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E-book

Principais Alterações da
NR 01, NR 07 e NR 09
Dicas para entendimento do GRO, PGR e PCMSO
Principais Alterações da NR 01, NR 07 e NR 09

1ª Edição - Outubro/2020

SG4
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de excelência através da consultoria e auditoria para implementação e manutenção dos Sistemas de Gestão
da Qualidade, Meio Ambiente, Saúde e Segurança do Trabalho, Responsabilidade Social e Compliance.

Fornecemos as melhores soluções, de aprendizagem e desenvolvimento, personalizadas de acordo com as


suas necessidades. Acreditamos que pessoas que recebem treinamento e suporte adequados em seu desen-
volvimento profissional são mais mo vadas, orgulhosas de seu cargo e responsabilidades e mais qualificadas,
informadas e produ vas.

A experiência ob da ao longo dos anos com Sistemas de Gestão Integradas, em especial com Gestão de Saúde
e Segurança do Trabalho, alavancou nosso espectro de atuação e hoje temos também exper se para atender
todas as demandas relacionadas à Gestão Ocupacional.

Conheça mais sobre nós:

2
Índice

04. Introdução

05. Norma Regulamentadora 01

06. Norma Regulamentadora 07

08. Norma Regulamentadora 09

09. GRO & PGR

11. Conclusão

12. Perguntas e Respostas


Introdução

Foram assinadas e publicadas no NORMA REGULAMENTADORA 01


Diário Oficial da União no mês de Portaria 6.730/20
março de 2020 as novas redações Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos
Ocupacionais.
das Normas Regulamentadoras
(NR’s) 01, 07 e 09.
NORMA REGULAMENTADORA 07
Portaria 6.734/20
Programa de Controle Médico de Saúde
A ideia foi deixar os textos mais Ocupacional - PCMSO.
leves e simples, para facilitar o
entendimento, desburocra zar os NORMA REGULAMENTADORA 09
processos e reduzir custos. As Portaria 6.735/20
novas regras entram em vigor Avaliação e Controle das Exposições Ocupacionais
somente um ano após a publica- e Agentes Físicos, Químicos e Biológicos.

ção.

‘‘ Vamos
entender melhor
as mudanças?

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NORMA REGULAMENTADORA 01
Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais

A primeira mudança que podemos citar é o nome da norma, antes da nova redação a norma
chamava-se Disposições Gerais, era mais conceitual. Com a mudança, a NR-01 fica denominada
Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais, ela deixa de ser apenas introdutória
ao tema e passa a ser uma norma de ações adotadas para um bom Gerenciamento de Riscos.

A norma passou a direcionar as ações que devem ser tomadas para o GRO (Gerenciamento de Ris-
cos Ocupacionais) no âmbito do trabalho, sendo assim, as mudanças vão além do âmbito legisla vo,
a ngindo diretamente na forma de pensar sobre a prevenção de doenças e acidentes ocupacionais.

Com a criação do PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos) as empresas seguirão as diretrizes


da NR-01, isso fará com que não haja vários programas para levantamento e minimização de riscos,
ou seja, as informações serão apresentadas no PGR.

Isso mesmo, o PGR irá subs tuir o PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais), pois esse
novo documento irá contemplar todos os riscos. Além dos riscos sicos, químicos e biológicos, que
eram tratados no PPRA, o PGR também irá englobar os riscos ergonômicos, mecânicos e de aci-
dentes.

Conforme a nova redação o PGR deverá ser implantado por unidade operacional, setor ou a vi -
dade e o levantamento preliminar de perigos deve ser feito antes do início do funcionamento
do estabelecimento ou novas instalações, para as a vidades existentes e nas mudanças e introdu-
ção de novos processos ou a vidades de trabalho.

Após a avaliação, os riscos ocupacionais devem


ser classificados e, se necessário, adotar medidas
preven vas e elaborar plano de ação. A avaliação
dos riscos deve ser con nua, sendo assim, deve
ser revista a cada 2 anos ou em casos de:

Implementação das medidas de prevenção, para


avaliação de riscos residuais;
Inovações e modificações nas tecnologias, ambi-
entes, processos, condições, procedimentos e
organização do trabalho que impliquem em novos
riscos ou modifiquem os riscos existentes;
Quando iden ficadas inadequações, insuficiências
ou ineficácias das medidas de prevenção;
Na ocorrência de acidentes ou doenças relaciona-
das ao trabalho;
Quando houver mudança nos requisitos legais
aplicáveis;

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Para empresas que possuem cer ficações em sistema de gestão de SST (Saúde e Segurança do
Trabalho), como por exemplo ABNT ISO 45001:2018, o prazo passa a ser de 3 anos para revisão.
Para empresas que se enquadram nesses termos, subentende-se que a organização está em um
alto nível de exigência.

