes da Carta de Atenas, estão uniformemente presentes no plano elaborado para a cidade de Campinas, assim como, a inclusão do planejamento contínuo, incluído por Prestes Maia.