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ENERGIA
MARCIO BELLONI
,
SUMÁRIO
2
,
Energia hidráulica
3
,
𝑷 = 𝝆. 𝒈. 𝑯. 𝑽. 𝜼
Onde:
P = Potência [W]
V = Vazão [m³/s]
4
,
Figura 1.3 – Pequena central hidrelétrica PCH – Palmeiras no Rio Sapucai 16000 kW –
1 turbina
5
,
Neste sentido, ainda é muito utilizada a geração de energia por carvão e diesel, sendo
o diesel empregado em menor escala. As usinas termoelétricas à carvão estão ainda
muito presentes em países do oriente como a China, mas vem tendo uma diminuição
escalar devido ao apelo ecológico e diversos protocolos internacionais de diminuição
de emissão de CO2 na atmosfera.
6
,
As usinas nucleares podem ser divididas em duas partes. Uma que é a parte onde
ocorre a reação nuclear propriamente dita e outra que é uma usina termoelétrica
convencional, onde o vapor gerado é secado e enviado às turbinas. Usualmente,
utiliza-se dois circuitos de transporte do calor. Um que está em contato com o núcleo
do reator e outro que recebe o calor gerador no trocador de calor. Assim, cria-se um
sistema mais seguro, onde o fluído que vai para as turbinas não é o mesmo que passa
pelo núcleo radioativo do reator.
7
,
Figura 1.5 - Fissão do Urânio formando Bário e Criptônio além de 3 nêutrons de alta
energia
Fontes alternativas
Atualmente, com a escassez dos combustíveis fósseis, poluição gerada pelas usinas, e
as alterações climáticas provocadas pela queima indiscriminada desses combustíveis,
procura-se uma saída para uma eletricidade limpa e fontes renováveis de energia.
8
,
Embora, nos últimos anos, tenham ocorridos apelos para a utilização da energia
renovável, o petróleo e o carvão foram as fontes mais utilizadas na geração de energia
elétrica. O carvão é hoje, o responsável pela produção de energia em vários países,
como o caso dos EUA e China que produzem a maior parte da energia elétrica utilizada
no mundo. Trata-se de quase metade da produção mundial.
Cogita-se a construção de usinas hidrelétricas de fio d’água, que são usinas menores e
sem reservatório, mas as mesmas ficam a mercê das chuvas, e o clima já deu provas
mais que suficientes de sua instabilidade, e a tendência é piorar. Alguns países já se
conscientizam há décadas, aplicando a geração solar à sua matriz energética, como é o
caso da Alemanha. De 1990 a 2013, o país partiu do zero para uma capacidade de 35,9
milhões de quilowatts instalados. Durante o ano de 2013, foram instalados 3.305
quilowatts em geradores solares conectados à rede.
9
,
(...);
Geradores que utilizam energia renovável são a melhor opção para a solução do
problema da poluição e escassez de matéria prima. Com quase nenhuma degradação
ao meio ambiente, estes geradores são o que há de mais moderno em termos de
geração de energia elétrica, principalmente nas versões de geração descentralizadas.
Gerar energia elétrica próximo do consumidor final evita a necessidade de grandes
faixas de tensão e corrente, frequentes alterações pelos transformadores e a
resistência dos materiais condutores, onde, quanto mais quilômetros a percorrer nos
fios, mais eletricidade é perdida. Inclusive, podemos enumerar o fator temperatura
que aumenta a resistividade dos materiais.
Eólica
A energia dos ventos é aliada da humanidade há muitos séculos. Das caravelas aos
geradores eólicos, usamos a energia dos ventos em prol da humanidade, onde o que
se aproveita é a energia cinética criada pelo deslocamento de massas de ar
proporcionados por diferenças de pressão e temperatura.
𝟏 𝟏
𝜺𝒄 = 𝒎𝒗² = 𝝆𝑽𝒗²
𝟐 𝟐
10
,
Onde:
𝜺𝒄 = Energia cinética
𝒎 = massa
𝒗= velocidade
𝝆= massa específica
𝑽 = volume
𝟏
𝑷= 𝝆𝝅𝑫²𝒗³
𝟖
Onde:
𝑷 = Potência
𝝆 = massa específica
𝑫 = diâmetro
𝒗 = velocidade
𝑷𝒆 = 𝑷. 𝜼
Onde:
𝜼 = eficiência do aerogerador
11
,
Solar (fotovoltaica)
A energia captada pelas placas solares advém do sol, que é, por excelência, um
gerador de fusão nuclear. As ondas eletromagnéticas que chegam à superfície do
planeta, vencendo os obstáculos como a atmosfera e o campo magnético do planeta,
são reconhecidas como irradiância solar. A irradiância solar é importante para o
dimensionamento do gerador solar, para que ele possa suprir satisfatoriamente a
carga sem desperdícios. O conjunto de placas solares deve ser dimensionado segundo
a potência necessária para a utilização confortável dos equipamentos da casa.
12
,
Verifica-se, por meio do quadro da figura 1.4, que a região onde se localiza o Brasil é a
mais vantajosa em termos de irradiância solar de todo o globo terrestre. Para se falar
em um sistema totalmente renovável, este gerador solar deve ser acessível, não-
poluente e simples, uma vez que são requisitos para que o sistema seja difundido
entre as pessoas, e que a eficácia da norma 482/12 da ANEEL seja plena.
Tal equipamento serve para proteger o banco de baterias contra cargas e descargas
excessivas, aumentando a vida útil do banco de baterias. Mas no sistema proposto
pela NR 482/12 da ANEEL, com a conexão do gerador na rede de distribuição, fica
totalmente dispensável o controlador de carga para os acumuladores. Não significa
que um inversor não deva ser protegido por um controlador de carga na sua entrada,
mas é que a maioria dos novos modelos já possuem um sistema de proteção. Outro
fator de extrema importância é dispensar o próprio banco de baterias (BELLONI,
CONTI, & TOMIATO, 2017).
Efeito Fotoelétrico
13
,
Existe uma série de células solares com o intuito de geração de eletricidade e, dentre
elas, podemos elencar as feitas com silício (Monocristalino, Policristalino, Amorfo,
Nanocristalino e filmes finos transferidos), Células Sensibilizadas Por Corantes (DSSC),
Arsenieto de Gálio (GaAs), Calcogênios Compostos (CIGS e CdTe) e a diversidade de
Multijunções (InGa/GaAsInGaAs) e (a-Si/nc-Si/nc-Si).
Quando o silício está em um arranjo denominado cristal de silício, ele, por natureza, é
um isolante, um semicondutor intrínseco. Ou seja, sua camada de valência se encontra
totalmente completa, estável, e assim, ele não conduzirá elétrons. O silício possui 14
elétrons e, na sua camada de valência, possui 4 elétrons. Quando se unem em formato
de cristal, que inclusive se assemelha ao diamante, cria-se, por meio de ligações
covalentes, uma estrutura forte com 8 elétrons na camada de valência. Daí fazer-se a
dopagem do silício. Para que exista a junção np, ou seja, para que um semicondutor
tenha características de cátion e ânion, átomos de outros elementos, denominados
impurezas, devem ser adicionados em meio aos átomos de silício, utiliza-se
geralmente, como foi dito, o fósforo e o bromo.
14
,
Figura 1.9 - Silício (Si) dopado com Fósforo (P) criando ânions
15
,
Figura 1.10 - Silício (Si) dopado com Boro (B) criando cátions
“... quando uma junção pn fica exposta a fótons com energia maior que o gap
existente entre a banda de valência e condução, ocorre a geração de pares
elétron-lacuna; se isto acontecer na região onde o campo elétrico é diferente
de zero, as cargas são aceleradas, gerando, assim, uma corrente através da
junção; esse deslocamento de carga dá origem a uma diferença de potencial,
chamada efeito fotovoltaico” (REIS, 2010).
