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SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS

PLANO DE ESTUDO TUTORADO


COMPONENTE CURRICULAR: HISTÓRIA
ANO DE ESCOLARIDADE: 1º ANO – EM
PET VOLUME: 04/2021
NOME DA ESCOLA:
ESTUDANTE:
TURMA: TURNO:
BIMESTRE: 4º TOTAL DE SEMANAS:
NÚMERO DE AULAS POR SEMANA: NÚMERO DE AULAS POR MÊS:

SEMANA 1

EIXO TEMÁTICO:
Mundo Moderno, colonizações e relações étnico-culturais.

TEMA/TÓPICO(S):
Das crises do Sistema Colonial ao Período Joanino.

HABILIDADE(S):
Compreender e analisar a crise do sistema colonial em seus processos internos e em suas conexões como o
ideário liberal.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Crise do Sistema Colonial, Mercantilismo, Liberalismo.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Filosofia.

TEMA: As crises do Sistema Colonial


Caro(a) estudante, nesta semana você vai entender os motivos que levaram à crise do Sistema Colonial,
principalmente na América Portuguesa (o Brasil ), ao longo do século XVIII.

APRESENTAÇÃO
A partir de meados do século XVIII, o sistema colonial implantado por ingleses, franceses, portugueses
e espanhóis nas Américas começou a entrar em crise por uma série de fatores internos e externos:
Portugal e Espanha impunham o monopólio comercial a suas colônias americanas - elas só podiam com-
prar de suas metrópoles, o que contrariava os interesses comerciais dos industriais ingleses, que dese-
javam vender seus produtos diretamente para os mercados consumidores.
O século XVIII, na Europa, é chamado de “ Século da Luzes”, em virtude do Iluminismo, movimento inte-
lectual e filosófico que teve a França seu principal centro e que contestava a sociedade da época, que
chamamos de Sociedade do Antigo Regime, que entrou em crise.

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Características do Antigo Regime:
• Monarquia Absolutista: os reis tinham poder absoluto; total.
• Mercantilismo: conjunto de ideias e práticas econômicas adotadas durante a Idade Moderna pe-
los países da Europa que constituíram vastos impérios coloniais. Seu auge foi no século XVII e
caracterizou-se por:
° Colonialismo: formação de vastos impérios coloniais em outros continentes. As terras con-
quistadas (colônias) deveriam ser áreas fornecedoras de matérias-primas (madeiras, metais,
diamantes, esmeraldas, produtos agrícolas como açúcar e algodão, por exemplo) para suas
metrópoles (países colonizadores) e deveriam comprar delas produtos industrializados.
° Metalismo: quanto mais ouro e prata um país europeu conseguisse acumular, mais seria
poderoso.
° Balança Comercial Favorável: exportar mais produtos nacionais do que importar de outros
países.
° Protecionismo: controle de preços, para afastar a concorrência estrangeira; incentivo à pro-
dução e ao comércio nacionais.
• Sociedade Estamental: sociedade dividida em estamentos ou ordens. Cada pessoa pertencia a
um estamento e deveria passar toda a vida nele; ou seja, não havia mobilidade social. A estrutura
da França, por exemplo, era dividida em três estados : clero (os sacerdotes da Igreja Católica Ro-
mana), nobreza (os proprietários das terras; entre eles, o rei e seus familiares) e terceiro estado
(a burguesia - banqueiros, industriais e comerciantes; profissionais liberais, e a grande maioria
da população, os camponeses).
O filósofo inglês John Locke (1632-1794), criticava o Absolutismo e defendia a liberdade individual, a
tolerância religiosa e a propriedade privada. Leia um trecho de um texto de sua autoria:
“É evidente que a monarquia absoluta, que alguns consideram o único governo do mundo, é, de fato,
incompatível com a sociedade civil, não podendo, por isso, ser uma forma de governo (...). Sendo os ho-
mens, por natureza, todos livres, iguais e independentes, ninguém pode ser expulso de sua propriedade
e submetido ao poder político de outrem sem dar consentimento. “
LOCKE, John. Segundo Tratado sobre o Governo. São Paulo: Abril Cultural, 1978. p. 71.

OBS: Eram práticas comuns das monarquias absolutistas o confisco dos bens dos cidadãos que deviam
impostos e mandar queimar as residências daqueles que faziam movimentos de contestação da ordem
estabelecida. Como veremos nas semanas seguintes, os colonos da América Portuguesa foram muito
oprimidos dessa forma.
O filósofo escocês ADAM SMITH (1723-1790), considerado como o pai do Liberalismo Econômico, de-
fendia ideias radicalmente opostas ao Mercantilismo, como, por exemplo, que o Estado (poder político
estabelecido) não deveria interferir na economia. Quem produz deveria ter liberdade para definir o que
produzir e a que preço vender. Do mesmo modo, os comerciantes deveriam ter liberdade para nego-
ciar o que quisessem e para definir os preços de suas mercadorias. Assim a economia, deveria ser
regulada pela lei da oferta e da procura: o mercado; ou seja, as necessidades dos consumidores é que
deveriam ser determinantes para que os industriais definissem o que produzir e os comerciantes o que
comercializar.
O Liberalismo Político é a defesa da ideia de que o Estado (os governos estabelecidos) deve ter seus
poderes e funções definidos e limitados por leis - normas gerais e a lei suprema de um país, a Consti-
tuição. Além disso, o Estado deve respeitar os direitos fundamentais e irrevogáveis do homem, como a
vida, a liberdade e a propriedade. Essas ideias foram defendidas pelo filósofo inglês John Locke (1632-
1704) e pelos iluministas franceses como Montesquieu, Rousseau e Voltaire.
A elite de homens cultos e ricos das treze colônias inglesas da América, que deram origem aos Estados
Unidos, conhecia as ideias iluministas e sentia-se massacrada pelo Absolutismo e por suas práticas
mercantilistas, assim como a elite da América Espanhola e da América Portuguesa. Somou-se a isso a
opressão dos impostos que as metrópoles cobravam de seus súditos que viviam nas colônias e o rígido

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controle sobre o comércio e a mineração. Foi assim que, ao longo do século XVIII, aconteceram vários
movimentos de contestação da ordem colonial, e, já final desse século, movimentos emancipatórios
(que visavam a Independência).
A Revolução Francesa (1789-1799) acabou com o Antigo Regime, mudando completamente a estrutura
das nações europeias e refletindo nas colônias da América.

PARA SABER MAIS:


Se possível assista aos vídeos sobre:
- O Palácio de Versalhes (França), símbolo do Antigo Regime:
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=0Y0nFGU7D4U>. Acesso em 11 ago. 2021.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=vLlrDHygDjU>. Acesso em 11 ago. 2021.
- O Palácio de Queluz, Portugal:
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=Ft6786FGGbo>. Acesso em 11 ago. 2021.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=QxAGZQ-TP84>. Acesso em 11 ago. 2021.
- O Antigo Regime e Iluminismo:
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=ufp_EObTHbI>. Acesso em 11 ago. 2021.
Livros paradidáticos:
MOTA, Carlos Guilherme. Revolução Francesa. São Paulo: Ática, 2014.
OLIVIERI, Antônio Carlos. A Independência dos Estados Unidos. São Paulo: Ática, 1992.

ATIVIDADES
Com base na leitura do texto do item APRESENTAÇÃO, explique:

1 - No século XVIII, a crise do sistema colonial, é parte da crise do Antigo Regime. Quais são as três
características do Antigo Regime ?

