Adriano Martinez
Arnaldo José Simedo
Guilherme Bernardo Vitoretti
Kairo Fernando Beduti
Renan Ramos Chaves
Wellington Moreno
Resumo:
Este artigo tem como objetivo apresentar conceitos comumente abordados pela parte de
administração lógica e infra-estrutura de uma rede de computadores. Dentre eles terão
destaque o endereçamento IP versão IV focando as diferentes maneiras de atribuição e
modalidades de IP bem como, DHCP, DNS e WINS.
Palavras-chave: Rede, Internet, IP, IPv4, TCP/IP, DHCP, DNS, WINS.
Abstract:
This article aims to present the most common logic and infrastructure network concepts. Such
as IPv4, showing the different ways of IP attribution and its categories, DHCP, DNS and
WINS.
Keywords: Network, Internet, IP, IPv4, TCP/IP, DHCP, DNS, WINS.
1. Introdução
Desenvolvida em tempos de Guerra Fria, para fins militares, e originalmente chamada de
Arpanet, a internet surgiu praticamente sem querer (BOGO, 2000). Atualmente a internet não
é considerada mais um luxo, trata-se de uma das maiores redes de comunicação existentes. No
final da década de 70 o crescimento da Arpanet fora tão grande que o seu protocolo original, o
NCP, passou a ser inadequado, posteriormente dando lugar ao hoje conhecido TCP/IP , que
permitiria o crescimento praticamente ilimitado do que hoje se conhece como internet.
2. IPv4
As redes de computador são constituídas de varias camadas, sendo elas, de acordo com a
arquitetura de Pilha de Protocolos TCP/IP, a camada de aplicação, transporte, internet e
acesso à rede (SINCERO, 2004), conforme apresentadas na figura 1. Para o melhor
entendimento do funcionamento e da aplicação do IPv4 faremos uma introdução de conceitos
sobre as camadas de internet e transporte.
Figura 1 – Modelo de Pilha de Protocolos TCP/IP (gridra.wordpress.com/2008/09)
3.1. Benefícios
O uso do DHCP traz diversos benefícios, dentro os quais podemos destacar os seguintes:
- Automação do processo de configuração do protocolo TCP/IP nos dispositivos da rede.
- Facilidade de alteração de parâmetros tais como gateway padrão, servidor DNS e assim por
diante, em todos os dispositivos da rede, através de uma simples alteração no servidor DHCP.
- Eliminação de erros de configuração, tais como digitação incorreta de uma máscara de sub-
rede ou utilização do mesmo número IP em dois dispositivos diferentes, gerando um conflito
de endereço IP.
3.2. Funcionamento
Segundo o site Guia do Hardware, quando um computador se conecta a uma rede, ele
geralmente não sabe quem é o servidor DHCP e, então, ele manda, um pacote UDP em
broadcast endereçado ao IP "255.255.255.255", que é transmitido pelo switch para todos os
micros da rede. O servidor DHCP recebe este pacote e responde com um pacote endereçado
ao endereço IP "0.0.0.0", que também é transmitido para todos os computadores. Apesar
disso, apenas o computador que enviou a solicitação lerá o pacote, pois ele é endereçado ao
endereço MAC da placa de rede. O servidor DHCP responde informando os dados
necessários, principalmente um número IP livre até então. Caso o cliente aceite, esse número
ficará indisponível a outros computadores que se conectarem à rede, já que um endereço IP só
pode ser utilizado por um único computador por vez. O DHCP usa um modelo cliente-
servidor, no qual o servidor DHCP mantém o gerenciamento centralizado dos endereços IP
usados na rede. Quando o computador utiliza a versão servidor DHCP, ele deve possuir um IP
fixo porque não é possível funcionar a versão cliente e servidor ao mesmo tempo no mesmo
computador. O DHCP possui um gerenciador para que o administrador da rede possa alterá-lo
facilmente. O protocolo DHCP pode funcionar nas seguintes formas:
- Automática: neste modo, uma determinada quantidade de endereços IP é definida para ser
usada na rede, por exemplo, de 192.168.0.1 a 192.168.0.50. Assim, quando um computador
fizer uma solicitação de inclusão na rede, um dos endereços IPs em desuso é oferecido a ele;
- Dinâmica: este modo é muito semelhante ao automático, exceto no fato de que a conexão à
rede é feita por um tempo pré-determinado. Por exemplo, uma máquina só poderá ficar
conectada por no máximo duas horas;
- Manual: este modo funciona da seguinte forma: cada placa de rede possui um parâmetro
exclusivo conhecido por MAC (Medium Access Control). Trata-se de uma seqüência
numérica que funciona como um recurso para identificar placas de rede. Como esse valor é
único, o administrador pode reservar um endereço IP para o computador que possui um
determinado valor de MAC. Assim, só este computador utilizará o IP em questão. Esse
recurso é interessante para quando é necessário que o computador tenha um endereço IP fixo,
ou seja, que não muda a cada conexão.