16
,
Geotérmica
O planeta Terra possui aquecimento do seu núcleo, segundo alguns teóricos, devido à
corrente elétrica criada pelo campo magnético, e outro fatores como a gravidade que
propõe grande pressão no núcleo terrestre. Este aquecimento representa um
gradiente de temperatura que se esfria à medida que chega próximo à crosta terrestre
na ordem de 20 à 40 °C.km⁻¹. Pode-se associar esta fonte de calor à presença de água
tornando-se uma fonte hidrotérmica. A forma de captação dependerá da existência de
água subterrânea ou não.
c) Sem água subterrânea: água ou outro fluido deverá ser bombeado para o
interior de um poço e o vapor será captado.
As emissões de vapor de água, CO2 e até ácido sulfídrico (H2S) podem alterar
climaticamente a região, poluir leitos de água e, no caso de gêiseres, perde-se a beleza
local em prol da geração de energia elétrica. Além disto, a usina geotérmica irá estar
limitada às características do local. A capacidade da potência elétrica deixa a desejar
em comparação com usinas a gás natural ou a carvão, que chegam de 1000MW à
5000MW.
17
,
Biomassa
a) Leito fixo;
18
,
b) Contracorrente;
19
,
Soluções estão sendo buscadas como evitar o uso de platina como catalizador da
reação eletroquímica e a melhoria da camada difusora utilizando carbono e teflon na
obtenção de uma célula de combustível a hidrogênio comercialmente viável. Para
produzir hidrogênio com a pureza necessária ao uso em células combustível, utilizam-
se da reforma do etanol em reatores catalizadores.
O Brasil é pioneiro nos estudos do etanol, tornando a tecnologia bastante viável neste
sentido. Os usos para a célula combustível são inúmeros, sendo estas modulares,
móveis, renováveis e com potencial comercial futuro. Com as células, o usuário poderá
gerar sua própria energia, e usinas poderão armazenar energia na forma de hidrogênio
e utilizar o mesmo em épocas de estiagem.
𝑯𝟐 + 𝟏/𝟐𝑶𝟐 = 𝑯𝟐 𝑶
Nestas células, o hidrogênio penetra pela estrutura porosa do ânodo, acessa o meio
eletrólito e chega no cátodo. Ali o hidrogênio libera elétrons e forma cátions (H+),
sendo estes elétrons mobilizados no circuito externo conectado à carga. A mobilização
destes elétrons forma a corrente elétrica. Então, os cátions (H+) formam a reação junto
ao cátodo e reage com o oxigênio formando o produto final da célula: água.
20
,
Dominar a fusão nuclear é dominar a energia que “acende” as estrelas. Para muitos,
este conceito parece ficção científica, mas segundo estudos efetuados, é totalmente
possível e caminha para a viabilidade econômica.
Para tratar das reações que ocorrem em fusão controlada do hidrogênio, é necessário
compreender quais os detalhes dos conceitos envolvidos. Segundo a doutrina da física
de partículas, no átomo, tem-se 4 forças que influenciam na formação do átomo. São
denominadas interações fundamentais.
21
,
a) Interação gravitacional;
b) Interação eletromagnética;
50 KeV
𝑫𝟐𝟏 + 𝑫𝟐𝟏 = 𝑻𝟑𝟏 (𝟎, 𝟎𝟏𝑴𝒆𝑽) + 𝒑𝟏𝟏 (𝟑, 𝟎𝟐𝑴𝒆𝑽) 70
8
(5,8 .10 ºK)
22
,
Assim, pode-se declarar, para estudo, a seguinte reação, pois atende a corrente
doutrinária majoritária:
Esta energia de 17,58 MeV deve ser encarada neste momento como uma
quantificação ideal, sem considerar as perdas que ocorrem no plasma.
23
,
Resolução
𝑨𝒍𝒄𝒂𝒏𝒄𝒆𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍
𝑹𝒆𝒔𝒐𝒍𝒖çã𝒐 =
𝟐𝒏
𝟏𝟖𝟎°
𝑹𝒆𝒔𝒐𝒍𝒖çã𝒐 = = 𝟏𝟏, 𝟐𝟓°
𝟐𝟒
Para os dispositivos analógicos, considera-se os valores das grandezas físicas em
questão. Por exemplo, em um potenciômetro, a resolução é a própria resistência do
mesmo.
Sensibilidade
O transdutor sempre vai transformar uma grandeza física em outra (geralmente uma
grandeza elétrica), e assim a sensibilidade é a relação entre a entrada e a saída do
transdutor.
𝑺𝒂í𝒅𝒂
𝑺𝒆𝒏𝒔𝒊𝒃𝒊𝒍𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 =
𝑬𝒏𝒕𝒓𝒂𝒅𝒂
24
,
𝟓𝑽 𝑽
𝑺𝒆𝒏𝒔𝒊𝒃𝒊𝒍𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 = = 𝟎, 𝟎𝟓
𝟏𝟎𝟎𝒄𝒎 𝒄𝒎
Linearidade
O sinal do transdutor deve ser o mais linear possível, podendo assim, ser traduzido
com uma expressão que se aproxima de seu sinal real de saída. Esta expressão é linear.
Por exemplo, um transdutor que define, em sua saída, uma reta de tensão (U),
segundo um movimento de uma boia em um reservatório (L), poderá ser representado
por uma expressão 𝑼𝑺 = 𝟐𝑳 + 𝟑[𝑽], sendo que o reservatório nunca fica totalmente
cheio (mantendo sempre 3 Litros no seu interior quando considerado vazio pelo
transdutor).
Veja então que é possível ajustar a expressão de linearização ao caso real. Também se
sabe que nenhum transdutor é completamente linear devendo-se observar os
métodos de linearização, como cálculos numéricos, por exemplo, elevando o valor ao
quadrado para forçar uma expressão de segunda ordem para o sinal. Esta linearização
pode ser providenciada na programação do microcontrolador.
25
,
Gama
Trata-se da diferença entre o menor e maior valor que o transdutor poderá oferecer
como saída. Assim, está ligado diretamente a sensibilidade, mas o microprocessador
trabalhará com valores discretos, assim, estes valores também está relacionado com a
capacidade de tratar os dados pelo microprocessador.
O campo magnético pode ser definido pela medida da força que o campo exerce sobre
o movimento das partículas de carga, tal como um elétron. A representação visual do
Campo Magnético é feita por meio de Linhas de campo magnético, também
conhecidas por linhas de indução magnética ou linhas de fluxo magnético. Essas linhas
são envoltórias imaginarias fechadas, que saem do polo norte e entram no polo sul.
c) Fora do ímã, as linhas saem do polo norte e se dirigem para o polo sul;
d) Dentro do ímã, as linhas são orientadas do polo Sul para o polo norte;
26
,
A unidade de medida ao campo magnético é o Tesla (T). Outra unidade muito utilizada
é o Gauss (G): 𝟏𝑮 = 𝟏𝟎−𝟒 𝑻. Experimentalmente, verificou-se que o módulo da força
magnética sobre uma carga em movimento é proporcional:
1ª À carga em movimento;
⃗⃗ na região;
2ª Ao módulo do campo elétrico 𝑩
𝑵𝑰 𝑨𝒆
𝑯= [ ]
𝒍 𝒎
27
,
𝑩 = 𝝁𝒎 . 𝑯[𝑻]
∅=∫ 𝑩. 𝒅𝑨[𝑾𝒃]
𝑨
28
,
∅ = 𝑩. 𝑨. 𝒄𝒐𝒔𝜽 [𝑾𝒃]
∅ = 𝑩. 𝑨[𝑾𝒃]
A denominada Lei de Gauss do Magnetismo afirma que o fluxo magnético líquido por
qualquer superfície fechada é sempre zero.