2 - Como o Absolutismo e o Mercantilismo oprimiam os colonos da América ?

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No final do século XVIII, Vila Rica, que hoje em dia é Ouro Preto (MG), Rio de Janeiro, Salvador (BA) e Re-
cife (PE) eram centros intelectuais onde as pessoas tomavam conhecimento das ideias iluministas que
circulavam na Europa. Embora as autoridades proibissem a entrada e o comércio dos livros dos filóso-
fos iluministas, eles chegavam no Brasil no fundo dos baús onde rapazes brasileiros da elite que tinham
estudado em Universidades de Portugal e da França guardavam suas roupas. Esses livros eram lidos e
discutidos por um número reduzido de homens que deixaram-se influenciar pelas ideias de liberdade,
igualdade, direito dos povos de instituírem seus governos, entre muitas outras, que levaram-nos a uma
crítica ao colonialismo e à autoridade absoluta dos reis.

3 - As autoridades portuguesas proibiam a circulação dos livros dos filósofos iluministas, no Brasil do
século XVIII. Por que eles eram considerados como uma ameaça à manutenção da ordem colonial ?

As treze colônias inglesas situadas no leste da América do Norte foram a primeira região das Américas
a tornar-se independente. Sua Declaração de Independência foi assinada no Segundo Congresso Con-
tinental da Filadélfia, Pensilvânia, em 4 de Julho de 1776. Repare que as ideias dos filósofos iluministas
foram inspiração para o texto dessa Declaração. Leia alguns itens dessa desse documento:
• Todos os homens nascem livres e iguais e são dotados pelo Criador de certos direitos inaliená-
veis; entre eles, a vida, a liberdade e busca da felicidade
• os governos são estabelecidos pelos homens para garantir esses direitos e seu justo poder ema-
na do consentimento dos governados
• se um governo não reconhece esses objetivos, o povo tem o direito de modificá-lo ou aboli-lo e
de estabelecer um novo governo fundamentando-o nos princípios e sobre a forma que lhe pareça
a mais própria para lhe garantir a segurança e a felicidade
• Quando uma longa série de abusos e de usurpação marca a intenção de submeter os homens a
um despotismo absurdo, é de seu direito e dever rejeitar tal governo.
DECLARAÇÃO DE INDEPENDÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS, 4 de Julho de 1776. In: FREITAS, Gustavo de. 900 textos e documentos
de História. Lisboa: Plátano, 1976. p. 60-61.

4 - O último item citado acima fala de “uma longa série de abusos e de usurpação”. Dê exemplos de
abusos praticados pelas metrópoles europeias sobre seus colonos das Américas.

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SEMANA 2

EIXO TEMÁTICO:
Mundo Moderno, colonizações e relações étnico-culturais.

TEMA/TÓPICO(S):
Elites Coloniais e Inconfidência Mineira.

HABILIDADE(S):
Compreender e analisar a crise do sistema colonial em seus processos internos e em suas conexões como o
ideário liberal.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Inconfidência Mineira.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Filosofia (Iluminismo e Liberalismo).

TEMA: Inconfidência Mineira ou Conjuração Mineira (1789).


Caro (a) estudante, nesta semana você vai saber quem foram os principais participantes de um movi-
mento separatista e republicano acontecido no Brasil Colônia, a Inconfidência Mineira ( o mesmo que
Conjuração Mineira ), e vai identificar a posição social que cada um ocupava na sociedade mineradora
da antiga Vila Rica, hoje Ouro Preto.

APRESENTAÇÃO:
A Inconfidência Mineira ou Conjuração Mineira foi uma conspiração contra a Coroa Portuguesa planeja-
da por homens da elite da então Vila Rica, hoje Ouro Preto, Minas Gerais, no ano de 1789, o mesmo ano
em que começou a Revolução Francesa (1789-1799), inspirada pelos mesmos ideais iluministas do fim
do Absolutismo Monárquico pelos quais lutavam os revolucionários franceses. Visava a Independência,
mas foi um movimento separatista - pretendiam separar a Capitania das Minas Gerais do Brasil. Defini-
ram que a República seria a forma de governo a ser adotada posteriormente. Não havia consenso quanto
ao fim da escravidão, visto que era composto por muitos homens que exploravam jazidas de ouro -
e a atividade de extrair ouro de minas ou de encontrar ouro de aluvião, o que fica no leito dos rios, era
feita por escravizados de origem africana.
A conjuração foi delatada; seus participantes presos e julgados. A sentença, lida em 18 de Abril de 1792,
condenou-os à morte, pena posteriormente comutada para degredo nas colônias portuguesas de An-
gola e Moçambique, na África. Apenas um deles, o Tiradentes, teve a pena de morte mantida e executa-
da na forca, no Rio de Janeiro, então Capital da Colônia.

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PARA SABER MAIS:
Livros paradidáticos:
ANASTASIA, Carla. Inconfidência Mineira. Coleção Guerras e Revoluções Brasileiras. São Paulo: Ática, 1998.
AZEVEDO, Milton M. Abre as Asas sobre Nós- A Inconfidência Mineira. São Paulo: Moderna, 2015.
MOTA, Carlos Guilherme. Tiradentes e a Inconfidência Mineira. São Paulo: Ática, 2003.
VETILO, Walter. Tiradentes. Coleção Saga de Heróis. São Paulo: Escala Educacional, 2007.
Vídeos:
Inconfidência Mineira e Tiradentes. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=rl31pd8ys6k>.
Acesso em: 26 ago 2021.
Inconfidência Mineira- História em minutos. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=90a-
KYr14EU4>. Acesso em: 26 ago 2021.
Inconfidência Mineira e Tiradentes - Brasil Escola: Disponível em: <https://www.youtube.com/wat-
ch?v=X26I2lYkuuI>. Acesso em: 26 ago 2021.
Histórias do Brasil - Tiradentes e a Inconfidência Mineira: Disponível em: <https://www.youtube.com/
watch?v=sZjHTDtopfU>. Acesso em: 26 ago 2021.
Inconfidência Mineira e Tiradentes - em Ouro Preto, MG: Disponível em: <https://www.youtube.com/
watch?v=6UDsBW-we34>. Acesso em: 26 ago 2021.

ATIVIDADES
Leia o texto abaixo e responda às questões seguintes:

INCONFIDÊNCIA MINEIRA OU CONJURAÇÃO MINEIRA (1789).


OS PARTICIPANTES
Eram homens da elite da sociedade mineradora da Vila Rica (Ouro Preto), uma sociedade urbana cuja
economia girava em torno da extração do ouro, atividade feita por escravizados africanos.
Os inconfidentes eram homens nascidos em Portugal ou eram descendentes próximos de portugueses
nascidos no Brasil. Exploravam lavras de ouro, ao mesmo tempo em que eram altos funcionários da Co-
roa Portuguesa, ou advogados ou militares, conforme o caso; e ainda havia três padres: José da Silva e
Oliveira Rolim, Carlos Correia de Toledo e Melo e Manuel Rodrigues da Costa.
Muitos deles estudaram na Universidade de Coimbra, em Portugal, onde deixaram-se influenciar pe-
las ideias dos filósofos iluministas e dos economistas liberais, além da notícia de que as antigas Treze
Colônias Inglesas da América tinham declarado sua Independência em 1776, dando origem aos Estados
Unidos da América, uma República democrática cuja Constituição foi aprovada em Setembro de 1787.
Esse grupo, composto por homens ricos, influentes e cultos, tinha entre eles um alferes (antiga paten-
te militar equivalente ao posto atual de segundo-tenente) da cavalaria, Joaquim José da Silva Xavier,
apelidado de Tiradentes por também ser dentista prático. Nascido na antiga Fazenda do Pombal, entre
os atuais municípios de Tiradentes e São João del Rei, de propriedade de seu pai, um minerador por-
tuguês. Ficou órfão ainda criança, tendo sido criado por seu padrinho, com quem aprendeu a arrancar
dentes. Foi minerador, tropeiro e comerciante antes de, em Dezembro de 1775, ingressar na tropa co-
lonial responsável pela fiscalização do transporte do ouro da região de Vila Rica e arredores até o porto
do Rio de Janeiro e pela fiscalização da cobrança de impostos, a 6ª Companhia de Dragões da Capitania
das Minas Gerais, situada no distrito de Cachoeira do Campo. Lá, seu comandante foi um Coronel, o por-
tuguês fazendeiro, minerador e contratador de impostos Joaquim Silvério dos Reis, o principal delator
da conjuração.

