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Professor Mestre: Marcelo José Grimone

Aula 01
Introdução ao Direito Tributário
1. Tributo: conceito e espécies
Artigo 3 do CTN. “Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou
cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ilícito, instituída em
lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.”
a) Toda prestação pecuniária. Cuida-se de prestação tendente a assegurar ao
Estado os meios financeiros de que necessita para a consecução de seus
objetivos, por isto que é de natureza pecuniária.
b) Compulsória. O dever de pagar tributo nasce independentemente da
vontade. Na prestação tributária a obrigatoriedade nasce diretamente da lei,
sem que se imponha da lei, sem que se interponha qualquer ato de vontade
daquele que assume a obrigação.
c) Em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir. A prestação tributária é
pecuniária, isto é, seu conteúdo é expresso em moeda. O Direito brasileiro
não admite a instituição de tributo em natureza, vale dizer, expresso em
unidade de bens diversos do dinheiro, ou em unidade de serviços. Em
outras palavras, nosso Direito desconhece os tributos in natura e in labore.
Tributo in natura seria aquele estabelecido sem qualquer referência a moeda. Por
exemplo, um imposto sobre a importação de computadores cuja lei instituidora
determinasse que por centena de computadores importados o importador
entregaria, a título de tributo, dez computadores.
Tributo in labore seria aquele instituído também sem qualquer referência a moeda.
Por exemplo, um imposto sobre a atividade profissional cuja lei instituidora
determinasse que todo profissional liberal fosse obrigado a dar um dia de serviço
por mês à entidade tributante.

d) Que não constitua sanção de ato ilícito. O tributo se distingue da penalidade


exatamente porque esta tem como hipótese de incidência um ato ilícito,
enquanto a hipótese de incidência do tributo é sempre algo lícito.
e) Instituída em lei. Só a lei pode instituir o tributo. Isto decorre do princípio da
legalidade, prevalente no Estado de Direito. Nenhum tributo será exigido sem
que a lei o estabeleça, conforme assegura o artigo 150, inciso I, da
Constituição Federal.
A lei instituidora do tributo é, em princípio, a lei ordinária. Só nos casos
expressamente previstos pela Constituição é que se há de exigir lei
complementar para esse fim.
f) Cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. Em geral os
administrativistas preferem dizer poder vinculado, em lugar de atividade
vinculada.
Atividade vinculada é aquela em cujo desempenho a autoridade administrativa
não goza de liberdade para apreciar a conveniência nem a oportunidade de
agir.
1)Impostos. Temos definição em lei.
“Imposto é o tributo cuja obrigação tributária tem por fato gerador uma situação
independentemente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao
contribuinte”. ( CTN, artigo 16). Diz-se, por isto, que o imposto é uma exação
não vinculada, isto é, independentemente de atividade estatal específica.
Artigo 145, I da CF
2)Taxa. De acordo com o estabelecido no artigo 77 do CTN, taxa é o tributo
que tem como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a
utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível,
prestado ao contribuinte. Distingue-se, por isto, nitidamente, do imposto.
3)Contribuição de Melhoria. È o tributo cuja obrigação tem como fato gerador
a valorização de imóveis decorrente de obra pública. Distingue-se do imposto
porque depende de atividade estatal específica, e da taxa porque a atividade
estatal de que depende é diversa. Enquanto a taxa está ligada ao exercício
regular do poder de polícia, ou a serviço público, a contribuição de melhoria
está ligada à realização de obra pública.
4)Contribuição SOCIAIS. São aquelas que a União Federal pode instituir
com fundamento nos artigos 149 e 195 da Constituição. Dividem-se em: as
do artigo 149, que são as contribuições de intervenção no domínio econômico,
e as contribuições de interesses de categorias profissionais ou econômicas, e
as do artigo 195, que são as contribuições de seguridade social. Devemos
ainda ressaltar as contribuição de iluminação pública ( 149 A).
5) empréstimos compulsórios: extraordinários de calamidade ou guerra

Bibliografia da aula
Machado, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário. São Paulo:
Malheiros, 30 edição, revista e ampliada.
Paulsen, Leandro. Direito Tributário. Porto Alegre: Livraria do Advogado.

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