As máscaras são representadas por um número após uma barra (/29 no exemplo), este se
refere ao número de bits que representa a rede. O exemplo acima permite oito combinações e
um máximo de seis endereços que podem ser usados para identificar os hosts, visto que o
primeiro e o último (0 e 8) não podem ser usados pois são reservados para pacotes de
broadcast (bem como 0 e 255 nos IPs que não utilizam-se deste recurso). Sob circunstâncias
normais não se pode ter um /31 ou /32, pois isso permitiria zero hosts válidos. O /31 pode ser
usado para links ponto-a-ponto, onde broadcasts não são necessários (KOZIEROK, 2005).
Voltando ao exemplo do Bandel, com os dois escritorios, a mesma rede poderia continuar
sendo partida em 4, 8, 16, 32 redes diferentes. Podemos partir de /8 até alcançarmos /30 como
demonstra a tabela.
Nº de Nº de
Tamanho do
bits para Bits para Nº de hosts por Máscara de sub- Nº de endereços equivalentes
prefixo em
o ID da o ID do rede rede equivalente
Slash Notation
rede host
Classe A Classe B Classe C
1 30 2.147.483.646 /1 128.0.0.0 128 - -
2 29 1.073.741.822 /2 192.0.0.0 64 - -
3 28 536.870.910 /3 224.0.0.0 32 - -
4 27 268.435.454 /4 240.0.0.0 16 - -
5 26 134.217.726 /5 248.0.0.0 8 - -
6 25 67.108.862 /6 252.0.0.0 4 - -
7 24 33.554.430 /7 254.0.0.0 2 - -
8 23 16.777.214 /8 255.0.0.0 1 256 -
9 22 8.388.606 /9 255.128.0.0 1/2 128 -
10 21 4.194.302 /10 255.192.0.0 1/4 64 -
11 20 2.097.150 /11 255.224.0.0 1/8 32 -
12 19 1.048.574 /12 255.240.0.0 1/16 16 -
13 18 524.286 /13 255.248.0.0 1/32 8 -
14 17 262.142 /14 255.252.0.0 1/64 4 -
15 16 131.070 /15 255.254.0.0 1/128 2 -
16 15 65.534 /16 255.255.0.0 1/256 1 265
17 14 32.766 /17 255.255.128.0 - 1/2 128
18 13 16.382 /18 255.255.192.0 - 1/4 64
19 12 8.190 /19 255.255.224.0 - 1/8 32
20 11 4.092 /20 255.255.240.0 - 1/16 16
21 10 2.046 /21 255.255.248.0 - 1/32 8
22 9 1.022 /22 255.255.252.0 - 1/64 4
23 8 510 /23 255.255.254.0 - 1/128 2
24 7 254 /24 255.255.255.0 - 1/256 1
25 6 126 /25 255.255.255.128 - - 1/2
26 5 62 /26 255.255.255.192 - - 1/4
27 4 30 /27 255.255.255.224 - - 1/8
28 3 14 /28 255.255.255.240 - - 1/16
29 2 6 /29 255.255.255.248 - - 1/32
30 1 2 /30 255.255.255.252 - - 1/64
5.2 Hierarquia
Diferentemente do Windows, que mostra a localização do arquivo a partir do diretório nível
mais superior C:\windows\nomedapasta\nomedoarquivo, o DNS listará a partir do nível mais
baixo na hierarquia host-a.exemplo.micrsoft.com.