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Joaquim José da Silva Xavier: alferes (segundo-tenente) da cavalaria, conhecido como Tiradentes, por
também ser dentista prático. Nascido na antiga Fazenda do Pombal, entre os atuais municípios de São
João del Rey e Tiradentes, de propriedade de seu pai, um minerador potuguês. Órfão de pai e mãe ainda
criança, foi criado por seu padrinho, com quem aprendeu a arrancar dentes. Antes de ser militar, foi
tropeiro entre Vila Rica e o Rio de Janeiro. Depois de envolver-se com os demais conjurados, espalhou
as ideias de libertação de Portugal nos caminhos da Estrada Real que há muito já conhecia, além de na
própria cidade do Rio de Janeiro, então Capital da Colônia. Por isso foi considerado extremamente pe-
rigoso para a manutenção da ordem colonial. Condenado à morte nos Autos da Devassa, os documentos
que registram o julgamento dos inconfidentes, foi enforcado no centro do Rio de Janeiro, no dia 21 de
Abril de 1792. Seu corpo foi esquartejado e os pedaços expostos na Estrada Real, entre o Rio de Janeiro
e Vila Rica.
Eram também militares, entre os inconfidentes: o Tenente-coronel Francisco de Paula Freire de
Andrade, o Tenente-Coronel e comerciante Domingos de Abreu Vieira, José Resende da Costa e
Luiz Vaz de Toledo Piza.
Os inconfidentes cujos nomes são mais conhecidos, além de Tiradentes, são:
Cláudio Manoel da Costa (Vila do Ribeirão do Carmo, hoje Mariana, MG, 1729 - Vila Rica, hoje Ouro Preto,
1789): advogado, minerador e poeta. Formou-se em Direito na Universidade de Coimbra, Portugal. Em
Vila Rica, foi por duas vezes secretário de governo, advogado, procurador da Coroa e desembargador.
Foi interrogado apenas uma vez por sua participação na Inconfidência. Preso na Casa dos Contos, a
versão oficial é de que enforcou-se em sua cela, versão questionada por historiadores que levantam a
hipótese de que teria sido morto.
Inácio José de Alvarenga Peixoto (Rio de Janeiro, 1742 - Ambaca, Angola, 1792): advogado e poeta. A ele
é atribuída a ideia de usar na bandeira do movimento a inscrição em Latim Libertas quae sera tamen,
Liberdade ainda que tardia, retirada do poeta romano Virgílio. Formou-se em Direito na Universidade
de Coimbra. Foi ouvidor ( juiz de Direito ) da Comarca de Rio das Mortes e minerador em Campanha e
São Gonçalo do Sapucaí. Casou-se com Bárbara Heliodora, com quem teve quatro filhos e que sabia dos
planos dos conjurados.
Tomás Antônio Gonzaga (Porto, Portugal, 1744 - Moçambique, 1812): advogado e poeta. Estudou Direito
na Universidade de Coimbra. Em 1782 foi nomeado ouvidor (juiz de Direito) da Comarca de Vila Rica.
Principal nome do movimento literário conhecido com Arcadismo, é o autor dos versos de Marília de
Dirceu e das Cartas Chilenas, escritas sob o pseudônimo de Critilo, obra em que satiriza o então gover-
nador da Capitania de Minas Gerais Luís da Cunha Meneses.
José Álvares Maciel (Vila Rica, 1760 - Massangano, Angola, 1804): mineralogista. Era filho do capitão-mor
de Vila Rica, de mesmo nome. Aos 21 anos seguiu para Portugal, para estudar Filosofia Natural na Univer-
sidade de Coimbra, onde conheceu as ideias dos iluministas e entusiasmou-se com a Independência das
Treze Colônias Inglesas da América (1776). Em Portugal, conheceu o Visconde de Barbacena, nomeado em
1788 governador da Capitania de Minas Gerais. Nesse mesmo ano, voltou para o Brasil. Tendo encontrado
o Visconde de Barbacena no Rio de Janeiro, foi convidado por ele a residir no Palácio dos Governadores,
em Vila Rica. Convite aceito, foi encarregado de encontrar novas jazidas de ouro em Sabará, Caeté e nos
arredores de Vila Rica, atividades às quais se dedicou até 1789, quando foi detido, acusado de conspirar
contra a Coroa de Portugal. Foi o conjurado que colocava os outros a par das atividades do governador.

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1 - Por que a Inconfidência Mineira é considerada como um movimento separatista e planejado por
homens da elite?

2 - Situe a Inconfidência Mineira em seu contexto histórico:


Século em que aconteceu: ____________
Ano: __________
Local: _______________________
Embasamento teórico (ideias que influenciaram): ___________________, ____________________________
A Independência como algo possível foi inspirada na: Independência _____ _________ ____
_____________(1776).
É contemporânea da Revolução ____________ (1789-1799).

3 - Coloque V ou F nas alternativas abaixo:


(  ) Tiradentes era alferes da cavalaria e dentista prático, além de ter sido tropeiro.
(  ) Joaquim Silvério dos Reis, Comandante de Tiradentes, foi o principal delator da Inconfidência Mineira.
(  ) Não houve participação de padres na Conjuração Mineira.
(  ) Os inconfidentes que tinham Curso Superior estudaram em Portugal, na Universidade de Coimbra.
(  ) Havia unanimidade entre os inconfidentes quanto à forma de governo a ser adotada após a
Independência.
(  ) Tomás Antônio Gonzaga é também conhecido por ser o autor da obra poética Marília de Dirceu e das
Cartas Chilenas.

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SEMANA 3

EIXO TEMÁTICO:
Mundo Moderno, colonizações e relações étnico-culturais.

TEMA/TÓPICO(S):
Elites coloniais e Inconfidência Mineira.

HABILIDADE(S):
Compreender e analisar a crise do sistema colonial em seus processos internos e em suas conexões com o
ideário liberal.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Inconfidência Mineira.

TEMA: Inconfidência Mineira ou Conjuração Mineira (1789).


Caro (a) estudante, nesta semana você vai saber os objetivos de um movimento separatista e republica-
no acontecido no Brasil Colônia, a Inconfidência Mineira (o mesmo que Conjuração Mineira) e reconhe-
cer como os ideais iluministas da época foram o embasamento teórico dos inconfidentes.