Uma outra questão abordada nessa nova redação é o tratamento diferenciado para MEI
(Microempreendedor Individual), ME (Micro Empresa) e EPP (Empresa de Pequeno Porte).
O MEI está desobrigado de elaborar o PGR, porém, uma empresa que o contrate, deve
inserí-lo em seu Programa de Gerenciamento de Riscos. As micros e pequenas empresas de
grau 1 e 2 e que não iden ficaram riscos ambientais em conformidade com a NR-09 em seu
levantamento preliminar de perigos, ficam dispensadas também da elaboração do PGR.

Lembrando que para declarar que não exista tal risco, deve-se fazer uma avaliação de risco
conduzida por profissional competente.

NORMA REGULAMENTADORA 07
Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional

A Norma Regulamentadora 07, que trata do PCMSO, em sua nova versão, está conectada com
o PGR descrito na NR-01. Ela inicia descrevendo que o PCMSO deve seguir a avaliação de riscos
do PGR da organização, ou seja, o documento está totalmente ligado aos riscos levantados.
Outro ponto interessante é sobre prontuários, a nova redação permite a u lização de prontuário
eletrônico, desde que esses atendam às exigências do Conselho Federal de Medicina.
O relatório anual do PCMSO passará a não exis r, ele deu lugar ao chamado relatório analí co,
que também deve ser elaborado anualmente e pelo profissional responsável pelo PCMSO.

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A NR-07 também modifica outros termos e métodos
para exames ocupacionais, o então chamado exame
de mudança de função, passa ser denominado exame
de mudança de riscos ocupacionais. Os exames
médicos estão mais detalhados, o que facilita na
iden ficação de doenças relacionadas ao trabalho. Foi
excluído o item que versava sobre a diferenciação de
periodicidade por idade (menores de 18 e maiores de
45 anos) e também é o fim da previsão de exame de
retorno de parto.

Ainda sobre os exames, novos anexos foram elaborados


para o caso de riscos ocupacionais:
Monitoração da exposição ocupacional a agentes
químicos;
Controle médico ocupacional da exposição a níveis de
pressão sonora elevados;
Controle radiológico e espirométrico da exposição a
agentes químicos;
Controle médico ocupacional de exposição a condi-
ções hiperbáricas;
Controle médico ocupacional da exposição a substân-
cias químicas cancerígenas e a radiações ionizantes;

Com essas diretrizes, além da garan a de segurança dos trabalhadores, deixa o empregador mais se-
guro na forma de agir em casos de risco ocupacional.

Assim como na NR-01, a NR-07 traz exceções para MEI, ME e EPP. As organizações com graus de
risco 1 e 2 e que não possuam riscos sicos, químicos, biológicos e relacionados a fatores
ergonômicos estão dispensadas de elaborar o PCMSO e também não é exigido dessas empre-
sas o relatório analí co.
Apesar da dispensa das documentações citadas, essas empresas devem realizar e custear exames
médicos ocupacionais admissionais, demissionais e periódicos de seus empregados, porém os
periódicos passam a ser exigidos a cada 2 anos.

A Norma tem como ideia também, deixar mais leve a questão


dos exames, sendo assim, serão exigidos apenas exames que
realmente avaliem as questões relacionadas ao trabalho exercido
pelo colaborador, resultando em economia de recursos financeiros
e de tempo para as empresas.

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NORMA REGULAMENTADORA 09
Avaliação e Controle das Exposições Ocupacionais e Agentes Físicos,
Químicos e Biológicos

A maior mudança nessa Norma Regulamentadora, sem dúvida é a ex nção do famoso PPRA
(Programa de Prevenção de Riscos Ambientais), que foi subs tuída pelo PGR (Programa de
Gerenciamento de Riscos) que é mencionado na NR-01.

A NR-09, traz agora especificamente as metodologias para avaliação de exposição aos agentes
sicos, químicos e biológicos, tais como poeira, calor, ruído, radiação, bactérias, entre outros.
O PGR será mais técnico deixando com que a Norma Regulamentadora 09 tenha um caráter
teórico, trazendo os requisitos para avaliação das exposições ocupacionais a agentes sicos,
químicos e biológicos, então, podemos dizer que o PGR é uma evolução do PPRA e que a NR-09,
com suas atualizações irá se tornar uma norma de higiene ocupacional.