∮ ⃗⃗ . 𝒅𝑨
𝑩 ⃗ =𝟎
29
,
A Força Magnetomotriz indica a tensão que cria o movimento das linhas magnéticas,
de forma que cria o fluxo magnético ∅. E isto ocorre de tal forma que interage com a
corrente que percorre a espira e o número de espiras.
𝑭 = 𝑵. 𝑰[𝑨𝒆]
Relutância Magnética
𝒍 𝑨𝒆
𝑹= [ ]
𝝁. 𝑨 𝑾𝒃
𝟏 𝝁. 𝑨 𝑾𝒃
Ƥ= = [ ]
𝑹 𝒍 𝑨𝒆
30
,
Permeabilidade eletromagnética
𝝁𝒎
𝝁𝒓 =
𝝁𝒐
Onde µo (4π . 10-7 H/m) é a permeabilidade magnética no vácuo, µm é a
permeabilidade magnética do material e µr permeabilidade magnética relativa. Assim,
se µr =1000, significa que este material é 1000 mais permeável ao campo magnético
que o vácuo.
1.3 Aplicações
Transdutor Piezoelétrico
31
,
Codificador incremental
32
,
Potenciômetro
33
,
As chaves de fim de curso possuem uma haste de contato que, ao encostar no objeto,
são movidas e acionam um sistema de contatos elétricos que podem executar diversas
tarefas, inclusive a de interromper o contato. Uma das muitas funções deste
dispositivo é a contagem. Eles são simples, de baixo custo e podem ser encontrados
em diversas variedades e tamanhos, portanto podem ser aplicados em uma ampla
gama de projetos.
Transdutor de ultrassom
34
,
Esse transdutor pode ser utilizado como transdutor de proximidade. Nele, a tensão de
saída de um condutor que transporta uma corrente varia na presença de um campo
magnético, por efeito Hall. Logo, quando um imã (ou uma bobina) está perto do
transdutor, a tensão de saída varia. Há a necessidade posterior de conversão da tensão
no seno do ângulo caso queira-se trabalhar com este transdutor de forma
trigonométrica.
Transdutores Capacitivos
35
,
Transdutores Indutivos
Sistemas são conjuntos de integrantes que processam sinais de entrada e geram sinais
de saída. Estes processos são descritos por operações matemáticas simples ou
complexas, como ganhos, ou até Transformada de Fourier. Desta forma, os sistemas
são conjuntos que processam e emitem sinais como resultado deste processamento.
Assim, integrar sistemas significa unir diversos sistemas distintos entre si, porém
conectados de forma a se comunicar influenciando uns aos outros.
Com a integração entre os sistemas, pode-se incluir a conexão entre o ser humano e a
máquina, denominada interface. Mais que isto, a interface ou HMI (Human Machine
Interface), é o meio de interação entre o ser humano e a máquina, formando um
sistema integrado complexo, que interage com o ambiente e com o humano, de forma
a poder ser configurado e ajustado para as funções que se espera. Recomenda-se
assim, um sistema de comunicação fácil e amigável, devidamente conectado e com
uma eficiência que permita o uso real do sistema num todo.
Conclusão
36
,
Referências Bibliográficas
ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica. Atlas de energia elétrica do Brasil. 3. ed.
Brasília, 2008.
BELLONI, M.; CONTI, T. D. Analysis of Materials for Heat Transport in Tokamaks. World
journal of nuclear science and technology, 10, 39-46. Disponível em:
<http://dx.doi.org/10.4236/wjnst.2020.101005>. Acesso em: 19 fev. 2020.
BLACK, N. H.; HARVEY, N. D. Practical Physics. The Macmilian co., 1993. Disponível em:
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Campo_magn%C3%A9tico#/media/Ficheiro:Magnet087
3.png>. Acesso em: 13 maio 2021.
37
,
38
,
39
,
2 TRANSFORMADORES ELÉTRICOS
Apresentação
As máquinas elétricas já estão sendo utilizadas pela humanidade há muitos anos. Por
esta razão, podemos acreditar que a sociedade moderna seria impossível sem o
domínio dessa tecnologia.
Utiliza-se das máquinas elétricas para a conversão de energia das mais diversas
formas, sendo os transformadores as máquinas elétricas que utilizam de circuitos
elétricos e magnéticos para alterar as características físicas da energia elétrica. Por
exemplo, um transformador elétrico pode ser utilizado para alterar os valores de 220V
para 127V, com diferenciação de número de suas espiras.
40
,
São formados de dois ou mais enrolamentos sobre um núcleo que pode ser feito de
material ferromagnético, de forma que a bobina em que passa uma corrente elétrica
consegue, por meio do fluxo magnético, causar a mobilidade eletrônica na outra
bobina, criando uma corrente elétrica.
41
,
Quanto à finalidade
42
,
● Núcleo de ar: o núcleo nas bobinas é preenchido com ar, de forma a criar
grande isolamento.
c) Igualdade de sequência.
43
,
Transformador
Transformador
B
A
Dependendo das grandezas “a”e “b” o transformador pode ser classificado como:
44
,
Esta relação costuma ser nomeada como “a” e é indicada da seguinte forma:
𝑵𝟏
𝒂=
𝑵𝟐
𝑽𝟐 = 𝑽𝟏 /𝒂
𝑰𝟐 = 𝑰𝟏 . 𝒂
Este fluxo disperso no primário é o L1, sendo então parte do fluxo total existente no
primário. Desta forma esta reatância é denominada reatância de dispersão.
𝑿𝑳 = 𝟐𝝅𝒇𝑳𝟏
45
,
Fonte: o autor.
𝑵𝟏 𝑵𝒎 = 𝑵𝟏 𝑰𝟏 − 𝑵𝟐 𝑰𝟐
𝑵𝟐
𝑰𝟏 = 𝑰
𝑵𝟏 𝟐
Da mesma forma que o valor de corrente pode ser considerado, podemos construir
uma relação entre o número de espiras e os valores de tensão gerados.
46
,
𝑵𝟏
𝑽𝟏 = 𝑽
𝑵𝟐 𝟐
𝑰𝟏 = 𝑰𝑽 + 𝑰′𝟐
A corrente que promove a magnetização é Iv, sendo certo que é formada pela corrente
que se perde em Rc e a que magnetiza em Xm também se perdendo.
47
,
𝑰̅𝑽 = 𝑰̅𝑪 + ̅̅
𝑰𝒎̅̅
Contudo, em uma situação de carga, o secundário irá possuir uma corrente I 2, haverá
de ser considerada a impedância de curto-circuito ZCC e existirá uma defasagem entre a
corrente e a tensão no secundário φ que dependerá da carga.
V1/a
I jX
φ
IR
I
Fonte: o autor.
Na segunda hipótese, com uma carga capacitiva, teremos uma corrente defasada em
relação à tensão em um ângulo positivo. O fasor da tensão na resistência será
igualmente paralela ao fasor de corrente. O valor da tensão na reatância será de 90°
em relação à tensão na resistência. (UMANS, 2014)
I V1/ I jX
a
φ
V2 IR
Fonte: o autor.
49
,
𝑷 = 𝑽. 𝑰
𝑵𝟏 𝑬𝟏
= =𝒂
𝑵𝟐 𝑬𝟐
𝑵𝟐 𝑰𝟏 𝟏
= =
𝑵𝟏 𝑰𝟐 𝒂
a) Ensaio em vazio;
c) Ensaio em carga.
50
,
𝐖
𝐜𝐨𝐬 𝛗 =
𝐕. 𝐈
𝐕
𝐑𝐂 =
𝐈. 𝐜𝐨𝐬 𝛗
𝐕
𝐗𝐦 =
𝐈. 𝐬𝐞𝐧 𝛗
51
,
Fonte: o autor
𝑽
𝒁𝒄𝒄 =
𝑰
𝑷
𝒓𝒄𝒄 =
𝑰²
52
,
Por meio dos ensaios em vazio e em curto-circuito, pode-se obter o valor de regulação
em carga. Trata-se de valor que representa a alteração do valor de tensão nominal
segundo a carga aplicada.
