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Bruna Monteiro
Guilherme Silva
João Henrique
Rodrigo Morihara
Taynara Pereira
RESUMO
Este estudo tem como objetivo principal avaliar e expor a relação do
comportamento e o desenvolvimento de suas características, dentro de uma
organização que possua ou não tal gestão para facilitar processo de controle
de questões relacionadas aos acidentes e doenças ocupacionais. Para tanto foi
adaptada ferramenta de análise de causas por falha humana para que fosse
realizada uma avaliação técnica do processo, ambiente e acidente de empresa
específica. Identificados pontos foram propostas contra medidas para se iniciar
processo de controle e acompanhamento das relações comportamentais
presentes no processo, visando trabalhar no sistema em volta do colaborador
para que ele esteja incluso em um sistema robusto de segurança.
ABSTRACT: This study has a main objective to evaluate and expose the
relationship of behavior and the development of its characteristics, within an a
organization that possesses or not such management to facilitate the control
process issues related to accident or occupational diseases. For this purpose, it
was adapted tool for analysis of causes by human failure to perform a technical
evaluation of process, environment and accident of a specific company.
Identified points were proposed against measures to initiate the process
controlling and monitoring the behavioral relationships present in the process,
aiming to work in the system around the collaborator so that it is included in a
robust system security.
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1. Introdução
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As adoções de alguns procedimentos, a conscientização e a mudança
de maneira geral no comportamento se fazem necessária para que a gestão
tenha um resultado positivo.
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Figura 1 - Modelo Dominó (HEINRICH
1931)
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assim como os demais subitens que atribuíam ao trabalhador a culpapelo
acidente de trabalho. Antes da alteração, a NR informava:
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Os fatores pessoais mais predominantes são:
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“O erro será tomado como um termo genérico abrangendo todas as
ocasiões em que uma sequência planejada de atividades mentais ou
físicas não consegue alcançar o resultado pretendido, e quando
essas falhas não podem ser atribuídas à intervenção de alguma
agência de mudança" (REASON, 1990: 9).
Couto (1996) baseado em Trevor Kletz adaptou o modelo do hexágono
das causas da falha humana. Este modelo é composto pelas 6 (seis) principais
causas da falha humana, como mostra a figura abaixo (figura 2):
3. Estudo de Caso
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Para realizar este artigo, usamos desta avaliação ambiental para objeto
de análise crítica. Importante salientar que o parecer foi feito sobre uma
atividade operacional, não considerando, no momento, a sua parte
comportamental.
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Análise do Acidente
ANÁLISE EVIDÊNCIA
Foi verificado que colaborador
possuía treinamento limitado,
Possuía treinamento sobre atividade ?
inclusive sobre condições
ergonômicas
Não, o colaborador não vinha
Estava sendo acompanhado ? Por estar em fase de
sendo acompanhado após
experiência. Empresa possui plano de
receber treinamento básico da
acompanhamento antes da liberação para as
atividade, e empresa não possui
atividades ?
plano de acompanhamento
Não, processo depende
diretamente da velocidade do
carregamento do caminhão da
Logística do processo de carregamento favorece
frente, onde o normal é que exista
atividade ?
um pressão vinda dos próprios
colaboradores que estão no
aguardo para carregar
Não, necessita de auxílio para
Motorista consegue realizar amarração sozinho ?
realizar atividade
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para falha humana, levando em consideração 6 facetas que interferem
diretamente nesse para ocorrência de falha humana (BESSA BARROS,2006)”.
Por conta disso devemos considerar a falha humana não como a causa
do acidente, mas sim como consequência de algum erro da gestão. Partindo do
princípio que o colaborador não possuía tais conhecimentos, ferramentas,
acompanhamento e nem ambiente propício para execução das tarefas, deve-
se trabalhar não somente na causa do acidente por si só, mas principalmente
nas condições de gestão que são propostas para situações de segurança; ou
seja, as verdadeiras causas raízes.