Outro ponto que vale a pena ressaltar, é descrito no item 9.4.3 “Os resultados das avaliações
das exposições ocupacionais aos agentes sicos, químicos e biológicos devem ser incorporados
ao inventário de riscos do PGR”, mais uma vez a norma mostra a interação com a NR-01.

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GRO & PGR
Após falarmos um pouco das mudanças das Normas Regulamentadoras, vamos discu r sobre o
GRO e o PGR.

Afinal, qual a diferença entre os dois?


O GRO, segunda a nova NR-01, passa a ser o centro da gestão de segurança da organização, sendo
que o PGR é um dos braços dessa gestão, ou seja, o GRO é um conjunto de ações que devem ser
tomadas para prevenir e gerenciar os riscos ocupacionais e o PGR é uma dessas ações.

Podemos considerar o PGR a maior e mais importante mudança e nesse documento deve constar,
no mínimo, o inventário de riscos e o plano de ação.

Apesar de esses serem os requisitos mínimos, o documento se estende, primeiramente e não


menos importante, quem elabora o PGR deve ter uma visão da empresa como um todo, nesse
momento é importante saber informações sobre os funcionários, processos e a vidades, a par r
dessas informações fica mais claro e fácil par r para a próxima etapa.
A segunda etapa, será o planejamento, esse é o momento para descrever como será todo o
processo, ou seja, como será feito cada etapa de desenvolvimento de seu PGR.

Mais adiante, nos deparamos com a análise preliminar de riscos, nesse ponto, temos que
considerar os agentes sicos (ruído, calor, etc.), os agentes químicos (vapores, gases, etc.), os
agentes biológicos (vírus, bactéria, etc.), os riscos ergonômicos e por fim, os riscos de acidentes.
Essa etapa é extremamente importante, pois uma falha nesse levantamento, acarretará em um
efeito cascata em todo processo.

Depois de planejar e levantar os dados, chegamos ao inventário. O inventário de riscos é um


documento elaborado a par r da iden ficação dos perigos e das avaliações de riscos ocupacionais.

Segundo a NR-01, esses são os requisitos mínimos que devem conter no inventário:

A Caracterização dos processos e ambientes de trabalho;


B Caracterização das a vidades;
Descrição de perigos e de possíveis lesões ou agravos à saúde dos trabalhadores,
com a iden ficação das fontes ou circunstâncias, descrição de riscos gerados pelos
C perigos, com a indicação dos grupos de trabalhadores sujeitos a esses riscos, e
descrição de medidas de prevenção implementadas;

Dados da análise preliminar ou do monitoramento das exposições a agentes sicos,


D
químicos e biológicos e os resultados da avaliação de ergonomia nos termos da NR-17;
E Avaliação dos riscos, incluindo a classificação para fins de elaboração do plano de ação;

F Critérios adotados para avaliação dos riscos e tomada de decisão;

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‘‘
A par r da determinação dos
riscos, já conseguimos visualizar
a significância dos riscos, priorizar
e criar os Planos de ação.

Trocando em miúdos, e de uma forma bem simplista, o inventário de riscos caracteriza e detalha
os riscos do ambiente de trabalho, processos e a vidades da organização.

O inventário deve ser sempre atualizado e essas atualizações devem ser guardadas por no mínimo
20 anos ou pelo período estabelecido em norma zação específica.

Sobre empresas que realizam trabalhos dentro de um mesmo local, elas devem executar ações
integradas para aplicar as medidas de prevenção, visando à proteção de todos os trabalhadores
expostos aos riscos ocupacionais.

As organizações contratantes devem fornecer às contratadas informações sobre os riscos


ocupacionais sob sua gestão e que possam impactar nas a vidades das contratadas que
por sua vez devem fornecer ao contratante o Inventário de Riscos Ocupacionais específicos
de suas a vidades que são realizadas nas dependências da contratante ou local previamente
convencionado em contrato. Toda e qualquer atualização na análise de risco deve ser incor-
porada ao PGR.

Nessa etapa de elaboração do inventário devemos nos preocupar com a iden ficação, análise e
classificação dos riscos, para isso, a organização deve definir as ferramentas e técnicas que serão
u lizadas. A norma deixa a responsabilidade de decidir o método para a empresa, podendo ser um
já existente ou um método criado de acordo com as necessidades da organização.