Tem-se como diretório raiz do serviço de resolução de nomes o ponto(.) no final do endereço.
Porém, mesmo não colocando este ponto, o browser interpreta a sua presença e faz a busca do
site pretendido. Exitem hoje treze diretórios-raiz do DNS. São os chamados Root-Servers,
abaixo deles temos ainda os Top Level Domains (BURITI, 2006).
Root-Servers: servidores raiz do servidor DNS clusters, que são responsáveis para a delegação
de DNS os pedidos para o domínio de topo (TLD) nameservers. Exemplos retirados do site
http://pt.tech-faq.com/dns-root-servers.shtml:
A.ROOT-SERVERS.NET.
Operador: VeriSign Naming e Directory Services
Endereço IP: 198.41.0.4
B.ROOT-SERVERS.NET.
Operador: Information Sciences Institute
Endereço IP: 192.228.79.201
Top Level Domains: servidores de nível mais baixo que os Root-Servers. Com base no em
informações do site http://www.iana.org/domains/root/db/, hoje existem mais de 200 Top
Level Domains registrados na internet.
6. WINS
Abreviatura de Windows Internet Name Services é mais um serviço de resolução de nomes
mantido por questões de compatibilidade com versões anteriores do Windows (95, 98, Me,
3.11) e aplicações mais antigas, que ainda dependam da resolução de nomes NetBios.
Todo computador tem dois nomes: um chamado nome de hosts e um nome NetBios, que por
sua vez devem ser iguais.(BATTISTI, 2006).
6.1 Funcionamento
O WINS tem muitas diferenças em relação ao DNS. A primeira e fundamental delas é o fato
de não formar um espaço de nomes hierárquico, mas sim plano (flat).
Na época do NT Server 4.0, a maioria dos clientes eram baseados em Windows 95/98 e o
WINS era o serviço de nomes mais utilizado. A partir do Windows 2000 Server, com o Active
Directory, o DNS passou a ser o serviço preferencial para a resolução de nomes, obrigatório
para o caso do Active Directory. Segundo Battisti (2006), estamos vivendo um período de
transição do WINS para o DNS.
Os nomes NetBios podem ter até 15 caracteres, 16 sendo que o décimo sexto é reservado para
uso do sistema operacional. O Windows 2000 Server registra, para um mesmo computador, o
nome NetBios mais de uma vez, apenas mudando o décimo sexto caractere. Este indica um
serviço específico no computador (BATTISTI, 2006).
7. Conclusão
A internet, bem como as redes locais de computadores, sem as tecnologias citadas não seria o
grande meio de comunicação indispensável que são, tornando o simples fato de acessar um
web site ou o computador ao seu lado, uma árdua e lenta tarefa necessitando de
conhecimentos técnicos e uma grande base de informação local para cada usuário.
Referências
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http://www.infowester.com/dns.php. Acesso em 09 Set. de 2009.
BANDEL, D. A. CIDR: A Prescription for Shortness of Address Space. 1998.
BATTISTI, J. Artigos de Windows e Redes, visualizado em
http://www.juliobattisti.com.br/artigos/default.asp em 09 Set. de 2009.
BURITI, G. L. C. Extensões de Segurança para o DNS, 2006. (Monografia
– Curso de Especialização em Segurança da Informação). Centro Federal de Educação
Tecnológica da Paraíba – CEFETPB, Paraíba.
KOZIEROK, C. M. The TCP/IP guide – A comprehensive, illustrated internet protocols
reference. 2005.
KUROSE, J. F. & ROSS, K. W. Redes de Computadores e Internet. Pearson 3ª edição 2007.
OLIVEIRA, J. & SILVA, L. J. CIDR - CLASSLESS INTER-DOMAIN ROUTING. 2008
TANENBAUM, A. Redes de Computadores. 4. ed. Rio de Janeiro: Campus Elsevier, 2003.
VALLE, D. & ULBRICH. Universidade H4ck3r. Desvendando todos os segredos do
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