APRESENTAÇÃO
Esteja atento(a) aos conceitos fundamentais para entender o assunto dessa semana:
Inconfidência: falta de fidelidade ou lealdade para com alguém, sobretudo para com o Estado (poder
público ) e seus representantes.
Conjuração: Associação de pessoas que conspiram secretamente contra um governo.
Quinto: imposto criado pela Coroa Portuguesa sobre o ouro encontrado em suas colônias. Correspon-
dia a 1/5 ; ou seja, a 20% do metal. Era cobrado nas Casas de Fundição, locais onde o ouro era fundido
e transformado em barras. Nesse momento, os mineradores recebiam registro de que tinham pagado o
quinto, os “certificados de recolhimento”. As barras de ouro “quintadas” eram marcadas com o selo real
e com dados de controle.
Derrama: sistema de cobrança forçada do piso obrigatório de 100 arrobas anuais na arrecadação do
quinto. Foi implantado pela Coroa Portuguesa nas Minas Gerais a partir de 1751, devido à queda da mine-
ração: como o ouro estava diminuindo, o valor da arrecadação de impostos também. Consistia em con-
fiscar bens dos devedores: joias, pratarias domésticas, móveis, e até mesmo a casa onde o minerador
morasse, conforme o valor da dívida.
Uma arroba: Em Portugal e suas colônias, correspondia a 14,7 kg.
Cem arrobas: 1.470 kg . Como uma tonelada são mil quilos, o piso de 100 arrobas anuais de ouro equi-
valia a uma tonelada e 470 kg.
Autos: documentos que compõem um processo judicial.
Devassa: tudo que constitui a investigação para apurar um crime, como, por exemplo, a pesquisa de
provas e a inquirição dos acusados e das testemunhas.
Autos da Devassa: o processo que levou os inconfidentes a julgamento.

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SABER MAIS:
Se possível, navegue no site do Museu da Inconfidência: Disponível em: <https://museudaincofiden-
cia.museus.gov.br>. Acesso em: 26 ago 2021.
Casa dos Contos: Disponível em: <http://museus.cultura.gov.br>. Acesso em: 26 ago 2021.
Livros paradidáticos:
DINIZ, André. História do Brasil em quadrinhos - A Inconfidência Mineira. São Paulo: Escala Educacio-
nal, 2018.
GALDINO, Luiz & LACONTE, Wanderley. Conjuração Mineira. São Paulo: Saraiva, 2004.
OLIVIERI, Antônio Carlos. A Independência dos Estados Unidos. São Paulo: Ática, 1992.

ATIVIDADES
Leia o texto a seguir, que explica o que foi a Inconfidência Mineira (1789). Em seguida, responda às
questões.
INCONFIDÊNCIA MINEIRA (CONJURAÇÃO MINEIRA).
Antecedentes:
Ao longo do século XVIII, a produção de ouro de Minas Gerais caiu gradativamente, mas a cobrança de
impostos feita pela Coroa de Portugal, não. Os mineradores não davam conta de pagar. Por isso, em
1751, foi instituída a cobrança de um piso anual de 100 arrobas sobre o pagamento do quinto, o principal
imposto. Como 100 arrobas seriam 1.470kg e o ouro vinha escasseando a cada ano, os homens detento-
res de lavras de ouro foram ficando cada vez mais insatisfeitos. Para piorar o quadro, o Alvará de 1785,
também chamado de Alvará de D. Maria I, proibiu o funcionamento de manufaturas têxteis na colônia,
com exceção das que produziam tecidos grossos de algodão usados para a fabricação de roupas para
os escravizados. A imposição dessa medida obrigou a compra de tecidos importados - geralmente in-
gleses - de ótima qualidade, mas bem mais caros, o que aumentou a crise.
A situação atingiu o auge quando, em 1788, chegou no Brasil um novo governador para a Capitania das
Minas Gerais, Luís Antônio Furtado de Castro do Rio de Mendonça e Faro, o Visconde de Barbacena,
encarregado de realizar uma Derrama, a cobrança violenta dos impostos sobre a mineração atrasados.
Essa notícia alarmou os habitantes da Capitania, criando condições para uma conspiração: a Inconfi-
dência Mineira ou Conjuração Mineira.
Em sua maioria, os conjurados eram homens da elite de Vila Rica, a então Capital de Minas Gerais (hoje
Ouro Preto): mineradores, fazendeiros, altos funcionários da Coroa, advogados, padres e oficiais da
cavalaria - do regimento encarregado da fiscalização da cobrança do quinto nas Casas de Fundição e da
segurança das barras de ouro que eram transportadas até o porto do Rio de Janeiro, de onde seguiam
para Portugal - a 6ª Companhia de Dragões, onde Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, exercia
o posto de alferes (equivalia a segundo-tenente), tendo como comandante o Coronel Joaquim Silvério
dos Reis, que viria a ser o principal delator da conspiração.
Muitos dos conjurados tinham formação na Universidade de Coimbra, Portugal, o que, por si só, mos-
tra o quanto eram homens nascidos na elite - na época, só os muitos ricos tinham Curso Superior.
Na Universidade de Coimbra, conheceram ideias dos filósofos iluministas franceses, como o fim do
Absolutismo Monárquico, igualdade entre os homens, liberdade religiosa e de expressão, limitação do
poder dos governantes através de uma Constituição, direito da população de destituir o governante que
fosse opressor. Além disso, ficaram informados do fato de que as treze colônias inglesas da América do
Norte proclamaram sua Independência em 1776, formando uma República, os Estados Unidos da Amé-
rica. Esses fatos encheram de esperança os jovens de Minas Gerais que estudavam em Coimbra, como

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José Álvares Maciel, Tomás Antônio Gonzaga e Inácio José de Alvarenga Peixoto, de que pudessem se
livrar da opressão imposta pela Coroa Portuguesa, depois que voltassem para Vila Rica.
Os inconfidentes reuniam-se à noite, sempre na casa de um deles, para discutir as ideias dos filósofos
iluministas e para planejar como enfrentariam as tropas portuguesas, proclamariam a Independência e
o que fariam depois.
Entre os planos militares, estava a resistência à Derrama, o que daria início a um movimento maior, para
o rompimento com Portugal. Porém, os inconfidentes não tinham tropas e a organização de homens em
armas era muito pequena.
Depois que o movimento se tornasse vitorioso, os homens que o planejaram pretendiam:
• Proclamar a República.
• Aprovar uma Constituição, que seria escrita por Cláudio Manoel da Costa, Inácio José de Alva-
renga Peixoto e Tomás Antônio Gonzaga.
• Apresentar à população a bandeira da nova República: um triângulo com a inscrição em Latim
Libertas quae sera tamen - Liberdade ainda que tardia - que inspirou a atual bandeira do Estado
de Minas Gerais.
• Transferir a Capital de Vila Rica para São João del Rey.
• Fundar uma Universidade em Vila Rica.
• Separar a Igreja do Estado.
• Implantar indústrias em Minas Gerais.
• Criar um serviço militar obrigatório.
• Incentivar a natalidade para aumentar o povoamento, pagando pensões para mães com muitos
filhos.
• Tomar as instalações da Casa da Moeda, que ficava em Vila Rica.
Discutiram muito o fim da escravidão, mas essa questão ficou indefinida, visto que o trabalho nas minas
era feito por escravizados.
Planejada para Fevereiro de 1789, a Derrama não aconteceu. No início de Março, o Visconde de Barba-
cena anunciou às Câmaras Municipais que a Derrama tinha sido suspensa. Em meados desse mesmo
mês, o Coronel Joaquim Silvério dos Reis, que tinha muitas dívidas com a Coroa resultantes do repasse
atrasado de seus contratos de coleta de impostos sobre a mineração, denunciou ao próprio Visconde
de Barbacena uma conspiração contra a Coroa Portuguesa em curso em Vila Rica, em troca do perdão
de suas dívidas. Em 19 de Abril partiu para o Rio de Janeiro, onde estava o Tiradentes, para fazer essa
mesma denúncia ao Vice-rei.
Os conspiradores foram presos e levados para o Rio de Janeiro, Capital da Colônia, onde foram julgados
pelo crime de lesa-majestade, traição ao rei (no caso, à rainha de Portugal, D, Maria I). As sentenças
foram lidas em 18 de Abril de 1792, sendo que 12 réus foram condenados à morte. No dia seguinte, numa
audiência, foi lido o Decreto de D. Maria I que comutava a pena de morte em degredo nas colônias portu-
guesas de Angola e Moçambique, na África. Só para Tiradentes foi mantida a pena de morte, executada
na forca em 21 de Abril desse mesmo ano, no centro do Rio de Janeiro. Seu corpo foi esquartejado e
seus restos mortais expostos ao longo da Estrada Real, entre o Rio e Vila Rica.