𝑽𝟐𝑽𝒂𝒛𝒊𝒐 − 𝑽𝟐𝑪𝒂𝒓𝒈𝒂
ℝ= . 𝟏𝟎𝟎%
𝑽𝟐𝑪𝒂𝒓𝒈𝒂
Assim, podemos concluir que, em um transformador ideal, a regulação seria zero, pois
o valor da tensão em vazio seria o mesmo que a tensão em carga, afinal não há perdas.
Isto significa que a regulação está intimamente ligada à impedância de curto-circuito
(ZCC) (KOSOW, 1982).
53
,
𝑵𝟏
𝑽𝑵𝟏 +𝑵𝟐 = 𝑽𝑵𝟏 + 𝑽𝑵𝟐 = 𝑽 𝑵𝟏 + 𝑽 𝑵𝟏
𝑵𝟐
𝑰𝒃 = 𝑰𝒃𝒂 + 𝑰𝒃𝒄
Conclusão
REFERÊNCIAS
55
,
WEG. Manual: Transformador a óleo de distribuição até 300 kVA. 2015. Disponível em:
<https://bit.ly/2ZER8oH>. Acesso em: 22 fev. 2020.
56
,
Apresentação
Desta forma, pode-se conceituar energia como a um resultado das variações dos
estados de substâncias e sistemas.
𝟏
𝜺= 𝒎𝒗²
𝟐
𝟏 𝟏
𝜞 = 𝜺𝒇 − 𝜺𝟎 = 𝒎𝒗𝒐 ² − 𝒎𝒗𝒇 ²
𝟐 𝟐
Dissemos que uma força externa imprime alteração de energia cinética. E que o
movimento do corpo também a influencia. Assim, uma força (F) que atua sobre um
corpo, sob um ângulo específico (𝝓), deslocando-o a uma certa distância (d), produzirá
trabalho. Na mecânica, o trabalho considera uma força, então pode ser calculado da
seguinte forma.
𝜞 = 𝑭. 𝒅. 𝒄𝒐𝒔 𝝓
Desta forma, se o corpo do exemplo anterior possui energia cinética, e ele sofreu uma
alteração nela, ele sofreu ou executou trabalho. Então, um corpo de 3 kg que se
movimenta à 2 m/s, terá uma energia cinética de 6J. Mas se sua velocidade foi alterada
por meio de uma força paralela à direção do movimento, tendo colocado o objeto em
repouso, este objeto terá sofrido um trabalho.
𝚪 = 𝟎𝐉 − 𝟔𝐉 = −𝟔𝐉
Veja que o trabalho negativo apenas indica que o corpo sofreu um trabalho.
58
,
Se o trabalho pode ser aplicado relacionado a uma força, lembrando que a força é o
produto da massa e aceleração do corpo, então a gravidade também produzirá
trabalho, certo?
Contudo, a aceleração gravitacional (g) produzirá uma força peso (P) em uma massa
(m) em uma certa distância (d) (JEWETT, 2011).
𝚪 = 𝐦. 𝐠. 𝐝 𝐜𝐨𝐬(𝛟)
Assim, quando a água desce montanha abaixo para girar uma turbina, ela está
produzindo trabalho, já que a força que a impulsiona é o Peso (P=mg).
A energia não pode ser criada nem destruída. Ela pode sim ser convertida de um tipo
em outro. Então, um corpo parado, tendo movimento nulo e, portanto, velocidade
nula, não possui energia?
Este corpo possui sim energia, mas numa forma que possa ser convertida em energia
cinética. Esta energia é denominada potencial, pois é verificada em relação à um
diferencial.
A água em um dique, pronta para descer duto abaixo e ser utilizada em uma turbina de
uma hidrelétrica, possui energia potencial em relação às pás desta turbina. Assim, ela
possuirá condição de ter esta energia potencial transformada em energia cinética apta
a movimentar as pás da turbina (momentum).
Esta água, enquanto está no dique, possui energia potencial gravitacional em relação
às pás da turbina, ou seja, está ligada à altura em que se encontra do ponto de
referência. A massa do objeto também é considerada, e a aceleração da gravidade.
(JEWETT, 2011).
𝜺𝒑 = 𝒎. 𝒈. 𝒉
59
,
Reservatório
de água
Ep = m.g.h
Ec = 0,5 . m .
v²
Turbina
Por exemplo, quando dizemos que uma tomada possui 220V, significa que, entre seus
polos, existe uma diferença de energia potencial elétrica de 220V. Assim, esta tomada
pode possuir quaisquer valores de em seus polos desde que a diferença entre eles seja
de 220V.
𝜺𝒎 = 𝜺𝒑 + 𝜺𝒄
60
,
O sistema em que a energia mecânica não se altera, ou seja, que a energia potencial e
gravitacional aumenta e diminua proporcionalmente, é denominado Sistema
Conservativo, e segue o princípio da conservação de energia.
Assim, um sistema sobre forças conservativas não produz trabalho e sua energia
mecânica será nula. Todo sistema deve possuir perdas, geralmente com atrito e na
forma térmica, como no caso do atrito da água nas paredes dos dutos, ou do motor
quando se aquece em funcionamento. Estes sistemas que dissipam energia em outra
forma de energia são denominados dissipativos.
Vimos no título anterior que o trabalho pode ser calculado tanto em referência à
energia quanto à força. Isto ocorre porque elas estão intimamente ligadas, já que
ambas consideram uma massa e um movimento. Para compreender o conjugado,
devemos iniciar nossos estudos relembrando o movimento circular ou rotacional.
A força de Lorentz (FL) nos apresenta que em um sistema em um campo elétrico (E),
temos a relação entre a carga (q) e o campo. Já em um sistema em um campo
puramente magnético (B), temos a relação entre a carga, o campo magnético e a
velocidade do corpo (v). A soma destas duas situações apresenta a força segundo o
que segue. (JEWETT, 2011)
𝑭𝑳 = 𝒒(𝑬 + 𝒗 × 𝑩)
𝑭𝑳 = 𝑱 × 𝑩
𝒅𝑾 𝒅𝒙
= 𝒗𝒊 − 𝒇𝒄𝒂𝒎𝒑𝒐
𝒅𝒕 𝒅𝒕
Considerando o fluxo concatenado (𝝀), que é o produto do fluxo magnético (𝝋) pelo
número de espiras da bobina, pode ser considerado resultando no seguinte (UMANS,
2014).
𝒅𝑾 = 𝒊. 𝒅𝝀 − 𝒇𝒄𝒂𝒎𝒑𝒐 . 𝒅𝒙
62
,
3.2 Aplicações
Motores e geradores são basicamente transdutores de energia. Isto significa que eles
possuem o condão de alterar a forma de energia, sendo basicamente de energia
elétrica para energia mecânica no caso dos motores e de energia mecânica para
energia elétrica no caso dos geradores. A utilização da energia elétrica depende da
quantidade de energia que pode ser transformada em trabalho. Isto significa que a
utilização das máquinas girantes está centrada dentro da possibilidade de transformar
energia elétrica em energia mecânica, e vice-versa. Desta forma, com a criação de
campos magnéticos girantes, é possível criar uma força que movimenta motores. Da
mesma maneira, o movimento que cria um campo magnético girante gera o
aparecimento de uma corrente elétrica nos geradores.
𝒇𝒆𝒎 = 𝑵𝑨𝑩𝝎
63
,
MOTO
R
ENERGIA ENERGIA
ELÉTRICA MECÂNICA
GERADO
R
Fonte: Elaborado pelo autor.
