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Proposta de Redação

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos
ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade
escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Debate sobre o aumento dos
casos de violência doméstica durante a quarentena”, apresentando proposta de
intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma
coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I

Disponível em: http://www.contagem.mg.gov.br/novoportal/2020/04/06/novos -locais-e-


canaisde-denuncia-e-atendimento-a-mulher-em-situacao-de-violencia-domestica-e-
familias/

TEXTO II

Instituto Maria da Penha alerta sobre violência doméstica em quarentena

Segundo um levantamento realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública


(FBSP), o número de ocorrências de violência contra a mulher aumentou em seis
estados (São Paulo, Acre, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Pará),
em comparação ao mesmo período em 2019. Só no Estado de São Paulo, onde a
quarentena foi adotada no dia 24 de março, a Polícia Militar registrou um aumento de
44,9% no atendimento a mulheres vítimas de violência, o total de socorros prestados
passou de 6.775 para 9.817. Casos de feminicídios também subiram, de 13 para 19
(46,2%).
O isolamento social intensifica a convivência entre os familiares, o que pode aumentar
as tensões. O contexto de apreensão, incertezas e adversidades impostas pela
pandemia, além do consumo excessivo de álcool nesse período, colabora para as
discussões entre casais -que podem desencadear diversas formas de agressão (física,
psicológica, sexual, patrimonial e moral). Devido ao isolamento social, muitas mulheres
não conseguem fazer as denúncias, o que gera um número alto de subnotificações.

Pensando nesse cenário, o filme "Call", criado pela agência F.biz e pela Vetor Zero, que
mostra um caso de violência doméstica descoberto a partir um grupo de pessoas em
uma videoconferência de trabalho. "Lidamos diariamente com a violência doméstica.
Mas o confinamento deu mais visibilidade a ela. Daí a importância de conscientizar e
informar sobre como identificar as situações de violência, quais os canais de denúncia e
de que modo cada um de nós pode ser parte da rede de apoio às vítimas", diz
Conceição de Maria, cofundadora e superintendente-geral do Instituto Maria da Penha.

Disponível em: https://economia.uol.com.br/videos/2020/05/12/instituto -maria-da-penhaalerta-


sobre-violencia-domestica-em-quarentena.htm (Adaptado)

TEXTO III

Campanha 'Sinal Vermelho' permite que mulheres vítimas de violência doméstica


procurem ajuda em farmácias
A vítima pode usar uma caneta ou um batom vermelho para marcar um 'X' na palma da
mão, para que o atendente ou farmacêutico, acione a polícia

As mulheres vítimas de agressão agora podem buscar socorro em farmácias do Espírito


Santo. A campanha 'Sinal Vermelho' busca estimular as denúncias de violência
doméstica, que aumentaram durante o isolamento social. O sinal vermelho, destaca
para um basta. A comunicação entre a vítima e aquele que pode salvar a vida dela não
precisa de palavras, nem expressões, o símbolo é um 'X' vermelho na palma da mão,
está sendo divulgado em mais de 10 mil farmácias do país. No Espírito Santo, todas as
grandes redes como Santa Lúcia, Pague Menos, Pacheco e Drogasil já aderiram a
campanha. A vítima pode usar uma caneta ou um batom vermelho para marcar um 'X'
na palma da mão, para o atendente ou farmacêutico, ligar para a polícia. Além disso, os
funcionários das farmácias precisam compreender o sinal, através de treinamentos ou
uma boa conversa entre o gerente e os atendentes. "Tem que ser bem discreto, chamar
a vítima em um canto e pegar o telefone ou endereço. Para tomarmos todas as
providências e ligar para a polícia", destacou o gerente de farmácia, Murilo Rodrigues.

Disponível em: https://www.folhavitoria.com.br/geral/noticia/06/2020/campanha -sinalvermelho-


permite-que-mulheres-vitimas-de-violencia-domestica-procurem-ajuda-em-
farmacias (Adaptado)

Quebrada. Violada. Insegura. São sentimentos que estão presentes diariamente na vida de uma mulher
que vive com seu abusador. No Brasil, o parceiro é o responsável por mais de 80% dos casos reportados e isso
significa que inúmeras mulheres são privadas de sua liberdade em suas próprias casas e muitas das vezes
reprimidas a todo instante em razão da pandemia já que, nesse período, o estresse é muito maior devido aos
problemas enfrentados e muitos descontam em bebidas alcoólicas. Logo, o Debate sobre o aumento dos casos
de violência doméstica durante a quarentena é fundamental para amparar mulheres que sofrem com isso e não
são capazes de se libertarem sozinhas.

Em primeiro lugar, as complicações que o covid-19 trouxe para as milhares famílias brasileiras é
perceptível e assustadora. O IBGE constatou que a taxa de desemprego, nos últimos 5 meses, chegou a 13,7%, o
que corresponde a 12,9 milhões de pessoas que estão sem uma renda fixa e sem garantia de alimento, luz e
água em suas casas e isso é o bastante para desestabilizar qualquer pessoa. Conforme os meses passam, mais
tempo as pessoas precisam ficar “enjauladas” com seus familiares e a frustação e impaciência é cada vez maior,
visto que não é certo quando as coisas voltarão ao normal, e chega em um ponto onde pressão é tão alta que
esses homens descontam todas as suas inquietações no elo mais fraco, a mulher, de forma covarde. Dessa
maneira, é de extrema importância que as mulheres encontrem apoio na sociedade.

Em segundo lugar, já foi constatado que Bebida alcoólica é boa para aliviar momentos de estresse.
Porém, apesar de ser benéfico em alguns sentidos, o seu consumo em excesso pode trazer prejuízos depois do
usuário ter atingido o seu pico de felicidade, e é nesse momento que o sentimento de invalidez vem a tona e faz
com que o homem procure por um motivo para eliminar aquela sensação de tristeza e muitas das vezes, essa
sensação é expressada por agressividade, ele deseja se sentir superior a qualquer coisa ou situação. Em outras
palavras, o abusador encontra na mulher, medos e inseguranças que podem ser usados ao seu favor, na
tentativa falha de se sentir melhor que ela. Dessa forma, o uso excessivo de álcool é prejudicial na pandemia e
deveria ser proibido.

Urge, portanto, que medidas sejam tomadas para solucionar esse problema. Para isso, cabe ao MMFDH
(Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos), órgão responsável pela defesa dos direitos humanos
e das minorias no nosso país, além de ser encarregado de formular políticas de inclusão dessas classes na
sociedade, juntamente com a OMS (organização mundial da saúde), criar uma proposta que ofereça apoio à
mulheres violentadas e que diminua a venda de bebidas alcoólicas nessa pandemia, por meio de campanhas
virtuais e atendimentos psicológicos a fim de proteger mulheres que sofrem abuso físico e emocional todos os
dias.

ISADORA - 17

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