160
1 - Analise o quadro a seguir:

Produção aurífera na América


Portuguesa
Período Produção (kg)
1700-1710 5.880
1711-1720 13.000
1721-1729 16.100
1730-1739 23.127
1740-1749 28.959
1750-1759 28.376
1760-1769 20.258
1770-1779 16.897
1780-1789 11.195
1790-1799 8.909
Fonte: PINTO, Virgílio Noya. O Ouro brasileiro e o Comércio anglo-português. 2 ed. São Paulo: Nacional, 1979. p.114

a) A produção aumentou mais entre quais décadas do século XVIII (18) ? Qual foi esse aumento,
em kg ?

b) A partir de qual década do século XVIII (18) a produção começou a cair ?

c) Depois que a produção de ouro começou a cair, em algum momento ela voltou a aumentar ?

d) Qual foi a queda, em kg, entre a década seguinte e a década em que aconteceu a Inconfidência
Mineira ?

e) Relacione a queda na produção de ouro acontecida em Minas Gerais no século XVIII com a In-
confidência Mineira.

161
2 - Qual o significado social, na Vila Rica do século XVIII, de ter formação na Universidade de Coimbra,
em Portugal ?

3 - Relacione as ideias políticas que alguns inconfidentes conheceram na Universidade de Coimbra com
seus planos para Minas Gerais, após a Independência.

4 - Você identifica alguma contradição entre os ideais iluministas do século XVIII e os objetivos dos
inconfidentes ? Qual ? Por quê ?

162
SEMANA 4

EIXO TEMÁTICO:
Mundo Moderno, colonizações e relações étnico-culturais.

TEMA/TÓPICO(S):
Manifestações Populares e Conjuração Baiana.

HABILIDADE(S):
Estabelecer relações entre a Conjuração Baiana e a Revolução Francesa.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Conjuração Baiana, Revolução Francesa.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Filosofia (Iluminismo).

TEMA: Influências da Revolução Francesa na Conjuração Baiana


Caro (a) estudante, nesta semana você vai conhecer o que foi a Conjuração Baiana (1798) e estabelecer
relações entre esse movimento e a Revolução Francesa (1789-1799), então em curso na Europa.

APRESENTAÇÃO:
A Revolução Francesa começou em Paris no ano de 1789, contra o Absolutismo Monárquico e os pri-
vilégios da nobreza e do clero. Foi um período de guerras civis na França que durou até 1799, quando,
em Novembro, O General Napoleão Bonaparte, deu um golpe de Estado - o Golpe de 18 de Brumário -
e assumiu o poder.
Os revolucionários lutaram na defesa de ideias que poucas décadas antes haviam sido defendidas pelos
filósofos iluministas, como a de que os governantes devem estar a serviço dos interesses da maioria
da população e terem suas funções e poderes limitados por uma Constituição. O governante que não
correspondesse às expectativas da população poderia ser deposto pela vontade popular.
Outra ideia importante defendida pelos iluministas foi a de igualdade de direitos entre todos os cidadãos.
Havia também uma grande insatisfação com o sistema de cobrança de impostos da França: a nobreza e
o clero não pagavam impostos, mas cobravam impostos do restante da população, o chamado Terceiro
Estado.
O lema da Revolução foi “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, que resume muito bem os ideais
iluministas.
A Revolução Francesa inspirou um movimento popular separatista contra o Coroa Portuguesa acon-
tecido em Salvador, na Bahia, no ano de 1798, conhecido como Conjuração Baiana ou Revolta dos
Alfaiates (muitos dos participantes eram alfaiates, homens que faziam roupas masculinas) ou Revolta
dos Búzios, porque alguns dos integrantes da revolta identificavam-se como tais usando um búzio em
um braço.

163
CONJURAÇÃO BAIANA OU REVOLTA DOS ALFAIATES (1798)
LOCAL: Salvador, Bahia.
COMO COMEÇOU: membros da Maçonaria que se agregavam com o nome de Cavaleiros da Luz - o senhor
de engenho Ignácio Siqueira Bulcão e homens de classe média como o cirurgião e jornalista Cipriano
Barata o “ médico dos pobres “, o farmacêutico João Ladislau de Figueiredo, o padre Agostinho Gomes e
os professores Francisco Muniz Barreto e José da Silva Lisboa reuniam-se periodicamente para tradu-
zir e estudar textos de filósofos iluministas como Rousseau e Voltaire. As ideias de igualdade ganharam
as ruas através de panfletos e manuscritos fixados em locais públicos no dia 12 de Agosto de 1798, con-
clamando o povo a fazer uma revolução e implantar uma República igualitária na Bahia.
Essas ideias repercutiram entre a população pobre, que sofria com a escassez de alimentos, que su-
biam de preço constantemente. Roupas, calçados e ferramentas eram produtos caros e importados
de Portugal, já que o Alvará de 1785, assinado por D. Maria I, rainha de Portugal, proibia a existência de
fábricas no Brasil. Além disso, os impostos abusivos contribuíam para aumentar a insatisfação popular.
IDEAIS DEFENDIDOS NOS PANFLETOS:
• Proclamação de uma República na Bahia em que todos tivessem liberdade e igualdade de direitos.
• Abolição da escravidão.
• Abertura do porto de Salvador para o livre-comércio.
• Diminuição dos impostos.
• Aumento dos soldos e da oferta de alimentos.
A REPERCUSSÃO:
O movimento teve adesão popular entre soldados e alfaiates. Quando a revolta se radicalizou, os inte-
lectuais afastaram-se do movimento.
O governador da Bahia, Fernando José de Portugal e Castro, ordenou que fosse aberta uma investiga-
ção para descobrir os responsáveis pelos panfletos, o que levou as autoridades aos conspiradores, que
foram presos. Julgados um ano e dois meses depois, no dia 8 de Novembro de 1799, a responsabilidade
maior coube aos soldados Luiz Gonzaga das Virgens e Veiga e Lucas Dantas do Amorim Torres e aos
alfaiates Manuel Faustino dos Santos Lira e João de Deus Nascimento, enforcados em 8 de Novembro
de 1799 e depois esquartejados. Seus membros foram expostos em diferentes locais de Salvador.
Os intelectuais e participantes da Maçonaria receberam penas mais brandas ou foram absolvidos.