Após a definição do nível do risco, deve ser avaliada a necessidade de adoção de medidas preven -
vas e plano de ação. Essas medidas deverão ter um cronograma, as formas de acompanhamento e a
aferição dos resultados, além disso é importante constar, dentro do plano de ação, os responsáveis
pelas ações e a descrição de cada um.
Podemos verificar, que tanto o GRO como o PGR
Também podemos visualizar nas
tem como base de sua estrutura o ciclo PDCA,
atualizações das NR´s, a implantação
o qual também é a base para a norma ISO 45001.
da mentalidade de risco, que é muito
Podemos definir dessa forma:
explicita na norma de gestão de
segurança. A NR-01, passou a ter uma Antecipação dos riscos (P - Plan/Planejamento)
percepção maior sobre a elaboração Reconhecimento dos riscos (D - Do/Execução)
e cer ficação de sistemas de gestão Avaliação dos riscos (C - Check/Verificação)
em SST.
Controle dos riscos (A - Act/Ação)

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Conclusão

Finalizando esse tema de grande mudança


na saúde e segurança do trabalho no Brasil,
podemos concluir que estão trazendo mais
dinâmica e modernização a cultura de SST.

Com isso, vemos uma adaptação ao real dia


a dia das organizações, deixando tudo mais
claro e de certa forma mais barato.

Com as avaliações de desempenho do sistema,


pode-se verificar se as ações estão sendo
eficazes e assim, ter uma percepção se a
significância dos riscos foi modificada.
Por isso devemos dar vida ao sistema de
SST, pois com isso a organização pode ter
um correto enquadramento de insalubridade,
periculosidade, tributos, custos previdenciários,
gastos com saúde, custos com afastamentos,
entre outros ganhos que a empresa poderá
ter durante os anos pela manutenção de seu
sistema.

Recomenda-se a antecipação das ações para


atender as novas normas regulamentadoras
antes que as mesmas entrem em vigor.

Nós da SG4 podemos dar apoio para essa


regularização com consultorias, assessorias
e treinamentos.

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Perguntas e Respostas

NR-01
1 - Qual a diferença entre o GRO e PGR, devo fazer os dois?

O GRO passou a ser o centro da gestão de segurança da organização, sendo que o PGR é um dos
braços dessa gestão, ou seja, o GRO é um conjunto de ações que devem ser tomadas para
prevenir e gerenciar os riscos ocupacionais e o PGR é uma dessas ações.

PGR
GRO
Gestão de
Segurança

2 - Sou micro ou pequeno empresário, devo elaborar o PGR?

As micros e pequenas empresas de grau 1 e 2 e que não iden ficaram riscos ambientais
em conformidade com a NR-09 em seu levantamento preliminar de perigos e declarar as
informações de SST de forma digital junto a Secretária do Trabalho, ficam dispensadas da
elaboração do PGR.
Nossa recomendação é que, mesmo essas empresas, façam um levantamento inicial para
comprovar a inexistência desses riscos e que esse documento seja revisado periodicamente.
Lembrado que caso a empresa seja classificada de risco 1 ou 2 e tenha iden ficado riscos
ambientais, essas devem elaborar e manter o PGR.

3 - O que deve constar no PGR?

Segundo a nova redação da NR-01, o PGR deve conter, no mínimo, o inventário de riscos e o plano
de ação.
O Inventário de Riscos Ocupacionais deve contemplar, no mínimo, as seguintes informações:
a) caracterização dos processos e ambientes de trabalho;
b) caracterização das a vidades;
c) descrição de perigos e de possíveis lesões ou agravos à saúde dos trabalhadores, com a
iden ficação das fontes ou circunstâncias, descrição de riscos gerados pelos perigos, com
a indicação dos grupos de trabalhadores sujeitos a esses riscos, e descrição de medidas
de prevenção implementadas;

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d) dados da análise preliminar ou do monitoramento das exposições a agentes sicos, químicos
e biológicos e os resultados da avaliação de ergonomia nos termos da NR-17;
e) avaliação dos riscos, incluindo a classificação para fins de elaboração do plano de ação;
f) critérios adotados para avaliação dos riscos e tomada de decisão.

Após a avaliação, os riscos ocupacionais devem ser classificados, para fins de iden ficar a
necessidade de adoção de medidas de prevenção e elaboração do plano de ação.
A organização deve elaborar plano de ação, indicando as medidas de prevenção a serem
introduzidas, aprimoradas ou man das.

4 - Quem deve ser o responsável pelo PGR?