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Gestão
Inexistência de programa de
Falta de participação por parte da supervisão acompanhamento de colaboradores em
treinamento
4. Estudo de Caso
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foi feita análise de acordo com a NBR14280, a qual define os procedimentos
para abertura de CAT (Comunicado de Acidente de Trabalho). Esta norma, de
caráter instrutivo nos mostra quanto ao Ato Inseguro, os Fatores Pessoais e
Impessoais que possibilitam e deixam o colaborador em situações que venham
a sofrer acidentes, de acordo com cada especificidade; no entanto, de acordo
com os estudos da área de gestão comportamental podemos entender que
acidentes não acontecem, são causados. Sendo assim, percebemos que um
empregado em situações de risco é apenas uma causa, podendo ser
decorrente de um ambiente de trabalho mal estruturado, um layout mal
planejado, um equipamento de proteção inadequado para o serviço, ou ainda
acima de todos estes, um Sistema de Gestão falho. Foi reparada em visita
técnica a falta de comprometimento por parte de supervisão e gerência com a
parte operacional, tornando os processos que também já não funcionavam
efetivamente mais perigosos ainda. Por esta razão, fez-se necessária a
proposta de um Sistema de Segurança Comportamental (SSC), no qual
buscamos um equilíbrio para nossos dois pilares: A falta de planejamento nos
processos e a Inexistência de Política de Segurança, que seriam fator
determinante para cuidar de nossas Pessoas, nosso Método de trabalho, nosso
Meio ambiente, além dos Materiais
Após estudo de caso na empresa da qual prefere não ter sua razão
social citada, faz-se recomendação do Sistema de Segurança Comportamental,
no qual através da conscientização, participação e feedback, propõe as
melhorias no sistema atual de gestão, evidenciado como causa raiz. O SSC
começa com a sensibilização, o qual foca na participação dos colaboradores
em relação aos assuntos de segurança, sendo tal contato vindouro de
Campanhas interativas, Diálogos de Segurança Comportamental, atuação da
CIPA no intermédio da parte operacional, além da alta direção para que sejam
tratados os assuntos de Segurança, e informativos diretamente ligados à
execução das atividades de forma segura e suas consequências.O próximo
passo conta com a ajuda dos multiplicadores. Seu papel é atuar na
conscientização dos colaboradores e incentivar aexecução correta das
atividades, participando e verificando a real existência e eficácia do processo
de segurança implantado, assim como as ações que devem ser tomadas para
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alcançar tais melhorias, onde ocorrerão abordagens/auditorias em
colaboradores de forma direta a respeito da realização de suas tarefas, levando
em consideração questões de segurança, incentivando também a participação
do programa “Shisa Kanko”. Este mesmo é um programa japonês e que tem
como tradução livre “Apontar e Falar”. Através dele, colaboradores devem
através de incentivo e treinamento, estarem atentos em seus postos de
trabalho, assim como com quem trabalha a sua volta, onde caso seja
observado um desvio de comportamento (Como ato inseguro ou fator pessoal)
ou de execução de atividades visando a segurança, deve-se abordar o mesmo,
para que possa orientá-lo e lembrá-lo a maneira de prosseguir com o trabalho.
Isso desenvolve nosso terceiro ponto de grande importância, a propriedade,
pois mostra que o colaborador faz parte de um processo que busca efetividade
e eficácia, e para tanto, é necessária a responsabilidade do mesmo. Por último,
temos o Feedback, retorno ao trabalhador dos programas aplicados em forma
de reuniões ao final de cada mês, unindo gestores, supervisão e operação, a
fim de discutir abordagens realizadas em relação ao programa dos
multiplicadores e o método “Shisa Kanko”, visando levantamento anônimo dos
desvios relatados por esses colaboradores, onde existem pontos críticos, onde
têm maior ocorrência ou que se julgue necessário, para que sejam levados
para tratativa em plano de ação, que se dará em forma de informativos,
campanhas, diálogos comportamentais de segurança e acompanhamento
posterior realizado através de abordagens, buscando mitigar e neutralizar
desvios relatados.
5. Considerações Finais
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Referências
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