PARA SABER MAIS:


Livros paradidáticos:
TAVARES, Luís Henrique Dias. Bahia, 1798. Salvador: Edufba, 2012.
_______. A Conjuração Baiana. Coleção Cotidiano da História. São Paulo: Ática, 1994.
HILLS, Ken. A Revolução Francesa. Coleção Guerras que mudaram o mundo. São Paulo: Ática, 1999.
MOTA, Carlos Guilherme. Revolução Francesa. São Paulo: Ática, 2014.
Vídeos:
Conjuração Baiana:
Conjuração Baiana - História em minutos: https://www.youtube.com/watch?v=sg1mrLaF3V4
Conjuração Baiana/Aula resumida de História: https://www.youtube.com/watch?v=LxATx-rIDUY
Revoltas na Bahia/Nerdologia: https://www.youtube.com/watch?v=eo_9Rmb5q7o
Conjuração Baiana - Minuto Max# 57: https://www.youtube.com/watch?v=Br6u7GG0Q_k

164
Revolução Francesa:
Mapas Mentais: https://www.youtube.com/watch?v=I8q0S_XGwdg&t=143s
https://www.youtube.com/watch?v=_46qYt8cETc
Vídeos:
Resumo de História - Antecedentes da Revolução Francesa: https://www.youtube.com/
watch?v=ZYlYW7_KBL0
Revolução Francesa: https://www.youtube.com/watch?v=tDzB87R2tEg
Revolução Francesa - História em minutos: https://www.youtube.com/watch?v=jdiONmpJVtc
Jacobinos e Girondinos (2 minutos): https://www.youtube.com/watch?v=vTTsn6Y3yKQ
Revolução Francesa: Causas e motivos - História Contada: https://www.youtube.com/
watch?v=bxSohkuv7SA
Revolução Francesa: Monarquia Constitucional - História Contada: https://www.youtube.com/
watch?v=tzeIqQX4z-8
Revolução Francesa - Parte 1 - Prof. Dr. Alfredo Boulos Júnior: https://www.youtube.com/
watch?v=OQ9xHS2debY
Revolução Francesa - Parte 2 - Prof. Dr. Alfredo Boulos Júnior: https://www.youtube.com/
watch?v=ZgpxBrLaBkE
Todos os vídeos foram acessados em: 27/08/2021

ATIVIDADES
Algumas das propostas dos líderes da Conjuração Baiana eram divulgadas através de textos satíricos
chamados de pasquins, que faziam críticas políticas e conclamavam o povo à mobilização contra a ad-
ministração colonial portuguesa. Muitos desses textos eram afixados nas portas das igrejas.
Leia abaixo o conteúdo de dois deles:
“Povo, o tempo é chegado para defenderdes a vossa liberdade; o dia da nossa revolução, da nossa liber-
dade e da nossa felicidade está para chegar. Animai-vos que sereis felizes para sempre!”
“ nimai-vos povo baiense, que está para chegar o tempo feliz de nossa liberdade, o tempo que seremos
todos irmãos, o tempo em que seremos todos iguais.
As ideias dos participantes da Conjuração Baiana também foram divulgadas através de panfletos pre-
gados nas ruas de Salvador. Leia um trecho de um desses panfletos, de Agosto de 1798:
“ Aviso ao Povo Bahiense
Ó vós Homens cidadãos; o vós Povos curvados e abandonados pelo rei, pelos seus despotismos, pelos
seus ministros.
Ó vós Povo que nascestes para sereis livre e para gozares dos bons efeitos da Liberdade; ó vós Povos
que viveis flagelados com o pleno poder do indigno coroado, esse mesmo rei que vós criastes; esse
mesmo rei tirano é quem se firma no trono para vos veixar, para vos roubar e para vos maltratar.
Homens, o tempo é chegado para vossa ressurreição; sim, para ressuscitareis do abismo da escravi-
dão, para levantareis a sagrada Bandeira da Liberdade.
A liberdade consiste no estado feliz, no estado livre do abatimento; a liberdade é a doçura da vida,
o descanso do homem com igual paralelo de uns para outros; finalmente, a liberdade é o repouso e a
bem aventurança do mundo.
PRIORE, Mary del e outros. Documentos de História do Brasil: de Cabral aos anos 90. São Paulo: Scipione, 1997. p. 38.

165
1 - Há alguma palavra que se destaca mais nos pasquins e no panfleto? Qual?

2 - Essa palavra teria o mesmo significado para os conjurados membros da elite e para os soldados e
alfaiates? Explique.

3 - Identifique nos textos acima ideias em comum com a Revolução Francesa (1789-1799).

166
SEMANA 5

EIXO TEMÁTICO:
Mundo Moderno, Colonizações e relações étnico-culturais.

TEMA/TÓPICO(S):
Das Crises do Sistema Colonial ao Período Joanino.

HABILIDADE(S):
Comparar os movimentos de resistência contra a colonização portuguesa, identificando suas especificidades.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Revolta de Beckman, Guerra dos Mascates, Guerra dos Emboabas, Revolta de Vila Rica.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Sociologia.

TEMA: Movimentos nativistas


Caro (a) estudante, nesta semana você vai analisar quatro movimentos de caráter regional que, no final
do século XVII e começo do século XVIII, contestaram a administração colonial portuguesa sem, no
entanto, cogitarem a Independência: a Revolta de Beckman (1684-1685), a Guerra dos Emboabas (1707-
1709), a Guerra dos Mascates (1710-1711) e a Revolta de Vila Rica ou Revolta de Filipe dos Santos (1720).
Esses movimentos também são chamados de movimentos nativistas.

APRESENTAÇÃO
Esteja atento(a) aos conceitos:
Emboaba: palavra de origem Tupi que significa “aves de pernas emplumadas”, em referência às botas
de canos altos usadas pelos portugueses.
Os paulistas chamavam os portugueses de emboabas. Posteriormente, o termo passou a ser utilizado
pelos paulistas residentes na Capitania das Minas do Ouro ( o Estado de Minas Gerais ) para designar não
só os portugueses como também todos aqueles que vinham de outros lugares para a região das minas;
ou seja, com o significado de “forasteiros”.
Mascates: comerciantes que vendiam seus produtos de porta em porta e/ou viajando.
Movimentos nativistas: movimentos sociais em que os envolvidos são ou se sentem nativos da região
onde moram e lutam em defesa de interesses daquela região.
Tropeiro: homem que, no Brasil do século XVIII, transportava mercadorias em tropas de mulas. Geral-
mente viajavam entre o Rio de Janeiro, a então Capital da Colônia, e as minas do ouro e dos diamantes.
Monopólio: exclusividade; domínio ou controle absoluto que se tem sobre alguma coisa.
Estanco: monopólio sobre um produto de forma legal.
Bandeirantes: homens que, no século XVII, saíam de São Paulo em expedições chamadas de bandeiras,
rumo aos sertões, em busca de ouro e pedras preciosas e de indígenas para escravizar.
Ouro de aluvião: ouro encontrado na areia, argila e cascalho no leito dos rios e/ou em suas margens.
Casas de Fundição: locais onde o ouro era fundido e transformado em barras “quintadas”; ou seja, do
qual já tinha sido extraído o quinto (1/5 da quantidade), que era o principal imposto sobre a mineração
cobrado pela Coroa Portuguesa.