Os documentos integrantes do PGR devem ser elaborados sob a responsabilidade da organiza-


ção, respeitado o disposto nas demais Normas Regulamentadoras, datados e assinados, sendo
assim, entende-se que deve ser o responsável pela empresa, que pode designar essa tarefa.
Recomendamos que esse profissional tenha um conhecimento sobre levantamentos de
riscos ocupacionais e também conhecimento geral sobre SST.

5 - Qual a validade e quando devo revisar o PGR?

A avaliação de riscos deve cons tuir um processo con nuo e ser revista a cada 2 anos ou quando
da ocorrência das seguintes situações:

a) após implementação das medidas de prevenção, para avaliação de riscos residuais;


b) após inovações e modificações nas tecnologias, ambientes, processos, condições, procedi-
mentos e organização do trabalho que impliquem em novos riscos ou modifiquem os riscos
existentes;
c) quando iden ficadas inadequações, insuficiências ou ineficácias das medidas de prevenção;

d) na ocorrência de acidentes ou doenças relacionadas ao trabalho;


e) quando houver mudança nos requisitos legais aplicáveis.

No caso de organizações que possuírem cer ficações em sistema de gestão de SST, como
por exemplo ABNT ISO 45001:2018 o prazo poderá ser de até 3 (três) anos.
O histórico das atualizações do inventário de riscos deve ser man do por um período mínimo
de 20 (vinte) anos ou pelo período estabelecido em norma zação específica.

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6 - Como devo proceder em caso de ser uma empresa contratada ou contratante?

Sobre empresas que realizam trabalhos dentro de um mesmo local, elas devem executar ações
integradas para aplicar as medidas de prevenção, visando à proteção de todos os trabalhadores
expostos aos riscos ocupacionais.

As organizações contratantes devem fornecer às contratadas informações sobre os riscos ocu-


pacionais sob sua gestão e que possam impactar nas a vidades das contratadas que por sua vez
devem fornecer ao contratante o Inventário de Riscos Ocupacionais específicos de suas a vidades
que são realizadas nas dependências da contratante ou local previamente convencionado em
contrato.

7 - Como fica o LTCAT?

As novas redações das normas, não citam exclusão ou subs tuição do LTCAT (Laudo Técnico
das Condições do Ambiente de Trabalho), ou seja, o documento ainda deve ser elaborado
normalmente.

8 - A par r de quando o PGR se torna obrigatório?

A nova redação da Norma Regulamentadora 01, passa a valer 1 ano após sua publicação, sendo
assim, o PGR passa a ser obrigatório a par r do dia 12/03/2021.

NR-07
1 - Quem deve manter um PCMSO e quem está dispensado de elaborar o documento?

Esta Norma se aplica às organizações e aos órgãos públicos da administração direta e indireta,
bem como aos órgãos dos poderes legisla vo e judiciário e ao Ministério Público, que possuam
empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT.

O MEI (Microempreendedor Individual), ME (Micro Empresa) e EPP (Empresa de Pequeno


Porte), graus de risco 1 e 2, que declararem as informações digitais e não iden ficarem exposi-
ções ocupacionais a agentes sicos, químicos, biológicos e riscos relacionados a fatores ergonô-
micos, ficam dispensados de elaboração do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional.

As MEI, ME e EPP desobrigadas de elaborar PCMSO, devem realizar e custear exames médicos
ocupacionais admissionais, demissionais e periódicos, a cada dois anos, de seus empregados.
A dispensa do PCMSO não desobriga a empresa da realização dos exames médicos e emissão
do Atestado de Saúde Ocupacional - ASO.

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2 - Para o que serve o PCMSO?

São diretrizes do PCMSO:


a) rastrear e detectar precocemente os agravos à saúde relacionados ao trabalho;
b) detectar possíveis exposições excessivas a agentes nocivos ocupacionais;
c) definir a ap dão de cada empregado para exercer suas funções ou tarefas determinadas;
d) subsidiar a implantação e o monitoramento da eficácia das medidas de prevenção
adotadas na organização;
e) subsidiar análises epidemiológicas e esta s cas sobre os agravos à saúde e sua relação
com os riscos ocupacionais;
f) subsidiar decisões sobre o afastamento de empregados de situações de trabalho que
possam comprometer sua saúde;
g) subsidiar a emissão de no ficações de agravos relacionados ao trabalho, de acordo com
a regulamentação per nente;
h) subsidiar o encaminhamento de empregados à Previdência Social;
i) acompanhar de forma diferenciada o empregado cujo estado de saúde possa ser especial-
mente afetado pelos riscos ocupacionais;
j) subsidiar a Previdência Social nas ações de reabilitação profissional;
k) subsidiar ações de readaptação profissional;
l) controlar da imunização a va dos empregados, relacionada a riscos ocupacionais, sempre
que houver recomendação do Ministério da Saúde.