Um motor elétrico recebe potência da rede elétrica como potência de entrada (Pe) e a
transforma em potência mecânica como potência na saída (Ps) para o acionamento de
uma carga acoplada ao eixo.
Assim, a potência de entrada e de saída serão diferentes. Ainda, existe uma grande
diferença entre o motor saindo da inércia e do motor em movimento. O motor que
parte da inércia precisará de uma corrente suficiente para vencer a inércia, vencer o
atrito nos mancais e movimentar a massa do rotor. Esta corrente é mais alta que a
corrente nominal (corrente de trabalho do motor), onde o rotor já está girando e a
massa do rotor trabalha a favor da continuidade do movimento. Isto se traduz na
existência ou não de uma fem induzida, pois, ao mesmo tempo que a inércia foi
vencida, uma fem estará sendo gerada, e se contrapõe à corrente que alimenta as
bobinas do motor.
Lembre-se que, como o motor parte com uma velocidade nula (parado), a fem é
igualmente nula. Assim, a corrente que alimentará a bobina será a máxima (corrente
de partida), e isto auxiliará o motor partir. Após atingir sua velocidade nominal, a fem
será máxima, e o motor atingirá uma corrente nominal que será sensivelmente menor
que a corrente de partida.
64
,
Veja que, na partida do motor, havendo uma corrente muito maior, este quadro não
pode permanecer por muito tempo, sob pena de danos ao motor. Assim, a partida do
motor deve ocorrer o mais rápido possível, geralmente em frações de segundos para
motores pequenos ou alguns segundos para motores de grande porte.
Daí o perigo de motores ligados com o rotor emperrado, ou atuando movendo cargas
muito acima do especificado. A potência excessiva gerada será dissipada
predominantemente por efeito joule, causando o aquecimento das bobinas do motor.
O torque elevado de partida poderá trazer danos físicos em grandes motores (JEWETT,
2011).
O motor síncrono recebe este nome porque a velocidade de giro do campo girante
encontra-se em sincronia com o eixo do motor. Para isto, é necessário que ele possua
dois campos magnéticos distintos:
b) outro provocado pela aplicação de tensão fixa no rotor do motor ou por um ímã
permanente.
𝑭𝒎𝒎
𝕽= [𝑨𝒆/𝑾𝒃]
𝝋
𝟏
𝕽=
𝓟
Antes eram pouco utilizados, mas com o avanço dos microcontroladores e sistemas
embarcados, possuem larga escala de uso, especialmente quando se necessita de
precisão, como é o caso da robótica.
Uma vez, em velocidade nominal, poderá ser movido por meio de sinal senoidal, e sua
velocidade pode ser controlada por inversor de frequência.
66
,
Ao girar uma única espira feita com material condutor, sob a ação de um campo
magnético qualquer, este campo que atua sobre a espira irá variar como resultado do
próprio giro. Significa dizer que, estando sob um campo magnético fixo, cada lado da
espira irá receber, ora a ação em uma direção, ora em outra. Com esta variação, a
indução fará aparecer uma corrente na espira, de sentido dependente da posição da
mesma. As máquinas elétricas dependem deste campo magnético para produzirem o
conjugado e tensão.
Figura 3.5 - Uma força (F) qualquer atua sobre o centro de um círculo.
Neste momento o círculo não se movimenta, pois a força, atuando sobre seu centro
exatamente, não causa movimento rotacional no círculo. O conjugado é nulo.
Contudo, se esta força aturar sobre o círculo à uma distância do centro, o círculo irá se
mover e teremos um conjugado.
67
,
Figura 3.6 - Uma força (F) qualquer atua sobre um círculo, à uma distância (r) do
centro.
Neste momento, o disco irá assumir um movimento rotacional por conta da força que
lhe foi aplicada. Este movimento irá gerar uma velocidade angular (ω) e irá então
formar um conjugado. Esta distância (r) é perpendicular e tem como origem, o centro
do disco. Veja que se a força não é perpendicular ao centro, é necessário verificar o
ângulo (θ).
𝐂 = 𝐅 . 𝐫 . 𝐬𝐞𝐧(𝛉)
𝑪 = 𝑱.𝒂
No caso dos motores, esta força descende basicamente da interação entre campos
magnéticos e nos geradores, descende do movimento mecânico externo, como uma
turbina ou um pistão. Veja que isto, em um caráter ideal, pois, na realidade, existe um
conjunto de forças atuantes que entram em concurso entre si, como o atrito, o torque
da carga e o peso.
68
,
Para Lenz, o movimento de uma espira sobre um campo magnético causará uma
corrente (até aqui, Faraday), e esta corrente criará um campo próprio, que se opõe ao
campo que à originou. É interessante frisar que esta lei está em concordância à lei de
ação e reação de Newton e de Le Chatelier, mas implica na criação de reações
eletromagnéticas. O campo resultante destes campos magnéticos é denominado
campo concatenado, e relaciona magneticamente os dois corpos básicos de uma
máquina elétrica: o estator e o rotor (KOSOW, 1982).
Da mesma forma que uma força atua sobre uma partícula que se movimenta à uma
certa velocidade, este campo magnético atuará sobre uma espira em que passa uma
corrente (corrente esta que pode ter sido induzida pelo próprio campo ou que seja
aplicada à espira por meios externos).
Esta expira, estando livre para girar em um eixo, será impulsionada por uma força
magnética.
𝐛
⃗⃗
𝐅𝐁 = 𝐈 ∫ 𝐝𝐬 𝐱 𝐁
𝐚
Peguemos agora uma espira de forma quadrada, que se encontra energizada sobre a
influência de uma corrente e imersa em um campo magnético. Esta espira terá duas
situações especificamente: uma em que a espira está em posição perpendicular ao
campo magnético (“a” e “c”) e outra em que está em posição paralela (“b” e “d”).
69
,
O conjugado total sobre esta espira dependerá basicamente desta força, e será
verificada com o produto da corrente que passa pelo condutor (I), a área da espira (A)
e o módulo do campo magnético (B).
𝐂=𝐈𝐀𝐁
Considerando que os lados das espiras podem não ser perfeitamente perpendiculares
ao campo magnético, a equação acima ficará da seguinte forma.
𝐂 = 𝐈 𝐀 𝐁 𝐬𝐞𝐧(𝛉)
⃗ × 𝐁
𝐂 = 𝐈𝐀 ⃗
70
,
O momento dipolar de uma bobina com um número de espiras (N) de corrente será
⃗⃗ ).
efetuado considerando a corrente (I) e a normal à área (𝑨
⃗⃗
⃗ = 𝐍𝐈𝐀
𝛍
⃗⃗ ).
Ao estar relacionado ao vetor campo magnético (𝑩
⃗𝑪 = 𝝁
⃗ × ⃗⃗𝑩
Solução.
𝛍 = 𝐍𝐈𝐀
𝐂 = 𝛍𝐁
𝐂 = 𝐍. 𝐈. 𝐀 . 𝐁
71
,
Conclusão
REFERÊNCIAS
72
,
Apresentação
Neste bloco, iremos iniciar nossos estudos sobre as máquinas elétricas rotativas
síncronas, onde poderemos conhecer os princípios de funcionamento e os detalhes
construtivos. Iremos ver também que as máquinas elétricas podem ser analisadas
como um circuito elétrico, denominado circuito equivalente.
a) No rotor liso, existe um cilindro maciço onde são criadas ranhuras e nestas
estão alojados os enrolamentos de caráter monofásico. Assim, é necessária a
utilização de anéis comutadores e escovas. Neste enrolamento injeta-se
corrente contínua.
73
,
Figuras 4.1 - (a) Rotor de seis polos salientes. (b) Rotor de oito polos salientes
podendo-se ver os enrolamentos dos polos individuais do rotor. (c) Um único polo
saliente de um rotor, sem que os enrolamentos de campo tenham sido colocados no
lugar. (d) Um único polo saliente, mostrado depois que os enrolamentos de campo já
foram instalados, mas antes que ele tenha sido montado no rotor.