167
PARA SABER MAIS:
Livros paradidáticos:
AFONSO, Eduardo José. Guerra dos Emboabas. Coleção Guerras e Revoluções Brasileiras. São Paulo:
Ática, 2006.
BELLOMO, Harry Rodrigues. As Rebeliões Coloniais. São Paulo: FTD, 1998.
SILVA, Luiz Geraldo. Guerra dos Mascates. Coleção Guerras e Revoluções Brasileiras. São Paulo:
Ática, 1995.
Vídeos:
Revoltas Nativistas/Brasil Colônia: Beckman, Mascates, Felipe dos Santos: https://www.youtube.
com/watch?v=WaFF90QMXFI
História do Brasil - Período Colonial (1530-1822) - Aula 9 - Revoltas Nativistas: https://www.youtube.
com/watch?v=p0GP_eNlH5I
Os vídeos foram acessados em: 27/08/2021

ATIVIDADES
REVOLTA DE BECKMAN (1684-1685)
Local: São Luís do Maranhão.
Causas: conflitos entre colonos e jesuítas em torno da escravização de indígenas; insatisfação dos co-
lonos com o monopólio do comércio exercido pela Companhia Geral de Comércio do Maranhão, criada
pela Coroa Portuguesa em 1682. Por deter o monopólio do comércio, a Companhia obrigava os produto-
res locais a vender seus produtos por preços muito baixos e a comprar tudo o que levava para a região
a preços muito altos. Entre outras atribuições, a Companhia deveria fornecer aos colonos do Maranhão
500 africanos escravizados por ano, abastecer a região com gêneros alimentícios e tecidos, adquirir e
exportar produtos locais, como açúcar, tabaco, cacau e couros.
Líderes: o dono de engenho de cana-de-açúcar Manuel Beckman e seu irmão Tomás, e Jorge Sampaio
de Carvalho.
Fatos: a revolta eclodiu na noite de 24 de fevereiro de 1684, quando um grupo de 68 homens invadiu e
tomou os armazéns da Companhia. No dia seguinte, tomaram o Corpo da Guarda de São Luís e a resi-
dência do capitão-mor Baltasar Fernandes. Posteriormente, invadiram o Colégio dos Jesuítas e expul-
saram os padres que ali encontraram. Organizados na Câmara Municipal, os revoltosos organizaram
uma Junta Geral de Governo que decidiu depor o governador e o capitão-mor, abolir o estanco, extinguir
a Companhia do Comércio e expulsar todos os jesuítas.
Para resolver a situação, a Coroa Portuguesa enviou um novo governador, que aportou em São Luís em
15 de Maio de 1685, à frente de efetivos militares. O governo provisório foi dissolvido e os principais lí-
deres da revolta foram presos.
Desfecho: Tomás Beckman e outros envolvidos foram condenados à prisão ou ao degredo; Manuel
Beckman e Jorge Sampaio foram condenados à morte e enforcados em 02 de Novembro de 1685.

1 - De que formas as práticas comerciais da Companhia Geral de Comércio do Maranhão prejudicavam


a vida dos colonos ?

168
GUERRA DOS EMBOABAS (1707-1709)
Local: Minas Gerais. Começou entre os atuais municípios de Caeté e Sabará.
Causas: na segunda metade do século XVII, bandeirantes paulistas como Fernão Dias Paes Leme e seu
genro Manuel de Borba Gato dirigiram-se para Minas Gerais em busca de ouro e pedras preciosas. No
final do século XVII, Borba Gato encontrou ouro no rio das Velhas, onde hoje é o município de Sabará.
Desde então o número de aventureiros que afluíram para essa região e proximidades passou a crescer
muito rapidamente. Os paulistas, por terem sido os primeiros a explorar o ouro, achavam que deveriam
ter o privilégio de explorá-lo; por isso, opunham-se à presença de portugueses e de colonos de outras
capitanias, que chamavam pejorativamente de emboabas. Os conflitos entre paulistas e emboabas só
cresceram com o tempo, acabando numa guerra pela exploração do ouro.
Líderes: Manuel de Borba Gato (paulista) e Manuel Nunes Viana, pecuarista e minerador português
(emboaba).
Fatos: assassinatos, provocações, lutas e emboscadas. O episódio mais trágico foi uma batalha acon-
tecida num local que passou a ser chamado de Capão da Traição, entre os atuais municípios de Tiraden-
tes e São João del Rey, quando houve um massacre do exército paulista pelos emboabas.
Consequências: os paulistas que sobreviveram dirigiram-se para Goiás, Mato Grosso do Sul e Mato
Grosso, onde descobriram novas jazidas de ouro e pedras preciosas; criação, em 1709, da Capitania de
São Paulo e Minas do Ouro, desmembrada da do Rio de Janeiro; a Coroa Portuguesa passou a exercer
rígido controle administrativo e fiscal na região; elevação da vila de São Paulo à categoria de cidade.

2 - Descreva a imagem abaixo, do pintor alemão Johann Moritz Rugendas (1802-1858), identificando o
tipo de ouro que está sendo extraído:

Disponível em: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/73/Rugendas_-_Lavage_du_Mineral_d%27Or_-_pres_de_la_


Montagne_Itacolumi.jpg>. Acesso em: 12 jul. 2021

REVOLTA DE VILA RICA OU REVOLTA DE FELIPE DOS SANTOS (1720)


Local: Vila Rica ( Ouro Preto), MG.
Causas: uma lei portuguesa de 11 de Fevereiro de 1719 criou muitas novas Casas de Fundição em áreas
mineradoras, sobretudo em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. O objetivo era proibir a circulação do
ouro em pó ou em pepitas, que eram facilmente contrabandeados, e coibir o não pagamento de im-
postos. Quem fosse encontrado por autoridades portando ouro em pó ou em pepitas poderia ser preso,
perder seus bens e ser degredado para colônias portuguesas da África.

169
Líderes: os homens mais ricos de Vila Rica na época - o português Pascoal da Silva Guimarães e Manoel
Mosqueira Rosa; e o tropeiro Felipe dos Santos Freire, que alguns historiadores dizem que também era
português.
Fatos: a capitania de São Paulo e MInas do Ouro foi criada em 1709, após a Guerra dos Emboabas. Em
1720 foi dividida em Capitania de São Paulo e Capitania de Minas Gerais, com Capitais em São Paulo e
Vila Rica (Ouro Preto), respectivamente. Vila Rica era uma sociedade urbana, com uma população com-
posta por centenas de escravizados de origem africana, portugueses potentados (poderosos, ricos e
influentes) do ouro e por uma classe média de comerciantes e profissionais liberais.
Na noite em que comemoravam o Dia de São Pedro - 29 de Junho - no ano de 1720, centenas de ho-
mens armados tomaram as ruas de Vila Rica ruma à casa do ouvidor (juiz de Direito), que tinha fugido.
Dirigiram-se, então, ao prédio da Câmara, onde Felipe dos Santos assumiu o comando. Foi elaborado
um texto para o governador Pedro Miguel de Almeida Portugal e Vasconcelos, o Conde de Assumar, que
encontrava-se em Ribeirão do Carmo, hoje Mariana, exigindo o fim das Casas de Fundição e de vários
impostos e a abolição dos monopólios comerciais de sal, gado, aguardente e fumo.
Após receber as reivindicações dos revoltosos, o Conde de Assumar fingiu aceitá-las, ganhando tempo
para organizar tropas e reprimir o movimento violentamente: em 16 de Julho entrou em Vila Rica com
todo seu contingente, mandando prender os rebelados e incendiar suas casas.
Felipe dos Santos encontrava-se em Cachoeira do Campo, pregando a revolta diante das portas da igre-
ja, quando foi preso.
Após o julgamento da rebelião, Pascoal da Silva Guimarães foi enviado preso para Lisboa, junto com
outros conjurados. Felipe dos Santos foi o único condenado à morte, sendo enforcado em 15 de Julho
de 1720.

