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PPA – PROPEDÊUTICA CLÍNICA I

Equipe: Bárbara Nogueira Lopes, Carla Cristina Felipe Amparado, Ingrid


Miranda Mendes, Laura Maria Rocha Rabelo, Letícia Moura Oliveira, Pedro

QUESTÃO 01

Dra. Keity, após identificar uma lesão periapical no dente 25, tratado endodonticamente,
realizou uma manobra cirúrgica visando romper a mucosa e o osso, penetrando no
interior dos tecidos, até alcançar a lesão.

CLASSIFIQUE a manobra cirúrgica realizada.

1 As manobras cirúrgicas realizadas pela Dra. Keity podem ser classificadas como pode

2 divulsão. Primeiramente é realizada a diérese na mucosa do paciente, ato cirúrgico de

3 dividir ou separar os tecidos por meio de uma incisão. A incisão é feita com auxílio do

4 bisturi, de lâmina n°15 e cabo n°3 Bard Parker. Ela é feita de modo direto e certeiro,
com
5 bordas regulares e nítidas. Como o dente a ser tratado é o 25, a incisão começa na

6 distal do dente 26. O bisturi é adentrado perpendicularmente ao tecido, dentro do


sulco
7 gengival, até tocar o osso. Quando obteve a certeza de que tocou o osso, contorna a

8 vestibular do molar e a papila entre os dentes 26 e 25, corta a distal do 25, chega até
a
9 diérese papila entre o dente 25 e 24, envolve ela e faz um alívio divergente. Essa
incisão
1 ser nomeada de incisão em L, de Winter ou de Newman. O alívio é feito com o intuito
0
1 de evitar que o fluxo sanguíneo do local seja interrompido.
1
1 Feita a incisão, o próximo passo é a divulsão, ato cirúrgico de separação dos tecidos
2
1 através do auxílio de pinças hemostáticas de Kelly, tesouras Metzenbaum e Mayo ou
3
1 separadores rombos, com o objetivo de melhor visualização do local da lesão.
4

QUESTÃO 02

Paciente, 41 anos, apresenta aumento de volume localizado em corpo de mandíbula do


lado direito, assintomático, com imagem radiolúcida bem delimitada.
DESCREVA sobre manobra cirúrgica de remoção dessa lesão.
.
1 De acordo com o caso clínico, iniciaríamos com punção aspirativa, uma manobra que

2 auxilia no diagnóstico, uma vez que evidencia o conteúdo da lesão, que pode ser

3 sólido ou líquido, ou seja, pode ser constituído por sangue, pus ou líquido citrino. Ao

4 analisar a lesão pode-se concluir que será necessário ser utilizado a manobra
cirúrgica
5 exérese para a remoção dessa lesão para biópsia e assim confirmar o diagnóstico

6 teórico. A biópsia incisional é caracterizada pela ressecção cirúrgica com margem de

7 segurança, e se necessário, enxerto ósseo. Essa é a manobra que possui uma

8 característica de remoção ou extirpação total ou parcial do tecido ou órgão,


englobando
9 vários procedimentos como a remoção de lesões quanto patológicas, osteotomias,
etc.
1 Alguns instrumentais são utilizados na exérese, como os bisturis normalmente de
0
1 número 15 ou 15C e tesouras com sua devida numeração baseando-se no tamanho
1
1 da lesão para remoção da mesma para biópsia.
2

QUESTÃO 3

Dr. Cerqueira, ao realizar uma incisão linear, na região submandibular, deparou com uma
hemorragia de fluxo pulsátil e intensa. Com manobras rápidas e cuidadosas de divulsão,
conseguiu identificar o vaso sangrante.

PROPONHA como agir, nessa situação, para uma hemostasia definitiva.

1 Sabendo que uma hemorragia de fluxo pulsátil e intensa é categorizada por


hemorragia
2 Arterial, sua principal indicação seria uma hemostasia definitiva para controle do

3 sangramento. Quando encontrado o vaso sangrante, a técnica é feita através do

4 pinçamento desse vaso utilizando de pinças hemostáticas, a mais comumente usada


é
5 A pinça Kelly por ser mais longa e de fácil manuseio. Quando usada isoladamente,
deve
6 aguardar cerca de 8 a 10 minutos, para a formação do trombo plaquetário na luz do
7 vaso rompido. Se após esse tempo o vaso ainda estiver com fluxo hemorrágico, pode

8 ser feita também a ligadura, mais indicada para artérias e vasos de grande e médio

9 calibre. A técnica é feita usando pinças hemostáticas para o pinçamento do vaso

1 sanguíneo, então é feita a oclusão do lúmen do vaso por meio de fios de sutura,
0
1 geralmente fios reabsorvíveis, amarrando-os e finalizando com um nó simples, se
1
1 tornando assim uma hemostasia definitiva. Podendo então dar continuidade a
2 cirurgia.