74
,
Máquinas síncronas podem ser construídas para funcionarem tanto como motores
quanto como geradores, dependendo apenas em relação à detalhes construtivos e do
uso. Assim, no gerador, um sistema mecânico providencia o giro no rotor que gera
uma velocidade angular com um torque específico, gerando corrente elétrica e, em
contrapartida, um motor recebe corrente elétrica e gera movimento e torque em uma
velocidade específica.
75
,
𝐧. 𝐏
𝐟=
𝟏𝟐𝟎
A tensão induzida (e) poderá ser encontrada pela diferencial do fluxo magnético
concatenado (𝝋) pelas espiras e este, por sua vez, é multiplicado pelo número de
espiras (N). Interessante frisar então, que a tensão induzida pode ser calculada pelo
seguinte.
𝐝𝛗
𝐞=𝐍
𝐝𝐭
Esta tensão representa uma onda senoidal que é criada também pelo distanciamento
irregular do entreferro (UMANS, 2014).
Fonte: o autor
76
,
Por conta da forma como funciona a máquina síncrona, podemos relevar quatro
peculiaridades do circuito equivalente. A tensão induzida pelo fluxo do enrolamento
de campo, também denominada tensão gerada ou tensão interna (Ea), no enrolamento
do estator é o maior efeito a ser considerado. Nos terminais teremos uma tensão (V φ)
que é igual à tensão gerada, se o gerador não for conectado a uma carga. No caso de
ser conectado à carga, esses valores se alteram, pois, haverá uma corrente nos
enrolamentos do estator alterando o campo magnético gerado pelo enrolamento de
campo. Esta alteração é denominada como reação de armadura (no estator) e ocorre
porque foi criada uma corrente pelo próprio campo magnético que está sendo
afetado.
A tensão de fase será formada pela tensão gerada e a tensão da reação da armadura.
Esta reação da armadura é apresentada na forma de uma reatância onde:
𝑬𝒆𝒔𝒕 = −𝒋𝑿 𝒊𝑨
𝑬𝑨 = −𝒋𝑿𝑨 𝒊𝑨
𝑽∅ = 𝑬𝒄 − 𝒋𝑿𝑨 𝒊𝑨 − 𝒋𝑿𝒊𝑨 − 𝑹𝑨 𝒊𝑨
77
,
𝑿𝑺 = 𝑿𝑨 + 𝑿
Então:
𝐕∅ = 𝐄𝐜 − 𝐣𝐗 𝐒 𝐢𝐀 − 𝐑 𝐀 𝐢𝐀
Fonte: o autor.
No caso do gerador trifásico, a única alteração que se observará é a que ocorre na fase
(120°). Lembre-se que poderá haver desbalanceamento destas fases se as cargas
estiverem desbalanceadas ou desequilibradas.
Pode-se expressar esses valores por meio de fasores, onde, em um diagrama fasorial,
pode-se ver os valores de tensão e corrente no circuito equivalente.
Em uma máquina síncrona, a corrente de campo pode ser facilmente ajustada gerando
efeitos diversos no seu funcionamento. Para o caso de subexcitação da corrente de
campo, efeitos diversos ocorrem no funcionamento da máquina.
78
,
Para uma potência constante, existe então uma mudança do ângulo de fase da
corrente IA, da Tensão EA, mas não há mudanças da tensão da fase (Vφ). Veja este
efeito no diagrama fasorial a seguir:
79
,
Sabemos que, ao aumentar ou diminuir o ângulo de fase, alteramos entre uma carga
indutiva e capacitiva, mudando o fator de potência e entregando (para geradores) ou
utilizando (para motores) ao sistema uma potência reativa capacitiva ou indutiva.
80
,
Em IA2 a corrente está em fase em relação à tensão de fase (Vφ) e o ângulo de fase é 0°.
Neste momento, a tensão EA é tal que proporciona um fator de potência fp=1, e o que
se tem é uma potência reativa igual à 0. A máquina síncrona assemelha-se a um
resistor e não há alterações no sistema elétrico. Neste caso, há uma excitação normal
do campo.
Em IA2 a corrente está atrasada em relação à tensão de fase (Vφ) e o ângulo de fase é
menor que 0°. Então, o que se pode verificar é a diminuição da tensão da armadura E A1
mas o aumento da corrente IA1. Lembre-se que a potência sempre se manterá
constante, e há apenas a alteração da fase entre IA e Vφ . A máquina se comporta agora
como um indutor, entregando ou utilizando potência indutiva do sistema.
Neste gráfico, relacionamos uma corrente de armadura (IA) à uma corrente de campo
(If) em uma potência fixa. Verifica-se uma alteração também de fator de potência.
Vejamos o gráfico “V” de um gerador genérico abaixo.
81
,
No gráfico “V”, a potência é apresentada por unidade (pu) e, desta forma, pode-se
analisar valores de 25%, 50%, 75% e 100% da potência. Também são apresentados os
momentos em que o fator de potência é de 0,8, 1 e após, novamente 0,8 já que o
atraso ou adiantamento da corrente em relação à tensão leva à valores de fator de
potência sempre menor ou igual à 1. Quando o fator de potência é 1, o motor está
sobre excitação de campo normal.
Neste gráfico podemos ver também que o valor de corrente de fase baixo, quando o
motor está sub-excitado, o fator de potência possui características capacitivas, e
superexcitado, características indutivas.
Esta peculiaridade das máquinas elétricas rotativas pode ser utilizada para correção de
fator de potência, sem que sejam necessários bancos de capacitores, aproveitando-se
ainda a conversão de energia providenciada pelas máquinas (KOSOW, 1982).
82
,
𝑰𝑨 = 𝟐𝟓, 𝟖∠ − 𝟑𝟏, 𝟖° 𝑨
𝐄𝐀 = 𝐕∅ − 𝐣𝐗 𝐬 𝐈𝐀
𝐄𝐀 = 𝟐𝟎𝟖∠𝟎° − 𝟔𝟒∠𝟓𝟖, 𝟐°
𝐄𝐀 = 𝟏𝟖𝟐∠ − 𝟏𝟕, 𝟓° 𝐕
83
,
𝐢𝐟 𝐄𝐚
=
𝟒𝐀 𝟏𝟖𝟐𝐕
𝐄𝐚 (𝐈𝐟 ) = 𝟒𝟓, 𝟓. 𝐈𝐟
Pode-se plotar o gráfico “V” de um motor real por meio do software de tratamento
matemático Octave ®.
Fp = 0,85
i_f = (3.8:0.1:5.8);
Prepare a matriz de IA, para que o sistema aloque o espaço previamente para os
resultados.
i_a = zeros(1,21);
x_s = 2.5;
v_phase = 208;
84
,
Abra em uma seção “for” para calcular a corrente de armadura para cada valor:
for ii = 1:21
end
plot(i_f,abs(i_a),'Color','k','Linewidth',2.0,4,25.8,'o');
grid on;
85
,
Figura 4.7 - Gráfico “V” do motor do exemplo dado. O círculo vermelho indica a
corrente de campo de 4A e o resultado de corrente armadura de A, segundo o que
foi calculado.
Conclusão
Neste bloco, foram apresentadas as máquinas elétricas síncronas, onde o campo
magnético girante possui mesma velocidade que o rotor, e geralmente são utilizadas
como geradores de energia elétrica. Podemos ver seus princípios físicos e as
características que envolvem seu processo construtivo. Deduzimos um circuito elétrico
equivalente que representam com detalhes suas características elétricas e estudamos
o comportamento destas máquinas em diversas situações reais.