3 - Explique o principal fator que desencadeou a Revolta de Vila Rica (1720).

GUERRA DOS MASCATES (1710-1711 )


Local: Olinda e Recife, Pernambuco.
Causas: O preço do açúcar no mercado europeu estava em queda. Para conseguirem manter a produ-
ção, os senhores de engenho de Olinda endividaram-se com empréstimos contraídos dos comerciantes
de Recife, que eram, em sua maioria, portugueses. (Obs: esses comerciantes não eram mascates, mas
comerciantes muito bem estabelecidos).
A rivalidade entre Olinda e Recife se agravou após a elevação de Recife à categoria de vila, em 1709,
o que desagradou os senhores de engenho de Olinda, que perderiam parte de seu poder político.
Líderes: Leonardo Cavalcanti de Albuquerque Bezerra, Bernardo Vieira de Melo e Pedro Ribeiro da Silva
(Olinda).
Fatos: em Novembro de 1710, Recife foi invadida pelos olindenses. Em Junho de 1711, os comerciantes
de Recife retomaram o controle da vila. O conflito terminou em Outubro desse mesmo ano, com a vitória
dos recifenses, que receberam apoio do novo governador da Capitania, Félix José de Mendonça.

170
Os olindenses participantes da guerra foram presos. Em 1714, o rei de Portugal, D. João V, concedeu-lhes
anistia. Para que a paz fosse mantida, também obtiveram o perdão de suas dívidas e a manutenção de
suas plantações de cana-de-açúcar.
Consequência: Recife tornou-se sede administrativa de Pernambuco,em 1712, no lugar de Olinda.

4 - Há na Guerra dos Mascates sinais de que no começo do século XVIII a economia açucareira estava
entrando em declínio ? Explique.

171
SEMANA 6

EIXO TEMÁTICO:
Mundo Moderno, Colonizações e relações étnico-culturais.

TEMA/TÓPICO(S):
Das Crises do Sistema Colonial ao Período Joanino.

HABILIDADE(S):
Comparar os movimentos de resistência contra a colonização portuguesa, identificando suas especificidades.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Conjuração Mineira, Conjuração Baiana.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Sociologia.

TEMA: As Conjurações Mineira e Baiana


Caro (a) estudante, nesta semana você vai lembrar o que você estudou nesse bimestre sobre as Conju-
rações Mineira e Baiana e vai comparar esses dois movimentos.

APRESENTAÇÃO:
O século XVIII foi de profundas transformações sociais, econômicas e políticas na Europa e nas Améri-
cas: novas ideias defendidas pelos filósofos iluministas, que eram em sua maioria franceses, como as
de que os homens devem ter os mesmos direitos e deveres e os governantes devem ter seus poderes
limitados por uma Constituição influenciaram a Revolução Francesa (1789-1799), cujo lema foi - Liber-
dade, Igualdade e Fraternidade. Enquanto a revolução começava na França, na América Portuguesa, na
Capitania das Minas Gerais, homens da elite, ricos e cultos, iniciavam um movimento sonhando com a
Independência e a separação de Minas Gerais do restante do território brasileiro. Em 1798, já perto do
fim da Revolução Francesa, na Bahia, homens de classe média membros da Maçonaria, discutiram a
Independência e a separação da Bahia do restante do Brasil. Esse movimento, conhecido como Conju-
ração Baiana, teve forte adesão popular, principalmente entre soldados e alfaiates afrodescendentes.
Ambos os movimentos eram republicanos e foram fortemente reprimidos pela Coroa Portuguesa. São
chamados de revoltas separatistas, porque queriam a separação das regiões onde aconteceram (no
caso, Minas Gerais e Bahia) do Brasil, que era ainda uma das colônias de Portugal.

PARA SABER MAIS:


Livros Paradidáticos:
AZEVEDO, Milton M. Abre as Asas sobre nós - A Inconfidência Mineira. Coleção Recontando a História.
São Paulo: Moderna, 20016.
GALDINO, Luiz & LACONTE, Wanderley. Conjuração Mineira. São Paulo: Saraiva, 2004.
TAVARES, Luís Henrique Dias. Bahia, 1798. Coleção Guerras e Revoluções Brasileiras. São Paulo:
Ática, 1995.

172
Livros para aprofundamento:
CHIAVENATO, Júlio José. As várias faces da Inconfidência Mineira. São Paulo: Editora Contexto, 1989.
(88 páginas)
FIGUEIREDO, Luciano. Rebeliões no Brasil Colônia. Rio de Janeiro: Zahar, 2005. (88 páginas)
Mapas Mentais:
Tiradentes: https://www.youtube.com/watch?v=03-lewJ3n1g
Sobre as duas conjurações: https://www.youtube.com/watch?v=W8gYjQX5q8U&t=49s
Vídeos que comparam as duas conjurações:
Diferenças entre Inconfidência Mineira e Conjuração Baiana: https://www.youtube.com/
watch?v=ugHs7RWbZWo
A Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana: https://www.youtube.com/watch?v=clSLLYUzrDY
Inconfidência Mineira X Conjuração Baiana/ ProEnem: https://www.youtube.com/
watch?v=ZEZMa8H2Gok
Vídeo sobre Tiradentes: Tiradentes / Nerdologia: https://www.youtube.com/watch?v=wADmQiM8XZY
Todos os vídeos foram acessados em: 27 ago. 2021

ATIVIDADES
Analise a imagem abaixo, do pintor Eduardo de Sá (1866-1940), sobre os inconfidentes:

Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Leitura_da_sentença_dos_inconfidentes,_da_coleção_Museu_Histórico_


Nacional.jpg?uselang=pt-br . Acesso em: 25 ago 2021.

1 - O que, na imagem, identifica um homem como sendo um conjurado ?

173
2 - Na sua opinião, por que o pintor teria retratado os conjurados olhando para os populares que
assistiam a leitura da sentença, ao invés de para quem lê a sentença ?

Segundo o historiador Istvan Jancsó, em seu texto A sedução da Liberdade,


“É em torno desse conceito, o de liberdade, que se deve procurar o núcleo ordenador da dimensão his-
tórica das sedições”.
In: SOUZA, Laura de Mello e (org.). História da Vida Privada no Brasil: cotidiano e vida privada na América Portuguesa. São Paulo:
Companhia das Letras, 1997, p.428.

3 - Compare qual era a ideia de liberdade que tinham os conjurados mineiros, homens ricos e cultos,
com a dos conjurados baianos, homens de camadas sociais desfavorecidas.

4 - O exercício seguinte é para que você possa lembrar o que estudou nesse bimestre sobre as
Conjurações Mineira e Baiana:
Preencha o quadro comparativo:
Conjuração Mineira Conjuração Baiana
Local e data

Protagonistas

Objetivos

Líderes

Influências externas

Como terminou

Caro(a) estudante, foi ótimo escrever para você sobre a nossa História ! Agradeço seu esforço e
dedicação.

REFERÊNCIA
GALVÃO, Andrea Costa. Plano de estudo tutorado: 1ª série - História ensino médio, Volume 4. Belo
Horizonte: SEEMG, 2021.

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