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Psicologia
Aplicada à
Educação
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Weber Alves Junior
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Módulo IV
2008.2
——————————-––––———— Psicologia Aplicada à Educação–—––––––——————–––- 2
SUMÁRIO
Contextualização da disciplina.........................................................................p. 02
1. Teorias da aprendizagem ........................................................................p. 03
1.1. Teoria Cognitivista de Jean Piaget ........................................................p. 03
1.2. Teoria do Condicionamento Operante de Skinner .................................p. 07
1.3. Teoria Humanista de Carl Rogers ..........................................................p. 11
3. Bibliografia.................................................................................................p. 13
MÓDULO IV
CONTEXTUALIZAÇÃO DA DISCIPLINA
Módulo IV
1 – TEORIAS DA APRENDIZAGEM
Segundo Jean Piaget o conhecimento do indivíduo sobre o mundo está ligado à sua adaptação
à realidade. Apenas através do conhecimento, pode o homem se adaptar ao mundo. Tais
conhecimentos são o próprio desenvolvimento da pessoa humana, porque o papel do
desenvolvimento é produzir estruturas lógicas que permitam ao homem agir sobre o mundo.
Assim, a pessoa utiliza processos mentais que a princípio são simples e vão gradativamente se
tornando mais complexos. A criança vai lidar com objetos no esforço de dar sentido ao seu
entorno. Em função dessa idéia alguns teóricos chamam, também, a teoria de Piaget de
interacionista e construtivista.
Para Piaget, nossa capacidade de manipular e formar conceitos muda em função do nosso
amadurecimento. Assim, o pensamento de uma criança não é unicamente uma versão menos
desenvolvida do pensamento de um adulto, mas difere dele em uma série de aspectos. Em função
disto, temos que, uma das premissas básicas da teoria de Piaget, é a idéia de que a criança passa
por estágios de desenvolvimento cognitivo e cada um desses estágios é caracterizado por uma
estrutura cognitiva específica: ou seja, pela estratégia que a criança estabelece em suas tentativas
de organizar e encontrar sentido na experiência. Os estágios são os seguintes: Sensório-motor,
Pensamento pré-operacional, Operações concretas e Operações formais. Passemos, pois, a
apresentar as características de cada um:
(FONTANA, David. Psicologia para professores. São Paulo, Loyola, 1998. 67p.‐74p.)
Tipos de Reforçadores
- Reforçadores Primários – são aqueles estímulos que satisfazem necessidades primárias como a
fome, a sede etc. tais como alimentos e água. São universais, pois podem servir como reforçadores
desde que o sujeito esteja privado de água e alimento.
- Reforçamento Contínuo – reforça-se o comportamento toda vez que ele é emitido. Sempre que o
comportamento esperado está sendo apresentado nós o reforçamos. Se queremos, por exemplo,
que nosso aluno traga o dever regularmente, é importante que nas primeiras oportunidades em
que ele venha com o dever feito nós reforcemos este comportamento. Este tipo de reforçamento
apresenta como vantagem um rápido aumento do comportamento reforçado.
- Reforçamento Intermitente – é ocasional, não contínuo e não sujeito a tempo nem razão. É o
reforçamento mais comum no dia-a-dia. Uma mãe freqüentemente reforça alguns
comportamentos de seu filho, mas quase nunca controla tempo nem razão. Tais reforçamentos,
mesmo que aleatórios, condicionam muito bem os comportamentos reforçados (infelizmente
muitas vezes comportamentos indesejáveis). Porém se esta mãe utilizasse este esquema para
reforçar somente os comportamentos desejáveis, provavelmente, obteria bons resultados.
Punição
Um dos temas mais polêmicos em educação é o da punição. Skinner define a punição como:
- apresentação de um estímulo aversivo frente a um comportamento indesejável. Por exemplo,
bater na mão da criança quando mexe em algo que não deveria mexer.
- retirada de um reforço positivo frente a um comportamento indesejável. Por exemplo, tirar o
recreio do aluno se ele estiver fazendo bagunça em sala de aula.
(RIES, Bruno Edgar. Condicionamento operante ou instrumental: B.F. Skinner. IN: LA ROSA, Jorge
(org.) Psicologia e educação: o significado do aprender. Porto Alegre: Edipucrs, 2001. 57p.‐70p.)
Condições de Aprendizagem
- O estudante escolhe o seu próprio programa de estudos – Ele faz a opção da direção de sua
aprendizagem e a segue de acordo com seu próprio tempo. Assume, assim, a responsabilidade
por sua escolha.
- A avaliação é feita pelo próprio aprendiz – É a auto-avaliação, que no máximo pode ser
auxiliada por membros do grupo ou pelo facilitador.
Princípios de Aprendizagem
- Todos os indivíduos têm potencialidades para aprender. Todos têm curiosidade natural para
aprender. Se houver ambiente favorável, aprenderão. Segundo Rogers, todos querem estudar,
desejam crescer, querem descobrir e anseiam em criar. O professor deve favorecer tais tendências
naturais.
- A aprendizagem é sempre uma mudança na percepção do sujeito – por isso tende a provocar
resistências. Tudo o que é novo pode ser vivenciado como ameaçador e, por isso, ocasiona
resistência.
- A avaliação não será feita pelo professor. Um clima em que impera a criatividade, a
autoconfiança e a autocrítica leva a uma possibilidade de auto-avaliação. Esta será justa, porque o
clima de liberdade o permite.
- O professor não ensina, mas facilita a aprendizagem do aluno. Este é um princípio central.
(FERREIRA, Berta Weil. A aprendizagem na perspectiva humanista. IN: LA ROSA, Jorge (org.)
Psicologia e educação: o significado do aprender. Porto Alegre: Edipucrs, 2001. 63p.‐69p.)
BIBLIOGRAFIA:
‐ FONTANA, David. Psicologia para professores. São Paulo, Loyola, 1998.
‐ LA ROSA, Jorge (org.) Psicologia e educação: o significado do aprender. Porto Alegre: Edipucrs, 2001.
‐ MOREIRA, Marco Antonio. Teorias da aprendizagem. São Paulo: E.P.U., 1999.
- TOVAR, Sônia Maria e ROSA, Marilaine Bauer Santa. Psicologia da aprendizagem. Rio de Janeiro:
Água-Forte, 1990.