QUESTÃO 04

Ivaneide, acadêmica de odontologia, após extração do dente 36, pela técnica primeira,
realizou uma sutura com pontos isolados simples e fio não reabsorvível.

EXPLIQUE sobre o fio utilizado.


1 Os fios de sutura não reabsorvíveis podem ser encontrados de formas naturais (seda,

2 linho e algodão) ou sintéticos (nailon, poliéster e polipropileno), e são dividos em

3 multifilamentados e monofilamentados. Os multifilamentos são caracterizados por

4 serem mais rigidos e abrasivos, sendo necessário dar mais de dois nós, então são
mais
5 propícios a causarem contaminação no local da cirurgia. Já os monofilamentados,são

6 relativamente rígidos e se adaptam melhor ao tecido, porém apresentam maior

7 dificuldade na fixação do nó cirúrgico.

QUESTÃO 05

J.M.B, 51 anos, foi submetido a extração dos dentes 36 e 37, sendo insensibilizados os
nervos bucal, lingual e alveolar inferior.

DESCREVA a técnica anestésica utilizada.


1 No caso apresentado as técnicas a serem utilizadas são as bloqueio do nervo

2 alveolar inferior e bloqueio do nervo bucal.

3 O Bloqueio do nervo alveolar inferior é a técnica usada mais corriqueiramente


dentro
4 da odontologia, ela é utilizada para intervenções cirúrgicas nos dentes inferiores e

5 tecidos moles anteriores ao primeiro molar, essa técnica não bloqueia o nervo
lingual
6 e o nervo bucal, ambos podem ser utilizados caso seja necessário a analgesia da

7 mucosa vestibular de primeiro a terceiro molar, ou os tecidos moles da região


lingual.
8 O profissional deverá se posicionar em frente ao paciente e pelo seu lado
esquerdo,
9 assim anestesiando o nervo alveolar inferior esquerdo, sendo realizado na posição

1 de 10 horas. O cirurgião dentista deve secar a mucosa com gaze estéril e aplicar o
0
1 anestésico tópico. Para encontrar a altura de injeção, o profissional deverá palpar a
1
1 incisura coronóide com o polegar ou indicador da mão esquerda, e deve também
2
1 traçar uma linha imaginária do ponto do dedo a rafe, na maioria dos casos esta
3
1 altura se encontra entre 6 a 10 mm acima do plano oclusal. A agulha recomendada
4
1 para a realização da técnica é a longa de calibre 25 ou 27, o corpo da seringa
5 carpule
1 deverá estar direcionada aos pré-molares do lado direito e o bisel voltado para o
6
1 osso, a área de introdução será na face medial do ramo mandibular, os pontos de
7
1 reparo serão a incisura coronóide, rafe pterigomandibular e plano oclusal dos
8 dentes
1 posteriores até tocar o osso, e então recuar 1mm para não ocorrer a injeção
9
2 subperiosteal. A injeção do anestésico deve ocorrer lentamente, realizando
0
2 aspiração, aproximadamente 1ml durante no mínimo 60 segundos. A penetração
1
2 da agulha será de 20 a 25mm ou 2/4 do comprimento da mesma. Após isso,
2
2 deve-se recuar 1/3 da agulha e injetar cerca de 0,5ml para a anestesia do nervo
3
2 lingual. Após isso, retirar a agulha lentamente e aguardar de 3 a 5 minutos para o
4
2 efeito do anestésico. Para a introdução da agulha seja menos traumática é utilizado
5
2 o afastador de Minessota.
6
2 O nervo bucal é ramo da divisão anterior do nervo da mandíbula e não é
7 anestesiado
2 durante o bloqueio do nervo alveolar inferior. Esse nervo é responsável pela
8
2 inervação sensitiva dos tecidos moles da região do vestibular dos molares. A área
9
3 a ser anestesiada nessa técnica são os tecidos moles vestibulares e periósteo na
0
3 região de molares inferiores. Para realizar a técnica do Bloqueio do Nervo Bucal é
1
3 recomendado agulha longa de calibre 25 ou 27. A introdução da agulha será na
2
3 mucosa vestibular do dente molar mais distal do arco mandibular. Deve-se usar de
3
3 Referência os molares inferiores e a prega mucojulgal. Ademais, para começar a
4
3 realização da anestesia, é necessário secar a mucosa com gaze estéril e aplicar
5
3 anestésico tópico. Com o bisel voltado para o osso, introduzir a agulha no fundo do
6
3 vestíbulo do último molar e penetrar 2 a 4mm. Injetar cerca de 0,3ml de solução do
7
3 anestésico lentamente. Retirar a agulha com cuidado e aguardar de 3 a 5 minutos
8
3 para a realização do procedimento.
9

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