3 - Como devo elaborar e quem deve ser o responsável pelo PCMSO?

A NR-07, orienta a empresa de como deve desenvolver o Programa de Controle Médico


de Saúde Ocupacional. O Programa deve ser desenvolvido conforme avaliação de riscos do
Programa de Gerenciamento de Risco - PGR da organização.
A norma é bem clara sobre como realizar um programa bem estruturado.
A organização deve:

a) garan r a elaboração e efe va implantação do PCMSO;


b) custear sem ônus para o empregado todos os procedimentos relacionados ao PCMSO;
c) indicar médico do trabalho responsável pelo PCMSO.

Dentro do programa, o responsável deve incluir os exames:


a) admissional;
b) periódico;
c) de retorno ao trabalho;
d) de mudança de riscos ocupacionais;
e) demissional.

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A empresa deve garan r que o PCMSO:
a) descreva os possíveis agravos à saúde relacionados aos riscos ocupacionais iden ficados e
classificados no PGR;

b) contenha planejamento de exames médicos clínicos e complementares necessários, confor-


me os riscos ocupacionais iden ficados, atendendo ao determinado nos Anexos desta NR;
c) contenha os critérios de interpretação e planejamento das condutas relacionadas aos achados
dos exames médicos;
d) seja conhecido e atendido por todos os médicos que realizarem os exames médicos ocupacio-
nais dos empregados;
e) inclua relatório analí co sobre o desenvolvimento do programa, conforme o subitem 7.6.2
desta NR.

O Responsável pelo PCMSO deve ser um médico do trabalho, porém, inexis ndo médico do traba-
lho na localidade, a organização pode contratar médico de outra especialidade como responsável.

4 - O que é o Relatório Analí co?


O relatório anual do PCMSO passará a não exis r, ele deu lugar ao chamado relatório analí co,
que também deve ser elaborado anualmente e pelo profissional responsável pelo PCMSO.

O relatório analí co do Programa deve ser elaborado anualmente, contendo, no mínimo:

a) o número de exames clínicos realizados;


b) o número e pos de exames complementares realizados;
c) esta s ca de resultados anormais dos exames complementares, categorizados por po do
exame e por unidade operacional, setor ou função;
d) incidência e prevalência de doenças relacionadas ao trabalho, categorizadas por unidade
operacional, setor ou função;
e) informações sobre o número, po de eventos e doenças informadas nas CAT, emi das
pela organização, referentes a seus empregados;
f) análise compara va em relação ao relatório anterior e discussão sobre as variações nos
resultados.

Esse documento tem por obje vo levar as informações de saúde ocupacional aos gestores e
colaboradores da empresa.

5 - Qual a validade do PCMSO?

O Programa deve andar de mãos dadas com o PGR, sendo assim, deve ser revisado sempre que
ocorrer uma atualização no Inventário de risco ou alguma mudança de informações técnicas,
como por exemplo um grupo homogêneo de exposição.

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NR-09

1 - O PPRA foi ex nto?

Na verdade ele foi subs tuído pelo Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR).
O PGR além de ser integrado pelas informações que antes constavam no PPRA (riscos sicos,
químicos e biológicos), também terá como referência riscos ergonômicos, mecânicos e de
acidentes.

2 - Como deve ser u lizada a NR-09?

A nova redação da NR-09 deve ser u lizada para fins de prevenção e controle dos riscos ocu-
pacionais causados por agentes sicos, químicos e biológicos.
Esta Norma Regulamentadora estabelece os requisitos para a avaliação das exposições ocupacionais
a agentes sicos, químicos e biológicos quando iden ficados no Programa de Gerenciamento de
Riscos, e subsidiá-lo quanto às medidas de prevenção para os riscos ocupacionais.

3 - Qual a relação da NR-09 com o PGR?

O PGR é uma evolução do PPRA, podemos dizer que o PPRA está dentro do PGR, ou seja,
as avaliações de riscos sicos, químicos e biológicos, são norma zados pela NR-09 e devem
estar dentro do PGR.

4 - Quando essa portaria passa a valer?

A nova redação da Norma Regulamentadora 09, passa a valer 1 ano após sua publicação,
sendo assim, a NR passa a vigorar a par r do dia 12/03/2021.

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