86
,
REFERÊNCIAS
87
,
Apresentação
88
,
Carcaça
dissipadora
de calor
Bobina do
estator
Mancais do
eixo
Fonte: Adaptado de WAARD, 2011
Nas máquinas assíncronas, podemos ter duas espécies de rotores: Rotor em gaiola e
rotor bobinado. O rotor em gaiola é o mais simples e mais utilizado principalmente na
indústria.
Rotor
Fonte: Adaptado de WAARD, 2011.
No rotor em gaiola, o que se tem é uma construção em curto circuito onde condutores
são encaixados no rotor e curtocircuitados em suas extremidades por anéis. Esta
estrutura é forte e independe de demais peças móveis (KOSOW, 1982).
89
,
O rotor bobinado será construído por bobinas trifásicas onde a corrente trifásica possa
criar campos magnéticos distintos, em 120° e, desta forma, haverá a dependência de
anéis deslizantes e escovas, mas não com a intenção de comutar a corrente como os
rotores dos motores síncronos, mas de transmitir a corrente às bobinas do rotor. Desta
forma, são 3 anéis e 3 escovas, portanto, são mais caros do que a simples construção
em gaiola, pois possuem enrolamentos e necessitam de manutenção nos anéis e
escovas. Desta forma, são raramente utilizados, mas permitem maior flexibilidade de
utilização.
No caso do estator, os enrolamentos trifásicos são instalados em 120° uns dos outros,
conectados em entradas e saídas.
Figura 5.6 - Um diagrama das bobinas do estator. A bobina a e á são entrada e saída
da bobina a. Esta bobina pode ser ligada em estrela ou triângulo para oferecer
diversas configurações de corrente e tensão.
Fonte: o autor
A máquina elétrica é preparada para trabalhar com correntes trifásicas, e desta forma,
suas bobinas são moldadas com esta finalidade. Na imagem acima, em a’ b’ c’ pode-se
perceber o neutro. E também um nó, onde a corrente que entra é a mesma que sai.
Sabemos que o trifásico trabalha com correntes em 120° uma da outra, e desta forma,
suas fórmulas matemáticas são:
Onde Im será a corrente média e θ o ângulo de defasagem que são 0°, 120° e -120°
respectivamente às fases do trifásico.
Como a corrente que entra no nó é a mesma que sai, teremos então, em um t=0,
correntes da seguinte forma:
91
,
𝐈𝐚 (𝐭) = 𝐈𝐦
−𝐈𝐦
𝐈𝐛 (𝐭) =
𝟐
−𝐈𝐦
𝐈𝐜 (𝐭) =
𝟐
Figura 5.7 - A corrente trifásica que circula no estator entrando em “a”, “b” e “c” gera
um campo magnético de dois polos.
92
,
Conforme as correntes começam a alterar, pois, na função Ia, Ib e Ic, agora possui t>0, o
campo magnético começa à rotacionar e a velocidade de rotação deste campo
magnético (ns) será igual à frequência da corrente (f) pois a mesma respeita a rotação
do campo. Para encontrar p, divida o número de polos por dois, pois é igual ao par de
polos N-S. No caso de dois polos, p=1.
𝐟
𝐧𝐬 = [𝐫𝐩𝐬]
𝐩
Ou em rotações por minuto:
𝟔𝟎𝐟
𝐧𝐬 = [𝐫𝐩𝐦]
𝐩
Fonte: FITZGERALD, 2006.
Contudo, não existem somente estatores de dois polos. Com 6 bobinas, este estator
pode possuir 4 polos (4 polos de 3 fases cada, 12 terminais). Veja que a1 e a’1 estão
em 90° e a’1 e a2 também está em 90°. Para 4 polos, p=2.
O estator induzirá uma corrente no rotor e este terá também um campo magnético
próprio criado a partir de sua própria corrente. A relação de força magnética criada
pelo campo agora denominado campo girante, pois gira por conta da frequência das
correntes, respeitando uma velocidade (ns) que está ligada à frequência da corrente.
O rotor inicia seu giro também, mas com certo atraso em relação à velocidade do
campo girante, assim ele gira atrasado em relação ao campo girante. À medida que o
rotor gira, as correntes iniciam a troca de fases. Neste caso, a fórmula para encontrar a
velocidade do campo girante é a seguinte (FITZGERALD A. , Máquinas Elétricascom
introdução à eletrônica de potência, 2006):
𝒇
𝒏𝒔 = [𝒓𝒑𝒔]
𝒑
𝒏𝑺 − 𝒏
𝑺=
𝒏𝒔
94
,
Para iniciar a solução, deve-se ter em mente que, para um motor de 12 polos,
considere p=6.
𝒇
𝒏𝒔 =
𝒑
𝒏𝑺 − 𝒏
𝑺=
𝒏𝒔
𝒇
𝒑 − 𝒏 𝒇 − 𝒏𝒑 𝒑
𝑺= = .
𝒇 𝒑 𝒇
𝒑
𝒇 − 𝒏𝒑 𝒑 𝒇 − 𝒏𝒑 𝒏𝒑
𝑺= . = =𝟏−
𝒑 𝒇 𝒇 𝒇
95
,
𝒇𝒓 = 𝑺 . 𝒇𝒆𝒔𝒕
𝑿𝒔 = 𝟐 . 𝝅 . 𝒇𝒓 . 𝑳𝒓
Veja que a impedância total do rotor será variável pelo escorregamento (S) e, desta
forma, podemos concluir (UMANS, 2014).
𝑿𝒔 = 𝟐 . 𝝅 . 𝑺 . 𝒇𝒆𝒔𝒕 . 𝑳𝒓 = 𝑺 . 𝑿
𝒁𝒓 = 𝑹 + 𝒋𝑺𝑿 [𝛀]
𝐒. 𝐞𝟎 (𝛉)
𝐈𝐫 (𝛉) =
𝐫 + 𝐣𝐒𝐗
Assim, perceba que tanto a corrente quanto a tensão no rotor irão variar segundo o
escorregamento. O próprio conjugado irá variar, pois depende da corrente induzida.
96
,
Fonte: o autor.
Com o escorregamento nulo (S=0), não haverá a corrente induzida e, desta forma, a
tensão e corrente no rotor serão nulos. Da mesma maneira, não há conjugado, pois o
valor de corrente é zero. Á partir disto, com escorregamento muito pequeno (que é o
caso da maior parte dos motores), o valor de fator de potência (fp) se aproxima de 1
pois o ângulo (θ) estará próximo de zero. A impedância do motor terá um valor muito
pequeno de reatância indutiva, tornando-se praticamente resistivo.
97
,
98
,
99
,
O enrolamento auxiliar de partida possuirá uma impedância menor, pois seus fios
podem possuir bitola de menor valor, já que apenas estarão sujeitos à corrente
durante a partida.
100
,
101
,
Por fim, pode-se utilizar polos sombreados no estator, que cria uma força magnética
auxiliar impulsionando o rotor. Veja que o rotor e o estator possuirão polos opostos, o
que não possibilita por si só o giro do rotor. Então, bobinas curti-circuitadas são
adicionadas no rotor, e o enrolamento do rotor criará uma corrente induzida nesta
bobina. Por isto é denominado polos sombreados, já que esta bobina criará polos
adicionais dependentes da corrente do estator, e que irão providenciar o campo
magnético girante. Este tipo de partida possuirá um conjugado de partida muito
pequeno, e será utilizada em motores de potência reduzida (menor que 1/20 HP) mas
entregará muita eficiência ao motor. Para se controlar a direção do giro do rotor,
utilizam-se duas bobinas e cada uma será colocada em curto-circuito para o controle
da direção do campo magnético girante.
Conclusão
Nesta unidade, podemos ver os aspectos principais das máquinas elétricas rotativas
assíncronas, onde a velocidade do campo girante é diferente da velocidade do rotor.
Analisamos os seus aspectos construtivos, e deduzimos um circuito elétrico
equivalente representativo de suas características elétricas. Podemos ver o
comportamento do motor em diversos escorregamentos diferentes, e aprendemos
sobre a partida em motores elétricos monofásicos.
102
,
REFERÊNCIAS
103
,
6 GERADORES E MOTORES CC
Apresentação
Até agora, vimos máquinas elétricas que funcionam baseadas em corrente alternada, o
que, de certa forma, auxilia na movimentação do rotor, na conversão de energia
elétrica para mecânica e vice-versa, de forma que a corrente alternada, sendo um
sistema senoidal e comutado, facilita a movimentação do rotor, a movimentação do
próprio campo girante.
104
,
Esta parte interna das máquinas CC criam a comutação da corrente e, desta forma, são
chamados retificadores mecânicos. Trata-se de anéis de comutação que giram em
escovas de contato.
𝒑𝒐𝒍𝒐𝒔 . 𝑵
𝑪=( ) 𝝋 . 𝒊𝒂
𝟐. 𝝅. 𝑴
𝒑𝒐𝒍𝒐𝒔 . 𝑵
𝑲𝒂 = ( )
𝟐. 𝝅. 𝑴
𝑪 = 𝒌𝒂 𝝋 . 𝒊𝒂
É interessante ter em mente esta equação, pois a constante (ka) é a que geralmente
aparece no projeto de motores, uma vez que suprime detalhes sobre a construção do
enrolamento do motor e assim garante os segredos de fabricação e patente.
𝒆𝒂 = 𝒌𝒂 . 𝝋 . 𝝎𝒎
105
,
𝑷𝒎𝒆𝒄 = 𝑪 . 𝝎𝒎
Motores são máquinas que convertem energia elétrica em energia mecânica, ou seja,
produzem um esforço rotacional (torque) para produzirem rotação mecânica.
106
,
107
,
𝐥
A equação 𝐑 = 𝛒 𝐀 demonstra que a resistência de um determinado
condutor cilíndrico, como um fio, é diretamente proporcional ao seu
comprimento e inversamente à sua área de seção transversal (JEWETT,
2011).
Mesmo que se aplique uma força eletromotriz à bobina da armadura do motor, ainda
assim o motor é essencialmente um gerador e, como tal, o movimentar de suas
bobinas por um campo magnético gera uma força eletromotriz mas de corrente
contrária à corrente de armadura (Ia).
𝒖𝑳 = 𝑲𝒆 . 𝝎(𝒕)
Este valor deve ser considerado ao modelar o motor, uma vez que se deve analisar as
perdas significativas. Podemos utilizar um motor hipotético para aplicar o circuito
equivalente e simular um motor de corrente contínua com velocidade controlada pela
armadura utilizando o MATLAB® ou OCTAVE®.
108
,
Para a simulação, optou-se por utilizar os motores da série DMI 180B produzidos pela
ABB, motores estes de alta performance e bastante difundidos na indústria. O modelo
selecionado foi o 3BSM003050, que possui as seguintes características:
Figura 6.2 - . Motor série DMI 180B modelo 3BSM003050. Cortesia: ABB.
Ra = 427 mΩ
La = 4,72 mH
Ua= 440 V
J = 0,5 kgm²
B=0
109
,
Ua : Tensão de Entrada.
Equação 2: 𝑼𝑹𝒂 = 𝑹𝒂 . 𝑰𝒂
110
,
Equação 3: 𝑼𝑳𝒂 = 𝑳 . 𝑰𝒂
Equação 4: 𝑼𝒆 = 𝑵 . 𝑨 . 𝑩 . 𝝎
(JEWETT, 2011)
𝐝𝐈𝐚
Equação 5: 𝐔𝐚 − 𝐑 𝐚 . 𝐈𝐚 − 𝐋 . − 𝐍 .𝐀 .𝐁 .𝛚 = 𝟎
𝐝𝐭
𝒅𝑰𝒂
Equação 5a: 𝐔𝐚 − 𝑹𝒂 . 𝑰𝒂 − 𝑳 . − 𝑲𝒂 . 𝝎 = 𝟎
𝒅𝒕
Da mesma forma, do outro lado, a força criada pelo fluxo magnético cria um torque,
denominado torque magnético, representado pela seguinte equação, lembrando que
K’ e Kf são constantes da construção do motor e podem ser encarados como Km:
(MAYA, 2014)
𝐔𝐚(𝐬)−𝑲𝒂 .𝝎(𝒔)
Equação 8: 𝑻𝒎 = . 𝐊𝒎
(𝑹𝒂 +𝑳 )
111
,
De outro lado, têm-se o torque mecânico na carga (TL), onde pode-se ignorar o torque
perturbador. Segundo Basilio e Moreira, “usando-se a lei de Newton para o
𝒅
movimento rotacional, pode-se escrever”: 𝒕𝒎 (𝒕) − 𝒕𝒅 (𝒕) − 𝒇𝝎(𝒕) = 𝑱. 𝒅𝒕 𝝎(𝒕)”
𝒅
Equação 9: 𝑻𝑳 (𝒕) = 𝑱. . 𝝎(𝒕) + 𝒃. 𝝎(𝒕)
𝒅𝒕
Equação 10: 𝑻𝑴 = 𝑻𝑳 + 𝑻𝑫
Equação 10a: 𝑻𝑴 = 𝑻𝑳
𝐔𝐚(𝐬)−𝑲𝒂 .𝝎(𝒔)
Equação 11: . 𝐊 𝒎 = 𝑱𝒔. 𝝎(𝒔) + 𝒃. 𝝎(𝒔)
(𝑹𝒂 +𝑳𝒂 𝒔 )
𝐔𝐚(𝐬)−𝑲𝒂 .𝝎(𝒔)
Equação 11a: . 𝐊 𝒎 = 𝑱𝒔. 𝝎(𝒔) + 𝒃. 𝝎(𝒔)
(𝑹𝒂 +𝑳𝒂𝒔)
𝝎(𝒔) 𝐊𝐦
Equação 11b: = ((𝑹 )
𝐔𝐚(𝐬) 𝒂 +𝑳𝒂 𝒔).(𝑱𝒔 +𝒃)+𝑲𝒎.𝑲𝒂
Função de Transferência
𝝎(𝒔)
𝐔𝐚(𝐬)
𝐊𝐦
=
(𝑹𝒂acima,
Pela função de transferência 𝒔). (𝑱𝒔
+ 𝑳𝒂segue + 𝒃o)diagrama
abaixo + 𝑲𝒎. 𝑲𝒃 de blocos definido.
112
,
ka
113
,
Fonte: o autor.
Fonte: o autor.
114
,
No gráfico, o motor sai da inércia a partir do momento em que começa a fluir uma
corrente em sua armadura, criando o campo magnético, e o torque magnético (Tm),
possibilitando a rotação do rotor e eixo. Após este torque gerado causa a elevação da
velocidade angular do rotor (ω). Verifica-se uma perturbação na velocidade ao iniciar o
motor á vazio, mas logo se estabiliza. Após, engrenar a carga, o motor sofre outra
desestabilização na velocidade e a diminuição da velocidade causa diminuição do
movimento.
115
,
O campo pode ser conectado à armadura por uma derivação de resistência, dando
origem à excitação por derivação. No caso dos motores, os efeitos são semelhantes à
configuração de excitação independente. Contudo, a utilização de um reostato pode
acarretar em um controle ótimo da velocidade do motor. Então é muito aplicado em
caso de motores em que se deseja o controle de velocidade.
116
,
Os motores com excitação em série possuem uma grande vantagem, pois podem ser
utilizados tanto em corrente contínua como em alternada, sendo normalmente
chamados de motores universais ou motores em série universal. São utilizados para
aplicações de pequena carga e grandes velocidades como eletrodomésticos e
ferramentas manuais (FITZGERALD, 2006).
117
,
118
,
Conclusão
REFERÊNCIAS
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